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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO– UNIVASF
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
SEQUÊNCIA DIDÁTICA POTENCIALMENTE SIGNIFICATIVA SOBRE
O EFEITO FOTOELÉTRICO
Murilo Oliveira da Silva
Orientador:Dr. Télio Nobre Leite
Juazeiro- Ba
Outubro de 2017
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Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4
1 CAPÍTULO I .......................................................................................................... 9
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O PROFESSOR .......................................... 9
2 CAPÍTULO II ....................................................................................................... 12
UM POUCO DE FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA ..................................... 12
3 CAPÍTULO III ...................................................................................................... 19
EFEITO FOTOELÉTRICO E SEUS ASPECTOS HISTÓRICOS ................................ 19
4 CAPÍTULO IV...................................................................................................... 23
A SEQUÊNCIA DIDÁTICA ......................................................................................... 23
4.1 Aula I: Apresentação da proposta, discussão sobre o conceito de quantização da energia e o princípio de De Broglie. ................................................................... 28
4.2 Aula 2: Discussão sobre a Mecânica Quântica e o efeito fotoelétrico e suas aplicações. ............................................................................................................. 30
4.3 Aula 3: Realização de experimentos propostos pelo docente em sala de aula e aplicação do questionário final. ............................................................................ 32
5 LINKS UTILIZADOS............................................................................................ 34
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 35
7 APÊNDICE ......................................................................................................... 41
7.1 Apêndice A-Questionário .............................................................................. 41
8 ANEXO ............................................................................................................... 43
8.1 Anexo 1- Fotos das apresentações Experimentos apresentados .................. 43
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APRESENTAÇÃO
Este trabalho objetiva a busca da discussão e de contribuições sobre alguns
conceitos básicos da física quântica, em particular sobre o efeito fotoelétrico, com a
utilização potencialmente de uma Sequência Didática (SD) com o intuito de que seja
posteriormente uma ferramenta fundamental entre professores do Ensino Médio. Sua
construção está relacionada com as experiências em sala de aula do seu autor, que
atua como professor de física da educação básica há 14 anos, buscando a todo
instante organizar estratégias que proporcione um ensino de física mais agradável,
contextualizado e harmonioso.Este Produto Educacional se divide em 5 partes:
A introdução onde relata sobre o panorama e a importância de integrar tópicos
de FMC na educação básica, além de discutir sobre as dificuldades de se ensinar tais
conceitos em sala de aula.
No Capítulo 1 discutiu-se sobre a importância das ideias defendidas por Lev
Vygotsky na atividade pedagógica, destacando considerações sobre sua teoria sócio
interacionista que propicia no desenvolvimento de ideias e estratégias para
fundamentar a SD e posteriormente promover durante a aplicação da mesma o
processo de ensino-aprendizagem.
O capítulo 2 é dedicado um pouco sobre a Física Moderna e contemporânea,
destacando alguns conceitos fundamentais, que é importante para que se tenha a
base conceitual na construção da SD.
O capítulo 3 destacou-se o efeito fotoelétrico e sua importância para o
desenvolvimento da FMC, onde serão discutidos interpretações fundamentais que
revelam a natureza corpuscular da luz e pressupostos referentes a quantização da
radiação. Esse capítulo é fundamental para que o professor pesquisador tenha uma
base conceitual sólido referente ao tema principal abordado na SD que é o Efeito
Fotoelétrico.
No capítulo 4 apresentou-se a SD para ser aplicada no Ensino Médio pelos
professores de física. Aqui, apresenta-se sugestões para aplicação desse produto em
sala de aula, discutindo-se cada uma das etapas.
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INTRODUÇÃO
O ensino de tópicos da FMC é um desafio para os professores de Física da
educação básica e em particular em escolas da rede pública, com isso, não é
desconhecido que a não programação de tais tópicos pode constituir em um problema
para a sociedade em questão, pois a FMC é a Física do final do século XIX e do
século atual, e seu entendimento pode melhorar a formação do cidadão. Essa
afirmativa é procedente porque a FMC descreve os fenômenos físicos atuais os quais,
em geral, servem de substrato das tecnologias desenvolvidas no mundo de hoje.
Sendo assim, o cidadão deve aprendê-la para ter um melhor entendimento no
universo que o rodeia.
Uma grande questão a ser enfrentada também, está no fato de que nas
escolas do Brasil, a carga horária na disciplina de Física é insuficiente. Ou seja, a
condição do estudo de Física Clássica e da FMC, dentro da mesma programação de
três anos no ensino médio, talvez seja o problema mais difícil a ser enfrentado, de
modo a garantir a aceitação e, consequentemente, as chances de sucesso da
reformulação do currículo.
Ademais, é oportuno um estudo que verifique como questões ligadas ao
desenvolvimento da teoria e a seus fundamentos podem ser aproveitadas no ensino
da FMC ao nível médio. Uma tarefa que passa pela formação do professor de Física.
Isto implica que o professor deve fazer um processo de seleção dos conteúdos
de FMC adequados ao tratamento na Física do ensino médio; e que o professor deve
se basear no equilíbrio entre as necessidades que a própria ciência Física impõe,
para que haja a consistência na apresentação dos tópicos e para que privilegie leis
gerias e conceitos fundamentais.
É importante que o professor perceba que pode ser possível inserir conteúdos
de FMC paralelamente à Física Clássica. Num trabalho produzido por Ostermann e
Ricci (2004), é relatado que o professor deve introduzir a Mecânica Quântica de
maneira fortemente correlacionada com a Física Clássica, seja em seus fundamentos
e pressupostos mais básicos, seja em sua história.
Mas ensinar mecânica quântica não é uma tarefa fácil. Os conceitos advindos
deste campo do conhecimento não são nada intuitivos, não encontrando, em geral,
análogos clássicos (MAIA, 2016).
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Com isso o professor deve estar preparado para lidar com tais conteúdos em
sala de aula.
Para Coelho (1995), o ensino da FMC é bastante animador no que diz respeito
à receptividade dos alunos e à ressonância produzida pelo estudo da Mecânica
Quântica (MQ). Seu estudo sugere que as dificuldades encontradas pelos estudantes
não ficam distantes dos problemas detectados com a aprendizagem da Física
Clássica, o que não deixa de ser um aceno favorável à proposta de inserção da MQ
no ensino médio (COELHO, 1995).
Ademais, é importante que o professor desenvolva atividades científico-
pedagógicas que estimulem a curiosidade inata dos alunos tornando para eles o
estudo da Física prazeroso e gratificante, como ele é de fato.
Segundo Robert Resnick (apud CAVALCANTE, 1999, pg. 08), para ensinar
tópicos de FMC no ensino médio, o professor de Física deve levar em conta certos
detalhes que são bastante importantes para o desempenho e aprendizagem do aluno,
são eles:
(i) O professor deve ter uma visão geral, ou seja, se pretende ensinar tais
conteúdos deve “estar mais modesto na abordagem clássica”, desconsiderando, por
exemplo, casos mais específicos com tratamentos extremamente longos e que
demandam muito tempo para soluções.
(ii) Espalhar ao longo do curso os temas de FMC que podem ser tratados
paralelamente com conceitos que estão sendo adquiridos em uma concepção
clássica. Por exemplo, no estudo de colisões podem-se tratar questões associadas à
descoberta de Partículas Elementares através de trajetórias registradas em uma
câmara de nuvens, aplicando leis de conservação de energia e movimento.
(iii) Alargamento produzido através de uma maior compreensão da
importância da Ciência no mundo. Neste caso maior relevância aos aspectos
históricos de evolução do pensamento científico.
Por isso, a influência crescente dos conteúdos de FMC para o entendimento
do mundo criado pelo ser humano atual define, por si só, a necessidade de se debater
e estabelecer as formas de abordar tais conteúdos na escola média (TERRAZZAN,
1995).
Assim, sobre a viabilidade da inclusão da FMC no ensino médio, Terrazan
argumenta com a história. Ele alerta para a recorrente defasagem entre os
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desenvolvimentos da pesquisa em Física e a transformação desses conhecimentos
em saber escolar e lembra que o “princípio da conservação da energia”, estabelecido
em meados do século XIX e hoje tão bem assentado na Física escolar, só ganhou
esse status décadas depois de seu estabelecimento. Se feita uma comparação com
os conteúdos da FMC, notaremos que já se passaram mais de 70 anos desde que a
chamada nova Teoria Quântica tivesse sido formalizada e assumida como referência
pela comunidade dos físicos. Nas palavras de Terrazan, “talvez já fosse tempo de
liberar a FMC para menores de dezoito anos!” (TERRAZZAN, 1995, pg. 212).
Ao advogar a favor da FMC na escola média, não foi esquecido, por Terrazan
(TERRAZZAN, 1995, pg. 212), o combate a um argumento destrutivo: o pré-requisito.
A necessidade da existência desse elemento didático não é, em momento nenhum,
negado por ele, que questiona, entretanto, “quantos e quais” devem permear a
programação curricular da escola média. Ele defende que, quando necessários,
esses pré-requisitos serão poucos e não definirão a ordem dos conteúdos. Para
basear seu ponto de vista, o autor recorre, entre outros argumentos, à elaboração da
própria Física. Ele ressalta que alguns campos na Física foram desenvolvidos, como
demonstra a História da Ciência, de forma isolada e independente. São, entretanto,
apresentados nos manuais, e, consequentemente, nas aulas de Física, como
interdependentes, e tratados como elos numerados de uma cadeia. Este tratamento
leva à adoção de pré-requisitos dispensáveis por parte dos que cuidam dos
conteúdos escolares da Física na escola média.
Preocupado com esta temática e, envolvidos diretamente no debate sobre
ensino de física para alunos da educação básica, foi proposto a elaboração de uma
SD que objetiva novas maneiras e alternativas de explorar conceitos básicos de MQ,
em particular o efeito fotoelétrico (EF).
Através de diversas discussões, explorou-se o EF como ponto central para as
inquietações e motivações, realizando nosso trabalho, mediando alguns conceitos da
Mecânica Quântica, como:
i- O Efeito fotoelétrico é um fenômeno primordialmente quântico e, para tanto,
não pode ser interpretado de acordo com as leis da física clássica;
ii- Pelo fato do EF possuir uma independência direta com a intensidade da
radiação e a existência de uma frequência limiar, onde abaixo da qual ele não
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acontece, necessitando de uma investigação e revisão mais aprofundada em
detrimento da natureza da radiação ou da matéria;
iii- É um evento que excepcionalmente, descreve a física do descontínuo. Onde
de acordo com Bachelard (1978, pg.183 Apud MAIA, 2016, pg. 4), “antes do
descobrimento do efeito fotoelétrico, a física da luz não comportava nenhuma
experiência sobre descontinuidade efetiva”. Assim, o “quantum de energia” da
radiação proposto por Albert Einstein em 1905 promove a descontinuidade da
física da luz.
iv- Constitui uma hipótese, para a pesquisa que aplicou esta SD, que é
possível articular o efeito fotoelétrico, enquanto mediador simbólico, e
considerando as interpretações de Albert Einstein, para o ensino de conceitos
de mecânica quântica.
Por tanto, nesse trabalho, elaborou-se uma SD com o intuito de promover
discussões acerca de conceitos fundamentais para a Mecânica Quântica, em
particular para o Efeito Fotoelétrico, como: discussão sobre a natureza da luz
(Dualidade Onda-partícula), conceito de quantização da radiação e da matéria;
conceito de energia, fóton, quantum, efeitos fotocondutivo e fotovoltaico;
A SD foi realizada em 5 aulas de 45 minutos cada e teve a participação efetiva
de 58 alunos de três turmas dos turnos matutino e vespertino, no Colégio Estadual
Governador Antonio Carlos Magalhães, localizado na cidade de Várzea da Roça-
Bahia.
Vale lembrar que antes da aplicação da SD, o professor solicitou uma pesquisa
dos alunos envolvidos, com o intuito de obter o uma base conceitual suficiente para a
aplicação da pesquisa em sala de aula.
Além disso, o questionário foi aplicado tanto no pré-teste quanto no teste final
de forma individualizada, sem a utilização de qualquer material ou pesquisa na
internet e apoio de colegas e do próprio professor responsável pela pesquisa. Vale
frisar também que não foi avisado que o questionário seria aplicado novamente.
Ressalta-se que a abordagem sugerida nessa Sequência Didática, servirá
como sugestão para outros docentes da educação básica que queiram desenvolver
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atividades de ensino de conceitos de Mecânica Quântica, preferencialmente o efeito
fotoelétrico no Ensino Médio.
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1 CAPÍTULO I ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O PROFESSOR
Quando ensinamos física na sala de aula, devemos buscar que os alunos
aprendam conceitos, entre outras coisas.De acordo com as ideias defendidas por Lev
Vygotsky, encontramos um alicerce teórico para o processo de formação de conceitos
que consideramos adequados para a construção dessa Sequência Didática,
principalmente pelo seu propósito de que esse processo é mediado.
Para tanto, na abordagem sócio-interacionista, defendida por Vygotsky tem
como argumento de que o desenvolvimento dos sujeitos não pode ser entendido sem
ligação ao contexto social e cultural em que ocorre. Pode-se dizer que esse constitui o
pressuposto básico assumido por Vygotsky.
Sendo assim, uma proposta pedagógica, pensada a partir de Vygotsky, deve
assumir que os sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizagem aprendem
mediados pelos outros sujeitos e pelo material simbólico disponível (MAIA, 2016).
Isso compreende dentro da perspectiva Vygotskyana, o que conhecemos como
mediação social e mediação simbólica. A mediação social é determinada pela
interação entre discente-docente, bem como entre discente-discente. A mediação
simbólica, às vezes referida como mediação semiótica, compreende a mediação por
signos. A palavra, diz Vygotsky (1998), é o principal elemento na mediação simbólica
e tem, em princípio, um destacado papel na formação de conceitos. Nesta SD, textos,
vídeos, experimentos demonstrativos e simulações, tornam-se os principais
elementos da mediação simbólica.
Quando nos referimos em aprendizado, do ponto de vista Vygotskyano,
enfocamos na aprendizagem de conceitos. E, em Vygotsky, o aprendizado é
resultado de processos de mediação social (na interação dos segmentos
educacionais que compõe a escola como um todo) e mediação simbólica que permite
a relação homem/mundo.
De acordo com Abbagnano (1998, pg.164), o termo conceito pode ser
entendido como:
[...] todo processo que torne possível a descrição, a classificação e a previsão dos objetos cognoscíveis. Assim entendido, esse termo tem significado generalíssimo e pode incluir qualquer espécie de sinal ou procedimento semântico, seja qual for o objeto a que se refere abstrato ou concreto, próximo ou distante, universal ou individual.
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Descrevendo de uma forma geral, o significado de “conceito”, compreende três
aspectos fundamentais, que designa um conceito científico: capacidade de descrição,
capacidade generalização e capacidade de prever eventos e resultados. A
generalização é um dos aspectos que, segundo Vygotsky, evidencia um conceito
científico.
Segundo o próprio Vygotsky (1998, pg.104):
[...] um conceito é algo mais do que uma de certas ligações associativas formadas pela memória, é mais do que um simples hábito mental; é um complexo e genuíno ato de pensamento, que não pode ser ensinado pelo constante repisar, antes pelo contrário, só pode ser realizado quando o próprio desenvolvimento mental da criança tiver atingido o nível necessário.
Nessa perspectiva, as alternativas e métodos de ensino que busque uma
formação de conceitos no aluno devem produzir condições para que ele desenvolva
significados em sua própria estrutura cognitiva, viabilizando a conscientização do
discente sobre a que se refere os conceitos e seus sentidos, produzidos
especialmente a partir do contexto da sala de aula, onde pode-se considerar o
ambiente socialmente propício para o processo de ensino-aprendizagem de conceitos
científicos.
Para Vygotsky, o processo avaliativo deve levar em conta a mobilização de
sentidos sobre os conceitos, tornando importante a ideia de Zona de Desenvolvimento
Proximal (ZDP). De acordo com Vygotsky (apud MOREIRA, 2011, pg.114), a ZDP é
definida como:
[...] a distância entre o nível de desenvolvimento cognitivo real do indivíduo, tal como medido por sua capacidade de resolver problemas independentemente, e o seu nível de desenvolvimento potencial, tal como medido por meio da solução de problemas sob a orientação (de um adulto, no caso de uma criança) ou em colaboração com companheiros mais capazes.
Sendo assim, poderia entender-se que a ZDP compreende vários sentidos
sobre um conceito como efeito da interação com outro sujeito do processo de ensino-
aprendizagem. Nesse caso, poderíamos pensar no seguinte exemplo: quais são os
sentidos internalizados pelo aluno sobre o conceito de fóton a partir da leitura
individual de um texto, a região, da ZDP, que retrata da aprendizagem sozinho do
aluno, e quais são, caso existam, os outros sentidos que aparecem quando ele
interage com o colega ou com o professor (região, da ZDP, da aprendizagem
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mediada por outro e que o aluno não pode alcançar sozinho). A diferença entre as
duas regiões compreende a Zona de Desenvolvimento Proximal (MAIA, 2016).
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2 CAPÍTULO II UM POUCO DE FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA A Física Moderna e Contemporânea (FMC) é entendida como uma denominação
na Física que tem início a partir dos eventos que culminaram com a descoberta do
elétron, dos raios-x e da radioatividade, no final do século XIX.
A descoberta dessa “Nova Física”, com a sua nova conceituação sobre a
matéria e os seus intrigantes postulados, gerou debates não só no campo das
Ciências Exatas, mas também no da Filosofia, provocando assim uma grande
revolução intelectual no século XX.
Além disso, a Física Moderna e Contemporânea estuda o comportamento da
matéria na escala microscópica: é a Física dos componentes da matéria, átomos,
moléculas e núcleos, que por sua vez são compostos pelas Partículas Elementares;
bem como estuda os sistemas físicos na escala das altas velocidades: é a Física dos
sistemas com velocidades próximas à velocidade da luz.
Uma das relevâncias da FMC está no fato de que sem ela, não poderíamos
conhecer inúmeros objetos com os quais lidamos corriqueiramente hoje em dia,
principalmente na área da eletrônica. Foram desenvolvidos muitos itens como:
transistores, diodos, dentre outros, que contribuem para o avanço tecnológico dos
aparelhos eletrônicos, como o aparelho de CD, o controle remoto de nossos
televisores, os aparelhos de ressonância magnética em hospitais ou até mesmo o
microcomputador, além de outros novos dispositivos usados na maioria dos
equipamentos eletrônicos, etc.
Ao final do século XIX, a Física Clássica, era tão importante que cientistas de destaque, como Lord Kelvin,
chegaram a acreditar que a Física estava quase concluída, restando apenas alguns pequenos problemas a serem resolvidos. Lord Kelvin afirmava, então, que a Física era um céu azul, com pequenas nuvens (problemas ainda não resolvidos) no horizonte. Hoje costumamos dizer ironizando, que as nuvens cresceram e se transformaram em verdadeiros temporais. O primeiro deles, associado ao surgimento da Teoria da Relatividade. O segundo durou os 25 primeiros anos do nosso século e constitui a Física Quântica. (FREIRE Jr, pg. 22).
Com os trabalhos de Michael Faraday e James Clerk Maxwell, no século XIX
sobre o Eletromagnetismo, a até então sólida concepção científica mecanicista sofreu
um primeiro grande abalo: era possível que existisse uma forma de realidade
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independente da matéria, redutível a componentes básicos - o campo eletromagnético
(TORT, 2004, pg. 281).
Nessa mesma linha de ruptura, a descoberta dos quanta de energia, por Max
Planck, em 1900, fez com que a visão de mundo, na Física, começasse a se
transformar radicalmente, atraindo a atenção dos cientistas. Essa atenção foi
considerável, pois um dos grandes problemas daquela época versava sobre a
radiação de cavidade, um problema muito popular entre especialistas, pois tratava da
interação entre a matéria e a radiação, tendo uma denominação técnica de problema
do “corpo negro”. O problema vinha sendo atacado tanto pela Física Teórica, quanto
pela Física Experimental, com o desenvolvimento de mediadores bastante
sofisticados de intensidade de radiação (FREIRE Jr, 1997).
Planck concebeu o princípio que consistia em estabelecer uma séria limitação ao
movimento dos osciladores elementares. Segundo ele esses são osciladores que não
poderiam vibrar com qualquer energia, mas apenas com algumas poucas energias
permitidas, cujos valores seriam múltiplos inteiro de um valor mínimo fundamental,
denominado quantum de energia. Esse mínimo fundamental seria determinado pela
freqüência natural de oscilação do oscilador.
Assim, um oscilador não poderia vibrar com qualquer energia, mas discretas
quantidades de energias permitidas, múltiplas inteiras do quantum de energia. Em
suma, Planck postulou que a energia dos osciladores é uma variável discreta, ou seja,
como se passou a dizer então, a energia dos osciladores é uma grandeza quantizada.
Abaixo está a figura 01, que demonstra a distribuição de radiação térmica quântica e
a clássica.
Figura 01: Distribuição Quântica e Clássica.
Fonte: EISBERG, RESNICK, 1979
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De acordo com a figura acima, percebeu-se que com o desenvolvimento da
Mecânica Quântica, ficou claro que essa quantização era fenômeno recorrente e
inerente a sistemas quânticos.
Além disso, Einstein também propôs uma ideia revolucionária: a quantização do
campo eletromagnético, da radiação eletromagnética. De acordo com a
Eletrodinâmica Clássica de Maxwell, uma onda eletromagnética é contínua no tempo
e no espaço e sua intensidade é determinada pela amplitude do seu campo elétrico,
como mostrada na figura 02 abaixo.
Figura 02: Onda eletromagnética.
Fonte:http://www.infoescola.com/fisica/ondas-eletromagneticas.acesso em:07/07/2017
Ora, “um quantum de energia localizado em um ponto do espaço, que se move
sem se dividir e que somente pode ser absorvido ou gerado como uma unidade
integral” corresponde muito mais ao conceito de uma partícula em movimento do que
ao de uma onda que se propaga. Tais “partículas de luz” foram chamadas de “fótons”.
Einstein estabeleceu que a energia de um fóton vale o produto da constante de
Planck pela frequência (DIONÍSIO, 2004 pg. 160), como demonstra a figura 03.
Figura 03: Ilustração do Efeito fotoelétrico.
Fonte: http://sites.ifi.unicamp.br/lfmoderna/conteudos/efeito-fotoeletrico/
Acesso em: 04/10/2017
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Sendo assim, temos:
hE , [1]
onde:
E= energia de um fóton;
h = Constante de Planck;
= Freqüência.
Para avaliar o significado da inovação conceitual formulada por Einstein, ele
estava propondo que os fenômenos luminosos, os quais durante o século XIX, eram
descritos como fenômenos ondulatórios (reflexão, refração, difração, interferência e
polarização da luz), poderiam ser considerados como compostos de pequenas
partículas, ou grãos, de energia eletromagnética (FREIRE Jr, 1997).
Einstein retomava ideias que haviam sido propostas por Newton, isso é, utilizava
e defendia o caráter corpuscular da luz, ou seja, que a luz seria uma partícula e não
uma onda.
Assim, a Mecânica Quântica surgida dos trabalhos de Max Planck e Einstein,
mudou a visão que se tinha da energia, como grandeza capaz de assumir qualquer
valor ("espectro contínuo").
Do trabalho de Planck, admitindo a quantização da energia do oscilador
harmônico, pôde Einstein estabelecer que a energia na verdade se propaga no
espaço na forma de "pacotes", os chamados quanta. Albert Einstein utilizou a
hipótese de Planck de que “tudo se comporta como se” a troca de energia entre a
radiação e o corpo negro ocorresse através dos quanta para explicar o efeito
fotoelétrico.
Os quanta se caracteriza pela ejeção de elétrons de uma superfície metálica
devido à incidência de radiação sobre ela. Foi observado por Philip Lenard em 1902
que a energia cinética máxima dos elétrons não depende da intensidade da radiação
incidente.
Com isso o espectro da radiação em interação com a matéria é explicado pela
quantização dos níveis de energia de um oscilador. Percebendo que a onda
eletromagnética também é quantizada, o quantum da interação eletromagnética é
chamado fóton, onde esse possui momento e energia, mas sua massa é nula.
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Dando prosseguimento aos trabalhos de Planck e Einstein, Niels Bohr criou um
modelo atômico no qual os elétrons ligados ao núcleo só poderiam se apresentar em
determinados estados quantizados de energia. Com esse modelo, Bohr conseguiu
deduzir teoricamente as freqüências emitidas pelo átomo de hidrogênio, o que deu
grande crédito à sua teoria.
Bohr utilizou, principalmente, as ideias de Ernest Rutherford (que no início do
século XX, fez o clássico experimento do bombardeamento de uma folha de ouro), em
que a partir da análise da experiência, sugere que os átomos seriam constituídos de
uma nuvem de elétrons carregados negativamente que circundavam um núcleo
atômico denso, pequeno e carregado positivamente, em todas as órbitas possíveis
para o tamanho do átomo, como está descrito na figura 04.
Figura 04: Ilustração do Átomo de Bohr.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/376952/
Acesso em: 04/10/2017
A partir dessa descrição, foi induzido uma concepção de um modelo planetário
para o átomo, com elétrons orbitando ao redor do “núcleo-sol”. Porém, um sério
problema desse modelo é a perda de energia dos elétrons por radiação, pois segundo
a Física Clássica, quando uma partícula carregada eletricamente é acelerada emite
radiações eletromagnéticas que têm energia.
Assim, ao orbitar em torno do núcleo atômico, o elétron deveria gradativamente
emitir radiações e cada vez mais aproximar-se do núcleo, em uma órbita espiralada,
até finalmente chocar-se com ele.
Como o “colapso” atômico da forma descrita anteriormente não acontece, o
físico dinamarquês Niels Bohr, propôs as seguintes idéias-chave (EISBERG,1999):
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Os elétrons que circundam o núcleo atômico existem em órbitas que têm
níveis de energia quantizados;
As leis da Mecânica clássica não valem quando o elétron salta de uma órbita a
outra;
Quando ocorre o salto de um elétron entre órbitas, a diferença de energia é
emitida (ou suprimida) por um simples quantum de luz (também chamado de fóton),
que tem energia exatamente igual à diferença de energia entre as órbitas em questão;
As órbitas permitidas dependem de valores quantizados (discretos) de
momento angular orbital, L, de acordo com a equação
[2]
onde n = 1, 2, 3, ... é chamado de número quântico principal e ℏ é a constante de
Planck reduzida (ℏ=ℎ
2𝜋).
Com isso, o modelo do átomo de Bohr (Figura 04), explica bem o
comportamento do átomo de hidrogênio e do átomo de hélio ionizado, mas foi
insuficiente para explicar átomos com mais de um elétron.
Por volta de 1920, a Física Moderna progrediu muito, pois foi estabelecida uma
nova compreensão da estrutura da matéria, com o desenvolvimento da Mecânica
Quântica, através dos trabalhos de Niels Bohr, Louis De Broglie, Werner Heisenberg,
Wolfgang Pauli, Erwin Schrödinger e outros que descobriram certas propriedades
quânticas dos elementos atômicos, entre outras propriedades da matéria.
Em 1924 Louis de Broglie, propôs o comportamento dual dos sistemas físicos
denominados ‘matéria’, no domínio microscópico, dando passos importantes em
direção ao desenvolvimento da Mecânica Quântica.
Assim ele estabeleceu que a dualidade onda-matéria deveria ocorrer com o
fóton, bem como com as partículas de matéria, como o elétron (ROSA, 2004, pg. 3).
Desta vez, a inspiração não veio de algum fenômeno inexplicado ou experimento
a ser interpretado. De Broglie baseou sua proposta em uma concepção um tanto
filosófica, um tanto poética a respeito da natureza, mas bastante freqüente entre os
físicos: a ideia de que a natureza deve ser simétrica. Ora, estava claro que um raio de
,
18
luz, um ente físico cujo caráter ondulatório estivera por tanto tempo bem estabelecido,
apresentava-se, de fato, com um aspecto dual, tendo uma partícula, a ele associada;
assim, tal dualidade deveria ocorrer em relação à matéria, cujo caráter corpuscular
por tanto tempo estabelecido, deveria ter o seu contraponto ondulatório, uma onda
associada à matéria (ROSA, 2004, pg. 173).
Em 1927, Werner Heisenberg formulou originalmente o princípio da incerteza,
que impõe uma limitação à precisão, na medida simultânea de duas grandezas
complementares que são representadas por operadores não-comutativos, como, por
exemplo, a posição e o momento de um elétron. O princípio introduziu nessas
medidas uma incerteza da ordem do quantum de ação (h), expressa pela relação
matemática:
pq h/4 [3]
Onde:
p = momento;
q = posição;
Heisenberg, ao propor essa limitação, descreveu um aspecto da natureza que
nada tem a ver com as possíveis deficiências dos aparelhos de medida, como poderia
parecer em um primeiro momento. Por outro lado, ao afetar com uma indeterminação
as medidas simultâneas de p e q, o princípio da incerteza, segundo Heisenberg,
explicita uma limitação imposta pela natureza e amplificada no mundo microscópico,
que impede a observação simultânea dessas grandezas com uma precisão máxima.
Na prática, ocorre uma interação sem controle entre o objeto e o arranjo
experimental, envolvendo inevitavelmente uma troca de energia ou quantum de
energia, que altera o sistema de uma forma que, ao se tentar medir, por exemplo, a
coordenada espacial de um elétron, “ocorrerá uma troca de momento entre o elétron e
o instrumento de medida, que será tão maior quanto mais exata for a medida da
posição que se procura obter” (BOHR, 1995, pg.7).
19
3 CAPÍTULO III EFEITO FOTOELÉTRICO E SEUS ASPECTOS HISTÓRICOS
Neste capítulo, discutiremos um pouco sobre o efeito fotoelétrico, por conta de
ser o principal tema proposto para a construção da sequência didática.
O efeito fotoelétrico consiste na emissão de elétrons por um metal em virtude
da incidência de luz sobre o mesmo. Tal efeito foi observado pela primeira vez por
Heinrich Hertz em 1887. O curioso é que Hertz buscava comprovar as previsões da
teoria eletromagnética de James C. Maxwell, para o qual a luz é uma onda. Os
desdobramentos desse fato mostrariam que o pressuposto de que a luz é um
corpúsculo também é apropriado para algumas situações (EISBERG, 1979).
Em 1900, um dos estudantes de Hertz, Phillip Lenard, construiu um aparelho,
cuja representação esquemática se mostra na Figura 05, que permite observar e
caracterizar o EF.
Figura 05. Aparato do Efeito Fotoelétrico. Fonte:http://www.ifi.unicamp.br/~fauth/1OrigensMecanicaQuantica/1Oquantumdeluz/Oquantumd
eluz.html. Acesso em: 04/10/2017
Ele consiste de dois eletrodos em um tubo onde se faz vácuo. A diferença de
potencial, V, entre os eletrodos pode ser controlada convenientemente, e a corrente i
varia de acordo com V, com a intensidade da luz e com a frequência da luz incidente
sobre um dos eletrodos, mas a energia dos elétrons não depende da intensidade da
luz.
As conclusões de Phillip Lenard mostraram profundos desacordos com o
eletromagnetismo clássico de Maxwell, por conta das limitações da física clássica,
como podemos descrever alguns detalhes dessa situação no quadro abaixo:
20
Quadro 1. Observações experimentais relacionadas ao efeito fotoelétrico e comentários.
Fonte: MAIA (2016, pg.14).
Foi diante dessas observações experimentais que o físico alemão Albert
Einstein propôs uma explicação para o Efeito Fotoelétrico que retomava uma
especulação antiga, referente as ideias de Isaac Newton sobre a natureza da luz: a
luz como partícula.
No ano de 1905, Einstein revelou que a Interpretação bastante simples dos
resultados de Lennard: a energia radiante está quantizada em pacotes concentrados
ou quanta de luz de energia,chamados fótons, onde a energia de um fóton está
representada na equação 1.
1. A corrente “i” é diretamente
proporcional à intensidade
luminosa. Se a intensidade dobrar,
a corrente também dobrará de
valor (KNIGHT, 2009).
Essa conclusão não é conflituosa com a Física Clássica, a
intensidade de uma onda eletromagnética propagando-se no vácuo é
dada por I=(1/2)ε0Emáx2(onde E corresponde a intensidade do campo
elétrico). Quanto maior for a intensidade da onda maior será a
energia transportada por ela. Isso significa que aumentar a
intensidade da onda, implica em aumentar o módulo do campo,
possibilitando que mais elétrons fossem excitados, culminando com
o aumento da corrente elétrica.
2. Dentro da precisão experimental
de que se dispunha, não parecia
haver um intervalo de tempo
considerável entre a chegada da
luz ao metal e a ejeção dos
fotoelétrons. A ejeção é
instantânea.
Essa evidencia empírica, associada ao EF, não encontra
ressonância na Física Clássica para a qual a energia transportada
pela onda eletromagnética se distribui por certa quantidade de
elétrons livres no metal, sendo necessário um intervalo de tempo
considerável até que um elétron acumulasse energia suficiente para
escapar da superfície do metal. Hoje sabemos que, embora o efeito
não seja instantâneo, o intervalo de tempo estimado é bem pequeno
(algo em torno de 1𝑛𝑠). Além disso, o intervalo de tempo não pode
ser nulo, pois isso viola o Princípio de Incerteza de Heisenberg
(Δ𝐸.Δ𝑡≥ℎ/2𝜋), do qual falaremos noutro momento.
3. Abaixo de certo valor de
frequência nenhuma corrente era
detectada, indicado que nenhum
elétron era ejetado do eletrodo.
Esse ponto era extremamente crítico e conflituoso com a Física
Clássica. Como já foi dito a energia de uma onda eletromagnética
não depende da frequência da onda e sim da amplitude do campo
elétrico oscilante. Como explicar esse resultado, uma vez que no EF
não se dá para certas frequências e a energia dos elétrons ejetados
é independente da intensidade da luz incidente?
4. Para um dado metal do eletrodo,
existe um potencial de corte que é
o mesmo para todos os valores de
intensidade da luz incidente, mas
depende proporcionalmente da
frequência da luz.
O potencial de corte não depende da intensidade da luz. Portanto,
não iluminar o material com iluminações mais fracas ou mais
intensas implicam no mesmo potencial de corte. No entanto, ele
passa depender diretamente da frequência da radiação incidente.
Essa foi a previsão de Einstein, a ser testada por Milikan, obtendo
valores da tensão de corte em função da frequência e, como
consequência, determinando o valor experimental de h.
21
Com base nas ideias sobre a quantização da energia, Einstein destacou as
incoerências em relação as leis da Física Clássica, quando a intenção era de buscar
uma explicação para o Efeito Fotoelétrico. Enunciando os três postulados sobre as
interações da matéria e o quanta de luz:
1- A luz de frequência 𝑣 representa a energia E de um fóton ou quanta de
luz, como representado na equação 1.
Vale ressaltar que para que o EF ocorra, a frequência de radiação incidente
deve ser maior ou igual à frequência mínima, chamada de frequência de corte 𝑣0 ,
definida por 𝑣0 =𝐸0
ℎ, como representada na equação 4.
Eelétron = h. v ≥ E0 [4]
Para tanto, se a frequência da radiação for inferior à de corte, os elétrons do
metal não terá energia suficiente para ser ejetado.
2- Os fótons (quanta de luz) são emitidos ou absorvidos integralmente, ou
seja, não existem quantidades fracionárias, somente múltiplos inteiros.
Logo se a intensidade de luz que incide o metal aumenta, aumentará os
números de fótons ejetados do metal se a frequência da radiação for maior ou igual à
de corte.
3-Quando um fóton interage com um elétron do metal, ele é totalmente
absorvido com uma energia descontínua (h. v). Essa é a energia suficiente para
arrancar instantaneamente o elétron do metal, não necessitando do tempo de
acúmulo de energia como previa a Física Clássica.
Quando é ejetado da superfície do material, o elétron possui uma energia
cinética que equivale a diferença entre a energia correspondente a frequência da
radiação incidente e a energia que liga o elétron ao metal, isto é,
K = h. v − E0 [5]
A energia E0 é conhecida como função trabalho do material e representa a
energia mínima para arrancar o elétron do metal.
22
Vale lembrar que Albert Einstein ao supor a equação para o EF não afirma que
a energia interior do átomo esteja quantizada.
23
4 CAPÍTULO IV A SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Apresenta-se a Sequência Didática que foi desenvolvida com base na
aplicação de Sequências de Ensino Aprendizagem-TLS (Teaching-Learning-
Sequences) estruturada com base na concepção de Mehéut e Psillos (2004). Este
tipo de SD é o que mais se aproxima do objetivo proposto nesta pesquisa.
Para tanto, esse tipo de SD busca a relação entre a articulação dos aspectos
históricos e epistemológicos com o mundo material, além de relacionar questões
pedagógicas que devem contribuir com o aprendizado dos alunos. Nesse modelo,
quatro componentes se destacam: aluno, professor, mundo real e conhecimento
científico.
Mas vale ressaltar que duas dimensões podem ser consideradas quando uma
sequência do tipo TLS é proposta: a dimensão epistêmica e a dimensão pedagógica.
Na dimensão epistêmica podem ser considerados os processos de elaboração,
métodos e validação do conhecimento científico que possam significá-los com relação
ao mundo material, relacionando os conceitos com os fenômenos em si (VILELA et al,
2008).
Já na dimensão pedagógica são pensados aspectos relativos ao papel do
docente e do aluno e as interações professor-aluno e aluno-aluno, justificando a
importância da interação social e simbólica defendida por Vygotsky, onde os seres se
relacionam socialmente em busca da aprendizagem (VILELA et al., 2008).
Considerando as duas dimensões apresentadas acima neste trabalho, busca-
se, na construção da SD, relacionar diferentes aspectos de cada uma das dimensões
propostas por Méheut e Psillos (2004), de forma que é necessário caracterizar uma
abordagem de ensino baseada na mediação simbólica e social defendida por
Vygotsky com a junção de novas estratégias para promover aulas mais dinâmicas e
interativas.
Com isso, é fundamental a aproximação de aspectos da pesquisa à prática da
sala de aula, logo na dimensão epistêmica, a aproximação do conhecimento científico
com o mundo material foi realizada a partir de aplicações com o cotidiano, além de
simulações e utilização adequada das TICs.
24
Na dimensão pedagógica, foi realizado além de atividades que enfatizasse a
motivação dos alunos envolvidos na pesquisa e as interações aluno-aluno, professor-
aluno, contribuindo para o êxito da aplicação da SD em sala de aula.
Moreira (2011) destaca que em outras perspectivas teóricas, o
desenvolvimento cognitivo tem sido interpretado como fundamental para
aprendizagem.
De acordo com Vygotsky, o processo de aprendizagem é essencial para o
desenvolvimento do ser em si e também para sua relação na sociedade em que vive
e desempenha suas funções.
Com isso, Rodrigues e Ferreira (2011) defende que o modelo TLS promove
aos alunos um melhor esclarecimento sobre o conhecimento científico. Os elementos
que compõem uma TLS são apresentados na Figura 06.
Figura 06: Esquema didático para descrever o desenho de uma TLS.
Por tanto, planejar atividades educacionais que vise a articulação das
dimensões epistêmica e pedagógica no processo de ensino e aprendizagem é um
desafio em sala de aula. No entanto, para nós, essas dimensões podem ser
interacionadas via mediação social e simbólica, a partir de Vygotsky (MAIA, 2016).
Para tanto, acredita-se que a criação de espaço para o diálogo na sala de aula
pode tornar possível esta articulação, pois de acordo com Lev Vygotsky, a interação e
mediação social são imprescindíveis para o desenvolvimento no processo de ensino
aprendizagem do estudante.
Rodrigues e Ferreira (2011) apresentam os critérios que são conhecidos como
critérios estruturantes, que destaca a importância das duas dimensões citadas acima,
de acordo com o quadro 2.
25
Quadro 2.:Dimensões epistêmica e pedagógica, segundo Rodrigues e Ferreira (2011).
Dimensões Critérios Estruturantes
Dimensão Epistemológica
C1 Valorização das concepções prévias dos alunos e
formas de elaboração conceitual.
C2 Gênese histórica do conhecimento
C3 Aproximação entre conhecimento científico e mundo material.
C4 Identificação de lacunas de aprendizagem.
C5 Observação das trajetórias de aprendizagem.
Dimensão Pedagógica
C6 Exposição e discussão de ideias pelos alunos.
C7 Estratégias para superar as lacunas de aprendizagem.
C8 Interação professor-aluno / aluno-aluno.
Com isso, é um desafio saber como articular ações em sala de aula em acordo
com os critérios estruturantes e os objetivos formativos pré-estabelecidos. O Quadro 2
extraído de Rodrigues e Ferreira (2011) demonstra alguns critérios com as dimensões
epistemológica e pedagógica. A partir desse quadro, e considerando os aspectos da
teoria sócio interacionista de Vygotsky, apresento a estrutura e o desenvolvimento da SD
proposta neste trabalho. Lembrando que antes da aplicação da SD, foi aplicado o
questionário em anexo, com o intuito de saber os conhecimentos prévios das turmas e
posteriormente preparar a SD, considerando a realidade da turma e a busca pelo o
processo ensino-aprendizagem.
Lembrando que antes da aplicação da SD, foi solicitado pelo professor uma
pesquisa sobre a FMC e seus conceitos fundamentais, com o intuito de promover a
familiarização dos alunos com uma base teórica e conceitual da FMC.
Com o intuito de saber os conhecimentos prévios das turmas e preparar a SD, foi
aplicado o questionário (Apêndice A) na primeira etapa (pré-teste) de forma individual e
sem acesso a internet e/ou outro tipo de pesquisa, com o objetivo de saber e considerar a
realidade da turma e assim buscar o equilíbrio dentro do tema proposto na pesquisa em
prol do processo ensino-aprendizagem.
Vale ressaltar que os alunos não sabiam que o mesmo questionário seria
reaplicado depois da apresentação da SD (teste), pois caso contrário a pesquisa poderia
ter alguma imparcialidade se tratando da coleta de dados.
Durante a análise das respostas, foi considerada a resposta correta, aquela que
tinha aplicação correta de conceitos, além da intencionalidade, pois muitas vezes os
26
alunos sabiam as respostas, mas não transcrevia de forma adequada e em alguns casos
o professor responsável pela pesquisa tirou dúvidas sobre algumas respostas.
A utilização do mesmo questionário tanto na primeira etapa (pré-teste) quanto na
segunda etapa (teste) se dá por conta da sistematização e padronização dos dados
coletados na pesquisa em si, por conta disso que os discentes não foram avisados de
reaplicação do mesmo questionário (Apêndice A) na última etapa (teste).
Sendo assim, os critérios estruturantes não necessariamente devem aparecer, ao
mesmo tempo, em todos os encontros. As etapas da SD aparecem no Quadro 3.
Quadro 3. Etapas da sequência didática.
Nº DE AULAS DURAÇÃO OBJETIVOS INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS RECURSOS E
INSTRUMENTOS
DIMENSÕES E
CRITÉRIOS
CONSIDERADO
S
02 90 min ➢ Promover uma discussão acerca do tema: O que é “Quantização” e a equação de Planck;
➢ Identificar a visão dos
estudantes sobre o conceito de fóton, quantização de energia e dualidade onda-partícula.
➢ Apresentar evidências sobre a Dualidade onda-partícula;
➢ Discutir sobre a natureza da luz e suas aplicações;
➢ Exploração de conceitos básicos e importantes em nível médio com o intuito de trazer o aluno para mais perto da Mecânica Quântica;
➢ Discussão sobre o princípio de quantização, onde serão preparados e analisados os conhecimentos a respeito do efeito fotoelétrico;
➢ Promover a discussão sobre o conceito de onda e partícula, enfocando o princípio de De Broglie (Dualidade onda-partícula);
➢ Apresentação de vídeos em nível introdutório que enfocam os aspectos epistemológicos e materiais da luz;
➢ Vídeos:
✓ Quantização da
Energia.
✓ Dr Quantum
demonstra o
experimento da
fenda dupla -
dualidade onda
partícula do
elétron;
✓ O que é a luz?
(Partícula ou onda)
- Gscience, EP.3;
✓ Lousa;
C1 C2 C3 C4 C5
C6
C8
02 90 min ➢ Discutir um pouco sobre a Mecânica Quântica;
➢ Destacar a importância da interação da radiação com a matéria e seus processos de energia e o efeito fotoelétrico;
➢ Demonstrar
aplicações do Efeito
➢ Discussão sobre as evidências empíricas e epistemológicas de efeitos interação da radiação com a matéria;
➢ Familiarização dos discentes com conceitos básicos e teóricos de Mecânica Quântica;
➢ Debate sobre os
conhecimentos básicos a respeito do efeito fotoelétrico;
➢ Vídeos:
✓ O Efeito Fotoelétrico
história e aplicações
➢ Simulações
utilizando o
programa
computacional
PHET.
➢ Lousa;
C1
C2
C3
C5
C6
C7
C8
27
Fotoelétrico no nosso
dia a dia, destacando
dispositivos com
fotocélulas;
➢ Caracterização do efeito
fotoelétrico, explorando novos
sentidos sobre o conceito de
quantização;
➢ Análise dos parâmetros
importantes para a existência
do efeito fotoelétrico, a partir
de simulações computacionais
e experimentos que traduzem
aplicações do efeito
fotoelétrico no nosso
cotidiano;
01 45 min ➢ Realizar
apresentações de
experimentos
propostos pelo docente
e construído pelos
alunos e apresentados
em sala de aula;
➢ Aplicar o questionário em
anexo;
➢ Aplicação do questionário
em anexo, com o intuito de
saber se houve aprendizagem
ou desenvolvimento teórico,
prático e epistemológico nos
conceitos básicos referentes
ao efeito fotoelétrico;
➢ Avaliação dos
conhecimentos adquiridos
através do questionário,como
intuito de saber se a próprio
aluno, conseguiu através dos
processos de interação aluno-
aluno e aluno-professor,atingiu
a zona de desenvolvimento
proximal (ZDP),
desenvolvendo os conceitos e
sentidos através da mediação
social e simbólica.
➢ Realizações de
apresentações de
experimentos similares ao
efeito foto elétrico, proposto
pelo docente e construído
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8
28
Vale lembrar que a sequência didática a ser discutida abaixo, compõe-se de 5
(cinco) aulas com duração de 45 (quarenta e cinco) minutos cada e foi aplicada com a
colaboração dos alunos do 3º ano do Ensino Médio dos turnos matutino e vespertino
do Colégio Estadual Governador Antonio Carlos Magalhães de Várzea da Roça-Ba.
4.1 Aula I: Apresentação da proposta, discussão sobre o conceito de quantização da energia e o princípio de De Broglie.
Inicialmente o professor deverá fazer uma exposição aos seus alunos sobre o
trabalho que será desenvolvido, esclarecendo que eles irão trabalhar com conceitos
específicos da Física Moderna e Contemporânea, especialmente o efeito fotoelétrico e
que esse trabalho será realizado por meio de etapas, que se organizam em torno deste
tema principal. Nesse momento deverão ser abordados também o objetivo da
intervenção e o percurso metodológico que será utilizado para desenvolver a estratégia
de ensino.
Lembrando se tratar de um trabalho de pesquisa em ensino preferiu-se discutir
com os alunos a proposta didática e seus critérios propostos, como formas de
avaliação e demais elementos práticos das atividades. Com isso, tal proposta busca
uma perspectiva de motivação, o que não se distancia do trabalho de Vygotsky
(GASPAR, 2014).
Vale ressaltar que para aprimorar o processo de ensino aprendizagem, é
necessário que o docente promova uma discussão sobre os temas trabalhados e
promova uma mediação social, onde de acordo com Vygotsky, o aluno interaja com os
demais alunos e com o próprio professor.
Inicialmente, foi abordado o vídeo “Quantização da Energia” (Figura 07), (02min e
43s), que produz uma discussão sobre o processo de quantização da energia, com o
intuito trabalhar com os alunos conceitos básicos e fundamentais da MQ, promovendo
a familiarização com o tema abordado. Pois, a exploração da equação de Planck e
suas aplicações favorecem para um melhor entendimento do efeito fotoelétrico, sendo
que a partir daí, o aluno começa a ter uma noção mais abrangente dos efeitos de
apresentados pelos alunos e
apresentados em sala de aula;
29
interação da radiação com a matéria, destacando fenômenos similares, como os efeitos
fotocondutor e fotovoltaico. Os estudantes assistirão aos vídeos e deverão ter a
oportunidade de anotar sobre suas observações para futuras discussões em sala de
aula.
Posteriormente, o docente possibilitará uma discussão sobre o princípio de De
Broglie, onde se debate sobre a dupla natureza da luz e seus aspectos históricos.
Foram utilizados além das discussões pertinentes ao tema abordado, vídeos “Dr
Quantumdemonstra o experimento da fenda dupla - dualidade onda partícula do
elétron” (figura 08) (04min e 51 s) e “O que é a luz? (partícula ou onda)- Gscience,
EP.3” (figura 09)(06min e 30s), que abordam aspectos gerais, com o intuito de facilitar
o processo de ensino-aprendizagem do aluno.
Figura 07:Vídeo- Mundo Quântico: Quantização de Energia
FONTE: Dona Jeka - Astronomia e Física.
LINK:<https://www.youtube.com/watch?v=CuCh5L-lkUk>
Figura 08: Vídeo- Dr. Quatum demostra o experimento da fenda dupla - dualidade onda partícula do
elétron.
FONTE:Peter Brawn, 2014.
LINK:<https://www.youtube.com/watch?v=ieZjg1eM9Ow>
30
Figura 09: Vídeo- O que é a luz? (partícula ou onda)- Gscience, EP.3.
Fonte:Menino de chapéu, 2016.
LINK:<https://www.youtube.com/watch?v=XaQnxtVfnuk>
4.2 Aula 2: Discussão sobre a Mecânica Quântica e o efeito fotoelétrico e suas
aplicações.
Esta aula tem como objetivo geral caracterizar o EF, segundo as hipóteses
assumidas por Albert Einstein em 1905, além de aplicações do fenômeno no nosso
dia a dia. Sendo assim, é interessante uma discussão sobre as grandezas físicas
importantes para a ocorrência do Efeito Fotoelétrico.
Com isso, busca-se evidenciar os aspectos quânticos desse fenômeno. Do
ponto de vista de conceitos da Mecânica Quântica, é possível aprofundar as
discussões sobre a quantização, a partir de um evento essencialmente quântico – a
explicação para o EF implica em quantizar a radiação (EISBERG, 1979).
Sendo assim, começamos com a discussão sobre os conceitos básicos e
fundamentais da MQ, destacando suas evidências empíricas e epistemológicas,
enfatizando os processos de quantização da energia e o conceito de fóton, com o
intuito de promover o melhor o entendimento do efeito fotoelétrico. A partir daí, através
de um vídeo “O Efeito Fotoelétrico história e aplicações” (figura 11)(04 min e 55s), para
preparar o grupo de estudantes para a aplicação do material principal da sequência
didática e sanar algumas dúvidas, sendo que este vídeo aborda a descrição a cerca do
efeito fotoelétrico e suas aplicações no cotidiano.
O vídeo funciona como um mediador simbólico e possibilita importantes
questionamentos, caso seja aberto um debate logo depois de sua exibição.
A dificuldade de se criar ou montar um aparato experimental para o estudo do
efeito fotoelétrico na unidade escolar fortalece e ratifica a importância da utilização
31
das simulações e demais tecnologias de informação e comunicação (TICs) em sala
de aula. Tais ferramentas têm o objetivo de facilitar a assimilação do conhecimento
por parte dos discentes, desde que sua aplicação faça parte de um processo
educacional coerente e dentro da realidade dos mesmos (FIOLHAIS e TRINDADE,
2003).
Na sala de aula, a turma foi dividida em grupos de 3 a 4 componentes, onde os
alunos deveriam fazer uso da simulação do efeito fotoelétrico elaborado pelo PhET
Colorado(Figura 10).
Com a utilização do PhET, é possível simular a variação de frequência e a
intensidade da luz, e posteriormente na maioria das vezes é possível verificar a
ejeção de elétrons de placas metálicas, que também podem ser alteradas, de acordo
com o diagrama abaixo.
Figura 10: Diagrama do software de simulação do Efeito Fotoelétrico.
Fonte: MANTOVANI, 2015
Vale ressaltar que o simulador foi explorado de forma qualitativa, onde os
discentes deveriam variar a intensidade da radiação, através do cursor (1) e verificar
se mudava quantidade de elétrons ejetados da placa.
Com isso, eles perceberam que variando a frequência da radiação através do
cursor (2), os educandos verificavam que a partir de qual comprimento de onda os
elétrons seriam arrancados da placa, constatando a frequência mínima para que o
fenômeno em si aconteça.
Vale ressaltar também que quando se trocava o metal da placa através da
janela (3) os discentes percebiam a mudança em aspectos do fenômeno em si,
justificando ainda mais a importância da interação da radiação com a matéria, por fim
quando desejado utilizavam o botão (4) para pausar e reiniciar a simulação.
32
Não podemos deixar de considerar que o experimento é de fundamental
importância para o aprendizado do aluno em ensino de física, tendo um importante
papel no que diz respeito ao ensino de física. Lembrando sempre que não deve-se
desistir de experimentos práticos em virtude de simulações (VANDERLI et al, 2015).
Pois a simulação é usada para auxiliar no entendimento da prática e são usadas
principalmente quando os experimentos práticos são bastante complexos,
complicados de serem realizados, ou possui custo alto.
Por fim foi solicitado pelo docente, que os discentes realizassem atividades na
próxima aula que impliquem em aplicações do efeito fotoelétrico no nosso cotidiano.
Tal atividade poderia ser realizada de forma individual ou em grupos de até 4
pessoas, eles deveriam montar os experimentos similares ao efeito fotoelétrico e
apresentar na sala de aula diante de todos presentes.
Lembrando que a responsabilidade da escolha dos experimentos ficou por
cada grupo formado de forma aberta, mas objetiva, com o intuito de promover uma
aplicação prática do efeito fotoelétrico que algo muito interessante para o processo de
ensino-aprendizagem.
Figura 11: Vídeo- O Efeito Fotoelétrico história e aplicações.
Fonte: Licenciatura em Física - IFSC Araranguá, 2016.
LINK:<https://www.youtube.com/watch?v=IA0wLlDNBUs>
4.3 Aula 3: Realização de experimentos propostos pelo docente em sala de aula e aplicação do questionário final.
Esta aula tem por objetivo de buscar a importância da prática experimental para
um entendimento mais completo do fenômeno estudado por parte do aluno. É
através dessa apresentação de experimentos que traduzem situações do cotidiano do
33
educando demonstrando que tudo aquilo que foi discutido e estudado em sala de aula
está presente em nossas vidas.
Dessa maneira e para incentivar este interesse no aluno, nessa etapa deverão ser
apresentadas, de forma sistemática, várias das aplicações similares e semelhantes ao
efeito fotoelétrico, destacando várias áreas do conhecimento na sociedade. Esta
intervenção leva em consideração um aspecto importante no comportamento dos
estudantes de ensino médio. Trata-se da curiosidade, uma arma importante para este
tipo de ação pedagógica.
E por fim, aplicação do questionário no apêndice A, com o objetivo de saber se
houve de certa forma aprendizagem ou desenvolvimento da linguagem simbólica
permite a relação homem/mundo e linguagem social, que é determinada pela
interação entre professor-aluno, bem como entre aluno-aluno no desenvolvimento de
conceitos, embasado nos processos defendido por Vygotsky. No anexo 1, estão as
fotos dos trabalhos dos alunos.
34
5 LINKS UTILIZADOS
• Vídeo 01- Quantização da Energia. Fonte:Prof. Rafa Sisson - Física Fácil.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KvSGZp2uPUg
Acesso em: maio de 2017
• Vídeo 02- Dr. Quatum demostra o experimento da fenda dupla - dualidade
onda partícula do elétron.Fonte:Peter Brawn, 2016.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ieZjg1eM9Ow>
Acesso em: maio de 2017
• Vídeo 03- O que é a luz? (partícula ou onda)- Gscience, EP.3.
Fonte: Menino de Chapéu, 2016.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XaQnxtVfnuk>
Acesso em: maio de 2017
• Vídeo 04- O Efeito Fotoelétrico história e aplicações.
Fonte: Licenciatura em Física - IFSC Araranguá, 2016.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IA0wLlDNBUs
Acesso em: maio de 2017
• Programa:PHET- Fonte:University of Colorado, 2017.
Disponível em: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/photoelectric>
Acesso em: maio de 2017
35
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36
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41
7 APÊNDICE
7.1 Apêndice A-Questionário
Questionário
Oi, Uma discussão atual no ensino de Física refere-se à inserção de Física
Moderna e Contemporânea no Ensino Médio. Nesse sentido, estou pesquisando
sobre um tema de grande importância para o desenvolvimento da Mecânica Quântica,
EFEITO FOTOELÉTRICO, onde nesta pesquisa foi construída uma Sequência
Didática com o intuito de promover aos professores de Física um novo olhar e
alternativa para se ensinar esse fenômeno em sala de aula e aos nossos queridos
alunos um melhor aprendizado e entendimento do fenômeno em si.
Por isso, gostaria de contar com a sua colaboração. Assim, ao responder este
questionário da forma mais completa possível, estará me ajudando a compreender
melhor esse fenômeno.
Obrigado,
Murilo Oliveira da Silva
1- Com base nos conhecimentos sobre a física, descreva de acordo com seu
entendimento a diferença entre partícula e onda.
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2- De acordo com os conhecimentos de física, descreva o que você entende
sobre a Luz?
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3- Com base nos conhecimentos sobre a teoria quântica, o que é fóton?
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_______________________________________________________________
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4- Com base na teoria da física moderna, o que é quantização da energia?
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5- Você já ouviu falar de efeito fotoelétrico? Onde?
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6- Descreva o que você sabe sobre o efeito fotoelétrico?
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7- Quais são as principais situações possíveis para que aconteça o efeito
fotoelétrico?
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8- Cite aplicações do efeito fotoelétrico em nosso cotidiano.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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8 ANEXO
8.1 Anexo 1- Fotos das apresentações Experimentos apresentados
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