1. SERVIO PBLICO FEDERAL SERVIO PBLICO FEDERAL MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG FACULDADE DE MEDICINA COORDENAO DO CURSO DE MEDICINA Rua Gen. Osrio, s/ n. rea Acadmica do Campus da Sade Rio Grande- RS CEP 96201-900 Fone: (53) 3233.8842 - Fax: (53) 3233.8892 - E -mail: medicina@furg.br FURG PROTOCOLOS DE ASSISTNCIA A GESTANTE A SEREM IMPLANTADOS NO HU/FURG E SMS Manejo dos quadros infecciosos Protocolo do Herpes Simples Genital Quadro Clinico O vrus transmitido mais freqentemente por contato direto com leses ou objetos contaminados. necessrio que haja soluo de continuidade, pois no h penetrao do vrus em pele ou mucosas ntegras. Pode no produzir sintomatologia ou prdromos como aumento de sensibilidade, formigamento, mialgias, ardncia ou prurido antecedendo o aparecimento das leses. Na mulher, nos pequenos lbios, clitris, grandes lbios, frcula e colo do tero. As leses so inicialmente ppulas eritematosas de 2 a 3 mm, seguindo-se por vesculas agrupadas com contedo citrino, que se rompem dando origem a ulceraes. A adenopatia inguinal dolorosa bilateral pode estar presente em 50% dos casos. As leses cervicais (cervicite herptica), freqentes na primoinfeco podem estar associadas a corrimento genital aquoso. Podem ocorrer sintomas gerais, como febre e mal-estar. Com ou sem sintomatologia, aps a infeco primria, o HSV ascende pelos nervos perifricos sensoriais, penetra nos ncleos das clulas ganglionares e entra em latncia. Diagnstico O diagnstico na maioria das vezes clinico. Entre os mtodos laboratoriais temos: a citologia de Tzanck (visualizao de multinucleao e balonizao celulares em lmina fixada com lcool 70%); o isolamento do vrus em cultura de tecido que a tcnica mais especfica para diagnstico da infeco herptica, mas no um mtodo disponvel na prtica diria; o PCR altamente sensvel, embora seja pouco acessvel, disponvel em alguns laboratrios de refrencia, para pesquisa. A sorologia s tem seu papel na identificao da soroprevalncia ou confirmao de soroconverso, porm no se aplica na rotina. Biopsiar ulceras com durao maior que 4 semanas. Herpes na Gestao Nas gestantes portadoras de herpes simples, deve ser considerado o risco de complicaes obsttricas. A infeco primria materna, no final da gestao, oferece maior risco de infeco neonatal do que o herpes genital

2. recorrente. A transmisso fetal transplacentria observada em uma a cada 3500 gestaes e o abortamento espontneo s ocorre se a infeco materna se der nos primeiros meses da gestao. O maior risco de transmisso do vrus ao feto se d no momento da passagem desse pelo canal do parto, resultando em aproximadamente 50% de infeco se a leso for ativa. Mesmo na forma assintomtica, pode haver a transmisso do vrus por meio do canal de parto. O herpes simples neonatal grave e muitas vezes fatal. Dos sobreviventes, 50% tm seqelas neurolgicas ou oculares. Tratamento da gestante Sempre tratar o primeiro episdio de herpes genital em qualquer trimestre da gestao. A dor pode ser aliviada com analgsicos e o tratamento local consiste em: soluo fisiolgica ou gua boricada a 3%, para limpeza das leses. O tratamento das leses herpticas, no decorrer da gestao, deve ser realizado nos casos de primo-infeco com: Aciclovir 200 mg, 4/4 hs, 5x/dia, por 7 a 10 dias ou 400 mg, VO, 8/8 horas, por 7 a 10 dias; Valaciclovir 1 g, VO, 12/12, horas por 7 a 10 dias. Pode ser considerada a profilaxia peri-parto a partir da 36 semana com Aciclovir 400mg 3 x/dia por 10 dias se ocorreu a primo-infeco na gestao ou se recidivas foram frequentes no perodo gestacional. Em formas graves, hospitalizao, adequada hidratao e aplicao de aciclovir por via intravenosa, podem ser indicadas, utilizando-se a dose de 5mg/kg, IV, a cada 8 horas. Via de parto Sem leso Parto vaginal Com leso em trabalho de parto ou rupreme (h menos de 4h) Parto cesariana Com leso, a termo, fora do trabalho de parto e com membranas ntegras Tratamento supressivo (Aciclovir 400mg 2Xdia; Valaciclovir 1.000 mg 1Xdia) Parto vaginal