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O planejamento da gestão no SUAS Bloco I - O Plano de Assistência social e o diagnóstico socioterritorial Painel 1 Fernando Brandão

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O planejamento da gestão no SUAS

Bloco I - O Plano de Assistência social e o diagnóstico

socioterritorial – Painel 1 Fernando Brandão

Art.30 da LOAS - É condição para os repasses de recursos, a efetiva instituição e funcionamento de:

Conselho de Assistência Social;

Plano de Assistência Social;

Fundo de Assistência Social; e

E, também a comprovação orçamentária dos recursos próprios destinados a Assistência Social, alocados nos Fundo de Assistência Social.

Conceito de planejamento:

Um conjunto de grandes decisões;

Orienta um governo no gerenciamento do presente;

Orienta na construção do futuro;

Busca um horizonte de longo prazo, sob condição de incertezas.

Futuro Desejado

Futuro Provável

HOJE Pessoas

Planejar requer estratégias.

Planejamento é ir além da prática normativa, buscando:

• Ter uma visão de futuro;

• Definição de objetivos, indicadores e metas;

• Ter considerada governança sobre insumos, processos, ações e atividades;

• Capacidade para avaliar e monitorar o produto e o impacto(central de resultados);

• Capacidade de aprendizado e crescimento;

Fortalecimento da relação democrática entre Estado

e Sociedade Civil

Matricialidade Sociofamiliar

Territorialização Controle social e

participação popular

Descentralização Político-administrativa e comando único em

cada esfera

Cofinanciamento

Primazia da responsabi- lidade do Estado

NOB 2012, Art. 5º

Política de recursos humandos

Eixos para estruturação do planejamento

O Plano de Ação, formulário eletrônico criado pelo MDS, não substitui o Plano Municipal de Assistência Social.

O Plano Local de Assistência Social, aprovado pelos Conselhos de Assistência Social, prioriza os gastos e investimentos e, se detalhado, define a natureza das despesas e a sua categoria econômica.

O planejamento no SUAS é representado pelo Plano de Assistência Social;

Constitui requisito legal para a constituição do cofinanciamento;

Tem como papel fundamental a priorização dos investimentos e dos gastos e define a natureza e a categoria econômica das despesas requeridas.

Esta previsto na LOAS, art. 30, e na Lei 9.604/98 que criou o “fundo a fundo”

Conclusão !

O planejamento da gestão no SUAS

Bloco I - O Plano de Assistência social e o diagnóstico

socioterritorial – Painel 2 Fernando Brandão

• O Plano de Assistência Social, previsto no art. 30 da LOAS, é um instrumento de planejamento estratégico que organiza, regula e norteia a execução da PNAS na perspectiva do SUAS. (art. 18, NOB -2012)

• É condição estabelecida pela LOAS para que ocorra o cofinanciamento federal e estadual;

A elaboração do Plano de Assistência Social é de responsabilidade do órgão gestor da política que o submete à aprovação do conselho de assistência social. (art. 18, §1º NOB -2012)

O parágrafo 2º do art. 18 da NOB 2012 estabelece a composição da estrutura do plano de assistência social.

I - diagnóstico socioterritorial;

II - objetivos gerais e específicos;

Estrutura do plano de assistência social:

III - diretrizes e prioridades deliberadas;

IV - ações e estratégias correspondentes para sua implementação;

Estrutura do plano de assistência social: (cont.)

V - metas estabelecidas; VI - resultados e impactos esperados;

Estrutura do plano de assistência social: (cont.)

VII - recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários;

VIII - mecanismos e fontes de financiamento;

Estrutura do plano de assistência social: (cont.)

• IX - cobertura da rede prestadora de serviços;

• X - indicadores de monitoramento e avaliação;

• XI - espaço temporal de execução;

Estrutura do plano de assistência social: (cont.)

O planejamento da gestão no SUAS

Bloco I - O Plano de Assistência social e o diagnóstico

socioterritorial – Painel 3 Fernando Brandão

• A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar os respectivos Planos de Assistência Social a cada 4 (quatro) anos, de acordo com os períodos de elaboração do Plano Plurianual - PPA. (Art. 19, NOB 2012)

deliberações das conferências de assistência social para a União, os Estados e Municípios;

metas nacionais e estaduais pactuadas, que expressam o compromisso para o aprimoramento do SUAS para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

Além das questões territoriais o Plano de Assistência Social deve incluir:

ações articuladas e intersetoriais;

ações de apoio técnico e financeiro à gestão descentralizada do SUAS.

(O apoio técnico e financeiro compreende, entre outras, as ações: de capacitação; elaboração de normas e instrumentos; publicação de materiais informativos e de orientações técnicas; assessoramento e acompanhamento; e incentivos financeiros.)

Além das questões territoriais o Plano de Assistência Social deve incluir:

• A realização de diagnóstico socioterritorial, a cada quadriênio, compõe a elaboração dos Planos de Assistência Social em cada esfera de governo ( Art. 20 NOB 2012)

O diagnóstico tem por base o conhecimento da realidade a partir da leitura dos territórios, microterritórios ou outros recortes socioterritoriais que possibilitem identificar as dinâmicas sociais, econômicas, políticas e culturais que os caracterizam, reconhecendo as suas demandas e potencialidades.

( Parágrafo único, Art. 20 NOB 2012)

Requisitos para realização do diagnóstico:

processo contínuo de investigação das situações de risco e vulnerabilidade social;

interpretação e análise da realidade socioterritorial e das demandas sociais;

estabelecer relações e avaliações de resultados e de impacto das ações planejadas;

Requisitos para realização do diagnóstico:

identificação da rede socioassistencial disponível no território, bem como de outras políticas públicas, com a finalidade de planejar a articulação das ações em resposta às demandas identificadas e a implantação de serviços e equipamentos necessários;

Requisitos para realização do diagnóstico:

reconhecimento da oferta e da demanda por serviços socioassistenciais e definição de territórios prioritários para a atuação da política de assistência social.

Requisitos para realização do diagnóstico:

utilização de dados territorializados disponíveis nos sistemas oficiais de informações.

(Consideram-se sistemas oficiais de informações

aqueles utilizados no âmbito do SUAS, ainda que oriundos de outros órgãos da administração pública.)

Requisitos para realização do diagnóstico:

O planejamento da gestão no SUAS

Bloco I - O Plano de Assistência social e o diagnóstico

socioterritorial – Painel 4 Fernando Brandão

• Estratégias para elaboração do plano e do diagnóstico em municípios de pequeno ou médio porte

Utilizar o pessoal técnico disponível para tratar as bases de dados existentes, embora não sejam especialistas;

Capacitar equipe própria para elaborar o diagnóstico e o plano municipal;

Zelar pela transferência de conhecimento em garantia da continuidade;

Recuperar as deliberações de Conferências anteriores;

Utilizar os dados, relatórios e informações disponibilizados pelo MDS na página da Secretaria de Gestão da Informação – SAGI.

Utilizar as informações do último Censo – IBGE.

Utilizar o Sistema de Identificação de Domicílios em Vulnerabilidade - IDV, aplicativo online, desenvolvido para construção de mapas de pobreza ao nível de estados, Distrito Federal, municípios e setores censitários, disponibilizado pelo MDS/SAGI;

Utilizar as informações registradas pelas equipes do CRAS e CREAS no “Prontuários do SUAS”. (Em abril/2013 o MDS iniciou a distribuição do modelo de Prontuário, que apresenta uma proposta nacional sobre quais as informações mínimas que devem ser registradas pelas equipes de referência dos CRAS e dos CREAS para a qualificação do processo de acompanhamento familiar.)

Aplicar o Protocolo de Gestão Integrada de Serviços Benefícios e Transferências de Renda, que aponta estratégias de priorização para o atendimento de famílias beneficiárias do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada – BPC.

O planejamento da gestão no SUAS

Bloco II – Informações, monitoramento e

acompanhamento no SUAS– Painel 1

Fernando Brandão

Conceito de Indicadores

Fenômenos sociais são complexos para serem interpretados e analisados;

Nossa percepção do fenômeno deve ser multidimensional;

Devemos procurar as várias dimensões analítica do problema e testar hipóteses até que se estabeleça uma teoria interpretativa;

O acompanhamento das dimensões determinantes pode ser facilitado pela mensuração dos fatores que as determinam.

Os indicadores constituem uma forma de simplificação e sintetização de fenômenos complexos ou de suas dimensões, por meio da sua quantificação.

Os Indicadores devem ser públicos, isto é, conhecidos e acessíveis a todos os níveis das instituições e da sociedade

Conceito de Indicadores:

Indicadores são os principais instrumentos (não os únicos) para verificar se os resultados foram satisfatórios ou insatisfatórios;

Busca traduzir, de forma mensurável, aspectos de uma realidade dada;

Não se pode Gerenciar o que não se pode medir! e quem quer medir tudo acaba não medindo nada;

Conceito de Indicadores:

Os indicadores nacionais serão instituídos pelo MDS. (NOB 2012, art.

27, §1º )

Serão incorporados progressivamente novos indicadores, na medida em que ocorrerem novas pactuações. (NOB 2012,

art. 27, §2º)

Uso de indicadores no SUAS:

Os indicadores que orientam o processo de planejamento para o alcance de metas de aprimoramento do SUAS serão apurados anualmente, a partir das informações prestadas nos sistemas oficiais de informações e sistemas nacionais de estatística (NOB 2012, Art. 27).

Uso de indicadores no SUAS:

O ID-SUAS

• Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios serão agrupados em níveis de gestão, a partir da apuração do Índice de Desenvolvimento do SUAS - ID SUAS, consoante ao estágio de organização do SUAS em âmbito local, estadual e distrital. (NOB 2012 – Art. 28)

– Este índice será composto por um conjunto de indicadores de gestão, serviços, programas,projetos e benefícios socioassistenciais.

• As prioridades e metas nacionais serão pactuadas a cada 4 (quatro) anos na CIT, com base nos indicadores apurados anualmente, a partir das informações prestadas nos sistemas de informações oficiais do MDS e sistemas nacionais de estatística. (NOB 2012, Art. 31)

Prioridades e metas nacionais

• O ID-CRAS é um indicador sintético que tem por objetivo sistematizar as características de funcionamento dos CRAS e é composto pela combinação dos seguintes Indicadores Dimensionais: Atividades realizadas; Horário de funcionamento; Recursos humanos e Estrutura física. O IDCRAS foi criado em 2008.

O ID-CRAS

Censo SUAS

• Importante base de dados para a criação de indicadores;

• Todos os municípios devem responder ao censo por meio do preenchimento de um relatório eletrônico

• Utiliza o método declaratório.

Censo SUAS

O planejamento da gestão no SUAS

Bloco II – Informações, monitoramento e

acompanhamento no SUAS– Painel 2

Fernando Brandão

Monitoramento e Avaliação

• Monitoramento: busca subsidiar os gestores com informações sintéticas, periódicas e tempestivas sobre a operação dos serviços, benefícios e programas (resumidas em painéis ou sistemas de indicadores de monitoramento);

• Avaliação: tem o propósito de subsidiar o gestor com informações mais aprofundadas e detalhadas sobre o funcionamento dos serviços, benefícios e programas (pesquisas de avaliação).

• Permite verificar se há desvios em relação ao planejado;

• Busca do “conhecer para atuar”, permite decidir correções de rumo no curto prazo;

• Subsidiar com informações tempestivas a tomada de decisão

Monitoramento

• O monitoramento do SUAS constitui função inerente à gestão e ao controle social, e consiste no acompanhamento contínuo e sistemático do desenvolvimento dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais em relação ao cumprimento de seus objetivos e metas.(NOB 2012 Art.99)

Monitoramento no SUAS

Realiza-se por meio da produção regular de indicadores e pela captura de informações:

I - in loco;

II - em dados provenientes dos sistemas de informação;

III - em sistemas que coletam informações específicas;

Monitoramento no SUAS

• Os indicadores de monitoramento visam mensurar as seguintes dimensões:

– I - estrutura ou insumos;

– II - processos ou atividades;

– III - produtos ou resultados.

Monitoramento no SUAS

• O modelo de monitoramento do SUAS deve conter um conjunto mínimo de indicadores que permitam acompanhar:

– I - a qualidade e o volume de oferta dos serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e especial;

– II - o cumprimento do Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferência de Renda;

– III - o desempenho da gestão de cada ente federativo;

– IV - funcionamento dos Conselhos de Assistência Social e das Comissões Intergestores.

(NOB 2012, Art. 101)

I - Censo SUAS;

II - Sistemas de registro de atendimentos;

III - Cadastros e sistemas gerenciais que integram o SUAS;

IV – Outros que vierem a ser instituídos e pactuados nacionalmente.

– Em âmbito estadual deve conjugar a captura e verificação de informações in loco e a utilização de dados secundários do sistema nacional ou provenientes dos próprios sistemas de informação estaduais.

– Em âmbito municipal deve capturar e verificar informações in loco, junto aos serviços prestados pela rede socioassistencial.

Fonte de informação

Passos para a estruturação do monitoramento:

Explicitação do desenho do programa por meio do modelo lógico;

Identificação e/ou construção de indicadores (principalmente de eficácia e efetividade);

Alimentação e análise dos indicadores;

Divulgação periódica de boletins.

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão utilizar a contratação de serviços de órgãos e instituições de pesquisa, visando à produção de conhecimentos sobre a política e o sistema de assistência social.

Avaliação no SUAS

A cargo da União:

I - continuas avaliações externas de âmbito nacional, abordando a gestão, os serviços, os programas, os projetos e os benefícios socioassistenciais;

II - estabelecer parcerias com órgãos e instituições federais de pesquisa;

Avaliação no SUAS

A cargo da União:

III - realizar, em intervalos bianuais, pesquisa amostral de abrangência nacional com usuários do SUAS para avaliar aspectos objetivos e subjetivos referentes à qualidade dos serviços prestados.

Avaliação no SUAS

A cargo dos Estados:

I - avaliações periódicas da gestão, dos serviços e dos benefícios socioassistenciais em seu território, visando subsidiar a elaboração e o acompanhamento dos planos estaduais de assistência social.

Avaliação no SUAS

A cargo dos Municípios e DF:

[...] poderão, sem prejuízo de outras ações de avaliação instituir práticas participativas de avaliação da gestão e dos serviços da rede socioassistencial, envolvendo trabalhadores, usuários e instâncias de controle social.

Avaliação no SUAS

O planejamento da gestão no SUAS

Bloco IV – Integração entre Plano de Assistência e

Orçamento Público– Painel 2

Fernando Brandão

O ciclo orçamentário é um processo contínuo no qual se discute, elabora, aprova, executa, controla, e avalia os programas e ações do setor público em seus aspectos físicos e financeiros.

Esse processo, definido pela CF, compreende o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA.

Ciclo Orçamentário

Em 2009, por meio da Lei Complementar N ̊ 131, introduziu-se no ciclo orçamentário o incentivo à participação popular e a realização de audiências públicas durante o processo de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.

Ciclo Orçamentário – Participação popular

LOAS - Art. 17 - § 4o Os Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competência para acompanhar a execução da política de assistência social, apreciar e aprovar a proposta orçamentária, em consonância com as diretrizes das conferências nacionais, estaduais, distrital e municipais, de acordo com seu âmbito de atuação, deverão ser instituídos, respectivamente, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, mediante lei específica. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)

Ciclo Orçamentário – Participação popular

• Os PPA´s são instrumentos de planejamento de médio prazo (quatro anos), estabelecem de forma setorizada as diretrizes, objetivos e metas. Elaborados no primeiro ano de um mandato, geralmente, incorporam o programa de governo vencedor nas eleições aos programas de duração continuada.

Ciclo Orçamentário – PPA´s

• A LDO é o instrumento norteador da elaboração da LOA, pois dispõe, para cada exercício financeiro, sobre: prioridades, metas, estrutura, organização, regras para elaboração, execução, revisão e outras diretrizes.

• A Lei de Responsabilidade Fiscal atribuiu à LDO a incumbência de tratar de matérias relacionadas ao equilíbrio fiscal dos orçamentos (metas, critérios, etc.).

Ciclo Orçamentário – LDO

• A LOA estima as receitas e fixa as despesas para cada exercício financeiro. De iniciativa do executivo, que elabora o PLOA – (Proposta de Lei Orçamentária Anual), as receitas e despesas são apresentadas, de forma estruturada e detalhada, à apreciação e posterior aprovação do Legislativo.

Ciclo Orçamentário – LOA

Ciclo Orçamentário – Clássico

Fortalecimento da relação democrática entre Estado

e Sociedade Civil

Matricialidade Sociofamiliar

Territorialização Controle social e

participação popular

Descentralização Político-administrativa

e comando único em cada esfera

Cofinanciamento

Primazia da responsabi- lidade do Estado

Política de recursos humandos

O que incluir no orçamento?

Ciclo Orçamentário – Assistência Social

Anual Plurianual

Orçamento

Não se resolverá todas as questões do SUAS em um único governo, serão necessários vários PPA´s (planejamento de médio prazo) ;

A implantação, implementação ou qualificação do SUAS transpassará vários governos;

O Orçamento da política de assistência social deve ter uma visão de longo prazo, norteada pelo “Plano de Assistência Social”, por acordos e pactos de gestão;

Uma visão sobre o orçamento da AS

A implantação e fortalecimento do SUAS requer etapas estrategicamente encadeadas e dispostas em cada um dos vários PPA´s que serão necessários;

A LDO deve ser utilizada como instrumentos para priorizar as ações decorrentes do planejamento de médio e longo prazo;

Estabelecer regras de execução (contingenciamento, prioridades de execução, suprir ausência de legislação específica ou normatização; etc).

Uma visão sobre o orçamento da AS

O planejamento da gestão no SUAS

Bloco IV – Integração entre Plano de Assistência e

Orçamento Público– Painel 3

Fernando Brandão

Organização do orçamento do fundo

(Relembrando o Painel 1 deste bloco) Os orçamentos públicos são organizados por:

função; subfunção; programas; unidades orçamentárias.

A organização das prestações do SUAS se dá a partir dos eixos:

Gestão,

Benefícios,

Serviços Socioassistenciais; e,

Controle Social.

(Resolução CNAS 33/2012)

Organização do orçamento do fundo

A Resolução CNAS No. 109/ 2009, estabeleceu os serviços nacionais necessários ao SUAS, bem como suas finalidades, provisões e resultados esperados.

Organização do orçamento do fundo

“Atribuição do Estado”. No caso da Assistência Social a Constituição Federal/88 estabelecem a obrigação do Estado em prestar a Assistência Social à família, à infância, a adolescências e à velhice, aos carentes e as pessoas com deficiência, dentre outras.

Função

A classificação da despesa pública na organização da Política de Assistência Social (função 08) e suas subfunções - Assistência ao Idoso (código 241); Assistência ao Portador de Deficiência (código 242); Assistência à Criança e ao Adolescente (código 243) e Assistência à Comunidade (código 244) - obedece ao mesmo padrão de formulação dada pela Constituição Federal, ou seja, o “conceito de vulnerabilidade em decorrência do ciclo de vida”.

Subfunção

Novas formulações teóricas apontam para a organização das ações do Estado na busca do fortalecimento da capacidade de proteção das famílias.

Estas formulações estão amplamente debatida na Resolução CNAS No. 145/2.004 – PNAS, sob o título de “Matricialidade-Sociofamiliar”.

Subfunção

Atualmente, a classificação funcional dos gastos públicos não captura os gastos voltados para a proteção social às famílias.

No âmbito federal, estes gastos são contabilizados sob o código 244 – Assistência à Comunidade. Acreditamos que seja este o código a ser utilizado pelos Estados e Municípios.

A assistência social à família, embora prevista no texto constitucional, não foi incluída como “subfunção” pela Portaria MPOG No. 422, 14/4/1999, que regulamenta este tema.

Existem serviços e prestações nos orçamentos públicos que têm como destinatários as crianças, os adolescentes, os idosos, e com certeza estes ainda hão de permanecer. Entretanto, temos de prover as alterações necessárias para contabilizar os gastos destinados à proteção à família.

FUNÇÃO SUBFUNÇÃO SUBFUNÇÃO PROPOSTA

08 - Assistência Social 241-Assistência ao Idoso 241-Não utilizar para o FMAS

242-Assistência ao Portador de Deficiência 242-Não utilizar para o FMAS

243-Assistência à Criança e ao Adolescente 243-Não utilizar para o FMAS

244-Assistência Comunitária 244-Assistência Comunitária

FUNCIONAL

Orçamento do Fundo de Assistência Social classificado por função e

subfunção

Dos programas e atividades:

São definidos por cada nível de governo, da forma mais adequada à solução dos seus problemas, desde que originária do plano plurianual.

A PNAS organizou a ação do Estado, no âmbito da assistência social, em quatro eixos primários – a proteção social (dividida em básica e especial), a vigilância social, a defesa social e institucional, e a organização da gestão.

Função Subfunção Programa

08-Assistência Social 244 -Assistência Comunitária 9999 - Gestão da Política de Assistência Social

9999 - Proteção Social Básica

9999 - Proteção Social Especial

9999 - Vigilância e Defesa Social - PNAS

Organização dos programas

Para orientar os executores - Estados e Municípios, e para que o Sistema SUAS constitua padrões de prestação de serviços o CNAS deliberou uma norma de abrangência nacional - Resolução CNAS No. 109/2009 – Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais.

A organização da estrutura funcional-programática deve reproduzir este padrão para que se atingir os objetivos.

Das atividades

Quanto aos benefícios, a Lei dispõe que sua concessão, execução e processamento são de responsabilidades do ente que instituir, sendo assim, a funcional-programática exige códigos atividades que contemplem sua execução e processamento.

Das atividades

Programa Atividades

9999 - Gestão da Política de Assistência Social 9999 - Manutenção e Estruturação da Rede de Proteção Social

9999 - Apoio ao Conselho Assistência Social

9999 - Financiamento da Rede Socioassistêncial

9999 - Benefícios eventuais

9999- Gestão do Programa Bolsa Família

9999 - Proteção Social Básica 9999- Serviço de Proteção e Atenção a Indivíduos e Famílias - PAIF

9999- Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

9999 - Proteção Social Especial 9999-Serviço de Proteção adolesc em cumprimento de medidas - LA e PSC

9999- Serviço de Proteção em situação de calamidade pública e emergências

9999 - Vigilância e Defesa Social - PNAS 9999- Monitoramento e Avaliação

9999- Gestão da Informação

Das atividades

As atividades dos Programas de Proteção Social Básica e Especial devem observar a tabela Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais aprovada pelo CNAS. A tabela que exibimos é apenas um exemplo.

Das atividades

Despesas com instâncias ou atividades de defesa de direitos: As despesas com manutenção das instâncias

de defesa de direito, por exemplo, Conselho M. dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho M. dos Idosos, Conselho M. da Mulher, etc., bem como as despesas com atividades de promoção de direito, “Dia do Índio, Dia do Idoso, Emancipação da mulher”, etc. não devem ser orçadas na função 08 – Assistência Social e sim na função 14 – Direito da Cidadania.

Unidades orçamentárias: A gestão da política de assistência social requer duas unidades orçamentárias. A primeira destinada a Secretaria de Assistência Social e a segunda destinada ao Fundo Municipal de Assistência Social. Assim propõe-se que as unidades orçamentárias sejam: 06.01 - Secretaria Municipal de Assistência Social

06.02 -- Fundo Municipal de Assistência Social

Unidades Orçamentárias

06 - Política de Proteção Social

O Planejamento da gestão do SUAS- Bloco V

Síntese do módulo II

Fernando Brandão

O Plano de Assistência Social materializa a função de planejamento no âmbito do SUAS;

Devemos planejar e projetar ações para cada um dos eixos estruturantes do SUAS, previsto na Norma operacional básica do sistema.

O Planejamento requer uma visão de futuro e ações sobre pessoas, culturas e infraestrutura de forma a atingir o futuro almejado;

A elaboração do Plano de assistência social é uma obrigação do órgão gestor da política;

O diagnóstico socioterritorial integra o plano de assistência social.

A estrutura e o método para se obter o planejamento no SUAS foi padronizado pela NOB/2012;

Exemplificamos algumas estratégias para se obter o Plano de Assistência Social local;

Conhecemos as ferramentas disponibilizadas pelo sistema SUAS para auxiliar o planejamento e a elaboração do Plano.

Conhecemos conceitos básicos de indicadores e como a NOB prevê o monitoramento do planejamento;

Apresentamos as estratégias para o aprimoramento da gestão no SUAS e utilização do planejamento como ferramenta indutora;

Aprendemos conceitos básicos de orçamento público, e;

A importância de se integrar o planejamento da política de assistência social com o orçamento público.

PLANEJAMENTO

ACOMPANHAMENTO

COOPERAÇÃO FEDERATIVA

PARTICIPAÇÃO SOCIAL

NOB 2012

Anual Plurianual

Orçamento