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JUNHO DE 2008 R R E E L L A A T T Ó Ó R R I I O O D D E E D D I I A A G G N N Ó Ó S S T T I I C C O O M MUNICÍPIO DE T TAVIRA Instituto de Dinâmica do Espaço – FCSH/UNL Av. Berna, 26 C 1069-061 Lisboa Tel. /Fax: +351 217 908 389 E-mail: [email protected] http://www.fcsh.unl.pt/ide/ P PROJECTO M MOBILIDADE S SUSTENT Á Á V VEL Co-financiado pela União Europeia - FEDER

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JUNHO DE 2008

RREELLAATTÓÓRRIIOO DDEE DDIIAAGGNNÓÓSSTTIICCOO

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Instituto de Dinâmica do Espaço – FCSH/UNL

Av. Berna, 26 C 1069-061 Lisboa

Tel. /Fax: +351 217 908 389 E-mail: [email protected]

http://www.fcsh.unl.pt/ide/

PPRROOJJEECCTTOO MMOOBBIILLIIDDAADDEE SSUUSSTTEENNTTÁÁVVEELL

Co-financiado pela União Europeia - FEDER

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

2

FICHA TÉCNICA

EQUIPA

COORDENAÇÃO

João Figueira de Sousa

EQUIPA TÉCNICA

André Fernandes

Ana Márcia Ferreira

Carlos Pita Rua

Hélder Ferreira

Michael Rodrigues

Ricardo Malhão

Rita Marquito

INTERLOCUTOR C. M. TAVIRA

Francisco Carvalho

JUNHO DE 2008

Instituto de Dinâmica do Espaço – FCSH/UNL

Av. Berna, 26 C 1069-061 Lisboa

Tel. /Fax: +351 217 908 389E-mail: [email protected]

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

3

ÍNDICE GERAL PÁGINAS

Introdução 15

1. Enquadramento Territorial 18

2. Perímetro de Estudo 21

3. Dinâmica e Estrutura Demográfica 24

3.1. Dinâmica Demográfica 24

3.2. Estrutura Demográfica 27

4. Emprego e Actividades Económicas 29

4.1. Emprego 29

4.2. Actividades Económicas 33

4.3. Análise das Localizações 36

5. Rede Urbana e Sistema de Povoamento 42

5.1. Sistema de Povoamento 42

5.1.1. Estrutura do Povoamento 42

5.1.2. Uso do Solo e Parque Habitacional 46

5.2. Serviços de Hierarquia Superior 51

6. Caracterização da Procura de Transporte 55

6.1. Identificação e Caracterização das Principais Deslocações 55

6.1.1. Análise Global das Deslocações Concelhias 55

6.1.1.1. Análise das Deslocações Intra-Concelhias 56

6.1.1.2. Análise das Deslocações Inter-Concelhias 60

6.1.2. Análise das Deslocações por Motivo de Trabalho 63

6.1.2.1. Deslocações Intra-Concelhias 63

6.1.2.2. Deslocações Inter-Concelhias 65

6.1.3. Análise das Deslocações por motivo de Estudo 68

6.1.3.1. Deslocações Intra-Concelhias 68

6.1.3.2. Deslocações Inter-Concelhias 70

6.1.4. Destinos das Deslocações Inter-Concelhias por Motivo de Trabalho e Estudo

72

6.1.5. Deslocações Inter-Concelhias com Destino no Concelho de Tavira

74

6.1.6. Evolução dos Modos de Transporte Utilizados pela População Empregada e Estudantes

75

6.1.6.1. Deslocações Intra-Concelhias da População Empregada e Estudantes por Modo de Transporte

78

6.1.6.2. Deslocações Inter-Concelhias da População Empregada e Estudantes por Modo de Transporte

79

6.1.7. Duração das Deslocações 79

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

4

6.1.8. Evolução da Motorização 81

6.2. Identificação e Caracterização dos Principais Pólos Atractores de Tráfego

83

6.2.1. Principais Pólos Atractores 83

6.2.1.1. Equipamentos Colectivos 83

6.2.1.1.1. Equipamentos de Educação 84

6.2.1.1.2. Equipamentos de Saúde 89

6.2.1.1.3. Equipamentos de Solidariedade e Seg. Social

91

6.2.1.1.4. Equipamentos Desportivos 96

6.2.1.1.5. Equipamentos Culturais 99

6.2.1.2. Outros Pólos Atractores 103

6.2.2. Principais Pólos Geradores 105

6.3. Avaliação dos Problemas Associados às Pessoas com Mobilidade Reduzida

106

7. Caracterização da Oferta de Transporte 111

7.1. Identificação e Caracterização da Oferta de Transporte por Modo 111

7.1.1. Rede Rodoviária 111

7.1.1.1. Caracterização da Rede Rodoviária 111

7.1.1.2. Indicadores da Rede Rodoviária 119

7.1.1.3. Congestionamentos de Tráfego 121

7.1.1.4. Pontos Negros em Termos de Sinistralidade 124

7.1.2. Rede Ferroviária 128

7.1.3. Principais Percursos Pedonais 129

7.1.4. Pistas Cicláveis 133

7.1.5. Serviço de Transporte de Passageiros 135

7.1.5.1. Transportes Colectivos Rodoviário 135

7.1.5.1.1 Empresa de Viação do Algarve (EVA) 135 7.1.5.1.2 Transportes Urbanos de Tavira 151

7.1.5.1.3 Rede Nacional de Expressos 152

7.1.5.1.4 RENEX 153

7.1.5.2. Transporte Escolar 156

7.1.5.3. Transporte Ferroviário de Passageiros 177

7.1.5.4. Serviço de Táxis 185

7.1.5.5. Transporte Fluvial 185

7.1.5.6 Outros Serviços 187

7.2. Estacionamento em Parque e em Zonas Tarifadas 189

7.2.1. Parques de Estacionamento 189

7.2.2. Estacionamento Tarifado 193

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

5

7.2.3. Estacionamento Condicionado 197

7.3. Principais Projectos Previstos para o Sistema de Transportes 199

7.3.1. Antecedentes 199

7.3.2. Principais Projectos Previstos para o Sistema de Transportes 202

8. Impactes dos Transportes no Ambiente 205

8.1. Qualidade do Ar 205

8.2. Ruído 211

9. Diagnóstico 218

Referências Bibliográficas 222

Anexos 226

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

6

ÍNDICE DE FIGURAS

PÁGINAS

Figura 1. Enquadramento territorial do concelho de Tavira 18

Figura 2. Freguesias do concelho de Tavira 19

Figura 3. Perímetro de estudo na Cidade de Tavira 22

Figura 4. Perímetro de estudo alargado – Concelho de Tavira 23

Figura 5. Evolução da população residente no concelho de Tavira, por freguesia (1991-2001) 27

Figura 6. Número de empresas por freguesia (2005) 38

Figura 7. Número de estabelecimentos por freguesia (2005) 39

Figura 8. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005) 41

Figura 9. Densidade populacional por freguesia (2001) 43

Figura 10. Densidade populacional por freguesia (1991) 44

Figura 11. População residente por lugar (1991 e 2001) 46

Figura 12. Núcleo urbano consolidado e áreas de expansão urbana na Cidade de Tavira 47

Figura 13. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia 49

Figura 14. Sistema Urbano do Algarve 53

Figura 15. Deslocações a Hospitais Centrais na Região do Algarve 54

Figura 16. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 1991 57

Figura 17. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 2001 58

Figura 18. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991-2001) 60

Figura 19. Origem das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991-2001) 63

Figura 20. Destinos das deslocações inter-concelhias (2001) 73

Figura 21. Origem das deslocações com destino no concelho de Tavira (2001) 75

Figura 22. Distribuição espacial dos equipamentos de ensino (ano lectivo 2007/2008) 87

Figura 23. Distribuição espacial dos equipamentos de saúde 90

Figura 24. Distribuição espacial dos equipamentos de segurança social (2007) 93

Figura 25. Distribuição espacial dos equipamentos desportivos 98

Figura 26. Distribuição espacial dos equipamentos culturais na Cidade de Tavira 102

Figura 27. Outros pólos atractores na Cidade de Tavira 104

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

7

Figura 28. Principais pólos geradores na Cidade de Tavira 106

Figura 29. Rede Rodoviária 112

Figura 30. Rede rodoviária do concelho de Tavira 114

Figura 31. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Rede Rodoviária) 116

Figura 32. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (área circundante à Rede Rodov 118

Figura 33. Principais “pontos”/”zonas” de conflito 123

Figura 34. Acidentes com mortos ou feridos graves no concelho de Tavira (2004-2006) 126

Figura 35. Rede ferroviária no concelho de Tavira 129

Figura 36. Principais percursos pedonais na Cidade de Tavira 130

Figura 37. Principais percursos pedonais a implementar em Santa Luzia 132

Figura 38. Principais percursos pedonais a implementarem em Cabanas 132

Figura 39. Percurso da Ecovia do Algarve 133

Figura 40. Troço urbano da Ecovia do Litoral no Concelho de Tavira 134

Figura 41. Rede de Transportes Colectivos Rodoviário no Concelho de Tavira – Operador EVA Transportes 136

Figura 42. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Transporte Colectivo de Passageiros) 142

Figura 43. Rota da Ria Formosa – EVA Transportes 147

Figura 44. Circuito dos Transportes Urbanos de Tavira 152

Figura 45. Transporte Escolar – Percursos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira (1.º Percurso – 5.º Percurso) 159

Figura 46. Transporte Escolar – Percursos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira (6.º Percurso – 10.º Percurso) 160

Figura 47. Transporte Escolar – Percursos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira (11.º Percurso – 15.º Percurso) 161

Figura 48. Serviços fluviais de transporte de passageiros 186

Figura 49. Circuito efectuado pelo Comboio Rodoviário Turístico 189

Figura 50. Parques de Estacionamento na Cidade de Tavira 190

Figura 51. Situação do Parque de Estacionamento das traseiras do Mercado Municipal relativamente ao Eixo Comercial 192

Figura 52. Estacionamento Tarifado na Cidade de Tavira 193

Figura 53. Estacionamento Tarifado na Cidade de Tavira – Duração do Estacionamento 195

Figura 54. Área de intervenção do Plano de Mobilidade e Acessibilidade 200

Figura 55. Principais projectos previstos 203

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

8

Figura 56. Zona de Estacionamento a tarifar 204

Figura 57. Mapa de ruído do concelho de Tavira – Período diurno 212

Figura 58. Mapa de ruído do concelho de Tavira – Período nocturno 213

Figura 59. Mapa de ruído da aglomeração urbana de Tavira – Períodos diurno e nocturno 214

Figura 60. Mapa de ruído das aglomerações urbanas de Conceição e Cabanas de Tavira – Períodos diurno e nocturno 215

Figura 61. Mapa de ruído da aglomeração urbana de Santa Luzia – Períodos diurno e nocturno 216

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

9

ÍNDICE DE QUADROS

PÁGINAS Quadro 1. Evolução da população residente em Tavira, NUT III Algarve e Portugal (1991-2001) 25

Quadro 2. Estrutura etária da população residente no concelho de Tavira (1991 e 2001) 28

Quadro 3. Evolução da taxa de actividade (%) – 1991 e 2001 29

Quadro 4. Estrutura do emprego por sector de actividade económica (%) – 2001 30

Quadro 5. População empregada por situação na profissão (2001) 31

Quadro 6. Evolução da taxa de desemprego (1991 e 2001) 32

Quadro 7. Número de desempregados (2001) 32

Quadro 8. Número de empresas e estabelecimentos e pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos (1995, 2000 e 2005)

33

Quadro 9. Estrutura produtiva do concelho de Tavira (2005) 35

Quadro 10. Número de empresas e estabelecimentos por escalão dimensional no concelho de Tavira (1995, 2000 e 2005)

36

Quadro 11. Número de empresas e estabelecimentos por freguesia (2005) 37

Quadro 12. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005) 40

Quadro 13. Evolução da densidade populacional no concelho de Tavira, por freguesia (1991-2001) 42

Quadro 14. População residente segundo a dimensão dos lugares (2001) 45

Quadro 15. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia 48

Quadro 16. Número de famílias clássicas, alojamentos familiares e edifícios por freguesia (2001) 50

Quadro 17. Número de fogos licenciados e fogos concluídos para habitação familiar, por tipologia de fogo (2006)

55

Quadro 18. Evolução do total das deslocações no Concelho de Tavira (1991-2001) 56

Quadro 19. Evolução das deslocações intra-concelhias no concelho de Tavira (1991-2001) 59

Quadro 20. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991 e 2001) 60

Quadro 21. Origem das deslocações inter-concelhias no Concelho de Tavira (1991 e 2001) 61

Quadro 22. Origem das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991 e 2001) 62

Quadro 23. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (1991- 2001) 64

Quadro 24. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (1991- 2001)

65

Quadro 25. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho (1991-2001) 67

Quadro 26. Origem das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (1991 e 2001)

68

Quadro 27. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo (1991- 2001) 69

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

10

Quadro 28. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991 e 2001)

70

Quadro 29. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo (1991-2001) 71

Quadro 30. Origem das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991- 2001)

72

Quadro 31. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (1991 e 2001) 76

Quadro 32. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (1991) 80

Quadro 33. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (2001) 81

Quadro 34. Número de veículos ligeiros, ciclomotores, motociclos e veículos mistos (2001 e 2006) e taxa de motorização (2001 e 2006)

82

Quadro 35. Número de veículos automóveis vendidos por 1.000 habitantes (2005) 83

Quadro 36. Estabelecimentos de Ensino por freguesia (ano lectivo 2007/2008) 86

Quadro 37. Projecção da população escolar para o período 2008/2011, por nível de ensino 88

Quadro 38. Distribuição dos equipamentos de saúde por freguesia 89

Quadro 39. Instituições que prestam serviços de apoio a idosos (2007) 92

Quadro 40. Ocupação dos equipamentos/serviços de apoio aos idosos (2007) 94

Quadro 41. Centros de actividades de tempos livres 95

Quadro 42. Equipamentos desportivos no Concelho de Tavira 96

Quadro 43. Principais equipamentos culturais do concelho de Tavira 100

Quadro 44. Edifícios, segundo o número de pavimentos, por acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada (2001)

110

Quadro 45. Índice de Permeabilidade 119

Quadro 46. Índice de densidade e veículos por quilómetro da rede viária em Tavira e Portugal Continental

120

Quadro 47. Número de acidentes, mortos e feridos graves no concelho de Tavira (2004-2006) 125

Quadro 48. Acidentes com mortos ou feridos graves em 2006 127

Quadro 49. Natureza dos acidentes envolvendo mortos e feridos graves (2004-2006) 127

Quadro 50. Índice de gravidade de acidentes (2005) 128

Quadro 51. Carreira Cabanas/Tavira e Tavira/Cabanas 137

Quadro 52. Carreira Brejos/Tavira 138

Quadro 53. Carreira Esteiramantes/Tavira 138

Quadro 54. Carreira Cachopo/Tavira 139

Quadro 55. Carreia Pedras D’El Rei/Tavira e Tavira/ Pedras D’El Rei 140

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

11

Quadro 56. Carreira Tavira/ S. Brás de Alportel e S. Brás de Alportel/Tavira 140

Quadro 57. Carreira Tavira / Quatro Águas e Quatro Águas/Tavira 141

Quadro 58. Duração das deslocações utilizando o transporte público colectivo rodoviário 144

Quadro 59. Número de carreiras diárias 145

Quadro 60. Tavira/Faro (Rota da Ria Formosa) 148

Quadro 61. Tarifas entre Tavira e Faro (Rota da Ria Formosa) 149

Quadro 62. Carreira Tavira/Vila Real de Santo António (Rota da Ria Formosa) 150

Quadro 63. Tarifas entre Tavira e Vila Real de Santo António (Rota da Ria Formosa) 150

Quadro 64. Carreira Tavira/Sevilha 151

Quadro 65. Tarifas entre Tavira e Sevilha 151

Quadro 66. Serviços diários da Rede Expressos 153

Quadro 67. Serviços assegurados pelo operador RENEX 155

Quadro 68. Dados relativos aos transportes escolares (1998/2005) 156

Quadro 69. Distâncias em quilómetros entre as sedes de freguesia 157

Quadro 70. Distâncias em minutos entre sedes de freguesia 158

Quadro 71. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 1 162

Quadro 72. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 2 163

Quadro 73. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 3 164

Quadro 74. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 4 165

Quadro 75. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 5 166

Quadro 76. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 6 167

Quadro 77. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 7 168

Quadro 78. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 8 169

Quadro 79. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 9 170

Quadro 80. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 10 171

Quadro 81. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 11 172

Quadro 82. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 12 173

Quadro 83. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 13 174

Quadro 84. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 14 175

Quadro 85. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 15 176

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

12

Quadro 86. Serviço ferroviário Tavira – Lisboa 178

Quadro 87. Tempo de deslocação entre paragens no percurso Tavira – Lisboa: combinação Regional / Alfa – Pendular

178

Quadro 88. Serviço Tavira – Lisboa (combinação Serviço Regional – Serviço Inter – Cidades)179

Quadro 89. Serviço ferroviário Lisboa – Tavira 180

Quadro 90. Serviço Lisboa – Tavira (combinação Serviço Alfa-Pendular - Serviço Regional) 181

Quadro 91. Serviços Regional Faro – Tavira 182

Quadro 92. Serviço Regional Tavira – Faro 183

Quadro 93. Tempo de Deslocação entre estações de referência no Serviço Regional 183

Quadro 94. Custo da viagem entre estações de referência no Serviço Regional 184

Quadro 95. Número de passageiros por Estação/Apeadeiro (2005). 184

Quadro 96. Serviço fluvial prestado pela Safari Boat 187

Quadro 97. Estacionamento dedicado exclusivamente a Entidades Oficiais/Serviços Públicas 197

Quadro 98. Estacionamento para Táxis 197

Quadro 99. Estacionamento dedicado exclusivamente a operações de cargas e descargas 198

Quadro 100. Estacionamento reservado a pessoas portadoras de deficiência motora 199

Quadro 101. Acções e medidas realizadas no âmbito do Plano de Mobilidade e Acessibilidade 202

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

13

ÍNDICE DE GRÁFICOS

PÁGINAS

Gráfico 1. Evolução da população residente no concelho de Tavira (1950-2001) 24

Gráfico 2. População residente no concelho de Tavira, por freguesia (2001) 26

Gráfico 3. População residente por grupos etários (2001) 28

Gráfico 4. Estrutura do emprego por sector de actividade económica no concelho de Tavira (%) – 2001

30

Gráfico 5. Distribuição dos sectores de actividade económica por sexo (%) – 2001 31

Gráfico 6. Evolução do número de empresas e estabelecimentos no concelho de Tavira 33

Gráfico 7. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (1991 e 2001) 76

Gráfico 8. Modos de transporte utilizados pela população empregada e estudante (2001) 77

Gráfico 9. Deslocações intra-concelhias por modo de transporte (2001) 78

Gráfico 10. Deslocações inter-concelhias por modo de transporte (2001) 79

Gráfico 11. Estacionamento Tarifado na Cidade de Tavira – Número de Lugares e Taxa de Utilização (2000-2004)

196

Gráfico 12. Evolução das concentrações médias horárias de CO durante o período de estudo na

Cidade de Tavira 205

Gráfico 13. Evolução das concentrações médias horárias de monóxido de carbono 206

Gráfico 14. Evolução das concentrações médias horárias de monóxido de carbono durante o período de estudo na Cidade de Tavira

207

Gráfico 15. Evolução das concentrações médias horárias de dióxido de azoto 207

Gráfico 16. Variação da concentração média diária de PM10 durante o período de estudo na Cidade de Tavira

208

Gráfico 17. Evolução das concentrações médias horários de partículas em suspensão (PM10) 208

Gráfico 18. Evolução das concentrações médias horárias de O3 durante o período de estudo na Cidade de Tavira

209

Gráfico 19. Evolução das concentrações médias horárias de ozono 210

Gráfico 20. Níveis de concentração dos poluentes monitorizados, comparando o período sem carros e o mesmo período no dia de referência

210

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

14

ÍNDICE DE IMAGENS

PÁGINAS

Imagem 1. Biblioteca Municipal de Tavira 100

Imagem 2. Centro Coordenador de Transportes 103

Imagem 3. Passagem de nível – acesso EN125 109

Imagem 4. Marginal de Cabanas 109

Imagem 5. Estação Ferroviária de Tavira 129

Imagem 6. Rua da Liberdade (antes da intervenção) 131

Imagem 7. Rua da Liberdade (depois da intervenção) 131

Imagem 8. Rua pedonalizada no Centro Histórico da Cidade de Tavira 131

Imagem 9. Troço da Ecovia do Litoral no concelho de Tavira 134

Imagem 10. Troço da Ecovia do Litoral em Cabanas 135

Imagem 11. Comboio turístico Pedras D’El Rei-Praia do Barril 188

Imagem 12. Comboio rodoviário turístico 190

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

15

INTRODUÇÃO

O presente documento, elaborado pelo Instituto de Dinâmica do Espaço

(IDE) da Universidade Nova de Lisboa, constitui o Relatório de Diagnóstico

do Estudo de mobilidade do Município de Tavira, enquadrado no âmbito do

“Projecto Mobilidade Sustentável” promovido pela Agência Portuguesa do

Ambiente (APA).

Este Projecto tem como objectivo a concretização dos Planos de

Mobilidade Sustentável em cerca de 40 municípios, previamente

seleccionados, desenvolvendo-se em três fases:

A – Diagnóstico da Situação Actual

B – Objectivos e Conceito de Intervenção

C – Propostas

O Relatório que agora se apresenta incide sobre a caracterização da

situação actual e culmina com um diagnóstico síntese, no qual se

evidenciam os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças ao sistema

concelhio, e que influenciam directa e/ou indirectamente no

desenvolvimento de uma mobilidade sustentável.

O diagnóstico constitui o ponto de partida para que, nas fases posteriores

do estudo, se defina um conjunto de propostas e acções que visem a

optimização das diferentes componentes do sistema de transportes

mobilidade e transportes. O Relatório estrutura-se nos seguintes grandes

domínios analíticos:

Dinâmica e Estrutura Demográfica;

Emprego e Actividades Económicas;

Rede Urbana e Sistema de Povoamento;

Caracterização da Procura de Transporte;

Caracterização da Oferta de Transporte;

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

16

Impactes dos Transportes no Ambiente;

Diagnóstico.

Na elaboração e estruturação do Relatório procurou-se seguir, tanto quanto

possível, a metodologia indicada pela APA e subscrita no plano de

trabalhos apresentado pela equipa do IDE, procedendo-se, contudo, a

adaptações por forma a adaptá-la à realidade do concelho e à abordagem

adoptada, nomeadamente no que se refere à delimitação das escalas de

análise e de intervenção do Estudo.

O trabalho de caracterização e diagnóstico envolveu a recolha e

sistematização de um grande volume da informação, nomeadamente:

Estudos e projectos já desenvolvidos ou em

elaboração/implementação com influência no sistema de

mobilidade e transportes, bem como de elementos cartográficos e

fotografia aérea junto da Câmara Municipal de Tavira;

Trabalho de campo – identificação de pontos de conflito na rede

rodoviária; levantamento da oferta de transporte fluvial;

Informação estatística, nomeadamente informação socio-

económica e dados demográficos junto do Instituto Nacional de

Estatística;

Dados relativos à oferta de transportes públicos colectivos

rodoviários de passageiros junto dos Operadores de Transportes

Rodoviários.

Os trabalhos desenvolvidos nesta fase decorreram em colaboração com a

Câmara Municipal de Tavira, tendo sido disponibilizada informação e

realizadas reuniões com os responsáveis técnicos da autarquia para

definição dos perímetros de intervenção e objectivos de estudo, assim

como para a recolha de informação e realização de trabalho de campo.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

17

Neste sentido, importa destacar a disponibilidade da Câmara Municipal de

Tavira desde o início dos trabalhos, através do interlocutor nomeado para

acompanhar a elaboração do estudo, Eng.º Francisco Carvalho, e da Eng.ª

Carla Taveira, responsável do Departamento de Obras Municipais,

Equipamentos e Ambiente.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

18

1. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

Com uma área de 607,0 km2, o concelho de Tavira insere-se na NUT III

Algarve – Figura 1. Para além do concelho de Tavira, fazem parte desta

NUT III os concelhos de Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro,

Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel,

Silves, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António

Figura 1. Enquadramento territorial do concelho de Tavira

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L e z i r i a d o T e j o

B a i x o A l e n t e j o

A l e n t e j o C e n t r a l

Al t o

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nt e

j oA

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ej

o L

ito

ra

l

A l g a r v eTAVIRA

FARO

BEJA

ÉVORASETÚBAL

SANTARÉM

LEIRIA

PORTALEGRE

CASTELOBRANCO

LISBOA

7°W8°W9°W

39°N

38°N

37°N

0 20km

(iNorte

Fonte: Elaboração própria, 2007

Sendo o terceiro concelho da Região do Algarve com maior extensão

territorial, apenas superado pelos municípios de Loulé e Silves, o concelho

de Tavira é constituído por 9 freguesias (Cabanas, Cachopo, Conceição,

O concelho de Tavira insere-se na NUTIII Algarve.

O concelho de Tavira é constituído por 9 freguesias.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

19

Luz de Tavira, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Santo Estêvão, Santa

Luzia, Santa Maria e Santiago – Figura 2) e 109 lugares.

Figura 2. Freguesias do concelho de Tavira

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OlhãoFaro(Sé)

FusetaPechão Quelfes

LuzMoncarapacho

Estoi

SantoEstevão

Tavira(SantaMaria)

Conceição

SantaLuzia

Tavira(Santiago)

Santa Catarinada Fontedo Bispo

São Brás deAlportel Conceição

Cachopo

Vaqueiros

Livramento

Gralheira

AlhosSantaRita

Picota

PortoCarvalhoso PalheirinhosAlportel

Eira daPalma

Úmbria

Cova daMuda

Estorninhos

CasaQueimada

Pomar

Água dosFusos

LagesBesteirinhos

Belichede CimaCastelão Pedralva

MontesNovos

CortelhaFeiteira

FunchosaFortim

Estrada CorujosCurraisCatraia

CorteVelhaGarcia

RedondaAmoreira

Vale deOdre Furnazinhas

Corte JoãoMarques

Zambujal

FonteZambujo

Barrada SantaJusta 7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

!! Sede de Freguesia

Concelho de Tavira

!!Cabanas deTavira

Fonte: elaboração própria, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

20

Importa ainda referir que o concelho de Tavira situa-se geograficamente

entre a serra algarvia e o parque natural da Ria Formosa, sendo delimitado

a Norte pelo Concelho de Alcoutim, a Este por Vila Real de Santo António,

a Oeste pelos concelhos de Loulé, S. Brás de Alportel e Olhão e a Sul pelo

Oceano Atlântico.

Tavira situa-se entre a serra algarvia e o Parque Natural da Ria Formosa.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

21

2. PERÍMETRO DE ESTUDO

A delimitação dos perímetros de estudo objecto das propostas de

intervenção a delinear no âmbito do Plano teve por base o trabalho

exploratório realizado no concelho de Tavira e as reuniões de trabalho com

os interlocutores da autarquia.

Partindo deste trabalho exploratório e do trabalho preparatório desenvolvido

com os interlocutores, foi possível tipificar as principais condicionantes à

mobilidade no concelho, concluindo-se pela necessidade de adopção de

uma abordagem que contemplasse várias escalas espaciais.

Desta forma, definiram-se duas escalas de trabalho (um perímetro urbano e

um perímetro alargado), que terão enfoques diferenciados ao nível do

diagnóstico, do conceito de intervenção e das propostas de intervenção:

Cidade de Tavira (Figura 3)

Perímetro alargado correspondente ao concelho de Tavira (Figura

4).

Esta abordagem foi explanada nos vários workshops de apresentação do

ponto da situação dos trabalhos, organizados pela Agência Portuguesa do

Ambiente (APA).

Definiram-se duas escalas de trabalho: Cidade de Tavira e Perímetro alargado correspondente ao concelho de Tavira.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

22

Figura 3. Perímetro de estudo na Cidade de Tavira

7°38'W

7°38'W

7°39'W

7°39'W

7°40'W

7°40'W

37°8'N 37°8'N

37°7'N 37°7'N

0 200m(i

Norte

Fonte: elaboração própria, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

23

Figura 4. Perímetro de estudo alargado – Concelho de Tavira

!!

!!

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!!

!!!!

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!!

!!

!!!!!!Fuseta

Pechão Quelfes

LuzMoncarapacho

Estoi

SantoEstevão

Tavira(SantaMaria)

Conceição

SantaLuzia

Tavira(Santiago)

AlturaSanta Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade CacelaSão Brás de

Alportel Conceição

Cachopo

Vaqueiros

7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Fonte: elaboração própria, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

24

3. DINÂMICA E ESTRUTURA DEMOGRÁFICA

3.1. DINÂMICA DEMOGRÁFICA

A análise da dinâmica demográfica do concelho de Tavira na segunda

metade do século XX (tendo por base os recenseamentos de 1950, 1960,

1970, 1981, 1991 e 2001) permite aferir de um declínio do efectivo

populacional, materializado numa perda de 5.635 habitantes entre 1950 e

2001 (passando o efectivo populacional de 30.632 habitantes, em 1950,

para 24.997 habitantes em 2001) – Gráfico 1.

Gráfico 1. Evolução da população residente no concelho de Tavira (1950-2001)

Fonte: INE, Recenseamentos Gerais da População

No período censitário 1991-2001, a população residente no concelho sofreu

uma variação positiva de 0,6%, passando de 24.857 para 24.997

habitantes. Não obstante a tendência evolutiva ser semelhante, certo é que

este aumento é inferior ao cômputo da NUT III Algarve (15,8%) – Quadro 1.

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

1950 1960 1970 1981 1991 2001

Ano

Hab

.

Entre 1950 e 2001 ocorreu um declínio do efectivo populacional.

No período censitário 1991-2001, a população residente sofreu uma variação de 0,6%.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

25

Quadro 1. Evolução da população residente em Tavira, NUT III Algarve e Portugal (1991-2001)

População Residente Taxa de Variação

1991 2001 1991-2001

Portugal 9.867.147 10.356.117 5,0

Algarve 341.404 395.218 15,8 Tavira 24.857 24.997 0,6 Cachopo 1.420 1.026 -27,7 Conceição 2.640 1.446 -45,2 Luz 4.081 3.778 -7,4 Santa Catarina da Fonte do Bispo 2.359 2.085 -11,6 Santa Maria 6.054 6.672 10,2 Santiago 5.224 5.904 13,0 Santo Estêvão 1.242 1.287 3,6 Santa Luzia 1.837 1.729 -5,9 Cabanas (a) 1.070 (a) (a) Freguesia criada em 1997, não sendo por isso possível apresentar dados referentes ao ano de 1991 e

consequentemente não ser também possível efectuar o cálculo da variação da população residente entre 1991 e 2001.

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Quanto à distribuição da população (Quadro 1, Gráfico 2 e Figura 5), a

freguesia de Santa Maria concentrava, em 2001, 6.672 habitantes (26,7%

da população residente no concelho). Seguiam-se as freguesias de

Santiago e Luz, com 5.904 e 3.778 habitantes (respectivamente 23,6% e

15,1% da população residente). A freguesia de Cachopo apresentava o

menor efectivo populacional – 1.026 habitantes (4,1% da população

residente).

Em termos de população residente por lugar, Tavira registava o maior

efectivo, com 10.434 habitantes, seguido de Santa Luzia, com 1.603

habitantes.

A cidade de Tavira registava o maior efectivo populacional do concelho (10.434 habitantes).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

26

Gráfico 2. População residente no concelho de Tavira, por freguesia (2001)

1070 10261446

3778

20851729

6672

5904

1287

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

Caba

nas

Cach

opo

Conc

eição Luz

Stª.

Cat.

F. B

ispo

Stª.

Luzia

Stª.

Mar

ia

Sant

iago

Stº.

Este

vão

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

27

Figura 5. Evolução da população residente no concelho de Tavira, por freguesia (1991-2001)

!

!!

!!

!!

!

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!!

!Fuseta

Pechão Quelfes

LuzMoncarapacho

Estói

SantoEstevão

SantaMaria

Conceição

SantaLuzia

Santiago

AlturaSanta Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade CacelaSão Brás de

Alportel Conceição

Cachopo Odeleite

Vaqueiros

2640 <> 1446

5224 <> 5904

1242 <> 1287

2359 <> 2085

6054 <> 6672

4081 <> 3778 1837 <> 1729

1420 <> 1026

7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Tx. Variação-45,2 � -27,7-27,6 � -10,0-9,9 � 0,00,1 � 13,0

Cabanas deTavira População Residente

19912001

Sem Informação para 1991(Freguesia Criada em 1997)

Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

3.2. ESTRUTURA DEMOGRÁFICA

A tendência de envelhecimento verificada no conjunto do território nacional

é também observável na evolução da estrutura etária da população

residente no concelho de Tavira, assim como na NUT III Algarve. Com

efeito, o índice de envelhecimento aumentou no concelho de Tavira,

registando, em 2001, um valor de 187,3, quando em 1991 era de 121,8.

Esta evolução decorre da conjugação de uma diminuição da população

com menos de 15 anos (-4,1%) e do aumento da população com mais de

65 anos (3,1%) no mesmo período.

Entre 1991 e 2001, o índice de envelhecimento aumentou no concelho de Tavira.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

28

Gráfico 3. População residente por grupos etários (2001)

3121 3130

12900

32842562

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

0-14 15-24 25-64 65-74 75 e +

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Verifica-se ainda que o grupo etário dos 0-14 anos era aquele que, em

2001, averbava menor representatividade, ao contrário do grupo dos 25-64

anos, claramente o grupo com maior preponderância, representando 51,6%

da população residente.

Em 1991, o grupo etário com menor peso no efectivo populacional era o

grupo com 75 e mais anos, com 8,8% da população residente. Por sua vez,

o grupo com maior número de efectivos compreendia a população dos 25-

64 anos, com 12.353 indivíduos (49,7% da população residente).

Quadro 2. Estrutura etária da população residente no concelho de Tavira (1991 e 2001)

1991 2001

N.º % N.º %

0-14 4 122 16,6 3 121 12,5

15-24 3 359 13,5 3 130 12,5

25-64 12 353 49,7 12 900 51,6

65-74 2 842 11,4 3 284 13,1

75+ 2 181 8,8 2 562 10,2

Total 24 857 100 24 997 100

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

O grupo etário dos 0-14 anos averbava, em 2001, a menor representatividade.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

29

4. EMPREGO E ACTIVIDADES ECONÓMICAS

4.1. EMPREGO

O mercado de trabalho desempenha um papel determinante nas dinâmicas

socio-económicas de qualquer território, facto que, conjugado com os

padrões de deslocação que a distribuição territorial das actividades

económicas induzem, justificam e relevam a análise do emprego e

actividades económicas no âmbito do presente estudo.

Com efeito, no que concerne à taxa de actividade (Quadro 3), verifica-se

que entre 1991 e 2001 este indicador aumentou 3,6 p.p. no concelho de

Tavira, passando de 40,1% para 43,7%. Ainda assim, permanece aquém

dos valores ostentados pela NUT III Algarve (48,7%) e por Portugal

(48,2%).

A evolução registada neste concelho ficou a dever-se, essencialmente, ao

aumento da taxa de actividade feminina (8,2%), enquanto que a taxa de

actividade masculina evoluiu negativamente, com um decréscimo 1,1%.

Quadro 3. Evolução da taxa de actividade (%) – 1991 e 2001

1991 2001

HM H M HM H M

Portugal 46,6 54,3 35,5 48,2 54,8 42,0

Algarve 43,3 54,2 32,7 48,7 55,1 42,4

Tavira 40,1 53,4 26,9 43,7 52,3 35,1 Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

À semelhança do país e da NUT III Algarve, também em Tavira, em 2001, o

maior número de empregados exercia a sua actividade no sector terciário

(61,5%), tendo este sector averbado, entre 1991 e 2001, um aumento de

11,7% no seu peso relativo, passando de 49,8% para 61,5%.

O mercado de trabalho desempenha um papel determinante nas dinâmicas socio-económicas de qualquer território.

A taxa de actividade em Tavira ficou aquém dos valores do Algarve e de Portugal.

O sector terciário é aquele que regista maior número de empregos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

30

Quadro 4. Estrutura do emprego por sector de actividade económica (%) – 2001

Primário Secundário Terciário

Portugal 5,0 35,1 59,9

Algarve 6,1 22,5 71,4

Tavira 12,3 26,2 61,5

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Por sua vez, o sector secundário representava 26,2% da população

empregada, valor que embora sendo inferior ao peso deste sector no

cômputo do território nacional (35,1%), é superior ao registado pela NUT III

Algarve (22,5%).

O sector primário apresentava-se como o sector com menor capacidade de

criação de emprego no concelho de Tavira (12,3%), ainda que em termos

relativos averbasse maior representatividade que na NUT III Algarve (6,1%)

e em Portugal (5,0%).

Gráfico 4. Estrutura do emprego por sector de actividade económica no concelho de Tavira (%)

– 2001

12,3%

26,2%

61,5%

PrimárioSecundárioTerciário

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Relativamente à repartição por sexos (Gráfico 5), o sexo masculino

predominava nos sectores de actividade primário e secundário (com 69,9%

e 91,0% respectivamente), enquanto que o sexo feminino predominava no

sector terciário com 53,0% da população empregada no sector.

O sexo feminino predominava no sector terciário.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

31

67,169,8

46,8

76,5

86,9

45,8

69,9

91,0

47,0

32,930,2

53,2

23,5

13,1

54,2

30,1

8,9

53,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Primário Secundário Terciário

Portugal Algarve Tavira

Gráfico 5. Distribuição dos sectores de actividade económica por sexo (%) – 2001

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Quanto à situação da população na profissão (Quadro 5), em 2001, a

maioria dos empregados exercia a sua actividade por conta de outrem

(74,8%), sendo que destes 64,8% concentrava-se no sector terciário.

Seguiam-se os empregadores (com 13,1% da população empregada) e os

trabalhadores por conta própria (com 1.006 empregados nesta situação na

profissão – 9,8% do total da população empregada).

Quadro 5. População empregada por situação na profissão (2001)

Total Empregador

Trab. por conta

própria

Trab.Familiar não

Rem.

Trabalhador por conta de

outrem Membro

Activo Coop. Outra

Situação

Portugal 4 650 947 478 804 294 103 35 939 3 793 992 3 216 44 893

Algarve 180 395 22 382 15 433 1 046 139 796 113 1 625

Tavira 10 221 1 342 1 006 92 7 650 5 126

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

A maioria dos empregados exercia a sua actividade por conta de outrem.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

32

No que respeita à taxa de desemprego no concelho de Tavira (Quadro 6),

esta sofreu um ligeiro acréscimo no período 1991-2001, passando de 6,2%

para 6,4%. Verifica-se, também, um aumento de 1,2% no valor da taxa de

desemprego masculino. No caso do sexo feminino, a taxa de desemprego

diminuiu 3,0 p.p. no período em análise, passando de 13,1% para 10,1%.

Perante esta evolução, a taxa de desemprego total, averbada pelo

concelho de Tavira apresenta um valor superior ao registado pela NUTIII

Algarve, embora inferior ao de Portugal. Por sua vez, e não obstante o

acréscimo registado, a taxa de desemprego masculina permanece inferior à

registada naquelas unidades territoriais, enquanto que no caso feminino os

valores permanecem superiores.

Quadro 6. Evolução da taxa de desemprego (1991 e 2001)

1991 2001

HM H M HM H M

Portugal 6,1 4,2 8,9 6,8 5,2 8,7

Algarve 5,1 3,5 7,7 6,2 4,8 8,1

Tavira 6,2 2,7 13,1 6,4 3,9 10,1

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Em termos gerais, estes valores representavam, no concelho de Tavira,

698 pessoas desempregadas, das quais 141 procuravam o primeiro

emprego (Quadro 7).

Quadro 7. Número de desempregados (2001)

HM H M

Portugal 339.261 142.947 196.314

Algarve 11.953 5.143 6.810

Tavira 698 254 444

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Em 2001 existiam 698 desempregados no concelho de Tavira.

A taxa de desemprego sofreu um ligeiro acréscimo entre 1991 e 2001.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

33

4.3. ACTIVIDADES ECONÓMICAS

No que se refere à dinâmica empresarial, no período 1995-2005, Tavira

registou um aumento do número de empresas sedeadas no concelho (+558

empresas) e do número de estabelecimentos (+750 estabelecimentos),

verificando-se assim uma expansão do parque empresarial (Quadro 8 e

Gráfico 6). Em 2005, o concelho contava com 975 empresas e 1.135

estabelecimentos, que geravam 4.847 e 5.820 empregos, respectivamente.

Quadro 8. Número de empresas e estabelecimentos e pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos (1995, 2000 e 2005)

N.º Empresas N. Estabelecimentos Pessoal ao Serviço – Empresas

Pessoal ao Serviço – Estabelecimentos

1995 2000 2005 1995 2000 2005 1995 2000 2005 1995 2000 2005

Algarve 8.996 13.159 18.907 10.985 15.981 22.555 58. 611 82 521 114 459 73 174 100 632 137 728

Tavira 417 641 975 385 748 1 135 1 916 2 982 4 847 2 400 3 617 5 820

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal

No contexto da estrutura produtiva da NUT III Algarve, o tecido empresarial

de Tavira representava, em 2005, 5,2% das empresas e 5,0% dos

estabelecimentos. Ao nível do emprego criado, os estabelecimentos e

empresas localizados no concelho de Tavira representavam 4,2 % e 4,2%

do emprego desta NUT III.

Gráfico 6. Evolução do número de empresas e estabelecimentos no concelho de Tavira

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade

Social, Quadros de Pessoal

0200400600800

10001200

1995 2000 2005

Nº Empresas Nº Estabelecimentos

Entre 1995 e 2005, o número de empresas sedeadas no concelho de Tavira aumentou.

O concelho de Tavira representava 5,2% das empresas da NUTIII Algarve.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

34

Relativamente à distribuição sectorial da estrutura produtiva concelhia

(Quadro 9), o sector terciário representava 64,5% das empresas e 66,5%

dos estabelecimentos, sendo o principal criador de emprego em empresas

(57,3%) e estabelecimentos (60,1%). O sector secundário apresentava uma

representatividade intermédia face aos demais sectores, tanto no número

de empresas e estabelecimentos (26,4% e 24,8%, respectivamente), como

ao nível da capacidade de criação de emprego: 35,7% do emprego nas

empresas e 33,5% do emprego nos estabelecimentos.

O sector primário representava 9,1% das empresas e 8,6% dos

estabelecimentos, sendo o sector com menor capacidade de criação de

emprego nas empresas (7,0%) e estabelecimentos (6,4%).

No seio destes sectores de actividade afere-se da predominância de 3

ramos de actividade no concelho de Tavira: Comércio por Grosso e a

Retalho; Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e Bens de Uso

Pessoal e Doméstico (23,9% das empresas, 25,7% dos estabelecimentos,

17,6% do emprego nas empresas e 17,7% do emprego nos

estabelecimentos), o ramo da Construção (21,3% das empresas, 19,7%

dos estabelecimentos, 29,0% do emprego nas empresas e 27,0% do

emprego nos estabelecimentos) e o ramo do Alojamento e Restauração

(16,2% das empresas e estabelecimentos, 15,2% do emprego nas

empresas e 19,3% do emprego nos estabelecimentos). No seu conjunto,

estes ramos de actividade perfaziam cerca de 6/10 das empresas,

estabelecimentos e emprego gerado.

Embora com um menor peso relativo, destacam-se ainda os seguintes

ramos de actividade:

Actividades Imobiliárias, alugueres e serviços prestados às

empresas (10,6% das empresas, 10,2% dos estabelecimentos,

9,0% do emprego nas empresas e 6,3% do emprego nos

estabelecimentos);

Agricultura (6,9% das empresas, 6,5% dos estabelecimentos, 4,3%

do emprego nas empresas e 4,0% do emprego nos

estabelecimentos).

Predominavam 3 ramos de actividade: Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e Bens de Uso Pessoal e Doméstico; Construção; Alojamento e Restauração.

O sector terciário representava 64,5% das empresas e 66,5% dos estabelecimentos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

35

Indústrias Transformadoras (4,7% das empresas, 4,4% dos

estabelecimentos, 5,3% do emprego nas empresas e 4,5% do

emprego nos estabelecimentos).

Quadro 9. Estrutura produtiva do concelho de Tavira (2005)

Empresas Estabelecimentos Pessoal ao Serviço – Empresas

Pessoal ao Serviço – EstabelecimentosCAE Actividade1

N.º % N.º % N.º % N.º %A Agric., P. Animal, Caça, Silv. 67 6,9 74 6,5 210 4,3 235 4,0

B Pesca 22 2,3 24 2,1 130 2,7 139 2,4

Sector Primário 89 9,1 98 8,6 340 7,0 374 6,4

C Indústrias Extractivas 2 0,2 4 0,4 13 0,3 35 0,6

D Indústrias Transformadoras 46 4,7 50 4,4 259 5,3 264 4,5

E Produção e Distribuição de Elec. Gás e Água 1 0,1 4 0,4 52 1,1 80 1,4

F Construção 208 21,3 224 19,7 1 408 29,0 1 571 27,0

Sector Secundário 257 26,4 282 24,8 1 732 35,7 1 950 33,5

G Comércio Gros. E Ret.; Repar. 233 23,9 292 25,7 853 17,6 1 030 17,7

H Alojamento e Restauração 164 16,2 184 16,2 738 15,2 1 122 19,3

I Transp., Armaz. e Comunic. 25 2,6 29 2,6 55 1,1 132 2,3

J Actividades Financeiras 4 0,4 18 1,6 82 1,7 119 2,0

K Act. Imob., Alug. Serv. P. Emp. 103 10,6 116 10,2 434 9,0 367 6,3

L Adm.Púb., Defesa e Seg.Social 7 0,7 7 0,6 42 0,9 42 0,7

M Educação 12 1,2 14 1,2 94 1,3 96 1,6

N Saúde e Acção Social 29 3,0 37 3,3 319 6,6 411 7,1

O Out. Act. Serv. Colec., Soc. Pes. 52 5,3 58 5,1 158 3,3 177 3,0

Sector Terciário 629 64,5 755 66,5 2 775 57,3 3 496 60,1TOTAL 975 100 1 135 100 4 847 100 5 820 100

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal

No que se refere à estrutura dimensional das empresas e estabelecimentos

(Quadro 10), predominavam, em Tavira, as pequenas e muito pequenas

empresas (micro-empresas – 1 a 9 trabalhadores), representativas de

90,8% das empresas e de 90,4 % dos estabelecimentos, valor que se

encontra relativamente abaixo, no caso do número de empresas, daquele

que este escalão apresentava para o total da NUT III Algarve (91,2%). No

caso do número de estabelecimentos com esta dimensão, o concelho de

Tavira apresentava um valor superior ao da Região do Algarve (87,7%).

1 Ver a designação, das Actividades Económicas por extenso (Lista das Secções e sua

Designação, segundo a CAE-Rev.2) no Anexo I.

No concelho de Tavira predominavam as pequenas e muito pequenas empresas.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

36

Quadro 10. Número de empresas e estabelecimentos por escalão dimensional no

concelho de Tavira (1995, 2000 e 2005)

1995 2000 2005Est. Emp. Est. Emp. Est. Emp.

1 A 4 346 304 543 467 821 703

5 A 9 30 80 141 128 205 182

10 A 19 5 20 41 30 61 56

20 A 49 4 10 20 8 36 24

50 A 99 - 2 3 8 10 8

100 A 149 - 1 - - 2 2

Total 385 417 748 641 1.135 975

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social,

Quadros de Pessoal.

4.3. ANÁLISE DAS LOCALIZAÇÕES

Analisando a implantação territorial das empresas e estabelecimentos

localizados no concelho de Tavira (Quadro 11 e Figuras 6 e 7), observa-se

que era nas freguesias que compreendem a cidade de Tavira (Santa Maria

e Santiago) que localizava o maior número de unidades. A freguesia de

Santa Maria averbava a maior concentração de empresas e

estabelecimentos com 36,3% e 37,1% (respectivamente), seguindo-se a

freguesia de Santiago com 25,9% das empresas e 25,7% dos

estabelecimentos. No seu conjunto, estas freguesias concentravam 62,2%

das empresas e 62,8% dos estabelecimentos localizados no concelho de

Tavira. Quanto às demais freguesias, o seu contributo para a actividade

económica do município de Tavira era menos significativo, embora

relevando-se a freguesia da Luz com 10,8% das empresas e 10,2% dos

estabelecimentos.

As freguesias de Santa Maria e Santiago averbavam a maior concentração de empresas e estabelecimentos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

37

Quadro 11. Número de empresas e estabelecimentos por freguesia (2005)

Estabelecimentos Empresas

N.º % N.º %

Cachopo 14 1,2 14 1,4

Conceição 52 4,6 44 4,5

Luz 116 10,2 105 10,8

Santa Catarina da Fonte do Bispo 61 5,4 56 5,7

Santa Maria 421 37,1 354 36,3

Santiago 292 25,7 253 25,9

Santo Estêvão 51 4,5 49 5,0

Santa Luzia 62 5,5 55 5,6

Cabanas de Tavira 66 5,8 45 4,6

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade

Social, Quadros de Pessoal

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

38

Figura 6. Número de empresas por freguesia (2005)

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!

São Brás deAlportel

Vaqueiros

OdeleiteCachopo

ConceiçãoVila Novade Cacela

Santa Catarinada Fontedo Bispo

Altura

Santiago

SantaLuzia

Conceição

SantaMariaSanto

Estevão

EstóiMoncarapacho

Luz

QuelfesPechão Fuseta

7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Empresas (Nº)261 - 354101 - 26051 - 10014 - 50

Cabanas deTavira

Fonte estatística: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade

Social, Quadros de Pessoal

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

39

Figura 7. Número de estabelecimentos por freguesia (2005)

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São Brás deAlportel

Vaqueiros

OdeleiteCachopo

ConceiçãoVila Novade Cacela

Santa Catarinada Fontedo Bispo

Altura

Santiago

SantaLuzia

Conceição

SantaMariaSanto

Estevão

Estói

Moncarapacho

Luz

QuelfesPechão Fuseta

7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Estabelecimentos (Nº)301 - 421101 - 30061 - 10014 - 60

Cabanas deTavira

Fonte estatística: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de

Pessoal

No que diz respeito ao pessoal ao serviço nas empresas e

estabelecimentos localizados no concelho, verifica-se que a maioria exercia

sua actividade na freguesia de Santa Maria (42,7% do pessoal ao serviço

nas empresas e 44,2% do pessoal ao serviço nos estabelecimentos), a qual

constituía-se assim como a principal geradora de emprego no concelho.

Importa ainda destacar a freguesia de Santiago, com 22,6% do pessoal ao

serviço das empresas e 21,0% do pessoal ao serviço nos

estabelecimentos.

A maioria do pessoal exercia a sua actividade na freguesia de Santa Maria.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

40

Quadro 12. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005)

Pessoal ao serviço nos estabelecimentos

Pessoal ao serviço nas empresas

N.º % N.º %

Cachopo 56 1,0 58 1,2

Conceição 267 4,6 207 4,3

Luz 524 9,0 487 10,0 Santa Catarina da Fonte do Bispo

261 4,5 255 5,3

Santa Maria 2.574 44,2 2.069 42,7

Santiago 1.222 21,0 1.097 22,6

Santo Estêvão 156 2,7 148 3,1

Santa Luzia 317 5,4 283 5,8

Cabanas de Tavira 443 7,6 243 5,0

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade

Social, Quadros de Pessoal

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

41

Figura 8. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005)

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A

AA

A

A

AA

A

A

A

A

AA

A

A

A

A

A

FusetaPechão Quelfes

LuzMoncarapacho

Estói

SantoEstevão

SantaMaria

Conceição

SantaLuzia

Santiago

AlturaSanta Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade CacelaSão Brás de

Alportel Conceição

Cachopo Odeleite

Vaqueiros7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Nas Empresas (Nº)

A1098 - 2069

A488 - 1097

A149 - 487

A58 - 148

Nos Estabelecimentos (Nº)

A1223 - 2574

A525 - 1222

A157 - 524

A56 - 156

Cabanas de Tavira

Fonte estatística: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de

Pessoal

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

42

5. REDE URBANA E SISTEMA DE POVOAMENTO

5.1. SISTEMA DE POVOAMENTO

5.1.1. ESTRUTURA DO POVOAMENTO

A densidade populacional constitui-se como um indicador que transmite

uma leitura de enquadramento necessária ao entendimento da ocupação

do território. Neste sentido, refira-se que a densidade populacional neste

território é de 41,1 hab/km², quando no cômputo do território continental de

Portugal ascendia a 110,8 hab/km2 e no Algarve a 79,1 hab/km² (2001). Ao

nível das freguesias (Quadro 13 e Figuras 9 e 10), Santiago (com 278,6

hab/km²), Santa Luzia (com 225 hab/km2) e Luz (com 129,2 hab/km2)

apresentavam as densidades mais elevadas, superior à média do

Continente e da NUT III Algarve. Por sua vez, Cachopo (5,2 hab/km²),

Santa Catarina da Fonte do Bispo (17,6 hab/km²) e Conceição (24,1

hab/km²) apresentavam as densidades populacionais mais baixas.

Quadro 13. Evolução da densidade populacional no concelho de Tavira, por freguesia (1991-2001)

Densidade Populacional (hab/km²) Taxa de Variação (%)

1991 2001 1991-2001

Continente 105,3 110,8 5,2

NUT III Algarve 68,4 79,1 15,6

Tavira 40,8 41,1 0,7

Cachopo 7,1 5,2 -26,8

Conceição 24,5 24,1 -1,6

Luz 129,2 119,6 -7,4

Santa Catarina da Fonte do Bispo 19,9 17,6 -11,6

Santa Maria 45,4 50,0 10,1

Santiago 246,5 278,6 13,0

Santo Estêvão 43,3 44,9 3,7

Santa Luzia 222,5 209,4 -5,8

Cabanas de Tavira 151,7 138,9 -8,4

Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Face a 1991, registaram-se evoluções díspares da densidade de ocupação

do território nas diferentes freguesias. Com declínios de densidade,

A densidade populacional do concelho de Tavira é de 41,1 hab/km2.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

43

associados à redução dos respectivos efectivos populacionais, surgem as

freguesias de Cachopo (-26,8%), Santa Catarina da Fonte do Bispo (-

11,6%), Cabanas de Tavira (-8,4%), Luz (-7,4%), Santa Luzia (-5,8%) e

Conceição (-1,6%). Por sua vez, nas freguesias de Santiago (13,0%), Santa

Maria (10,1%) e Santo Estêvão (3,7%) ocorreram acréscimos da densidade

populacional. No cômputo do concelho de Tavira, verificou-se um ligeiro

aumento deste indicador, cifrado em 0,7%.

Figura 9. Densidade populacional por freguesia (2001)

!

!!

!!

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!

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!

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!!

!Fuseta

Pechão Quelfes

LuzMoncarapacho

Estói

SantoEstevão

SantaMaria

Conceição

SantaLuzia

Santiago

AlturaSanta Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade CacelaSão Brás de

Alportel Conceição

Cachopo Odeleite

Vaqueiros7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Densidade Pop.5,2 - 42,042,1 - 94,794,8 - 170,3170,4 - 278,6

Tavira: 41,1Algarve: 79,1Continente: 10,8

Cabanas deTavira

(hab/km2)

Fonte estatística: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

44

Figura 10. Densidade populacional por freguesia (1991)

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!Fuseta

Pechão Quelfes

LuzMoncarapacho

Estói

SantoEstevão

SantaMaria

Conceição

SantaLuzia

Santiago

AlturaSanta Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade CacelaSão Brás de

Alportel Conceição

Cachopo Odeleite

Vaqueiros7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Densidade Pop.7,1 - 24,524,6 - 45,445,5 - 151,7151,8 - 246,5

Cabanas deTavira

(hab/km2)

Tavira: 40,8Algarve: 68,4Continente: 105,3

Fonte estatística: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Quanto à estrutura do povoamento propriamente dita, verifica-se que 41,7%

da população residente no concelho concentrava-se em aglomerados com

mais de 2.000 habitantes, o que corresponde à aglomeração urbana de

Tavira (10.434 habitantes). Importa também referir o aglomerado de Santa

Luzia, com 1.603 habitantes (6,4% da população residente). Para além

destes lugares, destacam-se também os seguintes aglomerados

populacionais (com mais de 300 habitantes):

Freguesia de Conceição: Conceição (341 hab.);

A cidade de Tavira é o único aglomerado com mais de 2.000 habitantes.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

45

Freguesia da Luz: Amaro Gonçalves (710 hab.), Arroio (305 hab.),

Arroteia (752 hab.), Campina (324 hab.), Palmeira (344 hab.) e

Pinheiro (452 hab.);

Freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo: Santa Catarina

(385 hab.);

Freguesia de Santo Estêvão: Igreja (410 hab.);

Freguesia de Santiago: Bernardinheiro (543 hab.) e Santa

Margarida (340 hab.).

É ainda notória a concentração da população em aglomerados de pequena

dimensão (com população residente inferior a 100 habitantes) dispersos pelo

sector Norte do concelho (correspondente à freguesia de Cachopo). Note-

se, contudo, que a população residente em lugares com menos de 100

habitantes não indo além 11,4%, distribuía-se por 80 lugares, facto que

importa considerar tendo em conta o âmbito do presente estudo. Quanto à

população isolada, esta representava 5,2% da população residente no

concelho de Tavira.

Quadro 14. População residente segundo a dimensão dos lugares (2001)

População Residente

N.º %

Número de Lugares

Menos de 100 2.843 11,4 80

De 100 a 199 1.855 7,4 11

De 200 a 499 3.484 13,9 11

De 500 a 999 3.474 13,9 5

De 1000 a 1999 1.603 6,4 1

Mais de 2000 10.434 41,7 1

População Isolada 1.304 5,2 -

Total 24.997 100 109

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Quanto à evolução da população residente no período 1991-2001, importa

assinalar o crescimento registado pelos núcleos de Tavira, Amaro

A população isolada representa 5,2% da população residente.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

46

Gonçalves e Conceição, assim como os declínios dos efectivos

populacionais de Santa Luzia e Cachopo.

Figura 11. População residente por lugar (1991 e 2001)

Currais

90 <> 65

54 <> 49

39 <> 26

268 <> 212

48 <> 32

67 <> 49

39 <> 19

87 <> 63

148 <> 205

8892 <> 10434

516 <> 710 1707 <> 1603

78 <> 193240 <> 341

46 <> 43

26 <> 16

109 <> 84

44 <> 32

80 <> 71

MealhaVale deOdre

Cachopo

Amoreira

Grainho

CasasBaixas

Feiteira

MonteAgudo

TaviraAmaroGonçalves

Santa Luzia

Malhão Conceição

São MarcosEira daPalma

Estorninhos

Nora

Carrapateira

7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

População Residente19912001

Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

5.1.2. USO DO SOLO E PARQUE HABITACIONAL

Centrando a análise inerente ao presente ponto do diagnóstico no

aglomerado urbano de Tavira, verifica-se a existência de três áreas

distintas, em função das suas características e período de

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

47

desenvolvimento: áreas urbanas consolidadas, áreas recentemente

urbanizadas e áreas com processos de urbanização em curso (Figura 12).

Figura 12. Núcleo urbano consolidado e áreas de expansão urbana na Cidade de Tavira

7°38'W

7°38'W

7°39'W

7°39'W

7°40'W

7°40'W

37°8'N 37°8'N

37°7'N 37°7'N

0 200m(i

Norte

Expansão Urbana a Decorrer

Expansao Urbana Recente

Núcleo Urbano Consolidado

Fonte: Elaboração própria, 2007

As áreas de expansão urbana recente e as principais áreas com novas

frentes de urbanização localizam-se, sobretudo, a Norte da ER125, embora

verifique-se também a existência de novas urbanizações na envolvência do

núcleo urbano consolidado.

No que diz respeito ao exame do parque habitacional do concelho de

Tavira, este tem por objectivo a provisão do quadro evolutivo da construção

de edifícios, permitindo perceber as principais áreas de expansão urbana e

respectiva capacidade de alojamento, e assim as áreas em que a procura

de transportes poderá estar a sofrer alterações, tanto qualitativa como

quantitativamente.

As áreas de expansão urbana recente e as principais áreas com novas frentes de urbanização localizam-se, sobretudo, a Norte da ER125.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

48

Desta forma, constata-se que no período 1991-2001 foram construídos

2.075 novos edifícios no concelho de Tavira, sendo as freguesias de Santa

Maria (493 edifícios), Santiago (366 edifícios) e Luz (273 edifícios) aquelas

que registavam a maior expansão absoluta do parque edificado (Quadro 15

e Figura 13).

Quadro 15. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia

Edifícios Construídos Antes de

1919de 1919 a

1945De 1946 a

1970de 1971 a

1990de 1991 a

2001Cabanas de Tavira 99 43 47 887 176

Cachopo 229 126 142 166 78

Conceição 134 137 70 286 224

Luz 129 334 522 683 273 Santa Catarina da Fonte do Bispo

345 239 182 280 190

Santa Luzia 9 35 382 631 105

Santo Estêvão 118 117 84 257 170

Santa Maria 295 425 618 744 493

Santiago 131 305 320 460 366

Total 1.489 1.761 2.367 4.394 2.075

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001

Contudo, foi no vinténio precedente (1971-1990) que se registou o maior

crescimento no número de edifícios da segunda metade do século XX no

concelho de Tavira, contabilizado em 4.394 novas construções.

No período 1991-2001 foram construídos 2.075 novos edifícios no concelho de Tavira.

Foi no vinténio 1971-1990 que se registou o maior crescimento no número de edifícios da segunda metade do século XX.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

49

Figura 13. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia

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!!

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!!

!

!

!

!

!!

!

!

!

!!

!Fuseta

Pechão Quelfes

Luz

MoncarapachoEstói

SantoEstevão

SantaMaria

Conceição SantaLuzia

Santiago

Altura

Santa Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade CacelaSão Brás de

Alportel

Conceição

Cachopo Odeleite

Vaqueiros7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Cabanas deTavira

Edifícios ConstruídosAntes de 1919

de 1919 a 1945

de 1946 a 1970

de 1971 a 1990

de 1991 a 2001

Fonte estatística: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001

Em 2001, as freguesias de Santa Maria (2.575 edifícios), Luz (1.941

edifícios) e Santiago (1.582 edifícios) eram aquelas que contavam com o

maior parque edificado. Inversamente, Cachopo (741 edifícios) e Santo

Estêvão (746 edifícios) registavam o menor número de edifícios (Quadro

16).

Esta distribuição, apresenta correspondência com o número de alojamentos

familiares e famílias clássicas residentes (Quadro 16), sendo igualmente as

freguesias de Santa Maria (4.189 alojamentos e 2.494 famílias), Luz (2.190

alojamentos e 1.446 famílias) e Santiago (3.026 alojamentos e 2.098

Em 2001, as freguesias de Santa Maria, Luz e Santiago eram as que contavam com o maior parque edificado.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

50

famílias) as mais representativas em ambos os indicadores. As freguesias

de Cachopo (744 alojamentos e 467 famílias) e Santo Estêvão (789

alojamentos e 502 famílias) contabilizam o menor número de alojamentos

familiares e de famílias clássicas. De realçar ainda que a freguesia de

Cabanas de Tavira registava 387 famílias clássicas residentes (o valor mais

baixo registado a nível concelhio), contudo o número de alojamentos

familiares ascendia a 1.614.

Quadro 16. Número de famílias clássicas, alojamentos familiares e edifícios por freguesia

(2001)

Famílias Clássicas

Alojamentos Familiares

Edifícios

Cabanas de Tavira 387 1.614 1.252

Cachopo 467 744 741

Conceição 547 1.171 851

Luz 1.446 2.190 1.941

Santa Catarina da Fonte do Bispo

814 1.278 1.236

Santa Luzia 611 1.687 1.162

Santo Estêvão 502 789 746

Santa Maria 2.494 4.189 2.575

Santiago 2.098 3.026 1.582

Total 9.366 16.688 12.086

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001

Dados mais recentes (2006), relativos às licenças concedidas pela

autarquia para a construção de novas habitações familiares no concelho

(Quadro 17), mostram o licenciamento de 1.221 novos fogos, sendo as

tipologias T2 (659 fogos) e T3 (300 fogos) as predominantes.

Quadro 17 Número de fogos licenciados e fogos concluídos para habitação familiar, por

tipologia de fogo (2006)

Tipologia do Fogo Nº de fogos licenciados Nº de fogos concluídos

T0 ou T1 146 130

T2 659 207

T3 300 213

T4 ou mais 116 68

Total 1.221 618

Fonte: INE, Estatísticas da Construção e Habitação – 2006, 2007.

Em 2006 foram licenciados 1.221 novos fogos no concelho de Tavira.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

51

Neste mesmo ano (2006), foram concluídos 618 fogos para habitação

familiar, 34,5% dos quais de tipologia T3 e 33,5% da tipologia T2.

5.2. SERVIÇOS DE HIERARQUIA SUPERIOR

Tendo em conta que um lugar central se apresenta como “um centro

urbano que presta funções centrais para a sua área periférica” (INE, 2004),

a qual também se denomina de área de influência, a cidade de Tavira,

assume-se como núcleo central e polarizador de todo o concelho, em

resultado da localização dos principais equipamentos e funções públicas e

privadas.

De facto, a cidade de Tavira apresenta-se como o principal núcleo numa

rede urbana pautada pela existência de apenas mais um aglomerado com

dimensão e funções significativas (Santa Luzia).

Relativamente aos principais equipamentos e funções públicas e privadas

que se constituem como pólos atractores, e que reforçam a posição da

cidade de Tavira na rede urbana concelhia, importa destacar:

A Nível Escolar: Escola Básica 2º e 3º Ciclos do Ensino

Básico/Escola Secundária;

A Nível Administrativo/Serviços Públicos: serviços municipais,

tribunal, repartição de finanças;

A Nível Económico: empresas e estabelecimentos localizados na

sede de concelho;

A Nível Desportivo: Complexo Desportivo Municipal.

Ao nível da Região do Algarve, “de um modelo territorial polarizado

caminha-se progressivamente para um modelo territorial polinucleado e

policêntrico [através da aposta] num sistema em que as especializações

funcionais de cada centro se traduzam em complementaridades na rede

urbana regional, por sua vez integrada nas redes regional, ibérica e

Na Região do Algarve caminha-se progressivamente para um modelo territorial polinucleado e policêntrico.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

52

nacional” (CCDRA, 2007:75). A rede urbana do Algarve estrutura-se nas

centralidades:

Faro – Loulé – Olhão, com interligações com S. Brás de Alportel,

Quarteira/Vila Moura e Almancil;

Portimão – Lagos – Lagoa, com interligações com Silves;

Albufeira – Guia, em articulação com as duas polinucleações

anteriores;

Vila Real de Santo António – Castro Marim, com interligação com a

Andaluzia;

Tavira, na articulação do conjunto anterior com o conjunto centrado

em Faro (CCDRA, 2007:75).

Com efeito, Tavira posiciona-se no arco metropolitano entre as

aglomerações urbanas constituídas pelos pólos de Faro, Olhão, Loulé e por

Vila Real de Santo António-Castro Marim.

Esta estruturação, patente na hierarquia de centros urbanos apresentada

na Figura 14, reflecte, entre outros factores, o espectro das funções

prestadas pelos núcleos urbanos. Atendendo a que os centros de ordem

superior prestam funções mais especializadas, é expectável a indução de

deslocações para estes centros a partir dos centros de ordem inferior, de

modo a aceder a estes serviços.

Tavira posiciona-se no arco metropolitano entre as aglomerações de Faro, Olhão, Loulé e de Vila Real de Santo António-Castro Marim.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

53

Figura 14. Sistema Urbano do Algarve

Fonte: CCDR Algarve, Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve, 2007

Neste sentido, e face à dificuldade de captar e interpretar a complexidade

das relações e dependências funcionais deste sistema urbano, optou-se

por enfocar apenas as deslocações motivadas pela necessidade de recurso

aos serviços prestados pelo Hospital Distrital de Faro visto que, como

observável na Figura 15, o concelho encontra-se na área de influência

desta unidade. Esta opção decorre do entendimento acerca da importância

em assegurar as condições de transporte que permitam o acesso de toda a

população aos serviços clínicos (nas várias especialidades e unidades) aí

prestados.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

54

Figura 15. Deslocações a Hospitais Centrais na Região do Algarve

Fonte: INE, Carta de Equipamentos e Serviços de Apoio à População, 2003

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

55

6. CARACTERIZAÇÃO DA PROCURA DE TRANSPORTE

6.1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS DESLOCAÇÕES

A análise dos padrões de mobilidade da população emprega e estudante

baseia-se nos resultados do XIII e XIV Recenseamentos Gerais da

População (1991 e 2001, respectivamente). O desenvolvimento desta

análise, no contexto do presente estudo, decorre da necessidade de:

Perceber a dimensão e direcção dos movimentos originados e

atraídos pelo concelho de Tavira;

Identificar os modos de transporte utilizados nas deslocações;

Conhecer os tempos médios de deslocação.

6.1.1. ANÁLISE GLOBAL DAS DESLOCAÇÕES CONCELHIAS

Face a 1991, as deslocações no concelho de Tavira apresentaram uma

variação positiva de 19,5% (Quadro 18), decorrente de um aumento do

número de deslocações cifrado em 2.109 deslocações. Com a excepção da

freguesia de Cachopo que registou uma variação negativa (-2,8%), nas

restantes freguesias ocorreu um aumento significativo das deslocações.

Destaca-se a freguesia de Santiago com um aumento de 35,7%.

Quadro 18. Evolução do total das deslocações no Concelho de Tavira (1991-2001)

Total de Deslocações

1991 2001

Taxa de Variação 1991/2001

Tavira 10.843 12.952 19,5

Cachopo 409 275 -32,8

Conceição 562 713 26,9

Luz 1.811 1.962 8,3

Santa Catarina da Fonte do Bispo 905 920 1,7

Santa Maria 2.768 3.549 28,2

Santiago 2.502 3.396 35,7

Santo Estêvão 578 666 15,2

Santa Luzia 784 908 15,8

Cabanas de Tavira 524 563 7,4

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Entre 1991 e 2001, as deslocações no concelho de Tavira apresentaram uma variação positiva.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

56

Em 2001, as freguesias que geravam maiores fluxos eram Santa Maria

(3.549 deslocações), Santiago (3.396 deslocações) e Luz (1.962

deslocações). As freguesias de Cachopo (275 deslocações) e Cabanas de

Tavira (563 deslocações) apresentavam o menor número de deslocações

no conjunto das freguesias do concelho de Tavira.

6.1.1.1. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS

As deslocações intra-concelhias (Quadro 19) representavam, em 2001,

80,6% das deslocações com origem no concelho de Tavira.

Comparativamente com 1991, verifica-se um decréscimo da importância

relativa destas deslocações (passando de 85,4% para 80,6% do total de

deslocações), embora em termos absolutos se verifique um acréscimo de

1.186 com origem e destino no próprio concelho.

Quadro 19. Evolução das deslocações intra-concelhias no concelho de Tavira (1991-2001)

Total de deslocações

Deslocações Intra-concelhias

% Deslocações Intra-concelhias

1991 2001 1991 2001 1991 2001

Tavira 10.843 12.952 9.254 10.440 85,4 80,6

Cachopo 409 275 364 235 89,0 85,5

Conceição 562 713 457 572 81,3 80,2

Luz 1.811 1.962 1356 1.383 74,9 70,5

Stª. Cat. da Fonte do Bispo 905 920 712 620 78,7 67,4

Santa Maria 2.768 3.549 2.493 3.019 90,1 85,1

Santiago 2.502 3.396 2.217 2.824 88,6 83,2

Santo Estêvão 578 666 495 554 85,6 83,2

Santa Luzia 784 908 669 736 85,3 81,1

Cabanas de Tavira 524 563 491 497 93,7 88,3

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Ao nível das freguesias (Quadro 19 e Figuras 16 e 17), Cachopo (85,5%),

Santa Maria (85,1%) e Cabanas de Tavira (88,3%) apresentavam, em

2001, a maior proporção de deslocações intra-concelhias, relativamente ao

total das deslocações geradas pela freguesia. Ainda assim, face a 1991 a

representatividade destas deslocações diminui em todas as freguesias.

Em 2001 a freguesia de Santa Maria era a que gerava o maior número de deslocações.

As deslocações intra-concelhias representavam 80,6% do total de deslocações.

As freguesias de Cachopo, Santa Maria e Cabanas apresentavam a maior proporção de deslocações intra-concelhias.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

57

Figura 16. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 1991

Cabanas deTavira

Luz

SantoEstevão

SantaMaria

SantaLuzia

Santiago

Santa Catarinada Fontedo Bispo

Conceição

Cachopo

7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Deslocações Intra-Concelhias

Deslocações Inter-Concelhias

Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

58

Figura 17. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 2001

Cabanas deTavira

Luz

SantoEstevão

SantaMaria

SantaLuzia

Santiago

Santa Catarinada Fontedo Bispo

Conceição

Cachopo

7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Deslocações Intra-Concelhias

Deslocações Inter-Concelhias

Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Quanto à origem destas deslocações (Quadro 20 e Figura 18), em 2001, os

principais fluxos eram gerados pelas freguesias de Santa Maria (3.019

deslocações - 28,9% do total de deslocações) e Santiago (2.824

deslocações - 27% do total de deslocações) e Luz (1.383 deslocações -

13,2% do total de deslocações) representativas de 69,2% do total de

deslocações intra-concelhias. Por sua vez, Conceição (572 deslocações –

5,5% do total de deslocações), Santo Estêvão (554 deslocações - 5,3% do

total de deslocações), Cabanas de Tavira (497 deslocações – 4,8% do total

de deslocações) e Cachopo (235 deslocações – 2,3% do total de

deslocações) constituíam-se como as freguesias com menor importância

nestes fluxos.

Os principais fluxos eram gerados pela freguesia de Santa Maria.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

59

Quadro 20. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991 e 2001)

% Deslocações

1991 2001

Cachopo 3,9 2,3 Conceição 4,9 5,5 Luz 14,7 13,2 Santa Catarina da Fonte do Bispo 7,7 5,9 Santa Maria 26,9 28,9 Santiago 24,0 27,0 Santo Estêvão 5,3 5,3 Santa Luzia 7,2 7,0 Cabanas de Tavira 5,3 4,8

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

60

Figura 18. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991-2001)

!

!!

!

!!

!!

!

!

!

!

!!

!

!

!

!!

!

!Olhão

FusetaPechão Quelfes

LuzMoncarapacho

Estói

SantoEstevão Santiago

Conceição

SantaLuzia

SantaMaria

Altura

Santa Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade CacelaSão Brás de

AlportelConceição

Azinhal

Cachopo Odeleite

Vaqueiros

4,9 <> 5,5

5,3 <> 4,8

24,0 <> 27

5,3 <> 5,3

7,7 <> 5,9

26,9 <> 28,9

14,7 <> 13,27,2 <> 7

3,9 <> 2,3

7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Cabanas deTavira

Deslocações (%)

1991

2001

Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.1.2. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS

As deslocações inter-concelhias (Quadro 21) cifraram-se, em 2001, em

2.512 deslocações, registando um acréscimo em termos absolutos e

relativos face a 1991 (com mais 923 deslocações, passando a representar

19,4% do total de deslocações).

As deslocações inter-concelhias registaram um acréscimo em termos absolutos e relativos face a 1991.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

61

Conclui-se, portanto, que as deslocações com origem em Tavira tinham

como destino preferencial, em 1991, o próprio concelho, tendência

atenuada em 2001.

Quadro 21. Origem das deslocações inter-concelhias no Concelho de Tavira (1991 e 2001)

Total de

deslocaçõesDeslocações Inter-

concelhias % Deslocações Inter-concelhias

1991 2001 1991 2001 1991 2001

Tavira 10.843 12.952 1.589 2.512 14,65 19,39 Cachopo 409 275 45 40 11,00 14,55 Conceição 562 713 105 141 18,68 19,78 Luz 1.811 1.962 455 579 25,12 29,51 Stª. Cat. da Fonte do Bispo 905 920 193 300 21,33 32,61 Santa Maria 2.768 3.549 275 530 9,93 14,93 Santiago 2.502 3.396 285 572 11,39 16,84 Santo Estêvão 578 666 83 112 14,36 16,82 Santa Luzia 784 908 115 172 14,67 18,94 Cabanas 524 563 33 66 6,30 11,72

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Ao nível das freguesias, registou-se um acréscimo relativo das deslocações

inter-concelhias em todas as freguesias do concelho de Tavira, sendo as

freguesias de Santa Catarina da Fonte do Bispo (32,6%), Luz (29,5%) e

Conceição (19,8%) aquelas que apresentaram, em 2001, a maior

proporção deste tipo de deslocação. Inversamente, as freguesias de Santa

Maria (14,6%), Cachopo (14,6%) e Cabanas de Tavira (11,7%) ostentaram

a menor representatividade de deslocações inter-concelhias face ao total

de deslocações geradas pela freguesia.

Com a excepção de Cachopo (-5 deslocações), verificaram-se aumentos

absolutos das deslocações inter-concelhias na generalidade das

freguesias. Os valores mais expressivos foram registados, em 2001, pelas

freguesias de Luz (579 deslocações), Santiago (572 deslocações) e Santa

Maria (530 deslocações).

Quanto à origem das deslocações inter-concelhias (Quadro 22 e Figura 19),

os principais fluxos eram gerados, em 2001, pelas freguesias da Luz (579

deslocações - 23% do total de deslocações), Santiago (572 deslocações -

22,8% do total de deslocações) e Santa Maria (530 deslocações - 21,1% do

total de deslocações), representativas de 66,9% das deslocações inter-

A maioria das deslocações inter-concelhias tinha origem nas freguesias de Luz, Santiago e Santa Maria.

As deslocações com origem em Tavira tinham como destino preferencial o próprio concelho.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

62

concelhias. Por seu turno, Santo Estêvão (112 deslocações - 4,5% do total

de deslocações), Cabanas de Tavira (66 deslocações - 2,6% do total de

deslocações) e Cachopo (40 deslocações - 1,6% do total de deslocações)

representavam apenas 8,7% das deslocações efectuadas para o exterior

do concelho.

Quadro 22. Origem das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991 e 2001)

% Deslocações

1991 2001

Cachopo 2,8 1,6 Conceição 6,6 5,6 Luz 28,6 23,0 Santa Catarina da Fonte do Bispo 12,1 11,9 Santa Maria 17,3 21,1 Santiago 17,9 22,8 Santo Estêvão 5,2 4,5 Santa Luzia 7,2 6,8 Cabanas de Tavira 2,1 2,6

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

63

Figura 19. Origem das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991-2001)

!

!!

!

!!

!!

!

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!

!

!!

!

!Olhão

FusetaPechão Quelfes

LuzMoncarapacho

Estói

SantoEstevão

Santiago

Conceição

SantaLuzia

SantaMaria

Altura

Santa Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade CacelaSão Brás de

AlportelConceição

Azinhal

Cachopo Odeleite

Vaqueiros

6,6 <> 5,6

2,1 <> 2,6

17,9 <> 22,8

5,2 <> 4,5

12,1 <> 11,9

17,3 <> 21,1

28,6 <> 237,2 <> 6,8

2,8 <> 1,6

7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Cabanas deTavira

Deslocações (%)

1991

2001

Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.2. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES POR MOTIVO DE TRABALHO

6.1.2.1. DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS

As deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (Quadro 23)

representavam, em 2001, 79,1% do total das deslocações por motivo de

trabalho com origem no concelho de Tavira, sofrendo um ligeiro acréscimo

de 1,1% face a 1991. Ainda assim, observa-se que, estas deslocações

perderam representatividade no cômputo das deslocações por motivo de

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

64

trabalho, dado revelador de um incremento importante das deslocações

destinadas a outros concelhos.

Quadro 23. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (1991- 2001)

Total de deslocações por motivo de trabalho

Deslocações Intra-concelhias por

motivo de trabalho

% Deslocações Intra-concelhias por motivo

de trabalho

1991 2001 1991 2001 1991 2001

Taxa de variação

1991-2001

Tavira 9.125 9.834 7.689 7.775 84,3 79,1 1,1 Cachopo 342 218 303 186 88,6 85,3 -38,6 Conceição 497 539 398 420 80,1 77,9 5,5 Luz 1.538 1.531 1.128 1.054 73,3 68,8 -6,6 Stª. Cat. da Fonte do Bispo 805 717 625 465 77,6 64,9 -25,6 Santa Maria 2.355 2.658 2.111 2.229 89,6 83,9 5,6 Santiago 2.022 2.537 1.766 2.088 87,3 82,3 18,2 Santo Estêvão 498 502 419 402 84,1 80,1 -4,1 Santa Luzia 646 696 544 548 84,2 78,7 0,7 Cabanas de Tavira 422 436 395 383 93,6 87,8 -3,0

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Atentando na proporção de deslocações intra-concelhias, por motivo de

trabalho por freguesia, observa-se que, em 2001, os valores mais elevados

eram ostentados por Cabanas de Tavira (87,8%), Cachopo (85,3%) e Santa

Maria (83,9%). As freguesias em que as deslocações intra-concelhias

averbavam menor preponderância eram Santa Catarina da Fonte do Bispo

(64,9%), Luz (68,8%), Conceição (77,9%) e Santa Luzia (78,7%).

Face a 1991, os maiores acréscimos relativos nas deslocações com origem

e destino no concelho de Tavira foram registados pelas freguesias de

Santiago (18,2%), Santa Maria (5,6%) e Conceição (5,5%), enquanto que

em Cachopo (-38,6%), Santa Catarina da Fonte do Bispo (-25,6%), Luz (-

6,6%), Santo Estêvão (-4,1 %) e Cabanas (-3%) esta evolução foi

declinante.

No que se refere à origem dos fluxos intra-concelhios por motivo de

trabalho (Quadro 24), os principais contributos advinham, em 2001, das

freguesias de Santa Maria (2.229 deslocações - 28,7% do total de

deslocações), Santiago (2.088 deslocações - 26,9% do total de

deslocações) e Luz (1054 deslocações - 13,6% do total de deslocações).

Por sua vez, Santo Estêvão (402 deslocações - 5,2% do total de

A freguesia de Santa Maria apresentava-se como a principal geradora de deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (28,7%).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

65

deslocações), Cabanas de Tavira (383 deslocações - 4,9% do total de

deslocações) e Cachopo (187 deslocações - 2,4% do total de deslocações)

eram as freguesias que menos deslocações geravam com destino no

concelho de Tavira.

Quadro 24. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia

(1991- 2001)

% Deslocações

1991 2001

Cachopo 3,9 2,4 Conceição 5,2 5,4 Luz 14,7 13,6 Santa Catarina da Fonte do Bispo 8,1 6,0 Santa Maria 27,5 28,7 Santiago 23,0 26,9 Santo Estêvão 5,4 5,2 Santa Luzia 7,1 7,0 Cabanas de Tavira 5,1 4,9

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Comparativamente com 1991 registou-se, em termos relativos, um ligeiro

decréscimo nas deslocações com origem e destino no concelho de Tavira.

Com a excepção de Conceição, Santiago, Santa Maria e Santa Luzia que

registaram um acréscimo das deslocações efectuadas pela população

activa (de 5,2% para 5,4%, de 23,0% para 26,9% e de 27,5% para 28,7%,

respectivamente), as restantes freguesias contabilizaram reduções do fluxo

por motivo de trabalho com destino no próprio concelho, destacando-se as

freguesias de Cachopo e Santa Catarina da Fonte do Bispo, com quebras

de -38,6% e -25,6% respectivamente.

6.1.2.2. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS

As deslocações inter-concelhias, por motivo de trabalho, com origem no

município de Tavira (Quadro 25) registaram, entre 1991 e 2001, um

acréscimo de 43,4%, aumentando a sua representatividade em 5,2 p.p., no

conjunto das deslocações por motivo de trabalho geradas no concelho

(passando de 15,7% em 1991 para 20,9% em 2001). Verifica-se assim que

uma parcela crescente dos residentes em Tavira desloca-se para fora do

concelho para exercer a sua actividade profissional, embora este fluxo

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

66

represente cerca de 1/5 do total das deslocações por motivo de trabalho.

Numa primeira análise, estes dados são indiciadores da capacidade do

concelho em reter internamente os fluxos da população, através da oferta

de postos de trabalho, visto que apenas uma parte comparativamente

reduzida das deslocações é exercida para fora do concelho. Importa,

contudo, não descurar o reforço destas deslocações no período 1991-2001,

assim como, ponderar a situação e a extensão territorial do município,

acessibilidades e nível de serviço dos transportes públicos, como factores

condicionadores das deslocações inter-concelhias.

Atentando na proporção de deslocações inter-concelhias por freguesia

(Quadro 25), observa-se que, em 2001, os valores mais elevados eram

ostentados pelas freguesias de Santa Catarina da Fonte do Bispo (35,1%)

e Luz (31,2%).

As freguesias em que as deslocações inter-concelhias averbavam menor

peso relativo eram Cabanas de Tavira (12,2%), Cachopo (14,7%), Santa

Maria (16,1%) e Santiago (17,7%). Com a excepção da freguesia de

Cachopo que registou uma variação negativa do número de deslocações

inter-concelhias (-17,9%), nas restantes freguesias ocorreram variações

positivas em relação a 1991, sendo as freguesias de Cabanas de Tavira,

Santa Maria e Santiago aquelas que registaram os acréscimos relativos

mais importantes (96,3%, 75,8% e 75,4%, respectivamente).

Cerca de 1/5 das deslocações por motivo de trabalho ocorria para o exterior do concelho de Tavira.

Nas deslocações inter-concelhias por freguesia, os valores mais elevados eram ostentados por Santa Catarina da Fonte do Bispo e Luz.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

67

Quadro 25. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho (1991-2001)

Total de deslocações por motivo de trabalho

Deslocações Intra-concelhias por

motivo de trabalho

% Deslocações Intra-concelhias por motivo

de trabalho

Taxa de variação

1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991-2001

Tavira 9.125 9.834 1.436 2.059 15,7 20,9 43,4 Cachopo 342 218 39 32 11,4 14,7 -17,9 Conceição 497 539 99 119 19,9 22,1 20,2 Luz 1.538 1531 410 477 26,7 31,2 16,3 Stª. Cat. da Fonte do Bispo 805 717 180 252 22,4 35,1 40,0 Santa Maria 2.355 2.658 244 429 10,4 16,1 75,8 Santiago 2.022 2.537 256 449 12,7 17,7 75,4 Santo Estêvão 498 502 79 100 15,9 19,9 26,6 Santa Luzia 646 696 102 148 15,8 21,3 45,1 Cabanas de Tavira 422 436 27 53 6,4 12,2 96,3

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

No referente à origem dos fluxos inter-concelhios (Quadro 26), as

freguesias que em 2001 mais contribuíram para o fluxo exógeno por motivo

de trabalho foram Luz (477 deslocações - 23,2% do total de deslocações),

Santiago (449 deslocações - 21,8% do total de deslocações) e Santa Maria

(429 deslocações - 20,8% do total de deslocações). Por sua vez, Santo

Estêvão (100 deslocações - 4,9% do total de deslocações), Cabanas de

Tavira (53 deslocações - 2,6% do total de deslocações) e Cachopo (32

deslocações - 1,6% do total de deslocações) eram as freguesias que

menos deslocações geravam para fora do concelho de Tavira.

Comparativamente com 1991, destaca-se a perda de importância relativa

do fluxo gerado pela freguesia da Luz (de 28,6% para 23,2%) e o reforço

das deslocações com origem em Santa Maria (de 17% para 20,8%) e

Santiago (de 17,8% para 21,8%).

Quanto à origem dos fluxos inter-concelhios, as freguesias que, em 2001, mais contribuíram para este fluxo foram Luz, Santiago e Santa Maria.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

68

Quadro 26. Origem das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho por

freguesia (1991 e 2001)

% Deslocações

1991 2001

Cachopo 2,7 1,6 Conceição 6,9 5,8 Luz 28,6 23,2 Santa Catarina da Fonte do Bispo 12,5 12,2 Santa Maria 17,0 20,8 Santiago 17,8 21,8 Santo Estêvão 5,5 4,9 Santa Luzia 7,1 7,2 Cabanas de Tavira 1,9 2,6

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.3. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES POR MOTIVO DE ESTUDO

6.1.3.1. DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS

As deslocações intra-concelhias por motivo de estudo no município de

Tavira, sofreram entre 1991 e 2001, um acréscimo de 70,3% (1.100

deslocações), embora a sua representatividade no total de deslocações por

motivo de estudo tenha diminuído, cifrando-se este declínio em 5,6 p.p.

(Quadro 27). Verifica-se ainda assim que, em 2001, a maioria dos

estudantes (85,5%) residentes no concelho deslocava-se no interior do

mesmo para frequentar um estabelecimento de ensino.

Ao nível das freguesias (Quadro 27), Luz (157,6%), Santa Maria (106,8%) e

Santo Estêvão (100,0%) apresentaram, no período em estudo, a maior

variação das deslocações no interior do concelho. Contudo, eram as

freguesias de Santo Estêvão (92,7%), Cabanas de Tavira (89,8%), Santa

Maria (88,7%) e Santa Luzia (88,7%) aquelas que, em 2001, ostentavam a

maior proporção de deslocações por motivo de estudo no interior do

concelho relativamente ao total de deslocações por motivo de estudo

geradas pela freguesia.

Com efeito, face a 1991, com a excepção de Cachopo que apresentou uma

diminuição do número de estudantes que se deslocava internamente, nas

restantes freguesias registou-se um acréscimo das deslocações por motivo

de estudo, embora em termos relativos estas deslocações tenham perdido

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

69

importância em virtude do aumento do número total de deslocações por

motivo de estudo (intra e inter-concelhias).

Quadro 27. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo (1991- 2001)

Total de deslocações por motivo de estudo

Deslocações Intra-concelhias por

motivo de estudo

% Deslocações Intra-concelhias por

motivo de estudo

Taxa de variação

1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991-2001

Tavira 1.718 3.118 1.565 2.665 91,1 85,5 70,3 Cachopo 67 57 61 49 91,0 86,0 -19,7 Conceição 65 174 59 152 90,8 87,4 157,6 Luz 273 431 228 329 83,5 76,3 44,3 Stª. Cat. da Fonte do Bispo 100 203 87 155 87,0 76,4 78,2 Santa Maria 413 891 382 790 92,5 88,7 106,8 Santiago 480 859 451 736 94,0 85,7 63,2 Santo Estêvão 80 164 76 152 95,0 92,7 100,0 Santa Luzia 138 212 125 188 90,6 88,7 50,4 Cabanas de Tavira 102 127 96 114 94,1 89,8 18,8

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Quanto à origem destas deslocações (Quadro 28), os principais fluxos eram

gerados, em 2001, pelas freguesias de Santa Maria (790 deslocações -

29,6% do total de deslocações) e Santiago (736 deslocações - 27,6% do

total de deslocações), representativas de 57,3% das deslocações. Por sua

vez, Cabanas de Tavira (114 deslocações - 4,3% do total de deslocações),

Cachopo (49 deslocações - 1,8% do total de deslocações), constituíam-se

como as freguesias com menor importância nestes fluxos.

A freguesia de Santa Maria apresentava o maior fluxo de deslocações intra-concelhias por motivo de estudo (29,6% do total de deslocações).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

70

Quadro 28. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo

por freguesia (1991 e 2001)

% Deslocações

1991 2001

Cachopo 3,9 1,8 Conceição 3,8 5,7 Luz 14,6 12,3 Santa Catarina da Fonte do Bispo 5,6 5,8 Santa Maria 24,4 29,6 Santiago 28,8 27,6 Santo Estêvão 4,9 5,7 Santa Luzia 8,0 7,1 Cabanas de Tavira 6,1 4,3

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.3.2. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS

As deslocações inter-concelhias por motivo de estudo com origem no

concelho de Tavira (Quadro 29) registaram, em 2001, um acréscimo em

termos absolutos de 300 deslocações, o qual apresentou, em termos

relativos, uma variação de 196,1% face a 1991. Verifica-se contudo, que o

número de estudantes que saía do concelho para frequentar um

estabelecimento de ensino era relativamente reduzido (453 deslocações –

14,5 % do total de deslocações), atendendo ao fluxo total por motivo de

estudo.

Analisando a proporção de deslocações inter-concelhias no total das

deslocações por motivo de estudo geradas por freguesia (Quadro 29)

observa-se que, em 2001, Luz (23,7%) e Santa Catarina da Fonte do Bispo

(23,6%) ostentam o maior peso destas deslocações. Por seu turno, Santo

Estêvão (7,3%), Cabanas de Tavira (10,2%), Santa Luzia (11,3%) e Santa

Maria (11,3%) apresentavam-se como as freguesias com menor peso

relativo destas deslocações.

Face a 1991, a totalidade das freguesias averbou aumentos no peso das

deslocações inter-concelhias por motivo de estudo, embora destacando-se

as freguesias de Santiago (324,1%), Santa Catarina da Fonte do Bispo

(269,2%) e Conceição (266,8%) por ostentaram as mais altas taxas de

variação das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo, entre1991

14,5% dos estudantes deslocavam-se para o exterior do concelho para frequentar um estabelecimento de ensino.

As Freguesias de Luz e Santa Catarina da Fonte do Bispo apresentavam os valores mais significativos de deslocações inter-concelhias.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

71

e 2001. Note-se que neste período apenas Cachopo (33,3%) e Santa Luzia

(84,6%) registaram variações inferiores a 100%.

Quadro 29. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo (1991-2001)

Total de deslocações por motivo de estudo

Deslocações Intra-concelhias por

motivo de estudo

% Deslocações Intra-concelhias por

motivo de estudo

Taxa de variação

1991 2001 1991 2001 2001 1991 1991-2001

Tavira 1.718 3.118 153 453 8,9 14,5 196,1 Cachopo 67 57 6 8 9,0 14,0 33,3 Conceição 65 174 6 22 9,2 12,6 266,7 Luz 273 431 45 102 16,5 23,7 126,7 Stª. Cat. da Fonte do Bispo 100 203 13 48 13,0 23,6 269,2 Santa Maria 413 891 31 101 7,5 11,3 225,8 Santiago 480 859 29 123 6,0 14,3 324,1 Santo Estêvão 80 164 4 12 5,0 7,3 200,0 Santa Luzia 138 212 13 24 9,4 11,3 84,6 Cabanas de Tavira 102 127 6 13 5,9 10,2 116,7

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

No respeitante à origem dos fluxos inter-concelhios (Quadro 30), em 2001,

Santiago (123 deslocações - 27,2% do total de deslocações), Luz (102

deslocações - 22,5% do total de deslocações) e Santa Maria (101

deslocações - 22,3% do total de deslocações) eram as freguesias que mais

deslocações geraram para fora do concelho. Por sua vez, Cabanas de

Tavira (13 deslocações - 2,9% do total de deslocações), Santo Estêvão (12

deslocações - 2,6% do total de deslocações) e Cachopo (8 deslocações -

1,8% do total de deslocações) eram as freguesias que menos contribuíam

para o fluxo de deslocações inter-concelhias por motivo de estudo.

Comparativamente com 1991, evidencia-se a perda de importância relativa

dos fluxos gerados pelas freguesias de Luz (de 29,4% para 22,5%), Santa

Luzia (de 8,5% para 5,3%) e Cabanas de Tavira (de 3,9% para 2,9%). Com

a excepção de Luz, as freguesias com os fluxos mais representativos em

2001 viram a sua importância relativa reforçada face a 1991.

As Freguesias de Santiago, Luz e Santa Maria eram as que mais deslocações geravam para o exterior do concelho.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

72

Quadro 30. Origem das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991- 2001)

% Deslocações

1991 2001

Cachopo 3,9 1,8 Conceição 3,9 4,9 Luz 29,4 22,5 Santa Catarina da Fonte do Bispo 8,5 10,6 Santa Maria 20,3 22,3 Santiago 19,0 27,2 Santo Estêvão 2,6 2,6 Santa Luzia 8,5 5,3 Cabanas de Tavira 3,9 2,9

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.4 DESTINOS DAS DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS POR MOTIVO DE

TRABALHO E ESTUDO

Na análise dos destinos dos fluxos inter-concelhios, considerou-se a

população activa e a estudante que se desloca para o exterior do concelho

de Tavira para o exercício da sua actividade laboral ou frequência de um

estabelecimento de ensino. Esta análise permite avaliar a capacidade de

atracção dos concelhos limítrofes ou outros mais afastados sobre a

população residente no concelho de Tavira.

Considerando a Figura 20, que apresenta as deslocações inter-concelhias

com origem no concelho de Tavira, atesta-se da forte capacidade de

atracção de vários concelhos pertencentes à NUT III Algarve. Com efeito,

Faro assumia-se como o principal destino deste fluxo, reforçando mesmo a

sua importância face a 1991 em 439 deslocações – passando de 559 para

998 deslocações. Destacam-se também Vila Real de Santo António (268

deslocações), Castro Marim (69 deslocações), São Brás de Alportel (112

deslocações), Olhão (542 deslocações), Loulé (192 deslocações) e

Albufeira (42 deslocações), enquanto concelhos com forte capacidade de

atracção das deslocações por motivo de estudo e trabalho em 2001. Para

além destas deslocações, importa ainda assinalar os fluxos destinados aos

concelhos algarvios de Silves (20 deslocações) e Portimão (27

deslocações), assim como aos concelhos de Beja (14 deslocações) e

Setúbal (12 deslocações).

O concelho de Faro constituía-se como o principal atractor dos fluxos gerados pelo concelho de Tavira.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

73

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!!!

!!!!

!!

!!

SINTRA (8)

ALMADA (6)

LISBOA (95)

SETÚBAL (12)

VILA FRANCA DE XIRA (5)

SANTARÉM (4)

CONSTÂNCIA (3)

COIMBRA (4)

BEJA (14)

PORTO (3)

ÉVORA (8)

PORTALEGRE (4)

VILA REAL (3)

FRONTEIRA (3)

TAVIRAALBUFEIRA(42)

OLHÃO (542)

FARO(998)

PORTIMÃO(27) LAGOA (7)

VILAREAL DE SANTOANTÓNIO (268)

LAGOS(5)

SÃO BRÁS DEALPORTEL

(112)

CASTROMARIM

(69)

LOULÉ(192)

SILVES(20)

ALCOUTIM(10)

ALMODOVAR(3)

7°30' W8°W8°30' W9°W

37°30'N

37°N

Deslocações

3 - 70

71 - 270

271 - 540

541 - 998

0 10km

(iNorte

É ainda importante referir que as deslocações com destino a Lisboa foram

reforçadas em 2001, verificando-se um acréscimo de 52 deslocações face

a 1991 (passando de 43 para 95 deslocações)

Figura 20. Destinos das deslocações inter-concelhias (2001)

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Face a 1991 – ver Anexo II – verificam-se, em 2001, evoluções similares

neste conjunto de fluxos mais significativos, todas elas pautadas por

acréscimos no número de deslocações. Para além dos acréscimos já

referidos, as variações mais significativas ocorreram nos fluxos com destino

nos concelhos de Loulé (+87 deslocações), Olhão (+18 deslocações) e Vila

Real de Santo António (+51 deslocações).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

74

6.1.5. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS COM DESTINO NO CONCELHO DE

TAVIRA

Em relação à análise da origem das deslocações por motivo de trabalho ou

estudo que, em 2001, tinham como destino o concelho de Tavira (Figura

21) optou-se, por considerar apenas os fluxos mais significativos, isto é,

cujo total era igual ou superior a 5 deslocações. Pretende-se assim avaliar

a capacidade de atracção regional deste concelho, tanto em função da sua

capacidade de criação de emprego (deslocações por motivo de trabalho)

como da polarização exercida pelos estabelecimentos de ensino existentes

(deslocações por motivo de estudo).

Com efeito, era Vila Real de Santo António o concelho sobre o qual era

exercida maior atracção, representando o fluxo daí proveniente um total de

355 deslocações. Seguiam-se os concelhos de Olhão (309 deslocações),

Faro (140 deslocações), Castro Marim (73 deslocações), São Brás de

Alportel (47 deslocações) e Loulé (44 deslocações). Tratando-se das

deslocações mais significativas, verifica-se que a capacidade de atracção

do concelho de Tavira é exercida, sobretudo, sobre concelhos

territorialmente próximos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

75

Figura 21. Origem das deslocações com destino no concelho de Tavira (2001)

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!!!

!!

!!

SINTRA (11)

AMADORA (9)

ALMADA (7)

LISBOA (5)

BARREIRO (9)

BENAVENTE (5)

LEIRIA (5)

PAÇOS DE FERREIRA (8)

LAMEGO (8)

TAVIRAALBUFEIRA (6)OLHÃO(309)FARO

(140)

PORTIMÃO(7)

VILAREAL DE SANTOANTÓNIO (355)

SÃO BRÁS DEALPORTEL (47)

CASTROMARIM

(73)

LOULÉ(44)

SILVES(8)

ALCOUTIM(14)

7°30'W8°W8°30'W9°W

37°30'N

37°N

Deslocações

5 - 15

16 - 70

71 - 140

141 - 355

0 10km

(iNorte

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Importa ainda salientar, não obstante a menor dimensão do fluxo, os

concelhos Portimão, Almada (ambos com 7 deslocações), Albufeira (6

deslocações), Leiria, Lisboa e Benavente (todos com 5 deslocações).

6.1.6. EVOLUÇÃO DOS MODOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS PELA POPULAÇÃO

EMPREGADA E ESTUDANTES

A análise da evolução dos modos de transporte afigura-se de grande

importância no âmbito do presente estudo, pois possibilita o conhecimento

dos modos de transporte utilizados nas deslocações motivadas por trabalho

e estudo, tanto no interior como para o exterior do concelho de Tavira.

Com efeito, constata-se que em 1991, o modo pedonal era o modo mais

representativo (Quadro 31 e Gráfico 7), correspondendo a 46,2% das

deslocações por motivo de trabalho ou estudo, seguindo-se o automóvel

ligeiro2 (20,5%) e o motociclo/bicicleta (17,8%). O autocarro assegurava

8,8% das deslocações. Com menor expressão encontrava-se o transporte

2 Os valores referem-se às deslocações em automóvel ligeiro como condutor ou passageiro.

Em 1991, o modo pedonal era o mais utilizado no concelho de Tavira.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

76

8,8

20,5

3,4

17,8

46,2

0,9

5,95,8

45,4

2,6

8,0

31,4

0,9

5,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

Autocarro Automóvel ligeiro Comboio Motociclo ou Bicicleta Penonal Outro TransporteColectivo/Veículo da

empresa/escola

1991 2001

colectivo/veículo da empresa/escola (5,9% das deslocações), o comboio

(3,4%) e “outros modos” (0,9%).

Quadro 31. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (1991 e 2001)

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Gráfico 7. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (1991 e 2001)

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Em 2001 (Gráfico 8), assistiu-se a uma significativa alteração na utilização

dos modos de transporte, sendo que o automóvel ligeiro afirmou-se como o

principal modo de transporte nas deslocações geradas pelo concelho de

Tavira – passando de 20,5% para 45,4% do total de deslocações de

empregados e estudantes (com um acréscimo de 3.735 deslocações).

Tendo sofrido uma forte queda no período 1991-2001 (-773 deslocações), o

Autocarro Automóvel Ligeiro

Comboio Motociclo ou Bicicleta

Pedonal Outro Transporte

Colectivo da Empresa/

Escola1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001

Tavira 919 757 2150 5885 361 337 1861 1032 4846 4073 91 112 615 756

Intra-concelhias 790 665 1560 4209 46 30 1630 931 4827 4014 84 84 317 507

Inter-concelhias 129 92 590 1676 315 307 231 101 19 59 7 28 298 249

Em 2001, o automóvel tornou-se o modo de transporte mais utilizado (45,4% das deslocações).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

77

modo pedonal passou a assegurar 31,4% das deslocações, seguido do

motociclo/bicicleta (8,0%), autocarro (5,8%) e transporte colectivo/veículo

da empresa/escola (3,8%), modos que também perderam importância

absoluta (exceptuando o transporte colectivo/veículo da empresa/escola) e

relativa no conjunto dos modos que asseguravam a mobilidade da

população empregada e estudante residente no concelho.

Gráfico 8. Modos de transporte utilizados pela população empregada e estudante (2001)

Fonte: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001

À semelhança da tendência de generalização do uso do automóvel ligeiro a

nível nacional, também no concelho de Tavira registou-se, em 2001, uma

clara preponderância do uso deste modo de transporte face aos demais –

45,4% das deslocações (Gráfico 8).

Considerando o âmbito deste estudo, é de relevar a perda de importância

dos modos suaves (pedonal e bicicleta/motociclo3) e do transporte público

colectivo rodoviário (leia-se autocarro). No período em análise, estes modos

mostraram-se incapazes de captar “novos utilizadores” decretados num

contexto de aumento de mobilidade da população residente por motivo de

trabalho ou estudo, com uma clara perda de competitividade face ao

automóvel, que se tornou o modo de eleição. Ainda assim importa relevar a

3 Os dados do recenseamento geral da população agregam o motociclo e a bicicleta.

Os modos suaves e o transporte público colectivo rodoviário perderam importância no período 1991-2001.

0,9%

2,6%

8,0%

31,4%

5,8% 5,8%

45,4%

Autocarro

Automóvel Ligeiro

Comboio

Motociclo ou Bicicleta

Pedonal

Outro

Transporte Colectivo/ Veículo da Empresa/Escola

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

78

evolução positiva, em termos absolutos, do transporte colectivo/veículo da

empresa/escola, com um incremento de 141 deslocações.

6.1.6.1. DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS DA POPULAÇÃO EMPREGADA E

ESTUDANTES POR MODO DE TRANSPORTE

Ao nível das deslocações intra-concelhias verifica-se, através da análise do

Gráfico 9, que, em 2001, os residentes no concelho de Tavira optavam,

preferencialmente, pelo automóvel (40,3%), seguindo-se o modo pedonal, o

qual averbava um peso significativo nas deslocações com origem e destino

no próprio concelho – 38,4% das deslocações. O motociclo/bicicleta (8,9%),

autocarro (6,4%) e o transporte colectivo/veículo da empresa/ escola (4,9%)

apresentavam-se como modos menos utilizados nas deslocações intra-

concelhias. Não obstante a existência de uma estação (Tavira) e vários

apeadeiros (Livramento, Luz, Porta Nova e Conceição) as deslocações em

comboio representavam apenas 0,8% do total de deslocações, facto

indissociável da própria vocação deste modo de transporte.

Gráfico 9. Deslocações intra-concelhias por modo de transporte (2001)

Fonte: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001

Em Tavira, o automóvel era o modo de transporte mais utilizado nas deslocações intra-concelhias.

0,3%

0,8%

40,3%

6,4%4,9%

38,4%

8,9%

Autocarro

Automóvel Ligeiro

Comboio

Motociclo ou Bicicleta

Pedonal

Outro

Transporte Colectivo/Veículo da Empresa/Escola

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

79

6.1.6.2. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS DA POPULAÇÃO EMPREGADA E

ESTUDANTES POR MODO DE TRANSPORTE

As deslocações inter-concelhias (Gráfico 10) evidenciam uma distribuição

modal com algumas diferenciações relativamente à distribuição observada

para as deslocações intra-concelhias. Neste sentido, constata-se que

66,7% das deslocações realizadas efectuam-se em automóvel ligeiro. O

comboio e o transporte colectivo/veículo da empresa/escola assumiam,

também, alguma relevância, neste contexto, isto apesar de registarem

apenas 12,2% e 9,9%, das preferências neste tipo de deslocações. O

motociclo/bicicleta (4,0%), o autocarro (3,7%) e o modo pedonal (2,3%)

registavam uma expressão reduzida nestas deslocações.

Gráfico 10. Deslocações inter-concelhias por modo de transporte (2001)

Fonte: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001

6.1.7. DURAÇÃO DAS DESLOCAÇÕES

A análise da duração das deslocações permite-nos aferir o tempo

despendido na realização de deslocações pendulares por parte da

população activa e estudante.

2,3%

1,1%

9,9%

4,0%

12,2%

66,7%

3,7%

Autocarro

Automóvel Ligeiro

Comboio

Motociclo ou Bicicleta

Pedonal

Outro

Transporte Colectivo/Veículo da Empresa/Escola

66,7% das deslocações inter-concelhias eram realizadas em automóvel.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

80

Neste sentido, verifica-se que, em 2001, predominavam as deslocações

com duração até 15 minutos (56,0% do total das deslocações), tendo a

representatividade destas deslocações registado uma variação de 36,0%

face a 1991. Também as deslocações com duração compreendida entre os

16 e 30 minutos, 31 e 60 minutos e superior a 1 hora aumentaram em

termos absolutos neste período, sendo que no primeiro caso as

deslocações com tal duração passaram a representar 22,1%, no segundo

caso 9,3% e no terceiro 2,7% (a redução do peso relativo das deslocações

com duração superior a 1 hora, não obstante observar-se um acréscimo em

termos absolutos, deve-se ao maior aumento, em termos proporcionais, do

número total de deslocações). Relativamente às deslocações que não

implicavam o dispêndio de tempo na sua realização, registaram um

decréscimo de 629 deslocações, passando a representar 10,0% das

deslocações, quando em 1991 ascendiam a 17,7%. Em termos globais, no

ano de 2001, 88,1% das deslocações tinham uma duração inferior a 30

minutos.

Quadro 32. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (1991)

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Nenhum Até 15m 16 a 30m 31 a 60m + 1h Total

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Tavira 10843 1922 17,7 5329 49,1 2320 21,4 933 8,6 339 3,1

Cachopo 409 71 17,4 73 17,8 64 15,6 120 29,3 81 19,8

Conceição 562 159 28,3 181 32,2 165 29,4 30 5,3 27 4,8

Luz 1811 249 13,7 835 46,1 501 27,7 192 10,6 34 1,9

Stª. Cat. da Fonte do Bispo 905 331 36,6 258 28,5 223 24,6 90 9,9 3 0,3

Santa Maria 2768 568 20,5 1328 48,0 599 21,6 192 6,9 81 2,9

Santiago 2502 300 12,0 1599 63,9 373 14,9 167 6,7 63 2,5

Santo Estêvão 578 140 24,2 226 39,1 158 27,3 45 7,8 9 1,6

Santa Luzia 784 62 7,9 506 64,5 106 13,5 81 10,3 29 3,7

Cabanas de Tavira 524 42 8,0 323 61,6 131 25,0 16 3,1 12 2,3

Em 2001 predominavam as deslocações até 15 minutos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

81

Quadro 33. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (2001)

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001 Ao nível das freguesias, em 2001, com a excepção de Cachopo (em que a

maioria das deslocações não implicava o dispêndio de tempo na sua

realização – 42,2% das deslocações) e Santa Catarina da Fonte do Bispo

(onde a maioria das deslocações tinha uma duração de 31 a 60 minutos –

42,0% das deslocações), nas restantes freguesias a maioria das

deslocações por motivo de trabalho ou estudo implicava um dispêndio de

tempo inferior a 15 minutos.

6.1.8. EVOLUÇÃO DA MOTORIZAÇÃO

O cálculo da taxa de motorização foi elaborado tendo por base os dados

disponibilizados nas seguintes fontes de informação:

Base de dados relativa ao parque seguro – Instituto de Seguros de

Portugal;

Recenseamento Geral da População e Estimativas da População

Residente – Instituto Nacional de Estatística.

Consideraram-se, para o efeito, as seguintes categorias de veículos:

veículos ligeiros, veículos mistos, ciclomotores e motociclos.

Nenhum Até 15m 16 a 30m 31 a 60m + 1h Total

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Tavira 12952 1293 10,0 7250 56,0 2861 22,1 1199 9,3 349 2,7

Cachopo 275 116 42,2 48 17,5 33 12,0 53 19,3 25 9,1

Conceição 713 88 12,3 292 41,0 241 33,8 73 10,2 19 2,7

Luz 1962 236 12,0 857 43,7 580 29,6 232 11,8 57 2,9

Stª. Cat. da Fonte do Bispo 920 81 8,8 343 37,3 386 42,0 90 9,8 20 2,2

Santa Maria 3549 263 7,4 2204 62,1 677 19,1 309 8,7 96 2,7

Santiago 3396 272 8,0 2241 66,0 537 15,8 270 8,0 76 2,2

Santo Estêvão 666 88 13,2 339 50,9 174 26,1 60 9,0 5 0,8

Santa Luzia 908 94 10,4 593 65,3 116 12,8 77 8,5 28 3,1

Cabanas de Tavira 563 55 9,8 333 59,1 117 20,8 35 6,2 23 4,1

Com a excepção de Cachopo e Santa Catarina da Fonte do Bispo, nas restantes freguesias a maioria das deslocações implicava um dispêndio de tempo inferior a 15 minutos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

82

Quanto aos resultados obtidos (Quadro 34) estes corroboram a tendência

verificada nas últimas décadas, observando-se um aumento da taxa de

motorização no concelho de Tavira no período 2001-2006.

Concretizando, em 2001, o valor da taxa de motorização era de 524

veículos por 1.000 habitantes, aumentando para 559 veículos por 1.000

habitantes em 2006. Este acréscimo teve por base um aumento do número

de veículos materializado em 1.035 veículos. A taxa de motorização do

concelho permaneceu assim superior à média nacional (480 veículos por

1.000 habitantes).

Quadro 34. Número de veículos ligeiros, ciclomotores, motociclos e veículos mistos (2001 e

2006) e taxa de motorização (2001 e 2006)

Tavira PortugalCategoria2001 2006 2006

Ligeiro 8819 10330 4.206.618

Ciclomotor 2861 1993 318.049

Motociclo 357 584 164.763

Misto 1050 1215 396.500

Total 13.087 14.122 5.085.930

Tx. Motorização (veíc. /1000 hab.) 524 559 480 Fonte: Instituto de Seguros de Portugal, 2007 (tratamento próprio)

Confirmando esta evolução do parque automóvel no concelho de Tavira, o

Quadro 35 permite verificar que, no ano de 2005, foram vendidos 23,8

veículos por 1.000 habitantes, valor que sendo significativamente inferior ao

registado na NUT III Algarve – 32,8 veículos por 1.000 habitantes,

aproxima-se da média de Portugal Continental – 42,1 veículos por 1.000

habitantes. No cômputo da NUT III Algarve, somente os concelhos de

Alcoutim (17,3 veículos/1.000 habitantes), Aljezur (20,1 veículos/1.000

habitantes), Monchique (20,3 veículos/1.000 habitantes), Olhão (21,5

veículos/1.000 habitantes) e Vila de Bispo (21,5 veículos/1.000 habitantes)

contabilizam uma expansão do parque automóvel inferior à do concelho de

Tavira. No concelho de Albufeira o número de veículos automóveis

vendidos por 1.000 habitantes ascende a 55,2.

A taxa de motorização em Tavira era de 559 veículos/1.000 habitantes em 2006.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

83

Quadro 35. Número de veículos automóveis vendidos por 1.000 habitantes

(2005)

N.º veículos automóveis/1.000 hab.

Portugal 24,3

Continente 24,1

Algarve 32,8

Albufeira 55,2

Alcoutim 17,3

Aljezur 20,1

Castro Marim 25,6

Faro 35,9

Lagoa 34,2

Lagos 39,1

Loulé 38,0

Monchique 20,3

Olhão 21,5

Portimão 30,7

São Brás de Alportel 29,9

Silves 26,5

Tavira 23,8

Vila do Bispo 21,5

V. R. Stº. António 24,1

Fonte: INE, Anuários Estatístico da Região do Algarve, 2006

6.2. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS PÓLOS GERADORES E

ATRACTORES DE TRÁFEGO

6.2.1. PRINCIPAIS PÓLOS ATRACTORES

6.2.1.1. EQUIPAMENTOS COLECTIVOS

“A distribuição equilibrada das funções de habitação, trabalho, cultura e

lazer é um dos objectivos do ordenamento do território e do urbanismo, no

qual se enquadram a programação, a criação e manutenção de infra-

estruturas, de equipamentos colectivos e de espaços verdes, tendo em

conta as necessidades específicas das populações, as acessibilidades e a

adequação da sua capacidade de utilização” (DGOTDU, 2002: 6).

Desta explanação relativamente aos equipamentos colectivos tecem-se

duas considerações, atendendo ao âmbito do presente estudo. Por um

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

84

lado, a tónica colocada no papel dos equipamentos colectivos para a

superação de necessidades da população releva a imprescindibilidade do

seu contributo para a melhoria da sua qualidade de vida, assumindo os

serviços aí prestados a classificação de serviços de interesse público,

podendo estes ser de natureza pública ou privada. Por outro lado, importa

reter a questão da acessibilidade a estes equipamentos, a qual depende,

entre outros factores, da localização do equipamento e da rede de

transportes existente.

A programação de equipamentos colectivos deve assim assegurar a

implementação e consolidação de uma rede de equipamentos que garanta

o acesso de toda a população aos serviços neles prestados, sendo para tal

necessário articular os níveis administrativos central e local na provisão da

oferta de equipamentos públicos (através de instrumentos específicos,

designadamente as cartas municipais de equipamentos4), assim como a

oferta privada5.

Feito este preâmbulo, examina-se de seguida a rede de equipamentos

colectivos do concelho de Tavira, considerando os equipamentos que se

constituem como pólos atractores de fluxos com dimensão relevante6.

6.2.1.1.1. EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO

A análise da rede de equipamentos de educação tem por base a “Carta

Educativa do Concelho de Tavira”, dado constituir um documento recente

(datado de 2006) cujos dados não sofreram alterações significativas.

4 “Esta carta define a localização, função e capacidade dos equipamentos deste tipo que no

horizonte da carta irão ser necessários ao município, bem como a sua forma de financiamento”

(DGOTDU, 2002: 6).

5 Dado que “as disponibilidades financeiras públicas não permitem a expansão da rede de

forma a que toda a população tenha acesso a essa actividade”, é possível “que a oferta

privada supra as necessidades de alguns estratos da população (…) diminuindo assim a

população para a qual a existência da rede pública é imprescindível” (DGOTDU, 2002: 8).

6 São analisados os equipamentos de educação, equipamentos de saúde, equipamentos

desportivos, equipamentos de solidariedade e segurança social e equipamentos culturais.

Os equipamentos colectivos são imprescindíveis à qualidade de vida da população.

A programação de equipamentos colectivos deve assegurar uma rede que garanta o acesso de toda a população ao serviços neles prestados.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

85

Com efeito, ao nível do ensino pré-escolar, o município de Tavira possui 4

jardins-de-infância da rede pública, com uma capacidade total de 200

alunos.

Relativamente à rede privada de equipamentos de apoio à infância, esta é

composta por 8 estabelecimentos, com capacidade para cerca de 300

crianças ao nível do pré-escolar.

Ao nível da taxa de cobertura destes equipamentos, segundo a Carta

Educativa, “os equipamentos públicos detêm 29% e os privados 43% o que

perfaz uma cobertura concelhia de cerca de 72%” (Câmara Municipal de

Tavira, 2006).

Quanto aos estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo denota-se um aumento

progressivo da população escolar, o qual ocorre, sobretudo, no sector litoral

do concelho. Este facto, aliado à redução do número de alunos no sector

interior do concelho, tem levado ao encerramento de alguns

estabelecimentos de ensino neste sector. Os estabelecimentos existentes

neste sector são frequentados por um número reduzido de alunos enquanto

que nos estabelecimentos situadas na sede de concelho, verificam-se

algumas carências devido às elevadas taxas de ocupação.

Ao nível do 2º e 3º Ciclos, o concelho de Tavira possui 2 estabelecimentos,

tendo-se verificado, nos últimos três anos, um ligeiro acréscimo do número

de alunos que frequentam estes ciclos de ensino. Este aumento tem

originado alguns problemas nalguns estabelecimentos, sobretudo naqueles

cujas instalações se encontram desajustadas relativamente às

necessidades actuais. Acresce que o encerramento de estabelecimentos

de ensino nas áreas rurais coloca a necessidade de assegurar o serviço de

transporte escolar a um número acrescido de alunos, com repercussões em

termos de alargamento da rede de transporte escolar.

Quanto ao Ensino Secundário, registou-se um ligeiro aumento da

população escolar a frequentar este nível de ensino, sendo este aumento

mais significativo no 12º ano de escolaridade.

Os estabelecimentos localizados no sector interior do concelho são frequentados por um número reduzido de alunos.

Ao nível do 2.º e 3.º Ciclos, o concelho de Tavira possui 2 estabelecimentos de ensino.

Verificou-se um ligeiro aumento da população escolar a frequentar o Ensino Secundário.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

86

Quadro 36. Estabelecimentos de Ensino por freguesia (ano lectivo 2007/2008)

Freguesia Estabelecimento de ensino Tipologia Total

EB 1º Ciclo Público Cachopo JI do Centro de Animação Infantil Particular/Cooperativo

2

EB 1º Ciclo de Corte António Martins Público

EB 1º Ciclo nº1 de Conceição Público Conceição

JI de Conceição Público

3

EB 1º Ciclo de Amaro Gonçalves Público

EB 1º Ciclo Pinheiro/Livramento Público

EB 1º Ciclo Luz de Tavira Público Luz

JI Luz de Tavira Público

4

EB 1º Ciclo de Santa Catarina Público Santa Catarina da Fonte do

Bispo JI do Centro Social N. Sr.ª das Dores Particular/Cooperativo 2

EB 2,3 D. Paio Peres Correia Público

EB 1º Ciclo n.º 2 de Tavira Público

JI de Tavira Público

Academia de Música de Tavira Privado/Cooperativo

JI do Núcleo da Cruz Vermelha Privado/Cooperativo

Santa Maria

JI “O Pimpão” Privado/Cooperativo

6

EB 2,3 D. Manuel I Público

ES/3º Ciclo Dr. Jorge Augusto Correia Público Santiago

EB 1º Ciclo n.º 1 de Tavira Público

3

EB 1º Ciclo de Santo Estêvão Público

JI Santo Estêvão Público Santo. Estêvão

JI “O Pinóquio” Privado/Cooperativo

3

EB 1º Ciclo n.º 1 Stª. Luzia Público

EB 1º Ciclo n. º 2 Stª. Luzia Público

JI S.C.M. de Tavira – O Girassol Privado/Cooperativo Santa Luzia

JI Associação Âncora Privado/Cooperativo

4

EB 1º Ciclo n.2 de Cabanas Público Cabanas

JI S.C.M de Tavira – A Boneca Privado/Cooperativo 2

Fonte: Direcção Regional de Educação do Algarve, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

87

Figura 22. Distribuição espacial dos equipamentos de ensino (ano lectivo 2007/2008)

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FusetaPechão Quelfes

LuzMoncarapacho

Estói

SantoEstevão

SantaMaria

Conceição

SantaLuzia

Santiago

AlturaSanta Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade CacelaSão Brás de

Alportel Conceição

Cachopo Odeleite

Vaqueiros7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Cabanas deTavira

Tipologia! Privado/Cooperativo

! Público

Estabelecimento de ensino

! Academia de Música

X JI

" EB 1º Ciclo

# EB 2,3

$ ES 3º Ciclo

Fonte: Elaboração própria, 2007

Tendo por base a análise do Quadro 36 e da Figura 22, verifica-se que a

distribuição espacial dos estabelecimentos de ensino do município de

Tavira é pautada pela existência do 1º Ciclo do Ensino Básico em todas a s

freguesias, sendo que os restantes níveis existem apenas nas freguesias

em que se localiza a sede de concelho – os 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico

e Ensino Secundário existem apenas nas freguesias de Santa Maria e

Santiago.

Atendendo à evolução da população escolar estimada pelas projecções

elaboradas no âmbito da “Carta Educativa do Concelho de Tavira” (Quadro

Existem estabelecimentos do 1.º Ciclo do Ensino Básico em todas as freguesias.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

88

37), não são expectáveis variações significativas do número de alunos por

ciclo de ensino no período 2008-2011 (-21 alunos no 1º Ciclo, +33 alunos

no 2º Ciclo, -12 alunos no 3º Ciclo, -34 alunos no Ensino Secundário). Em

termos globais, este documento prevê um declínio da população escolar do

município de Tavira cifrado em 35 alunos (de 2.798 alunos em 2008 para

2.763 em 2011).

Quadro 37. Projecção da população escolar para o período 2008/2011, por nível de ensino

Ano 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Secundário Total2008 898 467 671 762 2.798

2009 892 477 661 752 2.782

2010 880 498 656 738 2.772

2011 877 500 659 728 2.763

Fonte: Câmara Municipal de Tavira, Carta Educativa do Concelho de Tavira, 2006

Note-se ainda que os níveis de escolaridade mais baixos ocorrem nas

freguesias rurais do concelho. Com efeito, a freguesia de Cachopo

apresentava a taxa de analfabetismo mais elevada do concelho (com 38%

da população sem saber ler nem escrever), seguindo-se Santa Catarina da

Fonte do Bispo com 27% da população residente sem qualquer nível

instrução.

Importa também referir a existência de uma Escola Fixa de Trânsito no

município de Tavira, em funcionamento desde 1 de Junho de 2002. Trata-

se de um equipamento que tem como população-alvo as crianças (embora

sejam também efectuadas acções de sensibilização acerca da segurança

rodoviária junto da população em geral), sendo o seu objectivo principal

desenvolver e sensibilizar para atitudes e comportamentos correctos de

segurança no trânsito. Esta sensibilização é efectuada através de acções

pedagógicas e actividades lúdicas.

A escola funciona de Segunda a Sexta-feira, das 09h00-12h00 e 14h00-

17h30, onde três funcionários municipais prestam formação a crianças dos

3 aos 11 anos, a qual consiste em acções teóricas e acções pedagógicas a

nível prático, com simulação de situações de trânsito.

As suas infra-estruturas são constituídas por uma sala de aula, um gabinete

de trabalho para os monitores e uma arrecadação-oficina. Na Escola Fixa

Os níveis de escolaridade mais baixos verificam-se nas freguesias rurais do concelho.

Não são expectáveis variações significativas do número de alunos no período 2008-2011.

A Escola Fixa de Trânsito tem como principal objectivo desenvolver e sensibilizar para atitudes e comportamentos correctos de segurança no trânsito.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

89

de Trânsito existe uma ainda pista de circulação que, pelas suas

características de traçado e de sinalização, permite reproduzir situações de

trânsito reais.

A Escola Fixa de Trânsito estabeleceu protocolos de colaboração com

várias entidades, permitindo que um maior número de crianças beneficie

desta valência. Entre estas entidades encontram-se várias escolas do

concelho.

Pretende-se deste modo, que num futuro próximo os conhecimentos

adquiridos venham a ser colocados em prática, actuando de forma

preventiva, contribuindo para a diminuição da sinistralidade rodoviária.

6.2.1.1.2. EQUIPAMENTOS DE SAÚDE

A rede de equipamentos de saúde do concelho de Tavira é constituída por

um Centro de Saúde – localizado na sede de concelho – e seis Extensões,

localizadas nas freguesias de Cachopo, Luz, Santa Catarina da Fonte do

Bispo, Santa Luzia, Santo Estêvão e Cabanas (Quadro 38).

Quadro 38. Distribuição dos equipamentos de saúde por freguesia

Tipo de equipamento Localização (freguesia)

Centro de Saúde Santiago

Extensão Cabanas

Extensão Cachopo

Extensão Luz de Tavira

Extensão Santa Catarina Fonte do Bispo

Extensão Santa Luzia

Centro de Saúde de Tavira

Extensão Santo Estêvão

Fonte: Administração Regional de Saúde do Algarve, 2007

Quanto às áreas de influência destas unidades (Figura 23), o Centro de

Saúde de Tavira serve as freguesias de Santiago e Santa Maria e a

Extensão localizada em Cabanas serve as freguesias de Cabanas e

Conceição, sendo que as restantes Extensões têm como área de influência

a freguesia em que se localizam.

A rede de equipamentos de saúde é constituída por um Centro de Saúde e seis Extensões do Centro de Saúde.

A Extensão do Centro de Saúde localizada em Cabanas serve as freguesias de Cabanas e Conceição.

A Escola Fixa de Trânsito estabeleceu protocolos de colaboração com várias entidades, nomeadamente escolas do concelho.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

90

Figura 23. Distribuição espacial dos equipamentos de saúde

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Olhão

Azinhal

FusetaPechão Quelfes

LuzMoncarapacho

Estói

SantoEstevão

SantaMaria

SantaLuzia

Santiago

AlturaSanta Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade CacelaSão Brás de

Alportel Conceição

Cachopo Odeleite

7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Cabanas deTavira

Tipo de Equipamento

I$ Centro de Saúde

I$ Extensão

Área de Influência (Freg.)Cabanas de Tavira, Conceição

Santa Maria, Santiago

Cachopo

Luz

Santa Catarina da Fonte do Bispo

Santa Luzia

Santo Estevão

Fonte: Elaboração própria, 2007

O Centro de Saúde de Tavira presta serviço de ambulatório, internamento,

serviço de atendimento complementar, vacinação, centro de diagnóstico

pneumológico, assim como apoio domiciliário com enfermeiro. As várias

Extensões do Centro de Saúde de Tavira possuem apenas o serviço de

ambulatório e enfermagem.

Importa ainda referir que o Hospital Distrital de Faro é o equipamento de

referência para todo o sotavento algarvio, servindo assim o município de

Tavira.

As Extensões do Centro de Saúde possuem apenas o serviço de ambulatório e enfermagem.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

91

Quanto a farmácias, existem 10 estabelecimentos no concelho, sendo que,

com a excepção da freguesia de Cachopo, todas as outras freguesias

possuem pelo menos uma farmácia. Nas duas freguesias que integram a

Cidade de Tavira (Santa Maria e Santiago), existem dois estabelecimentos

em cada uma das freguesias.

Desta forma, apenas a freguesia de Cachopo não dispõe de qualquer

estabelecimento. Perante as dificuldades de deslocação evidenciadas pela

população residente, em virtude de se tratar de uma população

envelhecida, com repercussões no acesso aos estabelecimentos supra

referidos para aquisição de medicamentos, tornam-se evidentes as

dificuldades da população desta freguesia em aceder a este tipo de

equipamento.

6.2.1.1.3. EQUIPAMENTOS DE SOLIDARIEDADE E SEGURANÇA SOCIAL

Os equipamentos de solidariedade e segurança social desempenham um

papel de grande relevo no sentido da promoção da melhoria da qualidade

de vida da população com necessidades especificas, nomeadamente

população idosa, contribuindo para reduzir o isolamento, para promover a

sua autonomia ou para assegurar a satisfação de um conjunto de

necessidades básicas.

No concelho de Tavira, a oferta de equipamentos de solidariedade e

segurança social é disponibilizada por 8 entidades, sendo que apenas

Conceição e Cabanas não possuem qualquer entidade a operar a partir do

território da freguesia. Esta oferta é constituída por 4 lares de idosos, 6

centros de dia e serviço de apoio domiciliário a operar a partir de 6

freguesias (Cachopo, Luz, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Santa Luzia,

Santo Estêvão e Santa Maria) – Quadro 39 e Figura 24.

No concelho de Tavira apenas a freguesia de Cachopo não possui farmácia.

A oferta de farmácias é constituída por 10 estabelecimentos.

A oferta de equipamentos de solidariedade e segurança social é disponibilizada por 8 entidades.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

92

Quadro 39. Instituições que prestam serviços de apoio a idosos (2007)

Valências

Centro de Dia Lar para Idosos Serviço de Apoio Domiciliário

Centro Paroquial de Cachopo � � Casa do Povo da Luz de Tavira �

� Centro Social da Nossa Senhora das Dores � � �

Centro Comunitário de Santa Luzia � �

Centro Social Paroquial de Santa Maria � � � Santa Casa da Misericórdia de Tavira � �

Libânia Alexandrino Unipessoal �

Cruz Vermelha Portuguesa � Centro Social de Santo Estêvão �

Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta Social, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

93

Figura 24. Distribuição espacial dos equipamentos de segurança social (2007)

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FusetaPechão Quelfes

LuzMoncarapacho

Estói

SantoEstevão

SantaMaria

Conceição

SantaLuzia

Santiago

AlturaSanta Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade CacelaSão Brás de

Alportel Conceição

Cachopo Odeleite

Vaqueiros 7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorteCabanas de

Tavira

Valências! Centro de Dia

! Lar para Idosos

! Serviço de Apoio Domiciliário

Fonte: Elaboração própria a partir de Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta Social, 2007

Esta oferta é disponibilizada pelas seguintes instituições:

Centro Paroquial de Cachopo: 1 centro de dia (Cachopo); serviço

de apoio domiciliário;

Casa do Povo da Luz de Tavira: 1 centro de dia (Luz de Tavira);

serviço de apoio domiciliário;

Centro Social da Nossa Senhora das Dores: 1 centro de dia (Santa

Catarina da Fonte do Bispo); serviço de apoio domiciliário;

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

94

Centro Comunitário de Santa Luzia: 1 centro de dia (Santa Luzia);

serviço de apoio domiciliário;

Centro Social Paroquial de Santa Maria: 1 centro de dia (Santa

Maria – Tavira); 1 lar de idosos (Santa Maria – Tavira); serviço de

apoio domiciliário;

Santa Casa da Misericórdia de Tavira: 1 centro de dia (Santiago –

Tavira); 2 lares de idosos (Santiago – Tavira);

Libânia Alexandrino Unipessoal: 1 lar de idosos (Luz de Tavira);

Cruz Vermelha Portuguesa (Núcleo de Tavira)7: serviço de apoio

domiciliário;

Centro Social de Santo Estêvão: serviço de apoio domiciliário.

Através da análise do Quadro 40, verifica-se que a oferta de lares de idosos

é insuficiente, sendo a taxa de ocupação dos equipamentos existentes de

102,9%. Ainda que o regime de utilização dos equipamentos desta

natureza minimize as necessidades de deslocação dos seus utentes,

estando o recurso a transportes relacionado, sobretudo, com deslocações a

equipamentos de saúde, importa ter em conta a dependência/autonomia

dos idosos institucionalizados.

Quadro 40. Ocupação dos equipamentos/serviços de apoio aos idosos (2007)

N.º Unidades N.º Utentes Capacidade Taxa de ocupação

Lar de Idosos 5 177 172 102,9%

Centro de Dia 6 95 213 44,6%

Apoio Domiciliário 7 257 262 98,1%

Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta Social, 2007

7 Esta entidade disponibiliza ainda as seguintes respostas sociais: apoio domiciliário integrado,

atendimento/acompanhamento social e refeitório/cantina social.

A taxa de ocupação de lares de idosos acende a 102,9%.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

95

Relativamente à valência centro de dia, a taxa de ocupação é de apenas

44,6%. Ainda assim, importa notar que esta valência é disponibilizada em 6

freguesias, sendo que duas delas compreendem a cidade de Tavira. Esta

distribuição espacial da oferta é tanto mais relevante quanto a questão da

autonomia/dependência dos idosos ganha maior relevância, visto que nesta

valência os utentes não pernoitam no equipamento, necessitando de

transporte na deslocação residência-equipamento e equipamento-

residência.

No serviço de apoio domiciliário a taxa de ocupação ascende a 98,1%. As

instituições que disponibilizam esta valência operam a partir de 6

freguesias: Cachopo, Luz, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Santa Luzia,

Santo Estêvão e Santa Maria.

Em relação à oferta de equipamentos sociais vocacionados para a infância,

importa destacar a existência de 4 centros de actividades de tempos livres

(ATL), todos localizados na cidade de Tavira (Quadro 41).

Quadro 41. Centros de actividades de tempos livres

Equipamento Instituição Localização N.º Utentes Capacidade Taxa de Ocupação

Centro Infantil “A Semente” Cruz Vermelha Portuguesa

Santa Maria (Tavira) 43 76 56,6%

Infantário de Tavira “O Pimpão” JI de Tavira “O Pimpão” Santa Maria (Tavira) 40 40 100%

Centro Infantil “O Pinóquio” Instituto de Segurança Social

Santiago (Tavira) 27 40 67,5%

ATL “Um-Dó-Li-Tá” “Um-Dó-Li-Tá” –

Actividades de tempos livres

Santiago (Tavira) 27 60 45,0%

Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta Social, 2007

Nos equipamentos existentes a taxa de ocupação atinge os 100% em

apenas um deles, leitura que permite aferir da inexistência de carências

desta valência na Cidade de Tavira. Note-se contudo que, de acordo com

os dados disponibilizados pela “Carta Social”, o restante território concelhio

encontra-se desprovido desta oferta.

A valência Centro de Dia é disponibilizada em 6 freguesias.

A taxa de ocupação do serviço de apoio domiciliário ascende a 98,1%.

A valência ATL é disponibilizada apenas na sede de concelho.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

96

6.2.1.1.4. EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS

A rede de equipamentos desportivos do concelho de Tavira inclui as

tipologias de equipamentos apresentadas no Quadro 42 e Figura 25.

Quadro 42. Equipamentos desportivos no Concelho de Tavira

Freguesia Proprietário/Gestor Designação Específica Tipologia de Equipamento

Câmara Municipal de Tavira Campo de Futebol Grande Campo de Jogos

Câmara Municipal de Tavira Polidesportivo Pavilhão/Sala de Desporto Cachopo

Junta de Freguesia Sala/Ginásio Pavilhão/Sala de Desporto

Casa do Povo Espaço Exterior Equip. de Base Recreativo Conceição

Câmara Municipal de Tavira Polidesportivo Pavilhão/Sala de Desporto

Cabanas Câmara Municipal de Tavira Polidesportivo Pavilhão/Sala de Desporto

Câmara Municipal de Tavira Polidesportivo Pavilhão/Sala de Desporto

Pátio Coberto Equip. de Base Recreativo

Sala 1 Pavilhão/Sala de Desporto Sociedade Recreativa

Luzense Sala 2 Pavilhão/Sala Desportiva

Luz

Inatel – Câmara Municipal

de Tavira Campo de Futebol Grande Campo de Jogos

Câmara Municipal de Tavira Polidesportivo Pavilhão/Sala de Desporto Santa Catarina da Fonte do Bispo Particular Campo de Tiro aos Pratos Espaços Adaptados

Câmara Municipal de Tavira Polidesportivo Pavilhão/Sala de Desporto Santa Luzia

Câmara Municipal de Tavira Campo de Futebol Grande Campo de Jogos

Campo de Futebol 5 Pequeno Campo de Jogos

Piscina Piscina Parque de Serviços Sociais

dos Pezinhos Tanque de Aprendizagem Piscina

Sala Pavilhão/Sala de Desporto Fundação Irene Rolo

Piscina Piscina

Polidesportivo Pavilhão/Sala de Desporto

Pavilhão Pavilhão/Sala de Desporto Escola D. Paio Peres

Correia Sala de Ginástica Pavilhão/Sala de Desporto

Pista de Ciclismo Pista de Ciclismo

Polidesportivo Pavilhão/Sala de Desporto

Ginásio Clube Tavira –

Protocolo Câmara Municipal

de Tavira Campo de Futebol 11 Grande Campo de Jogos

Câmara Municipal de Tavira Circuito de Manutenção Espaços Adaptados

Pavilhão – nave 1 Pavilhão/Sala de Desporto

Pavilhão nave 2 Pavilhão/Sala de Desporto

Sala de Musculação Pavilhão/Sala de Desporto

Campo de Futebol Grande Campo de Jogos

Campos de Ténis Pequeno Campo de Jogos

Sala de Tiro Pavilhão/Sala de Desporto

Câmara Municipal de Tavira

– Pavilhão Municipal

Sala de Ballet Pavilhão/Sala de Desporto

Piscinas Municipais Piscina

Santa Maria

Câmara Municipal de Tavira Polidesportivo de Mato de Santo Espírito Pavilhão/Sala Desportiva

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

97

Carreira de tiro de S.

Marcos Tiro desportivo com pistola Espaços Adaptados

Escola Secundária Pavilhão Pavilhão/Sala de Desporto

Pavilhão Pavilhão/Sala de Desporto

Polidesportivo Pavilhão/Sala de Desporto Escola D. Manuel I

Pista de Atletismo Pista de Atletismo

Polidesportivo da Atalaia Pavilhão/Sala de Desporto

Santiago

Câmara Municipal de Tavira Polidesportivo da Bela Fria Pavilhão/Sala de Desporto

Câmara Municipal de Tavira Polidesportivo Pavilhão/Sala de Desporto

Santo Estêvão Casa do Povo Santo

Estêvão Carreira de tiro ar

comprimido Espaços Adaptados

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

98

Figura 25. Distribuição espacial dos equipamentos desportivos

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FusetaPechão Quelfes

LuzMoncarapacho

Estói

SantoEstevão

SantaMaria

SantaLuzia

Santiago

AlturaSanta Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade CacelaSão Brás de

Alportel Conceição

Cachopo Odeleite

1

11

1

11

11

1

1

1

11

1

5

11

222 4

3

2

7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 5km

(iNorte

Cabanas deTavira

Tipologia de Equipamento

! Equip. de Base Recreativo

! Espaços Adaptados

! Grande Campo de Jogos

! Pavilhão/Sala de Desporto

! Pequeno Campo de Jogos

! Piscina

! Pista de Atletismo

! Pista de Ciclismo

Nº de Equipamentos1

Fonte: Elaboração própria, 2007

A importância de cada um destes equipamentos enquanto pólos atractores

de deslocações depende da sua tipologia e da sua área de influência.

Acresce que, em função do tipo de equipamento, a motivação da

deslocação e tipo de utilização são também variáveis, aspectos que se

repercutem na natureza dos fluxos atraídos e na eventual necessidade de

reajustamento da oferta de transporte para assegurar o acesso aos

mesmos por parte de populações especificas (e.g. população escolar).

Analisando a distribuição espacial dos equipamentos desportivos (Quadro

42 e Figura 25), verifica-se que a freguesia de Santa Maria apresenta a

A importância dos equipamentos desportivos enquanto pólos atractores depende da sua tipologia e área de influência.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

99

maior e mais diversificada oferta, contabilizando 2 grandes campos de

jogos, 11 pavilhões/salas desportivas, 4 piscinas, 2 pequenos campos de

jogos, 2 espaços adaptados e uma pista de ciclismo. Acresce que os

pavilhões/salas desportivas e piscinas municipais localizados na Cidade de

Tavira estão dotados de todas as condições para a prática de diversas

modalidades de alta competição, estando ainda preparadas para acolher

estágios de equipas/selecções nacionais e internacionais.

Face às condições propiciadas por estes equipamentos desportivos,

considera-se necessário a ponderação da criação de condições à sua

utilização por parte das população residente no concelho, atribuindo

especial atenção à acessibilidade dos habitantes do sector Norte do

concelho, designadamente da população residente na freguesia de

Cachopo.

As freguesias de Cabanas (1 pavilhão/sala de desporto), Conceição (1

pavilhão/sala de desporto e 1 equipamento de base recreativo), Santa

Catarina da Fonte do Bispo (1 pavilhão/sala de desporto e 1 espaço

adaptado), Santa Luzia (1 pavilhão/sala de desporto e 1 grande campo de

jogos) e Santo Estêvão (1 pavilhão/sala de desporto e 1 espaço adaptado)

apresentam a oferta menos diversificada. Note-se, todavia, que todas as

freguesias do concelho dispõem de um pavilhão/sala de desporto, facto que

minimiza as necessidades de deslocação para fruição desta tipologia de

equipamento (geralmente de utilização polivalente).

6.2.1.1.5. EQUIPAMENTOS CULTURAIS

A capacidade de atracção dos equipamentos culturais, assim como a

natureza das deslocações induzidas por estes equipamentos, depende,

entre outros aspectos (e.g. localização, qualidade e diferenciação da oferta

cultural realização de eventos) da sua tipologia.

Desta forma, tendo em consideração os objectivos do estudo, consideram-

se os equipamentos com maior potencial de atracção de deslocações ou

cuja utilização seja relevante enquanto parâmetro essencial na promoção

do desenvolvimento pessoal e social, determinando a ponderação do

acesso aos mesmo por parte da população residente em aglomerados

desprovidos de oferta.

A freguesia de Santa Maria apresenta a maior e mais diversificada oferta de equipamentos desportivos,

Todas as freguesias do concelho dispõem de um pavilhão/sala de desporto.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

100

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Imagem 1. Biblioteca Municipal de Tavira

Quadro 43. Principais equipamentos culturais do concelho de Tavira

Equipamento Freguesia

Biblioteca Municipal Santiago

Cineteatro António Pereira Santa Maria

Núcleo Museológico de Cachopo Cachopo

Observatório Astronómico de Tavira Santo Estêvão

Centro de Ciência Viva de Tavira Santa Maria

Torre de Tavira Santa Maria

Palácio da Galeria Santa Maria

Casa das Artes Santa Maria

Núcleo Museológico da Pesca do Atum Santa Maria

Núcleo Museológico de Cachopo Cachopo

Núcleo Expositivo da Cooperativa agrícola dos Produtores de Azeite Santa Catarina da Fonte do Bispo

Fonte: Direcção Regional de Cultura do Algarve, 2007; Câmara Municipal de Tavira, 2007

A Biblioteca Municipal Álvaro de Campos

(Imagem 1), localizada na Cidade de Tavira

(freguesia de Santiago) é um destes

equipamentos, assegurando “a qualidade de

vida da comunidade nos aspectos culturais,

educativos e científicos, fomentando a ideia de

uma sociedade aberta e participativa” (Câmara

Municipal de Tavira).

Com uma programação regular em matéria de

exposições de artes plásticas8, o Palácio da

Galeria apresenta-se como outro importante equipamento cultural do

concelho de Tavira. Neste espaço é ainda disponibilizado um serviço

educativo, no qual se incluem visitas guiadas e oficinas de expressão

plástica.

Também neste âmbito enquadra-se o Centro Ciência Viva de Tavira

(localizado na freguesia de Santa Maria), equipamento vocacionado para a

promoção do contacto da população do concelho e visitantes, com principal

destaque para a população em idade escolar, patente nas várias

8 No ano de 2006 este equipamento contou com as seguintes exposições: “Póparte, sardinhas

e outras aventuras “ - Carlos Barroco; “50 Anos de Gravura Portuguesa” – Sociedade Nacional

de Belas-Artes, Casa das Artes de Tavira, Fundação Cupertino de Miranda; “ Retratos e

Ficções – Júlio Pomar e a Literatura” – Júlio Pomar; “Tríptico” – Jason Berger, Miguel Andrade,

Zé ventura.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

101

actividades disponibilizadas às escolas e professores, com actividades

relacionadas com as ciências, de desenvolvimento pessoal e cultural. Trata-

se de um espaço que pretende atrair o interesse pelas ciências,

apresentando-as de uma forma simples e lúdica.

Da mesma forma, o Observatório Astronómico (sito em Malhão, freguesia

de Santo Estêvão) encontra-se especialmente vocacionado para o

desenvolvimento de actividades educativas e de divulgação científica,

promovendo sessões interactivas e visitas de estudo no seu domínio

temático de actividade.

Outro equipamento com potencial de atracção de deslocações, sobretudo

por parte de turistas e visitantes é a Torre de Tavira, localizada nas

proximidades do Castelo (freguesia de Santa Maria). A oferta deste

equipamento baseia-se num princípio óptico relativamente simples que

possibilita uma vista singular sobre a cidade de Tavira, num ângulo de 360º.

No que diz respeito à distribuição espacial destes equipamentos, verifica-se

uma forte concentração na sede de concelho (Figura 26).

A distribuição espacial dos equipamentos culturais evidencia uma forte concentração na sede de concelho.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

102

Figura 26. Distribuição espacial dos equipamentos culturais na Cidade de Tavira

Ic

J[

Jh

JMJS

I=

Casa dasArtes

Palácio daGaleria

Torre deTavira

Centro deCiência Vivade Tavira

CineteatroAntónioPereira

BibliotecaMunicipal

7°38'50"W

7°38'50"W

7°39'W

7°39'W

7°39'10"W

7°39'10"W

37°7'40"N 37°7'40"N

37°7'30"N 37°7'30"N

37°7'20"N 37°7'20"N

0 100m

(iNorte

Fonte: Elaboração própria, 2007

Outros equipamentos com oferta/programações culturais são: Casa das

Artes de Tavira; Cineteatro António Pinheiro e Sede da Companhia de

Teatro e Artes do Espectáculo “Al Masram”. Todos estes equipamentos

culturais localizam-se na Cidade de Tavira.

Quanto a espaços museológicos, o concelho de Tavira dispõe de três

núcleos (Câmara Municipal de Tavira, 2007):

Núcleo Museológico da Pesca do Atum (Quatro Águas): descreve a

captura do atum, a vida dos pescadores e suas famílias.

O concelho de Tavira dispõe de 3 núcleos museológicos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

103

Imagem 2. Centro Coordenador de Transportes

Núcleo Museológico de Cachopo (Cachopo): situado na antiga casa

dos cantoneiros, o núcleo insere-se no plano de intervenção

museológica do concelho de Tavira. Retrata a cultura e os

costumes do povo da serra.

Núcleo Expositivo da Cooperativa agrícola dos Produtores de

Azeite (Santa Catarina da Fonte do Bispo).

6.2.1.2. OUTROS PÓLOS ATRACTORES

Para além dos equipamentos colectivos existem ainda outros pólos

atractores que pela sua capacidade de polarização de deslocações devem

ser tidos em conta. Destacam-se os seguintes pólos:

Câmara Municipal;

Centro Coordenador de Transportes

(Imagem 2);

Estação Ferroviária de Tavira;

Mercado Municipal;

Superfícies Comerciais (supermercados);

Centro de Comércio;

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

104

Figura 27. Outros pólos atractores na Cidade de Tavira

!

!

!

!

!

!SuperfícieComercial

(Supermercado)

Superfície Comercial(Supermercado)

MercadoMunicipal

EstaçãoFerroviáriade Tavira

CentroCoordenador deTransportes

CâmaraMunicipal

7°38'40"W

7°38'40"W

7°39'W

7°39'W

7°39'20"W

7°39'20"W

37°8'N 37°8'N

37°7'40"N 37°7'40"N

37°7'20"N 37°7'20"N

0 100m(i

Norte

Cen t ro de Comércio

Fonte: Elaboração própria, 2007

Importa ainda ter em consideração que o centro comercial projectado para

Tavira constituir-se-á como outro importante pólo atractor de tráfego.

Também o parque industrial, previsto para Santa Margarida, irá atrair

importantes fluxos de veículos ligeiros e pesados para uma área servida

por uma infra-estrutura cujas características técnicas evidenciam algumas

limitações para suportar tais fluxos, sendo por isso incontornável que o

desenvolvimento daquele projecto seja acompanhado por uma intervenção

na rede.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

105

Dada a sua capacidade de atracção de tráfego, sobretudo durante o

período estival, importa também destacar as praias de:

Quatro Águas

Santa Luzia

Cabanas

Pedras D’El Rei

6.2.2. PRINCIPAIS PÓLOS GERADORES

A análise dos principais pólos geradores opera-se a duas escalas:

Escala concelhia – consideram-se as deslocações geradas ao nível

da freguesia;

Escala urbana – consideram-se os pólos geradores na Cidade de

Tavira.

Com efeito, à escala concelhia destacam-se como principais pólos

geradores as freguesias de Santa Maria e de Santiago, responsáveis por

53,6% (27,4% e 26,2%, respectivamente) das deslocações por motivo de

trabalho ou estudo geradas no concelho (3.549 e 3.396 deslocações,

respectivamente) em 2001. Para além destas freguesias importa ainda

destacar, pela dimensão do fluxo gerado, a freguesia de Luz (15,1% do

total de deslocações por motivo de trabalho ou estudo – 1.962

deslocações).

À escala urbana – Cidade de Tavira – os principais pólos geradores

correspondem às áreas de expansão urbana recente, identificadas na

Figura 28.

A análise dos principais pólos geradores opera-se às escalas concelhia e urbana.

À escala concelhia destacam-se como principais pólos geradores as freguesias de Santa Maria e Santiago.

À escala urbana, os principais pólos geradores correspondem às áreas de expansão urbana recente.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

106

Figura 28. Principais pólos geradores na Cidade de Tavira

7°38'W

7°38'W

7°39'W

7°39'W

7°40'W

7°40'W37°9'N 37°9'N

37°8'N 37°8'N

0 200m(i

Norte

Fonte: Elaboração própria, 2007

6.3. AVALIAÇÃO DOS PROBLEMAS ASSOCIADOS ÀS PESSOAS COM MOBILIDADE

REDUZIDA

“A promoção da acessibilidade constitui um elemento fundamental na

qualidade de vida das pessoas, sendo um meio imprescindível para o

exercício dos direitos que são conferidos a qualquer membro de uma

sociedade democrática, contribuindo decisivamente para um maior reforço

dos laços sociais, para uma maior participação cívica de todos aqueles que

a integram e, consequentemente, para um crescente aprofundamento da

solidariedade no estado social de direito” (Decreto-Lei n.º 163/2006 de 8 de

Agosto).

A acessibilidade contribui para um maior reforço dos laços sociais, para uma maior participação cívica de todos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

107

Desta forma, a acessibilidade aos edifícios e na via pública apresenta-se

como um aspecto incontornável na avaliação dos problemas associados às

pessoas com mobilidade reduzida.

Estes problemas manifestam-se de diferentes formas, contudo adquirindo

maior expressividade quando condicionam a mobilidade no espaço público

e o acesso a estabelecimentos e equipamentos de utilização pública,

nomeadamente aqueles aos quais são aplicadas as normas técnicas sobre

acessibilidade, indicadas no Decreto-Lei n.º 163/2006 de 8 de Agosto, a

saber:

Passeios e outros percursos pedonais pavimentados;

Espaços de estacionamento marginal à via pública ou em parques

de estacionamento público;

Equipamentos sociais de apoio a pessoas idosas e ou com

deficiência, designadamente lares, residências, centros de dia,

centros de convívio, centros de emprego protegido, centros de

actividades ocupacionais e outros equipamentos equivalentes;

Centros de saúde, centros de enfermagem, centros de diagnóstico,

hospitais, maternidades, clínicas, postos médicos em geral, centros

de reabilitação, consultórios médicos, farmácias e estâncias

termais;

Estabelecimentos de educação pré-escolar e de ensino básico,

secundário e superior, centros de formação, residenciais e

cantinas;

Estações ferroviárias e de metropolitano, centrais de camionagem,

gares marítimas e fluviais, aerogares de aeroportos e aeródromos,

paragens dos transportes colectivos na via pública, postos de

abastecimento de combustível e áreas de serviço;

Passagens de peões desniveladas, aéreas ou subterrâneas, para

travessia de vias-férreas, vias rápidas e auto-estradas;

Estações de correios, estabelecimentos de telecomunicações,

bancos e respectivas caixas multibanco, companhias de seguros e

estabelecimentos similares;

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

108

Parques de estacionamento de veículos automóveis;

Instalações sanitárias de acesso público;

Igrejas e outros edifícios destinados ao exercício de cultos

religiosos;

Museus, teatros, cinemas, salas de congressos e conferências e

bibliotecas públicas, bem como outros edifícios ou instalações

destinados a actividades recreativas e sócio-culturais;

Estabelecimentos prisionais e de reinserção social;

Instalações desportivas, designadamente estádios, campos de

jogos e pistas de atletismo, pavilhões e salas de desporto, piscinas

e centros de condição física, incluindo ginásios e clubes de saúde;

Espaços de recreio e lazer, nomeadamente parques infantis,

parques de diversões, jardins, praias e discotecas;

Estabelecimentos comerciais cuja superfície de acesso ao público

ultrapasse 150 m2, bem como hipermercados, grandes superfícies,

supermercados e centros comerciais;

Estabelecimentos hoteleiros, meios complementares de alojamento

turístico, à excepção das moradias turísticas e apartamentos

turísticos dispersos, conjuntos turísticos e ainda cafés e bares cuja

superfície de acesso ao público ultrapasse 150 m2;

Edifícios e centros de escritórios.

Os próprios edifícios habitacionais apresentam, muitas vezes, barreiras

arquitectónicas que se constituem como obstáculos às pessoas com

mobilidade reduzida, agravando a sua condição neste domínio.

No que diz respeito ao município de Tavira, identificaram-se algumas

situações de barreiras à mobilidade pedonal no espaço público (e.g.

barreiras físicas, descontinuidade dos circuitos pedonais), as quais

constituem-se como entraves à circulação de pessoas com mobilidade

No município de Tavira identificaram-se algumas barreiras à mobilidade pedonal no espaço público.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

109

Imagem 3.Passagem de nível – acesso EN125

Imagem 4. Marginal de Cabanas

reduzida, assim como da população em geral. Indicam-se algumas das

situações identificadas:

Passagem de nível Rua Álvaro de

Campos;

Rua dos Pelames/Rua Gonçalo Velho;

Passagem de nível – acesso ER125

(Imagem 3);

Entroncamento da Avenida D. Manuel I

com a Rua Almirante Cândido dos Reis;

Rua Almirante Cândido dos Reis;

Alguns arruamentos do aglomerado de

Conceição;

Marginal de Cabanas (Imagem 4);

Acessos a Quatro Águas.

Importa, contudo, ter presente que em muitos

dos arruamentos onde se colocam problemas relacionados com os

constrangimentos físicos à mobilidade pedonal, as vias não apresentam

perfis que permitam a duplicação de passeios. Noutros casos (e.g. marginal

de Cabanas), os problemas identificados serão brevemente ultrapassados

através de intervenções projectadas pela autarquia. Refira-se também que

alguns dos constrangimentos ocorrem junto à ER125, sendo que nestes

casos impõe-se a intervenção da Estradas de Portugal.

Nas áreas mais centrais do aglomerado urbano de Tavira, tem-se assistido

a uma acção gradual de requalificação do espaço público, resultando os

principais constrangimentos à deslocação de pessoas com mobilidade

reduzida da invasão dos passeios por automóveis, assim como de

situações relacionadas com a reduzida largura dos arruamentos que

acabam por condicionar a implementação de faixas pedonais com as

dimensões mínimas regulamentares.

Nas áreas mais centrais do aglomerado urbano de Tavira tem-se assistido a uma acção gradual de requalificação do espaço público.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

110

Em relação aos edifícios habitacionais (Quadro 44), os dados do último

Recenseamento Geral da Habitação mostram que 77,8% dos edifícios

existentes no concelho, ainda que não possuindo rampas, eram acessíveis.

O número de edifícios com rampas de acesso é de 412 edifícios (3,4% do

total de edifícios), enquanto que 2.272 edifícios (18,8% do total de edifícios)

não eram considerados acessíveis a pessoas com mobilidade

condicionada.

Quadro 44. Edifícios, segundo o número de pavimentos, por acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada (2001)

Edifícios, segundo o Número de Pavimentos

Total Com 1 Com 2 Com 3 Com 4 Com 5 Com 6 Com 7 ou +

Total 12.086 7.009 3.810 851 306 85 18 7

Tem rampas de acesso 412 266 108 23 8 7 - -

Com elevador 3 - - 3 - - - -

Sem elevador 409 266 108 20 8 7 - -

Não tem rampas de acesso e é acessível 9.402 5.619 3.002 550 168 46 10 7

Com elevador 54 - 5 1 5 26 10 7

Sem elevador 9.348 5.619 2.997 549 163 20 - -

Não tem rampas de acesso e não é acessível 2.272 1.124 700 278 130 32 8 -

Com elevador 16 - - 1 2 5 8 -

Sem elevador 2.256 1.124 700 277 128 27 - -

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

111

7. CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA DE TRANSPORTE

7.1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA DE TRANSPORTE POR

MODO

7.1.1. REDE RODOVIÁRIA

7.1.1.1. CARACTERIZAÇÃO DA REDE RODOVIÁRIA

A caracterização da rede viária tem por base o Plano Rodoviário Nacional

de 2000 (Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº

98/99 de 26 de Julho, pela Declaração de rectificação nº 19-D/98 e pelo

Decreto-Lei nº 182/2003 de 16 de Agosto). Este Plano define a rede

rodoviária nacional, que desempenha funções de interesse nacional ou

internacional, constituída pela rede nacional fundamental e pela rede

nacional complementar.

Tendo em consideração o âmbito do presente estudo, consideram-se as

seguintes vias que atravessam o município, assim como as vias de ligação

entre os principais aglomerados, fazendo-se uma breve análise das suas

funções.

Com efeito, o concelho de Tavira é servido pela rede rodoviária nacional

fundamental (que integra os itinerários principais9 - IP), mais precisamente

por um IP com perfil de auto-estrada:

IP1/A22 – É a principal via rodoviária que atravessa o município de

Tavira, assegurando a ligação entre o barlavento e o sotavento

algarvio até à fronteira em Castro Marim. Trata-se de uma via com

perfil de auto-estrada, sem custos para o utilizador, sendo

fundamental nas ligações inter-concelhias e supra-regionais do

município de Tavira.

9 De acordo com o PRN2000, os IP são as vias de comunicação de maior interesse nacional,

servindo de base de apoio a toda a rede rodoviária nacional, e assegurando a ligação entre os

centros urbanos com influência supra-distrital e destes com os principais portos, aeroportos e

fronteiras. A rede nacional de auto-estradas é formada pelos elementos da rede rodoviária

nacional especialmente projectados e construídos para o tráfego motorizado, que não servem

as propriedades limítrofes.

O concelho de Tavira é servido pela rede nacional fundamental.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

112

Figura 29 – Rede Rodoviária

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IP1

IP7

IP1

IC11

IP6

IC1

IC27

IC1

IC1

IC4

IP7

IP8

IP6

IC32

IC3

IC3

IP1

IP6 - IP2

IC27

IC18

IC4

IC2

IP8

IP1 - IP6

IC15

IC13

IP2

IC8

IP6

IC36

IP1 - IP7

IP2

IC17

IC9

IC30

IC21

IC13

IP2

IC10

IC2

IC1

IC1

IC20

IC9

IP2

IC9

IC11

IP2

IC33

IP2

IP2

IP8

TAVIRAFARO

BEJA

ÉVORASETÚBAL

SANTARÉM

LEIRIA

PORTALEGRE

LISBOA

7°W8°W9°W

39°N

38°N

37°N

0 20km

(iNorte

Fonte: elaboração própria 2007

Ao nível da rede nacional complementar10, o concelho de Tavira é servido

pelas seguintes vias:

10 A rede nacional complementar é formada pelos itinerários complementares (IC) e pelas

estradas nacionais (EN), assegurando a ligação entre a rede nacional fundamental e os

centros urbanos de influência concelhia e supraconcelhia, mas infradistrital. Os IC são as vias

O concelho de Tavira é servido, ao nível da rede nacional complementar, pela EN397 e EN124.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

113

EN397 – É a principal ligação da freguesia de Cachopo, localizada

na serra algarvia, à sede de município e ao restante território litoral

do concelho de Tavira.

EN124 – Faz a ligação da freguesia de Cachopo aos o municípios

de Alcoutim e de São Brás de Alportel através da ligação com a N2.

As comunicações públicas rodoviárias com interesse supramunicipal e

complementar à rede rodoviária nacional são asseguradas por estradas

regionais (ER). As ER asseguram o desenvolvimento e serventia das zonas

fronteiriças, costeiras e outras de interesse turístico, a ligação entre

agrupamentos de concelhos constituindo unidades territoriais e a

continuidade de estradas regionais nas mesmas condições de circulação e

segurança. O concelho de Tavira é servido por duas estradas regionais:

ER125 – Corresponde a um troço EN125, classificada como

Estrada Regional no PRN2000 entre Olhão e o nó da Pinheira com

a A22. Com um traçado aproximadamente paralelo ao da A22 e à

linha de costa, esta via é fundamental para as ligações inter-

concelhias, a nível regional, assim como para algumas ligações

intra-concelhias. É a principal ligação das freguesias de Luz, Santa

Luzia, Conceição e Cabanas à sede de município.

ER270 – esta infra-estrutura rodoviária liga Boliqueime a Tavira,

funcionando como a principal via de ligação aos municípios de São

Brás de Alportel e de Loulé, sendo ainda a principal via que serve a

freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo. A ligação da

Cidade de Tavira à A22 é também assegurada por um troço desta

via, sendo o mesmo classificado como Estrada Nacional no

PRN2000.

que estabelecem as ligações de maior interesse regional, bem como as principais vias

envolventes e de acesso nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

O concelho de Tavira é servido por duas estradas regionais: ER125/EN125 e ER270.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

114

Figura 30. Rede rodoviária do concelho de Tavira

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A22/IP1A22/IP1

N122

ER124

N508

A22/IP1

A22/IP1

N2

N125-10

N518

ER270

ER125

M1248

ER124

N270

ER270

N505

N398

N396

ER125

N512

ER125

N516-2M520-4

M1248

ER125

ER125

ER125

ER124

N2

N2-6

N398

N506

N398

N506

N518

M520

N397

M509

ER270

ER125

N2

N516 N514-3

N516-2

N2

Tavira

CorteDo Ouro

Vale daRosa

Besteiros

AzinhaldosMouros

Corte JoãoMarques

Bias Do Norte

Caliços

Machados

SãoJoão daVenda

Monte DoArgil

Arrizada

CorteSerrano

Mealha

Barroso

Pão Duro

Currais

ValeDo João

Farto

Vale deOdre

Amoreira

Grainho

PassaFrioGarcia

CasasBaixas

FonteCorcho

ParisesCabeçaDo Velho

Feiteira

Alportel

Cerro deAlportel

GralheiraFonte Do

TouroCalçada

FarroboCampina

Almargens

MealhasMesquita

Alta

Bengado

Pedragosa

Vilarinhos

Corotelo

SãoRomão

Barranco Velho

MontesNovos

Figueirinha

Cortelha

Amendoeira

CorteGarcia

Cascalho

Brancanes Quatrim Do SulBias

Do Sul

BeloRomão

Monte Agudo

PocoDo Vale

EiraPelada

AmaroGonçalves

Malhão

Curral Boeiros

SãoMarcos

Eira daPalma

Carricos

Santa Rita

Estorninhos

CorteGago

Corujos

Nora

Cortelha

MagoitoAltaMora

Carrapateira

Monte Do Cerro

FortimTraviscosa Cabaços

Preguiça

Casas

Bentos

Fernandilho

AlcariasTaipasCerro

AlcariaQueimada

PreguiçasMalfrade

Zambujal

Várzea

CortePequena

Soudes

Palmeira

Montinho

ValeDo Pereiro

CorteNovaFurnazinhas

Corte deSão Tomé

Quebradas

ChoçaQueimada

PortelaAlta deBaixo

AlcariasGrandes

Ameixial

Santa Catarinada FonteDo Bispo

Moncarapacho

Estói

Conceição

SantaBárbarade Nexe

Cachopo

São Brás deAlportel

Pechão Fuseta

CacelaVelha

Santo Estêvão

SantaLuzia

Conceição

Vaqueiros

7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

(i0 5

km

Norte

Fonte: elaboração própria, 2007

De acordo com o PRN2000, as estradas não incluídas no plano integrarão

as redes municipais, mediante protocolos a celebrar entre a EP - Estradas

de Portugal e as Câmaras Municipais. Para além do previsto no PRN2000,

as estradas municipais serão também alvo de regulamentação por diploma

próprio.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

115

Para além das vias de âmbito nacional e regional, a rede rodoviária do

concelho de Tavira é constituída por um conjunto de estradas municipais

que embora possuam um nível de serviço inferior às de âmbito nacional e

regional, desempenham uma função essencial na acessibilidade intra-

concelhia, assegurando a ligação dos aglomerados de menor dimensão à

sede de concelho.

Através da análise da Figura 30 verifica-se ainda que a rede rodoviária

municipal apresenta algumas disparidades territoriais entre os sectores

interior e litoral.

De forma a percepcionar a cobertura territorial alargada da rede rodoviária,

procedeu-se à análise da distância em minutos relativamente à sede de

concelho11, utilizando-se as seguintes isócronas: 5 minutos; 10 minutos; 15

minutos; 20 minutos e 30 minutos. O resultado deste exercício (Figura 31)

permite verificar que os níveis de acessibilidade à sede de concelho

apresentam uma incidência territorial em coroa (com aumento da distância-

tempo no sentido centrífugo), com deformações induzidas por vias como a

ER125 ou a EN397, estando a maioria dos aglomerados populacionais a

menos de 20 minutos da cidade de Tavira. A Figura 31 permite também

constatar que a quase totalidade do território concelhio encontra-se a

menos de 30 minutos da sede de concelho, exceptuando-se algumas áreas

da freguesia de Cachopo.

11 Foram calculadas as isócronas para os 5, 10, 15, 20 e 30 minutos em relação à sede de

concelho. Este cálculo teve por base as principais vias de cada concelho. O tempo dispendido

em relação à sede de concelho foi calculado tendo por base a tipologia da rede viária, com os

valores de velocidade máximos estabelecidos no código da estrada. Deste modo, consoante a

extensão do eixo da via é contabilizado o tempo necessário para percorrer cada troço, sendo

de seguida o tempo acumulado em cada nó onde existe uma intersecção com outro troço,

continuando a análise a realizar-se até que seja atingido o limite dos 30 minutos de

deslocação previamente estabelecido. Apresentam-se os resultados de acordo com duas

metodologias diferentes. A primeira apresenta as isócronas a englobarem as vias dentro dos

intervalos de tempo definidos, sendo de seguida à área entre as vias atribuído o valor de

tempo alocado à via mais próxima (Figura 31). O segundo método utilizado executa a análise

tendo apenas em conta uma determinada área circundante às vias, sendo que na análise

realizada foi definida uma margem de 400 metros em relação aos eixos das vias. Deste modo

a área que não é servida pela rede viária e que se encontra fora da margem de 400 metros é

considerada inacessível (Figura 32).

Para além da rede rodoviária de âmbito nacional e regional, a rede rodoviária do concelho de Tavira é constituída por um conjunto de estradas municipais.

A rede rodoviária municipal apresenta algumas disparidades territoriais entre os sectores interior e litoral.

A quase totalidade do território concelhio encontra-se a menos de 30 minutos da sede de concelho.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

116

Figura 31. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Rede Rodoviária)

N122

ER124

N508

A22/IP1

N2

N125-10

ER125

M1248

ER124

N270

ER270

N505

N396

N512

N516-2M520-4

ER125

ER125

ER124

N2

N2-6

N398

N506

N398

N518

M520

N397

M509

ER270

ER125

N516N514-3

N514N508

N2

Tavira

CorteDo Ouro

Vale daRosa

Besteiros

AzinhaldosMouros

Corte JoãoMarques

Bias Do Norte

Caliços

Machados

SãoJoão daVenda

Monte DoArgil

Arrizada

CorteSerrano

Mealha

Barroso

Pão Duro

Currais

ValeDo João

Farto

Vale deOdre

Amoreira

Grainho

PassaFrioGarcia

CasasBaixas

FonteCorcho

ParisesCabeçaDo Velho

Feiteira

Alportel

Cerro deAlportel

GralheiraFonte Do

Touro

Calçada

FarroboCampina

Almargens

Mealhas MesquitaAlta

Bengado

Pedragosa

Vilarinhos

Corotelo

SãoRomão

Barranco Velho

MontesNovos

Figueirinha

Cortelha

Amendoeira

CorteGarcia

Cascalho

Brancanes Quatrim Do SulBias

Do Sul

BeloRomão

Monte Agudo

PocoDo Vale

EiraPelada

AmaroGonçalves

Malhão

Curral Boeiros

SãoMarcos

Eira daPalma

Carricos

Santa Rita

Estorninhos

CorteGago

Corujos

Nora

Cortelha

MagoitoAltaMora

Carrapateira

Monte Do Cerro

FortimTraviscosa Cabaços

Preguiça

Casas

Bentos

Fernandilho

AlcariasTaipasCerro

AlcariaQueimada

PreguiçasMalfrade

Zambujal

Várzea

CortePequena

Soudes

Palmeira

Montinho

ValeDo Pereiro

CorteNovaFurnazinhas

Corte deSão Tomé

Quebradas

ChoçaQueimada

PortelaAlta deBaixo

AlcariasGrandes

Ameixial

Santa Catarinada FonteDo Bispo

Moncarapacho

Estói

Conceição

SantaBárbarade Nexe

Cachopo

São Brás deAlportel

Pechão Fuseta

CacelaVelha

Santo Estêvão

SantaLuzia

Conceição

Vaqueiros

7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 2km

(iNorte

Tempo (min.)0 - 5

5 - 10

10 - 15

15 - 20

20 - 30

Nº Habitantes (2001)

!!1601 - 10434

!!701 - 1600

!!201 - 700

!!16 - 200

Fonte: elaboração própria, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

117

A maior densidade da rede rodoviária no sector Sul do concelho,

constatável na Figura 30, é também observável na Figura 32, sendo este

aspecto indissociável da ocupação do território concelhio, caracterizada

pela “concentração” da população neste sector.

Como se pode observar na Figura 32 (que apresenta a distância em

minutos da áreas circundante às vias relativamente à sede de concelho), a

maior densidade da rede rodoviária no sector Sul permite uma maior

acessibilidade à sede de concelho, visto que a quase totalidade do território

deste sector se encontra a menos de 15 minutos da Cidade de Tavira,

enquanto nos sectores Centro e Norte apenas a envolvente imediata às

vias que garantem a ligação aos principais aglomerados populacionais

deste sectores (EN397 e ER124), têm uma cobertura que possibilita uma

ligação à Cidade de Tavira inferior a 30 minutos.

Nos sectores Centro e Norte apenas a envolvente imediata às vias têm uma cobertura que possibilita uma ligação à Cidade de Tavira inferior a 30 minutos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

118

Figura 32. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (área circundante à Rede Rodoviária)

N122

ER124

N508

A22/IP1

N2

N125-10

ER125

M1248

ER124

N270

ER270

N505

N396

N512

N516-2M520-4

ER125

ER125

ER124

N2

N2-6

N398

N506

N398

N518

M520

N397

M509

ER270

ER125

N516N514-3

N514N508

N2

Tavira

CorteDo Ouro

Vale daRosa

Besteiros

AzinhaldosMouros

Corte JoãoMarques

Bias Do Norte

Caliços

Machados

SãoJoão daVenda

Monte DoArgil

Arrizada

CorteSerrano

Mealha

Barroso

Pão Duro

Currais

ValeDo João

Farto

Vale deOdre

Amoreira

Grainho

PassaFrioGarcia

CasasBaixas

FonteCorcho

ParisesCabeçaDo Velho

Feiteira

Alportel

Cerro deAlportel

GralheiraFonte Do

Touro

Calçada

FarroboCampina

Almargens

Mealhas MesquitaAlta

Bengado

Pedragosa

Vilarinhos

Corotelo

SãoRomão

Barranco Velho

MontesNovos

Figueirinha

Cortelha

Amendoeira

CorteGarcia

Cascalho

Brancanes Quatrim Do SulBias

Do Sul

BeloRomão

Monte Agudo

PocoDo Vale

EiraPelada

AmaroGonçalves

Malhão

Curral Boeiros

SãoMarcos

Eira daPalma

Carricos

Santa Rita

Estorninhos

CorteGago

Corujos

Nora

Cortelha

MagoitoAltaMora

Carrapateira

Monte Do Cerro

FortimTraviscosa Cabaços

Preguiça

Casas

Bentos

Fernandilho

AlcariasTaipasCerro

AlcariaQueimada

PreguiçasMalfrade

Zambujal

Várzea

CortePequena

Soudes

Palmeira

Montinho

ValeDo Pereiro

CorteNovaFurnazinhas

Corte deSão Tomé

Quebradas

ChoçaQueimada

PortelaAlta deBaixo

AlcariasGrandes

Ameixial

Santa Catarinada FonteDo Bispo

Moncarapacho

Estói

Conceição

SantaBárbarade Nexe

Cachopo

São Brás deAlportel

Pechão Fuseta

CacelaVelha

Santo Estêvão

SantaLuzia

Conceição

Vaqueiros

7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

0 2km

(iNorte

Tempo (min.)0 - 5

5 - 10

10 - 15

15 - 20

20 - 30

Nº Habitantes (2001)

!!1601 - 10434

!!701 - 1600

!!201 - 700

!!16 - 200

Fonte: elaboração própria, 2007

Finalmente, importa referir que do trabalho realizado resultou clara a

necessidade de corrigir o traçado de algumas vias (nomeadamente Tavira-

Cachopo – EN397) e de melhorar a rede viária entre alguns aglomerados

populacionais interiores e com o litoral.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

119

7.1.1.2. INDICADORES DA REDE RODOVIÁRIA

Através da análise de indicadores da rede rodoviária que serve o concelho

de Tavira pretende-se aferir o nível de acessibilidade existente. Para tal,

consideraram-se os seguintes índices:

Índice de permeabilidade12 (km de estrada/km2 de área);

Índice de densidade (km de estrada/1.000 hab.);

Número de veículos por km de rede viária.

A rede rodoviária tem uma extensão total de aproximadamente 555,9 km no

município de Tavira, da qual resulta uma permeabilidade de 0,92 km de

rede viária por km2 de área, valor inferior ao registado no cômputo do

território nacional (2,08 km/ km2).

Quadro 45. Índice de Permeabilidade

* Inclui as estradas nacionais desclassificadas. Fonte: Elaboração própria, 2007

No que diz respeito à rede rodoviária nacional, mais precisamente no que

se refere aos IP, o concelho de Tavira apresenta um índice de

permeabilidade de 0,03 km/km2, sendo que no caso dos IC e EN estes

valores são de 0,09 km/km2 e 0,01 km/km2, respectivamente. Tratando-se

de valores relativamente reduzidos, os mesmos devem ser analisados à luz

12 Tratando-se de uma densidade, propõe-se a designação de índice de permeabilidade na

medida em que este indicador permite aferir da cobertura territorial da rede rodoviária,

diferenciando-se assim do índice de densidade que avalia a relação entre a extensão da rede

e o número de habitantes.

IP IC EN ER EM* Total

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Tavira 19,2 0,03 56,2 0,09 3,6 0,01 57,6 0,09 419,3 0,69 555,9 0,92

A rede rodoviária do concelho de Tavira tem uma extensão aproximada de 555,9 km.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

120

da natureza e função destas vias (integrantes da rede fundamental – IP – e

da rede complementar – IC e EN).

Quanto às ER, a permeabilidade da rede é de 0,09 km/km2, resultante da

existência de 57,6 km de estradas regionais no concelho. No cômputo da

rede consignada no PRN2000 (IP, IC, EN e ER), o índice de

permeabilidade é de 0,22 km/km2.

Por sua vez, a rede municipal apresenta uma extensão de 419,3 km, sendo

a sua permeabilidade relativamente elevada (0,69 km/km2), o que em parte

reflecte as exigências decorrentes do tipo de povoamento do concelho

(concentração da população em pequenos aglomerados populacionais e

população dispersão no sector norte do território concelhio).

Esta análise é corroborada pelo índice de densidade da rede (extensão da

rede viária por habitante), o qual cifra-se em 22,2 km por 1.000 habitantes,

quando em Portugal Continental este indicador não ultrapassa os 18,2 km

por 1.000 habitantes.

Quadro 46. Índice de densidade e veículos por quilómetro da rede viária em Tavira e

Portugal Continental

Fonte: Elaboração própria, 2007

Enfocando o número de veículos por quilómetro da rede viária, verifica-se

que o valor ostentado por Tavira é de 27,4 veículos por quilometro da rede

viária, valor ligeiramente inferior ao verificado no cômputo do território

continental nacional, que ascende a 28,9 veículos/km.

Índice de Densidade

Veículos por km de Rede

Viária

(km/1.000 hab.) (veículos/km)

Tavira 22,2 27,4

PortugalContinental 18,2 28,9

A rede municipal apresenta uma extensão de 419,3 km.

Em Tavira, o número de veículos por km de rede viária é de 27,4.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

121

7.1.1.3. CONSTRANGIMENTOS DE TRÁFEGO

Os principais constrangimentos de tráfego no concelho de Tavira ocorrem

na Cidade de Tavira e nos acessos a este aglomerado urbano, os quais

prendem-se com a existência de “zonas”/”pontos” de conflito.

Através do trabalho de campo realizado e da informação cedida pelos

serviços técnicos da Câmara Municipal de Tavira, identificaram-se as

seguintes “zonas”/”pontos” de conflito (Figura 33):

Rotunda da Nora;

Passagem de nível junto ao acesso à ER125;

Entroncamento da Rua Álvaro de Campos com a Avenida Dr.

Eduardo Mansinho;

Rua Álvaro de Campos;

Cruzamento da Ponte de Santiago (sul);

Cruzamento da Ponte de Santiago (norte);

Rotunda da Rua Alto dos Canos/Rua dos Mouros;

Largo de Santo Amaro;

Cruzamento do Centro Coordenador de Transportes;

Travessa Zacarias Guerreiro;

Rua Dr. Marcelino Franco;

Rotunda junto à esquadra da PSP;

Rotunda do mercado;

Entroncamento da avenida D. Manuel I com a Rua Almirante

Cândido dos Reis;

Rotunda junto ao posto de abastecimento da Avenida Eduardo

Mansinho com a Rua almirante Cândido dos Reis;

Rotunda de acesso à ER125 (junto ao Gran Plaza Tavira);

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

122

Entroncamento da Rua Luís de Camões com a Rua Dr. Fausto

Cansado;

Acesso Quinta do Perogil;

Acesso Urbanização Quinta da Barra.

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

124

7.1.1.4. PONTOS NEGROS EM TERMOS DE SINISTRALIDADE

Relativamente aos pontos negros, a sua identificação baseou-se na análise

dos Boletins Estatísticos de Acidentes de Viação da Direcção Geral de

Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, enfocando os

acidentes com vítimas mortais ou feridos graves13 no período 2004-2006.

Não obstante o aumento do número de acidentes e de feridos graves de

2004 para 2006 (ainda que face a 2005 se registe um aumento do número

de feridos graves e de acidentes), verifica-se uma diminuição do número de

vítimas mortais face a 2005.

Os acidentes rodoviários mais graves no município de Tavira ocorrem

sobretudo na ER125, onde o número de ocorrências é maior (32,1% do

total) entre os km 124,4 e 142,3.

Estes acidentes devem-se em parte às características da via (em muitos

locais com pouca visibilidade, sem separador central e sem faixa de

emergência) e também devido ao facto de atravessar várias aglomerados

urbanos.

Tais resultados não devem ainda ser dissociados do facto de se tratar da

estrada alternativa ao IP1/A22 (constituindo-se como o segundo principal

eixo rodoviário entre o Sotavento e o Barlavento Algarvio), tendo por isso

uma grande procura em termos de tráfego rodoviário.

Importa também referir o elevado tráfego no período estival, assim como o

facto de esta via ligar alguns locais de diversão nocturna com elevada

procura, associada à qual ocorrem, por vezes, situações de consumo

excessivo de álcool que culminam, nalguns casos, em despistes e colisões.

13 São contabilizadas como vítimas mortais os óbitos ocorridos no local do acidente ou a

caminho do hospital, enquanto que os feridos graves respeitam a acidentados que necessitam

de hospitalização por um período superior a 24 horas.

Não obstante o aumento do número de acidentes e de feridos graves de 2004 para 2006, verifica-se uma diminuição do número de vítimas mortais face a 2005.

Os acidentes rodoviários mais graves ocorrem, sobretudo, na EN125.

O número de acidentes na EN125 não deve ser dissociado do facto de se tratar da estrada alternativa ao IP1/A22, com elevado volume de tráfego.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

125

Quadro 47. Número de acidentes, mortos e feridos graves no concelho de Tavira (2004-2006)

Acidentes

2004 2005 2006Mortos Feridos Graves

ER 125 12 2 4 4 16

ER 270 1 1 3 3 5

EN397 1 1 1 2 1

IP/A 22 4 1 1 1 5

Outras Vias 5 9 10 5 23 Total 23 14 19 15 50

Fonte: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

Centrando a análise no ano mais recente (2006) – Quadro 48 –, constata-

se que os acidentes ocorridos no concelho de Tavira provocaram 4 mortos

e 17 feridos graves.

Os acidentes ocorridos no concelho de Tavira em 2006 provocaram 4 mortos e 17 feridos graves.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

126

Figura 34. Acidentes com mortos ou feridos graves no concelho de Tavira14 (2004-2006)

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2004

2004

2004

2004

2004

2004

2004

2004

2004

2004

2004

2005

2005

2005

2006

2006

2006

2006

2006

2006

2006

2006

N508

A22/IP1

A22/IP1

N512

N518

ER124

N518-1

N270

ER270

N2

N516-2M520-4

N2-6

ER125

ER124

N506

N398

N397

N508

M509

ER125N516

N505

N2

Tavira

CorteDo Ouro

Vale daRosa

Corte JoãoMarques

Bias Do Norte

Caliços

Machados

Monte DoArgilArrizada

CorteSerrano

Mealha

Pão Duro

Currais

Vale DoJoão Farto

Vale deOdre

Amoreira

Grainho

PassaFrioGarcia

CasasBaixas

FonteCorcho

ParisesCabeçaDo Velho

Feiteira

Alportel

Cerro deAlportel

GralheiraFonte Do

Touro

Calçada

FarroboCampina

Almargens

Mealhas

MesquitaAlta

BengadoVilarinhos

Corotelo

SãoRomão

Barranco Velho

MontesNovos

Figueirinha

Cascalho

Brancanes Quatrim Do Sul BiasDo Sul

BeloRomão

MonteAgudo

Poco DoVale

EiraPelada

AmaroGonçalves

Malhão

CurralBoeiros

SãoMarcos

Eira daPalma

Carricos

SantaRita

Estorninhos

CorteGago

Corujos

Nora

Cortelha

MagoitoAltaMora

Carrapateira

Monte DoCerro

FortimTraviscosa Cabaços

Preguiça

Casas

Bentos

Fernandilho

AlcariasTaipasCerro

PreguiçasMalfrade

Zambujal

Várzea

CortePequena

Soudes

CorteNovaFurnazinhas

Corte deSão Tomé

Santa Catarinada FonteDo Bispo

Moncarapacho

Estói

Conceição

Cachopo

São Brásde Alportel

Pechão Fuseta

CacelaVelha

SantoEstêvão

SantaLuzia

Conceição

Vaqueiros

7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

(i0 2

km

Norte

! Com Vítimas Mortais

! Com Feridos Graves!

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! Atropelamento c/ Fuga

" Atropelamento de Peões

# Col. Lat. c/ Veic. em Mov.

$ Col. Tras. c/ Veic. em Mov.

% Colisão Frontal

X Desp. c/ Capotamento

h Desp. c/ Transpos. Disp. Ret. Lateral

Û Desp. s/ Dispo. Retenção

[ Despiste Simples

Mortos Feridos GravesA22 1 5

Fonte estatística: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

14 Representam-se apenas os acidentes para os quais existia informação suficiente à sua geo-

referenciação (e.g. nalguns casos os dados estatísticos dos acidentes não apresentavam o

quilómetro de ocorrência dos mesmos).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

127

Quadro 48. Acidentes com mortos ou feridos graves em 2006

Mês Mortos Feridos Graves Via km Natureza

Março 0 1 ER125 138,8 Col. traseira c/ veic. em mov.

Abril 0 1 IP1/A22 111,2 Col. traseira c/ veic. em mov.

Abril 0 1 EM - Despiste simples

Abril 1 0 EN397 17,0 Desp. s/ dispos. retenção

Maio 0 2 Rua 25 Abril - Atropelamento peões

Junho 1 0 ER270 65,0 Atropelamento c/ fuga

Junho 0 1 EM516 - Atropelamento c/ fuga

Junho 0 1 EM1238 - Atropelamento c/ fuga

Julho 1 0 EM540 Colisão frontal

Julho 0 1 ER270 2,0 Desp.c/ transpos. disp. ret. lateral

Julho 0 1 ER125 126,7 Desp. c/ capotamento

Julho 0 2 ER270 57,2 Desp.c/ transpos. disp. ret. lateral

Agosto 0 1 EN508 - Desp. s/ dispos. retenção

Setembro 0 1 R. Álvaro Campos - Colisão frontal

Outubro 0 1 ER125 134,3 Desp. c/ capotamento

Outubro 0 1 Largo da Igreja - Despiste simples

Outubro 0 1 EM - Desp.c/ transpos. disp. ret. lateral

Outubro 1 0 ER124 96,6 Despiste simples

Outubro 0 1 ER125 132,9 Atropelamento peões

TOTAL 4 17 --- --- ---

Fonte: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

Quanto à natureza dos acidentes, das 19 ocorrências registadas em 2006,

10 decorreram de despistes e 5 estão associados a atropelamentos,

tipologias de acidentes que representavam ainda 52,6% e 26,3% dos

acidentes com mortos ou feridos graves contabilizados em 2006 (Quadro

49). Nota ainda para o facto de terem ocorrido 3 atropelamentos com fuga

em 2006.

Quadro 49. Natureza dos acidentes envolvendo mortos e feridos graves (2004-2006)

Fonte: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

N.º Acidentes Atropelamentos Colisões Despistes Mortos Feridos Graves 2004 23 2 11 10 4 23 2005 14 1 5 8 7 11 2006 19 5 4 10 4 17 Total 56 8 20 28 15 51

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

128

Refira-se também que, em 2005, o índice de gravidade de acidentes15 era

de 6,3 no concelho de Tavira, valor mais elevado que o verificado no

cômputo da NUT III Algarve (que regista, em média, um índice de gravidade

de 3,1) – apenas superado pelo concelho de Alcoutim (11,8) – e bastante

superior ao registado no território continental de Portugal (3,0).

Quadro 50. Índice de gravidade de acidentes (2005)

Índice de gravidade dos acidentes

Continente 3,0

Algarve 3,1

Albufeira 3,7

Alcoutim 11,8

Aljezur 2,0

Castro Marim 2,0

Faro 1,9

Lagoa 0,8

Lagos 5,6

Loulé 3,2

Monchique 3,6

Olhão 1,0

Portimão 2,8

S. Brás Alportel -

Silves 5,2

Tavira 6,3

Vila de Bispo -

V. R. Stº. António 4,1

Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2006

7.1.2. REDE FERROVIÁRIA

O município de Tavira é servido pela Linha do Algarve (Figura 35). Com

uma extensão de 139,9 km, esta Linha liga Lagos a Vila Real de Santo

António. A Linha não se encontra electrificada no troço Faro-Tavira-Vila

Real de Santo António, sendo utilizada para serviço de passageiros e

mercadorias.

15 O índice de gravidade de acidentes pondera o número de vítimas mortais de acidentes de

viação no total de acidentes de viação com vítimas (índice de gravidade de acidentes: vítimas

mortais de acidentes de viação / número de acidentes de viação com vítimas x 100).

O índice de gravidade de acidentes no concelho de Tavira era de 6,3 em 2005.

O município de Tavira é servido pela Linha do Algarve.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

129

Imagem 5. Estação Ferroviária de Tavira

Figura 35. Rede ferroviária no concelho de Tavira

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Vila Realde SantoAntónio

ConceiçãoPorta Nova

TaviraLuz

Livramento

OlhãoFaro

Lagos Tunes

TAVIRA

7°30' W8°W8°30' W9°W

37°30' N

37°N

Linha do Sul

Linha do Algarve

0 10km

(iNorte

Fonte: Elaboração própria, 2007

Para além dos concelhos de Tavira, Lagos e Vila Real de Santo António, a

Linha do Algarve serve também os concelhos de Portimão, Lagoa, Silves,

albufeira, Loulé, Faro, Olhão e Castro Marim. A estação de Tunes

(localizada no concelho de Silves) desempenha um papel importante na

acessibilidade ferroviária regional, pois faz a ligação da Linha do Algarve

com a Linha do Sul.

No concelho de Tavira, para além da estação de

Tavira (Imagem 5), efectuam-se paragens nos

apeadeiros de Livramento, Luz, Porta Nova e

Conceição.

7.1.3. PRINCIPAIS PERCURSOS PEDONAIS

No concelho de Tavira, a principal zona pedonal

consolidada corresponde à área central da Cidade

de Tavira (Figura 36), delimitada pela Praça da República, Rua Alexandre

Herculano, Rua Guilherme Gomes Fernandes, Travessa D. Brites e Rua do

Cais, com extensão na Ponte Romana (embora não sendo de descurar os

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

130

importantes fluxos pedonais existentes na área do Centro de Saúde de

Tavira e dos estabelecimentos de ensino).

Figura 36. Principais percursos pedonais na Cidade de Tavira

Fonte: Elaboração própria, 2007

A melhoria da circulação pedonal nesta área resultou das intervenções

integradas no âmbito do “Plano de Mobilidade e Acessibilidade” (Imagens 7

e 8) e que contemplaram as seguintes acções:

Passadeiras e rampeamento de lancis: adaptação do existente;

deslocação para locais mais apropriados; introdução de novas

passadeiras.

Passeios: alargamento; regularização e repavimento; nivelamento

das passadeiras à cota dos passeios; nivelamento dos passeios à

cota do arruamento; reajuste em situações das entradas

particulares; rampas para vencer desníveis.

´

A melhoria da circulação pedonal na área central da Cidade de Tavira resultou das intervenções integradas no Plano de Mobilidade e Acessibilidade.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

131

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Imagem 6. Rua da Liberdade (antes da intervenção)

Imagem 7. Rua da Liberdade (depois da intervenção)

Imagem 8. Rua pedonalizada no Centro Histórico da

Cidade de Tavira

Arruamentos: nivelamento com o passeio (permitindo uma

circulação mista peão/veículo); restringir a circulação viária.

(Câmara Municipal de Tavira, 2006b)

Face aos resultados alcançados com esta

intervenção no que concerne à melhoria da

circulação pedonal, considera-se que será de

equacionar o alargamento da zona pedonal

implementada. Atentando nas características

urbanísticas do Centro Histórico de Tavira,

esta extensão poderá integrar não apenas

arruamentos contíguos à zona consolidada,

mas também outras áreas do Centro Histórico

(designadamente na margem esquerda do Rio

Gilão).

Para além da zona pedonal consolidada do

centro da Cidade de Tavira, importa salientar

a intervenção de requalificação da frente

ribeirinha de Santa Luzia, actualmente em

curso, a qual prevê a requalificação de faixas

pedonais (complementando a instalação de

novo mobiliário urbano) – Avenida Eng.

Duarte Pacheco –, embora sem exclusão da

circulação de veículos automóveis. Desta

intervenção é, contudo, expectável a

promoção e melhoria das condições de

circulação pedonal na área de intervenção

(Figura 37).

Também no aglomerado de Cabanas, a

requalificação da frente ribeirinha contempla

um conjunto de acções que visam a melhoria

das condições de circulação pedonal na

Avenida da Ria Formosa e Rua Capitão Jorge

Ribeiro (Figura 38).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

132

Figura 37. Principais percursos pedonais a implementar em Santa Luzia

Fonte: Elaboração própria, 2007

Figura 38. Principais percursos pedonais a implementarem em Cabanas

Fonte: Elaboração própria, 2007

´

´

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

133

7.1.4. PISTAS CICLÁVEIS

Integrada na Rede Europeia de Vias Verdes, o projecto Ecovia do Algarve

surge “no quadro do modelo de desenvolvimento que se deseja para a

região do Algarve, aliado aos crescentes níveis de exigência ambiental,

social e cultural por parte das populações, residente e visitante, [do qual]

emerge uma procura de novas soluções de mobilidade que contribuam

para a adopção de um modelo regional mais sustentável” (AMAL/CCDRA,

2006). Este projecto inclui a Ecovia da Costa Vicentina, a Ecovia do Interior,

a Ecovia do Guadiana e a Ecovia do Litoral (Figura 39). A Ecovia do Litoral

ligará o Cabo de S. Vicente a Vila Real de Santo António, percorrendo toda

a faixa litoral meridional do Algarve, numa extensão de 214 km,

atravessando 12 municípios, entre eles, o município de Tavira – Figura 39.

Figura 39. Percurso da Ecovia do Algarve

Fonte: Ecovias – Área Metropolitana do Algarve, 2007

Quanto ao enquadramento financeiro, a Ecovia do Litoral é apoiada pelo

PROAlgarve (Programa Operacional da Região do Algarve – Eixo II –

Medida I), pelo PIPITAL (Programa de Investimentos Públicos de Interesse

para o Algarve) e Interreg III – A.

Esta Ecovia “caracteriza-se por um conjunto de troços distintos, desde

extensões de circulação exclusiva a veículos não motorizados a outros de

tráfego misto em estrada e caminhos de reduzidos volumes de circulação”

(AMAL/CCDRA, 2006).

A Ecovia do Litoral ligará o Cabo de S. Vicente a Vila Real de Santo António.

A Ecovia do Litoral caracteriza-se por um conjunto de troços distintos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

134Imagem 9. Troço da Ecovia do Litoral no concelho de

Tavira

No caso do troço que atravessa o concelho de Tavira (Figura 40), este

possui uma extensão de 23 km, ligando o Livramento (na freguesia da Luz)

à freguesia de Cabanas de Tavira.

Figura 40. Troço urbano da Ecovia do Litoral no Concelho de Tavira

7°38'W

7°38'W

7°39'W

7°39'W

37°8'N 37°8'N

37°7'N 37°7'N

0 200m(i

Norte

Ecovia - Troço Urbano

Fonte: adaptado de Câmara Municipal de Tavira, Projecto Mobilidade Sustentável, 2007

A implementação deste troço teve início no segundo semestre de 2006,

tendo sido inaugurado no final de Junho de 2007.

Quanto às características técnicas desta infra-

estrutura, importa referir a existência de troços

de tipologias diferenciadas:

Via reservada exclusivamente a veículos

não motorizados;

Percurso em via de utilização mista, sem

segregação física entre veículos

O troço que atravessa o concelho de Tavira tem uma extensão de 23 km.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

135

Imagem 10. Troço da Ecovia do Litoral em Cabanas

motorizados e não motorizados, sendo

o trajecto da ecovia indicado por

sinalização horizontal;

Percursos em caminhos com volume de

tráfego muito reduzido.

7.1.5. SERVIÇO DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

7.1.5.1. TRANSPORTES COLECTIVOS RODOVIÁRIOS

A oferta de transportes colectivos rodoviários de passageiros no concelho

de Tavira é assegurada pela EVA Transportes, Transportes Urbanos de

Tavira (parceria entre a Câmara Municipal de Tavira e a EVA Transportes),

Rede Nacional de Expressos e RENEX, que disponibilizam serviços

diferenciados em função da sua tipologia e das áreas em que operam.

Seguidamente analisa-se a oferta disponibiliza por estes operadores.

7.1.5.1.1. EVA TRANSPORTES

A EVA Transportes16 é o principal operador rodoviário do concelho de

Tavira, disponibilizando 8 carreiras com origem, destino ou passagem neste

concelho (Figura 41).

16 A EVA Transportes tem como principal área de serviço a região do Algarve, disponibilizando

vários tipos de serviços, destacando-se o serviço de alta qualidade, EVA Mundial Turismo que

liga diariamente o Algarve, Lisboa, Porto e Évora.

A EVA Transportes é o principal operador rodoviário do concelho de Tavira.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

136

Figura 41 – Rede de Transportes Colectivos Rodoviário no Concelho de Tavira – Operador EVA Transportes

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Cabanas

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AmaroGonçalves

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SantoEstevão

Picota

Senhorada Saúde(Cruztº)

Vale daMurta

Portelada CorchaAlcaria

do Cume

PeralvaMercador

Cachopo

São Brás deAlportel

Santa Catarinada FonteDo Bispo

QuatroÁguas

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Alfandanga

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CacelaVelha

Conceição

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PedrasD'el Rei

7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

(iNorte

Cabanas - Tavira

Brejos - Tavira

Pedras D'el Rei - Tavira

Tavira - Quatro Águas

Tavira - S. Brás de Alportel

Cachopo - Tavira

Esteiramantens - Tavira

Faro - Vila Real de Sto. António0 5

km

Faro

Vila Real deSto. António

Fonte: Elaboração própria, 2007

Das 8 carreiras existentes, 6 asseguram ligações intra-concelhias (Quadro

51 a Quadro 58), uma liga a Cidade de Tavira a São Brás de Alportel

(Quadro 57) e outra Faro a Vila Real de Santo António com paragem no

município de Tavira (Quadro 55).

A carreira apresentada no Quadro 51 serve apenas os aglomerados de

Cabanas e Tavira, sendo uma ligação com grande procura no período

estival, em função de assegurar o acesso à praia de Cabanas. Durante o

fim-de-semana a oferta é reduzida, havendo apenas 3 circulações aos

Sábados e não havendo qualquer oferta aos Domingos e feriados, situação

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

137

que importa ponderar na medida em que é neste dias que se verifica a

maior afluência às praias. A melhoria da oferta nestes dias da semana

poderia induzir a uma redução do volume de tráfego e minimização dos

problemas de estacionamento no aglomerado de Cabanas.

Quadro 51. Carreira Cabanas/Tavira e Tavira/Cabanas

A A B A C A B A A A A

Cabanas 8:00 8:30 8:45 9:55 11:10 12:45 13:35 14:30 16:50 17:53 18:42

Tavira 8:12 8:42 8:57 10:07 11:22 12:57 13:47 14:42 17:02 18:05 18:54

A A B A C A B A A A A

Tavira 7:45 8:15 8:30 9:40 10:55 12:30 13:20 13:30 165:35 17:40 18:30

Cabanas 7:57 8:27 8:42 9:52 11:07 12:42 13:32 13:42 16:47 17:52 18:42

A) Excepto Sábados, domingos e Feriados; B) Aos sábados excepto se feriado; C) Excepto Domingos e Feriados.

Fonte: EVA Transportes, 2007

A carreira que liga Brejos a Tavira (Quadro 52) possibilita deslocações ao

início da manhã, no período de almoço e ao final da tarde.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

138

Quadro 52. Carreira Brejos/Tavira

A B C A CBrejos Cruzamento 7:15 - - - -

Amaro Gonçalves 7:20 8:00 8:40 13:40 16:50

Luz de Tavira 7:23 8:03 8:43 13:43 16:53

Tavira 7:35 8:15 8:55 13:55 17:05

C A B C E DTavira - 13:25 13:50 16:30 18:25 19:20

Luz de Tavira 8:32 13:37 14:02 16:42 18:37 19:32

Amaro Gonçalves 8:35 13:40 14:05 16:45 18:40 19:35

Brejos Cruzamento - - - - 18:45 19:40

A) Excepto Sábados, Domingos e Feriados; B) Aos Sábados, excepto Feriados; C) Nos dias escolares, excepto Sábados; D) Excepto Sábados, Domingos e Feriados, de 1 de Julho a 15 de Setembro; E) Excepto Sábados, Domingos e Feriados, de 16 de Setembro a 30 a Junho.

Fonte: EVA Transportes, 2007

A ligação entre Esteiramantes e Tavira (Quadro 53) apresenta como

principais carências, o facto de fora do período escolar apenas se realizar

uma circulação ao início da manhã e outra ao final da tarde e não ser

disponibilizado qualquer serviço durante o fim-de-semana.

Quadro 53. Carreira Esteiramantes/Tavira

A B Localidades B A

7:25 14:20 Esteiramantes 14:20 19:05

7:31 14:26 Santo Estêvão 14:14 18:59

7:45 14:40 Tavira 14:00 18:45

A) Excepto Sábados, Domingos e Feriados; B) Às Quartas e Sextas-feiras escolares.

Fonte: EVA Transportes, 2007

Estando Cachopo localizado na serra algarvia, o serviço de transporte

público colectivo rodoviário de passageiros apresenta-se como o único

modo de transporte para uma parte significativa da população (sobretudo

idosos e população sem acesso a transporte individual), sendo fundamental

A localização de Cachopo leva a que o transporte público rodoviário apresente-se como o único modo de transporte para uma parte significativa da população.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

139

para a deslocação dos residentes nesta área até à sede do município.

Contudo, como se pode constatar no Quadro 54, a oferta é relativamente

reduzida, havendo apenas uma circulação Cachopo-Tavira ao início da

manhã e uma circulação Tavira-Cachopo ao final da tarde.

Quadro 54. Carreira Cachopo/Tavira

Localidades

7:05 Cachopo 19:05

7:23 Mercador 18:47

7:26 Peralva 18:44

7:33 Alcaria do Cume 18:37

7:39 Portela da Corcha 18:31

7:48 Vale da Murta 18:22

7:57 Picota 18:13

8:02 Senhora da Saúde (cruzamento)

18:08

8:10 Tavira 18:00

Fonte: EVA Transportes, 2007

A carreira Pedras D´El Rei/Tavira (Quadro 55), assegura a ligação entre a

sede de município e a freguesia de Santa Luzia, na qual efectua paragens

em Santa Luzia e Pedras D´El Rei, sendo neste último local que se situa a

praia do Barril.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

140

Quadro 55. Carreira Pedras D’El Rei/Tavira e Tavira/ Pedras D’El Rei

A B C A A B A B A A E A A A A

Pedras D’El Rei - - 8:35 9:25 10:40 - 12:50 13:15 - - 15:55 17:30 18:20

Santa Luzia 7:75 8:25 8:40 8:40 9:30 9:50 10:45 11:35 12:55 13:20 13:25 14:50 16:00 17:35 18:25

Tavira 7:50 8:30 8:45 8:45 9:35 9:55 10:50 11:40 13:00 13:25 13:30 14:55 16:05 17:40 18:30

A D B A C A B A B A A E A A A A

Tavira 7:35 8:15 8:20 8:25 8:25 9:05 9:45 10:25 11:30 12:35 13:05 13:20 14:45 15:45 17:10 18:10

Santa Luzia 7:40 8:20 8:25 8:30 8:30 9:10 9:50 10:30 11:35 12:40 13:10 13:25 14:50 15:50 17:15 18:15

Pedras D’El Rei - 8:25 - - 8:35 9:15 - 13:35 - 12:45 13:15 - - 15:55 17:20 18:20

A) Excepto Sábados, Domingos e Feriados; B) Aos Sábados, excepto feriados; C) Excepto Sábados, Domingos e Feriados, de 01 de Julho a 15 de Setembro; D) Nos dias escolares; E) Às Quartas-feiras escolares.

Fonte: EVA Transportes, 2007

Quanto à ligação entre a Cidade de Tavira e a sede do município de S.

Brás de Alportel (Quadro 56), esta efectua paragens nas freguesias de

Santo Estêvão e Santa Catarina da Fonte do Bispo, havendo três ligações

diárias (em dias úteis).

Quadro 56. Carreira Tavira/ S. Brás de Alportel e S. Brás de Alportel/Tavira

A D/E A D E B A

Tavira 8:50 8:50 13:30 13:30 16:10 17:45 18:55

Prego 9:00 9:00 13:40 13:40 16:20 17:55 19:05

Santa Catarina 9:10 9:10 13:50 13:50 16:30 18:05 19:15

S. Brás de Alportel - 9:30 - 14:10 16:50 - -

A C D/E C/E D E B

S. Brás de Alportel - - 9:30 - 14:10 16:50 -

Santa Catarina 7:20 9:15 9:50 14:05 14:30 17:10 18:05

Prego 7:30 9:25 10:00 14:15 14:40 17:20 18:15

Tavira 7:40 9:35 10:10 14:25 14:50 17:30 18:25

A) Excepto Sábados, Domingos e Feriados; B) Nos dias escolares, excepto às quartas-feiras; C) Às 3ªs., 5ª.s e 6ª.s feiras, excepto feriados. D) Às 2ª.s feiras, excepto feriados; E) Às 4ª.s feiras, excepto feriados. Fonte: EVA Transportes, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

141

A carreira Tavira/Quatro Águas (Quadro 57) garante a ligação entre a

Cidade de Tavira e o cais de Quatro Águas, a partir do qual é efectuada

ligação por via fluvial à Ilha de Tavira, muito procurada por turistas e

veraneantes. Durante o período estival, esta ligação é assegurada apenas

em dias úteis.

Quadro 57. Carreira Tavira / Quatro Águas e Quatro Águas/Tavira

Partidas de Tavira

7:50 9:05 10:20 13:05 15:05 16:35 17:50 18:50 19:35

Partidas de Quatro Águas

8:00 9:15 10:30 13:15 15:15 16:45 18:00 19:00 19:45

Nota: Não se efectuam aos sábados, domingos e feriados (de 1 de Julho a 15 de Setembro).

Fonte: EVA Transportes, 2007

Tal como referido anteriormente, fora dos períodos escolares, aos fins-de-

semana e nos feriados a oferta de transportes é reduzida, condicionando a

mobilidade da população dependente deste modo de transporte.

Importa também referir que todas as carreiras que servem o município têm

origem ou destino na sede de concelho. Desta forma apenas Tavira possui

ligação a todas as outras sedes de freguesia.

A Figura 42 apresenta a distância-tempo relativamente à sede de concelho

tendo como referência os tempos de percurso das carreiras

disponibilizadas pelo operador em análise17.

17 O mapa foi calculado por meio de uma interpolação, em que se tomou como referência o

tempo dispendido nos percursos para chegar a uma dada localidade a partir da sede de

concelho. De seguida os resultados foram reclassificados em classes de intervalos de tempo

para a realização do mapa.

Fora dos períodos escolares, aos fins-de-semana e nos feriados a oferta de transportes é reduzida.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

142

Figura 42. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Transporte Colectivo de Passageiros)

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Luz deTavira

Esteiramantens

SantoEstevão

Picota

Senhorada Saúde(Cruztº)

Vale daMurta

Portelada CorchaAlcaria

do Cume

PeralvaMercador

Cachopo

São Brás deAlportel

Santa Catarinada FonteDo Bispo

QuatroÁguas

Altura

Alfandanga

MonteGordo

CacelaVelha

Conceição

SantaLuzia

PedrasD'el Rei

7°30'W7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

(iNorte

Cabanas - Tavira

Brejos - Tavira

Pedras D'el Rei - Tavira

Tavira - Quatro Águas

Tavira - S. Brás de Alportel

Cachopo - Tavira

Esteiramantens - Tavira

Faro - Vila Real de Sto. António0 5

km

Faro

Vila Real deSto. António

Tempo (min.)< 10

10 - 20

20 - 40

40 - 60

> 60

Fonte: Elaboração própria, 2007

Quanto aos residentes noutras sedes de freguesia, que pretendam

deslocar-se para outras sedes de freguesia, que não a sede de concelho,

terão, em grande parte dos casos, que fazer um transbordo em Tavira.

Como se observa no Quadro 58, o tempo dispendido nestas deslocações é

relativamente elevado, sendo o tempo de viagem das ligações entre o litoral

e o interior do concelho desincentivador para a utilização do transporte

público colectivo de passageiros, com tempo de viagem superiores a 40

minutos. Refira-se, a título de exemplo, que o tempo de viagem entre

A deslocação entre sedes de freguesia implica, em grande parte dos casos, um transbordo em Tavira.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

143

Cachopo e Tavira é de 75 minutos (contabilizando apenas o tempo de

viagem), isto não obstante os aglomerados distarem cerca de 40 km entre

si.

Note-se, contudo, que a necessidade de transbordo acaba por inviabilizar

parte das ligações entre sedes de freguesia pois pressupõe, em muitos

casos, tempos de espera que ascendem a várias horas.

Quanto à frequência das carreiras, o Quadro 59 apresenta o número de

circulações diárias entre aglomerados, verificando-se que, com a excepção

dos aglomerados localizados ao longo do eixo Faro-Vila Real de Santo

António, o número de ligações à Cidade de Tavira é reduzido, resumindo-

se apenas a uma ligação diária (dias úteis), geralmente no início da manhã

e ao final da tarde (importa ainda assinalar que, como referido

anteriormente, algumas destas circulações não se realizam fora do período

escolar).

A necessidade de transbordo acaba por inviabilizar parte das ligações entre sedes de freguesia.

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

146

Não obstante as limitações da oferta existente, trata-se de um serviço com

um papel fundamental no sentido de assegurar a mobilidade da população

residente no concelho de Tavira, especialmente para aqueles que não

dispõem de transporte individual. Acresce que a concentração espacial dos

equipamentos e funções públicas e privadas na sede de concelho reforçam

a necessidade de deslocação regular da população residente noutros

aglomerados populacionais à Cidade de Tavira.

Ao nível das infra-estruturas de apoio, verifica-se a existência de um

conjunto de plataformas de abrigo incompatíveis com a criação de

condições à prestação de um serviço de qualidade. Para além dos

reduzidos níveis de conforto e comodidade proporcionados aos

passageiros, denota-se a inexistência de informação prestada aos mesmos,

designadamente no que se refere a horários e percursos das carreiras.

Com efeito, todas estas limitações acabam por se constituir como factores

desincentivadores da utilização dos transportes colectivos rodoviários de

passageiros.

Para além dos serviços interurbanos, a EVA Transportes assegura outros

tipos de serviços, nomeadamente a Rota da Ria Formosa (Figura 43,

Quadro 60 e Quadro 62) e ligações para Espanha (com destino a Sevilha),

com origem em Lagos e efectuando paragens em Portimão, Albufeira, Faro,

Tavira, Vila Real de Santo António, Ayamonte e Huelva.

Não obstante as limitações da oferta existente, trata-se de um serviço fundamental no sentido de assegurar a mobilidade da população residente.

Verificam-se reduzidos níveis de conforto e comodidade ao nível das infra-estruturas de apoio.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

147

Figura 43. Rota da Ria Formosa – EVA Transportes

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Fonte: Elaboração própria, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

148

Quadro 60. Tavira/Faro (Rota da Ria Formosa)

Origem Destino Partida Chegada Frequência

Tavira Faro 06:50 07:55 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Tavira Faro 07:40 08:50 Diariamente

Tavira Faro 08:15 09:20 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Tavira Faro 08:55 09:55 Diariamente

Tavira Faro 10:45 11:50 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Tavira Faro 12:00 13:00 Diariamente

Tavira Faro 12:55 13:55 Diariamente

Tavira Faro 15:10 16:10 Diariamente

Tavira Faro 17:10 18:10 Diariamente

Tavira Faro 18:10 19:10 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Tavira Faro 19:10 20:10 Diariamente

Faro Tavira 07:15 08:15 Diariamente

Faro Tavira 08:00 09:00 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Faro Tavira 09:00 10:00 Diariamente

Faro Tavira 11:00 12:00 Diariamente

Faro Tavira 12:15 13:15 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Faro Tavira 13:25 14:25 Diariamente

Faro Tavira 15:15 16:15 Diariamente

Faro Tavira 16:35 17:35 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Faro Tavira 17:40 18:40 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Faro Tavira 18:20 19:20 Diariamente

Faro Tavira 19:30 20:30 Diariamente

Fonte: EVA Transportes, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

149

No Quadro 61 são apresentadas as tarifas praticadas entre Faro e Tavira

na Rota da Ria Formosa, para cada tipo de bilhete.

Quadro 61. Tarifas entre Tavira e Faro (Rota da Ria Formosa)

Bilhete Simples Ida/Volta

Inteiro € 2,88 € 5,76

Meio € 1,44 € 2,88

Fonte: EVA Transportes, 2007

Para além das ligações interurbanas com Vila Real de Santo António,

anteriormente referidas, a Rota da Ria Formosa efectua dez circulações

com origem e nove circulações com destino no concelho de Tavira, ligando-

o aquele concelho (Quadro 62).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

150

Quadro 62. Carreira Tavira/Vila Real de Santo António (Rota da Ria Formosa)

Origem Destino Partida Chegada Frequência

Tavira V. R. Stº. António 06:55 07:55 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Tavira V. R. Stº. António 08:15 08:55 Diariamente

Tavira V. R. Stº. António 09:00 09:40 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Tavira V. R. Stº. António 10:00 10:40 Diariamente

Tavira V. R. Stº. António 12:00 12:40 Diariamente

Tavira V. R. Stº. António 13:15 13:55 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Tavira V. R. Stº. António 14:25 15:05 Diariamente

Tavira V. R. Stº. António 16:15 16:55 Diariamente

Tavira V. R. Stº. António 17:35 18:15 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Tavira V. R. Stº. António 19:20 20:00 Diariamente

V. R. Stº. António Tavira 07:00 07:40 Diariamente

V. R. Stº. António Tavira 08:15 08:55 2as, 3as, 4as, 5as, 6as, Sábados

V. R. Stº. António Tavira 10:00 10:45 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

V. R. Stº. António Tavira 11:20 12:00 Diariamente

V. R. Stº. António Tavira 12:15 12:55 Diariamente

V. R. Stº. António Tavira 14:30 15:10 Diariamente

V. R. Stº. António Tavira 16:30 17:10 Diariamente

V. R. Stº. António Tavira 17:30 18:10 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

V. R. Stº. António Tavira 18:30 19:10 Diariamente

Fonte: EVA Transportes, 2007

Os tipos de bilhetes são idênticos aos bilhetes da ligação Tavira/Faro

(Quadro 63).

Quadro 63. Tarifas entre Tavira e Vila Real de Santo António (Rota da Ria Formosa)

Bilhete Simples Ida/Volta

Inteiro € 2,73 € 5,46

Meio € 1,37 € 2,73

Fonte: EVA Transportes, 2007

A EVA Transportes assegura ainda duas ligações (em dias úteis com o país

vizinho, as quais têm como destino Sevilha – Quadro 64).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

151

Quadro 64. Carreira Tavira/Sevilha

Origem Destino Partida Chegada Frequência

Sevilha Tavira 7h30m 9h25m 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Sevilha Tavira 16h15m 18h10m 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Tavira Sevilha 09:05 13:00 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Tavira Sevilha 16:20 20:15 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados

Fonte: EVA Transportes, 2007

Relativamente às tarifas, para além dos bilhetes simples e de ida/volta

existem ainda bilhetes para portadores de cartão-jovem a preços mais

reduzidos (Quadro 65).

Quadro 65. Tarifas entre Tavira e Sevilha

Bilhete Simples Ida/Volta

Inteiro € 14,00 € 25,20

Meio € 7,00 -

C. Jovem € 11,20 -

Fonte: EVA Transportes, 2007

7.1.5.1.2. TRANSPORTES URBANOS DE TAVIRA

Outro serviço de transporte colectivo rodoviário a operar no concelho de

Tavira são os Transportes Urbanos de Tavira (TUT). Este serviço é

desenvolvido numa parceira entre a Câmara Municipal de Tavira e a EVA

Transportes, consistindo num circuito urbano restrito (Figura 44), realizado

numa viatura de 15 lugares, que assegura a ligação a locais como o Centro

de Saúde, Mercado Municipal, Cemitério, Escolas e Terminal Rodoviário.

Na hora de ponta da manhã (8h00) são transportados neste serviço cerca

de 120 passageiros por percurso.

Os TUT asseguram um circuito urbano restrito, realizado numa viatura de 15 lugares.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

152

Figura 44. Circuito dos Transportes Urbanos de Tavira

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7°39'W

7°39'W

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37°7'N 37°7'N

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Norte

De 2ª a Sábado

4ª e Sábado

Transportes Urbanosde Tavira

Fonte: adaptado de Câmara Municipal de Tavira, Projecto Mobilidade Sustentável, 2007

7.1.5.1.3. REDE NACIONAL DE EXPRESSOS

A empresa Rede Nacional de Expressos, surgida em 1995, tem como

objectivo assegurar o transporte público de passageiros em ligação

expresso, servindo cerca de 300 localidades. A sua frota era constituída,

em 2001, por aproximadamente 200 viaturas.

Quanto ao serviço disponibilizado por este operador no concelho de Tavira,

verifica-se que a diversidade de destinos com ligação directa a partir da

Cidade de Tavira é pouco significativa (Setúbal e Lisboa). Importa, ainda

assim, salientar a existência de 10 circulações diárias Lisboa/Tavira e 9

circulações diárias Tavira/Lisboa. O Quadro 66 apresenta os dados

relativos às ligações diárias directas com origem/destino em Tavira.

A diversidade de destinos com ligação directa a partir da Cidade de Tavira é pouco significativa (Setúbal e Lisboa).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

153

Quadro 66. Serviços diários da Rede Expressos

Origem Destino Partida Chegada Duração Preço (€) km´s

Tavira Lisboa 5h30m 9h30m 4h 17,5 329

Tavira Lisboa 7h30m 11h45 4h15m 17,5 329

Tavira Lisboa 10h00m 14h45m 4h45m 17,5 329

Tavira Lisboa 11h20m 16h40m 5h20m 17 329

Tavira Lisboa 15h30m 19h45m 4h15m 17,5 329

Tavira Lisboa 16h20m 21h50m 5h30m 17 329

Tavira Lisboa 18h00m 22h15m 4h15m 17,5 329

Tavira Lisboa 18h50m 23h30m 4h40m 17 329

Tavira Lisboa 23h50m 5h30m 5h40m 17 329

Lisboa Tavira 1h00m 5h30m 4h30m 17 329

Lisboa Tavira 7h00m 11h30m 4h30m 17 329

Lisboa Tavira 8h15m 12h30m 4h15m 17,5 329

Lisboa Tavira 10h30m 14h45m 4h15m 17,5 329

Lisboa Tavira 12h30m 16h40m 4h10m 17,5 329

Lisboa Tavira 14h15m 19h35m 5h20m 17 329

Lisboa Tavira 15h15m 19h30m 4h15m 17,5 329

Lisboa Tavira 18h30m 22h45m 4h15m 17,5 329

Lisboa Tavira 19h30m 0h30m 5h 17 329

Lisboa Tavira 20h30m 1h15m 4h45m 17,5 329

Tavira Setúbal 16h20m 21h00m 4h40m 15,7 297

Setúbal Tavira 15h05m 19h35m 4h30m 15,7 297

Fonte: Rede Nacional de Expressos (tratamento próprio)

7.1.5.1.4 RENEX

O operador RENEX explora várias linhas no território nacional, sendo o

concelho de Tavira servido pela linha Lisboa-Vila Real de Santo António-

Lisboa. Este serviço assegura a ligação de Tavira a Lisboa, V. Paraíso,

Almansil, Faro, Olhão, Nora Velha, P. Rainha, Altura, Monte Gordo e Vila

Real de Santo António (Quadro 67).

O concelho de Tavira é servido pela Linha Lisboa-Vila Real de Santo António-Lisboa.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

154

Quanto às tarifas praticadas, para além dos bilhetes simples (€ 16,50) e

ida/volta (€ 30,00), existem ainda tarifas específicas para portadores de

cartão-jovem (€ 14,50), militares e terceira idade (€ 14,50). Os menores

(entre os 4 e os 11 anos) beneficiam de um desconto de 50% relativamente

ao preço do bilhete simples.

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

156

7.1.5.2. TRANSPORTE ESCOLAR

No concelho de Tavira, o transporte escolar é realizado pelo operador EVA

Transportes, pela CP e pela Câmara Municipal de Tavira nos casos em que

a população escolar não tem acesso à rede de transportes públicos.

O plano de transportes escolares do município engloba não apenas os

alunos residentes no concelho de Tavira como também alunos que,

residindo noutros concelhos, frequentam estabelecimentos de ensino

localizados em Tavira.

Analisando os dados relativos aos transportes escolares no período 1998 –

2005 (Quadro 68) verifica-se que, não obstante algumas oscilações, o

número de alunos transportados pela autarquia aumentou. Por sua vez, o

número de alunos cujo transporte é assegurado pela EVA Transportes tem

vindo a diminuir, registando-se, contudo, um acréscimo entre os anos

lectivos 2003/2004 e 2004/2005. No caso da CP, têm-se registado algumas

oscilações no número de alunos transportados, sendo que em 2004/2005

este número foi de 51 alunos. Também o número de quilómetros

percorridos diminuiu (de 2.511 km em 1998/1999 para 1.762 km em

2004/2005).

Quadro 68. Dados relativos aos transportes escolares (1998/2005)

1998/99 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05

Alunos transportados pela CMT 431 457 468 536 447 549

Alunos transportados pela EVA 921 702 670 495 409 487

Alunos transportados pela CP 45 71 35 31 49 51

Circuitos da CMT 28 29 51 52 39 39

km realizados pela CMT (dia) 2511 2520 2585 3127 1744 1762

Escolas 1º CEB abrangidas 16 16 24 12 9 8

Estabelecimentos de Ensino abrangidos 21 20 18 19 18 14

Fonte: Câmara Municipal de Tavira, 2006

No ano de 2006, o plano de transportes da Câmara Municipal de Tavira

incluía 15 percursos assegurados por: 1 autocarro de 40 lugares; 1

O transporte escolar é realizado pelo operador EVA Transportes, pela CP e pela Câmara Municipal de Tavira.

O número de alunos transportados pela autarquia aumentou.

No ano de 2006 o plano de transportes da Câmara Municipal de Tavira incluía 15 circuitos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

157

autocarro de 27 lugares; 2 autocarros de 19 lugares; 15 carrinhas de 9

lugares.

Os serviços realizados em transportes disponibilizados pela autarquia

realizam percursos entre as freguesias dos locais de residência e de estudo

dos alunos. Importa salientar que, segundo os dados disponibilizados pela

Câmara Municipal de Tavira, alguns alunos realizam diariamente 84 km

(Cachopo), 50 km (Beliche) e 30 km (freguesia de Santa Catarina da Fonte

do Bispo) para frequentarem um estabelecimento de ensino (Quadro 69).

Quadro 69. Distâncias em quilómetros entre as sedes de freguesia

Santiago Stª. Maria Stª. Luzia Luz Stº. Estêvão Conceição Cabanas Stª. Catarina Cachopo

Santiago 1 3 5 5 7 9 15 42

Stª. Maria 4 6 6 6 8 15 42

Stª. Luzia 3 3 2 8 8 12 18 45

Luz 4 4 2 4 9 12 19 47

Stº. Estêvão 3 6 8 4 12 15 12 48

Conceição 3 6 8 9 12 2 24 48

Cabanas 8 8 12 12 15 2 26 50

Stª.Catarina 15 15 18 19 12 24 26 35

Cachopo 42 42 45 47 48 48 50 35

Fonte: Elaboração própria, 2007

Para além dos circuitos assegurados pela Câmara Municipal, EVA

Transportes e CP, também a Cruz Vermelha transporta alunos com

necessidades especiais.

Devido às distâncias percorridas, o tempo de deslocação é também

elevado, sendo que alguns circuitos têm duração aproximada de 50/60

minutos (Quadro 70). Os casos mais problemáticos prendem-se com os

alunos provenientes de pequenos aglomerados localizados na freguesia de

Cachopo.

A Cruz Vermelha assegura o transporte de alunos com necessidades especiais.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

158

Quadro 70. Distâncias em minutos entre sedes de freguesia.

Santiago Stª. Maria Stª. Luzia Luz Stº. Estêvão Conceição Cabanas Stª. Catarina Cachopo

Santiago 2 4 7 9 11 13 20 50

Stª. Maria 5 8 10 10 12 20 50

Stª. Luzia 5 5 3 15 10 10 25 60

Luz 10 10 3 6 11 16 20 60

Stº. Estêvão 5 10 15 6 15 20 15 60

Conceição 5 10 10 11 15 3 30 60

Cabanas 12 12 10 16 20 3 30 70

Stª. Catarina 20 20 25 20 15 30 30 45

Cachopo 50 50 60 55 60 60 60 45

Fonte: Elaboração própria, 2007

Relativamente ao ano lectivo de 2006/2007, a Câmara Municipal

disponibilizou 15 percursos (Figuras 45, 46 e 47), realizando diariamente

vários circuitos. Nalguns casos, as viaturas efectuam também o transporte

de idosos e de pessoal docente para as escolas das diversas freguesias.

No ano lectivo 2006/2007, a Câmara Municipal de Tavira assegurou 15 circuitos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

159

Figura 45. Transporte Escolar – Percursos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira (1.º Percurso – 5.º Percurso)

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Tavira

CorteDo Ouro

Vale daRosa

Besteiros

Azinhaldos Mouros

Corte JoãoMarques

Bias DoNorte

Caliços

Machados

São Joãoda Venda

Monte DoArgil

ArrizadaCorteSerrano

Mealha

Barroso

Pão Duro

Currais

Vale DoJoão Farto

Vale deOdre

Amoreira

Grainho

PassaFrio

Garcia

CasasBaixas

FonteCorcho

ParisesCabeçaDo Velho

Feiteira

AlportelCerro deAlportel

GralheiraFonte Do

Touro

Calçada

Farrobo CampinaAlmargens

Mealhas

MesquitaAlta Bengado

PedragosaVilarinhos

Corotelo

SãoRomão

BarrancoVelho

MontesNovos

Figueirinha

Cortelha

Amendoeira

CorteGarcia

Cascalho

Brancanes QuatrimDo Sul

BiasDo Sul

BeloRomão

MonteAgudo

Poco Do Vale

EiraPelada

AmaroGonçalves

Malhão

CurralBoeiros

SãoMarcos

Eira daPalma

Carricos

SantaRita

Estorninhos

CorteGago

Corujos

Nora

Cortelha

MagoitoAltaMora

Carrapateira

Monte DoCerro

FortimTraviscosa Cabaços

Preguiça

Casas

Bentos

Fernandilho

AlcariasTaipasCerro

AlcariaQueimada

PreguiçasMalfrade

Zambujal

Várzea

CortePequena

Soudes

Palmeira

Montinho

Vale DoPereiro

CorteNovaFurnazinhas

Corte deSão Tomé

Quebradas

ChoçaQueimada

PortelaAlta deBaixo

AlcariasGrandes

Ameixial

SantaCatarina da

Fonte Do Bispo

Moncarapacho

Estói

Conceição

SantaBárbarade Nexe

Cachopo

SãoBrás de Alportel

Pechão Fuseta

CacelaVelha

SantoEstêvão

SantaLuzia

Conceição

Vaqueiros

Porto daPeralva

Tafe

Borracheira

Alcariado Cume

Mercador

Cerro daPortelada Bica

Cerrodo Ouro

Cerrodo Gato

Medronheira

Cerro dasFoias

Portela

Azinhosa

Cerro dasSerralhas

FazendaGrande

CasasNovas

Corte deBesteiros

CasaQueimada

Belichede Cima

Umbrias deCamacho

Bodega

PalmeirasQueimadas

Calvário

Palmeira

Pé doGato

Malhadado Judeu

CerroAlto

Amendoeira

CasasAltas

Umbria

Valverde

SantaMargarida

Flandres

Champana

Pereira

Ebros

Vale deRosados

Solteiras

MontalegreCativa

Valongo

7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

(iNorte

5º Percurso

4º Percurso

3º Percurso

2º Percurso

1º Percurso

0 5km

Fonte: Elaboração própria, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

160

Figura 46. Transporte Escolar – Percursos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira (6.º Percurso – 10.º Percurso)

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Tavira

CorteDo Ouro

Vale daRosa

Besteiros

Azinhaldos Mouros

Corte JoãoMarques

Bias DoNorte

Caliços

Machados

São Joãoda Venda

Monte DoArgil

ArrizadaCorteSerrano

Mealha

Barroso

Pão Duro

Currais

Vale DoJoão Farto

Vale deOdre

Amoreira

Grainho

PassaFrio

Garcia

CasasBaixas

FonteCorcho

ParisesCabeçaDo Velho

Feiteira

AlportelCerro deAlportel

GralheiraFonte Do

Touro

Calçada

Farrobo CampinaAlmargens

Mealhas

MesquitaAlta Bengado

PedragosaVilarinhos

Corotelo

SãoRomão

BarrancoVelho

MontesNovos

Figueirinha

Cortelha

Amendoeira

CorteGarcia

Cascalho

Brancanes QuatrimDo Sul

BiasDo Sul

BeloRomão

MonteAgudo

Poco DoVale

EiraPelada

AmaroGonçalves

Malhão

CurralBoeiros

SãoMarcos

Eira daPalma

Carricos

SantaRita

Estorninhos

CorteGago

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Cortelha

MagoitoAltaMora

Carrapateira

Monte DoCerro

FortimTraviscosa Cabaços

Preguiça

Casas

Bentos

Fernandilho

AlcariasTaipasCerro

AlcariaQueimada

PreguiçasMalfrade

Zambujal

Várzea

CortePequena

Soudes

Palmeira

Montinho

Vale DoPereiro

CorteNovaFurnazinhas

Corte deSão Tomé

Quebradas

ChoçaQueimada

PortelaAlta deBaixo

AlcariasGrandes

Ameixial

Santa Catarinada FonteDo Bispo

Moncarapacho

Estói

Conceição

SantaBárbarade Nexe

Cachopo

SãoBrás de Alportel

Pechão Fuseta

CacelaVelha

SantoEstêvão

SantaLuzia

Conceição

Vaqueiros

Porto daPeralva

Tafe

Borracheira

Alcariado Cume

Mercador

Cerro daPortelada Bica

Cerrodo Ouro

Cerrodo Gato

Medronheira

Cerro dasFoias

Portela

Azinhosa

Cerro dasSerralhas

FazendaGrande

CasasNovas

Corte deBesteiros

CasaQueimada

Belichede Cima

Umbrias deCamacho

Bodega

PalmeirasQueimadas

Calvário

Palmeira

Pé doGato

Malhadado Judeu

CerroAlto

Amendoeira

CasasAltas

Umbria

Valverde

SantaMargarida

Flandres

Champana

Pereira

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Vale de Rosados

Solteiras

Montalegre Cativa

Valongo

7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

(iNorte

10º Percurso

9º Percurso

8º Percurso

7º Percurso

6º Percurso

0 5km

Fonte: Elaboração própria, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

161

Figura 47. Transporte Escolar – Percursos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira (11.º Percurso – 15.º Percurso)

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Tavira

CorteDo Ouro

Vale daRosa

Besteiros

Azinhaldos Mouros

Corte JoãoMarques

Bias DoNorte

Caliços

Machados

São Joãoda Venda

Monte DoArgil

ArrizadaCorteSerrano

Mealha

Barroso

Pão Duro

Currais

Vale DoJoão Farto

Vale deOdre

Amoreira

Grainho

PassaFrio

Garcia

CasasBaixas

FonteCorcho

ParisesCabeçaDo Velho

Feiteira

AlportelCerro deAlportel

GralheiraFonte Do

Touro

Calçada

Farrobo CampinaAlmargens

Mealhas

MesquitaAlta Bengado

PedragosaVilarinhos

Corotelo

SãoRomão

BarrancoVelho

MontesNovos

Figueirinha

Cortelha

Amendoeira

CorteGarcia

Cascalho

Brancanes QuatrimDo Sul

BiasDo Sul

BeloRomão

MonteAgudo

Poco DoVale

EiraPelada

AmaroGonçalves

Malhão

CurralBoeiros

SãoMarcos

Eira daPalma

Carricos

SantaRita

Estorninhos

CorteGago

Corujos

Nora

Cortelha

MagoitoAltaMora

Carrapateira

Monte DoCerro

FortimTraviscosa Cabaços

Preguiça

Casas

Bentos

Fernandilho

AlcariasTaipasCerro

AlcariaQueimada

PreguiçasMalfrade

Zambujal

Várzea

CortePequena

Soudes

Palmeira

Montinho

Vale DoPereiro

CorteNovaFurnazinhas

Corte deSão Tomé

Quebradas

ChoçaQueimada

PortelaAlta deBaixo

AlcariasGrandes

Ameixial

Santa Catarinada FonteDo Bispo

Moncarapacho

Estói

Conceição

SantaBárbarade Nexe

Cachopo

SãoBrás de Alportel

Pechão Fuseta

CacelaVelha

SantoEstêvão

SantaLuzia

Conceição

Vaqueiros

Porto daPeralva Tafe

BorracheiraAlcaria

do Cume

Mercador

Cerro daPortelada Bica

Cerro doOuro

Cerrodo Gato

Medronheira

Cerro dasFoias

Portela

Azinhosa

Cerro dasSerralhas

FazendaGrande

CasasNovas

Corte deBesteiros

CasaQueimada

Belichede Cima

Umbrias deCamacho

Bodega

PalmeirasQueimadas

Calvário

Palmeira

Pé doGato

Malhadado Judeu

CerroAlto

Amendoeira

CasasAltas

Umbria

Valverde

SantaMargarida

Flandres

Champana

Pereira

Ebros

Vale deRosados

Solteiras

Montalegre Cativa

Valongo

7°40'W7°50'W

37°20'N

37°10'N

(iNorte

15º Percurso

14º Percurso

13º Percurso

12º Percurso

11º Percurso

0 5km

Fonte: Elaboração própria, 2007

Nos quadros seguintes apresentam-se os vários percursos e circuitos

assegurados pela Câmara Municipal de Tavira.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

162

Quadro 71. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 1

Hora Local de

Embarque Nº de

Alunos Escola

Caiana 1 Valongo 2

Carapeto 2 1º Circuito

7.00

h às

7.5

0h

Cativa 3

D. Paio e Secundária

Cumeada 1 Alvisquer 1

Alhos 2 Almargem 2

2º Circuito 7.

50h

às 8

.30h

Covas Gesso 1

D. Paio e Secundária

ENTR

AD

AS

3º Circuito (2ª e 4ª feira)

8.30

h às

9.

00h)

Esc. D. Paio _ alunos PIEF 5

Locais de estágio (EFT, Rádio Gilão, Espaço

Internet, …..)

3º Circuito

13.0

0h à

s 14

.00h

Regresso de alunos da escola D. Paio e escola Secundária

4º Circuito

14.4

5h

às

15.3

0h

Regresso de alunos da escola D. Paio e escola Secundária

5º Circuito

16.0

0h

às

17.3

0h

Regresso de alunos da escola D. Paio e escola Secundária

SAÍD

AS

6º Circuito

18.0

0h

às

19.0

0h

Regresso de alunos da escola Secundária

Km efectuados (aprox.): 150

Alunos Transportados: 21

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

163

Quadro 72. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 2

Hora Local de Embarque

Nº de Alunos Escola

Corte A. Martins (Cacela) 1

D. Paio Nora 1 D. Paio

Carrapateira 1 D. Paio Fazfato 1 Secundária

2 D. Paio Alfarrobeira 3 Secundária

2 D. Paio Bemparece 1 D. Paio Vale Ebros 1 Secundária

Casas Baixas 1 Secundária

Solteiras 3 Secundária

1º Circuito 7.

00h

às 8

.30h

1 D. Paio

Castelos 1 Valongo 1 Carapeto 1

Quinta de Cima 1

ENTR

AD

AS

2º Circuito

8.45

h às

9.4

5h

Caiana 1

Centro Infantil da Conceição

3º Circuito

13.0

0h à

s 14

.00h

Regresso de alunos da escola Secundária

4º Circuito

15.0

0h à

s 16

.00h

Regresso de alunos da escola Secundária e escola D. Paio

SAÍD

AS

5º Circuito

18.0

0h à

s 19

.00h

Regresso de alunos da escola Secundária

Km efectuados (aprox.): 150 Alunos Transportados: 18

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

164

Quadro 73. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 3

Hora Local de Embarque

Nº de Alunos Escola

Eirões 2 Secundária

3 D. Paio

1 EB1 Nº 2

Estorninhos 4 Secundária

5 D. Paio

Curral Boeiros 2 Secundária

2 D. Paio

Fonte Salgada 1 Secundária

1º Circuito

7.00

h às

8.3

0h

2 D. Paio

Monte Agudo

Estiramanténs

Butoque

Meia Arraia

Sinagoga/Baleeira

ENTR

AD

AS

2º Circuito

8.30

h às

9.3

0h

Sitio da Igreja

21 EB1 e C. Infantil S. Estêvão

3º Circuito

13.0

0h

às

14.3

0h

Regresso dos alunos da escola Secundária

4º Circuito

16.0

0h à

s 17

.00h

Regresso dos alunos da escola D. Paio

5º Circuito

17.0

0 às

18

.00 Regresso dos alunos da escola EB1 e C. Infantil

de S. Estêvão

SAÍD

AS

6º Circuito

18.0

0h

às

19.3

0h

Regresso de alunos da escola EB1 Nº 2 TVR, escola D. Paio e escola Secundária

Km efectuados (aprox.): 300

Alunos Transportados: 40

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

O percurso n.º 4 (Quadro 74), para além do transporte de alunos efectua

também o transporte quinzenal de idosos: de Alcaria do Cume às

Segundas-feiras e às Terças-feiras das localidades de Alcaria Fria,

Funchal, Malhada Judeu, Alcurvel, Malhada de Santa Maria, Casas Novas,

Corte das Noivas, Casas Altas.

Para além do transporte de alunos, o circuito n.º 4 assegura o transporte quinzenal de idosos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

165

Quadro 74. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 4

Hora Local de Embarque

Nº de Alunos Escola

Amendoeira 1 D. Manuel 1 D. Manuel

Carvalhal 1 Secundária

Casas Altas 1 Secundária Eira do Lobo 2 D. Manuel

1º Circuito

6.30

h às

8.0

0h

Morenos 2 D. Manuel

Brejo 2 Fundo 3

ENTR

AD

AS

2º Circuito 8.

00h

às

9.00

h Belmonte 1

EB1 Luz

3º Circuito

13.2

5h à

s 14

.00h

Regresso dos alunos da escola D. Manuel - 2ª feira os do 5º ano, à 6º feira os do 6º ano, à 4º

feira os do 5º e 6º anos

4º Circuito

16.3

0h à

s 17

.30 Regresso dos alunos da escola D. Manuel (à

3ª, 5ª e 6ª)

5º Circuito

17.3

0 às

18

.10h

Regresso de alunos da escola EB1 Luz

SAÍD

AS

6 º Circuito

18.1

5 às

19.

15 h

Regresso de alunos da escola Secundária e de alunos residentes em S. Catarina, evitando que esperem até às 19.00h pelo autocarro da

EVA

Km efectuados (aprox.): 300 Alunos Transportados: 14

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

No Quadro 75 é apresentado o percurso n.º 5 que também efectua o

transporte quinzenal de idosos: às Segundas-feiras de Carneiros e às

Terças-feiras de Alcaria Fria, Funchal, Malhada Judeu, Alcurvel, Malhada

de Santa Maria, Casas Novas, Corte das Noivas, Casas Altas, Ceroles.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

166

Quadro 75. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 5

Hora Local de Embarque Nº de Alunos Escola

Malhada do Nobre 1 Secundária

Porto Carvalhoso 3 Secundária

Bengado 1 Secundária

Espartosa 1

1º Circuito

6.50

h às

7.2

0h

Carrasqueira 2 D. Manuel

Boavista 1 D. Manuel

Eiras Altas 1 D. Manuel

Várzeas Vinagre 2 D. Manuel 2º Circuito

7.30

h às

8.0

0h

Corte Peso 2

4 Estradas 2

Várzeas Vinagre 1

Fonte do Bispo 1

ENTR

AD

AS

3º Circuito

8.30

h às

9.0

0h

Malhada do Nobre 1

EB1 S. Catarina

4º Circuito

13.2

5h à

s 14

.00h

Regresso dos alunos da escola D. Manuel - 2ª feira os do 5º ano, à 6º feira os do 6º ano, à 4º feira os do 5º e 6º anos

5ª Circuito

16.0

0h

às

17.0

0h

Regresso de alunos da escola D. Manuel e Secundária

6º Circuito

17.0

0h à

s 18

.00h

Regresso de alunos da escola EB1 S. Catarina SAÍD

AS

7º Circuito

18.1

5h à

s 19

.00h

Regresso de alunos da escola D. Manuel (residentes em S. Catarina para não esperarem pelo autocarro EVA às

19.00h) e Secundária

Km efectuados (aprox.): 300

Alunos Transportados: 19

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Também o percurso n.º 6 (Quadro 76) realiza o transporte quinzenal de

idosos: às Segundas-feiras de Garrobo e às Terças-feiras Alcaria Fria,

Funchal, Malhada Judeu, Alcurvel, Malhada de Santa Maria, Casas Novas,

Corte das Noivas, Casas Altas.

O circuito n.º 6 realiza o transporte quinzenal de idosos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

167

Quadro 76. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 6

Hora Local de Embarque Nº de Alunos Escola

Fojo 1 Secundária

Poço do Álamo - S.Margarida 5 D. Manuel 1º Circuito

7.20

h às

7.4

5h

Asseca 1 D. Manuel

2º Circuito

7.45

h às

8.

00h

S. Margarida 4 D. Manuel

Alto/Bernardinheiro 7 3º Percurso

8.00

h às

8.

30h

Almiranta 2

Secundária e D. Manuel

Rua Montalvão 1

Avª. Dr. Mateus Teixeira de Azevedo 1

Atalaia 1

Poço do Álamo 1 EB1 Luz

Bernardinheiro 1

ENTR

AD

AS

4º Circuito

8.30

h às

9.30

h

Campina da Luz 2

5º Circuito

12.3

0h

às

13.1

5h

Campina da Luz 2 Secundária

6º Circuito

13.1

5h

às

14.0

0h

Regresso de alunos da escola EB1 Nº 1, D. Manuel e escola Secundária

7º Percurso

16.1

5h

às

17.1

5h

Regresso de alunos da escola D. Manuel I

8º Circuito

17.3

0h

às

18.1

5h

Regresso dos alunos da escola EB1 Luz

SAÍD

AS

8º e 9º Circuitos

18.1

5h

às

18.4

5h

Regresso de alunos da Secundária e das escolas EB1 Nº1 e Nº 2

Km efectuados (aprox.): 150

Alunos Transportados: 29

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

168

Quadro 77. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 7

Hora Local de Embarque

Nº de Alunos Escola

1 Secundária Picota/Vale Junco

2 D. Paio 1 Secundária

1º Circuito

7.25

h às

7.

50h

Barranco da Nora 4 D. Manuel

Asseca 3 D. Paio 3 Secundária 1 D. Paio 2º Circuito

7.50

h às

8.1

5h

Vale Formoso 1 EB1 Nº 2

Tavira

Carapeto/Cativa 4

S. Rita 1 3º Circuito

8.15

h às

9.

30h

Quinta da Ria 1 EB1

Conceição

Asseca 1

ENTR

AD

AS

4º Circuito

12.4

0h à

s 13

.00h

Vale Formoso 1

EB1 Nº 2 Tavira

4º Circuito

13.0

0h

às

13.3

0h

Regresso de alunos da escola EB1 Nº 2 e Secundária

6º Circuito

16.3

0h à

s 17

.30h

Regresso de alunos da escola. D. Paio e D. Manuel

SAÍD

AS

8º Circuito

17.3

0h à

s 18

.30h

Regresso de alunos da escola EB1Conceição

Km efectuados (aprox.): 130 Alunos Transportados: 24

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

169

Quadro 78. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 8

Hora Local de Embarque Nº de Alunos Escola

8 EB1 Nº 2 Tavira

11 D. Paio 3 D. Manuel

Quinta das Salinas

3 Secundária

5 EB1 Nº 2 Tavira

4 D. Paio

1 D. Manuel

1º Circuito

7.40

h às

8.1

0h

Mato S. Espírito

5 Secundária

2º Circuito

8.15

h às

8.

30h Atalaia (junto à

P.S.P.) 8 D. Paio

3º Circuito (2ª e 5ª feira)

8.45

h às

9.1

5h

Quinta das Salinas e Mato S. Espírito 4 EB1 Nº 2

Tavira

4º Circuito (6ª feira)

9.30

h às

10

.00h

Quinta das Salinas e Mato S. Espírito 4 EB1 Nº 2

Tavira

Quinta das Salinas 2

ENTR

AD

AS

3º Circuito

12.4

5h à

s 13

.00h

Mato S. Espírito 1

EB1 Nº 2 Tavira

4º Circuito

13.0

0h

às

13.2

0h

Regresso de alunos da escola EB1 Nº2 Tavira

6º Circuito

16.3

0h à

s 17

.00h

Regresso de alunos da escola. D. Paio

SAÍD

AS

8º Circuito

18.0

0h à

s 18

.30h

Regresso de alunos da escola EB1 Nº 2 e escola Secundária

Km efectuados (aprox.): 60

Alunos Transportados: 59

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

170

Quadro 79. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 9

Hora Local de Embarque

Nº de Alunos Escola

1 D.Manuel Campeiros

1 Berberia 2 Caseta 1

Castelos 4

1º Circuito

7.00

h às

8.1

5h

Malhada do Peres 2

D. Paio

Alfarrobeira 2

Várzea 2 Fazfato 2

Carrapateira 1 Nora 1

EB1 Corte A. Martins

ENTR

AD

AS

2º e 3º Circuitos

8.30

h às

9.0

0h

Corte A. Martins 3

4º Circuito

13.0

0h à

s 14

.30h

Regresso dos alunos da D. Paio, à Quarta e Sexta-feira

5º Circuito

16.3

0h à

s 17

.30h

ou

17.

30h/

18.3

0h

Regresso dos alunos da D. Paio e D. Manuel

6º Circuito

16.3

0h à

s 17

.30h

ou

17.3

0h/1

8.30

h

Regresso dos alunos da EB1 Corte António Martins

SAÍD

AS

7º Circuito

18.3

0h à

s 19

.30h

Regresso de aluno da D. Paio (2ª, 3ª e 5 feiras)

Km efectuados (aprox.): 200

Alunos Transportados: 22

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

171

Quadro 80. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 10

Hora Local de Embarque Nº de Alunos Escola

Beliche 1 D. Manuel Umbrias de Camacho 1 EB1 Nº 2 Tavira

Umbrias de Camacho 1 F.Irene Rolo

Vale Covo 1 D. Paio

Corte Besteiros 1 Secundária

1º Circuito

6.45

h às

7.5

0h

Fonte Salgada 1 EB 1 Nº 2 Tavira

Malhada do Peres 1

Daroeira 1

Eirões 1

Estorninhos 2

EB1 Conceição

ENTR

AD

AS

2º Circuito

8.15

h às

9.3

0h

Castelos 2

3º Circuito

13.0

0h à

s 13

.45h

Regresso de aluno da EB1 Nº 2 de Tavira (para Umbria de Camacho)

4º Circuito

16.0

0 h

às

17.3

0h

Regresso de alunos da Esc. D. Paio e D. Manuel

5º Circuito

17.4

5h à

s 18

.30h

Regresso de alunos da EB1 da Conceição

SAÍD

AS

6º Circuito

18.3

0h à

s 19

.30h

Regresso da Esc. Secundária e F. Irene Rolo

Km efectuados (aprox.): 200

Alunos Transportados: 13

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

172

Quadro 81. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 11

Hora Local de Embarque Nº de Alunos Escola

1 Secundária Brejo

5 D. Manuel 6 Secundária

Meia Arraia 2 D. Manuel

Camuinho Meio 5 5 Secundária

Campina Luz 5 D. Manuel 5 Secundária

1º Circuito

7.00

h às

8.2

0h

Bernardinheiro 1 D. Manuel

2º Circuito

8.45

h às

9.

15h Rua Dr. Silvestre

Falcão (junto ao Tribunal)

15 EB1 S. Luzia 1 e 2

ENTR

AD

AS

3º Circuito

9.15

h às

10

.30 Este percurso é idêntico ao 1º, é realizado para

transporte dos alunos que entram a partir das 9.30, evitando assim o excesso de lotação

4º Circuito

13.1

5h à

s 14

.300

h

Regresso de alunos da Esc. D. Manuel e Secundária

5º Circuito

15.0

0h à

s 15

.30h

Regresso de alunos da EB1 S. Luzia 1 e 2

6º Circuito

16.4

5h à

s 17

.15h

Regresso de alunos da EB1 S. Luzia 1 e 2

7º Circuito

17.1

5h à

s 18

.00h

Regresso de alunos da D. Manuel I e Secundária

SAÍD

AS

6º e 7º Circuitos

18.0

0h à

s 19

.00h

Regresso de alunos da Esc. Secundária e dos alunos de S. Estêvão, evitando que esperem até às 19.00h,

pelo autocarro da EVA

Km efectuados (aprox.): 200

Alunos Transportados: 44

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

173

Quadro 82. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 12

Hora Local de Embarque Nº de Alunos Escola

1 Secundária Grainho

1 D. Manuel

Azinhosa 1 D. Manuel

Portela 1 Esc. Martinlongo

1 Secundária

1º Circuito

6.15

h às

7.0

0h

Relvais 2 D. Manuel

Com excepção do aluno para a Esc. Martinlongo que segue para Cachopo, todos ficam no Monte da Ribeira para apanhar o autocarro da EVA

1 C. Infantil Grainho

1 EB1 Cachopo

ENTR

AD

AS

2º Circuito

7.50

h às

8.

30h

Azinhosa 1 EB1 Cachopo

3º Circuito

13.0

0h

às

14.3

0h

Regresso de alunos da D. Manuel e Secundária (às 4ª e 6ª feiras)

4º Circuito

17.0

0h à

s 18

.00h

Regresso de alunos da EB1 Cachopo

SAÍD

AS

4º Circuito

19.0

0h à

s 20

.00h

Regresso de alunos da D. Manuel e Secundária

Km efectuados (aprox.): 350

Alunos Transportados: 10 Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

174

Quadro 83. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 13

Hora Local de Embarque Nº de Alunos Escola

1 Secundária Currais

2 D. Manuel

Fonte Corcho 2 Secundária

6.10

h às

7.0

0h

Vale João Farto 1 Secundária 1º Circuito

Apanham o autocarro da EVA

em Cachopo

Feiteira 1

7.10

h às

7.

50h

Currais 1 Esc. Martinlongo

2º Circuito

Apanham a viatura da CM Alcoutim em Cachopo

Currais 2

ENTR

AD

AS

3º Circuito

8.00

h às

9.0

0h

Vale João Farto 2 EB 1 Cachopo

4º Circuito

17.0

0h à

s 18

.00h

Regresso de alunos da EB1 Cachopo

SAÍD

AS

4º Circuito

19.0

0h à

s 20

.00h

Regresso de alunos da D. Manuel e Secundária

Km efectuados (aprox.): 400

Alunos Transportados: 12 Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

175

Quadro 84. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 14

Hora Local de Embarque Nº de Alunos Escola

Garrobo 1 Secundária 1 D. Manuel

Alcaria Cume 1 Secundária

1º Circuito

6.10

h às

7.2

0h

Apanham o autocarro da EVA

na Portela da Corcha

Feiteira 1 7.

10h

às

7.50

h Currais 1

Esc. Martinlongo

ENTR

AD

AS

2º Circuito

Apanham a viatura da CM Alcoutim em Cachopo

3º Circuito

13.0

0h à

s 14

.30h

Regresso de alunos da D. Manuel e Secundária (às 4ª e 6ª feiras)

4º Circuito

17.0

0h à

s 18

.00h

Regresso de alunos da EB1 Cachopo

SAÍD

AS

4º Circuito

18.3

0h à

s 19

.30h

Regresso de alunos da D. Manuel e Secundária

Km efectuados (aprox.): 400

Alunos Transportados: 5 Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

176

Quadro 85. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 15

Hora Local de Embarque

Nº de Alunos Escola

1 Secundária Carne Serva

1 D. Manuel Eira Chã 2 D. Manuel

1 Secundária Tafe

2 D. Manuel 1º Circuito

6.45

h às

7.2

0h

Apanham o autocarro da

EVA na Portela da Corcha

Fornalha 2

1 EB1 Nº 2

Palheirinhos 1 Secundária

Soalheira 2 D. Paio 1 Secundária

Vale Murta 2 D. Manuel

ENTR

AD

AS

2º Circuito (excede 2 alunos)

7.40

h às

8.1

5h

Vale Serva 1 Secundária

3º Circuito

13.0

0h à

s 14

.30h

Regresso de alunos da Secundária

4º Circuito

15.3

0h à

s 16

.30h

Regresso de alunos da Esc. D. Paio e D. Manuel

SAÍD

AS

5º Circuito

17.3

0h à

s 18

.30h

Regresso de alunos da Secundária e EB1 Nº 2

Km efectuados (aprox.): 350

Alunos Transportados: 18 Fonte: Câmara Municipal de Tavira

Conforme definido no Decreto-Lei n.º 299/84, que atribui a competência,

organização, financiamento e controle do funcionamento dos transportes

escolares aos municípios, a Câmara Municipal de Tavira comparticipa os

transportes escolares aos alunos do ensino básico e secundário (oficial,

particular ou cooperativo) que residem a mais de 3 ou 4 km dos

estabelecimentos de ensino ou a alunos fora da área da sua residência. Os

alunos que frequentem a escolaridade obrigatória, ou seja, que ainda não

tenham atingido os 15 anos de idade, têm direito a transporte gratuito,

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

177

sendo que a partir de então o transporte é comparticipado em 50% pelo

município.

A Portaria 181/86, de 6 de Maio, estabelece que os alunos do ensino

secundário têm uma comparticipação de 50% do valor total do passe social,

com base no critério da distância casa/escola.

7.1.5.3. TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS

Em termos de transporte ferroviário, o concelho de Tavira é servido pela CP

– Caminhos-de-Ferro Portugueses, EP, sendo disponibilizado apenas o

serviço Regional no concelho de Tavira.

Regional (R) – o serviço regional é oferecido ao longo de toda a

Linha do Algarve.

Ainda assim, o serviço prestado possibilita a utilização de outros tipos de

serviço, ainda que com necessidade de transbordo:

Alfa-Pendular (AP) – serviço disponibilizado na Linha do Sul e

Linha do Algarve até Faro;

Inter-cidades (IC) – à semelhança do anterior, este serviço é

disponibilizado na Linha do Sul e na Linha do Algarve até Faro.

A ligação a Lisboa, a partir de Tavira é assegurada por 6 serviços, todos

eles necessitando de transbordo em Faro. É possível chegar a Lisboa

através de duas combinações: Serviço Regional (R) na Linha do Algarve

até Faro, ligando com um dos dois serviços Alfa-Pendular (AP) diários ou

com o Serviço Inter-Cidades (IC).

Como se pode observar no Quadro 86, a combinação R/AP efectua a

viagem em menos tempo, (entre 3h43m e 4h15m), devido ao facto de

efectuar menos paragens ao longo do seu percurso e de o material

O concelho de Tavira é servido pela CP – Serviço Regional.

O serviço prestado possibilita a utilização de outros tipos de serviço através da realização de transbordo.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

178

circulante (Alfa-Pendular) permitir uma maior velocidade de circulação. O

preço da viagem varia entre os 21,75€ e os 28,25€ consoante a classe.

Quadro 86. Serviço ferroviário Tavira – Lisboa.

Serviço PartidaTavira

Chegada Lisboa - Entrecampos Duração

R/AP 9h13m 9h56m 3h43m

R/IC 7h46m 12h56m 5h09m

R/IC 12h13m 16h56m 4h43m

R/AP 13h40m 17h56m 4h15m

R/IC 16h13m 20h56m 4h43m

R/IC 18h13m 22h56m 4h43m

Fonte: CP, 2007

A análise dos Quadros 87 e 88, permite verificar que a combinação R/IC,

apresentando maior frequência que a combinação R/AP, é

substancialmente mais lenta (entre 4h43m e 5h09m), sendo o preço

ligeiramente inferior (entre os € 20,25 e os € 25,75).

Quadro 87. Tempo de deslocação entre paragens no percurso Tavira – Lisboa: combinação Regional / Alfa – Pendular

Tavira Luz Fuseta- A Olhão BomJoão Faro Loulé Albufeira Tunes Pinhal

Novo Lisboa

Tavira 6m 15m 24m 31m 35m 53m

1h05m

1h13m 3h10m 3h43m

Luz 6m 9m 18m 25m 29m 47m

59m

1h07m 3h03m 3h37m

Fuseta – A 15m 9m 9m 16m 20m 38m

50m

58m 2h55m 3h28m

Olhão 24m 18m 9m 7m 11m 29m

41m

49m 2h46m 3h19m

Bom João 31m 25m 16m 7m 4m 22m

34m

49m 2h39m 3h12m

Faro 35m 29m 20m 11m 4m 18m

30m

38m 2h35m 3h08m

Loulé 53m 47m 38m 29m 22m 18m 12m 20m 2h17m 2h50m

Albufeira 1h05m 59m 50m 41m 34m 30m 12m 8m 2h05m 2h38m

Tunes 1h13m 1h07m 58m 49m 42m 38m 20m 8m 1h57m 2h30m

Pinhal Novo 3h10m 3h03m 2h55m 2h46m 2h39m 2h35m 2h17m 2h05m 1h57m 43m

Lisboa 3h43m 3h37m 3h28m 3h19m 3h12m 3h08m 2h50m 2h38m 2h30m 43m

Fonte: CP, 2007 (tratamento próprio)

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

180

Com origem em Lisboa, existem 5 ligações diárias que, com recurso a

transbordo em Faro, asseguram a ligação ao município de Tavira.

Tal como no percurso inverso, é possível efectuar a viagem Lisboa-Tavira,

através de duas combinações: utilizando um dos dois serviços Alfa-

Pendular (AP) diários até Faro ou através do serviço Inter-Cidades (IC),

combinado depois com o serviço Regional (R) Faro – Tavira.

Através da análise do Quadro 89, verifica-se que a combinação R/AP é a

que efectua a viagem de menor duração (4h02m e 4h16m) pelas razões

anteriormente explicitadas.

Quadro 89. Serviço ferroviário Lisboa – Tavira

Serviço PartidaLisboa - Entrecampos

Chegada Tavira Duração

AP/R 8h51m 13h07m 4h16m

IC/R 10h30m 15h04m 4h34m

IC/R 13h30m 18h08m 4h37m

IC/R 17h30m 22h08m 4h37m

AP/R 18h51m 22h53m 4h02m

Fonte: CP, 2007

Os Quadros 89 e 90, permitem também verificar que a combinação R/IC é

substancialmente mais lenta, sendo o preço ligeiramente inferior ao da

combinação R/AP (variando os preços entre os € 20,25 e os € 25,75,

consoante a classe). Embora este serviço apresente maior frequência, o

tempo de duração da viagem é superior (entre 4h34m e 4h37m).

É possível efectuar a viagem Lisboa-Tavira através de duas combinações.

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

182

Quanto ao serviço Regional, o concelho de Tavira é servido por 16 ligações

com origem em Faro e destino final em Vila Real de Santo António (Quadro

91). Para além da estação de Tavira esta ligação regional serve, no

concelho de Tavira, os apeadeiros de Livramento, Luz, Porta Nova e

Conceição. O tempo de deslocação Faro-Tavira varia entre os 37 minutos e

os 46 minutos.

Quadro 91. Serviços Regional Faro – Tavira

Serviço PartidaFaro

Chegada Tavira Duração

R 7h34 8h15 0h41 R 7h58 8h41 0h43 R 9h25 10h08 0h43 R 10h25 11h08 0h43 R 11h30 12h12 0h42 R 12h25 13h07 0h42 R 13h23 14h09 0h46 R 14h27 15h04 0h37 R 15h25 16h08 0h43 R 16h25 17h08 0h43 R 17h30 18h08 0h38 R 18h25 19h08 0h43 R 19h25 20h08 0h43 R 21h25 22h08 0h43 R 22h15 22h53 0h38 R 23h25 00h03 0h38

Fonte: CP, 2007

No percurso de Vila Real de Santo António-Faro, com paragem em Tavira,

existem 15 ligações diárias (Quadro 92). No período da manhã, entre as

7h46 e as 9h13, verifica-se a ausência de ligações, assim como, no período

da tarde entre as 19h13m e as 21h13m.

O concelho de Tavira é servido por 16 ligações de Serviço Regional Faro-Vila Real de Santo António.

No percurso Vila Real de Santo António-Faro existem 15 ligações diárias com paragem em Tavira.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

183

Quadro 92. Serviço Regional Tavira – Faro

Serviço PartidaTavira

Chegada Faro Duração

R 6h13m 6h48m 35m R 6h48m 7h24m 36m R 7h46m 8h24m 37m R 9h13m 9h51m 38m R 10h13m 10h51m 38m R 11h19m 11h55m 36m R 12h13m 12h52m 39m R 13h12m 13h48m 36m R 13h40m 14h18m 37m R 15h13m 15h51m 38m R 16h13m 16h51m 38m R 17h11m 17h52m 41m R 18h13m 18h51m 38m R 19h13m 19h51m 38m R 21h13m 21h51m 38m

Fonte: CP, 2007

Através da análise do Quadro 93, relativo aos tempos de deslocação,

verifica-se que o tempo de deslocação máximo entre estações/apeadeiros

do concelho é de 19 minutos (Livramento -Conceição).

Quadro 93. Tempo de Deslocação entre estações de referência no Serviço Regional

Faro Olhão Livramento Luz Tavira PortaNova Conceição

V.R.Stº.Ant.

Faro 9m 30m 35m 42m 45m 49m 1h11m Olhão 9m 19m 24m 31m 34m 38m 1h

Livramento 30m 19m 5m 12m 15m 19m 41m Luz 35m 24m 5m 7m 10m 14m 36m

Tavira 42m 31m 12m 7m 3m 7m 29m Porta Nova 45m 34m 15m 10m 3m 4m 26m Conceição 49m 38m 19m 14m 7m 4m 22m

V.R. Stº.Ant. 1h11m 1h 41m 36m 29m 26m 22m Fonte: CP, 2007

Nas deslocações inter-concelhias as ligações aos concelhos de Olhão e

Vila Real de Santo António têm a duração de 31 minutos e 29 minutos,

respectivamente. Relativamente a Faro, onde se efectuam os transbordos

O tempo máximo de deslocação entre estações/apeadeiros é de 19 minutos.

As ligações a Olhão e Vila Real de Santo António têm a duração de 31 e 29 minutos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

184

para os comboios Alfa-Pendulares e Inter-Cidades com destino a Lisboa, a

duração da viagem é de 42 minutos.

Quanto ao custo das viagens (Quadro 94), verifica-se que todas as

deslocações intra-concelhias têm um custo de € 1,00 enquanto que, para

os municípios da primeira coroa a viagem tem um custo de € 1,55 e para

Faro de € 2,25.

Quadro 94. Custo da viagem entre estações de referência no Serviço Regional

Percurso Preço

Tavira – Livramento € 1,00

Tavira – Luz € 1,00

Tavira – Porta Nova € 1,00

Tavira – Conceição € 1,00

Tavira – Faro € 2,25

Tavira – Olhão € 1,55

Tavira – V. R. Stº. António € 1,55

Fonte: CP, 2007

A estação de Tavira é a paragem que regista maior volume de passageiros

do concelho (Quadro 95). Quanto aos apeadeiros, Luz e Conceição

apresentam o maior número de passageiros.

Quadro 95. Número de passageiros por Estação/Apeadeiro (2005).

Estação/Apeadeiros Origem Destino Total

Conceição 24.297 25.872 50.169

Porta Nova 11.339 9.200 20.539

Tavira 161.878 160.443 322.321

Luz 24.315 26.110 50.425

Livramento 13.416 12.951 26.367

Total 235.245 234.576 469.821

Fonte: CP, 2007

A estação de Tavira regista o maior volume de passageiros do concelho.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

185

7.1.5.4. SERVIÇO DE TÁXIS

Num concelho com 24.997 habitantes, concentrados sobretudo no sector

litorial, nomeadamente no aglomerado urbano de Tavira (10.434

habitantes), com forte capacidade de geração e atracção de deslocações,

em oposição a um sector interior, pautado pela concentração da população

em aglomerados de pequena dimensão e pela sua dispersão territorial, o

serviço de táxis pode assumir um papel de relevo na melhoria da

mobilidade da população residente nas zonas de baixa densidade (por

parte daqueles que não recorrem ao transporte individual), não se

descurando a sua relevância nas ligações inter e intra-urbanas.

Com efeito, o contingente de táxis do concelho de Tavira é constituído por

25 viaturas (as licenças são atribuídas a nível concelhio, não sendo

possível determinar a distribuição do contigente por freguesia). No cômputo

do concelho de Tavira, este contigente perfaz um rácio de 999,9 habitantes

por táxi.

7.1.5.5. TRANSPORTE FLUVIAL

O concelho de Tavira possui três infra-estruturas de acostagem (cais) que

servem o transporte fluvial de passageiros, a Sul da Cidade de Tavira

(Quatro Águas), na freguesia de Cabanas de Tavira e na freguesia de

Santa Luzia, tratando-se de pequenas infra-estruturas de apoio, sobretudo,

à actividade piscatória.

Quanto à oferta de transporte fluvial, os serviços são prestados pelas

empresas Belarmino Viegas & Jacinto Madeira Lda. e Safari Boat (havendo

também oferta informal que assegura várias ligações no município de

Tavira), o qual é efectuado em embarcações com diferentes capacidade de

transporte de passageiros. Os serviços prestados por estas empresas

destinam-se, sobretudo, a turistas e visitantes, havendo diversas

actividades lúdicas a bordo. Os serviços têm como principais destinos a Ilha

de Tavira e Ilha de Cabanas, cujas praias são muito procuradas durante o

período estival.

Para além destes serviços, também a unidade hoteleira Vila Galé Albacora

disponibiliza transporte fluvial, exclusivo para os seus clientes, assegurando

a ligação à Ilha de Tavira.

O concelho de Tavira possui três infra-estruturas de acostagem que servem o transporte fluvial de passageiros.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

186

Figura 48. Serviços fluviais de transporte de passageiros

TaviraRio G ilão

OperadorBelemino Viegas & Jacinto Madeira Lda

Oferta Informal

Safari Boat

Vila Galé

NorteNorte

0 10.5 Km

37,8 N

37,6 N

7,38 W 7

,36 W

TaviraRio G ilão

OperadorBelemino Viegas & Jacinto Madeira Lda

Oferta Informal

Safari Boat

Vila Galé

NorteNorte

0 10.5 Km

37,8 N37,8 N

37,6 N37,6 N

7,38 W7

,38 W 7

,36 W7,36 W

Fonte: Elaboração própria, 2007

Os serviços com destino à Ilha de Tavira efectuam-se, sobretudo, a partir

do cais de Quatro Águas, embora sejam também disponibilizados serviços

a partir de Santa Luzia.

A ligação directa entre o cais de Quatro Águas e a Ilha de Tavira é

efectuada, mediante concessão, pela empresa Belarmino Viegas & Jacinto

Madeira Lda. No período de 1 de Julho a 15 de Setembro, esta ligação é

assegurada ininterruptamente entre as 8 horas e as 24 horas. No período

de Inverno, as ligações são efectuadas entre as 9 e as 17 horas. No

período de maior procura, a ligação é efectuada por um barco com

capacidade para 130 pessoas, enquanto que no Inverno (período de menor

procura), o serviço é assegurado por uma embarcação com capacidade

para 46 passageiros.

A Safari Boat efectua viagens a partir de Santa Luzia, realizando um

percurso com paragens em Terra Estreita, Quatro Águas, Rio Gilão, Tavira

e Cabanas (Quadro 96 e Figura 48).

Os serviços com destino à Ilha de Tavira efectuam-se a partir de Quatro Águas e Santa Luzia.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

187

Quadro 96. Serviço fluvial prestado pela Safari Boat

Cais Partidas

Santa Luzia 8h00m 9h30m 11h00m 12h30m 14h00m 15h30m

Terra Estreita 8h15m 9h45m 11h15m 12h45m 14h15m 15h45m

Quatro águas 8h30m 10h00m 11h30m 13h00m 14h30m 16h00m

Rio Gilão 8h45m 10h15m 11h45m 13h15m 14h45m 16h15m

Tavira 9h00m 10h30m 12h00m 13h30m 15h00m 16h30m

Cabanas 9h15 10h45m 12h15m 13h45m 15h15m 16h45m

Fonte: Safari Boat, 2007

No que se refere ao número de passageiros, nas ligações Tavira/Ilha de

Tavira/Tavira e Quatro Águas/Tavira/Quatro Águas foram transportados

456.676 passageiros no ano de 2005, sendo que no período Janeiro –

Setembro do ano seguinte este número subiu para os 532.166 passageiros.

Acresce que ambas as empresas, assim como algumas pequenas

embarcações particulares, efectuam transportes particulares e realizam

percursos turísticos, desde que a reserva seja efectuada com

antecedência.

A Câmara Municipal de Tavira apenas garante o transporte diário dos

resíduos sólidos produzidos na Ilha de Tavira, assim como o transporte de

mercadorias, em duas embarcações pertencentes à autarquia.

7.1.5.6. OUTROS SERVIÇOS

Para além dos serviços anteriormente caracterizados, existe também um

pequeno trajecto efectuado por um comboio turístico (Imagem 11),

concessionado à empresa responsável pelo aldeamento turístico Pedras

D´El Rei, donde parte o comboio tendo como destino a praia do Barril.

Apresenta-se como um serviço alternativo ao percurso pedonal de acesso a

esta praia, pois sendo esta uma área de sapal, em pleno Parque Natural da

Ria Formosa, apenas é permitido o acesso à praia a pé ou através deste

comboio. O tempo de viagem é de aproximadamente 6 minutos.

Em 2005 foram transportados 532.166 passageiros nas ligações Tavira/Ilha de Tavira/Tavira e Quatro Águas/Ilha/Quatro Aguas.

A Câmara Municipal garante o transporte diário dos resíduos sólidos produzidos na Ilha de Tavira.

A ligação à Praia do Barril é assegurada por um comboio turístico.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

188

Imagem 11. Comboio turístico Pedras D’El Rei-Praia

do Barril

Imagem 12. Comboio rodoviário turístico

De acordo com os dados disponibilizados pela autarquia, no ano de 2005

foram transportados 300.000 passageiros pelo comboio turístico.

Na Cidade de Tavira é ainda disponibilizado um serviço de transporte –

comboio rodoviário turístico (Imagem 12) – vocacionado para turistas e

visitantes, tratando-se de um serviço que opera mediante um contrato de

concessão e exploração.

O circuito efectuado por este serviço (Figura 49)

passa pelos principais pontos de interesse turístico

da Cidade de Tavira (nomeadamente a Ponte

Romana, o Castelo e o Centro Histórico), sendo o

preço por viagem de € 4,00.

Quanto aos horários de funcionamento, no período

estival (Junho-Setembro) o serviço é assegurado

entre as 10h00 e as 24h00, enquanto que nos

restantes meses do ano o comboio rodoviário

turístico opera entre as 9h00 e as 18h00 (não se

efectuando entre as 14h00 e as 15h00).

Foto: João Caetano Dias (http://galerias.escritacomluz.com)

No ano de 2005, o comboio turístico transportou 300.000 passageiros.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

189

Figura 49. Circuito efectuado pelo Comboio Rodoviário Turístico

7°38'40"W

7°38'40"W

7°39'20"W

7°39'20"W

37°8'N 37°8'N

37°7'20"N 37°7'20"N

0 200m(i

Norte

Fonte: adaptado de Câmara Municipal de Tavira, Projecto Mobilidade Sustentável, 2007

7.2. ESTACIONAMENTO EM PARQUE E EM ZONAS TARIFADAS

Atendendo ao âmbito do presente estudo, a análise da oferta de

estacionamento na Cidade de Tavira centra-se nos parques de

estacionamento periféricos e nas zonas de estacionamento tarifado na área

central da cidade, enquanto soluções indutoras da redução da circulação

automóvel no interior da malha urbana, incentivadoras da circulação

pedonal e promotoras do ordenamento do trânsito.

7.2.1. PARQUES DE ESTACIONAMENTO

A Figura 50 apresenta a oferta de estacionamento público em parque na

Cidade de Tavira, considerando os parques existentes, provisórios, em

execução e em projecto.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

190

Figura 50. Parques de Estacionamento na Cidade de Tavira

23 lugares

13 lugares

248 lugares

367 lugares

106 lugares

78 lugares

43 lugares

194 lugares

44 lugares

R = 1000m

Centro

Parques de Estacionamento na Cidade de Tavira e Quatro Águas:

Existente - 615 lugares

Em execução - 122 lugaresEm Projecto - 764 lugares

350 lugares

35 lugares

Fonte: adaptado de Câmara Municipal de Tavira, 2007

A oferta existente é constituída por 615 lugares de estacionamento

repartidos por quatro parques:

23 lugares junto à Estação da CP (Largo de Santo Amaro);

13 lugares nas imediações do Centro Histórico (junto ao Quartel da

Atalaia – Rua 25 de Abril);

194 lugares no parque localizado a nascente do Centro Histórico

(Rua das Salinas);

350 lugares no parque localizado nas traseiras do Mercado

Municipal de Tavira.

A oferta de estacionamento em parque é constituída por 615 lugares.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

191

35 lugares no parque localizado na Rua Carlos Rocha ( junto à

rotunda da Vela na ER 125)

Com a conclusão dos parques em execução, localizados na Rua dos

Bombeiros Municipais, 44 lugares e na Rua Chefe António Afonso 78

lugares, a oferta em parques será aumentada em 122 lugares de

estacionamento.

Encontram-se ainda projectados 516 lugares distribuídos da seguinte

forma:

106 lugares em parque periférico junto à Ponte de Santiago na

margem esquerda do Rio Séqua/Rio Gilão;

43 lugares num parque paralelo ao Rio Gilão, na Rua Dr. José

Pires Padinha;

367 lugares no parque projectado para o Largo da Feira, junto ao

Complexo Desportivo Municipal.

A este valor acrescem 248 lugares em dois parques localizados em Quatro

Águas, portanto fora do perímetro urbano da Cidade de Tavira.

Considerando os lugares em parques existentes, provisórios, em execução

e em projecto (incluindo o parque em Quatro Águas), a oferta de

estacionamento totaliza aproximadamente 1500 lugares.

No que respeita ao modo de utilização, os parques são de utilização

gratuita, não existindo limitações quanto à duração do estacionamento,

exceptuando-se as restrições inerentes ao estacionamento considerado

abusivo, tal como referenciado no Artigo 55.º do Regulamento de Trânsito

do Concelho de Tavira.

Quanto à ocupação dos parques existentes, importa assinalar a sub-

ocupação do parque localizado nas traseiras do Mercado Municipal de

Tavira, facto que denota a prevalência de algumas resistências à utilização

desta “bolsa de estacionamento” por parte da procura de curta e média

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

192

duração gerada pelo Eixo Comercial “Rua Marcelino Franco/Rua 1.º de

Maio” (essencialmente por motivo de compras) – Figura 51.

Figura 51. Situação do Parque de Estacionamento das traseiras do Mercado Municipal relativamente ao Eixo Comercial

Parque de Estacionamento (traseiras do Mercado Municipal)

Eixo Comercial

300m

Fonte: Elaboração própria, 2007

Com efeito, no período da manhã verifica-se a existência de algumas

perturbações à normal fluidez do trânsito nesta via, em resultado do

congestionamento provocado por estacionamento desordenado, pela

redução da velocidade de circulação motivada pela procura de lugar de

estacionamento e pelo atravessamento da via por peões.

Refira-se ainda que a área a ocupar pelos parques projectados pela

autarquia é actualmente utilizada como área de estacionamento não

ordenado, apresentando sensivelmente a mesma capacidade daquela que

é indicada para os parques projectados.

´

No período da manhã verificam-se algumas perturbações à normal fluidez do trânsito no eixo Rua Marcelino Franco/Rua 1.º de Maio.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

193

7.2.2. ESTACIONAMENTO TARIFADO

As zonas de estacionamento tarifado (Figura 52) localizam-se nos

seguintes arruamentos: Rua da Liberdade, Rua D. Marcelino Franco, Rua

Dr. José Pires Padinha (Curta Duração); Rua Jacques Pessoa, Largo Trem,

Rua Borda d’Água de Aguiar, Rua do Cais, Rua Dr. Augusto Palma, Rua

Dr. Silvestre Falcão, Rua Montalvão, Largo Tabira Pernanbuco, Beco da

Alfeição, Praceta Teixeira Gomes, Rua Guilherme Gomes Fernandes, Rua

Dr. Parreira, Largo Dr. José Pires Padinha, Rua 1º de Maio, Rua Terreiro do

Garção, Rua da Silva, Rua 4 de Outubro, Rua Padre Evaristo Guerreiro do

Rosário, Travessa Padre Evaristo Guerreiro do Rosário, Rua da Palmeira,

Rua dos Pelames, Avenida Dr. Mateus Teixeira de Azevedo, Praça

Zacarias Guerreiro, Praceta Marcelino Galhardo, Praceta Félix Franco

(Média Duração); Rua Dr. José Pires Padinha (a partir do Largo Dr. José

Pires Padinha até à Rua das Salinas) (Longa Duração).

Figura 52. Estacionamento Tarifado na Cidade de Tavira

Fonte: elaborado a partir do Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, publicado em

Diário da República, 2.ª série – N.º 59 – 25 de Março de 2008

´

As zonas de estacionamento tarifado localizam-se na área central da Cidade de Tavira e na Avenida Dr. Mateus Teixeira de Azevedo e sua envolvente.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

194

O período de estacionamento tarifado nestas zonas divide-se nas seguintes

fases:

Dias úteis – entre as 9 e as 19 horas;

Sábados – entre as 9 e as 14 horas.

No que se refere à duração máxima do estacionamento (Figura 53), esta

decorre da zona, dividindo-se em:

Curta duração – estacionamento com um período máximo de duas

horas;

Média duração – estacionamento com um período máximo de

quatro horas;

Longa duração – estacionamento durante o período diário

anteriormente indicado, sem limitação de permanência.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

195

Figura 53. Estacionamento Tarifado na Cidade de Tavira – Duração do Estacionamento

Curta Duração

Média Duração

Longa Duração

Fonte: elaborado a partir do Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, publicado em Diário da

República, 2.ª série – N.º 59 – 25 de Março de 2008

Nestas zonas de estacionamento estão isentos de pagamento os veículos

de residentes, aos quais a autarquia atribui credenciais que possibilitam o

estacionamento gratuito na rua de residência. Em 2005, existiam 567

residentes com credencial de estacionamento.

Para além destes veículos o novo Regulamento de Trânsito (publicado em

Diário da República, 2.ª série – N.º 59 – 25 de Março de 2008) isenta ainda

de pagamento:

Veículos em missão urgente de socorro ou de segurança, quando

em serviço;

Veículos autorizados pela Câmara Municipal, designadamente de

deficientes motores e as operações de carga e descarga dentro dos

´

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

196

horários estabelecidos e nas áreas e lugares demarcados para

esse fim;

Veículos propriedade da Câmara Municipal, devidamente

identificados.

Quanto à taxa de utilização dos lugares de estacionamento tarifado (Gráfico

11), esta apresentou uma tendência de crescimento no período 2000-2004,

ascendendo neste último ano a 29%. Esta tendência foi interrompida

apenas por uma ligeira quebra no ano de 2003, no qual registou-se uma

taxa de utilização de 27%.

Gráfico 11. Estacionamento Tarifado na Cidade de Tavira – Número de Lugares e Taxa de Utilização (2000-2004)

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

2000* 2001 2002 2003 2004

Ano

N.º L

ugar

es

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

Tx. U

tiliz

ação

(%)

Número de Lugares Taxa de Utilização

* - Início em 2 de Maio de 2000

Fonte: Câmara Municipal de Tavira

A taxa de utilização dos lugares de estacionamento tarifado apresenta uma tendência de crescimento.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

197

7.2.3. ESTACIONAMENTO CONDICIONADO

No âmbito do presente estudo considerou-se o estacionamento

condicionado na via pública resultante das seguintes concessões:

Estacionamento para Entidades Oficiais/Serviços Públicos

(designadamente Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, Guarda

Fiscal, PSP, Bombeiros e Capitania);

Estacionamento para Táxis;

Estacionamento para operações de cargas e descargas;

Estacionamento reservado a pessoas portadoras de deficiência

motora.

Os lugares de estacionamento condicionado são apresentados nos

Quadros 97, 98, 99 e 100.

Quadro 97. Estacionamento dedicado exclusivamente a Entidades Oficiais/Serviços Públicas

Rua Nº de Lugares

Tipo de Estacionamento Entidade

Tavira (Cidade) Rua Atalaia 5 Em Espinha PSP Tavira (Cidade) Rua do Cais 11 - Câmara Municipal Tavira (Cidade) Rua D. Marcelino Franco 4 Em Linha/Espinha Capitania

Tavira (Cidade) Rua do Registo 3 Em Linha Guarda Fiscal/Câmara Municipal

Tavira (Cidade) Largo do Cano 6 Em Linha Bombeiros Total - 29 - -

Fonte: elaborado a partir do Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, publicado em Diário da República, 2.ª

série – N.º 59 – 25 de Março de 2008

Quadro 98. Estacionamento para Táxis

Rua Nº de Lugares Tipo de Estacionamento

Tavira (Cidade) Rua D. Marcelino Franco 20 Em linha Tavira (Cidade) Rua dos Pelames 1 Em Linha Tavira (Cidade) Rua do Registo 2 Em Linha Tavira (Cidade) Rua de Santo Amaro 3 - Tavira (Cidade) Rua Dr. António Padinha 4 -

Total - 30 -

Fonte: elaborado a partir do Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, publicado em Diário da República, 2.ª série – N.º 59 – 25 de Março de 2008

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

198

Quadro 99. Estacionamento dedicado exclusivamente a operações de cargas e descargas

Rua Nº de Lugares

Tavira (Cidade) Rua Almirante Cândido dos Reis 5 Tavira (Cidade) Rua Alto do Cano 1 Tavira (Cidade) Rua Álvaro de Campos 1 Tavira (Cidade) Rua Augusto da Silva Carvalho 1 Tavira (Cidade) Avenida Dr. Eduardo Mansinho 2 Tavira (Cidade) Avenida Dr. Mateus Teixeira de Azevedo 1 Tavira (Cidade) Rua Borda D’ Agua D’Aguiar 2 Tavira (Cidade) Rua D. Marcelino Franco 4 Tavira (Cidade) Rua Dr. Miguel Bombarda 1 Tavira (Cidade) Rua Frei João de São José 1 Tavira (Cidade) Rua Gonçalo Velho 2 Tavira (Cidade) Rua Jacques Pessoa 1 Tavira (Cidade) Rua José Joaquim Jara 2 Tavira (Cidade) Rua Dr. José Pires Padinha 5 Tavira (Cidade) Rua da Liberdade 4 Tavira (Cidade) Rua dos Mouros 2 Tavira (Cidade) Rua do Óculo 1 Tavira (Cidade) Rua Poeta Emiliano da Costa 3 Tavira (Cidade) Rua 1º de Maio 2 Tavira (Cidade) Rua do Registo 1 Tavira (Cidade) Rua das Salinas 3 Tavira (Cidade) Rua de S. Pedro 1 Tavira (Cidade) Rua Silva Domingues 1 Tavira (Cidade) Largo do Cano 1 Tavira (Cidade) Largo Dr. Jorge Correia 1 Tavira (Cidade) Praça Dr. António Padinha 2 Tavira (Cidade) Praça da República 4 Tavira (Cidade) Travessa das Cunhas 1 Tavira (Cidade) Travessa José Joaquim Jara 2

Total - 58

Fonte: elaborado a partir do Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, publicado em Diário da República, 2.ª série – N.º 59 – 25 de Março de 2008

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

199

Quadro 100. Estacionamento reservado a pessoas portadoras de deficiência motora

Rua Nº de Lugares Tipo de Estacionamento

Tavira (Cidade) Rua Alvares Botelho 1 Em Linha Tavira (Cidade) Rua Álvaro de Campos 1 Em Linha Tavira (Cidade) Rua António Pinheiro 1 - Tavira (Cidade) Rua Carlos Rocha 1 Em Espinha Tavira (Cidade) Rua D. Marcelino Franco 1 Em Espinha Tavira (Cidade) Rua Dr. Miguel Bombarda 1 Em Linha Tavira (Cidade) Rua Dr. Parreira 1 Em Linha Tavira (Cidade) Rua Gonçalo Velho 1 - Tavira (Cidade) Rua Dr. José Pires Padinha 1 Em Linha Tavira (Cidade) Rua Luís de Camões 2 Em Linha Tavira (Cidade) Rua de Santo António 12 Em Linha/Espinha Tavira (Cidade) Rua de Santo Estêvão 2 - Tavira (Cidade) Rua Simão Fernandes 4 Em Espinha Tavira (Cidade) Rua 25 de Abril 1 - Tavira (Cidade) Largo Caracolinha 1 -

Total - 31 -

Fonte: Projecto de Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira e da Proposta N.º 13/2004/CM, relativa à Alteração do Regulamento de Trânsito (Extensão do Parqueamento Tarifado e medidas de combate ao Estacionamento abusivo e ilegal)

7.3. PRINCIPAIS PROJECTOS PREVISTOS PARA O SISTEMA DE TRANSPORTES

7.3.1. ANTECEDENTES

No seguimento da adesão da Câmara Municipal de Tavira à Rede Nacional

de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, foi estabelecido um

Contrato-Programa com a Associação Portuguesa de Planeadores do

Território (APPLA), que produziu um relatório de situação e programa de

intervenção.

Para a aplicação destas medidas específicas que visavam a resolução dos

problemas na área de intervenção com 15 ha (correspondente ao Centro

Histórico – Figura 54), foi elaborado o Plano de Mobilidade e

Acessibilidade, o qual se encontra actualmente em fase de conclusão.

O Plano de Mobilidade e Acessibilidade encontra-se actualmente em fase de conclusão.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

200

Figura 54. Área de intervenção do Plano de Mobilidade e Acessibilidade

Fonte: Câmara Municipal de Tavira, 2006b

Para este Plano de Mobilidade, a Câmara Municipal de Tavira e a APPLA

definiram vários objectivos prioritários:

Cumprimento do Decreto-lei N.º 163/2006, devidamente aplicado à

área de estudo;

Criar uma acessibilidade contínua no espaço público na área de

intervenção;

Definição de soluções adaptadas à situação concreta;

Implementação de soluções tipo;

Qualificar o ambiente urbano. (Câmara Municipal de Tavira, 2006b)

FASE 1 2004/2005

FASE 3 2007

FASE 2 2006

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

201

A concretização de tais objectivos passou pelo desenvolvimento de uma

metodologia baseada na caracterização e análise da situação existente

(iniciada em 2004), através de um relatório diagnóstico, que incluiu vários

levantamentos, nomeadamente: fotográfico, da largura dos passeios e das

barreiras arquitectónicas existentes.

Após a identificação destes problemas, a Divisão de Planeamento e

Recuperação Urbana definiu e planificou as acções necessárias para

transformar a cidade de Tavira numa cidade acessível para todos.

A Câmara Municipal de Tavira pretende utilizar este Plano como um

instrumento de planeamento e gestão do espaço público, concretizando

acções como a correcção de passadeiras e colocação de rampas nos

lancis, melhoramentos nos passeios, arruamentos e mobiliário urbano

(Quadro 101). Optou-se ainda pela remoção de suportes informativos e

sinalização desadequada, assim como pela substituição do mobiliário por

modelos adoptados pela Câmara Municipal de Tavira, de modo a que estes

não se constituam obstáculos/barreiras arquitectónicas.

Pretende-se assim requalificar o espaço público no Centro Histórico de

modo a criar corredores de circulação acessíveis para todos no interior da

malha urbana. A implementação deste Plano seguiu o seguinte

faseamento: Fase 1 – 2004/2007; Fase 2 – 2006; Fase 3 – 2007

(actualmente em execução).

Pretende-se criar corredores de circulação acessíveis para todos no interior da malha urbana.

A Câmara Municipal pretende utilizar o Plano como um instrumento de planeamento e gestão do espaço público.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

202

Quadro 101. Acções e medidas realizadas no âmbito do Plano de Mobilidade e Acessibilidade

Acções Medidas

Passadeiras e rampeamento de lancis

Adaptar o existente; Deslocação para locais mais apropriados; Introdução de novas passadeiras.

Passeios

Alargamento; Regularização e repavimento; Nivelamento das passadeiras à cota dos passeios; Nivelamento dos passeios à cota do arruamento; Reajuste em situações das entradas particulares; Rampas para vencer desníveis.

Arruamentos

Nivelamento com o passeio – permitindo uma circulação mista Peão/veículo; Restringir a circulação viária – exclusiva a residentes.

Mobiliário Urbano

Deslocação para junto do lancil de Colunas de iluminação, Parquímetros, Pilaretes, Postes de sinalização e outros obstáculos na via pública.

Mobiliário Urbano

Deslocação para junto das fachadas de placas toponímicas, papeleiras, suportes informativos, entre outros.

Mobiliário Urbano

Remoção de suportes informativos e sinalização desadequada/repetida; Substituição do mobiliário actual para modelos adoptados pela CMT; Homogeneizar o mobiliário urbano.

RSU e Ecopontos

Deslocação para zonas menos conflituosas; Substituição para modelos enterrados.

Cabine telefónica

Substituir por modelo acessível – adoptado pela PT.

Árvores de arruamento

Colocação de grelhas nas caldeiras quando a área de circulação é reduzida.

Elementos comerciais

particulares

Delimitação de áreas de ocupação de acordo com os Regulamentos Municipais.

Fonte: Câmara Municipal de Tavira, 2006b

7.3.2. PRINCIPAIS PROJECTOS PREVISTOS PARA O SISTEMA DE TRANSPORTES

No concelho de Tavira, os principais projectos previstos para o sistema de

transportes correspondem às seguintes intervenções:

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

203

Rotunda a ser construída na EN270 como acesso ao Parque

Industrial (Santa Margarida);

Projecto de uma variante à ER125 para assistir ao Parque de

Exposições;

Variante de ligação de Santa Luzia à ER125 (zona do cemitério);

Ligação do Grand Plaza à ER125.

Alargamento da Zona de Estacionamento tarifado na Cidade de

Tavira (Figura 56)

Figura 55. Principais projectos previstos para a rede viária

Variante EN 125 /Parque de Exposições

Variante StªLuzia / EN 125

ParqueIndustrial

Acesso GrandPlaza / EN 125

7°38'W7°39'W7°40'W7°41'W37°9'N

37°8'N

37°7'N

37°6'N 0 500m

(iNorte

Fonte: Elaboração própria, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

204

Figura 56. Zona de estacionamento a tarifar

Média Duração

Fonte: elaborado a partir do Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, publicado em Diário da República, 2.ª

série – N.º 59 – 25 de Março de 2008

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

205

8. IMPACTES DOS TRANSPORTES NO AMBIENTE

8.1. QUALIDADE DO AR

A análise da qualidade do ar tem por base as medições realizadas pelo

Instituto do Ambiente em 2006, no âmbito do “Dia Europeu Sem Carros”

(DESC) na Cidade de Tavira, as quais incidiram nos principais poluentes

atmosféricos associados ao tráfego automóvel: monóxido de carbono (CO),

dióxido de azoto (NO2), partículas em suspensão (PM

10). Embora não seja

um poluente atmosférico directamente associado ao tráfego rodoviário, foi

ainda monitorizado o Ozono troposférico (O3), formado a partir combinação

do ozono natural com os poluentes emitidos pelo tráfego automóvel, como

óxido de azoto e os hidrocarbonetos. Tendo como objectivo a avaliação do

impacte das emissões provenientes do tráfego automóvel na qualidade, “foi

efectuada uma análise comparativa entre os níveis de poluição registados

no DESC (22 de Setembro) com um dia de referência correspondente a

uma situação normal de circulação automóvel” (Instituto do Ambiente, 2006:

9), tendo sido escolhido o dia 21 de Setembro. A campanha de

monitorização decorreu entre os dias 15 e 25 de Setembro de 2006.

Relativamente ao monóxido de carbono, os valores registados ao longo do

período monitorizado, foram claramente inferiores ao valor limite para

protecção da saúde humana (10.000 µg/m3 para uma média de 8h

consecutivas). De acordo com o estudo, os valores calculados para as

médias de 8h consecutivas, para o dia de referência e para o dia 22 foram

de 404 µg/m3 e 382 µg/m3.

Gráfico 12. Evolução das concentrações médias horárias de CO durante o período de estudo na

Cidade de Tavira

Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006

µg/m3

Os valores registados para o monóxido de carbono foram inferiores ao valor limite.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

206

No dia 22 de Setembro, durante o período horário em que vigoraram as

restrições ao tráfego rodoviário (das 9 às 18h), houve uma redução de 62%

de Monóxido de Carbono (CO) relativamente ao dia de referência (Gráfico

13).

Gráfico 13. Evolução das concentrações médias horárias de monóxido de carbono

Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006

Quanto ao dióxido de azoto (NO2), através da análise do Gráfico 14,

referente ao período em que se efectuaram medições, mesmo

considerando o dia em que se registou o valor mais elevado (20 de

Setembro - 240 µg/m3), o seu valor é igualmente bastante inferior ao valor

limite para protecção da saúde humana.

µg/m3

Os valores registados para o dióxido de azoto foram igualmente inferiores ao valor limite.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

207

Gráfico 14. Evolução das concentrações médias horárias de dióxido de azoto durante o período de

estudo na Cidade de Tavira

Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006

Comparativamente ao dia de referência, o dia 22 de Setembro registou

valores ligeiramente inferiores, na ordem dos 7%. O Gráfico 15 permite

verificar que os valores de NO2 foram ligeiramente inferiores em

praticamente todo o período sujeito às restrições de tráfego no dia 22 de

Setembro.

Gráfico 15. Evolução das concentrações médias horárias de dióxido de azoto

Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006

No que se refere às partículas em suspensão (PM10), o Gráfico 16

demonstra uma significativa redução de partículas em suspensão ocorrida

no DESC, comparativamente com o dia de referência. O valor registado no

µg/m3

µg/m3

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

208

dia de referência foi de 40 µg/m3, ficando abaixo do valor máximo permitido

por lei (50 µg/m3). No dia 22 de Setembro o valor monitorizado foi de 27

µg/m3.

Gráfico 16. Variação da concentração média diária de PM10

durante o período de estudo na Cidade de Tavira

Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006

No período de interdição ao tráfego rodoviário ocorrido no dia 22 de

Setembro, as concentrações de partículas em suspensão foram 43%

inferiores ao valor do dia de referência (Gráfico 17).

Gráfico 17. Evolução das concentrações médias horárias de partículas em suspensão (PM10

).

Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006

µg/m3

µg/m3

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

209

No que se refere à concentração de Ozono troposférico (O3), os valores

mais elevados foram registados no dia 20 de Setembro, com 105 µg/m3.

Ainda assim, este valor é inferior ao máximo definido por lei, o qual

determina a obrigatoriedade da emissão de alertas junto da população (180

µg/m3).

Centrando a análise no dia de referência e no DESC, verifica-se que a

concentração de O3 foi ligeiramente inferior no dia 22 de Setembro (59

µg/m3), relativamente ao dia de referência (63 µg/m3).

Gráfico 18. Evolução das concentrações médias horárias de O3 durante o período de estudo

na Cidade de Tavira

Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006

Quanto às concentrações de ozono, contrariamente ao que se verificou nos

restantes poluentes analisados, estas foram 18% mais elevadas no DESC,

comparativamente com o dia de referência, no período horário das 9 às 18h

(Gráfico 19).

Esta situação decorre do facto do ozono troposférico resultar de reacções

fotoquímicas com outros poluentes provenientes da queima de

combustíveis fósseis, como por exemplo o óxido de azoto (NOx) e os

compostos orgânicos voláteis (COV). Não sendo o O3 emitido directamente

em quantidades significativas pelas actividades humanas, tem a sua

génese na interacção entre radiação solar e outros poluentes precursores,

particularmente NOx e os COV.

µg/m3

No que se refere à concentração de Ozono troposférico, os valores mais elevados foram registados no dia 20 de Setembro – 105 µg/m3

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

210

Gráfico 19. Evolução das concentrações médias horárias de ozono

Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006

Deste modo, nos dias em que a actividade humana e o tráfego rodoviário

são mais intensos, as emissões de NOx

são mais elevadas, sendo as

concentrações de O3 mais baixas.

Gráfico 20. Níveis de concentração dos poluentes monitorizados, comparando o período sem

carros e o mesmo período no dia de referência

Fonte estatística: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006

Como seria expectável, as medições efectuadas na Cidade de Tavira

durante a campanha de monitorização da qualidade do ar inserida DESC,

µg/m3

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

211

comparando um dia de referência e o DESC, evidenciam uma diminuição

com alguma expressão das concentrações dos poluentes emitidos pelo

tráfego rodoviário, embora os parâmetros de avaliação da qualidade do ar

mostrem que numa, situação normal, estas concentrações não ultrapassem

os valores limite para protecção da saúde humana.

8.2. RUÍDO

A avaliação do ambiente sonoro do concelho de Tavira teve por base o

“Mapa de Ruído do Concelho de Tavira”18, no qual foram consideradas as

seguintes fontes de ruído:

Tráfego rodoviário;

Tráfego ferroviário;

Indústria extractiva.

As Figuras 57 e 58 apresentam os mapas de ruído dos períodos diurno e

nocturno para o concelho de Tavira. Relativamente aos mapas de conflito,

dado que a sua elaboração “implica a delimitação por parte da respectiva

autarquia das zonas mistas e sensíveis em todo o território municipal” e

“não [sendo esta delimitação] conhecida” no concelho de Tavira, foram

elaborados, no âmbito do estudo considerado, “dois mapas de conflitos

contemplando cada um dos tipos de classificação de zona” (dBLab, 2004:

24). Em virtude das limitações a nível da interpretação dos resultados

obtidos que decorrem desta opção metodológica, conjugadas com a difícil

legibilidade da cartografia produzida, optou-se por não considerar tais

elementos no âmbito do presente relatório.

18 Estudo elaborado pelo dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda para a Câmara

Municipal de Tavira, tendo os ensaios decorrido no mês de Julho de 2004 (dias 13, 14, 15, 19,

20, 22, 27 e 29).

Numa situação normal, as concentrações de poluentes não ultrapassam os valores limite para protecção da saúde humana.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

212

Figura 57. Mapa de ruído do concelho de Tavira – Período diurno

Fonte: dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda, “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira”, 2004

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

213

Figura 58. Mapa de ruído do concelho de Tavira – Período nocturno

Fonte: dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda, “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira”, 2004

Com efeito, a análise dos mapas de ruído do concelho para os períodos

diurno e nocturno permite concluir pela existência de algumas áreas com

níveis de ruído elevados, as quais correspondem, genericamente, à

envolvente aos principais eixos rodoviários que atravessam o concelho de

As áreas com níveis de ruídos elevados correspondem, genericamente, à envolvente aos principais eixos rodoviários.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

214

Tavira no sector Sul, designadamente a A22 (e alguns dos seus acessos –

N270) e a ER125.

Quanto aos níveis de ruído nas principais aglomerações urbanas do

concelho (Tavira, Conceição, Cabanas de Tavira, Santa Luzia), a sua

análise baseou-se nos mapas seguintes:

Figura 59. Mapa de ruído da aglomeração urbana de Tavira – Períodos diurno e nocturno

Período Diurno

Período Nocturno

Fonte: dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda, “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira”, 2004

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

215

Figura 60. Mapa de ruído das aglomerações urbanas de Conceição e Cabanas de Tavira – Períodos diurno e nocturno

Período Diurno

Período Nocturno

Fonte: dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda, “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira”, 2004

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

216

Figura 61. Mapa de ruído da aglomeração urbana de Santa Luzia – Períodos diurno e nocturno

Período Diurno

Período Nocturno

Fonte: dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda, “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira”, 2004

Como se pode verificar nestes mapas, os níveis de ruído mais elevados são

registados nas áreas envolventes às principais vias das aglomerações

urbanas consideradas. De acordo com a classificação de zonas sensíveis e

zonas mistas a definir pela Câmara Municipal de Tavira, em sede de plano

municipal de ordenamento do território, nalgumas destas áreas o nível

Nas aglomerações urbanas, os níveis de ruído mais elevados ocorrem na envolvente às principais vias.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

217

sonoro contínuo equivalente poderá ser superior aos limites legalmente

estabelecidos19.

Neste sentido, é referido no “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira” que

“existem algumas áreas onde, para serem cumpridos os requisitos do n.º 3

do artigo 4.º do RLPS, deverá ser equacionado um Plano de Redução de

Ruído” (dBLab, 2004: 31), dependendo a sua amplitude da classificação

acústica supra referida.

19 Níveis máximos de exposição ao ruído ambiente exterior nas zonas sensíveis: Período

diurno (07h00-22h00) – 55 dB(A); Período nocturno (22h00-07h00) – 45 dB(A). Níveis

máximos de exposição ao ruído ambiente exterior nas zonas mistas: Período diurno (07h00-

22h00) – 65 dB(A); Período nocturno (22h00-07h00) – 55 dB(A).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

218

9. DIAGNÓSTICO

O presente capítulo corresponde a uma diagnóstico síntese do sistema

concelhio, enfocando os elementos que influem directa e/ou indirectamente

na promoção e desenvolvimento de uma mobilidade sustentável, e cujas

tendências evolutivas determinam a acuidade da sua consideração neste

contexto.

Sob a forma de uma matriz SWOT (Strenghts, Weaknesses, Oppotunities

and Threats) atenta-se não apenas na oferta e procura de transportes, mas

também noutros aspectos dos quais depende a evolução da mobilidade à

escala concelhia, como sejam a dinâmica e estrutura demográfica, o

emprego e as actividades económicas, a rede de equipamentos colectivos

ou a rede urbana e o sistema de povoamento. Tendo por base este

exercício, será possível (em sede de Relatório de Objectivos e Conceito de

Intervenção):

Delinear cenários de evolução da mobilidade;

Determinar as áreas de intervenção prioritária ao nível do sistema

de transportes;

Definir objectivos específicos no âmbito da promoção de uma

mobilidade sustentável;

Definir um conceito multimodal de deslocações.

Pro

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219

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

222

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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área Metropolitana do Algarve, Comissão de Coordenação e

Desenvolvimento Regional do Algarve, Faro, 1 p.

Câmara Municipal de Tavira (2007), “Projecto Mobilidade Sustentável”

(apresentação), 59 p.

Câmara Municipal de Tavira (2006), “Carta Educativa do Concelho de

Tavira”, Câmara Municipal de Tavira, Tavira

Câmara Municipal de Tavira (2006b), “Tavira, Cidade Histórica. Mobilidade

e Acessibilidade”, Apresentação in 2.º Encontro da Rede Nacional de

Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, 25 p.

CCDRA – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do

Algarve (2007), “PROT Algarve”, Volume I, Comissão de

Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, Faro, 213 p.

dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda (2004), “Mapa de Ruído

do Concelho de Tavira”, Versão Final – Descrição do Modelo e

Resultados, 34 p.

DGOTDU – Direcção-Geral do Ordenamento do Território e

Desenvolvimento Urbano (2002), “Normas para a Programação e

Caracterização de Equipamentos Colectivos”, Direcção-Geral do

Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (Colecção

Informação, n.º 6), Lisboa

Instituto do Ambiente (2006), “Qualidade do Ar. Dia Europeu sem carros

2006”, Instituto do Ambiente, Amadora, 31 p.

INE – Instituto Nacional de Estatística (2006), “Anuário Estatístico da

Região do Algarve – 2005”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa

INE – Instituto Nacional de Estatística (2004), “Sistema Urbano: Áreas de

Influência e Marginalidade Funcional. Região de Lisboa e Vale do

Tejo”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa, 92 p.

INE – Instituto Nacional de Estatística – Direcção Regional do Algarve

(2003), “Carta de Equipamentos e Serviços de Apoio à População.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

223

Região do Algarve – 2002”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa,

71 p.

LEGISLAÇÃO

Câmara Municipal de Tavira, Proposta N.º 13/2004/CM relativa à Alteração

ao Regulamento de Trânsito (Extensão do Parqueamento Tarifado e

medidas de combate ao Estacionamento abusivo e ilegal)

Decreto-Lei nº 163/2006, de 8 de Agosto - Aprova o regime da

acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos que recebem público,

via pública e edifícios habitacionais, revogando o Decreto-Lei n.º

123/97, de 22 de Maio

Decreto-Lei n.º 292/2000, de 14 de Novembro – Aprova o regime legal

sobre a poluição sonora, designado também «Regulamento Geral do

Ruído», Diário da República, I Série-A, N.º 263

Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº 98/99 de

26 de Julho, pela Declaração de rectificação nº 19-D/98 e pelo

Decreto-Lei nº 182/2003 de 16 de Agosto

Decreto-Lei n.º 299/84 de 5 de Setembro

Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira,

Diário da República, 2.ª Série, N.º 59, 25 de Março de 2008

Projecto de Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, Diário da

República, Apêndice n.º 124, II Série, N.º 257, 6 de Novembro de

2001

Portaria 181/86, de 6 de Maio (Estabelece os termos em que os estudantes

do ensino secundário abrangidos pelo transporte escolar

comparticiparão nos respectivos custos, de acordo com o disposto na

Portaria n.º 161/85, de 22 de Março)

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

224

FONTES ESTATÍSTICAS

Direcção-Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária,

“Boletins Estatísticos de Acidentes de Viação, Direcção-Geral de

Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Lisboa

Gabinete de Estratégia e Planeamento, “Quadros de Pessoal – 2005”,

Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e da

Solidariedade Social, Lisboa

Gabinete de Estratégia e Planeamento, “Quadros de Pessoal – 2000”,

Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e da

Solidariedade Social, Lisboa

Gabinete de Estratégia e Planeamento, “Quadros de Pessoal – 1995”,

Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e da

Solidariedade Social, Lisboa

INE – Instituto Nacional de Estatística (2007), “Estatísticas da Construção e

Habitação – 2006”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa

INE – Instituto Nacional de Estatística (2002), “Censos 2001 – XIV

Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da

Habitação”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa

INE – Instituto Nacional de Estatística (1993), “Censos 1991 – XIII

Recenseamento Geral da População/III Recenseamento Geral da

Habitação, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa

PRINCIPAIS FONTES DA INTERNET

Administração Regional de Saúde do Algarve (2007), www.arsalgarve.min-

saude.pt (última consulta 10/10/2007)

Câmara Municipal de Tavira (2007), www.cm-tavira.pt (última consulta

17/10/2007)

Caminhos-de-Ferro Portugueses (2007), www.cp.pt (última consulta

(05/11/2007)

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

225

Centro de Ciência Viva de Tavira (2007), www.tavira.cienciaviva.pt (última

consulta 30/11/2007)

Direcção Regional de Cultura do Algarve (2007), www.cultualg.pt (última

consulta 12/11/2007)

Direcção Regional de Educação do Algarve (2007), www.drealg.min-edu.pt

(última consulta 02/10/2007)

EP – Estradas de Portugal (2007), www.estradasdeportugal.pt (última

consulta 19/10/2007)

Ecovias – Área Metropolitana do Algarve (2007), www.ecoviasalgarve.org

(última consulta 02/10/2007)

EVA Transportes – Empresa de Viação do Algarve (2007, www.eva-

bus.com (última consulta 19/10/2007)

Gabinete de Estratégia e Planeamento – MTSS (2007), “Carta Social”,

www.cartasocial.pt (última consulta 01/12/200)

INE – Instituto Nacional de Estatística (2007), www.ine.pt (última consulta

21/10/2007)

Instituto de Seguros de Portugal (2007), “Base de dados relativa ao parque

segurado”, www.isp.pt (última consulta 05/09/2007)

Rede Nacional de Expressos (2007), www.rede-expressos.pt (última

consulta 22/10/2007)

RENEX (2007), www.renex.pt (última consulta 02/12/2007)

Safari Boat (2007), www.safariboat.net (última consulta 09/11/2007)

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

AANNEEXXOOSS

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

227

Anexo I. Classificação das Actividades Económicas (Lista das Secções e sua Designação

segundo a CAE-Rev.2)

Secção Designação

A Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura

B Pesca

C Indústrias Extractivas

D Indústrias Transformadoras

E Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água

F Construção

G Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e Bens de Uso Pessoal e Doméstico

H Alojamento e Restauração (Restaurantes e Similares)

I Transportes, Armazenagem e Comunicações

J Actividades Financeiras

K Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas

L Administração, Defesa e Segurança Social Obrigatória

M Educação

N Saúde e Acção Social

O Outras Actividades e Serviços Colectivos, Sociais e Pessoais

P Famílias com Empregados Domésticos

Q Organismos Internacionais e Outras Instituições Extra-Territoriais

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

228

Anexo II. Destino das deslocações inter-concelhias com origem no concelho de Tavira (1991 e 2001)

Fonte: INE, III e IV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Total Autocarro Automóvel Ligeiro Comboio Motociclo ou

Bicicleta Pedonal Outro Transporte

Colectivo da empresa/

escola Concelho de Destino

1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 Águeda 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Albufeira 14 42 0 0 5 32 2 0 1 1 2 3 0 0 4 6 Alcobaça 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Alcoutim 3 10 0 0 1 4 0 0 0 0 0 0 0 0 2 6 Aljezur 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 Almada 0 6 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Almodôvar 0 3 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Alter do Chão 0 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Amadora 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Angra do Heroísmo 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 Azambuja 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Barrancos 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Barreiro 2 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Beja 8 14 0 1 5 5 2 4 0 0 0 3 0 1 1 0 Benavente 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 Braga 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 Cascais 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Castelo Branco 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Castro Marim 49 69 2 0 18 54 1 2 7 1 1 0 0 0 20 12 Coimbra 3 4 2 1 0 1 1 0 0 0 0 2 0 0 0 0 Constância 0 3 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 Elvas 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Estremoz 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 Évora 3 8 0 0 2 4 1 1 0 0 0 3 0 0 0 0 Fafe 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 Faro 559 998 41 18 217 654 170 218 35 15 2 5 1 14 93 74 Ferreira do Alentejo 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fronteira 0 3 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Funchal 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Grândola 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Horta 0 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Íllhavo 0 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 Lagoa 2 7 0 0 2 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Lagos 0 5 0 0 0 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 Lamego 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Lisboa 43 95 19 15 4 48 13 6 1 0 4 23 0 2 2 1 Loulé 105 192 9 5 44 139 4 1 6 5 1 3 0 3 41 36 Loures 0 2 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Lousada 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Mértola 2 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Monchique 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Montijo 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 Mourão 0 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 No Estrangeiro 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1 0 Odemira 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Oeiras 0 2 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 Olhão 444 542 30 28 144 355 70 34 125 57 3 5 0 5 72 58 Ourique 1 2 0 0 0 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 Palmela 0 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Portalegre 1 4 0 2 0 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 Portimão 14 27 2 2 6 17 1 1 0 0 1 1 0 0 4 6 Porto 0 3 0 2 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 Santa Maria da Feira 0 2 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 Santarém 0 4 0 0 0 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 Santiago do Cacém 1 2 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 São Brás de Alportel 83 112 1 1 29 86 0 0 24 11 1 0 0 1 28 13 Sátão 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Seixal 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Serpa 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Setúbal 2 12 0 0 1 10 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 Silves 2 20 1 1 0 14 1 1 0 0 0 1 0 0 0 3 Sines 1 2 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Sintra 2 8 0 0 0 7 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 Vila da Praia da Vitória 8 0 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 0 0 5 0 Vila do Bispo 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Vila Franca de Xira 0 5 0 0 0 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 1 Vila Nova de Foz Côa 2 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Vila Real 6 3 0 0 1 3 4 0 0 0 0 0 0 0 1 0 Vila Real de Santo António 217 268 19 15 102 185 39 25 30 11 1 6 2 2 24 24 Total (inter-concelhias) 1589 2512 129 92 590 1676 315 307 231 101 19 59 7 28 298 249 Intra-concelhias 9254 10440 790 665 1560 4209 46 30 1630 931 4827 4014 84 84 317 507 TOTAL 10843 12952 919 757 2150 5885 361 337 1861 1032 4846 4073 91 112 615 756

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

229

Anexo III. Índice de Fórmulas

Transportes

Índice de Permeabilidade

IP = km de estrada / área (km2)

Índice de Densidade

ID = km de estrada / n.º habitantes * 1000

Rácio Habitantes por Táxi

Rácio Habitantes por Táxi = n.º habitantes / n.º táxis

Rácio Veículos por km de Rede Viária

Rácio Veículos por km de Rede Viária = n.º de veículos / km de estrada

Nota: utilizaram-se os dados do Instituto de Seguros de Portugal, tendo-se considerado

todos os tipos de veículos de transporte motorizados segurados.

Taxa de Motorização

Taxa de Motorização = n.º veículos / n.º de habitantes * 1000

Nota: utilizaram-se os dados do Instituto de Seguros de Portugal, tendo-se considerado

os seguintes tipos de veículos segurados: ligeiros, ciclomotores, motociclos e mistos.

População

Taxa de Actividade

Taxa de Actividade = população activa / população total * 100

Taxa de Desemprego

Taxa de Desemprego = população desempregada (sentido lato) / população activa * 100

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

230

Índice de Envelhecimento

Índice de Envelhecimento = população > 64 anos / população 0-14 anos * 100

Densidade Populacional

Densidade Populacional = população residente / área (km2)