negócios internacionais

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O que são negócios internacionais? Referem-se ao desempenho de atividades de comércio e investimento por empresas, através das fronteiras entre países, atravessando as fronteiras nacionais →interfronteiras. Nas ultimas duas décadas as empresas buscam oportunidades no mercado internacional. Tarefas diárias envolvem transações internacionais que nos conectam a economia global. Os negócios internacionais propiciam-nos acesso a bens e serviços mundiais e afetam de modo profundo nossa qualidade de vida e bem-estar econômico. A globalização dos mercados refere-se à integração econômica e à crescente interdependência de países, que ocorrem em escala mundial. A internacionalização empresarial refere-se a tendência das empresas de ampliar de forma sistemática a dimensão internacional de suas atividades comerciais. A globalização de mercados evidencia-se em várias tendências: 1. Crescimento sem precedentes do comércio internacional, 2. O comércio entre as nações é acompanhado por fluxos substanciais de capital, tecnologia e conhecimento, 3. Desenvolvimento de sistemas financeiros globais altamente sofisticados e de mecanismos que facilita o fluxo de bens, moeda, tecnologia e conhecimento através das fronteiras, 4. A globalização possibilitou um maior grau de colaboração entre as nações por meio de órgãos multilaterais de regulamentação como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). OMC dá isenção de alguns impostos para os países que exportam: II (imposto de importação), IPI, ICMS, PIS e Cofins, existe um imposto único que é o IVA/VAT. A globalização tanto estimula quanto facilita a busca das empresas por atividades de negócios internacionais e de expansão internacional. O comércio internacional refere-se à troca de bens e serviços através de fronteiras nacionais, a qual envolve tanto os bens (mercadorias) quanto os serviços (intangíveis). Essa troca pode ocorrer por meio da exportação, uma estratégia de entrada que consiste na venda de bens e serviços a clientes localizados no exterior. Ou da importação ou global sourcing que se trata da

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Negócios Internacionais para administração.

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Page 1: Negócios Internacionais

O que são negócios internacionais?

Referem-se ao desempenho de atividades de comércio e investimento por empresas, através das fronteiras entre países, atravessando as fronteiras nacionais →interfronteiras.

Nas ultimas duas décadas as empresas buscam oportunidades no mercado internacional.

Tarefas diárias envolvem transações internacionais que nos conectam a economia global. Os negócios internacionais propiciam-nos acesso a bens e serviços mundiais e afetam de modo profundo nossa qualidade de vida e bem-estar econômico.

A globalização dos mercados refere-se à integração econômica e à crescente interdependência de países, que ocorrem em escala mundial.

A internacionalização empresarial refere-se a tendência das empresas de ampliar de forma sistemática a dimensão internacional de suas atividades comerciais.

A globalização de mercados evidencia-se em várias tendências:

1. Crescimento sem precedentes do comércio internacional,2. O comércio entre as nações é acompanhado por fluxos substanciais de capital,

tecnologia e conhecimento,3. Desenvolvimento de sistemas financeiros globais altamente sofisticados e de

mecanismos que facilita o fluxo de bens, moeda, tecnologia e conhecimento através das fronteiras,

4. A globalização possibilitou um maior grau de colaboração entre as nações por meio de órgãos multilaterais de regulamentação como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

OMC dá isenção de alguns impostos para os países que exportam: II (imposto de importação), IPI, ICMS, PIS e Cofins, existe um imposto único que é o IVA/VAT.

A globalização tanto estimula quanto facilita a busca das empresas por atividades de negócios internacionais e de expansão internacional.

O comércio internacional refere-se à troca de bens e serviços através de fronteiras nacionais, a qual envolve tanto os bens (mercadorias) quanto os serviços (intangíveis). Essa troca pode ocorrer por meio da exportação, uma estratégia de entrada que consiste na venda de bens e serviços a clientes localizados no exterior. Ou da importação ou global sourcing que se trata da aquisição de bens ou serviços de fornecedores localizados no exterior para o consumo no país de origem ou em um terceiro.

O investimento internacional refere-se à transferência de ativos para outro país ou aquisição deles. Esses ativos são: capital, tecnologia, talento gerencial e infraestrutura manufatureira que no caso a própria empresa atravessa fronteiras para assegurar a propriedade de ativos localizados no exterior.

Os ativos externos são:

1. Investimento em portfólio: referem-se à propriedade passiva de títulos estrangeiros, tais como ações e obrigações, com o propósito de gerar retornos financeiros. Não pressupõe uma gestão ativa nem controle desses ativos, o investidor estrangeiro possui um interesse de relativo curto prazo na posse deles.

2. Investimento direto estrangeiro (IDE) ou Foreing direct investiment (FDI): relaciona-se a uma estratégia de internacionalização em que a empresa estabelece uma presença

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física no exterior por meio da aquisição de ativos produtivos, como capital, tecnologia, força de trabalho, terrenos, instalações industriais e equipamentos. Trata-se de uma entrada em um mercado estrangeiro que dá aos investidores a propriedade parcial ou integral de um empreendimento produtivo dedicado a atividades de manufatura, marketing ou pesquisa e desenvolvimento (P&D). As empresas possuem um plano de longo prazo para investir tais recursos em outros países.

A rápida integração das economias mundiais é alimentada por fatores como avanços nas tecnologias de informação e de transporte, o declínio das barreiras comerciais, a liberalização de mercados e o notável crescimento econômico dos países emergentes.

O IDE é o ultimo estágio da internacionalização e abrange a mais ampla gama de envolvimento em negócios internacionais. Trata-se de uma estratégia de entrada em mercados estrangeiros praticadas pelas empresas mais ativas internacionalmente. Em geral adota-se o IDE no longo prazo, com propriedade parcial ou integral dos ativos adquiridos.

Motivos estratégicos para a implantação do IDE:

1. Estabelecer operações de manufatura e montagem ou outras instalações físicas,2. Abrir um escritório de vendas ou representação para conduzir atividades de marketing

e distribuição,3. Instalar uma sede regional.

A capacidade de investimento em outros países oferece aos consumidores, tanto das economias em desenvolvimento quanto das economias avançadas, maior diversidade de bens e serviços a preços mais baixos. As atividades de comércio e investimento internacionais melhoram o padrão de vida de bilhões de pessoas.

Estratégia de entrada no mercado internacional.

Cinco maneiras de ingressar no mercado internacional:

Exportação indireta: Quando na exportação de um produto/serviço é necessária à intervenção de um intermediário, não há controle o mercado, a empresa é um mero fabricante. As empresas contam com intermediários independentes para comercializar o seu produto.

Exportação direta: As empresas controlam suas próprias exportações. Investimentos e riscos maiores, mas o potencial retorno também. (As empresas enviam o produto acabado para outro país, assim detém todo o controle do processo/mercado bem como maior retorno financeiro).

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Licenciamento: O licenciador concede a uma empresa estrangeira o uso do processo de fabricação, da marca, da patente, dos segredos comerciais ou de outros itens relevantes em troca do pagamento de uma taxa ou de royalties. Ex: Disney.

Joint-venture: Investidores estrangeiros se unem a investidores locais para criar uma joint-venture na qual possam dividir o controle e a propriedade.

Investimento direto: Propriedade direta de instalações de fabricação ou de montagem no exterior. Ativos no exterior. Ex: Natura.

BALANÇA COMERCIAL:

É a conta em que se registram as importações e exportações. O país busca que esta conta seja superavitária, ou seja, que o país exporte mais do que importe.

Internacionalização brasileira:

1. São poucas empresas que respondem por parte considerável das exportações,2. A internacionalização ainda é predominamente comercial,3. Somente um pequeno grupo se encontra em estágio avançado de internacionalização,4. Busca por ambientes geograficamente e culturalmente próximos (níveis de

desenvolvimento similar ou inferior).

Fair Trade- “Comércio Justo”: forma de comércio que algumas empresas (estimuladas pela ONU) adotam como forma mercadológica. As empresas que se enquadram neste perfil compram produtos de sociedades que seguem alguns critérios humanísticos, por exemplo, os lucros que são providos são revestidos para a comunidade em que está inserida.

Vantagens da exportação:

1. Aumentar as vendas – maior lucro,2. Cooperação com parceiro internacional,3. Saturação do mercado interno,4. Diminuição da competição (ou aumentar),5. Penetração em mercados recentemente acessíveis,6. Exploração da capacidade ociosa da empresa,7. Divisão de custos.

Motivos para não exportar:

1. Queda das vendas no mercado doméstico,2. Pouca competitividade no mercado interno,3. Aproveitar capacidade produtiva ociosa,4. Não estar habilitado a exportar,5. Excesso de produção,6. Subsídios às exportações,7. Cultura exploradora.

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Capacidade exportadora:

O que é necessário para exportar?

Planejamento; Internacionalização da empresa; Tecnologia Design (móveis, por exemplo); Escala de produção (moda, por exemplo); Normalização Permanente atualização.

Importante: Não é por acaso que nas condições acima não se encontra qualidade. A qualidade, para quem pensa em exportar, deve estar incorporada a cultura da empresa.

Avaliação da capacidade exportadora:

Capacidade industrial; Disponibilidade de recurso; Originalidade do produto; Relação qualidade/ preço; Desenvolvimento tecnológico; Sucesso no mercado interno; Internacionalização do produto (necessária readequação para o público

internacional?); Capacidade de organização; Atitude frente a mudança de mentalidade;

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Inovação.

Pra que exportar?

Aumentar a competividade da base exportadora Agregar valor às exportações Aumentar a base exportadora Incrementar as exportações de serviços.

******************************

Globalização: envolve fenômenos mais complexos que em conjunto transforma interesse das pessoas →PEST (política, economia, sociedade e tecnologia) que são variáveis não controláveis.

Internacionalização: expansão mercadológica de uma empresa. Nesse caso é possível controlar as variáveis que são os 4 Ps (preço, praça, produto e promoção).

Globalização de mercados: Integração econômica e crescente interdependência de países ocorrem em escala mundial.

Comércio internacional: trocas comerciais de bens e/ou serviços entre os países.

Comércio exterior: ação propriamente dita de M e X entre os países ou blocos econômicos.

Negócios Internacionais: regimento que dita as questões políticas e econômicas para integração ao comércio exterior.

Cadeia de valor: são todos os setores e atividades de uma empresa que buscam a valorização de um produto/serviço desde a capacitação de fornecedores até o pós venda.

Zona primária: é a única onde ocorrem entradas e saídas de mercadorias: portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegária.

* As estações aduaneiras do interior (EADI = porto seco), mesmo situado na zona secundária faz parte da Zona Primária (classificação).

Zona secundária: é o restante do território nacional, incluindo as águas territoriais e o espaço correspondente.

Passos para a importação:

1. Ex: produto em Paris.Informa a SRF (secretaria da Receita Federal) através do NCM (nomenclatura comum do Mercosul)Fazer o cadastro da importação no Siscomex (Sistema do comércio exterior).

2. Produto chega no Brasil (área alfandegária)

3. Nacionalizar o produtoDTA (declaração de trânsito aduaneiro) Pagar impostos para a RFLicenciamento automático ou não automático

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1. Todo território nacional compreendido em: Zona primária: portos, aeroportos, pontos de fronteira alfandegária e EADI

(portos secos) Zona secundária: o restante do território, incluindo as águas territoriais e o

espaço correspondente.2. Em duas zonas aduaneiras. Zona primária e zona secundária.3. Não. Pode ocorrer na própria empresa importadora com autorização da RF com

emissão do DTA e em portos secos.4. Zona alfandegada é onde mantém a mercadoria que está aguardando o desembaraço.5. Sim, portando o DTA.6. DTA = declaração de transito aduaneiro. Autorizado pela SRF.7. Nacionalização = Produto vem de fora e nacionaliza no país de destino.

Desnacionalização = Procedimento equivalente a saída do produto do país de origem para o país de destino.

8. Não, depende da categoria do produto. Siscomex →NCM →TEC (tarifa externa comum).

9. RE = registro de exportação.DDE (declaração do despacho de exportação) = é a declaração onde se verifica todos os dados declarados pelo exportador em relação à mercadoria.

10.

11. NCM = Nomenclatura comum do Mercosul. 8 dígitos.

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Teorias comportamentais de Negócios Internacionais

Uppsala: a internacionalização se inicia como resposta a uma pressão por procura de mercados, e o primeiro movimento para um mercado estrangeiro ocorre quando a empresa percebe que suas possibilidades de expansão no mercado doméstico estão limitadas.

Na escolha destino da internacionalização considera-se o tamanho do mercado potencial e a menor "distância psíquica" em relação ao mercado doméstico. Esse processo ocorre em estágios sequenciais de comprometimento gradual de recursos, primeiramente através da exploração de seus mercados domésticos, depois a exportação e com o passar do tempo seriam estabelecidas subsidiárias de vendas. O último estágio é o estabelecimento de unidades de produção no estrangeiro.

Exportação indireta: quando as empresas contam com intermediários para comercializar seu produto. Nesse caso, a empresa é apenas o fabricante.

Exportação direta: as empresas controlam suas próprias exportações. Nesse caso, a empresa controla seu mercado.

Licenciamento: direito de uso concedida a uma empresa no processo de fabricação, marca, patente em troca de uma taxa ou royalties.

Joint Venture: quando duas empresas se juntam formando uma terceira que faz negócios internacionais.

Investimento direto: investimento de ativos no exterior. Ex: loja da Natura em Paris.

Network: muito utilizado no setor automotivo.

As iniciativas são modos de seguir outros participantes da rede ou desenvolver relacionamentos em novas redes, que também são responsáveis pela decisão de quando iniciar os movimentos e determinam o local de destino. O comportamento difere de acordo com o grau de internacionalização da própria empresa e da rede.

A internacionalização da firma se daria por laços cognitivos e sociais entre os atores que mantêm relacionamentos entre si. As redes de relacionamento devem ser vistas como um organismo vivo e dinâmico, onde cada firma deve ser compreendida não apenas pelas atividades que desenvolve, mas pelo seu papel dentro da rede, através das relações de interdependência que mantêm com as outras firmas que compõem a rede.

Empreendedorismo: o que influencia das decisões de internacionalização é o perfil do empreendedor. Um "empreendedor de mercado" busca de novos mercados. Um "empreendedor técnico" busca atender demandas não solicitadas, geradas devido à sua posse de processos, produtos ou tecnologias inovadores, e um "empreendedor estrutural" busca a reestruturação da indústria. A partir dessa delimitação, as decisões de quando, onde e como internacionalizar vão depender do perfil desse empreendedor. Por exemplo, os "técnicos"

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podem aceitar pedidos de fora que levam à exportação ou ao licenciamento, os "estruturais" preferem agir via fusões e aquisições, e os voltados para o marketing criam novos canais para alcançar consumidores.

Teorias econômicas da Internacionalização

Explanações baseadas em IDE (investimento direto estrangeiro)

1. Poder de Mercado: busca posições de quase monopólio no mercado, derivada da exploração das imperfeições de mercado pelo uso de vantagens específicas da empresa, como por exemplo, as vantagens de custo. Não trata explicitamente o que deve ser internacionalizado, porém, sua premissa é de que uma posição de quase monopólio deveria ser alcançada, logo só poderia ser encontrada em indústrias onde a fragmentação pudesse ser superada e a consolidação ocorresse, ou por meio de economias de escala ou por conluio. A decisão de quando internacionalizar ocorre quando se percebe que as oportunidades para fortalecer sua posição no mercado doméstico deixam de existir, partindo para intensificar sua posição no exterior e expandir suas atividades para outros mercados estrangeiros. O local é definido conforme a possibilidade de como atingir a concentração do mercado, através do investimento direto no exterior ou exportação.

2. Internalização: modelo de estágios é um processo de internacionalização gradual devido às características dos gerentes e ao processo de aquisição de conhecimento no mercado estrangeiro. No início do processo, as firmas pesquisariam os diferentes mercados disponíveis, procurando, localizando e avaliando mercados potenciais com intuito de adquirir experiência em como iniciar as atividades de exportação. Este modelo parte do pressuposto de que os gerentes têm uma posição cautelosa quanto à internacionalização, o que leva a uma busca por informação e conhecimento tácito. A presença e o grau de envolvimento no processo variariam

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de acordo com as avaliações pessoais dos tomadores de decisão e as características da firma. No estágio final de internacionalização, as dificuldades estariam ligadas à manutenção e expansão das exportações. Para alcançar as metas de lucro e crescimento o gerente avaliaria a capacidade exportadora da firma, o que influenciaria sua permanência ou retirada das atividades internacionais.

A busca da internalização se dá pela maximização da eficiência por meio da redução de custos ou riscos de fazer negócios com terceiros no exterior. Qualquer produto ou serviço, tecnologia, know-how ou atividade pode ser internalizado em outros países, desde que existam vantagens de custos de transação, que também determina quando e onde esse movimento deve acontecer, sempre em busca de imperfeições de mercado que permitam a maximização de lucros. A internalização pode ocorrer de acordo com a configuração dos custos de transação no mercado externo, que refletem o melhor modo de entrada (controle, licenciamento, subcontratação etc.).

3. Paradigma eclético de Dunning: aponta algumas razões principais para as empresas iniciarem operações em países estrangeiros: busca de mercado, busca de eficiência, busca de ativos estratégicos e busca de capacitações fora do país sede. Essa lógica é que determina onde as empresas vão se internacionalizar, pois o local deve oferecer vantagens referentes à abundância de recursos naturais ou humanos com qualidade e baixo custo, knowhow tecnológico, infra-estrutura, instituições, tamanho do mercado, estabilidade política e econômica, regime cambial e esquema de política econômica. A exploração das vantagens oferecidas pode ocorrer em forma de exportação, investimento direto ou licenciamento.

Cultura

As culturas podem ser classificadas das seguintes formas:

1. CAR: Forma de pensar a partir da cultura que o individuo está inserido.2. Heterogênea x Homogênea (escandinavos, japoneses).3. Alto Contexto x Baixo Contexto.4. As cinco dimensões do modelo de Hofstede:

Distância ao poder: Também chamada de distância hierárquica, é uma medida do quanto os membros menos poderosos de uma civilização aceitam e esperam distribuição desigual de poder na sociedade. Ela é medida a partir dos sistemas de valores daqueles que têm menos poder. A dimensão Distância do Poder está diretamente relacionada com a forma encontrada por diferentes sociedades para lidar com a questão fundamental de gerir as desigualdades entre os indivíduos.

Individualismo versus coletivismo: até que ponto as pessoas sentem que têm de tomar conta de si próprias, das suas famílias ou organizações a que pertencem, ou seja, esta dimensão indica se uma sociedade é uma rede social sem relação entre os indivíduos, na qual cada um é suposto interessar-se apenas por si mesmo, ou se ela oferece um tecido social fechado no qual os indivíduos se dividem entre membros e não membros de grupos e esperam que o grupo ao qual pertença os proteja.

Masculinidade versus feminilidade: até que ponto a cultura é mais conducente do predomínio, assertividade e aquisição de coisas versus uma cultura que é mais conducente das pessoas, sentimentos e qualidade de vida. Refere-se também em que medida o sexo determina os papéis dos homens e das mulheres na sociedade.

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Evitar a incerteza: Hofstede definiu esta dimensão como o grau de ameaça percebido por membros de uma cultura em situações incertas ou desconhecidas, ou seja, reflete o sentimento de desconforto que as pessoas sentem ou a insegurança com riscos, caos e situações não estruturadas.

Orientação a longo prazo versus a curto prazo: indica em que medida uma sociedade baseia as suas tradições sobre os acontecimentos do passado ou do presente, sobre os benefícios apresentados ou ainda sobre o que é desejável para o futuro. Sintetizando, longo prazo serão os valores orientados para o futuro, como poupanças e persistência; curto prazo serão os valores orientados para o passado e o presente, como respeito pela tradição e cumprimento de obrigações sociais.