prof. luiz henrique - cultivo do algodoeiro
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PROF. LUIZ HENRIQUE - Cultivo do algodoeiroTRANSCRIPT
Cultivo do Algodoeiro
Classificação botânica
• Família: Malvaceae.• Gossypium hirsutum L. (95% produção
mundial);• Gossypium Barbadense L. (5% produção
mundial – fibras especiais/alta qualidade – variedades: pimas, sea island e gizas);
• Gossypium arboreum L. (África).• Gossypium herbaceum L. (Ásia).• Algodão herbáceo (Gossypium
hirsutum L. raça latifolium Hutch.)
Item Caroço de algodão
Integral Sem línterMatéria seca % 91,6 90
Proteína bruta % 22,5 25
Fibra em detergente ácido % 38,8 26
Fibra em detergente neutro % 47,2 37
Fibra Bruta %7 29,5 17,2
Extrato etéreo % 17,8 23,8
Cinza % 3,8 4,5
Composição em minerais
Cálcio % 0,14 0,12
Magnésio % 0,35 0,41
Fósforo % 0,56 0,54
Potássio % 1,14 1,18
Sódio % 0,008 0,01
Enxofre % 0,2 -
Cobre mg/kg 7 11
Ferro mg/kg 50 108
Manganês mg/kg 15 14
Molibdênio mg/kg 1,6 -
Zinco mg/kg 33 36
Fonte: Cherry e Leffler (1984).
Produtos
• Principal: fibra;
• Subprodutos: línter (cerca 10% da semente), óleo bruto (média 15,5% da semente), torta (quase metade da semente), casca e do resíduo (4,9% do total).
Línter
• Fibras curtas:
• Menos: 12 mm (em geral 3 a 9 mm);
• Existem na superfície da semente (formada de celulose quase pura): base ou matéria-prima para diversos produtos (algodão hidrófilo, pólvora e tecidos rústicos).
Torta
• Resíduo de natureza protéica;
• Oriundo: esmagamento (prensagem) das sementes;
• 10 a 13% de óleo: somente retirado via uso de solventes (no final fica o farelo).
Uso
• Óleos comestíveis e margarinas: extraídos das sementes;
• Estearina e glicerina: indústria farmacêutica;
• Sabões: borra resultante da refinação do óleo comestível;
• Línter: celulose, algodão hidrófilo, filtros, filmes, explosivos, dentre outros.
Uso
• Ramos e folhas (ricos em proteínas): alimentação animal;
• Extração industrial do óleo (torta): alimentação animal;
• Farelo: adubo orgânico (N);
• Casca: combustível (subproduto da combustão cinza elevado teor K).
Condições climáticas
• Temperatura média do ar: 18 e 40°C;
• Precipitação anual: 700 e 1300 mm;
• Umidade relativa média do ar: de 60%;
• Nebulosidade: < 50%;
• Inexistência de inversão térmica: dias muito quentes e noites muito frias;
• Inexistência de alta umidade relativa do ar: associada a altas temperaturas.
Condições climáticas
• Todos fatores climáticos atuando de forma permitir bom crescimento: 50 a 60% água da chuva será necessária no período de floração (50 a 70 dias).
• Durante floração: precipitações intensas podem causar acamamento das plantas (queda botões florais e maças jovens.
Condições climáticas
• Chuvas contínuas durante floração e abertura das maças: comprometem polinização e reduzem qualidade da fibra, especialmente resistência e finura (importantes características nos novos processos de fiação e tecelagem).
Condições climáticas
Exigência térmica
• Crescimento: influenciado diretamente pela temperatura.
• Determinação em fase de crescimento: forma de esclarecer e predizer ocorrência dos eventos e sua duração durante fases de crescimento e desenvolvimento.
• Refere-se à unidade de calor (UC): obtida pela média das temperaturas máximas e mínimas e subtraídas temperatura de base da cultura (SOUZA, 2006).
Produção máxima: condições climáticas
Etapas de crescimento Limite mínimo
Limite ideal
Limite máximo
Germinação 14°C 18 a 30°C 40°C
Formação das gemas e floração
diurno 20°C 30°C diurno 40°C
noturno 12°C
noturno 27°C
Desenvolvimento e maturação dos capulhos
20ºC 27 a 32°C 38°C
Necessidades hídricas
• Média: 700 a 1300 mm (depende do clima e duração do período total de crescimento).
• Semi-árido do Nordeste brasileiro cultivares Embrapa Algodão: ciclo curto (100 - 120dias) e médio (130 -150 dias) 450 mm a 700 mm.
• Variam: estádios fenológicos, fitomassa, mínimo (estádio inicial após emergência) e máximo (floração e frutificação).
• Floração e frutificação: baixa de produtividade de até 50%.
Necessidades hídricas
Necessidades hídricas
• Amplo suprimento: pode resultar em crescimento vegetativo rápido;
• Insuficiência: retardará ou deterá crescimento;
• Suprimento adequado: equilíbrio com demais fatores de produção, estimula crescimento dos ramos vegetativos e ramos frutíferos (elevadas produtividades).
• Potencial de rendimento: manejo de irrigação racional > 3000 kg de algodão em caroço ha-1.
Solos
• Profundos, porosos, bem drenados e textura média.
• pH: 5,5 e 6,5.
• Declividade: < 10%.
• Altitude: < 1.500m.
• Extremamente exigente: oxigênio no solo.
Solos (pH)
6,5 5,5 4,8
Solos
• Ideais: eutróficos (ricos em nutrientes > 50% dos elementos químicos requeridos no cultivo);
• Grupos: Latossolos, Chernossolos, Planossolos, Cambissolos, Vertissolos, Argissolos e Neossolos e suas associações.
• Distróficos: podem ser utilizados (limitações requerem custos adicionais em corretivos e adubos).
Ramos
• A. Vegetativos: Só dão flores e frutos depois de ramificar. Espaçamento largo, muita água e nutrientes aumentam RV.
• B. Frutíferos: a partir do ramo principal ou vegetativo. Terminam crescimento com um botão floral. 2º botão e uma 2ª flor se desenvolvem na axila da anterior.
• 1º ramo frutífero: normalmente formado no 6º ou 7º nó.
Estádios de crescimento e desenvolvimento
• Caracterizados basicamente em função de suas fases fenológicas:
vegetativa (V);
formação de botões florais (B);
abertura da flor (F);
abertura do capulho (C).
Período vegetativo
• V0: emergência da plântula até 1ª folha verdadeira (nervura principal 2,5 cm comprimento).
• V1: limite anterior até 2ª folha verdadeira (nervura principal 2,5 cm comprimento).
• Aplicar mesmo critério: estádios V2, V3, V4, V5, Vn.
Período vegetativo
Fonte: MARUR, C.J. e RUANO, O. Escala do algodão. IAPAR.
Período reprodutivo
• B1: início da fase reprodutiva (1º botão floral visível – fig. A).
• B3: 1º botão floral do 3º ramo reprodutivo visível (fig. A).
• Neste momento: formado 2º botão floral no 1º ramo frutífero.
• Sucessivamente: 1º botão floral de novo ramo frutífero estiver visível (estádio Bn – fig. B).
Período reprodutivo
A B
Fonte: MARUR, C.J. e RUANO, O. Escala do algodão. IAPAR.
• Indicação B: não mais utilizada quando 1º botão floral do 1º ramo frutífero transformar-se em flor.
• F1: a partir deste último estádio.
• F3: abertura 1ª flor do 3º ramo frutífero.
Período reprodutivo
• Também nesta fase: abertura da flor na 2ª estrutura do 1º ramo frutífero.
• Sucessivamente: abertura da 1ª flor do ramo frutífero de número n, Fn.
Período reprodutivo
Período reprodutivo
Fonte: MARUR, C.J. e RUANO, O. Escala do algodão. IAPAR.
• C1: 1ª bola do 1º ramo transformar-se em capulho.
• Sucessivamente: estádio será Cn à medida da abertura da 1ª bola do ramo frutífero de número n.
Período reprodutivo
Período reprodutivo
Fonte: MARUR, C.J. e RUANO, O. Escala do algodão. IAPAR.
• Certas ocasiões antes da abertura do 1º capulho: pode ocorrer curto período em que flores abertas não sejam observadas.
• Em tais casos: estádio deve ser caracterizado como FC (significa período entre última flor (F) e 1º capulho (C).
Período reprodutivo
Determinação do estádio de
desenvolvimento predominante • Observar: mínimo 20 plantas (ao acaso e
distantes entre si).
• Lavoura: mesmo procedimento para cada hectare de área plantada.
• Definição final do estádio de desenvolvimento da população de plantas: estádio que ocorreu com maior frequência na amostragem.
Sistema radicular
• Principal pivotante (axial), profunda e com pequeno nº de raízes secundárias grossas e superficiais. (BELTRÃO e SOUZA, 1999).
Sistema radicular
Desenvolvimento do sistema radicular
30 cm
90 cm
Desenvolvimento sistema radicular
Enchimento das maçãs
1º botão floral
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Audit.Embrapa_19_Adensado
Caule (herbáceo ou lenhoso e altura variável)
Haste principal: Crescimento monopodial
Nós Folhas Gemas
Intra-axilar/ramo vegetativo:
crescimento monopodial.
Extra-axilar/ramo reprodutivo: crescimento simpodial.
Nó cotiledonar
Nós arbotados
Ramo frutífero primário
(simpodial)
Haste principal
(monopodial)
Gema apical
Ramo Frutífero secundário (simpodial)
Ramo vegetativo (monopodial)
Desenvolvimento estrutural
6
Ramo frutífero
Folhas
• Pecioladas, codiformes, coriáceas ou não, inteiras ou recortadas (3 a 9 lóbulos);
• Espiraladas na haste e ramos vegetativos;
• Alternadas nos ramos frutíferos.
Heliotropismo = 45
Não são capazes de elevar taxas fotossintéticas: taxa decrescimento da cultura (TCC) depende do IAF e da taxa assimilatória líquida (TAL)
Planofoliar = Autosobreamento
IAF = 3,0 – 3,5 (Hearn, 1976)
• Fotossíntese (F): 26,1 a 26,8 g m2 dia; • Respiração (R): 4,65 a 5,43 g m2 dia; • Incremento da fitomassa (F - R): 21,45 a
21,47 g m2 dia; • Manutenção do dossel: 6,25 a 7,28 g m2
dia; • Respiração radicular: 3,86 a 3,85 g m2
dia; • Disponibilidade de crescimento dos
frutos: 11,34 a 10,24 g m2 dia.
Índice de área foliar - IAF (Watson, 1947)
• Razão entre área foliar total do dossel e unidade da superfície projetada no solo.
Flores
• Hermafroditas, axilares e isoladas ou não;
• Creme (recém aberta) depois de rósea a púrpura;
• Com ou sem mancha púrpura na base interna;
• Abertura: cada 3 a 6 dias.
Flores
Queda de estruturas produtivas
Decresce a sensibilidade estresse ao déficit hídrico
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Audit.Embrapa_19_Adensado
Queda de estruturas produtivas
Alta sensibilidade ao estresse hídrico
(10 a 15 dias)
Decresce a sensibilidade ao estresse hídrico
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Audit.Embrapa_19_Adensado
Fruto
• Cápsulas coriáceas de deiscência (abertura) longitudinal.
• 3 a 5 lojas cada uma (6 a 10 sementes).
• Forma cônica, arredondada ou ponteaguda.
• Baixa densidade de estômatos (30 a 40 mm-1).
• 70% da produção: terço médio (PASSOS, 1977).
Fruto (capulho)
Fonte: www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/.../$FILE/Algodao14-17.pdf
Fruto verde (maçã) e aberto (capulho)
Maturação do fruto
Maduro 7 a 15 dias
Semente
• Piriforme e oblonga.
• Testa: nua ou envolvida por 2 tipos de fibra (linter e fibra comercial) (BELTRÃO e SOUZA, 1999).
Algodão em caroço (semente + linter + fibra)
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Audit.Embrapa_19_Adensado
Crescimento da parte aérea da planta
Fonte: MALAVOLTA, 1987.
Abscisão de botões florais e frutos novos (sheeding)
• Natureza fisiológica e adversidades do ambiente (40 – 65%):
• Extremos de umidade do solo;
• Extremos de temperatura;
• Radiação solar deficiente;
• Deficiência nutricional;
• Pragas e doenças.
Fibra
• Cutícula + parede primária + parede secundária + lúmen;
• Cutícula = gomas, ceras, pectinas, óleos;
• Paredes primária e secundária = celulose
• Lúmen = canal central
Desenvolvimento da fibra
Maçã
Fibra
Comprimento
Maturação
Padrões desejados
• Comprimento: 26,5 a 29,6 mm;
• Uniformidade de comprimento: 44 a 45 %;
• Micronaire: 4,0 a 4,4;
• Tenacidade ruptura (g Tex-1): 22,3 a 24,4;
• Maturidade: 74 a 79 %;
• Previsão da tenacidade do fio: 22 RKM;
• Índice de fibras curtas: 10 a 13%;
• Elongação de ruptura: 5,8 a 6,6%;
• Finura: 175 a 200 mTex
• Contaminação da fibra por açúcar (normal): até 0,21 %;
• Reflectância: 71,7 a 79,2 %;
• Índice de amarelecimento: branco até 10,0.
Padrões desejados
Características de uma boa cultivar
• Tamanho da fibra: Curta, média e longa.
• Ciclo: Curto (120 - 150 dias) ou longo (150 - 180 dias).
• Porte: Alto ou baixo.
• Produtividade elevada: 200 a 300 arrobas ha-1;
Características de uma boa cultivar
• Alto rendimento de fibras: 38 a41%;
• Ciclo normal a longo: 150 a 180 dias;
• Maturidade: > 82%;
• Teor de fibras curtas: < 7%;
• Comprimento de fibras: > 28,5 mm.
Características de uma boa cultivar
• Resistência múltipla: vírus (doença azul, vermelhão e mosaico comum), bactérias (bacteriose ou mancha angular), fungos (ramulose, mancha branca (ramulária areola), pintas pretas (alternaria ou stemphylium), fusariose, verticilose, cercosporiose, antracnose, tombamento, podridão das maçãs) e nematóides (galhas e reniforme).
• Resistência pragas transmissoras de viroses: pulgões e mosca branca.
População de plantas
• 200.000 a 320.000 plantas ha-1.
• Profundidade: 5 a 6 cm.
• Colheita manual (fertilidade solo e cultivar): entre linhas (0,80 a 1 m).
• Colheita mecanizada: 0,76 a 1 m, conforme nº de linhas (2, 4 ou 5) colhidas de uma vez.
• Nº de plantas na linha: 7 a 12 por metro linear.
• Sementes necessárias depende da cultivar: 100 sementes (8 a 10 g).
• Espaçamento, densidade e porcentagem de germinação: 13 a 18 kg de sementes ha-1 (20 a 30 kg com línter).
População de plantas
Agricultura familiar (Nordeste – sequeiro)
• Cultivares > porte e hábito de crescimento mais determinado: 1,00 m x 0,20 m com 2 plantas cova-1 (plantio manual) e 5 a 115 plantas metro linear-1 (plantio mecanizado) 12 a 15 sementes (deslintadas), incluindo replantio.
• Cultivares de ciclo e hábito de crescimento menor: 0,80 m x 0,20 m ou 0,70 m x 0,30 m, depende das condições de cultivo e tipos de máquinas (1 - 2 plantas cova-1 – manual) ou 5 -15 plantas metro linear-1.
Agricultura familiar
• Raleamento ou desbaste: obter população desejada.
• 20 e 30 dias após emergência (15 a 20 cm de altura: solo úmido (arranquio no sentido vertical não prejudicando sistema radicular das plantas circunvizinhas).
• 2 - 3 plantas cova-1 ou 7-10 plantas metro linear-1.
• Sementes > valor cultural: não desbastar.
Espaçamento Número de plantas/cova
População (1000 plantas/ha)
Fileiras Simples
Fileiras Duplas
Disponibilidade de Água
A B A B
0,60 x 0,20m - 2 1 100 50
0,80 x 0,15m - 2 1 133 66
1,00 x 0,10m - 2 1 200 100
- 1,65 x 0,35 x 0,40m
2 1 100 50
- 0,75 x 0,35 x 0,30m
2 1 120 60
- 0,60 x 0,40 x 0,30m
2 1 133 66
Espaçamento, arranjo e população: algodoeiro herbáceo irrigado
Semeadura mecanizada
Colheita
• a) Iniciar: quando 40 a 50% dos capulhos estiverem abertos.
• b) Separar: baixeiro (sujo) do produto limpo.
• c) Separar: capulhos mal formados ou contaminados por resíduos da planta (brácteas, folhas e ervas daninhas -qualidade extrínseca do produto).
• d) Iniciar: sempre no período seco;
• e) evitar: dias chuvosos.
• f) Usar: sacaria de algodão (evitar contaminação da fibra com outros materiais).
Colheita
Colheita manual
• 60% dos capulhos abertos: quantas colheitas forem viáveis;
• Evitar: plantas daninhas, maçãs verdes e outros produtos estranhos;
• Não usar sacaria e amarrações de plásticos, juta, sisal: < contaminação por materiais (polipropileno e outros).
Colheitadeiras
• Arranque ("stripper"): colhem capulhos e frutos abertos ou semi-abertos (produto de baixa qualidade comparando ao manual).
• Fuso ("spindles"): boa qualidade, (depende cultivar, uso adequado de desfolhantes e maturadores).
Colheitadeira
Colheitadeira
Colheita mecanizada
Armazenamento no campo
Usina de beneficiamento
Fardo em pluma
Preparo do produto e comercialização
• Mercado primário (cooperativas, etc): em caroço;
• Mercado central: fardo em pluma (170 a 220 kg);
• Caroço: densidade (sacos 230 kg m-3);
• Após beneficiamento: fardos densidade média 450 kg m-1;
• Usinas (modernas): 30 fardos hora-1
(densidade de até 700 kg m-3).
Tempo de armazenamento
• Grau de amarelecimento: tende > e grau de reflexão < com > tempo.
• 9º e o 18º mês: fibra branca para amarelada (21 meses creme).
• Influencia: tipo da fibra.
• Resistência: tende < (> tempo).
• Micronaire: tende < (fibra engrossa à medida que > tempo).
• Cultivares: respondem diferentemente.
Tempo de armazenamento
• Lei federal: portarias estaduais.
• Cultivo tradicional: roço baixo, aração e gradagem ou arranquio, enleiramento, queima e gradagem.
• Cultivo direto ou mínimo: roçada baixa e manejo químico.
Destruição restos de culturais (soqueiras)
Reguladores de crescimento
• Plantas mais compactas: > penetração de luz no dossel da planta, frutificação mais precoce, > produção por planta, > nº de capulhos plantas-1, < incidência de pragas e > eficiência na colheita.
• Metabolismo da planta inibindo síntese dos hormônios de crescimento: (auxinas, giberelinas, citocininas, etileno e ácido abissísico).
Cloreto de mepiquat (pix): 1,0 litro ha-1
em 4 aplicações.
Cloreto de clormequat (tuval): 50 g ha-1.
Cloreto de clorocolina (CCC): 0,50 l ha-1. 35-50 dias após germinação ou plantas (1,0 m de altura).
Reguladores de crescimento
Desfolhantes e maturadores
• Redução dos problemas com excesso de sombreamento: apodrecimento das maçãs no baixeiro da planta, redução da umidade das fibras e sementes, obtenção de produto mais limpo, redução dos custos de beneficiamento, precocidade e uniformidade de abertura dos frutos (facilita colheita).
• Reduzem: frutificação tardia e incidência de pragas (bicudo e lagarta rosada).
• Thidiazuron: 0,075 a 0,150 kg ha-1 (60% frutos abertos);
• Bromoxinil: 1,0 kg ha-1 ( 60% frutos abertos);
• Dimethipin: 1,5 a 2,0 kg ha-1 (60 % frutos abertos);
• Ethefon+cyclanilide: 0,72+1,20 ha-1 (90 % frutos abertos).
Desfolhantes e maturadores
Controle de ervas daninhas
• Período crítico de competição: até 60º dia.
• Alachlor + diuron (pré-emergência): dosagens depende tipo de solo 0,86 a 1,29 + 1,2 a 1,6 kg ha-1 (folhas largas e estreitas). Não deve ser utilizado em solos arenosos.
• Metalachlor + diuron (pré-emergência): dosagens 1,8 a 2,16 + 1,2 a 1,6 kg ha-1, depende tipo de solo (grande nº de plantas daninhas).
Controle de ervas daninhas
• Teor e qualidade da matéria orgânica (M.O.): influenciam uso herbicidas solos tropicais.
• Adição de matéria orgânica ao solo: > degradação dos herbicidas (ação microbiana é principal forma de degradação).
• Altos teores de matéria-orgânica: < tendência geral de lixiviação dos herbicidas (< risco de contaminação dos lençóis freáticos).
• pH (variações): mudanças nas moléculas da M.O..
• pH > 6,0: < capacidade de reter herbicidas.
• Elevados índices pluviais: > solubilidade e distribuição dos herbicidas no solo (pode favorecer sua percolação no perfil).
• Fenômeno: intensificado quando se utilizam > doses dos compostos em solos arenosos ou < teores de material orgânico.
Controle de ervas daninhas
• Seletividade do algodoeiro toponômica (Diuron): profundidade de semeadura do algodoeiro é diferente daquela onde herbicida se encontra.
• Solos extremamente arenosos e/ou com chuvas intensas: herbicida pode entrar em contato com caulículo do algodoeiro < estande e causando injúrias às plantas.
Controle de ervas daninhas
• Pós-emergência: pyrithiobac-sodium (> custo) e trifloxysulfuron-sodium (seletivos à cultura, sem problemas de fitotoxicidade).
• Aplicação: 2 a 3 semanas após semeadura.
• Herbicidas utilizados em culturas antecessoras: podem causar intoxicação ou reduzir produção sem causar sintomas visuais.
• 2,4-D (picloram): > índices de intoxicação (podendo permanecer durante dias até meses no solo – condições de solo e clima).
Controle de ervas daninhas
Dicionário
• Capulhos (s. m. Bot.): Invólucro da flor.
• Caroço de algodão: semente proveniente da retirada da pluma (beneficiamento) compreende grão e cascas (extração óleo ou outros fins, exceto semeadura).
• Gossipol: pigmento tóxico do algodoeiro.
• Óleo refinado: óleo obtido após processos de degomagem, neutralização e clareamento.
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