jornal da oab americana - fevereiro de 2012

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Fevereiro de 2012 ano 07 Edição 77 48ª Subseção da OAB - Americana www.oabamericana.org.br Jornal da OAB Americana Distribuição Gratuita CiDaDão Emérito Vicente Sacilotto Neto, advogado inscrito nesta Subseção, recebeu no dia 9 de fevereiro, na Câmara Municipal de Americana, em sessão solene, o Título de Cidadão Emérito. pág. 03 Gestão 2010/2012 Presidente Ricardo Galante Andreetta Vice-Presidente Luiz Antonio Miante Secretária-Geral Kelly Cristina Fávero Mirandola Secretário-adjunto Rafael de Castro Garcia tesoureira Ana Cristina Zulian Aprovado Projeto de Lei que autoriza a doação de área para o TRT. pág.10 Comissão de Comunicação Thais Cristina Rossi Baldin - presidente Bruno Gayola Contato Milena Sylvia Arbix Helena Amorin Saraiva FECHAMENTO AUTORIZADO. Pode ser aberto pela ECT. pág. 04 Direitos do Nascituro Os advogados, Antonio Marques dos Santos Filho e Dino Boldrini Neto debatem a questão relacionada aos direitos do nascituro. Reflexões decorrem da prolação da sen- tença lançada nos autos da ação promovida pela cantora Wanessa Camargo em face do comediante Rafinha Bastos. Fórum trabalhiSta DE amEriCaNa Foto: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Americana.

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Jornal da 45ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB Americana - Fevereiro de 2012

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Page 1: Jornal da OAB Americana - Fevereiro de 2012

Fevereiro de 2012 ano 07 Edição 77 48ª Subseção da OAB - Americana www.oabamericana.org.br

Jornal da OAB AmericanaDistribuição Gratuita

CiDaDão Emérito

Vicente Sacilotto Neto, advogado inscrito nesta Subseção, recebeu no dia 9 de fevereiro, na Câmara Municipal de Americana, em sessão solene, o Título de Cidadão Emérito. pág. 03

Gestão 2010/2012PresidenteRicardo Galante Andreetta

Vice-PresidenteLuiz Antonio Miante

Secretária-GeralKelly Cristina Fávero Mirandola

Secretário-adjuntoRafael de Castro Garcia

tesoureiraAna Cristina Zulian

Aprovado Projeto de Lei que autoriza a doação de área para o TRT. pág.10

Comissão de ComunicaçãoThais Cristina Rossi Baldin - presidente Bruno Gayola ContatoMilena Sylvia ArbixHelena Amorin Saraiva

FECHAMENTO AUTORIZADO. Pode ser aberto pela ECT.

pág. 04

Direitos do Nascituro Os advogados, Antonio Marques dos Santos Filho e Dino Boldrini Neto debatem a questão relacionada aos direitos do nascituro. Reflexões decorrem da prolação da sen-tença lançada nos autos da ação promovida pela cantora Wanessa Camargo em face do comediante Rafinha Bastos.

Fórum trabalhiSta DE amEriCaNa

Foto: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Americana.

Page 2: Jornal da OAB Americana - Fevereiro de 2012

ExpEdiEntEEste informativo é publicação oficial da 48º Subseção de Americana, cujo orgão não se responsabiliza por matérias, opiniões e conceitos em artigos assinados. oab americana - Rua Cristovão Colombo, 155 - Parque Residencial Nardini - Fone: (19) 3461.5181 - www.oabamericana.org.br

Presidente: Ricardo Galante Andreetta ([email protected]); Presidente da Comissão de Comunicação: Thais Cristina Rossi Baldin ([email protected]) ; Realização: moretti Fonseca - texto e Edição de arte: Marcelo Moretti ([email protected]) - Jornalista responsável: Isabela Fonseca - MTb: 48545 ([email protected]),www.morEttiFoNSECa.Com.br - PARA ANUNCIAR: (19) 3407-7342 - DiStribuiÇão Gratuita - Distribuição a todos os advogados inscritos, alunos de Direito das universidades locais, Fórum, Delegacias, Prefeituras, Câmara Municipal, Cartórios, Justiça do Trabalho, Ministério Público, Juizado Especial Cível, Juizado Especial Criminal, Juizado Especial Federal, repartições Públicas, Empresas e Locais de Grande Circulação. abrangência: Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara. impressão: Gráfica Mundo - www.graficamundo.com.br - (19) 3026.8000.

02 OAB Americana - Fevereiro de 2012

Recente pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo aponta que a avaliação da população em relação ao Judiciário piorou nos últimos anos. Segundo tal estudo, duas em cada três pessoas consideram o Judiciário pouco ou nada honesto e sem independência. Os reclamos da população se concentram, notada-mente, no fator morosidade e em relação aos custos, considerados altos. No ranking de instituições mais confiáveis, o Judiciário apa-rece na sexta colocação, à frente da polícia, do Governo Federal, das emissoras de TV, do Congresso e dos partidos políticos. Sem o propósito de criar polêmica sobre os critérios desta pesquisa, bem como em relação aos resultados divulgados, verdade é que muito tem sido feito nos últimos anos, em todas as esferas e Instâncias, para um melhor aperfeiçoamento da máquina judiciária, e isso não pode ser ignorado. Ao lado das metas impostas aos Magistrados, e em face da criação de ferramentas eletrônicas que proporcionam significativa celeridade processual, há fatos pon-tuais que merecem ser enaltecidos. Refiro-me ao recentíssimo julgamento do STF relacio-nado aos poderes do Conselho Nacional de Justiça, que desde a sua criação, muito tem contribuído para com o Judiciário brasileiro. Se de um lado, o CNJ comemorava o fato de que, em 05 anos da criação de seu Sistema de Processo Eletrônico (e-CNJ) movimentou por meio digital quase que 30 mil procedi-mentos administrativos e disciplinares, sua função fiscalizatória estava sub-judice perante a Suprema Corte, por força de uma me-dida liminar requerida pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). No entan-to, o julgamento concluído no último dia 02 de fevereiro,

48h00 após a OAB Federal realizar Ato Público em defesa do CNJ, foi ao encontro do anseio popular e restou decidido que o aludido Conselho pode sim iniciar procedimentos disciplinares antes mesmo das Corregedorias Estaduais. Em matéria publica-da na Revista Veja – edição nº 2255 – assinada pela jornalista Laura Diniz, consta que: “o resultado do julgamento de quinta-fei-ra provou que, se o corporativismo é uma praga que viceja tam-bém na Justiça, o STF está decidido a combatê-lo.” Concordo e entendo que outro não deva ser o sentimento da população e principalmente dos operadores do direito. O Poder Judiciário deve gozar de plena confiança. Por força de mandamento Constitucional é o Poder responsável pela entrega da Justiça, ao dirimir os conflitos estabelecidos. Se por um lado, precisa-mos sim enfrentar questões inerentes ao seu aperfeiçoamento, como independência financeira e melhor aparelhamento estru-tural, de outro turno a sua credibilidade não pode ser colocada em xeque. O julgamento em referência não pode ser classificado apenas como uma vitória do CNJ, mas sim da cidadania e dos operadores do direito. E por sua vez, a advocacia, reconhecida pela Constituição Federal como “indispensável à administração

da justiça”, também exerce um papel importantíssimo neste contexto. A exemplo da mobilização em prol do CNJ e da pre-sença de seu presidente nacional Ophir Filgueiras Cavalcante

Junior no aludido julgamento do STF, a OAB em todas as suas esferas e na condição de porta-voz da advocacia,

tem exercido seu papel de defensora da cidadania, ao praticar inúmeras gestões junto às autoridades constituídas, nos âmbitos Municipal, Estadual e

Federal, visando o constante aprimoramento do Poder Judiciário, na expectativa que o juris-dicionado seja atendido de uma forma ainda mais eficiente, e que, com isso, a avaliação

da Justiça alcance patamares cada vez mais elevados.

pAlAvrA dO prEsidEntE AssistênciA judiciáriA

QUI.01Shirley Ap.Spinola de MelloSilas BettiSilvia Cardoso de S. N.Silva SEX.02Silvia Maria Pincinato DolloSilvio Crepaldi JuniorSimone Galo de Souza SEG.05Sirlene Silva FerrazSolange SantosSolemar Niero TER.06Sonia Ap. CavalcanteTais TasselliTalita Leite Fernandes QUA.07Tatiana Camargo NevesTatiane dos Santos C. BarreiraThais Cristina Rossi Baldin QUI.08Thais da Silva Gallo SacilottoTherezinha Cucatti LimaTiago Campos de Azevedo SEX.09Vanderleia Ap. Dos Santos CalilVanessa Alves BertolloVanessa Cristiane T. Gonçalves SEG.12Vânia Ap. Rosalen SchaeferVânia LuchiariVarlene Ferreira de Assis TER.13Veridiana Pólo Rosolen NonakaWaldomiro Antonio Rizato Jr.Walker Oliveira Gomes QUA.14Weberton de SouzaWellington Carlos ZigartiWillian Matos de Souza

QUI.15Zenaide Mansini GonçalvesAdenir Mariano Morato Jr.Adriana Cristina Businari SEX.16

Adriana de Almeida NobreAdriana Eloísa Mathias dos Santos BergaminAdriano Lopes Rinalti

SEG.19Ailton SabinoAlan Ualace BolandimAlana Dias cunha de Araújo TER.20Alceu Ribeiro SilvaAlcilane Ap. de F. R. de PaulaAlessandra Medeiros de Souza QUA.21Alexandra Moro CaricilliAlexandre Beretta de QueirozAlexandre Icibaci Marrocos Almeida QUI.22Aline Gagliardo MestrinerAline Kondo SatasAmanda Moreira Joaquim SEX.23Amilton FernandesAna Cristina Canelo Barbosa PapaAna Maira Pelais Benoti SEG.26Ana Paula Bortolan LourençoAna Paula CaricilliAndré Carvalho Farias

TER.27André Hediger ChinellatoAndré Marchi CamposAndré Ricardo Fogalli QUA.28Andréia Ortiz PereiraAndressa Banhado FerroÂngela Zildina C.de Oliveira QUI.29Anna Maria Schutz TeixeiraAntonio Bezerra LimaAntonio Carlos Di Mais

SEX.30Antonio Carlos Reis FerreriraAntonio Carlos S. dos SantosAntonio Geraldo Tonussi

ricardo Galante Andreetta

Escala de Plantão março

o Poder Judiciário

nOtA inFOrmAtivA - cOrrEiçãO OrdináriA nA justiçA dO trABAlhO

No último dia 06 de fevereiro, o presidente desta Subseção, Ri-cardo G. Andreetta esteve reunido com o Corregedor Regional do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, Desembargador Fe-deral Luiz Antonio Lazarim. Na oportunidade, Andreetta destacou a necessidade da criação e instalação de uma nova Vara do Trabalho em nossa cidade, bem como outra para Nova Odessa. O Desembar-gador Lazarim explicou que o Projeto de Lei que cria novas Varas no âmbito da 15ª Região já se encontra no TST e a expectativa é no sentido de que até o fim do primeiro semestre do corrente ano seja também apreciado pelo CNJ e encaminhado à Câmara dos Depu-tados. Quanto ao Posto Avançado da Justiça do Trabalho de Nova

Odessa, o Desembargador informou que a questão ficou estagna-da em decorrência de novas determinações do TST que limitam a cessão de servidores públicos municipais aos órgãos do Judiciário Trabalhista. O presidente da Subseção expôs ao Desembargador Corregedor um pedido de “força tarefa”, com o intuito de minimizar o expressivo acervo processual existente, bem como ressaltou o fato de que, em breve, a Câmara Municipal estará votando Projeto de Lei que tem por objetivo a doação de área pública para a edificação do Fórum Trabalhista, o que foi classificado pelo Desembargador Laza-rim como marco inicial e fundamental para a ampliação da Justiça do Trabalho local.

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cidAdãO EméritO

Vicente Sacilotto Neto, advogado inscrito nesta Subseção, recebe título de Cidadão Emérito

Vicente Sacilotto Neto, advo-gado inscrito nesta Subseção, recebeu no dia 9 de fevereiro, na Câmara Municipal de Americana, em sessão solene, o Título de Cidadão Emérito. A láurea é conferida a pessoas que nascidas nesta cidade, te-nham prestado relevantes serviços a comunidade. Sacilotto foi Coordenador Regional do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil, bem como presidente da Associação dos Advogados de Americana. Destacou-se tambén na política como vereador, tendo exercido a presidência do Legislativo local. O presidente da Subseção, Ricardo Galante Andreetta esteve presente na solenidade..

Foto: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Americana.

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OAB Americana - Fevereiro de 201204

cApA

À indagação que se faz acerca da pos-sibilidade do nascituro demandar judicial-mente danos morais, creio, respeitada a ortodoxia jurídica, a resposta deva ser ne-gativa, com as vênias de quem pensa em sentido contrário. Justifico. É consabido que a personalidade jurídica adquire-se com o nascimento com vida. Constata-se o nascimento com vida por meio da res-piração. Se a criança respirou houve nas-cimento com vida e, pois, personalidade jurídica. O Direito vale-se do conhecimento da Medicina. Com o nascimento com vida começa a personalidade “porque do direi-to de personalidade é titular todo homem” (Pontes de Miranda). Define-se nascimen-to, para fins legais, como a separação do feto do ventre materno. Com a primeira respiração tem início o ciclo vital da pes-soa, marcando, também, o nascimento o início da capacidade de direito. No dizer do mestre citado, com a morte termina a capacidade de direito, ou seja, a persona-lidade. O morto não pode adquirir nenhum direito. O lapso de tempo que medeia entre o nascimento com vida e a morte marca o período no qual um ser humano pode ser

titular de direitos e obrigações na ordem ci-vil: nem antes do nascimento, nem depois da morte. É bem verdade que a lei protege em da-das circunstâncias o nascituro e a memó-ria de quem já faleceu. Mas quem ainda não nasceu (nascituro) e quem nasceu, vi-veu, mas já morreu, não têm personalidade jurídica e, portanto, não podem ter capaci-dade de direito. Não há confundir objeto do Direito com sujeito de direito. A lei protege quem ainda não nasceu como protege, em dadas circunstâncias, a memória da pes-soa falecida: mas não lhes outorga a capa-cidade jurídica, coisa que é sabidamente diversa.Circulou pela Internet recentemente ru-moroso caso entre a cantora Wanessa Camargo e o irreverente Rafinha Bastos. No caso concreto sabe-se que a famosa cantora, seu marido e invocando um pseu-do direito do nascituro, moveram ação de reparação por danos morais contra o autor de infeliz afirmação em rede de televisão. A sentença proferida, da lavra de respeitá-vel Magistrado, deferiu danos morais tam-bém ao feto. A meu ver, todavia, errada-

mente, já que não sendo pessoa, não tinha personalidade jurídica e, pois, ainda não tinha capacidade de direito. Aqui não há valoração de qualquer natureza quanto ao teor da desditosa afirmação que motivou a ação judicial. Para fim dessa exposição sublinho apenas a impossibilidade jurídica do pedido (respeitada a melhor técnica do Direito) feito pelo nascituro. O fato de a víti-ma estar grávida ── e isso dizer respeito ao dito ofensivo ── deveria atuar como fator de agravamento do “quantum” indenizatório: jamais para legitimar o pedido do feto que trazia em seu ventre. Não se desconhecem outras decisões, inclusive do Superior Tribunal de Justiça, em sentido contrário ao que se prega nes-tas linhas, escritas para estimular a refle-xão. Resume a questão, com os elemen-tos conceituais que a cercam, o sempre lúcido Washington de Barros Monteiro (atualizado por Ana Cristina de Barros Monteira França Pinto, “Curso de Direito Civil”, Parte Geral, 41ª edição, 2007, pág. 66) nos seguintes termos: “Discute-se se o nascituro é pessoa virtual, cidadão em germe, homem in spem. Seja qual for a

conceituação, há para o feto uma expecta-tiva de vida humana, uma pessoa em for-mação. A lei não pode ignorá-lo, e por isso lhe salvaguarda os eventuais direitos. Mas, para que estes direitos se adquiram, pre-ciso é que ocorra o nascimento com vida. Por assim dizer, o nascituro é uma pessoa condicional; a aquisição da personalida-de acha-se sob dependência de condição suspensiva, o nascimento com vida”.

DirEito ao NaSCituro

A vida é o bem maior posto a salvo pela Carta Magna, daí decorrendo todos os de-mais direitos e deveres. Não por outra razão, na segunda parte do artigo 2º do Código Civil que trata sobre a personalidade, o legislador assegurou e salvaguardou os direitos do nas-cituro a contar da concepção. Mas, qual o ter-mo inicial da personalidade ? Juridicamente, a resposta mais aceita diz com relação ao nasci-mento com vida, de modo que a personalidade será atribuída ao recém-nascido que houver dado sinais inequívocos de vida, como vagi-dos e movimentos próprios ou, ainda, respira-ção evidenciada pela docimasia hidrostática de Galeno . Assim, não ocorrendo nascimento com vida – sinais inequívocos – não se cogita de aquisição de personalidade. Neste artigo, a análise é sob o enfoque dos direitos do nasci-turo. É preciso considerar, com efeito, a condi-ção acima suscitada, mesmo porque, e isso é incontroverso, se houver nascimento com vida, torna-se o infante sujeito de direito, direito esse assegurado desde a concepção. Para Silvio Rodrigues , “a lei não lhe (nascituro) conce-de personalidade, a qual só lhe será conferida se nascer com vida. Mas, como provavelmen-te nascerá com vida, o ordenamento jurídico desde logo preserva seus interesses futuros,

tomando medidas para salvaguardar os direi-tos que, com muita probabilidade, em breve serão seus”. A meu ver, e passando a fixar po-sição sobre o processo judicial que envolveu o nascituro de Wanessa Camargo e Rafinha do CQC, a controvérsia não está em ter ou não o nascituro direito, até porque, esse direito apenas surgirá se nascer com vida, mas, sim, se o nascituro possui interesse e legitimidade para propor a ação indenizatória. Penso que a questão a ser resolvida é esta. Com efeito, sabe-se que o interesse decorre do binômio necessidade-adequação e a legitimidade da capacidade de estar em juízo. Em linhas muito sucintas, capacidade processual compreende estar no pleno gozo de direitos e deveres, o que não deve ser confundido com capacida-de de estar em juízo. A diferença entre uma e outra (ser parte e estar em juízo), limita-se a faculdade de ser parte (a primeira) e de estar em juízo (a segunda). Também não se confun-dem capacidade processual com postulatória, pois a primeira é pressuposto processual de existência e a segunda de validade (art. 37). A legitimidade processual, a seu turno, decorre da capacidade processual e da legitimidade para a causa, vale dizer, tem legitimidade para a causa quem mantém com a lide uma relação

de correspondência lógica (capacidade de ser parte) e legitimidade processual quem tem si-multaneamente a capacidade processual (ca-pacidade para estar em juízo) e legitimidade para a causa (de ser parte). Assegurando a lei civil o direito ao nascituro – na verdade o direito é assegurado desde a concepção – , parece que coerente que surgido o direito em razão de fato ilícito, haverá interesse e legitimi-dade, mas o direito em si, isto é, a percepção de verba indenizatória e a consequente obri-gação do devedor, surgirá apenas se houver nascimento com vida. Trata-se, a meu ver, de um direito sujeito a condição suspensiva, vinculado ao nascimento com vida e respecti-vo início da personalidade, o qual retroagirá à data da concepção, fazendo com que todos os atos e fatos ocorridos desde aquele momento (concepção), passem a ser direitos do infan-te, mesmo que venha a sucumbir momentos depois, porque, como é cediço, a personali-dade, como atributo da pessoa humana e que a ela está indissoluvelmente ligada, perdura enquanto houver vida. Com o devido respeito as opiniões contrárias, absolutamente respei-tadas, estou convencido – limitada a análise do direito postulatório, isto é, sem adentrar as questões de fato e de direito que culminaram

com a procedência da pretensão inicial – que decisão monocrática proferida no processo 11.201838-5, que Marcus Buaiz, Wanessa G Camargo Buaiz e o nascituro da geração de ambos (como autores) promoveram a Rafael Bastos Hocsman, conhecido por “Rafinha” do CQC e impôs obrigação indenitária em favor do nascituro, mostra-se correta, porém, sob a condição suspensiva – nascimento com vida – porque presentes os requisitos do interesse e legitimidade, exigidos pelo artigo 3º do Cód. de Processo Civil, para o exercício do direito de ação.

dino Boldrini neto, advogado e assessor do tEd/xv da OAB/sp.

Antonio marques dos santos Filho, advogado e integrante do i conselho

regional de prerrogativas da OAB/sp.

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OAB Americana - Fevereiro de 2012 05

ArtiGO

A decisão do Supremo Tribunal Federal ati-nente aos poderes que cabem ao Conselho Nacional de Justiça, especialmente no que tange a investigação de magistrados, foi am-plamente favorável ao órgão de controle do Judiciário. Os ministros ressalvaram, no entanto, que o juiz não pode ser afastado antes do exame da denúncia, assegurando, assim, a ampla defesa. Segundo o ministro Gilmar Mendes, o Conselho identificou vários problemas nos tribunais dos Estados, com excesso de servido-res em gabinetes de desembarga-dores, enquanto as varas da 1ª. Instância passam por carências as mais diversas, como reconhecem os magistrados. Releva ressaltar, neste contexto, que ao participar da Sessão Especial de Abertura do Ano Judiciário Brasileiro, no dia 1º deste mês, o presidente nacional da OAB Ophir Cavalcante manifestou-se no sentido de que esperava que o STF reafirmasse a competência do CNJ, por

ser uma necessidade essencial à Justiça. Em sua fala, asseverou: “Os poderes do CNJ estão na pauta do dia e essa é a grande pauta hoje da sociedade. O STF terá a oportunidade de dizer qual Judiciário o brasileiro merece: um conservador, ainda arraigado à noção de so-berania e não de autonomia ou um Judiciário

transparente, independente e que cumpre os ideais re-publicanos e democráticos com a neces-sária presença do CNJ”. De outra parte, o reno-mado jurista

Miguel Reale, ao sair em defesa da manutenção dos poderes do CNJ, em ato público realizado no Conselho Federal da OAB, asseverou: “Peço ao STF que não desacredite a Justiça perante o povo”. Ao conhecer a decisão Ophir comemorou

efusivamente: “O CNJ “nasceu de novo”, pois o Supremo fêz valer a Constituição”. Para nós, advogados, a manutenção dos po-deres do Conselho foi uma expressiva vitória da sociedade brasileira, visto que na realidade não houve vencedores nem vencidos no embate que vinha sendo travado. Ganhamos todos nós brasileiros com este resultado, pois o país con-tinuará contando com um Judiciário fortalecido. No último dia 12 deste mês, o “Estadão” es-tampou em manchete que o CNJ pretende ago-ra adotar medidas quanto a demora no paga-mento de precatórios, cujo total da dívida, entre Estados e Municípios, alcança cerca de R$84 bilhões de reais. Só em nosso Estado o valor devido alcança R$20 bilhões, ensejando a reor-ganização dos setores responsáveis É forçoso destacar, no âmbito deste debate, que a diretoria desta 48ª. Subseção se alia a to-das as vozes que de há muito reclamam ser im-prescindível implementar medidas para reverter o quadro caótico que se instaurou no Judiciário, especialmente em suas esferas superiores, como forma de atender os interesses maiores da sociedade brasileira.

o FortalECimENto Do CoNSElho NaCioNal DE JuStiÇa

“pArA nós, AdvOGAdOs, A mAnutEnçãO dOs pOdErEs

dO cOnsElhO FOi umA ExprEssivA vitóriA dA

sOciEdAdE BrAsilEirA, vistO quE nA rEAlidAdE nãO hOuvE

vEncEdOrEs nEm vEncidOs nO EmBAtE quE vinhA sEndO

trAvAdO”

luiz Antonio miante, vice-presidente desta subseção.

Page 6: Jornal da OAB Americana - Fevereiro de 2012

06

ArtiGO

Está em pauta novamente na Câmara dos Deputados, após aprovação, com emendas de iniciativa do Senado, a apreciação do Projeto de Lei 1876/99 que dispõe sobre a Proteção da Vegetação Nativa, Preservação Permanente, Reserva Legal, definindo regras para a Exploração Florestal e Controle de Origem dos Produtos Florestais, bem como a Prevenção de Incêndio Florestal, entre outros instrumentos econômicos e financeiros para alcançar seus objetivos. Bastou que a velha legislação que insti-tuiu o vigente Código Florestal (Lei 4.771/65) fosse posta em prática, de uma forma mais rígida, já que seus dispositivos legais são re-almente eficazes e ainda atuais que a “ban-cada ruralista” levantasse a bandeira de que esta legislação engessa o crescimento agro-pecuário, que necessita de novas áreas para expansão da produção nacional, acarretando sensíveis prejuízos principalmente à agricul-tura familiar. Com o advento do PL 1876/99 abriu-se espaço para discussão de um assunto que hoje é um dos temas político/social mais po-lêmicos, uma vez que a esmagadora parcela da população, tendo como precursores as ONGs e Ambientalistas, são contra a reforma do Código Florestal, porque seu conteúdo é injusto e fere os interesses da sociedade bra-sileira, com reflexos negativos mundiais. O Projeto de Lei é o revés dos princípios bá-sicos do Direito Ambiental, retrocedendo no tempo e suplantando não só o vigente Código Florestal, assim como repercute na nulidade direta de todos os demais instrumentos le-gais que se integram para dar efetividade as esparsas normas legais para a proteção do ecossistema. A proposta de reforma é tão espúria, que em apertada síntese, prevê anistia de cri-mes ambiental, colocando fim na obrigação de recuperar áreas desmatadas ilegalmente até 22/07/2008; prevê também a redução e descaracterização das APPs. reduzindo-as dos atuais 30 mts. para 15 mts de faixa de margem; passa a ter isenção de reserva le-gal para imóveis com até 04 módulos fiscais. Frisa-se que, dependendo da região cada mó-dulo varia de 40 a 100 hectares; também ha-verá redução da Reserva Legal na Amazônia em áreas de vegetação reduzindo dos atuais 80% para 50% de floresta e de 35% para 20% nos cerrados. Em suma, haverá um desmatamento legal, que analisado sob o aspecto jurídico geraria inquestionável insegurança, porquanto per-mite a abertura de discussão sobre a neces-sidade de recuperação. Entretanto se conver-girmos para a proteção do ecossistema, seja apenas sob o ponto de vista do “sequestro de carbono”, isto é, absorção pelas árvores de

grandes quantidades de gás carbônico pre-sente na atmosfera, para evitar o efeito es-tufa, tendo em vista que apenas 01 hectare de floresta em desenvolvimento é capaz de absorver 1.500 a 2.000 toneladas de carbo-no. Basta somar esta perda multiplicada pela anistia dos módulos rurais para chegar-se ao resultado do prejuízo da atmosfera como dos recursos hídricos e da biodiversidade. O Projeto de Lei vai ainda mais longe. Prevê o plantio em morros e encostas, além de que diversos crimes ambientais cometidos duran-te décadas serão perdoados pela adesão de cumprimento de programa de regularização ambiental, e multas aplicadas suspensas por 05 anos. E pior, nos casos em que houver a responsabilidade de recuperar reserva legal, haverá opção de compensação pela aquisi-ção de outras áreas em regiões remotas de outros Estados. Enfim, ocorrerá um retrocesso na atual políticas de combate ao desmatamento bem como no que tange aos atuais instrumentos econômicos de promoção e recuperação de conservação ambiental. Voltando ao tema de que a agricultura brasileira, principalmente a familiar, preci-sa se expandir, para por comida na mesa do povo, deve-se sim resguardar o Direito de Propriedade insculpido na Constituição Federal, desde que de uso sustentável. Recente estudo coordenado pela USP, mos-tra que a área cultivável no Brasil poderá ser dobrada, se, por exemplo, houvesse a rea-locação da pecuária de baixa produtividade; enfim, há um ideal no bojo do Projeto de Lei, no sentido de não haver mais área disponível para agricultura, bastando viajarmos por este imenso País e tirar as próprias conclusões. Derivando o assunto em pauta, para uma ótica mais ampla, em meu entendimento, o Poder Legislativo ao invés de preocupar-se em alterar o Código Florestal deveria dar inicio a proposta de um “Código Ambiental Brasileiro” no qual se faria a consolidação de todos os dispositivos legais hoje utilizados, ou seja, leis, decretos, resoluções, portarias e ju-risprudência, com intuito de formar o Direito Positivo e dai dar condições a todos os opera-dores de Direito, para disciplinar a questão da Legislação Ambiental, certo de que na atuali-dade toda vez que deparamos com um caso concreto, temos que garimpar a esparsa le-gislação, sempre na incerteza de haver qual-quer dispositivo contrário não identificado. Sob tal prisma os princípios gerais do Direito Ambiental, como a precaução, preven-ção e reparação seriam postos em prática, através de informação e participação, para alcançar a sadia qualidade de vida e acesso equitativo aos recursos naturais para as gera-ções futuras.

ProPoSta DE rEForma Do CóDiGo FlorEStal

Fabiano Giacomin, advogado.

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08 OAB Americana - Fevereiro de 2012

visitA instituciOnAl

Ricardo Galante Andreetta, Luiz Antonio Miante e Rafael de Castro Garcia, além do advogado e in-tegrante do I Conselho Regional de Prerrogativas da OAB/SP, com sede em Piracicaba, Antonio Marques dos Santos Filho, se reuniram com o vice-presidente da Secional Marcos da Costa, no último dia 24 de janeiro (foto). Previamente agendado por solicitação desta Subseção, o encontro ocorreu na sala de reuniões da vice-presidência da sede da OAB, na Capital. Na oportunidade, inúmeros as-suntos de interesse da classe dos advogados fo-ram discutidos, em especial os entraves burocrá-ticos provocados por algumas agências bancárias para a liberação de numerários aos advogados,

tanto por força dos mandados de levantamentos judiciais, como através de alvarás e/ou guias. Os diretores locais insistiram, ainda, no pleito referen-te à ampliação da Casa do Advogado, motivado não só pela expressiva contingência de afazeres administrativos e do crescente número de inscri-tos, como também pelo fato da Subseção ter sido escolhida como Sede Regional para a efetivação da certificação digital, serviço este já disponibili-zado à classe dos advogados desde outubro pas-sado. Antonio Marques dos Santos Filho debateu com Marcos da Costa, questões relacionadas aos procedimentos conduzidos pelo Colégio Regional de Prerrogativas que integra.

cOmEmOrAçãO

Em 2012, chega aos 80 anos de fundação a Seccional Paulista da maior entidade da socie-dade civil do país. — a Ordem dos Advogados do Brasil. Criada no dia 22 de janeiro de 1932 pelo Decreto n o 19.408, de 18 de novembro de 1930, a OAB SP construiu uma trajetória sempre marcada pelo compromisso com a Justiça, a de-mocracia, cidadania e pela luta contra as desi-gualdades. O Brasil atravessou décadas de governos au-toritários, sofreu golpes políticos e viveu dias sombrios. Foi por meio da militància de cidadãos e advogados corajosos e de instituições como a OAB SP que a opressão cedeu lugar à liberdade e foi efetivado no país o Estado Democrático de Direito sob o qual vivemos hoje. Com o maior número de advogados inscritos do país, mais de 300 mil, a OAB SP participou de forma ativa de praticamente todos os movimen-tos sociais que defenderam os direitos do povo brasileiro. Em 1932, recém-criada, atuou intensa-mente na Revolução Constitucionalista em São Paulo, participando da elaboração de um ante-projeto de programa de governo que seria adota-do no caso da queda de Getúlio Vargas. A Seccional Paulista da Ordem lutou contra o governo autoritário do Estado Novo, antes da re-democratização em 1945, e manteve durante a ditadura militar de 1964 uma defesa intransigente dos direitos individuais e coletivos, assim como das prerrogativas dos advogados, que sofriam constantes perseguições por defenderem os pre-sos políticos. Os movimentos pela redemocratização, por eleições diretas e pela Anistia também contaram com a firme atuação da entidade paulista dos advogados. Ao fim do regime militar, a OAB SP marcou presença no debate que viabilizou a nova Constituinte.

Um dos maiores marcos na história da enti-dade foi a criação de sua Comissão de Direitos Humanos, em janeiro de 1981, a princípio voltada para a defesa dos direitos dos presos políticos durante a ditadura militar. Já em 1992, a comis-são teve atuação marcante na apuração dos fa-tos que levaram ao Massacre do Carandiru, em que 111 presos foram mortos pela Polícia Militar durante rebelião no presídio. Outra grande frente de batalha da Ordem em São Paulo, em todos os seus anos de existência, foi denunciar as péssimas condições de unida-des prisionais e casos de torturas e outros cas-tigos físicos, exigindo do Poder Público que pro-porcionem locais que respeitem minimamente a dignidade dos presos. Entre as ações permanentes da OAB SP, des-tacam-se ainda as lutas contra a má formação de advogados e pela assistência judiciária a pesso-as de baixa renda, e a defesa intransigente das prerrogativas profissionais dos advogados, que, longe de serem privilégios, são pré-requisitos para o bom desempenho da profissão e a garan-tia à defesa. Atenta às transformações da sociedade, da OAB SP se mantém em constante renovação, com a criação de comissões que debatem as-suntos cruciais para o país, como de Direito Ambiental , Direito Eletrônico, Bioética, Direitos Humanos, entre outros. A vida em sociedade diariamente nos impõe novos desafios, e é por isso que a Seccional Paulista da OAB adota essa postura atenta, com-bativa, com o objetivo de manter o Direito como um dos maiores instrumentos de transformação da sociedade brasileira e o equilíbrio entre a di-mensão do Estado e o Cidadão.

Luiz Flávio Borges D’Urso, Presidente da OAB SP.

oab SP: 80 aNoS ao laDo Da CiDaDaNia

DirEtorES Da SubSEÇão SE rEúNEm Com marCoS Da CoSta, ViCE-PrESiDENtE Da oab/SP

ExAmE dE OrdEm

Ocorreu em 05 de fevereiro, nas dependên-cias da Unisal, a aplicação da primeira fase do VI Exame de Ordem Unificado, consistente em oitenta questões objetivas de múltipla escolha, tendo contado com a participação de 430 exami-nandos. Os aprovados na primeira etapa do Exame se credenciam à participar da segunda e decisiva fase, que se realizará em 25 de março, na sede da mesma Universidade.

A nível federal, a prova contou com a parti-cipação de 99.072 examinandos, tendo sido aprovados para a segunda fase 36.566, perfa-zendo um percentual de aprovação de 36,91%. Segundo o Coordenador Regional do Exame de Ordem, Dr. Rafael de Castro Garcia, “o per-centual de aprovação na região de Americana está um pouco acima da média nacional, certa-mente reflexo da boa qualidade do ensino jurí-dico nas faculdades de Direito”.

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cErimôniA

Dia 10 de fevereiro, na sala da presidência da Casa do Advogado, realizou-se nova entre-ga de carteiras de iden-tificação profissional. As novas inscri-tos nesta Subseção - Fernanda Iris Kuhl e Maria Aparecida Locatelli, foram recep-cionados pelo presi-dente, Ricardo Galante Andreetta, presentes também o vice-pre-sidente, Luiz Antonio Miante e a secretária-geral, Kelly Cristina Fávero Mirandola. Parabéns e sucesso as novas colegas:

ENtrEGaDECartEiraS

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Fórum trABAlhistA

Câmara aprova doação de área para a construção do tribunal regional do trabalho

  Na Clip Academia a na-tação é trabalhada por fai-xa etária – desde bebês até adultos  da  melhor  idade –  e  níveis  de  habilidade  – iniciante,  intermediário  e avançado.  A  modalidade pode  ser  praticada  como esporte  competitivo,  tera-pia ou simplesmente como uma forma de relaxamen-to para aliviar o stress do dia-a-dia.  É  uma  ótima opção  de  atividade  física para sair do sedentarismo.

E porque fazer exercício na água?  O vínculo do  ser huma-no  com  a  água  é  muito profundo. É natural que se goste de estar e de brincar no  meio  líquido,  sentir  a textura da água e o prazer que ela proporciona.   A  água  é  um  elemento extremamente  importan-te  para  o  equilíbrio  emo-cional  e  psíquico;  é  uma ampliação do mundo com o qual o homem está acos-tumado.  A  natureza  da água  envolve  o  corpo,  al-tera o ritmo respiratório e também a visão, audição e tato; o corpo adquire outro peso  e  a  sua movimenta-ção, novas formas.  A  natação  fortalece  os músculos  da  parede  to-rácica,  o  que  permite  a elasticidade  dos  pulmões 

e lhes aporta maior quan-tidade de oxigênio. Isto faz com  que  se  experimente uma melhoria no processo respiratório.  Ela  aperfei-çoa  ainda,  a  coordenação motora e ativa a memória, na medida em que garante uma excelente oxigenação cerebral.  Outro  proveito  do  es-porte  diz  respeito  ao  au-mento  da  autoestima.  Os indivíduos  que  praticam sentem-se  mais  seguros e  são,  em  geral,  mais  in-dependentes.  Para,  além disto, a água propicia uma liberdade  de  movimentos não  equiparável  a  outras atividades  “secas”.  O  as-pecto  lúdico  constitui  um importante  coadjutor  do relaxamento mental.  A  natação  melhora  a postura,  alongando  e  for-talecendo  toda  a  muscu-latura, ajuda na prevenção e recuperação de algumas doenças,  aumenta  a  re-sistência  do  organismo, ajuda  na  perda  de  peso  e melhora  a  noite  de  sono. Ela  é  uma  grande  aliada no combate ao stress, pois a  enorme  concentração necessária  para  conciliar respiração  e  movimentos leva a uma sublimação das tensões e a um distancia-mento  dos  problemas  do cotidiano.

Como a natação pode ajudar no combate ao estresse?

Dica de Saúde ■ Clip cademia

Na 3ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Americana do corrente ano, realizada no dia 9 de fevereiro p. passado, o Projeto de Lei nº 208/2011, de autoria do Poder Executivo, que au-toriza alterar a finalidade de imóvel pú-blico e a doá-lo ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região, foi aprovado por

onze votos favoráveis, tendo hávido uma ausência. O autógrafo respectivo será encami-nhado ao Prefeito Municipal para sanção. A autorga da escritura deverá ocorrer em solenidade a ser realizada oportunamen-te. Esta proposição decorreu de pedido formulado pela OAB local.

O presidente da Subseção, Ricardo Andreetta comemorou a decisão. “Ficamos na expectativa confiante de que os esforços comuns da OAB, do Prefeito e da Câmara Municipal possam ampliar, sobremaneira a prestação ju-risdicional da Justiça Especializada de nossa cidade”.

Foto: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Americana.

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pAlEstrA

Ocorreu no dia 9 de fevereiro no auditó-rio da Casa do Advogado,a primeira das palestras que serão realizadas nos trans-curso do corrente ano. O tema abordado pelo palestrante, Dr. Edson Luz Knippel - Prisões e Medidas Cautelares - despertou grande interesse dos presentes em face de suas peculia-ridades. O conteúdo da palestra teve grande re-percussão entre os participantes, que pu-deram conhecer mais sobre o tema, am-pliando seus conhecimentos.

Próxima Palestra a ser realizada na subseção.

Tema: “CÁLCULOS PARA PETIÇÃO INICIAL TRABALHISTA”Palestrante: Dra. Fabiana Campos NegroDia: 15 de março (quinta-feira)Horário: 19h30

“Prisões e Medidas Cautelares”

O palestrante, dr. Edson luz Knippel, entre os diretores, Ana Zulian (tesoureira) e rafael de castro

Garcia (secretário-adjunto).

Foto: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Americana.Foto: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Americana.

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