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Celso Ricardo Monteiro Coordenador Adjunto Programa Municipal de DST/AIDS SMS - SP A garantia da Identidade Social aos pacientes do Programa de DST/Aids no município de São Paulo

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Page 1: Celso Ricardo Monteiro Coordenador Adjunto Programa Municipal de DST/AIDS SMS - SP A garantia da Identidade Social aos pacientes do Programa de DST/Aids

Celso Ricardo MonteiroCoordenador AdjuntoPrograma Municipal de DST/AIDSSMS - SP

A garantia da Identidade Social aos pacientes do

Programa de DST/Aids no município de São Paulo

Page 2: Celso Ricardo Monteiro Coordenador Adjunto Programa Municipal de DST/AIDS SMS - SP A garantia da Identidade Social aos pacientes do Programa de DST/Aids

Introdução

• Atendimento SUS

atendimento humanizado e livre de discriminação

• Nome social

O Programa Municipal de DST/Aids de SP adota o nome

social na RME* desde a implantação dos seus primeiros

serviços, na década de 90

*Rede Municipal Especializada em DST/Aids

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Objetivo

Descrever o histórico do nome social na RME

de São Paulo

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Método

• Trata-se de um estudo descritivo

• Definição de caso: pacientes matriculados na RME de 2002 a

junho/2009 com diagnóstico principal de HIV/Aids

• Fonte: VIGISERV*

• Epi Info

*Sistema de Vigilância em Serviço

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• 0,32% (321/66.122) apresentam a variável “nome social” preenchida

• 0,12% (78/66.122) identificaram-se como travestis ou transexuais

• 66,6% (52/78) utilizam nome social

• Idade mediana 34 (intervalo: 20-59) anos

• Diagnóstico principal

• 48,1% (25/52) Aids

• 44,2% (23/52) HIV

• 7,7% (4/52) DST

• Co-infecções

• 44,2% (23/52) pacientes

• DST freqüente em 56,5% (13/23)

Pacientes matriculados no VIGISERV segundo nome social

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Projeto de prevenção às DST e ao HIV/Aids, nascido em 2002 desenvolvido entre profissionais do sexo (mulheres, homens e travestis) pelos serviços municipais de DST/Aids e a época, o Projeto Forma, dedicava-se as questões referentes ao uso seguro de hormônio e silicone.

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Limitações

Questões relacionadas ao universo das relações humanas, o que

vai para além da normatização: acesso ao banheiro, respeito as

questões identitárias, mudança de práticas (ethus e práxis),

comportamento da sociedade ampliada (para além da saúde

pública), advocacy, orientação, instrumentalização, etc.

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Conclusão

O registro do nome social demonstra comprometimento com os direitos

humanos de travestis e transexuais, garantindo os direitos do usuário SUS,

logo, é um instrumento de gestão da mais alta importância.

O uso de nomes sociais evita constrangimentos e humilhações moral, social e

psicológica, além de não expor esta população à discriminação e violência

desnecessárias. A medida é recentemente garantida por Decreto Municipal nº

51.180/2010 e não acarreta custos para a administração pública do município

e, desde 1992 a RME vem acumulando expertise nesta área

Page 9: Celso Ricardo Monteiro Coordenador Adjunto Programa Municipal de DST/AIDS SMS - SP A garantia da Identidade Social aos pacientes do Programa de DST/Aids

O Decreto:

instrumento legal; marco nas políticas públicas de inclusão social, especialmente na área da diversidade sexual..., parte de um conjunto de diretrizes cujo objetivo é “promover a universalização dos serviços públicos e melhorar continuamente sua qualidade”

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Art. 1º. Os órgãos e entidades da administração Municipal Direta e Indireta devem incluir e usar o nome social das pessoas travestis e transexuais em todos os registros municipais relativos aos serviços públicos sob sua responsabilidade, como fichas de cadastro, formulários, prontuários, registros escolares e outros documentos congêneres.

(...)Inciso 2º.: A anotação do nome social das pessoas travestis e transexuais deverá ser colocada por escrito, entre parênteses, antes do respectivo nome civil.

Decreto No. 51.180, de 14 de Janeiro de 2010.

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Recomendações- Os instrumentos do SUS devem portanto, valer-se do nome social dos individuos

na primeira ordem, mostrando portanto a importância que devemos dar a

identidade das travestis e transexuais.

-Recomenda-se portanto, que o espaço para o nome social apareça antes do nome

civil;

-E que os atos legais sejam conectados a processos “desenhados” de fato para a

importância que merece a referida matéria, além da mudança de prática no que

tange o acolhimento.

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Obrigado

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