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P R O J E T O

ME LEVA

SÃO PAULO

Eixo: CIDADE SUSTENTÁVEL

Escopo: AUMENTO DA MOBILIDADE URBANA

Objetivo: REDUZIR O NÚMERO DE AUTOMÓVEIS EM CONCOMITANTE

CIRCULAÇÃO NA CIDADE DE SÃO PAULO

Meios:

1. Serviço de Transporte Coletivo Especial

2. Cadastramento da demanda através de Portal Web

Meta: Adesão ao Transporte Coletivo Especial de 100.000 u suários de

automóvel até dezembro/2010

Créditos de:

− José Borges de Carvalho Filho – SPTrans

− José Jorge Elias– Subprefeitura Santana/Tucuruvi

− Maria Angélica Carlucci de Moraes – COHAB-SP

Agradecimentos: Agradecemos ao publicitário Eduardo Arruda Borges de Carvalho pela criação e doação do logo do projeto PROGRAMA INOVAGESTÃO - CURSO DE GESTÃO PÚBLICA

TURMA 2 – Novembro/2009

Coucher: Fátima J. Cortella

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SÃO PAULO

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SÃO PAULO

OBJETIVO GERAL

Propor medidas para contribuir com o aumento da mobilidade urbana na cidade de

São Paulo, por meio da redução do uso do automóvel como meio individual de

transporte.

Oferecer serviços de transporte qualificado construídos a partir do conhecimento e

da pré-qualificação da demanda, buscando a sensibilização para o uso moderado

do automóvel.

Este projeto representa a busca do compromisso entre poder público e sociedade

civil, para se obter o desenvolvimento da cidade sustentável.

ESCOPO

Oferecer alternativas para a redução do número de veículos em concomitante

circulação na Cidade de São Paulo, por meio da criação de Subsistema de

Transporte Coletivo Especial que atenda aos requisitos dos usuários do automóvel,

estruturado a partir do conhecimento prévio e certificação da demanda através de

Portal Web.

ANÁLISE DE CONTEXTO

A queda relativa da mobilidade na cidade de São Paulo se faz acompanhar de

complexa gama de problemas que têm afetado fortemente os usuários do sistema

viário urbano e os residentes.

Os registros da CET – Cia Municipal de Engenharia de Tráfego têm demonstrado

que a mobilidade urbana é diretamente afetada pelo uso imoderado do automóvel.

Os crescentes congestionamentos não somente concorrem para a redução da

mobilidade, como também são responsáveis diretos pelo aumento das emissões de

gases nocivos à saúde respiratória das pessoas, e pelo tempo perdido nos cada vez

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SÃO PAULO

mais morosos deslocamentos. A dinâmica deste problema tem escapado ao efetivo

controle da sociedade.

O crescimento da frota de automóveis na cidade de São Paulo alcança índices

inversamente proporcionais ao da mobilidade urbana, com isso alimentando um

círculo insustentável de degradação das condições de vida, sobretudo sob os

aspectos ambiental, econômico e de saúde pública.

VELOCIDADE MÉDIA NO TRÂNSITO CIDADE DE S. PAULO

Sempla/CET

1 0,0

1 2,0

1 4,0

1 6,0

1 8,0

2 0,0

2 2,0

2 4,0

2 6,0

2 8,0

1 980 1 991 2 000 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 200 8

Pico da manhã (Bairro/Centro)

Pico da tarde (Centro/Bairro)

EVOLUÇÃO DA FROTA DE VEÍCULOS REGISTRADA -

CIDADE DE S.PAULODETRAN/SP

3.500.000

4.000.000

4.500.000

5.000.000

5.500.000

6.000.000

6.500.000

7.000.000

19981999

20002001

20022003

20042005

20062007

20082009

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SÃO PAULO

Entre os anos de 2002 e 2007, o crescimento da frota de automóveis na Cidade de

São Paulo foi de 5,85%, para um crescimento populacional de apenas 3,04% no

mesmo período. Tudo indica que o aumento da frota de automóveis seja o

responsável pela redução relativa da mobilidade urbana. Para isso, basta comparar

a evolução dos congestionamentos médios diários medidos pela CET – Cia de

Engenharia de Tráfego de São Paulo, que nesse período apresentou crescimento

de 12,43% (saltou dos 70 km para os 85 km diários), enquanto o número de viagens

realizadas oscilou em apenas 0,32% (OD-Metrô), indicando assim uma

desproporcional relação entre motorização da população e mobilidade urbana:

quanto mais automóveis em concomitante circulação, menos mobilidade.

O Portal EcoDebate - Cidadania e Meio Ambiente, instituição integrada por

profissionais do meio acadêmico científico, afirma que 90% da poluição na Cidade

de São Paulo é de origem veicular. E mais: “Estudos recentes apontam que 5% das

internações por doenças respiratórias de crianças e 8% nas de adultos ocorrem em

função da poluição do ar. O aumento nas concentrações de CO (monóxido de

carbono), SO2 (dióxido de enxofre) e PM10 (material particulado) representou um

crescimento na mortalidade por doenças respiratórias de 15%, 13% e 7%

respectivamente” – Citação do professor Luiz Alberto Amador Pereira, da

Universidade Católica de Santos.

Estudos elaborados pelo Prof. Marcos Cintra, vice-presidente da Fundação Getúlio

Vargas aponta: “Quanto ao custo pecuniário, ele deriva de uma comparação entre o

trânsito fluindo e congestionado. Consideram-se os gastos referentes ao consumo

1988 19901992 19941996 19982000 20022004 2006 2008

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

Motorização na Cidade de São Paulo - 1990 a 2007motorização = população/ frota

motorização*

Ano

mo

tori

zaçã

o

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de gasolina pelos carros e do diesel pelos ônibus, o impacto dos poluentes na saúde

da população e o aumento no custo do transporte de carga. O resultado foi um custo

total superior a R$ 6,5 bilhões por ano.” Estudo patrocinado pelo IPEA – Instituto de

Pesquisas Econômicas Aplicadas, e outros, apontam nessa mesma direção. Ou

seja, os congestionamentos trazem perdas econômicas brutais.

Em agosto/09, a frota circulante na cidade já superava os 6.6 milhões, expressando

assim um crescimento 17,67% em dois anos (2007-2009). Paralelamente, o

crescimento de pólos geradores de tráfego (grandes empreendimentos residenciais

e comerciais), provocados pelo atual aquecimento da construção civil, tem

contribuído para o fomento de pontos de congestionamentos distribuídos ao longo

da cidade. Hoje já são quase mil carros emplacados diariamente na cidade.

A CET estima em aproximadamente 3,5 milhões a frota de veículos que circula

diariamente na cidade, embora conste em registro 6,6 milhões de veículos.

Avaliação do Prof. Jaime Waisman (1)

O Engenheiro de Trânsito Jaime Waisman afirma que a imagem atual do automóvel

é muito positiva, mas que "precisamos fazer com o carro aquilo que fazemos com a

bebida: não necessariamente abandoná-lo, mas usá-lo com moderação", e que hoje

o automóvel tem uma imagem extremamente positiva e é, antes de tudo, um

símbolo de liberdade. Você pode, com o automóvel, se deslocar para qualquer local,

para onde quiser e na hora que quiser. Aqui no Brasil, essa aceitação é reforçada

pelo fato de que o sistema de transporte público é muito deficiente. Então, por falta

de alternativas, o automóvel acaba sendo a melhor forma para se deslocar e tem

uma imagem bastante positiva, apesar dos problemas de congestionamento, que

são crescentes e existem principalmente em São Paulo, mas também em outras

grandes cidades.”

O Professor ressalta, ainda, que “uma questão muito importante é o comportamento

das pessoas que hoje usam o automóvel de uma forma imoderada. Isso porque ele

é utilizado até para se ir à padaria a dois quarteirões de casa. As pessoas terão de

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se reeducar, se preparar para um futuro onde o seu uso será moderado, seja por

causa da poluição, seja porque consome um combustível que será cada vez mais

caro. A conscientização da população de que, embora não totalmente, precisa abrir

mão do automóvel, em favor de um transporte público de qualidade, de melhores

condições de vida, precisa ser melhor trabalhado. Ou seja, as pessoas precisam ser

convencidas, através de campanhas públicas, de que o uso abusivo do automóvel

faz mal tanto para o bolso das pessoas quanto para a saúde das cidades. Por isso,

temos de fazer com o carro aquilo que fazemos com a bebida: não necessariamente

abandoná-lo, mas usá-lo com moderação.”

Ele fala também da alternativa de construção de metrôs: “Não se constrói o metrô

num estalar de dedos; é algo que precisa ser planejado e construído ao longo do

tempo. Veja: uma linha de 12 quilômetros de metrô demora, no mínimo, cinco anos

para ser construída. As cidades que hoje têm grandes redes de metrô estão

construindo esses sistemas há 50, 70 anos. O processo é relativamente lento e uma

solução cara. Você tem hoje um quilômetro de metrô custando na faixa de 500 a

600 milhões...”

Por fim, fala dos efeitos do sistema de rodízio de carros: “O sistema de rodízio tem

um efeito de curto prazo. Veja o caso de São Paulo: durante alguns anos, ele

funcionou, contribuiu e realmente melhorou as condições de circulação da cidade.

Porém, passado algum tempo, a chapa cresce novamente, a economia se aquece e

o efeito do rodízio vai embora. Ou seja, o rodízio é uma solução paliativa. Sozinho,

pode atenuar o problema, mas não o resolve.”

(1) Entrevista publicada no site da FGV – Gvces – Centro de Estudos em Sustentabilidade da

EAESP.

Políticas públicas para um mundo sustentável. E o a utomóvel?

As crescentes preocupações mundiais para a redução das emissões de gases

causadores do aquecimento global têm colocado na agenda dos governos a

discussão de políticas públicas voltadas para o enfrentamento deste problema. No

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Brasil, diversos níveis de governos já aprovaram leis estabelecendo metas de

redução de emissões.

A Prefeitura do Município de São Paulo promulgou lei de proteção ao meio

ambiente – lei nº 14.933/09 - com meta de redução em 30% das emissões. Para

chegar à meta de redução de 30% das emissões nos próximos quatro anos, aponta

estratégias que incluem, na área de transportes, a priorização dos coletivos,

estímulo ao uso de meios de transporte com menor potencial poluidor. Outro ponto

fundamental é que programas, contratos e autorizações municipais de transportes

públicos devem considerar redução progressiva do uso de combustíveis fósseis,

adotando meta progressiva de redução de pelo menos 10% a cada ano, já a partir

de 2008 e a utilização, em 2017, de combustível renovável não-fóssil por todos os

ônibus do sistema de transporte público do município.

O Governo do Estado de São Paulo também promulgou neste ano lei

estabelecendo meta de redução de 20% das emissões, e não somente isso,

delegou ainda à Cetesb – agora reconfigurada de Agência Ambiental do Estado de

São Paulo, lei 13.542/09 - amplos poderes para intervir, sem necessidade de

qualquer outra autorização, nos eventos em que há produção de resíduos

poluidores do ambiente – inclusive adotar medidas de restrição ao uso do

automóvel.

Em outras partes do mundo, governos têm adotado ações de restrição ao uso do

automóvel, justificando-as com base nas políticas de combate à poluição produzida

por este meio. Cidades como Singapura, Londres, Oslo, Cidade do México, etc.,

protagonizam políticas dessa natureza. No Brasil, um exemplo disso é a lei de

restrição à circulação de veículos em determinados horários na Cidade de São

Paulo – “Operação Horário de Pico”, cuja fundamentação é de cunho ambiental,

mas que poderia também ser de base econômica.

Particularmente em nossa cidade os ganhos produzidos pela adoção da “Operação

Horário de Pico” encontram-se hoje quase que completamente neutralizados pelo

crescimento da frota e dos congestionamentos.

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Por toda parte, o cerco ao uso imoderado do automóvel nos grandes centros

urbanos ganha impulso, não somente por razões explicitamente de natureza

ambiental, mas por razões econômicas, também.

DESENHO DO PROCESSO

Modais utilizados como meios promotores da mobilida de de pessoas na

Cidade de SÃO PAULO

Em razão de seu desenvolvimento histórico, o sistema de transporte público de São

Paulo apresenta hoje uma configuração em que o modo ônibus desempenha papel

estruturante. O desenho atual do sistema faz com que o modo ônibus passe a ser o

principal meio de transporte de massa, disputando com o automóvel a prevalência

na ocupação dos espaços viários urbanos.

Apesar de ser o modal principal, respondendo por 81% das viagens em transporte

coletivo na Cidade de São Paulo, o modo ônibus está no limite de sua capacidade,

Metrô Passag. transp./dia: 1.534.661 Gestão: Gov. Estado SP

Trem Passag./ dia: CPTM – 801.097 Gestão: Gov. Estado SP

Veículos Frota :

(1) 808.415 (2) 646.371 (3) 4.935.962 (4) 41.469 (5) 166.458 (6) 69.084 (7) 6.123

Total 6.673.882

Gestão: PMSP

Moto Frota: 808.415 Gestão: PMSP

Ônibus Frota – 14.896 Passag. transp./ dia: 9.943.010 Gestão: PMSP

Táxi Frota: 32.665 Gestão: PMSP

Viagens a pé: 7.244.307/ano Viagens motorizadas: 16.095.793/ano – OD/2007

Legenda:

(1) ciclomoto, motoneta, motociclo, triciclo e quadriciclo; (2) micro ônibus, camioneta, caminhonete, utilitário; (3) automóvel; (4) ônibus; (5) caminhão; (6) reboque e semi-reboque e, (7) outros.

Obs.: Ônibus/Metrô/CPTM – operação ref. ao dia 11/11/2009

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exatamente pela degradação da fluidez, imposta pela desproporcional ocupação do

espaço viário urbano pelo automóvel, predominantemente em uso individual.

Passageiros transportados - dia útil *

*Obs.: Ônibus/Metrô/CPTM – operação ref. ao dia 11/11/2009

Ônibus 9.943.010

CPTM 801.097

Metrô 1.534.661

80,98%

6,52%

12,50%

TOTAL 12.278.768

1.534.661 286.367 9.943.01

9.943.010 446.875 1.534.661

�4,49% passag. do ônibus integra c/o Metrô

�29,12% dos pasg. do Metrô vêm do ônibus

�18,66% passag.. do Metrô integra c/ o Ônibus

�2,88% passag.. do Ônibus vêm do Metrô

Ônibus

Metrô

Integração

Fluxo diário de passageiros intermodalidades *

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ANÁLISE DE SWOT

Pontos Fortes

40% dos paulistanos estão dispostos a deixar

de usar carro diariamente, admitindo a troca

pelo transporte público, bicicleta ou carona. 1

Disponibilidade de tecnologia e pessoal

capacitado – Sptrans/CET 1Pesquisa IBOP/N. São Paulo – ago/09

Ameaças

Crescimento do transporte clandestino

Acesso ao crédito fácil para a aquisição de

automóveis

Apego aos valores de realização pessoal

associado à propriedade e uso do automóvel

Pontos Fracos

Desconfiança dos usuários de automóveis

quanto a qualidade do transporte coletivo

urbano

Menor acessibilidade e flexibilidade do

transporte coletivo

Oportunidades

Afirmação de políticas que exigem a co-

responsabilidade (Poder Público x Cidadão),

portanto, mais eficiência em sua

implementação

Articulação de apoios da sociedade civil

organizada para as ações propostas

*Obs.: Ônibus/Metrô/CPTM – operação ref. ao dia

801.097 125.98 9.943.010

9.943.010 157.43 801.097

�1,58% passag. do ônibus integra c/ o Trem �19,65% passag. do Trem vêm do Ônibus

�15,73% passag do Trem integra c/ o Ônibus �1,27% passag. do Ônibus vêm do Metrô

Ônibu s

CPTM

Integração

Fluxo diário de passageiros intermodalidades *

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Árvore de problemas

Árvore de Objetivos

Constituintes do Processo

Contribuir para a melhoria da mobilidade urbana

Portal Web da PMSP para cadastramento da demanda com o objetivo de projetar a oferta de Transporte Especial, e sensibilizar para o uso moderado do automóvel

F I N S

M E I O S

Subsistema de transporte coletivo especial

Doenças e Mortes Encarecimento generalizado

Violência e Mortes

Perdas Econômicas Alto descontent amento e estresse do cidadão

Baixa mobilidade urbana

Uso imoderado do automóvel como meio

individual para locomoção

Perda de atratividade do transporte

coletivo por ônibus

Rede insuficiente de transporte de alta

capacidade

E F E I T O

P R O B L E M A

C A U S A S

Prob. de Saúde

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SELEÇÃO DO PROJETO

Diante deste preocupante cenário, e consoante os objetivos do eixo Cidade

Sustentável da Agenda 2012, propomos um projeto que oferece alternativa de

transporte coletivo para a população usuária de automóvel, com a criação de um

subsistema de transporte adequado aos seus requisitos.

Respaldados nas informações aqui apresentadas e, ainda, considerando que 40%

dos paulistanos estão dispostos a deixar de usar o carro diariamente - admitindo a

opção pelo transporte coletivo, bicicleta ou carona - pesquisa IBOPE/Nossa São

Paulo – ago/09) -, projetamos aqui uma solução para o aumento da mobilidade

urbana na Cidade de São Paulo.

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

O desenvolvimento do projeto inicia-se com o Grupo Técnico Gestor criado pelo

Prefeito/SMT, envolvendo pessoal técnico da SPTrans e CET.

Em seguida, campanha publicitária de sensibilização e esclarecimento sobre o

serviço criado, convidando os demandantes a se cadastrarem através do Portal

www.cidade.sp.gov.br. As informações obtidas da demanda irão subsidiar a

construção e planejamento da oferta, com detalhamento de horários, destinos,

tempos das viagens, etc., e serão repassadas aos detentores da concessão do

Serviço de Transporte, por região de concessão, para a formulação da proposta de

atendimento. A Prefeitura atuará como responsável pela captação e tratamento da

demanda, fiscalização do cumprimento da proposta operacional e por referendar a

correção da planilha de custo para a determinação do valor da tarifa.

DETALHAMENTO DO PROJETO

A implantação do subsistema de transporte coletivo diferenciado será efetuado por

meio de aditivo ao contrato de concessão do transporte coletivo urbano por ônibus

em vigor, sendo as informações da demanda obtidas através do Portal Web

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(administrado pela Prefeitura) transferidas às concessionários das respectivas áreas

de concessão, de forma organizada e roteirizada por meio de software específico.

As concessionárias do serviço de transporte coletivo do município poderão adotar as

modalidades oferta livre e oferta programada de transporte. A modalidade oferta

livre consiste em disponibilizar o serviço para atender ao público interessado em

usar o subsistema, sem nenhuma restrição. Já a modalidade programada será

implantada para grupos fechados, com venda antecipada de lugares.

Os equipamentos que conferem conforto aos veículos empregados no serviço serão

descritos na proposta dos concessionários, podendo incorporar serviço de

mensagens por celular aos usuários, internet, etc., incluindo a tecnologia GPS, já

disponibilizada pela SPTrans para o sistema convencional de transporte público por

ônibus.

Os tipos de veículos, a tarifa, horários e rotas poderão ser alterados pelas

concessionárias em razão unicamente das variáveis legais, do custo e da demanda,

sendo estas alterações submetidas à aprovação e crivo da SMT/ SPTrans órgão

designado gestor dos serviço aqui proposto.

O serviço ora criado será dirigido a toda população da cidade de São Paulo e busca,

primordialmente, atender aos usuários de veículos particulares, inclusive a

população não residente que ingressa regularmente na cidade através dos

denominados “fretados” ou por meio de automóveis.

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PROCESSO - SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO ESPECIAL

GTG-PMSP – Grupo Técnico Gestor

Análise e aprovação da proposta – SPTrans-PMSP

Autorização p/ implantação SPTrans-PMSP

Captação da demanda através do Portal Web da PMSP

Tratamento da demanda - GTG-PMSP

Encaminhamento da demanda estratificada ao concessionário da área pelo GTG-PMSP

Contratação do serviço – Concessionárias e demandantes.

D

E

M

A

N

D

A

Elaboração de proposta operacional, equipamentos e tarifa pelos Concessionários

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CRONOGRAMA EXECUTIVO

2010 AÇÕES

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Instituição do Grupo Técnico Gestor

Equipamentos de informática

Desenvolvimento de Sistema

Campanha de conscientização

Articulação com entidades da sociedade

civil e governos

Lançamento para o público do Projeto

Repasse das informações às

Concessionárias

RECURSOS NECESSÁRIOS

Para a implantação do projeto, prever-se a utilização de recursos já existentes nas

Companhias Municipais gestoras das atividades de transporte e trânsito (SPTrans e

CET), tais como instalações prediais e pessoal técnico, cujas atividades serão

redirecionados para a execução deste projeto.

Os demais recursos necessários ao investimento em tecnologia ficarão assim

distribuídos:

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Desenvolvimento de Softwares

R$ 100.000,00

Campanha de conscientização

R$ 3.000.000,00

Equipamentos/Mobiliário

R$ 40.000,00

Pessoal

SPTrans/CET

Adequação de Instalações físicas

R$ 50.000,00

Manutenção/mês

R$ 10.000,00

T o t a l

R$ 3.200.000,00

ORIGEM DOS RECURSOS

Originários dos orçamentos da Secretaria Municipal de Transportes e verba de

publicidade da PMSP, com a colaboração das Secretarias Municipais da Saúde e de

Verde e Meio Ambiente.

STAKEHOLDERS

O Grupo Técnico Gestor – GTG, encarregado da gestão do projeto e subordinado à

Secretaria Municipal de Transportes, poderá convidar, além de membros da

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administração municipal, órgãos de outros níveis de governo e membros da

sociedade civil que se organizam em torno do tema mobilidade urbana.

Encontramos hoje várias dezenas de organizações da sociedade civil, com

representatividade e reconhecimento, e que têm trabalhado no sentido de encontrar

soluções para a perda progressiva da mobilidade urbana em São Paulo.

MONITORAMENTO DO PROJETO

O Grupo Técnico Gestor deverá detalhar o cronograma executivo e acompanhar a

evolução das ações, para que ocorram nos prazos previstos. Deverá, ainda, se

articular de forma permanente junto ao Prefeito/Secretário Municipal de Transportes,

com a finalidade de informá-los sobre o desenvolvimento das ações como também

agilizar a resolução de eventuais problemas na execução.

META

Adesão ao Transporte Coletivo Especial de 100.000 usuários de automóvel até

dezembro de 2010.

INDICADORES DE EXECUÇÃO E FORMAS DE VERIFICAÇÃO

O acompanhamento da eficácia do projeto será realizado através das medidas de

extensão de congestionamento aplicadas pela Cia Municipal de Engenharia de

Tráfego – CET, sendo estas estratificadas por regiões onde o serviço esteja

implantado.

Utilizando-se do banco de dados de cadastro da demanda, serão elaboradas

pesquisas para conhecimento do grau de adesão ao novo serviço.

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Referências bibliográficas:

- Câmara, Paulo e Macedo, Laura Valente (2007) – “Restrição veicular e qualidade

de vida: o pedágio urbano em Londres e o ‘Rodízio’ em São Paulo.” – ICLEI –

Governos Locais pela Sustentabilidade, Secretariado para América e Caribe –

LACS.

- Lei Estadual nº 13.542, de 08.05.2009 (novas atribuições para a CETESB) - Altera

a denominação da CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

e dá nova redação aos artigos 2° e 10 da Lei nº 118 , de 29 de junho de 1973.

- Lei Municipal nº 14.933, de 5 de 05.06.2009 (Projeto de Lei nº 530/08, do

Executivo, aprovado na forma de Substituto do Legislativo) – Institui a Política de

Mudança do Clima no Município de São Paulo.

- Projeto de Lei nº 1.687/2007 - Institui as diretrizes da política nacional de

mobilidade urbana e dá outras providências

- Lei Municipal nº 13.241 (2001) - Dispõe sobre a organização dos serviços do

Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros na Cidade de São Paulo,

autoriza o Poder Público a delegar a sua execução, e dá outras providências.

- Contratos de Concessão do Transporte Público (2003) – SMT x Consórcios de

Empresas de Ônibus

- INFOCIDADE – SEMPLA/SP (2009) – ‘Números da Mobilidade em S.Paulo’ -

Companhia de Engenharia de Tráfego/CET - Depto. de Planejamento e Controle

Operacional/DP - Gerência da Central de Operações/GCO - Elaboração:

Sempla/Dipro.

- INFOCIDADE – SEMPLA/SP (2009) - Fonte: Companhia do Metropolitano de São

Paulo/ Metrô- SP – " Síntese das Informações" Elaboração: Sempla/Dipro.

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- INFOCIDADE – SEMPLA/SP (2009) - Fonte: Companhia de Engenharia de

Tráfego/CET - Relatório de Desempenho – Velocidades - " Elaboração:

Sempla/Dipro.

- SPTrans (2009) – Informações operacionais do sistema de transporte coletivo em

São Paulo.