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0 Procedimentos Relacionados ao Apoio e Diagnóstico II Habilitação Profissional de Técnico em Saúde Bucal Radiologia Módulo II Tatuí – 2018

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Procedimentos Relacionados ao Apoio e Diagnóstico II

Habilitação Profissional de Técnico em Saúde Bucal

Radiologia

Módulo II Tatuí – 2018

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Conteúdo 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 2

2. IMAGEM RADIOGRÁFICA .................................................................................................... 2

3. PRODUÇÃO DE RAIOS X ..................................................................................................... 4

4. APARELHO DE RAIOS X ODONTOLÓGICO ...................................................................... 5

5. MATERIAIS E DISPOSITIVOS RADIOGRÁFICOS .............................................................. 7

6. IMAGINOLOGIA ..................................................................................................................... 8

7. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES ................................................. 9

8. MEDIDAS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICAS ...................................................................... 9

9. RADIOGRAFIAS UTILIZADAS EM ODONTOLOGIA ........................................................ 10

10. FOTOS, SLIDES E MODELOS DE TRABALHO .............................................................. 14

11. TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DE IMAGENS RADIOGRÁFICAS INTRABUCAIS ........... 15

12. TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DE IMAGENS RADIOGRÁFICAS EXTRABUCAIS .......... 27

13. DOCUMENTAÇÃO ORTODÔNTICA ................................................................................ 29

14. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ............................................................................. 32

15. PRINCIPAIS ERROS RADIOGRÁFICOS ......................................................................... 32

16. CONTROLE DE INFECÇÃO .............................................................................................. 32

Referências bibliográficas ..................................................................................................... 33

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RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA

1 INTRODUÇÃO A Radiologia Odontológica é uma especialidade que visa através de imagens e modelos, auxiliar o diagnóstico e o planejamento do tratamento das anomalias e patologias dentomaxilofaciais.

Os exames radiográficos são solicitados por cirurgiões dentistas que necessitam de exames, laudos e análises precisas, para juntamente com o exame clínico, anamnese e outros exames complementares realizar adequadamente os tratamentos odontológicos. As documentações ortodônticas constituem grande parte dos exames realizados numa clínica de radiologia, auxiliando no diagnóstico, colaborando com o plano de tratamento, orientando e controlando o tratamento. O cirurgião-dentista costuma executar os exames intrabucais no seu consultório e solicita as técnicas extrabucais para serviços especializados. Na atualidade, a maioria das especialidades utiliza a técnica panorâmica por ser de fácil execução e pelo fato de que, numa radiografia, visualizam-se as estruturas que compõem o complexo máximo mandibular, assim como estruturas anexas, como órbitas, seios maxilares, fossa nasal e articulações temporomandibulares. 2 IMAGEM RADIOGRÁFICA A imagem radiográfica nada mais é que a projeção de uma estrutura anatômica tridimensional numa superfície plana (filme radiográfico). Modernamente, o cirurgião-dentista dispõe de uma série de exames nos serviços de radiologia. Tais exames especiais fornecem subsídios em terceira dimensão que facilitam todos os procedimentos terapêuticos. Dentre eles, podemos citar os métodos de localização de corpos estranhos, dentes inclusos ou, simplesmente, de lesões que podem ocorrer na maxila e/ou na mandíbula. Pelo fato de esses exames darem a noção da terceira dimensão, os procedimentos cirúrgicos são mais precisos e genericamente menos agressivos. Outro tipo de exame bastante difundido nos dias atuais é a tomografia das articulações temporomandibulares. Cefaleias, dores de ouvido, diminuição da audição, zumbidos e dores orofaciais podem estar associadas aos chamados distúrbios temporomandibulares. O cirurgião-dentista moderno só consegue efetuar esses procedimentos cirúrgicos com segurança por meio desse tipo de exame. Embora tenhamos certo risco radio biológico no uso dos raios X, pesquisas científicas comprovam que o risco associado ao uso de técnicas radiográficas intrabucais, das panorâmicas e das tomografias odontológicas é menor do que o risco da radiação de fundo ambiental (radiação cósmica, radiação do solo, raios ultravioleta) a que estamos expostos, querendo ou não. As doses de radiação das radiografias usadas na Odontologia, genericamente, são extremamente pequenas. Mesmo assim, hoje dispomos de tecnologia para minimizar os possíveis danos oriundos das radiações ionizantes na rotina odontológica. Podemos citar o uso de aventais plumbíferos, filmes ultrarrápidos e aparelhos calibrados. De posse desses conhecimentos, podemos afirmar que os riscos são infinitamente menores que os benefícios oriundos da Radiologia, ou melhor, da Imaginologia, na prática da Odontologia Moderna.

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2.1 Imagem Imagem é produzida pelos raios X, passando através de um objeto e interagindo com a emulsão do filme, o que resulta em um escurecimento deste. A extensão do escurecimento depende do número de raios X que atinge o filme, que, entre outros fatores, depende da densidade do objeto. 2.2 Imagem Final A imagem final pode ser descrita como uma imagem bidimensional composta de preto, de branco e de uma variedade de tons de cinza sobrepostos, sendo, algumas vezes, conhecida como gráficos de imagens. Entender a natureza de um gráfico de imagens e interpretar a informação nele contida requer o conhecimento de: 2.3 Densidade Radiográfica A quantidade do feixe que é barrado (atenuado) por um objeto determina a densidade radiográfica das imagens: As imagens brancas ou radiopacas do filme representam as várias estruturas densas no interior do objeto que barram totalmente o feixe de raios X. As imagens pretas ou radio lúcidas representam áreas onde o feixe de raios X passou através do objeto e não foi totalmente barrado. Os tons de cinza representam áreas onde o feixe de raios X foi atenuado em um grau variado. A densidade radiográfica final de qualquer objeto é consequentemente afetada pelo (a):

− Tipo específico de material de que o objeto é feito. − Espessura ou densidade do material. − Forma do objeto. − Intensidade do feixe de raios X utilizado. − Posição do objeto em relação ao feixe de raios X e filme. − Sensibilidade do filme. − Tecidos anatômicos tridimensionais

A forma, a densidade dos tecidos do paciente, principalmente dos tecidos duros, também afetam a imagem radiográfica. Dessa forma, quando se observam imagens bidimensionais, a anatomia tridimensional responsável pela imagem deve ser considerada. Um sólido conhecimento anatômico é obviamente um pré-requisito para a interpretação radiográfica. 2.4 Limitações da Imagem As principais limitações da análise de imagens bidimensionais de objetos tridimensionais são:

• Avaliação da forma total do objeto. • Superposição das imagens e avaliação da localização e forma das estruturas no interior de

um objeto.

2.5 Qualidade da imagem A qualidade da imagem e a quantidade de detalhes em uma radiografia dependem de diversos fatores, incluindo:

• Contraste - a diferença visível entre os vários tons preto, branco e cinza. • Geometria da imagem - as posições relativas do filme, do objeto e do cabeçote de raios X.

2.6 Características do feixe de raios X

• Nitidez e resolução da imagem. • Produção de raios X • Tubo de Coolidge

Os raios X são produzidos quando elétrons negativos (alta velocidade) bombardeiam um anteparo e são freados subitamente ao repouso. Isso acontece dentro de um pequeno envoltório de vidro a vácuo chamado de ampola de raios X. 2.7 Ampola de Raios X A ampola de raios X deve apresentar as seguintes características:

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• O cátodo (negativo) consiste em um filamento aquecido de tungstênio que proporciona a

fonte de elétrons. • O ânodo (positivo) consiste em um anteparo (um pequeno pedaço de tungstênio) colocado

em um bloco de cobre em face angulada que permite a dissipação do calor. • O dispositivo focalizador aponta o feixe de elétrons para a área focal no anteparo. • A alta voltagem (Kilovoltagem, KV) conectada entre o cátodo e o ânodo acelera os elétrons

do filamento negativo para o anteparo positivo. É também referida como KVp ou Kilovoltagem pico.

• A corrente (Miliamperagem, mA) flui do cátodo para o ânodo. É a medida da quantidade de elétrons que estão sendo acelerados. Um revestimento de chumbo absorve os raios X não desejáveis como uma medida de proteção à radiação, uma vez que os raios X são emitidos em todas as direções.

• Óleo circundante facilita a dissipação o calor.

3 PRODUÇÃO DE RAIOS X A produção de raios X pode ser resumida com a seguinte sequência de eventos:

• O filamento é eletricamente aquecido e uma nuvem de elétrons é produzida ao seu redor; • A alta voltagem (diferença de potencial) no tubo acelera os elétrons a uma velocidade muito

grande em direção ao ânodo; • O dispositivo focalizador aponta o feixe de elétrons para a área focal no anteparo; • Os elétrons bombardeiam o anteparo e são freados subitamente ao repouso; • A energia perdida pelos elétrons é transferida em calor (cerca de 99%) ou raios X (cerca de

1%); • O calor produzido é removido e dissipado em todas as direções pelo bloco de cobre e pelo

óleo circundante; • Os raios X são emitidos em todas as direções a partir do anteparo. Aqueles que atravessam

a pequena janela no revestimento de chumbo constituem o feixe usado para propósito de diagnóstico.

3.1 Interações do nível atômico Os elétronsem alta velocidade que bombardeiam o anteparo produzem dois principais tipos de colisões com o átomo de tungstênio. 3.2 Colisões com produção de calor O elétron incidente é defletido pela nuvem de elétrons da camada externa de tungstênio, com uma pequena perda de energia, na forma de calor. O elétron incidente colide com um elétron da camada mais periférica (excitação), deslocando o átomo (ionização), novamente com uma pequena perda de energia na forma de calor.

Pontos importantes

Interações que produzem calor são as mais comuns porque existem milhões de elétrons incidentes e muitos elétrons na camada externa do tungstênio que podem interagir. Cada elétron individualmente que bombardeia pode se submeter a várias colisões com produção de calor resultando em uma quantidade considerável de calor no anteparo. O calor precisa ser removido rápida e eficientemente para prevenir danos no anteparo. Isso é alcançado ajustando o anteparo de tungstênio no bloco de cobre de alta capacidade térmica e boa condução de calor.

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3.3 Colisões com produção de raios X O elétron incidente penetra na camada de elétrons e passa perto do núcleo do átomo de tungstênio. O elétron incidente tem sua velocidade reduzida drasticamente e é defletido pelo núcleo com uma grande perda de energia, a qual é emitida na forma de raios x. O elétron incidente colide com o elétron da camada interna do tungstênio deslocando-o para uma camada mais externa (excitação) ou deslocando do átomo (ionização), com uma grande perda de energia e subsequente emissão de raios X. As duas colisões que produzem raios X resultam na produção de dois tipos diferentes de espectro de raios X: Os fótons de raios X emitidos pela rápida desaceleração dos elétrons que passam perto do núcleo do tungstênio são algumas vezes referidos como radiaçãoBremsstrahlung(é a radiação produzida quando cargas elétricas sofrem aceleração) ou de freamento. A quantidade de desaceleração e o grau de deflexão determinam a quantidade de energia perdida pelo elétron. Uma grande faixa ou espectro de fótons de energia é produzida e é denominada espectro contínuo. Pontos importantes Uma pequena deflexão dos elétrons que bombardeiam é o mais comum, produzindo muitos fótons de baixa energia. Fótons de baixa energia têm pouco poder de penetração e a maioria não irá sair do próprio tubo. Eles não irão contribuir para o feixe útil de raios X. Essa remoção dos fótons de baixa energia é conhecida como filtração. Deflexões maiores são menos prováveis de acontecer e, portanto, existem relativamente poucos fótons de alta energia. A máxima energia possível do fóton (E máxima) está diretamente relacionada com o tamanho da diferença de potencial (KV) ao longo do tubo de raios X. 3.4 Espectro característico Seguindo a ionização ou excitação dos átomos de tungstênio pelo bombardeio de elétrons, os elétrons orbitais do tungstênio se rearranjam para retornar o átomo ao estado neutro ou fundamental. Isso envolve "pulos" de elétrons de um nível energético (camada) a outro, e resulta na emissão de fótons de raios X com energias específicas. Como relatado anteriormente, os níveis de energia ou camadas são específicas para qualquer átomo em particular. Os fótons de raios X emitidos do anteparo são, portanto descritos como átomos de tungstênio característicos e formam o espectro característico ou linear. Os fótons lineares são denominados K e L, dependendo da camada da qual eles foram emitidos. Pontos importantes Somente a linha K tem importância para diagnóstico uma vez que a linha L tem energia muito baixa. O bombardeamento de elétron deve ter energia suficiente (69,5KV) para deslocar um elétron da camada K do tungstênio para produzir a radiação característica. (A energia do elétron está diretamente relacionada de potencial [KV] no tubo de raios X). 4 APARELHO DE RAIOS X ODONTOLÓGICO Há muitos aparelhos de raios X disponíveis, de diferentes fabricantes. Eles são muito similares e podem ser fixos (mostrados na parede ou no teto) ou móveis. Todos são compostos por três partes principais: 4.1 Cabeçote Os principais componentes do Cabeçote são:

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− Ampola de raios X. − Transformador de alta tensão. − Transformador de baixa tensão. − Revestimento de chumbo. − Óleo circundante. − Filtro de alumínio. − Colimador. − Cilindro localizador.

4.2 Braço articular Os principais componentes do braço articular são:

− Painel de controle e circuitos − Interruptor liga/desliga e luz de aviso. − Um marcador de tempo, que pode ser de três tipos: Eletrônico. Eletrônico-digital. Mecânico (impreciso e não mais utilizado).

− Um seletor de tempo de exposição, que pode ser: Numérico, o tempo é selecionado em segundos. Anatômico, a área da boca a ser radiografada é selecionada e o tempo de exposição é

ajustado automaticamente. − Luzes de aviso e sinais sonoros para indicar quando os raios X estão sendo produzidos.

4.3 Painel de controle O painel de controle pode conter:

− Seletor do tipo do filme (quanto à sensibilidade). − Seletor do tamanho do paciente. − Seletor de Kilovoltagem. − Interruptor de miliamperagem. − Ajuste de exposição para uma distância foco-pele longa ou curta.

4.4 Requisitos ideais do aparelho de raios X O equipamento deve ser:

− Seguro e exato. − Capaz de gerar raios X com uma escala desejada de energia e com adequados

mecanismos para dissipação de calor. − Pequeno. − Fácil de manusear e posicionar. − Estável, equilibrado e firme quando posicionado o cabeçote. − Facilmente desmontado e armazenado. − Simples de operar. − Robusto. − Ter bons receptores de imagem

Os aparelhos de radiologia odontológica são semelhantes aos de radiologia médica, porém apresentam potencia menor e são mais simplificados. A quilovoltagemnão pode ser modificada sendo característica de cada modelo. Os modelos mais comuns utilizam 50, 60 ou 70 KV. O que pode ser ajustado e o tempo de exposição, que em geral, varia de 0,1 a 2 segundos. A figura abaixo apresenta um exemplo de aparelho de radiologia odontológica:

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4.5 Mecanismo de ação • A ampola possui dois pólos elétricos: o ânodo e o cátodo • Quando se liga o aparelho, forma-se no ânodo uma nuvem de elétrons em baixa voltagem. • Após o disparo, no cátodo forma-se um pólo de alta voltagem (cerca de 50 a 70 mil volts) que

conduz elétrons em direção ao ânodo. • Esta colisão faz com que haja transformação de movimento em diversas formas de energia

eletromagnética, inclusive raios X. • Para que não haja dissipação de raios X de forma descontrolada, o cabeçote do aparelho é

blindado, permitindo a emissão de radiação apenas através de uma janela.

4.6 Propriedades • Os raios X penetram a matéria, produzem imagem latente (propriedade necessária ao filme

radiográfico), fluorescência e ionização.

4.7 Recomendações Específicas • É obrigatório o uso de EPIs: avental, protetores de tireóide e gônadas durante a tomada

radiográfica. • No caso de radiografias intraorais é permitido o uso de câmara de revelação portátil desde que

seja empregada a tabela tempo-temperatura (usando um termômetro e um cronômetro). • O equipamento intraoral deverá ter KV > 50 (desejável > 60 KV). • O equipamento extraoral deverá ter KV > 60. • No equipamento intraoral o diâmetro do feixe deverá ser < 6 cm. Se houver sistema de

posicionamento o diâmetro poderá estar entre 4-5 cm. • O comprimento do localizador deverá ter as seguintes dimensões: 18 cm (< 60KV), 20 cm (60-

70 KV), 24 cm (> 70 KV). • O equipamento não deverá emitir radiação quando o temporizador estiver na posição “zero”. • O cabo disparador > 2m. • É proibido sistema de disparo com retardo. • Se a carga de trabalho for maior que 30 mA/min/semana (~150 radiografias por semana) o

estabelecimento deverá ser dotado de cabine de comando ou biombo fixo. • O uso de dosímetros individuais pode ser dispensado se forem realizadas menos que 24

radiografias/semana. • Não devera ser realizada inspeção visual durante a revelação. • A técnica radiográfica não deverá ser aumentada para reduzir o tempo de revelação.

5 MATERIAIS E DISPOSITIVOS RADIOGRÁFICOS http://www.slideboom.com/presentations/103945/MATERIALES-RADIOGR%C3%81FICOS

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5.1 Posicionador Radiográfico Obter imagens de qualidade e sem distorções na odontologia é importante, vista a necessidade de se conhecer a anatomia dentária e das estruturas adjacentes. Para radiografias precisas, é necessário posicionar corretamente o filme radiográfico, angulações e distância do cilindro localizador com o auxílio de posicionadores radiográficos, os quais estabilizam as angulações, simplificando a técnica. O uso do posicionador radiográfico diminui a chance de erros, favorece a obtenção de imagens padronizadas e proporciona mais segurança durante os procedimentos endodônticos realizados. Frente a isso é importante destacar o uso do posicionador radiográfico durante as tomadas radiográficas, onde este pretende diminuir o erro sistemático e favorecer significativamente a obtenção de imagens comparativas, capazes de tornar o acompanhamento dos resultados mais seguro. Quanto aos componentes do posicionador radiográfico, são estes: anel de alinhamento do posicionador (1), dispositivo de mordida (3) e base para fixação do filme (4). (Posicionador RH para tomadas radiográficas sob isolamento absoluto – Indusbello® – Ind. de Instrumentos Odontológicos Ltda – Manual), segundo a figura abaixo:

5.2 Câmara Escura http://www.slideboom.com/presentations/130144/CAMARA-OSCURA---PROCESAMIENTO

6 IMAGINOLOGIA A Imaginologia favorece o diagnóstico e até mesmo a prevenção de situações clínicas indesejáveis, como:

• A Síndrome do Dente Gretado ou SDG que é o conjunto de sinais e sintomas associados à presença de uma trinca no esmalte, que pode estender-se à dentina. Sendo uma condição que pode causar desconforto ou dor aguda ao paciente.

• Fraturas radiculares pela utilização de pinos intrarradiculares pré-fabricados que podem ser fixados e suportarem coroas totais, sendo que pequenas folgas compensadas pela cimentação podem criar áreas friáveis.

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• A microinfiltração marginal existente entre restaurações metálicas fundidas e restaurações estéticas diretas bem como sua inter-relação com os diversos tipos de agentes de cimentação.

• Indicação de resina de baixa viscosidade ("flow"), para restaurar uma cavidade proximal, com o objetivo de aproveitar a resiliência deste material no apoio das cristas marginais.

• Determinação da qualidade óssea (densidade) para procedimentos cirúrgicos pré-protéticos, implantodontia e próteses com carga.

7EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES As células do corpo humano podem ser divididas em dois grandes grupos: células somáticas e germinativas. As células somáticas são responsáveis pela parte estrutural e funcional do indivíduo, enquanto as células germinativas são responsáveis pela transferência das características hereditárias de pais para filhos. As células germinativas estão envolvidas nos mecanismos de reprodução e localizam-se nas gônadas. Um dos efeitos mais importantes das radiações é a mutação celular. Quando a mutação ocorre em células somáticas, sua manifestação ocorre no indivíduo mutante; no entanto, mutações que ocorrem em células germinativas podem ser transmitidas para sucessivas gerações. É fato que as radiações ionizantes são capazes de produzir danos biológicos aos seres vivos. Quando uma pessoa sofre exposição às radiações de forma descontrolada, ela pode apresentar anemia, perda de plaquetas, queda de cabelo, dermatite, esterilidade e espondilite anquilosante, entre outras manifestações. O corpo humano interage diferentemente quando recebe uma dose de radiação. A esse processo denominamos radiossensibilidade celular. 8 MEDIDAS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICAS http://translate.google.com/translate?hl=pt&sl=es&u=http://www.slideboom.com/presentations/119966/radioproteccion&prev=/search%3Fq%3Dsite:www.slideboom.com%2BTECNICA%2BRADIOGRA%26start%3D20%26hl%3Dpt%26sa%3DN%26biw%3D1152%26bih%3D763&sa=X&ei=HSlDUZCIOuXB4AOTpYCYDw&ved=0CGYQ7gEwCTgU Os seguintes procedimentos devem ser adotados para reduzir a dose de radiação do paciente:

− O exame radiográfico deve ser realizado quando, após o exame clínico, houver a necessidade deste;

− O tempo de exposição deve ser o menor possível, compatível com a obtenção de uma imagem de qualidade;

− Evitar repetição do exame, por isso, deve-se fazer uso da técnica correta e processamento padronizado;

− As radiografias devem ser executadas, preferencialmente, pela técnica do paralelismo, localizador longo, posicionador para filme;

− Uso correto do avental de chumbo e protetor de tireóide. Os métodos de redução da dose citados anteriormente deram ênfase aos efeitos da exposição aos pacientes. Também se deve reduzir a radiação ao operador, apesar de que a maioria dos procedimentos utilizados na redução da dose do paciente acaba por diminuir também a radiação a qual o CD está exposto. Caso não seja possível que este permaneça atrás de uma barreira protetora de 2mm de chumbo, é necessário que o operador permaneça a 1.80m da cabeça do paciente em um ângulo de 90º a 135º com o feixe primário de radiação. Caso seja necessária a presença de um indivíduo para assistir a criança ou ao paciente debilitado, este deve usar avental de chumbo e não permanecer na direção do feixe primário.

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O paciente deve ser posicionado de maneira que o feixe primário seja apontado para uma parede do recinto e não para uma porta, de modo a expor, desnecessariamente, pessoas que se encontram em áreas adjacentes. A proteção eficiente às áreas adjacentes consiste em paredes de concreto de 8 cm de espessura ou revestidas com 1mm de chumbo.

9 RADIOGRAFIAS UTILIZADAS EM ODONTOLOGIA 9.1 Radiografia Periapical Tem como objetivo visualizar os ápices das raízes dos dentes e das estruturas que o rodeiam. É utilizada para pesquisa e lesões periapicais e periodontais, fraturas, anomalias, reabsorções e outras lesões que atingem o órgão dental.

9.2 Radiografia Interproximal É utilizada para pesquisa de cáries proximais e reincidentes, para relação cárie-câmara pulpar, adaptação de prótese, restabelecimento dos pontos de contato, estudo das cristas alveolares e verificação de nódulos pulpares.

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9.3 Radiografia Oclusal É utilizada como complementação de exame para delimitação e localização de áreas patológicas de maxila e mandíbula tais como: dentes inclusos, dentes supranumerários, cistos, lesões, tórus, extensão de fendas palatinas e disjunção palatal em ortodontia.

9.4 Radiografia Panorâmica Tem uma ampla cobertura da área examinada com menor dose de radiação quando comparada ao levantamento periapical. É indicada para grandes áreas patológicas, problemas de ATM, desvio de sépto nasal, extrações de 3ºs molares, verificações de crescimento e desenvolvimento na ortodôntia e odontopediatria, fraturas de mandíbula, para diagnóstico geral inicial e preservações de tratamentos.

9.5 Tomografia de ATM Tem a finalidade de evidenciar o processo condilar em vista lateral ou frontal, em boca aberta ou fechada. É indicada para verificação de fraturas ou desgaste do côndilo.

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9.6 Radiografia de Mão e Punho É utilizada para avaliação da idade óssea fazendo a medição dos ossos da mão e punho, através do método de Eklof e Ringertz.

9.7 TécnicaTranscraniana É feita em três posições: máxima intercuspidação, protusão e abertura máxima. É utilizada para visualização da cavidade articular e verificação da movimentação e disfunção da articulação temporo-mandibular.

9.8 Técnica de Localização Tem como objetivo uma visão tridimensional de uma determinada área com finalidade de localização de algum dente incluso, supranumerário ou lesão. É efetuada em três posições distintas, onde trará o resultado se o dente incluso, por exemplo, estiver por vestibular ou palatina.

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9.9 Telerradiografia Frontal É utilizada para visualização de septo nasal e da linha mediana e indicada também para localização e delimitação de áreas patológicas.

9.10 Telerradiografia Lateral Fornece uma imagem radiográfica do crânio, da face e dos tecidos moles. É indicada para o estudo do crescimento e desenvolvimento das anormalidades crâniofaciais, avaliação progressiva da correção ortodôntica, estudo das relações crâniofaciais, análise funcional e determinação do tipo facial.

9.11 Tomografia Linear É feita com três cortes transversais e três longitudinais com espessura de 2 mm, mostra a quantidade óssea em altura e largura, é indicada para implantes dentais, localizações de lesões e dentes inclusos. Acompanha régua com magnificação de 40% com marcação em mm e pinos com espessura e comprimento do implante.

Tomografia da Mandíbula Tomografia da Maxila

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10 FOTOS, SLIDES E MODELOS DE TRABALHO

Foto de frente Foto de perfil Foto de sorriso

Intrabucais

Overjet

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Oclusal

Modelos de Trabalho 11 TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DE IMAGENS RADIOGRÁFICAS INTRABUCAIS 11.1 Radiografia Periapical Técnica radiográfica intrabucal que tem por objetivo mostrar detalhadamente os elementos dentais e os tecidos ósseos adjacentes, além de avaliar a relação entre o germe dentário permanente e o elemento dental decíduo. Duas técnicas básicas são empregadas neste exame: Bissetriz e Paralelismo, apresentando a última, uma série de vantagens.

11.1.1 Técnica da Bissetriz (Cone Curto) http://www.slideboom.com/presentations/149969

Regra de Cieszynski: Feixe de raios X incide perpendicularmente ao plano bissector formado pelo longo eixo do dente e do filme.

Correta angulação vertical e horizontal: Posicionamento da cabeça do paciente deixando a linha de oclusão paralela ao plano horizontal.

11.1.2 Técnica do Paralelismo (Cone Longo) http://www.slideboom.com/presentations/137685/TECNICA--PARALELA

Fitzgerald: Objeto a ser radiografado deve permanecer paralelo ao filme, por meio de acessório posicionador, que orienta a correta angulação do cilindro longo do aparelho de raios X. Aumento da distância focal (40 cm) = Maior tempo de

exposição.

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11.1.3 Técnica de Clark - Variação da angulação horizontal Idealizado por Clark, em 1909, esse método também é conhecido como Princípio do Paralaxe, deslocamento horizontal do tubo ou do deslizamento. Indicações da Técnica de Clark 1. Dissociação de canais. 2. Localização da entrada de canais com câmara pulpar atrésica e parcialmente calcificadas 3. Visualização dos ápices das raízes de dentes superiores. 4. Verificação da direção das curvas apicais. 5. Localização das perfurações radiculares. 6. Localização de dentes inclusos. 7. Localização de fraturas radiculares. 8. Localização de corpos estranhos. Técnica O filme é colocado na mesma posição em cada exposição e altera-se angulação do tubo 20°. São três radiografias: ortorradial, mesiorradial e distorradial.

MesiorradialOrtorradialDistorradial

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11.1.4 Técnica Le Master Técnica idealizada para evitar e sobreposição do processo zigomático da maxila sobre as raízes dos molares superiores. O procedimento consiste em diminuir o ângulo de incidência do feixe central de raios X através da colocação de um rolete de algodão na superfície inferir do filme radiográfico. Diminuição do ângulo vertical (+15º a 20º) Filme mais paralelo ao dente com o uso de rolete de algodão na altura das coroas

11.2 RadiografiaInterproximal A Técnica Radiográfica Interproximal foi idealizada por Rapper em 1925. As radiografias interproximais, também chamadas “Bitewing” são realizadas com o paciente em oclusão (mordendo). Essa técnica possibilita a visualização das coroas dentárias superiores e inferiores no mesmo exame radiográfico, nas regiões de pré-molares e molares. O filme radiográfico intrabucal possui uma “aleta” semelhante a uma “asa” e denomina-se: Filme BiteWing, filme com aleta de mordida, filme com asa de mordida ou filme interproximal. Indicações da Técnica Interproximal 1. Pesquisa de cárie oclusal, interproximal e reincidente. 2. Evidenciação de alterações na câmara pulpar. 3. Verificação de relação da cárie e a câmara pulpar. 4. Evidenciação de alterações na crista alveolar. 5. Evidenciação de alterações nas adaptações marginais de restaurações e próteses fixas. 6. Diagnosticar trauma oclusal. 7. Detectar a calcificação da câmara pulpar. 8. Verificação do restabelecimento do ponto de contato da restauração. 9. Relação entre o germe do dente permanente e raiz do dente decíduo. 10.Verificação da presença de cálculo salivar.

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Indicação do Filme Interproximal Em função da região dental o filme interproximal divide-se em: Filme para a região anterior: Tamanho de 2,4 x 4 cm. Filme para a região posterior: Tamanho de 5,4 x 2,7cm.

Pode-se utilizar para a região posterior o filme periapical (3,2 x 4,1 cm) em substituição ao filme interproximal. Neste caso, deve-se confeccionar uma “aleta” de cartolina ou fita adesiva, no filme periapical. Tem sido preconizado o uso de “Porta Filme” para facilitar a execução da Técnica Radiográfica Interproximal. Técnica Radiográfica Interproximal O paciente deverá sentar confortavelmente e ser protegido com avental de chumbo e protetor de tiroide. A cabeça do paciente deve seguir a orientação do Plano Sagital Mediano (Perpendicular ao Plano horizontal) e do Plano Camper (Paralelo ao Plano Horizontal). A manutenção e posicionamento do filme interproximal é obitida com a oclusão dos dentes superiores e inferiores do paciente sobre a “aleta” do filme. Em função da quantidade e tipo de Filme Radiográfico a técnica é dividida em: Técnica com 2 filmes (tamanho 2,4 x 4 cm)

Região dos pré-molares e molares lado direito – 1 filme Região dos pré-molares e molares lado esquerdo – 1 filme Incidência dos raios X perpendicular a face vestibular do 1º molar superior, com Ângulo Vertical + 5 a + 8 graus e Ângulo Horizontal paralelo às faces interproximais.

Técnica com 4 filmes (tamanho 3,2 x 4,1 cm)

Região dos pré-molares lado direito – 1 filme Região dos pré-molares lado esquerdo – 1 filme Região dos molares lado direito – 1 filme Região dos molares lado esquerdo – 1 filme Nos molares, incidência dos raios X perpendicular à face vestibular do 2º molar superior, e nos pré-molares incidência perpendicular à face vestibular do 2º pré-molar superior e com Ângulo Vertical + 5 a + 8 graus e Ângulo Horizontal paralelo às faces interproximais, para os dois casos (pré-molares e molares). Tempo de Exposição O tempo de exposição aos raios X é em função do tipo de sensibilidade do filme utilizado. O valor do tempo de exposição é recomendado pelo fabricante do filme.

http://www.slideboom.com/presentations/139748/TECNICA-RADIOGRAFICA-INTERPROXIMAL

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11.3 Radiografia Oclusal A Técnica radiográfica oclusal, geralmente é indicada como um exame complementar para áreas amplas na maxila ou mandíbula. Usada também como complemento de outra técnica, geralmente para nos dar a terceira dimensão. Devido ao tamanho maior do filme utilizado, há uma área de exame em maiores proporções, quando comparada àquelas obtidas pelas técnicas periapicais. Indicações da Técnica Oclusal 1. Pesquisa e localização (Miller-Winter) de dentes retidos, impactados, extranumerários, raízes

residuais e corpos estranhos. 2. Pesquisa e localização de cálculos das glândulas submandibulares. 3. Delimitação de grandes áreas patológicas. 4. Pesquisa e delimitação de expansões ósseas. 5. Pesquisa e localização de fraturas maxilares. 6. Auxiliar no diagnóstico, tratamento e controle na ortodontia (disjunção palatina). 7. Estudo de fendas palatinas. Filme Tamanho 5,7 cm x 7,5 cm.

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Posicionamento do Paciente 1. O paciente deve estar sentado, com a cabeça apoiada, com o palato oclusal na horizontal e

paralelo ao solo, segurando o protetor de tireoide. Técnica Maxila total

2. O filme, com o lado sensível voltado para cima, é colocado sobre as faces oclusais dos dentes inferiores. Pede-se ao paciente para ocluir suavemente. Em desdentados o filme é mantido em posição, orientando-se o paciente para segurá-lo com os dedos polegares de ambas as mãos na maxila.

3. O filme é centralizado na boca do paciente com o seu longo eixo no sentido látero-lateral em adultos ântero-posterior em crianças.

4. O cabeçote de raios X é posicionado de modo que o feixe de raios X incida na glabela com angulação positiva de +65º a +70º (angulação vertical) em relação ao filme. A angulação horizontal é de 0º.

Técnica Mandíbula Total

1. O filme, com o lado sensível voltado para baixo, é colocado sobre as faces oclusais dos dentes

inferiores. Pede-se ao paciente para ocluir suavemente. Em desdentados o filme é mantido em posição, orientando-se o paciente para segurá-lo com os dedos indicadores e médios de ambas as mãos na mandíbula.

2. O filme é centralizado na boca do paciente com o seu longo eixo no sentido látero-lateral em adultos ânteroposterior em crianças.

3. O cabeçote de raios X é posicionado de modo que o feixe de raios X incida na porção mediana do assoalho bucal com angulação vertical negativa de -45º (perpendicular ao filme). A angulação horizontal é de 0º.

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Técnica Maxila Hemi-Arco

1. O filme, com o lado sensível voltado para cima é colocado sobre as faces oclusais dos dentes inferiores. Pede-se ao paciente para ocluir suavemente.

2. O filme é lateralizado na boca do paciente para o lado que se deseja radiografar, com o seu longo eixo no sentido látero-lateral em adultos antero-posterior em crianças.

3. O cabeçote de raios X é posicionado de modo que o feixe de raios X incida no forame infraorbitário, com angulação positiva de +65º (angulação vertical) em relação ao filme. A angulação horizontal é de + 45º para canino e de + 90º para pré-molares e molares.

Técnica Mandíbula Hemi-Arco

1. O filme, com o lado sensível voltado para baixo é colocado sobre as faces oclusais dos dentes inferiores. Pede-se ao paciente para ocluir suavemente.

2. O filme é lateralizado na boca do paciente para o lado que se deseja radiografar, com o seu longo eixo no sentido látero-lateral em adultos antero-posterior em crianças.

3. O cabeçote de raios X é posicionado de modo que o feixe de raios X incida do lado da mandíbula a ser radiografado, com angulação vertical negativa de -45º (perpendicular ao filme). A angulação horizontal é de 0º.

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Técnica Região da Tuberosidade Maxilar (3º molar)

1. O filme, com o lado sensível voltado para cima é colocado sobre as faces oclusais dos dentes inferiores. Pede-se ao paciente para ocluir suavemente.

2. O filme é lateralizado na boca do paciente para o lado que se deseja radiografar, com o seu longo eixo no sentido látero-lateral em adultos anteroposterior em crianças.

3. O cabeçote de raios X é posicionado de modo que o feixe de raios X incida 3 cm atrás da comissura palpebral externa, com angulação positiva de +45º (angulação vertical) em relação ao filme. A angulação horizontal é de +135º. Esta tomada radiográfica é importante na localização V-P do 3º molar.

Técnica Seio Maxilar (assoalho)

1. O filme, com o lado sensível voltado para cima é colocado sobre as faces oclusais dos dentes inferiores. Pede-se ao paciente para ocluir suavemente.

2. O filme é lateralizado na boca do paciente para o lado do seio que se deseja radiografar, com o seu longo eixo no sentido látero-lateral em adultos antero-posterior em crianças.

3. O cabeçote de raios X é posicionado de modo que o feixe de raios X incida no forame infraorbitário, com angulação positiva de +80º (angulação vertical) em relação ao filme. A angulação horizontal é de 0º.

Técnica Maxila e Mandíbula Anteriores

1. O filme, com o longo eixo paralelo ao PSM (plano sagital mediano). 2. O filme é centralizado na boca do paciente para o lado do seio que se deseja radiografar, com

o seu longo eixo no sentido látero-lateral em adultos antero-posterior em crianças. 3. O cabeçote de raios X é posicionado de modo que o feixe de raios X incida no ápice nasal na

maxila e na sínfise na mandíbula. 4. Na maxila a angulação vertical é de +65º e a horizontal 0º. 5. Na mandíbula a angulação vertical é de -65º e a horizontal 0º. 11.4 Radiografia Dental Digital Os sistemas de radiografia dental digital permitem a obtenção das imagens sem a utilização de filmes e câmara escura e com acentuada diminuição da dose de radiação ao paciente, em torno de 80%. As radiografias digitais podem ser submetidas a um processamento de imagens, através do qual podemos alterar densidade e contraste, inverter a imagem para a forma negativa, tomar

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medidas, mensurar densidades ópticas, colorir a imagem e até transformá-lo em tridimensional (3D).

12 TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DE IMAGENS RADIOGRÁFICAS EXTRABUCAIS http://www.slideboom.com/presentations/143518

12.1 Radiografia Panorâmica http://www.slideboom.com/presentations/149644/TECNICAPANORAMICA?pk=c734-1dfd-0d4a-241a-3315-3276-f94e-7a33 Esta radiografia oferece uma visão geral dos maxilares em uma só tomada, sendo utilizada em todas as especialidades odontológicas. Indicações da Técnica 1. Dentes presentes, presença de cáries extensas, processos patológicos no periápice; 2. Grau de desenvolvimento dental, posicionamento dos dentes, a relação dente permanente com

o dente decíduo; 3. Presença de patologia do folículo dentário; 4. Presença de reabsorções ósseas alveolares; 5. Característica do trabeculado ósseo da maxila e mandíbula; 6. Posicionamento dos reparos anatômicos; 7. Pesquisa de raízes residuais, fraturas ósseas e patologias; 8. Acompanhamento de tratamentos odontológicos; 9. Proservação de tratamentos cirúrgicos. 12.2 Telerradiografia Lateral Técnica radiográfica extrabucal que avalia as relações dos elementos dentais com os maxilares, e dos maxilares com o esqueleto facial, sendo possível a mensuração de desvios dos planos oclusais e alterações pertinentes à intervenção ortodôntica, ortopédica e cirúrgica, principalmente por meio da realização de traçados cefalométricos manuais ou computadorizados.

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12.3 Telerradiografia Frontal Esta técnica permite realizar análises cefalométricas, avaliando-se o padrão dento-esquelético-facial, bem como o crescimento do crânio e da face do paciente. Nesta incidência busca-se avaliar assimetrias da maxila e mandíbula.

12.4 Radiografia da ATM Técnica extrabucal utilizada para melhor avaliação dos contornos anatômicos (cabeça de mandíbula, fossa articular e limite articular anterior) e dinâmica articular (posicionamento da cabeça da mandíbula em relação à fossa articular e ao limite articular anterior).

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12.5 RadiografiaCarpal Técnica extrabucal, executada na região de mão e punho, que auxilia o Cirurgião-Dentista a avaliar a idade óssea do paciente. Avalia-se o "amadurecimento" dos ossos do carpo, metacarpo e das falanges e com isso determina-se a idade óssea, segundo parâmetros consignados na tabela de Greulich&Pyle.

13 DOCUMENTAÇÃO ORTODÔNTICA Documentação Ortodôntica é um conjunto de exames (radiografias, fotografias intra e extra-bucais digitais, modelos em gesso das arcadas dentárias, e análises cefalométricas) cuja finalidade é proporcionar uma visão abrangente do paciente, permitido o exame do caso inicial com maior detalhamento.

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14 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico, também conhecida como Cone Beam, é um método de diagnostico por imagem que utiliza Radiação X e permite obter a reprodução do complexo maxilo mandibular em qualquer um dos três planos do espaço. A grande inovação da Tomografia Computadorizada é a imagem volumétrica, sendo o feixe de Raios X em forma de cone, daí o nome Cone Beam, diferentemente da Tomografia Médica cuja aquisição é por planos. Isto faz com que a dose de exposição ao paciente seja bem menor, similar a do exame periapical da boca toda. Programas específicos permitem a reconstrução em múltiplos planos do volume adquirido possibilitando ver as imagens em normas axiais, coronais, sagitais e oblíquas, assim como a reconstrução em 3D. Adicionalmente, o programa permite gerar imagens bidimensionais, réplicas das radiografias convencionais utilizadas na Odontologia como: a panorâmica, radiografia das ATMs e telerradiografias em norma lateral e frontal. O profissional pode manipular as imagens tridimensionais segundo sua conveniência e assim mostrar aos seus pacientes as imagens de maior interesse, podendo ser impressas e arquivadas no prontuário como parte da documentação. Fraturas, perfurações endodônticas, perdas ósseas, patologias do complexo maxilo mandibular, localização de terceiros molares e supranumerarios, são facilmente identificadas pelo equipamento. É possível até mesmo obtermos cortes frontais, laterais e axiais para cefalometria. Os dados digitais do paciente podem também ser enviados para prototipagem, obtendo-se um modelo da região escaneada em material resinoso.

15. PRINCIPAIS ERROS RADIOGRÁFICOS http://www.slideboom.com/presentations/512875/QUALIDADE-DE-IMAGEM-DE-RADIOLOGIA http://www.slideboom.com/presentations/131929/ERRORES-EN-LA-TECNICA-DE-EXPOSICION-Y-PROCESADO 16 CONTROLE DE INFECÇÃO http://www.slideboom.com/presentations/103485/CONTROL-DE-INFECCION

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Referências bibliográficas 1. CAVALCANTI, MARCELO. Diagnóstico por Imagem da Face. 2ª ed. São Paulo; Santos,

2012. 2. FREITAS, AGUINALDO DE / COLS. Radiologia Odontológica. 6ª ed. Rio de Janeiro; Artes

Gráficas, 2004. 3. IANNUCCI, J.M.; HOWERTON, L.J. Radiografia Odontológica - Princípios e Técnicas. 3ª

ed. São Paulo; Santos, 2010. 4. TAVARES, LUIZ CASATI; TAVANO, ORIVALDO. Curso de Radiologia em Odontologia. 5ª

ed. São Paulo; Santos, 2009. 5. Radiografias Odontológicas. Disponível em:

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAOScAD/radiografias-odontologica-oclusais-interproximais.Acesso em 18 nov. 2012

6. Método dissociado de Clark. Disponível em:

http://www.cedroradiologia.com.br/site/2_3_2_1_metodo_de_dissociacao_de_clark.php. Acesso em 18 nov. 2012

7. Radiografias Odontológicas. Disponível

em:http://odontoimagens.com.br/?pg=pagina&id=1.Acesso em 18 nov. 2012. 8. Radiologia Odontológica.Disponível

em:http://www.radioinmama.com.br/odontologico.html.Acesso em 25 nov.2012. 9. Exames Tomográficos. Disponível em:

http://www.dentalexames.com.br/pagina/tomografia_cone_beam_i-cat/51.Acesso em 25 nov.2012.

10. Qualidade de Imagem. Disponível em:

http://www.slideboom.com/presentations/512875/QUALIDADE-DE-IMAGEM-DE-RADIOLOGIA.Acesso em 25 nov. 2012.

11. Principais erros radiográficos. Disponível em:

http://www.slideboom.com/presentations/131929/ERRORES-EN-LA-TECNICA-DE-EXPOSICION-Y-PROCESADO.Acesso em 02 dez. 2012.

12. Biossegurança. Disponível em:

http://www.slideboom.com/presentations/103485/CONTROL-DE-INFECCION.Acesso em 02 dez. 2012.

13. Técnicas Radiográficas Extraorais. Disponível em:

http://www.slideboom.com/presentations/143518. Acesso em 02 dez.2012. 14. Radiografia Panorâmica. Disponível em:

http://www.slideboom.com/presentations/149644/TECNICAPANORAMICA?pk=c734-1dfd-0d4a-241a-3315-3276-f94e-7a33Acesso em 02 dez. 2012.

15. Radiografia Interproximal. Disponível em:

http://www.slideboom.com/presentations/139748/TECNICA-RADIOGRAFICA-INTERPROXIMALAcesso em 02 dez. 2012.

16. Radiografia Periapical Técnica Paralela. Disponível em:

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http://www.slideboom.com/presentations/137685/TECNICA--PARALELAAcesso em 02 dez. 2012.

17. Radiografia Periapical Técnica da Bissetriz. Disponível em:

http://www.slideboom.com/presentations/149969Acesso em 09 dez. 2012. 18. Radioproteção. Disponível em:

http://translate.google.com/translate?hl=pt&sl=es&u=http://www.slideboom.com/presentations/119966/radioproteccion&prev=/search%3Fq%3Dsite:www.slideboom.com%2BTECNICA%2BRADIOGRA%26start%3D20%26hl%3Dpt%26sa%3DN%26biw%3D1152%26bih%3D763&sa=X&ei=HSlDUZCIOuXB4AOTpYCYDw&ved=0CGYQ7gEwCTgUAcesso em 09 dez. 2012.

19. Materiais Radiográficos. Disponível em: http://www.slideboom.com/presentations/103945/MATERIALES-RADIOGR%C3%81FICOS Acesso em 09 dez. 2012.