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Dia Internacional da MULHER M A R Ç O D E D i a I n t e r n a c i o n a l d a M U L H E R M A R Ç O DE A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO! Fevereiro /Março de 2014 - Ano 2- Edição 12 | DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA ELEIÇÕES Governo deixará de arrecadar R$ 840 milhões PREFEITOS ABRAP realiza Encontro de Prefeitos em Brasília INTERNACIONAL Educação na Belarus é altamente avaliada em todo o mundo

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A cara e a voz do legislativo municipal!

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Dia Internacional da

MULHER

MARÇODE

Dia Internacional da

MULHER

MARÇODE

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

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ELEIÇÕESGoverno deixará

de arrecadar R$ 840 milhões

PREFEITOSABRAP realiza

Encontro de Prefeitos em Brasília

internacionalEducação na Belarus é altamente avaliada em

todo o mundo

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2 | www.revistavox.com.br

A ABRACAM é uma entidade que luta pelo fortalecimento do

Poder Legislativo Municipal e vem atuando na defesa dos

interesses dos cidadãos representados por mais de 5.560

Câmaras Municipais, propondo ações eficazes nesse sentido.

Sua necessidade.

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A cara e a Voz do Legislativo | 3Dê vez para quem é a voz do Legislativo Municipal. Filie-se!

A ABRACAM presta os seguintes serviços às Câmaras Municipais filiadas:• Representação política institucional junto aos poderes constituidos da União, estados e municípios

• Assessoria jurídica, pareceres sobre assuntos específicos nas áreas administrativas, processo legislativo, projetos de leis

• Informações sobre Leis Federais e decisões do Supremo Tribunal Federal de interesse dos municípios

• Acompanhamento junto ao Congresso Nacional de matérias de interesse das Câmaras Municipais e dos municípios

• Seminários e eventos nos estados sobre assuntos específicos e de interesse geral

• Identificação do vereador através da expedição da Carteira Oficial do Vereador

• Curso de capacitação legislativa para vereadores e servidores de Câmaras Municipais

Brasília - DF: SAS, Quadra 05, Lote 05, Bloco F | Fone: 61 3322 0499

www.abracambrasil.org.br | [email protected]

Sua necessidade.

Nossa Solução!

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4 | www.revistavox.com.br

Sumário

Divu

lgaç

ão

40INTERNACIONAL

Divu

lgaç

ão

Educação na Belarus é altamente avaliada em todo o mundo

Governo deixará de arrecadar R$ 840 milhões com horário eleitoral gratuíto

30 ELEIÇÕES

Divu

lgaç

ão

O Dia Internacinal da MulherCAPA 14

05 EXPEDIENTE/EDITORIAL

06 ABRACAM em ação

ARTIGOS

26 - Copa oportuna ou oportunista?

33 - Orçamento impositivo e os legislativos municipais brasileiros

52 - Eventos climáticos extremos

08 CORRUPÇÃO

Controladoria lança Gibi sobre Ética e Cidadania

10 DIREITOS HUMANOS

Jornalista criadora da campanha “não mereço ser estuprada” debate políticas públicas

12 CULTURA

Olinda (PE) recebe certificado do Frevo

14 CAPA

O Dia Internacional da Mulher

20 PREFEITOS

ABRAP realiza Encontro de Prefeitos em Brasília

22 COPA 2014

Congresso CONSAD de Gestão Pública acontece em Brasília

24 ESPORTE

Ministro repudia racismo e pede providências às autoridades

25 SEGURANÇA

Bombeiros usarão alta tecnologia durante a Copa

27 CIDADANIA E JUSTIÇA

Município de João Pessoa-PB deixa de receber verbas públicas por conta de inadimplência

28 BANÇA COMERCIAL

Exportações cresceram 2,5% em fevereiro

30 ELEIÇÕES

Governo deixará de arrecadar R$ 840 milhões com horário eleitoral gratuito

32 AGRICULTURA

Agricultura deve ter destaque na economia em 2014

33 PESQUISA IPEA

Diminui a desigualdade entre Municípios brasileiros, indica pesquisa do IPEA

34 CAMPANHA DA FRATERNIDADE

Dilma apóia Campanha da Fraternidade contra tráfico de pessoas

36 POVO INDÍGENAS

CONAB doa 45 mil cestas básicas para comunidades indígenas

38 PETROBRÁS

Obras das três maiores refinarias da Petrobrás apresentam irregularidades

40 INTERNACIONAL

Educação na Belarus

42 DESARMAMENTO

Campanha do desarmamento recebe 2,5 mil armas em 2014

43 CONVÊNIOS

Municípios assinam maior parte dos convênios com Governo Federal

44 PUBLICIDADE

Gastos com publicidade subiram quase 30% em 2014

46 TURISMO

Site para turistas estrangeiros é lançado pela Embratur

47 INTERNET

Banda Larga popular já está em mais de 4.500 municípios

48 ECONOMIA E EMPREGO

Zona Franca completa 47 anos

47 RECICLAGEM

Resíduos sólidos nos 12 estádios da Copa do Mundo serão reciclados

53 ECONOMIA E EMPREGO

Encontro Internacional debate mercado de café

54 SAÚDE

Mais médicos atinge meta de atendimento do programa

56 VACINAÇÃO

Governo Federal lança vacinação nacional contra HPV

59 ABM

ABM promove encontro nacional

60 SEUS DIREITOS

Você sabe o que é o marco civil na internet?

62 FRASES

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A cara e a Voz do Legislativo | 5

DIRETORIA NACIONALPresidente - Rogério Rodrigues da Silva

1º Vice - Laércio Pereira Soares2º Vice - Jorge Luiz Bernardi

3º Vice - Rildo Pessoa4º Vice - Luiz Humberto Dutra

5º Vice - Cesar Rômulo Rodrigues Assis Secretário Geral - Toni Albex Celestino2º Secretário - Adriano Meireles da Paz

CONSELHO DE CONTASPaulo Silas Alvarenga de Melo

Anízio Gonçalves de SouzaGenildo de Souza Oliveira

DIRETORIA ADMINISTRATIVADiretor Estratégico - Luiz Kirchner

Diretor de Comunicação - Milton AtanazioSAS, Quadra 05, Lote 05, Bloco F CEP: 70 070 910

Fone: 61 3322 0499 ou 8111 0460www.abracambrasil.org.br

[email protected]

Editorial

Publicação bimestral daAssociação Brasileira de Câmaras Municipais

SAS, Quadra 05, Lote 05, Bloco FBrasília - Distrito Federal - CEP: 70 070 910

[email protected] | Fone: 61 3322 8847

www.revistavox.com.brDiretor de Jornalismo: Milton Atanazio

Editor-Chefe: Milton Atanazio – MTb [email protected]

Revisão: Tadeu BambiniColaboradores: Caroline Oliveira, Cícero Miranda,

Florian Madruga, Tomas Korontai,Gisele Victor Batista, João Paulo Machado e Renê Ramos

Fotógrafos: Antonio José e José MarçalFotomontagem: André Filho

Diagramação: Criar Designer (André)[email protected]

Agências de Notícias: Brasil, Senado,Câmara, EBC, SECOM/PR e Site Contas Abertas

IMPRESSÃO

Gráfica do Senado e Gráfica Diversus

TIRAGEM: 30 mil exemplares

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

ABRACAM

www.abracambrasil.org.br

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Não é permitida a reprodução parcial ou total

das matérias sem a prévia autorização.

A Revista VOX não se responsabiliza pelos

conceitos emitidos nos artigos assinados.

Expediente

Bem-vindos a mais uma edição da Revista VOX. O trabalho jornalístico

sério de nossa equipe, além de gratificante, nos anima a continuar fa-

zendo um jornalismo comprometido com a verdade e a ética, imprimin-

do a nossa marca aos 5.565 municípios deste país, que recebem a nossa revista

com informações de qualidade sobre as ações municipais, estaduais e federais.

Nesta edição, homenageamos a Mulher, que comemora mundialmente no

dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. Ela vem conquistando direitos

nos últimos 100 anos, mas a marca da desigualdade ainda está presente na

sociedade brasileira. Mostramos ainda a jornalista Nana Queiroz, criadora da

campanha “Não mereço ser estrupada”, que mobilizou milhares de mulheres

nas redes sociais, demonstrando indignação.

Em Eleições, apresentamos que o governo deixará de arrecadar R$ 840 mi-

lhões com o horário eleitoral gratuito, cujo benefício às emissoras que veiculam

o horário eleitoral obrigatório é garantido pela legislação eleitoral.

Em Seus Direitos, tiramos as dúvidas sobre o Marco Civil na Internet, onde

o projeto estabelece princípios, garantias, direitos e deveres dos usuários das

redes e protege a privacidade do cidadão.

Na área Internacional, destacamos como é a educação em Belarus, este país

no centro da Europa, que é altamente avaliado em todo mundo, onde o nível

de alfabetização da população constitui 99,7% na população adulta e 99,8%

nos jovens.

Procuramos também nesta edição, dar um toque a mais em matérias im-

portantes como Corrupção, Agricultura, Campanha da Fraternidade, Povos In-

dígenas, Desarmamento, Turismo, Internet, Direitos Humanos, Cultura, Prefeitos,

Gestão Pública, Esporte, Segurança, Balança Comercial, Cidadania e Justiça,

entre outros.

Presenteamos o leitor, por meio de articulistas convidados, com temas da

maior importância como: “Copa oportuna ou oportunista?”; “Orçamento impo-

sitivo e os legislativos municipais brasileiros” e “Eventos climáticos extremos”.

Enfim, queremos agradecer aos nossos leitores, pela participação

com as críticas e sugestões de pautas

que nos enviaram através do e-mail

[email protected] e conti-

nuamos perseguindo o slogan: “A cara

e a voz do Legislativo!”, que resume as

características da revista.

Boa leitura!

Milton Atanazio

Editor-chefe

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6 | www.revistavox.com.br

Fot

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BRAC

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Abracam em ação

Josivaldo das Virgens – vereador, Rogério Rodrigues – Presidente da ABRACAM, Everal-do Falcão – Vereador

A ABRACAM vem trabalhan-do na divulgação dos servi-ços que presta às Câmaras

Municipais e aos vereadores de todo o país.Rogério Rodrigues da Silva re-cebe pessoalmente as comitivas que chegam à sede nacional, localizada no Setor de Autarquias Sul, Quadra 5, lote 5, bloco F,com os telefones 3322-0499 e 8111- 0460,onde procura dar amelhor recepção aos vereadores que vêm à Capital Federal tratar de algu-ma demanda para sua cidade ou qual-quer orientação solicitada. Para facili-tar este encontro, é importante que os vereadores ou vereadoras façam um agendamento, para que não coincida com os compromissos de viagens da presidência.

SERVIÇOS PRESTADOSPELA ENTIDADE:l Consultoria via internet sobre

qualquer assunto de interesse da Câ-mara Municipal. A resposta à consulta deve acontecer no máximo até 48 ho-ras e o e-mail é [email protected] Carteira de Identificação dos

Vereadores é gratuita para todos os parlamentares filiados via site: www.abracambrasil.org.br/identifique-sel Reforma e atualização da Lei Or-

gânica e Regimento Interno. Uma par-ceria da ABRACAM com o advogado Dr. Cesar Assis, especialista no assunto. Para as Câmaras Municipais filiadas o preço terá 50% de desconto.l A Revista VOX, é uma publicação

bimestral da ABRACAMe tem como ob-jetivo integrar o Legislativo Municipal Brasileiro, divulgando as ações da enti-dade, bem como as notícias relevantes das Câmaras Municipais filiadas.l Parceria com a Câmara dos De-

putados, objetivando facilitar a implan-tação de TV Legislativa nas Câmaras

Municipais. Este fato significa uma ver-dadeira revolução, pois a sua Câmara poderá ganhar um canal de TV Digital.l A ABRACAM esta trabalhando

para aprovar três Propostas de Emenda Constitucional na Câmara dos deputados:

PEC 514/2010, que tem como objetivo alterar para melhor os percen-tuais de repasse para as Câmaras Muni-cipais e o limite de gastos com pessoal.

PEC 468/2010, que insere inciso IV ao art. 60 da CF, para permitir que 20% das Câmaras Municipais possa ser autor de Proposta de Emenda Consti-

tucional, assim como as Assembleias Legislativas Estaduais.

PEC 469/2010, que insere inciso X ao art. 103 da CF/88, para permitir que 15% das Câmaras Municipais possam propor ADIN (Ação Direta de Inconsti-tucionalidade) no Supremo Tribunal Fe-deral (STF).

Em 2014, estaremos executando cinco seminários regionais (Sudeste, Nordeste, Norte, Centro-oeste e Sul) bem como o 7º Congresso Brasileiro de Câmaras Municipais que será realizado em Brasília-DF.

CACAULÂNDIA-GO

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BRAC

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Ailton Costa (assessor de imprensa), André Lourenço (vereador), Cabo Roberto (vere-ador), Ariovaldo Passos – Lió (vereador), Rogério Rodrigues (presidente nacional da ABRACAM), Carício Francisco da Silva (presidente da Câmara Municipal de Araporã), Heleno da Oficina (vereador), Wilson Roberto – Xinguinha (vereador), Divino eletricista (vereador) e Manoel do banco (vereador).

ARAPORÃ-MG

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A cara e a Voz do Legislativo | 7

A ABRACAM vem realizando cursos de capacitação nas Câmaras Municipais em todo o Brasil, com a parceria do Instituto Aprimore (www.institutoapri-more.com.br), a exemplo dos cursos realizados recentemente em Belém-PA, Diadema-SP e Morrinhos-GO.

FUNÇÃO FISCALIZADORA DO VEREADORO Curso Função fiscalizadora

dos Vereadores visa dar um norte de como é possível acompanhar sis-tematicamente as ações do Poder Executivo e Legislativo, fortalecendo de maneira prática o respeito aos vereadores, com o objetivo geral de instruir de forma prática, mostrando os dispositivos legais à disposição dos Vereadores, na fiscalização dos gas-tos públicos realizados pelos Poderes Executivo e Legislativo.

Dentre os assuntos tratados du-rante o curso destacam-se as técnicas aplicadas para o acompanhamento da execução orçamentária; a importância do conhecimento e controle dos empe-nhos de gastos realizados pelos pode-res Executivo e Legislativo, bem como a importância da divulgação da relação de todas as compras realizadas, confor-me prevê a Lei 8666/93.

ATIVIDADESABRACAM e Entidades Esta-

duais reúnem com Ministro Marco Aurélio do STF

No dia 26 de março o Presiden-te da ABRACAM Rogério Rodrigues, acompanhado de vários vereadores e presidentes de entidades estaduais de vereadores foram recebidos pelo Mi-nistro Marco Aurélio, do Supremo Tri-bunal Federal (STF) relator do Recurso Extraordinária nº 650.898, oriundo do Município de Alecrim/RS.

Segundo o Presidente da ABRA-CAM, o RE trata sobre o direito dos vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários receberem o 13º subsídio. Além deste assunto o RE trata também sobre a verba de representação dos presidentes de Câmaras Municipais. Na exposição feita pelo Presidente ao Mi-nistro, o mesmo relatou sobre a interfe-rência indevida dos Tribunais de Contas nas Câmaras Municipais. “Os Tribunais de Contas não têm o poder legiferante, portanto, não podem legislar impondo normas, cuja competência pertence às Câmaras Municipais. Por outro lado, o Ministério Público também vem de forma equivocada entrando com ações referentes ao 13º salário dos vereado-res.” O presidente acrescentou que

todos os agentes políticos brasileiros recebem o 13º subsídio (senadores, deputados federais e estaduais, pro-motores, juízes, desembargadores dos tribunais estaduais e federais) e os vereadores não podem ser sa-crificados, pois são também agentes políticos por natureza.

O presidente da UVG (União de Vereadores de Goiás), Talismar, acres-centou também que a Constituição Federal precisa respeitada: “Não é possível que num determinado Estado seja permitido esta prática e em outros não, é preciso uniformizar este direito em todo o Brasil”.

O vereador Marino Marangon de Cruz Alta/RS e vice-presidente da UVERGS (União dos Vereadores do Rio Grande do Sul), acredita que o parecer do Ministro será favorável, pois a ma-téria está revestida de legalidade. A origem deste RE é uma Ação de Incons-titucionalidade movida pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, contra norma que regulamentou estes benefícios ao Poder Executivo e Legislativo do Município de Alecrim/RS e outras Cidades.

O Ministro Marco Aurélio por sua vez relatou aos presentes, que a rei-vindicação em princípio parece ter fun-damentação legal. Acrescentou que irá agilizar a emissão de seu Parecer o mais rápido possível. Ficou ajus-tado com o Ministro Marco Aurélio, que a ABRACAM vai encaminhar um memorando sobre o assunto para servir também de suporte para a analise do Ministro. Acompanharam a Diretoria da ABRACAM, UVERGS e UVG, nesta reunião vários vereado-res das Câmaras Municipais, de Alta Floresta/RO, Caiapônia, Minaçu, Alto Horizonte, Luziânia, Planaltina, Gameleira e Hidrolândia, todas do es-tado de Goiás. n

Comitiva de Vereadores é recebida pelo Ministro Marco Aurélio de Melo, do Supremo Tribunal Federal

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ControlAdoriA lAnçA giBi SoBrE étiCA E CidAdAniA

ADa Redação

Idéia é que as pessoas tenham em mãos, gratuitamente, essa publicação para que haja uma maior difusão do tema “Combate à Corrupção”

junto ao público infantil

Corrupção

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ivul

gaçã

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A Controladoria-Geral da União

(CGU) publicou o gibi “Os

poderes da Turminha”, em

formato de impressão. A

partir de agora, qualquer cidadão poderá

imprimir e levar para casa a discussão do

tema “Ética e Cidadania” para tratá-lo com

as crianças na família. A história em qua-

drinhos também poderá ser usada nas

escolas e em órgãos públicos, além de

poder ser compartilhada em ações co-

munitárias destinadas a crianças.

A idéia é que as pessoas tenham

em mãos, gratuitamente, essa publi-

cação para que haja uma maior difu-

são do tema “Combate à Corrupção”

junto ao público infantil. A revista, que

pode ser encontrada no  Portalzinho

da Criança Cidadã, administrado pela

CGU, estava até agora disponível ape-

nas para leitura online.

A novidade é o lançamento da ver-

são para impressão do gibi, que conta

uma divertida história de cidadania. Ele

é composto por oito páginas e trata a

vida de Eduardo e Lia, um casal em bus-

ca de uma vaga na creche pública para

o filho Gabriel.

O conteúdo da revistinha leva a

criança a conhecer o papel dos poderes

Executivo, Legislativo e Judiciário; com-

preender a origem dos recursos públicos

e saber sobre o direito que as pessoas

têm de fiscalizar o uso desses recursos.

A versão para impressão da história

“Os poderes da Turminha” está dispo-

nível na seção “Professor > Material

Didático” do Portalzinho da Criança Ci-

dadã, da CGU.  n SERVIÇO:

Com informações da Controladoria Geral da União

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A cara e a Voz do Legislativo | 9

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

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direitos Humanos

jornAliStA CriAdorA dA CAmpAnHA ‘‘não mErEçoSEr EStuprAdA’’ dEBAtE polítiCAS púBliCAS

A Da Redação

Mais de 45 mil pessoas aderiram ao movimento no facebook

A jornalista Nana Queiroz, ide-alizadora da campanha no Facebook “Eu não mereço

ser estuprada”, mobilizou milhares de mulheres nas redes sociais, após a divulgação da pesquisa do IPEA (Ins-tituto de Pesquisa Econômica Aplica-da), que mostrou que a maioria dos brasileiros concorda que o compor-tamento da mulher pode motivar o estupro. Várias mulheres publicaram fotos semelhantes, demonstrando indignação com a pesquisa.

Na rede social, Nana postou uma foto em frente ao Congresso Nacional, em que aparece sem camiseta e com a frase “Não mereço ser estuprada” escrita no corpo, convocando o protesto virtual.

Ela relata que após a publicação foi ameaçada por internautas. “Amanheci de uma noite conturbada. Acreditei na pesquisa do IPEA e experimentei na pele sua fúria. Homens me escreveram amea-çando me estuprar se me encontrassem na rua, mulheres escreveram desejando que eu fosse estuprada”, relatou Nana em sua página na rede social.

Em sua conta pessoal do Twitter, a presidenta Dilma Rousseff se solida-rizou e escreveu: “A jornalista Nana Queiroz se indignou com os dados da pesquisa do IPEA sobre o machismo

na nossa sociedade. Por ter se mani-festado nas redes contra a cultura de violência contra a mulher, a jornalista foi ameaçada de estupro. Nana Quei-roz merece toda a minha solidariedade e respeito”. Dilma disse ainda que “o governo e a lei” estão do lado da jor-nalista e de todas as mulheres ameaça-das ou vítimas de violência.

A jornalista considera muito impor-tante o apoio da presidenta, mas pede que esse apoio se transforme em ações. “Tem várias ideias interessantes circu-

lando, por exemplo, acrescentar os cri-mes virtuais ocorridos em redes sociais na Lei Maria da Penha”, defendeu.

Antes da reunião marcada com o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) para debater o assunto, a jornalista fez a seguinte afirmação: “A nossa ideia é ir para encontros, debater políticas públi-cas e leis. Mais políticas públicas do que leis, pois é uma questão de educação”.

Pesquisa do IPEA - O movimento foi criado depois da divulgação da pesquisa do IPEA indicando que 58,5% dos en-

Foto: Divulgação

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direitos Humanos

trevistados concordaram totalmente ou parcialmente com a frase “Se as mu-lheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros”. Em relação a essa pergunta, 35,3% concordaram to-talmente, 23,2% parcialmente, 30,3% discordaram totalmente, 7,6% discor-daram parcialmente e 2,6% se decla-raram neutros.

“Por trás da afirmação, está a no-ção de que os homens não conseguem controlar seus apetites sexuais; então, as mulheres que os provocam é que deveriam saber se comportar, e não os estupradores. A violência parece surgir, aqui, também, como uma correção. A mulher merece e deve ser estuprada para aprender a se comportar”, dizem os pesquisadores.

“Eu queria falar para a mulher que concorda com isso: acorda garota! Você tem todo o direito de usar a roupa que você quiser, de se portar da maneira que você quiser. O corpo é seu e ninguém tem o direito de te atacar por isso”, explicou.

Nana conta que foi o seu marido quem tirou a foto em que ela aparece sem a parte de cima da roupa, com os dizeres escritos no corpo: “Eu não mere-ço ser estuprada”. “Perguntei se ele se

sentia à vontade e ele disse que o corpo é meu e que eu é quem tenho que me sentir à vontade com a foto”, disse.

A jornalista denunciou à Delegacia da Mulher as centenas de ameaças que recebeu, entre elas a de estupro e de outros tipos de violência. “Fui muito bem atendida, mas só para eles desco-brirem a identificação do computador de quem me ameaçou vai levar uns seis meses”, lamentou.

Mais de 45 mil pessoas aderiram ao movimento no Facebook e, de acordo com a jornalista, pelo menos metade de-las postou fotos trazendo os dizeres do grupo escritos no corpo ou em cartazes. O evento (que incentivava a postagem de fotos) será desativado, mas o grupo #EuNãoMereçoSerEstuprada, também criado pela jornalista, vai continuar ativo para debates sobre o tema. n

Foto: Divulgação

Eu queria falar para a mulher que concorda

com isso: acorda garota! Você tem todo

o direito de usar a roupa que você quiser, de se portar da maneira

que você quiser. O corpo é seu e

ninguém tem o direito de te atacar

por isso

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Cultura

olindA (pE) rECEBE CErtifiCAdo do frEvo

O Frevo Pernambucano tornou-se Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, com forte expressão musical, coreográfica e poética

o Da Redação

olinda comemora, 479 anos de história e, como parte das celebrações, vai receber da

presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado, o Certificado do Fre-vo, Expressão Artística do Carnaval do Recife como Patrimônio Cultural Ima-terial da Humanidade.  A cerimônia de entrega está marcada para as 16h30 na sede da prefeitura e um palco foi monta-do, no bairro do Varadouro, e no final do dia será possível assistir a apresentação de um coral formado por crianças. Na seqüência, haverá o bolo de aniversário e a apresentação de banda Bonina, for-mada por cinco mulheres. A irmã mais nova, Recife, faz aniversário no mesmo dia, e comemora 477 anos.

SERVIÇO:Com informações do Instituto do

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Portal do Brasil e EBC

Desde 5 de dezembro de 2012, o Frevo Pernambucano é Patrimônio Cul-tural Imaterial da Humanidade, título concedido pela Unesco durante a 7ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cul-tural Imaterial, ocorrida em Paris. No Brasil, foi inscrito pelo Iphan no Livro de Registro das Formas de Expressão como Patrimônio Cultural Brasileiro em feve-reiro de 2007.

Considerado uma das mais ricas ex-pressões da inventividade e capacidade de realização popular na cultura brasi-leira, o frevo é uma forma de expressão musical, coreográfica e poética, enraiza-da no Recife e em Olinda, em Pernam-buco. O gênero musical urbano surgiu no final do século XIX, no carnaval, em um momento de transição e efervescên-

cia social como uma forma de expres-são popular nessas cidades. O frevo é formado pela grande mescla de gêneros musicais, danças, capoeira e artesanato. É uma das mais ricas expressões da in-ventividade e capacidade de realização popular na cultura brasileira. Possui a capacidade de promover a criatividade humana e também o respeito à diversi-dade cultural. 

Desde suas origens, o frevo expressa protesto político e crítica social em forma de música, dança e poesia, constituindo-se em símbolo de resistência da cultura pernambucana e expressão significativa da diversidade cultural brasileira. n

Fotos: Divulgação/Prefeitura de Olinda

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A cara e a Voz do Legislativo | 13

Por que fi nanciar acompra da casa própria

é bom pra todos?

Adenise Rodrigues da CruzCliente Banco do Brasil de

Governador Valadares (MG)

Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722 Defi ciente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 • Ouvidoria BB 0800 729 5678ou acesse bb.com.br

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Porque realizamos o sonho de

milhares de brasileiros com o

Programa Minha Casa, Minha Vida,

do Governo Federal. E é

para transformar a vida das

pessoas que esse banco existe.

Banco do Brasil. Bom pra todos.

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14 | www.revistavox.com

C apa

o diA intErnACionAl dA mulHEr

Mulher tem direito ao voto e pode se candidatar, tem direito ao estudo, mas a marca da desigualdade

ainda está presente na sociedade brasileira

dPor Milton Atanazio e Caroline Oliveira

desde o final do Século 19, as mulheres mobilizaram-se no Brasil e no mundo na luta pe-

los direitos civis, políticos e sociais. Mui-tas batalhas foram vencidas.

Até 1962, as mulheres casadas só po-diam trabalhar fora de casa se o marido permitisse. Isso foi uma limitação imposta pelo Código Civil de 1916.  Ele substituiu a legislação portuguesa até então vigen-te e, assim, alinhou o país num quadro liberal. Mas isso não significou avanço algum para os direitos civis das mulheres.

Em troca da proteção do casamento, os elaboradores do Código estabeleceram o homem como o chefe da família. Cabia a ele determinar o lugar de residência da esposa e dos filhos, administrar o patrimô-nio e autorizar sua esposa a exercer uma atividade profissional fora de casa.

Para haver mudanças efetivas, era pre-ciso que as próprias mulheres se mobili-zassem. E foi o que as feministas fizeram. Foram à luta. Apresentaram propostas dé-cada após década para mudar  o quadro legal mas, somente com a volta da demo-

MULHERESCONQUISTAMDIREITOSNOSÚLTIMOS100ANOS

cracia, em 1945, foi possível  fazer projetos de mudança chegarem ao Parlamento Na-cional. Muitos parlamentares alinharam-se às demandas feministas, sobretudo com relação à mudança nesse item do Código Civil. A bandeira era levantada sobretudo pelas advogadas Romi Medeiros da Fonse-ca (1921-2013) e Orminda Ribeiro Bastos (1899-1971), autoras do texto preliminar da lei do senador Mozart Lago, apresen-tado em 1952, e relativo à incapacidade jurídica das mulheres casadas. 

  O projeto entrou no Congresso Nacional em 1951, mas só foi aprovado

em 1962, com sanção pelo Presidente João Goulart em 27 de agosto do mesmo ano (Lei nº 4.121). Assim, o Código Civil brasileiro foi modificado, ampliando os direitos da mulher casada. A principal al-teração se referia ao direito ao trabalho fora de casa que, até então, dependia da autorização do marido.

A mudança deveu-se à importância assumida pelo movimento feminista or-ganizado e a diversos deputados e se-nadores que trabalharam pela reforma, como Nelson Carneiro, Attílio Vivvácqua, Mozart Lago e Milton Campos.

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A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

Os anos setenta, foi um marco impor-tante para o movimento de mulheres no Brasil, com suas vertentes de movimento feminista, grupos de mulheres pela rede-mocratização do país e pela melhoria nas condições de vida e de trabalho da popu-lação brasileira. Em 1975, comemora-se, em todo o planeta, o Ano Internacional da Mulher e realiza-se a I Conferência Mundial da Mulher, promovida pela Or-ganização das Nações Unidas – ONU, instituindo-se a Década da Mulher.

No final dos anos setenta e durante a década de oitenta, o movimento se amplia e se diversifica, adentrando partidos políti-cos, sindicatos e associações comunitárias. Com a acumulação das discussões e das lutas, o Estado Brasileiro e os governos federal e estaduais reconhecem a especi-ficidade da condição feminina, acolhendo propostas do movimento na Constituição Federal e na elaboração de políticas pú-blicas voltadas para o enfrentamento e superação das privações, discriminações e opressões vivenciadas pelas mulheres.

Destaca-se a criação dos Conselhos dos Direitos da Mulher, das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, de programas específicos de Saúde in-tegral e de prevenção e atendimento às vítimas de Violência Sexual e Doméstica.

Nos anos noventa, amplia-se o movi-mento social de mulheres e surgem inú-meras organizações não-governamen-tais (ONGs). Além de uma diversidade e pluralidade de projetos, estratégias, te-máticas e formas organizacionais, cons-tata-se a profissionalização e especiali-zação dessas ONGs.

Também nesta década, consolidam-se novas formas de estruturação e de mobili-zação, embasadas na criação de redes/ ar-ticulações setoriais, regionais e nacionais, a exemplo da Articulação de Mulheres Bra-sileiras – AMB, da Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos – Rede-Saúde e de articulações de trabalhadoras rurais e urbanas, pesquisadoras, religiosas, negras, lésbicas, entre outras.

Paralelamente, são desencadeadas

campanhas como “Mulheres Sem Medo do Poder”, visando estimular e apoiar a participação política das mulheres nas eleições municipais de 1996; “Pela Vida das Mulheres”, visando manter o direi-to ao aborto nos casos previstos no Có-digo Penal Brasileiro (risco de vida da mãe e gravidez resultante de estupro); “Pela Regulamentação do Atendimento dos Casos de Aborto Previstos em Lei, na Rede Pública de Saúde”; e “Direi-tos Humanos das Mulheres”, por oca-sião da comemoração dos 50 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, visando incorporara história das mulheres.

Nessa década, o movimento aprofun-da a interlocução com o Legislativo e o Executivo – e, em menor medida, com o Judiciário -, tanto no sentido da regula-mentação de dispositivos constitucionais, quanto no sentido da implementação de políticas públicas que levem em conta a situação das mulheres e perspectiva de eqüidade nas relações de gênero.

As mulheres brasileiras, enquanto inte-grantes e representantes de organizações do movimento de mulheres, estão articu-ladas e sintonizadas com o movimento de mulheres internacional, particularmente o Latino-americano e do Caribe, O Movi-mento de Mulheres participou e contribuiu nos grandes fóruns internacionais, a exem-plo das Conferências Mundiais da ONU – sobre Direitos Humanos (Viena-1993), Po-pulação e Desenvolvimento (Cairo- 1994) e Mulher, Igualdade, Desenvolvimento e Paz (Beijing – 1995) – e da Convenção In-teramericana para Prevenir, Punir e Erradi-car a Violência Contra a Mulher (Belém do Pará – 1994), da Organização dos Estados Americanos – OEA. n

Ministra Carmem Lucia do Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte de justiça do país

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COMO SURGIU A COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher foi que a data teria surgido a partir de um incên-dio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida, o incidente ocorrido em 25 de março da-quele ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, mas os eventos que levaram à criação da data são bem anteriores a este acontecimento.

Desde o final do século 19, organiza-ções femininas oriundas de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jor-nadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os salários medíocres introduzidos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para rei-vindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período.

O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Es-tados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifesta-ção em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e cul-

minou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrá-gio universal em diversas nações.

Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais pro-testos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no ca-lendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra - em um protesto conhecido como “Pão e Paz” - que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Interna-cional da Mulher, apenas em 1921.

Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo interna-cional que afirmava princípios de igual-dade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficial-mente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o “8 de março” foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

“O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a con-quista de direitos e para discutir as dis-criminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos pa-íses”, explica a professora Maria Célia Orlato Selem, mestre em Estudos Fe-ministas pela Universidade de Brasília e doutoranda em História Cultural pela Universidade de Campinas.

No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam, assim como nos demais países, me-lhores condições de trabalho e quali-dade de vida. A luta feminina ganhou força com o movimento das sufragis-tas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. A partir dos anos 1970 emergiram no país organiza-ções que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher. Em 1982, o feminismo pas-sou a manter um diálogo importante com o Estado, com a criação do Con-selho Estadual da Condição Femini-na em São Paulo, e em 1985, com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher.

Fotos: Divulgação

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A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

O BRASIL PRECISA VALORIZAR O TALENTO DE SUAS MULHERES

Em seu programa semanal,a pre-sidenta lembrou que nos últimos três

anos, 2,4 milhões de mulheres tive-ram carteiras de trabalho assinadas

A presidenta Dilma Rousseff disse, vem afirmando ultimamente em seus pronunciamentos, quer no seu programa semanal de rádio, Café com a Presidenta; em rede nacional de TV e rádio; no Twit-ter; na coluna Conversa com a Presiden-ta, que as mulheres avançaram muito na conquista de direitos e de uma vida me-lhor no Brasil.

“Para sermos uma nação mais justa e desenvolvida, o Brasil precisa valorizar cada vez mais a força e o talento de cada uma de suas mulheres”, frisou a presidenta.

A presidenta lembrou que o gover-no federal tem trabalhado para romper barreiras, combater os preconceitos e as desigualdades, além de incentivar a auto-nomia das mulheres.

“Foi com essa determinação que nós decidimos, por exemplo, que as mulhe-res devem ser, prioritariamente, as titu-lares do cartão do Bolsa Família. E hoje, 93% dos cartões do Bolsa Família estão no nome das mulheres. isso é muito im-portante, porque a mulher tem um papel

central no cuidado com a família e com a casa. Com o cartão do Bolsa Família em seu nome, ela tem autonomia para usar o dinheiro como quiser, pode comprar ali-mento, remédio, roupa ou um sapato que está faltando e o material escolar para as crianças”, afirmou Dilma.

Dilma salientou o aumento na parti-cipação feminina em programas como o Pronatec e o ProUni, garantindo acesso ao ensino e à qualificação profissional. Foi registrado, também, o aumento do número de mulheres no mercado de tra-balho formal. O Brasil criou 4,5 milhões de empregos nos últimos três anos e, desse total, mais da metade das vagas

foram ocupadas por mulheres: foram 2,4 milhões de mulheres que tiveram suas carteiras assinadas.

A presidenta lembrou ainda que co-meça no dia 10 de março a vacinação contra o HPV para meninas de 11 a 13 anos de idade. Esta vacina oferece pro-teção contra o câncer do colo de útero e será oferecida na rede pública de saúde.

“A MULHER é A NOVA FORÇA qUE MOVE O BRASIL”

Em pronunciamento em cadeia na-cional de rádio e TV, presidenta Dilma Rousseff exalta liderança feminina entre brasileiros que deixaram a extrema po-breza, que ascenderam à classe média, que empreenderam e, ainda, entre os que conquistaram os 4,5 milhões de empre-gos criados em seu governo.

A presidenta Dilma Rousseff fez um pronunciamento em rede nacional de TV e rádio para celebrar o Dia Internacional da Mulher. No Twitter, Dilma já havia es-crito que era dia de “celebrar a força e a coragem das mulheres”.

Dilma iniciou o discurso afirmando que as mulheres são a maior força emer-gente no mundo, com decisiva colabo-ração das brasileiras, e a nova força que move o Brasil.  “Das 20 maiores econo-

Aumento na participaçãofeminina em programas

como o Pronatec e o ProUni, garantindo

acesso ao ensino e a qualificação

profissional

Foto: Divulgação

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mias mundiais somos, proporcionalmen-te, a que tem mais mulheres empreende-doras. Mulheres que abrem seus próprios negócios e enfrentam, com coragem e competência, as dificuldades para crescer e prosperar”, afirmou.

A presidenta ressaltou o fato de as mulheres representarem mais da metade dos 36 milhões de brasileiros que saíram da extrema pobreza nos últimos anos e mais da metade das 42 milhões de pesso-as que ascenderam à classe média no País. A presidenta destacou também que, dos 4,5 milhões de empregos criados no Bra-sil nos últimos três anos, mais da metade foram conquistados pelas brasileiras. “En-quanto no início da década de 80, apenas 26% das mulheres trabalhava, hoje, 50% delas estão ocupadas.”, exaltou.

Dilma aproveitou ainda para falar do Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego.  “No caso do Pronatec, que é o maior programa de formação profissional da história do Brasil, seis em cada dez alunos são mulheres de todas as faixas de idade. São cursos gratui-tos, bancados pelo governo federal, e ofe-recidos no “Sistema S” e nas redes federal e estaduais de educação profissional”, disse. A união do programa com o Brasil Sem Miséria também foi lembrado, com o alcance da marca de 1 milhão de matrícu-las, com 650 mil feitas por mulheres.

As mulheres socialmente vulneráveis também foram lembradas. Dilma afirma ser um segmento que merece atenção e

exalta o apoio. “Quanto mais pobre a fa-mília, mais a mulher tem um papel central na estruturação do núcleo familiar.  Por isso, 93% dos cartões do Bolsa Família têm a mulher como titular, e de 1 milhão e 600 mil casas já entregues pelo Minha Casa Minha Vida, 52% estão no nome de mulheres”, garante.

Primeira mulher a presidir o País, Dilma Rousseff pediu, em seu pronun-ciamento, igualdade de direitos entre os gêneros. “É preciso garantir salário igual para trabalho igual feito por mulhe-res e homens. É preciso combater sem tréguas a violência que recai sobre as mulheres. É preciso diminuir ainda mais a burocracia e os impostos para que as empresas, lideradas por mulheres, sejam ainda mais numerosas”.

AS MULHERES TêM CONqUISTADO ESPAÇO NO MERCADO DE TRABALHO E qUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Em sua coluna semanal, Dilma Rousseff lembrou que as mulheres

têm conquistado espaço no mer-cado de trabalho e qualificação

profissional

Na coluna Conversa com a Presi-denta, a presidenta Dilma Rousseff pa-rabenizou as mulheres por ocasião do Dia Internacional da Mulher.“Gostaria de parabenizar as mulheres por esse dia tão especial. Tenho viajado pelo Brasil e

conhecido mulheres que são exemplos extraordinários, que, com esforço e mui-ta dedicação, têm mudado suas vidas, de suas famílias, e ajudado na construção de um País melhor’, afirmou a presidenta.

Dilma lembrou que as mulheres bra-sileiras têm conquistado espaços no mer-cado de trabalho, no acesso à educação e qualificação profissional, bem como na conquista de igualdade de oportunidades, como no acesso às políticas do governo, como o Programa Minha Casa Minha Vida, o programa de crédito Crescer e o Progra-ma de Aquisição de Alimentos (PAA).

Além das oportunidades de educa-ção, emprego e renda, Dilma lembrou das ações de combate à violência contra a mulher. Ela destacou o Programa Mulher, Viver sem Violência, que contém serviços de apoio às vítimas, e a Casa da Mulher Brasileira, que funcionará recebendo denúncias e oferecendo defesa à vítima de violência, com delegado, defensor público, juiz e promotor. Cada capital brasileira receberá uma Casa da Mulher.

“Quero reafirmar meu compromisso com as ações necessárias para garan-tir às brasileiras uma vida mais segura, alegre e produtiva. As mulheres são ca-pazes e obstinadas, querem mudar seus destinos, conquistar uma vida melhor para si mesmas e para sua família. O meu governo oferecerá sempre o apoio necessário para que as mulheres brasi-leiras construam uma sociedade mais igual”, disse a presidenta.

Fotos: Divulgação

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MULHERES CHEFIAM 93% DAS FAMíLIAS ATENDIDAS PELO BOLSA FAMíLIA

Beneficiárias participam do pla-nejamento familiar e buscam quali-ficação para melhorar as condições

de vida de seus familiares

Para gestores, pesquisadores e estu-diosos do tema, é praticamente unânime a visão de que um dos grandes acertos do Bolsa Família foi privilegiar a titularidade das mulheres. Do total das famílias aten-didas pelo programa, 93% são chefiadas por mulheres e, destas, 68% são negras.

“Essa estratégia se mostrou acerta-da porque parte do pressuposto que as mulheres sabem o que é melhor para a família. Os estudos confirmam que elas usam o dinheiro para comprar, principal-mente, alimentos e roupas, seguidos de outros itens”, argumenta a diretora da secretaria extraordinária para Superação da Extrema Pobreza do Ministério do De-senvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Patrícia Vieira da Costa.

qUEBRANDO TABUSEstudo realizado pelo ministério em

parceria com o Programa das Nações Uni-das para o Desenvolvimento (PNUD) em 2012 revela que, além de proporcionar mais autonomia às mulheres, o Bolsa Família contribuiu para o aumento de oito pontos percentuais da participação das mulheres nas decisões sobre compra de remédios para os filhos e de 5,3 pontos percentuais sobre os gastos com bens duráveis.

Ainda, segundo o estudo do PNUD, houve um aumento de 9,8 pontos percen-

tuais no uso de contraceptivos pelas mulhe-res beneficiárias do Bolsa Família, indicando que elas têm cada vez mais força para to-mar decisões sobre ter ou não ter filhos.

A pesquisa mostrou também que, entre as mulheres não ocupadas, o Bolsa Família estimulou um aumento de cinco pontos percentuais na procura por traba-lho, com destaque para a região Nordes-te. Isso porque, ao receberem uma renda mínima, as mulheres passaram a ter me-lhores condições para procurar um em-prego, seja na hora de pagar a passagem de ônibus ou de preparar a documenta-ção necessária para o trabalho.

MINISTRA ELEONORA MENICUCCI EXALTA ATUAL PROTAGONISMO FEMININO

Em mensagem especial sobre o Dia Internacional da Mulher, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, afirmou que o pro-tagonismo da mulher antes era invisível, mas que hoje se tornou forte em todas as

áreas e faz com que o governo tenha po-líticas fortes para a consolidação de todos os direitos das mulheres no Brasil.

“Na área da autonomia econômica, emprego e renda, temos muitíssimo a co-memorar. Nos últimos três anos do gover-no da presidenta Dilma, os empregos au-mentaram para 4,9 milhões. Destes, 2,4 milhões de empregos ocupados por nós mulheres. E sabe onde elas estão? Em áreas até então ocupadas pelos homens, tais como Construção Civil, Metalurgia, Mecânica, Informática e tantas outras”, comentou Eleonora.

A ministra também falou sobre o combate à violência contra as mulheres. Ela listou três pontos deste enfrentamen-to na mensagem: o programa Mulher, Vi-ver sem Violência, a Lei Maria da Penha e o Disque 180, aberto 24 horas por dia para receber denúncias de violência sexu-al e doméstica.

“Temos um forte programa consolida-do de enfrentamento à violência contra as mulheres, seja doméstica ou sexual: é o programa Mulher, Viver sem Violência. Temos a Lei Maria da Penha, que é uma lei de Estado, que sem dúvida nenhuma, hoje, as brasileiras e os brasileiros podem orgulhosamente dizer: o nosso programa é um programa de Estado, um programa forte. E eu não poderia deixar de falar no Disque 180. O Disque 180 está aberto 24 horas por dia para receber denúncias de violência contra as mulheres”. n

SERVIÇO:Com informações da Secretaria de

Políticas para as Mulheres, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Agência Brasil, Portal Brasil e EBC

Fotos: Divulgação

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prefeitos

ADa Redação

ABrAp rEAlizA EnContro dE prEfEitoS Em BrASíliA

Associação Brasileira de Prefeituras realizou no dia 13 de março, no Congresso Nacional, em Brasília, um encontro de prefeitos visando o

revigoramento da entidade e eleição para redefinição de cargos

A ABRAP – Associação Brasileira de Prefeituras realizou no dia 13 de março, no Congresso

Nacional, em Brasília um encontro de prefeitos visando o revigoramento da enti-dade e eleição para redefinição de cargos. A entidade considera que a luta por um novo pacto federativo tem por objetivo garantir uma melhor distribuição de renda entre os entes federados, levando-se em conta que o município é o lugar onde o cidadão sente mais fortemente a presença e ação do po-der público e deve deter não só os encargos das ações governamentais, mas também re-ceber a devida contrapartida financeira para fazer frente as suas obrigações.

Foi criada em 1989 e destaca-se das demais entidades, por eleger como repre-sentantes sempre prefeitos que estão no mandato. Segundo o diretor executivo da Abrap, Dr. Paulo Silas Alvarenga, “apenas quem está no mandato é capaz de estar atualizado das demandas”, afirma.

O Encontro mobilizou prefeitos de diferentes partidos políticos e regiões do país, com um objetivo em comum, alavancar a entidade para batalhar pelo Pacto Federativo. A única representante mulher presente na reunião foi a Prefeita Francineti Carvalho, de Abaetetuba, no Pará, que em entrevista a Revista Vox falou sobre seus anseios neste encontro: “Acho

super importante essa confluência, pois podemos discutir problemas em comum a todas as prefeituras e lutar pela nossa pretensão maior que é o pacto federativo”, diz Francieti, que aproveitou a oportunida-de e presenteou os presentes com um ar-tesanato considerado patrimônio cultural regional: um barco feito por uma madeira maciça, encontrada naquela região.

Na ocasião, foi realizada uma palestra com o economista e geógrafo François Bre-maeker, onde apresentou aos prefeitos a atual situação econômica dos municípios.

O IBAP – Instituto Brasileiro de Admi-nistração Pública, representado pela ge-rente executiva Rosimere Speck Bianchin, que fez uma apresentação sobre as ativi-dades da entidade e a parceria que está realizando com a ABRAP, que manterá um corpo técnico, por meio de parcerias, visando dar o suporte necessário, princi-palmente aos pequenos municípios, os quais, via de regra, carecem de um corpo técnico especializado para tal fim.

No final do evento foi realizado entre os prefeitos um debate para a formação

Economista François Bremaeker,Deputado João Caldas, Dr. Paulo Silas Alvarenga e o jornalista

Fotos: ABRAP

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da chapa da diretoria, onde foi eleito como presidente da entidade o pre-feito de Umuarama no Paraná, Moacir Silva, e para a vice-presidência Franci-neti Carvalho da Região Norte; Walmir

Guse, da Região Centro-Oeste; Pedro Jorge Cherene, Sudeste e Diretores da Região Nordeste Roque Luiz Dias e Re-gião Norte João Nelson.

Na oportunidade, foi distribuída aos

presentes, a última edição da Revista Vox, bastante elogiada por sua quali-dade editorial pelo Deputado Federal João Caldas, do SDD/AL, homenageado na ocasião. n

Acho super importante essa confluência, pois

podemos discutir problemas em comum a todas as prefeituras e lutar pela

nossa pretensão maior que é o pacto federativo”, diz Francieti, que aproveitou a oportunidade e presenteou

os presentes com um artesanato considerado

patrimônio cultural regional

Rosimere Speck Bianchin,do IBAP

Diretoria eleita da ABRAP

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ConSAd

EDa redação

CongrESSo ConSAd dE gEStão púBliCA AContECE Em BrASíliA

O programa de atividades é bem intenso, com mesas redondas, aumentando o compartilhamento de experiências e debate entre os particpantes

Em sua sétima edição, o Congresso Consad de Gestão Pública está sendo realizado em Brasília, no

Centro de Convenções Ulisses Guima-rães. O programa de atividades é bem in-tenso, com mesas redondas, aumentan-do o compartilhamento de experiências e debate entre os participantes. Além das conferências e painéis, as mesas redon-das, foram comandadas por secretários de administração dos estados e seus

representantes e atraíram a atenção do público pela contemporaneidade de seus temas: Gestão Pública e Tecnologia; Parti-cipação Popular e Gestão Pública e Lei de Greve e Negociação Coletiva. “Os assun-tos foram muito interessantes e tratados com profundidade e o que é melhor, com a participação de uma platéia interessa-da”, afirmou Evelyn Levy, coordenadora do Comitê Científico do Congresso Con-sad, responsável pela programação.

A mesa-redonda “Lei de Greve e Ne-gociações Coletivas” teve a presença dos secretários de Estado da Adminis-tração do Rio Grande do Sul, Alessan-

dro Pires Barcellos, de Tocantins, Lúcio Mascarenhas e do mediador, o jornalista Álvaro Pereira.

Durante o encontro, foram apresen-tadas importantes ações que vem sen-do desenvolvidas no âmbito do governo gaúcho. O secretário da Administração e dos Recursos Humanos, Alessandro Bar-cellos, ressaltou a diretriz do Estado na constituição do Sistema Estadual de Par-ticipação e do Comitê de Diálogo Perma-nente, que busca agregar a participação cidadã às ações do Governo.

Barcellos detalhou a estrutura do Estado encontrada em 2011, em que

Secretários de Estado da Administração do Rio Grande do Sul, Alessandro Pires Barcellos (esquerda), de Tocantins, Lúcio Mascarenhas (direita) e do mediador, o jornalista Álvaro Pereira (centro)

Fotos: Divulgação

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A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

imperava a ausência de uma política de promoção do desenvolvimento, baixo investimento nas áreas de saúde, educa-ção e segurança, além de um déficit de quadros técnicos e desvalorização do serviço público. “Passamos a atuar para a recuperação das funções públicas do Estado, levando em conta a valorização dos servidores”, disse o secretário. Essa reestruturação foi feita por meio de uma política de cargos e salários dis-cutida em conjunto com as representa-ções dos trabalhadores.

Em sua fala, Barcellos apresentou a diretriz do Estado de participação popu-lar e cidadã, com as ações do Gabinete Digital, do Conselhão (CDES), entre ou-tras. E apresentou o Comitê de Diálogo Permanente (Codipe), órgão vinculado à secretaria e que serve de espaço de deba-tes para a construção de políticas de valo-rização do servidor público. “Apostamos na participação social e nas negociações como estratégia para colocar o Rio Gran-de do Sul em outro patamar de desenvol-vimento”, explicou o secretário.

O secretário de Administração do To-cantins, Lucio Mascarenhas, falou sobre a Lei de Greve sob a ótica da gestão, dei-xando o viés jurídico de lado. Em sua ava-liação, nenhuma dos projetos de lei apre-sentados no Congresso discute a questão da greve sob o aspecto da gestão, o que, segundo ele, é muito ruim. “Imagine um estado que tenha 51,45% de sua recei-ta corrente líquida comprometida com gastos de folha de pagamento. Como este estado pode negociar com um sin-dicato, além da reposição salarial, ganho real ou equiparação salarial?”, explicou o secretário. “As despesas aumentariam consideravelmente sob pena de o gestor ser preso por descumprir a Lei de Respon-sabilidade Fiscal”.

Mascarenhas admite que “o imbróglio é grande” e que não tem solução para resolvê-lo. Mas, segundo ele, as questões

estão colocadas na pauta de discussões. “Quem a lei deve atender, quem deve proteger?”, questionou o secretário.

Os assuntos abordados nos diver-

Jornalistas Milton Atanazio e Álvaro Pereira

SERVIÇO25,26 e 27 de março de 2014 _

Centro de Convenções Ulisses Guimarães em Brasília-DF

sos painéis instalados neste Congresso Consad de Gestão Pública, foram de peculiar importância para os muni-cípios, tanto na aplicação quanto na atualização de métodos e formas da gestão pública no Brasil, afirma Rogério Rodrigues da Silva, presidente da Abra-cam – Associação Brasileira de Câmaras Municipais, que estava acompanhando de perto o trabalho jornalístico da Re-vista VOX, veículo de circulação nacional da ABRACAM, atualmente o veículo de maior credibilidade voltada para a área legislativa, política e de gestão pública do Brasil, na oportunidade representada no evento pelo seu editor-chefe, jornalis-ta Milton Atanazio. n

Os assuntos foram muito interessantes e tratados com profundidade e o que é melhor, com a participação de uma platéia interessada, afirmou Evelyn Levy,

coordenadora do Comitê Científico do Congresso

Consad, responsável pela programação

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Esporte

miniStro rEpudiA rACiSmo E pEdE providÊnCiAS ÀS AutoridAdES

Aldo Rebelo voltou a se manifestar contra atitudes preconceituosas no futebol, desta vez dentro do Brasil

m Da redação

menos de um mês depois de cobrar da Confederação Sul-Americana de Futebol

(Conmebol) providências contra os atos de racismo praticados por torcedores peruanos contra o jogador Tinga, do Cru-zeiro, em partida da Taça Libertadores, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, voltou a manifestar repúdio diante de atitudes preconceituosas no futebol, desta vez dentro do Brasil. Aldo Rebelo entrou em contato com autoridades de São Paulo e do Rio Grande do Sul para pedir apura-ção e punição rigorosas aos torcedores que insultaram o volante Arouca, do San-tos, no Campeonato Paulista, e o árbitro Márcio Chagas da Silva, no Campeonato Gaúcho, na noite de quinta-feira (6).

Arouca foi chamado de “macaco” por torcedores enquanto concedia entrevista logo após a vitória do Santos por 5 x 2 so-bre o Mogi Mirim, no Estádio Romildão, no interior paulista. Já Márcio da Silva sofreu insultos racistas e teve o carro depredado – além de esfregado com bananas – no esta-cionamento interno do Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, depois do jogo entre Esportivo e Veranópolis. “A agressão racista não atinge apenas aquele a quem é dirigida. Fere toda a população brasileira e a sua identidade de povo misci-genado”, condenou Aldo Rebelo.

O ministro telefonou na manhã desta sexta-feira (7) para o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Airton Michels. “O secretário me in-formou que a Polícia Civil gaúcha já adotou providências para identificar os agressores do árbitro”, disse Aldo Rebelo, que conversou também com o

promotor paulista Paulo Castilho, ex-diretor de Defesa dos Direitos do Tor-cedor do Ministério do Esporte, hoje de volta ao Ministério Público.

“A Justiça deve punir exemplarmen-te esse comportamento inaceitável. Não são torcedores, são criminosos”, definiu o ministro. n

Fotos: Divulgação

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Segurança

BomBEiroS uSArão AltA tECnologiA durAntE A CopA

Corporação do DF terá laboratório móvel capaz de detectar em poucos minutos se determinados produtos químicos são tóxicos

oDa Redação

o Corpo de Bombeiros do Dis-trito Federal adquiriu um sistema capaz de detectar se

determinados produtos químicos, só-lidos ou líquidos, são ou não tóxicos, para uso durante a Copa do Mundo da Fifa 2014. Brasília receberá sete parti-das do torneio.

Embora adquirido para o Mundial de Futebol, o sistema já está sendo usado. Os detectores entraram em teste em ja-neiro deste ano, auxiliando na identifica-ção do óleo que foi derramado no Lago Paranoá. A tenente Lorena Ataydes, especialista em produtos químicos do Corpo de Bombeiros do DF, explicou que o sistema funciona como um laboratório móvel capaz de dar resultados de aná-lises em poucos minutos. A corporação está treinando militares para operar o sistema: ao todo, 80 bombeiros passa-rão pela capacitação.

O assunto foi tema do Momento da Copa, programa de rádio produzido pela

Coordenadoria de Comunicação para a Copa (ComCopa) do Distrito Federal, com o apoio da Secretaria de Cultura e que é veiculado na Cultura FM de Brasília. n

SERVIÇOO Corpo de Bombeiros do Distrito Federal come-

mora neste ano, o jubileu de ouro pelos seus 50 anos de existência. Comandado atualmente pelo Cel. Júlio César dos Santos, a corporação vem desempenhando

dentre suas funções as atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos

e socorros públicos no âmbito do Distrito Federal.

Fotos: Divulgação

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Artigo

thomas Korontai*

CopA oportunA ou oportuniStA?

éThomas Korontai*

é certo que a realização de um evento dessa magnitude provoca muita movimentação econômica

em qualquer país. O Brasil, como único candidato para a Copa de 2014, venceu uma corrida solitária. Recebeu críticas de jornalistas estrangeiros que não confiam que as coisas vão dar certo por aqui, tan-to pela questão da infra-estrutura quanto da segurança.

Diante da atual circunstância, de fato, o quadro é preocupante. Mas, caso não se deixe tudo para a última hora, a pre-paração para o evento vai gerar muitos empregos, muitos negócios, muitas provi-dências de governos estaduais e munici-pais. Em nossa opinião, o Brasil tem tudo, inclusive talento, para promover uma bela festa, com boa organização.

Preocupante, entretanto, a qualquer brasileiro que acompanha o “jeito brasi-leiro” de se fazer as coisas quando tem governo envolvido. E não é para menos. Segundo o que se pôde apurar no noticiá-rio, o custo da preparação e realização do PAN deste ano, no Rio de Janeiro, exce-deu o orçamento inicial em cerca de qua-tro vezes - alguns chegam a afirmar que foi de até nove vezes! O superfaturamen-to de obras e providências de qualquer natureza demandadas pelos governos de qualquer das esferas - federal, estadual, municipal - é prática comum, tanto que as próprias empreiteiras já sabem quanto devem adicionar aos preços tais custos.

E isso é vergonhoso e preocupante. Conclamamos para que exista todo tipo de pressão para que a Copa seja da ini-

ciativa privada e não dos governos. O custo estimado é de US$ 6 bilhões, mas, seguindo-se a “regra brasileira “ podere-mos pagar uma conta de US$ 18 bilhões ou mais, enriquecendo indevidamente um privilegiado grupo de amigos do Poder.

Juntamente com as “oportunidades financeiras” aos mais próximos do Poder, a demonstração do faturamento político ficou expressa com a indevida e desne-cessária exibição do Presidente de nosso País, que sequer deveria ter ido ao evento que anunciou o único concorrente à reali-zação da Copa do Mundo de 2014, muito menos acompanhado de um séquito de governadores e parlamentares, em fla-grante constrangimento ao País. O evento deveria ser acompanhado apenas pelas autoridades esportivas, o presidente da CBF e pronto. Poderiam ser evitadas tam-bém, algumas gafes diplomáticas, embo-ra, desta vez, não tenham sido restritas à figura do Presidente. O ato, assim como o gasto, parece representar a inauguração do que serão os próximos sete anos, uma festa da gastança. Ou festança de gastos.

Fatos como esse só ocorrem em pa-íses centralizados, cujos governantes se preocupam mais com a próxima eleição do que com a próxima geração. Em mo-delo assim, se aceita até discutir manda-tos adicionais, mesmo que seja necessário remendar mais um pouco a Carta Magna, manipulando-se a massa popular que vi-bra com os arroubos populistas, alimen-tada pelos vales esmolas. Descentralizem-se os poderes, e esse tipo de festa com o dinheiro público e arroubos populistas serão findos. É muito mais justo, honesto, prático, moral, racional e barato deixar para a iniciativa da própria sociedade a realização de atos e gastos que nada tem a ver com o papel dos governos. A taça deve ser do Povo e não de governos à custa do Povo. n

SERVIÇO:*Thomas Korontai é Agente de Proprieda-

de Industrial, autor do livro Cara Nova Para o Brasil – Uma Nova Constituição para uma Nova

Federação (disponível gratuitamente emwww.caranovaparaobrasil.com.br) e fundador e pre-sidente nacional do Partido Federalista –www.

federalista.org.br

Fotos: Divulgação

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muniCípio dE joãopESSoA-pB dEixA dE rECEBEr vErBAS púBliCAS por ContA dE inAdimplÊnCiA

Por não esclarecer omissões apontadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, município da Paraíba foi inserido no Siafi

ADa Redação

Cidadania e justiça

A legalidade de ato do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ao não

firmar convênio com o município de João Pessoa (PB) para execução de obras de recuperação do Parque Sólon de Lucena foi confirmado pela Advocacia-Geral da União (AGU) na Justiça. A AGU demons-trou que o contrato não pôde ser feito de-vido à inadimplência do município junto ao Cadastro Único de Convênios (Cauc), subsistema do Sistema de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).

O FNDE não celebrou convênio, pois o município está inadimplente em rela-ção a um contrato anterior. Inconforma-do, o município acionou a Justiça para obrigar o Fundo a realizar contratação imediata do convênio, independente da existência de inscrição.

A Procuradoria da União no estado da Paraíba (PU/PB) explicou que o mu-nicípio de João Pessoa não esclareceu as omissões apontadas pelo Fundo Nacio-nal de Desenvolvimento da Educação em relação à execução integral do Convênio nº 528809/2005, sendo penalizado com sua inscrição no Sistema do Governo e impedido de receber ou repassar novos recursos federais.

A AGU defendeu que a legislação vigente veda celebração de convênios, realização de transferências ou a con-cessão de benefícios sob qualquer mo-dalidade, destinados a órgãos ou enti-dades da administração que estejam inadimplentes em relação a outros con-vênios ou não estejam em situação de regularidade com a União ou entidade pública federal.

Os advogados da União destacaram que “a imputação de responsabilidade ao município de João Pessoa tem por objetivo assegurar a concretização dos princípios de responsabilidade fiscal, sem, contudo, relegar a responsabilidade dos agentes que praticaram os atos, que estarão sujeitos às sanções previstas”.

A 1ª Vara Federal da Paraíba con-cordou com os argumentos da Advoca-cia-Geral uma vez que a lei prevê, como condição para a celebração de convênios ou contratos de repasse de verbas, a con-sulta prévia ao Sistema de Administração Financeira, para verificação de adim-plência do beneficiado. “O município não comprovou que se encontrava em situação regular perante o Siafi, não ten-do satisfeito os requisitos necessários à contratação do convênio”, diz um trecho da decisão. n

SERVIÇOCom informações da

Advocacia-Geral da União.

Foto: Divulgação

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Balança Comercial

ExportAçõES CrESCErAm 2,5% Em fEvErEiroHouve recorde mensal de embarques brasileiros em vários nichos, como: soja

em grão, couros e peles, carne bovina e minério de cobre

A Da Redação

As exportações brasileiras cres-ceram 2,5% em fevereiro deste ano (US$ 15,9 bilhões), na com-

paração com o mesmo mês do ano passa-do (US$ 15,5 bilhões), sendo esse o tercei-ro maior valor de exportação para o mês.

Houve recorde mensal para os em-barques brasileiros de soja em grão (US$ 1,386 bilhão), carne bovina in natura (US$ 502 milhões), couros e peles (US$ 248 milhões), minério de cobre (US$ 172 milhões), medicamentos (US$ 103 mi-lhões), mármores e granitos e obras (US$ 95 milhões), instrumentos e aparelhos de medida e verificação (US$ 49 milhões). 

Nas importações, houve registro de US$ 18,1 bilhões, valor 7,3% acima ao verificado em fevereiro de 2013 (US$ 16,8 bilhões) e o maior para os meses. Com isso o saldo da balança comercial no mês, ficou negativo em US$ 2,1 bilhões.

Em entrevista coletiva, no auditório do Ministério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior (MDIC) para comentar os resultados, o secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, res-saltou a previsão de superávit para o ano.

“Temos uma previsão para este ano de uma melhora na conta petróleo que pode ajudar para um resultado final. Acredito que a base de comparação é

ainda pequena no ano e o que posso dizer aqui é que mantemos uma estima-tiva de saldo positivo para o ano”, expli-cou Godinho.

“O saldo negativo, neste momento, é explicado pelo aumento nas importações. As exportações crescem, mas as importa-ções crescem mais. Eu destaco a composi-ção das importações brasileiras com cerca de dois terços de produtos intermediários e bens de capital que são utilizados na

produção no país. Um segmento que teve um crescimento expressivo nas importa-ções é o de eletrodomésticos e partes e peças para estes eletrodomésticos. Nós acreditamos que este movimento está relacionado com a demanda destes pro-dutos para a Copa do Mundo”, comple-mentou o secretário.

Os principais destinos das exporta-ções brasileiras em fevereiro foram: China (US$ 2,847 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,828 bilhão), Argentina (US$ 1,165 bi-lhão), Países Baixos (US$ 782 milhões) e Japão (US$ 490 milhões).

Já em relação as principais origens das compras brasileiras em fevereiro, foram destaques: China (US$ 2,977 bi-lhões), Estados Unidos (US$ 2,872 bi-lhões), Argentina (US$ 1,094 bilhão), Ale-manha (US$ 1,012 bilhão) e Nigéria (US$ 791 milhões). n

SERVIÇOCom informações do Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Fotos: Divulgação

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Empresacertificadapela

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govErno dEixArá dE ArrECAdAr r$ 840 milHõES Com Horário ElEitorAl grAtuito

O benefício às emissoras que veiculam o horário eleitoral obrigatórioé garantido pela legislação eleitoral

oCaroline Oliveira

Eleições

o benefício às emissoras que veiculam o horário eleitoral obrigatório é garantido pela

legislação eleitoral (lei 9.504/2007). O valor deduzido em imposto de renda cor-responde a 80% do que as empresas re-ceberiam caso vendessem o espaço para a publicidade comercial.

Enquanto as emissoras arcam com 20% dos custos, é como se cada brasilei-ro pagasse, indiretamente, R$ 4,17 para receber informações sobre candidatos e partidos políticos no rádio e na TV. Des-de 2002, R$ 5,2 bilhões deixaram de ser arrecadados pela União por conta das deduções fiscais, em valores correntes.

Segundo o site Contas Abertas, Cris-tiano Flores, que é o diretor de Assuntos Legais da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABERT), este mecanismo fis-cal é indispensável, visto que, se por um lado, existe o interesse público na veicu-lação das propagandas eleitorais e políti-co-partidárias, como facilitador à difusão dos projetos políticos e ideais que com-põem o pluralismo político-partidário em nosso país, de outro, trata-se de legítimo direito das emissoras de radiodifusão de

serem ressarcidas pelo ônus financeiro resultante da prestação dos serviços.

A isenção concedida às empresas de rádio e televisão é uma das mais altas na lista da Receita. Este ano, supera, por exemplo, os benefícios tributários com o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (R$ 514,3 milhões). Até cinquenta por cento das doações e quarenta por cento dos patrocínios são deduzidos do imposto de renda das empresas que participam de ações e serviços de reabilitação da

pessoa com deficiência, previamente apro-vados pelo Ministério da Saúde.

A estimativa da Receita para a perda de arrecadação no ano é feita com base na Declaração de Informações Econômico-fis-cais da Pessoa Jurídica (DIPJ) do ano ante-rior. A estatística sobre a renúncia fiscal é a mais próxima a que se pode chegar, tendo em vista que se trata de um método de inferência, ou seja, impossível saber o nú-mero exato. Dados definitivos são somente aqueles de arrecadação, quando os impos-tos realmente foram recolhidos.

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A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

“A ausência desta regulamentação tem

prejudicado milhares de emissoras de pequeno

porte que vêm suportando integralmente os custos das transmissões das propagandas político-partidárias e eleitorais

Para o cientista político da Universi-dade Estadual de Campinas (Unicamp), Valeriano Mendes, embora o horário eleitoral gratuito seja hoje o elemento mais importante na campanha eleitoral, os gastos com esse tipo de propaganda precisam ser mais transparentes.

“As formas como as campanhas são financiadas e anunciadas precisam ser discutidas. É preciso deixar claro o custo em termos de impostos, se é possível ou não simplesmente não isentar as empresas pela concessão do horário eleitoral, pois os partidos já são beneficiados de outras for-mas, por meio dos repasses ao fundo parti-dários, por exemplo,”, aponta Mendes.

MAIORIA DAS EMPRESAS DE RADIODIFUSÃO NÃO TEM COMPENSAÇÃO FISCAL

De acordo com a Abert, as microempre-sas e empresas de pequeno porte optantes pelo Regime Especial Unificado de Arre-cadação de Tributos e Contribuições (Sim-ples Nacional), que correspondem a 85% da radiodifusão brasileira (em sua imensa maioria rádios), estão impedidas de obter a compensação fiscal prevista em lei.

Isto porque, desde 2010, aguarda-se que o Comitê Gestor do Simples Nacio-nal (CGSN) estabeleça os critérios para exercício da compensação às empresas optantes pelo Simples Nacional, na forma determinada pelo § 3º do art. 99 da Lei n. 9.504/97 (Lei Eleitoral).

“A ausência desta regulamentação

tem prejudicado milhares de emissoras de pequeno porte que vêm suportando integralmente os custos das transmissões das propagandas político-partidárias e eleitorais”, explica a Asssociação.

No inicio deste ano, a Abert obte-ve decisão liminar favorável, concedida pela juíza federal Cristiane Pederzolli Rentzsch, da 16ª Vara da Seção Judici-ária do Distrito Federal, que determinou ao Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) o estabelecimento dos critérios para exercício da dedução autorizada e prevista pelo § 3º, do art. 99 da Lei n. 9.504/97.

“Aguardamos esta regulamentação que, nada mais é, do que se fazer justi-ça às emissoras que cumprem seu com-promisso legal de veicular os programas político-partidários, contribuindo para o fortalecimento da nossa democracia”, completa Cristiano Flores. n

SERVIÇO:Com informações do site Contas Abertas

http://www.contasabertas.com.br

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Agricultura

AgriCulturA dEvE tEr dEStAquE nA EConomiA Em 2014

Setor teve expansão de 7% a maior desde 1996, atingindo R$ 234,6 bilhões e deve manter crescimento, segundo Guido Mantega

A Caroline Oliveira destaque positivo da safra recorde de grãos ficou com a soja, que teve aumento da produção com ganho de produtividade.  

“É difícil que caia o consumo de com-modities agrícolas alimentares e o Brasil é um grande exportador e produtor desse tipo de commodities agrícolas”, avaliou Mantega. “A produtividade continua su-bindo, reduzindo custo e melhorando em eficiência. Além disso, o governo tem o Plano Safra Maior, que dá suporte para que a agricultura brasileira tenha esse di-namismo”, disse o ministro

Segundo o Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE), a produção da soja cresceu 24,3% em 2013, com um aumento de área plantada de apenas 11,3%. Outros produtos agrícolas que tiveram crescimento em 2013 foram a ca-na-de-açúcar (com alta de 10%), o milho (13%) e o trigo (30,4%).

Os serviços responderam por quase 70% do setor produtivo brasileiro. Já o crescimento da indústria, área do setor produtivo que apresentou a menor alta, foi puxado pela atividade de eletricida-

de e gás, água, esgoto e limpeza urbana (2,9%), além da indústria da transforma-ção (1,9%) e da construção civil (1,9%). A indústria extrativa mineral foi a única atividade industrial que teve queda em 2013 (-2,8%).

Nos últimos três meses de 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,7%, depois de uma contração de 0,5% no terceiro trimestre. Em reais, a soma das riquezas produzidas em 2013 chegou a R$ 4,84 trilhões. O PIB per capita (por pessoa) atingiu R$ 24.065. n

SERVIÇO:Com informações do Portal Brasil, EBC,

Ministério do Planejamento e Gestão

Ao comentar o crescimento de 2,3% do Produto Interno Bruto em 2013, o ministro da Fazen-

da, Guido Mantega, afirmou que o setor agrícola vai continuar se expandindo e deve contribuir para a manutenção do crescimento da economia brasileira neste ano, previsto em 2,5%.

“Esse crescimento [de 2013] indica que a economia brasileira está em uma trajetória de aceleração gradual em re-lação ao ano anterior”, disse Mantega, lembrando que em 2012, o avanço do PIB foi de 0,9%. “A indústria e agricultu-ra adquiriram máquinas e equipamentos, se tornaram mais produtivas e esse au-mento vai ter consequências para 2014”, avaliou o ministro.

O desempenho da agropecuária, que teve expansão de 7% em 2013, foi o maior desde 1996, quando foi adotada a atual metodologia de cálculo do PIB, atingindo R$ 234,6  bilhões. O grande

Fotos: Divulgação

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uDr. César Rômulo Rodrigues Assis

união, Estados, Distrito Federal e Municípios, após aprovarem seus PPAs e LDOs, realizam a elabora-

ção, apreciação, votação e aprovação da Lei do Orçamento Anual, que fará a previsão das receitas a serem arrecadadas no exer-cício e fixa as despesas a serem realizadas, cujos limites não poderão ser ultrapassa-dos, sem a autorização de suplementação feita pelo Legislativo.

No Brasil, a Lei do Orçamento Anual, é apenas AUTORIZATIVA, e o Poder Legislati-vo, pouco pode fazer depois de aprovada a lei, pois apesar de poder emendar a Lei do Orçamento, o chefe do executivo, pode ou não realizar as emendas apresentadas pela Câmara Municipal, ficando ao seu bel prazer executar todas as dotações orçamentárias autorizadas pelo Legislativo, que fica sem nenhum poder de fazer cumprir o Orçamen-to, já que no Brasil de ontem a LOA era ape-nas uma peça autorizativa e quiçá de ficção, já que a maioria dos Chefes dos Executivos não a cumpriam na sua totalidade.

Este ano de 2014, numa decisão histó-rica, o Congresso Nacional incluiu na Lei de Diretrizes Orçamentárias da União, disposi-tivos que TORNAM A LEI DE ORÇAMENTO IMPOSITIVA, sendo o chefe do executivo OBRIGADO A CUMPRIR FIELMENTE O QUE FOI APROVADO, sob pena de cometimento de crime de responsabilidade.

As emendas apresentadas pelos parla-mentares na LOA, terão obrigatoriamente de serem cumpridas, não ficando mais o Poder Legislativo de mãos atadas após a aprovação desta Lei, já que além de fiscali-

Artigo

dr César rômulo rodrigues Assis

zar os atos do poder Executivo, o Legislativo também poderá obriga-lo a cumprir fielmen-te o que foi aprovado na Lei do Orçamen-to, sob pena do Presidente, Governador ou Prefeito, colocar em risco o seu mandato, por cometimento de crime de responsabilidade PELO NÃO CUMPRIMENTO DA LOA.

Além da Lei de Diretrizes Orçamentá-rias da União para o exercício de 2015, foi também aprovada na Câmara dos Deputa-dos, a PEC n. 358/13, criando o Orçamento Impositivo para a União Federal, abrindo precedente para Estados e Municípios, cujos legislativos poderão aprovar emendas à Constituição Estadual e Leis Orgânicas, ALTERANDO AS LDOs e permitindo a APRO-VAÇÃO DO ORÇAMENTO IMPOSITIVO PARA ESTES ENTES DA FEDERAÇÃO.

E o que é o ORÇAMENTO IMPOSITIVO? É a lei orçamentária anual, cujas dotações orçamentárias destinadas ao Legislativo, às Obras, Investimentos e Despesas de Manu-tenção da máquina administrativa, DEVE-RÃO SER CUMPRIDAS FIELMENTE PELO CHEFE DO EXECUTIVO, sob pena do mesmo vir a ser processado, julgado e condenado por crime de responsabilidade, culminando com a perda do seu mandato.

A implantação do Orçamento Impositi-vo no Brasil, e principalmente nos MUNI-CÍPIOS, é uma conquista relevante, já que os parlamentares deixarão de serem apenas coadjuvantes da administração financeira e passarão a serem atores principais, pois TO-DAS AS EMENDAS QUE OS VEREADORES APRESENTAREM, TERÃO QUE SER EXECU-TADAS PELO PREFEITO.

Assim, as obras de investimentos, desti-nadas aos redutos eleitorais dos vereadores, através da aprovação das suas emendas par-lamentares, SERÃO EXECUTADAS FIELMEN-TE, aumentando o prestígio dos vereadores

junto á comunidade que eles representam.Além disso, terá o chefe do executivo, de

pedir autorização ao Legislativo, TODA VEZ QUE FICAR IMPEDIDO DE REALIZAR UMA OBRA, INVESTIMENTO OU DESPEAS, que foi aprovada na Lei do Orçamento Anual.

E como proceder no município para a implantação do Orçamento Impositivo?

Deverá a Câmara dos Vereadores, con-tar com ASSESSORIA ESPECIALIZADA da sua associação de classe, para realizar as alterações na Lei Orgânica, no Plano Pluria-nual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias, para finalmente transformar  o projeto da LOA , de iniciativo do executivo, em ORÇA-MENTO IMPOSITIVO que irá FORTALECER OS VEREADORES E LEGISLATIVOS MUNCI-PAIS DE TODO O PAÍS.

Dessa forma, devem as Câmaras Mu-nicipais de Vereadores, tomarem as provi-dências urgentes, para ALTERAREM A SUA LEGISLAÇÃO, a fim de que possam usufruir das EMENDAS PARLAMENTARES no ano vindouro de 2015, tornando a execução da lei de orçamento OBRIGATÓRIA para o chefe do executivo, podendo alterar a LDO até 30 de setembro do ano em curso, tendo tempo suficiente para emendar a Lei Orçamentária Anual, a vigorar no exercício de 2015, tor-nando-a em ORÇAMENTO IMPOSITIVO, fa-zendo com que a população e o eleitorado, reconheça o verdadeiro valor dos componen-tes do Poder Legislativo e principalmente de TODOS OS VEREADORES DO BRASIL. n

SERVIÇO:Dr.Cesar Rômulo Rodrigues Assis

Mestre em Direito Público Municipal, Especialista em Direito de Estado, Pós graduado erm Direito do

Trabalho Previdenciário, Consultor Jurídico do PNU-D-ILB-Interlegis-Senado Federal,Consultor Jurídico do

Instituto Brasileiro de Administração de Cidades(IBAC) e Vice-presidente Jurídico da Abracam

orçAmEnto impoSitivo E oS lEgiSlAtivoS muniCipAiS BrASilEiroS

A Lei do Orçamento Anual é a lei financeira mais imprtante na Administração Pública do País

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dilmA ApóiA CAmpAnHA dA frAtErnidAdE ContrA tráfiCo dE pESSoAS

Em seu twitter, presidenta saudou CNBB e lembrou que, desde 2006, país tem política nacional para combater crime

A Da Redação

Campanha da fraternidade

A presidenta Dilma Rousseff para-benizou, nesta quinta-feira (6), em seu Twitter, a Confederação

Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pelo tema da Campanha da Fraternidade des-te ano “Fraternidade e Tráfico Humano”.

“Saúdo a decisão da CNBB de se lançar na luta contra o tráfico de pesso-as, tema da Campanha da Fraternidade de 2014. Desde 2006, o Brasil tem uma política nacional para combater esse cri-me que atinge, principalmente, as mu-lheres jovens”.

Dilma lembrou que, por meio do te-lefone 180, a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) recebe denúncias que são repassadas à Polícia Federal.

“Meu governo tem, sistematicamente, investigado e combatido o tráfico de pes-soas, além de oferecer assistência às víti-mas e denunciantes. Este ainda é um crime difícil de combater, pois suas vítimas têm medo e vergonha de denunciar a prática. Por isto, é decisiva a participação da socie-dade por meio de campanhas como esta da CNBB”, finalizou a presidenta.

Fotos: Divulgação

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“Estado e sociedade devem es-tar juntos contra o tráfico de pes-soas”, diz Cardozo.

Ministro da Justiça participou do lan-çamento da Campanha da Fraternidade 2014, que escolheu como tema “Frater-nidade e Tráfico Humano”

“Fraternidade e Tráfico Humano”. Esse foi o tema escolhido para a Campanha da Fraternidade 2014, lançada em Brasília, na Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Entre os objetivos apresen-tados no texto base da campanha estão a denúncia de redes e estruturas criminosas causadoras de tráfico humano, a reivindi-cação de políticas públicas e meios para reinserção das vítimas.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, participou do evento. Ele expli-cou que o governo federal já tem uma série de iniciativas que envolvem todos os órgãos envolvidos com o tema, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Fe-deral, a Secretaria de Direitos Humanos e a Secretaria de Políticas para as Mulheres. “Agora temos essa oportunidade de jun-ção de forças com a sociedade por meio da Campanha da Fraternidade”, disse.

Em janeiro realizou-se a primeira reunião do Comitê Nacional de Enfrenta-mento ao Tráfico de Pessoas (Conatrap), que vai buscar aprimorar as políticas de Estado, receber sugestões e enraizar a atuação da sociedade sobre o tráfico de pessoas. O comitê é considerado a ins-tância maior de debate da política nacio-nal de combate ao crime.

Um balanço de atividades desenvol-vidas em 2013 acerca do enfretamento ao tráfico de pessoas no Brasil mostra que o ano passado foi marcado por avanços na política adotada pelo segun-do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, construído coletiva-mente com a participação de ministérios, organismos internacionais, estados, mu-nicípios e sociedade civil.

O levantamento mostra a consolida-

ção de uma rede com núcleos e postos de enfrentamento ao tráfico de pessoas. São 16 núcleos e 12 postos avançados de atendimento humanizado ao migran-te. Permanentemente esta rede se reúne para propor instrumentos e aprimorar o atendimento às vítimas, discutir estraté-gias de prevenção conjuntas e fortalecer a cooperação com os sistemas de justiça e segurança para a repressão ao crime.

A ação da pasta no combate a este crime também vem trazendo resultados com a produção de estudos, pesquisas e campanhas, como a Coração Azul, lança-da em maio de 2013, que ajudam a mo-bilizar e informar a sociedade brasileira sobre o fenômeno. n

SERVIÇOMinistério da Justiça, Portal Brasil,

EBC e Agência Brasil

Fotos: Divulgação

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ConAB doA 45 mil CEStAS BáSiCAS pArA ComunidAdES indígEnAS

Produtos são adquiridos da agricultura familiar com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

C Da Redação

povo indígenas

Companhia Nacional de Abaste-cimento de Mato Grosso do Sul (Conab-MS), em parceria com a

Fundação Nacional do Índio (Funai), doa-rá  aproximadamente 45 mil cestas de ali-mentos para a população indígena do es-tado ao longo do primeiro semestre deste ano. As doações ocorrerão em três etapas. A primeira, já em execução, abrange 27 aldeias. Jaguapiré, Cerrito, Guaimbé, Som-brerito, Urucuti, Rancho Jacaré e Sassoro já começaram a receber as cestas.

Os produtos são adquiridos da agri-cultura familiar, por meio da Compra Direta, e também via Bolsas de Mercado-rias (leilão eletrônico), com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). 

A Funai é responsável pela mediação entre a transportadora e os índios, certifi-cando-se de que os caminhões consegui-rão entrar nas comunidades e garantindo que a população já cadastrada no siste-ma receba corretamente as cestas. 

Indígenas recebem apoio para melhorarem produção agrícola de suas tribos

A iniciativa tem como objetivo possibilitar segurança alimentar aos índios de diversas etnias do País

Fotos: Divulgação / EBC

O Censo 2010 revela que o País tem 896,9 mil indígenas em todo o território nacional

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O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) mantém uma linha especial de Assistência Técnica Rural (Ater) voltada às populações indígenas. A ação consiste na visita de profissionais especializados, que apoiam os índios na melhoria de seus processos de plantio e cultivo de frutas e hortaliças típicas de suas regiões.

O projeto, além de promover seguran-ça alimentar e nutricional, tem como pre-missa o respeito aos elementos étnicos e culturais de cada tribo. 

“É uma assistência diferenciada, que leva em conta a manutenção da cultura, da tradição, e que respeita a forma como estes povos trabalham com a natureza”, explica o coordenador para Povos e Co-munidades Tradicionais do ministério, Ed-milton Cerqueira.

PROJETOS EM ANDAMENTOAtualmente, duas chamadas de Ater

indigena estão em curso: a primeira, para o território do Rio Negro, no Amazonas, que conta com investimento de aproxi-madamente R$ 1,7 milhão e atenderá a 300 famílias indígenas de 17 etnias.

A segunda é voltada para o público do Brasil Sem Miséria e terá investimento de aproximadamente R$ 9,5 milhões. Di-vidida em dois lotes, a ação será aplicada nos estados de Mato Grosso e Rio Gran-de do Sul, oferecendo assistência para três mil famílias. Os trabalhos devem ser iniciados ainda este ano.

Atualmente, cerca de 30 projetos de Ater para indígenas, apoiados pelo MDA, estão em execução. Juntos, somam um investimento de aproximadamente R$ 5 milhões e ajudam cerca de nove mil be-neficiários indígenas. 

O primeiro contrato, realizado em 2010, foi destinado para 180 famílias da etnia Kayapó e, por este contrato, 11 al-deias da etnia, no estado do Pará, partici-

param de um processo de diagnóstico de suas produções. O   trabalho incluiu cur-sos e oficinas que ajudaram a melhorar as práticas agrícolas e extrativistas desen-volvidas por estas comunidades.

Com a assistência técnica, foi possível alcançar dois avanços importantes: a es-truturação de uma cooperativa indígena, a Coopay; e a emissão de cerca de 190 De-clarações de Aptidão ao Pronaf (DAP), que permitiu que a produção de castanha do Pará pudesse ser comercializada por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O alimento foi adquirido pela moda-lidade doação simultânea e entregue para alimentação escolar dos próprios índios. A expectativa é pela venda de outras 400 to-neladas estocadas por meio do programa.

DAP INDíGENAAlém de assistência técnica, o MDA

trabalha para fazer com que as políticas públicas para agricultores familiares tam-bém cheguem com eficiência nas diver-sas aldeias indígenas no Brasil. Uma das ações importantes neste sentido, foi a criação da Declaração de Aptidão ao Pro-naf para Indígenas (DAP-I), que é emitida pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e identifica os indígenas em nível de suas unidades familiares.

“A DAP é um documento básico para acessar um conjunto de políticas impor-tantes, tais como o PAA e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)”, explica Edmilton. O objetivo da DAP-I é

ampliar o acesso dos indígenas às políticas de fortalecimento da agricultura familiar.

PAAO Programa de Aquisição de Alimen-

tos é uma das ações que contribui para aumentar a inserção dos índios brasilei-ros nas políticas públicas que promovem o desenvolvimento rural. De açodo com balanço realizado pela Companhia Na-cional de Abastecimento (Conab), no ano passado 44 projetos com participação in-dígena foram contemplados com recursos do programa, contra 21 em 2008.   Com isso, o envolvimento desses povos tradi-cionais com o programa apresentou um salto de 87, 5% nos últimos cinco anos, passando de 402 para 754 participantes.

Com o acréscimo na participação dos indígenas também cresceu o valor operado dos projetos. Se em 2008 foram destinados R$ 923,4 mil, no ano passado os recursos atingiram a casa dos R$ 3,3 milhões - um incremento de 260%.

Essas ações impactam diretamente na renda dos índios atendidos pelo PAA. Há cinco anos, a receita das comunidades chegava a R$ 2.504,21. Já em 2012, o rendimento chegou a R$ 4.457,33.  “A melhoria econômica das comunidades é apenas um dos benefícios do Programa. O PAA também contribui no resgate da cultura, mantendo viva as tradições de um povo”, ressalta a superintendente de Suporte à Agricultura Familiar da Conab, Kelma Christina Cruz.

A região Norte é que apresenta o maior número de indígenas participantes do programa. Em segundo lugar se en-contra o Centro-Oeste, seguido Nordeste, Sul e Sudeste. n

SERVIÇOCom informações do Ministério do Desenvolvimento

Social e Combate à Fome,Conselho Nacional de Segurança Alimentar,Ministério do Desenvolvimento

Agrário e Companhia Nacional de Abastecimento.

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C

oBrAS dAS trÊS mAiorES rEfinAriAS dA pEtroBráS AprESEntAm irrEgulAridAdES

Por Milton Atanazio

petrobrás

Criadas para acelerarem os investimentos em infraestrutura do país, diversas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

Criadas para acelerarem os in-vestimentos em infraestrutura do país, diversas obras do Pro-

grama de Aceleração do Crescimento (PAC) não estão imunes aos problemas administrativos. Dentre as cinco maiores obras do programa, três refinarias sob responsabilidade da Petrobras entraram no orçamento de 2014 com irregularida-des apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). As cinco maiores obras do PAC somam previsão de investimentos de cerca de R$ 139,7 bilhões.

Segundo o site Contas Abertas as obras que tiveram irregularidades aponta-das pelo TCU foram as de implantação da Refinaria Premium (Maranhão), constru-ção da Refinaria Abreu e Lima (Pernambu-co) e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Dentre as cinco maiores obras do PAC as que não têm irregularidades apontadas pelo Tribunal são a Usina Hi-drelétrica Santo Antônio (Rondônia) e a

Usina Hidrelétrica Belo Monte (Pará).A maior obra do PAC em termos de

recursos a serem aplicados é a implan-tação da Refinaria Premium I, no Estado do Maranhão. A principal constatação do TCU foi a existência de atrasos injustifi-cáveis nas obras e serviços. O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 725,3 milhões, que corresponde ao valor do contrato celebrado para a realiza-

ção dos serviços de preparação do terreno onde será implantada a futura refinaria.

A implantação da refinaria Premium I é responsabilidade da Petrobras. A obra fica no município de Bacabeira, no Mara-nhão. Segundo o governo federal, a refi-naria irá maximizar a produção no Brasil de óleo diesel de alta qualidade. Com in-vestimentos na ordem de R$ 40 bilhões, ela terá capacidade de processar cerca de 600

Fotos: Divulgação

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A cara e a Voz do Legislativo | 39

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

mil barris por dia. Com Início de operação em 2016, a refinaria será uma das maiores do mundo e deverá gerar em torno de 100 mil empregos, diretos e indiretos.

A segunda maior obra do programa é a da Refinaria de Abreu e Lima, que também está na lista de irregularidades do TCU. A auditoria do Tribunal constatou problemas no projeto básico, que tem pos-síveis deficiências na definição do tipo de solo, dados geotécnicos e quantificação de quantidades de estruturas metálicas.

Conforme relatório da Corte de Con-tas, há inadequação das providências adotadas pela administração para sanar interferências que possam provocar atra-so na obra, constatando-se que diversos atrasos ocorreram nas obras da refinaria e, principalmente, nas obras do contrato “Tubovias”, que são as interligações en-tre as unidades de processo, que operam desde o recebimento do óleo cru (tanques de óleo bruto) até o ponto de expedição dos produtos refinados. De acordo com o TCU, além de ensejarem aumento de cus-tos, os atrasos provocam o deslocamento do início de operação da refinaria, trazen-do prejuízos referentes a custos adicionais para acelerar o cronograma das obras, além de lucros cessantes (postergação de entrada de operação da refinaria).

Outra refinaria com irregularidade completa o “top 3” de grandes obras do PAC. Na obra do Complexo Petroquími-co do Rio de Janeiro, no entanto, o TCU constatou apenas um problema. O acha-do foi a assunção desnecessária de altos riscos pela Petrobras, que de fato se con-cretizaram, culminando em um atraso da ordem de cerca de 35 meses na partida das unidades de processo e incremento no custo do empreendimento da ordem de R$ 1,7 bilhão.

O volume de recursos fiscalizados pelo TCU na obra alcançou o montante de R$ 6,4 bilhões, que corresponde ao somatório dos valores de diversos contra-tos, entre eles: execução das unidades de processo, execução da Estrada Convento,

Pier e Dragagem, fornecimento dos qua-torze equipamentos críticos.

O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), iniciado em 2008 na cidade de Itaboraí (RJ quando em opera-ção, em 2014, terá capacidade de proces-sar 165 mil barris de petróleo pesado por dia, da Bacia de Campos, para produzir petroquímicos (plásticos, por exemplo), diesel, nafta e coque. Segundo o governo federal, a obra deverá gerar mais de 200 mil empregos diretos e indiretos e tem investi-mento inicial previsto de R$ 22,1 bilhões.

ANGRA 3Se consideradas as 10 maiores obras

do PAC, a construção da Usina Termelétri-ca Nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro, é

a que apresenta o maior número de pro-blemas de acordo com o TCU. Relatório do Tribunal apontou inadequação no orçamento do edital, do contrato e do aditivo de contrato, superfaturamento decorrente de preços excessivos fren-te ao mercado, licitação realizada sem contemplar os requisitos mínimos exi-gidos pela Lei 8.666/93, além de des-cumprimento de determinação exarada pelo TCU.

Único projeto nuclear em andamen-to no país atualmente, a usina de Angra 3 é o sexto maior empreendimento do PAC, com cerca de R$ 10 bilhões de in-vestimentos previstos. A previsão é que a Usina vá gerar uma média de 1.124 MW e seja concluída em 2016. O reator é o mesmo de Angra 2, do tipo PWR, com projeto da Siemens/KWU, atual Areva NP. A usina de Angra 3 está localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ), onde já funcionam Angra 1 e 2. Sua cons-trução foi paralisada na década de 1980 e retomada em 2008. Hoje, cerca de 10% das obras estão realizadas.

O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 4,3 bilhões. Esse montante é composto pelo valor atualizado de R$ 1,3 bilhão, referente aos serviços de construção civil, já em seu aditivo 26 de contrato, e o valor estimado para contratação da montagem eletrome-cânica, no valor de R$ 3 bilhões. n

SERVIÇO:Com informações do site Contas Abertas http://

www.contasabertas.com.br

Único projeto nuclear em andamento no país atualmente, a usina de Angra 3 é o sexto maior

empreendimento do PAC, com cerca de R$ 10 bilhões de investimentos previstos. A previsão é que a Usina vá gerar uma média de

1.124 MW e seja concluída em 2016

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internacional

EduCAção nA BElAruSO nivel da alfabetização da população, um dos mais altos no mundo, constitui 99,7%

na população adulta e 99,8% nos jovens.

oPor Milton Atanazio

Biblioteca Nacionalde Belarus

Centro de Minsk - Belarus Monumento Vladimir Lenin

oficialmente é  República da Belarus, um  país  sem saída para o mar, localizado no co-

ração da Europa, que faz fronteira com a  Rússia  a nordeste, com a  Ucrânia ao sul, com a Polônia a oeste, e com a Li-tuânia e Letônia a noroeste. Sua capital é Minsk, e outras de suas principais cida-des são Brest, Grodno (Hrodna), Gomel (Homiel), Mogilev (Mahilyow)  e Vitebsk (Viciebsk). Cerca de 40% da sua área to-tal de 207.500 quilômetros quadrados é coberto por  florestas  e os seus setores econômicos que mais se destacam são a agricultura e a indústria manufatureira.

Belarus ou Bielorrússia era um antigo principado eslavo na Idade Média. No século 18, foi anexado ao Império Russo, tornando-se república soviética em 1922. obteve sua independência em 1991.

O Brasil é um dos principais parcei-ros comerciais da Belarus no mundo e o maior na América Latina.

A educação belarussa é altamente avaliada em todo o mundo, por isso a formação no país atrai muitos estudan-tes estrangeiros.

Existe no país, um desenvolvido siste-ma de educação pré-escolar. Embora ela não seja obrigatória, a maioria das crian-ças antes de ir para a escola, freqüenta os jardins de infância.

A educação escolar na começa desde 6 anos e tem dois níveis: a geral básica e a secundária geral. Curso escolar bási-co dura 9 anos, o curso secundário - 11 anos. Tendo a formação bem sucedida do ensino fundamental, os jovens têm a oportunidade de continuar seus estudos nos colégios, escolas secundárias e es-colas profissionais, onde eles recebem a educação secundária e a especialidade profissional. Qualquer pessoa para rece-

ber a educação secundária pode continu-ar o ensino na escola. Certificado Geral de Educação Secundária é o documento principal para ingressar na universidade.

Seu sistema da educação utiliza duas línguas oficiais: russa e belarus-sa. A proporção dos estudantes para a quantidade total da população é uma das mais elevadas na Europa. A educa-ção superior é prestigiada e acessível. O número dos estudantes para cada 10 mil habitantes é de 467 pessoas. Com esse índice só perde para a Rússia e Ucrânia, mas fica à frenteda Áustria, Alemanha, Itália eJapão.

A educação superior pode ser obtida em 45 universidades estatais e 10 univer-sidades privadas. As universidades princi-pais no sistema nacional da educação são a Universidade Estatal da Belarus, a Uni-versidade Estatal Belarussa de Informáti-ca e Eletrônica, a Universidade Belarussa Técnica Nacional, a Universidade Estatal da Belarus Medical e a Academia Agrícola Estatal da Belarus.

Fotos: Divulgação

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A cara e a Voz do Legislativo | 41Minsk - Belarus

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

SERVIÇO:Com informações do Conselheiro Aleksandr

Tserkovsky e do Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Belarus no Brasil

Sr.Leonid Krupets

Ingressando para a universidade, o estudante tem a possibilidade de escolher a forma do ensino, que pode ser do dia, da tarde ou por correspondência.

O programa da formação nas instituições de ensino superior é projeta-do principalmente para 5 anos. Os estu-dantes da educação em tempo integral, que estudam com sucesso, recebem as bolsas. Todos os graduados das universi-dades das várias formas de propriedade recebem um diploma do Estado.

Todas as instituições de ensino supe-rior, tanto públicas como privadas, estão subordinadas ao Ministérioda Educação e por lá estudam mais de 16.000 estudan-tes estrangeiros de 88 países.

A formação dos cidadãos de outros países, como regra, é paga. O seu custo depende da especialidade, da forma da educação, da universidade e é em média cerca de 3.500 – 5.000 dólares por ano.

Depois de escolher a especialidade e a instituição do ensino superior o estrangei-ro tem que entrar em contato com a uni-versidade para o recebimento do convite. Para fazer isso, o candidado envia para a universidade o pacote dos documentos (http://www.bsu.by/en/main.aspx).

Após o recebimento do convite, é pre-ciso obter o visto para entrar no território da República da Belarus. O estrangeiro apresenta o pacote dos documentos e o passaporte com o visto para a comissão de seleção da universidade.

Os documentos podem ser forneci-dos nas línguas da Belarus ou da Rússia, ou em Inglês, Francês, Espanhol, Alemão. Neste caso, é necessário fazer a sua tra-dução em língua belarussa ou russa re-conhecida em cartório.

A língua de ensino nas universida-des é russa ou belarussa. A maioria dos estudantes estrangeiros para começar a estudar precisa aprender uma das duas línguas durante um ano, na faculdade pre-paratória da instituição do ensino superior. No entanto, em algumas universidades, os estudantes estrangeiros são educados em certas especialidades em Inglês.

Todas as universidades têm depar-tamentos que cuidam do fornecimento

da residência temporária. Esses departa-mentos prestam a ajuda na obtenção da autorização para residência temporária e tambem na busca da habitação. A maioria dos estrangeiros moram nas residências dos estudantes. É confortável e barato.

Para os estudantes estrangeiros nas universidades existem todas as condições para descanso ativo. A administração das instituições de ensino superior organiza as recepções da cozinha estrangeira e danças nacionais, as competições, shows de férias, discotecas, visitas para os museus e os tea-tros em Minsk, as excursões por todo o país.

Para melhorar a saúde os estudantes estrangeiros tem a possibilidade de prati-car de esporte nos clubes esportivos, nos ginásios equipados pelos simuladores es-portivos, nas piscinas, nos parques espor-tivos no ar livre. Os estrangeiros junto com os estudantes nativos participam de equi-pes de esportes e ganham nos jogos es-portivos, nos torneios e nos campeonatos.

Os cidadãos brasileiros podem receber a educação superior na República da Bela-rus no âmbito do Ministério da Educação, no programa Ciência sem Fronteiras.

O qUE é O PROGRAMA CIêNCIA SEM FRONTEIRAS?

Ciência sem Fronteiras é um progra-ma que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciên-cia e tecnologia, da inovação e da com-petitividade brasileira por meio do inter-câmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Ino-vação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento - CNPq e Capes -, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.

Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Belarus no Brasil Sr.Leonid Krupets

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desarmamento

CAmpAnHA do dESArmAmEnto rECEBE 2,5 mil ArmAS Em 2014

Desde o início, em 2004, mais de 648 mil armas já foram doadas às autoridades com a finalidade de reduzir a violência no País

j Da redação

janeiro e Fevereiro de 2014 registra-ram a entrega de 2.580 armas para a Campanha do Desarmamento.

Desde o início, em 2004, mais de 648 mil armas já foram doadas às autoridades com a finalidade de reduzir a violência no País.

Entre as armas que mais são entre-gues estão o revolver e a espingarda. Os estados que mais recolhem são São Pau-lo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso do Sul – na estatística de taxa de entrega a cada 100 mil habitan-tes. O Brasil conta hoje com 2.127 pontos de entrega, a maioria nas policias civis dos estados.

ONDE E COMO ENTREGAR Os mais de 2 mil pontos de entrega de

armas estão espalhados por todos os esta-dos e o Distrito Federal. A relação completa encontra-se no site da campanha.

Qualquer pessoa que queira entregar uma arma de fogo deve se dirigir a uma delegacia da Polícia Federal (PF) ou da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ou de-mais postos cadastrados. 

Antes disso, é importante retirar uma guia de trânsito para o transporte da arma. Com ela, o cidadão pode se loco-mover de maneira legal e segura. A arma deve ser embalada e descarregada e suas munições devem ser levadas separada-mente (estas sem direito a idenização). A identificação de quem quiser entregar a arma não é obrigatória.

As armas serão inutilizadas no ato da entrega nos postos credenciados.

Posteriormente, serão encaminhadas ao setor especializado da Polícia Federal para o descarte total, que poderá ser feito por meio da queima em fornos industriais de alta temperatura.

Ao entregar a arma no posto de en-trega, o cidadão irá cadastrar uma senha de quatro dígitos, única e intransferível, e receberá um protocolo do Banco do Bra-sil composto de 16 dígitos. De posse des-te documento, o cidadão deve se dirigir a um dos caixas eletrônicos do banco. A indenização estará disponível para saque 24 horas após a entrega da arma até 30 dias. O valor pode variar de R$ 150 a R$ 450 conforme o armamento. n

SERVIÇOCom informações do Ministério da Justiça

Fotos: Divulgação

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o

Convênios

muniCípioS ASSinAm mAior pArtE doS ConvÊnioS Com govErno fEdErAl

Balanço de 2013 das transferências voluntários demonstra que 74% dos processos foram realizados com esses entes da federação

Da Redação

o governo federal realizou, no último ano, 11.430 convênios, contratos de repasse e termos

de parceria, sendo 74% dessas transfe-rências com órgãos da administração pú-blica municipal. Os dados são do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv).

Recife (PB), Rio de Janeiro (RJ) e Sal-vador (BA) foram os três municípios que mais receberam recursos de transferências voluntárias da União em 2013. As três ci-dades juntas arrecadaram cerca de R$ 706 milhões dos cerca de R$ 12 bilhões movi-mentados em convênios no período. 

Recife foi a cidade que mais recebeu recursos oriundos do Siconv: R$ 251,7 milhões. Entre os diversos convênios as-sinados com órgãos públicos da capital de Pernambuco está um da Presidência

da República, voltado para o incentivo do empreendedorismo de mulheres em vul-nerabilidade financeira e em situação de violência doméstica. O valor deste convê-nio ficou em R$ 142.233,90.

Já em Salvador, que está em segundo lugar entre as cidades que mais recebe-ram verbas de transferências voluntárias, a qualificação de trabalhadores pertencen-tes a famílias beneficiárias do Programa Bolsa-Família também foi estabelecida por meio de um convênio. A proposta é inserir essas pessoas em postos de trabalho gera-dos pelo setor da construção civil. A capital

baiana recebeu recursos da ordem de R$ 239,6 milhões a partir de convênios reali-zados com o governo federal.

JOVENS E ADOLESCENTES Um dos convênios assinados por ór-

gãos do Rio de Janeiro com o governo fe-deral visa atender jovens e adolescentes com idade entre 15 e 24 anos expostos à violência urbana nos seguintes bair-ros: Acari, Vila Kennedy, Cidade de Deus, Complexo da Penha, Reta João XXIII, Se-nador Camará e Santa Marta. Esta trans-ferência foi acordada com o Ministério da Justiça e representou um gasto da ordem de R$ 11,2 milhões. A capital fluminense foi a terceira cidade que mais recebeu re-cursos da União por meio de transferên-cias voluntárias. Foram repassados para o município cerca de R$ 215,6 milhões. 

De acordo com a secretária de Logística e Tecnologia da Informação, Loreni Foresti, os exemplos de transferências voluntárias realizadas no último ano demonstram a pluralidade e a importância do Siconv para o atendimento da população brasileira:

“O Siconv foi criado em 2008 para agilizar os convênios. É uma ferramenta democrática e que gera economia para os usuários, já que não é mais necessário vir a Brasília para estabelecer uma transferência voluntária com a União”, explica. n

SERVIÇOCom informações do Ministério do

Planejamento, EBC e Agência Brasil.

Fotos: Divulgação

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publicidade

gAStoS Com puBliCidAdE já SuBirAm quASE 30% Em 2014

Nos dois primeiros meses deste ano eleitoral, que já está a pleno vapor, R$ 30,2 milhões a mais foram gastos com publicidade governamental

nPor Milton Atanazio

nos dois primeiros meses des-te ano eleitoral, que já está a pleno vapor, R$ 30,2 milhões

a mais foram gastos com publicidade go-vernamental, se comparado com o primei-ro bimestre de 2013. Nos meses de janei-ro e fevereiro de 2013, R$ 110,3 milhões foram destinados para a área. No mesmo período de 2014, o valor já atingiu R$ 140,5 milhões. A constatação é do site Contas Abertas cujos dados levantados levaram em consideração os dois tipo de publicidade praticados pela administração federal: publicidade institucional e publici-dade de utilidade pública.

A maior parcela dos recursos, cerca de R$ 102,1 milhões ou 72,7% dos gastos, é voltada para a publicidade de utilidade pública. Esse tipo de propaganda é a que informa e orienta a população para adotar comportamentos que tragam benefícios re-ais na melhoria da qualidade de vida.

O Ministério das Cidades foi o que mais desembolsou recursos com esse tipo de publicidade nos dois primeiros meses deste ano. A Pasta já gastou R$ 30,9 milhões com iniciativas federais como o Minha Casa, Minha Vida e o Pacto pela Vida nas Estradas, que pretende diminuir acidentes de trânsito por meio da prudên-cia de motoristas.

O Ministério da Saúde, tradicional-mente recordista de gastos com a rubrica,

ocupou o segundo lugar no ranking de dispêndios com publicidade de utilidade pública. Ao todo, R$ 22,4 milhões foram aplicados pela Pasta nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. A previsão é que R$ 215,6 milhões sejam destinados para este tipo de propaganda em 2014. As campanhas de utilidade pública do Minis-tério da Saúde promovem informação ao cidadão sobre os direitos de acesso aos serviços de saúde.

O terceiro lugar, com gastos da or-dem de R$ 7,4 milhões, foi ocupado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A Pasta é responsável pelas iniciativas de assistência social do governo federal, incluindo o programa Bolsa Família.

Já para a publicidade institucional, que tem como meta a divulgação de in-formações sobre atos, obras e programas de órgãos e entidades governamentais, R$ 38,3 milhões foram gastos nos dois primeiros meses de 2014.

O aumento de gastos com publici-dade em anos eleitorais é recorrente no governo federal. Nos dois primeiros me-ses de 2010, ano em que aconteceram as últimas eleições presidenciais no Brasil, os gastos com os dois tipo de publicidade chegaram a R$ 131,2 milhões, em valores da época. O valor foi 79,5% maior do que

Fotos: Divulgação

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A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

os R$ 73,1 milhões aplicados em janeiro e fevereiro de 2009.

Além da corrida para mostrar “servi-ço”, em ano eleitoral a própria legislação acelera o processo. É vedado aos agentes públicos em campanha eleitoral nos três meses que antecedem o pleito autorizar publicidade institucional dos atos, pro-gramas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta

A propaganda só pode ser realiza-da em caso de grave e urgente neces-sidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral, ou, propagandas de produtos e serviços que tenham con-corrência no mercado.

Os gastos com publicidade de uti-lidade pública e institucional em anos eleitorais também são controlados com base em execícios anteriores. Dessa for-ma, pela legislação, até três meses antes do pleito, é proibido realizar, em ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a média dos gastos nos três últimos anos que antecedem o pleito ou do último ano imediatamente anterior à eleição.

Para Roberto Romano, cientista polí-tico e professor da Unicamp, nos últimos anos, a publicidade foi exarcebada pelos marketeiros em todos os níveis e setores de poder. “É necessário que a regra seja mais rígida para coibir esse tipo de onipre-

sença da gestão em exercício nas propa-gandas realizadas em nome da adminis-tração federal. A publicidade das iniciativas do governo federal devem ser mais claras e voltadas para a cidadania”, explica.

Além disso, de acordo com o espe-cialista, a Justiça Eleitoral necessita estar mais atenta para o fato de que a pro-paganda governamental está cada vez mais política e de uma maneira muito pouco sutil. Segundo Romamo, se juntar os gastos bilionários de todas as esferas do poder com publicidade seria possível aumentar investimentos em escolas e hospitais, por exemplo, que é o que a po-pulação realmente quer ver.

Gastos de R$ 766 milhões em 2013

No ano passado, os gastos com os dois tipos de publicidade chegaram à ci-fra de R$ 766 milhões. O valor é 32,2% maior do que os R$ 579,2 milhões de-sembolsados nas rubricas em 2012. Do total, R$ 186,2 milhões foram para publi-cidade institucional. Já para a publicidade de utilidade pública foram destinados R$ 579,8 milhões. A previsão para 2014 é de que R$ 863,4 milhões sejam gastos com os dois tipos de publicidade. n

SERVIÇO:Com informações do site Contas Abertas

– www.contasabertas.com.br (A Associação Contas Abertas é uma entidade da sociedade civil, sem fins

lucrativos, que reúne pessoas físicas e jurídicas, lideranças sociais, empresários, estudantes, jornalistas, bem como quaisquer interessados em conhecer e contribuir para o

aprimoramento do dispêndio público, notadamente quanto à qualidade, à prioridade e à legalidade).

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turiSmo

p

SitE pArA turiStAS EStrAngEiroS é lAnçAdo pElA EmBrAtur

Plataforma é um site promocional que incentiva os jogadores a descobrir algumas das maravilhas naturais do brasil

Da Redação

para dar continuidade às ações de promoção do Brasil no exterior, a Embratur (Instituto Brasilei-

ro de Turismo) lança a plataforma  The Green House. Voltada para os turistas residentes no Reino Unido, Alemanha, Holanda, Portugal, França, Itália e Espa-nha, a nova promoção de caráter exclu-sivamente cultural vai premiar o usuário com uma viagem. 

“O objetivo da promoção é divulgar destinos brasileiros do segmento Eco-turismo e Aventura, principalmente por meio da comunicação digital, que está sendo cada vez mais utilizada como fonte de informação no setor de turismo. Além disso, nossa intenção é mostrar a verda-deira conexão entre o turista e a natureza brasileira”, destacou o diretor de Marke-ting da Embratur, Walter Vasconcelos. 

Para concorrer, o interessado deve-rá acessar o site da campanha e aceitar integrar com sua conta do Facebook para que o site acesse as informações do perfil. Em seguida, deverá indicar a localização exata da imagem que está sendo mostra-da, marcando o local no mapa que apa-rece na plataforma. 

No jogo, os participantes encontram cinco lugares paradisíacos e, no final, quem acumular a distância mais curta entre as localizações reais e os palpites, é o vencedor. 

A iniciativa, que vai até o dia 10 de abril, é aberta a toda e qualquer pessoa maior de 18 anos que possua perfil na rede social Facebook, cadastrado antes da data de início da promoção. Mas, somente concorrerão ao prêmio, os usu-ários residentes nos países citados. O vencedor, que tem direito a um acom-panhante, poderá escolher entre os des-tinos de Bonito, Brotas, Foz do Iguaçu, Pantanal e Amazônia. 

Para acertar, cada participante terá até cinco tentativas. O jogador irá acu-mular os pontos de todas as alternati-vas que escolher. Vence quem obter a maior pontuação. 

O prêmio dá direito a duas passa-gens aéreas de ida e volta para o desti-no escolhido, sendo uma passagem para o vencedor da promoção e uma para o acompanhante; diárias de hospedagem em quarto duplo; hotel com café da ma-nhã; transporte aeroporto/hotel/aeropor-to; entrada e traslado a todas as atrações inclusas no roteiro. 

Ao final, o ganhador poderá escolher o destino. Os resultados serão divulgados no dia 15 de abril, e o vencedor será contata-do através de seu perfil no Facebook. n

SERVIÇO:Com informações do Ministério do Turismo,

Embratur e Agência Brasil

Fotos: Divulgação

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A

internet

BAndA lArgA populAr já EStá Em mAiS dE 4.500 muniCípioS

Meta é atender todas as cidades do país até o fim deste ano com pacotes de 1 Mbps por R$ 35

Da Redação

A banda larga popular oferta-da pelas concessionárias que firmaram um acordo com o

governo federal em 2011 chegou a 4.523 municípios brasileiros, segundo dados de dezembro de 2013. Isso re-presenta cobertura em 81% de todas as cidades do Brasil.

A iniciativa tem o objetivo de contri-buir para a popularização da internet no país, oferecendo o serviço nos moldes do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), com 1 Mbps de velocidade por R$ 35 mensais, com impostos.

Entre os 734 novos municípios aten-didos no último trimestre de 2013, a maio-ria (414) está localizada na região Nordes-te, nos Estados de Alagoas, Ceará, Piauí, Paraíba, Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe. A lista atualizada de cidades

atendidas já está disponível no site do Mi-nistério das Comunicações - http://www.comunicacoes.gov.br/cidades-atendidas

“A intenção dessa divulgação é per-mitir que o cidadão saiba onde já exis-te a oferta, para que ele possa cobrar a prestação do serviço no município onde reside”, explica o diretor de Banda Larga do Ministério, Artur Coimbra.

ACORDOSSegundo os documentos assinados

entre o Ministério das Comunicações e as

concessionárias de telefonia fixa, todos os municípios brasileiros deverão contar com a oferta de internet em alta veloci-dade até dezembro de 2014.

Em outra frente, a Telebrás, empresa responsável pela execução do PNBL, tam-bém está trabalhando para levar banda larga a todas as cidades do país. A estatal já construiu mais de 25 mil km de redes de fibras ópticas, capazes de atingir, in-clusive, localidades onde ainda não há oferta por parte das empresas privadas.

PNBL 2.0O Governo Federal estuda atualizar o

Programa Nacional de Banda Larga ainda este ano, o que está sendo chamado de “PNBL 2.0”. A idéia é que essa revisão seja feita enfocando principalmente as re-des fixas super rápidas e o acesso móvel em smartphone e tablet. n

SERVIÇO:Com informações do Ministério

das Comunicações

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Economia e Emprego

AzonA frAnCA ComplEtA 47 AnoS

Faturamento do Pólo Industrial de Manaus em 2013 foi de R$ 83 bilhões

Por Caroline Oliveira

A conclusão da entrevista coletiva concedida pelo superintendente da SUFRAMA, Thomaz Noguei-

ra, no dia em que o modelo de desenvol-vimento implantado na capital do Ama-zonas comemorou 47 anos é que o maior desafio da Zona Franca de Manaus (ZFM) hoje é “didático”.

Nogueira pontuou alguns números da ZFM, ao conversar com jornalistas, como o faturamento das empresas em 2013, a receitas que elas geram para a União, bem como a quantidade de em-pregos diretos e indiretos que oferecem, para concluir que aqueles que se posi-cionam contra, na verdade, estão apenas mal informados.

“Nosso maior desafio neste momen-to é pegar as críticas e esclarecer os equívocos, pois quem conhece a Zona Franca não consegue ser contra. O mo-delo é estratégico para o Brasil e a maio-ria dos posicionamentos contrários é baseada em premissas falsas, repetidas como mantras, que só revelam a igno-rância sobre o projeto”, disse o superin-tendente da Suframa.

 Entre as “premissas falsas”, Noguei-ra destacou a que prega que a isenção fiscal na região é muito grande para pou-co retorno. “O faturamento do Polo In-dustrial de Manaus (PIM) em 2013 foi de R$ 83 bi. A União arrecada no Amazonas mais da metade de todos os tributos fe-derais da 2ª Região Fiscal – que inclui todo o Norte com exceção de Tocantins. A maior parte do que arrecada não volta

Nosso maior desafio neste momento é pegar as críticas e esclarecer

os equívocos, pois quem conhece a Zona Franca

não consegue ser contra. O modelo é estratégico para o Brasil e a maioria dos

posicionamentos contrários é baseada em premissas falsas, repetidas como

mantras, que só revelam a ignorância sobre o projeto

Fotos: Divulgação

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A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

como repasse para o Estado, ou seja, o re-curso é distribuído para o restante do país. Sem ZFM, a arrecadação seria muito me-nor e o governo provavelmente teria um déficit na região”, disse o superintendente.

“E o que é isenção? Veja o exemplo dos condicionadores de ar tipo split. Em 2012 o consumo de produtos importados era enorme. O governo corrigiu a carga tributária para incentivar as fábricas no Brasil e hoje o setor fatura alto em Ma-naus. Você pode dizer que o governo per-deu recursos?”, exemplificou.

Mais 50 anos - O superintendente da Suframa lembrou que a proposta de pror-rogar os incentivos da ZFM por 50 anos partiu do Executivo Federal o que, por si

só, mostra o quanto o modelo é estratégi-co para o Brasil.

“Por que a presidente está defenden-do o modelo? Porque ele é importante para todo o país – aliás, para todo o plane-ta. Ele permite uma atividade econômica que é alternativa à exploração florestal, ajudando a manter a floresta em pé. De quebra, gera superávit para o governo. Dá para ser contra?”, questionou, informando que está otimista com a aprovação do pro-jeto no Congresso Nacional. 

Quando questionado sobre os cami-nhos que o modelo deve seguir nestes próximos 50 anos, Nogueira disse que o maior desafio é mostrar a todos no Brasil que a ZFM faz sentido.

A partir daí é preciso repensar o mo-delo para um salto histórico, da manufa-tura para a criação. “Temos que investir mais ainda na Zona Franca, usando de forma cada vez mais inteligente os re-cursos de P&D (Pesquisa  e Desenvolvi-mento). Também temos que aproveitar melhor nossas vocações naturais. Indús-tria Naval, Petróleo e Gás e Biotecnolo-gia são alguns dos caminhos. E muitos deles já estamos trilhando, como é o caso da fabricação em Manaus de medi-camentos a partir de princípios ativos da região”, concluiu. n

SERVIÇOCom informações do Portal Brasil e da

Superintendência da Zona Franca de Manaus.

Temos que investir mais ainda na Zona Franca,

usando de forma cada vez mais inteligente os recursos

de P&D (Pesquisa  e Desenvolvimento).

Também temos que aproveitar melhor nossas

vocações naturais

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reciclagem

d

rESíduoS SólidoS noS 12 EStádioS dA CopA do mundo SErão rECiClAdoS

Estimativa é de que 320 toneladas de lixo sólido sejam produzidos nos 64 jogos do Mundial

Da Redação

durante a Copa do Mundo de 2014 todo o lixo sólido pro-duzido nos 12 estádios que

receberão os jogos da competição será coletado e encaminhado à reciclagem em cooperativas. A Coca-Cola Brasil, em par-ceria com a Fifa, será a responsável pela ação de gerenciamento dos resíduos. Ao todo, serão 840 catadores capacitados. O

treinamento começou por Brasília, nesta terça-feira (11) e passará por todas as ca-pitais do Mundial.

A ação também foi realizada duran-te a Copa das Confederações de 2013, quando 70 toneladas de material foram destinadas à indústria de transformação. Ao todo, a Coca-Cola oferece suporte para a gestão e capacitação em 300 coo-perativas em 22 estados. A estimativa é que sejam produzidas cinco toneladas de resí-duos passíveis de reciclagem a cada partida

da Copa do Mundo, o que daria quase 320 toneladas após os 64 confrontos.

“Avaliamos a experiência realizada na Copa das Confederações de forma bastante positiva e, em parceria com a Fifa, resolvemos levar a ação para as 12 cidades-sede. A participação dos cata-dores foi fundamental para o resultado. Pensando na Copa do Mundo, decidi-mos ir além e contribuir também para o crescimento profissional e pessoal desse grupo. Por isso, criamos o treinamento

Fotos: Divulgação

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A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

para gestão de resíduos nos estádios da Copa do Mundo”, explica Victor Bicca, diretor de assuntos governamentais, co-municação e sustentabilidade da Coca-Cola Brasil para o Mundial.

EM BRASíLIATodo o material coletado no Estádio

Mané Garrincha será destinado à Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do Distrito Federal. O curso para 70 cata-dores teve uma carga horária de quatro horas. Nas aulas, eles aprenderam como manusear os equipamentos que serão utilizados durante o Mundial e foram trei-nados também sobre a dinâmica de tra-balho dentro do estádio, além de terem recebido informações sobre segurança e questões comportamentais.

No estádio de Brasília serão instala-dos cerca de 300 coletores de 180 litros em áreas de circulação do público, e pelo menos 400 lixeiras de papelão de 100 litros em escritórios, vestiários e áreas VIP. Os equipamentos da cor verde serão destinados aos resíduos recicláveis, como copos e garrafas plásticas. Já os de cor

cinza receberão lixo orgânico, como res-tos de alimento.

Durante as partidas, haverá campa-nha de conscientização com os torce-dores. Além da sinalização adequada das lixeiras, serão divulgados informes nos telões com mensagens do mascote do Mundial, o tatu-bola Fuleco, padri-nho da ação.

A coleta seletiva começou no Dis-trito Federal há um mês, com a entrega dos caminhões responsáveis pelo reco-lhimento do lixo reciclável. Segundo o coordenador do Movimento Nacional de Catadores no DF, Ronei Alves, a valoriza-ção desse trabalho durante a Copa do Mundo terá impactos positivos na cons-cientização dos cidadãos.

“O catador sempre trabalhou de forma invisível. Poder atuar em um evento que será visto em todo o plane-ta é uma oportunidade de mostrar que temos uma função ambiental importan-te. Estamos vivendo um momento em que o cidadão precisa se responsabilizar pelo lixo que produz. Com essa ação, a população terá consciência, ao consu-mir a comida e a bebida, de que esse material precisa ter um descarte e uma destinação corretos”, disse.

A reciclagem de resíduos está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos,

instituída em 2010, que cria normas para a coleta, o destino final e o tratamento de lixo urbano e industrial, entre outros. n

SERVIÇOCom informações do Portal da

Copa, EBC, Agência BrasilO catador sempre

trabalhou de forma invisível. Poder atuar em um evento que será visto em todo o planeta é uma oportunidade de mostrar que temos uma função ambiental importante. Estamos vivendo um

momento em que o cidadão precisa se responsabilizar

pelo lixo que produz

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EvEntoS ClimátiCoS ExtrEmoSO Equilíbrio do planeta é problema de todos nós

nGisele Victor Batista*

Artigo

gisele victor Batista

nos últimos meses o planeta tem vivenciado uma série de fenômenos climáticos

naturais que, por suas características extremas, tem impactado diretamente na vida urbana, na produção agrícola, na circulação de cargas e pessoas. A China enfrentou o pior inverno dos últi-mos 30 anos, a Austrália sofreu grandes queimadas, o Paquistão foi inundado por enchentes inesperadas, os EUA enfrenta-ram uma forte massa polar que derrubou as temperaturas a -60°C e, no Brasil, ocorreram diversos eventos como o fura-cão Catarina, chuvas torrenciais e ventos fortes que causam a grandes danos.

Enchentes, secas prolongadas, on-das de calor e/ou frio, tufões e tornados são considerados eventos climáticos extremos e sempre ocorreram em todo o mundo. Porém, nos últimos anos, as maiores concentrações de gases de efei-to estufa na atmosfera têm alterado e perturbado o clima em escala global, aumentando a frequência destes fenô-menos extremos, tanto em termos de quantidade quanto em intensidade. A poluição industrial, o desmatamento, a exploração pecuária em larga escala, a utilização de meios de transportes mo-vidos a combustíveis fósseis, e energias geradas de forma poluente podem ser considerados grandes causadores do efeito estufa.

O futuro do planeta, segundo es-pecialistas, estará bastante comprome-tido se ações emergenciais não forem

minicurrículo

Graduada em Geografia (UFSC), com Mestrado em Análise da Qualidade Ambiental (UFSC) e atualmente, é doutoranda em Engenharia Ci-vil da UFSC, na área de concentração Cadastro Técnico Multifinalitário e Gestão Territorial, com especialidade em Avaliação de Impacto Ambiental. É aluna do Curso de MBA Gerencia-mento de Projetos da FGV. Executiva de Proje-tos de Meio Ambiente na TOPOCART- Brasília/DF e Professora Colaboradora no Programa de Pós-Graduação Latu Senso em Gestão Am-biental. É sócio-membro do Instituto Histórico Geográfico de Santa Catarina (IHGSC), Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), faz parte do Grupo Gestão do Espaço GrupoGE da UFSC e possui diversas publicações científicas e internacionais nas áreas de Avaliação de Im-pacto Ambiental, Gestão Territorial/Ambiental e Geotecnologias aplicada ao Licenciamento/Estudo Ambiental.

colocadas em práticas. A previsão é que as mudanças climáticas irão aumentar as chuvas de maior intensidade em certas re-giões do planeta, enquanto que em outras são as secas que se tornarão mais intensas. Na Amazônia, a situação será mais grave, principalmente em relação aos desmata-mentos, e na Caatinga, espera-se a possi-bilidade de ocorrer um processo de deserti-ficação do bioma.

Para resolver esses problemas, o Brasil conta com um Plano Nacional de Mudan-ças Climáticas, que incentiva o desenvolvi-mento de ações que reduzem as emissões de gases de efeito estufa, esforço mundial por um planeta mais sustentável. Este Plano estrutura-se em quatro eixos (opor-tunidades de mitigação;  impactos, vulne-rabilidades e adaptação; pesquisa e de-senvolvimento; e educação, capacitação e comunicação), e está em acordo com a Lei n° 12.187 de 2009, a qual institui a Política Nacional Sobre Mudança Climática.

Cada cidadão desempenha um impor-tante papel na preservação do planeta. Por meio de mudanças em nossas práticas cotidianas, nós consumidores podemos forçar as empresas a produzirem de forma mais limpa, utilizar materiais recicláveis e/ou sustentáveis, para reduzir os impactos sobre o meio ambiente. Ao exercemos a ci-dadania, esta nova consciência é colocada em prática e focada num único objetivo: reduzir o aquecimento global e suas con-sequências ruins sobre o clima do planeta.

Sabe-se que a implantação de todo este processo não será fácil, principalmente num país que possui tantas fragilidades em termos econômicos e sociais, como é o caso do Brasil. Por outro lado, tal-vez seja uma excelente oportunidade

para despertarmos para um melhor planejamento de nossos recursos naturais, com investimentos em tec-nologias sustentáveis e socialmente includentes. n

Fotos: Divulgação

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A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!Economia e Emprego

EnContro intErnACionAl dEBAtE mErCAdo dE CAfé

Delegação representará o Brasil em evento em Londres; País é o maior produtor e exportador de café do mundo

uDa Redação

uma delegação brasileira partici-pa da 112ª sessão do Conselho Internacional do Café, promo-

vida pela Organização Internacional do Café (OIC), no período de 3 a 7 de março, em Londres, na Inglaterra.

A missão, chefiada pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ge-rardo Fontelles, terá a participação de integrantes do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), da Embrapa e de parlamentares, além do diretor do Depar-tamento do Café, da Secretaria de Produ-ção e Agroenergia, Jânio Zeferino da Silva.

Na pauta da reunião, se destacam as-suntos como a situação do mercado. Pa-ralelamente ao encontro, será realizado o Fórum Consultivo sobre Financiamento do Setor Cafeeiro, órgão criado no âm-bito do Acordo Internacional do Café de 2007 e o Seminário para o fornecimento sustentável no mercado de café.

Também durante o evento, será lan-çada a proposta do país que sediará a 4ª Conferência Mundial do Café, em 2015. No páreo estão a Itália, a Etiópia e a Colômbia.

SAIBA MAISO Brasil é o maior produtor e expor-

tador e segundo consumidor de café do mundo. De acordo com a Companhia Na-cional de Abastecimento (Conab), o País tem, atualmente, uma área plantada de 2,3 milhões de hectares. A safra prevista para 2014 é de 48,3 milhões de sacas.

Em 2013, o produto representou

5,3% das exportações brasileiras no agronegócio, que chegaram a aproxima-damente 32,01 milhões de sacas de 60 kg, gerando um faturamento de US$ 5,27 bilhões, ocupando a 6ª posição no ranking de exportações do agronegócio brasileiro.

Os principais destinos de café verde foram Estados Unidos, Alemanha, Japão e Itália; de café solúvel, Estados Unidos, Rússia, Ucrânia e Japão; e de café torrado

e moído, Estados Unidos, Argentina, Ja-pão e Alemanha.

A Organização Internacional do Café (OIC) é um organismo intergovernamen-tal, criado com o apoio das Nações Uni-das, para servir à comunidade cafeeira internacional.  Criada em 1963, a OIC reúne países produtores e consumidores de café. Com sede em Londres, conta com 72 países-membros. n

Delegação brasileira participa da 112ª sessão do Conselho Internacional do Café, promovida pela Organização Internacional do Café

Fotos: Divulgação

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SAúdE

Com a 4ª etapa, programa levará mais 13 mil médicos para municípios brasileiros, ampliando atendimento para 45,6 milhões de pessoas

oDa Redação

mAiS médiCoS AtingE mEtA dE AtEndimEnto do progrAmA

o Programa Mais Médicos en-cerra seu quarto ciclo de se-leção com o atingimento da

meta de levar mais 13.235 profissionais às unidades básicas de saúde dos muni-cípios que aderiram ao programa até o primeiro trimestre deste ano, com am-pliação do atendimento a 45,6 milhões de brasileiros. O desempenho foi possível graças à entrada de mais profissionais brasileiros e estrangeiros por meio da cooperação individual e do acordo com

a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que permitiu a atuação de médi-cos cubanos no Brasil.

No quarto ciclo, entram no programa 192 profissionais com diplomas emitidos por instituições brasileiras ou por elas re-validados e 204 intercambistas, ou seja, com exercício profissional reconhecido em outros países. Além destes, começam a chegar ao Brasil, a partir desta quarta-feira (5), mais quatro mil médicos cubanos.

Atualmente, os 9.425 médicos que in-tegram o programa estão distribuídos em 3.241 cidades e 32 distritos indígenas. Par-te desse grupo, pouco mais de 2.000 que fazem parte do terceiro ciclo, ainda está

finalizando o processo de avaliação e deve iniciar o atendimento nos municípios em março. O programa, com esse total, atinge quase 33 milhões de brasileiros e contem-pla mais de 70% da demanda por médicos apontada pelos municípios.

NOVO TERMO DE AJUSTE Os 4.000 profissionais cubanos do

quarto ciclo chegarão, a seis cidades bra-sileiras – Gravatá (PE), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Guarapari (ES), Fortaleza (CE) e São Paulo (SP), onde vão cursar o módu-lo de acolhimento e avaliação do progra-ma junto com os demais estrangeiros.

A chegada deste novo grupo e a ma-

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As regras gerais adotadas entre o Brasil, a OPAS e o governo de Cuba para a

realização do Mais Médicos seguem o mesmo padrão das demais cooperações

realizadas por Cuba em 63 países para o provimento de

profissionais de saúde.

nutenção dos demais médicos que vieram ao Brasil por meio de cooperação entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) será viabili-zada por um novo termo de ajuste deste acordo. O documento prevê investimen-to de R$ 973,94 milhões nos próximos seis meses, sendo 86% do valor previsto para os gastos diretos com o profissional, como o pagamento da bolsa-formação e da ajuda de custo de instalação. O au-mento no valor se deve à presença de 11.400 médicos.

O novo termo, cujo extrato foi pu-blicado no Diário Oficial da União nessa quarta-feira (5), segue o mesmo padrão do anterior, cujo cálculo de recursos con-siderou o pagamento de passagens, aju-da de custo e bolsa de formação mensal com base nos mesmos valores estipulados para os demais participantes do progra-ma, sejam eles brasileiros ou estrangeiros. Além disso, o valor repassado à OPAS co-bre os gastos como curso de acolhimento e avaliação de três semanas obrigatórias a todos os participantes com diplomas do

exterior, como hospedagem, alimentação, estrutura física e equipamentos.

Na última semana, o Ministério da Saúde anunciou aumento do valor da bolsa recebido no Brasil pelos médicos cubanos, que passou para U$ 1.245, o equivalente a R$ 3 mil por mês. Este reajuste é resultado de articulação do governo federal brasileiro ao longo dos últimos meses junto à OPAS e ao governo de Cuba. O valor toma como parâmetro a bolsa para aos médicos residentes no Brasil, de R$ 2.976 brutos.

O reajuste da bolsa repassado dire-tamente pelo governo de Cuba para os médicos será realizado sem qualquer custo adicional para o Brasil, manten-do o valor de referência de R$ 10,4 mil mensais por profissional. 

As regras gerais adotadas entre o Brasil, a OPAS e o governo de Cuba para a realização do Mais Médicos seguem o mesmo padrão das demais cooperações realizadas por Cuba em 63 países para o provimento de profissionais de saúde.

MAIS MéDICOSLançado em julho de 2013 pela presi-

denta Dilma Rousseff, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com o objetivo de aperfeiçoar a formação de mé-dicos na Atenção Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do País e acelerar os investimentos em infraestrutu-ra nos hospitais e unidades de saúde.

Os profissionais do programa recebem bolsa formação de R$ 10,4 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Em contrapartida, os municípios fi-cam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos participantes. n

Serviço:  Com informações do Ministério da Saúde|Opas|EBC|

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vacinação

govErno fEdErAl lAnçA vACinAção nACionAl ContrA Hpv

S Da Redação

O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero

São Paulo foi o palco da cerimônia de lançamento da vacinação na-cional contra o HPV.  A presidenta

Dilma Rousseff e o Ministro da Saúde, Ar-thur Chioro, participaram na tarde do dia 10 de março, onde destacou o slogan da campanha “Cada menina é de um jeito, mas todas as meninas precisam de pro-teção”, e reafirmou que é obrigação do Estado garantir proteção a todas. “Vocês vão ter papel protagonista nesse País, porque nós, mulheres, temos mudado progressivamente a situação das mulhe-res,”disse. 

Chioro destacou a importância da in-clusão da vacina no calendário de vacina-ção de meninas de 11 a 13 anos. “Só nas aldeias indígenas começaremos já com as meninas de 9. Em 2015, vamos vacinar as meninas 9, 10 e 11 anos. Quem se vaci-nar neste ano precisa tomar a segunda dose daqui a seis meses e tomar reforço daqui a 5 anos”, disse.

Na rede particular a vacina custa R$ 500 reais, e deve ser tomada em três do-ses, acarretaria um custo muito alto para a família brasileira no valor de R$ 1500.  “A vacina HPV é segura e tem reconhecimen-to da Organização Mundial da Saúde, e faz parte da política de atenção integral à saúde da mulher”, afirmou o ministro.

AÇÃOPela manhã, postos de saúde e escolas

públicas e privadas iniciaram a vacinação contra HPV em meninas de 11 a 13 anos. A meta do Ministério da Saúde é vacinar

80% do público-alvo, formado por 5,2 mi-lhões de meninas nessa faixa-etária.

O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do de mama e de cólon e reto.

Para garantir maior cobertura vacinal, o Ministério da Saúde recomenda que a primeira dose (de um total de três) seja aplicada nas escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia. A vacina – que passa a integrar o calendário nacional - também estará disponível nas 36 mil sa-

las de vacinação da rede pública de saúde durante todo o ano. A segunda será apli-cada com intervalo de seis meses e a ter-ceira, de reforço, será tomada cinco anos após a primeira dose.

As secretarias municipais de Saúde foram orientadas para programar a vaci-nação nas escolas a partir do dia 10 de março. As instituições de ensino devem informar, com antecedência, aos pais ou responsáveis a data de vacinação.

Tanto no ambiente escolar como nos postos de saúde, a vacina será aplica-da por profissionais de saúde. Os pais ou responsáveis que não quiserem que a adolescente seja vacinada deverão preencher e enviar à escola o termo de recusa distribuído pela instituição de en-sino antes da vacinação.

No caso das unidades de saúde, é importante que a adolescente apresente a caderneta de vacinação. Para assegu-rar a aplicação das três doses, o serviço

Fotos: Divulgação

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A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

de saúde vai registrar cada adolescente imunizada, monitorar a cobertura vaci-nal e realizar, se necessário, a busca ati-va das meninas.

ESqUEMA VACINALO esquema adotado pelo Ministério

da Saúde é chamado de “estendido” e composto por três doses. Recomenda-do pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) e utilizado em países como Canadá, México, Colômbia e Suíça, o modelo garante maior duração da pro-teção fornecida pela vacina.

Ao iniciar a imunização, seja na esco-la ou no posto de saúde, a adolescente receberá orientações sobre aonde se di-rigir para a administração da segunda dose, que ocorrerá na unidade de saúde. Neste ano, serão vacinadas meninas de 11 a 13 anos.

Em 2015, a vacina passa a ser ofere-cida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às meninas que completam nove anos. Com isso, o Brasil, em apenas dois anos, protegerá a faixa etária (meni-nas de 9 a 13 anos) que melhor se bene-ficia da proteção da vacina.

PROTEÇÃOO Ministério da Saúde adquiriu 15

milhões de doses para o primeiro ano de vacinação. A vacina utilizada é a qua-drivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) do HPV, dos quais dois (subtipos 16 e 18) são res-

ponsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo.

Usada como estratégia de saúde pública em 51 países, a quadrivalente é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem eficácia de 98% contra o vírus HPV.

A vacinação é o primeiro de uma sé-rie de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Ela não substitui a realiza-ção do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.

A orientação do Ministério da Saúde é de que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

CAMPANHAUma campanha publicitária está sen-

do veículada pelo Ministério da Saúde, desde o dia 8 de março, que orienta a população sobre a importância da pre-venção contra o câncer do colo de úte-ro em TV, rádios e jornais. Com o tema

“Cada menina é de um jeito, mas todas precisam de proteção”, as peças convo-cam as adolescentes para se vacinar e alertam as mulheres sobre a prevenção. As informações são veiculadas por meio de cartazes, spot de rádio, filme para TV, anúncio em revistas, outdoors e campa-nhas na internet, especialmente nas redes sociais. O investimento do Ministério da Saúde na campanha publicitária é de R$ 20 milhões.

PRODUÇÃO NACIONALPara a produção da vacina contra o

HPV, o Ministério da Saúde firmou Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Instituto Butantã e o laboratório pri-vado Merck Sharp & Dohme (MSD).

Será investido R$ 1,1 bilhão na com-pra de 41 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. A PDP possi-bilitou uma economia estimada de R$ 83,5 milhões na compra da vacina em 2014. O Ministério da Saúde pagará R$ 31,02 por dose, o menor preço já prati-cado no mercado.

HPVO HPV é um vírus transmitido pelo

contato direto com pele ou mucosas in-fectadas por meio de relações sexuais. Por tratar-se de um vírus que se trans-mite com muita facilidade, considera-se que o HPV seja a infecção sexualmente transmitida mais comum no mundo, com quase todas as pessoas sexualmente ati-vas tendo contato com o vírus em algum momento da sua vida.

Na grande maioria, o HPV cura-se espontaneamente, mas em algumas mu-lheres eles produzem lesões que podem desencadear o câncer de colo do útero.

O HPV também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estima-se que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer es-tima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos nesse ano. n

SERVIÇO Com informações do Ministério da Saúde,

Instituto Nacional do Câncer, EBC

Fotos: Divulgação

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ABm

ABm promovE EnContro nACionAl

O evento atraiu o interesse de prefeitos e gestores de todo o Brasil

nPor Caroline Oliveira

nos dias 18 e 19 de março, no Centro de Convenções Brasil 21 em Brasília, a Associação

Brasileira de Municípios (ABM) promo-veu o Encontro Nacional de Municípios. O evento atraiu o interesse de prefeitos e gestores de todo o Brasil. O presidente da ABRACAM Rogério Rodrigues da Sil-va, convidado para o evento, fez parte da abertura oficial e participou da discussão da pauta municipalista.

Representantes de Prefeituras dos es-

tados do Rio de Janeiro, São Paulo, Distri-to Federal, Bahia, Maranhão, Pará, Tocan-tins, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná, Pernambu-co, Piauí, Amazonas, Goiás, Minas Gerais e Alagoas discutiram interesses munici-palistas e apresentaram aos ministros e técnicos do Governo Federal presentes, as suas demandas.

O evento contou com mesas de debate sobre a elaboração dos Planos Municipais de Cultura; os prazos e as responsabilidades dos municípios na elaboração dos Planos de Saneamento, Resíduos Sólidos e Logística Reversa;

Desburocratização de Convênios; PMAT e financiamentos; Mais Médicos; PAC, convênios firmados com a União e sobre o calendário eleitoral.

Além das discussões, o Encontro con-tou com a Expo Municípios, uma feira com empresas e entidades vinculadas à pauta municipalista; mesas de atendimento dos Ministérios; e comemoração aos 68 anos da ABM – entidade municipalista do Bra-sil. “Em sua trajetória a ABM conquistou muitos avanços através da luta municipa-lista. Esse é um momento de celebrar a história e reforçar as nossas bandeiras”, afirma Eduardo. n

O presidente da Abracam, Rogério Rodrigues da Silva participou do evento

Foto: Divulgação

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seus direitos

Projeto estabelece princípios, garantias, direitos e deveres dos usuários das redes e protege privacidade do cidadão

oDa Redação

voCÊ SABE o quE é o mArCo Civil nA intErnEt?

o Marco Civil da Internet vai funcionar como uma espécie de “Constituição da Inter-

net”.É um projeto de lei que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres dos usuários da Internet. A necessidade dessa “Constituição” veio sobretudo por-que,  após 18 anos de uso da Internet no Brasil, não há qualquer lei que estabeleça diretrizes para proteger os direitos do ci-dadão nas redes – que, hoje, estão cons-tantemente ameaçados por uma série de práticas do mercado.

Hoje, temos um cenário em que o Ju-diciário não tem como apoiar uma série de decisões em disputas judiciais  sim-plesmente porque não há uma legislação amparando o debate. Além disso, a ope-ração na internet ainda é pouco transpa-rente. Você sabia que, por exemplo, quan-do você encerra seu perfil em uma rede social, seus dados pessoais ainda ficam guardados lá? Um dos avanços propostos pelo Marco Civil é a exclusão definitiva dessas informações, afinal os dados de um cidadão pertencem única e exclusiva-mente ao cidadão, e não a terceiros.

Também ,chamado de “carta de di-reitos” dos internautas, foi escrito de forma colaborativa e inovadora: ao lon-go de 2009 e 2010, milhares de pesso-as, entre pesquisadores, entidades civis e cidadãos, enviaram sugestões do que a lei precisaria conter.

A advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) Veridiana Alimonti, especialista em telecomunicações e inter-net, explica que o Marco foi uma reação da sociedade a diversos projetos de lei (PL) com caráter criminal contra os usuários, como o PL Azeredo. “Em vez de tipificar compor-tamentos comuns na rede como crime, é necessária uma lei que garanta primeiro os direitos dos usuários, bem como os deveres dos prestadores de serviço, provedores e do poder público”, afirma.

 ENTENDA MELHOR O PROJETONEUTRALIDADE - A neutralidade da

rede é um princípio fundamental para o funcionamento da Internet sem a interfe-rência das operadoras de telecomunica-ções no que o usuário pode ou não acessar.

Na prática, o que o projeto faz é colocar na lei a exigência de que o provedor trate de maneira igual os dados que trafegam na rede, sem distinguir o tipo de conteúdo

ou de aplicação utilizados. As operadoras contestam esse artigo, pois têm interesse em explorar novos modelos de negócios, como a cobrança de acordo com o que o usuário acessa na rede, por exemplo.

Atualmente, basta que o internauta tenha uma conexão a internet para usu-fruir de serviços de e-mail, redes sociais como o Facebook ou Twitter, assistir a vídeos no YouTube ou acessar qualquer tipo de conteúdo. A ideia das operadoras é passar a vender pacotes que limitem não apenas a velocidade, mas também o tipo de serviço utilizado. Assim, um pacote mais barato permitiria a navegação apenas em sites simples; pagando uma mensalidade maior, o internauta conseguiria entrar em seu e-mail, por exemplo. Serviços mais “sofisticados”, como publicar textos em um blog pessoal ou assistir a filmes e sé-ries online, passariam a ser privilégio da-queles com maior poder aquisitivo para pagar os pacotes mais caros.

Fotos: Divulgação

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A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

 PRIVACIDADE - A preocupação com a privacidade dos usuários na rede nunca esteve tanto em evidência quanto após a denúncia do ex-agente da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), Edward Snowden, de que o go-verno norte-americano estaria vigiando as comunicações via internet em todo o mundo, inclusive dos órgãos governa-mentais brasileiros.

O Marco Civil atua nesse sentido ao proibir que as operadoras de telecomu-nicações armazenem os dados de nave-gação dos usuários, permitindo apenas a guarda dos registros de conexão (número de IP, horário da conexão e desconexão). Já os provedores de serviços e aplicações, como Google, Facebook e outros sites, ti-nham a opção de guardar os dados dos usuários que os acessassem, desde que isso fosse informado e consentido pelo consumidor. Na nova redação apresentada pelo relator do PL, Deputado Alessandro Molon, no final de 2013, a guarda desses dados fica limitada ao prazo de seis meses.

Em dezembro, quando veio ao Brasil para participar da Conferência Brasil-Ca-nadá 3,0, o especialista Demi Getschko, um dos membros do Comitê Gestor da In-ternet no Brasil (CGI.br) disse ver o  Mar-co Civil da Internet como “uma vacina” contra eventuais problemas

Para Getschko, o Brasil ganhou no-toriedade mundial ao mostrar que criou sua forma de gestão na rede mundial de computadores, que é multiparticipativa. “Criamos sem regulação, e coisas pesa-das, na área. O Marco Civil da Internet, ao contrário do que alguns dizem, é contra a regulação pesada na internet”

Na avaliação do especialista, a inva-são de privacidade é um dos problemas que existem hoje na rede e precisam ser consertados. “Se não houver um limite na cerca, a internet sempre permite que você vasculhe a vida de qualquer um, porque é uma rede técnica. Tudo que você faz tem

que ganhar um IP, que permite saber o que fez, onde entrou ou deixou de en-trar”, enfatiza. O IP é o um protocolo que permite a identificação de um dispositivo (computador, smartphone, tablet) nas re-des privadas ou públicas.

“Se isso ficar solto, qualquer sujeito da cadeia que o cidadão usa para chegar à internet, poderá recolher informações de pessoas e empresas. Isso não é bom. Então, o marco civil deve ser algo profilá-tico. Algo preventivo contra futuros pro-blemas na rede”, afirmou Getschko.

 SITUAÇÃO ATUAL

Hoje aguardando ser votado na Câ-mara, o Marco Civil da Internet chegou ao Congresso como o Projeto de Lei

2126/2011, mas acabou sendo incorpo-rado pelo Projeto de Lei 5403/2001. Ele começou a ser elaborado pelo Ministério da Justiça, com ajuda de outros órgãos do governo federal e também da socieda-de civil, que foi consultada pelo governo para dar sua opinião de quais seriam as mudanças necessárias para se implemen-tar na nova legislação.

A sociedade respondeu com mais de 2,3 mil colaborações, e o resultado foi o projeto encaminhado ao Congresso Nacional em 2011. Uma nova consulta pública foi realizada, já dentro do Con-gresso, ouvindo representantes de 60 instituições dos mais diversos setores. Acadêmicos, ativistas, órgãos do governo, operadoras telefônicas, artistas, empresas de tecnologia, todos foram ouvidos e en-viaram suas propostas até pelo Twitter. Conhecido como o “pai” da internet, o físico britânico Tim Berners-Lee, deu seu apoio público ao projeto. O autor do con-ceito de neutralidade da rede, o professor da Columbia University Tim Wu, também endossou a proposta. n

SERVIÇOCom informações do Portal Brasil,Agência Brasil e Agência Câmara

Fotos: Divulgação

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“Vim à Câmara tratar de ONGs e nada mais”

“Esse presídio é um dos melhores do país”

Fotos: Divulgação

frases

JORGE HAGE (CGU), Controlador Geral

da União,fugindo do tema Petrobrás.

AGNELO qUEIROZ,Governador do Distrito Federal,sobre a Papuda, que “hospeda”

mensaleiros

“Por enquanto, não”

JOAqUIM BARBOSA,Presidente do Supremo Tribunal

Federal, sobre eventual candidatura

“A satisfação está no esforço feito para alcançar o objetivo, e não tê-lo alcançado”

“Na copa do superfaturamento, o Brasil já é campeão”

MAHATMA GHANDI, Filósofo,

político indiano(1869-1945)

“Não estou eu destruindo meus inimigos, quando os transformo em amigos?”

ABRAHAM LINCOLN, Presidente dos

Estados Unidos da América (1809-1865)

ÁLVARO DIAS (PSDB-PR), Senador, criticando o

alto custo dos investimentospara a Copa

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A Cara e a voz do legislativo!

fale com quem entende você de verdade

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A Revista VOX é uma publicação da Associação Brasileira das Câmaras Mu-nicipais - ABRACAM, uma entidade que luta pelo fortalecimento do Poder Legislativo Municipal e vem atuando na defesa dos interesses dos cidadãos representados pelas Câmaras Municipais, propondo ações eficazes nesse sentido. Estabelecendo como missão esta mídia para a mais fidedigna divul-gação das ações e interesses da população dos municípios desse imenso Bra-sil, oferecendo jornalismo ético e compromissado e informação de qualidade sobre as ações municipais, estaduais e federais.

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