revista vox - ed. 13

64
A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO! SEGURANÇA Capital fluminense receberá 20 mil homens para a Copa do Mundo MOBILIZAÇÃO Vereadoras e vereadores de todo o país reunidos em Brasília MOVIMENTOS SOCIAIS planejam protestos unificados durante o Mundial MOBILIZAÇÃO EM BRASÍLIA: VEREADORES DO PAÍS DISCUTINDO O BRASIL Abril/Maio de 2014 - Ano 2 - Edição 13 DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

Upload: milton-atanazio

Post on 31-Mar-2016

239 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

A PARTIR DESTA EDIÇÃO A REVISTA VOX PASSA A TER CIRCULAÇÃO MENSAL A cara e a voz do legislativo! Atualmente é o veículo de maior credibilidade voltado para a área legislativa do Brasil.Reconhecido padrão de qualidade editorial, com neutralidade política, que privilegia a democratização da divulgação da gestão das políticas públicas. Com circulação nacional, visa valorizar o trabalho dos legisladores de cada estado, tendo conteúdos voltados para a administração e o cenário legislativo.

TRANSCRIPT

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

SEGURANÇACapital fluminense

receberá 20 mil homens para a Copa

do Mundo

MOBILIZAÇÃOVereadoras e

vereadores de todo o país reunidos em

Brasília

MOVIMENTOSSOCIAIS

planejam protestos unificados durante o

Mundial

MOBILIZAÇÃO EM BRASÍLIA:

VEREADORES DO PAÍSDISCUTINDO O BRASIL

Ab

ril/

Mai

o d

e 2

014

- A

no

2 -

Ed

ição

13

DIS

TRIB

UIÇ

ÃO

DIR

IGID

A

2 | www.revistavox.com.br

A ABRACAM é uma entidade que luta pelo fortalecimento do

Poder Legislativo Municipal e vem atuando na defesa dos

interesses dos cidadãos representados por mais de 5.560

Câmaras Municipais, propondo ações eficazes nesse sentido.

Sua necessidade.

A cara e a Voz do Legislativo | 3Dê vez para quem é a voz do Legislativo Municipal. Filie-se!

A ABRACAM presta os seguintes serviços às Câmaras Municipais filiadas:• Representação política institucional junto aos poderes constituidos da União, estados e municípios

• Assessoria jurídica, pareceres sobre assuntos específicos nas áreas administrativas, processo legislativo, projetos de leis

• Informações sobre Leis Federais e decisões do Supremo Tribunal Federal de interesse dos municípios

• Acompanhamento junto ao Congresso Nacional de matérias de interesse das Câmaras Municipais e dos municípios

• Seminários e eventos nos estados sobre assuntos específicos e de interesse geral

• Identificação do vereador através da expedição da Carteira Oficial do Vereador

• Curso de capacitação legislativa para vereadores e servidores de Câmaras Municipais

Brasília - DF: SAS, Quadra 05, Lote 05, Bloco F | Fone: 61 3322 0499

www.abracambrasil.org.br | [email protected]

Sua necessidade.

Nossa Solução!

4 | www.revistavox.com.br

Sumário

Divu

lgaç

ão

20SEGURANÇA

Divu

lgaç

ão

Capital fluminense receberá 20 mil homens para a Copa do Mundo

planejam protestos unificados durante o Mundial

22 MOVIMENTOS SOCIAIS

Divu

lgaç

ão

MOBILIZAÇÃO: vereadoras e vereadores de todo o país reunidos em Brasília

CAPA 14

05 EXPEDIENTE/EDITORIAL

06 ABRACAM em ação

ARTIGOS

26 - Eleições - Nos partidos, o mesmo de sempre...

33 - As Câmaras de Vereadores e a Legislação dos Municípios

52 - Eventos climáticos extremos

08 ECONOMIA

Lucro líquido do BB cresce 4,7% no primeiro trimestre

10 DIREITOS HUMANOS

Câmara aprova projeto que proibe o uso do cerol

11 NO SENADO

Renan recorre ao plenário do STF contra decisão sobre CPI exclusiva da Petrobras

12 ORÇAMENTO IMPOSITIVO

PEC do Orçamento Impositivo é aprovada pela Câmara dos Deputados

14 CAPA

Vereadoras e vereadores de todo o país lotam o Auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, para discutir o Brasil

20 SEGURANÇA

Capital fluminense receberá 20 mil profissionais de segurança para Copa do Mundo

22 MOVIMENTOS SOCIAIS

Movimentos Sociais planejam protestos unificados durante o Mundial

24 ESTRANGEIRO

Regras para estrangeiros que vierem ao Brasil são alteradas pela presidenta

25 VOLUNTÁRIOS

Cerca de 18 mil voluntários atenderão público durante a Copa

27 BOMBEIROS

Bombeiros realizam Semana de Resgate Veicular

28 BALANÇA COMERCIAL

Governo estuda mudança na jornada de trabalho

30 ELEIÇÕES

Doação de máquinas aos municípios aumenta 1000% em ano eleitoral

32 FARMACÊUTICOS

Uso responsável de medicamentos recebe campanha do Conselho Federal de Farmácia

33 PESQUISA IPEA

Diminui a desigualdade entre municípios brasileiros, indica pesquisa do IPEA

34 DEFESA

Forças Armadas atuarão com 57 mil militares na segurança da Copa do Mundo

36 GUIA DO PASSAGEIRO

Reembolso de passagem é direito do passageiro com voo cancelado

38 AUXÍLIO SOCIAL

Aumento de 10% do Bolsa Família começa ser pago em junho

40 VATICANO

Em uma década Vaticano investigou mais de 3 mil casos de abusos sexuais

42 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO

A Lei tem por objetivo regulamentar o direito constitucional de acesso dos brasileiros às informações públicas

44 ENERGIA

Usina de Itaipu completa 30 anos de operação

46 PESQUISA E INOVAÇÃO

MCTI defende ações com outras áreas

47 JUSTIÇA ELEITORAL

Três cidades têm novos prefeitos e vice-prefeitos

48 INFRAESTRUTURA

Moreira Franco comemora parceria com iniciativa privada

49 NOTA FISCAL

Impostos deverão ser informados na Nota Fiscal

50 POLUIÇÃO DO AR

Quase 90% da população urbana estão expostos à poluição do ar

54 RADIALISTAS

Sindicatos dos Radialistas-DF e Mestres de Cerimônias na luta pela regularização

57 TELECOMUNICAÇÕES

Base de telefonia móvel no país registra novo aumento em abril

58 VEREADORA EMPREENDEDORA

Vereadora de Diadema-SP acredita na força feminina

61 GOVERNO FEDERAL

Normas para a realização de convênios via SICONV são alteradas

62 FRASES

A cara e a Voz do Legislativo | 5

DIRETORIA NACIONALPresidente - Rogério Rodrigues da Silva

1º Vice - Laércio Pereira Soares2º Vice - Jorge Luiz Bernardi

3º Vice - Rildo Pessoa4º Vice - Luiz Humberto Dutra

5º Vice - Cesar Rômulo Rodrigues Assis Secretário Geral - Toni Albex Celestino2º Secretário - Adriano Meireles da Paz

CONSELHO DE CONTASPaulo Silas Alvarenga de Melo

Anízio Gonçalves de SouzaGenildo de Souza Oliveira

DIRETORIA ADMINISTRATIVADiretor Estratégico - Luiz Kirchner

Diretor de Comunicação e Marketing - Milton Atanazio

SAS, Quadra 05, Lote 05, Bloco F CEP: 70 070 910Fone: 61 3322 0499 ou 8111 0460

[email protected]

Editorial

Publicação bimestral daAssociação Brasileira de Câmaras Municipais

SAS, Quadra 05, Lote 05, Bloco FBrasília - Distrito Federal - CEP: 70 070 910

[email protected] | Fone: 61 3322 8847www.revistavox.com.br

Editor-Chefe: Milton Atanazio – MTb [email protected]

Revisão: Tadeu BambiniColaboradores: Caroline Oliveira, Cícero Miranda,

Florian Madruga, Tomas Korontai,Gisele Victor Batista, João Paulo Machado e Renê Ramos

Fotógrafos: Antonio José e José MarçalFotomontagem: André Filho

Diagramação: Criar Designer (André)[email protected]

Agências de Notícias: Brasil, Senado,Câmara, EBC, SECOM/PR e Site Contas Abertas

IMPRESSÃO

Gráfica do Senado e Gráfica Diversus

TIRAGEM: 30 mil exemplares

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

ABRACAM

www.abracambrasil.org.br

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Não é permitida a reprodução parcial ou total

das matérias sem a prévia autorização.

A Revista VOX não se responsabiliza pelos

conceitos emitidos nos artigos assinados.

Expediente

Bem-vindos a mais uma edição da Revista VOX. Com muita alegria informamos aos nossos leitores que a partir deste mês a revista passará a ser mensal. Vencemos esta primeira etapa de nosso projeto inicial e

queremos nesta oportunidade agradecer e parabenizar nossa equipe, que vem se superando a cada dia, comprometida em fazer um jornalismo sério, dando informações de qualidade sobre as ações municipais, estaduais e federais aos 5.565 municípios deste país.

Nesta edição, destacamos a 2ª Mobilização Nacional de Vereadores em Brasília, um sucesso total de público e participação das vereadoras e vereadores de todo o país que vieram discutir o Brasil. O evento contou ainda com brilhantes palestrantes, deputados, senadores e convidados. Parabenizamos a Abracam pela iniciativa, que mostra a vocação da Entidade em integrar o legislativo municipal brasileiro.

Em clima de Copa do Mundo, alguns assuntos vêm à tona e procuramos nesta edição dar um destaque especial, como em Segurança, onde mostramos a operação que está sendo preparada e que será a maior já realizada na história; o plano estratégico para os cariocas, que vão receber a final do Mundial no Rio e também hospedarão quatro seleções, inclusive a do Brasil. Em Defesa, revelamos que as Forças Armadas atuarão com 57 mil militares durante o evento esportivo. Apresentamos os Movimentos Sociais que planejam protestos unificados no período. Em Voluntários, assinalamos que cerca de 18 mil pessoas atenderão o público durante a Copa. De todos os estados do país, auxiliarão os mais de 600 mil estrangeiros e 1,3 milhão de brasileiros nas cidades-sede.

Procuramos também nesta edição, dar um toque a mais em assuntos importantes como: Economia, Congresso Nacional, Orçamento Impositivo, Estrangeiros, Bombeiros, Farmacêuticos, Trabalho, Eleições, Energia, Infraestrutura, entre outros.

Presenteamos o leitor, por meio de articulistas convidados, com temas da maior importância como: “Eleições – nos partidos, o mesmo de sempre...”; “As câmaras de vereadores e a legislação dos municípios” e “A importância das áreas verdes urbanas para a qualidade de vida da população”.

Em Vereadora Empreendedora, contamos a história de vida e determinação da vereadora Cida Ferreira, de Diadema-SP, que após o sétimo mandato e inúmeros projetos aprovados, aposta num salto maior e quer representar o estado de São Paulo na capital federal no ano que vem.

Enfim, queremos agradecer aos nossos leitores, pela participação com as críticas e sugestões de pautas que nos enviaram através do e-mail [email protected] e continuamos perseguindo o slogan que resume as características da revista de ser “A cara e a voz do Legislativo!”.

Boa leitura!Milton AtanazioEditor-chefe

6 | www.revistavox.com.br

Abracam em ação

A ABRACAM vem traba-lhando na divulgação dos serviços que pres-

ta às Câmaras Municipais e aos vereadores de todo o país. Rogério Rodrigues da Silva re-cebe pessoalmente as comi-tivas que chegam à sede na-cional, localizada no Setor de Autarquias Sul, Quadra 5, lote 5, bloco F, com os telefones 3322-0499 e 8111- 0460, onde procura dar a melhor recepção aos vereadores que vêm à Ca-pital Federal tratar de alguma demanda para sua cidade ou qualquer orientação solicitada. Para facilitar este encontro, é importante que os vereadores ou vereadoras façam um agen-damento, para que não coin-cida com os compromissos de viagens da presidência.

SERVIÇOS PRESTADOSPELA ENTIDADE:

l Consultoria via internet sobre qualquer assunto de interesse da Câmara Municipal. A res-posta à consulta deve aconte-cer no máximo até 48 horas e o e-mail é [email protected]

l A Carteira de Identificação dos Vereadores é gratuita para to-dos os parlamentares filiados via site: www.abracambrasil.org.br/identifique-se

l Reforma e atualização da Lei Orgânica e Regimento Inter-no. Uma parceria da ABRA-CAM com o advogado Dr. Cesar Assis, especialista no as-sunto. Para as Câmaras Mu-nicipais filiadas o preço terá 50% de desconto.

l A Revista VOX, é uma publica-ção da ABRACAM que a partir

de maio passará a ser mensal e tem como objetivo integrar o Legislativo Municipal Brasi-leiro, divulgando as ações da entidade, bem como as notí-cias relevantes das Câmaras Municipais filiadas.

l Parceria com a Câmara dos De-putados, objetivando facilitar a implantação de TV Legisla-tiva nas Câmaras Municipais. Este fato significa uma verda-deira revolução, pois a sua Câ-mara poderá ganhar um canal de TV Digital.

l A ABRACAM está trabalhando para aprovar três Propostas de Emenda Constitucional na Câmara dos Deputados:PEC 514/2010, que tem como

objetivo alterar para melhor os percentuais de repasse para as Câmaras Municipais e o limite de gastos com pessoal.

PEC 468/2010, que insere

inciso IV ao art. 60 da CF, para permitir que 20% das Câmaras Municipais possa ser autor de Proposta de Emenda Constitu-cional, assim como as Assem-bleias Legislativas Estaduais.

PEC 469/2010, que insere inci-so X ao art. 103 da CF/88, para per-mitir que 15% das Câmaras Muni-cipais possam propor ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em 2014, estaremos execu-tando cinco seminários regio-nais (Sudeste, Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sul) bem como o 7º Congresso Brasileiro de Câ-maras Municipais que será reali-zado em Brasília-DF.

CURSOS REALIZADOS A ABRACAM vem realizando

cursos de capacitação nas Câmaras Municipais em todo o Brasil, com a parceria do Instituto Aprimore (www.institutoaprimore.com.br).

FUNÇÃO FISCALIZADORADO VEREADORO Curso Função Fiscalizadora

dos Vereadores visa dar um nor-te de como é possível acompa-nhar sistematicamente as ações do Poder Executivo e Legisla-tivo, fortalecendo de maneira prática o respeito aos verea-dores, com o objetivo geral de instruir de forma prática, mos-trando os dispositivos legais à disposição dos vereadores, na fiscalização dos gastos públicos realizados pelos Poderes Execu-tivo e Legislativo.

Dentre os assuntos tratados durante o curso destacam-se as técnicas aplicadas para o acompanhamento da execução

Durante a reunião foram abordados diversos temas de interesse da vereança, como o 13º subsídio dos

vereadores do Pará, a verba indenizatória e o

tema central, que aborda a inclusão da COSIP

(Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública) e AFM (Apoio

Financeiro aos Municípios) na base de cálculos das Câmaras Municipais.

A cara e a Voz do Legislativo | 7

Fot

o: a

rqui

vo A

BRAC

AM

Silas de Oliveira Lima (vereadora Silas), Rogério Rodrigues e José da Cruz Silva (Cruz da Melancia)

VITÓRIA DO XINGU - PA

orçamentária; a importância do conhecimento e controle dos empenhos de gastos rea-lizados pelos Poderes Executi-vo e Legislativo, bem como a importância da divulgação da relação de todas as compras realizadas, conforme prevê a Lei 8.666/93.

ATIVIDADESNo último dia 02, o presiden-

te da ABRACAM – Associação Brasileira das Câmaras Muni-cipais, Rogério Rodrigues em viagem ao Pará, reuniu-se com os vereadores da Câmara Muni-cipal de Vitória do Xingu (PA) e a Assessoria Técnica da Conse-lheira Maria Lúcia do Tribunal de Contas da União do Pará.

Durante a reunião foram abordados diversos temas de in-teresse da vereança, como o 13º subsídio dos vereadores do Pará, a verba indenizatória e o tema central, que aborda a inclusão da

COSIP (Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública) e AFM (Apoio Financeiro aos Mu-nicípios) na base de cálculos das Câmaras Municipais.

A consultoria jurídica da ABRACAM entende que estas contribuições devem integrar a base de cálculo para aumen-to do duodécimo das Câmaras Municipais por se tratar de receitas, do gênero (Receitas Tributárias), pois, as Câma-ras Municipais do Estado do Pará, ressalvada as exceções, estão passando por dificul-dades financeiras, sobretudo após a emenda constitucional 058/2009, que reduziu os per-centuais de repasse.

Durante a viagem, esteve também nas cidades de Alta-mira e Vitória do Xingú, onde palestrou para vereadores das 11 cidades da Usina de Belo Monte sobre a Prática do Pro-cesso Legislativo.

VISITARecebeu nos dias 23, 24 e 25

de abril, em sua sede nacional em Brasília, o vereador José da Cruz Silva (Cruz da Melancia) e Silas de Oliveira Lima (vereadora Silas) de Vitória de Xingu-PA.

Durante o período da visita na cidade, Rogério Rodrigues e o diretor de Comunicação e Marketing da Abracam, jorna-lista Milton Atanazio, tiveram a oportunidade de mostrar o funcionamento do legislativo federal e acompanhar de perto a dinâmica da atividade legislati-va nas duas casas do Congresso Nacional. Visitaram ainda vários gabinetes de deputados e sena-dores, assim como a 1ª Secre-taria do Senado e o plenário da Câmara dos Deputados, presen-ciando o discurso inflamado do líder da oposição deputado Do-mingos Sávio-MG, presidente da Frente Parlamentar Mista pelo Fortalecimento das Câmaras Municipais, em 24 de abril.

8 | www.revistavox.com.br

LUCRO LÍQUIDO DO BB CRESCE 4,7% NO PRIMEIRO TRIMESTRE

o Da redação

O lucro chegou a R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano – percentual

4,7% superior ao registrado em igual período do ano passado

ECONOMIA

O Banco do Brasil (BB) atingiu lucro líquido de R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre deste

ano – percentual 4,7% superior ao regis-trado em igual período do ano passado. A instituição, que tem o maior ativo entre as empresas do setor na América Latina, alcançou um valor de R$ 1,37 trilhão, com alta de 16,2% em 12 meses e 5,1% sobre o trimestre anterior.

Esse desempenho reflete, principal-mente, a movimentação de crédito – am-pliada em 18% em 12 meses e em 0,9% sobre o trimestre anterior, somando R$ 699,3 bilhões e participação de 21% no mercado. Só o crédito imobiliário teve saldo de R$ 27 bilhões, com crescimento de 88% em 12 meses.

O financiamento às empresas cresceu 122,6% em um ano com valor de R$ 6,6 bilhões e o financiamento às pessoas fí-sicas teve expansão de 79% no mesmo período, com saldo de R$ 20,3 bilhões.

Para o financiamento ao agronegócio foram concedidos R$ 150 bilhões, 35,7% acima do valor registrado no mesmo perí-odo de 2013 e 3,6% superior em relação a dezembro de 2013. Para a agricultura empresarial, foram desembolsados R$ 45,8 bilhões e para a agricultura familiar, R$ 11,1 bilhões.

Segundo nota do BB, os índices de inadimplência estão menores, com 1,97% da carteira de crédito. O percentu-al registrado anteriormente foi de 3%. n

_____________________SERVIÇO

Com informações da Agência Brasil

A cara e a Voz do Legislativo | 9

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

10 | www.revistavox.com.br

Na Câmara

CÂMARA APROVA PROJETO QUE PROIBE O USO DO CEROL

n Da redação

O projeto, depois de aprovado pelo plenário da Câmara, seguepara apreciação pelo Senado

No dia 7 de maio, a Comis-são de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Depu-

tados aprovou um projeto que proíbe o uso do cerol e tipifica a prática como crime. Usado para tornar a brincadeira de soltar pipa mais divertida e competitiva, o cerol se mostrou perigoso, ao longo do tempo. Feito a partir de uma mistura de pó de vidro com cola, ele é passado na linha da pipa, mas está prestes a ser banido do país.

A proposta, que agora segue para votação pelo plenário da Casa, altera o Código Penal Brasileiro e torna crime a utilização de linhas cortantes com cerol ou assemelhadas, mesmo que seja para empinar pipas. A pena a ser aplicada de-penderá da gravidade da lesão provoca-da na vítima.

Para a autora da proposta, deputada Nilda Gondim (PMDB-PB), o cerol é uma substância perigosa que tem provocado

ferimentos e mortes no país. Os motoci-clistas têm sido as principais vítimas. “O cerol é capaz de provocar lesões, mutila-ções ou pior ainda, causar a morte. Isso em decorrência de irresponsabilidades e negligências dos que usam tal meio como diversão”, argumentou a deputada ao justificar a proposta.

Para a peemedebista, é “inaceitável” que a sociedade tenha conhecimento dos acidentes causados pelo uso da substân-

cia e não faça nada para modificar essa realidade. “Temos assistido aos noticiários de acidentes e casos envolvendo tais subs-tâncias, os números de lesões, mutilações e mortes de vítimas e, mesmo assim, con-tinuam afirmando se tratar de uma brin-cadeira saudável, sem haver preocupação com o risco iminente de acidente”.

O projeto, depois de aprovado pelo plenário da Câmara, segue para aprecia-ção pelo Senado Federal. n

______________________SERVIÇO

Com informações da Agência Câmara

Temos assistido aos noticiários de acidentes e casos envolvendo tais

substâncias, os números de lesões, mutilações e mortes de vítimas e, mesmo assim,

continuam afirmando se tratar de uma brincadeira

saudável, sem haver preocupação com o risco

iminente de acidente

A cara e a Voz do Legislativo | 11

NO SENADO

RENAN RECORRE AO PLENÁRIO DO STF CONTRA DECISÃO SOBRE CPI EXCLUSIVA DA PETROBRAS

No recurso, elaborado pela Advocacia-Geral do Senado, Renan pede que o

plenário do STF revogue a decisão da ministra

ODa redação

O presidente do Senado Fe-deral, Renan Calheiros (PM-DB-AL), recorreu no dia 5

de maio ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a de-cisão da ministra Rosa Weber, que determinou a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar exclusivamente denúncias relacionadas à Petrobras. No documento, os advogados do Senado afirmam que a decisão é uma “grave ingerência de um Po-der sobre o outro”.

No recurso, elaborado pela Advo-cacia-Geral do Senado, Renan pede que o plenário do STF revogue a de-cisão da ministra, por entender que os parlamentares da minoria não têm direito líquido e certo à instalação da CPI para investigar exclusivamente a Petrobras. Além disso, os advogados afirmam que a deliberação sobre a criação da CPI é matéria interna do Congresso e não pode ser decidida pelo Judiciário.

“Com efeito, a decisão liminar obstaculizou a deliberação da maté-ria [se se instalavam duas CPIs con-comitantemente, ou somente uma, com objeto ampliado] pelo plenário do Senado, impedindo que o mesmo viesse a decidir. Em caráter preven-tivo – e precoce, porque não havia

ameaça a direito de quem quer que seja – subtraiu-se do Legislativo que deliberasse e decidisse sobre a ques-tão”, destacam os advogados.

A ministra Rosa Weber, do STF, no dia 23 de abril, determinou que o Senado instale CPI para inves-tigar exclusivamente a Petrobras. A ministra atendeu ao pedido da opo-sição e rejeitou ação dos governis-tas, que propuseram investigações

também nos contratos dos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal, supostas irregularidades no Porto de Suape (PE) e suspeitas de fraudes em convênios com recursos da União, além das denúncias sobre a estatal.

Renan convocou os líderes dos partidos para que indiquem seus re-presentantes para integrar a CPI. O presidente do Senado convocou ain-da uma reunião com os líderes do Senado e da Câmara para definir os procedimentos em relação ao pedido de criação de uma comissão parla-mentar mista de inquérito (CPMI) so-bre o mesmo assunto.

O impasse sobre a criação da co-missão ficou em torno de dois reque-rimentos apresentados no Senado. O primeiro, pelos partidos de oposição, que pedem a investigação de denún-cias envolvendo a Petrobras como a compra da Refinaria de Pasadena (EUA); o segundo, apresentado por partidos da base governista, mais abrangente, que propõe investiga-ções também nos contratos dos me-trôs de São Paulo e do Distrito Fede-ral, supostas irregularidades no Porto de Suape e suspeitas de fraudes em convênios com recursos da União, além das denúncias sobre a estatal

do setor de petróleo. n

________________________

SERVIÇO

Com informações da Agência Senado

12 | www.revistavox.com.br

ORÇAMENTO IMPOSITIVO

PEC DO ORÇAMENTO IMPOSITIVO é APROVADA PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS

No fim de 2013, o texto foi uma das principais discussões da Casa

ADa redação

A Câmara dos Deputados aprovou no dia 6 de maio, por 384 votos a favor e seis contra, a Proposta

de Emenda à Constituição (PEC) do Or-çamento Impositivo (PEC 358/13). O tex-to foi uma das principais discussões da Casa, no fim de 2013.

A partir do relatório do deputado Edio Lopes (PMDB-RR), que manteve o texto do Senado Federal, os deputados aprovaram o texto-base. Os destaques serão vota-dos provavelmente na próxima semana. A proposta obriga o governo a executar as emendas parlamentares aprovadas pelo Congresso Nacional para o Orçamento anu-al. Após a votação dos destaques, ela segue para promulgação.

Essas emendas são os recursos indi-cados por deputados e senadores para financiar obras e projetos em pequenos municípios. De acordo com o texto, devem ser executadas as emendas parlamentares até o limite percentual de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União. Metade deste valor deverá, obrigatoriamente, ser destinado a “ações e serviços públicos de saúde”. O texto diz ainda que estados e municípios inadimplentes no cadastro ne-gativo da União poderão receber os recur-sos das emendas.

A aprovação foi comemorada pe-los deputados. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDN-RN), disse que a PEC assegura a altivez do

Parlamento. “Essa proposta diz respeito à nossa dignidade, para que nunca mais nenhum parlamentar se submeta à hu-milhação de mendigar favores de Poder Executivo nenhum”, disse.

Atualmente, o Orçamento Federal tem

caráter autorizativo. Isso quer dizer que o governo não é obrigado a seguir a Lei aprovada pelos congressistas, tendo apenas a obrigação de não ultrapassar o teto de gastos com os programas cons-tantes na Lei.

Com a aprovação, a União vai ser obri-gada a destinar até 2018, 15% da RCL. Os percentuais serão alcançados grada-tivamente. A previsão é que, em 2014, o percentual mínimo obrigatório seja de 13,2%; 13,7%, em 2015; 14,1%, em 2016; 14,5%, em 2017.

Segundo Lopes, a aprovação represen-ta uma mudança no tratamento dado aos parlamentares, acabando com o chamado “balcão de negócios”. “Vai acabar com a prática humilhante de ficarmos nas por-tas dos ministérios, às vezes atendidos ou não, em busca da liberação de uma emen-da que é um instrumento legítimo desta Casa”, disse. n____________________________

SERVIÇOCom informações da Agência Brasil

e Agência Câmara

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, coordena no Plenário a votação nominal, em segundo turno, da PEC do Orçamento Impositivo (565/06)

A aprovação representauma mudança no tratamento

dado aos parlamentares, acabando com o chamado

balcão de negócios.

Deputado Edio Lopes (PMDB-RR)

Deputado Edio Lopes (PMDB-RR)

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

A cara e a Voz do Legislativo | 13

Correios. As melhores soluções que aproximam você e seu eleitor.

Fale com os Correios: correios.com.br/falecomoscorreios

CAC: 3003 0100 ou 0800 725 7282 (informações) e

0800 725 0100 (sugestões e reclamações)

Ouvidoria: correios.com.br/ouvidoria

SIC: correios.com.br/acessoainformacao

correios.com.br/candidato

Em uma eleição, tem mais chance o candidato que for mais lembrado pelo eleitor. Por isso, conte com a capilaridade, os serviços e produtos dos Correios para fazer com que o seu nome chegue da melhor forma até quem você quer atingir.

• Mala Direta Postal • Serviços de Resposta • Selos Personalizados • e-DNE • SEDEX • PAC

TM R

io 2

016.

TM R

io 2

016.

220x310 Correios Eleicoes Revista.indd 9 21/05/14 11:11

14 | www.revistavox.com

C apa

DE TODO O PAÍS LOTAM O AUDITÓRIO PETRÔNIO PORTELA, NO SENADO FEDERAL, PARA DISCUTIR O BRASILCentenas de vereadoras e vereadores de todas as regiões do país atenderam o chamamento da ABRACAM e vieram à Brasília, prestigiar a 2ª Mobilização

Nacional de Vereadores

APor Milton Atanazio

Atendendo a convocação da diretoria da Associação Bra-sileira das Câmaras Munici-

pais (ABRACAM), presidida por Rogério Rodrigues da Silva e confirmando as ex-pectativas dos organizadores, centenas de vereadores e vereadoras dos mais lon-

VEREADORAS E VEREADORES

gínquos rincões deste país, compareceram ao chamamento à Capital Federal para discutir o Brasil e prestigiar a 2ª Mobiliza-ção Nacional dos Vereadores.

O evento, realizado no período de 6 a 8 de maio de 2014, no auditório Petrô-nio Portela, no Senado Federal, recebeu mais de 500 vereadoras e vereadores de todo o Brasil, foram três dias de palestras e debates onde o foco determinante foi o fortalecimento do legislativo municipal.

A participação foi contagiante e am-pliada pelas entidades representativas estaduais como a UVEAL (Alagoas), UVG (Goiás), ASCAM (Tocantins), FECAM (Rio Grande do Norte), UCEMAT (Mato Grosso), UCAVER (Rondônia), UVERGS (Rio Grande do Sul), UVESP (São Paulo), UVESC (Santa Catarina), UVP (Pernam-buco), ACAMOP (Paraná), ACAMIN (Mi-nas Gerais), UVC (Ceará), AMICAM (Mi-nas Gerais), UNALE - União Nacional dos

A cara e a Voz do Legislativo | 15

Legisladores e Legislativos Estaduais en-tre outras, que vieram mostrar a parceria e o apoio à entidade nacional ABRACAM.

A Frente Parlamentar Mista pelo For-talecimento das Câmaras Municipais e Vereadores, que apóia a Mobilização, esteve representada na ocasião pelo seu presidente, o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), que informou em seu pro-nunciamento de abertura, do andamento das PECs 468, 469, 509 e 514/2010 – to-das de interesse das Câmaras Municipais.

Rogério Rodrigues da Silva destacou a importância do engajamento e da par-ticipação dos vereadores nos eventos da ABRACAM, que mostra a força do legis-lativo municipal, hoje com mais de 57 mil vereadores em todo o Brasil.

Contou ainda com a presença de con-vidados como o senador Magno Malta (ES), senadora Ana Amélia (RS), senador Randolfe Rodrigues (AP) e representando o pré-candidato à Presidência da Repú-blica Eduardo Campos, o ex-deputado Maurício Rands, o deputado Cândido Vacarezza (SP), Armando Roberto Cerchi Nascimento (INTERLEGIS).

Os principais pré-candidatos à Presidên-cia da República foram convidados para dis-cutir o município no pacto federativo.

Outros convidados abrilhantaram os debates como: economista e geógrafo François Bremaeker (Associação Transpa-rência Municipal; Paulo Silas Alvarenga (Abracam e ABRAP); Cesar Rômulo Ro-drigues Assis (Abracam) e Alexandre Del Aringa (Listweb).

A Mobilização teve a duração de três dias e uma programação de debates de temas de suma importância como: Polí-ticas Públicas; Reforma Política; Reforma Tributária; Orçamento Municipal Impo-

sitivo; Transparência na Gestão Pública; Emendas Individuais de Vereadores; Pro-postas de Emendas Constitucionais de interesse das Câmaras Municipais.

As palestras proferidas pela diretoria da ABRACAM, como: Emendas Individu-ais Impositivas no Orçamento Municipal pelo Dr. Cesar Rômulo Rodrigues Assis – advogado e vice-presidente Jurídico da ABRACAM; Função Fiscalizadora do vere-ador – Dr. Paulo Silas Alvarenga (advoga-do, consultor e presidente do Conselho de Contas) e Modelo de Gestão de Excelên-cia nas Câmaras Municipais e Apresenta-ção Institucional da Abracam – Luiz Kir-chner (diretor de Assuntos Estratégicos) onde expôs aos vereadores presentes às vantagens de filiarem-se a Instituição. Ti-veram uma grande movimentação e inte-ratividade com a platéia.

A demonstração de unidade, com esse

comparecimento em massa, atendendo o nosso

chamamento à Brasília, mostra que a cada dia que passa o vereador

tem mais consciência do seu valor e o peso de sua

representatividadeno contexto político

nacional

Rogério Rodrigues da Silva

O ponto alto da Mobilização foi a qualidade dos palestrantes Dr. Cezar Assis da OAB Nacional

Ex-deputado Maurício Rands do PSB Vereadores da Câmara Municipal de Belém prestigiando os eventos da Abracam

Armando Roberto Cerchi

Nascimento (INTERLEGIS)

16 | www.revistavox.com.br

Rogério Rodrigues ressaltou que “A demonstração de unidade, com esse comparecimento em massa, atendendo o nosso chamamento à Brasília, mostra que a cada dia que passa o vereador tem mais consciência do seu valor e o peso de sua representatividade no contexto político nacional” e que certamente, esta 2ª Mobilização Nacional, despertará nos vereadores um maior interesse, elevando

o nível de desenvolvimento em todas as áreas, pois o vereador é o agente político mais próximo do cidadão. Por isso, forta-lecer o Poder Legislativo Municipal é for-talecer a base e a verdadeira essência da democracia.

n BANDA DO CORPO DE BOMBEIROSA vereança e os demais presentes pude-

ram ouvir na abertura do evento, a banda

do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal regida pelo Maestro Tenente Her-mínio, que tocou o hino nacional brasileiro.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal comemora neste ano, o jubileu de ouro pelos seus 50 anos de existência no DF. Comandado atualmen-te pelo Cel. Júlio César dos Santos, a corporação vem desempenhando dentre suas funções as atividades de defesa

Reconhecimento oficial da ABRACAM pelos relevantes serviços prestados à causa do Legislativo Municipal Brasileiro

Presidente Rogerio Rodrigues da Silva

Senador Randolfe Rodrigues(AP)

Luiz Kirchner Banda do Corpo de Bombeiros Militar do DF

HOMENAGEM AO EX-DEPUTADO WILSON PICLER

A cara e a Voz do Legislativo | 17

O bê-a-bá do vereador é um livro

que faz jus ao nome, pois vem abarcar

todas as necessidades da vereança, escrito numa

linguagem acessível a todas as classes sociais

civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos no âmbito do Distrito Federal.

O diretor de Comunicação e Marketing da Abracam, jornalista Milton Atanazio, fez os agradecimentos ao Cel. Júlio César dos Santos (Comandante), Cel.Hamilton Santos Esteves Junior (Sub-comandante); Major Barcelos, Sgt. Valdério Veloso (Re-lações Internacionais) e Ten.Cel Bomfim do Centro de Comunicação Social, que colaboraram para que a banda fizesse a brilhante apresentação.

O público presente na Mobilização que-brou o protocolo e saudou os militares da Banda do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal com uma moção de aplausos.

n LANÇAMENTO DE LIVROSO Be-a-bá do vereador é um livro

que faz jus ao nome, pois vem abarcar todas as necessidades da vereança. Escrito numa linguagem acessível a todas as classes sociais, vêm pontuar a história do Legislativo, as funções constitucionais do Poder Legislativo: fiscalizadora, legislativa, julgadora, au-

xiliadora, social, cívica e institucional. O livro pontua também sobre a prática do processo legislativo, consubstancia-da na elaboração das leis e, sobretudo na iniciativa privativa e concorrente das matérias. Na parte final foram registra-dos os principais artigos da Constitui-ção Federal de leitura e domínio obri-gatório para aqueles que pretendem exercer uma atividade de excelência no exercício do mandato.

Os vereadores presentes no evento fizeram questão de adquirir o livro, e na oportunidade levaram consigo uma dedi-catória do autor Rogério Rodrigues.

n VEREADORES, OS GUARDIõES DO MUNICÍPIO

Reconhecendo o grande esforço que os vereadores fazem para exercerem os seus mandatos, conscientes das suas responsabilidades, é que o autor deste manual, procurou com uma linguagem fácil, abordar e esclarecer as nuances do exercício da vereança, instruindo desde a posse do legislador municipal, até a pres-tação de contas anual e a transição de cargo no final do mandato, trazendo as-sim luz para tantas dúvidas que assolam o parlamentar municipal brasileiro.

O autor Dr. César Rômulo Rodrigues Assis é advogado e vice presidente jurídi-co nacional da ABRACAM.

n VEREADORES APROVEITAM PARA SE FILIAREM A ABRACAM

Presidente da Câmara Municipal de Dom Pedro (MA), v ereador Fábio Aman-Banda do Corpo de Bombeiros Militar do DF

Abertura do evento pelo jornalistaMilton Atanazio

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

Economista e geógrafo François Bremaeker

Rogério Rodrigues

18 | www.revistavox.com.br

Capa

co de Sousa assinou a documentação para filiação à ABRACAM, a exemplo de outros vereadores de diversos municí-pios que aproveitaram a ocasião e fize-ram a filiação.

A ABRACAM é uma entidade de re-presentação institucional que tem como finalidade primordial o fortalecimento do Poder Legislativo Municipal e a busca da qualificação de seus vereadores e servi-dores, como forma de conscientizar os mesmos para uma atividade parlamentar mais eficaz, voltada para a ética, a probi-dade, a harmonia, a criatividade e a inde-pendência do Poder Legislativo.

As Câmaras Municipais filiadas à ABRACAM contam com serviços ágeis e

de grande utilidade, como o de consul-toria jurídica, para atualização da Lei Or-gânica e Regimento Interno; Assessoria Jurídica, com pareceres específicos nas áreas administrativas, processo legisla-tivo e projetos de leis; Representação política junto aos poderes constituídos da União, estados e municípios; Infor-mações sobre leis federais e decisões do

Supremo Tribunal Federal e interesses dos municípios; Seminários nacionais e estaduais sobre assuntos específicos e de interesse das Câmaras Municipais; Carteira de identificação do vereador; Cursos de capacitação para vereadores e servidores de Câmaras Municipais; Elaboração de Projetos de Leis, Códigos, Reforma Administrativa e outros.

Vereador Rildo Pessôa de Belém, semprepresente em Brasília, nos eventos da Abracam

Lançamento do livro Be-a-bá do vereador

Palestrante Dr. Paulo Silas Alvarenga

Autor:Rogério

Rodrigues da Silva

A cara e a Voz do Legislativo | 19

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

A Frente Parlamentar Mista pelo Fortalecimento das Câmaras Municipais e Vereadores, que apóia

a Mobilização, esteve representada na ocasião pelo seu presidente, o

deputado Domingos Sávio (PSDB-MG)

A Frente Parlamentar Mista pelo For-talecimento das Câmaras Municipais e Vereadores, que apóia a Mobilização, esteve representada na ocasião pelo seu presidente, o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG).

O evento, no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, recebeu mais de 500 vereadoras e vereadores de todo o Brasil. Foram três dias de palestras, debates onde o foco deter-minante foi o fortalecimento do legis-lativo municipal. n

Rogério Rodrigues e o deputado federal Domingos Sávio, presidente da Frente Parlamentar Mista de Apoio às Câmaras Municipais e Vereadores

Senadora Ana Amélia, Cesar Rômulo, Rogério Rodrigues e Cezar Britto da OAB Nacional

Deputado Cândido Vacarezza

_________________________SERVIÇO

Participou desta reportagem a jornalista Daiana Alves

20 | www.revistavox.com.br

SEGURANÇA

ODa redação

CAPITAL FLUMINENSE RECEBERÁ 20 MIL PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PARA A COPA DO MUNDO

A operação de segurança será a maior já realizada na história da cidade, segundo autoridades

O plano estratégico de se-

gurança para os cariocas

que vão receber a final

da Copa do Mundo no Rio e também

hospedarão quatro seleções, inclusive o

Brasil foi apresentado, no dia 20/05, pela

Subsecretaria de Segurança para Grandes

Eventos do Rio de Janeiro, no Centro In-

tegrado de Comando e Controle. Cerca

de 20 mil agentes no total deverão ser

empregados para garantir a segurança de

delegações, autoridades e torcedores no

palco principal do Mundial.

A Polícia Militar (PM) será responsá-

vel pelo maior efetivo empregado e terá

policiamento ostensivo durante o even-

to. No total, 8.132 agentes da PM serão

empregados em todo o estado. Haverá

um acréscimo de 2.550 policiais em rela-

ção ao efetivo normal. “Faremos o esfor-

ço máximo em termos de efetivo a partir

do dia 1º de junho até o dia 17 de julho”,

disse o chefe do setor de planejamento

da PM, tenente-coronel Marcelo Rocha.

O Ministério da Defesa colocará em

atuação na região – que no caso incluiu

o estado do Espírito Santo, onde estarão

concentradas as seleções da Austrália e

Camarões – um total de 5.300 milita-

res. Desse total serão 3.100 do Exército,

1.300 da Marinha e 900 da Força Aérea.

“Será a maior operação de seguran-

ça da história do Rio de Janeiro. Tivemos

algo parecido durante a Jornada Mundial

da Juventude, no ano passado, mas não

com a duração e visibilidade da Copa do

Mundo”, afirmou o subsecretário de se-

gurança para grandes eventos do Rio de

Janeiro, Roberto Alzir.

n ESPAÇO AéREO

Durante o Mundial, haverá uma aten-

ção especial com os aeroportos. Segun-

do o almirante Paulo Martins Zuccaro, o

espaço aéreo num raio de quatro milhas

náuticas do Estádio Maracanã será to-

talmente fechado três horas antes e até

quatro horas depois dos jogos de abertu-

ra e encerramento.

“Nestes dias e horários, o Aeroporto In-

ternacional Tom Jobim (Galeão) funciona-

A cara e a Voz do Legislativo | 21

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

rá normalmente. Já o Santos Dumont não

vai permitir pousos, apenas decolagens”,

explicou Zuccaro. O almirante garantiu, no

entanto, que o processo de chegada dos

turistas à cidade já está planejado e os tor-

cedores não serão afetados.

n POLICIAIS FEDERAIS NAS DELEGAÇõES

Haverá agentes da Polícia Federal

(PF) integrados em cada uma das 32

seleções que vão disputar a Copa. Eles

dormirão nos mesmos hotéis dos joga-

dores e seguirão nos ônibus das dele-

gações em todos os deslocamentos,

explicou o delegado da PF, Anderson

Bichara, da Secretaria Extraordinária

de Segurança para Grandes Eventos do

Ministério da Justiça.

“É um protocolo que já funcionou com

sucesso durante a Copa das Confedera-

ções e será repetido, agora numa escala

maior. É interessante porque o agente dá

o panorama de segurança em que está

a delegação e a troca de informações

com os chefes de segurança dos times,

em caso de uma situação específica, é

imediata”, afirmou Bichara.

Cada delegação será escoltada, em

cada deslocamento, por 192 agentes da

PF. A responsabilidade de fazer a fiscali-

zação da segurança privada nos eventos,

controle de armas de chefias de segurança

dos chefes de estado, controle migratório,

atividades de inteligência e antiterrorismo,

entre outras atribuições é da PF. n

_________________________SERVIÇO

Com informações da Agência Brasil e Portal da Copa

22 | www.revistavox.com.br

MOVIMENTOS SOCIAIS

EDa redação

MOVIMENTOS SOCIAIS PLANEJAM PROTESTOS UNIFICADOS DURANTE O MUNDIALGoverno defende que a Copa deixará melhoria na infraestrutura das cidades,

o incremento no turismo e também ganhos econômicos para o Brasil

Em Belo Horizonte, a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) e os demais mo-

vimentos sociais que participam do En-contro dos Atingidos – Quem Perde com os Megaeventos e Megaempreendimen-tos planejam protestos e mobilizações durante a Copa do Mundo.

Participantes do encontro, das 12 cida-des-sede da Copa, discutiram estratégias de mobilização para fazer do evento um espaço de protesto e reivindicação. “Nós fomos bem surpreendidos pela realização dos atos [manifestações durante a Copa

das Confederações], no ano passado, e queremos que eles voltem a ocorrer”, dis-se Valéria Pinheiro, da Ancop e do Comitê Popular da Copa do Ceará.

“Nós queremos juntar as diversas ar-ticulações de movimentos sociais, popu-lares, sindicatos e todos os setores que neste momento estão comprometidos em levar uma mensagem de luta para o povo brasileiro para que a gente de fato organize uma jornada unitária”, disse o integrante da direção nacional da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), Sebas-tião Carlos.

O integrante do Movimento Passe Li-vre de São Paulo, uma das organizações que convocaram os atos que ocorreram durante a Copa das Confederações, Eu-

des Oliveira, acredita que temas, como mobilidade urbana, devem incentivar a participação popular. “As obras de infra-estrutura não foram feitas. Pelo contrário, o transporte não melhorou, as pessoas estão todos os dias sofrendo com trans-porte ruim, lotado”, disse.

Marcelo Edmundo, da Central dos Mo-vimentos Populares (CMP), destacou que a discussão sobre novas leis que possam vir a coibir manifestações também deve ser rechaçada nos atos, como o Projeto de Lei 499/2013, que define como terro-rismo o ato de provocar ou infundir terror ou pânico generalizado, e que voltou à tona após a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, em feve-reiro deste ano. Muitos avaliam que essa proposta pode coibir as manifestações no país. “Nós estamos diante da maior ame-aça contra os movimentos populares”, disse Marcelo Edmundo.

A ideia dos movimentos é que os atos comecem antes da Copa do Mundo. A Ancop convocou os movimentos para participar do Dia Internacional de Luta contra a Copa, marcado para o dia 15 de maio. No Distrito Federal e em São Paulo, ações estão em planejamento. “Exigimos nosso direito à cidade e nossa liberdade de manifestação”, reitera o Comitê de São Paulo, por meio de convocação que circula nas redes sociais.

Os participantes criticaram os gastos com o Mundial durante o encontro. De acordo com a Matriz de Responsabilida-

A cara e a Voz do Legislativo | 23

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

SERVIÇOEstudo feito pelo Instituto Brasileiro de

Turismo (Embratur)

de do evento, estima-se a aplicação de R$ 25,6 bilhões nas cidades-sede.

As dívidas dos municípios em função do evento poderão resultar em crises nos próximos três anos, as cidades foram es-timuladas a se endividar, alerta a econo-mista do Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul (Pacs), Sandra Quintela. Ela ainda destaca que durante a prepara-ção do Mundial, as cidades foram autori-zadas, pela Lei 12.348, a tomar novos em-préstimos, mesmo se a dívida total delas já estivesse acima da receita líquida real.

Sandra aponta como negativas mais duas medidas tomadas para viabilizar a Copa: as isenções fiscais concedidas ao Comitê Organizador Local (COL), à Fifa e demais empresas ligadas à promoção da Copa de 2014, assim como a alteração na Lei de Licitações, que passou a permitir a uma empresa executar uma obra sem o projeto definitivo.

“Tiveram que fazer vários ‘puxadi-nhos’, arremedos nos projetos, contrata-ção de mais serviços para que as obras fossem feitas a toque de caixa”, critica. Com isso, segundo a economista, aumen-tou a expectativa de gastos com a Copa, que, há quatro anos, era de aproximada-mente R$ 20 bilhões. “Os interesses pri-vados foram favorecidos em detrimento do interesse público”.

Os participantes do encontro dizem que os estádios, como o de Manaus, com ca-pacidade para receber mais de 44 mil pes-soas por partida, podem acabar subutiliza-dos, após o Mundial, como ocorreu com as instalações feitas para os Jogos Pan-Ame-ricanos de 2007, no Rio de Janeiro.

Na opinião da economista, esses gas-tos com infraestrutura e mobilidade se-riam feitos no país, independentemente

da realização da Copa. O evento, con-tudo, contribuiu para que fossem feitos de forma acelerada, sem planejamento ou controle social, avalia. “É um modelo todo voltado para o interesse privado. É a cidade produto, cidade mercadoria, pen-sada para os hotéis, os turistas”.

O integrante da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa, Chico Carneiro, avalia que os pequenos comer-ciantes ficarão sem espaço, diferente-mente das grandes empresas, que serão beneficiadas com os lucros gerados pelo evento. Segundo Carneiro, outro proble-ma é a falta de consultas públicas às co-munidades sobre as remoções decorren-tes das obras, o que configura a “perda do processo democrático”.

Já o governo federal defende que a Copa deixará legados, como a melhoria na infraestrutura das cidades, o incremen-to no turismo e também ganhos econô-micos para o Brasil. Segundo o Ministério do Turismo, na Copa das Confederações, os estrangeiros gastaram, em média, R$ 4.854 durante os 14,4 dias em que per-maneceram no Brasil. n

Nós queremos juntar as diversas articulações de movimentos sociais, populares, sindicatos

e todos os setores que neste momento estão

comprometidos em levar uma mensagem de luta para o povo brasileiro

para que a gente de fato organize uma jornada

unitária”

Sebastião Carlos (CSP-Conlutas)

24 | www.revistavox.com.br

ESTRANGEIRO

REGRAS PARA ESTRANGEIROS QUE VIEREM AO BRASIL SÃO ALTERADAS PELA PRESIDENTAEstrangeiros que vierem ao Brasil a negócios, como artista ou esportista, não

precisarão de visto de turista ou temporário

a Da redação

A partir de 7 de maio, estran-geiros que vierem ao Brasil a negócios, como artista ou

esportista, não precisarão de visto de turista ou temporário. A norma foi publi-cada no Diário Oficial da União e vale para estrangeiros de países que deem o mesmo tratamento aos brasileiros.

O visto já era dispensado a estran-geiros que viessem de países que têm

acordo internacional com o Brasil.O dispositivo, exposto na Lei 1.268, al-

tera a Lei 6.815 – permite que o visto seja tirado por meio eletrônico. A documenta-ção original do estrangeiro que optar por

tirar o visto eletronicamente poderá ser pedida pelas autoridades brasileiras, que solicitarão documento original.

A norma prevê que o Ministério das Relações Exteriores poderá editar nor-mas que simplifiquem os procedimentos por reciprocidade ou por outros motivos que julgar pertinentes, e que normatize a obtenção de vistos fisicamente sepa-rados do passaporte do requerente. n

_________________SERVIÇO

Com informações da Agência Brasil

A cara e a Voz do Legislativo | 25

VOLUNTÁRIOS

CERCA DE 18 MIL VOLUNTÁRIOS ATENDERÃO O PÚBLICO DURANTE A COPA

De todos os estados do país, voluntários auxiliarão os mais de 600 mil estrangeiros e 1,3 milhão de brasileiros nas cidades-sede

ODa redação

O Brasil terá um exército de cer-ca de 18 mil voluntários para atender o público em trânsito

pelo país durante a Copa do Mundo. São pessoas de todos os estados e regiões do país com faixa etária média de 32 anos, empenhados em ajudar os mais de 600 mil estrangeiros e 1,3 milhão de brasilei-ros que estarão espalhados pelas cida-des-sede durante o evento esportivo.

A ideia de que o país é capaz de pre-parar a melhor Copa de todos os tem-pos – e que boa parte dessa conquista depende do esforço individual – atraiu 43 mil brasileiros para o Programa Brasil Voluntário, do governo federal. O proces-so seletivo destacou cerca de 18 mil vo-luntários para atuar em pontos turísticos, aeroportos, áreas de fluxo, entorno de estádios e centros abertos de mídia.

Um deles é o professor de educação infantil Everaldo Roque, de 35 anos, mo-rador de Taguatinga, uma cidade próxima a Brasília. Everaldo está empolgado com a Copa e acha que o Brasil vai estrear em grande estilo. Voluntário de carteirinha, não poderia ficar fora dessa. “É uma ação nobre em qualquer situação. Acredito que este é o momento ideal para mostrarmos ao mundo nosso espírito solidário e ale-gre. Tenho certeza de que o Brasil vai fa-zer bonito mais uma vez”, disse.

Everaldo, que deve atuar como vo-luntário em eventos paralelos aos jo-gos, afirma que será um momento espe-cial para descobrir novas competências profissionais e ampliar as oportunidades no mercado de trabalho, além de fazer novas amizades e praticar outro idioma.

Assim como os demais voluntários, Everaldo fez um curso de capacitação virtual sobre história do futebol, hospi-

talidade, turismo, idiomas e primeiros-socorros. No momento, concluem pre-sencialmente as aulas de segurança e primeiros-socorros, integração, turismo e mobilidade.

O último fim de semana de treina-mento para todos os voluntários acontece nos dias 24 e 25 de maio, seguindo a al-ternância dos módulos nas cidades-sede.

O Ministério do Turismo estima mais de 3,6 bilhões acompanharão o evento pela televisão, celular ou mídias digitais. O Mundial terá 73 mil horas de transmis-são televisiva para mais de 200 países, e até o momento, a organização conta com 19 mil jornalistas credenciados. n

__________________SERVIÇO

Com informações do Ministério do Turismo e Portal Brasil

26 | www.revistavox.com.br

Artigo

Thomas Korontai*

ELEIÇÕES - NOS PARTIDOS, O MESMO DE SEMPRE...

mThomas Korontai*

Mais uma eleição se aproxi-ma e a correria, atrapalhada pela Copa do Mundo, au-

menta na medida em que se aproxima a data do pleito. Temos hoje 33 partidos registrados no TSE e não é á toa que se pergunta: para que tantos partidos? Com certeza o caro leitor já viu essa pergun-ta. Ou a recebeu. A resposta de imediato é simples: se houvesse uma cláusula de acesso por desempenho eleitoral nacional de 10%, o dobro da cláusula de barreira, de 5%, os demais partidos seriam sim-plesmente regionais ou até estaduais. E o Congresso teria apenas 3 ou 4 partidos.

Temos sérios problemas com um mo-delo político que induz à formação de partidos mais com cara de empresa do que de partido político. Partido político deveria ser parte da sociedade. No Wiki-pédia encontramos isso: “Partido políti-co: latim pars, partis = rachado, dividido, desunido”. Se é parte da Sociedade, não importa qual o tamanho da fração, cada uma teria um motivo para existir. Mas, no Brasil, esse é quase nulo...

Há um ditado antigo entre parlamen-tares das três esferas de poder de que o Legislativo é um “cemitério de ideais”. Por que? Bem, temos várias respostas, as duas mais próximas são relacionadas aos regimentos das casas legislativas e aos estatutos partidários. Fiquemos por hora, nos estatutos, tema que praticamente não aparece em nenhuma pauta de debates sobre reforma política.

Praticamente todos os estatutos são iguais. E não é por causa da lei, mas por conta do modelo de poder que os parti-

SERVIÇOThomas Korontai é Agente de Propriedade

Industrial, autor do livro Cara Nova Para o Brasil – Uma Nova Constituição para uma Nova Federação

(disponível gratuitamente em www.caranovaparaobrasil.com.br) e funda-

dor e presidente nacional do Partido Federalista –www.federalista.org.br

dos abrigam, como pessoas jurídicas de direito privado. Todos têm suas cúpulas absolutamente protegidas, blindadas, sob as mais diversas justificativas. O modelo vigente dos partidos, incluindo os em fase de fundação, s.m.j., foi e é estruturado empresarialmente, onde os filiados – uma espécie de “chão de fábrica” – nunca conseguem chegar à cúpula. Exceto os que ascendem a cargos, normalmente à sombra de algum padrinho do alto clero partidário. Filiados só podem votar prati-camente para delegados. Estes, por sua vez, poderão adotar a posição que bem entenderem nas convenções. Some-se a isso, a existência do voto cumulativo, arti-fício presente em todos os estatutos par-tidários, s.m.j., e o voto por procuração. Isso tudo concentra o poder nos partidos,

quase que totalitariamente. As eternas comissões provisórias são uma gritante expressão dessa situação. Recentemente um filiado ao PP começou a colher assi-naturas dentre os filiados naquele estado, revoltado pela decisão do Diretório Na-cional em aderir à campanha da reeleição da atual Presidente da República. Ele, que já foi vereador, disse que o partido no RS sequer foi consultado, a decisão teria sido tomada a portas fechadas.

Partidos podem atrair eleitores e fieis militantes desde que se adaptem à efetiva democracia, ampla, permitin-do que todos tenham direito a postular por qualquer cargo, interno ou externo, devendo, sua escolha, ser submetida ao crivo dos demais filiados, em eleições internas. Sem segregação interna. Se o estatuto previr um peso eleitoral para cada estado, os respectivos delegados à convenção nacional serão apenas ra-tificadores dos resultados das urnas de cada estado, o que coloca em prática um exercício federalista, tanto para a indicação do candidato a Presidente Nacional do Partido, quanto da Repú-blica, como da própria reforma de algu-ma cláusula estatutária – e isso protege o próprio partido.

Nos próximos artigos, vamos abordar mais sobre esse tema. A reforma política pode começar, portanto, dentro dos pró-prios partidos, praticando o que todos pregam: democracia. Mas não a de pou-cos, e sim, a de todos. n

Temos sérios problemas com um modelo político que induz à formação de partidos mais com cara de empresa do que de partido político. Partido

político deveria ser parte da sociedade

A cara e a Voz do Legislativo | 27

BOMBEIROS REALIZAM SEMANA DE RESGATE VEICULAR

Com o objetivo de melhorar atendimento às ocorrências envolvendo veículos automotores, o Corpo de Bombeiros Militar do DF adquiriu novos equipamentos para o resgate veicular

ODa redação

BOMBEIROS

O Centro de Treinamento Operacio-nal (CETOP) realizou a Semana de Resgate Veicular nos dias 12 a

15 de maio. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (DF) adquiriu novos equi-pamentos para o resgate veicular com o ob-jetivo de melhorar atendimento às ocorrên-cias envolvendo veículos automotores. É de fundamental importância que os militares sejam apresentados às novas tecnologias utilizadas em diversos países.

Os militares que participaram des-te treinamento são do Grupamento de Bombeiros Militar do Paranoá, 10º GBM. O especialista em resgate veicular, o Sub-tenente Renato Augusto, abordou temas referentes ao gerenciamento da cena, mi-nimizando riscos para as vítimas, para os bombeiros e para terceiros.

Os militares foram treinados também em novas tecnologias de veículos, tais como veículos movidos a gás natural, elé-

__________________________SERVIÇO

Com informações do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.

tricos e híbrido-elétricos. Estas tecnolo-gias são tendências e precisam ser conhe-cidas para que o socorro seja prestado de forma ainda mais eficiente e seguro.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal comemora neste ano, o jubileu de ouro pelos seus 50 anos de existência. Comandado atualmente pelo Cel. Júlio César dos Santos, a corpora-ção vem desempenhando dentre suas funções as atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, bus-cas, salvamentos e socorros públicos no âmbito do Distrito Federal. n

28 | www.revistavox.com.br

Balança Comercial

GOVERNO ESTUDA MUDANÇAS NA JORNADA DE TRABALHO

Alterações podem permitir contratações com carga horária flexível,

o chamado trabalho part time

O Da redação

vil, Carvalho disse que a discussão já está mais adiantada em torno da proposta de aumento de horas extras para traba-lhadores que estão em canteiros de obras distantes de suas residências, que têm interesse em ampliar sua jornada de tra-

balho. “Isso também estamos discutindo e está muito maduro, mas também será feito com acordo”, ponderou. n

________________________SERVIÇO

Com informações da Agência Brasil e Portal Brasil

Vamos coordenar junto com o ministro do Trabalho um processo de discussão com o movimento

sindical, com os setores patronais para ver a oportunidade de

editarmos uma lei nesse sentido. Mas é preciso ainda passar pelo crivo tradicional nosso, que é o

crivo da consulta

O governo estuda fazer mudan-ças nas regras trabalhistas, de acordo com afirmação, reali-

zada no dia 23 de maio, pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. As altera-ções poderão permitir contratações com carga horária flexível, o chamado tra-balho part time. No entanto, segundo Carvalho, as regras não serão definidas “de cima para baixo” e o assunto ainda está em discussão no governo.

“Não podemos fazer nenhuma lei nesse sentido sem criar um consenso fundamental porque se trata da mudan-ça de uma legislação que já está muito estabelecida”, disse Carvalho.

“Vamos coordenar junto com o mi-nistro do Trabalho um processo de dis-cussão com o movimento sindical, com os setores patronais para ver a oportuni-dade de editarmos uma lei nesse sentido. Mas é preciso ainda passar pelo crivo tradicional nosso, que é o crivo da con-sulta”, acrescentou o ministro.

A regulamentação da contrata-ção para o trabalho part time é uma demanda principalmente do setor varejista, que espera reduzir custos com pagamento de horas extras e dar folgas garantidas em lei aos funcionários, reduzindo disputas judiciais.

Em relação ao setor da construção ci-

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho

A cara e a Voz do Legislativo | 29

Empresacertificadapela

30 | www.revistavox.com.br

DOAÇÃO DE MÁQUINAS AOS MUNICÍPIOS AUMENTA 1000% EM ANO ELEITORAL

Recursos do MDA foram elevados a R$ 1,4 bilhão

APor Milton Atanazio

Eleições

A entrega de máquinas e equipa-mentos em diversas prefeituras tem acontecido pela presiden-

ta Dilma Rousseff que tem viajado por todo o país. Mediante a essa estratégia eleitoral da candidata, que deseja se re-eleger ao cargo mais elevado do país, os investimentos do Ministério do Desenvol-vimento Agrário (MDA) foram elevados a R$ 1,4 bilhão. É o que informa o site Contas Abertas, em divulgação recente. A publicação eletrônica é da Associação

Contas Abertas, uma entidade da socie-dade civil, sem fins lucrativos, que reúne pessoas físicas e jurídicas, lideranças, empresários, estudantes, jornalistas, bem como quaisquer interessados em conhecer e contribuir para o aprimora-mento do dispêndio público, notada-mente quanto à qualidade, à prioridade e à legalidade e não foi contestada.

n MáqUINAS - PAC 2 No período de janeiro a abril de

2014, R$ 1,5 bilhão foi investido pela Pasta. O valor é R$ 1,4 bilhão maior

do que os R$ 147,6 milhões aplicados em igual período do ano passado. O vo-lume de investimentos de 2014 é mais de 1000% maior. Nos quatro primeiros me-ses de 2012 somente R$ 125,7 milhões foram desembolsados pelo MDA.

A aquisição de máquinas e equipa-mentos para municípios de até 50 mil ha-bitantes fez com que houvesse aumento nos investimentos. Os equipamentos, que fazem parte do PAC 2, devem ser utilizados para abertura, recuperação, readequação e conservação de estradas vicinais nas zonas rurais com predominância de agricultores

A cara e a Voz do Legislativo | 31

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

familiares. O trabalho das máquinas tam-bém objetiva a redução dos efeitos da seca nas regiões semiáridas.

Os recursos incluíram 18.073 equipa-mentos, entre eles: motoniveladoras, re-troescavadeiras, caminhões basculantes, caminhões cisternas e pás carregadeiras.

Os valores aplicados pelo MDA foram superiores aos investimentos globais de outros ministérios. Por exemplo, no pri-meiro quadrimestre de 2014 o Ministério da Saúde aplicou R$ 1,3 bilhão.

Somente para a ação de distribuição de equipamentos do MDA foram apli-cados R$ 918,1 milhões. O montante é maior do que os aplicados no mesmo período em ações de assistência ambula-torial e hospitalar especializada (R$ 95,3 milhões), atenção básica em saúde (R$ 77,2 milhões) e serviços urbanos de água e esgoto (R$ 58,1 milhões).

O investimento total para a aquisição dos equipamentos da ação em curso somam o volume de 5 bilhões de reais e será realizado com recursos dos orça-mentos de 2011, 2012 e 2013, segundo a assessoria do MDA. “Conforme há en-tregas de equipamentos, processam-se os pagamentos”, ressalta a Pasta.

Em 2012, no segundo semestre, por impedimentos da lei eleitoral que veda as transferências voluntárias no período das campanhas, não houve entregas, conse-quentemente os pagamentos realizados

em início de 2013 foram pequenos, res-salta o MDA. “Foi neste mês que retoma-mos as entregas”, afirma nota.

“Além disso, a universalização dos equipamentos foi anunciada pela presi-denta em fins de janeiro de 2013. É na-tural, portanto, que para um aumento de volume de entregas de equipamentos em 2013, tenha havido mais pagamentos no início de 2014”, conclui nota.

No final de abril, Dilma entregou 228 equipamentos, entre motoniveladoras, caminhões-caçamba e pás-carregadei-ras, totalizando um investimento de quase R$ 68 milhões, em mais de 190 municípios baianos.

n PROBLEMASO relatório da Controladoria-Geral

da União (CGU), obtido pelo jornal Estado de S. Paulo, constatou uma sucessão de falhas na distribuição de retroescavadeiras aos municípios. De acordo com a CGU, não há fiscalização adequada tanto do governo federal quanto das prefeituras, as retroesca-vadeiras não passam pela revisão pre-vista, equipamentos já sofrem com má conservação e em muitos casos os ope-radores não recebem capacitação para lidar com as máquinas.

O documento foi encaminhado ao MDA em janeiro. Em relação ao assunto, a presidenta afirmou que “um problema aqui outro ali” são absolutamente espe-rados, dada a dimensão do programa. Dilma ressaltou a relação republicana com as prefeituras, “que são agraciadas com as máquinas independentemente do partido político”. n

___________________________SERVIÇO

Com informações do site Contas Abertas- www.contasabertas.com.br

Os valores aplicados pelo MDA foram superiores

aos investimentosglobais de outros

ministérios.

32 | www.revistavox.com.br

FARMACÊUTICOS

USO RESPONSÁVEL DE MEDICAMENTOS RECEBE CAMPANHA DO CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA

Durante a realização do evento serão disponibilizados serviços de aferição de pressão arterial e dosagem de glicemia

CPor Caroline Oliveira

Combater a automedicação e promover o uso seguro de me-dicamentos são as metas da 1ª

Semana de Conscientização sobre o Uso Responsável de Medicamentos, promovi-da pelo Conselho Federal de Farmácia. O evento acontece até o dia 8 de maio no Espaço Mário Covas, na Câmara dos De-putados (Anexo 2).

Serão oferecidos serviços de aferição de pressão arterial e dosagem de glice-mia. Farmacêuticos também estarão à disposição do público para tirar dúvidas e repassar orientações. É possível levar receitas ou embalagens de medicamen-tos até o local para que os profissionais avaliem se o uso está correto e qual é a melhor forma de utilização – sobretudo em casos de medicamentos usados de forma simultânea ou de pacientes com doenças crônicas.

O evento acontece em meio à trami-tação na Casa do substitutivo do deputa-do Ivan Valente (PSOL-SP) ao Projeto de Lei nº 4.385/1994, de autoria da ex-se-nadora Marluce Pinto (PMDB-RR). Com a alteração proposta, farmácias e drogarias deixam de ser classificadas como esta-

belecimentos comerciais e passam a ser estabelecimentos de saúde, o que torna obrigatória a presença permanente do farmacêutico.

No Brasil, dados do conselho indi-cam que os medicamentos represen-tam o principal agente causador de intoxicações em seres humanos. Em 2011, eles responderam por 29.179 (29,5%) de todos os casos notificados pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, da Fundação Oswaldo Cruz. n

_______________________SERVIÇO

Com informações da Agência Câmara e Agência Brasil

A cara e a Voz do Legislativo | 33

NDr. César Rômulo Rodrigues Assis

Artigo

Dr. César Rômulo Rodrigues Assis

AS CÂMARAS DE VEREADORES EA LEGISLAÇÃO DOS MUNICÍPIOS

A Lei do Orçamento Anual é a lei financeira mais importante na Administração Pública do país

Normalmente servem de as-sistentes sociais nas suas co-munidades, providenciando

remédios, cestas básicas, transporte, aju-da financeira e etc., sem obter o devido prestígio que uma classe com mais de cinqüenta e sete mil vereadores, deveria ter no cenário nacional.

A democracia é o governo da maioria e a maioria dos políticos eleitos no Bra-sil, são vereadores; no entanto em nada mandam, só obedecem e servem de cabos eleitorais de luxo, para Prefeitos, Deputados, Senadores, Governadores e Presidente da República.

Com uma Constituição Federal par-lamentarista, deveriam todos os parla-mentares da nação, inclusive e principal-mente os Vereadores, terem as rédeas da administração pública nacional.

No entanto o que se vê, é que os vere-adores só servem para ajudar assistencial-mente as comunidades e seus eleitores e puxar votos para os demais políticos, que os esquece logo após as eleições.

A principal função do Vereador é LEGISLAR.Legislar significa FAZER LEIS, e no âm-

bito do Município elevado á categoria de ente da federação, NENHUM ATO ADMI-NISTRATIVO PODE SER REALIZADO, sem uma lei que o preceda, e esta lei é votada e aprovada pelo Vereador.

Sem a lei não pode haver administra-ção. Sem o Vereador não existe lei e este

não se conscientiza da sua importância e continua exercendo pacificamente o seu papel de assistente social e cabo eleitoral, SEM MAIORES IMPORTÂNCIA NO CENÁ-RIO POLÍTICO BRASILEIRO.

A Constituição de 1988 deu aos Muni-cípios autonomia administrativa, política, legislativa e financeira, portanto são os Vereadores que fazem as próprias leis do seu município, não devendo obediência nem ao governo federal, nem ao governo estadual, sendo independente e autôno-mo dentro do seu território.

Ainda assim, quase todos os municí-pios brasileiros TÊM AS SUAS LEIS ORGÂ-NICAS DESATUALIZADAS, e as câmaras de vereadores, têm REGIMENTOS que datam da década de 1990, não tendo no presente nenhuma utilidade jurídica para o exercício do mandato de vereador.

Diversos direitos deixam de ser exerci-

dos, tais como subsídios diferenciados dos Presidentes dos Legislativos, Orçamento próprio, ORÇAMENTO IMPOSITIVO para o Município, Julgamento das contas da Mesa Diretora da Câmara, reajuste anual dos subsídios dos vereadores, verba de gabinete, verbas indenizatórias, EMEN-DAS PARLAMENTARES, suspensão dos atos do executivo quando extrapolarem a lei, aprovação da nomeação do Contro-lador e Procurador do Município, em fim INÚMERAS VANTAGENS perdem as Câ-maras e os Vereadores por não ATUALI-ZAREM a sua legislação e não exercerem plenamente o seu poder de LEGISLAR.

Se essa maioria esmagadora de po-líticos municipais, os vereadores, se or-ganizarem e legislarem como manda a Constituição Brasileira poderão UNIDOS eleger até o Presidente da República e gozar de todos os privilégios que hoje gozam os DEPUTADOS e SENADORES. Na nossa Constituição Federal TODOS OS PARLAMENTARES SÃO IGUAIS E TÊM OS MESMOS DIREITOS, DESDE QUE ATUALIZEM A SUA LEGISLAÇÃO E AJAM DENTRO DA LEI.

Senhores Vereadores, ATUALIZEM A LEGISLAÇÃO DO SEU MUNICÍPIO e EXER-ÇAM PLENAMENTE OS SEUS DIREITOS GARANTIDOS PELA CONSTITUIÇÃO. n

SERVIÇO Dr. Cesar Rômulo Rodrigues Assis

Mestre em Direito Público Municipal, Especialistaem Direito de Estado, Pós graduado em Direito

do Trabalho Previdenciário, Consultor Jurídico do PNUD-ILB-Interlegis-Senado Federal, Consultor Jurídi-co do Instituto Brasileiro de Administração de Cidades

(IBAC) e Vice-presidente Jurídico da Abracam

A democracia é o governo da maioria e a maioria dos

políticos eleitos no Brasil, são vereadores; no entanto em

nada mandam, só obedecem e servem de cabos eleitorais

de luxo, para Prefeitos, Deputados, Senadores,

Governadores e Presidenteda República.

34 | www.revistavox.com.br

FORÇAS ARMADAS ATUARÃOCOM 57 MIL MILITARES NA SEGURANÇA DA COPA DO MUNDOSerão 35 mil homens do Exército, 13 mil da Marinha e 9 mil da Aeronáutica

A Da redação

DEFESA

As Forças Armadas vão atuar com 57 mil militares durante a Copa do Mundo Fifa 2014.

O emprego das tropas será em eixos exclusivos de defesa, como o controle aeroespacial e do espaço aéreo, marí-timo e fluvial, segurança de estruturas estratégicas, defesa cibernética, contra-terrorismo e defesa química, biológica, radiológica e nuclear. Desse total, 21 mil vão compor a força de contingência, preparada para agir em caso de even-tualidade. A afirmação foi feita pelo mi-nistro da Defesa, Celso Amorim, durante coletiva de imprensa internacional reali-zada no dia 23 de maio, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).

Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA),general José Carlos De Nardi

Fotos: Jorge Cardoso - Ministério da Defesa

Deste total, serão 35 mil homens do Exército, 13 mil da Marinha e nove mil restantes da Aeronáutica, explicou Amorim. “Nossas tropas estão absolu-tamente treinadas e equipadas para o

ambiente específico da Copa. E, no mo-mento, elas estão realizando os últimos exercícios conjuntos, inclusive com as outras forças do Ministério da Justiça.”

O ministro explicou como será a

O ministro explicou como será a governança do plano

de ação da Defesa. O planejamento está di-vidido em um comando nacional, a cargo do Es-tado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA),

em Brasília (DF).

A cara e a Voz do Legislativo | 35

Assuntos Militares

governança do plano de ação da Defesa. O planejamento está dividido em um co-mando nacional, a cargo do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), em Brasília (DF). Esse órgão instituído se desdobrará em 12 Centros de Co-ordenação de Defesa de Área (CCDAs) nas cidades-sede do evento esportivo. Como algumas seleções irão para cen-tro de treinamento em Vitória (ES), Ara-caju (SE) e Maceió (AL), essas cidades estarão operando sob coordenação dos CCDAs do Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Fortaleza (CE).

Além disso, quatro comandos cen-tralizados vão trabalhar na defesa ae-roespacial, fiscalização de explosivos, segurança de defesa cibernética e pre-venção ao terrorismo.

Celso Amorim lembrou que a Ma-rinha, o Exército e a Aeronáutica têm experiência na realização de eventos do tamanho do mundial. “Tivemos observadores militares atuando em eventos internacionais, como a Copa de 2010, na África do Sul, e as Olim-píadas de Londres, em 2012.” E com-pletou dizendo que as Forças trabalha-

ram na Conferência Rio+20, Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude, que incluiu a visita do Papa Francisco, o que proporcionou apren-dizado e segurança de grandes líderes internacionais e chefes de Estado, além da população civil.

Durante a coletiva, Amorim citou os meios que serão empregados pelas For-ças. De aeronaves serão: 24 Super Tuca-no (A 29), dez caças F-5, três aviões ra-

“Nossas tropas estão absolutamente treinadas e equipadas para o ambiente

específico da Copa. E, no momento, elas estão

realizando os últimos exercícios conjuntos,

inclusive com as outras forças do Ministério

da Justiça.”

___________________SERVIÇO

Com informações do Ministério da Defesa

dares (E-99), 47 helicópteros (sendo 36 para fiscalização e 11 exclusivos para defesa do espaço aéreo) e 29 aerona-ves de apoio. Veículos navais: quatro fragatas, uma corveta, 21 navios-pa-trulha, um navio de desembarque e 183 lanchas.

A coletiva contou com a presença do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) general José Carlos De Nardi; do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; e do secretário extraordinário de Grandes Eventos, An-drei Rodrigues.

A cargo da Justiça, 100 mil homens de órgãos de segurança pública federal, estadual e municipal terão a responsa-bilidade de proteger a sociedade. Sobre isso, o ministro Cardozo acrescentou: “O melhor momento para a integração é a Copa do Mundo. O Brasil sai dife-rente em termos de segurança pública depois disso. Começamos a construir uma nova realidade de cooperação en-tre forças policiais”. n

Ministro da Defesa, Celso Amorim

36 | www.revistavox.com.br

REEMBOLSO DE PASSAGEM é DIREITO DO PASSAGEIRO COM VOO CANCELADO

Direito vale também para voos com atraso de mais de quatro horas. Passageiro poderá optar por créditos em programas de milhagem

n Da redação

GUIA DO PASSAGEIRO

Nos casos em que o voo atra-sa mais de quatro horas, seja cancelado ou, ainda, o passa-

geiro tenha seu embarque negado (pre-terição de embarque), a empresa deverá

reembolsar o passageiro de acordo com a forma de pagamento utilizada na compra da passagem. A devolução dos valores já quitados e recebidos pela empresa aérea (compra à vista em dinheiro, cheque com-pensado ou débito em conta-corrente) deverá ser imediata, em dinheiro ou por meio de crédito em conta bancária.

Se a passagem aérea foi financiada no cartão de crédito e tem parcelas a ven-cer, o reembolso obedecerá às regras da administradora do cartão. As providências para o reembolso devem ser imediatas. Se for do interesse do passageiro, a empre-sa poderá oferecer, em vez de reembolso, créditos em programas de milhagem. n

A cara e a Voz do Legislativo | 37

n SAIBA OS SEUS DIREITOS EM CASOS DE VOOS CANCELADOS OU ATRASADOS

Atrasos de voos às vezes acontecem e, pego desprevenido, o passageiro só sabe que vai ter que esperar mais do que imaginava para embarcar no avião e seguir o seu destino. Mas o que muitos passageiros deveriam saber também é sobre seus direitos em casos de atraso, cancelamento ou não embarque.

Nos casos de atraso, cancelamento de voo e preterição de embarque (embarque não realizado por motivo de segurança operacional, troca de aeronave, overbooking etc.), o passagei-ro que comparecer para embarque tem direito à assistência material, que envolve comunicação, alimentação e acomoda-ção. Essas medidas têm como objetivo minimizar o desconforto dos passageiros enquanto aguardam o voo, atendendo às suas necessidades imediatas.

A assistência é oferecida gradualmente, pela empresa aérea, de acordo com o tempo de espera, contado a partir do momento em que houve o atraso, cancelamento ou preterição de embarque, conforme demonstrado a seguir:

A partir de uma hora: comunicação (internet, telefonemas etc.). A partir de duas horas: alimentação (voucher, lanche, bebidas etc.). A partir de quatro horas: acomodação ou hos-pedagem (se for o caso) e transporte do aeroporto ao local de acomodação.

Se você estiver no local de seu domicílio, a empresa pode-rá oferecer apenas o transporte para sua residência e desta para o aeroporto.

Se o atraso for superior a quatro horas (ou a empresa já tenha a estimativa de que o voo atrasará esse tempo)

ou houver cancelamento de voo ou preterição de embarque, a empresa aérea deverá oferecer ao passageiro, além da assistência material, opções de reacomodação ou reembolso.

A assistência material deverá ser oferecida também aos passageiros que já estiverem a bordo da aeronave, em solo, no que for cabível. A empresa poderá suspen-der a prestação da assistência material para proceder ao embarque imediato.

n O qUE é PRETERIÇÃO DE EMBARqUE? A preterição de embarque (embarque não realizado

por motivo de segurança operacional, substituição de avião, overbooking etc.) ocorre na situação em que o passageiro teve o seu embarque negado, mesmo tendo cumprido todos os requisitos para o embarque. Logo que a empresa constatar que há possibilidade de preterição, deverá procurar por voluntários que aceitem embarcar em outro voo, mediante a oferta de compensações (dinheiro, bilhetes extras, milhas, diárias em hotéis etc.). Caso você aceite essa compensação, a empresa poderá solicitar a assinatura de um recibo, comprovando que foi aceita a proposta. Caso você não aceite a compensação, e seja preterido, caberá à empresa aérea oferecer alternativas de reacomodação e reembolso, além da assistência material. n

________________________________SERVIÇO

Com informações da Secretaria de Aviação Civil

38 | www.revistavox.com.br

O

AUMENTO DE 10% DO BOLSA FAMÍLIA COMEÇA A SER PAGO EM JUNHO

Da redação

AUXÍLIO SOCIAL

Reajuste beneficiará 14 milhões de famílias

O benefício médio do Bolsa Família será reajustado em 10% a partir do dia 1º de

junho e vai passar dos atuais R$ 150 para R$ 167 mensais. O valor que defi-ne a linha de extrema pobreza do país vai mudar de R$ 70 para R$ 77. Em 2014, a medida custará R$ 1,7 bilhão. Para 2015, a estimativa de custo é de R$ 2,7 bilhões.

Outros benefícios do Bolsa Famí-lia foram reajustados com o aumento. Conheça-os:

O valor pago por gestante, nu-triz, criança ou adolescente de até 15 anos de idade sobe de R$ 32 para R$ 35, até o limite de R$ 175 mensais por família.

O benefício para o adolescente de até 17 anos passa de R$ 38 para R$ 42 mensais, até o limite de R$ 84 mensais por família.

O valor médio do benefício das famílias em situação de extrema po-breza sobe de R$ 216 para R$ 242.

O valor a ser pago por família con-tinua a variar caso a caso, de acordo com a severidade da pobreza. O valor adicional pago por meio do Programa garante que cada membro da família tenha renda superior a R$ 77, con-siderando os rendimentos próprios adicionados ao valor de complemen-tação do Bolsa Família.

Atualmente, o programa atende 14 milhões de famílias, aproximadamente 50 milhões de pessoas. Ao todo, 36 milhões de pessoas se manterão fora

da situação de extrema pobreza, em decorrência da transferência de renda do Bolsa Família. n ______________

SERVIÇOCom informações da Agência Caixa de Notícias

A cara e a Voz do Legislativo | 39

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

O critério de atualização é indicado internacionalmente, que é a paridade do poder

de compra do dólar. Então o reajuste eleva a linha de R$ 70 para R$ 77 (per capita). Essa conta também foi feita, essa atualização, esses dados são feitos nos mesmos parâ-metros que o Brasil sempre

utilizou. (…) A gente vem fa-zendo modificações no Bolsa Família ao longo de todos os anos. Estamos dentro de um ritual que é absolutamente normal, previsto, previsível e

dentro do planejamento

n MINISTRA FALA SOBRE REAjUSTE DO BOLSA FAMÍLIA

A ministra do Desenvolvimento So-cial e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, explicou o reajuste de 10% nos valores do Bolsa Família, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff. Ela afir-mou que o decreto publicado reflete a evolução do Programa, com critérios já utilizados em outros aumentos ao longo deste governo, a partir de parâmetros internacionais.

“O critério de atualização é indi-cado internacionalmente, que é a pa-ridade do poder de compra do dólar. Então o reajuste eleva a linha de R$ 70 para R$ 77 (per capita). Essa con-ta também foi feita, essa atualização, esses dados são feitos nos mesmos parâmetros que o Brasil sempre utili-zou. (…) A gente vem fazendo modi-ficações no Bolsa Família ao longo de todos os anos. Estamos dentro de um ritual que é absolutamente normal, previsto, previsível e dentro do plane-jamento”, comentou a ministra.

n BOLSA FAMÍLIATereza Campello também respondeu

às críticas sobre a base de cálculo do re-ajuste, que afirmam que a medida teria fins eleitoreiros. A ministra afirmou que o governo utiliza o mesmo critério que sempre utilizou (paridade do poder de compra), que resultou em um aumento do benefício médio real acima da infla-ção no período desde 2011.

O Programa Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país. O Bolsa Família integra o Plano Brasil Sem Miséria, que tem como foco de atuação os milhões de brasileiros com renda familiar per capita inferior a R$ 70 mensais e está baseado na garantia de renda, inclusão produtiva e no acesso aos serviços públicos.

O Bolsa Família possui três eixos principais: a transferência de renda pro-move o alívio imediato da pobreza; as condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social; e as ações e programas complementa-res objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulne-rabilidade. n

________________________SERVIÇO

Com informações do Blog do Planalto e Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome

40 | www.revistavox.com.br

VATICANO

EM UMA DéCADA VATICANO INVESTIGOU MAIS DE 3 MIL CASOS DE ABUSOS SEXUAISNos casos em que o clérigo seja declarado culpado, a pena mais extrema é a

separação do seu entorno clerical

NPor Milton Atanazio

Centro de Minsk - Belarus

Nos últimos dez anos, a Santa Sé investigou 3.420 casos de abuso sexual de crian-

ças e afastou 848 padres, informou o Vaticano durante audiência nas Nações Unidas em Genebra.

Dados divulgados pelo represen-tante permanente da Santa Sé nas Na-ções Unidas, Silvano Tomasi, revelam que a Congregação para a Doutrina da Fé investigou durante dez anos 3.420 casos com base em “acusações credí-veis”, a maioria referente ao período de 1950 a 1980.

Desses, 848 padres foram destituídos e a 2.572 foi ordenado que “vivam vida de oração e penitência”, preferencial-mente em um mosteiro. “Isso não quer dizer que fiquem impunes dos crimes que cometeram. Foram todos afastados do contato com crianças”, disse Tomasi.

O representante do Vaticano disse que não consegue fornecer os números dos casos denunciados às autoridades judiciais dos países onde os crimes ocorreram, mas julga que a maioria dos casos foi comunicada às autoridades. “Quando há uma acusação credível, deve ser reportada também às autori-dades civis”, destacou.

Tomasi, que falou no segundo dia de audiência no Comitê das Nações Contra

a Tortura, reiterou que a Santa Sé não tem competência para julgar pedófilos fora do estado do Vaticano. Mas, acres-centou, “realiza procedimentos eclesi-ásticos contra aquelas pessoas sobre as quais pesam abusos de menores” e garante que eles ocorram sem “prejuízo das ações judiciais nos locais de residên-cia dos acusados”.

Silvano Tomasi explicou que quan-do se suspeita de um caso de abuso de menores por parte de um clérigo, o bispo local “tem o dever de proteger as crianças das ações levadas a cabo pelos sacerdotes da sua diocese”. Deve elaborar um relatório e enviá-lo à Congregação da Doutrina da Fé para que decida sobre o assunto. n

A cara e a Voz do Legislativo | 41

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

A congregação tem capacidade para condenar o sacerdote a uma pena canôni-ca e, “nos casos em que o clérigo seja de-clarado culpado, a pena mais extrema é a separação do seu entorno clerical”, disse.

O Vaticano compareceu ao Comitê das Nações Unidas Contra a Tortura para responder a perguntas e petições dos membros do organismo. Reafirmou que não tem jurisdição penal nos casos de pedofilia por parte de membros do clero

cometidos em outros países, mas apenas para punir os sacerdotes quando com-provados os abusos.

O representante do Vaticano ga-rantiu também o empenho da Santa Sé na luta contra esses abusos. “Há um total compromisso para limpar a casa, para mudar e, acima de tudo, para trabalhar em medidas efetivas que previnam a repetição dos abu-sos”, disse Tomasi.

As respostas não convenceram as ví-timas. Barbara Blaine, presidente de uma das mais importantes redes de sobrevi-ventes abusados por padres, com mais de 18 mil membros, disse que a defesa do Vaticano “é mais do mesmo”.

As conclusões da audiência serão apresentadas no dia 23 de maio. n

_____________________SERVIÇO

Com informações da Agência Lusa

42 | www.revistavox.com.br

LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO

A LEI TEM POR OBJETIVO REGULAMENTAR O DIREITO CONSTITUCIONAL DE ACESSO DOS BRASILEIROS ÀS INFORMAÇÕES PÚBLICAS

A CGU registrou, até o dia 13 de maio, mais de 175 milpedidos de acesso à informação, desde sua criação

a Da redação

Aprovada em 16 de maio de 2012, a Lei Nº 12.527 – Lei de Acesso à informação (LAI) – já

completa dois anos de vigência. A Con-troladoria-Geral da União (CGU) regis-trou, até o dia 13 de maio, mais de 175 mil pedidos de acesso à informação, des-de sua criação.

A LAI tem por objetivo regulamentar o direito constitucional de acesso dos brasi-leiros às informações públicas. A quanti-dade de pedidos de acesso à informação no geral desde maio de 2012 até maio de 2014 foi de 175.210 e a média mensal de pedidos gira em torno de 7008,40. Desse total, cerca de 97% das solicitações são respondidas dentro de 13,4 dias.

Ainda segundo dados informados pela CGU, dentre as pesquisas feitas pela popu-lação, os três temas mais solicitados são: economia e finanças (finanças), governo e política (administração pública) e pessoa, família e sociedade (previdência social).

É possível entrar com recurso e pedir uma nova avaliação caso a informação solicitada seja negada e o cidadão não concorde com a decisão. A LAI prevê até

quatro instâncias de recurso, podendo ser solicitado pessoalmente ou via internet. No site Acesso à Informação é possível ver o passo a passo do processo. Acesse também a cartilha de orientação.

São Paulo, Distrito Federal e Rio de Ja-neiro lideram o número de pedidos de in-formações. Vale ressaltar que informações que tratem de dados pessoais ou que di-gam respeito a requisições desarrazoadas ou genéricas, tem negativa de resposta.

De acordo com a CGU, o comando central da Lei é “O acesso à informação é regra. O sigilo é a exceção”. O cida-dão não precisa justificar a solicitação da informação. O principio básico de uma cultura de acesso é que a informação é

pertencente à sociedade e não ao Estado. Com a LAI, o governo federal entrega a informação ao cidadão.

Segundo o ministro-chefe da CGU, Jor-ge Hage, a LAI funciona como mais um instrumento que contribui para o com-bate e prevenção da corrupção, como

A cara e a Voz do Legislativo | 43

já ocorre, desde 2004, com o Portal da Transparência. “A Lei permite ao cidadão pedir acesso a um documento específico, que seja de seu interesse, além de ele já poder conhecer as informações gerais que a Administração divulga espontane-amente no Portal da Transparência e em outros sites governamentais”, explica.

De acordo com o ministro, a LAI é uma ferramenta poderosa nas mãos dos brasileiros. “Ajuda não só no combate à corrupção, mas também na melhoria dos serviços públicos. Ele pode, por exemplo, pedir a relação dos médicos que deveriam estar presentes no posto de saúde onde ele deixou de ser atendido por falta de médicos. Ou na agência do INSS. Ou no posto policial. Ou seja, o acesso à infor-mação é mais um instrumento para viabi-lizar outros direitos”, afirma.

Hage também destaca que a LAI pro-duziu efeitos para além dos que decorrem de seu estrito cumprimento, tais como a divulgação espontânea de informações de grande relevância para a sociedade. Os exemplos são vários: o Banco Central abriu a íntegra dos votos nas decisões do Comitê de Política Monetária (Co-pom); o Arquivo Nacional escancarou vários documentos da ditadura; o Ibama divulgou as empresas autuadas por bio-pirataria; o Ministério do Planejamento abriu as informações sobre imóveis fun-cionais; e o governo federal garantiu to-tal transparência aos salários de 570 mil servidores civis e 350 mil militares, desde a Presidenta da República até o servidor mais modesto.

“Portanto, a Lei de Acesso é revolu-cionária e uma peça fundamental para a consolidação do regime democrático brasileiro”, disse o ministro. “Ainda há problemas a serem superados, claro, pois estamos mudando uma cultura de 500 anos de segredo e opacidade. Mas avan-çamos muito nos últimos anos e ainda vamos avançar mais”, concluiu.

n DEBATEPara avaliar o segundo ano de vigên-

cia da Lei de Acesso à Informação, a Rede pela Transparência e Participação Social (Retps) promove em 15 de maio, a mesa de debate “2 anos da Lei de Acesso à In-formação: o caminho da transparência e as práticas de acesso à informação”.

No evento, serão lançados o Relatório de Monitoramento da LAI e o portal Livre Acesso, ambos de autoria da Artigo 19, além da pesquisa Desafios da Transparên-cia no sistema de Justiça Brasileira, fruto de uma parceria entre o Grupo de Pesqui-sa em Políticas Públicas para o Acesso à

Informação (Gpopai)), a Fundação Getú-lio Vargas (FGV) e a Artigo 19.

n SERVIÇO DE INFORMAÇÃOAO CIDADÃO (SIC) Por meio do e-SIC, sistema desenvolvi-

do pela CGU, qualquer pessoa (física ou ju-rídica) pode encaminhar pedidos de acesso à informação para órgãos e entidades dos três Poderes da União, Estados, Distrito Fe-deral e Municípios pela internet.

Caso não possua acesso à web, o cida-dão tem a opção de fazer seu cadastro na unidade física do Sistema de Informações ao Cidadão (SIC), ou também por telefone.

São divulgadas as informações sobre o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), pertinentes ao seu funcionamento, localiza-ção e dados de contato, no âmbito da Se-cretaria-Geral da Presidência da República.

O SIC do Palácio do Planalto repre-senta a Casa Civil, a Secretaria-Geral, o Gabinete de Segurança Institucional, a Secretaria de Relações Institucionais, a Secretaria de Comunicação Social e a Vi-ce-Presidência da República, sendo que os demais órgãos da Presidência terão seus próprios SICs.

n CAPACITAÇÃOPara facilitar o atendimento ao ci-

dadão, a CGU promove o curso virtual “Rumo a uma cultura de acesso à infor-mação: a Lei nº 12.527/2011”. A ação tem por objetivo sensibilizar e capacitar servidores públicos (de todas as esferas e dos três Poderes), independentemente da área de atuação, e cidadãos interessados em conhecer os princípios e as diretrizes da LAI. As inscrições são gratuitas e po-dem ser feitas pelo endereço Escola Vir-tual. Fiquem atentos as datas de novas turmas durante o ano. n

________________________SERVIÇO

Com informações do Portal Brasil,Controladoria-Geral da União e Rede pela

Transparência e Participação Social

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

44 | www.revistavox.com.br

ENERGIA

USINA DE ITAIPU COMPLETA 30 ANOS DE OPERAÇÃO

Produção acumulada do período poderia também abastecer a regiãoCentro-Oeste por praticamente 66 anos

A Da redação

A Usina Hidrelétrica de Itaipu completou 30 anos de opera-ção no dia 5 de maio. Nesse pe-

ríodo, gerou um total de 2.167.763.264 megawatts-hora (MWh) – energia sufi-ciente para suprir o consumo de todo o planeta por um mês, sete dias, 11 horas e 42 minutos. A produção acumulada do período poderia também abastecer a re-gião Centro-Oeste por praticamente 66 anos, o Brasil por quatro anos e oito me-ses ou a América Latina por mais de dois anos e cinco meses.

“São números impressionantes, prin-cipalmente se levarmos em conta que por trás dessa obra estão o Brasil e o Pa-raguai: dois países que, na época, eram considerados periféricos e sem capacida-de para tocar um empreendimento de tal magnitude”, disse o diretor-geral brasilei-ro de Itaipu, Jorge Samek.

A usina gera 2,8 mil empregos diretos: 1,4 mil em cada um dos dois países. Para construí-la, foram necessários U$$ 27 bi-lhões, captados em órgãos nacionais e in-ternacionais, incluindo as rolagens financei-ras. Atualmente, a dívida é US$ 13 bilhões. Cerca de 60% dos custos anuais têm como destino o pagamento dessa dívida.

“Mas ela será quitada em 2023. A par-tir de então, teremos apenas os custos de operação, o que poderá resultar em tarifas mais módicas, caso seja esse o interesse do governo. Outro caminho que pode ser adotado é a manutenção do preço, com

o objetivo de ampliar o setor com novas usinas financiadas. Há ainda um terceiro caminho, que é misturar os dois anterio-res”, explica o superintendente da área de Operação de Itaipu, Celso Torino.

Itaipu já distribuiu US$ 280 milhões em royalties. Desse total, 45% foram destinados aos municípios que tiveram áre-as alagadas, 45% aos estados e 10% aos ministérios de Minas e Energia, da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Meio Ambiente.

Apesar de não ser mais a usina com maior capacidade instalada do mundo – ela perdeu o posto para a Hidrelétrica Três Gargantas, na China, com 22,4 mil MW – Itaipu, cuja capacidade é 14 mil MW, continua sendo a maior geradora de energia, graças ao maior volume de água que passa por suas turbinas.

“Nossa localização é o diferencial, e é por isso que somos mais produtivos

do que a usina chinesa, apesar de ter-mos menor capacidade instalada. Ne-nhuma usina recebe tanta água quanto Itaipu. Todas a água da Bacia do Paraná [constituída pelos rios com origem em Brasília, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, no Paraná e sul de Mato Grosso] obri-gatoriamente passa por aqui. A mesma água que passa por 45 outras usinas gera energia também em Itaipu, mos-trando de forma clara e inquestionável como é renovável essa matriz energéti-ca”, explica Samek.

A usina bate recordes seguidos. Em 2012, foram gerados 98,3 milhões de MWh, recorde batido no ano seguinte, quando atingiu a marca de 98,63 milhões de MWh, enquanto Três Gargantas gerou pouco mais de 80 mil MWh. Itaipu poderia ter ultrapassado a marca de 100 milhões de MWh no ano passado, não fossem al-

A cara e a Voz do Legislativo | 45

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

gumas medidas preventivas adotadas de-vido à Copa das Confederações.

Em 2014, há possibilidade de esse re-corde não ser batido devido a medidas preventivas e “cuidados especiais” adota-dos por causa da Copa do Mundo. “Para a Copa do Mundo, teremos o máximo de equipamentos de confiabilidade na usina, bem como equipes reforçadas”, antecipou Torino. “Será difícil batermos novo recorde porque estamos operamos com sistema de segurança maior”, completou Samek.

A qualidade da usina é elogiada pelo diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Enge-nharia (Coppe), Luiz Pinguelli Rosa. “Itai-pu é uma obra de engenharia primorosa, com um sistema muito eficiente em ter-mos de manutenção”, destaca o profes-sor de energia do Programa de Planeja-mento Energético do instituto.

“Em 2001, na época em que o país teve de fazer racionamento de energia, Itaipu não parou. Faltava energia em vá-rias usinas, mas lá não. Ela tinha muita água. O problema estava na transmissão de energia. Se houvesse uma estrutura [de transmissão] como a atual, certamen-te teriamos melhores condições para lidar com o problema”, disse.

Para Samek, a interligação do sistema avançou nos últimos anos. “Foi montado um esquema chamado Erac [Esquema Re-gional de Alívio de Carga] que, ao identi-ficar problemas mais sérios, mantém com energia lugares considerados estratégicos e desliga áreas mais remotas. Seria algo como um apagão seletivo, que preser-va áreas sensíveis, onde o prejuízo seria muito maior caso houvesse queda [no fornecimento de energia]”, explica o di-retor-geral de Itaipu.

“E se houver problema em outra usi-na e ela tiver de ser isolada do sistema, temos condições de, em dez minutos,

repor cerca de 3 mil MW de energia ao sistema”, completou Torino. Itaipu foi a primeira a adotar corrente contínua no Brasil. A energia sai da usina e viaja 1,1 mil quilômetros direto, sem passar por estações intermediárias. “Isso não exis-tia no Brasil. Só agora, 30 anos depois, usamos a mesma tecnologia para fazer a linha que liga as usinas do Rio Madeira até Araraquara (SP), com perda inferior a 2% ao longo do caminho”, disse Samek.

Segundo Torino, grandes desafios aguardam Itaipu nos próximos anos. Entre eles, está o de preservar a pro-dutividade da usina e a boa gestão de conhecimentos por ela adquiridos. “Pre-cisamos repassar isso a futuros trabalha-dores, sem que a eficiência do empreen-dimento seja prejudicada”.

Ao longo dos 30 anos de operação, a usina não gerou apenas energia. “Gera-mos muito conhecimento. A inteligência que se acumulou para construir Itaipu, especialmente pelos profissionais das áreas de tecnologia da informação, cien-tistas e ambientalistas, foi aproveitada também no nosso parque tecnológico”, ressaltou o diretor.

Entre os projetos desenvolvidos no parque da usina estão o carro elétrico brasileiro e acessórios para esse tipo de veículo, como baterias para aproveita-mento de energias solar e hidráulica. “Avançamos muito no desenvolvimento de técnicas de armazenamento e produ-ção de energia por meio de hidrogênio”, lembrou Samek.

Itaipu gera também tecnologias so-ciais. Após constatar que o reservatório da usina e os rios da região haviam sido contaminados por fezes de gado e de porcos criados na área, os técnicos de-senvolveram sistemas de aproveitamen-to energético a partir das fezes desses animais. Com equipamentos de geração e transmissão de energia, as fezes são

transformadas em biogás para abastecer, de energia elétrica, fazendas da região.

“Centenas de produtores e cinco co-operativas já adotaram a tecnologia. Os dejetos que sobram [desse processo] vi-ram adubo para as plantações”, informou o diretor. “Agora, nosso desafio é fazer uma cidade inteira ser abastecida por essa energia”, acrescentou, referindo-se à cidade paranaense de Entre Rios do Oeste, que tem cerca de 4 mil habitantes.

A importância da usina para o desen-volvimento da região ultrapassa a fron-teira, beneficiando consideravelmente o Paraguai, “embora eles ainda paguem parcela da dívida de construção”, expli-ca o diretor do Coppe. “Essa usina é um caso exemplar de cooperação internacio-nal, porque o Paraguai, na época, não tinha a mínima condição de fazer uma obra como essa, que viria a se tornar a de maior geração elétrica de todo o mun-do”, acrescenta. “Itaipu faz parte de uma estratégia de aproximação e desenvolvi-mento conjunto [da região], encabeçada pelo então presidente Ernesto Geisel”.

Recentemente, o Paraguai foi be-neficiado com uma segunda linha de transmissão ligando a usina à capital do país, Assunção, feita pela binacional com recursos da verba que o Brasil dá ao MERCOSUL. “As discordâncias entre o Paraguai e o Brasil estão relacionadas principalmente ao valor pago pelo exce-dente [da energia cotada para o país vi-zinho]. Eles reclamam também da dívida, que é cobrada até hoje na tarifa”, expli-cou o professor.

“Antes disso, o problema era com a Ar-gentina, que na época tinha muita rivali-dade com o Brasil. A disputa pela hegemo-nia [na América do Sul] era muito grande. Eles alegaram que poderia haver ruptura da barragem, e que isso a colocava em si-tuação de risco por causa de uma possível inundação”, explicou Pinguelli. n

46 | www.revistavox.com.br

PESQUISA E INOVAÇÃO

P

MCTI DEFENDE AÇÕES COM OUTRAS ÁREAS

Segundo o ministro, edital universal de R$ 200 milhões está em andamento

Da redação

Para impulsionar a competitivida-de do país, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI),

Clelio Campolina, defendeu a criação de políticas conjuntas com vários mi-nistérios. “Vamos fazer uma plataforma de saúde, o que o Ministério da Saúde precisa? Por exemplo, para o Ministério de Minas e Energia, quais os grandes desafios energéticos do Brasil? Estamos tentando desenhar estas plataformas e articular com os demais ministérios para fazer políticas conjuntas”, disse.

Está em andamento um edital uni-versal de R$ 200 milhões, com efeito para o orçamento de 2015, que visa a injetar recursos nas pesquisas brasilei-ras, afirmou o ministro ao participar de audiência pública na Comissão de Ciên-cia, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado Federal, no dia 06 de maio. Há também o projeto para o fortalecimento dos 125 institutos nacionais de ciência e tecnologia, para

estimular e operacionalizar a comunidade científica e fazer a ponte com o mercado e a indústria.

Além desses, Campolina explica que dois grandes equipamentos de pesqui-sa estão em desenvolvimento no país, o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e o Sirius, com valores de R$ 800 milhões cada um. “Nossa proposta é que eles se-jam incluídos no PAC [Programa de Ace-leração do Crescimento], porque se não tivermos estes equipamentos não vamos dar o salto que queremos na ciência e tecnologia”.

O RMB é um reator nuclear de pes-quisa e produção de radiofármacos, es-senciais na medicina nuclear e também para produção de fontes radioativas usa-das em larga escala nas áreas industrial

e de pesquisas. Com a construção do novo reator, novos produtos podem ser desenvolvidos e os atualmente importa-dos passam a ser produzidos no país.

O Sirius é um acelerador de partícu-las de luz síncroton que são usadas em várias áreas de pesquisa, como física, química, biologia, geologia, nanotec-nologia, engenharia de materiais e até paleontologia.

O orçamento do ministério de R$ 7,2 bilhões em 2013, 1,74% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), é pequeno se comparado ao investido em países desenvolvidos, mostrou o ministro. Ele conta também que a pasta tem 31 insti-tuições ligadas, como o Conselho Nacio-nal de Desenvolvimento Científico e Tec-nológico e a Financiadora de Estudos e Projetos, além das ações conjuntas com outros ministérios, como o Ciência sem Fronteiras, que já enviou 62 mil alunos ao exterior até março de 2014. n

____________________ SERVIÇO

Com informações do Ministério daCiência, Tecnologia e Inovação

Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação Clelio Campolina

A cara e a Voz do Legislativo | 47

JUSTIÇA ELEITORAL

Igreja Matriz da Sagrada Família - Francisco Dantas - RN

Praça Rodolfo Fernandes Mossoró - RN

Recanto Cachoeira - Cabeceiras - GO

TRÊS CIDADES TÊM NOVOS PREFEITOS E VICE-PREFEITOS

Votação ocorreu em clima de normalidade em todos os municípios, segundo a Justiça Eleitoral

N Da Redação

No dia 4 de maio, eleitores de três municípios elegeram prefeitos e vice-prefeitos.

Os mandatos dos candidatos eleitos em 2012 nas cidades de Cabeceiras (GO), Francisco Dantas (RN) e Mossoró (RN) foram cassados por compra de votos e o resultado do pleito foi anulado. A vota-ção ocorreu em clima de normalidade em todos os municípios, segundo a Justiça Eleitoral.

Em Cabeceiras, Antônio Cardoso da Silva (PSL) foi eleito com 62,76% dos votos válidos. No município de Francisco Dantas, Wandeilton Bezerra de Queiroz, candidato único, da coligação Unidos por Francisco Dantas (PMDB/PSD/PSB/PTB), recebeu 1.053 votos. Em Mossoró, a apu-ração não foi encerrada, mas, com cerca de 90% dos votos, Francisco José Júnior (PSD) já pode ser considerado eleito. n

48 | www.revistavox.com.br

INFRAESTRUTURA

MOREIRA FRANCO COMEMORA PARCERIA COM INICIATIVA PRIVADA

Melhorias foram feitas nos aeroportos à operadores privados e início das operações em São Gonçalo do Amarante (RN)

O Da redação

O ministro-chefe da Aviação Ci-vil, Moreira Franco, comemo-rou os frutos da parceria entre

governo federal e a iniciativa privada no setor aeroportuário. Moreira Franco citou as melhorias feitas nos aeroportos con-cedidos à iniciativa privada e destacou o início das operações do novo Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN). Ele garantiu que, com esses investimentos, o país está pronto para receber a Copa do Mundo de 2014.

“Vocês podem estar absolutamente tranquilos porque vamos, na área de in-fraestrutura aeroportuária, atender não só a demanda interna quanto a demanda de estrangeiros para a Copa. Até porque não teremos nos aeroportos brasileiros nesse período uma movimentação maior do que tivemos nos feriados do fim do ano, por exemplo”, afirmou o ministro.

Moreira Franco discursou, no dia 19

Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) construído a partir do zero, sua capacidade será de 11 milhões de passageiros até o fim da concessão

de maio, na abertura da Semana de In-fraestrutura (L.E.T.S), promovida pela Fe-deração das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Ele atribuiu o atraso nos in-vestimentos em infraestrutura – inclusive no setor aeroportuário – à crise econômi-ca vivida pelo Brasil nos anos 1980.

“Tivemos uma crise que desorganizou a economia brasileira a partir da década

de 1980 e perdemos nossa moeda, nossa referência e tivemos, depois, mais duas décadas para nos recompor”, afirmou Moreira Franco.

n CONCESSõESO ministro ainda afirmou que o dese-

nho do novo modelo aeroportuário “já está feito”. A outorga dos processos de concessão depositada no Fundo Nacional de Aviação (Fnac) vai financiar obras de ampliação da infraestrutura dos aeropor-tos e melhorar a qualidade do aparato tecnológico no sentido de garantir segu-rança ao sistema brasileiro.

O governo deve arrecadar cerca de R$ 50 bilhões em outorga dos aeroportos Guarulhos, Viracopos, Brasília, Confins e Galeão. “Temos que conviver com uma questão de melhorar com a maior rapidez possível a capacidade operacional pelo Brasil”, disse Moreira Franco. n

____________________SERVIÇO

Com informações da Secretaria de Aviação Civil O ministro-chefe da Aviação Civil, Moreira Franco

Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) construído a partir do zero, sua capacidade será de 11 milhões de passageiros até o fim da concessão

A cara e a Voz do Legislativo | 49

NOTA FISCAL

Assessor jurídico da

Secretaria da Micro e Pequena

Empresa, José Levi do Amaral

Júnior

Gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco

IMPOSTOS DEVERÃO SER INFORMADOS NA NOTA FISCAL

As empresas que não prestarem as devidas informações já começarão a ser multadas

D Da Redação

Deve ser publicado nos próxi-mos dias o detalhamento de regras para que as empresas

comecem a discriminar, na nota fiscal, os tributos incidentes sobre o produto ou ser-viço vendidos ao consumidor pelo governo federal. Em audiência pública na Câmara, o assessor jurídico da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, José Levi do Amaral Júnior, lembrou que as empresas que não prestarem as informações na nota fiscal já começarão a ser multadas.

A obrigação passaria a ser cobrada no dia 10 de junho do ano passado, confor-me previsto na Lei 12.741/2012, mas o governo acatou os pedidos de adiamen-to dos empresários, que queriam mais tempo para colocar a medida em prática, e adiou por um ano a aplicação de multa pelo descumprimento. O argumento do setor privado recai principalmente so-bre a falta de uma regulamentação que oriente os empresários sobre a novidade.

O gerente executivo de Política Eco-nômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, alertou sobre a complexidade dessa obrigação. Segundo ele, o setor terá problemas ao detalhar valores pagos às diferentes esferas de governo. A CNI defendeu que a informação pre-vista na lei limite-se à porcentagem cobrada por cada tributo.

Pela lei, o consumidor tem o direito

de saber o valor dos tributos cobrados sobre mercadoria ou serviços separa-damente. A regra inclui os impostos sobre Operações Financeiras (IOF) e sobre Produtos Industrializados (IPI), o relativo ao Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), as contribuições para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e de Inter-venção no Domínio Econômico (Cide), além dos impostos sobre Serviços (ISS) e sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

O grau de dificuldade que o setor privado terá que enfrentar é reconhe-cido por José Levi do Amaral Júnior, mas lembrou que os valores serão aproximados, já que muitos tributos são cumulativos, porque são cobra-dos nas diversas etapas da cadeia de produção. A Secretaria da Micro e Pe-quena Empresa ficará responsável pela fiscalização da medida. n

_______________________SERVIÇO

Com informações da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e Confederação Nacional da

Indústria (CNI)

50 | www.revistavox.com.br

poluição do ar

O

QUASE 90% DA POPULAÇÃO URBANA ESTÃO EXPOSTOS À POLUIÇÃO DO AR

A poluição do ar foi responsável pela morte de 3,7 milhões de pessoas com menos de 60 anos em 2012, informou a OMS

Por Caroline Oliveira

O relatório segundo os padrões da Organiza-ção Mundial da Saúde

(OMS), divulgado em 7 de maio, revela que quase nove em cada dez habitantes das cidades do mundo estão sujeitos a níveis de poluição acima do aceitável.

O índice, que inclui 1.600 cidades de 91 países, conclui que a maioria das cidades do planeta não cumpre as diretrizes da OMS sobre níveis se-guros de poluição do ar, ameaçando a saúde dos habitantes.

Com efeito, diz a organização, apenas 12% das pessoas que vivem nas cidades compreendidas no estu-do respiram ar que respeita as dire-trizes da OMS. Cerca de metade da população urbana abrangida está exposta a níveis de poluição pelo menos 2,5 vezes mais altos do que a OMS recomenda.

Além disso, na maioria das cida-des com dados suficientes para uma comparação com anos anteriores, a organização alerta que a situação está piorando.

Isso, apesar de haver cada vez mais cidades a monitorar a quali-dade do ar, o que reflete crescente reconhecimento dos riscos da polui-ção do ar para a saúde.

A OMS atribui a deterioração da qualidade do ar à dependência dos combustíveis fósseis, como as cen-

trais elétricas movidas a carvão, ao uso de veículos particulares motori-zados, à ineficiência energética dos edifícios e ao uso de biomassa na cozinha e no aquecimento.

No entanto, o relatório desta-ca que algumas cidades têm feito melhorias significativas, demons-

A cara e a Voz do Legislativo | 51

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

trando que a qualidade do ar pode ser melhorada com medidas como a proibição do uso de carvão para o aquecimento de edifícios, a utiliza-

ção de combustíveis renováveis ou limpos para a produção de energia e a melhoria da eficiência dos mo-tores dos veículos.

A OMS apela, por isso, aos paí-ses para que apliquem políticas de mitigação da poluição do ar e para que vigiem de perto a situação nas cidades de todo o mundo.

“Muitos centros urbanos estão hoje tão envolvidos em ar poluído que os seus horizontes são invisí-veis”, disse a diretora-geral adjunta da OMS para a Saúde da Família, Criança e Mulher, Flavia Bustreo.

Em abril, a OMS informou que a poluição do ar foi responsável pela morte de 3,7 milhões de pessoas com menos de 60 anos em 2012. n

Muitos centros urbanos

estão hoje tão envolvidos

em ar poluído que os seus

horizontes são invisíveis

_______________________SERVIÇO

Com informações da Agência Lusa

Diretora-geral adjunta da OMS para a saúde da família, Criança e Mulher, Flavia Bustreo

52 | www.revistavox.com.br

A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS VERDES URBANAS PARA A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO

D*Gisele Victor Batista

Artigo

Gisele Victor Batista

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010) revelaram que

os municípios brasileiros possuem uma grande carência de áreas arborizadas, sendo que a falta destas é mais acentua-da nos bairros de baixa renda. A melhor taxa de arborização, segundo o IBGE, está nos pequenos municípios de até 20 mil habitantes, onde 29,4% dos domicí-lios têm árvores plantadas ao redor das residências. O pior desempenho é das ci-dades médias com população de 100 mil a 200 mil habitantes, onde 34,6% das residências não têm árvores no entorno.

As áreas verdes urbanas são espaços físicos dentro das cidades com prevalência de vegetação ar-bórea de grande importância para a qualidade de vida da população, tais como jardins públicos, praças, parques, complexos recreativos e esportivos, entre outros. Estas áreas não significam simplesmente espa-ços não construídos ou áreas de solo não impermeabilizado. São espaços urbanos protegidos, onde domina o elemento vegetal, notadamente as árvores, de forma a fornecer benefícios ambientais, socioculturais e econômicos a uma cidade.

As áreas verdes nos centros urbanos cumprem três funções básicas: a ecoló-gica, a social e a econômica. Ecológica no sentido de melhorar as condições microclimáticas, reduzindo os extre-mos de temperatura e protegendo o

solo da impermeabilização, facilitando a infiltração das águas das chuvas e dimi-nuindo as enchentes. Controlam, ainda, a poluição atmosférica, tanto pela retenção de partículas sólidas quanto pela absor-ção de poluentes gasosos, como o gás carbônico. A função social refere-se ao fato de esses espaços tornarem-se locais para lazer, cuja prática de atividades ao ar livre traz benefícios ao corpo e à mente. Per-meando o aspecto ecológico-social, tem-se a função econômica, representada princi-palmente pelas atividades turísticas e pela valorização imobiliária que promovem nas áreas adjacentes.

Sabe-se que o uso público das áre-as verdes urbanas está relacionado à conservação, manutenção e segurança

que estes espaços recebem, sendo pa-pel dos órgãos públicos gerenciar estas áreas, tornando-as aptas a receberem moradores e visitantes. Para isso, devem pensar a cidade como um todo, propon-do a existência e funcionalidade de um sistema municipal de áreas verdes ou de espaços livres, considerando a densida-de populacional dos bairros ou setores da cidade e o potencial natural das áre-as existentes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o índice mínimo de 12 m² de área verde por habitante na área urbana. Contudo, alguns especia-listas argumentam que o recomendado seria de, pelo menos, três árvores ou 36 m² de área verde para cada habitante. De uma forma ou de outra é preciso aten-tar para o problema durante o processo de planejamento urbano, garantindo aos ci-dadãos um local seguro e agradável de in-tegração social, promovendo a qualidade de vida da população e a sustentabilidade do meio ambiente urbano. n

mINICURRíCULO

Graduada em Geografia (UFSC), com Mestra-do em Análise da Qualidade Ambiental (UFSC) e atualmente, é doutoranda em Engenharia Civil da UFSC, na área de concentração Cadas-tro Técnico Multifinalitário e Gestão Territorial, com especialidade em Avaliação de Impacto Ambiental. É aluna do Curso de MBA Gerencia-mento de Projetos da FGV. Executiva de Projetos de Meio Ambiente na TOPOCART- Brasília/DF e Professora Colaboradora no Programa de Pós-Graduação Latu Senso em Gestão Ambiental. É sócio-membro do Instituto Histórico Geográfico de Santa Catarina (IHGSC), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), faz parte do Grupo Gestão do Espaço GrupoGE da UFSC e possui diversas publicações científicas e internacionais nas áreas de Avaliação de Impacto Ambiental, Gestão Territorial/Ambiental e Geotecnologias aplicada ao Licenciamento/Estudo Ambiental.

A função social refere-se ao fato de esses espaços

tornarem-se locais para lazer, cuja prática de atividades

ao ar livre traz benefícios ao corpo e à mente. Permeando o aspecto ecológico-social,

tem-se a função econômica, representada principalmente pelas atividades turísticas e pela valorização imobiliária que promovem nas áreas

adjacentes.

A cara e a Voz do Legislativo | 53

Sem título-4 1 01/04/13 11:54

54 | www.revistavox.com.br

RADIALISTAS

SINDICATO DOS RADIALISTAS-DF E MESTRES DE CERIMÔNIAS NA LUTA PELA REGULARIZAÇÃO

Desde 1808 com a chegada dos arautos na corte de Dom Joao VI a função de locutor apresentador é desenvolvida pelos mestres de cerimonias

a Da redação

A A diretoria do Sindicato dos Radialistas em reunião no ini-cio do mês de abril, com impor-

tantes mestres de cerimônias de Brasília, firmou um compromisso para sindicalizar os locutores apresentadores que exercem a função há mais de 10 anos à margem da legislação.

As partes em entendimento mútuo re-conheceram a necessidade de identificar na lei que regulamenta a profissão de ra-dialista, enquadrando a função de mestre de cerimônia.

Após anos na ilegalidade, os mestres de cerimônias (locutores apresentadores) poderão ter o seu registro profissional e se sindicalizar e gozar dos direitos já previstos em legislação infraconstitucional.

Desde 1808 com a chegada dos arau-tos na corte de Dom João VI a função de locutor apresentador é desenvolvida pelos mestres de cerimônias nos eventos formais e protocolares da monarquia a republica, em toda administração pública direta e indireta, autárquica e fundacio-nal, empresas públicas e de iniciativa pri-vada e em todos os poderes constituídos.

Atuam em Brasília cerca de sessenta locutores apresentadores na função de mestres de cerimônias, 80% trabalham na ilegalidade há vários anos.

O exercício ilegal da profissão é uma

contravenção penal: o artigo 47 do decre-to-lei 3.688 de 1941 (que trata de con-travenções) prevê para esses casos uma pena de prisão simples, de 15 dias a três meses, ou multa.

A lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978. Que regulamenta a profissão de locutor apresentador em seu art. 4º, § 2º f - o legislador já previa a função de locutor apresentador.

Conforme o art. 13 do código penal, responde por omissão, quem contrata pessoa que não está devidamente habili-tada para exercer a profissão que já esta regulamentada em lei.

Segundo Genessy Lima, presidente da Versão Brasileira, empresa que atua na área de eventos, provendo mestres de cerimônias e também exercendo a função de mestre de cerimônias e cerimonialista. ”Entendo que a classe deve procurar o sindicato para efetuar a sua filiação, ten-do em vista que a profissão de radialista é regulamentada desde 1978 e os mestres de cerimônias devem seguir o que manda a Lei e regularizar-se. A nossa empresa só está contratando quem está em situação regular, informa. n

_______________________SERVIÇO

Com informações do Sindicato dos Radialistas-DF

Presidente da Versão BrasileiraGenessy Lima

A cara e a Voz do Legislativo | 55

.

!

56 | www.revistavox.com.br

ANÚNCIOPÁG: 50

A cara e a Voz do Legislativo | 57

ANÚNCIOPÁG: 50

BASE DE TELEFONIA MÓVEL NO PAÍS REGISTRA NOVO AUMENTO EM ABRIL

A operadora Vivo mantém liderança do seguimento com fatia de quase 29% do universo de assinantes, seguida por TIM e Claro

S Por Caroline Oliveira

Segundo informações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil fechou o mês de

abril com uma base de telefonia móvel 273,6 milhões de linhas ativas. Os aces-sos pré-pagos totalizavam 211,63 milhões (77,35% do total) e os pós-pagos 61,97 milhões (22,65%). A banda larga móvel totalizou 118,41 milhões de acessos, dos quais 2,49 milhões eram terminais 4G.

A consolidação dos números mensais do serviço móvel está disponível na aba “Anatel Dados”, no portal da agência. Por meio dos diferentes relatórios, o usuário poderá realizar pesquisas e cruzamentos conforme seu interesse. Os relatórios publicados refletem os dados disponíveis em 20 de maio de 2014 e podem sofrer alterações.

n TELEDENSIDADEA teledensidade, indicador utilizado

pela Anatel para contabilizar o núme-ro de telefones em serviço para cada grupo de cem habitantes, chegou a

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!TELECOMUNICAÇÕES

135,21. No quadro abaixo é apresenta-da a teledensidade da telefonia móvel nas 27 Unidades da Federação e nas cinco regiões do país. n

________________________SERVIÇO

Com informações da Agência Nacional de Telecomunicações e Portal Brasil

58 | www.revistavox.com.br

vereadora empreendora

Após o sétimo mandato e inúmeros projetos aprovados, Cida Ferreira aposta num salto maior e quer representar o estado de São Paulo na capital federal no ano que vem

n Por Caroline Oliveira e

Milton Atanazio

VEREADORA DE DIADEMA-SP ACREDITA NA FORÇA FEMININA

Nascida na cidade de São Pau-lo, onde já residiu, Cida Fer-reira ou simplesmente verea-

dora Cida, atualmente mora e exerce a vereança no município de Diadema - SP, que fica distante dezessete quilômetros a sudeste da capital do estado e que tem uma população estimada de 407 mil ha-bitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2013), sendo o 14° mais populoso do estado.

O objetivo de Cida com a mudança era criar os seus filhos e fincar suas raízes por ali. Uma mãe de mão cheia, ela tem três filhos, duas moças e um rapaz e seis netos. Tudo para ter uma vida normal e pacata, mas o destino lhe reservara outro rumo.

Na política, teve como exemplo seu marido, Jorge Ferreira, que foi vereador

atuante em São Paulo e em Diadema. Foram dois mandatos e também foi indi-cado a prefeito. Ele faleceu em 1987, mas deixou sua grande história registrada por onde passou. “Hoje a minha rua em Dia-dema chama-se vereador Jorge Ferreira, existem duas escolas com o nome dele, uma escola municipal e uma escola es-tadual. A gente tem uma história muito

bonita de muitos anos na nossa cidade”, relembra Cida.

A vereadora revela que na época da Constituição Federal, em 1988, os amigos do PMDB quando falavam com seu ma-rido frisavam: você ganha a eleição por causa da sua esposa. Porque ela o acom-panhava e o ajudava a fazer o trabalho político e social. E como resultado de seus

A cara e a Voz do Legislativo | 59

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

esforços, ele trouxe benefícios para Dia-dema nessa época em que era vereador.

Cida decidiu seguir um rumo diferen-te, ela acabou abrindo mão de sua pro-fissão. A vereadora era empresária, tinha uma fábrica de bordados, um negócio de sucesso. Ela afirma que optou pela políti-ca. Num primeiro momento fez sua car-reira em cima do nome do Jorge Ferreira, seu marido e explica que dali para frente ganhou sua identidade política.

Lembra que em sua primeira eleição foram 21 vereadores, todos homens e ela a única mulher. Naquele momento Cida confessa que foi uma luta, mas depois é que caiu a ficha: “onde eu amarrei o meu burro!”. Mas isso também foi importante, ela se impôs na sua maneira de ser, muito enérgica, conseguindo ocupar o seu es-paço e de ser muito respeitada por todos. “Eles me respeitam até hoje”.

No início, quando se reuniam e via que a conversa estava descambando para piada ou coisas do gênero, ela pedia li-cença e ia ao banheiro. Eles percebiam e quando Cida voltava e abria a porta

ela perguntava se podia entrar. “E dessa maneira eu fui galgando o meu degrau na política e sempre com dignidade, com orgulho e com prazer, sempre com as mangas arregaçadas, sempre fazendo um trabalho em prol da comunidade”, diz.

Sobre os pedidos de sua comunidade, ela afirma ter muita dificuldade de falar não, as coisas que as pessoas pedem ela procura, se não resolver por completo, pelo menos mostrar vontade e fazer o que estiver ao seu alcance. E revela: “mas Deus é tão poderoso na minha vida que quando eu não posso fazer, Ele faz por mim. Muito lindo!”

A vereadora desde o primeiro momen-to que pisou na cidade de Diadema com o seu marido e seus filhos, em 1970, teve um olhar social. Seu marido fundou a socieda-de Amigos de Bairro, onde ela é presidente até hoje. Ainda tem mais nove entidades que coordena. Uma delas que distribui leite que vem do governo do estado para mães carentes e vai por aí a fora.

Desde o primeiro dia em que pisou em Diadema, faz uma festa comemorando o

dia das mães. Sábado (10/05) acontece a 43ª Festa das Mães e ela coloca 1.500 mulheres em uma quadra social, aluga dez ônibus e manda buscar nos bairros as mães das entidades. “É uma festa mara-vilhosa e para te dizer, não sai nenhuma mãe sem nenhuma lembrança. E o que é a lembrança? Não é uma flor, não é um diploma. Eu dou para as mães o que as empresas me ajudam, eu dou um vidro de perfume, um vidro de sabonete, enfim, coisas que as mães saem de lá muito feli-zes”, explica. O ano retrasado Cida com-prou 1.500 coroas na Rua 25 de março, no centro de São Paulo e cada mãe que entrava era coroada.

E quando chega o mês de junho ela faz uma festa, a festa junina que já acon-tece há 25 anos. Também lá na quadra e na rua. Por lá passam por noite 2 mil pessoas, que participam e tomam um quentão, comem um doce e se divertem.

Por ser antiga na cidade, a vereadora tem muitos projetos, muitas leis aprova-das na Câmara Municipal. “Eu fiz muito trabalho com projetos favorecendo o

60 | www.revistavox.com.br

deficiente físico, então, guias rebaixadas, estacionamento, tanto no particular, nos mercados, como no público, enfim, pro-postas na Lei Orgânica, eu fui um dos vereadores que mais leis têm na Câmara. Eu tenho um cadastro de cidadãos no meu computador muito grande, mais de 50 mil, lógico que alguns mudam o endereço e etc. Tenho uma galeria de homenagens muito linda, sempre sou convidada para ser home-nageada, o ano passado eu fui homenage-ada na Assembleia Legislativa com o dia da comunidade italiana”, conta.

Cida participa junto com prefeitos e com a vice-prefeita. Ela foi presidenta es-tadual do PMDB-Mulher por dois manda-tos. “O Ex-Governador Quércia era muito amigo do pessoal da gente, através dele eu fui crescendo dentro do partido e hoje sou muito respeitada na agremiação par-tidária”, diz. A vereadora afirma também ter o apoio do vice-presidente da Repúbli-ca, Michel Temer.

A vereadora pretende continuar dan-do carinho e calor humano para a comu-nidade. Ela acredita que se a pessoas a procuram é porque precisam de alguma coisa e se você não abre o coração, não consegue ajudar as pessoas. Em sua con-cepção, o vereador é o pára-choque da sociedade. A sociedade sabe onde o vere-ador mora, onde é o seu trabalho particu-lar, onde ele se encontra, seja na Câmara ou na rua. Ela explica ter facilidade de estar com a população e afirma gostar desse contato.

A Associação Brasileira de Câmaras Municipais (Abracam) fez o convite para assumir a Abracam Mulher. “Esse convite da Abracam me deixou muito orgulho-sa. O Rogério na primeira vez tinha me convidado para assumir a presidência es-

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!

tadual de São Paulo e depois o convite para a Abracam Mulher. Eu consigo fazer as duas coisas, só que às vezes falta um pouco de divulgação e hoje eu estou le-vando um material de propaganda, que recebi neste evento da Mobilização de Brasília, para eu poder visitar algumas câmaras municipais e levar o nome da Abracam no estado. Entendo que hoje ela é uma entidade que está crescendo e que está valorizando cada dia mais o verea-dor. O vereador vem para esses encontros, para essas mobilizações e recebe todo um aprendizado. E quero crer também que os parlamentares que passam por aqui, que participam como agora, também apren-dam a importância do nosso papel no contexto nacional”, diz.

Depois do sétimo mandato da vereado-ra, ela acredita: “se você começou na vár-zea e quer subir, quer jogar na seleção! E o sonho do político não é diferente”, finaliza.

Sobre a participação feminina na política ela afirma ser uma incentivado-ra. “A participação da mulher na política hoje ainda é pequena e ela vai crescer. O partido me chamou para eu entrar na cota da mulher. Eu não gosto de cota. Para ninguém, nem para mulher, nem para negro, para faculdade, para nada. Porque eu acho que cada um de nós tem que mostrar a nossa competência. O par-tido me chamou. Acredito que tenha sido pela participação no Executivo Estadual, talvez não só para cota, mas eu quero mostrar a minha competência, porque a gente só mostra o tamanho que você é nas eleições, certo? As eleições, o voto faz o vereador crescer ou o político crescer, então me chamou para ser pré-candidata a deputada federal e eu aceitei de bom grado com muito prazer”, conta.

Para que haja mudanças, Cida dei-xa uma mensagem a todas as mulheres que desejam fazer parte da política. “Eu acredito na mulher, na sua coragem. O povo, o mundo está pedindo a fidelida-de da mulher na política, por que eu digo fidelidade? Porque a mulher em todos os sentidos, não menospreza o homem de maneira alguma, ela veio ao mundo pela mão de Deus, a mulher é maravilho-sa. Deus quando criou a mulher ele es-tava em espírito de graça e ela veio para procriar, a mulher que faz gerar o filho, é lógico que com a participação do homem. A mulher tem a visão de uma águia. Ela olha por cima, enquanto o homem é mais devagar para resolver as coisas. Ela está aqui, mas está olhando tudo, está vendo tudo e se houver necessidade ela levan-ta para ajudar e para resolver. Então, eu quero deixar aqui para você mulher, mãe, dona de casa, corajosa não desista nunca dos seus propósitos, aquele sonho que você teve lá atrás quando nasceu o seu primeiro filho, você não desista, continue com a iluminação de Deus, porque Deus vai te dar vitória em todos os sentidos e você vai crescer. E eu convoco você mu-lher para vir participar da política, porque através da política a mulher vai mudar o mundo, não é só o Brasil não, vai mudar o mundo. Primeiro, nós aqui somos 52% da população brasileira, constituímos a maioria, mas ainda é acanhada, fica den-tro de casa para atender o filho, o marido e às vezes não tem coragem de sair à rua, de por o seu nome, de participar desta mudança. Então faço um apelo, para que deixe isso de lado e que tire o potencial que tem dentro de de cada uma e mostrar ao mundo que é corajosa. Que Deus ilu-mine”, finaliza. n

A cara e a Voz do Legislativo | 61

NORMAS PARA A REALIZAÇÃO DE CONVÊNIOS VIA SICONV SÃO ALTERADAS

Decreto que estabelece novos procedimentos foi publicado no Diário Oficial da União

A Da redação

A CARA E A VOZ DO LEGISLATIVO!GOVERNO FEDERAL

As normas que regulamentam as transferências voluntárias da União para estados, municípios,

Distrito Federal e entidades privadas sem fins lucrativos foram alteradas. O Decreto nº 8.244, que oficializa as ações, foi pu-blicado no dia 26 de maio, no Diário Ofi-cial da União.

As mudanças estabelecem novos pro-cedimentos para a utilização do Sistema de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal, o Siconv.

Entre as principais alterações estabele-cidas pelo novo decreto estão mudanças na prestação de contas. A partir de agora, este processo começa no momento em que ocorre a liberação da primeira par-cela de recursos financeiros, que deve ser registrada no Siconv.

O prazo para analisar a prestação e a manifestação do órgão que realizou a transferência é de um ano, prorrogável por igual período no máximo.

Caso seja constatado irregularidade ou inadimplência na apresentação da prestação de contas e comprovação de resultados, a administração pública con-cederá prazo de até 45 dias para que o problema seja sanado.

“Estas alterações dão ainda mais transparência ao Siconv, que é um siste-ma que impacta diretamente na vida do

cidadão. É a partir dele que o governo fe-deral trabalha em regime de colaboração com outros entes para construir quadras, cisternas, hospitais e escolas”, explica Loreni Foresti, secretária de Logística e Tecnologia da Informação do MP.

n ENTIDADES PRIVADASNos convênios e contratos de repas-

se firmados com entidades privadas sem fins lucrativos é permitido, a partir de hoje, o pagamento de despesas ad-ministrativas, desde que estas estejam previstas no programa de trabalho e sejam necessárias ao cumprimento do objeto do convênio.

De acordo com o novo decreto, são consideradas despesas administrativas os gastos com internet, transporte, aluguel, telefone, luz e água, por exemplo. Quan-

do estas forem pagas com recursos de convênios ou contratos de repasse, a en-tidade privadas sem fins lucrativos deve apresentar o cálculo do dispêndio.

As transferências voluntárias da União para estados, municípios, Distrito Federal e entidades privadas sem fins lucrativos movimentaram aproximada-mente R$ 12 bilhões em 2013. Foram 11.430 convênios, contratos de repasse e termos de parceria realizados pelo go-verno federal no período.

As alterações nas normas que regu-lamentam as transferências voluntárias somente tem validade para os convênios e contratos de repasse assinados a partir da publicação do decreto. n

__________________SERVIÇO

Com informações da Agência Brasil e Ministério do Planejamento

62 | www.revistavox.com.br

“A marca da Dilma é o retrocesso”

“Costumo voltar atrás, sim. Não tenho compromisso

com o erro”

Fotos: Divulgação

Frases

mARINA SILVA, ambientalista e política brasileira, filiada ao Partido Socialista Brasileiro, ao comparar as marcas dos governos Dilma e Fernando

Henrique Cardoso

JUSCELINO KUBITSCHEK (1902-1976), médico e político brasileiro, foi o 21º presidente

do Brasil (1956-1961)

“Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem

confundir fé com religião e amor com casamento”

mACHADO DE ASSIS, escritor brasileiro (1839-1908)

considerado como o maior nome da literatura nacional

“A oposição pretende fazer uma CPI só da Petrobrás para transformá-la em

palanque eleitoral”

“Na Copa do superfaturamento, o Brasil já é campeão”

SENADOR HUmBERTO COSTA (PE), Líder do PT

no Senado

“Por na mesma investigação o metrô de SP e o Porto de

Suape é exatamente não querer investigar”

SENADOR RODRIGO ROLLEmBERG (DF), Líder do

PSB no Senado

áLVARO DIAS (PSDB-PR), Senador, criticando o alto custo dos

investimentos para a Copa

A cara e a Voz do Legislativo | 63

A Cara e a Voz do Legislativo!

fale com quem entende você de verdade

Um produto da ABRACAM:

anuncie aqui!

A Revista VOX é uma publicação da Associação Brasileira das Câmaras Mu-nicipais - ABRACAM, uma entidade que luta pelo fortalecimento do Poder Legislativo Municipal e vem atuando na defesa dos interesses dos cidadãos representados pelas Câmaras Municipais, propondo ações eficazes nesse sentido. Estabelecendo como missão esta mídia para a mais fidedigna divul-gação das ações e interesses da população dos municípios desse imenso Bra-sil, oferecendo jornalismo ético e compromissado e informação de qualidade sobre as ações municipais, estaduais e federais.

Site: www.revistavox.com | E-mail: [email protected] | Fone: 61 3322-8847Site: www.revistavox.com.br I E-mail: [email protected] I Fone: 61 3322-8847 - 9200-2232

64 | www.revistavox.com.br