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PROCESSO DO TRABALHO – MATÉRIA: COMPETÊNCIAS Explicação da Súmula 397 do TST Tem uma ação de cumprimento de sentença que foi proposta com fundamento em sentença normativa, cuja prolação é em dissídio coletivo, que estava pendente de recurso. No curso da ação de cumprimento de sentença, a sentença normativa foi alterada, extinta. Logo,para atacar a ação de cumprimento de sentença não é por meio de ação rescisória e sim por meio de MS ou exceção de pré executividade. A competência para julgamento das ações rescisórias das sentenças normativas proferidas pela SDC (sessão especializada em dissídios coletivos) do TST é do mesmo órgão, tratando-se de competência originária, e não pelo Pleno do Tribunal, na forma do artigo 2?, I, “c” da lei 7.701/88. Compete à Justiça do Trabalho a execução , de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; Art. 195 diz que a seguridade social será financiada por toda a sociedade, mediante recursos provenientes da União, Estados, DF, Municípios e das contribuições sociais do empregador , empresa, ou entidade equiparável a ela, os quais são incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço , mesmo sem vínculo empregatício; às contribuições sociais do trabalhador e dos demais segurados da previdência social , não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social. SÚMULA Nº 368. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO. I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. Art. 114 da Constituição Federal, inciso VIII, a competência da Justiça do Trabalho para executar, de ofício, as contribuições sociais previstas no art. 195, I, "a", e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir.

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PROCESSO DO TRABALHO – MATÉRIA: COMPETÊNCIAS

Explicação da Súmula 397 do TSTTem uma ação de cumprimento de sentença que foi proposta com fundamento em sentença normativa, cuja prolação é em dissídio coletivo, que estava pendente de recurso. No curso da ação de cumprimento de sentença, a sentença normativa foi alterada, extinta. Logo,para atacar a ação de cumprimento de sentença não é por meio de ação rescisória e sim por meio de MS ou exceção de pré executividade.

A competência para julgamento das ações rescisórias das sentenças normativas proferidas pela SDC (sessão especializada em dissídios coletivos) do TST é do mesmo órgão, tratando-se de competência originária, e não pelo Pleno do Tribunal, na forma do artigo 2?, I, “c” da lei 7.701/88.

Compete à Justiça do Trabalho a execução , de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;Art. 195 diz que a seguridade social será financiada por toda a sociedade, mediante recursos provenientes da União, Estados, DF, Municípios e das contribuições sociais do empregador, empresa, ou entidade equiparável a ela, os quais são incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; às contribuições sociais do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social.

SÚMULA Nº 368. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO. I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.

Art. 114 da Constituição Federal, inciso VIII, a competência da Justiça do Trabalho para executar, de ofício, as contribuições sociais previstas no art. 195, I, "a", e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir.

Entre as contribuições sociais previdenciárias enquadráveis no art. 195, I, "a" , e II da Carta Magna, apenas são executáveis, na Justiça do Trabalho, aquelas que decorram da denominada "relação de trabalho", porque apenas esta pode atrair a competência material desse ramo do Poder Judiciário para processar e julgar as ações oriundas da aludida relação, proferindo as decisões das quais advêm as apontadas exações.

Art. 876, § único: serão executadas ex offício as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos juízes e tribunais do trabalho, resultantes de condenação ou homologação.

Contudo, sobre o salário pago durante o período contratual reconhecido, a competência para recolher desse período passado passou à justiça federal e não à justiça do trabalho.

Compete à justiça estadual: - ações relativas de cobrança relativas a honorários profissionais liberais- ações relativas à previdência complementar decorrente de contratos de trabalho - ações relativas a servidores públicos estatutários

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Segundo a jurisprudência do STF e do STJ, compete à Justiça COMUM ESTADUAL (e não à Justiça do Trabalho) julgar demandas que envolvam a complementação de aposentadoria por entidades de previdência privada. Não há relação de natureza trabalhista entre o beneficiário da previdência complementar e a entidade de previdência privada. O contrato celebrado entre a entidade e o beneficiário está submetido às regras de direito civil, envolvendo apenas indiretamente questões de direito do trabalho. Nesse sentido, confira-se o § 2º do art. 202 da CF/88:  2°   As   contribuições   do   empregador,   os   benefícios   e   as   condições   contratuais   previstas   nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram   a   remuneração   dos   participantes,   nos   termos   da   lei.   (Redação   dada   pela   Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

A justiça do trabalho é competente para apreciar pedido de complementação de pensão postulada por viúva de ex-empregado, por se tratar de pedido que deriva do contrato de trabalho.

O termo de ajuste de conduta tem eficácia de título executivo extrajudicial. O art. 6º da lei 7347 prevê que os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados o compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais. (TAC)

A Justiça do Trabalho não tem competência para processar e julgar em matéria criminal, sendo competente a Justiça Federal. Seria a Justiça Federal competente para julgar se fosse ação de crime de redução à condição análoga à de escravo. No entanto, a questão tratou de MS impetrado contra ato do Secretário de Inspeção do Trabalho que determinou a inclusão do nome do empregador no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condição análoga de escravo

A prática do crime prevista no art. 149 do Código Penal (Redução à condição análoga a de escravo) se caracteriza como crime contra a organização do trabalho, de modo a atrair a competência da Justiça federal (art. 109, VI da Constituição) para processá-lo e julgá-lo

Compete aos juízes federais processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômica financeira.

Art.   114.   Compete   à   Justiça   do   Trabalho   processar   e   julgar: IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

súmula 2 94 do TST : Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei.Presc.TOTAL: quando a parcela não está assegurada por preceito de lei. Por exemplo, foi prevista em contrato apenas. Nesse caso, conta-se a prescrição quinquenal a partir da supressão.Presc.PARCIAL: quando a parcela suprimida está assegurada por lei. Por exemplo, caso de adicional noturno (art.73 CLT). Nesse caso, conta-se a prescrição quinquenal mês a mês.Ressalta-se que a tendência do TST é a interpretação ampliativa no caso da prescrição total, de forma a considerar como "preceito de lei" as Convenções e Acordos Coletivos. No entanto, não é pacífico.

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Ainda, fala-se em prescrição total e parcial apenas no caso da quinquenal. A bienal será sempre total.

Súmula 129 do TST : A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.

O momento da apresentação da contradita à testemunha, sob pena de preclusão, é após a qualificação e antes do compromisso.

No procedimento ordinário, as preliminares, no processo do trabalho, são decididas na sentença, porque inexiste despacho saneador. Somente suspendem a tramitação do feito as exceções de suspeição ou de incompetência. o oferecimento de qualquer das espécies exceção acarreta a suspensão do processo até que a questão seja decidida art. 799 da CLT). No sumaríssimo as exceções são "resolvidas de plano", art. 852-G CLT.

As Juntas de Conciliação e Julgamento foram extintas com a promulgação da EC nº 24/99.

Em que pese o fato de o agravo de petição de uma decisão de primeira instância ser julgado pelo Tribunal imediatamente superior (TRT), no caso de decisão em execução de competência originária do TRT aquele recurso será analisado por ele mesmo, não sendo remetido ao TST

Os Tribunais Regionais do Trabalho têm competência originária para julgar os mandados de segurança quando o ato questionado diz respeito à penalidade administrativa imposta por órgão de fiscalização das relações de trabalho. ERRADOTrata-se das execuções fiscais de competência da justiça do trabalho. É competência das varas do trabalho. Não consta no rol estabelecido no art. 678, CLT. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;Mas o art. 678 da CLT, I, b, 3 traz: Aos Tribunais Regionais, quando divididos em turmas, compete: I – ao Tribunal pleno, especialmente: b) processar e julgar originariamente: 3) os mandados de segurançaCompete às Varas do Trabalho processar e julgar mandado de segurança na hipótese em que o empregador objetiva discutir a validade de ato praticado por autoridade administrativa dos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

Os dissídios individuais os tribunais julgam em grau de recurso

TST - SUM-300 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. CADASTRAMENTO NO PIS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS).

As Juntas de Conciliação e Julgamento foram extintas com a promulgação da EC nº 24/99

A situação de trabalhadores contratados ou transferidos para prestar serviço fora do país, excetuando os casos em que o empregado seja designado para prestar serviços de natureza

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transitória. Assegura-se “a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho (...) quando mais favorável do que a legislação territorial”

Segundo jurisprudência consolidada pela SDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho, compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens, previstos na legislação trabalhista, referentes a período anterior à Lei n. 8.112/90, mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a sua edição. A superveniência de regime estatutário em substituição ao celetista, mesmo após a sentença, limita a execução ao período celetista.

Os conflitos de competência podem ser suscitados:a) Pelos juízes e tribunais do trabalhob) Pelo Procurador geral e pelos procuradores regionais da justiça do trabalhoc) Pela parte interessada ou pelo seu representante legal.

Súmula 190 do TST: Ao julgar ou homologar ação coletiva ou acordo nela havido, o Tribunal Superior do Trabalho exerce o poder normativo constitucional, não podendo criar ou homologar condições de trabalho que o Supremo Tribunal Federal julgue iterativamente inconstitucionais.

Art. 833 CLT: Existindo na decisão evidentes erros ou enganos de escrita, de datilografia ou de cálculo, poderão os mesmos, antes da execução ser corrigidos ex officio, ou a requerimento dos interessados ou da procuradoria da justiça do trabalho.

Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final. Se terminativas do feito, as decisões sobre exceções de suspeição e incompetência comportam recurso para a instância superior. Se não forem terminativas essas decisões, a parte poderá argüir, novamente, a exceção nas razões finais e no recurso

A decisão proferida em exceção de incompetência em razão do lugar por juízo de primeiro grau, não comporta qualquer recurso imediato, podendo, entretanto, as partes novamente alegá-la sob a forma de preliminar de recurso ordinário.

A C Ó R D Ã O - 7ª Turma - GMCB/all/sesAGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 651 DA CLT. NÃO CONFIGURAÇÃO. NÃO PROVIMENTO.1. A fixação da competência no âmbito do Direito do Trabalho deve prestigiar os princípios do livre acesso à Justiça e da proteção, de modo a facilitar ao litigante economicamente mais fraco (o trabalhador) a sua defesa em juízo, em condições que lhe sejam mais favoráveis. Assim, não se cogita em violação do artigo 651 da CLT, quando a prorrogação da competência visou a tal fim, máxime por se tratar de competência relativa, bem assim pelo fato de que, no presente caso, a propositura da ação no local da contratação - e não da prestação dos serviços - não trouxe manifestos prejuízos às reclamadas...2. Agravo de instrumento a que se nega provimento.

Súmula 214 TST DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões inter-locutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:

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a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.

É absoluta a incompetência “ex ratione materiae” ou “ratione personae”, como o é também a do TRT, quando julga recurso em feito que não excede o valor da alçada

Exceção de incompetência em razão do lugar. A deci- são que acolheu a exceção de incompetência em razão do lugar, determinando a remessa dos autos às MM. Juntas de Conciliação e Julgamento de Itobi e Casa Branca, não resolveu o mérito da demanda, não sendo, portanto, terminativa do feito. Logo, é irrecorrível por ser interlocutória; porém, poderá vir a ser discutida como preliminar de conhecimento do mérito, quan- do for interposto recurso ordinário pela parte vencida, contra a decisão proferida pela Junta que houver resolvido a lide. TST, SDI, RO-MS 41252/91.0, in DJU 11.8.93, p. 15.820.

Recorribilidade de decisão que julgou exceção de incompetência. Impossibilidade do Mandado de Segurança. Não cabe o mandado de segurança contra decisão judicial que jul- gou improcedente a exceção de incompetência em razão de lugar. Tal decisão é passível de recurso. Não de imediato, mas pode ser articulado como questão preliminar do Recurso Ordiná- rio após a prolação da Sentença pela MM. Junta de origem. Recurso desprovido. TST, SDI, RO-MS-105.613/94.9, in DJU7.4.95, p. 9.066.

Ação rescisória. Incompetência absoluta da Justiça do Trabalho. Tanto este Tribunal quanto ao Excelso Pretório têm decidido que todas as preliminares, mesmo as de ordem pública, devem ser argüidas nas instâncias ordinárias e renovadas nas instâncias extraordinárias, sob pena de preclusão (Enunciado n. 297 do TST). Prescrição. Não tendo o Autor se pronuncia- do contra a omissão praticada no tocante à prescrição, na primeira vez em que se manifestou nos autos, a teor do art. 795 da CLT, não poderá fazê-lo agora pela via rescisória. Recurso a que se nega provimento. TST, SBDI-2-RO-AR-126.879/94.4, in DJU 4.10.96, p. 37403. (Nota do autor: o Enunciado citado teve redação alterada pela Resolução 121/03, do TST).

A ordem de habeas corpus é impetrada diretamente junto à autoridade imediatamente superior àquela que pratica ou ameaça praticar ato coativo ou ilegal. Se se tratar de ato praticado por juiz de Vara do Trabalho, a competência para apreciação do habeas corpus será do Tribunal Regional do Trabalho ao qual o juiz da Vara estiver afeto. Se o juiz coator compõe o TRT, a competência para julgamento do habeas corpus é do TST. Se o juiz coator é do TST, a competência será do STF.

A competência originária da Ação Rescisória é dos órgãos hierarquicamente superiores, a saber, dos Tribunais. Quando se trata de rescisão de sentença, é competente o órgão do tribunal que seria competente para o julgamento da apelação que poderia ter sido interposta; se a rescisão é de acórdão, é competente o próprio tribunal que o proferiu, com a alteração, se for o caso, do órgão interno julgador [...]

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Nos casos em que a Rescisória e a ação primária que a originou são intentadas em mesmo órgão jurisdicional, seja qualquer dos tribunais, é pacífico o entendimento de que o CUMPRIMENTO dar-se-á, obviamente, neste órgão competente.Entretanto, paira a dúvida quando a ação que desencadeou a Rescisória é proposta em órgão jurisdicional de grau inferior, o que representa a maioria dos casos. Nesta nuança, o acórdão que julga a Ação Rescisória necessita ser EXECUTADO neste mesmo órgão jurisdicional em que a ação que originou a Rescisória foi intentada.Portanto, sendo a Ação Rescisória de competência originária dos Tribunais, sua execução deveria ocorrer, frente à observância procedimental, nos Tribunais. Todavia, não é isso que ocorre quando a ação primeira que a ensejou foi proposta no primeiro grau jurisdicional. Nesse modo, a decisão que julga a Ação Rescisória é executada no órgão jurisdicional onde a Ação que a ensejou foi proposta.

A reclamação correicional é cabível no âmbito da Justiça do Trabalho, desde que se destine a preservar a boa ordem processual, sendo, portanto, inadmissível em face de decisão judicial contra a qual caiba recurso especifico capaz de impugnar o ato, ainda que não possua efeito suspensivo. “Como amplamente sabido, no processo do trabalho não pode a parte recorrer dos despachos com conteúdo decisório e das decisões interlocutórias proferidas pelo Magistrado, por força do disposto no § 1º do art. 893 consolidado.

Pode a parte prejudicada, no recurso cabível contra a sentença, manifestar especificamente sua insurgência com relação ao despacho com conteúdo decisório e à decisão interlocutória prolatada (§ 1º do art. 893 consolidado; TST, Súmula 214), para que o merecimento destes seja devolvido à apreciação do órgão jurisdicional competente para julgar o recurso.

No caso ora examinado, o ato judicial impugnado pela Corrigente consiste em despacho com conteúdo decisório ou, quando muito, decisão meramente interlocutória (e não sentença definitiva) proferida pelo Magistrado.

Todavia, a despeito da possibilidade de impugnação futura do ato judicial -- muitas vezes tardia, com manifesto prejuízo para as partes e para o regular andamento do processo, o qual deve ser o mais célere possível --, pode a parte lesada, por não dispor, no momento presente, de recurso específico, oferecer imediatamente reclamação correicional (RITRT, art. 35), exclusivamente com a finalidade de corrigir erros, abusos ou atos contrários à boa ordem procedimental praticados pelo Magistrado.

Superadas as questões respeitantes à tempestividade e à inexistência de recurso específico para impugnação do ato judicial guerreado, passo, consequentemente, à análise da alegada subversão à boa ordem procedimental. “

SUM-211 JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. INDEPENDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL E DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL Os juros de morae a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação.

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SUM-419 COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO POR CARTA. EMBARGOS DE TER-CEIRO. JUÍZO DEPRECANTE Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência será deste último.

Em ação proposta por representante comercial autônomo, cujo objeto é o recebimento de comissões inerentes à representação.Art. 39/Lei 4886/65, que regula as atividades dos representantes comerciais autônomos:Para julgamento das controvérsias que surgirem entre representante e representado é competente a Justiça Comum e o foro do domicílio do representante, aplicando-se o procedimento sumaríssimo previsto no art. 275 do Código de Processo Civil, ressalvada a competência do Juizado de Pequenas Causas.

Pelo site, uma colaboradora disse que a OJ 130 do SBDI-II está desatualizada tendo como redação Atual:AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COMPETÊNCIA. LOCAL DO DANO. LEI Nº 7.347/1985, ART. 2º. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, ART. 93 (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I – A competência para a Ação Civil Pública fixa-se pela extensão do dano.II – Em caso de dano de abrangência regional, que atinja cidades sujeitas à jurisdição de mais de uma Vara do Trabalho, a competência será de qualquer das varas das localidades atingidas, ainda que vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos.III – Em caso de dano de abrangência suprarregional ou nacional, há competência concorrente para a Ação Civil Pública das varas do trabalho das sedes dos Tribunais Regionais do Trabalho.IV – Estará prevento o juízo a que a primeira ação houver sido distribuída

TST – Nomeados pelo Presidente da República após a aprovação pelo Senado Federal .TRT – Nomeados pelo Presidente da República, mas não há a necessidade da aprovação do Senado Federal. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, nomeados pelo Presidente da República.Art. 111-A CRFB- O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:Art. 115 CRFB- Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo.

Parece que a justiça do trabalho é competente para julgar os conflitos entre empregados e empregadores das sociedades de economia mista e empresas públicas.

Os acidentes de trabalho podem ser classificados como: Típico: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o

exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal. Trajeto: acidente sofrido pelo servidor no percurso da residência para o

local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive

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veículo de propriedade do servidor, desde que não haja interrupção ou alteraçãode percurso por motivo alheio ao trabalho.

No período destinado à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado será considerado a serviço da empresa.

Após a edição da Emenda Constitucional 45, estão afetas à competência da Justiça do Trabalho os litígios sobre representação sindical, inclusive na hipótese de ação de improbidade administrativa, em que se pretende afastar a diretoria de sindicato, implicando em reflexo na representação sindical. Abrangendo o dissídio coletivo a jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho da 2 a Região (São Paulo) e 15a Região (Campinas), a competência para conhecer e julgar o conflito será do TST. Na hipótese de dissídio coletivo, fixa-se a competência dos Tribunais Regionais do Trabalho, em regra, pelo local onde este ocorrer (CLT, art. 677). Assim, em dissídio coletivo, a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho afere-se pela extensão territorial do conflito coletivo e, pois, em princípio, pela base territorial das entidades suscitantes e suscitadas.Na Lei nº 7.520, de 15 de julho de 1986, com a redação conferida pela Lei nº 9.254/96, estabelece-se critério para a definição da competência dos Tribunais Regionais do Trabalho da 2a e da 15a Região no julgamento de dissídios coletivos, nestes termos:Art. 12. Compete exclusivamente ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região processar, conciliar e   julgar   os   dissídios   coletivos   nos   quais   a decisão   a   ser   proferida   deva   produzir   efeitos   em área territorial alcançada, em parte, pela jurisdição desse mesmo Tribunal e, em outra parte, pela jurisdição do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região.

Não compete à Justiça do Trabalho executar contribuições previdenciárias decorrentes do vinculo empregatício que reconhecer, nos termos do que sedimentado em decisão do Supremo Tribunal Federal à qual foi concedida repercussão geral;as execuções das contribuições previdenciárias só a alcançam as sentenças condenatórias, e não declaratórias.

NOVA REDAÇÃO DA OJ 130, SDI-II, TST:AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COMPETÊNCIA. LOCAL DO DANO. LEI Nº 7.347/1985, ART. 2º. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, ART. 93 (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I – A competência para a Ação Civil Pública fixa-se pela extensão do dano.

A) - As prestações relativas ao acidente do trabalho são devidas:- ao empregado;- ao trabalhador avulso; - ao médico-residente (Lei nº 8.138, de 28/12/90);- ao segurado especial. B) - Não são devidas as prestações relativas ao acidente do trabalho:- ao empregado doméstico;- ao empresário: titular de firma individual urbana ou rural, diretor não empregado, membro de conselho de administração de sociedade anônima, sócios que não tenham, na empresa, a condição de empregado;- ao autônomo e outros equiparados;- ao facultativo.

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II – Em caso de dano de abrangência regional, que atinja cidades sujeitas à jurisdição de mais de uma Vara do Trabalho, a competência será de qualquer das varas das localidades atingidas, ainda que vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos.III – Em caso de dano de abrangência suprarregional ou nacional, há competência concorrente para a Ação Civil Pública das varas do trabalho das sedes dos Tribunais Regionais do Trabalho.IV – Estará prevento o juízo a que a primeira ação houver sido distribuída.

OJ-SDI2-113 AÇÃO CAUTELAR. EFEITO SUSPENSIVO AO RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. INCABÍVEL. AU-SÊNCIA DE INTERESSE. EXTINÇÃO (DJ 11.08.2003)É incabível medida cautelar para imprimir efeito suspensivo a recurso interposto contra decisão proferida em mandado de segurança, pois ambos visam, em última análise, à sustação do ato atacado. Extingue-se, pois, o processo, sem julgamento do mérito, por ausência de interesse de agir, para evitar que decisões judiciais conflitantes e inconciliáveis passem a reger idêntica situação jurídica.

OJ nº 127 da SDI2 do TST, na contagem do prazo decadencial para ajuizamento de mandado de segurança, o efetivo ato coator é o primeiro em que se firmou a tese hostilizada e não aquele que a ratificou.

Súmula nº 383 do TST MANDATO. ARTS. 13 E 37 DO CPC. FASE RECURSAL. INAPLICABILIDADE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 149 e 311 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005I - É inadmissível, em instância recursal, o oferecimento tardio de procuração, nos termos do art. 37 do CPC, ainda que mediante protesto por posterior juntada, já que a interposição de recurso não pode ser reputada ato urgente. (ex-OJ nº 311 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)II - Inadmissível na fase recursal a regularização da representação processual, na forma do art. 13 do CPC, cuja aplicação se restringe ao Juízo de 1º grau. (ex-OJ nº 149 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998)

Ministério da Previdência Social não é órgão de fiscalização das relações de trabalho.

Nem todo conflito envolvendo questões sindicais será da competência da Justiça do Trabalho.Isso por que a súmula 04 do STJ, preceitua:"Compete à Justiça Estadual julgar causa decorrente do processo eleitoral sindical.”Questão correta: Se, em eleição para sindicato de servidores da justiça do trabalho, regidos pela Lei n.º 8.112/1990, os integrantes de determinada chapa propuserem ação para anular a eleição sob o fundamento de que teria havido fraude na votação, a referida ação deverá ser julgada pela justiça estadual comum.Mas há uma discussão quanto ao assunto tendo em vista a jurisprudência abaixo:1. Após a edição da EC 45/2004, as questões relacionadas ao processo eleitoral sindical, ainda que esbarrem na esfera do direito civil, estão afetas à competência da Justiça do Trabalho, pois se trata de matéria que tem reflexo na representação sindical. Precedentes.

OJ 414. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS. 114, VIII, E 195, I, “A”, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. (DEJT divulgado em 14, 15 e16.02.2012)Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente aoSeguro de

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Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/19

CLT, ART. 896, § 6º Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação direta da Constituição da República.Nas causas sujeitas ao procedimento sumarissímo não se admite Recurso de Revista fundado em violação à orientação jurisprudencial do TST, por ausência de previsão expressa no art. 896, § 6.da CLT. (OJ 352 da SDI-I/TST, DJ 25.04.2007).

OJ 409 da SDI - I MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. RECOLHIMENTO. PRESSUPOSTO RECURSAL. INEXIGIBILIDADE. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010)O recolhimento do valor da multa imposta por litigância de má-fé, nos termos do art. 18 do CPC, não é pressuposto objetivo para interposição dos recursos de natureza trabalhista. Assim, resta inaplicável o art. 35 do CPC como fonte subsidiária, uma vez que, na Justiça do Trabalho, as custas estão reguladas pelo art. 789 da CLT

Súmula 442/TST - PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. RECURSO DE REVISTA FUNDAMENTADO EM CONTRARIEDADE A ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. INADMISSIBILIDADE. ART. 896, § 6º, DA CLT, ACRESCENTADO PELA LEI Nº 9.957, DE 12.01.2000Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de revista está limitada à demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título II, Capítulo III, do RITST), ante a ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT.

Súmula 425/TST - JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.

Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: Ação anulatória de multa Administrativa imposta por órgão de fiscalização das relações de trabalho.

"as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos das fiscalização   das   relações   de   trabalho", salvo aquelas concernentes à execução fiscal das contribuições para o FGTS, na forma do entendimento cristalizado pela Súmula n° 349 do STJ: "Compete à Justiça Federal ou aos juízes com competência delegada o julgamento das execuções fiscais de contribuições devidas pelo empregador ao FGTS".

- Quando a ação acidentária for proposta contra o empregador, a competência será da Justiça do Trabalho.- Quando a ação acidentária for proposta contra o INSS, a competência será daJustiça Comum Estadual, no que tange aos benefícios decorrentes de acidente de trabalho e doença ocupacional.

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Enquanto que será de competência da Justiça Federal as ações que envolvam os benefícios em geral.

Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: Ação monitória entre empregado e empregador, com base em prova escrita, consistente em declaração firmada pelo empregado, obrigando-se a devolver ao final do contrato de trabalho ferramentas em seu poder. Art. 1.102.CC - A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel. Em direito civil, ela é usada para cobrar cheques ou outros títulos (nota promissória, duplicata, etc) prescritos. Mas só cabe se houver prova do negócio que gerou o título. Por exemplo, no caso de cheques, só se tiver um documento (contrato, etc) que diga porque aquele cheque foi dado (nota fiscal de compra, por exemplo, onde consta os dados do cheque). Mesmo assim, o prazo para entrar com a ação monitória é de 5 anos a contar da data de vencimento (data em que deveria ser pago) do título (cheque, nota promissória, duplicata, etc). No caso do direito do trabalho, só cabe quando o litígio acontece entre empregado e empregador e em decorrência da relação de trabalho.

Não é competência da justiça do trabalho processar e julgar ações envolvendo associações, mas sim sindicatos. Não há a aplicação do Princípio da Unicidade Sindical com relação a associações, podendo ser constituídas quantas forem necessárias

OJ-SDI2-156 "HABEAS CORPUS" ORIGINÁRIO NO TST. SUBSTITUTI-VO DE RECURSO ORDINÁRIO EM "HABEAS CORPUS". CABIMEN-TO CONTRA DECISÃO DEFINITIVA PROFERIDA POR TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010). É cabível ajuizamento de ?habeas corpus? originário no Tribunal Superior do Trabalho, em substituição de recurso ordinário em ?habeas corpus?, de decisão definitiva proferida por Tribunal Regional do Trabalho, uma vez que o órgão colegiado passa a ser a autoridade coatora no momento em que examina o méri-to do ?habeas corpus? impetrado no âmbito da Corte local.

Cabe ao Ministério Público do Trabalho ajuizar ação civil pública para a proteção do meio ambiente do trabalho em face de pessoa jurídica que descumpriu Termo de Ajuste de Conduta contendo vício de representação. Observação: Se há TAC, a ação cabível é execução e não Ação Civil Pública. Acredito que a FCC entendeu correta a questão considerando que, por existir vício de representação (quem assinou o TAC não poderia ter assinado), não cabe a execução do mesmo, mas sim nova Ação Civil Pública.

Em razão de a Vara do Trabalho funcionar com juiz singular, o julgamento da exceção de suspeição ou de impedimento deve ser de competência do respectivo TRT

COMPETÊNCIA

Não pagamento do benefício de auxílio-desemprego por parte do Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS.

JUSTIÇA FEDERAL

Acidentes do trabalho propostas pelo segurado contra o Instituto Nacional de JUSTIÇA ESTADUAL

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Seguridade Social - INSS.

Penalidades administrativas impostas aosempregadores pelo órgão de fiscalização das relações de trabalho.

JUSTIÇA DO TRABALHO

Acidentes do trabalho promovidas contraempresas públicas ou sociedades de economia mista.

JUSTIÇA ESTADUAL OU FEDERAL, DEPENDENDO DO CASO

Processo criminal relativo a falso testemunho em processo trabalhista. JUSTIÇA FEDERAL

ACIDENTE DE TRABALHO (resumo de competência):Empregado x empregador Justiça do Trabalho (regra)INSS x empregador (ação regressiva) Justiça Federal (exceção)

Empregador x INSS Justiça Estadual (exceção), súmula 501 STF c/c: art 109 CF

Súmula 501 STF: compete à justiça ordinária estadual o processo e julgamento, em ambas as instancias, das causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista.

A Justiça do Trabalho detém competência para as ações possessórias que tenham origem, direta ou indireta, nas relações de trabalho, como na situação em que o empregador pretende a devolução do imóvel cedido em comodato ao empregado para sua moradia durante o contrato de trabalho, bem como para reaver bens, equipamentos e materiais em poder do empregado.

"Todavia, se o pedido versar pagamento de adicional de insalubridade ou periculosidade, o juiz estará obrigado a determinar a realização de prova pericial, ainda que o réu seja revel e confesso quanto a matéria de fato. É o que se depreende do art. 195, caput e § 2º, da CLT, in verbis: "Arguida em juízo a insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associados,o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo,e, onde não houver, requisitará perícia ao orgão competente do Ministério do Trabalho""

"Cabe pois, aos Tribunais Regionais do Trabalho julgar mandado de segurança, quando figurar como autoridade coatora: a) Juiz, titular ou substituto, de Vara do Trabalho; b) Juiz de Direito investido na jurisdição trabalhista; c) o próprio Tribunal ou qualquer dos seus órgãos colegiados ou monocráticos"

"o ato impugnado for de Ministro do Tribunal Superior do Trabalho". Neste caso a competência para julgar o MS esta prevista na Lei n. 7.701/88 e no Regimento Interno do TST: "ao Orgão Especial - OE, em matéria judiciária,julgar mandado de segurança impetrado contra atos do Presidente ou de qualquer Ministro do Tribunal (...)"

As incompetências em razão da matéria, pessoa, hierarquia (função) são de natureza absoluta, como regra, devem ser alegadas como preliminares em contestação. A incompetência em razão do lugar (territorial) tem natureza relativa e deve ser arguida através de exceção.

"Nos domínios do processo do trabalho, não é facultado às partes da relação empregatícia instituir clásula prevendo foro de eleição, pois as regras de competência territorial da Justiça do Trabalho são de ordem pública e, portanto, inderrogáveis pela vontade das partes.

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EMENTA - COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR. POSSIBILIDADE DE ELEIÇÃO DO FORO PELO EMPREGADO. LOCAL DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. FACULDADE PREVISTA NO ARTIGO 651, § 3º, DA CLT. “... Não se pode restringir a faculdade de eleição de foro prevista nesse parágrafo aos empregados que desenvolvem seu trabalho em locais incertos, eventuais ou transitórios, sob pena de representar óbice ao direito constitucional de acesso do Poder Judiciário. E não se pode olvidar que, embora as provas dos fatos alegados na petição inicial estejam reunidas no local da prestação de serviços, sua produção pode ser feita por meio de carta precatória ao Juízo deprecado. De qualquer forma, o critério para a fixação da competência territorial do juízo trabalhista é eminentemente objetivo, devendo ser reconhecida a competência para processar e julgar esta demanda trabalhista o local da celebração do contrato de trabalho, no caso a Vara do Trabalho de Brasília, conforme entendimento jurisprudencial majoritário desta Corte superior. O Regional, ao acolher a exceção de incompetência, decidiu em afronta ao artigo 651, caput e § 3º, da CLT. ...”. Como se vê a possibilidade existe, havendo como sustentar a nulidade da questão.

Art. 643, §2º: as questões referentes a acidentes de trabalho continuam sujeitas à justiça ordinária, na forma do decreto nº24.637, de 10 de julho de 1934, e legislação subsequente. Súmula 236/STF: é competente para ação de acidente do trabalho a justiça cível comum, inclusive em segunda instância, ainda que seja parte autarquia seguradora.Súmula 501/STF: compete a justiça ordinária estadual o processamento e julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista.Súmula 15/STJ: é competente a justiça estadual para processar julgar os litígios decorrentes de acidente de trabalho.(SUPERADOS)Súmula vinculante 22( ESTE É O ENTENDIMENTO ATUALIZADO): A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador , inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional no 45/04.

As ações de indenização por dano material ou moral decorrente de acidente de trabalho são da competência da Justiça do Trabalho; contudo, as ações acidentárias (lides previdenciárias, envolvendo auxílio doença acidentário) são de competência da Justiça Comum Estadual. Ou seja, as ações ajuizadas em face da previdência social que versem sobre litígios ou medidas cautelares relativos a acidentes do trabalho, a competência é da justiça comum, conforme artigo 109, I, parte final e §3? da CRFB. A competência no caso de acidente do trabalho somente será da Justiça do Trabalho quando a demanda for em face do empregador, conforme artigo 114, VI da CRFB.

"COMPETÊNCIA. AÇÃO REPARATÓRIA DE DANOS PATRIMONIAIS E MORAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO. EMENDA CONSTITUCIONAL N. 45/2004. APLICAÇÃO IMEDIATA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA TRABALHISTA, NA LINHA DO ASSENTADO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. APLICAÇÃO IMEDIATA DO TEXTO CONSTITUCIONAL AOS PROCESSOS EM QUE AINDA NÃO PROFERIDA A SENTENÇA."- A partir da Emenda Constitucional n. 45/2004, a competência para processar e julgar as ações reparatórias de danos patrimoniais e morais decorrentes de acidente do trabalho é da Justiça do Trabalho (Conflito de Competência n. 7.204-1/MG-STF, relator Ministro Carlos Britto)."- A norma constitucional tem aplicação imediata. Porém, "a   alteração   superveniente   da competência,   ainda   que   ditada   por   norma   constitucional,   não   afeta   a   validade   da   sentença anteriormente proferida. Válida a sentença anterior à eliminação da competência do juiz que a prolatou,   subsiste  a   competência   recursal  do   tribunal   respectivo" (Conflito de Competência n. 6.967-7/RJ-STF, relator Ministro Sepúlveda Pertence)."Conflito conhecido, declarado competente o suscitante.

O Supremo julgou o Agravo Regimental no Recurso Extraordinário 509352, em julho de 2008, deixando assente o entendimento de que a Justiça do Trabalho é competente para julgar as ações

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de indenização por danos morais ou materiais ecorrentes de acidente de trabalho, após a edição da Emenda Constitucional nº 45/2004, e que a nova sistemática alcançaria os processos na Justiça Comum Estadual, desde que não tenha sido proferida sentença de mérito até a data da promulgação da mencionada emenda.Posteriormente, em 2009, foi editada a Súmula Vinculante nº 22, alterando essa regra: agora, os que não tivessem ainda sentença de mérito quando da edição da Emenda deveriam ser deixados na Justiça Comum

As varas de acidente de trabalho são da justiça comum e não da justiça trabalhista.

Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.A CLT diz, em seu art. 795, § 1º, que a “incompetência de foro deve ser declarada de ofício, sendo considerados nulos os atos decisivos”. No entanto, tecnicamente falando, a incompetência de foro é relativa e deve ser arguida, sob pena de preclusão. O que a doutrina explica é que a intenção do legislador aqui foi  de mencionar a  incompetência em razão de pessoa ou matéria – essa sim é absoluta e podendo ser reconhecida de ofício. Mister não confundir com a competência em razão do território, que é de natureza relativa, conforme OJ 149, da SDI-2, do TST:OJ-SDI2-149 CONFLITO DE COMPETÊNCIA. INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL. HIPÓTESE DO ART. 651, § 3º, DA CLT. IMPOSSIBILIDADE DE DECLARAÇÃO DE OFÍCIO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA. (DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008)Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local onde a ação foi proposta.

Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

STJ - CONFLITO DE COMPETENCIA: CC 91483 PB 2007/0264237-8CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. CARGO EM COMISSÃO SEM PREVISÃO LEGAL. INADMISSIBILIDADE. CONTRATO NULO. AUSÊNCIA DE VÍNCULO ESTATUTÁRIO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.1. A criação de cargo em comissão, sem o devido respaldo legal, de forma dissimulada e não condizente com a prática administrativa, é, na verdade, uma tentativa de se sobrepor a exigência constitucional de prévia realização de concurso público.2. O cargo comissionado exercido pelo reclamante não possui qualquer fundamentação legal, implicando na nulidade do contrato em questão, desde o princípio.3. A contratação irregular, em desatenção aos preceitos constitucionais sobre a matéria, atrai a competência da Justiça laboral para conhecer das causas daí decorrentes, tendo em vista a inexistência de relação estatutária. Precedente.4. Conflito de competência conhecido para declarar competente o Juízo da 5a. Vara do Trabalho de João Pessoa/PB, ora suscitante

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Súmula 218 do STJ: "Compete à Justiça dos estados processar e julgar ações de servidor estadual decorrente de direitos e vantagens estatutárias no exercício de cargo em comissão".

No que tange aos trabalhadores temporários, o STF vem decidindo que, em caso de contratação temporária realizada pela adm. pública, mesmo que irregular, a competência para julgamento de eventual ação será da J. Federal ou J. Estadual, conforme o ente público envolvido. Tanto que o TST cancelou a OJ 205. Segue jurisprudência:

RECURSO DE REVISTA. COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO. CAUSAS ENVOLVENDO DESCARACTERIZAÇÃO DE CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA OU DE PROVIMENTO COMISSIONADO PELO PODER PÚBLICO. INTERPRETAÇÃO VINCULANTE CONFERIDA PELO STF. CANCELAMENTO DA OJ 205 DA SBDI-1/TST. EFEITOS PROCESSUAIS. O Pleno do STF referendou liminar concedida pelo Ministro Nelson Jobim no julgamento da Medida Cautelar na ADI 3.395-6/DF, no sentido de que, mesmo após a EC nº 45/2004, a Justiça do Trabalho não tem competência para processar e julgar causas instauradas entre o Poder Público e o servidor que a ele seja vinculado por relação jurídico-administrativa. No mesmo sentido, diversos precedentes da Suprema Corte, que têm enfatizado a incompetência desta Justiça Especializada mesmo com respeito a contratações irregulares, sem concurso público, ou com alegado suporte no art. 37, IX, da Constituição. Em face da jurisprudência consolidada no Supremo Tribunal Federal, este Tribunal Superior do Trabalho, por meio da Resolução nº 156, de 23 de abril de 2009, cancelou a OJ 205/SBDI-1/TST. Nesse contexto, e estando devidamente prequestionada a matéria (OJ 62 da SBDI-1/TST), impõe-se reconhecer que decisão em sentido contrário viola o art. 114, I, da CF. Recurso de revista conhecido e provido. ( RR - 144500-37.2008.5.05.0222 , Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 28/04/2010, 6ª Turma, Data de Publicação: 07/05/2010)

Súmula 420 do TST"Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada."

Considere que, em determinado município, uma reclamação trabalhista tramite perante vara cível, dada a inexistência, na localidade, de vara do trabalho e dada a falta de jurisdição das existentes no estado. Nessa situação, caso venha a ser instalada uma vara trabalhista nessa localidade, a ação deve ser remetida à vara do trabalho, seja qual for a fase em que esteja, para que lá continue sendo processada e julgada, sendo esse novo juízo o competente, inclusive, para executar as sentenças já proferidas pela justiça estadual.STJ - Súmula 10.Instalada a Junta de Conciliação e Julgamento (Vara), cessa a competência do juiz de direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele proferidas.Não podemos confundir este caso com aquele em que é competente a Justiça do Trabalho para processar e julgar as ações de empregado contra empregador que envolvam danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho. Havia dúvidas sobre a competência deste tipo de ação, muitas delas eram julgadas na Justiça Comum e outras na Trabalhista. Todavia, após a emenda 45/2004, passou a ser de competência da JT. Destarte, as ações desta natureza que tramitavam na Justiça Comum e que ainda não tinham sido sentenciadas foram para a Justiça Trabalhista; e aquelas que já haviam sido sentenciadas, por questão de política judiciária, permaneceram na Justiça Comum.

Caso exista o interesse de representantes da chapa cujo registro foi indeferido pela comissão eleitoral em ingressar com ação judicial para a obtenção do direito de participação no pleito eleitoral, eles devem ingressar com a competente ação na justiça do trabalho.A sumula 04 do STJ que fala: “compete à justiça estadual julgar causa decorrente do processo eleitoral sindical” está superada. O STJ em 2005 já teve decisões contrárias.

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Na execução por carta precatória, a competência para julgar os embargos de terceiro é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação de bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência será deste último.

Em se tratando de ação anulatória, a competência originária se dá no mesmo juízo em que praticado o ato supostamente eivado de vício.

A justiça do trabalho não é competente para julgar as ações de acidente do trabalho em que se discuta a controvérsia acerca de benefício previdenciário.

Enunciado 36. ACIDENTE DO TRABALHO. COMPETÊNCIA. AÇÃO AJUIZADA POR HERDEIRO, DEPENDENTE OU SUCESSOR. Compete à Justiça do Trabalho apreciar e julgar ação de indenização por acidente de trabalho, mesmo quando ajuizada pelo herdeiro, dependente ou sucessor, inclusive em relação aos danos em ricochete.

“É importante a distinção, pois revelia não é pena, sanção. Na verdade, a revelia é uma faculdade da   parte,   que,   citada,   opta   por   não   defender-se.   É   a   chamada   teoria   da   autodeterminação, preconizada   por   Rispoli,   atualmente   conhecida   por   teoria   da   inatividade,   aperfeiçoada   por Chiovenda.  Essa nova teoria absorve a  idéia de que a atitude negativa do réu é,  a rigor,  uma inatividade lícita que não prejudica o processo; pelo contrário, abrevia-o.” Súmula 268 do TST. A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos.