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- 1 - “São Paulo: Rumo à Excelência na Gestão Pública

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Page 1: Projeto 22 Doc

- 1 -

“São Paulo: Rumo à Excelência

na Gestão Pública

Page 2: Projeto 22 Doc

- 2 -

“Excelência é uma habilidade

conquistada por meio

de treinamento e prática.

Nós somos o que fazemos repetidamente.

Excelência, portanto,

não é um ato, é um hábito”

Aristóteles – 350 AC.

Equipe:

Beatriz Tedesco Guimarães (Secretaria de Subprefeit uras)

Maria Cecília Queiroz Pereira Monteiro (Secretaria de

Planejamento)

Maysa Miguita Paulino ( Secretaria de Desenvolvime nto

Urbano)

Page 3: Projeto 22 Doc

- 3 -

SUMÁRIO

1. Título 4

2. Breve descrição do projeto 4

3. Análise do contexto (diagnóstico) e justificativas 5

4. Árvore de problemas e árvore de objetivos 9

5. Seleção do Projeto 10

6. Detalhamento do Projeto 11

7. Cronograma Executivo 15

8. Recursos Necessários 16

9. Fontes de Financiamento: origens de recursos 17

10. Stakeholders 18

11. Monitoramento do Projeto 20

12.Indicadores de Execução e formas de verificação 21

13. Bibliografia 41

ANEXO I – Modelo de Excelência em Gestão 23

Page 4: Projeto 22 Doc

- 4 -

1.Título do Projeto:

“São Paulo: Rumo à Excelência na Gestão Pública”

2.Breve descrição do projeto

O projeto visa implantar um Modelo de Gestão que oriente as organizações

da Prefeitura da Cidade de São Paulo para obtenção da excelência do desempenho,

com foco em resultados para o cidadão.

Para viabilizar esta implantação propõe-se a disseminação dos princípios e

fundamentos do modelo de excelência como arcabouço filosófico do modelo de

gestão.

Na segunda etapa propõem a implantação dos Núcleos de Excelência da

Gestão nas Secretarias, Subprefeitura e Órgãos vinculados a Prefeitura SP.

Na terceira etapa propõe-se conhecer a organização promovendo uma auto-

avaliação do sistema de gestão das Secretarias e Órgãos da Prefeitura SP. Esta

avaliação busca medir a capacidade do sistema de gestão de produzir e manter

bons resultados.

A etapa seguinte consiste em redefinir a estratégia revisando o planejamento

estratégico e fazendo ampla divulgação da missão, visão, valores e princípios da

Prefeitura SP. Neste caminho a liderança assume a direção estratégica alinhando a

cultura do alto desempenho e excelência nos processos críticos. As estratégias são

desdobradas em planos de ação.

Propõe-se a implantação de um sistema de monitoramento da implementação

das estratégias, monitorando os respectivos planos e avaliando os resultados que

Page 5: Projeto 22 Doc

- 5 -

permitirão melhorar as respostas para o cidadão-usuário e demais partes

interessadas.

Finalizando, propõe-se a estruturação do Prêmio de Excelência da Gestão na

Prefeitura de São Paulo, vinculado à Secretaria de Gestão Pública e

Desburocratização.

3. Análise do contexto (diagnóstico) e justificativ as

Nos últimos anos as organizações públicas têm buscado cada vez mais

aprimorar os seus sistemas de gestão e ferramentas para aplicar da melhor maneira

possível os recursos disponíveis. Como conseqüência os gestores públicos têm

repensado e introduzido melhorias nos seus sistemas de gestão, de modo a

implantarem inovações ou até copiarem ações e projetos que já estão dando certo

em outras instituições.

Neste contexto, está ocorrendo uma onda de novas práticas de gestão

pública, transformando algumas organizações públicas em organizações com alto

desempenho em seus resultados, o que traz muitos benefícios para a sociedade.

Os gestores públicos, para atender as crescentes necessidades da

sociedade, buscam introduzir na sua agenda estratégica ferramentas e práticas de

gestão que garantam o desempenho e a eficácia organizacionais.

No caso da cidade de São Paulo a decisão de implantar uma gestão de

excelência classe mundial é fundamental e obrigatório, dada a sua importância no

cenário nacional e internacional.

São Paulo é o “principal centro financeiro, corporativo e mercantil da

América Latina ; sendo considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta e

recebendo o status de cidade global alfa -, por parte do Globalization and World

Cities Study Group & Network (GaWC)”.

Atualmente, na décima posição do ranking das mais ricas do mundo, deve

crescer 4,2% em média ao ano até 2025, ultrapassando cidades como Paris, Osaka

Page 6: Projeto 22 Doc

- 6 -

e Cidade do México, segundo estudos da PricewaterhouseCoopers, baseado nas

estimativas de população e crescimento das Nações Unidas, da OCDE

(Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e de governos

locais.

O município representa, isoladamente, 12,26% de todo o PIB brasileiro e 36%

de toda a produção de bens e serviços do estado de São Paulo, sendo sede de 63%

das multinacionais estabelecidas no Brasil, além de ser responsável por 28% de

toda a produção científica nacional – segundo dados de 2005”.

“O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é constituído pela frase

em latim "Non ducor, duco", cujo significado em português é "Não sou conduzido,

conduzo".”- (São Paulo cidade) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).

Melhorar a qualidade dos serviços prestados ao cidadão e, ao mesmo tempo,

torná-lo mais exigente em relação aos serviços públicos a que tem direito é o grande

desafio da qualidade na administração pública e o foco de sua atuação.

Assim, é necessário se fazer uma análise do modelo vigente e propor ações

para um novo modelo de gerenciamento voltado para a gestão pública, através da

gestão de pessoas, conquistando uma nova administração pública que garanta a

satisfação dos clientes, dos servidores e de toda a sociedade.

Essa prática gerencial que apóia toda ação de transformação da

administração pública contribui para o aumento da capacidade administrativa e

financeira (governança) do Estado e confere-lhe maior legitimidade

(governabilidade).

Nesse sentido, a implantação de um Programa de Qualidade na Prefeitura do

Município de São Paulo (PMSP) passa a ser um poderoso instrumento de cidadania,

conduzindo cidadãos e agentes públicos ao exercício prático de uma gestão pública

participativa, transparente orientada para resultados e preparada para responder às

demandas sociais.

Page 7: Projeto 22 Doc

- 7 -

O diagnóstico que embasamos esta proposição parte da constatação que os

órgãos da PMSP apresentam dificuldades:

• na estruturação de seu planejamento estratégico que mobilize todos os

gestores e força de trabalho no cumprimento da missão e visão de futuro

embasada em valores e princípios.

• no exercício cotidiano da estruturação do trabalho adequadamente alinhado

aos planos estratégicos, com a participação e envolvimento de líderes,

empregados e usuários.

• no acompanhamento sistemático dos resultados para indicar o grau de

eficiência e eficácia das organizações.

• na estruturação de um sistema de Informação e conhecimento que envolva os

diversos órgãos da PMSP e propiciam a análise crítica do seu desempenho,

com base em indicadores.

• Na definição de um modelo de gestão que permita uma avaliação com base

em indicadores, que leve ao entendimento dos requisitos da excelência e que

identifique, de forma sistemática, os pontos fortes e as oportunidades de

melhoria. A PMSP perde em agilidade e na capacidade de gerar respostas às

mudanças do ambiente em que está inserido.

Consideramos, em contrapartida, como oportunidades para a realização do

Projeto:

1. A emergência de um novo contexto de mudança: globalização,

democratização, revolução tecnológica, novo conceito de desenvolvimento.

2. A existência de modelos sistêmicos de gestão organizacional, construídos

com base de conceitos fundamentais essenciais à obtenção de excelência do

desempenho.

3. A experiência da Secretaria de Subprefeituras da PMSP na implantação do

Modelo de excelência.

4. A diretriz política do nosso Prefeito na modernização e melhoria da Gestão da

PMSP.

Page 8: Projeto 22 Doc

- 8 -

5. O apoio do Instituto Paulista de Excelência da Gestão (IPEG) como parceiro

na implementação do modelo de excelência.

6. A experiência da implantação do modelo em outras prefeituras e governos

estaduais.

7. O conhecimento acumulado pelos prêmios e programas setoriais da Rede

Nacional de Gestão Rumo à Excelência, alinhados aos critérios do Prêmio

Nacional da Qualidade (FNQ).

8. A existência de uma escola de formação na PMSP para promover a

disseminação do modelo de gestão.

9. A proposta da Agenda 2012: “ Assegurar qualidade, agilidade,

transparência, responsabilidade social e justiça fi scal às políticas

municipais” (Cidade Eficiente).

Page 9: Projeto 22 Doc

- 9 -

4. Árvore de problemas e árvore de objetivos

Árvore de Problemas

Falta de uma cultura de gestã o que oriente as organizações da

PMSP para a excelência.

Falta de padronização

das práticas de gestão

Herança do modelo

funcional

Apego às regras e rotinas

Ausência de competitividade

e visão de mercado

Visão setorial

Falta de comprometi-

mento

Descontentamento do cidadão

Falta de integração dos

projetos e ações governamentais

Imagem negativa dos serviços

públicos

Falta de monitoramen

to dos projetos e das ações

Problema central

Efeit os

Causas

Ineficácia dos

resultados

Descontinui-dade

administra-tiva

Falta de constância de

propósitos “descontinuida

de”

Page 10: Projeto 22 Doc

- 10 -

Árvore de Soluções

Implantar um modelo de gestão que oriente as organizações da

PMSO para a excelência.

Promove a satisfação da

força de trabalho

Promove a mudança da

cultura organizacional

Controla a execução

dos projetos e ações

Realiza Planejamen-

to estratégico

Avalia a execução dos

projetos e ações

Satisfação do munícipe

Integração dos projetos e ações governamentais

Imagem positiva dos serviços

públicos

Monitoramento dos

projetos e das ações

Fins

Meios

Melhoria dos serviços

prestados

Identifica pontos fortes e oportunida-

des de melhoria

Eficácia dos resultados -

Continuidade

Estabelece diretrizes

estratégicas

Promove melhorias para

alcance dos objetivos

estratégicos

Page 11: Projeto 22 Doc

- 11 -

5. Seleção do Projeto

Este projeto pretende implantar um modelo de gestão com foco em resultados

que oriente todas as Secretaria, Subprefeituras e Órgãos vinculados a Prefeitura SP

para a busca da excelência do sistema de gestão.

Resultados esperados do Projeto:

• disseminação dos fundamentos do modelo de excelência como arcabouço

filosófico do modelo de gestão;

• definição dos requisitos necessários e regulamento para aplicação do Modelo

de Gestão para a Excelência na Prefeitura de SP: orientações metodológicas

para implantação do modelo (aplicação integral ou parcial, estratégias de

implantação, cultura da qualidade, treinamento, sistema de acompanhamento,

sistema de correção de distorções).

• detalhamento dos conceitos, elementos e ferramentas do modelo de gestão:

definição de métodos e procedimentos para aplicação das ferramentas de

gestão definidas no modelo.

• estruturação sistêmica do modelo: implantação do modelo de excelência nas

Secretarias, Subprefeituras e Órgãos vinculados da Prefeitura SP.

• Realização da auto-avaliação da gestão e plano de melhorias;

• Redefinição de um plano estratégico para orientar as organizações da

Prefeitura SP na busca da excelência dos resultados.

• Estruturar sistema de Premiação de Excelência da Gestão na Prefeitura SP

Page 12: Projeto 22 Doc

- 12 -

6.Detalhamento do Projeto

6.1 Objetivos Específicos

6.1.1.Promover a mudança da cultura organizacional:

• Disseminar para todos os gestores da PMSP os fundamentos e princípios do

modelo de excelência em gestão pública.

• capacitar os gestores e força de trabalho para compreensão dos fundamentos

da excelência;

• envolver as lideranças para o estabelecimento dos valores e princípios

organizacionais necessários a promoção de excelência;

• promover a satisfação da força de trabalho;

• Promover a satisfação do cidadão-usuário e sociedade

6.1.2. Implantar Núcleos de Excelência da Gestão.

• Criar estrutura em todas as Secretarias, Subprefeituras e Órgãos vinculados

• Orientar, monitorar a implantação de práticas de excelência reconhecidas

através de certificação dos Prêmios de Qualidade na Gestão.

6.1.3.Conhecer a organização:

• Promover uma auto-avaliação do sistema de gestão das Secretarias e Órgãos

da PMSP. Esta avaliação busca medir a capacidade do sistema de gestão de

produzir e manter bons resultados.

• identificar pontos fortes e oportunidades de melhoria;

• realizar plano de melhorias, considerando os resultados do diagnóstico da

auto-avaliação.

• sistematizar as práticas de gestão e resultados da organização de acordo

com os critérios de processos gerenciais do modelo de excelência em gestão.

• implantar mudanças e desenvolver sistemas de reconhecimento e

premiações;

Page 13: Projeto 22 Doc

- 13 -

6.1.4.Redefinir a estratégia:

• revisar o planejamento estratégico;

• definir missão, visão e valores e objetivos estratégicos;

• elaborar os planos de ação;

• fazer análise crítica da execução acompanhando e monitorando os

indicadores de desempenho;

• avaliar os resultados alcançados;

• promover correções e melhorias para alcance dos objetivos estratégicos.

6.1.5. Estruturar sistema de premiação interna de Excelência da Gestão na

Prefeitura SP

6.2 Etapas, Eventos e Atividades

Etapas do Projeto

• APRESENTAÇÃO do anteprojeto do modelo de gestão para o Secretário de

Gestão e Prefeito. Formalização da decisão de implantar o Projeto.

• PARCERIA: IPEG (Instituto Paulista de Qualidade na Gestão), Núcleo

Técnico de Qualidade da Secretaria de Subprefeituras e Secretaria de Gestão

e Desburocratização.

• Desenvolvimento do regulamento de aplicação do modelo com grupo de

representantes da Secretaria de Gestão, núcleo da qualidade da Secretaria

de Subprefeituras e cooperação técnica dos parceiros do IPEG.

• CAPACITAÇÃO: disseminação dos conceitos e fundamentos do modelo de

excelência para os gestores municipais promovidos pelos parceiros do

Programa.

• CRIAÇÃO dos Núcleos de Excelência da Gestão nas Secretarias,

Subprefeituras e órgãos da PMSP para monitorar as práticas e padrões de

atuação, tendo em vista sua adequação nos fundamentos de excelência e

considerando: enfoque, aplicação, disseminação e integração

Page 14: Projeto 22 Doc

- 14 -

• DIAGNÓSTICO: Auto-avaliação da situação atual dos diversos órgãos da

PMSP em comparação com os fundamentos e práticas do modelo de

excelência, com acompanhamento da consultoria especializada.

• PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: definição das medidas iniciais para

concretizar o modelo de gestão para excelência. Elaboração da missão, visão

e valores e documento básico para orientar o controle dos resultados no

exercício de 2011 e 2012.

• IMPLANTAÇÃO – do sistema de monitoramento da gestão e controle de

resultados com acompanhamento da consultoria especializada e cooperação

técnica dos parceiros. Identificação de oportunidades de melhoria nas

práticas de gestão e implantação de novas práticas. .

• AVALIAÇÃO - Avaliação das medidas implantadas e melhoria contínua do

sistema de gestão.

• PREMIAÇÃO: Reconhecimento das melhores organizações da Prefeitura de

São Paulo.

Page 15: Projeto 22 Doc

- 15 -

7. Cronograma Executivo

2010 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN

1.Definição do grupo gestor e definição da

estratégia de aplicação do modelo de excelência

em gestão pública

2. Disseminação para todos os gestores da PMSP os fundamentos e princípios do modelo de excelência

3.Criação dos Núcleos de Excelência da Gestão nas Secretarias, Subprefeituras e órgãos da PMSP

4.Elaboração da auto-avaliação do sistema de gestão em 100% das Secretarias Subprefeituras e órgãos da PMSP

5.Elaboração do Planejamento Estratégico em 100% das Secretarias, Subprefeituras e órgãos da PMSP

6. Estruturação, padronização, do sistema de monitoramento de resultados da gestão

7. Estruturação do Prêmio de Excelência da Gestão na Prefeitura de São Paulo

Page 16: Projeto 22 Doc

- 16 -

8. Recursos necessários

ESTIMATIVO

Despesas com diárias examinadores; 100 examinadores x 5diáriasXR$

600

R$ 300.000,00

Despesas com remuneração dos palestrantes 2.000,00 x 12 palestra (ano) R$ 24.000,00

Capacitação de examinadores (banca examinadora) 180 examinadores x R$ 600,00 (três

examinadores por Órgão)

R$ 108.000,00

Despesas com transportes e viagens (palestrantes, consultor) 100 examinadores x R$ 1.000,00 R$ 100.000,00

Despesas coffee break treinamento 50 turmas de 35 alunos R$ 35.000,00

Capacitação de multiplicadores para os Fundamentos dos Critérios

de Excelência

120 pessoas x R$ 600,00 (duas

pessoas por secretaria e

subprefeitura)

R$ 72.000,00

Consultoria e capacitação para o Planejamento Estratégico da

PMSP

120 pessoas x R$ 600,00 (duas

pessoas por Órgão)

R$ 72.000,00

Estruturação dos Núcleos de Excelência da Gestão R$ 600.000,00

Materiais diversos p/ treinamento , divulgação, avaliações, troféu,

placas de reconhecimento

R$ 150.000,00

R$ 1.461.000,00

Page 17: Projeto 22 Doc

- 17 -

9 – Fontes de financiamento – origem dos recursos

O Banco Mundial apóia a implementação para aprimorar a qualidade de

gestão pública.

O BNDES – PMAT apóia o fortalecimento da capacidade gerencial,

normativa, operacional e tecnológica da administração pública municipal. Inclui como

itens financiáveis a capacitação de recursos humanos, tecnologia da informação e

equipamentos de informática, além de serviços técnicos especializados.

O BID por meio do Projeto Brasil Municípios tem como foco de atuação:

• Formação e aperfeiçoamento de instrutores de instituições e entidades

regionais de capacitação para atuarem como multiplicadores em matérias

relevantes para a melhoria da gestão municipal;

• Capacitação presencial e descentralizada de gestores e técnicos municipais,

com foco em resultados;

• Consultoria especializada e assistência técnica no local de trabalho para a

solução de problemas que impedem ou fragilizam a execução de programas

e projetos, complementando a capacitação institucional;

• Intercâmbio de experiências entre municípios, do Brasil e do exterior, que

possibilite a disseminação de lições aprendidas nas trajetórias de

desenvolvimento local e a identificação de boas práticas de gestão municipal

que possam ser adaptadas às realidades locais;

• Fomento e apoio ao desenvolvimento de experiências-piloto inovadoras de

gestão local, associativismo intermunicipal e/ou gestão participativa;

• Apoio e fortalecimento de redes temáticas, parcerias, consórcios e outras

formas de associativismo intermunicipal.

Fonte de pesquisa: sites BNDES/BID

Page 18: Projeto 22 Doc

- 18 -

10. Stakeholders

Parte interessada Necessidades

Liderança: Prefeito, Secretários,

Subprefeitos e Superintendentes,

• Obter a satisfação do cidadão-usuário

e sociedade

• Boa imagem p/ sociedade

• Resultados efetivos, eficazes e

eficientes

Corpo Gerencial: Coordenadores,

Supervisores, Assessores, Chefias

• Estratégia clara de atuação;

• Traduzir a estratégia em termos

operacionais

• Gerenciar a estratégia transformando

em um processo contínuo

• Apoio da liderança para dar

continuidade aos projetos

• Integração entre os diferentes

gestores

• Definição de metas de desempenho

Força de Trabalho: Funcionários

efetivos, comissionados, contratados,

prestadores de serviços, estagiários,

colaboradores

• Condições adequadas de trabalho

• Oportunidades de participar de

treinamentos

• sentir satisfação no trabalho: ser

ouvido, participar, ter informações,

saber o seu papel.

• Saber qual a finalidade do seu

trabalho

Page 19: Projeto 22 Doc

- 19 -

Cidadão-usuário • Qualidade de vida

• Sentir-se satisfeito: ser ouvido, ter

informações, ser atendido.

Parceiros : IPEG, FUNDAP, FGV,

outros

• Disseminar conhecimento

• Contribuir para a melhoria contínua

das organizações

Políticos: vereadores, deputados,

partidos

• Obter a satisfação do cidadão-usuário

e sociedade

• Boa imagem p/ sociedade

• Resultados efetivos, eficazes e

eficientes

Fornecedores • Conseguir remuneração justa

• receber no prazo

• Conhecer os requisitos dos produtos

e serviços

Mídia • Ter informações sobre os serviços

prestados

• Conhecer os projetos do governo

• Fiscalizar a atuação do governo

Page 20: Projeto 22 Doc

- 20 -

11- Monitoramento do Projeto

O projeto trata da concepção de um modelo de gestão para a excelência a ser

implantado no Sistema da PMSP orientado pelos fundamentos do modelo de

excelência do Prêmio Nacional da Qualidade .

O escopo do projeto restringe-se à definição do modelo de gestão para a

excelência e sua aplicação nas Secretarias e órgãos da PMSP. A fase de

implantação do modelo será incorporada aos processos estratégicos das respectivas

unidades institucionais.

O projeto vai indicar o que se deve fazer para se chegar a excelência em

gestão voltada à obtenção de resultados viabilizando a sua aplicação em toda a

Prefeitura do Município de São Paulo. O projeto será monitorado considerando:

• o alcance da abordagem dos fundamentos da excelência do Prêmio Nacional

da Qualidade como arcabouço filosófico do modelo de gestão;

• a definição dos requisitos necessários para aplicação do modelo na PMSP;

• a definição de orientações metodológicas para implantação do modelo

(aplicação integral ou parcial, estratégias de implantação, cultura da

qualidade, treinamento, sistema de acompanhamento, sistema de correção

de distorções).

• a estruturação sistêmica do modelo;

• o detalhamento dos conceitos, elementos e ferramentas do modelo de

gestão.

• o regulamento para aplicação do Modelo de Gestão para a Excelência

• os métodos e procedimentos para aplicação das ferramentas de gestão

definidas no modelo.

O monitoramento do projeto será mensal, verificando o cumprimento do

cronograma e a implantação das fases nas diversas Secretarias, Subprefeituras e

Órgãos da PMSP. O Núcleo Gestor de Excelência da Gestão vinculado à Secretaria

de Gestão e Desburocratização ficará responsável pelo monitoramento e emissão

de relatórios mensais ao Prefeito.

Page 21: Projeto 22 Doc

- 21 -

12- Indicadores de execução e formas de verificação

Perspectiva

Indicador

Forma de cálculo

Formas de verificação

Disseminação do Modelo de Gestão de Excelência para 100% dos gestores municipais até junho de 2010.

% de gestores capacitados número de gestores capacitados/ n° total de gestores da Prefeitura SP

Freqüência nos cursos de capacitação

Implantação dos Núcleos de Excelência da Gestão até julho/2010 em 100% das Secretarias, Subprefeituras e Orgãos da Prefeitura SP

% de Núcleos implantados Número de núcleos implantados/ nº total de Secretarias, Subprefeituras e Órgãos

Publicação no Diário Oficial da Cidade de São Paulo

Elaboração da auto-avaliação do sistema de gestão em 100% das Secretarias Subprefeituras e órgãos da Prefeitura SP até setembro de 2010.

% de auto- avaliação da gestão efetuada

Número de auto-avaliações efetuadas/ nº total de Secretarias, Subprefeituras e órgãos

Publicação no Diário Oficial da Cidade e Relatório mensal dos Núcleos de Excelência

Elaboração do Planejamento Estratégico na Prefeitura SP, Secretarias, Subprefeituras e órgãos da Prefeitura SP até dezembro de 2010.

Planejamento Estratégico elaborado

Número de planejamento estratégico realizado

Publicação no Diário Oficial da Cidade e Relatório mensal dos Núcleos de Excelência

Page 22: Projeto 22 Doc

- 22 -

Implantação de sistema de monitoramento de resultados da gestão na Prefeitura SP, Secretarias, Subprefeituras e Órgãos até fevereiro de 2011.

Sistema de monitoramento de resultados implantado

Número de sistema de monitoramento implantados

Relatório Mensal dos Resultados e Reunião mensal de monitoramento de resultados com o Prefeito

Estruturação do sistema de Premiação de Excelência da Gestão na Prefeitura SP

% de organizações da Prefeitura SP que participam do sistema de premiação

Número de organizações que participam / nº total de organizações da Prefeitura SP

Controle da estrutura administrativa do Prêmio.

Page 23: Projeto 22 Doc

- 23 -

ANEXO I

O MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO

O Modelo de Excelência em Gestão (MEG) baseia-se em um conjunto de

fundamentos da excelência (quadro 1) que expressam conceitos atuais que se

traduzem em práticas encontradas em organizações de elevado desempenho,

líderes de Classe Mundial. Os fundamentos da excelência refletem valores

reconhecidos internacionalmente, e as suas principais fontes de referências são o

Baldrige National Quality Program, a European Foundation for Quality Management

e a International Organization for Standardization.

Quadro 1 – Fundamentos da excelência

Pensamento

Sistêmico

Entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma organização, bem como entre a organização e o ambiente externo.

Aprendizado

organizacional

Busca e alcance de um novo patamar de conhecimento para a organização por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de experiências.

Cultura de inovação

Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas idéias que possam gerar um diferencial competitivo para a organização.

Liderança e constância de

propósitos

Atuação de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, visando ao desenvolvimento da cultura da excelência, à promoção de relações de qualidade e à proteção dos interesses das partes interessadas.

Page 24: Projeto 22 Doc

- 24 -

Orientação por processos e informações

Compreensão e segmentação do conjunto das atividades e processos da organização que agreguem valor para as partes interessadas, sendo que a tomada de decisões e execução de ações deve ter como base a medição e análise do desempenho, levando-se em consideração as informações disponíveis, além de incluir os riscos identificados.

Visão de futuro

Compreensão dos fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente externo no curto e no longo prazo, visando a sua perenização.

Geração de valor

Alcance de resultados consistentes, assegurando a perenidade da organização pelo aumento de valor tangível e intangível de forma sustentada para todas as partes interessadas.

Valorização das pessoas

Estabelecimento de relações com as pessoas, criando condições para que elas se realizem profissionalmente e humanamente, maximizando seu desempenho por meio do comprometimento, desenvolvimento de competências e espaço para empreender.

Conhecimento sobre o cliente e o mercado

Conhecimento e entendimento do cliente e do mercado, visando à criação de valor de forma sustentada para o cliente e, conseqüentemente, gerando maior competitividade nos mercados

Desenvolvimento de parcerias

Desenvolvimento de atividades em conjunto com outras organizações, a partir da plena utilização das competências essenciais de cada uma, objetivando benefícios para ambas as partes.

Responsabilidade social

Atuação que se define pela relação ética e transparente da organização com todos os públicos com os quais ela se relaciona, estando voltada para o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras; respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização.

Fonte: FNQ: Conceitos Fundamentais da Excelência em Gestão, 2008.

Page 25: Projeto 22 Doc

- 25 -

Esses fundamentos da excelência, quando aplicados, trazem melhorias para

os processos e produtos, redução de custos e aumento da produtividade para a

organização, tornando-a mais competitiva. Além disso, potencializam a credibilidade

da instituição e o reconhecimento público, aumentando o valor do empreendimento.

A organização que adota enfoques de excelência adapta-se mais facilmente às

mudanças e tem mais condições de atingir e manter um desempenho de Classe

Mundial.

O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), tendo como base os

Fundamentos da Excelência, sendo constituído por oito critérios:

1. Liderança

2. Estratégias e Planos

3. Clientes

4. Sociedade

5. Informações e Conhecimento

6. Pessoas

7. Processos

8. Resultados

No Modelo, os fundamentos da Excelência são expressos em características

tangíveis (mensuráveis quantitativa ou qualitativamente) que chamamos de

requisitos.

O Modelo de Excelência da Gestão® é representado pelo diagrama mostrado

abaixo.

Page 26: Projeto 22 Doc

- 26 -

MODELO DE EXCELÊNCIA DA GESTÃO® (MEG)

Uma visão sistêmica da gestão organizacional

A figura representativa do Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) simboliza

a organização, considerada um sistema orgânico e adaptável, que interage com o

ambiente externo. Sugere que os elementos do Modelo, imersos num ambiente de

Informações e Conhecimento , relacionam-se de forma harmônica e integrada,

voltados para a geração de resultados. Embora o desenho admita diferentes

interpretações, a que melhor descreve o Modelo utiliza o conceito de aprendizado,

segundo o ciclo de PDCL (Plan, Do, Check e Learning ) como descrito a seguir:

Page 27: Projeto 22 Doc

- 27 -

A Liderança , de posse de todas essas informações, estabelece os princípios

da organização, pratica e vivencia os fundamentos da excelência, impulsionando,

com seu exemplo, a cultura da excelência na organização.

Os líderes, principais responsáveis pela obtenção de resultados que assegurem a

satisfação de todas as partes interessadas e a perpetuidade da organização,

analisam o desempenho da mesma e executam, sempre que necessário, as ações

requeridas, consolidando o aprendizado organizacional.

As Estratégias são formuladas pelos líderes para direcionar a organização e

o seu desempenho, e para determinar sua posição competitiva. São estabelecidas

metas que consideram as projeções da demanda e o desempenho projetado dos

concorrentes. As estratégias são desdobradas em todos os níveis da organização

em Planos de ação, de curto e longo prazo. Recursos adequados são alocados para

assegurar a implementação das estratégias. As estratégias, as metas e os planos

são comunicados paras as pessoas da força de trabalho e, quando pertinente, para

as demais partes interessadas. A organização avalia permanentemente a

implementação das estratégias, monitora os respectivos planos e responde

rapidamente às mudanças nos ambientes interno e externo.

Até este momento, considerando os quatro critérios apresentados, tem-se a etapa

de Planejamento (P) do ciclo PDCL da organização.

As Pessoas que compõem a força de trabalho devem estar capacitadas e

satisfeitas, atuando em um ambiente propício à consolidação da cultura da

excelência, para executar e gerenciar adequadamente os Processos , criando valor

para os clientes a fim de aperfeiçoar o relacionamento com os fornecedores. A

organização planeja e controla seus custos e investimentos. Os riscos financeiros

são quantificados e monitorados.

Conclui-se, neste momento, a etapa referente à Execução (D) do PDCL.

Para efetivar a etapa do Controle (C), são mensurados os Resultados em

relação a: situação econômico-financeira, clientes e mercado, pessoas, sociedade,

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- 28 -

processos principais do negócio e processos de apoio, e fornecedores. Os efeitos

gerados pela implementação sinérgica das práticas de gestão e pela dinâmica

externa à organização podem ser comparados às metas estabelecidas para

eventuais correções de rumo ou reforços das ações implementadas.

Conclui-se, neste momento, a etapa referente ao Controle (C) do PDCL.

Esses resultados, em forma de Informações e Conhecimento , retornam a

toda a organização, para que esta possa executar as ações e buscar o aprendizado

organizacional. Essas informações representam a inteligência da organização,

viabilizando a análise do desempenho e a execução das ações necessárias, em

todos os níveis. A figura enfatiza as informações e o conhecimento como elementos

que permitem a inter-relação de todos os critérios e, portanto, entre todos os

elementos que constituem a organização. A gestão das informações e dos ativos

intangíveis é um elemento essencial à jornada em busca da excelência.

Conclui-se, neste momento, a etapa referente ao Aprendizado (L) do PDCL.

Critério 1 – LIDERANÇA

O Critério Liderança traduz, essencialmente, o fundamento da excelência

Liderança e Constância de Propósito, que preconiza a forma aberta, democrática e

inspiradora da atuação das pessoas que detêm a propriedade e das que atuam na

direção exercendo a liderança em todos os níveis na organização. É a forma que

visa o desenvolvimento da cultura da excelência como fonte de motivação, à

promoção de relações de qualidade e à proteção dos interesses das partes. Trata do

comprometimento dos líderes com formas efetivas de governança, com os valores e

princípios da organização, além das estratégias e da promoção do sistema de

gestão para a excelência. Trata destacadamente da criação de um ambiente

organizacional que estimule as pessoas a buscar e realizar um propósito comum e

duradouro.

Page 29: Projeto 22 Doc

- 29 -

EXERCÍCIO DA LIDERANÇA

O exercício da liderança considera a mobilização da força de trabalho e

obtenção de apoio das partes interessadas para o êxito das estratégias. Trata

também das mudanças culturais necessárias para apoiar a concretização das

estratégias. Para que se promova a cultura da excelência na organização, é

necessário que haja convergência nas ações relativas a todos os setores, unidades

e processos, levando-se em consideração as expectativas de todas as partes

interessadas.

O exercício da liderança baseia-se em valores claros e em princípios

organizacionais que sustentem as decisões e permitam guiar e inspirar a

organização, engajando seguidores no alcance dos seus objetivos. Deve também

abranger todos os líderes da organização, mesmo aqueles designados para liderar

equipes perenes ou temporárias, fora da estrutura hierárquica, como as equipes

multifuncionais, comitês, comissões, times e projetos.

O exercício da liderança leva assim à estruturação das práticas de gestão e

de criação das condições necessárias à busca da excelência pela organização.

Considera as formas utilizadas para estabelecer padrões de trabalho e para

controlar as práticas de gestão a partir da verificação do cumprimento dos padrões e

a implementação do aprendizado para avaliar e melhorar as práticas e padrões.

Finalmente, trata de como a inovação é desenvolvida na organização.

Critério 2- ESTRATÉGIAS E PLANOS

O Critério Estratégias e Planos traduz, primordialmente, o fundamento da

excelência Visão de Futuro, pois determina os elementos de análise do ambiente

externo onde a organização efetuará as suas transações a partir da compreensão

dos fatores que afetam o negócio e o mercado de atuação no curto e no longo

prazo. Esse delineamento das perspectivas futuras proporciona elementos para

traduzir a visão da organização em estratégias e planos concretos para alcançá-la,

com comprometimento das pessoas.

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- 30 -

O Critério Estratégias e Planos é representado no Modelo de Excelência da

Gestão® (MEG) da FNQ na forma de uma seta integradora, central aos demais

critérios, a qual aponta para o Critério Resultados.

O Modelo ressalta dessa forma os processos gerenciais para lidar com as

estratégias e planos da organização , em decorrência da importância das práticas de

planejamento na organização Classe Mundial, para definir os rumos e detalhar a

causa a ser perseguida. Esse Critério dá sentido ao de Liderança quando define e

detalha em que objetivos e metas as pessoas devem ser engajadas pelas

lideranças. O atendimento das necessidades de clientes e da sociedade, emanadas

dos Critérios Clientes e Sociedade, constitui a referência principal da criação de

valor pela gestão das Pessoas e Processos, para produzir os Resultados para as

partes interessadas.

Para isso, o Critério separa a deliberação dos rumos para o futuro na

organização em dois temas principais. O primeiro, referente à Formulação das

estratégias, aborda as reflexões sobre os ambientes e escolhas das estratégias,

responsável por definir caminhos compatíveis com o setor de atuação da

organização — o macroambiente e o seu mercado. Considera o sentido econômico

do conjunto de atividades de compra e venda de bens e serviços e também de

transações com ativos como mercado de consumidores, mercado financeiro,

mercado de capitais, aspectos socioambientais e de sustentabilidade. O segundo,

referente à Implementação das estratégias, abrange as ações, interna e

externamente, executadas em função das estratégias formuladas, com indicadores,

metas e planos de forma que a organização, em todos os níveis, alinhe seus

processos , monitore o seu êxito e reavalie suas estratégias.

Outros fundamentos da excelência são fortemente evidenciados ao longo do

critério estratégias e planos. O fundamento Foco no Cliente e no Mercado está

presente na Formulação das estratégias, em razão da consideração do

entendimento do mercado de atuação como pré-requisito para formulação das

estratégias.

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- 31 -

O fundamento Valorização das Pessoas aparece também na Formulação das

estratégias, quando estimula o envolvimento das diversas áreas da organização no

processo. Também surge na Implementação das estratégias quando da

consideração da comunicação das estratégias, metas e planos de ação para a força

de trabalho.

O fundamento Orientação por Processos e Informações se destaca tanto na

Formulação das estratégias — visto que essas devem ser resultados de análises de

dados e fatos — como na Implementação das estratégias quando se considera a

configuração de medição do desempenho com base em indicadores que mostrem a

coerência entre estratégias e processos.

O fundamento Geração de Valor está presente na Implementação das

estratégias quando considera a definição de metas para indicadores de

desempenho, a fim de promover a avaliação dos resultados e o engajamento das

pessoas.

Critério 3 – CLIENTES (CIDADÃO-USUÁRIO)

O Critério Clientes está diretamente relacionado com o fundamento Foco no

cliente e no mercado, que preconiza a criação e entrega de valor para o cliente de

forma sustentada e maior competitividade nos mercados. Isso se dá por meio do

conhecimento e entendimento destas duas entidades: cliente e mercado.

O Critério está estruturado em dois temas principais. O primeiro referente à

Imagem e conhecimento de mercado , aborda a forma como a organização

identifica e entende as necessidades e expectativas dos clientes e do mercado.

Também trata da divulgação dos seus produtos e marcas. O segundo referente ao

Relacionamento com clientes , aborda o tratamento das reclamações e a avaliação

da satisfação, fidelidade e insatisfação dos clientes em relação a seus produtos.

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- 32 -

RELACIONAMENTO COM CLIENTES

O relacionamento é um recurso fundamental para o entendimento e a gestão

das necessidades e expectativas dos clientes, bem como para o desenvolvimento de

novos negócios.

Este tema trata da forma como os canais são definidos e colocados à

disposição dos clientes para que eles apresentem suas manifestações —

reclamações, sugestões, pedidos, solicitação de informações e elogios e como

essas manifestações são tratadas. A solução adotada deve ser passada para os

clientes e, internamente à organização, para as áreas pertinentes. Outro ponto

tratado neste tema diz respeito à forma como a organização avalia a satisfação, a

fidelidade e a insatisfação do cliente.

Critério 4 – S0CIEDADE

A estruturação do Critério Sociedade está baseada principalmente no

fundamento Responsabilidade Social, que pressupõe o reconhecimento da

comunidade e da sociedade como partes interessadas da organização. O valor da

organização depende de sua credibilidade perante a sociedade e de seu

reconhecimento público. Por esta razão, o zelo com a imagem perante a sociedade

é elemento fundamental para o sucesso e a perenidade da organização. Outro

fundamento relacionado com o Critério Sociedade é o Pensamento Sistêmico, pela

importância do entendimento das relações de interdependência existentes entre a

organização e o ambiente externo. O fundamento Liderança e Constância de

Propósitos também orienta a estruturação deste Critério, pela importância do papel

da Direção na incorporação da cultura necessária ao desenvolvimento sustentável.

“Desenvolvimento sustentável: desenvolvimento que satisfaz as necessidades

presentes sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazerem

suas próprias necessidades.”

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- 33 -

Gro Harlem Brundtland, 1987, presidente da Comissão Mundial de Meio Ambiente.

AVALIAÇÃO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DA SOCIEDADE

Devem ser estabelecidas formas de avaliar o grau de satisfação das

comunidades em relação à organização que considerem pelo menos os seguintes

aspectos:

• grau de satisfação com relação aos impactos dos processos e operações; e

• grau de satisfação com relação aos esforços para o fortalecimento da

sociedade.

O primeiro aspecto tem a ver com o grau de eficácia no atendimento aos

impactos decorrentes dos processos, produtos e instalações da organização e o

segundo está relacionado com a eficácia dos projetos sociais desenvolvidos para

apoio à sociedade e à comunidade vizinha à organização.

O grau de satisfação da sociedade pode ser avaliado por meio da aplicação de

pesquisas dirigidas a representantes da comunidade.

IMAGEM PERANTE A SOCIEDADE

O valor de uma organização depende de sua credibilidade perante a sociedade e

do reconhecimento público que recebe. Por esta razão, ela deve manter práticas que

lhe permitam conhecer sua imagem perante a sociedade. É importante ter clara a

diferença entre a avaliação do grau de satisfação da comunidade e a avaliação da

imagem perante a sociedade. Ainda que as duas avaliações possam ser feitas a

partir dos mesmos instrumentos, há diferenças importantes entre elas. A avaliação

do grau de satisfação, normalmente, está associada à percepção por parte das

comunidades de ações mais específicas realizadas pela organização, e

normalmente têm horizonte de menor prazo.

Por outro lado, a avaliação da imagem está mais relacionada à visão global que

a sociedade tem da organização, com base no conjunto de atuações que a mesma

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tem feito ao longo de sua história. Naturalmente, a avaliação da imagem fica

condicionada ao resultado das ações mais recentes, e por essa razão é importante

que o instrumento

para sua avaliação consiga, na medida do possível, captar a percepção global, pois

esta tem mais relação com a credibilidade da organização e o reconhecimento

público.

Além de avaliar, a organização deve zelar pela sua imagem perante a

sociedade. Zelar pela imagem implica:

• identificar requisitos legais e outros compromissos ou acordos, impostos ou

voluntariamente assumidos, que sejam aplicáveis aos aspectos éticos e aos

• impactos sociais de suas atividades, produtos e serviços, mesmo aqueles do

ambiente de trabalho e da segurança e saúde ocupacional, do meio

ambiente,

• do patrimônio e do capital social, da economia e das relações com o

mercado;

• definir responsabilidades e práticas para assegurar o atendimento pleno a tais

requisitos;

• analisar os resultados das avaliações da imagem e atuar nas lacunas

observadas; e

• manter um sistema de comunicação adequado com a sociedade.

A

Critério 5 – INFORMAÇÕES E CONHECIMENTO

O Critério Informações e Conhecimento traduz, primordialmente, o

fundamento da excelência Orientação por Processos e Informações, pois suporta a

tomada de decisões na organização com base em medições e análise do seu

desempenho e de outros fatos e dados dos ambientes interno e externo. A

organização deve dispor de sistemas de informação adequados para essa finalidade

e usar sistematicamente informações comparativas. Os seus diferenciais favoráveis,

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- 35 -

identificados em relação a essas informações, expressam o potencial de seus ativos

intangíveis em agregar valor ao negócio e gerar diferencial competitivo.

O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) destaca a informação e o

conhecimento em um critério específico, em decorrência da importância desses

temas para a excelência na gestão das organizações. Na figura do Modelo, o

Critério Informações e Conhecimento aparece como elemento de ligação entre os

demais, representado na área de cor branca, pelo fato de permear todo o sistema de

gestão.

Os requisitos deste critério têm forte interação com todos os demais Critérios.

Os temas que o compõem são referentes à Informações da organização , à

Informações comparativas e à Ativos intangíveis . São separados didaticamente

em decorrência da finalidade específica de cada um para apoiar a gestão da

organização Classe Mundial.

Outros fundamentos da excelência são fortemente evidenciados ao longo dos

três temas, como:

Em Informações da organização :

• As práticas de gestão das informações para acompanhar os planos de ação

decorrem, principalmente, do fundamento Liderança e constância de

propósitos, pois o êxito na implementação das estratégias é

significativamente influenciado pelo acompanhamento dos planos de ação

conduzidos pelas lideranças.

• As práticas de gestão das informações para apoiar as operações enfatizam o

fundamento Orientação por processos e informações, pois os envolvidos nos

processos são usuários dos sistemas de informação, que devem abastecer

ágil e sistematicamente a organização com dados gerados ao longo dos

processos. Devem permitir também que, uma vez tratados, esses dados

possam ser armazenados e conservados com segurança em registros de

arquivos organizados e, depois, extraídos com rapidez na forma de

informações para apoiar os usuários.

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Em Informações comparativas :

• As práticas de gestão aparecem evidenciando os fundamentos Orientação

por processos e informações, Geração de Valor e Aprendizado

organizacional, visto que as informações comparativas são relevantes para

compreender resultados alcançados e estabelecer resultados desejados, ou

metas, bem como para promover melhorias de produtos e processos,

alcançando um novo nível de conhecimento pela prática regular do

benchmarking.

Em Ativos intangíveis:

• As práticas evidenciam a presença dos fundamentos Foco no Cliente e no

Mercado e Orientação por processos e informações, quando visam à

identificação metodológica, ao desenvolvimento e à proteção do diferencial

competitivo agregados por tais ativos. As práticas requeridas neste item

também evidenciam o fundamento Aprendizado organizacional ao tratar do

compartilhamento do conhecimento na organização, potencializando, por

meio do aumento do conhecimento dos profissionais, a melhoria dos

processos e produtos.

Critério 6 – PESSOAS

A estruturação do Critério Pessoas está baseada principalmente no

fundamento Valorização das Pessoas, que relaciona o desempenho da organização

com a capacitação, motivação e bem-estar da força de trabalho, bem como com um

ambiente propício à participação e ao desenvolvimento. Este Critério está baseado,

também, nos fundamentos Geração de Valor, Pensamento Sistêmico e Aprendizado

Organizacional.

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O Critério Pessoas está estruturado em três temas: Sistemas de trabalho,

Capacitação e desenvolvimento e Qualidade de vida.

O tema Sistemas de trabalho orienta a organização para a importância das

relações entre as pessoas e do trabalho em equipe. Os requisitos levam ainda a

organização a estimular a cooperação mútua e a comunicação eficaz, e a criar

estruturas organizacionais flexíveis e que se adaptem facilmente a novas situações,

de forma a permitir resposta rápida às demandas dos negócios.

Finalmente, a aplicação dos fundamentos Geração de Valor e Aprendizado

Organizacional orienta a organização para a importância das formas de avaliação de

desempenho, recompensa e remuneração como alavancadores da busca do alto

desempenho e da cultura da excelência.

O tema Capacitação e desenvolvimento aplica os fundamentos Valorização

das Pessoas e Aprendizado Organizacional, ao reunir requisitos para dirigir os

esforços da organização no sentido de assegurar às pessoas oportunidades para

aprender e para se desenvolver pessoal e profissionalmente. Os requisitos deixam

clara a importância de alinhar os esforços de Capacitação e desenvolvimento, além

de atenderem às necessidades operacionais, com as estratégias e as aspirações da

força de trabalho.

Finalmente, o tema Qualidade de vida reúne os requisitos relativos à

manutenção do clima organizacional e da qualidade de vida. Esses requisitos

abordam a preservação da integridade física das pessoas, representada pela saúde

ocupacional, segurança e ergonomia.

Abordam, também, a busca do bem-estar, a satisfação e a motivação das

pessoas, bem como a necessidade da avaliação da sua satisfação. O atendimento a

esses requisitos é condição fundamental para a retenção de talentos e para que a

força de trabalho contribua para os resultados da organização, por meio da plena

utilização de suas capacidades.

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Em resumo, o Critério Pessoas reúne em seus temas os requisitos voltados a

selecionar, integrar, e organizar as pessoas e avaliar seu desempenho; capacitar e

desenvolver; e manter o ambiente de trabalho, de forma a assegurar a utilização

plena do potencial das pessoas que compõem a força de trabalho, em alinhamento

com as estratégias organizacionais.

SISTEMAS DE TRABALHO

O tema Sistemas de trabalho enfoca as formas como a organização

proporciona à sua força de trabalho as condições para definir e executar seus

processos. Inclui como as pessoas são organizadas, visando assegurar condições

adequadas de trabalho no que se refere a aspectos como cooperação,

comunicação, autonomia, estrutura de cargos e outros. Esses aspectos são

reconhecidos como importantes para que as pessoas tenham a possibilidade de

utilizar plenamente seu potencial. Este tema contempla também as práticas voltadas

à seleção, contratação e integração de novos membros da força de trabalho, bem

como à avaliação do desempenho, reconhecimento e remuneração.

CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

O tema Capacitação e desenvolvimento aborda as atividades de

capacitação e desenvolvimento da força de trabalho, desde a fase de identificação

das necessidades, passando pela realização e avaliação da eficácia, levando em

conta as estratégias da organização. Destaca-se o fato de que este tema aborda

explicitamente o desenvolvimento da cultura da excelência e também o

desenvolvimento pessoal (além do desenvolvimento profissional) dos componentes

da força de trabalho.

QUALIDADE DE VIDA

O tema Qualidade de vida considera que a organização precisa, de um lado,

ser capaz de atrair e reter as pessoas que necessita para suas operações e para

suas estratégias e, de outro, manter um clima organizacional que faça com que a

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força de trabalho explore ao máximo seu potencial, de forma a assegurar o alto

desempenho. Contempla, também, uma orientação a organização para manter

práticas compatíveis com a sua responsabilidade de zelar pela integridade física das

pessoas que atrai para sua força de trabalho.

Critério 7 – PROCESSOS

Este Critério aborda a gestão dos processos da organização que agregam

valor de uma forma geral. Mais especificamente, considera os processos que

agregam valor diretamente para os clientes, os processos de apoio, os processos de

relacionamento com os fornecedores e os processos econômico-financeiros da

organização.

Está baseado no fundamento Orientação por Processos e Informações, que

orienta a organização para a compreensão e gerenciamento por meio de processos,

obtendo-se, em decorrência, o pleno domínio dos recursos empregados pela

organização, a previsibilidade dos seus resultados, a melhoria do seu desempenho e

a implementação sistemática de inovações e melhorias.

Segundo a ótica dos processos da organização e considerando-se o Modelo

de Excelência da Gestão® (MEG), podemos concluir que os processos estão

presentes em nos oito Critérios de Excelência, inclusive nos Resultados, uma vez

que estes são a conseqüência dos próprios processos. Assim, os processos que

agregam valor, relativos à liderança, são tratados no Critério Liderança; os

relacionados com a formulação e desdobramento das estratégias, no Critério

Estratégias e Planos; os vinculados aos clientes, à sociedade e pessoas, nos

Critérios Clientes, Sociedade e Pessoas, respectivamente; os relativos ao

tratamento das informações da organização e os conhecimentos adquiridos e

acumulados, no Critério Informações e Conhecimento.

Conclui-se, portanto, que os processos estão inter-relacionados e interagem

em todo o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG).

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Critério 8 - RESULTADOS

Este critério corresponde, na interpretação da descrição do Modelo da

Excelência da Gestão®, à etapa do controle do ciclo PDCA. O fundamento

diretamente associado à este Critério é Geração de Valor:

Alcance de resultados consistentes, assegurando a p erenidade da organização

pelo aumento de valor tangível e intangível de form a sustentada para todas as

partes interessadas.

Para colocar este conceito em prática as organizações devem considerar que:

• Gerar valor para todas as partes interessadas visa aprimorar relações e

assegurar o desenvolvimento da organização.

• A organização que age desta forma, enfatiza o acompanhamento dos

resultados em relação às metas, a comparação destes com referenciais

pertinentes e o monitoramento da satisfação de todas as partes interessadas,

obtendo sucesso de forma sustentada e adicionando valor para todas elas.

• A geração de valor depende cada vez mais dos ativos intangíveis, que

atualmente representam a maior parte do valor das organizações.

• O conhecimento tácito oriundo do trabalho em redes formais e informais

também deve ser considerado.

Os grandes desafios da gestão para a excelência do desempenho de maneira

sustentada, não sacrificando o futuro para garantir ganhos de curto prazo, estão

refletidos nos objetivos do fundamento: aumento de valor tangível e intangível de

forma sustentada para todas as partes interessadas.

Os resultados são decorrentes da aplicação, adequada e integrada, das práticas

implementadas pela organização em atendimento aos requisitos constantes em

todos os Critérios De Excelência .

Page 41: Projeto 22 Doc

- 41 -

Bibliografia:

OLIVEIRA, Luiz Macedo de; GALVÃO, Maria Cristina Costa Pinto:

Desenvolvimento Gerencial na Administração Pública no Estado de São Paulo, São

Paulo, FUNDAP, 2009.

LIMA, Paulo Daniel Barreto: A Excelência em Gestão Pública: a trajetória e a

estratégia do Gespública – Rio de Janeiro: Qualitymark, 2007.

Critérios Compromisso com a Excelência e Rumo à Excelência – São Paulo:

Fundação Nacional da Qualidade, 2009.