processo civil ii

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1 L.Lima/FMF-Processo civil II Sumário 1 . Uma introdução ao tipo de processo e tipo de procedimento.3 2 . Antecipação de tutela (Art 273, CPC)......................8 3 . Procedimento ordinário e sumário.........................24 4 . Procedimento ordinário (fases)...........................24 4.1.1 Art. 276,CPC:.......................................27 4.2 . Petição inicial......................................28 4.3 . Citação do réu.......................................28 4.4 . Resposta escrita: contestação, exceções, reconvenção. 28 4.5 . Réplica.............................................. 28 4.6 . Audiência preliminar.................................29 4.6.1 . Tentativa de conciliação..........................29 4.6.2 . Saneamento........................................29 4.7 . Audiência de instrução e julgamento..................29 5 . Procedimento sumário (fases).............................29 5.1 . Petição Inicial......................................29 5.2 . Citação do réu e intimação do autor: audiência inaugural................................................... 29 5.2.1 Tentativa de conciliação............................29 5.2.2 . Resposta oral ou escrita do réu...................30 5.2.3 . Saneamento........................................30 5.3 . Audiência de instrução e julgamento..................30 6 . Requisitos da petição inicial (arts. 282 a 284 do CPC)...33 7 . CONTESTAÇÃO..............................................42 8 . Recursos: princípios fundamentais........................44 8.1 . Duplo grau de jurisdição.............................44 8.2 . Taxatividade.........................................45 8.3 . Singularidade........................................48 8.4 . Fungibilidade........................................50

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Resumo de alguns assuntos de Processo Civil II

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L.Lima/FMF-Processo civil II21

Sumrio1. Uma introduo ao tipo de processo e tipo de procedimento32. Antecipao de tutela (Art 273, CPC)83. Procedimento ordinrio e sumrio244. Procedimento ordinrio (fases)244.1.1Art. 276,CPC:274.2. Petio inicial284.3. Citao do ru284.4. Resposta escrita: contestao, excees, reconveno284.5. Rplica284.6. Audincia preliminar294.6.1. Tentativa de conciliao294.6.2. Saneamento294.7. Audincia de instruo e julgamento295. Procedimento sumrio (fases)295.1. Petio Inicial295.2. Citao do ru e intimao do autor: audincia inaugural295.2.1Tentativa de conciliao295.2.2. Resposta oral ou escrita do ru305.2.3. Saneamento305.3. Audincia de instruo e julgamento306. Requisitos da petio inicial (arts. 282 a 284 do CPC)337. CONTESTAO428. Recursos: princpios fundamentais448.1. Duplo grau de jurisdio448.2. Taxatividade458.3. Singularidade488.4. Fungibilidade508.5. Proibio de reforma para pior518.6. Pronunciamentos judiciais538.6.1.Despachos548.6.2.Decises interlocutrias548.6.3.Sentenas/acrdos549. Requisitos de Admissibilidade dos Recursos569.1. Cabimento569.2. Legitimidade569.3. Interesse recursal579.4. Inexistncia de fato extintivo ou impeditivo do poder de ocorrer599.5. Regularidade formal609.6. Tempestividade629.7. Preparo6510. Apelao6711. APELAO CVEL: Juzos de admissibilidade do mrito.72

Sugestes de livros para estudar:- JOO BATISTA LOPES (TIRAR XEROX) LIVRO A PROVA NO PROCESSO CIVIL - Editora Revista dos Tribunais.-Alexandre Freitas Cmara Processo civil Vol.2 (?).-Fredie Didier.-Roberto Teodoro Jnior.-Nelson Nery Jnior Cdigo de Processo Civil Comentado .. Uma introduo ao tipo de processo e tipo de procedimento

Art. 270,CPC. Este Cdigo regula o processo de conhecimento (Livro I), de execuo (Livro II), cautelar (Livro III) e os procedimentos especiais (Livro IV).-Existem 3 espcies de processo: o de conhecimento ou de cognio, de execuo e cautelar. Alm disso, importante observar que cada processo desse, se subvide em procedimento (rito, forma). Isto , cada um desses processos , tero um procedimento. Sendo que processo algo abstrato (no se pode pegar no processo, no palpvel, se manuseia os autos do processo). -Qual a finalidade de um processo? Por que algum instaura um processo contra outra pessoa? Porque, no plano dos fatos houve algum conflito de interesses, ou seja, apenas surgir o processo se as partes no chegarem a uma composio amigvel, por conta, de seus interesses divergentes. Dependendo do caso concreto, pode se ter um Processo de Conhecimento, Execuo ou at mesmo, Cautelar, para cada caso concreto.-No caso do processo de conhecimento, os procedimentos so: procedimentos especiais, procedimento sumrio e procedimento ordinrio. -OBS: Procedimentos especiais esto previstos em leis especiais (ex.: o mandado de segurana uma ao que possui procedimento especial, bem como os juizados especiais institudos pela Lei 9099/95 que tambm possuem esse tipo de procedimento. Alm desses, h a ao civil pblica, a ao de improbidade administrativa, ao de divrcio que tm procedimentos especiais) ou no prprio CPC (no livro IV, nas aes possessrias, na ao de consignao de pagamento, etc).-Qual a diferena de cada um dos procedimentos citados anteriormente? que cada um possui a sua finalidade. -PROCESSO DE CONHECIMENTO: Ocorre quando o Juiz no sabe quem tem razo, logo, vai se ter a verso do autor, do ru, para que possa formar seu convencimento, para isso ele precisa conhecer as alegaes do autor, as provas. Da ento ele forma seu convencimento e profere uma sentena que se pretende que examine o mrito. -Logo, sempre que houver a necessidade de examinar as alegaes das partes, as provas produzidas para que se possa proferir a sentena do mrito, o processo adequado o de conhecimento.-PROCESSO DE EXECUO: Aqui j se sabe previamente quem tem e quem no tem razo. Logo, no mais necessrio um processo de conhecimento, o que se precisa satisfazer o que j foi reconhecido, atravs de um prvio processo de conhecimento, no qual algum j foi condenado a pagar um prvio pagamento em dinheiro em que se exige um documento no qual a lei confere eficcia executiva.Ex.: O cheque um ttulo executivo extrajudicial, logo se eu entrego um cheque outra pessoa e esse, devolvido por falta de fundos, a parte prejudicada, no precisa ingressar com um processo de conhecimento, para cobrar a dvida pertinente, pois a lei no art. 585, I do CPC, diz que o cheque um ttulo executivo extrajudicial. Ento, quando ela for cobrar a dvida da mim, eu no serei citada para me defender, mas sim, para pagar a dvida no prazo de trs dias. Caso eu no pague, meu patrimnio ser afetado, atravs, da penhora.Art. 585. So ttulos executivos extrajudiciais: I - a letra de cmbio, a nota promissria, a duplicata, a debnture e o cheque;-OU SEJA, no processo de conhecimento no se tem certeza nenhuma (s se tem alegaes), j na execuo no, j se sabe quem tem razo, porque previamente em outro processo algum j foi condenado. -Ex2.: Ao de reparao do dano- B foi condenado a pagar 50.000,00 reais de indenizao. Veja, que nesse caso, j houve o reconhecimento de direito. A execuo para satisfazer esse direito j reconhecido, ou atravs do processo de conhecimento, ou ento porque a lei diz que determinado documento, um ttulo executivo extrajudicial (como cheques, notas promissrias, alguns contratos como o de locao, um instrumento pblico ou particular de confisso de dvida, etc). - Imagine que B no cumpra o pagamento, o prximo passo do autor ento, que ele ingresse com um processo de execuo contra B.-OBS: O processo de execuo SEMPRE SATISFATIVO, isto , para fazer cumprir o que j foi reconhecido antes. J no de conhecimento preciso INVESTIGAR.-PROCESSO CAUTELAR: Serve aos dois outros processos, ou seja, ele s pode existir em funo de outro processo. Portanto, a finalidade do processo cautelar servir ao processo de conhecimento, ou ao processo de execuo, garantindo sua utilidade e eficcia.Ex:Processo cautelar servindo ao processo de conhecimento- Digamos que A esteja em seu carro voltando de madrugada para sua casa, o sinal est verde e ele segue. Entretanto, era um cruzamento e B resolveu inesperadamente avanar o sinal vermelho. Acabou batendo o carro de A e se evadiu do local.

Apesar de ser altas horas da madrugada, havia uma testemunha. Ento, A saiu do carro e pediu que a testemunha se dispusesse a seu favor. E ao amanhecer foi ao Detran, com o nmero da placa anotada pra saber quem era o causador do dano. Em seguida, foi a residncia de B para tentar resolver a situao, mas B, no quis acordo e disse que ele no tinha como provar o ocorrido. (ou seja, no houve um acordo amigvel, logo ento bvio que A no iria ficar no prejuzo). A, resolveu, portanto, ingressar com uma Ao de Reparao do Dano contra B. Trata-se nesse caso, de um caso de procedimento sumrio, onde a lei pretende mais rapidez. B foi intimado a comparecer a audincia inaugural (no procedimento sumrio assim, ele se inicia com uma audincia inaugural). O fato ocorreu na ltima semana de Julho e com muito otimismo a audincia foi marcada para Novembro. Perto desse dia, A vai atrs da sua nica testemunha e acaba descobrindo que ela est correndo risco de morte, por conta, de sua sade debilitada. Pensemos na seguinte situao: a audincia inaugural est marcada para novembro, sendo que a de instruo nem marcada est, logo se percebe que se em novembro difcil a testemunha estar viva, depois de novembro a possibilidade disso menor ainda. Pergunta-se: O que adiantar esse processo para A, se a nica testemunha provavelmente no resistir at s audincias? Bom, para isso que existe o processo cautelar. Ele serve para garantir a utilidade e a eficcia do processo de execuo ou de conhecimento. Nesse caso existe uma medida cautelar chamada de produo antecipada da prova, ou seja, aquela testemunha ser ouvida antes da fase de audincia de instruo, at mesmo no hospital ou em qualquer outro lugar que se encontre (obs.: seria mais uma oitiva se a pessoa no puder se locomover at o lugar da audincia, ou se ela puder se locomover, seria uma audincia antes da de instruo). Para evitar o risco de que a mesma morra e A fique no prejuzo, garantindo assim, portanto, a utilidade e eficcia do processo.- importante observar que essa produo antecipada da prova no garante que A ganhe a causa, porque a ao cautelar tem apenas a finalidade de garantir a utilidade e eficcia de um outro processo. Ex2:Processo cautelar servindo ao processo de execuo- Nota promissria- Digamos que A emita uma nota promissria ( um documento no qual algum se compromete a pagar uma dvida no prazo certo uma promessa de pagamento) para B, sendo que ela deve ser paga em 30 dias a contar da data da emisso. A assina, data e entrega a B, pronto. B passa a ser credor dessa importncia. Se o pagamento no for feito na data e o documento sendo pela Lei, um ttulo executivo extrajudicial, no preciso que B, portador da nota promissria, entre com um processo de conhecimento. No pagou no dia, EXECUO. Logo, a citao para pagar em 3 dias, sob pena de no pagando, sofrer a penhora de seus bens, ou seja, eles sero bloqueados, apreendidos. Por acaso, uma semana depois que A (devedor) emitiu a nota promissria pra B (credor), B ao ler um jornal, descobriu um anncio em que A est vendendo automvel, casa, computador, por motivo de viagem definitiva. Quer dizer, ele s ir receber aps 30 dias, mas o sujeito esta vendendo tudo, com certeza ele sofrer um pino. Logo percebe-se que B precisa tomar uma medida a fim de evitar que a execuo daquela nota promissria seja frustrada, pois, no adianta ele executar, se no momento da penhora o devedor no tiver nada. Nesse caso, a Lei permite que o credor ingresse com a Medida Cautelar de Arresto, para que antes mesmo de instaurar a execuo, j sejam bloqueados (de forma provisria) os bens do devedor. O credor no est recebendo dinheiro, ele apenas est assegurando, resguardando, a utilidade e a eficcia do processo. OBS: Ao estagiar, ou trabalhar com a advocacia no futuro, a 1 pergunta: a ser feita mediante o caso concreto : Qual dos trs processos deve ser utilizado? (De conhecimento, execuo ou cautelar?) 2 Qual o procedimento? R: Porque cada processo possui seu procedimento, pois, por exemplo, existe execuo para cobrar dinheiro, que a quantia certa, existe tambm execuo para a entrega de coisa, e existe a execuo de obrigao de fazer e de no-fazer. E na cautelar tambm, existem os procedimentos das cautelares especficas para as quais a lei d um nome como o arresto, sequestro, etc e as inespecficas que so aquelas que no se enquadram em nenhuma das que tem nome. Ento quando se descobre o processo, depois deve-se descobrir qual o procedimento. 3 Se o processo for de conhecimento, se deve verificar se h algum procedimento especial para o caso, se no verificar os prximos.Retomando: No processo de conhecimento, eu no sei quem tem razo. Ainda no h um direito previamente reconhecido, e muito menos algum documento que a lei considere como ttulo executivo extrajudicial e tambm no h necessidade de garantia de utilidade ou eficcia de nenhum processo. Contrato de locao ttulo executivo extrajudicial!!No caso do Processo de Conhecimento, os procedimentos so: Procedimentos Especiais- Eles possuem uma preferncia sobre os demais (sumrio e ordinrio). Esto previstos em Leis Especiais, ou no prprio Livro IV do CPC. Leis especiais como a Lei do Mandado de segurana, dos Juizados Especiais que esto previstos na Lei Federal 9099/95, na Lei da Ao Civil Pblica, Ao Popular, Ao de Improbidade administrativa, Ao de divrcio, Aes das leis de locaes, etc. H tambm outras aes que esto no prprio Livro IV do CPC, como: Aes possessrias, Ao de consignao em pagamento, entre outras. Procedimentos Sumrios - Procedimentos Ordinrios- So genricos e esto em ltimo lugar na preferncia. Por que os procedimentos foram colocados nessa ordem? Por que h uma preferncia procedimental. Primeiro, identificando que se trata de um processo de conhecimento, deve-se verificar depois, se um caso de procedimento especial. Ex.: A, funcionrio pblico, reclama que seu salrio vai ser reduzido em 30% (trinta por cento) a partir do prximo ms e no deram nenhuma satisfao ( no teve devido processo legal,etc), o que cabe nesse caso o mandado de segurana, pois se trata de direito lquido e certo. importante observar que o mandado de segurana est previsto numa lei especial (procedimento especial, ento).

OBS: O CPC erroneamente diz que, os procedimentos sumrios e ordinrios so subdivises de um procedimento chamado comum. como se existisse apenas os procedimentos especiais e os procedimentos comuns, subdivididos em sumrios e ordinrios, o que no bem assim! A doutrina com razo critica muito essa classificao. Pois, o procedimento sumrio muito pelo contrrio, no tem nada de comum!OBS2: Art. 271, CPC. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposio em contrrio deste Cdigo ou de lei especial. ( Aqui se quis dizer: A todos os casos aplica-se o procedimento comum ordinrio e sumrio- salvo se no houver previso em lei especial ou no prprio CPC, ou seja, salvo se no se tratar de procedimento especial, por isso que a concluso a que se chega a de que os procedimentos especiais so os preferenciais sobre os demais).ENTO RETOMANDO NOVAMENTE: A primeira coisa que se deve fazer quando se depara com um fato concreto, depois de se descobrir qual o processo, descobrir qual o procedimento, comeando pelo preferencial, claro. Ento se aquele caso concreto se encaixa em alguma lei especial, o procedimento ser especial. Art. 272. O procedimento comum ordinrio ou sumrio. Pargrafo nico. O procedimento especial e o procedimento sumrio regem-se pelas disposies que Ihes so prprias, aplicando-se-lhes, subsidiariamente, as disposies gerais do procedimento ordinrio.O prprio legislador no CPC entra em contradio, no art. 272 em seu pargrafo nico, pois no prprio pargrafo ele praticamente afirma que o sumrio no comum (...regem-se pelas disposies que Ihes so prprias...), pois ele diferenciado. A prpria palavra sumrio, j transmite a ideia de clere, adotando regras a fim de alcanar essa celeridade. -Esse pargrafo nico quer dizer que quando no houver uma regra no procedimento especial ou no sumrio que se adeque ao fato concreto, no procedimento ordinrio que se ir resolver esse problema (pois ele se aplica de forma subsidiria, como o prprio pargrafo fala).-No sumrio h vrias aes, no especial h centenas, j no ordinrio h apenas uma ao, mas com vrias regras,

Quando entrar em vigor o Novo CPC, s haver procedimentos comuns e especiais. No haver mais, a subdiviso do comum em ordinrio e sumrio ( o legislador foi infeliz ao incluir como comum, o procedimento ordinrio e sumrio). Numa prova objetiva, voc ter que seguir a letra da Lei que diz, que o sumrio e ordinrio so subdivises do procedimento comum. Mas, se for uma prova subjetiva, ter que se dizer que pela letra da lei, o procedimento sumrio comum, mas na verdade nada tem de comum, por vrias razes que ainda estudaremos frente.OBS: Dar nome pra ao mais um vcio da prtica forense (voc s est adiantando o pedido), isso algo irrelevante! O nome da ao que consta nas peties iniciais um vcio da prtica forense, que serve apenas para chamar ateno do julgador a cerca do principal pedido, ou seja, dar nome ao, sim um vcio, mas serve para quem est lendo a pea, j saber o que voc vai pedir, facilitando a compreenso (Ex.: Ao de Reparao de Dano Moral, o que eu vou pedir? Irei pedir danos morais. Na Ao de Divrcio? Obviamente, a decretao do divrcio! E na Ao de Despejo por Falta de Pagamento? Logicamente eu tendo um contrato de locao e a pessoa deixando me pagar, quero que ocorra o despejo da mesma.) . Ento se conclui que mesmo que o nome da ao no seja um dos requisitos para que a petio inicial seja vlida. (Como pode-se verificar no Art. 282, CPC), ela serve para uma melhor compreenso do juiz e do ru. Art. 282. A petio inicial indicar:I - o juiz ou tribunal, a que dirigida;II - os nomes, prenomes, estado civil, profisso, domiclio e residncia do autor e do ru;III - o fato e os fundamentos jurdicos do pedido;IV - o pedido, com as suas especificaes;V - o valor da causa;VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;VII - o requerimento para a citao do ru.. Antecipao de tutela (Art 273, CPC)Art. 273. O juiz poder, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequvoca, se convena da verossimilhana da alegao e: I - haja fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao; ouII - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propsito protelatrio do ru. 1oNa deciso que antecipar a tutela, o juiz indicar, de modo claro e preciso, as razes do seu convencimento. 2oNo se conceder a antecipao da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. 3oA efetivao da tutela antecipada observar, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, 4oe 5o, e 461-A. 4oA tutela antecipada poder ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em deciso fundamentada 5oConcedida ou no a antecipao da tutela, prosseguir o processo at final julgamento. 6oA tutela antecipada tambm poder ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. 7oSe o autor, a ttulo de antecipao de tutela, requerer providncia de natureza cautelar, poder o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em carter incidental do processo ajuizado.No Processo de Conhecimento, em qualquer de seus procedimentos (especial, sumrio e ordinrio) a parte, desde que, preenchidos os requisitos legais pode obter o adiantamento da Prestao Jurisdicional, cujo momento normal na Sentena, ou seja, ao final do processo, pelo menos na instncia em que ele foi instaurado. Ento, a Antecipao da Tutela basicamente isso, obter o adiantamento da prestao da Tutela Jurisdicional onde normalmente se da por ocasio da prolao da Sentena. Esse adiantamento pode ser total (tudo o que a parte est pleiteando), ou parcial (parte do que a parte est pleiteando). A Tutela Antecipada Satisfativa, significa dizer, que em regra, o autor consegue o bem da vida que est pleiteando antes da sentena ( ou seja, na tutela antecipada, voc condena o ru a pagar certa quantia em dinheiro, ou ainda, voc impe uma obrigao de fazer/no-fazer alguma coisa, ou pode-se impor ainda a entrega de alguma coisa).Ou seja, abaixo esto os aspectos que se aplicam a Antecipao da Tutela (anatecipado, porque antes da sent: Condenar antecipadamente a pagar uma quantia em dinheiro Impor o cumprimento de uma obrigao de fazer ou no fazer Impor a entrega de uma determinada coisaAntes de 1994, essa possibilidade de se antecipar no tempo, o momento da prestao jurisdicional era excepcional. S era possvel em trs hipteses no Processo de Conhecimento: Liminar nas Aes Possessrias art. 928/CPC, Liminar na Ao de Nunciao de Obra Nova (embargar uma obra) art. 937/CPC e Liminar da Ao de Embargo de Terceiro art.1051/CPC. Por meio da liminar, aplicada em cada um desses casos, era possvel se obter exatamente o que se estava pleiteando. Art. 928. Estando a petio inicial devidamente instruda, o juiz deferir, sem ouvir o ru, a expedio do mandado liminar de manuteno ou de reintegrao; no caso contrrio, determinar que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o ru para comparecer audincia que for designada.Art. 937. lcito ao juiz conceder o embargo liminarmente ou aps justificao prvia.Art. 1.051. Julgando suficientemente provada a posse, o juiz deferir liminarmente os embargos e ordenar a expedio de mandado de manuteno ou de restituio em favor do embargante, que s receber os bens depois de prestar cauo de os devolver com seus rendimentos, caso sejam afinal declarados improcedentes.OBS: O que antes era restrito a essas trs hipteses e com o nome diferente, ou seja, com o nome de liminar, depois com o advento da antecipao de tutela, passou a ser genrico(ou seja, ao invs de se restringir a apenas 3 hipteses) e com o nome de antecipao de tutela, cabendo em qualquer que seja a ao e qualquer que seja o procedimento. E uma vez estando presentes os requisitos para a antecipao da tutela, a parte pode obt-la, contanto que os requisitos legais, estivessem sido obedecidos claro. -Isto , o que antes tinha o nome de Liminar, passou a ser Tutela Antecipada. Essa ento foi a inovao do CPC, estabelecida em 1974.A Tutela Antecipada satisfativa, ou seja, voc obtm exatamente aquilo que est se pedindo no processo (Voc obtm uma condenao antecipada de pagamento em dinheiro, ou uma imposio ao cumprimento de uma obrigao de fazer ou no fazer, ou uma imposio entrega de uma determinada coisa).A Tutela Cautelar no satisfativa, com ela voc no obtm condenao nenhuma, voc no impe a ningum a entrega de uma coisa ou a obrigao de fazer/no-fazer, voc apenas garante, assegura a utilidade, e a eficcia do processo principal/de um outro processo, que pode ser o de conhecimento ou o de execuo.-Voc apenas assegura que com a adoo da medida cautelar, aquele processo ser til, e eficaz para a parte. Ex: J foi citado na aula anterior, do acidente de veculo de madrugada, em que s havia uma testemunha do acidente (vide pg.3/4). E a o sujeito que bateu o carro da vtima, acaba se evadindo do local. S resta ento parte, entrar com uma ao contra o causador do dano, depois de anotar o nmero da placa, etc. -A testemunha ento se compromete a comparecer audincia que foi designada ao processo, mas alguns meses antes da realizao dessa audincia, o autor descobre que a testemunha est muito ruim de sade, prestes a falecer inclusive. Qual vai ser a utilidade e eficcia de uma ao se a nica testemunha do fato vai estar morta no dia da audincia?Para isso ento serve a tutela cautelar. Voc pode fazer com que aquela testemunha seja ouvida antes da fase processual, antes da data da audincia. Tudo isso para evitar que haja a inutilidade e a ineficcia do processo. -Mas pergunta-se: com a oitiva, estou condenando algum a pagar algum valor? Ou impondo a entrega de algum bem por exemplo? NO! Estou APENAS ASSEGURANDO, GARANTINDO A UTILIDADE E A EFICCIA DO PROCESSO. OBS: A diferena primordial entre a tutela antecipada e a tutela cautelar, que uma satisfativa e a outra no satisfativa, respectivamente. A diferena ento est quanto a palavra satisvidade.Ou seja, REFORANDO: A TUTELA ANTECIPADA SEMPRE SATISFAZ A PRETENSO DO AUTOR, OU ATRAVS DA CONDENAO DE PAGAMENTO EM DINHEIRO, ATRAVS DA IMPOSIO DA OBRIGAO DE FAZER/NO-FAZER OU AINDA, ATRAVS DA IMPOSIO DA ENTREGA DE UMA COISA MVEL OU IMVEL.-No novo CPC, ficar bem explcita a nfase na satisvidade, para diferenciar a deciso que adianta o direito material, da deciso que apenas garante a utilidade e eficcia do processo .Alm disso, no novo CPC tambm, desaparecer a referncia palavra tutela antecipada, mas ficar a referncia palavra cautelar.-Nesse novo CPC o que hoje fica dividido entre tutela antecipada e tutela cautelar, vai ficar assim:-Tutela de Urgncia vai ficar subdividida em tutela satisfativa ((que equivale a atual tutela antecipada) e a tutela cautelar (que equivale a atual tutela cautelar) e a Tutela de Evidncia- (equivale a atual segunda parte do art.273/CPC). Art. 273. O juiz poder, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequvoca, se convena da verossimilhana da alegao e:...Ou seja, reforando, no novo CPC no haver mais referncia palavra tutela antecipada. OBS: No novo CPC, est classificao estar nos arts. 277 ao 285.NOVO CPCArt. 277. A tutela de urgncia e a tutela da evidncia podem ser requeridas antes ou no curso do procedimento, sejam essas medidas de natureza cautelar ou satisfativa.Art. 278. O juiz poder determinar as medidas que considerar adequadas quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra leso grave e de difcil reparao.Pargrafo nico. A medida de urgncia poder ser substituda, de ofcio ou a requerimento de qualquer das partes, pela prestao de cauo ou outra garantia menos gravosa para o requerido, sempre que adequada e suficiente para evitar a leso ou repar-la integralmente.Art. 279. Na deciso que conceder ou negar a tutela de urgncia e a tutela da evidncia, o juiz indicar, de modo claro e preciso, as razes do seu convencimento.Pargrafo nico. A deciso ser impugnvel por agravo de instrumento.Art. 280. A tutela de urgncia e a tutela da evidncia sero requeridas ao juiz da causa e, quando antecedentes, ao juzo competente para conhecer do pedido principal.Pargrafo nico. Nas aes e nos recursos pendentes no tribunal, perante este ser a medida requerida.Art. 281. A efetivao da medida observar, no que couber, o parmetro operativo do cumprimento da sentena e da execuo provisria.Art. 282. Independentemente da reparao por dano processual, o requerente responde ao requerido pelo prejuzo que lhe causar a efetivao da medida, se:I a sentena no processo principal lhe for desfavorvel;II obtida liminarmente a medida em carter antecedente, no promover a citao do requerido dentro de cinco dias;III ocorrer a cessao da eficcia da medida em qualquer dos casos legais;IV o juiz acolher a alegao de decadncia ou da prescrio do direito do autor.Pargrafo nico. A indenizao ser liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida.Seo II Da tutela de urgncia cautelar e satisfativaArt. 283. Para a concesso de tutela de urgncia, sero exigidos elementos que evidenciem a plausibilidade do direito, bem como a demonstrao de risco de dano irreparvel ou de difcil reparao.Pargrafo nico. Na concesso liminar da tutela de urgncia, o juiz poder exigir cauo real ou fidejussria idnea para ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente.Art. 284. Em casos excepcionais ou expressamente autorizados por lei, o juiz poder conceder medidas de urgncia de ofcio.Seo III Da tutela da evidnciaArt. 285. Ser dispensada a demonstrao de risco de dano irreparvel ou de difcil reparao quando:I ficar caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propsito protelatrio do requerido;II um ou mais dos pedidos cumulados ou parcela deles mostrar-se incontroverso, caso em que a soluo ser definitiva; III a inicial for instruda com prova documental irrefutvel do direito alegado pelo autor a que o ru no oponha prova inequvoca; ouIV a matria for unicamente de direito e houver jurisprudncia firmada em julgamento de casos repetitivos ou smula vinculante. Pargrafo nico. Independer igualmente de prvia comprovao de risco de dano a ordem liminar, sob cominao de multa diria, de entrega do objeto custodiado, sempre que o autor fundar seu pedido reipersecutrio em prova documental adequada do depsito legal ou convencional.OBS: Tanto a tutela antecipada quanto a cautela so recorrveis.Requisitos da Antecipao da Tutela art.273/CPC:Art. 273. O juiz poder, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequvoca, se convena da verossimilhana da alegao e: I - haja fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao; ouII - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propsito protelatrio do ru.A expresso O Juiz ao contrrio do que parece, no somente aquele que atua no chamado juzo singular (erroneamente chamado de primeiro grau, ou seja, no s aquele que atua em varas) como, por exemplo, os juzes de varas cveis, varas de fazenda, nos juizados... O Juiz referido pelo legislador na verdade o magistrado e no apenas os juzes que atuam no juzo singular. As aes dependem da competncia para serem propostas no juzo singular (apenas um magistrado), ou em um tribunal (juzo colegiado, pois h vrios integrantes). Existem aes que j so iniciadas/propostas num rgo de cpula como o STF, outras no STJ, outras em tribunais de justia e outras no Juzo singular. Ento a Tutela antecipada pode ser concedida em qualquer um desses graus de jurisdio, ou seja, pode ser concedida no juzo singular se a ao se inicia l e quem vai conceder o Juiz de acordo com sua competncia (juiz da vara cvel, de famlia, etc), assim como, a ao pode comear no Tribunal de Justia e quem vai conceder o Desembargador e se for num Tribunal Superior, o Supremo, ser um Ministro.OBS: Nunca esquea que errado dizer que o Juzo singular de 1 grau, pois o 1 grau o juzo onde se inicia a ao, ou seja, o 1 grau pode ser um orgo colegiado, como por exemplo, mandado de segurana contra a Presidente, deve ser impetrado diretamente no STF (que ser o primeiro). A expresso Poder no pode ser interpretada como se d literalmente, ou seja, com o significado de faculdade, discricionariedade. Mas sim como, est autorizado, quando presentes os requisitos. Quer dizer, se os requisitos necessrios estiverem presentes, o juiz no pode conceder, ele DEVE conceder e se ele no o fizer, cometer ilegalidade. Desse modo, a parte prejudicada pode recorrer em um grau superior, da mesma maneira ocorre se o Juiz concede quando no esto presentes os requisitos, a parte prejudicada pode e deve recorrer, porque, est diante de uma deciso ilegal. Logo, no se deve interpretar o poder como se o juiz tivesse a faculdade de eu concedo se quiser, mas sim no sentido de estar autorizado quando estiverem presentes os requisitos. Isso na verdade o que a doutrina chama de um poder-dever.A requerimento da parte, quer dizer que a priori deve haver um requerimento, ou seja, em regra o juiz no pode conceder a medida de ofcio, sem que haja um pedido da parte interessada. Porque, como regra, o juiz no pode prestar a tutela jurisdicional se no for provocado, segundo o art. 2/CPC. Art. 2oNenhum juiz prestar a tutela jurisdicional seno quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.Ento como regra, a tutela antecipada, sempre exige o PEDIDO formulado pela parte interessada! Sem existir o pedido, o juiz no se poderia conceder de ofcio. E conceder de ofcio seria, portanto, conceder sem pedido formulado. Excees: Existem julgados do STJ, no sentido de que, quando a parte no estiver acompanhada por advogado, o juiz excepcionalmente pode conceder a tutela antecipada. E isso pode ocorrer em duas situaes:Lei 9099/95:Art. 3 O Juizado Especial Cvel tem competncia para conciliao, processo e julgamento das causas cveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor no exceda a quarenta vezes o salrio mnimo;-1) Pode ocorrer nos Juizados Especiais se o valor da causa no superar 20 salrios mnimos (Lei 9099/95 art. 3). Pois, nesse caso a parte no precisa de advogado, a pessoa vai no juizado, faz o pedido de forma oral e aquilo reduzido a termo (escrito, passado pro papel). Mas claro que deve haver o bom senso do juiz, pois se ele perceber na narrativa, que se trata de uma situao em que se encaixa na tutela antecipada e a parte no tiver acompanhada de advogado, e sendo constatada que a parte precisa realmente dessa tutela antecipada, o juiz poderia conceder de ofcio essa tutela.Ex.: A comprou uma geladeira para pagar 24 parcelas, mas no decorrer da metade das parcelas, ele no conseguiu mais pagar e o seu nome acabou indo para o SPC/SERASA. claro que A quer tirar seu nome do SPC/SERASA, e para tirar, ele quer tirar logo. Isso tutela antecipada. tambm claro, que A no vai fazer um pedido de tutela antecipada. nessas situaes em que no h o acompanhamento do advogado, deve-se entrar o bom senso do juiz para fazer tal ato de ofcio.Isso em tese. O juiz pode sim realizar de ofcio esse ato, mas no so todos que possuem esse bom senso. Outro exemplo, na Justia do Trabalho, j que, na Reclamatria Trabalhista no necessria a presena do advogado, e l surgem inmeras situaes que exigem a tutela antecipada, e pacfico esse entendimento, ou seja, os magistrados concedem de ofcio a tutela antecipada, exatamente pela desigualdade jurdica, j que o reclamante no se encontra acompanhado de advogado. Pedido da parte: O legislador no falou a requerimento do autor, ele falou em parte, e parte todo aquele que entrega a relao processual, pode ser o autor, o ru e at mesmo um terceiro integrado na relao processual. Mas normalmente no processo, a parte que pede, inclusive apresentando uma PI, o autor, at porque ele que geralmente requer a antecipao de tutela, mas nada impede que o ru, ou um terceiro o faa. Ento, no h problema do ru fazer o pedido de antecipao da tutela, desde que, ele componha a relao processual.Ento quando que o ru pode fazer esse pedido de antecipao de tutela? No procedimento ordinrio, quando isso ocorre, o nome disso reconveno, j no procedimento sumrio, pedido contraposto, o mesmo vale para os Juizados Especiais.OBS: Nas aes possessrias (de rito especial) se permite que o ru formule pedido de natureza processual contra o autor, porque as possessrias tem essa natureza dplice ou bilateral nas possessrias. Por exemplo, se eu ingresso com uma ao de reintegrao de posse contra B, B pode convencer o juiz de que ele tem razo e ele que tem o direito de ser mantido na posse. Logo, ele ento pode pedir a manuteno da posse contra o autor, por causa dessa natureza dplice das possessrias, j mencionada antes. Ento, ora, ru pode fazer o pedido contra o autor na contestao, e se houver o enquadramento nessas situaes de urgncia ou evidncia? Ele tem direito? bvio que o ru tem direito de obter aquilo antes da sentena. Percebe-se, portanto que a tutela antecipada pode ser concebida em favor do ru, desde que ele esteja no processo, formulando algum pedido contra o autor, o que acontece na reconveno, no pedido contraposto e nas aes possessrias de lei especial. H tambm a reconveno no procedimento ordinrio e o pedido contraposto no procedimento sumrio e especial.-OBS: Quando o MP atua como fiscal da lei, ele no pode propor tutela antecipada, porque ele no parte do processo, mas quando o MP no atua como fiscal , mas como parte, ele pode fazer essa propositura. Ex.: na ao civil pblica, nas aes de investigao de paternidade, aes de improbidade, etc.E quando que terceiro pode formular pedido? Com relao ao Terceiro, h algumas hipteses em que ele ao intervir no processo, ele exerce direito de ao. E as espcies de interveno de terceiro que ele tem esse direito, so a oposio (A litiga contra B numa ao que diz respeito a um imvel e vem C e diz que esse imvel no de A nem de B, dele ele, C, ento exerce seu direito de ao), na assistncia litisconsorcial, na assistncia simples (desde que a parte assistida no se oponha a isso), na denunciao lide e o chamamento ao processo. Logo, percebe- se que o terceiro pode pleitear tutela antecipada sim, ou seja, nas hipteses citadas, perfeitamente possvel a tutela antecipada na interveno de terceiro.OBS: O entendimento do STJ restrito ao entendimento quanto assistncia litisconsorcial, ele detrimento da simples. Voltando expresso da parte anteriormente citada, necessrio que haja um alargamento de seu significado, ou seja, que essa expresso caiba o autor, o ru, e o terceiro.Um exemplo muito comum de procedimento ordinrio quanto reconveno: A ingressa com a ao de indenizao por danos morais dizendo que B o ofendeu. Ento B contesta, dizendo que na verdade foi A quem o ofendeu primeiro e por isso ele quem deve o indenizar. Percebe-se ento que B est fazendo um pedido contra o autor, e se esse pedido se enquadrar nos requisitos que mais adiante veremos, ser perfeitamente possvel a antecipao da tutela. PROSSEGUINDO... Art. 273. O juiz poder, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequvoca, se convena da verossimilhana da alegao e: -A expresso total ou parcialmente se justifica, porque voc pode formular mais de um pedido ou apenas um. Se for mais de um, voc pode pedir a antecipao de todos os pedidos e de parte deles, mas se for formulado s um pedido, sempre ser antecipao TOTAL da tutela, no tem como haver parcial , se for somente um pedido. Ento se verifica que essa parcialidade quando houver mais de um pedido e parte se contentar com a antecipao de apenas um deles, quando for o caso. ...existindo prova inequvoca, se convena da VEROSSIMILHANA DA ALEGAO (ainda no art. 273, CPC)Essa expresso possui termos aparentemente contraditrios, porque inequvoco aquilo que no conduz a erro, mas verossmil no algo inequvoco, quando eu afirmo algo como aquilo est muito parecido com a verdade , est muito perto da verdade, mas ainda no algo inequvoco, ento como se concilia esses termos aparentemente contraditrios?-A doutrina e a jurisprudncia interpretaram assim: Deve haver prova inequvoca acerca da verossimilhana, ou seja, as afirmaes da parte que pede devem constar de modo inequvoco naquele processo, mas com verossimilhana.Ex: Digamos que A tenha comprado um automvel em prestaes de 36 parcelas, e todos os meses elas so devidamente pagas. Mas alguns meses depois, A tambm resolveu comprar um computador, mediante pagamento parcelado/cheque pr-datado, entretanto como o limite do seu carto no permitia, ele pediu pra fazer a compra parcelada, mas no pode, pois seu nome estava no SPC e SERASA, porque, ele teria atrasado uma das prestaes do automvel e mesmo ele tendo pago com atraso, seu nome ainda constava no banco de dados do SPC/SERASA. O fato que o nome dele estava sujo indevidamente. Ora, se ele ingressa com uma ao de reparao do dano com o pedido de excluso do nome do SPC e SERASA e trs aos autos do processo os comprovantes de pagamentos autenticados, esses documentos so, portanto, uma prova inequvoca de que a afirmao pelo menos verossmil(ou seja, se aproxima da verdade). No certeza total porque nada impede que sejam falsos, j que a parte contrria pode provar que podem assim ser. Mas enfim, NAQUELE MOMENTO, os comprovantes citados anteriormente, tm verossimilhana de modo inequvoco. Isto , a verossimilhana indiscutvel. No a certeza. Ex2: muito comum em aes de investigao de paternidade a parte autora pleitear alimentos provisionais. Ora, se eu juntar aos autos do processo para fim de obteno de tutela antecipada dos alimentos, com base na situao de urgncia destes, prosseguindo...Ora se eu juntar fotos para comparar o pai com o suposto filho, que por sinal so bem parecidos, no demonstra NENHUMA CERTEZA, somente a verossimilhana, a lei se contenta com ela. Ex3: Um outro exemplo seria de e-mails trocados entre a me e o suposto pai, em que o pai em um deles afirma que ir mandar dinheiro para seu filho em no mximo de 3 dias. Isso tambm um caso de verossimilhana. Ainda no um exame de DNA, entretanto, essas trocas de e-mails so verossmeis.Conclui-se ento que a LEI NO EXISTE CERTEZA PARA ANTECIPAO DA TUTELA, ELA SE CONTENTA COM AQUILO QUE EST MUITO PRXIMO DA VERDADE, o verossmil, o que aparenta ser verdadeiro e est comprovado de modo inequvoco essa verossimilhana. CERTEZA S SE EXIGE NO MOMENTO DA SENTENA, quando todas as provas j constam no processo, j houve o contraditrio e o processo, logo, est no momento de ser finalizado. -O que deve-se atentar uma outra observao tambm no sentido de que se for dado alimentos provisionais e depois na sentena, atravs do exame de DNA for comprovado que o suposto pai, no o pai da criana. Num primeiro momento, em tese, os alimentos deveriam ser devolvidos, mas o entendimento jurisprudencial de que no se devolve o que foi dado(no caso, os alimentos que foram pagos provisoriamente), os alimentos so irrepetveis (?), s se devolve caso exista condio financeira para devoluo. Art. 273. O juiz poder, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequvoca, se convena da verossimilhana da alegao-Resumindo: um dos requisitos para antecipao da tutela que haja prova inequvoca da verossimilhana, no a certeza. 273, I - haja fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao; ou-Esse inciso que se refere probabilidade de ocorrer dano irreparvel ou de difcil reparao, o que se chama de perigo da demora, conhecido em latim como periculum in mora. -Perigo da demora seria uma situao de urgncia, o risco de ocorrer algum dano que seja irreparvel ou ento de difcil reparao. Ex.: tomando como base o exemplo anterior em que suponhamos a situao de um menor querendo reconhecimento de paternidade, e no ter condies financeiras para sobreviver at o dia da sentena que pode demorar um ano, dois, trs anos, nesse caso h risco de dano irreparvel, ou seja, a criana poder morrer de fome. -O mesmo ocorre com o exemplo do SPC, isto , se eu for obrigado a esperar at o dia da sentena para que meu nome seja excludo do SERASA/SPC, que pode resultar num total de um, dois, cinco anos, no vou poder comprar nem mais um palito de fsforo a crdito, pois meu nome estar marcado como mau pagador. -Percebe-se portanto, que a mera espera pelo dia da sentena caracteriza risco de ocorrer algum prejuzo parte, s por ter que esperar pelo dia da sentena. Caracterizando ento, o perigo na demora. -Na tutela cautelar tambm h o perigo na demora, mas ambas se diferenciam, pela SATISVIDADE.-A lei de modo claro, diz no 273:I - haja fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao; ouII - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propsito protelatrio do ru.-Alm do critrio da satisvidade, h outro que serve tambm para diferenciar a tutela antecipada da cautelar(que s garante, assegura), o que se chama de tutela de evidncia (dispota no art. 273, II do CPC), que aquela que se percebe que a parte r se vale do processo apenas para protelar, procrastinar. Um exemplo corriqueiro disso quanto ao nome no SPC/SERASA, em que o ru geralmente diz ahhh...No h o que falar, pois foi um simples erro, um equvoco que no pode justificar indenizao. claro que a partir disso, percebe-se que o ru s est enrolando. A parte teve sim prejuzo, j que a simples incluso do nome no SPC/SERASA, acarreta inmeras consequncias ruins pra sua vida cotidiana, ento o SPC no pode simplesmente afirmar que foi um equvoco, um mero dissabor, pois foi um dissabor que impediu a parte de fazer emprstimo no banco, entre outras muitas coisas, j que o seu nome foi marginalizado. -A conduta abusiva ou protelatria do ru no tem nada a ver com situao de urgncia-A tutela antecipada pode ser concedida com demonstrao de situao de dano irreparvel ou de difcil reparao ou independentemente dessa demonstrao, bastando que a parte demonstre que o ru se vale do processo de modo abusivo ou apenas para procrastinar e isso no tem a ver com urgncia/com perigo da demora.-Na tutela cautelar os requisitos imprescidveis so: a fumaa do bom direito que seria um pouco menos do que a verossimilhana(pois ela, est bem perto da verdade, j a fumaa do bom direito est a meio caminho por exemplo, um pouco mais distante, ou seja, aparentemente a parte tem um direito, no d para se ter certeza disso naquele momento porque est tudo turvo).-Enquanto a tutela cautelar SEMPRE vai exigir a urgncia, juntamente com a fumaa do bom direito, na tutela antecipada, no necessariamente ela vai ser exigida, pois sim, ela pode ser concedida com base na urgncia, ou no, basta ser demonstrada a situao de evidncia.-Portanto:-Quais as principais diferenas entre a tutela antecipada e a cautelar? R: 1 diferena: a tutela antecipada satisfativa, enquanto a cautelar, se limita a garantir, assegurar a utilidade e a eficcia do processo. 2 diferena: A tutela antecipada pode ser concedida ou no com base na urgncia, enquanto que na cautelar, SEMPRE deve ser concedida com base na urgncia.A DECISO QUE ANTECIPA A TUTELA SEMPRE PROVISRIA, o exame/a cognio sempre superficial,e no exauriente, ou seja, ela no se baseia no conjunto probatrio definitivoLEMBRETE: Despacho no causa prejuzo algum pras partes, Deciso Interlocutria resolve incidentes sem pr fim ao processo e tem carga de prejudicialidade a alguma parte, e sentena pe fim ao processo no juzo singular. Por ltimo tm-se os acrdos que so proferidos nos tribunais.-A deciso que antecipa a tutela se d atravs de uma deciso interlocutria, logo se for proferida no juzo singular, o recurso cabvel o agravo de instrumento da deciso interlocutria. -Nada impede que a tutela antecipada seja conseguida em tribunal e a deciso ser portanto, sempre de um relator, logo o recurso cabvel ser o agravo inominado ou interno.Art. 273, 1oNa deciso que antecipar a tutela, o juiz indicar, DE MODO CLARO E PRECISO, as razes do seu convencimento.-Aqui entra o princpio da fundamentao das decises judiciais. Art. 9, IX da CFIX - todos os julgamentos dos rgos do Poder Judicirio sero pblicos, e fundamentadas todas as decises, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presena, em determinados atos, s prprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservao do direito intimidade do interessado no sigilo no prejudique o interesse pblico informao;-E fundamentar o que diz o pargrafo primeiro do art. 273, ou seja, indicar de modo claro e preciso as razes do convencimento.- Esse 1o em relao a seu acrscimo, passou a existir da necessidade identificada da conduta prtica de alguns magistrados que nunca justificavam suas decises. Ex.: Presentes os requisitos legais, defiro a tutela antecipada, conforme pleiteado na inicial. Pergunta-se: Onde est a fundamentao? Onde esto os requisitos legais? Ele indicou de modo claro e preciso as razes de seu convencimento? Ou seja, no processo desse exemplo, em que folha dos autos est comprovada a prova inequvoca da verossimilhana da alegao? Onde est comprovado o requisito perigo na demora? Qual inciso? Qual pargrafo? O juiz nada indicou! Ou seja, essa sua deciso nula por falta de fundamentao!! Ex2.: Presente a prova inequvoca da verossimilhana da alegao somada ao risco de dano irreparvel ou de difcil reparao, defiro a antecipao da tutela. Desse modo, aparentemente est melhor, mas o mesmo caso do exemplo anterior, praticamente. DECISES assim no fundamentadas, so passveis de nulidade!-A mera referncia aos dispositivos legais, no torna fundamentada a deciso. Torna nula a deciso se assim estiver. Como que seria ento uma deciso de antecipao da tutela no caso da retirada do nome do SPC? Ficaria mais ou menos como:Verifica-se que a prova inequvoca da verossimilhana da alegao est presente s fls. xx quando o autor juntou aos autos o documento que comprovou o pagamento em dia das obrigaes. Por outro lado, notrio que durante o perodo que ele vai esperar pela prolao da sentena no poder contrair nenhum tipo de emprstimo, pra fazer comprar a prazo, porque estar com seu nome marginalizado nos cadastros de consumo, presente portanto o perigo na demora. Outro exemplo de deciso no fundamentada Indefiro por falta de amparo legal, mas fica a pergunta. Mas por qu?Por que nesses casos no esto presentes? -H um princpio bsico no Direito Civil e no Processual Civil que diz que o juiz no pode deixar de decidir alegando lacuna da lei. Art. 126,CPC.Art. 126. O juiz no se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe- aplicar as normas legais; no as havendo, recorrer analogia, aos costumes e aos princpios gerais de direito.-Ausente a lei, o juiz pode aplicar a analogia, os princpios gerais de direito, os costumes, no podendo simplesmente deixar de decidir alegando falta de amparo legal. SE O JUIZ NO FUNDAMENTA, SUA DECISO NULA!!! At por que est na prpria constituio esse fundamento 2oNo se conceder a antecipao da tutela quando houver perigo de IRREVERSIBILIDADE do provimento antecipado.-Falar em antecipao da tutela, falar em adiantamento do que ir ser concedido somente no momento da sentena , ento temos que falar de eficcia das sentenas. Ento pergunta-se: Ser que a antecipao da tutela aplicada a todas as eficcias de uma possvel sentena? -A sentena pode ter eficcia declaratria, constitutiva, condenatria, mandamental e eficcia executiva (em sentido lato) .-A sentena quando d pela procedncia do pedido, ela vai ter a maioria dessas eficcias, sendo que uma dessas eficcias, aparece mais do que a outra. Ou seja, ela prepoderante. Ex.: Se eu pegar uma ao de investigao de paternidade, que tenha alm desse pedido de reconhecimento de paternidade, a condenao do pagamento de alimentos. Caso seja julgado procedente o pedido, quais so as possveis eficcias dessa sentena? A eficcia declaratria a que mais vai aparecer nesse caso, quando for reconhecida a existncia da relao existente de paternidade.-Mas eu posso negar uma eficcia constitutiva? Que cria, modifica ou extingue uma situao? Ora, no vai ter uma alterao nos registros pblicos? Ou seja, o registro civil no vai ser alterado? Sim, ento ela tem uma eficcia constitutiva, porque ela modifica uma realidade, j que antes no havia essa relao. -Seguindo ainda o mesmo exemplo da paternidade: quanto aos alimentos, com a deciso da paternidade confirmada, o juiz pode fixar alimentos em favor do filho.Essa obrigao de pagar alimentos condenatria. E a eficcia mandamental verificada quando se lembra da obrigao de fazer e no-fazer uma coisa. Pode ser para a parte ou at pra terceiros. Ex.: pra obedecer a ordem em juzo, no preciso que saia uma ordem (por meio de ofcio, que seria obrigao de fazer)da pro sujeito que o cartorrio fazer a alterao de registro civil? Sim.Ex.: Ao de indenizao por danos morais com pedido de excluso do SPC/SERASA.Julgado procedente o pedido, a eficcia declaratria ela aparece, mas no muito, pois num primeiro momento tem-se que reconhecer que a parte tem direito indenizao, s que no fica muito aparente. Na eficcia constitutiva tambm no ficar. Ficar apenas no aspecto se a medida procedente, no vai ter que tirar o nome do SPC? Ou seja, aquilo que estava, no vai deixar de estar? Ento no deixa de haver uma constitutividade.-A condenao a que mais aparece Condeno a pagar dez mil reais a ttulo de indenizao. Eficcia mandamental tambm aparece porque vai sair um ofcio determinando um fazer, que no caso, o fazer de retirar o nome da pessoa do SPC. Exemplo de sentena executiva: Na ao de reintegrao da posse, porque aqui tem que haver a desocupao, a entrega daquela coisa imvel. A executiva SEMPRE pra entregar algo, seja ela imvel ou mvel. -Pergunta-se: Ser que a antecipao da tutela poder ser aplicada a todas essas eficcias explicadas acima? Para o prof, o melhor entendimento o de que no admite a antecipao da tutela no que se refere aos efeitos declaratrio e constitutivo, porque uma das caractersticas da antecipao da tutela a provisoriedade, j que ela poder ou no ser confirmada aps a prolao da sentena.-Ex.: Numa ao de divrcio, seria possvel uma antecipao da tutela para se decretar o divrcio de um casal? Seria nesse caso um efeito constitutivo destitutivo, porque nesse caso ser destituda aquela ao conjugal, ento nessa situao seria razovel? Se sim, eu estaria provavelmente divorciado(a), ento eu j poderia me casar de novo provisoriamente? No, no possvel. Ento percebe-se que NO H uma antecipao de tutela dessa natureza constitutiva negativa.-Ex2: Ser que eu poderia declarar a paternidade provisoriamente? Tambm no possvel. No cabe efeito declaratrio, pois para isso se exige cognio exauriente. Mas eu no poderia atravs da verossimilhana da alegao de existncia dessa paternidade, condenar provisoriamente a pagar alimentos? Nessa situao sim, e inclusive algo que ocorre muito na prtica. Ou seja, a eficcia declaratria perfeitamente compatvel com a antecipao da tutela.-Ento a tutela antecipada s compatvel com essas ltimas 3 eficcias, e no com as duas primeiras (?) . (Essa interpretao de Lus Guilerme Marinoni? ).-Ele defende que a tutela antecipada no compatvel com a sentena declaratria e nem com a eficcia constitutiva, sendo compatvel somente com as 3 ltimas(?).Voltando...273, 2oNo se conceder a antecipao da tutela quando houver perigo de IRREVERSIBILIDADE do provimento antecipado.-Irreversibilidade do provimento se refere situao de quando o juiz no deve conceder a tutela antecipada, quando houver esse risco de irreversibilidade do provimento.-O legislador no foi muito feliz quando falou em provimento, pois provimento uma deciso judicial. O provimento que concede, a deciso que concede, mas a deciso sempre reversvel, ou seja, ela pode ser reformada em grau de recurso, pode ser anulada, ento o que ele quis falar que no foi irreversibilidade do provimento judicial que concedeu a tutela, ele foi infeliz na colocao da palavra, o que ele quis falar realmente foi na irreversibilidade ftica, ou seja, concedida a tutela antecipada e efetivada, ser que d para desfazer aquilo que foi concedido? Ou seja, e se dada a provisoriedade da deciso antecipatria da tutela, e l na frente o juiz julga na sentena, improcedente o pedido? Haver situaes em que impossvel o retorno ao estado anterior. -Ex.: Imaginemos que o filho de A nasceu com o pezinho torto congnito e para esse tipo de ocorrncia h cirurgia o mais rpido possvel, pois quanto mais tempo voc perde, mais difcil a recuperao, a o pai de A tinha plano de sade e tinha autorizao para fazer a cirurgia, mas o plano de sade negou dizendo que era uma doena pr-existente e que ento no seria autorizada a cirurgia, entretanto no contrato no havia nada nesse sentido. Nenhuma clusula excluindo a pr-existncia assinatura do contrato.-A ento ingressou com uma ao pedindo que fosse dada a autorizao ao procedimento cirrgico sob pena de receber uma multa diria de R$1000 por dia, e ento A pediu a antecipao da tutela, que acabou sendo concedida e a cirurgia acabou sendo feita. Bom, e se ao final o juiz entendesse que A no tinha esse direito,julgasse improcedente?Daria pra desfazer a cirurgia?? bvio que no. E a ESSA irreversibilidade a que se refere o legislador. Ou seja, ele fala de irreversibilidade no PROVIMENTO, mas ELE QUIS FALAR NA IRREVERSIBILIDADE FTICA, isto , uma vez concretizada a medida, no se deve conceder quando forem irreversveis as consequncias fticas.-Logo percebe-se que no exemplo dado, no era pra ter sido concedida a tutela antecipada para A, uma vez que literalmente, no teria como voltar ao estado anterior da cirurgia, tendo ela sido j feita.-No se deve entender LITERALMENTE esse pargrafo segundo, at por que se assim fosse, iria-se contra um princpio da CF/88, que o princpio da efetividade da prestao de tutela jurisdicional. Ou seja, o cidado no BR no tem direito apenas Justia, mas sim, uma JUSTIA EFETIVA, e se o pai de A ficasse esperando o tempo necessrio para sair a deciso, quando sasse, no ia adiantar de nada. Ele teria sido dada em juzo,claro, mas isso no seria efetividade jurisdicional.-A CF queria assegurar a EFETIVA prestao jurisdicional (e no a tardia). O doutrinador citado anteriormente, dizia que devia se interpretar esse pargrafo como se o legislador estivesse afirmando o seguinte: A tutela antecipada incabvel quanto s eficcias declaratria e constitutivas das sentenas. essa irreversibilidade a que ele se refere. J que realmente na situao por exemplo em que se decreta o divrcio do casal. Ambos esto divorciados. No tem como falar ahh,mas provisrio! Mas oras, j esto divorciados! Ento no. Para essas eficcias no h essa antecipao. At por que no h compatibilidade lgica quanto a essas eficcias declaratria e constitutiva. Esse entendimento inclusive vm influenciando o STJ e o STF, tanto que so conseguidas tutelas antecipadas normalmente nessas hipteses citadas anteriormente, como realizao de cirurgias, fornecimento de medicamentos super caros (em que o Estado compelido a fornecer esses medicamentos), de medicamentos no tratamento da AIDS (logo no incio da expanso dela),etc.-E esse entendimento acaba sendo confirmado nos pargrafos seguintes:273, 3oA efetivao da tutela antecipada observar, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, 4oe 5o, e 461-A.-Como se concretiza uma ao que antecipa a tutela? Est nos artigos citados. -O art. 588 foi revogado. HOJE O QUE VALE O 475-OArt. 475-O. A execuo provisria da sentena far-se-, no que couber, do mesmo modo que a definitiva, observadas as seguintes normasI corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeqente, que se obriga, se a sentena for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofridoII fica sem efeito, sobrevindo acrdo que modifique ou anule a sentena objeto da execuo, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuzos nos mesmos autos, por arbitramento; III o levantamento de depsito em dinheiro e a prtica de atos que importem alienao de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado dependem de cauo suficiente e idnea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos prprios autos.-O Art. 475-O trata da execuo da deciso condenatria (deciso provisria desta)Art. 461. Na ao que tenha por objeto o cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer, o juiz conceder a tutela especfica da obrigao ou, se procedente o pedido, determinar providncias que assegurem o resultado prtico equivalente ao do adimplemento. (Aqui fala da obrigao de fazer e no-fazer a eficcia mandamental).461, 4oO juiz poder, na hiptese do pargrafo anterior ou na sentena, impor multa diria ao ru, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatvel com a obrigao, fixando-lhe prazo razovel para o cumprimento do preceito. 5oPara a efetivao da tutela especfica ou a obteno do resultado prtico equivalente, poder o juiz, de ofcio ou a requerimento, determinar as medidas necessrias, tais como a imposio de multa por tempo de atraso, busca e apreenso, remoo de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessrio com requisio de fora policial. Art. 461-A. Na ao que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela especfica, fixar o prazo para o cumprimento da obrigao. (fala de entrega de coisa e entrega de coisa executiva (lato sensu))-O Art. 273, 3o no falou em sentena declaratria e nem constitutiva, e s confirma a interpretao do doutrinador j citado. CONCLUSO: O Art. 273, 2 deve ser interpretado assim: A ANTECIPAO DA TUTELA NO DEVE SER CONCEDIDA QUANTO S EFICCIAS DELCARATRIA E CONSTITUTIVA, QUANTO S DEMAIS ELA PODE SER CONCEDIDA, DESDE QUE CLARO, PRESENTES OS REQUISITOS LEGAIS.. Procedimento ordinrio e sumrioAlguns comentrios quanto ao procedimento ordinrio e sumrio:-Tanto o procedimento sumrio quanto o ordinrio esto inclusos no chamado procedimento comum, mas o sumrio de comum no tem nada. -OBS: Os procedimentos especiais so SEMPRE preferenciais!-A ideia do sumrio era dar mais celeridade ao processo, mas isso acaba no ocorrendo na prtica forense. - Na prtica quanto ao procedimento ordinrio, na fase entre as audincias, pode uma ou outra fase no ser cumprida, por exemplo, o juiz pode optar por no fazer a audincia preliminar. -No procedimento sumrio onde era pra haver uma maior celeridade, acaba se esbarrando em um grande problema, pois o incio desse procedimento se d com a audincia inaugural, e para haver essa audincia, necessrio que haja uma data livre para paut-la. E a que est o problema. Geralmente essa demora muito grande, e as partes tm que esperar tempo demais. Logo se percebe que o sumrio acaba nascendo morto em seu objetivo.-Portanto, o ordinrio apesar de ser maior, acaba sendo mais rpido do que o sumrio, porque no ordinrio no h audincia inicial! Mas sim, a obrigao do ru em apresentar citao em 15 dias. -No novo CPC s vai haver o procedimento comum (no mais a diviso em sumrio e ordinrio) , mas at o NOVO CPC peca quando impe que o processo comece com uma audincia inaugural! Porm pelo menos no novo, o juiz pode dispensar essa audincia, caso perceba que isso vai acabar causando uma demora a mais ao processo.-Uma sugesto do professor Marcelo seria a seguinte: tira-se a audincia inaugural e se coloca 5 dias para contestao por exemplo.. Procedimento ordinrio (fases) Art. 275. Observar-se- o procedimento sumrio: I - nas causas cujo valor no exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salrio mnimo; II - nas causas, qualquer que seja o valor;a) de arrendamento rural e de parceria agrcola; b) de cobrana ao condmino de quaisquer quantias devidas ao condomnio; c) de ressarcimento por danos em prdio urbano ou rstico; d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veculo de via terrestre; e) de cobrana de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veculo, ressalvados os casos de processo de execuof) de cobrana de honorrios dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislao especial; g) que versem sobre revogao de doao; h) nos demais casos previstos em lei. Pargrafo nico. Este procedimento no ser observado nas aes relativas ao estado e capacidade das pessoas.-Previsto a partir do artigo 275 do CPC se estabelece os casos em que deve ser adotado o procedimento sumrio. -H dois critrios para se adotar o procedimento sumrio:O primeiro o valor da causa;O segundo se d quanto matriaEx.: A tem uma dvida com B e essa dvida de 50 SM. Est se aproximando o dia do pagamento dessa dvida e B de repente some. A ento ingressa com uma ao de consignao em pagamento contra B. Pergunta-se: Qual procedimento deve ser adotado? R: No deve ser adotado o art. 275,I, pois esse inciso trata do procedimento sumrio, e para ao de consignao em pagamento h lei especial, e portanto, h procedimento especial Justificativa, art. 272, pargrafo nico. Ou seja, o especial possui prevalncia sobre tanto o procedimento sumrio quanto o ordinrio.Art. 272. O procedimento comum ordinrio ou sumrio. Pargrafo nico. O procedimento especial e o procedimento sumrio regem-se pelas disposies que Ihes so prprias, aplicando-se-lhes, subsidiariamente, as disposies gerais do procedimento ordinrio.Ex2.: A tem um terreno em Presidente Figueiredo e B o invadiu. O valor desse terreno no chega a 50 SM.A resolve ingressar com uma ao de reintegrao de posse, ento. Essa ao uma ao possessria! Logo, mesmo o valor do terreno no ultrapassando 60SM, no cabe procedimento sumrio, porque ao possessria se trata de LEI ESPECIAL. Ex3.: A procurador e ganha R$3000,00. Um dia de repente vem seu chefe e fala vou diminuir em 50% o seu salrio. Isso fere direito lquido e certo. A ento entra com um mandado de segurana para assegurar seu direito. Aqui tambm o que corretamente cabe o procedimento especial, pois para MS h uma lei especial, a Lei de Mandado de Segurana (Lei 12.016/09)Exemplos de leis especiais: Ao popular, Ao Civil Pblica, Ao de Improbidade Administrativa, Lei do Mandado de Segurana, Ao de despejo, etc. OBS: Se tiver na Lei Especial um prazo diferente do CPC, para citao, o que predomina o da lei especial (vai ser aplicado de forma genrica).OBS2: O procedimento dos Juizados Especiais Cveis Estaduais so previstos na Lei Federal 9099/95. O Art. 3. dessa Lei, ao dispor sobre competncia, fala:Art. 3 O Juizado Especial Cvel tem competncia para conciliao, processo e julgamento das causas cveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor no exceda a quarenta vezes o salrio mnimo; II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Cdigo de Processo Civil; III - a ao de despejo para uso prprio; IV - as aes possessrias sobre bens imveis de valor no excedente ao fixado no inciso I deste artigo. - O inciso II dessa lei 9099/95, cita o artigo 275, II do CPC, sendo que o art. 3 nesse inciso II discute-se sobre matria. O valor no importa. Pode ser at milho por exemplo. -O procedimento do processo de conhecimento na justia comum o sumrio. -O procedimento no juizado especial o sumarssimo. (Art. 98, I da CF)Art. 98. A Unio, no Distrito Federal e nos Territrios, e os Estados criaro:I - juizados especiais, providos por juzes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliao, o julgamento e a execuo de causas cveis de menor complexidade e infraes penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumarissimo, permitidos, nas hipteses previstas em lei, a transao e o julgamento de recursos por turmas de juzes de primeiro grau;-OBSERVAES SUPER IMPORTANTES:1) Posso optar por juizado especial/justia comum SE a causa no passar de 40 SM. A escolha que se tem entre pagar ou no, pois no juizado especial no h custas! Mas caso a pessoa queira pagar, ok. 2) O valor da causa s um dos critrios para se definir o processo no juizado especial. Dentre os incisos II, III e IV da Lei 9099/95, apenas no inciso IV que h especificamente um limite de 40 SM como requisito para se entrar no Juizado. IV - as aes possessrias sobre bens imveis de valor no excedente ao fixado no inciso I deste artigo. -Pergunta-se: Qual a relao entre o sumrio e o sumarssimo?R: A relao est no art. 3, I e II da lei 9099/95, ou seja, o sumarssimo est contido no sumrio! Art. 275, pargrafo nico,CPC:Pargrafo nico. Este procedimento no ser observado nas aes relativas ao ESTADO e capacidade das pessoas.ESTADO se refere ao estado civil, de liberdade (status libertatis), capacidade (aquela que te permite praticar atos da vida civil). Art. 276,CPC:Art. 276. Na petio inicial, o autor apresentar o rol de testemunhas e, se requerer percia, formular quesitos, podendo indicar assistente tcnico.-Como o sumrio preza pela rapidez, j na PI tem que haver o rol das testemunhas, etc (seno vai se entender que o indivduo no deseja testemunhas). Devendo j no PI conter tambm as perguntas que devero ser direcionadas ao perito designado. No procedimento ordinrio no h essas exigncias. -Assistente tcnico: aquele que vai criticar, complementar ou enaltecer o laudo tcnico. Art. 277, CPC:Art. 277. O juiz designar a AUDINCIA DE CONCILIAO a ser realizada no prazo de trinta dias, citando-se o ru com a antecedncia mnima de dez dias e sob advertncia prevista no 2 deste artigo, determinando o comparecimento das partes. Sendo r a Fazenda Pblica, os prazos contar-se-o em dobro. 2 Deixando injustificadamente o ru de comparecer audincia, reputar-se-o verdadeiros os fatos alegados na petio inicial (art. 319), salvo se o contrrio resultar da prova dos autos, proferindo o juiz, desde logo, a sentena.Art. 319. Se o ru no contestar a ao, reputar-se-o verdadeiros os fatos afirmados pelo autor.-Errou o legislador quando se referiu apenas audincia de conciliao, porque no s conciliao que ocorre, j que nem sempre as partes acordam. Sendo assim, o ru apresenta sua resposta e depois h a fase do saneamento. Logo, o correto seria audincia inaugural. -Saneamento a fase em que o juiz vai regular determinados vcios processuais, ou seja, ele vai regularizar o processo. -Prazo entre o dia da audincia designada e a juntada de AR (do mandado de citao): 10 dias(?). -Caso o advogado releve uma situao em que esse prazo fique menor que 10 dias, ok, mas vale ressaltar que o prazo menor que 10 dias causa de nulidade sim.RETOMANDO:Art. 277. O juiz designar a audincia de conciliao a ser realizada no prazo de trinta dias, citando-se o ru com a antecedncia mnima de dez dias e sob advertncia prevista no 2 deste artigo, DETERMINANDO O COMPARECIMENTO DAS PARTES. Sendo r a Fazenda Pblica, os prazos contar-se-o em dobro. -Aqui o procedimento se d na justia comum! As partes no tm capacidade postulatria! Logo, claro que os patronos devem ser intimados tambm, claro. -Fazenda Pblica = Unio, DF, Estados, Municpios e suas respectivas autarquias(INSS, etc) e fundaes. -OBS: Petrobrs e Banco do Brasil no so autarquias!VOLTANDO AO ESQUEMA DAS FASES DO PROCEDIMENTO SUMRIO:1) Petio inicial2) Citao do ru e intimao do autor: audincia inaugural -Nela h: a. Tentativa de conciliao: Art. 277, 1 do CPC (se houver acordo, aps a homologao da sentena, o processo extinto por resoluo de mrito 269, III, CPC ) e se no houver, o restante das fases segue normalmente.277, 1, CPC. A conciliao ser reduzida a termo e homologada por sentena, podendo o juiz ser auxiliado por conciliador.Art. 269, CPC. Haver resoluo de mrito:III - quando as partes transigirem;

. Petio inicial. Citao do ru- O ru possui 15 dias para apresentar.- H citao do ru porque aqui no h citao para audincia, mas para apresentar resposta.

. Resposta escrita: contestao, excees, reconveno. Rplica- por parte do autor e escrita.-O prazo de 10 dias para rplica. . Audincia preliminar. Tentativa de conciliao . Saneamento. Audincia de instruo e julgamento-Se houver necessidade de prova oral, como testemunhas etc. somente como regra. Se houver necessidade de produo de prova oral, como j falado anteriormente.

QUADRO RESUMO DAS FASES DO PROCEDIMENTO ORDINRIO

1) PETIO INICIAL

2) CITAO DO RU

3) RESPOSTA ESCRITA: -Contestao; -Excees; (Incompetncia, impedimento e suspeio) -Reconveno.

4) RPLICA (por parte do autor escrita)

5) AUDINCIA PRELIMINAR: -tentativa de conciliao -Saneamento(Essa audincia preliminar serve como regra. s vezes nem ocorre).

6) AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO (regra)

. Procedimento sumrio (fases). Petio Inicial. Citao do ru e intimao do autor: audincia inaugural-Nessa audincia o que vai ocorrer primeiramente a audincia inaugural e se ela ocorrer com xito, o processo acaba e o juiz homologa o acordo, seno, segue-se para o prximo passo.-Tentativa de conciliao -Se houver xito, o processo termina aqui, seno se encaminha para o prximo passo. . Resposta oral ou escrita do ru. SaneamentoAqui se sana alguns vcios processuais e aqui tambm que entram a chamada exceo de incompetncia, de impedimento e suspeio.. Audincia de instruo e julgamento-Apenas se houver necessidade, faz-se essa audincia. - O procedimento de conhecimento se subdivide em:

Essa diviso procedimental se trata de uma hierarquiaEspeciaisSumrioOrdinrio

Art. 270. Este Cdigo regula o processo de conhecimento (Livro I), de execuo (Livro II), cautelar (Livro III) e os procedimentos especiais (Livro IV).-Art. 274. O procedimento ordinrio reger-se- segundo as disposies dos Livros I e II deste Cdigo.ESPECIAIS: Pode estar previsto no CPC (Livro IV) ou em leis especiais.-No Livro IV se trata entre outros da ao de inventrio/partilha, consignao em pagamento,etc.

QUADRO RESUMO DAS FASES DO PROCEDIMENTO SUMRIO

1) PETIO INICIAL

2) CITAO DO RU E INTIMAO DO AUTOR: AUDINCIA INAUGURALEssa audincia inaugural divide-se: -Tentativa de conciliao; -Resposta oral ou escrita do ru -saneamento

3) RESPOSTA ESCRITA: Contestao, excees, reconveno

4) RPLICA (por parte do autor escrita)

5) AUDINCIA PRELIMINAR: -tentativa de conciliao -Saneamento

6) AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO

ART. 277, 2: 2 Deixando injustificadamente o ru de comparecer audincia, reputar-se-o verdadeiros os fatos alegados na petio inicial (art. 319), salvo se o contrrio resultar da prova dos autos, proferindo o juiz, desde logo, a sentena.ART. 277, 3: 3 As partes comparecero pessoalmente audincia, podendo fazer-se representar por preposto com poderes para transigir.OBS: Art. 38, CPC. A procurao geral para o foro, conferida por instrumento pblico, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citao inicial, confessar, reconhecer a procedncia do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ao, receber, dar quitao e firmar compromisso.-Por esse artigo 38, a procurao ad judicia autoriza a quase todos os atos com excees dos que nesse artigo se encontram.Esses atos citados nesse artigo exigem a autorizao expressa da parte, pois so atos que podem trazer prejuzos mesma. ART. 277, 4Art. 277. O juiz designar a audincia de conciliao a ser realizada no prazo de trinta dias, citando-se o ru com a antecedncia mnima de dez dias e sob advertncia prevista no 2 deste artigo, determinando o comparecimento das partes. Sendo r a Fazenda Pblica, os prazos contar-se-o em dobro. 4 O juiz, na audincia, decidir de plano a impugnao ao valor da causa ou a controvrsia sobre a natureza da demanda, determinando, se for o caso, a converso do procedimento sumrio em ordinrio.-Nesse pargrafo h a explicao da situao sobre o que ocorre se a parte equivocadamente adota o sumrio, mas era o ordinrio que deveria ser adotado.

ART. 277, 5 5 A converso tambm ocorrer quando houver necessidade de prova tcnica de maior complexidade.-Vai ocorrer a converso, porque o sumrio tem a pretenso de ser clere. ART. 278Art. 278. No obtida a conciliao, oferecer o ru, na prpria audincia, resposta escrita ou oral, acompanhada de documentos e rol de testemunhas e, se requerer percia, formular seus quesitos desde logo, podendo indicar assistente tcnico. 1 lcito ao ru, na contestao, formular pedido em seu favor, desde que fundado nos mesmos fatos referidos na inicial.(tem que ser sobre o mesmo fato!) OBS; Reconveno precisa de pea annima. mais simplrio. Pode ser formado at na mesma pea (?)-O pedido contraposto se foca no mesmo fato que deu origem ao pedido do autor. Isso no se aplica reconveno. -REVELIA = Ausncia de defesa (os fatos do autor sero considerados verdadeiros Confisso ficta).277, 2 Deixando injustificadamente o ru de comparecer audincia, reputar-se-o verdadeiros os fatos alegados na petio inicial (art. 319), salvo se o contrrio resultar da prova dos autos, proferindo o juiz, desde logo, a sentena.-Pela literalidade desse pargrafo, seria revelia e confisso, mas no pode ser assim to literal. O STJ interpreta de forma diferente, porque preciso considerar o que ocorre dentro da audincia. H duas situaes aqui:1 hiptese) Por exemplo, se o ru no foi, mas est representado por um preposto, nesse caso, no d ser aplicada a revelia, at porque de primeira, ir se tentar a conciliao). 2 hiptese) A parte no foi para audincia de conciliao, mas o advogado do ru estava presente (portando uma procurao dada pelo ru com poderes para transigir). Se no tiver a audincia de conciliao, se pula para o prximo passo (Resposta oral ou escrita do ru) OBS: SE a parte no vai contra nada, considerado um mandado tcito (caso a parte no v contra nada e se esse mandado transigir sem poder). Outro exemplo: S o preposto est presente, somente ele, mas ele no tem capacidade postulatria, o juiz ento decreta a revelia. -Se o ru tiver sem o advogado e houver conciliao, ok, o processo termina (sem resoluo do mrito). Caso no haja conciliao, pula para resposta...(prxima fase). Mas em caso de parte sem advogado, o que ia ocorrer, era ser decretada a revelia, porque o ru no tem capacidade postulatria. -OU SEJA, NA SEGUNDA FASE RESPOSTA ORAL OU ESCRITA DO RU Quem pode atuar somente o advogado. Se no houver resposta, a revelia decretada. -O advogado pode conciliar e apresentar defesa em nome da pessoa (1 e 2 fase).-A parte e o preposto a representando, s podem atuar na primeira fase! A CONCILIAO. 2 Deixando injustificadamente O RU de comparecer audincia, reputar-se-o verdadeiros os fatos alegados na petio inicial (art. 319), salvo se o contrrio resultar da prova dos autos, proferindo o juiz, desde logo, a sentena.Ex.: O ru no foi, somente o seu advogado (portando a procurao, que o instrumento do mandado). H juzes que interpretam esse 2 ao p da letra, mas isso no o correto. causa de NULIDADE! anulada em grau de recurso, certamente.-Nesse caso do exemplo poderia sim haver a resposta do ru, sem a presena dele. Porm o ru ir sozinho sem advogado, no poderia, j que o ru no tem capacidade postulatria. 278, 2: Havendo necessidade de PRODUO DE PROVA ORAL e no ocorrendo qualquer das hipteses previstas nos arts. 329 e 330, I e II, ser designada audincia de instruo e julgamento para data prxima, no excedente de trinta dias, salvo se houver determinao de percia.Se houver necessidade de prova oral ( testemunhas, depoimento das partes, etc atos probatrios) marca-se uma segunda audincia : a de instruo e julgamento. REITERANDO: O sumrio possui um erro mortal! Pois ele termina com sua celeridade quando impe a obrigatoriedade da audincia inaugural.Art. 279. Os atos probatrios realizados em audincia podero ser documentados mediante taquigrafia, estenotipia ou outro mtodo hbil de documentao, fazendo-se a respectiva transcrio se a determinar o juiz.Pargrafo nico. Nas comarcas ou varas em que no for possvel a taquigrafia, a estenotipia ou outro mtodo de documentao, os depoimentos sero reduzidos a termo, do qual constar apenas o essencial.. Art. 280. No procedimento sumrio no so admissveis a ao declaratria incidental e a interveno de terceiros, salvo a assistncia, o recurso de terceiro prejudicado e a interveno fundada em contrato de seguro.-No se aceita interveno de terceiro, pois ela suspende o processo. Art. 281 - Findos a instruo e os debates orais, o juiz proferir sentena na prpria audincia ou no prazo de dez dias.-Debates orais = alegaes finais / ...o juiz proferir sentena... = Audincia de instruo e julgamento. OBS: SANEAMENTO pode ocorrer no s necessariamente na ordem colocada nas fases. Se houver erro quanto ao procedimento, se aproveita do outro processo. . Requisitos da petio inicial (arts. 282 a 284 do CPC)Art. 282. A petio inicial indicar:I - o juiz ou tribunal, a que dirigida;II - os nomes, prenomes, estado civil, profisso, domiclio e residncia do autor e do ru;III - o fato e os fundamentos jurdicos do pedido;IV - o pedido, com as suas especificaes;V - o valor da causa;VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;VII - o requerimento para a citao do ru.Art. 283. A petio inicial ser instruda com os documentos indispensveis propositura da ao.Art. 284. Verificando o juiz que a petio inicial no preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mrito, determinar que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias.-A PI o instrumento o qual a parte provoca a prestao da tutela jurisdicional.-A PI um ato formal e essas formalidades devem ser feitas pela parte autora (se um deles no for obedecido, o juiz d um tempo para o conserto devido).282, I Est relacionado com a questo da competncia (sabendo a competncia, deve ser dirigida ao Juzo correto, que pode ser Juzo Singular ou tribunal STF, STJ,TJ OU TRF). -Exs.: Em MS contra ato de Presidente da Repblica, a competncia do STF. MS contra Ministro de Estado, a competncia do STJ. MS contra ato do governador/prefeito, no caso relacionado ao governador, a competncia do pleno do TJ, j em relao ao prefeito, das Cmaras Reunidas do TJ. -E se ser no pleno ou nas Cmaras, tudo isso regulamentado pelo regimento interno do tribunal. 282, II Aqui se trata da qualificao das partes (autor/ru). E apesar do inciso no citar CPF, RG, CGC, melhor colocar. 282, III Nesse inciso entra a teoria da substanciao: Ela exige que o autor faa referncia causa de pedir remota e a prxima. -Alguns doutrinadores, como Nelson Nery e Alexandre Freitas Cmara, falam que a causa de pedir remota o fundamento jurdico do pedir e a prxima o fato contrrio ao Direito. -Os outros doutrinadores invertem: Um a causa remota o outro a prxima. OBS:FUNDAMENTO JURDICO DIFERENTE DE FUNDAMENTO LEGAL-A referncia disposio de lei na PI no exigncia do CPC (da lei processual), porque ela no exige fundamentao legal, j que o juiz conhece o Direito! A lei s exige o fundamento jurdico!! -Ex.: A(locador) celebra locao com B (locatrio) e esse contrato dizia que a locao era pra fins residenciais, que era obrigao o pagamento de impostos como o IPTU, que devia haver incidentes sobre o imvel, entre outras coisas. Imaginemos a situao em que B, por exemplo, atrase 3 meses de aluguel.-PERGUNTA-SE: Qual seria a causa de pedir remota? Ou seja, qual a RJ que d origem ao despejo? o contrato de locao! o fundamento jurdico do despejo! E qual ser a causa de pedir prxima? A falta de pagamento (que um fato contrrio ao Direito). OBS: O fundamento jurdico SEMPRE se relaciona com a RJ!-Ex2: A empresta R$1000 para B. B atrasa e A ento entra com uma ao de cobrana contra B. -CAUSA DE PEDIR REMOTA: Contrato celebrado entre as partes. -Mas preciso tambm que tenha ocorrido algo que seja contrrio ao Direito, pois no s por haver o contrato que eu vou processar o indivduo. Ele TEM que desobedecer a lei. -CAUSA DE PEDIR PRXIMA: O inadimplemento.-Ex3: A empresta por comodato a B . B no precisa pagar, mas A avisa Quando eu precisar desse imvel, vou te notificar 6 meses antes pra poderes sair e me devolver o imvel. 6 meses depois,A fala que ir precisar o imvel. Passou 30 dias e nada de sair o B do imvel. A ento decide entrar com uma ao possessria (reintegrao de posse). -CAUSA DE PEDIR REMOTA: Contrato de comodato.-CAUSA DE PEDIR PRXIMA: O fato de B ter sido notificado e ainda sim no entregado o bem. OBS: A lei no exige nome de ao. Mas isso existe para facilitar a compreenso do magistrado para saber logo qual vai ser o pedido ou os pedidos que sero formulados.O fundamento para a certeza de que o nome da ao no requisito para deferimento da PI, que nos incisos do art. 282 no h referncia a nome de ao como requisito.Logo subentende-se que no necessrio.-OBS; Quando a lei fala em fundamento jurdico no se refere ao legal. Ou seja, ela no exige qualquer referncia de lei na PI.-OBS: Artigo de lei e nome de ao no so requisitos obrigatrios pra PI, apenas aparecem como facilitadores! Tanto para o magistrado quanto para o advogado do ru. -A qualificao jurdica quem d o juiz. D-me os fatos, que eu lhe dou o direito. Quem vai enquadrar os fatos na lei, ser o juiz. Art. 282, IVIV - o pedido, com as suas especificaes;-Toda PI tem que ter o pedido! Porque a referncia ao pedido com todas as suas especificaes que vai limitar a sentena a ser proferida.Art. 128. O juiz decidir a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questes, no suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.-Nesse artigo 128 do CPC que entram os conceitos de: Extrapetita, intrapetita e citrapetita.-O juiz no pode ultrapassar os limites desse pedido. -Ultrapetita: Concedeu o que se pediu e mais alguma coisa-Extrapetita: Eu sou por exemplo, condenado a pagar penso alimentcia, mas o juiz sentenciou, digamos, danos morais tambm, porm, eu no pedi isso. Logo, isso seria uma sentena extrapetita.-Citrapetita: Quando se deixa de apreciar o que a parte pediu, ou melhor, no se examinou na ntegra o que foi solicitado. Isso seria sentena citrapetita.Ex.: Eu ingresso com uma ao de Danos Morais e Danos Materiais. O juiz s analisou,porm, os danos materiais. Isso citrapetita, pois ele no analisou tudo. -OBS: TEM QUE ESPECFICO! Ou seja, mais explcito possvel deve ser o pedido na PI.-Nesse inciso 282, IV que entra a tutela antecipada, porque ela ocorre com o pedido. -No existe exigncia para seguir os incisos nessa ordem do 282.(?? - confirmar isso)-OBS2: DA LEI, DO PEDIDO, prprio da prtica forense, o CPC no faz tal exigncia.Art. 282, V: O valor da causa:-O valor da causa deve responder ao benefcio econmico pleiteado. Ex.: Em certo caso se discute um bem econmico e esse ser o valor da causa. Ou seja, o valor da causa deve sempre corresponder ao contedo econmico em discusso.-PERGUNTA-SE: Quais as consequncias processuais quando se atribui valor causa?-As consequncias processuais podem ser referir base de clculo para incidncia de taxa judiciria, alm disso, as custas do processo podem determinar a competncia dos juizados especiais ou a adoo do procedimento sumrio por exemplo. E essas custas devem ser recolhidas.- sobre o valor da causa que incide sobre as custas do processo. E esse valor incide tambm nos honorrios do advogado, etc.--COMO REGRA, havendo contedo econmico, esse ser o valor da causa. Esse valor deve corresponder ao benefcio econmico pleiteado, ao menos que a lei contrarie dizendo outra coisa. Art. 258,CPC. A toda causa ser atribudo um valor certo, ainda que no tenha contedo econmico imediato.Art. 259,CPC. O valor da causa constar sempre da petio inicial e ser:I - na ao de cobrana de dvida, a soma do principal, da pena e dos juros vencidos at a propositura da ao;II - havendo cumulao de pedidos, a quantia correspondente soma dos valores de todos eles;-Se for ao cumulada, soma-se os valoresIII - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor;IV - se houver tambm pedido subsidirio, o valor do pedido principal;V - quando o litgio tiver por objeto a existncia, validade, cumprimento, modificao ou resciso de negcio jurdico, o valor do contrato; -Ex.: Eu adquiro um apt numa construtora. Esse apt saiu por R$50.000. No contrato diz que dentro do condomnio haveria uma ciclovia. Mas na hora da entrega, no havia a ciclovia. Logo, eu entro com uma ao s para discutir isso eu quero a ciclovia ou ento eu quero indenizao. Portanto o valor da causa seria o valor do contrato: R$ 50.000,00. -Mas o STJ se posicionou de forma que no, o valor da causa no seria o mesmo do contrato. O certo seria estipular um valor razovel. VI - na ao de alimentos, a soma de 12 (doze) prestaes mensais, pedidas pelo autor;-Aqui na ao de alimentos diferente. bom lembrar que nos contratos de locao a forma de se obter o valor da causa diferente tambm. Ou seja, 12 alugueis mensais. VII - na ao de diviso, de demarcao e de reivindicao, a estimativa oficial para lanamento do imposto.-Pega o valor venal do imvel. Esse ser o valor da causa. Ex.: A comprou um terreno e pagou R$10.000,00 por ele. A s recebeu um recibo e nenhuma escritura. Ele aproveitando um feriado, passou uns dias fora da cidade, quando voltou, seu terreno estava invadido. A resolveu ento logo entrar com uma ao de reintegrao de posse. Aqui no se enquadra nenhum dos incisos. Aqui vale a regra geral, isto o valor da causa corresponde ao benefcio econmico buscado.282, VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;-Toda PI deve ter fatos! J que o processo se baseia nisso, mas se eu afirmo, tenho que provar. E esse provar ocorre por meio dos meios de prova (documentos, sendo que esses devem acompanhar a PI j, a oitiva de testemunha, a confisso, a prova pericial, a inspeo judicial quando o juiz sai de seu gabinete para realizar uma diligncia fora).-A lei exige que haja pelo menos um protesto genrico (Exemplo: apresentando as provas demandadas, etc). Lembrando que na prova documental, os documentos J DEVEM ACOMPANHAR A PI!Sob pena de precluso.282, VII - o requerimento para a citao do ru.-Alguns magistrados despacham Faltou a citao e mandam emendar a inicial, outros mesmo que o advogado por um descuido, esquea, consideram que eles obviamente querem a citao do ru. Art. 283. A petio inicial ser instruda com os documentos indispensveis propositura da ao.-Aqueles que so indispensveis devem acompanhar a PI (no h um padro para isso. Muda de caso para caso). Ex.: Sou casado,quero o divrcio .Documento principal: Certido de casamento.Bati o carro, quero indenizao: Documento principal: Documento de proprietrio do carro.Voc me passou um cheque sem fundo. Documento principal: Cheque.

- E SE O AUTOR ESQUECER de um dos requisitos?R: O juiz no pode indeferir de cara a PI. Art. 284.O descumprimento de um dos incisos ou a falta de juntada de documento inicial, o legislador d 10 dias para se emendar a inicial para se recuperar. Art. 284. Verificando o juiz que a petio inicial no preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mrito, determinar que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias.Art. 284, Pargrafo nico, CPC. Se o autor no cumprir a diligncia, o juiz indeferir a petio inicial.-A deciso que indefere a inicial a SENTENA! ASSUNTOS QUE VIERAM DEPOIS DA 1NPC:Petio Inicial;Citao do ru: - Resposta Escrita : - Contestao- Excees -- Incompetncia (Relativa)ImpedimentoSuspeio- Reconveno*outrasRplica do autorAudincia preliminar: - tentativa de conciliao; - saneamento (caso haja erro);Art. 297, CPC. O ru poder oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petio escrita, dirigida ao juiz da causa, contestao, exceo e reconveno.OBSERVAES:- No sumrio, o ru apresenta resposta oral na audincia e no ordinrio tem que ser resposta ESCRITA! Nunca oral. S se houver audincia para apresent-la, que h. A regra que o prazo pra resposta escrita de 15 dias, mas h privilgios na lei processual, por exemplo no art. 188, CPC:Art. 188. Computar-se- em qudruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pblica ou o Ministrio Pblico.- Administrao Pblica = DF, Estado, municpios, autarquias e fundaes (no inclui a sociedade de economia mista Petrobrs, BB e nem as empresas pblicas que nem a Caixa Econmica Federal).Tambm h diferena quanto a prazo pra contestar, como se verifica no ART. 191, CPC:Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-o contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.-Ou seja, quando houver litisconsortes com advogados diferentes, haver o benefcio da contagem em dobro (ficar 30 dias). Outra exceo se d quando o ru for representado por defensor pblico, nesse caso tambm h o benefcio da contagem em dobro para apresentar sua defesa. Art.44. So prerrogativas dos membros da Defensoria Pblica da Unio:I receber, inclusive quando necessrio, mediante entrega dos autos com vista, intimao pessoal em qualquer processo e grau de jurisdio ou instncia administrativa, contando-se-lhes em dobro todos os prazos;A partir de qual momento se comea a contar o prazo para contestao?R: A regra de citao pelos correios. Depois vem o oficial, por editais e pela via eletrnica hierarquicamente. Art. 241. Comea a correr o prazo: I - quando a citao ou intimao for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso de recebimento; -PELOS CORREIOS: Da data da juntada do AR aos autos

-OBS: Art. 184Art. 184. Salvo disposio em contrrio, computar-se-o os prazos, excluindo o dia do comeo e incluindo o do vencimento.-O primeiro dia sempre excludo da contagem! Ex.: se juntou