oab americana | setembro de 2013

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AGOSTO | SETEMBRO de 2013 ano 08 Edição 95 48ª Subseção da OAB - Americana www.oabamericana.org.br Distribuição Gratuita Gestão 2013/2015 Presidente Antonio Marques dos Santos Filho Vice-Presidente Ana Cristina Zulian Secretário-Geral Rafael de Castro Garcia Secretária Adjunta Amanda Moreira Joaquim Tesoureiro Luiz Gustavo Fornazieiro Buzzo Comissão de Comunicação Thais Cristina Rossi Baldin - presidente Milena Sylvia Arbix Helena Amorin Saraiva Katrus Tober Santarosa Ezequiel Berggren Sugestões de pautas, artigos e matérias enviem e-mail para: [email protected] FECHAMENTO AUTORIZADO. Pode ser aberto pela ECT. ENTREVISTA O advogado Eduardo Armond foi entrevistado pelo Jornal da OAB Americana nesta edição. Pág.03 Durante audiência em que estiveram presentes o presidente da Subseção Antonio Marques dos Santos Filho; o con- selheiro seccional Ricardo Galante Andretta, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Ivan Sartori(foto) autorizou no dia 19 de agosto, inclusão de cinco novas Varas, o desmembramento de outra e a criação de cinco cargos de juízes auxiliares para o Fórum de Americana no PLC (Projeto de Lei Complementar) 61/2011, que tramita na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp). Pág.03 TJ autoriza novas Varas e mais cargos COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE Comissão constituida pela presidente Nathalia Brisolla e pelos membros Adriana Ludugero, Adriana Businari, Alexandre Almeida, Fabíola Costa, Isabel Montigelli e Tiago Malosso discorre artigo sobre “Queimadas”. Pág.05

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JORNAL DA OAB AMERICANA

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Page 1: OAB AMERICANA | SETEMBRO DE 2013

AGOSTO | SETEMBRO de 2013 ■ ano 08 ■ Edição 95 48ª Subseção da OAB - Americana ■ www.oabamericana.org.brDistribuição Gratuita

Gestão 2013/2015PresidenteAntonio Marques dos Santos Filho

Vice-PresidenteAna Cristina Zulian

Secretário-GeralRafael de Castro Garcia

Secretária AdjuntaAmanda Moreira Joaquim

TesoureiroLuiz Gustavo Fornazieiro Buzzo

Comissão de ComunicaçãoThais Cristina Rossi Baldin - presidente Milena Sylvia ArbixHelena Amorin SaraivaKatrus Tober SantarosaEzequiel Berggren

Sugestões de pautas, artigos e matérias enviem e-mail para:[email protected]

FECHAMENTO AUTORIZADO. Pode ser aberto pela ECT.

EnTREViSTAO advogado Eduardo Armond foi entrevistado pelo Jornal da OAB Americana nesta edição. Pág.03

Durante audiência em que estiveram presentes o presidente da Subseção Antonio Marques dos Santos Filho; o con-selheiro seccional Ricardo Galante Andretta, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Ivan Sartori(foto) autorizou no dia 19 de agosto, inclusão de cinco novas Varas, o desmembramento de outra e a criação de cinco cargos de juízes auxiliares para o Fórum de Americana no PLC (Projeto de Lei Complementar) 61/2011, que tramita na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp). Pág.03

TJ autoriza novas Varas e mais cargos

COMiSSãO DE MEiO AMBiEnTEComissão constituida pela presidente Nathalia Brisolla e pelos membros Adriana Ludugero, Adriana Businari, Alexandre Almeida, Fabíola Costa, Isabel Montigelli e Tiago Malosso discorre artigo sobre “Queimadas”. Pág.05

Page 2: OAB AMERICANA | SETEMBRO DE 2013

02 OAB Americana - AGOSTO | SETEMBRO de 2013

Palavra do Presidente assistência judiciária

TERÇA 01-Arilson Sertorato-João Ap.Galho-Gustavo Paixão

QUARTA 02-Helder Colla Silva

-Hellen Cristina Gomes dos Santos-Henrique Gonzales

V. Filho

QUINTA 03-Hog do Nascimento-Inez Maria dos S. de

Souza-Ivan Paulo Fiorani

SEXTA 04Jacira Vieira e Silva

-Jailton Alves R. Chagas

-Jaime Barbosa Facioli

SEGUNDA 07-Jaira Roberta A.

Carvalho-Jairo Josef Camargo

Neves-Jamile Abdel Latif

TERÇA 08-Jefferson Feres Assis

-Jenifer Santalla Maetinez

-João César Cavalcanti de Souza

QUARTA 09-João Marcelo Cia de

Faria-João Pereira

Carvalho Junior-Joel Antonio Filho

QUINTA 10-Jorge Luiz de Mello

-Jose de Borba Glasser

-Jose Francisco Dias

SEXTA 11-Jose Francisco

Montezelo-José Mauricio de

Lima Salvador-Jose Odecio de Camargo Junior

SEGUNDA 14-Jose Pivi Junior

-Joselita Izaias Ramos-Juliana Maria Bridi de

Faria

TERÇA 15-Julio Marty Junior

-Karen Cristina Melosi-Karina Rodrigues

Olivatto

QUARTA 16-Kellen Cristiane Prado da Silveira

-Kelly Cristina Fávero

Mirandola-Leonardo Euler dos

Reis

QUINTA 17-Letícia Leme de

Souza Duarte-Lílian Franco da

Silveira-Lorayne Marie de T.

Dodson

SEXTA 18-Loriza Gejão

Raymundo-Lucas Chiacchio

Barreira-Lucas Peres Torrezan

SEGUNDA 21-Lucas Pascutti

Carratu-Luciana Arruda de

Souza Zanini-Luciana Vitti

TERÇA 22-Luciane Andréa Pereira da Silva

-Luciane Marques da Silva Paiva

-Luciano Rodrigo dos S. da Silva

QUARTA 23-Luciene Rosolen-Luiz Antonio de

Moraes-Luiz Carlos Saab

Rodrigues

QUINTA 24-Luiz Fernando da

Silva-Luiz Gustavo F.

Buzzo-Luiza Elaine de

Campos

SEXTA 25-Lyriam Simioni

-Magali T. Seleghini Alves

-Maiara Ap. Pena P. Mobilon

TERÇA 29-Marcelo Braga Nunes

-Marcelo Saes de Nardo

-Márcia Macedo dias de Abreu

QUARTA 30-Márcia Mariza Cioldin

-Marcio Vitorelli Ferreira dos Santos

-Marcos Alberto Gazzeta

QUINTA 31-Marcos Balian-Marcos Cruz

Fernandes-Marcos Daniel Marino

exPediente

Esse informativo é órgão oficial da da 48º Subseção de Americana, que não se responsabiliza por matérias, opiniões e conceitos em artigos assinados. OAB Americana - Rua Cristovão Colombo, 155 - Parque Residencial Nardini - Fone: (19) 3461.5181 - www.oabamericana.org.br

Presidente: Antonio Marques dos Santos Filho ([email protected]); Presidente da Comissão de Comunicação: Thais Cristina Rossi Baldin - email: [email protected] ; Realização: Moretti Comunicação - Texto e Edição de Arte: Marcelo Moretti ([email protected]) - Jornalista Responsável: - MTB: 71977/SP , MORETTiCOMuniCACAO.COM.BR - PARA ANUNCIAR: (19) 3407-7342 - DiSTRiBuiÇãO GRATuiTA - Distribuição a todos os advogados inscritos, alunos de Direito das universidades locais, Fórum, Delegacias, Prefeituras, Câmara Municipal, Cartórios, Justiça do Trabalho, Ministério Público, Juizado Especial Cível, Juizado Especial Criminal, Juizado Especial Federal, repartições Públicas, Empresas e Locais de Grande Circulação. Abrangência: Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara.

outubro de 2013 Fugindo do costumeiro, optei neste mês por abordar vários assuntos, em forma de pequenas notas. A primeira delas é para registrar o quanto o advogado Eduardo Armond é querido pelos cole-gas. Muitos, mas muitos (mesmo) advogados que-riam vê-lo entrevistado pelo nosso jornal. Como sempre, o entrevistado esbanjou simpatia: registro um enorme agradecimento ao meu querido amigo. A união fez a força na conquista de novas Va-ras para a comarca de Americana. Juízes, políti-cos, Prefeito e OAB, em ação que uniu forças, es-tiveram presentes na Presidência do Tribunal de Justiça e pontuaram que a nossa cidade mudou e mudou para melhor. Sem dúvida a enorme repre-sentatividade da Princesa Tecelã está se eviden-ciando em sucessivas conquistas para a comuni-dade. A Diretoria e nosso Conselheiro Estadual, Ricardo Andreetta, têm se empenhado para que as áreas doadas para os fóruns trabalhista e federal se transformem em ações concretas de melhorias para advogados e jurisdicionados. Deselegante a manifestação de um Ministro do Supremo Tribunal Federal ao referir-se a um cole-ga da Corte como novato. Tenho me perguntado se a transmissão das sessões pela TV Justiça tem sido realmente um avanço ou se só serve como ri-balta para demonstração de cultura e exacerbação de egos. Quem assiste aos julgamentos não pode deixar de concluir que as decisões têm sido cada vez mais ideológicas do que técnicas. Os advogados locais estão reclamando perma-nentemente sobre a falta de informações a respei-to do efetivo pagamento dos precatórios munici-pais. Abordado, o Prefeito diz que vem cumprindo sua obrigação e deposita à disposição do Tribunal de Justiça o que lhe cabe. Mas ninguém recebe nada. E pior: não há transparência alguma. Quem

redigiu a Emenda Constitucional que alterou a re-gulamentação, já declarada inconstitucional pelo Supremo, sabia a confusão que estava criando. Registro que as medidas solicitadas quanto ao espaçamento das audiências trabalhistas, de início tidas como inadequadas, resultaram maior conforto para todos, sem retardar a prestação ju-risdicional daquela Justiça Especializada. É a voz dos advogados nos corredores dos fóruns. O 11 de agosto foi comemorado com um jantar digno dos advogados locais. Os 40 anos da exis-tência da Subseção (Bodas de Rubi) não passa-ram em branco. Quem esteve presente viu e gos-tou. Parabéns a todos da Comissão de Eventos.

antonio marques dos santos filho, Presidente.

ofícios exPedidos

16/08 – Ofício nomeando a Dra. Ivana Carla Tobias de Sá como nova Suplente para Comissão Perma-nente de Acessibilidade (Seplan) ao Secretário de Planejamento da Prefeitura Municipal; 20/08 - Pedido de substituição de equipamento Odontológico e a ampliação do Espaço Caasp ao Pre-sidente Fábio Romeu Canton Filho; 05/09 – Pedido de contratação de Banda Larga de Internet através do convênio fechado pela Seccional com a Vivo; 04/09 – Pedido de orientação aos responsáveis pela segurança no Juizado Especial Federal, quanto a abordagem de advogados e estagiários; 03/09 – Pedido ao Desembargados Newton de Lucca (TRF), de nomeação de juíz substituto durante as férias dos titulares; 02/09 – Pedido ao Juíz do Juizado Especial Federal, pelo estacionamento liberados até as 19 para ad-vogados e estagiários;

Page 3: OAB AMERICANA | SETEMBRO DE 2013

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ONDE NASCEU ?Muzambinho – Minas Gerais.

CONFESSA A IDADE ?Sim, faltam meses para completar 80.

ONDE SE FORMOU E EM QUE ANO ?PUC – Campinas em 1962

POR QUE ESCOLHEU CURSAR DIREI-TO ?Órfão aos 14 anos de idade, iniciei o tra-balho como auxiliar de cartório e o namôro pelo Direito começou.

SE LEMBRA DO MOMENTO MAIS MARCANTE DA CARREI-RA?Lembro-me. Recém formado fiz defesa oral no Tribunal do Júri em Campinas junto com o dr. Jessyr Bianco, mais que um mestre, amigo. Enfrentamos com sucesso nosso antigo professor de Direito da mesma Faculdade.

LEMBRA-SE DE ALGUM FATO ENGRAÇADO NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL ?Lembro-me e bem ! Inaugurado o Fórum de Americana (o antigo em frente à Pre-feitura) o Juiz de então exigiu que todos usassem gravata. No saguão havia uma estátua de Themis a deusa da Justiça e o dr.Jessyr Bianco resolveu colocar uma gravata nela. Quando ajeitava o nó al-guém deu-lhe um tapinha nas costas e disse: “Muito bem, Dr. Jessyr Bianco co-locando gravata na minha estátua !? ”. Era o dr. Agnaldo Santos, exatamente o Juiz

Corregedor que custeara com dinheiro próprio a obra. Depois do susto o episódio acabou em tom de bom humor.

TEM ALGUM SONHO NÃO REALIZADO?Em relação à advocacia não, porque a amo e a levo a sério. Em relação ao Di-reito, sonho estudar para diminuir a igno-rância . Noutra resposta mais adiante falo dum sonho.

O LIVRO NÃO JURÍDICO QUE MAIS GOSTOU DE LER

Ainda jovem e foi o pri-meiro que li : “Crime e Castigo” de Dos-toiewiski. Hoje, relido, o livro tem uma fragrância sutil e universal de natu-reza jurídica.

O QUE FAZ NAS HO-RAS VAGAS? TEM AL-GUM HOBBY ?Leio, consulto o “tio Google”, faço ginástica e tento aprender a me-ditar para encontrar uma

hora vaga, verdadeiramente vazia.

O QUE TIRA VOCÊ DO SÉRIO ?Quando respondi sobre algum sonho não realizado disse que amo a advocacia que, se agredida, “me tira do sério”. Mas te-nho um sonho maior, mais ambicioso, ou seja, não levar nada, absolutamente nada a sério. A vida, este maravilhoso mistério, esta piada cósmica, não é para ser levada a sério, mas para ser celebra-da e festejada. Tal sonho é, evidente-

mente, o oposto da guerra, do desamor, da desigualdade, da corrupção, da deso-nestidade, do apego aos bens materiais, do preconceito e da falta de solidariedade, coisas que tiram qualquer um do sério.

O QUE MAIS GOSTA EM AMERICANA.Americana é a melhor cidade do mundo. Por isto moro nela !

O QUE MUDARIA EM AMERICANA ?Acho que o trânsito de veículos precisa duma reprogramação audaciosa, de gran-de visão para o futuro.

EM QUE SE CONSIDERA MUITO RUIM?Não sei fazer bolo nem pão .

O QUE NÃO PODE FALTAR NA SUA GE-LADEIRA ?Um pouco do necessário. Um pouquinho do supérfluo.

UM CANTOR ?Luciano Pavarotti.

UMA CANTORAGal (Anna Netrebko).

A MÚSICA PREFERIDAIntermezzo da CAVALERIA RUSTICANA

UM LUGAR DO MUNDO QUE DESEJA CONHECER?Itália, de preferência os vilarejos.

UM LUGAR DO MUNDO ONDE VOLTA-RIA ?Pantanal matogrossense.

UM FILME INESQUECIVEL“Forest Gump”

O QUE GOSTARIA DE DIZER AOS FU-TUROS ADVOGADOS?Sintam amor ao trabalho. Estudem, es-tudem e estudem. Depois de estudarem novamente, atentem e se atenham aos fatos. Criterioso e franco com seu repre-sentado, e respeitando a parte contrá-ria, consultem a consciência, e se ainda restar alguma dúvida ouçam o coração e, aí sim, escreva a petição.

SE NÃO FOSSE ADVOGADO QUAL OUTRA PROFISSÃO ESCOLHERIA?Simplesmente qualquer uma, se puder amá-la como amo o Direito.

UM POVO QUE ADMIRAPrefiro admirar pessoas de qualquer can-to do mundo. Acho temerário genera-lizar, mas um brasileiro de boa índole, honesto , que tem molejo e não leva a vida muito a sério, representa um povo admirável.

GOSTARIA DE AGRADECER ALGUEM POR ALGUM MOTIVO?Todas, absolutamente todas, as pesso-as com quem convivi, com que tive con-tato e que conheci neste mundo foram meus mestres. Meus agradecimentos a todos são incondicionais e permanentes. O ideal é experimentar o sentimento de gratidão sem motivo.

QUEM GOSTARIA DE VER ENTREVIS-TADO NA PRÓXIMA EDIÇÃO?ADAIR MARCIANO DA SILVA

entrevista | eduardo armond

OAB Americana - AGOSTO | SETEMBRO de 2013

Page 4: OAB AMERICANA | SETEMBRO DE 2013

04 OAB Americana - AGOSTO | SETEMBRO de 2013

caPa

Ivan Sartori presidente do Tri-bunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), autorizou no dia 19 de agos-to, inclusão de cinco novas Varas, o desmembramento de outra e a criação de cinco cargos de juízes auxiliares para o Fórum de Ameri-cana no PLC (Projeto de Lei Com-plementar) 61/2011, que tramita

na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp). A proposta dispõe sobre a estru-tura do Poder Judiciário no Estado e aguarda parecer das comissões para ir à votação, que ainda não tem data definida para ocorrer. Fo-ram autorizadas por Sartori a cria-ção da 6ª e da 7ª Vara Cível, da 3ª

e 4ª Vara Criminal e da 2ª Vara do Juizado Cível e Criminal. Também foi autorizado o desmembramento da Vara da Infância no município. No PLC já está incluída a cria-ção da 5ª Vara Cível, da 2ª, 3ª e 4ª Vara da Família e Sucessões e uma Vara da Fazenda. No entan-to, sem a votação na Assembleia,

a implantação continua parada. A autorização ocorreu du-rante audiência em que esti-veram presentes o presidente da Subseção Antonio Marques dos Santos Filho; o conselhei-ro seccional Ricardo Galante Andretta; o diretor do Fórum de Americana, juiz da Família e das Sucessões, Fábio Bossier; os juízes Eloi Estevão Troly (4ª Vara Cível) e Fábio D´Urso (vara do Juizado Cível e Cri-minal) além do deputado fede-ral Vanderlei Macris (PSDB), deputados estaduais Cauê Macris; Chico Sardelli (PV) e Antonio Mentor (PT) além do o chefe de gabinete da Prefeitura de Americana, Téo Feola. Segundo o Tribunal, as qua-tro varas cíveis de Americana foram as que mais receberam processos em 2012 em com-paração com os fóruns de Su-maré e Santa Bárbara d’Oeste. No total, foram mais de 315 mil documentos protocolados. No mesmo período, o fórum bar-barense registrou 253 mil pro-cessos nas três varas cíveis da cidade, enquanto Sumaré acu-mulou 217 mil.

TJ autoriza novas Varas e mais cargos

Pl 4.318/12

O presidente do Conselho Fede-ral da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, entregou nesta quinta-feira, 19, uma nota técnica sobre o PL 4.318/12, que dispõe sobre a cria-ção da figura do advogado profis-sional individual e sua equiparação à sociedade de advogados para efeitos tributários. O documento foi entregue ao autor da proposta, depu-tado Aelton Freitas e ao relator na Co-missão de Tribu-tação e Finanças, José Humberto. Marcus Vinícius explica que hoje existem cerca de 800 mil advoga-dos e menos de 30 mil são pesso-as jurídicas. “Precisamos estimular a formalização, pois isso vai gerar empregos e aumentar as contribui-

ções previdenciárias. O projeto é importante para o Brasil e para a advocacia, pois ele tornará realida-de o sonho de muitos profissionais, que é a do advogado individual”, ressalta. No documento, o presidente da

Ordem destaca que com a so-ciedade individu-al, “o advogado passará a pagar menos impostos. E não só em re-lação ao impos-to de renda, que passará dos cer-ca de 27% cobra-dos das pessoas físicas, aos cerca

de 14% cobrados das sociedades, mas em relação à toda carga tribu-tária incidente sobre os serviços de advocacia.” Segundo ele, o advogado indi-

vidual poderá adotar o regime do Simples, pagando, de uma só vez e em valor bem reduzido, todos os impostos devidos pelo desenvolvi-mento da atividade advocatícia. Sobre o capital social mínimo para a formação da sociedade in-dividual de advogados, Marcos Vinícius ressalta que o estipulado pelo PL em 10 salários mínimos, “incentivará, em muito, a formaliza-ção, dando eficácia à norma. Com ela, profissionais recém inseridos no mercado, ou que atuam na ad-vocacia ‘pro bono’, para pessoas de baixa renda ou apenas ocasional-mente também serão formalizados”. O projeto iniciou na Câmara está na Comissão de Tributação e Fi-nanças aguardando parecer. O PL tramita em regime conclusivo e também será analisado pela CCJ. Caso aprovado, seguirá para apre-ciação das Comissões do Senado, para depois ser promulgado.

OAB é a favor de PL que equipara advogado à sociedade para efeitos tributários

“o advogado individual poderá adotar o regime do simples, pagando, de

uma só vez e em valor bem reduzido, todos os impostos devidos pelo

desenvolvimento da atividade advocatícia”

As. de imprensa | Dep. Caue Macris

Page 5: OAB AMERICANA | SETEMBRO DE 2013

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Prática comum em nossa cidade, as queimadas de diversas espécies causam desconforto e danos à saú-de da população. Especialmente em épocas do ano em que a umidade re-lativa do ar é mais baixa e enfrentam-se períodos de estiagem, os cidadãos sofrem com tais práticas. O que gran-de parte da população ignora, é que a realização de queimadas constitui causa de poluição atmosférica veda-da em nossa legislação, como se ve-

rifica a seguir. O Decreto Presidencial nº 6.514, de 22 de julho de 2008, independente da área em que ocorra a poluição, seja ela urbana ou rural, em seu artigo 62, incisos II e XI, deixa clara a aborda-gem às queimadas, quando determi-na que incorre nas mesmas multas de seu artigo 61 (de cinco a cinquenta mil reais), quem causar poluição atmos-férica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das

áreas afetadas ou que provoque, de forma recorrente, significativo des-conforto respiratório ou olfativo e tam-bém, quem queimar resíduos sólidos ou rejeitos a céu aberto ou em reci-pientes, instalações e equipamentos não licenciados para a atividade. A Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, criminaliza o ato de poluir em seu artigo 54 caput e qualifica no parágrafo 2º, inciso II, do mesmo dispositivo, a conduta do agente que causar poluição atmosférica que pro-voque a retirada, ainda que momen-tânea, dos habitantes das áreas afe-tadas, ou que cause danos diretos à saúde da população. Nesta hipótese, a pena cominada é de reclusão de um a cinco anos. Foi realizado por esta Comissão de Meio Ambiente um levantamento junto aos órgãos existentes em nos-so município, incumbidos de proteger o meio ambiente, visando orientar a população ao oferecimento de de-núncias que possam ser efetivamente apuradas pelos mesmos. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente examina as ocorrências atendidas pelo Grupo de Proteção Ambiental para adoção das medidas administrativas cabíveis aos infra-tores. O telefone deste órgão, para atendimento ao cidadão é 3471-7770.Na esfera legislativa municipal, exis-tem sobre o assunto as Leis 3.812, de 28 de abril de 2003 e o Decreto nº 6.181, de 13 de maio de 2004.

A Polícia Civil, pode ser acionada nos Distritos Policiais de America-na, de acordo com sua competência territorial. A Polícia Militar conta com o Pe-lotão Ambiental, que recebe denún-cias pelo telefone 3462-1182 ou pessoalmente na sede do Pelotão - Rua Carioba, 419, Vila Cordenon-si (de segunda a sexta, das 9h às 18h). Fica demonstrado que há farto instrumental institucional e legislati-vo em nosso município para coibir a queima de resíduos sólidos e en-frentar a poluição atmosférica oca-sionada pelas inconvenientes quei-madas, porém, é necessário que a população se conscientize e faça uso dos meios disponíveis acionan-do os órgãos competentes e com eles colaborando para a melhoria do ar respirado em nossa cidade. Agradecimentos à Profª Drª Me-lissa Furlan pela sua colaboração.Presidente Nathalia BrisollaAdriana LudugeroAdriana BusinariAlexandre AlmeidaFabíola CostaIsabel MontigelliTiago Malosso

1A Guarda Municipal de Americana conta com o Grupo de Proteção Am-biental – GPA, acessível pelos se-guintes meios: telefone 3408-8220 ou e-mail [email protected].

QuEiMADAS E MEiO AMBiEnTE

OAB Americana - AGOSTO | SETEMBRO de 2013

comissão de meio ambiente

Desconto de 15% para Inscritos na OAB.

Page 6: OAB AMERICANA | SETEMBRO DE 2013

OAB Americana - AGOSTO | SETEMBRO de 2013

stj

Responsável pela estabilização da jurispru-dência infraconstitucional, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) retomou a discussão de uma questão controversa que já foi debatida di-versas vezes em seus órgãos fracionários: a aplicação da taxa Selic nas indenizações civis estabelecidas judicialmente. Na prática, a controvérsia afetada à Corte Especial pela Quarta Turma diz respeito ao artigo 406 do Código Civil (CC) de 2002, que dispõe que, quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determi-nação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional. O problema é que existem duas correntes opostas sobre qual taxa seria essa, o que vem impedindo um entendimento uniforme sobre a questão. Em precedentes relatados pela ministra Denise Arruda (REsp 830.189) e pelo ministro Francisco Falcão (REsp 814.157), a Primeira Turma do STJ entendeu que a taxa em vigor para o cálculo dos juros moratórios previstos no artigo 406 do CC é de 1% ao mês, nos termos do que dispõe o artigo 161, parágrafo 1º, do Código Tributário Nacional (CTN), sem prejuízo da incidência da correção monetária. Em precedentes relatados pelos ministros Teori Zavascki (REsp 710.385) e Luiz Fux (REsp 883.114), a mesma Primeira Turma de-cidiu que a taxa em vigor para o cálculo dos juros moratórios previstos no artigo 406 do CC é a Selic. A opção pela taxa Selic tem prevalecido nas decisões proferidas pelo STJ, como no julga-mento do REsp 865.363, quando a Quarta Turma reformou o índice de atualização de indenização por danos morais devida à sogra e aos filhos de homem morto em atropelamen-to, que inicialmente seria de 1% ao mês, para adotar a correção pela Selic. Também no REsp 938.564, a Turma aplicou a Selic à indenização por danos materiais e morais devida a um homem que perdeu a es-posa em acidente fatal ocorrido em hotel onde passavam lua de mel.

CASO AFETADO No caso específico (REsp 1.081.149) afeta-do à Corte Especial e relatado pelo ministro Luis Felipe Salomão, uma mulher ajuizou ação declaratória de inexistência de dívida com pedido de indenização por dano moral, con-tra a Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Gomes Freitas. Segundo os autos, a autora teve seus do-cumentos pessoais falsificados, registrou bo-letim de ocorrência policial e cautelarmente incluiu nos cadastros da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) a informação “documento clo-nado”, ao lado de seu nome. Mesmo assim, a empresa determinou a inscrição de seu nome em cadastros de inadimplentes, em razão de dívida contraída por terceiros valendo-se da documentação falsificada. O juízo de direito da 14ª Vara Cível da Comarca de Porto Alegre julgou os pedidos procedentes. Reconheceu a inexistência da dívida, determinou o cancelamento da ins-crição indevida e condenou a companhia ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 3.800, atualizada pelo IGP-M e juros de 12% ao ano.

Selic ou não Selic, eis a questão Em grau de apelação, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul deu parcial provimento ao recurso da autora para elevar a indenização a R$ 7 mil, fazendo incidir correção monetária e juros moratórios somente a partir da data da-quele arbitramento. A autora recorreu ao STJ, sustentando que os juros moratórios e a correção monetária ad-vindos de relação extracontratual devem inci-dir a partir do evento danoso (Súmulas 43 e 54 do STJ) e não do arbitramento da indenização. O julgamento do recurso foi interrompido por pedido de vista antecipada formulado pelo ministro João Otávio de Noronha. Ele entende que a questão deve ser previamente analisa-da pela Segunda Seção – especializada em direito privado – e não diretamente pela Corte Especial.

OPORTUNIDADE Para o ministro Luis Felipe Salomão, o jul-gamento desse caso é a oportunidade para o STJ consolidar entendimentos sobre a incidên-cia da taxa de juros moratórios em dívidas ci-vis (artigo 406 do CC), o momento inicial para sua fluência e a exata delimitação do que seja responsabilidade contratual e extracontratual para efeitos de incidência de juros e correção monetária. Para ele, é importante adequar os verbetes sumulares e os precedentes da Corte. A jurisprudência do marco inicial de incidên-cia dos juros moratórios em responsabilidade extracontratual já está pacificada pela Súmula 54, que determina: “Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de respon-sabilidade extracontratual.” A incidência de correção monetária na inde-nização por danos morais está pacificada pela Súmula 362: “A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento.” Isso significa que os juros moratórios e a correção monetária decorrentes de responsa-bilidade extracontratual fluem a partir de mo-mentos diversos – os juros moratórios a partir do evento danoso, e a correção monetária, em caso de dano moral, a partir do arbitramento do valor da indenização. No caso de responsabilidade civil contra-tual, a jurisprudência determina a incidência de juros a partir da citação ou do vencimen-to da dívida, conforme inúmeros precedentes julgados pela Corte Superior, entre eles o REsp 1.257.846, relatado pelo ministro Sidnei Beneti, e o REsp 1.078.753, relatado pelo mi-nistro João Otávio de Noronha.

CONTROVÉRSIA A controvérsia que ainda não foi harmoniza-da pelo STJ não envolve o momento, mas o percentual que deve ser aplicado para efeito de correção da dívida. Em embargos relatados pelo ministro Teori Zavascki (EREsp 727.842), a Corte Especial firmou orientação no sentido de que “atualmente, a taxa dos juros morató-rios a que se refere artigo 406 do CC é a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), por ser ela a que incide como juros moratórios dos tributos federais”. Posteriormente, também ficou consignado que “apesar de a Selic englobar juros moratórios e correção monetária, não se verificabis in idem, pois sua aplicação é condicionada à não-inci-dência de quaisquer outros índices de corre-

ção monetária”. E é justamente nesse contexto que gira a con-trovérsia. Para o ministro Luis Felipe Salomão, já que a taxa Selic engloba juros moratórios e correção monetária em sua formação, sua in-cidência em dívidas civis pressupõe a fluência simultânea de juros e correção, fato que não ocorre em indenizações civis (Súmulas 54 e 362). Assim, defende o ministro, é necessário har-monizar a aplicação da Selic com as Súmulas 54 e 362 do STJ, que estabelecem a contagem de juros e de correção monetária em períodos distintos.

TESE Luis Felipe Salomão reconhece que a taxa em vigor para a mora do pagamento de impos-tos devidos à Fazenda Nacional é a Selic, mas entende que sua aplicação em dívidas civis não constitui “diretriz peremptória incontorná-vel prevista no Código Civil”, sendo apenas um parâmetro a ser adotado na falta de outro específico previsto para determinada relação jurídica, como, por exemplo, o que há para dí-vidas condominiais (artigo 1.335, parágrafo 1º, do CC). Mesmo discordando da aplicação da Selic em indenizações civis, ele consignou em seu voto ter aplicado tal entendimento em julga-mento ocorrido na Segunda Seção para evitar o “pernicioso dissídio jurisprudencial interno”, mas ressalvou sua posição contrária à “aplica-ção indiscriminada da Selic”.

PROPOSTA Com base no Enunciado 20, aprovado na I Jornada de Direito Civil promovida pelo Conselho da Justiça Federal em setembro de 2002, o ministro propõe que o STJ adote a uti-lização de índice oficial de correção monetária ou tabela do próprio tribunal local, somado à taxa de juros de 1% ao mês (ou 12% ao ano), nos termos do artigo 161 do Código Tributário Nacional (CTN). O referido enunciado dispõe que “a taxa de juros moratórios a que se refere o artigo 406 é a do artigo 161, parágrafo 1º, do Código Tributário Nacional, ou seja, 1% ao mês”. O mesmo enunciado, que possui caráter orientador da interpretação dos artigos, dispõe que a utilização da taxa Selic como índice de apuração dos juros legais não é juridicamente segura, porque impede o prévio conhecimen-to dos juros; não é operacional, porque seu uso será inviável sempre que se calcularem somente juros ou somente correção monetá-ria; é incompatível com a regra do artigo 591 do novo Código Civil, que permite apenas a capitalização anual dos juros, e pode ser in-compatível com o artigo 192, parágrafo 3º, da Constituição Federal, se resultarem juros reais superiores a 12% ao ano. “Independentemente de questionamento acerca do acerto ou desacerto da adoção da Selic como taxa de juros a que se refere o artigo 406 do Código Civil, o fato é que sua incidência se torna impraticável em situação como a dos autos, em que os juros moratórios fluem a partir do evento danoso (Súmula 54) e a correção monetária em momento posterior (Súmula 362)”, destaca o ministro em seu voto. Oscilação anárquica Para o relator do recurso afetado à Corte Especial, é exatamente pelo fato de englobar

em sua formação tanto remuneração quanto correção, que a Selic não reflete, com perfei-ção e justiça, o somatório de juros moratórios e a real depreciação da moeda – que a corre-ção monetária visa recompor pelos índices de inflação medida em determinado período.Para balizar sua proposta, o ministro incluiu em seu voto um minucioso estudo sobre a taxa de juros paga com a utilização da Selic desde 2003 e constatou que sua adoção na atualização de dívidas judiciais conduz a uma oscilação anárquica dos juros efetivamente pagos pela mora. “Constata-se, por exemplo, o pagamento de juros a 12,31% ao ano em 2005, contra o irri-sório 1,30% ao ano em 2012, períodos em que a inflação foi praticamente idêntica (5,69% e 5,84% a.a.), respectivamente”, analisou o re-lator. Para ele, a adoção da Selic para efeitos de pa-gamento tanto de correção monetária quanto de juros moratórios pode conduzir a situações extremas: por um lado, de enriquecimento sem causa ou, por outro, de incentivo à litigância habitual, recalcitrância recursal e desmoti-vação para soluções alternativas de conflito, ciente o devedor de que sua mora não acarre-tará grandes consequências patrimoniais. “Aliás, como as dívidas judiciais são atualiza-das mensalmente, e não anualmente, há regis-tros de meses em que a Selic ficou abaixo de índices oficiais que medem exclusivamente a inflação, o que significa juros negativos e que, em boa verdade, nesse período, foi o credor que pagou juros ao devedor, o que não se sus-tenta”, ressaltou o ministro em seu voto. Para Luis Felipe Salomão, a adoção da Selic na relação de direito público alusiva a créditos tributários ou a dívidas fazendárias é inques-tionável, mas não há motivos para transpor esse entendimento para relações puramente privadas, nas quais se faz necessário o côm-puto justo e seguro de correção monetária e juros moratórios, “atribuição essa que, efetiva-mente, a Selic não desempenha bem”.

VOTO No caso afetado à Corte Especial, o minis-tro relator deu parcial provimento ao recurso especial para descartar a incidência da corre-ção monetária a partir da inscrição indevida. Também consignou que a indenização por da-nos morais, para efeito de incidência de juros de mora, deve ser considerada sempre res-ponsabilidade extracontratual – “até porque, no caso concreto, a ausência de contrato entre a autora e a instituição financeira foi exata-mente o que justificou a propositura da ação”. Assim, entendeu o ministro, deve ser aplicada a Súmula 54 do STJ, com os juros moratórios fluindo a partir do evento danoso. Em relação à correção monetária, Salomão sustentou que a mesma deve incidir a partir do arbitramento da indenização em grau de apelação (Súmula 362), ao contrário do que propõe a recorrente, que busca a contagem também desde a inscrição indevida. O índice de correção será o da tabela adotada pelo tri-bunal de origem, desde que oficial.

O julgamento foi interrompido por pedido de vista logo após a apresentação do voto, de forma que nenhum ministro votou após o relator. Não há data para retomada da dis-cussão.

06

tjsP

A Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Comunica aos Desembargadores, Juízes Substitutos em Segundo Grau, Juízes de Direito, Servidores, Membros do Ministério Público, das Procuradorias, das Defensorias Públicas, Advogados e público em geral a decisão do

nOVO hORáRiO DE ATEnDiMEnTO BAnCáRiO nOS POSTOS E AGênCiASColendo Conselho Superior da Magistratura que, na sessão do dia 28/08/2013 e com base na conclusão dos estudos levados a efeito nos autos do processo nº 2006/751, aprovou o novo horário de atendimento bancário nos postos e agências do Banco do Brasil S/A, lo-calizados no interior dos prédios do Tribunal de

Justiça, que será das 10 às 16 horas. Comunica, mais, que eventuais autoriza-ções para funcionamento em horário diverso daquele ora fixado foram expressamente re-vogadas. Comunica, ainda, que foi expressamente re-vogado o Comunicado CSM 144/2007.

Comunica, por fim, que o presente co-municado terá sua vigência 5 (cinco) dias após a primeira disponibilização no Diário da Justiça Eletrônico.

Fonte: DJe, TJSP, Administrativo, 3/9/2013, p. 1

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Os honorários advocatícios não podem ser excluídos das consequ-ências da recuperação judicial, ainda que resultem de sentença posterior, e, por sua natureza alimentar, devem ter o mesmo tratamento conferido aos créditos de origem trabalhista. A de-cisão, unânime, é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O direito aos honorários resultou

hOnORáRiOS ADVOCATíCiOS DEVEM SER TRATADOS COMO CRéDiTO TRABALhiSTA EM RECuPERAÇãO JuDiCiAL

decisão

OAB Americana - AGOSTO | SETEMBRO de 2013

de uma ação de cobrança de alugu-éis ajuizada antes do pedido de recu-peração judicial, mas cuja sentença só saiu depois. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), ao se manifestar sobre a cobrança dos ho-norários, entendeu que a verba não deveria se submeter aos efeitos da recuperação, pois seria crédito cons-tituído posteriormente.

CRÉDITOS EXISTENTES

Ao analisar se os valores devidos estariam sujeitos aos efeitos de re-cuperação judicial, a ministra Nancy Andrighi, relatora do processo no STJ, ressalta que a Lei 11.101/05 estabelece textualmente que “estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pe-dido, ainda que não vencidos”. Para a ministra, seria necessá-rio, portanto, definir se os honorá-rios fixados, ainda que em sentença posterior, mas decorrentes de ação ajuizada anteriormente, podem ser considerados como créditos existen-tes no momento do pedido de recu-peração. À primeira vista, isso não seria pos-sível, levando-se em consideração que o direito subjetivo aos honorários nasce do pronunciamento judicial condenatório, havendo, antes disso, mera expectativa sobre sua fixação. Segundo Nancy Andrighi, “prova dis-so é que a verba honorária somente pode ser exigida do devedor depois de proferida a decisão que estipula seu pagamento”. NATUREZA ALIMENTAR Porém, a relatora ressalta que este não deve ser o único enfoque na aná-lise da questão. A natureza alimentar dos honorários advocatícios, tanto

os contratuais como os sucumben-ciais, já reconhecida pelo STJ em vários julgamentos anteriores, tam-bém deve ser considerada. Em seu voto, a ministra cita que é entendimento pacífico da Terceira Turma que os honorários e os créditos trabalhistas podem ser equiparados, uma vez que ambos constituem verbas com a mesma natureza alimentar. “Como consequência dessa afi-nidade ontológica, impõe-se dis-pensar-lhes, na espécie, tratamento isonômico, de modo que aqueles devem seguir – na ausência de dis-posição legal específica – os dita-mes aplicáveis às quantias devidas em virtude da relação de trabalho”, esclarece. Uma vez que essa natureza co-mum aos dois créditos é considera-da, ambos acabam sujeitos à recu-peração judicial da mesma forma, afirma Andrighi. Manter a decisão do TJMS, então, violaria o princípio do tratamento igualitário a todos os credores. “Por um lado, admitir-se-ia a submissão de créditos trabalhistas aos efeitos da recuperação judicial – ainda que esses fossem reconhe-cidos em juízo posteriormente ao seu processamento –, mas por ou-tro lado, não se admitiria a sujeição a esses mesmos efeitos de valores que ostentam idêntica natureza jurí-dica”, afirma a relatora.

ministra nancy andrighi, relatora do Processo no stj.

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A delegacia de julgamento de Campinas - primeira instância admi-nistrativa - cancelou diversos autos de infração contra empresa sedia-da em Americana. A companhia foi autuada por usar créditos de ICMS adquiridos em operações com forne-cedores de Estados que concedem benefícios fiscais. Para a julgadora fiscal que analisou o caso, porém, caberia à fiscalização de São Paulo comprovar que as companhias que forneceram as mercadorias realmen-te utilizaram benefícios sem aprova-ção do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Segundo o advogado da empresa, Paulo Roberto dos Santos Júnior, as

autuações discutidas no processo ad-ministrativo somam R$ 1,48 milhão. Para a fiscalização, grande parte des-se valor corresponderia a créditos de ICMS que teriam sido usados indevi-damente, entre setembro de 2010 e dezembro de 2011. Os créditos foram adquiridos pela compra de tecidos de companhias localizadas no Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. As demais autuações são relacionadas a obrigações acessó-rias. Ao analisar o caso, a delegacia de julgamento de Campinas entendeu que os autos de infração relaciona-dos ao cancelamento de créditos deveriam ser anulados, pois a fisca-lização de São Paulo não comprovou que os fornecedores efetivamente utilizaram os benefícios concedidos por seus Estados. “O Fisco pretendeu exigir do contribuinte prova que não está a seu alcance pois demandaria providências do contribuinte paulista no sentido de apresentar documen-tos de escrituração fiscal e apuração de ICMS a cargo de empresa forne-cedora diversa, sediada em outro Estado”, afirmou a julgadora fiscal Edileia Andrade de Almeida Marcon na decisão. Cada infração foi analisada sepa-radamente pela delegacia de julga-

mento. O entendimento foi que nos casos de compras envolvendo o Espírito Santo, não houve compro-vação de uso do benefício do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) por fornecedo-res em operações interestaduais.Na decisão, Edileia afirma que não é possível saber se as empresas de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul cumprem os requisitos para serem enquadradas em benefícios fiscais dos Estados ou se as mercadorias comercializadas por elas entrariam no rol de produtos beneficiados pelas normas estaduais.Para o advogado Sandro Machado dos Reis, do Bichara, Barata e Costa Advogados, a decisão é positiva. “Os Estados não podem partir da premis-sa de que todos os contribuintes de determinados setores ou Estados uti-lizam benefícios fiscais. Os benefí-cios, em regra, são opcionais”, diz. Para tributaristas, caso o entendi-mento seja adotado pelos tribunais administrativos, poderia resultar na redução de autuações sobre o tema. “Esse tipo de autuação acontece o tempo todo. Tanto que São Paulo tem uma norma, o Comunicado CAT 36, que relaciona todos os Estados que concedem benefícios, e que os contribuintes terão créditos glosados

caso o fiscal identifique essas ope-rações”, diz o advogado Edmundo Medeiros, professor de direito tributá-rio do Mackenzie. O presidente do Tribunal de Impostos e Taxas (TIT) de São Paulo, José Paulo Neves, diz que a Fazenda já recorreu da decisão. Segundo ele, o Fisco não poderia comprovar o uso do benefício, pois não tem poder de fiscalização sobre contribuintes de outros Estados. “Se existe uma nor-ma em um Estado concedendo bene-fício, a presunção é que o setor usa o beneficio. Caso contrário, cabe ao contribuinte fazer a prova”, afirma. Apesar de não serem comuns, entendimentos similares ao da de-legacia já foram proferidos tanto no administrativo como no Judiciário. Em 2012, o advogado Tiago de Lima Almeida, do Celso Cordeiro de Almeida e Silva Advogados, defen-deu uma farmacêutica que recorreu à Justiça após ter créditos relativos a uma operação, com uma companhia de Goiás, cancelados. O caso foi analisado pela 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que determinou que o processo voltasse à primeira instân-cia, pois não foi comprovado que o fornecedor das mercadorias realmen-te utilizou os benefícios.

DELEGACiA CAnCELA MuLTA SOBRE CRéDiTO icms

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Peticionamento eletrônico

Pelo fato de o peticionamento ele-trônico no Tribunal de Justiça de São Paulo estar em fase de implan-tação (PUMA – Plano de Unificação Modernização e Alinhamento do Tribunal de Justiça de São Paulo), dúvidas têm surgido quanto ao proce-dimento em caso de peticionamento nas unidades dotadas de sistema de processo eletrônico (Lei nº 11.419/06). Por essa razão, a Presidência do Tribunal de Justiça informa que, nos casosde indisponibilidade do sistema ou impossibilidade técnica por parte do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, duas podem ser as conseqüên-cias, no que se refere à prática de atos processuais (Resolução n° 551/11, art.8º, caput, parágrafo único e incisos I e II):

1) “Serão permitidos o encaminha-mento de petições e a prática de ou-tros atos processuais em meio físico, nos casos de risco de perecimento de direito”. Como exemplo de risco de perecimento de direito, pode-se men-cionar hipótese de necessidade de re-alização de cirurgia, cuja falta acarrete risco de vida;2) Se não houver risco de perecimento de direito, mas apenas a impossibili-dade de peticionar até o fim do prazo processual, “prorroga-se, automatica-mente, para o primeiro dia útil seguinte à solução do problema, o termo final para a prática de ato processual sujei-to a prazo”. Os Cartórios Distribuidores e Serviços de Protocolo, ao recepcio-narem as petições físicas, procederão aos registros necessários e farão o

encaminhamento à unidade judicial competente; Ofício Judicial, ao receber a peti-ção física, verificará o funcionamen-to do sistema informatizado e caso esteja restabelecido, procederá à digitalização das peças e o trâmi-te eletrônico regular do processo; caso, ainda, inoperante o sistema, o processamento seguirá fisicamente, procedendo-se à digitalização tão logo seja restabelecido o funciona-mento. A indisponibilidade de sistema ou impossibilidade técnica são reconhe-cidas no sítio do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (www.TJSP <http://www.TJSP> .jus.br), na corti-na “Advogado”, item “aviso de indis-ponibilidade de sistema”.É nessa página que os advogados, os funcionários da Justiça e os ma-gistrados devem buscar a informa-ção de indisponibilidade, para anali-sar as hipóteses tratadas na norma, se já não houver “pop-up” no próprio portal cominformação sobre a indisponibilida-de. Nela existem, além da informação visual da disponibilidade (verde) ou indisponibilidade (vermelho) no mo-mento do acesso ao portal, informa-çõescomplementares sobre períodos anteriores de indisponibilidade, em formato de relatório por data (me-diante seleção da opção “peticiona-mento eletrônico” no combo) ou de aviso da Secretaria de Tecnologia da Informação (à direita da página, em “avisos publicados pela STI, outras ocorrências”). “

Como proceder quando o sistema fica indisponível

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O CNJ propôs ao MJ, que elabora minuta de decreto, que o indulto na-talino não poderá beneficiar quem for condenado a pena restritiva de direito. Publicado tradicionalmente no fim do ano pela Presidência da República, o indulto natalino, ou indulto coletivo, extingue a pena ou permite a comu-tação (diminuição) de pena de con-denados em casos específicos, como preso com doença grave impossível de ser tratada na prisão. O objetivo da sugestão do CNJ, apresentada em audiência pública promovida pelo CNPCP - Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária em Brasília/DF, é asse-gurar o cumprimento das penas res-tritivas de direitos, como prestação de serviços à comunidade, prestações pecuniárias, limitações de fim de se-mana, entre outras. Essas penas são reservadas aos casos em que uma pessoa é condenada pela prática de crimes culposos ou para crimes dolo-sos que não envolveram violência ou grave ameaça contra a pessoa, nem tenham sido cometidos por reinciden-te, desde que as penas sejam iguais ou inferiores a quatro anos. De acordo com o coordena-dor do DMF/CNJ - Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas, juiz Luciano Losekann, que representou o CNJ na audiência pública, o decreto do indulto natalino de 2012 “vem sendo um de-sestímulo ao cumprimento de penas restritivas de direitos e há vários bons programas instituídos no Brasil para esse fim”. Para o magistrado, quando o texto estende o indulto às pessoas conde-nadas à prisão que tenham tido suas

CnJ propõe que condenados a pena restritiva de direito não devem ser beneficiários de indulto

minuta de decreto

penas substituídas por uma ou duas penas restritivas de direito (uma pres-tação pecuniária e uma prestação de serviços à comunidade, por exem-plo), permitindo ao sentenciado que pague uma delas e se livre da outra, “tem-se a consagração de impunida-de para quem já foi beneficiado por não ir para o cárcere. Esses casos têm acontecido frequentemente com condenados na Justiça Federal, se-gundo relatos de colegas”. Entre as outras cinco sugestões apresentadas pelo CNJ, estão a de se considerar o tráfico privilegiado (art. 33, § 4º, lei 11.343/06) como suscetível de indulto, “que não seria hediondo, até para beneficiar peque-nos traficantes, especialmente ‘mu-las’ do microtráfico de drogas, hoje tratados, em boa parte, indistinta-mente”, afirmou Losekann. A inclusão do tráfico privilegiado como passível do indulto teria uma condição, no entanto. As penas não poderão ter sido substituídas pre-viamente pelo juiz do processo por alguma pena restritiva e os conde-nados não poderão ser reincidentes nessa espécie de delito. O CNJ também sugeriu que o pa-recer do Conselho Penitenciário pas-se a ser feito oralmente caso seja favorável à concessão do indulto na-talino de 2013, de modo a acelerar a sua emissão nos processos de con-cessão do indulto ou da comutação da pena por parte desse órgão da execução penal. Após receber as sugestões à mi-nuta do decreto do indulto, o CNPCP vai compilar as recomendações e as encaminhará ao ministro da Justiça, que fica responsável por submeter o texto final à presidência da República para publicação.

cnj

“Graças aos esforços da OAB SP e da Advocacia conseguimos a ma-nutenção da liminar no CNJ. É uma grande vitória e temosconfiança de que no exame de mérito também se-remos vitoriosos porque o Conselho tem expressado esse en-tendimento de que cartórios e registradores não podem promover mediação e con-ciliação. Para a advocacia e a cidadania, a vigência do Provimento nº 17/2013 seria danosa”, afirmou o presi-dente da OAB SP, Marcos da Costa. Na avaliação do presi-dente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius, “não é razoável que os car-tórios, que possuem a função registral, busquem substituir a sociedade e as instituições para realizar a mediação”. O presidente da OAB SP também confia numa decisão favorável no Conselho Superior da Magistratura do TJ-SP, que está analisando o pe-dido de revogação do Provimento nº 17/2013, da OAB SP, AASP e IASP. “Na sessão realizada no dia 23 de agosto, o desembargador Samuel Alves de Melo Júnior apresentou voto magistral, mostrando as inconstitucionalidades e ilegalidades do Provimento, disso-

ciado da Resolução nº 125/2010 do CNJ, destinado a ampliar a prática de conciliações e mediações. Foi pedida vista e estamos aguardando sua vol-ta à pauta, provavelmente da próxima semana. O CSM somente opina, antes

de encaminhar para exa-me do Órgão Especial”, comentou. O presidente da OAB SP aponta o efeito danoso do Provimento nº 17/2013, que vem sendo copiado por outros tribunais do país: “Notários e regis-tradores exercem função delegada do Estado, ati-vidade do ponto de vista formal. Não têm aptidão jurídica para promover

mediação e conciliação entre as par-tes. Isso seria altamente prejudicial ao jurisdicionado, que poderia ter seus direitos lesados se aceitar um acordo sem a orientação técnica adequada”, disse. O conselheiro federal Márcio Kayatt esteve presente no julgamento e con-siderou a decisão altamente positiva. “É indispensável o acompanhamento que está sendo realizado pela atual gestão, de todos os julgamentos rea-lizados no CNJ, diante da importância dos temas tratados para a advocacia”.

CnJ COnFiRMA LiMinAR COnTRA PROViMEnTO 17/2013

Plano de saúde

O ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), garantiu a um associado de um plano de saúde o direito a tratamento médi-co, em regime de home care, mesmo sem cobertura específica prevista no contrato. Segundo o ministro, é abusiva a cláusula contratual que limita os direi-tos do consumidor, especificamente no que se refere ao tratamento médi-co. Salomão afirma que o home care não pode ser negado pelo fornecedor de serviços, porque ele nada mais é do que a continuidade do tratamento do paciente em estado grave, em in-ternação domiciliar. O ministro negou provimento ao agravo interposto pela Amil para que seu recurso especial, contra deci-são do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), fosse admitido pelo STJ e a questão fosse reapreciada na Corte Superior.

DiREiTO A TRATAMEnTO EM CASA MESMO SEM PREViSãO COnTRATuAL

REVISÃO DE PROVAS

Segundo o ministro Salomão, não é possível rever os fundamen-tos que levaram o TJRJ a decidir que o associado deve receber o tratamento de que necessita para a recuperação de sua saúde, em-bora a operadora tenha incluído no contrato de adesão cláusula restri-tiva. “Rever os fundamentos que en-sejaram esse entendimento exigi-ria reapreciação do conjunto fáti-co-probatório, o que é vedado em recurso especial, ante o teor da Súmula 7 do STJ”, assinalou o mi-nistro. Além disso, o ministro conside-rou que a indenização fixada pelo TJRJ, no valor de R$ 15 mil, por dano moral, atende aos princípios da razoabilidade e observa os pa-râmetros adotados pelo STJ.

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Começou a segunda turma do Curso Preparatório para o Enem, um curso gratuito oferecido a alunos do ensino público. A aula de abertura teve uma apresentação da coordenadora do Pré-Vestibular do Antares, Martha Costa, que orientou os alunos sobre o funcionamento do colégio e toda programação do curso. Logo em seguida o professor Bata-ta, iniciou o curso com a primeira aula de química. O curso, que é realizado pela Fundação Antares de Educação e Cultura e tem a coordenação do cur-so Pré-Vestibular do Antares, teve as 35 vagas preenchidas.

As aulas serão realizadas as se-gundas e quartas-feiras, das 19h às 22h10, até o dia 23 de outubro. No último ano, na primeira edição do projeto, duas alunas foram aprovadas em universidades públicas e muitos alunos tiveram bom desem-penho nas provas, resultados positi-vos que confirmaram a proposta do curso que é oferecer oportunidade aos alunos do ensino público que pleiteiam universidades concorridas. Como pré-requisito para a in-scrição, todos os alunos são do ensi-no público, estão inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio 2013 e que se enquadraram no perfil socio-econômico exigido.

INFORME ANTARES Curso Preparatório para o Enemcerimônia

Foi realizada no dia 20 de setembro no auditório da Casa do Advogado, cerimônia de entrega de carteiras. Os novos inscritos foram recepcionados pelo presidente Antonio Marques dos Santos Filho, pela vice-presidente Ana Cristina Zulian e pelo secretário-geral Rafael de Castro Garcia, compareceram também ao evento amigos e familiares. Parabéns ao colegas: Adryeli Sacilotto de Camargo, Bruno Stefani Barban, Ederson Fernando Rodrigues, Eduardo Luis Teixeira, Eric Algarves De Oliveira, Flávia Dos Santos Caram, Iara Regina Luiz, Laura Amorim Silveira, Renato Azenha Defavari e Rosemeire Bragantim Del Rio Duarte.

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