plano de aÇÕes e metas em dst/aids salvador – abril/2010
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PLANO DE AÇÕES E METAS EM DST/AIDS
SALVADOR – ABRIL/2010
Ao longo do período de 2000 a 2008 verificou-se a ocorrência de 29.707 casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST (à exceção da aids), com predomínio do condiloma acuminado (12.546), seguida da sífilis em adulto (5.461), síndrome do corrimento cervical (2.990) e herpes genital (2.463).
Gráfico 1 – Taxas de incidência (por 100.000 hab.) de DST. Salvador. 2000 – 2008.
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
A59 TRICOMONIASE A60 HERPES GENITAL
A630 CONDILOMA ACUMINADO (VERRUGAS ANOGENITAIS) N485 SINDROME DA ULCERA GENITAL (EXCL. HERPES GENITAL)
N72 SINDROME DO CORRIMENTO CERVICAL R36 SINDROME DO CORRIMENTO URETRAL
Fonte: SINAN /2010
Especificamente, com relação à sífilis congênita observou-se uma média de incidência anual de 1,9. A exceção dos anos de 2001 e 2005 cujas taxas de incidência foram de 3,0 casos a cada 1.000 nascidos vivos, e do ano de 2003 com taxa de incidência de 1,4/1.000 nascidos vivos.
0.0
0.5
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3.5
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Taxa de incidência
Gráfico 2 – Taxa de incidência de sífilis congênita (por 1.000 nascidos vivos). Salvador /BA. 2000 – 2008.
Fonte: SINAN /2010
O primeiro caso de aids notificado no município de Salvador ocorreu em 1984.
Até dezembro de 2009 foram notificados 5.917 casos, sendo 5.742 (97%) em adultos e 175 (3%) em crianças.
Número de casos de aids, segundo ano de diagnóstico. Salvador/ BA. 2000 – 2008.
Ano do Diagnóstico Freqüência
1998 353
1999 378
2000 354
2001 299
2002 358
2003 342
2004 355
2005 259
2006 251
2007 322
2008 295
Total 3566
FONTE: SINAN – 12/2009
Taxa de incidência (por 100.000 hab.) de aids, segundo ano de diagnóstico. Salvador/ BA. 2000 – 2008.
0.0
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1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Incidência Linha de Tendência ao Longo da Série
FONTE: SINAN – 12/2009
Verificou-se ao longo do período (1998-2008) o predomínio do sexo masculino tanto em número de casos (2.299), quanto em relação às taxas de incidência.
A razão entre os sexos apresenta um decréscimo, passando de aproximadamente 3:1, ou seja, 3 casos de aids em homens para 1 caso em mulheres no ano de 1998, para 2:1 no ano de 2008, respectivamente.
Número de casos e razão segundo sexo por ano de diagnóstico. Salvador / BA. 1998 – 2008.
ANO DE DIAGNÓSTICO
SEXO RAZÃO POR SEXO
MASCULINO FEMININO M : F
1998 262 91 2,88
1999 273 105 2,60
2000 227 127 1,79
2001 183 116 1,58
2002 203 155 1,31
2003 204 138 1,48
2004 209 146 1,43
2005 171 88 1,94
2006 164 87 1,89
2007 209 113 1,85
2008 194 101 1,92
Total 2.299 1.267 -
FONTE: SINAN – 12/2009
Taxa de incidência (por 100.000 hab.) de aids, segundo sexo por ano de diagnóstico. Salvador / BA. 1998 – 2008.
Masculino
Feminino
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1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Inc
idê
nc
ia
FONTE: SINAN – 12/2009
As faixas etárias com maior número de casos foram as compreendidas entre: 30 a 39 (40,1%), seguida da de 20 a 29 (25,4%), 40 a 49 (23,6%) e 50 a 59 (7,1%). Entretanto, as duas com maior taxa de incidência ao longo da série foram a de 30-39 e 40-49, as quais para o ano de 2008 apresentaram, respectivamente, as taxas de 21,8, 19,9 por 100.000 habitantes. Verifica-se, deste modo, que os indivíduos em idade reprodutiva e produtiva apresentaram-se como os mais vulneráveis ao HIV/Aids.
Faixas etárias com maior taxa de incidência (por 100.000 hab.) de aids. Salvador / BA, 1998 - 2008.
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1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Inci
dên
cia
20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos
FONTE: SINAN – 12/2009
METAS PAM 2010
PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E PROTEÇÃO
1. Desenvolver 03 projetos de comunicação integrada de prevenção das DST/HIV/Aids, envolvendo veículos de mídia e comunicação social, produções artísticas e culturais.1) Realizar 01 projeto para promoção de campanhas de prevenção:
Festas Populares, Carnaval, Dia dos Namorados, São João, Dia Nacional de Combate a Sífilis e Dia Mundial de Luta contra a Aids, utilizando diferentes veículos de divulgação.
2) Realizar 01 projeto para apoiar ações de prevenção referentes a datas relevantes: Dia da Mulher, Parada do Orgulho Gay, Semana do Adolescente, Dia do Idoso, Dia Municipal de Combate a Tuberculose.
3) Realizar 01 projeto para produção de materiais informativos e técnico-científicos para mulheres, adolescentes, HSH, LGBT, profissionais do sexo, PVHA, idosos, UD, população jovem em situação de rua, heterossexuais, saúde mental e pessoas com deficiência.
PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E PROTEÇÃO
2. 12 DS com US/UBS realizando/implementando ações de aconselhamento e prevenção às DST/HIV e Aids
1) Realizar 05 oficinas de aconselhamento em DST/HIV/Aids para profissionais de saúde, com ênfase em Direitos Humanos e Prevenção Positiva, priorizando segmentos populacionais mais vulneráveis (HSH, GLBT, adolescentes, PVHA, entre outros).
2) Realizar 02 oficinas de arte educação para ACS e equipes da ESF.
3) Realizar I Encontro de Arte Educação em DST e Aids.
4) Realizar 01 Encontro para profissionais que atuam em Saúde Mental e Serviços Especializados em DST e Aids na perspectiva da prevenção.
PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E PROTEÇÃO
3 . 02 Programas de promoção e prevenção em DST/HIV e Aids junto a crianças e adolescentes implementados até dezembro de 2010.
1) Realização de 12 reuniões mensais do Grupo Técnico Municipal de Saúde e Prevenção nas Escolas – SPE
2) Reuniões Mensais do GT de CAJ em Situação de Rua
3) Realizar 02 capacitações para professores e coordenadores pedagógicos de 20 escolas municipais para ampliação do SPE no município.
4) Realizar Mostra de Experiências do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas – SPE
3 . 02 Programas de promoção e prevenção em DST/HIV e Aids junto a crianças e adolescentes implementados até dezembro de 2010.
5) Elaborar e reproduzir Guia de Serviços em Saúde e Assistência Social, para UBS e US, que atendem meninos e meninas em situação de rua.
6) Formar Rede de Atenção às Crianças, Adolescentes e Jovens em Situação de Rua, na perspectiva de redução de danos pelo uso de álcool e outras drogas, promovendo articulação entre GT Pop de Rua, Área Técnica Saúde Mental e demais parceiros.
7) Realizar Encontro com diversos parceiros para ampliação das ações do projeto de prevenção as DST/HIV e Aids para Crianças,
Adolescentes e Jovens em situação de rua no DS de Itapagipe e Barra Rio Vermelho.
PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E PROTEÇÃO
PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E PROTEÇÃO
4. Implementar ações para viabilização de 02 Planos de Enfrentamento à Epidemia de Aids e outras DST entre populações mais vulneráveis.
1) Realizar 01 reunião para elaboração de agenda para implantação de ações e metas previstas no Plano Nacional de Combate a Aids e outras DST para Gays, outros HSH e Travestis.
2) Realizar encontro com parceiros governamentais e não governamentais para acompanhamento, avaliação e elaboração de agenda comum das ações previstas no Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids e outras DST.
PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E PROTEÇÃO
5. Implementar aconselhamento e testagem para HIV, hepatites e sífilis em gestantes, junto a 85 unidades de saúde onde há disponibilização do serviço de pré-natal.
1) Realizar Seminário sobre Redução da TV do HIV e Sífilis para profissionais de saúde das equipes do serviço de Pré-Natal e profissionais de Casas de Apoio.
2) Realizar 03 capacitações para equipes do serviço de pré natal sobre prevenção a TV do HIV e Sífilis.
3) Adquirir insumos para UBS priorizadas.
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA
6. Implantar 01 Serviço de Referência para Mulheres, para desenvolver ações de aconselhamento, assistência às DST, HIV/Aids, Hepatites Virais e Direito Sexual e Reprodutivo.
1) Adquirir materiais de consumo, equipamentos e material permanente.
2) Realizar 02 capacitações em aconselhamento e testagem para HIV, Hepatites Virais e Sífilis.
3) Elaboração e implementação de estratégias para acolhimento de vítimas de violência sexual.
4) Reforma e ampliação do 14° Centro de Saúde para adequação aos novos serviços.
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA
7. Implementar 02 Serviços de Assistência Especializada para pessoas vivendo com HIV/Aids, gestantes HIV+ e crianças expostas ao HIV.
1) Adquirir materiais de consumo, equipamentos e material permanente.
2) Realizar capacitação de profissionais em manejo avançado de pacientes portadores de HIV/AIds, incluindo profissionais de casas de apoio.
3) Adquirir medicamentos para infecções oportunistas pactuados.
4) Elaborar e implementar estratégias para promoção da adesão de pacientes ao TARV.
5) Elaborar e implementar estratégias para diagnóstico, tratamento e assistência em HIV e outras DST em populações confinadas.
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA
8. Implantar testagem rápida para diagnóstico de HIV, em 15 UBS, incluindo US de referência para Tuberculose.
1) Realizar capacitação em aconselhamento e testagem rápida para diagnóstico do HIV para profissionais médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde (inclusive os profissionais dos Pronto Atendimentos, para referência em assistência a acidente com material biológico).
1) Realizar capacitação em diagnóstico e quimioprofilaxia para tuberculose em PVHA.
1) Elaborar Protocolo de Assistência aos Profissionais de Saúde expostos a acidente com material biológico e fluxo de atendimento.
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA
9. Implementar atenção aos portadores de DST em 50 Unidades de Saúde da Atenção Básica municipal
1) Realizar capacitação em manejo clinico das infecções sexualmente transmissíveis para profissionais da Atenção Básica, de modo integrado com as ações de saúde reprodutiva.
1) Realizar capacitação de profissionais de saúde para coleta de material biológico para realização de testes bacteriológicos a fim de auxiliar no diagnostico de DST.
1) Realizar oficina de capacitação de profissionais em aconselhamento em DST/HIV/AIDS, inclusive profissionais de casa de apoio.
1) Adquirir medicamentos de DST pactuados.
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA
9. Implementar atenção aos portadores de DST em 50 Unidades de Saúde da Atenção Básica municipal
5) Participar da Pesquisa Nacional de Sensibilidade ao Gonococo - SENGONO.
6) Promover articulação entre CM DST e Aids e Programa de Saúde do Homem na perspectiva de ações intersetoriais em DST/HIV e Aids.
7) Promover 01 encontro de atualização científica em Sífilis, inclusive Semana de Incentivo ao Diagnóstico de Sífilis no Mês de Combate Nacional a Sífilis
8) Adquirir Penicilina G Benzatina e testes VDRL.
GESTÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO E INSTITUCIONAL
10. Implementar, junto aos 12 Distritos Sanitários, a Rede de Vigilância Epidemiológica em DST/HIV/Aids
1) Realizar 01 oficina de atualização com profissionais de V.E.
2) Acompanhar pelo SINAN as notificações e realizar investigação.
3) Realizar reuniões semestrais com os distritos sanitários.
4) Realizar 01 Curso Básico de Vigilância Epidemiológica (CBVE) em sífilis congênita, sífilis em gestantes e gestantes HIV+ e crianças expostas para profissionais de V.E dos Distritos Sanitários, SAE e Maternidades.
GESTÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO E INSTITUCIONAL
10. Implementar, junto aos 12 Distritos Sanitários, a Rede de Vigilância Epidemiológica em DST/HIV/Aids
5) Produzir 01 informe epidemiológico de DST/Aids anual.
6) Aquisição de computadores para Vig. Epidemiológica dos DS.
7) Realizar de Curso Básico de Vigilância Epidemiológica (CBVE) – AIDS
GESTÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO E INSTITUCIONAL
11. Realizar 01 Projeto Estratégico de apoio às iniciativas de parceiros governamentais e não governamentais na prevenção às DST/Aids
1) Realizar Encontro de Pessoas Vivendo com HIV/Aids e Profissionais de Saúde
2) Aquisição de insumos para apoio aos parceiros governamentais e não governamentais.
3) Realizar Capacitação em Elaboração de Projetos e Prestação de Contas para OSC/ONG.
GESTÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO E INSTITUCIONAL
12. Ações de monitoramento e avaliação em DST/HIV/Aids sendo desenvolvidas pelos 12 Distritos Sanitários.
1) Realizar supervisões técnicas nos 12 distritos sanitários.
2) Apresentar semestralmente no Conselho Municipal de Saúde relatório das ações desenvolvidas no período.
3) Realizar Conferência Municipal de DST e Aids.
4) Realizar reuniões semestrais entre Coordenação Municipal de DST e Aids e instituições parceiras (intra e intersetoriais) para acompanhamento das ações programadas
GESTÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO E INSTITUCIONAL
13. Financiar 05 projetos de OSC, através de convênio direto com a SMS, para atuação no campo de intervenção comportamental ao HIV, AIDS e outras DST.
GESTÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO E INSTITUCIONAL
12. Coordenação Municipal de DST e Aids desenvolvendo 100% das ações de prevenção, assistência e vigilância epidemiológica1) Participação de técnicos da CM DST e Aids e demais profissionais
da SMS que atuam na área de DST e Aids, em Congressos, Reuniões Científicas de âmbito nacional e internacional;
2) Realizar reuniões quadrimestrais de atualização científica com técnicos da CM DST Aids e profissionais de saúde da SMS;
3) Aquisição de 4 milhões de preservativos masculinos;
4) Suprir as UBS e OSC parceiras de gel lubrificante e preservativo feminino e masculino, realizando monitoramento e avaliação da dispensação;
5) Realizar I Seminário Municipal de Direitos Humanos em HIV/Aids.
RECURSOS FINANCEIROS A SEREM APLICADOS
ÁREA DE ATUAÇÃO
PAM ATUAL SALDO PAM ANTERIOR
TOTAL GERAL% DO
TOTAL GERAL
INCENTIVO PRÓPRIOS INCENTIVOAPLICAÇÃO FINANCEIRA
PRÓPRIOS
PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E
PROTEÇÃO
R$ 585.000,00 R$0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 585.000,00 36,58%
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E
ASSISTÊNCIAR$ 299.000,00 R$ 230.000,00 R$ 10.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 539.000,00 33,71%
GESTÃO E DESENVOLVIMENTO
HUMANO E INSTITUCIONAL
R$ 168.127,10 R$ 150.000,00 R$ 157.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 475.127,10 29,71%
TOTAL R$ 1.052.127,10 R$ 380.000,00 R$ 167.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.599.127,10 100,00%