noções de montagem de infraestrutura · o escalímetro é um instrumento na forma de um prisma...

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Curso de Formação Profissional Aprendizagem Industrial em Instalação Elétrica Predial Módulo I Senai Arcos-MG CFP Eliezer Vitorino Costa Raphael Roberto Ribeiro Silva Técnico em eletroeletrônica pelo INPA Arcos Estudante de Engenharia Elétrica do IFMG - Formiga Noções de Montagem de Infraestrutura

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Curso de Formação Profissional Aprendizagem

Industrial em Instalação Elétrica Predial – Módulo I

Senai Arcos-MG

CFP Eliezer Vitorino Costa

Raphael Roberto Ribeiro Silva

Técnico em eletroeletrônica pelo INPA – Arcos

Estudante de Engenharia Elétrica do IFMG - Formiga

Noções de Montagem de

Infraestrutura

Conteúdo Programático

• Conceitos de unidades de medida, sistemas métricos e inglês;

• Conversão de unidades;

• Apresentação de ferramentas em geral utilizadas para montagens de

infraestrutura elétrica predial exposta e embutida.

• Ferramentas de corte: lâminas de corte, arco de serra e serra meia

esquadrias manual;

• Ferramentas de aperto: chaves de boca, combinadas, allen, soquete, torkx,

fenda e philips.

• Instrumentos de medidas: trena, metro, escala, nível de mão e prumo.

• Alicate crimpadror e pushdown

Conteúdo Programático

• Martelos;

• Projeto de Estrutura de eletroduto exposto;

• Conceitos sobre montagens de instalações elétricas estruturais.

• Limas;

• Rebitadeiras manuais e rebites de repuxo;

• Parafusos fixação em aço, madeira e concreto;

• Fixação por parafusos e rebites em madeira, aço e concreto;

• Furadeira elétrica manual, tipos e aplicação;

Conteúdo Programático

• Brocas helicoidais: tipos, aplicações e cuidados;

• Rosqueamento de eletrodutos metálicos e de PVC, uso dos cossinetes;

• Curvamento de eletrodutos metálicos e de PVC;

• Conceitos sobre montagens de instalações elétricas estruturais

Forma de Avaliação

10 pontos para participação, comportamento, disciplina, cumprimento de

regras, etc.

60 pontos para avaliação individual.

1ª Prova – 28/06

30 pontos para exercícios práticos individuais ou em grupo.

Sistema Internacional de Unidades (SI)

O Sistema Internacional de Unidades (SI) é um conjunto de unidades de

medida que são estabelecidas como padrão de uso, com a finalidade de evitar

confusões e facilitar comparações e conversões das medidas das diversas

grandezas.

Sistema Internacional de Unidades (SI)

São sete as grandezas definidas como fundamentais e,

consequentemente, são sete as unidades básicas do SI, conforme o quadro a

seguir.

Sistema Internacional de Unidades (SI)

Sistema Inglês de Unidades

Outro sistema de unidades de medidas importante é o chamado Sistema

Inglês. Apesar de não ser o sistema adotado oficialmente no Brasil, em

algumas situações suas unidades são utilizadas.

O Sistema Inglês utiliza a polegada, o pé, a jarda e a milha como unidades

de comprimento. Para converte-los para o SI utilizamos:

a) 1 polegada (in) = 2,54 cm;

b) 1 pé (ft) = 12 in = 30,48 cm;

c) 1 jarda (yd) = 3 ft = 36 in = 91,44 cm;

d) 1 milha (mi) = 1760 yd = 1609,34 m = 1,60934 km.

Exercício

1 – Faça as seguintes conversões:

a) 5 km para milhas;

b) 50 jardas para metros;

c) 3/8 in para centímetros;

2 – A fórmula Indy possui como sua principal prova a chamada 500 milhas de

Indianápolis onde os pilotos fazem uma média de 231 – 300 mph (milhas por

hora). Converta o percurso da prova para km.

Exemplo

Ao comprar um computador, é comum encontrarmos as especificações de

1,5 terá de HD ou 4 Giga de memória RAM, esses prefixos servem para

simplificar números extremamente grandes ou pequenos. Essa notação

cientifica é feita sempre multiplicando o numero por uma potencia de 10

elevada a números positivos ou negativos, por exemplo:

1, 5 tera equivale ao numero 1500000000000, fazendo a conversão temos:

Exercício

1 – Escreva os números abaixo em notação cientifica:

a) 0,00000005 A;

b) 0,002 V;

c) 5000 m;

d) 12000 W;

Instrumentos de Medidas Dimensionais

Metrologia: É a ciência da medição. Trata dos conceitos básicos, dos métodos

de medição, dos erros e sua propagação, das unidades e dos padrões

envolvidos na representação de grandezas físicas, bem como da

caracterização do comportamento estático e dinâmico dos sistemas de

medição.

Unidade de Medida: Grandeza especifica definida e adotada por convenção,

com a qual outras grandezas de mesma natureza são comparadas para

expressar seu tamanho em relação aquela grandeza.

Medição: É a atividade que visa determinar o valor mensurado, ou seja, é

uma sequencia de ações que permitem efetuar a medida propriamente dita.

Instrumentos de Medidas Dimensionais

Resultado da Medição: Valor atribuído a um mensurando obtido por

medição.

Mensurando: Objeto medição. Grandeza especifica submetida a medição.

Erro de Medição: Em geral são gerados devido a defeitos nos instrumentos

ou no método de medição, e ainda por influencias externas.

Exatidão de Medição: Grau de concordância entre o resultado de uma

medição e o seu valor verdadeiro.

Instrumentos de Medidas Dimensionais

Incerteza de Medição: Parâmetro, associado ao resultado de uma medição,

que caracteriza a dispersão dos valores que podem ser atribuídos a um

mensurado.

Calibração: Conjunto de operações que estabelece, sob condições

especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de

medição e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por

padrões.

Instrumentos de Medidas Dimensionais

1 - Paquímetro

O paquímetro associa uma escala, como padrão de comprimento a dois

bicos de medição, como meio de transporte de medidas, sendo um ligado a

escala e o outro ao cursor e a um nônio (escala menor), como interpolador

para leitura entre os traços da escala principal.

O paquímetro é um instrumento simples, compacto, robusto e fácil de

utilizar.

Instrumentos de Medidas Dimensionais

1 - Paquímetro

Instrumentos de Medidas Dimensionais

2 - Micrômetro

O principio de funcionamento do micrômetro baseia-se no deslocamento

axial de um parafuso micrométrico com passo de elevada exatidão dentro de

uma porca ajustável. Girando-se o parafuso micrométrico, este avança

proporcionalmente ao passo que normalmente é de 0,5 mm. A circunferência

da rosca é dividida em 50 partes iguais possibilitando leituras de 0,01 mm.

Instrumentos de Medidas Dimensionais

2 - Micrômetro

Instrumentos de Medidas Dimensionais

3 – Escalímetro

O escalímetro é um instrumento na forma de um prisma triangular que

possui 6 réguas com diferentes escalas. É utilizado para medir e conceber

desenhos em escalas ampliadas ou reduzidas.

Régua Graduada

A régua com traços demarcando suas medidas normalmente são

fabricadas em plástico, madeira ou aço. Sua graduação utiliza como unidade

de medida o metro (m) e seus submúltiplos, o centímetro (cm) e o milímetro

(mm). Também pode conter graduações em polegadas e suas frações,

conforme o Sistema Inglês.

Régua Graduada

Dentre os tipos de régua graduada podemos citar três, que são a trena,

metro articulado e fita métrica.

1 – Trena

É uma fita métrica ou de fibra flexível com graduação gravada a tinta em

uma ou ambas as faces.

Régua Graduada

2 – Metro articulado ou de carpinteiro

Régua rígida graduada, normalmente com 2 m de comprimento,

segmentada e articulada, o que facilita seu transporte. Muito utilizada por

pedreiros, marceneiros e eletricistas.

Régua Graduada

3 – Fita métrica

Fita de tecido ou plástico com escala gravada a tinta nas duas faces.

Comumente utilizada por alfaiates e costureiras.

Ferramentas de Corte

Quando se trata de instalar eletrodutos, calhas, leitos, etc. devemos estar

sempre realizando curvas e cortes no mesmos, uma vez que eles não são

fabricados sob medida, devemos estar sempre adaptando eles ao sistema

planejado.

Para realizar essas adaptações se faz necessário a utilização de

ferramentas especificas de corte. Entre elas podemos citar lâminas de corte,

arco de serra e serra meia esquadrias manual;

Ferramentas de Corte

1 – Serrote de Costas

Este tipo de serrote tem uma lâmina retangular, cujas costas são

reforçadas por uma banda metálica que a mantém reta, e dentes muito finos,

sendo ideal para corte em madeira folheada, perfis e molduras.

Ferramentas de Corte

2 – Serra de Esquadrilhar

Trata-se de uma guia de corte metálica, com precisão milimétrica, à qual é

fixada uma serra especial, cuja posição pode ser regulada da direita para a

esquerda, segundo ângulos fixos ou grau a grau.

Ferramentas de Corte

3 – Serrote de Ponta

Com uma pega em forma de pistola e uma lâmina estreita e longa, que

acaba em ponta, este serrote possibilita cortes em curva e aberturas (fazendo,

previamente, um furo).

Ferramentas de Corte

4 – Arco de Serra

Conhecido popularmente como “segueta” ou “serrinha”, o arco de serra é

uma ferramenta utilizada para cortar ou serrar materiais como madeira, metal,

canos e tubos de PVC, aço, plástico e compensados. Sua principal

característica na composição são: um arco durável e uma lâmina que pode ser

substituída quando estiver desgastada — eliminando a necessidade de

comprar um arco novo.

Ferramentas de Corte

5 – Serra Universal

Pode ser utilizada para cortar uma grande quantidade de materiais, como

madeira, plástico e metal.

Ferramentas de Corte

6 – Serra de Metais

É formada por um arco metálico e uma lâmina com os dentes voltados

para o exterior. Serve tanto para cortar metais quanto plástico e madeira.

Ferramentas de Corte

7 – Serra para Concreto

É dotada de dentes diamantados (tipo especial de dentes temperados),

que são bastante resistentes, específicos para cortar blocos de concreto

celular.

Ferramentas de Corte

8 – Serra tico-tico

A rotação do motor da serra tico-tico é transformada num movimento

vertical de vaivém que aciona a lâmina, permitindo também aliar um

movimento pendular. Este tipo de serra é ideal para realizar cortes em curvas,

que, dependendo da espessura da lâmina, podem ser mais ou menos

fechadas.

Ferramentas de Corte

9 – Serra Circular

A serra circular, com os seus diferentes tipos de discos, pode ser utilizada

em vários materiais. As lâminas de dentes largos tratados com carbono, por

exemplo, são perfeitas para o corte no sentido do veio. Como produzem cortes

grossos, são recomendadas para a maioria dos materiais, exceto pedra,

alvenaria, metais de carbono e madeira com pregos.

Martelos

1 – Martelo de Orelha

Também conhecido como martelo de carpinteiro, este modelo é o mais

comum e tem como função fixar e retirar pregos em qualquer superfície.

Martelos

2 – Martelo de Estofador

Utilizado para fixar tachas, pregos finos e pinos.

Martelos

3 – Martelo de Pena

É basicamente o mesmo modelo de martelo de estofador, porém maior e

mais utilizado no campo da mecânica e em indústrias para manutenção de

equipamentos.

Martelos

4 – Martelo de Bola

Ideal para reparos em funilarias e demais serviços automotivos. Leva esse

nome porque a parte oposta à cabeça é arredondada.

Martelos

5 – Martelo de Pedreiro

Também chamado de marreta ou picareta, este é um dos principais

martelos manuais que existem no mercado. Apresenta cabeça de aço pesada,

indicada para trabalhados mais exigentes — como ao quebrar uma parede.

Martelos

6 – Martelo de Faces Macias

Fabricado a partir de materiais como nylon, borracha ou cobre, este

martelo é ideal para impactos em superfícies que não podem ser danificadas.

Martelos

7 – Martelo Maço

Fabricado em madeira, possui faces achatadas na parte da cabeça.

Normalmente é utilizado para trabalhos em formões de madeira ou cabo.

Martelos

8 – Martelo de Forja

Este é um dos martelos manuais mais pesados que existem, podendo

pesar até 9 kg. Apresenta cabo mais comprido do que outros modelos, sendo

amplamente utilizado em indústrias.

Limas

Chaves de Aperto

1 - Chaves de Boca

Chaves de Aperto

2 – Chaves Combinadas

Considerada uma ferramenta duas em uma, a chave combinada possui

uma boca fixa de um lado e uma boca estrela na outra extremidade. Essa

característica permite que a ferramenta seja utilizada para trabalhos com

porcas e parafusos, sextavados ou quadrados.

Chaves de Aperto

3 – Chave Allen (Sextavada)

Com cabo em formato de L ou T e pontas abauladas que podem ser

utilizadas nas duas extremidades, e em diferentes posições, a chave allen é

utilizada para apertar ou afrouxar parafusos sextavados, em diferentes locais e

profundidades

Chaves de Aperto

4 – Chave Soquete

É uma unidade de parafuso com um soquete em forma de dois hexágonos

compensado coaxiais. Sua forma é semelhante às unidades de parafuso

quadrados e estriados triplos, mas eles são incompatíveis. Chaves sextavadas

padrão pode ser usado com esses soquetes

Chaves de Aperto

5 – Chave Torkx (Estrela)

TORX, tipo de cabeça de parafuso caracterizado por uma chave de 6

pontas formando uma estrela. O nome genérico é chave interna hexalobular.

Pelo design, a chave TORX possui uma resistência maior a pressão de

encaixe do que a chave Phillips pelo seu formato do encaixe como uma

cabeça de parafuso. A cabeça da chave Phillips é projetada para pular fora da

fenda evitando assim que um aperto muito forte possa danificar o encaixe. Por

esta razão as indústrias usam mais a chave TORX pois são mais eficientes em

processos automatizados.

Chaves de Aperto

6 – Chave de fenda

A chave de fenda tem a função de girar, afrouxar ou apertar parafusos,

sendo indispensável entre as ferramentas de um mecânico. Seu cabo pode ser

de material plástico ou acrílico, e o equipamento também pode ser utilizado em

pequenos reparos domésticos.

Chaves de Aperto

7 – Chave Philips

Indicada para parafusos menores, a chave philips possui cabeça estrelada,

sendo comercializada em diversos tamanhos e tipos de acabamento.

Brocas

Cabo de Rede (Par Trançado)

Os cabos usados para redes de computadores, são do tipo par trançado e

tem a classificação CAT5.

Eles podem ser usados para todos os padrões de link Ethernet 10 Mb / 100

Mb (fast) / 1000 Mb ou 1 Gb (rede Gigabit). Eles não são blindados mas

oferecem a mesma proteção contra interferências pelo fato de serem

trançados.

O comprimento máximo de um cabo, sem a necessidade de usar repetidor

ou switch, é de 100 metros.

Cabo de Rede (Par Trançado)

Internamente o cabo possui 4 pares de fios, que estão trançados entre si

(par trançado), porem para se fazer a conexão de acordo com os padrões,

existe uma combinação de cores a se seguir.

Os cabos são definidos nessas cores:

• Laranja

• Branco com Laranja

• Verde

• Branco com Verde

• Azul

• Branco com Azul

• Marrom

• Branco com Marrom

Cabo de Rede (Par Trançado)

O conector utilizado nesse tipo de cabo é o RJ45 (Padrão Ethernet).

Ele possui uma estrutura de plástico no qual internamente possui ranhuras

que destinam os pares de fios, corretamente para seus terminais, de modo que

apenas um fio poderá ocupar um terminal.

Os terminais elétricos, estão de fabrica todos para fora, mas depois de

crimpado vão ser enterrados internamente no conector, suas pontas internas

são afiadas, de modo que possam atravessar a capa dos fios sem a

necessidade de descascar os mesmos.

Cabo de Rede (Par Trançado)

Cabo de Rede (Par Trançado)

Padrão de Cores

O padrão para montagem de cabos de rede, foi definido pelo EIA/TIA 568,

que definiu dois padrões atualmente usados para montagem dos cabos A ou B.

Ambos os padrões podem ser usados para a montagem dos cabos de

rede, mas não podem ser misturados no mesmo cabo.

Cabo de Rede (Par Trançado)

Cabo de Rede (Par Trançado)

Cabo Crossover: Configuração especial de cabo, pois é usado

exclusivamente para conectar duas maquinas de forma direta.

Parafusos

EletrodutosEletrodutos

São tubos de metal ou plástico, rígido ou flexível, utilizados com a

finalidade de conter os condutores elétricos e protege-los da umidade, ácidos,

gases ou choques mecânicos.

A principal função dos eletrodutos então, é proteger os condutores elétricos

contra influencias externas do ambiente (mau tempo, choques mecânicos,

agentes químicos, etc).

Os eletrodutos podem ser de vários tipos e são classificados de acordo

com o material com o qual são fabricados. Portanto, existem eletrodutos

rígidos de aço carbono, metais flexíveis, PVC rígido e PVC flexível.

Eletrodutos

Eletroduto Flexível Metálico

Eletrodutos

Eletroduto Flexível de Plástico

EletrodutosOs eletrodutos de PVC são geralmente utilizados quando embutidos ou

enterrados. Já os de metais são mais utilizados em instalações aparentes. A

instalação de condutores em eletrodutos devem seguir as seguintes

considerações:

• A taxa mínima de ocupação em relação a área de seção transversal dos

eletrodutos não deve ser superior a:

• 53% no caso de um único condutor;

• 31% no caso de dois condutores;

• 40% no caso de três ou mais condutores.

• Nos eletrodutos, só devem ser instalados condutores isolados, admitindo-se

condutor nu em eletroduto isolante exclusivo, quando tal condutor se

destina a aterramento;

Eletrodutos• O diâmetro externo dos eletrodutos deve ser igual ou superior a 16 mm;

• Não deve haver trechos contínuos retilíneos de tubulação maiores que 15

m, nos trechos com curvas, este espaçamento deve ser reduzido de 3 m

para cada curva de 90º.

Acessórios para Eletrodutos

Os acessórios são diversos materiais complementares as instalações que

devem ser utilizados de acordo com as necessidades na montagem da rede de

eletrodutos.

Os acessórios mais utilizados na instalação de eletrodutos são:

a) Buchas;

b) Arruelas;

c) Conectores-box.

d) Braçadeiras;

e) Conduletes;

f) Caixas de embutir.

Acessórios para Eletrodutos

Os conduletes são definidos por letras que provem do inglês e significam:

• C de continuation, que significa continuação;

• B de back, que significa parte traseira;

• L de left, que quer dizer esquerdo;

• R de right, que significa direito;

• E de end, que quer dizer fim;

• T de formato em T;

• X que possui quatro saídas.

Eletrocalhas

Eletrocalhas são bandejas metálicas dobradas em forma de U, que podem

ser fechadas, perfuradas ou abertas (leitos). São usadas para instalações

aparentes, o que proporciona rapidez na instalação e na ampliação, além de

facilitar a inspeção e manutenção.

As eletrocalhas são muito versáteis, já que podem acomodar cabos

elétricos, cabos telefônicos e redes de comunicação no mesmo espaço, desde

que seja divididas por setores.

Eletrocalhas

Eletrocalhas

Eletrocalhas

Eletrocalhas

A NBR 5410/97 estabelece que:

• os cabos unipolares e multipolares podem ser instalados em qualquer tipo

de calha;

• os condutores isolados só podem ser instalados em calhas de paredes

maciças cujas tampas só possam ser removidas com auxílio de

ferramentas;

• Admite-se a instalação de condutores isolados em calhas perfuradas e/ou

tampas desmontáveis sem auxílio de ferramentas em locais só acessíveis a

pessoas advertidas ou qualificadas;

• É conveniente ocupar a calha com 35% a 60%

Perfilados

Os perfilados são utilizados para acomodação, condução e derivação de

redes elétricas, cabos telefônicos, redes de comunicação e sustentação de

iluminarias.

Leitos

Conhecidos também como sistema de bandeja é em geral, construído em

alumínio ou em aço para diferentes cargas mecânicas (tipo pesado, médio,

leve). O uso de leitos só é permitido em estabelecimentos industriais onde haja

manutenção adequada e em locais não sujeitos a choques mecânicos.

Somente cabos unipolares e multipolares podem ser utilizados em bandejas.

Os cabos devem ser fixados na estrutura das bandejas, principalmente em

percursos verticais. Nas bandejas, os cabos devem ser instalados de

preferência em camada única.

Canaletas

As canaletas são feitas geralmente de PVC e servem como proteção

mecânica para a passagem dos fios e cabos elétricos/fios telefônicos e são

usadas em instalações aparentes.

Montagem de Rede de Eletrodutos

Para que a instalação dos componentes que farão parte da rede de

eletrodutos seja bem feita, é necessário marcar a localização desses

elementos e traçar seu percurso de acordo com o projeto e as normas

especificas de instalação. Para isso deve-se seguir uma sequencia de passos

que são:

a) Marcar os pontos de luz no teto com o auxilio do fio de prumo;

b) Fazer as marcações das linhas horizontais, verticais e das caixas de

passagem com o auxilio de uma régua, lápis de carpinteiro ou nível a

laser;

Montagem de Rede de Eletrodutos

Montagem de Rede de Eletrodutos

Para montagem de uma rede de eletrodutos embutida, deve-se seguir as

seguintes etapas:

a) Fixar as caixas de passagem de acordo com a localização dos elementos

da instalação, lembrando-se de retirar tampas para passagem dos

eletrodutos;

b) Ajuste e fixe os eletrodutos no local em que devem ser instalados;

c) Se necessário, use a luva de prolongar o eletroduto antes do aperto final

com o alicate do tipo bomba d’água;

d) Verificar se há necessidade de ajustes.

Montagem de Rede de Eletrodutos

Dimensionamento de Eletrodutos

Antes de dimensionar um conduto, devemos ter um diagrama da

instalação para sabermos as quantidades, o tipo e a seção nominal dos

condutores que serão instalados nesse conduto. Com base nessa informação,

devemos ter em mãos normas, tabelas e catálogos técnicos de condutos e de

condutores para que tenhamos informações a respeito das suas dimensões.

O item 6.2.11.1 da NBR 5410 prescreve a instalação de eletrodutos.

Nestes somente podem ser instalados condutores isolados ou cabos

(unipolares ou multipolares), e os eletrodutos devem ser dimensionados de

modo a facilitar a instalação ou substituição dos condutores.

Dimensionamento de Eletrodutos

A taxa de ocupação de um eletroduto não deve ser superior aos seguintes

valores percentuais:

a) 53% para instalação de um único condutor;

b) 31% para instalação de dois condutores;

c) 40% para instalação de três ou mais condutores.

Para dimensionar um eletroduto, devemos verificar a seção externa dos

condutores a serem utilizados na instalação. Essa informação normalmente é

encontrada em catálogos técnicos fornecidos por fabricantes.

Dimensionamento de Eletrodutos

Dimensionamento de Eletrodutos

Dimensionamento de Eletrodutos

Dimensionamento de Eletrodutos

Para saber a seção transversal total (𝑆𝑇𝐶 ) dos condutores que serão

instalados no eletroduto, basta somar os valores das seções transversais

(externas) de todos esses condutores. Observe a equação a seguir:

𝑆𝑇𝐶 = 𝑆𝐶1 + 𝑆𝐶2 + 𝑆𝐶3 +⋯+ 𝑆𝐶𝑁 (𝑚𝑚2)

Em que:

𝑆𝐶1, 𝑆𝐶2, 𝑆𝐶3 correspondem a seção transversal dos condutores de diferentes

seções nominais;

𝑆𝐶𝑁 é a seção transversal do enésimo condutor de diferente seção nominal.

Dimensionamento de Eletrodutos

Após o calculo da seção transversal total dos condutores que serão

instalados no eletroduto, calcularemos a seção transversal interna mínima do

eletroduto (𝑆𝐸) a ser utilizado. Para isso, devemos considerar que a seção

transversal total dos condutores (𝑆𝑇𝐶) corresponde a sua taxa de ocupação de

seção transversal interna mínima do eletroduto (𝑆𝐸). Esse calculo é realizado

por meio de regra de três simples. Exemplo em que se adota uma taxa de

ocupação de 40%.

𝑆𝑇𝐶 → 40% 𝑑𝑒 𝑆𝐸𝑥 → 100% 𝑑𝑒 𝑆𝐸

𝑥 =𝑆𝑇𝐶 . 100

40(𝑚𝑚2)

Em que x é o valor da seção transversal interna mínima do eletroduto (𝑆𝐸).

Dimensionamento de Eletrodutos

O diâmetro nominal do eletroduto (𝐷𝑁) a ser adotado deve ser igual ou maior

ao calculado. Veja um exemplo de tabela técnica de um tipo de eletroduto

flexível corrugado de PVC apresentada por um fabricante.

Dimensionamento de EletrodutosA norma relacionada aos eletrodutos plásticos (rígidos e flexíveis), no Brasil, é a

NBR 15465 – Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa

tensão.

nessa norma, os eletrodutos são classificados conforme a resistência

mecânica que apresentam. Logo, podem ser denominados de:

a) Eletroduto leve;

b) Eletroduto médio;

c) Eletroduto pesado.

Dimensionamento de EletrodutosQuanto a aplicação, os eletrodutos plásticos podem ser de três tipos, conforme

mostrado na tabela a seguir:

Dimensionamento de EletrodutosA NBR 15465 ainda determina que os eletrodutos plásticos devem ser

diferenciados por cores, conforme pode ser visto na tabela abaixo:

Exemplo

1 – Dimensione o diâmetro nominal de um eletroduto flexível corrugado de

PVC no qual serão instalados sete condutores isolados.

a) Circuito 1: 2 condutores de 2,5 mm² - 𝑆𝐶1 = 20,4mm²

b) Circuito 2: 2 condutores de 4,0 mm² - 𝑆𝐶2 = 27,8𝑚𝑚²

c) Circuito 3: 3 condutores de 6,0 mm² - 𝑆𝐶3 = 51,9𝑚𝑚²

Exemplo

Calculo das seções transversais dos condutores dos circuitos (𝑆𝐶):

𝑆𝐶1 = 10,2 x 2 = 20,4mm²

𝑆𝐶2 = 13,9 𝑥 2 = 27,8𝑚𝑚²

𝑆𝐶3 = 17,3 𝑥 3 = 51,9𝑚𝑚²

Calculo da seção transversal total (𝑆𝑇𝐶) dos condutores que serão isntalados

no eletroduto:

𝑆𝑇𝐶 = 𝑆𝐶1 + 𝑆𝐶2 + 𝑆𝐶3 = 20,4 𝑚𝑚2 + 27,8 𝑚𝑚2 + 51,9 𝑚𝑚²

𝑆𝑇𝐶 = 100 𝑚𝑚²

Exemplo

Para chegar ao valor nominal do diâmetro do eletroduto do exemplo, devemos

consultar a tabela seguinte. Sabemos que a seção transversal interna mínima

do eletroduto é de 250 mm². com base nesse valor, percorremos a coluna 3 da

tabela de cima para baixo ate encontrar um valor igual ou superior ao valor

calculado (250 mm²).

Dimensionamento de Bandejas, Leitos,

Prateleiras e Suportes HorizontaisA instalação desses tipos de condutos é prescrita no item 6.2.11.3 da NBR 5410.

Nesse caso, somente podem ser instalados cabos unipolares ou multipolares.

A norma não estabelece taxa de ocupação para bandejas, leitos,

prateleiras e suportes horizontais. A restrição é aplicada a quantidade de

camadas de cabos. Os cabos devem ser dispostos, preferencialmente, em

uma única camada.

Dimensionamento de Bandejas, Leitos,

Prateleiras e Suportes HorizontaisPara dimensionar o numero de cabos em uma bandeja, vamos calcular quantos

cabos, com seção nominal de 70 mm², dispostos em camada única, cabem em uma

bandeja que possui 200 mm de largura.

O diâmetro externo nominal do cabo (𝐷𝐸𝑁𝐶)de 70 mm² é de 17,1 mm.

Assim o numero de condutores é dado pela seguinte fórmula.

𝑁𝐶 =𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑛𝑑𝑒𝑗𝑎

𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑏𝑜

𝑁𝐶 =200 𝑚𝑚

17,1 𝑚𝑚= 11 𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠

Dimensionamento de Canaletas e Perfilados

A aplicação de canaletas é cada vez mais comum em instalações elétricas prediais

de baixa tensão, tanto em instalações novas quanto em reformas e ampliações. No

mercado, esses produtos são encontrados em diversos modelos e dimensões e há uma

variada linha de acessórios, o que facilita a montagem, além de proporcionar

funcionalidade e beleza a instalação. Alguns modelos possuem divisões internas para

instalação de linhas elétricas, de sinais e de alimentação elétrica.

Dimensionamento de Canaletas e Perfilados

Os perfilados são muito utilizados em instalações aéreas. Seu emprego em

instalações elétricas prediais de baixa tensão possibilita a montagem de uma

infraestrutura completa que tem as funções de conduto e de suporte das luminárias. A

montagem de redes de perfilados é muito pratica e funcional devido a variada linha de

acessórios.

Dimensionamento de Canaletas e Perfilados

Conforme prescrito no item 6.2.11.4.1 da NBR 5410, é permitida a instalação de

condutores isolados e cabos em perfilados e canaletas aparentes. A norma não

estabelece taxa de ocupação para esses tipos de condutos, porem, para dimensiona-

los, é necessário seguir as recomendações do fabricante.

Segundo a NBR 5410, a instalação de condutores isolados em canaletas

ou perfilados abertos ou perfurados é permitida desde que estes sejam

instalados:

a) Em locais acessados por pessoas advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5),

conforme descrito na tabela 18 da NBR 5410 – Competência das pessoas;

b) A uma altura mínima de 2,5 m do piso.

Referências Bibliográficas

SENAI – Departamento Nacional. Projeto de Sistemas Elétricos

Prediais. São Paulo, 2014.

SENAI – RJ. Elementos de Instalações Elétricas Prediais, Rio de

Janeiro, 2003.

CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações Elétricas

Prediais. Editora Érica, 14ª ed. São Paulo, 2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410:

Instalações Elétricas de Baixa Tensão. 17 de Março de 2008.