noções de montagem de infraestrutura · o escalímetro é um instrumento na forma de um prisma...
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Curso de Formação Profissional Aprendizagem
Industrial em Instalação Elétrica Predial – Módulo I
Senai Arcos-MG
CFP Eliezer Vitorino Costa
Raphael Roberto Ribeiro Silva
Técnico em eletroeletrônica pelo INPA – Arcos
Estudante de Engenharia Elétrica do IFMG - Formiga
Noções de Montagem de
Infraestrutura
Conteúdo Programático
• Conceitos de unidades de medida, sistemas métricos e inglês;
• Conversão de unidades;
• Apresentação de ferramentas em geral utilizadas para montagens de
infraestrutura elétrica predial exposta e embutida.
• Ferramentas de corte: lâminas de corte, arco de serra e serra meia
esquadrias manual;
• Ferramentas de aperto: chaves de boca, combinadas, allen, soquete, torkx,
fenda e philips.
• Instrumentos de medidas: trena, metro, escala, nível de mão e prumo.
• Alicate crimpadror e pushdown
Conteúdo Programático
• Martelos;
• Projeto de Estrutura de eletroduto exposto;
• Conceitos sobre montagens de instalações elétricas estruturais.
• Limas;
• Rebitadeiras manuais e rebites de repuxo;
• Parafusos fixação em aço, madeira e concreto;
• Fixação por parafusos e rebites em madeira, aço e concreto;
• Furadeira elétrica manual, tipos e aplicação;
Conteúdo Programático
• Brocas helicoidais: tipos, aplicações e cuidados;
• Rosqueamento de eletrodutos metálicos e de PVC, uso dos cossinetes;
• Curvamento de eletrodutos metálicos e de PVC;
• Conceitos sobre montagens de instalações elétricas estruturais
Forma de Avaliação
10 pontos para participação, comportamento, disciplina, cumprimento de
regras, etc.
60 pontos para avaliação individual.
1ª Prova – 28/06
30 pontos para exercícios práticos individuais ou em grupo.
Sistema Internacional de Unidades (SI)
O Sistema Internacional de Unidades (SI) é um conjunto de unidades de
medida que são estabelecidas como padrão de uso, com a finalidade de evitar
confusões e facilitar comparações e conversões das medidas das diversas
grandezas.
Sistema Internacional de Unidades (SI)
São sete as grandezas definidas como fundamentais e,
consequentemente, são sete as unidades básicas do SI, conforme o quadro a
seguir.
Sistema Inglês de Unidades
Outro sistema de unidades de medidas importante é o chamado Sistema
Inglês. Apesar de não ser o sistema adotado oficialmente no Brasil, em
algumas situações suas unidades são utilizadas.
O Sistema Inglês utiliza a polegada, o pé, a jarda e a milha como unidades
de comprimento. Para converte-los para o SI utilizamos:
a) 1 polegada (in) = 2,54 cm;
b) 1 pé (ft) = 12 in = 30,48 cm;
c) 1 jarda (yd) = 3 ft = 36 in = 91,44 cm;
d) 1 milha (mi) = 1760 yd = 1609,34 m = 1,60934 km.
Exercício
1 – Faça as seguintes conversões:
a) 5 km para milhas;
b) 50 jardas para metros;
c) 3/8 in para centímetros;
2 – A fórmula Indy possui como sua principal prova a chamada 500 milhas de
Indianápolis onde os pilotos fazem uma média de 231 – 300 mph (milhas por
hora). Converta o percurso da prova para km.
Exemplo
Ao comprar um computador, é comum encontrarmos as especificações de
1,5 terá de HD ou 4 Giga de memória RAM, esses prefixos servem para
simplificar números extremamente grandes ou pequenos. Essa notação
cientifica é feita sempre multiplicando o numero por uma potencia de 10
elevada a números positivos ou negativos, por exemplo:
1, 5 tera equivale ao numero 1500000000000, fazendo a conversão temos:
Exercício
1 – Escreva os números abaixo em notação cientifica:
a) 0,00000005 A;
b) 0,002 V;
c) 5000 m;
d) 12000 W;
Instrumentos de Medidas Dimensionais
Metrologia: É a ciência da medição. Trata dos conceitos básicos, dos métodos
de medição, dos erros e sua propagação, das unidades e dos padrões
envolvidos na representação de grandezas físicas, bem como da
caracterização do comportamento estático e dinâmico dos sistemas de
medição.
Unidade de Medida: Grandeza especifica definida e adotada por convenção,
com a qual outras grandezas de mesma natureza são comparadas para
expressar seu tamanho em relação aquela grandeza.
Medição: É a atividade que visa determinar o valor mensurado, ou seja, é
uma sequencia de ações que permitem efetuar a medida propriamente dita.
Instrumentos de Medidas Dimensionais
Resultado da Medição: Valor atribuído a um mensurando obtido por
medição.
Mensurando: Objeto medição. Grandeza especifica submetida a medição.
Erro de Medição: Em geral são gerados devido a defeitos nos instrumentos
ou no método de medição, e ainda por influencias externas.
Exatidão de Medição: Grau de concordância entre o resultado de uma
medição e o seu valor verdadeiro.
Instrumentos de Medidas Dimensionais
Incerteza de Medição: Parâmetro, associado ao resultado de uma medição,
que caracteriza a dispersão dos valores que podem ser atribuídos a um
mensurado.
Calibração: Conjunto de operações que estabelece, sob condições
especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de
medição e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por
padrões.
Instrumentos de Medidas Dimensionais
1 - Paquímetro
O paquímetro associa uma escala, como padrão de comprimento a dois
bicos de medição, como meio de transporte de medidas, sendo um ligado a
escala e o outro ao cursor e a um nônio (escala menor), como interpolador
para leitura entre os traços da escala principal.
O paquímetro é um instrumento simples, compacto, robusto e fácil de
utilizar.
Instrumentos de Medidas Dimensionais
2 - Micrômetro
O principio de funcionamento do micrômetro baseia-se no deslocamento
axial de um parafuso micrométrico com passo de elevada exatidão dentro de
uma porca ajustável. Girando-se o parafuso micrométrico, este avança
proporcionalmente ao passo que normalmente é de 0,5 mm. A circunferência
da rosca é dividida em 50 partes iguais possibilitando leituras de 0,01 mm.
Instrumentos de Medidas Dimensionais
3 – Escalímetro
O escalímetro é um instrumento na forma de um prisma triangular que
possui 6 réguas com diferentes escalas. É utilizado para medir e conceber
desenhos em escalas ampliadas ou reduzidas.
Régua Graduada
A régua com traços demarcando suas medidas normalmente são
fabricadas em plástico, madeira ou aço. Sua graduação utiliza como unidade
de medida o metro (m) e seus submúltiplos, o centímetro (cm) e o milímetro
(mm). Também pode conter graduações em polegadas e suas frações,
conforme o Sistema Inglês.
Régua Graduada
Dentre os tipos de régua graduada podemos citar três, que são a trena,
metro articulado e fita métrica.
1 – Trena
É uma fita métrica ou de fibra flexível com graduação gravada a tinta em
uma ou ambas as faces.
Régua Graduada
2 – Metro articulado ou de carpinteiro
Régua rígida graduada, normalmente com 2 m de comprimento,
segmentada e articulada, o que facilita seu transporte. Muito utilizada por
pedreiros, marceneiros e eletricistas.
Régua Graduada
3 – Fita métrica
Fita de tecido ou plástico com escala gravada a tinta nas duas faces.
Comumente utilizada por alfaiates e costureiras.
Ferramentas de Corte
Quando se trata de instalar eletrodutos, calhas, leitos, etc. devemos estar
sempre realizando curvas e cortes no mesmos, uma vez que eles não são
fabricados sob medida, devemos estar sempre adaptando eles ao sistema
planejado.
Para realizar essas adaptações se faz necessário a utilização de
ferramentas especificas de corte. Entre elas podemos citar lâminas de corte,
arco de serra e serra meia esquadrias manual;
Ferramentas de Corte
1 – Serrote de Costas
Este tipo de serrote tem uma lâmina retangular, cujas costas são
reforçadas por uma banda metálica que a mantém reta, e dentes muito finos,
sendo ideal para corte em madeira folheada, perfis e molduras.
Ferramentas de Corte
2 – Serra de Esquadrilhar
Trata-se de uma guia de corte metálica, com precisão milimétrica, à qual é
fixada uma serra especial, cuja posição pode ser regulada da direita para a
esquerda, segundo ângulos fixos ou grau a grau.
Ferramentas de Corte
3 – Serrote de Ponta
Com uma pega em forma de pistola e uma lâmina estreita e longa, que
acaba em ponta, este serrote possibilita cortes em curva e aberturas (fazendo,
previamente, um furo).
Ferramentas de Corte
4 – Arco de Serra
Conhecido popularmente como “segueta” ou “serrinha”, o arco de serra é
uma ferramenta utilizada para cortar ou serrar materiais como madeira, metal,
canos e tubos de PVC, aço, plástico e compensados. Sua principal
característica na composição são: um arco durável e uma lâmina que pode ser
substituída quando estiver desgastada — eliminando a necessidade de
comprar um arco novo.
Ferramentas de Corte
5 – Serra Universal
Pode ser utilizada para cortar uma grande quantidade de materiais, como
madeira, plástico e metal.
Ferramentas de Corte
6 – Serra de Metais
É formada por um arco metálico e uma lâmina com os dentes voltados
para o exterior. Serve tanto para cortar metais quanto plástico e madeira.
Ferramentas de Corte
7 – Serra para Concreto
É dotada de dentes diamantados (tipo especial de dentes temperados),
que são bastante resistentes, específicos para cortar blocos de concreto
celular.
Ferramentas de Corte
8 – Serra tico-tico
A rotação do motor da serra tico-tico é transformada num movimento
vertical de vaivém que aciona a lâmina, permitindo também aliar um
movimento pendular. Este tipo de serra é ideal para realizar cortes em curvas,
que, dependendo da espessura da lâmina, podem ser mais ou menos
fechadas.
Ferramentas de Corte
9 – Serra Circular
A serra circular, com os seus diferentes tipos de discos, pode ser utilizada
em vários materiais. As lâminas de dentes largos tratados com carbono, por
exemplo, são perfeitas para o corte no sentido do veio. Como produzem cortes
grossos, são recomendadas para a maioria dos materiais, exceto pedra,
alvenaria, metais de carbono e madeira com pregos.
Martelos
1 – Martelo de Orelha
Também conhecido como martelo de carpinteiro, este modelo é o mais
comum e tem como função fixar e retirar pregos em qualquer superfície.
Martelos
3 – Martelo de Pena
É basicamente o mesmo modelo de martelo de estofador, porém maior e
mais utilizado no campo da mecânica e em indústrias para manutenção de
equipamentos.
Martelos
4 – Martelo de Bola
Ideal para reparos em funilarias e demais serviços automotivos. Leva esse
nome porque a parte oposta à cabeça é arredondada.
Martelos
5 – Martelo de Pedreiro
Também chamado de marreta ou picareta, este é um dos principais
martelos manuais que existem no mercado. Apresenta cabeça de aço pesada,
indicada para trabalhados mais exigentes — como ao quebrar uma parede.
Martelos
6 – Martelo de Faces Macias
Fabricado a partir de materiais como nylon, borracha ou cobre, este
martelo é ideal para impactos em superfícies que não podem ser danificadas.
Martelos
7 – Martelo Maço
Fabricado em madeira, possui faces achatadas na parte da cabeça.
Normalmente é utilizado para trabalhos em formões de madeira ou cabo.
Martelos
8 – Martelo de Forja
Este é um dos martelos manuais mais pesados que existem, podendo
pesar até 9 kg. Apresenta cabo mais comprido do que outros modelos, sendo
amplamente utilizado em indústrias.
Chaves de Aperto
2 – Chaves Combinadas
Considerada uma ferramenta duas em uma, a chave combinada possui
uma boca fixa de um lado e uma boca estrela na outra extremidade. Essa
característica permite que a ferramenta seja utilizada para trabalhos com
porcas e parafusos, sextavados ou quadrados.
Chaves de Aperto
3 – Chave Allen (Sextavada)
Com cabo em formato de L ou T e pontas abauladas que podem ser
utilizadas nas duas extremidades, e em diferentes posições, a chave allen é
utilizada para apertar ou afrouxar parafusos sextavados, em diferentes locais e
profundidades
Chaves de Aperto
4 – Chave Soquete
É uma unidade de parafuso com um soquete em forma de dois hexágonos
compensado coaxiais. Sua forma é semelhante às unidades de parafuso
quadrados e estriados triplos, mas eles são incompatíveis. Chaves sextavadas
padrão pode ser usado com esses soquetes
Chaves de Aperto
5 – Chave Torkx (Estrela)
TORX, tipo de cabeça de parafuso caracterizado por uma chave de 6
pontas formando uma estrela. O nome genérico é chave interna hexalobular.
Pelo design, a chave TORX possui uma resistência maior a pressão de
encaixe do que a chave Phillips pelo seu formato do encaixe como uma
cabeça de parafuso. A cabeça da chave Phillips é projetada para pular fora da
fenda evitando assim que um aperto muito forte possa danificar o encaixe. Por
esta razão as indústrias usam mais a chave TORX pois são mais eficientes em
processos automatizados.
Chaves de Aperto
6 – Chave de fenda
A chave de fenda tem a função de girar, afrouxar ou apertar parafusos,
sendo indispensável entre as ferramentas de um mecânico. Seu cabo pode ser
de material plástico ou acrílico, e o equipamento também pode ser utilizado em
pequenos reparos domésticos.
Chaves de Aperto
7 – Chave Philips
Indicada para parafusos menores, a chave philips possui cabeça estrelada,
sendo comercializada em diversos tamanhos e tipos de acabamento.
Cabo de Rede (Par Trançado)
Os cabos usados para redes de computadores, são do tipo par trançado e
tem a classificação CAT5.
Eles podem ser usados para todos os padrões de link Ethernet 10 Mb / 100
Mb (fast) / 1000 Mb ou 1 Gb (rede Gigabit). Eles não são blindados mas
oferecem a mesma proteção contra interferências pelo fato de serem
trançados.
O comprimento máximo de um cabo, sem a necessidade de usar repetidor
ou switch, é de 100 metros.
Cabo de Rede (Par Trançado)
Internamente o cabo possui 4 pares de fios, que estão trançados entre si
(par trançado), porem para se fazer a conexão de acordo com os padrões,
existe uma combinação de cores a se seguir.
Os cabos são definidos nessas cores:
• Laranja
• Branco com Laranja
• Verde
• Branco com Verde
• Azul
• Branco com Azul
• Marrom
• Branco com Marrom
Cabo de Rede (Par Trançado)
O conector utilizado nesse tipo de cabo é o RJ45 (Padrão Ethernet).
Ele possui uma estrutura de plástico no qual internamente possui ranhuras
que destinam os pares de fios, corretamente para seus terminais, de modo que
apenas um fio poderá ocupar um terminal.
Os terminais elétricos, estão de fabrica todos para fora, mas depois de
crimpado vão ser enterrados internamente no conector, suas pontas internas
são afiadas, de modo que possam atravessar a capa dos fios sem a
necessidade de descascar os mesmos.
Cabo de Rede (Par Trançado)
Padrão de Cores
O padrão para montagem de cabos de rede, foi definido pelo EIA/TIA 568,
que definiu dois padrões atualmente usados para montagem dos cabos A ou B.
Ambos os padrões podem ser usados para a montagem dos cabos de
rede, mas não podem ser misturados no mesmo cabo.
Cabo de Rede (Par Trançado)
Cabo Crossover: Configuração especial de cabo, pois é usado
exclusivamente para conectar duas maquinas de forma direta.
EletrodutosEletrodutos
São tubos de metal ou plástico, rígido ou flexível, utilizados com a
finalidade de conter os condutores elétricos e protege-los da umidade, ácidos,
gases ou choques mecânicos.
A principal função dos eletrodutos então, é proteger os condutores elétricos
contra influencias externas do ambiente (mau tempo, choques mecânicos,
agentes químicos, etc).
Os eletrodutos podem ser de vários tipos e são classificados de acordo
com o material com o qual são fabricados. Portanto, existem eletrodutos
rígidos de aço carbono, metais flexíveis, PVC rígido e PVC flexível.
EletrodutosOs eletrodutos de PVC são geralmente utilizados quando embutidos ou
enterrados. Já os de metais são mais utilizados em instalações aparentes. A
instalação de condutores em eletrodutos devem seguir as seguintes
considerações:
• A taxa mínima de ocupação em relação a área de seção transversal dos
eletrodutos não deve ser superior a:
• 53% no caso de um único condutor;
• 31% no caso de dois condutores;
• 40% no caso de três ou mais condutores.
• Nos eletrodutos, só devem ser instalados condutores isolados, admitindo-se
condutor nu em eletroduto isolante exclusivo, quando tal condutor se
destina a aterramento;
Eletrodutos• O diâmetro externo dos eletrodutos deve ser igual ou superior a 16 mm;
• Não deve haver trechos contínuos retilíneos de tubulação maiores que 15
m, nos trechos com curvas, este espaçamento deve ser reduzido de 3 m
para cada curva de 90º.
Acessórios para Eletrodutos
Os acessórios são diversos materiais complementares as instalações que
devem ser utilizados de acordo com as necessidades na montagem da rede de
eletrodutos.
Os acessórios mais utilizados na instalação de eletrodutos são:
a) Buchas;
b) Arruelas;
c) Conectores-box.
d) Braçadeiras;
e) Conduletes;
f) Caixas de embutir.
Acessórios para Eletrodutos
Os conduletes são definidos por letras que provem do inglês e significam:
• C de continuation, que significa continuação;
• B de back, que significa parte traseira;
• L de left, que quer dizer esquerdo;
• R de right, que significa direito;
• E de end, que quer dizer fim;
• T de formato em T;
• X que possui quatro saídas.
Eletrocalhas
Eletrocalhas são bandejas metálicas dobradas em forma de U, que podem
ser fechadas, perfuradas ou abertas (leitos). São usadas para instalações
aparentes, o que proporciona rapidez na instalação e na ampliação, além de
facilitar a inspeção e manutenção.
As eletrocalhas são muito versáteis, já que podem acomodar cabos
elétricos, cabos telefônicos e redes de comunicação no mesmo espaço, desde
que seja divididas por setores.
Eletrocalhas
A NBR 5410/97 estabelece que:
• os cabos unipolares e multipolares podem ser instalados em qualquer tipo
de calha;
• os condutores isolados só podem ser instalados em calhas de paredes
maciças cujas tampas só possam ser removidas com auxílio de
ferramentas;
• Admite-se a instalação de condutores isolados em calhas perfuradas e/ou
tampas desmontáveis sem auxílio de ferramentas em locais só acessíveis a
pessoas advertidas ou qualificadas;
• É conveniente ocupar a calha com 35% a 60%
Perfilados
Os perfilados são utilizados para acomodação, condução e derivação de
redes elétricas, cabos telefônicos, redes de comunicação e sustentação de
iluminarias.
Leitos
Conhecidos também como sistema de bandeja é em geral, construído em
alumínio ou em aço para diferentes cargas mecânicas (tipo pesado, médio,
leve). O uso de leitos só é permitido em estabelecimentos industriais onde haja
manutenção adequada e em locais não sujeitos a choques mecânicos.
Somente cabos unipolares e multipolares podem ser utilizados em bandejas.
Os cabos devem ser fixados na estrutura das bandejas, principalmente em
percursos verticais. Nas bandejas, os cabos devem ser instalados de
preferência em camada única.
Canaletas
As canaletas são feitas geralmente de PVC e servem como proteção
mecânica para a passagem dos fios e cabos elétricos/fios telefônicos e são
usadas em instalações aparentes.
Montagem de Rede de Eletrodutos
Para que a instalação dos componentes que farão parte da rede de
eletrodutos seja bem feita, é necessário marcar a localização desses
elementos e traçar seu percurso de acordo com o projeto e as normas
especificas de instalação. Para isso deve-se seguir uma sequencia de passos
que são:
a) Marcar os pontos de luz no teto com o auxilio do fio de prumo;
b) Fazer as marcações das linhas horizontais, verticais e das caixas de
passagem com o auxilio de uma régua, lápis de carpinteiro ou nível a
laser;
Montagem de Rede de Eletrodutos
Para montagem de uma rede de eletrodutos embutida, deve-se seguir as
seguintes etapas:
a) Fixar as caixas de passagem de acordo com a localização dos elementos
da instalação, lembrando-se de retirar tampas para passagem dos
eletrodutos;
b) Ajuste e fixe os eletrodutos no local em que devem ser instalados;
c) Se necessário, use a luva de prolongar o eletroduto antes do aperto final
com o alicate do tipo bomba d’água;
d) Verificar se há necessidade de ajustes.
Dimensionamento de Eletrodutos
Antes de dimensionar um conduto, devemos ter um diagrama da
instalação para sabermos as quantidades, o tipo e a seção nominal dos
condutores que serão instalados nesse conduto. Com base nessa informação,
devemos ter em mãos normas, tabelas e catálogos técnicos de condutos e de
condutores para que tenhamos informações a respeito das suas dimensões.
O item 6.2.11.1 da NBR 5410 prescreve a instalação de eletrodutos.
Nestes somente podem ser instalados condutores isolados ou cabos
(unipolares ou multipolares), e os eletrodutos devem ser dimensionados de
modo a facilitar a instalação ou substituição dos condutores.
Dimensionamento de Eletrodutos
A taxa de ocupação de um eletroduto não deve ser superior aos seguintes
valores percentuais:
a) 53% para instalação de um único condutor;
b) 31% para instalação de dois condutores;
c) 40% para instalação de três ou mais condutores.
Para dimensionar um eletroduto, devemos verificar a seção externa dos
condutores a serem utilizados na instalação. Essa informação normalmente é
encontrada em catálogos técnicos fornecidos por fabricantes.
Dimensionamento de Eletrodutos
Para saber a seção transversal total (𝑆𝑇𝐶 ) dos condutores que serão
instalados no eletroduto, basta somar os valores das seções transversais
(externas) de todos esses condutores. Observe a equação a seguir:
𝑆𝑇𝐶 = 𝑆𝐶1 + 𝑆𝐶2 + 𝑆𝐶3 +⋯+ 𝑆𝐶𝑁 (𝑚𝑚2)
Em que:
𝑆𝐶1, 𝑆𝐶2, 𝑆𝐶3 correspondem a seção transversal dos condutores de diferentes
seções nominais;
𝑆𝐶𝑁 é a seção transversal do enésimo condutor de diferente seção nominal.
Dimensionamento de Eletrodutos
Após o calculo da seção transversal total dos condutores que serão
instalados no eletroduto, calcularemos a seção transversal interna mínima do
eletroduto (𝑆𝐸) a ser utilizado. Para isso, devemos considerar que a seção
transversal total dos condutores (𝑆𝑇𝐶) corresponde a sua taxa de ocupação de
seção transversal interna mínima do eletroduto (𝑆𝐸). Esse calculo é realizado
por meio de regra de três simples. Exemplo em que se adota uma taxa de
ocupação de 40%.
𝑆𝑇𝐶 → 40% 𝑑𝑒 𝑆𝐸𝑥 → 100% 𝑑𝑒 𝑆𝐸
𝑥 =𝑆𝑇𝐶 . 100
40(𝑚𝑚2)
Em que x é o valor da seção transversal interna mínima do eletroduto (𝑆𝐸).
Dimensionamento de Eletrodutos
O diâmetro nominal do eletroduto (𝐷𝑁) a ser adotado deve ser igual ou maior
ao calculado. Veja um exemplo de tabela técnica de um tipo de eletroduto
flexível corrugado de PVC apresentada por um fabricante.
Dimensionamento de EletrodutosA norma relacionada aos eletrodutos plásticos (rígidos e flexíveis), no Brasil, é a
NBR 15465 – Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa
tensão.
nessa norma, os eletrodutos são classificados conforme a resistência
mecânica que apresentam. Logo, podem ser denominados de:
a) Eletroduto leve;
b) Eletroduto médio;
c) Eletroduto pesado.
Dimensionamento de EletrodutosQuanto a aplicação, os eletrodutos plásticos podem ser de três tipos, conforme
mostrado na tabela a seguir:
Dimensionamento de EletrodutosA NBR 15465 ainda determina que os eletrodutos plásticos devem ser
diferenciados por cores, conforme pode ser visto na tabela abaixo:
Exemplo
1 – Dimensione o diâmetro nominal de um eletroduto flexível corrugado de
PVC no qual serão instalados sete condutores isolados.
a) Circuito 1: 2 condutores de 2,5 mm² - 𝑆𝐶1 = 20,4mm²
b) Circuito 2: 2 condutores de 4,0 mm² - 𝑆𝐶2 = 27,8𝑚𝑚²
c) Circuito 3: 3 condutores de 6,0 mm² - 𝑆𝐶3 = 51,9𝑚𝑚²
Exemplo
Calculo das seções transversais dos condutores dos circuitos (𝑆𝐶):
𝑆𝐶1 = 10,2 x 2 = 20,4mm²
𝑆𝐶2 = 13,9 𝑥 2 = 27,8𝑚𝑚²
𝑆𝐶3 = 17,3 𝑥 3 = 51,9𝑚𝑚²
Calculo da seção transversal total (𝑆𝑇𝐶) dos condutores que serão isntalados
no eletroduto:
𝑆𝑇𝐶 = 𝑆𝐶1 + 𝑆𝐶2 + 𝑆𝐶3 = 20,4 𝑚𝑚2 + 27,8 𝑚𝑚2 + 51,9 𝑚𝑚²
𝑆𝑇𝐶 = 100 𝑚𝑚²
Exemplo
Para chegar ao valor nominal do diâmetro do eletroduto do exemplo, devemos
consultar a tabela seguinte. Sabemos que a seção transversal interna mínima
do eletroduto é de 250 mm². com base nesse valor, percorremos a coluna 3 da
tabela de cima para baixo ate encontrar um valor igual ou superior ao valor
calculado (250 mm²).
Dimensionamento de Bandejas, Leitos,
Prateleiras e Suportes HorizontaisA instalação desses tipos de condutos é prescrita no item 6.2.11.3 da NBR 5410.
Nesse caso, somente podem ser instalados cabos unipolares ou multipolares.
A norma não estabelece taxa de ocupação para bandejas, leitos,
prateleiras e suportes horizontais. A restrição é aplicada a quantidade de
camadas de cabos. Os cabos devem ser dispostos, preferencialmente, em
uma única camada.
Dimensionamento de Bandejas, Leitos,
Prateleiras e Suportes HorizontaisPara dimensionar o numero de cabos em uma bandeja, vamos calcular quantos
cabos, com seção nominal de 70 mm², dispostos em camada única, cabem em uma
bandeja que possui 200 mm de largura.
O diâmetro externo nominal do cabo (𝐷𝐸𝑁𝐶)de 70 mm² é de 17,1 mm.
Assim o numero de condutores é dado pela seguinte fórmula.
𝑁𝐶 =𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑛𝑑𝑒𝑗𝑎
𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑏𝑜
𝑁𝐶 =200 𝑚𝑚
17,1 𝑚𝑚= 11 𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠
Dimensionamento de Canaletas e Perfilados
A aplicação de canaletas é cada vez mais comum em instalações elétricas prediais
de baixa tensão, tanto em instalações novas quanto em reformas e ampliações. No
mercado, esses produtos são encontrados em diversos modelos e dimensões e há uma
variada linha de acessórios, o que facilita a montagem, além de proporcionar
funcionalidade e beleza a instalação. Alguns modelos possuem divisões internas para
instalação de linhas elétricas, de sinais e de alimentação elétrica.
Dimensionamento de Canaletas e Perfilados
Os perfilados são muito utilizados em instalações aéreas. Seu emprego em
instalações elétricas prediais de baixa tensão possibilita a montagem de uma
infraestrutura completa que tem as funções de conduto e de suporte das luminárias. A
montagem de redes de perfilados é muito pratica e funcional devido a variada linha de
acessórios.
Dimensionamento de Canaletas e Perfilados
Conforme prescrito no item 6.2.11.4.1 da NBR 5410, é permitida a instalação de
condutores isolados e cabos em perfilados e canaletas aparentes. A norma não
estabelece taxa de ocupação para esses tipos de condutos, porem, para dimensiona-
los, é necessário seguir as recomendações do fabricante.
Segundo a NBR 5410, a instalação de condutores isolados em canaletas
ou perfilados abertos ou perfurados é permitida desde que estes sejam
instalados:
a) Em locais acessados por pessoas advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5),
conforme descrito na tabela 18 da NBR 5410 – Competência das pessoas;
b) A uma altura mínima de 2,5 m do piso.
Referências Bibliográficas
SENAI – Departamento Nacional. Projeto de Sistemas Elétricos
Prediais. São Paulo, 2014.
SENAI – RJ. Elementos de Instalações Elétricas Prediais, Rio de
Janeiro, 2003.
CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações Elétricas
Prediais. Editora Érica, 14ª ed. São Paulo, 2006.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410:
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. 17 de Março de 2008.