qualidade de vida no trabalho

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GPEC Educação a Distância [Escolha a data] Nelson Pascarelli Filho |Curso: Gestão Educacional e Prática Pedagógica MÓDULO 1 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

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Curso: Gestão Educacional e Prática Pedagógica - Autor: Nelson Pascarelli Filho - Edição do Texto: Janaína Corrêa Martino Bernaola

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Page 1: Qualidade de Vida no Trabalho

GPEC – Educação a Distância

[Escolha a data]

Nelson Pascarelli Filho |Curso: Gestão Educacional e Prática Pedagógica

MÓDULO 1 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Page 2: Qualidade de Vida no Trabalho

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT) [1] Nelson Pascarelli Filho “O importante da educação não é apenas formar um mercado de trabalho, mas formar uma nação, com gente capaz de pensar.” (Giannotti) A Revolução Industrial desencadeou mudanças na forma de produzir e de viver das pessoas, de seu adoecer e morrer, dando novo impulso à Medicina do Trabalho e à qualidade de vida dos empregados e seus familiares. Na Inglaterra do século XVIII era considerado normal crianças de 7 a 11 anos trabalharem como aprendizes em turnos de 15 horas. Em 1700 o médico italiano Bernardino Ramazzini, considerado o Pai da Medicina do Trabalho, publicou o livro “As Doenças dos Trabalhadores” onde relacionou 54 profissões e as doenças que causam nos trabalhadores. Na Suíça foram construídas em 1870 as primeiras colônias de férias com o objetivo de oferecer melhores condições de vida para o proletariado e suas famílias. O direito ao descanso semanal, às férias remuneradas e à jornada de 8 horas foram conquistadas após intensa luta sindical. Em 1920, 17% da mão-de-obra inglesa já tinha férias remuneradas e em 1936 esse direito foi legalizado na França estendendo-se aos outros países europeus.

“Em 1927, na Itália fascista, é promulgada a „Carta del Lavoro‟, marco nas relações trabalhistas, propondo: aperfeiçoamento do seguro acidente; melhoria e extensão do seguro maternidade; seguro das doenças profissionais e da tuberculose como encaminhamento ao seguro geral contra todas as doenças; aperfeiçoamento do seguro contra o desemprego involuntário; adoção de formas especiais de seguridade para jovens trabalhadores.” (Artigo XXVII). Com fins ideológicos, Mussolini criou o “Dopolavoro” (depois do trabalho) programa que educava os trabalhadores por meio de torneios esportivos e excursões ao mar Adriático; Hitler organizava férias para operários nos Alpes bávaros e Stálin levava os trabalhadores ao Leste Europeu para temporadas de lazer. Surgia o embrião dos Programas QVT com base nas medidas profiláticas, eugênicas e higienistas que são os alicerces sanitaristas dos regimes totalitários. A partir da metade do século XX, com a economia globalizada e mercados emergentes, modernas tecnologias têm possibilitado melhorias consideráveis na forma como as empresas tornam-se altamente competitivas e com elevados ganhos financeiros. Os administradores devem promover iniciativas de autodesenvolvimento dos

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funcionários com o objetivo de tornar a empresa mais competitiva num mercado cada vez mais exigente. Os programas de QVT visam estabelecer as melhores práticas que promovam satisfação pessoal e profissional aos funcionários proporcionando maior produtividade às organizações. O grande desafio da atualidade é viver com qualidade num mundo de alto desenvolvimento tecnológico, conciliando trabalho e vida pessoal. “A expressão qualidade de vida tem sido usada com crescente frequência para descrever certos valores ambientais e humanos, negligenciados pelas sociedades industriais em favor do avanço tecnológico e do crescimento econômico”. (Walton) As dificuldades emocionais decorrentes da vida pessoal interferem de forma significativa no desempenho dos trabalhadores. Gestores éticos compreendem que precisam contribuir positivamente na transformação da realidade, desenvolvendo programas que atinjam um equilíbrio entre trabalho e melhoria da qualidade de vida. “É no ambiente de trabalho que as pessoas têm condições de descobrir sua potencialidade de crescimento como ser humano, de valorizar-se e desenvolver auto-estima” (Regis). Quando a missão empresarial está alicerçada na qualidade de vida no trabalho e oferece oportunidades de crescimento contínuo, desenvolvimento pessoal e segurança no emprego de forma duradoura, os conflitos organizacionais são ínfimos, consequentemente tornam-se menores as licenças médicas, a rotatividade de funcionários e o risco de acidentes, pois a saúde física e psíquica de todos está fortalecida. Uma empresa torna-se socialmente responsável e competitiva quando: acredita que o seu maior patrimônio é o respeito ao ser humano e ao valor vida; oferece condições de segurança e saúde no trabalho, investe em educação ambiental e o que produz tem baixo impacto na natureza. Para Saber Mais Livro:

Qualidade de Vida no Trabalho. Ana Cristian Limongi-Franca. Atlas. 2007.

Filme:

Como Enlouquecer seu Chefe. Mike Judge. EUA. 1999.

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[1] Colaboraram com esse artigo Tatiane Piccilli e Thiago Dabus