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POLÍTICA NACIONAL DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL Daniel Pitangueira de Avelino Departamento de Participação Social Secretaria-Geral da Presidência da República

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Page 1: POLÍTICA NACIONAL DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL Daniel Pitangueira de Avelino Departamento de Participação Social Secretaria-Geral da Presidência da República

POLÍTICA NACIONAL DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Daniel Pitangueira de AvelinoDepartamento de Participação Social

Secretaria-Geral da Presidência da República

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“... é importante lembrar que o destino de um país não se resume à ação de seu governo. Ele é o resultado do trabalho e da ação transformadora de todos os brasileiros e brasileiras. O Brasil do futuro será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ele hoje. Do tamanho da participação de todos e de cada um: dos movimentos sociais, dos que labutam no campo, dos profissionais liberais, dos trabalhadores e dos pequenos empreendedores, dos intelectuais, dos servidores públicos, dos empresários, das mulheres, dos negros, dos índios, dos jovens, de todos aqueles que lutam para superar distintas formas de discriminação.”

(Presidenta Dilma Roussef, Discurso de Posse em 1º de janeiro de 2011)

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Democracia Representativa

Democracia Participativa

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Gestão Participativa de Políticas Públicas: desafios e alternativas de articulação

• ANTES DE 1882 - COLÔNIA– populações indígenas (tupi-guarani, jê, aruaque)– 1500 - “descobrimento” – extração pau-brasil– 1516 – Capitanias do Mar– 1532 – Capitanias hereditárias (15) – açúcar– 1549 – Governo-Geral– 1580 – União Ibérica – entradas e bandeiras– 1621 – Estado do Maranhão e Estado do Brasil– 1630 – Invasão Holandesa (PE)– 1645 – Principado do Brasil– 1792 – Inconfidência Mineira – ciclo do ouro– 1808 – Transferência da Corte para o Brasil– 1815 – Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves

RELAÇÕES SOCIOESTATAIS NO BRASIL

Eleição Conselho de São Vicente

1821 – eleições para

Corte do Reino

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Gestão Participativa de Políticas Públicas: desafios e alternativas de articulação

• 1882 a 1888 - IMPÉRIO– 1822 – “independência” – Primeiro Reinado– 1824 – CONSTITUIÇÃO DO IMPÉRIO– 1831 – renúncia de Pedro I – Período Regencial – 1834 – Ato Adicional– 1840 – Golpe da Maioridade – Segundo Reinado– 1847 – Conselho de Ministros– 1864 – Guerra do Paraguai– 1871 – Lei do Ventre Livre– 1885 – Lei dos Sexagenários– 1888 – Abolição da Escravatura– 1889 – proclamação da República

RELAÇÕES SOCIOESTATAIS NO BRASIL

Conselhos Geraes de Província

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Gestão Participativa de Políticas Públicas: desafios e alternativas de articulação

• 1889 a 1945 – 1ª REPÚBLICA E ESTADO NOVO– 1890 – CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA– 1893 – Guerra de Canudos– 1914 – I Guerra Mundial– 1917 – Greve Geral– 1930 – Golpe de Getúlio Vargas– 1932 – Movimento Constitucionalista – Maracaju– 1934 – CONSTITUIÇÃO – eleição de Getúlio Vargas– 1935 – Intentona Comunista– 1937 – CONSTITUIÇÃO - Golpe do Estado Novo– 1939 – II Guerra Mundial– 1945 - renúncia

RELAÇÕES SOCIOESTATAIS NO BRASIL

1941 – 1ª Conferência Nacional de Saúde

Voto feminino

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Gestão Participativa de Políticas Públicas: desafios e alternativas de articulação

• 1946-1987 – REPÚBLICA NOVA E DITADURA– 1946 – CONSTITUIÇÃO– 1950 – Copa do Mundo no Brasil – Getúlio eleito– 1954 – suicídio de Getúlio– 1956 – Juscelino Kubitschek – 50 anos em 5– 1961 – Jânio Quadros – João Goulart– 1964 – Golpe Militar – AI-1– 1967 – CONSTITUIÇÃO– 1969 – EMENDA CONSTITUCIONAL nº 1– 1982 – Eleições para Estados e Municípios– 1984 – Eleições para Presidente – Diretas Já!– 1987 – Assembleia Nacional Constituinte

RELAÇÕES SOCIOESTATAIS NO BRASIL

parlamentarismo

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PARTICIPAÇÃO SOCIAL – Década de 1970

Década de 1970 – Contexto da ditadura militar

As instituições políticas estão controladas pelo regime militar. O fortalecimento de um Estado Nacional brasileiro acontece, desde 1964, em um processo de retrocesso democrático, de forma centralizada no alto comando que forma o governo federal.

Há, portanto, um fechamento dos canais departicipação, que se haviam constituído ao longodas últimas décadas, principalmente graças aosmovimentos sociais organizados, como o sindical.

Ainda assim, a repressão à liberdade de expressãoe organização não impede a organização demovimentos sociais que exigem a abertura política.Graças a eles, surgem as primeiras iniciativas departicipação social na gestão orçamentárialocal.

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PARTICIPAÇÃO SOCIAL – Década de 1980

Década de 1980 – Contexto da redemocratização

A abertura política ganha cada vez mais espaço e o regime militar caminha para seu declínio. O retorno das eleições para prefeitos nas capitais e para governadores anuncia o movimento das “Diretas Já”. A posse de um presidente civil e a Assembleia Constituinte de 1987 marcam o fim da ditadura no Brasil.

A intensa mobilização popular para participaçãona elaboração da Constituição Federal, que seriapromulgada em 1988, inflama o espírito militantee confirma, no texto constitucional, que o novoEstado que se desenhava seria aberto à democracia.

Ainda assim, os órgãos públicos e seus agentesainda carregavam sequelas da ditadura: umacultura tecnocrática de insulamento decisório.

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PARTICIPAÇÃO SOCIAL – Porto Alegre, 1989

A redemocratização fortalece a adoção de políticas participativas, principalmente nos governos municipais, cuja autonomia em relação aos demais governos é conquistada após a Constituição de 1988. A militância social e a prática de assembleias são incorporadas à gestão pública, como uma pedagogia de emancipação e educação política para a cidadania.

Assim, em 1989, começa a longa tradição do Orçamento Participativo em Porto Alegre. As Plenárias Regionais territorializam o espaço urbano e o exercício do voto estimula uma forma ativa de cidadania. Há uma ponderação equitativa em favor das regiões mais necessitadas e umacompanhamento por instâncias participativas permanentes, como o Conselho de Orçamento Participativo. O Orçamento Participativo não induz apenas uma política de gestão, mas uma transformação cultural democrática.

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PARTICIPAÇÃO SOCIAL – Década de 1990

Década de 1990 – O neoliberalismo

Os primeiros presidentes eleitos após a redemocratização enfrentam os desafios da instabilidade econômica e da escalada inflacionária herdadas do Milagre Econômico. Os “pacotes” e medidas de austeridade fiscal deslocam o foco da discussão política para a área econômica, tornandosecundária a continuação do processo de aberturademocrática do Estado brasileiro.

A doutrina neoliberal estimula o desenvolvimento econômico e a abertura ao comércio internacional, em detrimento das políticas sociais e das medidas de superação das desigualdades. A reação dos movimentos sociais é intensa, mas gradativamente arrefecida e desmobilizada no âmbito federal. Os governos locais, por outro lado, passam a ser cada vez mais ocupados por grupos contra-hegemônicos.

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PARTICIPAÇÃO SOCIAL – Expansão local

O contexto federal restritivo e as possibilidades nos governos locais convergem para uma larga expansão das práticas de democracia participativa nos municípios brasileiros. Após 15 anos da experiência de Porto Alegre, o Orçamento Participativo já é uma prática replicada.

Fonte: Projeto Democracia Participativa - 2004

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PARTICIPAÇÃO SOCIAL – Reconhecimento

Reconhecimento internacional das experiências de Orçamento Participativo:

-a experiência de Porto Alegre foi selecionada pelas Nações Unidas como uma das 40 melhores intervenções urbanas, em 1995, na Segunda Conferência Mundial sobre Habitação Humana (Habitat II), realizada em Istambul;

-Em 1995, o Banco Mundial (BIRD) organizou um seminário sobre o tema em Porto Alegre e passa a recomendar o Orçamento Participativo;

- Em 1999, o caso de Porto Alegre foi apresentado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Seminário sobre Gestão Social, em Washington, D.C., e passa a ser incluído em seus relatórios;

- Porto Alegre sedia a primeira edição do Fórum Social Mundial, em janeiro de 2001.

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PARTICIPAÇÃO SOCIAL – A Década de 2000

Década de 2000 – A redução da desigualdade

Fonte: CPS/FGV - 2011

Com as eleições de 2002, tem início a gestão do Partido dos Trabalhadores à frente do governo federal brasileiro. A garantia do desenvolvimento e da estabilidade econômica passam a dividir a prioridade com as políticas sociais e a expansão dos canais de participação social. A redução da desigualdade social é resultado dessas ações.

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PARTICIPAÇÃO SOCIAL – Distribuição

Distribuição Nacional dos Municípios com Orçamento Participativo em 2004

Fonte: PNUD/SG-PR-BrasilConferência Internacional Democracia, Participação Cidadã e Federalismo, 2004.

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PARTICIPAÇÃO SOCIAL – Espaços Supralocais

O fortalecimento da prática de Orçamento Participativo, aliado às mudanças de cenário político, favorecem a adoção de práticas participativas em governos estaduais. Novas metodologias são desenhadas para tratar desse novo contexto, assim como surgem iniciativas de articulação entre as práticas municipais e estaduais.

A Rede Brasileira de Orçamento Participativo é formada, em 2007, por uma articulação dos municípios envolvidos com essa prática. Hoje, conta com 65 municípios afiliados. São realizados, periodicamente, Encontros Estaduais e Encontros Nacionais de orçamento participativo.

A expansão da experiência para outros países faz surgir espaços internacionais ligados ao tema. Redes nacionais e internacionais de orçamento participativo são formadas, em articulação com movimentos mundiais de cidades e gestão local.

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PARTICIPAÇÃO SOCIAL – O Desafio FederalA expansão da Orçamento Participativo nos municípios e estados brasileiros não corresponde à abertura existente no nível federal. Não há, ainda, o equivalentea um Orçamento Participativo Federal, mas há outraspráticas participativas no ciclo orçamentário.

O conjunto de instrumentos orçamentários brasileiros envolve não apenas o Orçamento em si (Lei Orçamentária Anual), mas também o PPA (Plano Plurianual), que estabelece o planejamento governamental para um período de 4 anos.

Em relação à elaboração do PPA, o governo federal desenvolveu estratégias de discussão cada vez mais participativas:-PPA 2004-2007 – consultas públicas e plenárias regionais em todas as regiões do país;-PPA 2008-2011 – envolvimento dos Conselhos Nacionais e grupo de discussão sobre o tema com participação da sociedade civil.

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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948)

Artigo 21°1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direcção dos negócios

públicos do seu país, quer directamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.

2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas do seu país.

3. A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos: e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto.

(FONTE: OHCHR-UN)

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Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

• Art 1º (...) Parágrafo único Todo o poder emana do povo, que o exerce

por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

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Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

• Art. 216-A, §2º (...)III - conferências de cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

Art. 39. conselho de política de administração e remuneração de pessoalArt. 89. Conselho da RepúblicaArt. 91. Conselho de Defesa NacionalArt. 103-B. Conselho Nacional de JustiçaArt. 130-A. Conselho Nacional do Ministério PúblicoArt. 216, §2º, II. conselhos de política culturalArt. 224. Conselho de Comunicação SocialArt. 79 ADCT. Conselho Consultivo e de Acompanhamento do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza

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Constituição da República Federativa do Brasil de 1988• Participação dos trabalhadores: Art. 10. participação nos

colegiados dos órgãos públicos

• Participação do usuário: Art. 37, XXII, §3º, participação do usuário na administração pública direta e indireta

• Política agrícola: Art. 187, participação efetiva do setor de produção

• Seguridade Social: Art. 194, par.ún., VII, gestão quadripartite

• Saúde: Art. 198, III, participação da comunidade

• Assistência Social: Art. 204, II, participação da população

• Educação: Art. 206, VI, gestão democrática

• Cultura: Art. 216-A, §1º, X, participação e controle social

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     Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: I - a Conferência de Saúde; e II - o Conselho de Saúde. § 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. § 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.

Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.

LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.

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Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências.

LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993.

Art. 16. As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são: (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) I - o Conselho Nacional de Assistência Social; II - os Conselhos Estaduais de Assistência Social; III - o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; IV - os Conselhos Municipais de Assistência Social.

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Art. 4º. (...)   § 3o O processo decisório que implicar afetação de direitos dos agentes econômicos do setor elétrico ou dos consumidores, mediante iniciativa de projeto de lei ou, quando possível, por via administrativa, será precedido de audiência pública convocada pela ANEEL.

Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, disciplina o regime das concessões de serviços públicos de energia elétrica e dá outras providências.

LEI Nº 9.427, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1996.

Dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995.

LEI Nº 9.472, DE 16 DE JULHO DE 1997.

Art. 45. O Ouvidor será nomeado pelo Presidente da República para mandato de dois anos, admitida uma recondução. Parágrafo único. O Ouvidor terá acesso a todos os assuntos e contará com o apoio administrativo de que necessitar, competindo-lhe produzir, semestralmente ou quando oportuno, apreciações críticas sobre a atuação da Agência, encaminhando-as ao Conselho Diretor, ao Conselho Consultivo, ao Ministério das Comunicações, a outros órgãos do Poder Executivo e ao Congresso Nacional, fazendo publicá-las para conhecimento geral.

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Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.

LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.

CAPÍTULO XDA INSTRUÇÃO

       Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada.        § 1o A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas.        § 2o O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de interessado do processo, mas confere o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum a todas as alegações substancialmente iguais.        Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo.        Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão estabelecer outros meios de participação de administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente reconhecidas.

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Art. 48. (...) Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante: I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).

Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000.

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Carta Iberoamericana de Participación Ciudadana en la Gestión Pública (2009)

• Aprobada por la XI Conferencia Iberoamericana de Ministros de Administración Pública y Reforma del Estado

Lisboa, Portugal, 25 y 26 de junio de 2009

• Adoptada por la XIX Cumbre Iberoamericana de Jefes de Estado y de Gobierno

• Estoril, Portugal, 30 de noviembre y 1o de diciembre de 2009• (Resolución No. 38 del “Plan de Acción de Lisboa”)

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Carta Iberoamericana de Participación Ciudadana en la Gestión Pública (2009)

• Las sociedades contemporáneas de Iberoamérica demandan, cada vez con mayor fuerza, la ampliación y profundización de la democracia como sistema político y, en particular, la democratización de la gestión pública. De suyo, la mejora de la gestión pública es consustancial al perfeccionamiento de la democracia. Es así como surge como paradigma social la búsqueda de una democracia plena, que se soporte, entre otros, en los derechos de información, participación, asociación y expresión sobre lo público, esto es, en el derecho genérico de las personas a participar colectiva e individualmente en la gestión pública, lo que se puede denominar como el “derecho de participación ciudadana en la gestión pública”.

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Carta Iberoamericana de Participación Ciudadana en la Gestión Pública (2009)

• A los efectos de la presente Carta Iberoamericana, se entende por participación ciudadana en la gestión pública el processo de construcción social de las políticas públicas que, conforme al interés general de la sociedade democrática, canaliza, da respuesta o amplía los derechos económicos, sociales, culturales, políticos e civiles de las personas, y los derechos de las organizaciones o grupos en que se integram, así como los de las comunidades y pueblos indígenas.

• Así, el título de “ciudadano” y “ciudadana”en la presente Carta Iberoamericana no está referido a las personas con derechos exclusivos de ciudadanía o de nacionalidade sino a todo habitante con respecto a la gestión pública del país en donde reside, en el ejercício de los derechos que le conciernen.

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• CITIZEN ENGAGEMENT:– Government providing information to

the citizen;– Government initiating consultation

with the citizen to solicit their feedback on issues that might concern them;

– Citizens engaging in decision-making more integrally, interactively and jointly with the government and other relevant actors.

Citizen Engagement - OECD – Organization for Economic Cooperation and Development

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OPEN GOVERNMENT PARTNERSHIPParceria para Governo Aberto (OGP)

• A Parceria para Governo Aberto ou OGP (do inglês Open Government Partnership), lançada em 2011, é uma iniciativa internacional que pretende difundir e incentivar globalmente práticas governamentais relacionadas à transparência dos governos, ao acesso à informação pública e à participação social.

• O compromisso do Brasil com a busca por transparência, participação social, accountability e a prevenção e combate à corrupção antecede o ingresso do país na Parceria para Governo Aberto e vai além das ações que o Brasil realiza no âmbito da OGP.

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CIDADANIA

ESTADO

VOTO

DIREITOS

PARTICIPAÇÃO

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Política Nacional de Participação Social

• A PNPS foi construída por meio de amplo processo participativo, tendo a minuta do Decreto sido submetida a consulta pública virtual no portal da Secretaria-Geral. Foram recebidas mais de 700 contribuições durante a consulta pública.

• A instituição da Política Nacional de Participação Social contribuirá, significativamente, para o aumento e a qualificação da participação social em todas as etapas de elaboração das políticas públicas.

• O principal objetivo da PNPS é a consolidação da participação social como método de governo. Para tanto, todos os órgãos e entidades da administração pública federal, direta e indireta (respeitadas suas especificidades) irão elaborar um plano de ação para aumento da participação social, a cada dois anos.

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DEBATES REALIZADOS• FDC / Sala de Situação Participação Social• Iº Seminário Nacional de Participação Social• Reunião com SNAS e SE• Reunião Bilateral com Ouvidoria-Geral da União• Reunião Bilateral com Ministério da Educação• Reunião com Diretores da SNAS• Reunião com Colegiado da SNAS• Reunião Bilateral com Ministério do Esporte• Debate com INESC e PAD (Brasília/DF)• Congresso da Frente Nacional de Prefeitos (Brasília/DF)• Reunião Bilateral com Ministério da Justiça• Reunião com SE, SNARPS e SNJ• Núcleo de Movimentos Sociais da PUC São Paulo (São Paulo/SP)

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DEBATES REALIZADOS• VI Encontro Nacional da Rede Brasileira de OP (Várzea Paulista/SP)• 5ª Reunião de Secretários Executivos e Coordenadores de Conselhos e

Comissões Nacionais• Debate Breves Encontros – Agenda Pública e USP (São Paulo, SP)• XII Conferência do Observatório Internacional de Democracia Participativa

(Porto Alegre/RS)• Reunião Bilateral com CONASP – Conselho Nacional de Segurança Pública• Reunião Bilateral com CONADE - Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa

com Deficiência• I Encontro de Conselhos Temáticos - Conselhos, Comissões e Comitês da

Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia (Salvador/BA)

• Reunião Bilateral com CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social

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DEBATES REALIZADOS• 13º Encontro da Rede Brasileira de Comissões Justiça e Paz – Preparação

da 5ª Semana Social Brasileira (Brasília/DF)• Seminário de Monitoramento do PPA• Apresentação e debates com Gabinete e SE da SG/PR• Reunião Bilateral com Conselho Nacional de Política Criminal e

Penitenciária• Reunião com Comissão Organizadora da 5ª Semana Social Brasileira –

CNBB• Seminário Nacional da RECID• Seminário Internacional Desafios da Construção da Democracia no

Mercosul• Reunião Ordinária do Fórum Governamental de Participação Social

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POLÍTICA NACIONAL DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Presidência da República

Institui a Política Nacional de Participação Social - PNPS e o Sistema Nacional de Participação Social - SNPS, e dá outras providências.

DECRETO Nº 8.243, DE 23 DE MAIO DE 2014

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 3º, caput, inciso I, e no art. 17 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003,

DECRETA:

Art. 1º  Fica instituída a Política Nacional de Participação Social - PNPS, com o objetivo de fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil.Parágrafo único.  Na formulação, na execução, no monitoramento e na avaliação de programas e políticas públicas e no aprimoramento da gestão pública serão considerados os objetivos e as diretrizes da PNPS.

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Política Nacional de Participação Social

• INSTRUMENTOS E MECANISMOS :– I - conselho de políticas públicas;– II - comissão de políticas públicas;– III - conferência nacional;– IV - ouvidoria pública federal;– V - mesa de diálogo;– VI - fórum interconselhos;– VII - audiência pública;– VIII - consulta pública;– IX - ambiente virtual de participação social;

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OBRIGADO!

Daniel Pitangueira de Avelino

[email protected]

(61) 3411-4384

www.secretariageral.gov.br