o ambiente e as doenças do trabalho
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O ambiente e as doenças do trabalho (Monografia)
Segurança do trabalho: quedas em andaimes na construção civil (Monografia)
Confiabilidade dos sistemas de prevenção contra incêndio (Monografia)
ACIDENTE DE TRABALHO
Causas do Acidente de Trabalho
Minimizando os riscos poluentes nas indústrias de cimento
Como se originam ruídos e poeiras nas indústrias de cimento?O processo de fabricação do cimento é feito através da exploração das matérias-primas de uma pedreira, as quais devem conter, em determinadas proporções, calcário, argila, minério de ferro e gesso.
Ao extrair a pedra, habitualmente através de explosivos, procura-se obter blocos com dimensão inferior a 0,5 m3(meio metro cúbico).
Em seguida, passa por um britador para obter um material com dimensão inferior a 90 mm. Nesse processo, procura-se atingir uma mistura de materiais extraídos próxima da composição química desejada.
Britagem (Fonte: http://www.secil.pt)
Após as fases de exploração da pedreira e britagem do material, ocorre uma moagem, denominada “moagem de cru”. A sua função é reduzir as matérias a uma finura elevada e fazer as correções químicas necessárias à composição pretendida.
Após a moagem de cru vem a operação de cozedura, através da qual surge, por reações químicas complexas, um produto granulado denominado clínquer.
A etapa seguinte é a moagem de cimento, alimentada com clínquer (95%) e gesso (5%), onde se procura uma finura em função da classe de resistência pretendida para o cimento. Por último vem a ensilagem, a embalagem e a expedição. Em resumo, o processo de produção do cimento é caracterizado por fases com índices elevados de ruído e poeiras, que podem afetar de maneira prejudicial o trabalhador sem proteção adequada.
De onde surgem os gases poluentes da produção de cimento?
A produção de cimento consome muito combustível. Geralmente utiliza-se uma combinação de diversos produtos como óleo, coque de petróleo e resíduos industriais. Cerca de 7% das emissões de CO2 (gás carbônico) no planeta são decorrentes da produção de cimento, devido
à combustão e ao processo de descarbonatação da matéria-prima.
Em outras condições, este tipo de combustível poderia emitir altas concentrações de substâncias extremamente tóxicas (tais como dioxinas e furanos) devido à queima incompleta. Por outro lado, o calcário e a cal, contidos na mistura, possuem a característica de reagir com o enxofre proveniente dos combustíveis, evitando maiores emissões de óxidos de enxofre na atmosfera e prevenindo, por exemplo, a ocorrência de chuva ácida.
O cimento pode causar mal à saúde do consumidor?
Sim, o cimento pode causar alergia em algumas pessoas, as chamadas “dermatites", assim como alguns problemas respiratórios, tanto aos usuários quanto às pessoas que vivem perto das fábricas de cimento.
Recomenda-se que o contato direto com a pele seja evitado, através do uso de equipamentos de proteção individual (luvas, máscaras, botas). Quando for inevitável ou acidental deve-se evitar o contato prolongado, realizando-se a limpeza com auxílio de água e sabão.
No caso do aparecimento de reação alérgica bem como ingestão ou inalação, deve-se afastar a pessoa do contato com o cimento e procurar auxílio médico.
Tanto a fiscalização vigente como a população e, também as pessoas que trabalham, direta ou indiretamente, com o cimento (fábricas, comércio e construções), devem estar atentas ao lidar com o cimento portland, oriundo de unidades que queimam resíduos em fornos de clínquer, pois podem estar lidando com um cimento fora dos padrões de qualidade ambiental esperados, face à possibilidade de incorporação dos contaminantes dos resíduos à matriz cimento ao considerar as cinzas dos combustíveis alternativos.
Como a queima de resíduos durante a fabricação pode contaminar o cimento?
As fábricas de cimento no passado utilizavam óleo combustível, carvão mineral e/ou vegetal para suprir suas necessidades energéticas. A partir da década 80 e 90, visando à redução de combustíveis fósseis e o incentivo ao uso de combustíveis alternativos, houve uma intensificação no uso de resíduos orgânicos renováveis (bagaço de cana, palha de arroz). Entretanto, esta indústria deve estar atenta quanto à toxicidade e a possível contaminação ambiental e humana, pois dependendo da origem deste combustível alternativo os riscos ambientais aumentam e também comprometem a qualidade do cimento produzido.
A aplicação de uma Educação Ambiental adequada significa esclarecer e alertar para a possibilidade de contaminações, seja de cimentos nacionais ou importados, provenientes das rotas de fabricação, muitas das vezes desconhecidas, onde os combustíveis alternativos podem ser fontes permanentes não declaradas de contaminações ambientais e do próprio cimento produzido.
Qual é o impacto ambiental da produção de cimento?
A indústria de cimento apresenta elevado potencial poluidor. Em todas as etapas do processo há acentuadas fontes de poluição.
Os níveis e as características das emissões dos poluentes dependem das características tecnológicas e operacionais do processo industrial, em especial:
Dos fornos rotativos de clínquer; Da composição química e mineralógica das matérias-primas; Da composição química dos combustíveis empregados; Da marcha operacional dos fornos de clínquer; Da eficiência dos sistemas de controle de emissão de poluentes instalados.Quais são os poluentes primários emitidos no processo de fabricação de cimento?
Material particulado; Dióxido de carbono; Óxidos e enxofre; Óxidos de nitrogênio.Segundo o órgão ambiental norte-americano, a fabricação de cimento está entre as maiores fontes de emissão de poluentes atmosféricos perigosos, dos quais se destacam:
As dioxinas e furanos; Os metais tóxicos como mercúrio, chumbo, cádmio, arsênio, antimônio e cromo; Os produtos de combustão incompleta; Os ácidos halogenados.Os metais pesados contidos nas matérias-primas e combustíveis, mesmo em concentrações muito pequenas, devido a sua volatilidade e ao comportamento físico-químico de seus compostos, podem ser emitidos na forma de particulado ou de vapor através das chaminés das fábricas
Que medidas são adotadas no controle da poluição das fábricas de cimento?
Para o controle da poluição gerada na fabricação de cimento foram estabelecidos padrões de emissão para material particulado, metais pesados, cloretos, monóxido de carbono, dioxinas e furanos.
De forma geral, o material particulado proveniente dos fornos, moinhos e resfriador de clínquer são direcionados para chaminés e retidos em coletores com ciclone, filtros de manga e precipitadores eletrostáticos.
As medidas de controle para a redução da emissão de poeiras fugitivas nas áreas de mineração e na área industrial são o abatimento dos particulados por aspersão de água e o enclausuramento das áreas de estocagem e beneficiamento de materiais, com a instalação de sistemas exaustores e de filtros coletores de pós, além da pavimentação e da varrição das vias de circulação de veículos.
Na maioria das plantas de clinquerização (fabricação do Clínquer), entretanto, não são instalados equipamentos para o controle da emissão de gases de combustão, vapores de sais metálicos ou outras substâncias perigosas originadas no processo de clinquerização.
Onde se manifestam os riscos da fabricação do cimento?
É fonte de risco todo o circuito do processo de fabricação de cimento a:
Mineração e o beneficiamento do calcário; Homogeneização e moagem das matérias-primas; Fabricação do clínquer; Moagem, ensacamento e expedição do cimento.Nesta rota há emissão de material particulado, constituído por:
Matérias-primas; Clínquer e cimento; De vapores de sais metálicos; De gases formados no processo de combustão; Além das emissões fugitivas geradas em vários pontos da planta industrial.A propagação do risco continua com o próprio uso final do cimento.
Que riscos estão associados ao uso e às etapas de fabricação do cimento?
De forma sintética, podem-se associar os riscos às seguintes etapas da cadeia de fabricação e uso do cimento:
1ª. Geração, manipulação, embalagem e transporte do resíduo, da fonte geradora até a porta da fábrica de cimento ou para a unidade de preparação de blends (Brends: Combustíveis utilizados em todo plano de queima de cada forno, para cada ciclo produtivo);
2ª. Preparação dos resíduos e blends;
3ª. Fabricação e despacho do cimento;
4ª. Utilização do cimento.
Na etapa de geração e transporte do resíduoda fonte geradora até a entrada do material no forno, por exemplo, há riscos de acidentes com vazamento ou derramamento de materiais perigosos; há riscos de emissão de substâncias voláteis, quando presentes na massa do resíduo, ou de poeiras geradas nas eventuais operações de pré-tratamento (moagem e mistura). Se o resíduo é inflamável, há risco de incêndio e explosão, com formação de nuvens de poluentes atmosféricos perigosos. Os cenários das consequências prováveis serão contaminação do solo e das águas, poluição do ar, danos à fauna e à flora, intoxicação de trabalhadores e de populações.
Nesta etapa, há participação direta de trabalhadores na realização das atividades, de onde se conclui: as pessoas envolvidas (motoristas ou seus ajudantes) ou se encontram na indústria
geradora do resíduo ou dentro das fábricas de cimento (planta cimenteira), mas todas elas estão sujeitas aos riscos de contaminação pela exposição às substâncias perigosas do resíduo, seus vapores e particulados, e, portanto, ao desenvolvimento de doenças ocupacionais.
Quais são os projetos existentes para minimizar os riscos das indústrias de cimento?
A sustentabilidade das atividades econômicas tem-se mostrado um dos principais desafios enfrentados pela humanidade neste século. A indústria de cimento vem participando de projetos voltados ao uso racional dos recursos naturais ou à recuperação do meio ambiente. Essas ações visam, basicamente, satisfazer necessidades técnicas e sócio-econômicas, porém sem comprometer a qualidade de vida da população atual ou das futuras gerações, a saber:
Aperfeiçoamento do processo produtivo; Maior eficiência na alimentação de forno; Automação de ensacadeira; Instalação de novos filtros, Cuidados no manuseio de combustíveis (exemplo: coque de petróleo) e matérias-primas; Modernização do processo de paletização e dos silos de cimento; Redução do consumo de matérias-primas e de energia; Reaproveitamento de resíduos de outros setores; Silo fechado para clínquer; Sistemas de despoeiramento e de controle ambiental; Sistema interno de avaliação e de gestão ambiental; Urbanização do parque industrial; Certificação ISO 14001; Manual de instrução sobre segurança e saúde no manuseio de cimento Portland (Fispq); Criação e manutenção de unidades de conservação, de reservas ecológicas e de reservas
particulares do patrimônio natural (RPPN); Levantamento de flora e fauna; Manutenção da biodiversidade; Produção e doação de mudas de espécies nativas; Projetos de reflorestamento, proteção do patrimônio espeleológico (cavernas); Mapeamento hidrológico e proteção dos recursos hídricos; Conservação do solo; Obras de drenagem; Construção de cortina vegetal antirruído: As áreas florestadas ao redor das minas ajudam
a diminuir as emissões de ruído para a vizinhança, pois as matas funcionam como uma cortina vegetal.
Que iniciativas são efetivamente apresentadas pelas indústrias de cimento para um desenvolvimento sustentável do setor?
Na condição de braço técnico da indústria do cimento, a ABCP (Associação Brasileira do Cimento Portland) vem pesquisando soluções que permitam melhorar e proteger o meio ambiente em todos os níveis operacionais das fábricas.
O papel da indústria do cimento, como grande alternativa ambiental para a disposição de resíduos, vem sendo reconhecido, através da participação em grupos de trabalho com agências ambientais, em nível federal e estadual, no processo de normalização do uso de
resíduos industriais pela indústria do cimento.
A responsabilidade ambiental e social levou esta entidade a ser convidada a integrar, como membro-colaborador, o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), entidade formada por mais de 170 companhias internacionais, entre elas 10 dos maiores grupos de cimento mundiais. Esse grupo, cuja missão foi definir ferramentas para o desenvolvimento sustentável do setor para os próximos 20 anos, lançou em 1999, no âmbito do WBCSD, a Iniciativa para a Sustentabilidade do Cimento (CSI), um plano de ação para:
Avaliar o que o desenvolvimento sustentável significa para estas dez empresas e para a indústria cimenteira;
Identificar e promover ações, que possam ser tomadas pelas empresas, individualmente ou em grupo, e que acelerem o processo de desenvolvimento sustentável;
Criar uma estrutura operacional que permita capacitar outras empresas do setor; Criar uma estrutura operacional que estimule o envolvimento de “stakeholders” (pessoas
envolvidas no projeto e interessados nos resultados da empresa como empregados, fornecedores, compradores, etc.)
Que referências legais podem ser sugeridas para atividades em indústrias cimenteiras?
NR-9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA Constituição Brasileira, em seu Artigo 225, que dispõe sobre a proteção ao meio ambiente; Lei 6.938/81, que estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente; Lei 6.803/80, que dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial em
áreas críticas de poluição.Em 1998 foi aprovada a Lei de Crimes Ambientais, a qual estabelece pesadas sanções para os responsáveis pela disposição inadequada de resíduos.
http://worksafety.blogspot.com.br/2011/11/minimizando-os-riscos-poluentes-nas.html
Britagem (Fonte: http://www.secil.pt)
RISCOS QUIMICOS
São riscos causados pelas substâncias químicas presentes no ambiente de trabalho,
na condição de matéria-prima, produto intermediário, produto final ou como material
auxiliar, os quais, em função das condições de utilização, poderão entrar em contato
com o corpo humano, interagindo em ação localizada, como no caso de queimadura
ou irritação da pele, ou em ação generalizada, quando for levado pelos fluidos
internos, chegando aos diferentes órgãos e tecidos do organismo.
Os agentes químicos são produtos ou substâncias que possam penetrar no organismo
pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou
vapores, ou que, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele
ou por ingestão. (NR-9 do MTE — 9.1.5.2)
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o
tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador,
durante a sua vida laboral.
15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os
subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente
sobre o salário mínimo da região, equivalente a:
15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade degrau mínimo;
15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas
considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada
a percepção cumulativa.
No Brasil, até o ano de 1978 não tínhamos tabelas de Limites de Tolerância para
substancias químicas. A portaria 491 de16 de setembro de 1965, que era a legislação
vigente ate 1978, determinava os trabalhos insalubres, baseando-se apenas no
aspecto qualitativo do agente.
Atualmente, esta em vigor a Portaria 3214/78, do Ministério do Trabalho, que fixa
limites de tolerância para as substancias químicas, através dos Anexos 11 e 12 de sua
Norma Regulamentadora numero 15.
ANEXO N.º 11
AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE
TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO
1. Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes
químicos, a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os
limites de tolerância constantes do Quadro n.o 1 deste Anexo.
2. Todos os valores fixados no Quadro n.o 1 - Tabela de Limites de Tolerância são
válidos para absorção apenas por via respiratória.
3. Todos os valores fixados no Quadro n.o 1 como "Asfixiantes Simples" determinam
que nos ambientes de trabalho, em presença destas substâncias, a concentração
mínima de oxigênio deverá ser 18 (dezoito) por cento em volume.
As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor
serãoconsideradas de risco grave e iminente.
4. Na coluna "VALOR TETO" estão assinalados os agentes químicos cujos limites de
tolerância não podem ser ultrapassados em momento algum da jornada de trabalho.
5. Na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estão assinalados os agentes
químicos que podem ser absorvidos, por via cutânea, e portanto exigindo na sua
manipulação o uso da luvas adequadas, além do EPI necessário à proteção de outras
partes do corpo.
6. A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de métodos de
amostragem instantânea, de leitura direta ou não, deverá ser feita pelo menos em 10
(dez) amostragens, para cada ponto - ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada
uma das amostragens deverá haver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos.
7. Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá
ultrapassar os valores obtidos na equação que segue, sob pena de ser considerada
situação de risco grave e iminente.
Valor máximo = L.T. x F. D.
Onde:
L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.° 1.
F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n.° 2.
QUADRO N.º 2
L.T. F.D.
(pp, ou mg/m³)
0 a 1 3
1 a 102
10 a 100 1,5
100 a 1000 1,25
acima de 1000 1,1
8. O limite de tolerância será considerado excedido quando a média aritmética das
concentrações ultrapassar os valores fixados no Quadro n.° 1.
9. Para os agentes químicos que tenham "VALOR TETO" assinalado no Quadro n.° 1
(Tabela de Limites de Tolerância) considerar-se-á excedido o limite de tolerância,
quando qualquer uma das concentrações obtidas nas amostragens ultrapassar os
valores fixados no mesmo quadro.
10. Os limites de tolerância fixados no Quadro n.° 1 são válidos para jornadas de
trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas por semana, inclusive.
10.1 Para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito) horas semanais
dever-se-á cumprir o disposto no art. 60 da CLT.
QUADRO N.º 1
TABELA DE LIMITES DE TOLERÂNCIA
Consta nesta tabela:
Agentes químicos; valor teto; Absorção também p/ pele, Ate 48 horas / semana em
ppm e mg/m, grau de insalubridade a ser considerado no caso de sua caracterização.
* ppm - partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado.
** mg/m3 - miligramas por metro cúbico de ar.
Absorção pela pele
Os agentes químicos podem ser absorvidos por via cutânea e, portanto, exigem na
suamanipulação o uso de luvas adequadas, além do EPI necessário à eventual
proteção de outras partes de corpo. Indicado na tabela para cada substância.
Quando uma substância de uso industrial entra em contato com a pele, podem
acontecer as seguintes situações:
a)A pele e a gordura protetora podem atuar como uma barreira protetora efetiva.
b) O agente pode agir na superfície da pele, provocando uma irritação primária.
c) A substância química pode combinar com as proteínas da pele e provocar uma
sensibilização.
d) O agente pode penetrar através dela, atingir o sangue e atuar como um tóxico
generalizado. Assim, por exemplo, o ácido cianídrico, mercúrio, chumbo tetraetíla
(usado nas gasolinas como antidetonante), alguns defensivos agrícolas, etc. são
substancias que podem ingressar através da pele, produzindo uma ação generalizada.
Apesar destas considerações, normalmente a pele é uma barreira bastante efetiva
para os diferentes tóxicos, e são poucas as substâncias que conseguem ser
absorvidas em quantidades perigosas. Por essas razões, as medidas de prevenção de
doenças, nesses casos, devem incluir a proteção da superfície do corpo.
Limite de Tolerância
Alguns agentes são quantificados (conforme concentração e tempo de exposição)
através de inspeção no local de trabalho enquanto que, para determinadas atividades
e operações, por inexistência de parâmetros concretos para os agentes químicos
nelas utilizados, a caracterização depende somente de inspeçãono local de trabalho. A
constatação da insalubridade depende da concentração dos agentes e do tempo de
exposição aos mesmos, possuindo, portanto, caráter de continuidade na jornada
laboral, mesmo que sua determinação resulte apenas de inspeção. Nesse caso deve-
se utilizar o bom senso e a experiência para discernir entre as exposições que
efetivamente agridam ao trabalhador e aquelas que, por tão reduzidas, não lhe
representem qualquer agravo.
Portanto é muito importante fazer ema avaliação quantitativa do agente, bem como
avaliar o tempo real de exposição do trabalhador a este agente. Limite de tolerância é
o valor limite da concentração do agente dentro do qual a maioria dos trabalhadores
poderia permanecer exposta 8 horas diárias e 48 horas semanais durante toda a vida
laboral, sem apresentar nenhum sintoma de doenças.
Para o cálculo da concentração dos agentes químicos, a legislação brasileira admite a
possibilidade de amostragem contínua e/ou instantânea. Para o caso da contínua os
valores serão ponderados, em função do tempo de amostragem. Para o caso da
amostragem instantânea, a exigência é de no mínimo 10 amostragens com intervalo
de 20 minutos entre cada uma e o resultado expresso como a média aritmética das 10
amostragens. Nenhum dos resultados pode ultrapassar o “valor máximo”.
Limite de tolerância – Media ponderada
Onde na tabela de limites de tolerância não tem a coluna valor teto assinalada, e
representa a concentração media ponderada,existente durante a jornada de trabalho.
Isto é, podemos ter valores acima do limite fixado, desde que sejam compensados por
valores abaixo deste, acarretando uma media ponderada igual ou inferior ao limite de
tolerância.
No entanto estas oscilações para cima não podem ser indefinidas, devendo respeitar
um valor máximo que não pode ser ultrapassado. Este valor Maximo é obtido através
da aplicação de um fator de desvio, conforme fórmula dada a seguir:
valor máximo = LT X FD onde:
LT = limite de tolerância do agente químico
FD = fator de desvio, que consta na NR15, Anexo 11, Quadro 2.
Por exemplo, a amônia, que tem L. T. = 20 ppm, terá fator de desvio de 1,5 (conforme
tabela) e terá como valor máximo permissível de 30 ppm (valor máximo = LT x FD =
20 x 1,5), sendo que este valor deverá ser compensado por valores inferiores ao LT
durante outros períodos de trabalho, a fim de que a média ponderada das
concentrações durante a jornada de trabalho (diária ou semanal) seja igual ou inferior
a 20 ppm.
A tabela de fator de desvio (FD) acima apresenta valores altos para limites de
tolerância baixos e baixos para limites altos. Apesar de parecer paradoxal, a inversão
nos valores tem as seguintes justificativas:
Diferenças muito pequenas em valores muito baixos são de difícil controle, uma vez
que as concentrações apresentam grande variabilidade num mesmo ambiente no
decorrer da jornada.
Valor Teto
É o valor estabelecido na legislação brasileira que não podeser ultrapassado em
nenhum momento da jornada de trabalho. Para as substancias com estes limites, não
são aplicados os fatores de desvio, sendo o valor máximo sempre igual ao limite de
tolerância fixado.
Conforme o art. 60 da CLT:
Art. 60 – Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros
mencionados no capítulo “Da Segurança e da Medicina do Trabalho”, ou que neles
venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, quaisquer prorrogações só
poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em
matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários
exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente,
quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com
quem entrarão em entendimento para tal fim.
Os valores de Limite de Tolerância constantes da NR 15 – Anexo 1 são dados para 8
horas diárias e 48 semanais. Sempre que a jornada diária ou semanal do trabalhador
for diferente deste padrão o TLV – TWA e o Limite de Tolerância devem ser corrigidos.
Uma fórmula simples para correção destes valores que é muito utilizada é a descrita
no método de Brief e Scala e que é apresentada a seguir.
Hpd diário FC
Hps semanal FC
FC
= fator de correção diário ou semanal
Hd
= duração da jornada de trabalho diário real, em horas
24
= Número total de horas do dia
Onde: Hpd = duração da jornada diária padrão, emhoras, para a qual foi estabelecido
o limite de tolerância – USA e Brasil = 8 horas Hps = duração da jornada semanal
padrão, em horas, para a qual foi estabelecido o limite de tolerância – USA = 40 horas;
Brasil = 48 horas
Hs = duração da jornada de trabalho semanal real, em horas 168 = número total de
horas da semana
NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração
e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais -
PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através
da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo
em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
9.1.5.2 Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que
possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos,
névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição,
possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
a) Para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional
considerados na NR-15;
Isso, quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos
trabalhadores excederem os valores dos limitesprevistos na NR-15 ou, na ausência
destes, os valores de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH -
American Conference of Governmental Industrial Hygyenists ou aqueles que venham a
ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do
que os critérios técnico-legais estabelecidos.
As ações do NAP devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação
aos trabalhadores e o controle médico.
Para cumprimento desse dispositivo legal, é necessário primeiro realizar o
dimensionamento da exposição ocupacional dos trabalhadores aos agentes nocivos
considerados, de modo a permitir a quantificação dos valores de NAP.
Medidas de Controle
Sempre que forem identificados riscos potenciais à saúde, deverão ser adotadas as
medidas necessárias e suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos
riscos químicos existentes nos ambientes de trabalho. Medidas de proteção devem ser
adotadas sempre que a concentração dos agentes químicos no ar atinja a metade do
valor recomendado como LT (Limite de Tolerância), valor esse denominado “nível de
ação”, de acordo com a NR-15 da Portaria 3214/78. As ações devem incluir a adoção
de medidas de proteção coletiva e individual, além da realização periódica de
avaliações ambientais (medições) para o monitoramento da exposição, o controle
médico sistemático e a informação aos trabalhadores.
Nível de ação
É o valor acima do qual devem ser iniciadas açõespreventivas de forma a minimizar a
probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de
exposição. Além das medidas de proteção coletiva e individual, as ações devem incluir
também avaliações ambientais (medições) para o monitoramento periódico da
exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico. Para os agentes
químicos, o nível de ação equivale à metade dos limites previstos na NR-15 da
Portaria 3214/78 ou, na ausência destes, os valores de limites de exposição
ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of Governmental Industrial
Hygenists.
Medidas de proteção coletiva: exemplos
>> a eliminação dos agentes nocivos ou substituição da sua forma de apresentação;
>> o enclausuramento total ou parcial do processo de produção;
>> a automatização de operações geradoras de contaminação do homem;
>> isolamento das áreas de riscos;
>> ventilação localizada ou geral;
>> exaustão localizada ou geral;
>> medidas de higiene pessoal e coletiva (lava-olhos, lavatórios, chuveiros, vestiários,
sanitários);
>> medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho (alterações do
processo produtivo, introdução de pausas ou rodízios, redução da jornada de trabalho,
mudanças do layout, entre outros).
Medidas de proteção individual
Quando comprovado pelo empregador a inviabilidade técnica da adoção de medidas
de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes, deverão serutilizados os
EPIs - Equipamentos de Proteção Individual, tais como protetores respiratórios, luvas,
mangas, aventais, roupas especiais, botas, pomadas protetoras, entre outros.
Controle médico
Para todos os trabalhadores expostos a agentes químicos, nos exames médicos
ocupacionais (admissional – periódico – demissional) devem ser realizados os exames
clínicos e toxicológicos, nos moldes previstos no Quadro I (Parâmetros para Controle
Biológico) da Norma Regulamentadora nº 7 da Portaria 3214/78. O exame clínico deve
ser realizado pelo menos anualmente enquanto os exames toxicológicos devem ter
uma periodicidade no mínimo semestral.
Efeitos tóxicos sobre o organismo humano
Após penetrar no organismo, os agentes químicos podem provocar uma variedade de
efeitos tóxicos, incluindo efeitos imediatos (agudos) ou os efeitos a longo prazo
(crônicos), dependendo da natureza do produto químico e da via de exposição. As
partes do corpo mais afetadas são os pulmões, a pele, o sistema nervoso (cérebro e
nervos), a medula óssea, o fígado e os rins.
Classificação dos efeitos
>> Irritantes e/ou corrosivos: provocam alterações na pele ou mucosas (cimento,
ácidos, bases);
>> Sensibilizantes: produzem alergias (níquel, cromo, fibras sintéticas);
>> Asfixiantes: impedem o organismo de obter ou utilizar o oxigênio do ar atmosférico
(monóxido de carbono (CO), cianetos);
>> Narcóticos: produzem inconsciência (clorofórmio, éteres, álcoois,acetonas);
>> Neurotóxicos: produzem alterações no sistema nervoso (anilina, chumbo, mercúrio,
benzeno, solventes em geral);
>> Carcinogênicos: produzem tumores malignos (amianto, benzeno, cádmio, cromo);
>> Mutagênicos: produzem problemas hereditários (éteres de glicol, chumbo,
benzeno);
>> Teratogênicos: produzem malformações no feto (substâncias radioativas).
Para uma boa gestão dos riscos químicos nos ambientes de trabalho, as informações
corretas a respeito das substâncias químicas são de fundamental importância para
que os perigos de um determinado produto sejam adequadamente dimensionados e
gerenciados. Para que isso seja possível, é pré-requisito que as inúmeras fontes de
informação disponíveis e atualizadas sejam corretamente interpretadas.
Números de registros de substâncias químicas:
Número CAS (é o “CPF” das substâncias químicas): o mais importante e mais antigo
sistema com mais de 56 milhões de substâncias registradas e entrada diária de cerca
de 12 mil novos registros.17
Outros registros:
UN number: número das Nações Unidas
NA number: número da América do Norte (se não existir UN number para a
substância)
EU EINECS/ELINCS: número da União Europeia
RTECS: Registro de efeitos tóxicos das substâncias químicas da NIOSH (EUA)
Existem várias fontes de informações acerca de produtos químicos disponíveis. FISPQ
– Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos
As FISPQ foram instituídas no país por normas daAssociação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT). As empresas fornecedoras de produtos químicos devem
disponibilizá-las aos seus clientes e os itens abaixo devem nela constar com a
seguinte numeração:
1. Identificação do produto e da empresa
2. Identificação dos perigos
3. Composição e informação dos ingredientes
4. Medidas de primeiros socorros
5. Medidas de combate a incêndio
6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento
7. Manuseio e armazenamento
8. Controle da exposição e EPIs
9. Propriedades físico-químicas
10. Estabilidade e reatividade
11. Informações toxicológicas
12. Informações ecológicas
13. Considerações sobre tratamento e disposição
14. Informações sobre transporte
15. Regulamentações
16. Outras informações
SDS ou MSDS
São as siglas em inglês para Safety Data Sheet (SDS) e Material Safety Data Sheet
(MSDS). São parecidas com as FISPQs brasileiras, mas cada país tem suas próprias
normas.
Existem FISPQ, SDS e MSDS tanto para produtos comerciais de responsabilidade dos
produtores/fornecedores, quanto para substâncias puras; e muitas vezes, para essas
últimas, existem SDS publicadas por instituições públicas, como, por exemplo, a
Agência de Proteção Ambiental dos EUA (United States Environmental Protection
Agency – US-EPA).28
A FISPQ tem amparo legal no Decreto 2657, de 3/7/98, que promulgou a Convenção
170 da OIT, relativa à Segurança na utilização de produtos químicos no trabalho.
• A referência para a elaboraçãodessas fichas é a NBR 14725 - Ficha de informações
de segurança de produtos químicos - FISPQ: julho 2005.
A utilização pelas empresas é fiscalizada pelo MTE
A sigla GHS signifi ca Globally Harmonized System of Classifi cation and Labelling of
Chemicals ou, em português, Sistema Globalmente Harmonizado para Classifi cação e
Rotulagem de Produtos Químicos. Como cada país, agência reguladora, instituição ou
órgão de diferentes naturezas possuíam sistemas e regulamentações distintas para
classificação e rotulagem de substâncias químicas, a interpretação de informações por
parte dos interessados se tornava muito complexa, bem como dificultava o
cumprimento de todos os sistemas por parte das empresas. Assim, a OIT, a
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Organization for
Economic Co-operation and Development – OECD) e o Comitê de Especialistas em
Transporte de Cargas Perigosas das Nações Unidas (United Nations Committee of
Experts on the Transport of Dangerous Goods – UNCETDG) criaram em conjunto um
sistema geral: o GHS.34
O GHS não é uma norma, mas um sistema composto por requisitos técnicos de
classificação e comunicação de perigos com informações explicativas de como aplicar
o sistema. A ABNT publicou uma norma em 2009 que, em muitos aspectos, segue o
sistema globalmente harmonizado.
Esta norma, a 14.725, é dividida em 4 partes: 1 – Terminologia; 2 – Sistema de
Classificação de Perigo; 3 – Rotulagem; e 4 – FISPQ.35,36,37,38
Pelaalteração introduzida em 2011, a Norma Regulamentadora nº 26 do Ministério do
Trabalho e Emprego (Portaria nº 229, de 24 de maio de 2011),39 determina que
“produto químico utilizado no local de trabalho deve ser classificado quanto aos
perigos para a segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo com os critérios
estabelecidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem
de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas”. Quanto às
informações sobre produtos químicos perigosos, elas devem ser apresentadas na
ficha com dados de segurança do produto químico cujo formato e conteúdo devem
também seguir o estabelecido pelo GHS.
Reprodução da FISPQ de um removedor de tintas disponibilizada pelo fabricante após
uma reclamação
Fonte: Arquivos da Coordenação de Saúde no Trabalho, Fundacentro
Limiar de odor (Odour threshold)
Como existe grande variação individual na capacidade olfativa das pessoas, a
informação acerca do limiar de odor é dado para uma faixa de concentração do menor
valor (para as pessoas mais sensíveis) até o maior valor, e a média geométrica da
população testada (média geométrica é uma medida de tendência central calculada
multiplicando-se todos os n valores e extraindo-se a raiz de índice n deste produto).
Não é utilizada a média aritmética por causa da grande variação dos valores. Para
algumas substâncias, são dados dois limiares: o de detecção, pelo qual se percebe a
presença de algo, e o de reconhecimento, peloqual a substância pode ser reconhecida
claramente.
DL50 e CL50 (LD50 and LC50)
Para uma comparação da toxicidade aguda entre as diferentes substâncias químicas,
é utilizado o parâmetro Dose Letal 50 (DL50 – Dose Letal para 50% da população
exposta), quando a substância é administrada por via oral ou injetada, e a
Concentração Letal 50 (CL50 – Concentração
Letal para 50% da população exposta) para gases ou vapores que são inalados. Os
dois parâmetros são obtidos experimentalmente em animais de laboratório, em geral
em ratos, camundongos, cobaias, coelhos, entre outros.
• Dose letal 50 (DL50): É a dose média que levou à morte metade (50%) da população
de animais de laboratório submetida à administração daquela dose. A administração
pode ser por diferentes vias: oral, intravenosa ou outras (intraperitoneal, subcutânea,
dérmica). Os dados obtidos são extrapolados com reservas para os seres humanos,
mas podem dar uma idéia do perigo imediato de uma substância química. Os
resultados são apresentados em miligramas ou gramas por kilograma de peso (mg/kg,
ou mg kg-1, ou g/kg, ou g kg-1) e variam de acordo com a espécie, a idade, o sexo do
animal e a via de introdução.
• Concentração letal 50 (CL50): Tem o mesmo conceito do DL50, mas é defi nido para
a concentração média da substância no ar ambiente inalada por animais de
laboratório, variando de acordo com a espécie animal e o tempo de exposição. É
semelhante à exposição ocupacional no que diz respeito à viade introdução no
organismo, pois se refere à contaminação do ar inalado.
Os resultados são apresentados em miligramas por litro de ar (mg/L ou mg L-1) ou
ainda em partes por milhão (ppm) para contaminantes na forma de vapor de gás e
miligramas por metro cúbico (mg/m3 ou mg m-3) para material particulado (sólido ou
líquido).
IPVS ou IDLH
IPVS signifi ca Imediatamente Perigoso para Vida ou Saúde, tradução de IDLH
(Immediately Dangerous to Life or Health). É o parâmetro para toxicidade aguda mais
importante em saúde ocupacional.
Em meados da década de 1970, a Occupational Safety and Health Administration
(OSHA) e o NIOSH dos Estados Unidos estabeleceram o valor IPVS ou IDLH para
muitas substâncias. É a concentração da substância no ar ambiente a partir da qual há
risco evidente de morte, ou de causar efeito(s) permanente(s) à saúde, ou de impedir
um trabalhador de abandonar uma área contaminada.
A OSHA exige que, para o trabalhador estar em um ambiente com concentração do
agente químico superior ou igual ao IPVS, ele deve estar protegido com respiradores
com reserva de ar ou ar mandado.
A preocupação principal é com substâncias corrosivas, asfixiantes ou com efeitos
agudos sobre o sistema nervoso central. Este parâmetro é derivado de dados obtidos
com animais de laboratório e acidentes ocorridos com trabalhadores expostos, quando
disponíveis, e é expresso em ppm ou mg m-3.
Comparando-se os valores de IPVS, pode-se ter uma idéia do risco de exposiçãode
curto prazo.
GRAUS DE INSALUBRIDADE
11 Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância
fixados no Quadro 1. 10%, 20% e 40%.
Alguns exemplos constantes no Quadro 1, Anexo 11 da NR 15.
Acetona – grau de insalubridade mínimo.
Exemplo de uma FISPQ
FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO FISPQ
ACETONA
1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA
Nome do produto: Acetona
Nome da Empresa: Nitrogenius Produtos Químicos
Endereço: BR 476 (antiga BR 116) nº13069 – Curitiba – PR
Telefone: (41) 30261313
2. COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS INGREDIENTES
SUBSTÂNCIA
Nome químico comum ou genérico: 2-propanona
Sinônimo: Dimetilcetona, cetona propano, propanona
Registro no Chemical Abstract Service(nºCAS):67-64-1 Classificação da CEE: F.;Xi.
Ingredientes que contribuam para o perigo: Nenhuma.
3. IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
Perigos mais importantes:
Efeitos do Produto: Moderadamente tóxico e severamente irritante.
Efeitos adversos à saúde humana:
Toxicidade aguda:
Efeitos locais: Moderadamente tóxico, severamente irritante para pele, para os olhos,
mucosas e trato respiratório.
Principais sintomas: Desengordura a pele, favorecendo o desenvolvimento de
dermatites e infecções secundárias.
4. MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS
Toxicidade aguda:
Efeitos crônicos: Pode causar depressão do sistema nervoso central, quando inalado
ou ingerido em altas concentrações. A inalação de vapores em altasconcentrações
pode provocar inconsciência.
Principais sintomas: Por inalação pode causar sonolência, dor de cabeça, irritação
nasal e da garganta e vertigem. Em altas concentrações tem ação narcótica e pode
causar depressão do sistema nervoso central.
Perigos físicos e químicos:
Incêndio e explosão: Muito volátil e muito inflamável. Os vapores se misturam
rapidamente com o ar e formam rapidamente misturas explosivas. Inflama-se ao
contato com chama nua, calor ou faíscas. Perigos específicos: Os vapores são mais
pesados do que o ar e pode propagar-se para fontes de ignição mesmo a uma
distância considerável. Pode haver aumento da pressão interna dos recipientes e
reservatórios expostos ao fogo ou calor, com risco de explosão.
Classificação do produto químico: Segundo os critérios da CEE, este produto é
classificado como: INFLAMÁVEL - IRRITANTE
Produto classificado como perigoso, segundo os critérios da Portaria 420 do Ministério
dos Transportes de agosto de 2004.
5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIO
Medidas de primeiros socorros:
Inalação: Remover a vítima para local arejado. Se a vítima não estiver respirando,
aplicar respiração artificial. Se a vítima estiver respirando, mas com dificuldades,
administrar oxigênio a uma concentração de 10 a 15 litros /minuto. Procurar
assistência médica imediatamente, levando o rótulo do produto sempre que possível.
Contato com a pele: Retirar imediatamente roupas e sapatos contaminados. Lavar a
pele com água em abundância porpelo menos 20 minutos, preferencialmente sob
chuveiro de emergência. Procurar assistência médica imediatamente, levando o rótulo
do produto sempre que possível.
Contato com os olhos: Primeiro verificar se a vitima está com lentes de contato. Se
estiver retirá-la e lavar os olhos com água em abundância, por pelo menos 20 minutos,
mantendo as pálpebras separadas. Usar,de preferência, um lavador de olhos.
Procurar assistência médica imediatamente, levando o rótulo do produto sempre que
possível.
Ingestão: Não provocar vômito. Se a vítima estiver consciente, lavar sua boca com
água limpa em abundância. Procurar assistência médica imediatamente, levando o
rótulo do produto sempre que possível.
Quais ações devem ser evitadas: Não dê nada para beber se a vítima estiver
inconsciente Não induza o vômito e não deixar sem atenção.
Notas para o médico: O tratamento emergencial assim como o tratamento médico
após superexposição deve ser direcionado ao controle do quadro completo dos
sintomas e às condições clínicas do paciente. Tratamento sintomático. Não há
antídotos específicos
Proteção do prestador de socorros: Nas operações de resgate utilizar equipamento
autônomo de proteção respiratória.
6. MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO OU VAZAMENTO
Precauções pessoais: Isolar a área. Manter afastadas pessoas sem função no
atendimento da emergência.Sinalizar o perigo para o trânsito, e avisar ou mandar
avisar as autoridades competentes. Evitar o contato com a pele eos olhos.
Remoção de fontes de ignição: Eliminar toda fonte de fogo ou calor. No caso de
transferência do produto para recipientes de emergência, usar somente bombas à
prova de explosão e aterrar eletricamente todos os elementos do sistema em contato
com o produto. Não efetuar transferência sob pressão de ar ou oxigênio.
Meios de proteção: Roupas de proteção, botas, luvas, óculos de segurança herméticos
(com ventilação indireta) para produtos químicos.
Medidas de emergência: Circundar as poças com diques de terra, vermiculita ou
outros materiais inertes.
Remover todos os materiais incompatíveis. Se indicado, posicionar as embalagens
danificadas com o lado do vazamento para cima.
Precauções ao meio ambiente: Se possível, estacar o vazamento, evitando-se o
contato com a pele e roupas. Usar EPI´s. Impedir que o produto ou a água de
atendimento a emergência atinjam cursos d’água, canaletas,bueiros ou galerias de
esgotos. Em caso de derramamento significativo contê-lo com diques de terra, areia o
similar.
Métodos para limpeza:
Interdição: Não utilizar água sem orientação específica. Não efetuar transferências sob
pressão de ar ou oxigênio, não utilizar motores comuns ou à explosão
Recuperação: Recolher o máximo possível do produto recuperável para um tanque de
emergência, providenciando aterramento adequado de todos os equipamentos
utilizados.
Conservar o produto em um recipiente de emergência, devidamente etiquetado e bem
fechado, para posteriorreciclagem ou eliminação. Neutralização: Absorver o líquido
não recuperável com terra seca, vermiculita ou outro absorvente seco. Limpeza /
descontaminação: Recolher o material contido em recipiente independente. Não jogar
água. Cobrir o local com terra, areia, vermiculita ou similar. Recolher o solo e o
material contaminado em outro recipiente independente.
Disposição: Incinerar materiais contaminados em instalação autorizada. Não despejar
no sistema de esgotos. A disposição final desse material deverá ser acompanhada por
especialista e de acordo com legislação ambiental vigente.
7. MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
MANUSEIO
Medidas técnicas
Prevenção da exposição do trabalhador: Devem ser utilizados equipamentos de
proteção individual (EPI) para evitar o contato do produto com a pele, os olhos,
membranas mucosas e trato respiratório.
Prevenção de incêndio ou explosão: Evitar faíscas de origem elétrica, eletricidade
estática, etc. Não fumar. Todos os elementos condutores do sistema em contato,
devem ser aterrados eletricamente. Não efetuar transferência do produto sob pressão
de ar ou oxigênio.Precauções para manuseio seguro: Assegurar uma boa ventilação
no local de trabalho. Providenciar ventilação local exaustora onde os processos
exigirem.
Orientação para o manuseio seguro: Ventilação local exaustora onde os processos
assim o exigirem. Manipular respeitando as regras gerais de segurança e higiene
industrial. Chuveiros de emergência e lavador de olhos devemser instalados nos locais
de uso e estocagem.
ARMAZENAMENTO
Medidas técnicas apropriadas: as instalações elétricas devem estar de acordo com as
normas NEC (National Electrical Code) ou IEC (International Eletical Commission) e/ou
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Observar todas as disposições
necessárias para evitar que o produto escorra acidentalmente para esgotos ou para
cursos de água, em caso de ruptura dos recipientes ou dos sistemas de transferência.
Condições de armazenamento:
Adequadas: Estável por 12 meses. Armazenar em locais limpos e bem ventilados,
evitando aquecimento, sob atmosfera inerte de nitrogênio (N2). Conservar afastado de
fontes de ignição, calor ou chamas. O piso de local de depósito deve ser impermeável,
não combustível e possuir valas que permitam o escoamento para reservatório de
contenção. Tanques de estocagem devem ser circundados por diques de contenção e
ter drenos para o caso de vazamento. A evitar: Proximidades de fontes de
ignição/calor e materiais incompatíveis.
Produtos e materiais incompatíveis: Agentes oxidantes fortes.
Condições de embalagem: Conservar o produto somente na embalagem original.
Tambores, container, granel e outros recipientes menores.
Materiais seguros para embalagens:
Recomendadas: Ferro ou aço. Inadequadas: Materiais plásticos.
Medidas de controle de engenharia: Captar os vapores no ponto de emissão.
Assegurar boa ventilação no local de trabalho.
Parâmetros de controleespecíficos:
Limites de exposição ocupacional:
Valor limite (Brasil, Portaria MTb 3.214/78, NR15- Anexo 11):
Limite de Tolerância (até 48 h/semana): 1.870mg/m3 (780 ppm)
Grau de insalubridade = mínimo.
Absorção também pela pele = Não.
Valor limite (EUA, ACGIH)
TLV/TWA (40 horas/semana) = 1187 mg/m3 (500ppm)
TLV/STEL (15 minutos) = 1780 mg/m3 (750ppm)
IDLH = 2.500 ppm
Valor limite (EUA, NIOSH –1997)
REL/TWA (40h/semana): 590 mg/m3 (250 ppm)
Valor limite (EUA, OSHA – 1997)
PEL/TWA (40 horas/semana) = 2400 mg/m3 (1000 ppm)
IDLH = 2500 ppm
Parâmetros de controle específicos:
Valor de referência (EUA, ACGIH – 2001) – Índice Biológico de Exposição – BEI)
Material Biológico: Acetona na urina (final da jornada)
Índice Biológico de Exposição: 50 mg/L
Notações: Ne.
Procedimentos recomendados para monitoramento: Monitoramento atmosférico e
pessoal em intervalos regulares. Método semiquantitativo para amostragem no
ambiente de trabalho: tubos colorimétricos: medição instantânea, recomendada como
uma primeira aproximação, quantificação máxima concentração esperada e
identificação das fontes de emissão. Método quantitativo para amostragem no
ambiente de trabalho:amostragem com tubos absorventes de carvão ativado e
individual, em períodos de tempo representativos da exposição, e posterior dessorção
em dissulfeto de carbono para análise por cromatografia gasosa. Referência:
(Método OSHA# 1300).
Equipamento de proteção individual:
Proteção respiratória:Respirador com filtro para vapores orgânicos se a concentração
for inferior ao limite de tolerância, e não houver deficiência de oxigênio. Respirador
com suprimento de ar ou autônomo se a concentração for superior ao limite de
tolerância e/ou se houver deficiência de oxigênio.
Proteção das mãos: Luvas impermeáveis resistentes a solventes.
Proteção dos olhos: Óculos de segurança herméticos (com ventilação indireta) para
produtos químicos.Proteção da pele e do corpo: Avental e botas impermeáveis e
resistentes a solventes.
Medidas de higiene: Higienizar roupas e sapatos após o uso. Métodos gerais
decontrole utilizados em Higiene Industrial devem minimizar a exposição ao produto.
Não comer, beber ou fumar ao manusear produtos químicos.
9. PROPRIEDADES FÍSICO-QÚIMICAS
Aspecto
Estado físico: Líquido.
Forma: Límpido.
Cor: Incolor
Odor: Agradável.
pH: não se aplica
Temperaturas específicas ou faixas de temperaturas nas quais ocorrem mudanças de
estado físico:
Cristalização: -95,70 ºC
Ponto de ebulição: 56,2°C à 760 mmHg
Faixa de destilação: 55,6 – 56,6 à 760 mmHg (metodologia Rhodia).
Temperatura crítica: 235ºC
Pressão crítica: 4700KPa
Características de inflamabilidade
Ponto de fulgor: -18°C (vaso fechado)
-9°C (vaso aberto)
Temperatura de auto-ignição: 538°C
Propriedades comburentes: não comburente segundo os critérios da CEE.
Características de exposividade
Limites de explosivida no ar:
Inferior (LIE): 2,6 % v/v
Superior (LSE): 12,8% v/vEnergia mínima de ignição: 1,15 mJ
Pressão de vapor: 26,7KPa à 22,7ºC
Massa volumétrica (densidade)
Densidade de vapor (ar=1): 2,0
Densidade relativa (água=1): 0,7899
Massa volumétrica aparente: 0,79 g/ml à 20ºC
Solubilidade:
Água: miscível em todas as proporções.
Em solventes orgânicos: miscível em todas as proporções nos solventes orgânicos
usuais.Coeficiente de partição octanol/água: -0,24 (log POE) à 20°C
Viscosidade dinâmica: 0,33mPa.s à 20ºC
Tensão superficial: 23,3 N/m à 20°C
Taxa de evaporação: < 1 (acetato de butila = 1)
Constante de Henry: 0,0016
Peso molecular: 58,08
Dados complementares:
Índice refratário: 1,3585 à 20ºC
Limiar de ordor: 100 ppm
10. ESTABILIDADE E REATIVIDADE
Condições específicas:
Instabilidade: Estável a temperatura ambiente e sob condições normais de uso.
Reações perigosas:
Condições a evitar: Reage violentamente com mistura sulfo-nítrica, ácido crômico,
permanganato de potássio, peróxidos, hidrocarbonetos halogenados (em meio
básico). Reage com ácido nítrico e oxidante fortes.
Materiais a evitar: materiais plásticos solúveis em acetona.
Produtos perigosos da decomposição: Dióxido de carbono e monóxido de carbono.
Outros dados: ataca certos plásticos, borrachas e revestimentos.
11. INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS
Mobilidade:
Volatilidade: Pode volatilizar-se a partir de solos secos e úmidos, e da superfície da
água. Adsorção/ dessorção: O produto infiltra-se facilmente no solo.
Compartimento alvo doproduto: água (62%) e ar (38%).
Biodegradabilidade:
Biodegradabilidade aeróbica primária: Na água sofre biodegradação, porém, a
volatilização tem se mostrado como o primeiro processo.
Biodegradabilidade aeróbica final: Facilmente biodegradável.
Biodegradabilidade anaeróbica: Biodegradável
Bioacumulação:
Fatos de bioconcentração: Não considerado potencialmente bioacumulativo.
Ecotoxicidade:
Efeitos sobre organismos aquáticos:
CE50 (24h) - crustáceo (daphnia magna): 6400 mg/L
CL50 (24h) - peixe (brachyodanio rerio): 8750 mg/L
CE50 (16h) - bactéria (pseudomonas putida): 1700 mg/L (dados bibliográficos)
(dados bibliográficos)
Informações complementares: Em concentrações elevadas, o produto dá gosto e
sabor à água. Não apresenta efeitos nefastos conhecidos sobre os organismos
testados.
12. INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS
Mobilidade:
Volatilidade: Pode volatilizar-se a partir de solos secos e úmidos, e da superfície da
água. Adsorção/ dessorção: O produto infiltra-se facilmente no solo.
Compartimento alvo do produto: água (62%) e ar (38%).
Biodegradabilidade:
Biodegradabilidade aeróbica primária: Na água sofre biodegradação, porém, a
volatilização tem se mostrado como o primeiro processo
Biodegradabilidade aeróbica final: Facilmente biodegradável.
Biodegradabilidade anaeróbica: Biodegradável
Bioacumulação:
Fatos de bioconcentração: Não considerado potencialmente bioacumulativo.
Ecotoxicidade:
Efeitos sobre organismos aquáticos:
CE50 (24h) -crustáceo (daphnia magna): 6400 mg/L
CL50 (24h) - peixe (brachyodanio rerio): 8750 mg/L
CE50 (16h) - bactéria (pseudomonas putida): 1700 mg/L (dados bibliográficos)
(dados bibliográficos)
Informações complementares: Em concentrações elevadas, o produto dá gosto e
sabor à água. Não apresenta efeitos nefastos conhecidos sobre os organismos
testados
13. CONSIDERAÇÕES SOBRE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO
Métodos de tratamento e disposição:
Produto: O tratamento e a disposição do produto devem ser avaliados caso a caso.
Consultar ficha técnica.
Restos de produtos:
Interdições: Não descartar em sistemas de esgotos e cursos de água.
Destruição / eliminação: Encaminhar para tratamento ou incineração em instalações
autorizadas de acordo com a legislação e regulamentações ambientais vigentes.
Embalagens usadas:
Descontaminação e limpeza: Lavar com água. Enviar as águas de lavagem para
reciclagem ou descarte em instalação autorizada. Não reaproveitar as embalagens
para outros fins. Destruição / eliminação: Reciclar ou encaminhar para tratamento ou
incineração em instalações autorizadas de acordo com a legislação e
regulamentações ambientais vigentes.
Nota: Chama-se a atenção do utilizador para a possível existência de
regulamentações locais relativas à eliminação, que lhe digam respeito..
14. INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE
Regulamentações nacionais
Vias Terrestres (MT – Portaria 420/2004):
Número ONU: 1090
Nome apropriado: ACETONA
Classe de risco: 3
Riscosubsidiário: -
Número de risco: 33
Grupo de embalagem: II
Provisões especiais: Não consta.
Quantidade Isenta: 50Kg
Regulamentações internacionais
Via marítima (Código IMO/IMDG – 2002 – versão: 6.0)
Número ONU: 1090
Nome apropriado para embarque: ACETONA
Classe de risco: 3.1
Grupo de embalagem: II
Etiquetagem: 3 LÍQUIDO INFLAMÁVEL
Poluidor marinho: não
Ems: F-E,S-D
Quantidade limitada: 1L.
Via aérea (OACI / IATA – 2002 – 43ª edição):
Número ONU: 1090
Nome apropriado para embarque: ACETONA
Classe de risco: 3
Grupo de embalagem: II
Etiquetagem: 3 LÍQUIDO INFLAMÁVEL
Aviões de carga : Instruções de embalagem: 307
Quantidade máxima por recipiente: 60L
Aviões de passageiros: Instruções de embalagem: 305/Y305
Quantidade máxima por recipiente: 5L e 1L
Nota: As prescrições regulamentares acima referidas são aquelas que se encontra em
vigor no dia da atualização da ficha. Mas, tendo em conta uma evolução sempre
contínua das regulamentações que regem o transporte de matérias perigosas, é
aconselhável assegurar-se da validade da mesma junto da vossa agência comercial.
15. REGULAMENTAÇÕES
Regulamentação conforme CEE: Rotulagem obrigatória (auto classificação) para
substâncias perigosas: aplicável. Acetona. CEE 200-662-2.
Classificações / símbolos:
INFLAMÁVEL (F)
IRRITANTE (Xi)
Frases de risco:
R11: Substância Inflamável.
R36: Irritante para os olhos.
R66: Pode provocar secura da pele ou fissura, por exposição repetida.
R67: Pode provocarsonolência e vertigens, por inalação dos vapores.
Frases de Segurança:
S2: Manter longe do alcance de crianças.
S9: Manter recipientes em local bem arejado.
S16: Manter afastado de qualquer chama ou fonte de faísca – Não fumar.
S26: Em caso de contato com os olhos, lavar imediatamente e abundantemente com
água e consultar um especialista.
Classificação conforme NFPA:
Incêndio: 3
Saúde: 1
Reatividade: 0
Outros: nada consta
NOTA: As informações regulamentares indicadas nesta seção referem-se unicamente
às principais prescrições especificamente aplicáveis ao produto objeto da FISPQ.
Chama-se a atenção do utilizador sobre a possível existência de outras disposições
que complementem estas prescrições. Recomenda-se ter em conta qualquer tipo de
medidas ou disposições, internacionais ou locais, de possível aplicação
16. OUTRAS INFORMAÇÕES
Tipos de utilização
Recomendações: Solventes para tintas, vernizes, thinners, adesivos e alguns tipos de
plásticos e explosivos. Matéria-prima para sínteses orgânicas (metil-isobutil-cetona,
diacetona álcool, metil-metaacrilato,bisfenol A). Extração, precipitação de vitaminas e
antibióticos. Síntese de anilinas, corantes, plásticos e explosivos.
Fórmula química: CH3COCH3
Massa molecular: 58,08
Registros: Consta no inventário TSCA.
Consta no inventário EINECS (200-662-2)
Consta na lista MITI
Consta no inventário AICS
Consta no inventário canadense (CEPA DSL)
Consta no inventário coreano
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Citar Este Trabalho
APA
(2014, 01). Riscos quimicos. TrabalhosFeitos.com. Retirado 01, 2014, de
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Riscos-Quimicos/46353183.html