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AMARANTE
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVELRELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO 31 DE JULHO DE 2007
COORDENADOR
PAULO PINHO
CONSULTORES
ÁLVARO COSTA
PAULO CONCEIÇÃO
TÉCNICOS
ERIC TEIXEIRA
FREDERICO MOURA E SÁ
GISELA MORAIS
JOANA PINHO
MARIA ALBUQUERQUE
MIGUEL TORRES
AUTORIA
GISELA MORAIS
REVISÃO
MARIA ALBUQUERQUE
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 1
1.1 ÂMBITO DO PROJECTO 1
1.2 A MOBILIDADE SUSTENTÁVEL: DESÍGNIOS E OBJECTIVOS 2
1.3 PROJECTOS ANÁLOGOS EM CIDADES EUROPEIAS 3
1.4 DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 6
2. DIAGNÓSTICO 1
2.1 TERRITÓRIO CONCELHIO E ACTIVIDADES 1
2.1.1 BREVE ENQUADRAMENTO TERRITORIAL 1
2.1.2 PADRÕES DE USO DO SOLO E ESTRUTURA VERDE 2
2.1.3 DINÂMICAS SOCIOECONÓMICAS INSTALADAS 5
2.1.4 IDENTIFICAÇÃO DOS GRANDES GERADORES DE TRÁFEGO 16
2.2 PRINCIPAIS FLUXOS 30
2.3 LEVANTAMENTO DAS INFRAESTRUTURAS / SERVIÇOS DE TRANSPORTE 35
2.4 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE CIRCULAÇÃO 37
2.4.1 PEÃO 37
2.4.2 BICICLETA 37
2.4.3 TRANSPORTE PÚBLICO 37
2.4.4 AUTOMÓVEL, ESTACIONAMENTO E SEGURANÇA RODOVIÁRIA 37
2.4.5 ÁREAS ESPECIFICAS 38
2.5 LEVANTAMENTO DOS PROJECTOS E DAS POLÍTICAS MUNICIPAIS 45
2.6 SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO 47
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 1
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1
ÍNDICE DAS CARTAS
1. INTRODUÇÃO
CARTA 1.1 – LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 7
2. DIAGNÓSTICO
CARTA 2.1 – OCUPAÇÃO DO SOLO (LAND COVER 2000) 3
CARTA 2.2 – ESTRUTURA VERDE 4
CARTA 2.3 – DENSIDADE POPULACIONAL 11
CARTA 2.4 – DENSIDADE POPULACIONAL – ÁREA DE ESTUDO 12
CARTA 2.5 – DENSIDADE POPULACIONAL – POPULAÇAO JOVEM 13
CARTA 2.6 – DENSIDADE POPULACIONAL – POPULAÇÃO ACTIVA 14
CARTA 2.7 – DENSIDADE POPULACIONAL – POPULAÇÃO IDOSA 15
CARTA 2.8 – GERADORES DE TRÁFEGO – EDUCAÇÃO 19
CARTA 2.9 – GERADORES DE TRÁFEGO – EDUCAÇÃO – ÁREA DE ESTUDO 20
CARTA 2.10 – GERADORES DE TRÁFEGO – SAÚDE 21
CARTA 2.11 – GERADORES DE TRÁFEGO – SAÚDE – ÁREA DE ESTUDO 22
CARTA 2.12 – GERADORES DE TRÁFEGO – COMÉRCIO 23
CARTA 2.13 – GERADORES DE TRÁFEGO – SERVIÇOS PÚBLICOS 24
CARTA 2.14 – GERADORES DE TRÁFEGO – DESPORTO 25
CARTA 2.15 – GERADORES DE TRÁFEGO – DESPORTO – ÁREA DE ESTUDO 26
CARTA 2.16 – GERADORES DE TRÁFEGO – CULTURA 27
CARTA 2.17 – GRANDES GERADORES DE TRÁFEGO 28
CARTA 2.18 – GRANDES GERADORES DE TRÁFEGO – ÁREA DE ESTUDO 29
CARTA 2.19 – REDE RODOVIÁRIA 31
CARTA 2.20 – REDE RODOVIÁRIA – ÁREA DE ESTUDO 32
CARTA 2.21 – TRÁFEGO MÉDIO HORÁRIO DE CÁLCULO - DIURNO 33
CARTA 2.22 – TRÁFEGO MÉDIO HORÁRIO DE CÁLCULO – DIURNO – ÁREA DE ESTUDO 34
CARTA 2.23 – INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTES 36
CARTA 2.24 – PARQUES DE ESTACIONAMENTO 39
CARTA 2.25 – SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA 40
CARTA 2.26 – MOBILIDADE ESCOLAR – 1º CICLO 41
CARTA 2.27 – MOBILIDADE ESCOLAR – 2º CICLO 42
CARTA 2.28 – MOBILIDADE ESCOLAR – 3º CICLO 43
CARTA 2.29 – MOBILIDADE ESCOLAR – ENSINO SECUNDÁRIO 44
CARTA 2.30 – PROJECTOS EM CURSO 46
ÍNDICE DAS FIGURAS
1. INTRODUÇÃO
FIGURA 1.1 – LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 6
2. DIAGNÓSTICO
FIGURA 2.1 – DENSIDADE POPULACIONAL NO CONCELHO DE AMARANTE E NOS CONCELHOS ENVOLVENTES 2
FIGURA 2.2 – DENSIDADE POPULACIONAL – POPULAÇÃO JOVEM 5
FIGURA 2.3 – DENSIDADE POPULACIONAL – POPULAÇÃO ACTIVA 6
FIGURA 2.4 – DENSIDADE POPULACIONAL – POPULAÇÃO IDOSA 6
FIGURA 2.5 – DENSIDADE DE EMPREGADOS 7
FIGURA 2.6 – DENSIDADE DE EMPREGADOS NO SECTOR SECUNDÁRIO 7
FIGURA 2.7 – DENSIDADE DE EMPREGADOS NO SECTOR TERCIÁRIO 8
FIGURA 2.8 – DENSIDADE DE DESEMPREGADOS 8
FIGURA 2.9 – DENSIDADE DE EMPREGADOS NO SECTOR PRIMÁRIO 9
ÍNDICE DOS QUADROS
2. DIAGNÓSTICO
QUADRO 2.1 – POPULAÇÃO E DENSIDADE POPULACIONAL DO CONCELHO DE AMARANTE E DOS CONCELHOS ENVOLVENTES 1
QUADRO 2.2 – PESO DA ÁREA DE ESTUDO NO CONCELHO EM TERMOS DE ÁREA E POPULAÇÃO 5
QUADRO 2.3 – COMPARAÇÃO DOS ESTRATOS ETÁRIOS DA ÁREA DE ESTUDO COM OS DO CONCELHO 9
QUADRO 2.4 – DISTRIBUIÇÃO DO EMPREGO POR SECTORES NO CONCELHO E ÁREA DE ESTUDO 9
QUADRO 2.5 – PESO DO NÚMERO DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS RESIDENTES NA ÁREA DE ESTUDO E NO CONCELHO 10
QUADRO 2.6 – PARÂMETROS RELACIONADOS COM A EDUCAÇÃO NO CONCELHO E ÁREA DE ESTUDO 10
QUADRO 2.7 – PRINCIPAIS GERADORES DE TRÁFEGO NO SECTOR DA EDUCAÇÃO 16
QUADRO 2.8 – EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS 17
QUADRO 2.9 – EQUIPAMENTOS CULTURAIS 18
QUADRO 2.10 – ANÁLISE SWOT 47
AMARANTE
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
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6. MELHOR MOBILIDADE, MENOS TRÁFEGO
Nós reconhecemos a interdependência entre os transportes, a saúde e o ambiente e, por isso, comprometemo-nos a
promover as opções de mobilidade sustentáveis.
Por isso vamos trabalhar para:
6.1 Reduzir a necessidade de utilização do transporte individual motorizado e promover modos de transporte
alternativos, viáveis e acessíveis a todos.
6.2 Aumentar a parte de viagens realizadas em transportes públicos, a pé ou de bicicleta.
6.3 Encorajar a transição para veículos menos poluentes.
6.4 Desenvolver um plano de mobilidade urbana integrado e sustentável.
6.5 Reduzir o impacto dos transportes sobre o ambiente e a saúde pública.
1. INTRODUÇÃO
1.1 ÂMBITO DO PROJECTO
A sustentabilidade é reconhecida hoje como o novo paradigma de como fazer e produzir cidade. No entanto, e
sobretudo pela sua extensa abrangência e complexidade, trata-se de um conceito bem mais “falado” do que
verdadeiramente e territorialmente observado.
O nosso objectivo, passa precisamente por desenvolver um conjunto de medidas e orientações, de carácter
eminentemente executório, de forma a implementar uma estratégia que sustentadamente qualifique
trajectórias e valide uma politica de desenvolvimento.
O Projecto Mobilidade Sustentável surgiu por iniciativa do então Instituto do Ambiente (actual Agência
Portuguesa de Ambiente) em estreita articulação com a Direcção-Geral do Ordenamento do Território e
Desenvolvimento Urbano, a Secretaria de Estado dos Transportes, a Auditoria Ambiental do Ministério de
Obras Públicas Transportes e Comunicações, a Direcção-Geral dos Transportes Terrestres e Fluviais, a
Direcção-Geral de Viação e com o apoio da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
Foram seleccionados para participar neste projecto, de entre mais de uma centena de candidatos, municípios
de norte a sul nos quais se inclui Amarante. Paralelamente, foi constituída uma Rede de
Centros/Departamentos Universitários prevista para o apoio técnico aos municípios no
desenvolvimento/consolidação dos Planos de Mobilidade Sustentável. O Projecto aplicado a este município
contou por isso com o apoio do Laboratório de Planeamento da Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto, que por sua vez elaborou este documento de diagnóstico.
Este projecto surge como reflexo do ponto 6 dos Compromissos de Aalborg, subscritos por diversos
municípios através da ANMP.
Deste modo, a elaboração de Planos de Mobilidade Sustentável desenvolveu-se com uma perspectiva
ambiental coerente com este compromisso, ou seja, capaz de proporcionar a melhoria das condições de
deslocação, diminuindo o impacto dessas deslocações no ambiente e aumentando, consequentemente, a
qualidade de vida dos cidadãos. Estes Planos de Mobilidade Sustentável devem articular a vertente ambiental
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PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 2/7
qualidade de vida dos cidadãos. Estes Planos de Mobilidade Sustentável devem articular a vertente ambiental
e tecnológica, tendo sempre em consideração as iniciativas previstas e/ou em curso no âmbito das Agendas
21 Locais, da Semana Europeia da Mobilidade, do Dia Europeu sem Carros e outros projectos, planos e
iniciativas sectoriais relevantes neste domínio.
Nos últimos anos assistiu-se uma mudança de paradigma, de um paradigma de mobilidade, em que se
privilegia a facilidade de movimentação passa-se para um paradigma de acessibilidade, em que se privilegia o
rápido acesso aos locais combinando o uso do solo com o desenvolvimento dos transportes (TRL, 1999).
Deste modo, uma cidade de crescimento sustentável restringe a mobilidade enquanto mantém a
acessibilidade (Marshall, 1999). Com a diminuição das necessidades e das distâncias de deslocação a
dependência de veículos motorizados será menor e concomitantemente a dependência de combustíveis
fósseis e as emissões de gases poluentes será menor.
1.2 A MOBILIDADE SUSTENTÁVEL: DESÍGNIOS E OBJECTIVOS
O progressivo aumento das necessidades de deslocação decorre da progressiva especialização funcional do
espaço urbano, e simultaneamente do exponencial crescimento dos processos de urbanização. De facto, o
desenvolvimento de comportamentos e de um padrão de mobilidade mais sustentável advém da capacidade
de integrar o planeamento e a ocupação do território com a política dos transportes.
As profundas alterações nos padrões de mobilidade urbana resultam da influência de um conjunto de forças e
de fenómenos multisectoriais associados sobretudo: ao crescimento da população urbana; à fragmentação e
à periurbanização territorial; ao aumento generalizado do poder de compra (com o consequente crescimento
da taxa de motorização); e à alteração de factores e do contexto social, demográfico e cultural.
A complexidade inerente às actuais deslocações urbanas, bem como a dispersão territorial das actividades
económicas, resulta numa maior dificuldade de um sistema de transporte colectivo responder eficazmente às
solicitações e exigências funcionais a que está sujeito, e ao desafio da progressiva qualificação das condições
ambientais, sobretudo nos espaços urbanos.
Na perspectiva de contribuir para a integração de uma politica de transportes na acção dos instrumentos de
ordenamento territorial (à escala municipal), identificam-se em seguida um conjunto de orientações e de
medidas que validem uma estratégia e uma politica de mobilidade sustentável.
Assim, destaca-se:
• O desenvolvimento de um padrão e de contextos de mobilidade “suave” (peões e bicicletas) – bicicleta
enquanto alternativa efectiva de transporte colectivo (TC);
• O reforço dos transportes colectivos urbanos (preferencialmente de energias limpas), e a sua articulação com
a ocupação do solo (relacionar o traçado dos TC com a localização do emprego, da residência e com os
principais geradores de tráfego existentes);
• Alargar e aumentar a conectividade entre áreas pedonais, restringindo consequentemente a circulação
automóvel (promover a escala pedonal ao nível do desenho urbano);
• Assegurar maior intermodalidade, sobretudo qualificando os parques de estacionamento automóvel periféricos
através de uma política tarifária integrada e de melhores condições de segurança;
INTRODUÇÃO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 3/7
• Contrariar a lógica generalizada da ocupação dispersa, promovendo processos de consolidação, garantindo
simultaneamente a multifuncionalidade à escala das “partes” de cidade/bairro (reduzir as necessidades e a
dependência de viagens intra-urbanas);
• Definir um programa logístico (parques, horários, percursos, fiscalização, …), que assegure a distribuição de
mercadorias sem deteriorar as condições de circulação pedonal;
• Nas áreas com maior concentração de emprego, comércio e serviços, melhorar as condições de
acessibilidade recorrendo ao transporte público;
Sintetizando, o paradigma da sustentabilidade pressupõe a combinação e a integração de factores decisivos
de forma a assegurar que as redes de transporte e mobilidade respondam à sua procura, às características de
povoamento e aos processos e dinâmicas de redefinição e de alteração contínua dos usos do solo. Além do
mais, a procura de transporte é “derivada” (decorre da necessidade de realizar certas actividades em
determinados locais), o que evidencia e valida a noção de que o investimento no sistema de transportes tem
fortes implicações nos padrões de uso do solo (dado que alteram acessibilidades relativas entre eventuais
localizações das actividades).
1.3 PROJECTOS ANÁLOGOS EM CIDADES EUROPEIAS
Para o arranque deste projecto de elaboração de um Plano de Mobilidade foi feita uma pesquisa sobre
projectos semelhantes realizados em outros países, nomeadamente da UE. Os exemplos que descreveremos
seguidamente dizem respeito a planos elaborados no Reino Unido e na França, casos estes que foram
estudados com mais profundidade pela sua experiência neste campo.
A elaboração de Planos de Mobilidade constitui em alguns países da Europa uma prática obrigatória para
todos os municípios que atinjam uma dimensão convencionada, como sejam os países mencionados. Nestes
casos existe uma estrutura de apoio à sua elaboração e à delineação de objectivos que é disponibilizada pelo
governo central, que garante a sua integração num quadro legal nacional, o que permite a cada município,
dentro das suas especificidades, ter uma série de desígnios e objectivos comuns aos outros municípios.
Sendo assim possível identificar, dentro da variedade, uma linha de acção nacional. O processo de
elaboração dos planos, a organização do seu conteúdo, as questões-chave, e as propostas e objectivos
comuns, estão disponíveis numa página da Internet, produzida para o efeito. O plano de mobilidade deve
constituir no final um programa de acções mensuráveis a ser aplicadas durante os 5 anos de vigência do
plano.
As propostas são distribuídas por três grupos de âmbitos distintos: hardware, software e mindware. O primeiro
grupo designa o âmbito da intervenção ao nível da infraestrutura de transporte, da tecnologia de apoio ao
sistema de transportes, e a medidas sobre o uso do solo. Refere-se, portanto, a medidas estratégicas e de
longo prazo. A segunda categoria diz respeito às intervenções na estrutura e organização do trabalho, nos
níveis de serviço do transporte público, no tratamento e disponibilização de informação, no sistema de
tarifação pelo uso de infraestruturas e serviços, no planeamento e gestão do tráfego, e no modo de
financiamento de projectos. Finalmente, por mindware, entende-se as acções destinadas à sensibilização e
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PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 4/7
consciencialização das pessoas para os benefícios e práticas de uma mobilidade mais sustentável, através de
campanhas.
Os planos em ambos os países analisados têm a duração de cerca de 5 anos, podendo esta ser mais ampla
para algumas situações francesas. Cada município estabelece uma estratégia que é direccionada segundo os
objectivos estabelecidos nacional, regional e localmente, segundo um processo de selecção por adequação,
que permite simultaneamente o respeito e inserção num plano nacional, e uma resposta específica a cada
município. De modo a se atingirem estes objectivos é organizado um Programa, que define projectos centrais,
acompanhado de anexos onde se descreve a intervenção para os diferentes grupos de medidas que
permitem a operacionalização do programa. Estes grupos temáticos são, grosso modo, a circulação
automóvel e a segurança rodoviária, o estacionamento, os transportes colectivos, os modos suaves, a
acessibilidade, as soluções para pessoas de mobilidade reduzida, entre outros. A fundamentação destes
Programas e Anexos é feita através da elaboração de Estudos de Fundamentação, que sustentarão o
Relatório Anual de Progresso e o Relatório de Avaliação Final. Trata-se portanto de um processo com um
sistema de monitorização de resultados, que avalia a aproximação às metas e objectivos fixados. Um plano
desta natureza, que inclui um sistema de monitorização, permite uma evolução qualitativa e uma adaptação
ao tipo de propostas específicas para cada município, de plano para plano.
Dentro das prioridades estabelecidas no âmbito nacional podem destacar-se algumas que são comuns a
ambos os países de referência e que respeitam genericamente aos seguintes temas: congestionamento;
acessibilidade (e neste tema destaca-se a importância dada à transversalidade de sectores que podem intervir
na execução das medidas, como o sector da Educação ou da Saúde); segurança rodoviária, qualidade do ar,
transporte público, meio rural, e as relações entre os municípios, para a concretização de sinergias.
Os planos são realizados por uma equipa “temporária” que incorpora consultoria, em colaboração estreita e
activa, com todo o tipo de agentes ligados, directa e indirectamente, aos sistemas de transportes: empresas
de transporte, associações cívicas, stakeholders e promotores, autoridades locais vizinhas e os gabinetes
autárquicos e regionais das áreas da saúde, escolar e do ambiente e urbanismo. O processo de
estabelecimento de objectivos e de hierarquização de medidas a nível local é influenciado pela consulta
pública que é realizada por meio de reuniões locais e de questionários disponibilizados quer em formato digital
quer em papel, distribuídos massivamente pela localidade. Estes questionários procuram também caracterizar
as deslocações a partir do conhecimento do número de deslocações num dia da semana por habitante; os
motivos das deslocações; os modos utilizados; a repartição horária das deslocações, entre outros.
Como exemplo passamos a listar algumas áreas de intervenção dentro dos temas já citados: acções ligadas à
gestão do tráfego; decisões sobre o planeamento do uso do solo; especial atenção à acessibilidade nocturna,
e à segurança pessoal, através nomeadamente da melhoria da iluminação das ruas e da qualidade das
estruturas; plano de informação; rede de ciclovias; plano de melhoria e manutenção dos abrigos de
transportes públicos; medidas para redução e controlo da velocidade; redução da provisão de parques de
longa estadia, particularmente onde haja transporte público; benefícios em termos de tarifas para o
estacionamento de curta duração; intervenção física para pessoas de pouca mobilidade; planos de
deslocação para a escola e para o emprego; plano de melhoria e correcção da sinalização; campanhas de
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sensibilização; plano para a qualidade do ar; simplificação do sistema de bilhetes e tarifas; investimento em
carreiras de transporte público que garantam a viabilidade dos tempos de percurso; oferta de veículos de
qualidade; integração de serviços e modos de transporte; planos para o transporte escolar; cooperação entre
diferentes empresas de transporte público; integração física: interfaces com possibilidades de
estacionamento; implementação de transporte público nas áreas de desenvolvimento; ligações entre áreas de
emprego e áreas de desemprego; gestão da relação procura/ oferta; introdução de modalidades de transporte
específicas como “Ring and ride” para meios rurais.
A avaliação da implementação das medidas dentro das áreas atrás listadas, é feita, como já foi referido
através de um sistema de monitorização. Este sistema de monitorização traduz-se num sistema de
indicadores de desempenho, que poderão estar divididos por diversas categorias. Alguns dos indicadores são
comuns a nível nacional, o que permite uma avaliação da política nacional de transporte e mobilidade. Outros
indicadores são escolhidos pelas localidades e pretendem reflectir a sua situação em particular. Existem
indicadores que pretendem medir resultados quantitativos, exprimindo o alcance ou não das metas
estabelecidas. As metas são estabelecidas tendo em conta metas definidas a nível nacional ou europeu,
tendências nacionais e regionais recentes, outros planos, e, para comparação, outras regiões ou municípios.
Existem metas limitadas à duração do Plano (5 anos) e metas de longo prazo, até 10 anos. As orientações de
nível nacional para a elaboração destes planos aconselham uma lista pouco extensa de indicadores,
propondo-se um mínimo de um indicador por medida. Como exemplos de indicadores podemos avançar:
número de viagens de bicicleta; modo de deslocação de crianças e jovens em idade escolar, dividido por 2
grupos de dependência: dos 5 aos 11 e dos 11 aos 16 anos; pontualidade dos transportes públicos colectivos;
mudanças nos fluxos de tráfego às horas de ponta: número de automóveis a entrar no centro no pico da
manhã, por exemplo; qualidade do ar e ruído; acidentes rodoviários: número total de vítimas mortais: crianças
até 16; número de viagens de transporte público /passageiros; satisfação do cliente; condições dos passeios,
e das vias, principais e secundárias; peso do estacionamento de longa duração; percepção do público do
centro da cidade; número de deslocações a pé; densidade de iluminação das ruas; número de planos de
deslocação para escolas; interrupção temporária de vias; rácio de atravessamentos com condições para
pessoas de mobilidade reduzida. Existem também indicadores que permitem uma avaliação socio-económica
por projecto, permitindo o controlo do investimento financeiro e da execução do projecto.
Finalmente, no que respeita ao financiamento de projectos, este é feito através do governo central, do
município, de empresas locais, fundos europeus, etc.
Embora os nossos Planos de Mobilidade sejam claramente inspirados em alguns destes modelos europeus,
importa realçar que, na fase actual, é difícil atingir o seu nível de ambição e detalhe. Isto aplica-se
particularmente ao desenvolvimento de um sistema de monitorização, ainda que reconheçamos a pertinência
de um programa de monitorização associado a um Plano de Mobilidade, uma vez que a própria base de
dados é para já muito limitada.
INTRODUÇÃO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 6/7
1.4 DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O Perímetro Urbano da Cidade de Amarante inclui território de 7 freguesias (São Gonçalo, Cepelos,
Madalena, Telões, Fregim, Gatão e Lufrei), ocupando uma grande parte deste as 3 centrais (São Gonçalo,
Cepelos e Madalena).
O Perímetro Urbano corresponde à demarcação do conjunto de áreas urbanas e de expansão urbana no
espaço físico dos aglomerados. O perímetro urbano compreende: os solos urbanizados, os solos cuja
urbanização seja possível programar e os solos afectos à estrutura ecológica necessários ao equilíbrio do
sistema urbano. Esta delimitação utiliza-se como base para a definição de áreas de planeamento, para a
elaboração dos regulamentos específicos, para o estabelecimento de taxas e impostos, etc. (Instituto Nacional
de Estatística, 2007).
Com a possibilidade de integrar no estudo 5 freguesias, decidiu-se que a Área de Estudo seria a totalidade
das freguesias de São Gonçalo, Cepelos, Madalena, Telões e Fregim. Esta área é atravessada pelo Rio
Tâmega, que divide a área pelo limite das freguesias de São Gonçalo e de Fregim (na margem esquerda) e
de Cepelos e de Madalena (na margem direita). A freguesia de Telões faz fronteira a Sul com a freguesia de
São Gonçalo e limita o concelho de Amarante a norte. (Figura 1.1 e Carta 1.1)
�Figura 1.1 – Localização da Área de Estudo
¯0 10,5
Km
Carta 1.1 - Localização da Área de Estudo
A4 / IP4
Área de Estudo
AMARANTE
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 1/47
2. DIAGNÓSTICO
2.1 TERRITÓRIO CONCELHIO E ACTIVIDADES
2.1.1 BREVE ENQUADRAMENTO TERRITORIAL
O concelho de Amarante pertence ao distrito do Porto, situado no limite Oeste deste distrito. Faz fronteira com
os concelhos de Felgueiras, Celorico de Basto, Mondim de Basto, Vila Real, Baião, Marco de Canaveses,
Penafiel e Lousada. É atravessado pelo Rio Tâmega, que divide o concelho em 18 freguesias na margem
direita e 22 na margem esquerda, perfazendo 40 freguesias no total. Pela sua localização, ocupa uma posição
de destaque na região do Douro-Tâmega.
A densidade populacional dos concelhos envolventes ao concelho de Amarante é bastante próxima da
densidade de Amarante. A excepção acontece nos concelhos de Felgueiras, Lousada (ambos com quase 500
hab/Km2) e Penafiel (337,37 hab/Km2), apesar da diferença de população não ser significativa, e no concelho
de Mondim de Basto, onde a densidade populacional é bastante inferior e a sua população também (Quadro 2.1 e Figura 2.1).
Concelho População
(habitantes)
Densidade Populacional
(hab/Km2)
Amarante 59638 199,29 Baião 22355 127,23 Felgueiras 57595 498,14 Lousada 46322 488,17 Marco de Canaveses 52419 259,47 Mondim de Basto 8573 49,88 Penafiel 71800 337,37 Peso da Régua 18832 195,92 Santa Marta de Penaguião 8569 122,45 Vila Real 49957 132,28
Quadro 2.1 – População e Densidade Populacional do concelho de Amarante e dos concelhos envolventes
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 2/47
�Figura 2.1 – Densidade Populacional no concelho de Amarante e nos concelhos envolventes
No que respeita a ligações rodoviárias, a auto-estrada A4/IP4 atravessa o concelho e serve de ligação ao
concelho do Porto e também ao concelho de Vila Real.
No que respeita ao caminho-de-ferro, a cidade de Amarante é servida pela linha Porto-Livração/Amarante,
que termina nesta estação. No entanto, a ligação não é directa, sendo necessário fazer um transbordo na
estação da Livração, no concelho de Marco de Canaveses.
2.1.2 PADRÕES DE USO DO SOLO E ESTRUTURA VERDE
Tal como a maior parte dos concelhos envolventes, o concelho de Amarante é predominantemente coberto
por florestas e terrenos de cultivo.
Estão presentes, no entanto, na zona central do concelho (freguesias de São Gonçalo, Madalena, Cepelos,
Telões e Fregim – freguesias da Área de Estudo), estendendo-se para Noroeste (freguesias de Freixo de
Cima e de Santiago de Figueiró) e nas freguesias de Vila Caiz e Real, a Sudoeste, áreas de descontinuidade
urbana. (Carta 2.1)
Na Área de Estudo, existem 2 grandes espaços verdes. Junto às Piscinas Municipais encontra-se o Parque
Florestal e mais a Norte, também na margem esquerda do Rio Tâmega, o Complexo Desportivo da Costa
Grande. (Carta 2.2)
BaiãoMarco de Canaveses
Fafe
Felgueiras
Celorico de Basto
Mondim de Basto
Penafiel
Vila RealLousada
Penafiel
¯0 52,5
Km
Carta 2.1 - Ocupação do Solo (Land Cover 2000)112 - Tecido urbano descontínuo
121 - Indústria, comércio e equipamentos gerais
133 - Áreas em construção
142 - Equipamentos desportivos e de lazer
211 - Culturas anuais de sequeiro
212 - Culturas anuais de regadio
221 - Vinhas
231 - Pastagens
241 - Culturas anuais associadas às culturas permanentes
242 - Sistemas culturais e parcelares complexos
243 - Agricultura com espaços naturais
311 - Florestas de folhosas
312 - Florestas de resinosas
313 - Florestas mistas
321 - Pastagens naturais
322 - Matos
324 - Espaços florestais degradados, cortes e novas plantações
333 - Vegetação esparsa
512 - Planos de água
Cepelos
São Gonçalo
Madalena
Gatão
Lomba
Lufrei
Telões
¯0 400200
m
Carta 2.2 - Estrutura Verde
Espaços Verdes e Lazer
A4/IP4
Área de Estudo
Freguesias
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 5/47
2.1.3 DINÂMICAS SOCIOECONÓMICAS INSTALADAS
A maior parte da população no concelho de Amarante concentra-se principalmente na zona Oeste do
concelho, devido essencialmente ao facto de a zona Este ser predominantemente uma zona florestal. Existem
alguns pólos de maior densidade, além da zona da cidade, situados nas freguesias de Real, Vila Caiz e
Santiago de Figueiró (Carta 2.3).
Como se pode observar no Quadro 2.2, a Área de Estudo representa apenas 11,05% da totalidade da área
do concelho de Amarante e a sua população equivale a 28,42% da população do concelho, encontrando-se
essencialmente nas freguesias centrais de São Gonçalo, Cepelos e Madalena. (Carta 2.4)
Concelho Área de Estudo % População 59638 16948 28,42 Área (Km2) 297,22 32,85 11,05 Densidade 200,65 515,87
Quadro 2.2 – Peso da Área de Estudo no Concelho em termos de Área e População.
Este tipo de distribuição das densidades pode ser verificado também por faixas etárias (População Jovem,
Activa e Idosa) (Figuras 2.2, 2.3 e 2.4), assim como para a população empregada (na generalidade do
concelho e também nos Sectores Secundário e Terciário) (Figuras 2.5, 2.6 e 2.7).
.
Figura 2.2 – Densidade populacional – População Jovem
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 6/47
Figura 2.3 – Densidade populacional – População Activa
Figura 2.4 – Densidade populacional – População Idosa
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 7/47
Figura 2.5 – Densidade de População Empregada
Figura 2.6 – Densidade de População Empregada no Sector Secundário
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 8/47
Figura 2.7 – Densidade de População Empregada no Sector Terciário
Ao nível do desemprego, as densidades são bastantes baixas no concelho inteiro, verificando-se o mesmo
para os trabalhadores do Sector Primário. (Figuras 2.8 e 2.9)
Figura 2.8 – Densidade de Desempregados
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 9/47
Figura 2.9 – Densidade de Empregados no Sector Primário
Em termos etários, a Área de Estudo constitui uma amostra representativa do concelho, pois a percentagem
de população nestes grupos é muito aproximada ao peso populacional de 28,42%. (Quadro 2.3 e Cartas 2.5, 2.6 e 2.7)
Idade Concelho Área de Estudo % Até 25 anos 21555 5945 27,58 25 a 64 anos 30599 9034 29,52 Mais de 65 anos 7484 1969 26,31
Quadro 2.3 – Comparação dos estratos etários da Área de Estudo com os do Concelho
No Quadro 2.4 pode-se verificar que quase 20% da população que trabalha no Sector Primário encontra-se
na Área de Estudo, o que pode significar que esta área seja demasiado extensa para um trabalho que se quer
urbano. Por outro lado, como seria de esperar, grande parte dos trabalhadores do Sector Terciário (40,97%)
residem nesta área.
Concelho Área de Estudo % Sector Primário 1169 222 18,99 Sector Secundário 12451 2891 23,22 Sector Terciário 10409 4265 40,97
Quadro 2.4 – Distribuição do Emprego por sectores no Concelho e Área de Estudo.
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 10/47
A Área de Estudo apresenta uma grande percentagem de empregados a residir no Concelho de Amarante
(30,70%). Nesta área, concentram-se quase 40 % dos desempregados no concelho, sendo este valor superior
ao do peso populacional. (Quadro 2.5)
Concelho Área de Estudo %
Empregados 24029 7378 30,70
Desempregados 1262 492 38,99 A trabalhar no Concelho 15996 5425 33,91
A trabalhar fora do Concelho 8033 1953 24,31
Quadro 2.5 – Número de empregados e desempregados residentes no Concelho e na Área de Estudo
Pode-se verificar no Quadro 2.6 que o peso de estudantes é ligeiramente superior ao peso populacional da
Área de Estudo no Concelho. Aqui residem quase 55% dos habitantes com curso superior completo, o que
pode demonstrar que a principal massa crítica do concelho se situa nesta área.
Concelho Área de Estudo %
A estudar no Concelho 8772 2583 29,45
Residentes com Ensino Superior Completo 1943 1062 54,66
Quadro 2.6 – Indicadores relativos à educação no Concelho e Área de Estudo
BaiãoMarco de Canaveses
Fafe
Felgueiras
Celorico de Basto
Mondim de Basto
Penafiel
Vila RealLousada
Penafiel
¯0 52,5
Km
Carta 2.3 - Densidade Populacional (Hab/Km2)
0 - 135
136 - 290
291 - 497
498 - 1166
1167 - 24021
Felgueiras
Celorico de Basto
Penafiel
Marco de CanavesesMarco de Canaveses
¯0 21
Km
Carta 2.4 - Densidade Populacional - Área de Estudo
Densidade Populacional (Hab/Km2)
0 - 135
136 - 290
291 - 497
498 - 1166
1167 - 24021
Área de Estudo
Felgueiras
Celorico de Basto
Penafiel
Marco de CanavesesMarco de Canaveses
¯0 21
Km
Carta 2.5 - Densidade Populacional - População Jovem
Densidade Habitantes com menos de 25 anos(Hab/Km2)
1 - 250
251 - 500
501 - 1000
Mais de 1000
Área de Estudo
Felgueiras
Celorico de Basto
Penafiel
Marco de CanavesesMarco de Canaveses
¯0 21
Km
Carta 2.6 - Densidade Populacional - População Activa
Densidade Habitantes entre 25 e 65 anos(Hab/Km2)
1 - 250
251 - 500
501 - 1000
Mais de 1000
Área de Estudo
Felgueiras
Celorico de Basto
Penafiel
Marco de CanavesesMarco de Canaveses
¯0 21
Km
Carta 2.7 - Densidade Populacional - População Idosa
Densidade Habitantes com mais de 65 anos(Hab/Km2)
1 - 250
251 - 500
501 - 1000
Mais de 1000
Área de Estudo
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 16/47
2.1.4 IDENTIFICAÇÃO DOS GRANDES GERADORES DE TRÁFEGO
Os Principais Geradores de Tráfego de determinada cidade são os locais capazes de atrair diariamente uma
quantidade elevada de viagens. Este estudo procurou identificar quais os Geradores de Tráfego por sector e,
nos casos em que é possível, contabilizar numericamente o seu peso específico nas deslocações no
concelho.
Os sectores em que se agruparam os geradores de tráfego foram a Educação, a Saúde, o Comércio, os
Serviços Públicos, o Desporto e a Cultura.
EducaçãoEm termos de educação, contabilizou-se o número de utentes por estabelecimento de ensino, tendo como
base o número de alunos e de o pessoal docente e não docente. Estes dados tiveram como fonte o Gabinete
de Informação e Avaliação do Sistema Educativo (GIASE) e a Direcção Regional de Educação do Norte, além
dos fornecidos pela Câmara Municipal de Amarante. A listagem destes estabelecimentos está presente no
Quadro 2.7.
Equipamento Alunos Pessoal Total de
Utentes Colégio de São Gonçalo 1634 187 1821 Escola Secundária de Amarante 1349 239 1588 Externato de Vila Meã 1390 124 1514 EB 2,3 de Amarante 771 213 984 EB 2,3 de Vila Caiz 375 109 484 Escola Básica Integrada do Marão - Várzea 388 86 474 Escola Básica do 1º Ciclo de Amarante 323 62 385 Escola Profissional António Lago Cerqueira 340 340EB 2,3 de Telões 322 322 Escola Básica do 1º Ciclo de Torreira 152 30 182 Escola Básica do 1º Ciclo de Igreja - Vila Caiz 162 4 166 Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 2 de Stª Comba 103 17 120 Escola Básica do 1.º Ciclo de Estrada (Telões) 93 19 112 Escola Básica do 1.º Ciclo de Moreira de Cima 96 14 110
Quadro 2.7 - Principais Geradores de Tráfego no sector da Educação
Destes 14 equipamentos de ensino, 8 deles situam-se dentro da Área de Estudo (5 na freguesia de São
Gonçalo e os restantes 3 distribuídos equitativamente pelas freguesias de Madalena, Telões e Fregim). A
Escola Básica Integrada do Marão (freguesia de Várzea) é a única situada na zona Este do Concelho. A EB
2/3 de Vila Caiz e a EB 1 de Igreja (freguesia de Vila Caiz), a EB 1 nº2 de Santa Comba (na freguesia de
Real), a EB 1 de Moreira de Cima (freguesia de Travanca) e o Externato de Vila Meã (freguesia de Ataíde)
estão situadas na zona Sudoeste do Concelho (Cartas 2.8 e 2.9).
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 17/47
Saúde
Os Geradores de Tráfego neste sector consistem nas Unidades de Saúde e no Hospital de São Gonçalo. O
Hospital localiza-se na Área de Estudo. Bem como uma das Unidades de Saúde. O hospital situa-se na
Avenida General Vitorino Laranjeira e é o principal gerador de tráfego na Área da Saúde. A Unidade de Saúde
– Rua Nova fica situada muito perto do Hospital, localizando-se também no centro da cidade de Amarante. No
entanto, é de salientar a localização prevista do novo Hospital de Amarante, que se fixará na freguesia de
Telões, um pouco mais afastada do centro, mas ainda dentro da Área de Estudo (Cartas 2.10 e 2.11).
Comércio
Na cidade de Amarante são poucas as grandes superfícies comerciais, uma vez que o comércio
predominante é o tradicional. No entanto, existem 3 grandes superfícies a considerar: o Mercado Municipal
situado junto ao Mosteiro de São Gonçalo, o Hipermercado LIDL na Avenida 1º de Maio, perto da Repartição
de Finanças, e o Modelo, um pouco mais afastado do centro, junto ao Pavilhão Desportivo Municipal, todos na
margem direita do Rio Tâmega e na freguesia de São Gonçalo (Carta 2.12).
Serviços Públicos
Além dos equipamentos de Administração Pública e de Justiça, foram também considerados neste sector os
Bombeiros Voluntários de Amarante e a Guarda Nacional Republicana, estando todos situados no centro da
cidade de Amarante (Carta 2.13).
Desporto
Os equipamentos de Desporto estão distribuídos pelo Concelho de Amarante de uma forma mais ou menos
uniforme. No entanto, os que serão considerados como principais geradores de tráfego serão apenas alguns,
concentrados na zona central do Concelho de Amarante e na freguesia de Real, na zona sudoeste do
concelho (Quadro 2.8 e Carta 2.14).
Equipamento
Piscina Municipal de Vila Meã Piscinas Municipais
Estádio Municipal de Vila Meã
Estádio Municipal de Amarante Amarante Futebol Clube
Parque Desportivo da Costa Grande
Quadro 2.8 - Equipamentos Desportivos
Apesar de apenas um destes equipamentos se situar na Área de Estudo (Piscinas Municipais), três deles são
muito próximos à fronteira desta zona e também devem ser tidos em conta (Parque Desportivo da Costa
Grande, Amarante Futebol Clube e Estádio Municipal de Amarante) (Carta 2.15).
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 18/47
Cultura
Existem vários pontos de interesse turístico espalhados pelo concelho de Amarante (Igrejas, Casa de
Pascoaes e Casa de Amadeo de Souza-Cardoso), mas os que estão localizados na cidade são os que
apresentam mais importância para este tipo de estudo (Quadro 2.9 e Carta 2.16).
Equipamento Sala de Cinema
Mosteiro de São Gonçalo Museu Municipal Amadeo Souza Cardozo
Biblioteca Municipal
Casa da Cultura e Juventude
Cine Teatro
Quadro 2.9 - Equipamentos Culturais
Grandes Geradores de Tráfego
Após a definição dos principais Geradores de Tráfego, pode-se concluir que a maior parte destes situa-se na
Área de Estudo e, principalmente, nas freguesias de São Gonçalo, Madalena e Cepelos. As zonas Este e
Noroeste do concelho não têm expressão significativa no que respeita a Grandes Geradores de Tráfego. Já a
Sudoeste existem alguns geradores de tráfego significativos, principalmente nas freguesias de Vila Caiz e
Real (Carta 2.17).
Na Área de Estudo, nota-se que a existência de Grandes Geradores de Tráfego nas freguesias de Telões e
Fregim é muito rara, estando quase a sua totalidade localizados na freguesia de São Gonçalo (Carta 2.18).
Baião
Fafe
Celorico de Basto
Marco de Canaveses
Felgueiras
Mondim de Basto
Penafiel
Vila RealLousada
Penafiel ¯0 52,5
Km
Carta 2.8 - Geradores de Tráfego - Educação
Equipamentos de Ensino com mais de 100 Utentes
A4/IP4
Estradas Nacionais
Felgueiras
Celorico de Basto
Penafiel
Marco de CanavesesMarco de Canaveses
¯0 21
Km
Carta 2.9 - Geradores de Tráfego - Educação
Equipamentos de Ensino com mais de 100 Utentes
Área de Estudo
A4/IP4
Estradas Nacionais
"u
®v
Baião
Fafe
Marco de Canaveses
Celorico de Basto
Felgueiras
Mondim de Basto
Penafiel
Lousada
Vila Real
Penafiel ¯0 52,5
Km
Carta 2.10 - Geradores de Tráfego - Saúde®v Hospital de São Gonçalo
"u Localização Prevista do Novo Hospital de Amarante
Unidades de Saúde
A4/IP4
Estradas Nacionais
"u
®v
Felgueiras
Celorico de Basto
Penafiel
Marco de CanavesesMarco de Canaveses
¯0 21
Km
Carta 2.11 - Geradores de Tráfego - Saúde®v Hospital de São Gonçalo
"u Localização Prevista do Novo Hospital de Amarante
Unidades de Saúde
Área de Estudo
A4/IP4
Estradas Nacionais
¯0 400200
m
Carta 2.12 - Geradores de Tráfego - Comércio
Mercado Municipal
Hipermercados
Área de Estudo
A4/IP4
¯0 400200
m
Carta 2.13 - Geradores de Tráfego - Serviços Públicos
Serviços Públicos Área de Estudo
A4/IP4
Baião
Fafe
Celorico de Basto
Marco de Canaveses
Felgueiras
Mondim de Basto
Penafiel
Vila RealLousada
Penafiel ¯0 52,5
Km
Carta 2.14 - Geradores de Tráfego - Desporto
Parque Desportivo da Costa Grande
Amarante Futebol Clube
Estádios Municipais
Piscinas
A4/IP4
Estradas Nacionais
Felgueiras
Celorico de Basto
Penafiel
Marco de CanavesesMarco de Canaveses
¯0 21
Km
Carta 2.15 - Geradores de Tráfego - Desporto
Parque Desportivo da Costa Grande
Amarante Futebol Clube
Estádios Municipais
Piscinas
Área de Estudo
A4/IP4
Estradas Nacionais
¯0 400200
m
Carta 2.16 - Geradores de Tráfego - Cultura
Cultura Área de Estudo
A4/IP4
"u
®v
Baião
Fafe
Celorico de Basto
Marco de Canaveses
Felgueiras
Mondim de Basto
Penafiel
Vila RealLousada
Penafiel ¯0 52,5
Km
Carta 2.17 - Grandes Geradores de Tráfego
Equipamentos de Ensino com mais de 100 Utentes
®v Hospital de São Gonçalo
"u Localização Prevista do Novo Hospital de Amarante
Unidade de Saúde
Cultura
Serviços Públicos
Mercado Municipal
Hipermercados
Piscinas
Parque Desportivo da Costa Grande
Amarante Futebol Clube
Estádios Municipais
A4/IP4
Estradas Nacionais
"u
®v
Felgueiras
Celorico de Basto
Penafiel
Marco de CanavesesMarco de Canaveses
¯0 21
Km
Carta 2.18 - Grandes Geradores de Tráfego
Equipamentos de Ensino com mais de 100 Utentes
®v Hospital de São Gonçalo
"u Localização Prevista do Novo Hospital de Amarante
Unidade de Saúde
Parque Desportivo da Costa Grande
Cultura
Serviços Públicos
Mercado Municipal
Hipermercados
Piscinas
Amarante Futebol Clube
Estádios Municipais
Área de Estudo
Estradas Nacionais
A4/IP4
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 30/47
2.2 PRINCIPAIS FLUXOS
O concelho de Amarante é atravessado pela auto-estrada A4/IP4, que funciona como ligação principal aos
concelhos do Porto e Vila Real. Esta infraestrutura atravessa a Área de Estudo na sua zona Sul.
A ligação aos concelhos envolventes é feita através das estradas nacionais, sendo a principal a EN15, que
atravessa o concelho de Este a Oeste e faz fronteira com os concelhos de Lousada e Felgueiras. A ligação a
Penafiel é feita através da EN211 e, como ligação ao concelho de Marco de Canaveses, existem três
possibilidades (EN312, EN210 e EN101-5). A EN210 faz também ligação a Celorico de Basto, uma vez que
atravessa o Concelho de Norte a Sul, na zona central. (Cartas 2.19 e 2.20)
Através de contagens fornecidas pela Câmara de Amarante, nota-se que as vias com maior tráfego médio
horário são precisamente as vias principais de ligação do concelho (A4/IP4, EN15 e EM723) (Carta 2.21).
Estas estradas atravessam também a Área de Estudo, mas não o centro da cidade. (Carta 2.22)
BaiãoMarco de Canaveses
Fafe
Felgueiras
Celorico de BastoMondim de Basto
Penafiel
Vila RealLousada
Penafiel
¯0 52,5
Km
Carta 2.19 - Rede Rodoviária
A4 / IP4
Estradas Nacionais
Estradas Municipais
Caminhos Municipais
Felgueiras
Celorico de Basto
Penafiel
Marco de CanavesesMarco de Canaveses
¯0 21
Km
Carta 2.20 - Rede Rodoviária
A4 / IP4
Estradas Nacionais
Estradas Municipais
Caminhos Municipais
Área de Estudo
Baião
Fafe
Celorico de Basto
Marco de Canaveses
Felgueiras
Mondim de Basto
Penafiel
Vila RealLousada
Penafiel ¯0 52,5
Km
Carta 2.21 - Tráfego Médio Horário de Cálculo - Diurno
Número de Veículos
0 - 250
251 - 500
501 - 1000
Mais de 1000
Cidade
Felgueiras
Celorico de Basto
Penafiel
Marco de CanavesesMarco de Canaveses
¯0 21
Km
Carta 2.22 - Tráfego Médio Horário de Cálculo - Diurno
Número de Veículos
0 - 250
251 - 500
501 - 1000
Mais de 1000
Cidade
Área de Estudo
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 35/47
2.3 LEVANTAMENTO DAS INFRAESTRUTURAS / SERVIÇOS DE TRANSPORTE
No concelho de Amarante existe uma Estação de Comboios localizada no centro da cidade (estação terminal)
e três apeadeiros (dois na freguesia de Fregim e um em Vila Caiz). Apesar da linha se chamar Porto-
Livração/Amarante, não existe ligação directa ao Porto, sendo necessário fazer transbordo na estação da
Livração, no concelho de Marco de Canaveses.
Amarante não possui uma rede de transportes rodoviários pública, mas é servida por empresas privadas
(Rodonorte, Valpi e Joauto), que fazem ligações aos concelhos vizinhos e também a outras zonas do país,
como por exemplo Porto, Braga e Lisboa. Nestas ligações, existem paragens não convencionais nas várias
freguesias do concelho, permitindo o acesso da população ao transporte público, de forma a se deslocar do e
para o centro da cidade. A Central de Camionagem que serve estes sistemas transportes situa-se na zona do
Arquinho (margem esquerda do Rio Tâmega). (Carta 2.23)
Cepelos
São Gonçalo
Madalena
Gatão
Lomba
Lufrei
Telões
¯0 500250
m
Carta 2.23 - Infraestruturas de Transportes
Estação de Caminho de Ferro
Central de Camionagem
Rede Ferroviária
A4/IP4
Área de Estudo
Freguesias
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 37/47
2.4 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE CIRCULAÇÃO
2.4.1 PEÃO
A deslocação pedonal é bastante acessível a todo o tipo de pessoas, existindo, em grande parte do centro,
condições para pessoas com mobilidade reduzida. No entanto, à medida que nos afastamos da zona
histórica, começam a aparecer alguns passeios bastante degradados e desprovidos de rampas para o
atravessamento de ruas.
Existe uma área estritamente pedonal na zona do Mosteiro de São Gonçalo.
2.4.2 BICICLETA
Dada a orografia do concelho e, mais propriamente da Área de Estudo, não se observam ciclistas pela cidade.
No entanto, poderá-se, eventualmente, aproveitar o potencial da zona ribeirinha para circuitos de lazer ao
longo do rio, onde o desnível não é tão acentuado.
2.4.3 TRANSPORTE PÚBLICO
Não existe serviços de transportes fornecidos por entidades públicas no concelho de Amarante.
2.4.4 AUTOMÓVEL, ESTACIONAMENTO E SEGURANÇA RODOVIÁRIA
No que respeita à circulação automóvel na Área de Estudo, as infraestruturas encontram-se em muito boas
condições. No entanto, à medida que nos afastamos do centro, verifica-se uma maior degradação do
pavimento e também um estreitamento do perfil da estrada.
A circulação automóvel é feita sem grandes dificuldades, à excepção da zona do Arquinho, onde se situa a
Central de Camionagem, em que, por vezes, se observa bastante tráfego.
Existe algum conflito entre peões e automóveis à saída da ponte de São Gonçalo, uma vez que esta zona já é
bastante estreita apenas para a passagem de automóveis.
Na zona central da cidade de Amarante existem 8 parques de estacionamento de dimensão variável, sendo
apenas três deles são tarifados (Carta 2.24). Os parques com maior dimensão são os mais afastados do
centro e, consequentemente, os menos procurados, apesar de estarem a menos de 5 minutos a pé do centro
histórico. Existe também estacionamento ao longo de muitas das ruas, sendo a maior parte deste tarifado. No
entanto, aparecem com frequência veículos estacionados em transgressão.
Existem seis zonas onde é mais frequente a ocorrência de sinistros rodoviários: o cruzamento da Avenida 1º
de Maio com a Avenida 25 de Abril; o cruzamento à saída da ponte nova; ainda na Avenida 1º de Maio, em
frente ao LIDL, perto da Repartição de Finanças; o cruzamento dos Bombeiros, onde novamente a Avenida 1º
de Maio cruza com a Rua Doutor Mário Cal Brandão; o cruzamento da Avenida 1º de Maio com a Rua de
Freitas e, finalmente, na rua onde se situa o Modelo com a Rua de Guimarães (Fonte: GNR). (Carta 2.25)
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 38/47
2.4.5 ÁREAS ESPECÍFICAS
Mobilidade Escolar
A Câmara Municipal de Amarante, mediante a celebração de protocolos com as instituições locais e juntas de
freguesia, fornece transporte escolar às crianças que frequentavam as escolas do 1º Ciclo e que encerraram
no ano lectivo 2005/2006.
No caso das Escolas Públicas, no 2º e 3º Ciclos e no Ensino Secundário, é adoptado o sistema misto, ou seja,
passes escolares em carreira pública ou circuitos especiais, sendo estes efectuados nos locais que não são
servidos pela carreira pública.
A densidade de habitantes a estudar no 1º Ciclo vai sensivelmente ao encontro da distribuição de escolas
para este nível de ensino (Carta 2.26). O mesmo já não se pode dizer relativamente aos 2º e 3º Ciclos e ao
Ensino Secundário, pois este tipo de instituições situa-se na cidade de Amarante, existindo uma em cada uma
das freguesias de Vila Caiz, Várzea e Ataíde. (Cartas 2.27, 2.28 e 2.29)
Mobilidade dos Doentes
Os utentes do Centro de Saúde e do Hospital que necessitem de transporte recorrem ao transporte fornecido
pelos Bombeiros Voluntários.
Mobilidade dos Idosos
Os idosos que se deslocam ao Centro de Dia, em funcionamento na Junta de Freguesia de São Gonçalo,
fazem-no a pé ou de transporte individual, consoante as suas possibilidades.
No Lar da Santa Casa da Misericórdia de Amarante existe uma carrinha para o transporte esporádico dos
idosos residentes.
Mobilidade dos Deficientes
O transporte de deficientes é assegurado pelos Bombeiros Voluntários de Amarante.
Cepelos
São Gonçalo
Madalena
GatãoLufrei
Lomba
Telões
¯0 400200
m
Carta 2.24 - Parques de Estacionamento
Parques de Estacionamento
Não Pago
Pago
A4/IP4
Área de Estudo
Cepelos
São Gonçalo
Madalena
GatãoLufrei
Lomba
Telões
¯0 400200
m
Carta 2.25 - Sinistralidade Rodoviária
Zonas de maior ocorrência de sinistros rodoviários Área de Estudo
A4/IP4
!
!
!
!
!
!
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!!
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!
!
!
!
!!!
!
!
!!
!
!
!
!
!
Baião
Fafe
Celorico de Basto
Marco de Canaveses
Felgueiras
Mondim de Basto
Penafiel
Vila RealLousada
Penafiel
Ansiães
Aboadela
Telões
Olo
Real
Rebordelo
Canadelo
Gondar
Lufrei
Fregim
Mancelos
Carneiro
CandemilVila Caiz
Fridão
Gatão
Bustelo
Travanca
Várzea
Aboim
Gouveia - São Simão
Jazente
Chapa
Sanche
Oliveira
Lomba
Salvador do Monte
Cepelos
São Gonçalo
Louredo
Vila Garcia
Ataíde
Freixo de Baixo
Carvalho de Rei
Vila Chão do Marão
Madalena
Figueiró - Santiago
Figueiró - Santa Cristina
Freixo de Cima
Padronelo
¯0 52,5
Km
Carta 2.26 - Mobilidade Escolar
Escolas do 1º Ciclo
Nº de Alunos
! Menos de 25
! 26 - 50
! 51 - 100
! Mais de 100
Densidade Habitantes a estudar no 1º Ciclo (Hab/Km2)
0 - 25
26 - 50
51 - 250
251 - 500
Mais de 500
A4/IP4
Área de Estudo
!!
!
!!
!
Baião
Fafe
Celorico de Basto
Marco de Canaveses
Felgueiras
Mondim de Basto
Penafiel
Vila RealLousada
Penafiel
Ansiães
Aboadela
Telões
Olo
Real
Rebordelo
Canadelo
Gondar
Lufrei
Fregim
Mancelos
Carneiro
CandemilVila Caiz
Fridão
Gatão
Bustelo
Travanca
Várzea
Aboim
Gouveia - São Simão
Jazente
Chapa
Sanche
Oliveira
Lomba
Salvador do Monte
Cepelos
São Gonçalo
Louredo
Vila Garcia
Ataíde
Freixo de Baixo
Carvalho de Rei
Vila Chão do Marão
Madalena
Figueiró - Santiago
Figueiró - Santa Cristina
Freixo de Cima
Padronelo
¯0 52,5
Km
Carta 2.27 - Mobilidade Escolar
Escolas do 2º Ciclo
Nº Alunos
! Menos de 25
! 26 - 50
! 51 - 100
! Mais de 100
Densidade Habitantes a estudar no 2º Ciclo (Hab/Km2)
0 - 25
26 - 50
51 - 250
251 - 500
Mais de 500
A4/IP4
Área de Estudo
!!
!
!
!
!
Baião
Fafe
Celorico de Basto
Marco de Canaveses
Felgueiras
Mondim de Basto
Penafiel
Vila RealLousada
Penafiel
Ansiães
Aboadela
Telões
Olo
Real
Rebordelo
Canadelo
Gondar
Lufrei
Fregim
Mancelos
Carneiro
CandemilVila Caiz
Fridão
Gatão
Bustelo
Travanca
Várzea
Aboim
Gouveia - São Simão
Jazente
Chapa
Sanche
Oliveira
Lomba
Salvador do Monte
Cepelos
São Gonçalo
Louredo
Vila Garcia
Ataíde
Freixo de Baixo
Carvalho de Rei
Vila Chão do Marão
Madalena
Figueiró - Santiago
Figueiró - Santa Cristina
Freixo de Cima
Padronelo
¯0 52,5
Km
Carta 2.28 - Mobilidade Escolar
Escolas do 3º Ciclo
Nº Alunos
! Menos de 25
! 26 - 50
! 51 - 100
! Mais de 100
Densidade Habitantes a estudar no 3º Ciclo (Hab/Km2)
0 - 25
26 - 50
51 - 250
251 - 500
Mais de 500
A4/IP4
Área de Estudo
!!
!
!
!
!
!
!
Baião
Fafe
Celorico de Basto
Marco de Canaveses
Felgueiras
Mondim de Basto
Penafiel
Vila RealLousada
Penafiel
Ansiães
Aboadela
Telões
Olo
Real
Rebordelo
Canadelo
Gondar
Lufrei
Fregim
Mancelos
Carneiro
CandemilVila Caiz
Fridão
Gatão
Bustelo
Travanca
Várzea
Aboim
Gouveia - São Simão
Jazente
Chapa
Sanche
Oliveira
Lomba
Salvador do Monte
Cepelos
São Gonçalo
Louredo
Vila Garcia
Ataíde
Freixo de Baixo
Carvalho de Rei
Vila Chão do Marão
Madalena
Figueiró - Santiago
Figueiró - Santa Cristina
Freixo de Cima
Padronelo
¯0 52,5
Km
Carta 2.29 - Mobilidade Escolar
Escolas Secundárias
Nº de Alunos
! Menos de 25
! 26 - 50
! 51 - 100
! Mais de 100
Densidade Habitantes a estudar no Secundário (Hab/Km2)
0 - 25
26 - 50
51 - 250
251 - 500
Mais de 500
A4/IP4
Área de Estudo
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 45/47
2.5 LEVANTAMENTO DOS PROJECTOS E DAS POLÍTICAS MUNICIPAIS
Amarante apresenta alguns projectos esboçados para o seu desenvolvimento e melhoria de condições para a
sua população. (Carta 2.30)
A Estação Rodoviária do Queimado, localizada na margem esquerda do Rio Tâmega e próxima da principal
ligação à auto-estrada, irá melhorar as condições de circulação rodoviária, uma vez que a localização da
actual Central de Camionagem provoca congestionamento, principalmente na entrada e saída de camionetas
da central. Além disso, esta é uma zona de comércio tradicional com um perfil de estradas estreito.
Na margem esquerda do Rio Tâmega, será construído um percurso pedonal à Beira-Rio, iniciando junto à
Ponte de São Gonçalo, estendendo-se para jusante até à freguesia Salvador de Monte, ultrapassando a Área
de Estudo.
Para aproveitar a linha de comboio para Norte da Estação de Amarante, que está desactivada, será criada
uma Ecopista – Ciclovia que atravessa a fronteira do concelho até ao Arco de Baúlhe, no concelho de
Cabeceiras de Basto.
Neste momento, estão a ser desenvolvidos dois Planos de Pormenor, para áreas situadas na margem direita
do Rio Tâmega. O Plano de Pormenor da Baseira situa-se a Norte do Mosteiro de São Gonçalo e incide
essencialmente na edificação de novos empreendimentos, sendo esta uma das zonas para onde a cidade se
está a expandir. O Plano de Pormenor do Rossio foca-se numa zona mais a sul e tem como preocupações
principais a zona ribeirinha e a melhoria do estacionamento. Este projecto de novo estacionamento tem como
base alguns terrenos em terra batida que se situam nesta área e que têm servido, ao longo dos tempos, como
parque de estacionamento. Assim, pretende-se melhorar tanto os acessos rodoviários como pedonais, além
da organização espacial do próprio estacionamento.
Estão também projectadas algumas novas ligações rodoviárias no centro da cidade de Amarante, que
diminuem a distância e o tempo entre alguns pontos da cidade.
¯0 400200
m
Carta 2.30 - Projectos em Curso
Estação Rodoviária Queimado
Percurso Beira-Rio
ECOPISTA - Ciclovia
PP Baseira
PP Rossio
Novas Ligações Rodoviárias
Estacionamento Proposto
Área de Estudo
A4/IP4
DIAGNÓSTICO
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 47/47
2.6 SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO
Pontos Fortes
• Centro Histórico da cidade • Requalificação da rede viária
Pontos Fracos
• Degradação de zonas não requalificadas recentemente
• Infraestruturas para transportes rodoviários • Carência de espaços públicos de lazer • Reduzida percepção de segurança na
circulação pedonal
Oportunidades
• Potencial da zona ribeirinha • Criação de Transporte Público de raiz
Ameaças
• Fraca acessibilidade através de linhas férreas • Estacionamento ilegal • Serviços de transporte rodoviário
Quadro 2.10 – Análise SWOT
AMARANTE
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 1/1
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No âmbito deste projecto, a proposta essencial, sugerida pela Câmara Municipal de Amarante, é a criação de
um Centro Coordenador de Transportes, que poderá levar à introdução de uma rede de transporte público
para o concelho.
Será então necessário ter acesso aos padrões de deslocação dos habitantes de Amarante, seja por razões de
trabalho, educação e outros motivos que poderão levar as pessoas a movimentarem-se.
A sua localização é um aspecto importante. Para planear este tipo de infraestrutura, deve-se essencialmente
proporcionar a interface com a rede ferroviária, colocando-a o mais perto possível da Estação de Caminho de
Ferro, e também garantir o estacionamento sob a forma de ‘kiss and ride’, para impedir o aparcamento no
centro da cidade, mas por outro lado permitir a acessibilidade confortável ao Centro Coordenador de
Transportes.
Este centro também servirá para o ordenamento do Transporte Escolar, principalmente a nível do
estacionamento dos autocarros que efectuam somente as deslocações casa-escola e vice-versa dos
estudantes e permanecem inactivos durante o resto do dia.
Outro ponto fundamental a ser desenvolvido é a questão do estacionamento, que poderá ser estudado em
conjunto com a criação do Centro Coordenador de Transportes. Com a oferta de parques de estacionamento
gratuitos na proximidade da cidade (cerca de 5 minutos a pé), que não apresentam grande adesão por parte
dos utentes, pode-se reduzir o estacionamento no centro da cidade e, consequentemente, forçar o
aparcamento nestes parques. A existência de estacionamento ilegal deverá ser diminuída com uma maior
presença de fiscalização.
O aproveitamento do potencial de toda a zona ribeirinha e do centro histórico é outro ponto importante. A
utilização destes espaços pode levar à criação de espaços de lazer que, com o ordenamento do
estacionamento, contribui para uma melhoria das condições de mobilidade pedonal e, consequentemente, da
qualidade de vida da população.
AMARANTE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 1/1
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Cervero, R., (2002). Built environments and mode choice: toward a normative framework. Transportation
Research Part D: Transport and Environment 7. 265-284.
• Cervero, R. e Kockelman, K., (1997). Travel demand and the 3Ds: Density, diversity, and design.
Transportation Research Part D: Transport and Environment 2(3). 199-219.
• Frey, Hildebrand, (1999), Designing the City, Towards a more sustainable urban form. Bath Press.
London.
• Kneib, E. (2004). Caracterização de Empreendimentos Geradores de Viagens: Contribuição Conceitual à
Análise de seus Impactos no Uso, Ocupação e Valorização do Solo Urbano. Dissertação de mestrado em
Transportes. Brasília.
• Marshal, Stephen (1999), Restraining Mobility While Mantaining Acessibility: An Impression of the ‘City of
Sustainable Growth’. Built Environment Vol 25 NO 2.
• Nunes da Silva, Fernando. Políticas urbanas para uma mobilidade sustentável: do diagnóstico às
propostas.
• PORTAL – Material Pedagógico sobre Transportes (2003). Transportes e Uso do Solo. www.eu-portal.net
• TRL (1999), TRANSLAND - Final Summary Report Integration of Transport and Land Use Planning.