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O Evangelizador Ano XX - nº 230 - Agosto/2015 Paróquia São Benedito - Bauru/SP JESUS NOS CONVIDA A SEGUI-LO, CADA UM NA PRÓPRIA SITUAÇÃO EM QUE SE ENCONTRA, PARA QUE HAJA APENAS UMA SÓ VOCAÇÃO: A VOCAÇÃO À SANTIDADE. Caros filhos e filhas de São Benedito: Neste mês de agosto, celebramos, na Igreja, o mês vocacional, de modo especial, a vocação de Sacerdote, a vocação de Pai, a vocação de Religioso(a) e a vocação de Catequista. Todas estas vocações, que celebramos neste mês, são um chamado de Deus para o serviço da Igreja e edificação de seu Reino de amor e salvação entre nós. Também destacamos, nesta edição, que celebramos a família, que é a fonte de todas as vocações, pois, é na família que são gerados bons cristãos, que posteriormente venham a responder com um “sim” ao chamado que Deus faz a cada um. Para tomarmos consciência da beleza de cada vocação e assumirmos cada um de nós o chamado que Deus nos faz, apresento alguns textos nesta edição que nos ajudarão a compreender, respeitar, e rezar, para que o Senhor suscite, em nosso meio, pessoas generosas e comprometidas! Padre Gustavo Henrique Crepaldi - Pároco Ser Pai é uma Vocação e Dom A importância da figura paterna na vida de uma pessoa acontece de diferentes formas em cada fase da vida. Pensando nos aspectos psicológicos, podemos enumerar diversas situações de importância. Freud, em seus estudos, escreveu:“Não posso pensar em nenhuma necessidade da infância tão forte como a necessidade da proteção de um pai”. Isso nos leva a pensar em quão necessário ele se faz na vida de uma pessoa. A forma de relacionar-se dos pais com os filhos difere-se, claro, do papel materno. A gestação é da mãe, mas a presença física, carinhosa, afetiva, representa os primeiros processos amorosos na relação pai-filho e, certamente, quando bem vivida, dá à mãe maior estabilidade emocional, sentimento de ser acolhida e apoiada nesta bonita fase de sua vida. A figura paterna presente, segundo estudos, sugere melhor desenvolvimento cognitivo e social na aprendizagem e na integração com as outras pessoas. Claro que este não é um fator decisivo, mas é importante. Em geral, o pai é a primeira pessoa que ajudará o bebê a desvincular-se do colo da mãe e estar com outras pessoas. Muitas pessoas relatam a “falta do pai, a ausência”, a dor de não ter tido o amor do pai ou mesmo o fato deste não estar com a família. É certo que muitas famílias contam com o pai como provedor de recursos aos filhos e nem sempre fica claro para eles o quanto o pai também ama desta maneira. Em quais aspectos a figura paterna pode auxiliar um filho? Em uma vida emocional equilibrada, no crescimento de sua autoconfiança - quando reconhecida suas capacidades e incentivado a tomar atitudes - , a viver bem os aspectos de limites, de ganhar e perder, e com isso saber lidar com frustrações, no respeito às autoridades, bem como na percepção de seu papel na sociedade. “Quanto maior é a participação e o envolvimento do pai no crescimento e na educação da criança, melhor é a qualidade da relação que se estabelece entre ambos.” (Pupo, I). Claro que os papéis de pai e mãe nem sempre são representados pelos pais biológicos por diversos motivos, mas é a partir de figuras que ocupem este lugar e sejam responsáveis por este filho, que a criança ou adolescente poderá, de forma saudável, explorar o mundo, encontrar apoio e perceber-se confiante quanto a si mesmo ou mesmo com relação às pessoas que estão ao seu redor, favorecendo sua relação com o mundo. Amor é o nome do vínculo que muda a história de um homem ao assumir seu papel como pai; em meio às incertezas, aos medos, às expectativas, e também às alegrias, à união familiar e aos relacionamentos positivos, os pais favorecerão, independente da condição da família, o melhor para seus filhos, que, claro, não chegam com “manual de instrução”. No entanto, a força desse amor de doação permitirá que as alegrias possam ser muito mais valorizadas que as dificuldades. Ser pai é vocação e dom, um presente que cada um de vocês, pais, receberam. É uma missão árdua, cheia de preocupações, certamente, mas, acima de tudo, cheia de conquistas, alegrias, vivência, cuidado, amor e vida. Parabéns, pai! www.diocesedecoxim.org.br

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Page 1: O Evangelizador · 2015. 8. 2. · O Evangelizador Ano XX - nº 230 - Agosto/2015 Paróquia São Benedito - Bauru/SP JESUS NOS CONVIDA A SEGUI˜LO, CADA UM NA PRÓPRIA SITUAÇÃO

O EvangelizadorAno XX - nº 230 - Agosto/2015 Paróquia São Benedito - Bauru/SP

JESUS NOS CONVIDA A SEGUI-LO, CADA UM NA PRÓPRIA SITUAÇÃO EM QUE SE ENCONTRA, PARA QUE HAJA APENAS UMA SÓ VOCAÇÃO:

A VOCAÇÃO À SANTIDADE.

Caros fi lhos e fi lhas de São Benedito:

Neste mês de agosto, celebramos, na Igreja, o mês vocacional, de modo especial, a vocação de Sacerdote, a vocação de Pai, a vocação de Religioso(a) e a vocação de Catequista. Todas estas vocações, que celebramos neste mês, são um chamado de Deus para o serviço da Igreja e edifi cação de seu Reino de amor e salvação entre nós.

Também destacamos, nesta edição, que celebramos a família, que é a fonte de todas as vocações, pois, é na família que são gerados bons cristãos, que posteriormente venham a responder com um “sim” ao chamado que Deus faz a cada um.

Para tomarmos consciência da beleza de cada vocação e assumirmos cada um de nós o chamado que Deus nos faz, apresento alguns textos nesta edição que nos ajudarão a compreender, respeitar, e rezar, para que o Senhor suscite, em nosso meio, pessoas generosas e comprometidas!

Padre Gustavo Henrique Crepaldi - Pároco

Ser Pai é uma Vocação e DomA importância da fi gura paterna

na vida de uma pessoa acontece de diferentes formas em cada fase da vida. Pensando nos aspectos psicológicos, podemos enumerar diversas situações de importância. Freud, em seus estudos, escreveu: “Não posso pensar em nenhuma necessidade da infância tão forte como a necessidade da proteção de um pai”. Isso nos leva a pensar em quão necessário ele se faz na vida de uma pessoa.

A forma de relacionar-se dos pais com os fi lhos difere-se, claro, do papel materno. A gestação é da mãe, mas a presença física, carinhosa, afetiva, representa os primeiros processos amorosos na relação pai-fi lho e, certamente, quando bem vivida, dá à mãe maior estabilidade emocional, sentimento de ser acolhida e apoiada nesta bonita fase de sua vida. A fi gura paterna presente, segundo estudos, sugere melhor desenvolvimento cognitivo e social na aprendizagem e na integração com as outras pessoas. Claro que este não é um fator decisivo, mas é importante. Em geral, o pai é a primeira pessoa que ajudará o bebê a desvincular-se do colo da mãe e estar com outras pessoas.

Muitas pessoas relatam a “falta do pai, a ausência”, a dor de não ter tido o amor do pai ou mesmo o fato deste não estar com a família. É certo que muitas famílias contam com o pai como provedor de recursos aos fi lhos e nem sempre fi ca claro para eles o quanto o pai também ama desta maneira.

Em quais aspectos a fi gura paterna pode auxiliar um fi lho? Em uma vida emocional equilibrada, no crescimento de sua autoconfi ança - quando reconhecida suas capacidades e incentivado a tomar atitudes - , a viver bem os aspectos de limites, de ganhar e perder, e com isso saber lidar com frustrações, no respeito às autoridades, bem como na percepção de seu papel na sociedade. “Quanto maior é a participação e o envolvimento do pai no crescimento e na educação da criança, melhor é a qualidade da relação que se estabelece entre ambos.” (Pupo, I).

Claro que os papéis de pai e mãe nem sempre são representados pelos pais biológicos por diversos motivos, mas é a partir de fi guras que ocupem este lugar e sejam responsáveis por este fi lho, que a criança ou adolescente poderá, de forma saudável, explorar o mundo, encontrar apoio e perceber-se confi ante quanto a si mesmo ou mesmo com relação às pessoas que estão ao seu redor, favorecendo sua relação com o mundo.

Amor é o nome do vínculo que muda a história de um homem ao assumir seu papel como pai; em meio às incertezas, aos medos, às expectativas, e também às alegrias, à união familiar e aos relacionamentos positivos, os pais favorecerão, independente da condição da família, o melhor para seus fi lhos, que, claro, não chegam com “manual de instrução”. No entanto, a força desse amor de doação permitirá que as alegrias possam ser muito mais valorizadas que as difi culdades.

Ser pai é vocação e dom, um presente que cada um de vocês, pais, receberam. É uma missão árdua, cheia de preocupações, certamente, mas, acima de tudo, cheia de conquistas, alegrias, vivência, cuidado, amor e vida.

Parabéns, pai!

www.diocesedecoxim.org.br

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De 3ª à 6ª feira: 8h - 12h / 13h - 17hSábado: das 8h às 12h

TERÇA-FEIRA À SEXTA: 7h na Capela N. S. PenhaPrimeira SEXTA-FEIRA: 16h na matriz, Missa do Sagrado CoraçãoQuarta TERÇA-FEIRA: 20h na matriz, Missa Carismática pela Ressurreição e Paz nas FamíliasSÁBADO: 18h na matrizDOMINGO: 7h, às 10h e às 19h na matriz2º domingo do mês: Missa dos Dizimistas /4º domingo do mês: Missa das Capelinhas e logo após, Adoração ao SantíssimoSÁBADO: 19h30 na Capela N. Sra. Penha – Rua Siqueira Campos, 4-85 – Vl. SoutoDOMINGO: 8h30 na Capela N. Sra. de Lourdes – Rua Carlos de Campos, 14-46 – Vl. Giunta.

Horário de atendimentoda secretaria paroquial

Horário das Missas

Seminarista Murilo Bernardes é transferido de Paróquia.

Terceiro Sábado: 19h30 na matriz, Noite Carismática, com o seminarista Wilson

Há seis meses, a família de São Benedito passou por uma grande mudança na sua História. Iniciava-se assim uma nova fase, novos desafi os e também novas amizades. E a divina providência estava certa em tudo isso.

Junto com essas novidades que Deus preparou com muito carinho, uma foi o seminarista Murilo Bernardes. Chegou meio tímido, mas logo conquistou toda a comunidade e a comunidade o conquistou, realmente passou a fazer parte da Família de São Benedito.

Murilo sempre estava disposto a ajudar o próximo, seja com uma palavra amiga, um conselho ou até com a “mão na massa nas quermesses”, ele não fi cava parado, no

que era preciso estava auxiliando. Um seminarista inteligente que possui um grande conhecimento em liturgia e sempre

dedicado aos estudos. Isso podia ser percebido nitidamente através do curso que ministrava para os coroinhas. Era nítido o carinho, amor e felicidade que tinha em nossa comunidade; certamente passou a sentir-se em casa todos os fi nais de semana.

É com dor no coração que nos despedimos de você; saiba que somos gratos por todo o trabalho desenvolvido em nossa comunidade. Foi pouco o tempo que passou conosco, porém o sufi ciente para marcar a nossa História.

Que, nesta nova fase da sua vida, você seja sempre iluminado por Deus e que Maria Santíssima esteja sempre a sua frente para guiar as suas decisões; que o seu caminho seja sempre cheio de alegrias, vitórias e muitas bênçãos. Saiba que poderá contar conosco sempre, afi nal, uma vez família de São Benedito para sempre Família de São Benedito.

Que você leve em seu coração tudo que aprendeu, vivenciou e as amizades conquistadas aqui por toda a sua vida, que este tempo em que permaneceu conosco tenha te deixado um seminarista cada vez mais apaixonado pelo seu chamado e seu trabalho pastoral.

Deus tem um plano de amor muito lindo para a tua vida e ele estará sempre contigo para te dar força e sabedoria para guiar a tua vocação. Que você possa continuar sendo esta pessoa que está sempre em favor do próximo e, principalmente, que exerce o seu trabalho com alegria e sabedoria.

Que São Benedito ilumine seus passos e obrigado por tudo que fez para nós.

PASCOM - São Benedito

Alegre celebração na matrizDomingo, 19 de julho, missa principal da semana; cenário: Matriz de São Benedito. Para alegria

de todos aqueles que se dedicam a sua paróquia, aqueles que verdadeiramente são a grande Família de São Benedito, tivemos a celebração realizada pelo padre Guilherme Marcon Arantes.

Guilherme, hoje, está na paróquia de São Sebastião na cidade de Painel (SC), depois de uma passagem por Lages, também em SC; é fi lho de Bauru e, mais precisamente, de nossa Vila Falcão.

Cresceu dentro da Família de São Benedito e aqui teve a continuação da educação cristã, tão bem ministrada pelos pais João Artur e Silvana. No decorrer de sua caminhada de Igreja, chamou a atenção de nosso saudoso padre Carlos Antonio Pessoa, que o inquiriu sobre a possibilidade de “entrar para o seminário” ... Dilema imenso na cabeça de qualquer jovem, mas o convite não foi feito por acaso; Pe. Carlos, com a visão profunda de pastor conhecedor de seu rebanho, viu ali despontando uma vocação para a vida consagrada. Mais adiante, teve na pessoa de Pe. Pedro Jorge também o apoio para continuar a caminhada.

Agora em férias de sua paróquia e visitando sua terra, fez questão de relembrar de ambos, quando anunciou em sua página de uma rede social que celebraria na São Benedito. Agradeceu ao nosso pároco, Pe. Gustavo Henrique Crepaldi, seu contemporâneo de seminário, a oportunidade de celebrar na casa que o viu nascer para o sacerdócio.

Padre Guilherme, receba de todos nós da família de São Benedito os votos de feliz estada entre nós e junto aos seus, e que sempre o iluminem as luzes do Senhor, fazendo com que seu caminhar seja de exemplo cristão. Volte sempre à sua casa!

Paz e Bem, meu amigo!

PASCOM - São Benedito

Seminarista Murilo Bernardes

uma grande mudança na sua História. Iniciava-se assim uma nova fase, novos desafi os e também novas amizades. E a divina providência estava certa em tudo isso.

muito carinho, uma foi o seminarista Murilo Bernardes. Chegou meio tímido, mas logo conquistou toda a comunidade e a comunidade o conquistou, realmente passou a fazer parte da Família de São Benedito.

Retiro para homensSob o lema “Famílias Novas para um

Mundo Novo”, nossa paróquia foi palco de dois dias de oração (18 e19 de julho), recolhimento e aquele deserto para nos aproximarmos mais do Criador, coordenados pelo criador da Comunidade Famílias Novas, da nossa vizinha cidade de Agudos, Wilson Rossi Gabriel.

O trabalho do grupo é levado a todo o Brasil e exterior, tendo como objetivo ser Igreja Doméstica, procurando fazer com que as famílias reencontrem seu verdadeiro rosto e sentido cristão. Na São Benedito, tivemos a inscrição de cerca de 31 homens, tendo realizado o retiro, 26 deles.

Para o cristão, esse tempo de refl exão e introspecção serve também para que nos aproximemos de nós mesmos e, por extensão, nos aproximemos do Criador, descobrirmos nossa força interior e sentir que ela vem Dele!

PASCOM - São Benedito

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Ser padreJesus deixou-nos a Igreja, Povo de Deus

que caminha neste mundo; “O Senhor Jesus iniciou sua Igreja pregando a boa nova do Reino de Deus...” (LG n. 5). Na Igreja, temos vários carismas e vocações para múltiplas tarefas, que constroem na caridade um novo mundo possível: o Reino de Deus, que tem início aqui e se consuma na eternidade. Um destes carismas é o serviço sacerdotal. Ser padre é uma vocação para o serviço. Ser para a comunidade um sinal (sacramento) da presença de Jesus bom pastor no meio de seu povo.

Este ser sinal de Jesus Cristo é uma vocação, é uma tarefa importante e necessária para o crescimento da Igreja e consequentemente do Reino de Deus, a serviço do qual está a Igreja. Esta missão deve ser assumida com grande humildade, discernimento e determinação. Ser padre é antes de tudo um serviço de amor. Este serviço de amor é uma doação desinteressada, que não tem como objetivo a projeção de si mesmo, nem o lucro pessoal. “Há mais alegria em dar que em receber.” (At 20, 35).

Este serviço do padre é sinalizado na “caridade pastoral”, a qual se caracteriza pelo conhecimento das ovelhas. Isto não significa conhecer todas as pessoas da paróquia, mas saber e estar consciente de suas dores, angústias, preocupações e alegrias. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas, não se preservando, dando tudo, até mesmo o tempo que sobra. O bom pastor busca as ovelhas desgarradas. Não se trata, creio eu, de ir bater à porta das casas, mas ser uma presença visível e acessível para todos.

A condição para isso, nós sabemos, está na intimidade com Jesus Cristo. É Ele que dá força e sustento em meio às dificuldades e contratempos, que sobrevêm no exercício do ministério. Pois não se pode esquecer que a escolha dos apóstolos é para, em primeiro lugar, “estar com Ele” (cf. Mc 3, 14).

No início deste mês de agosto, no qual celebramos o padroeiro dos padres, o Santo Cura d´Ars, rezemos pelos nossos padres. Procuremos ajudá-los a viver esta sublime vocação a que foram chamados.

Dom Pedro Carlos Cipollini

A Importância da FamíliaO relato de São João sobre as bodas de Caná (Cap.2,1-11) mostra claramente como Jesus valoriza

a família. Foi o seu primeiro milagre, abençoando, com sua presença, os noivos, que pretendiam iniciar uma nova família. Ele quis iniciar o anúncio do Reino em um casamento, mostrando que a família é importante para Ele. A família é a base, o esteio, o sustento de uma sociedade mais justa. Ao longo da História da Humanidade, assistimos à destruição de nações grandiosas por causa da dissolução dos costumes, que foi motivada pela desvalorização da família. No nosso mundo de hoje, depois que ficou liberado o divórcio indiscriminadamente, a família ficou ameaçada em sua estrutura e é por isto que vemos, através dos meios de comunicação e até na comunidade em que vivemos, cenas terríveis. Filhos drogados matam ou mandam matar os pais, pais matam filhos por motivos fúteis, mães se desfazem de seus bebês, quando não cometem o crime hediondo do aborto, em que a criança não tem como se defender. Há problemas seríssimos. Quando os pais se separam, alguma coisa se parte no íntimo dos filhos. Eles não sabem se é melhor ficar com o pai ou com a mãe. No fundo, eles gostariam de ficar com os dois. Em paz e harmonia, é claro.

O amor está sendo retirado do coração dos homens e das mulheres. E, em consequência disto, a família está perdendo a sua unidade e a sua dignidade. Isto acarreta a dissolução dos costumes. A família decai e a sociedade decai. Precisamos compreender e nos lembrar sempre de que Deus nos deu uma família a fim de que, num âmbito menor, nós pudéssemos aprender a amar todos os nossos semelhantes. O desenvolvimento tecnológico tem seus pontos benéficos. Facilitou a vida das pessoas. Mas facilitou de tal modo que a humanidade ficou mal acostumada. Só quer o que é fácil. Não se interessa pelo que exige esforço, luta. No entanto, o que conquistamos com esforço tem um sabor muito melhor. Parece que nos esquecemos disto. Na passagem das bodas de Caná, Jesus transformou a água em vinho, em bom vinho. Ele poderia ter tirado o vinho do nada, mas Ele quis a participação humana. Por isto, mandou que enchessem as talhas de água. Hoje também, Ele quer que nós enchamos a talha de nossa vida, a nossa existência, de água que Ele transformará no melhor vinho. Que é que isto quer dizer? Quer dizer que precisamos colocar amor em nossa vida, em nossa família, para que Ele transforme esse amor humano em amor divino, o mesmo amor que une as pessoas da Santíssima Trindade e que é tão grande e tão repleto de felicidade, que extravasa, explode e quer ser espalhado entre nós. E é por meio dele que encontraremos a plenitude da felicidade.

Não é fácil cultivar o amor, às vezes, é até difícil. Mas o difícil, quando conquistado, tem um valor inestimável. Temos prova disto. Em uma competição esportiva, por exemplo, o vencedor fica mais satisfeito quando enfrenta adversários mais difíceis. Viver em família, viver em união dentro da família não é fácil. Mas fácil não é sinônimo de bom. Talvez seja até o contrário. A família precisa de amor, para ser bem estruturada. A sociedade precisa das famílias para realizar a justiça e a paz porque a sociedade é uma família amplificada. Falta o vinho para as nossas famílias. Esse vinho é o amor. É preciso que cada membro da família se esforce. Que os pais assumam verdadeiramente o seu papel. Apesar de ser bem árdua a tarefa dos pais, no mundo de hoje, não se pode desanimar. É necessária e urgente a ação dos pais. O jovem é, por natureza, rebelde, quer ser independente. Desperta para o mundo e seus problemas e questiona tudo. Mas os pais precisam participar de sua vida, de uma maneira ou de outra, porque, mesmo errando, algumas vezes, ainda assim, os pais têm capacidade de orientar e ajudar os filhos. Não podemos deixar tudo por conta dos companheiros, da escola, da sociedade ou de sua própria solidão. Os pais devem fazer o acompanhamento dos filhos, procurar saber o que está acontecendo com eles, tentar ajudar de várias maneiras: com orientações, com atitudes exemplares, com o diálogo, com orações. Sempre. Tanto em casa, como na escola, na vida religiosa e social, nos namoros, etc.

Muitas vezes, os pais se sentem impotentes. Muitas vezes, achamos que já fizemos tudo e que nada conseguimos. Entretanto, esforçando-nos ao máximo, dando o melhor de nós por uma família mais feliz, estaremos enchendo de água a nossa talha.

E Maria já estará falando com o Filho: “Eles não têm vinho.” E Jesus virá nos transformar, transformar a nossa água em bom vinho, transformar a nossa dificuldade em vitória.

Dom Eurico de Miranda

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EXPEDIENTE: Pároco: Pe. Gustavo Henrique Crepaldi · Jornalista Responsável: Sérgio Purini - MTB 32587 · Conselho Editorial: Pastoral da Comunicação da comunidade de São Benedito · Impressão: Superia Gráfi ca - Tel.: (14) 3100-2002 · Tiragem: 1.300 exemplares · Endereço Paroquial: Pça. Epitácio Pessoa, 3-80 - Vila Falcão - Bauru/ SP - CEP 17050-750 - Tel.: (14) 3223-3034 · E-mail: [email protected] · Site: www.paroquiasaobeneditobauru.org.br · Artigos e fotos para publicação, favor enviar até o dia 15 de cada mês para o e-mail: [email protected]

Agosto: Mês VocacionalVocação é uma palavra de grande expressão em nossos

dias. Quando salientamos que alguém tem vocação, afi nal o que queremos dizer? A palavra vocação vem do verbo latino “vocare” (=chamar), ou seja, vocação signifi ca chamado. Chamado de Deus.Se há alguém que chama, deve haver outro que escuta a resposta.

Todos nós somos chamados a participar, com nossos dons e talentos, na edifi cação do Reino. A vocação é a forma mais linda de estar nos caminhos de Deus, seja no chamado à vida em família (Igreja Doméstica), religiosa ou à vida em comunidade. Deus quis precisar de nós neste mês dedicado especialmente ao serviço à Igreja de Cristo. Tenhamos consciência de que o Reino de Deus se faz pela providência infi nita do Pai, mas também com a participação de cada um de nós.

O mais emocionante neste chamado é saber que, mesmo Deus não precisando de nossa ajuda, ele quis precisar de nós, quis contar conosco. Vocação é seguir um ideal em nossa vida e

o nosso ideal é agir como Deus nos ensina e fala ao nosso coração. Que, neste mês, possamos refl etir sobre a importância do nosso chamado vocacional, descobrindo o nosso papel e compromisso com a Igreja e com a sociedade, fazendo

com que sejamos sempre ativos, vivenciando o nosso chamado no dia a dia.

Oração vocacional:Senhor da messe e Pastor do rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me!” Derrame sobre nós teu

Espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a Missão.

Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que desejam dedicar-se ao Reino na diversidade dos ministérios e carismas. Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores. Sustenta a fi delidade de nossos bispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas e ministros leigos e leigas. Dá perseverança a todos os vocacionados. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor da messe e Pastor do rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo. Maria, mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM. Amém.

PASCOM - São Benedito