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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Letras Daiane Machado Lolla Kátia Mirella Amadeu Martinelli Roberta Cristina Pasquim A TELEVISÃO COMO VEÍCULO DE INFORMAÇÃO: UMA LINGUAGEM DE IMAGENS E SONS LINS – SP 2010

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Letras

Daiane Machado Lolla

Kátia Mirella Amadeu Martinelli

Roberta Cristina Pasquim

A TELEVISÃO COMO VEÍCULO DE INFORMAÇÃO: UMA LINGUAGEM DE IMAGENS E SONS

LINS – SP

2010

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DAIANE MACHADO LOLLA

KÁTIA MIRELLA AMADEU MARTINELLI

ROBERTA CRISTINA PASQUIM

A TELEVISÃO COMO VEÍCULO DE INFORMAÇÃO: UMA LINGUAGEM DE IMAGENS E SONS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Letras, sob a orientação da Prof. (ª) Mª Ed Ganzarolli Pereira Calças.

LINS – SP

2010

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Lolla, Daiane Machado; Martinelli, Kátia Mirella Amadeu; Pasquim, Roberta Cristina A televisão como veículo de informação: uma linguagem de imagens e sons / Daiane Machado Lolla; Kátia Mirella Amadeu Martinelli; Roberta Cristina Pasquim. – – Lins, 2010.

44p. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Letras, 2010.

Orientador: Ed Ganzaroli Pereira Calças

1.Meio de Comunicação. 2. Mídia 3. Educação. 4.Televisão. 5. Informação. I Título.

CDU 37

L83t

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DAIANE MACHADO LOLLA KÁTIA MIRELLA AMADEU MARTINELLI

ROBERTA CRISTINA PASQUIM

A TELEVISÃO COMO VEÍCULO DE INFORMAÇÃO: UMA LINGUAGEM DE IMAGENS E SONS

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Licenciado em LETRAS.

Aprovada em:______/______/_______

Banca Examinadora:

Professora Orientadora: Ed Ganzaroli Pereira Calças Titulação:............................................................................................................. ............................................................................................................................. Assinatura:........................................................... 1ª Professora: Lídia Helena Gomes de Oliveira Titulação:............................................................................................................. ............................................................................................................................. Assinatura:.............................................................. 2ª Professora: Paola de Carvalho Buvolini Titulação:............................................................................................................. ............................................................................................................................. Assinatura:...............................................................

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A minha família: Elizabete, minha mãe; Cláudio, meu pai; Daniela, minha irmã; César Henrique, meu namorado

Daiane

A Deus, a meus pais, Marcos e Sônia, à minha irmã, Taimara, a meu namorado, Renato, e a todos os professores que me acompanharam durante essa jornada

Kátia Mirella

Aos meus pais,

Não apenas esta monografia, mas todas as minhas conquistas e vitórias são dedicadas a eles, Hilda e Nelson, que em nenhum momento

deixaram de me apoiar, e que com luta, mas principalmente com muita dedicação e amor, me deram a educação sem a qual eu não teria chegado a

lugar nenhum. Eles são meus grandes orgulhos, e quero que tudo o que eu faça, em toda a minha vida seja prova de que o pouco que eles fizeram por mim, na

verdade foi muito mais do que qualquer filho no mundo poderia querer. Divido com eles o mérito dessa conquista.

Roberta

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que permitiu esta grande realização. A meus pais e à minha irmã que me ajudaram a vencer mais essa etapa em minha vida. Às amigas do curso, sempre presentes nos momentos alegres e tristes. Aos sapientíssimos professores de Letras do Unisalesiano, especialmente a Ed Ganzarolli Pereira Calças. Às companheiras de trabalho, Kátia Mirella e Roberta.

Daiane

Agradeço a Deus, por estar presente em todos os momentos de minha vida. A meus pais e à minha irmã pela força, educação, dedicação e compreensão. Ao meu namorado, que sempre esteve ao meu lado nos momentos difíceis de minha formação. Às minhas amigas de faculdade: Laura, Ana Carolina e Maria Ângela. Às minhas parceiras de monografia que deixaram marca intensa em meu coração: Daiane e Roberta. À nossa orientadora, Ed Ganzaroli Pereira Calças, que nos proporcionou muito conhecimento em relação ao projeto.

Kátia Mirella

A Deus, pois sem Ele, nada seria possível e não estaríamos aqui reunidos, desfrutando, juntos, destes momentos que são tão importantes.

A minha família: meus pais, minha avó (in memorian), meus irmãos, cunhados e sobrinhos. Agradeço pelo amor e apoio que sempre me deram durante esses anos.

Ao meu namorado Luiz Henrique, pessoa muito especial para mim. Obrigada por deixar minha vida mais feliz, obrigada por todo amor e respeito.

Agradeço às minhas amigas mais íntimas: à Laide, à Fernanda, à Kátia Mirella, à Daiane, à Carol Moya, à Laura e à Maria Ângela.

Agradeço aos professores que me conduziram, dia a dia, na estrada do saber.

Roberta

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Dizem que só quem sonha consegue alcançar... Nós alcançamos!

(SANTANA, Luan)

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é ressaltar a importância dos meios de comunicação, principalmente a televisão, importante propagadora de conhecimento, que se constitui em fonte de informação, fonte educacional, por atingir vários segmentos da sociedade. Através destes meios se cria e se desenvolve outro modo de ver, ler, ouvir, pensar e aprender. Além de recurso didático, a TV é um instrumento de grande valia, pois propicia aquisição de cultura e conduz à compreensão dos fatos que ocorrem no mundo. Todavia, também cumpre o papel de companheirismo, mas pode efetuar manipulação e causar dependência nos espectadores. Através da tarefa de formar e informar pessoas adquiriu um espaço imenso na vida da população, o qual cresce a cada dia e sua influência tornou-se inegável. Os meios de comunicação interferem bastante na educação das pessoas, pois a tecnologia hoje está mais presente no cotidiano popular. Os diferentes tipos de programas oferecem aos que assistem a eles variedade de tipos de linguagem e também características diferentes. O dever do público é, pois, tentar entender e analisar as mensagens transmitidas surgidas da combinação entre as imagens e os sons. A principal idéia é saber compreender o uso da televisão como recurso didático sem subestimar a figura do professor, dentro e fora da escola. A ele cabe usá-la como recurso didático, porém de modo inteligente. Portanto, essa mídia de massa, vista como algo presente no cotidiano das pessoas, tem por finalidade quebrar alguns paradigmas e mostrar que não serve, apenas, como fonte de lazer e entretenimento.

Palavras-chave: Meio de comunicação. Mídia. Televisão. Educação. Informação.

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ABSTRACT

The objective this work is to highlight the importance of the media, especially television, an important propagator of knowledge, which it is constituted a source of information and also in educational source for reaching various segments of society. Through these ways it is created and it is developed another ways to view, to read, to listen, to think and to learn. Beyond of didact resource, the TV is an instrument of great value, because it propitiates acquisition of culture and leads to understanding the facts that occur in the world. However, it also fulfills the role of companionship, but can effectuate handling and to cause dependence in the spectators. Through the task of educating and informing people got an immense space in the life of the population, which grows every day and its influence has become undeniable. The media quite interfere in people's education, because the technology today is more present in everyday popular. The different types of programs offer to assist them variety of language and, also different features. The duty of the public is, therefore, to understand and to analyze the messages transmitted that arise from the combination of images and sounds. The main idea is to know understanding the use of television as a teaching resource without underestimating the figure of the teacher inside and outside of school. To him is permitted to use itself as a teaching resource, but so smart. Therefore, this mass media, with a view something in the daily lives of people, aims to break some paradigms and to show that not only serves as a source of recreation and entertainment.

Keywords: Medium. Media. Television. Education. Information

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBOPE: Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................11

1 OS MEIOS E PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO........................................13

1.1 A influência mídia televisiva na sociedade...................................................14

1.2 A televisão como meio de transmitir conhecimento......................................15

2 A LINGUAGEM DAS IMAGENS E SONS DA TELEVISÃO.........................18

2.1 A nova oralidade...........................................................................................19

2.2 O mundo das telenovelas.............................................................................21

3 TV E ESCOLA – O CONHECIMENTO ATRAVÉS DA TV...........................23

3.1 Os programas de TV...............................................................................................24

3.2 Programas de TV: Rá-Tim-Bum e Castelo Rá-Tim-Bum........................................24

3.3 Aprendizado e televisão.........................................................................................28

4 TV NA EDUCAÇÃO - AUDIOVISUAL E EDUCAÇÃO....................................31

4.1 A sala de aula transformada...................................................................................32

4.2 A importância da TV em sala de aula.....................................................................33

5 TELEVISÃO: INDÚSTRIA CULTURAL..........................................................36

6 CONCLUSÃO.................................................................................................40

7 REFERÊNCIAS..............................................................................................42

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho estuda a utilização dos meios de comunicação,

principalmente a televisão, como ferramenta do professor em sala de aula.

Considerando que nos dias atuais praticamente toda a população dispõe

desses recursos que nos foram presenteados pela moderna tecnologia, sua

utilização é indispensável nas escolas. Sua ausência em sala de aula traria uma

lacuna à mente dos alunos, que rapidamente seria preenchida pelo desinteresse

diante de exposições cansativas.

Aulas e cursos são diariamente transmitidos pela mídia e isso oportuniza a

inclusão da vida nas escolas, numa época em que a palavra de ordem é a

globalização.

A comunicação é uma necessidade básica do ser humano, do homem

social. Sendo assim, o simples ato de assistir televisão, de pesquisar na internet,

de ler um jornal, de observar uma propaganda, enfim, toda e qualquer atividade

se relaciona com a linguagem de uma forma natural e contínua. A presença de

outras linguagens na vida cotidiana constitui um agente de socialização tão

importante como a escola ou a família, pois os meios de comunicação em massa

especializam-se em formar opinião e modificar atitudes. Os meios de

comunicação, principalmente a televisão, podem ser utilizados como fortes

aliados de recursos culturais e educacionais na tentativa de melhor

contextualizar os conteúdos propostos em sala de aulas dinâmicas.

Observe-se que as práticas educativas, no que se refere à utilização da

televisão, não se resume em simples instrumento para passar um filme, seja ele

educativo ou não. Ela não faz parte do uso diário e complementar do processo

ensino aprendizagem.

Passemos à análise do termo: a palavra televisão vem do grego tele -

distante e do latim visione – visão. É um sistema eletrônico de recepção de

imagens e som de forma instantânea. Além de ser objeto de lazer, constitui-se

também uma ferramenta de grande utilidade.

Pode-se garantir que a televisão foi um dos inventos que mais fez jus a

um maior número de críticas e de louvores e também a ferramenta audiovisual

que mais contribuiu, concomitantemente com a rádio e a imprensa, para fazer do

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planeta uma imensa aldeia global. Tornando-se acessível à grande maioria das

pessoas, constituiu-se numa forma de companhia, de diversão, de informação e

de formação, e através disso influenciou especialmente a educação. Sua

influência é inegável.

Sendo assim, levar a televisão para a sala de aula implica também

ensinar os alunos a vê-la com olhar crítico. O importante é saber usá-la para o

cotidiano e não ser usado por ela. Diante disso, esse estudo apresenta críticas e

comentários, servindo-se inclusive, de exemplos tirados da própria atividade

televisiva da TV Cultura: os programas Rá-Tim-Bum e Castelo Rá-Tim-Bum.

O acréscimo de outras vantagens deve ser considerado quando se fala

em televisão como recurso didático: é o acréscimo da emoção que a TV pode

proporcionar, uma vez que ambiente televisivo é especialmente o referencial de

informações tanto sociais como culturais, tornando-se companheiro das

interações afetivas, emocionais e tem um amplo artifício subliminar, pois passa

muitas informações que não apreendemos conscientemente. A televisão é

ainda, o meio utilizado, por excelência para obtenção de informações. É através

dela, principalmente, que as pessoas entram em contato com os outros mundos,

outros povos e culturas.

O educador deve perceber que a educação tem um alto componente

comunicativo. A televisão e também o rádio, como recurso didático ampliam as

possibilidades de acesso a materiais que recortam a realidade do nosso país, e

apresentam as constantes violações dos direitos do cidadão e, muitas vezes

apresentam alternativas de solução para a questão. Quando os alunos são

preparados a ler a televisão e são alfabetizados, visualmente, pelos seus

professores, são capazes de criticamente entender as mensagens transmitidas

por ela, questionando-as e construindo idéias sobre as informações.

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CAPÍTULO 1

1. OS MEIOS E OS PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO

Falar de meios significa entender a comunicação enquanto processo. É

impossível citar os meios de forma isolada. Os meios de comunicação só

ganham sentido quando são vistos dentro de um processo de comunicação.

Para alguns educadores não há meios de comunicação, mas situações de

comunicação mediadas.

O ato de comunicação é sempre um ato de vontade, seja da parte do

emissor quanto a do receptor. Somente a partir dessa vontade a comunicação é

possível. É impossível a não comunicação, pois em qualquer momento estamos

nos comunicando.

Segundo Thayer (1975, p.56): “os processos básicos de toda

comunicação são: a aquisição de dados, informações, transmissão de dados,

processamento de dados e exposição de dados”. Logo, Wright (1978, p.58) cita: “a comunicação é processo pelo qual

significados são transmitidos de uma pessoa para outra, processo que é

fundamental para o ser humano enquanto ser social.

No entanto, ela é um processo complexo em que, além do emissor e

receptor existe uma série de ações, influências e necessidades que obrigam as

pessoas a pensar sobre o assunto. A comunicação se torna mais difícil quando o

conteúdo de uma mensagem é complexo.

Conclui-se que, o objetivo dos meios é tentar superar as distâncias e

permitir uma aproximação entre os extremos, tornando o processo possível.

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1.1 A influência da mídia televisiva na sociedade

Segundo a autora Lazar (1999, p.91) a televisão não foi feita para mobiliar

um apartamento ou qualquer outro cômodo da casa. É um instrumento de guerra

ofensiva e defensiva contra a ignorância. Essa seria uma meta, embora essa

meta não tenha sido atingida, ou seja, a televisão ainda não cumpriu esse papel.

Desde o seu surgimento, a televisão era vista como um meio de diversão

do povo, servindo também como meio para educá-lo. Essa concepção ligava-se

aos países comunistas em que todos acreditavam que a televisão era capaz de

elevar o nível de conhecimento do povo.

A televisão é uma mídia de massa particular, que permite realizar a

comunicação de massa enquanto processo social. A característica de uma mídia

de massa é a difusão de produtos em grande quantidade que se dirige à massa,

isto é, ao mundo todo. Essa, pode-se dizer, que é a sua dinâmica, ou seja, a

televisão pode atingir toda população do planeta.

Foi empiricamente demonstrado, que quando uma apresentadora popular se cola diante das câmeras com um enfeite, um broche, por exemplo, esse enfeite vai alcançar uma excelente venda nos próximos dias. (LAZAR, 1999, p.93).

É por essas e outras razões que a televisão, às vezes, cumpre o papel de

manipuladora. Tanto em novelas, seriados, programas que aparecem pessoas e

personagens que manipulam o público com roupas, acessórios e até mesmo

gírias e bordões, fazendo com que esses espectadores se vistam e falem de

modo semelhante, imitando-os de todas as maneiras. Por vezes aparece a

questão de que as consequências do que é dito na TV não são conhecidas o

suficiente, já que não se deve esquecer que a TV é apenas um entre vários

fatores que intervêm na transmissão do conhecimento.

A televisão é relevante para a transmissão de informações, na educação

dos indivíduos. Mas obviamente, sozinha ela não é capaz de educar qualquer

indivíduo, pois para que a TV possa exercer uma ação educativa, precisará

apoiar-se num plano pedagógico e cultural. Ou seja, a ação educativa da

televisão será eficaz quando for acompanhada por um apoio externo, que lhe

trará orientações importantes, de caráter didático e social.

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1.2 A televisão como meio de transmitir conhecimento

A televisão intervém na transmissão do conhecimento geral, já que a

transmissão do conhecimento científico fica a cargo da escola. Para alguns

intelectuais a televisão não é digna de ser levada a sério. Eles teriam que

compreendê-la, mas na verdade, a depreciam.

Muitas vezes a televisão parece ser um instrumento de comunicação fácil,

na qual a informação é transmitida por imagens. Por esse motivo, a imagem

sempre foi reconhecida pela facilidade de entendê-la melhor. Mas apesar de a

imagem ser mais antiga que a escrita, sempre se valorizou a transmissão da

informação mais pela escrita do que pela imagem.

A leitura de uma imagem pode ser muito complexa e nunca foi

reconhecida a utilidade de ensinar imagens, por isso é um instrumento de

manipulação mais delicado do que a escrita e é o que mais se vê.

As crianças desde os quatro ou cinco anos de idade deveriam ser

induzidas pela família a assistir programas destinados às crianças, mas que

fossem, ao menos, programas de qualidade. Com isso, deve-se explicar aos

pequeninos que a televisão não é sempre a realidade, explicando a eles,

também, a linguagem televisiva.

Atualmente, as crianças estão ficando a maior parte do tempo na frente

da TV e assistindo a programas medíocres, que não oferecem nenhum apoio

didático. Com isso, ficam muito alienadas no mundo de desenhos e filmes que

não têm importância. Então seria melhor que os pais proporcionassem aos filhos

atividades atraentes, fazendo com que as crianças e adolescentes fossem

passear, andar de bicicleta, praticar algum esporte e até mesmo participar de

brincadeiras que as levassem a interagir com outros. Assim, não viveriam diante

da TV, sem movimentar-se, causando problemas à saúde e até mesmo

acostumando-se a uma vida sedentária.

Outro fator que faz com que muitas crianças e adolescentes se tornem

alienados é o uso frequente do computador e da internet, distanciando-os ainda

mais da vida escolar e da família.

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No entanto, a televisão é muito criticada por roubar o tempo e acarretar

um grande desânimo nas pessoas.

É justamente na cena doméstica onde o descentramento produzido pela televisão se torna verdadeira desordem cultural (...) a televisão curto-circuita os filtros da autoridade parental (...). O seu uso, ao não depender de um complexo código de acesso, como o livro, expõe as crianças, desde que abrem os olhos, ao mundo antes velado dos adultos. (BARBERO, 2000, p.15).

Os adultos perdem o controle do que seus filhos assistem na TV, porém

continuam deixando-os diante da tela a maior parte do seu tempo livre. Desse

modo, a TV controla o comportamento das crianças e jovens. Ela pode ser

considerada uma babá eletrônica para todas as idades, com as vantagens de

ser uma máquina, não cobrar salário e ainda consumir pouca energia elétrica,

além dos benefícios que pode proporcionar.

Devido ao avanço dos meios comunicativos ficou complicado definir o que

é real e o que é ficção. Muitas vezes, fatos da vida real são intimamente ligados

aos enredos das ficções televisivas. Essa invenção moderna alterou em muito as

relações entre o existente e o inventado, o distante e o próximo, entre os valores

morais e estéticos. O tempo linear do texto escrito cedeu lugar ao texto

fragmentado, onde o tempo psicológico, não mensurável, consegue se objetivar

através de diferentes efeitos e recursos de computação.

A cultura “letrada”, linear, sobrepõe-se à cultura da “fragmentação”, multifacetada e polissêmica. As possibilidades de múltiplas interpretações de diferentes linguagens que se apresentem e se sobrepõem através de vários suportes da mídia, geram novas formas de construção do conhecimento, com implicações diretas nas atuais condições de aprendizagem. (FILÉ, 2000, p.27).

Pode-se falar da degradação da televisão quando se diz que o problema

é, à medida que o número de canais aumenta, a dificuldade de encontrar

profissionais competentes e bem qualificados. Isso complica tudo. É por esse

motivo que os programas são obrigados a baixar o nível e produzir cada vez

mais programas sensacionalistas. E quando um programa é sensacionalista

frequentemente é imprestável.

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CAPÍTULO 2

2. A LINGUAGEM DAS IMAGENS E SONS DA/NA TELEVISÃO

Para muitas pessoas o texto escrito foi e continua sendo o referencial de

maior importância, pois é considerado a inteligência do mundo mediada pela

linguagem oral-escrita. Mas, não se pode esquecer que muitas pessoas,

também formam sua inteligibilidade do mundo a partir das imagens e sons das

produções da televisão. O importante não é conhecer a televisão como recurso

didático ou ilustrativo, mas sim vê-la como um objeto cultural, em que a

linguagem é diferente da linguagem verbal.

Na verdade, as imagens e os movimentos sonorizados da televisão têm

um grau forte de realidade. Qualquer coisa ou pessoa que aparece na tela está

sendo vista e não lida ou escutada, existindo uma real proximidade das imagens

com a oralidade, tornando as imagens, às vezes, mais fortes do que um texto.

Nesses casos, são os analfabetos e semi-analfabetos que sofrem maior impacto,

pois são pessoas alfabetizadas de maneira instrumental, que vivem

mergulhadas no universo da comunicação de massas.

A imagem/som projetada, por mais fantasiosa que seja, é sempre real; está sendo vista/ouvida como no mundo real. A sua relação com a imaginação é direta e global, quase sem mediações, semelhante à situação da fala (oral). É muito diferente da imaginação reflexiva, mediada pela palavra escrita e pela sintaxe de um texto literário. É essa homologia com a fala (oral) e com a realidade visível/audível que dá ao cinema e à TV sua força e domínio sobre as populações orais atuais. São os instrumentos e o meio dominante da educação cultural massiva. (ALMEIDA, 2001, p.26-27).

Sendo assim, a televisão, meio de comunicação de massa, produz

informações em imagem-som e mantém um vínculo muito forte com o universo

da oralidade. A imagem-som é considerada uma real reprodução de tudo o que

é apresentado, já que aparece visualmente de maneira real, em que se vê sua

forma, cor, movimento e som. Isso torna as imagens-som distintas da palavra,

que todos escutam semelhantemente, mas cada um entende em sua inteligência

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particular. Com isso pessoas que são acostumadas a entender e ver palavras

oralizadas, inteligência verbal, são obrigadas, atualmente, a concordar com uma

inteligibilidade diferente, necessária para a vida educacional e cultural na

sociedade que se integra, cada vez mais, no mundo de imagem e som.

Considera-se que a televisão tem sua origem na oralidade, na

corporalidade da voz e do corpo, da natureza da imagem do mundo.

As histórias-em-imagens da televisão são produtos diferenciados e

dirigidos a públicos distintos. Pode parecer o contrário, mas a sociedade

moderna é uma sociedade oral, pois a leitura e a escrita para esse tipo de

sociedade são mais operativas e práticas, não tendo como objetivos a reflexão e

a criação, tendo, porém, a instrução e o cumprimento de metas. Este tipo de

sociedade também é estranha à literatura e às histórias escritas, mas não à

histórias e mitos.

O uso da expressão linguagem televisiva procura aproximar o

entendimento da TV ao entendimento de algo conhecido: a língua. É apenas a

tentativa de ver na televisão um sistema simbólico de produção/reprodução de

significações sobre o mundo, em que ambos os termos desta comparação

vêem-se reduzidos.

2.1 A nova oralidade

A relação do espectador com imagens e sons em movimento, na

televisão, é quase a mesma de pessoas se encontrando e conversando.

Enquanto as pessoas falam, suas bocas e seu corpo movem-se juntamente com

tudo o que está ao seu redor. A partir desse fato, uma veracidade se instala, as

palavras são os sons de uma discussão verdadeira, que é indiscutivelmente real.

As palavras têm o peso da verdade da situação, durante o momento da fala,

mesmo que depois se possa refletir sobre o que foi falado, perceba-se a mentira,

isto é, a ambiguidade. Desse modo, os laços da oralidade, o seu todo corporal

impõem-se pela concentração espacial dos falantes e pela simultaneidade

temporal. Então, a continuidade da fala vai fazendo sentido, adquirindo

significado, as frases vão se enlaçando, completando-se.

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Na fala, a oralidade está em questionamento constante, desde tecnicamente (as regras da língua, os sons das palavras, as construções sintáticas, o vocabulário, etc.) até seu significado moral, afetivo, político. Está próximo da arte. É o conflito de diversas forças compondo uma significação sobre o mundo. (ALMEIDA, 2001, p.43).

A oralidade torna-se diferente em seu movimento para expressar-se em

escrita, pois a escrita transforma a oralidade numa fala - escrita, em objetos da

inteligência verbal que se pode fixar numa temporalidade não simultânea, na

gramática de tempos verbais, de sintaxe, na semântica de letras e sílabas, no

significado morfológico expresso. O caráter de mediação que a escrita tem em

relação à oralidade, faz com que a leitura seja um momento de reflexão, de

dúvidas e questionamentos, de inteligibilidade plural do mundo.

No entanto a nova oralidade mostra uma inteligência reflexa e mecânica,

onde o que se vê e o que se ouve é o que é, uma verdade, mesmo que sejam

verdades que se sobrepõem umas às outras, nunca compondo um todo que dê

sentido ao pensamento sobre o mundo.

Se anteriormente à massificação da televisão poderíamos pensar em uma comunidade de pessoas, hoje é forçoso pensar em uma comunidade de espectadores, de consumidores de imagens e sons, pessoas que formam sua inteligibilidade do mundo a partir das informações dos meios de comunicação de massas, das informações que lhes vêm por imagens e sons, dessa nova oralidade. (ALMEIDA, 2001, p.45).

As imagens e os sons são simulações do real, tornando-se reais a partir

de suas identificações com a oralidade da fala na concomitância dos tempos do

espectador e das imagens, naquela continuidade e sequências sem retorno

onde o significado se faz como na cadeia sonora da fala.

É através da televisão que a nova oralidade compartilha de modo

fundamental as produções de imagens e sons.

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2.2 O mundo das telenovelas

A televisão tem o objetivo de captar a atenção da maior quantidade

possível de público, por isso a TV produz textos em série, ou seja, programas

que são consumidos por milhões de pessoas. São filmes, programas de

entrevistas, de auditórios, noticiários, “reality shows” e principalmente as

telenovelas.

Ao se falar em ficção televisiva, logo se pensa nas novelas. A telenovela

é uma história contada através das imagens televisivas. Ela baseia-se em vários

grupos de personagens e apresenta vários conflitos, que podem ser resolvidos

provisoriamente e outros que são resolvidos somente no final.

As novelas estão sujeitas ao julgamento do público e da crítica. Por vezes

o rumo das histórias pode mudar, quando as opiniões públicas interferem no que

foi escrito na sinopse.

O conflito principal de uma telenovela é aquele que sustenta a trama. A

trama é considerada o traço mais característico da novela. É a formação do

conflito principal e várias histórias que ocorrem paralelas, entrelaçadas à

primeira. As histórias paralelas têm um tom menos denso e mais cômico, pois

servem para amenizar o teor dramático. Assim, proporciona ao telespectador um

“respiro” do ambiente pesado da trama principal.

Costumo comparar a estrutura de uma telenovela a uma árvore: as raízes, escondidas sob a terra, correspondem às concepções básicas do autor, a sua filosofia e visão do mundo, sua ideologia; o tronco é a história central, aquela que, na sinopse, é a coluna mestra, a espinha dorsal; e os ramos, sempre muitos, são as conseqüências da história central, as outras histórias, linhas de ação, conflitos menores, secundários. (PALLOTTI, 1998, p.118).

A ficção televisiva tem o intuito de provocar emoções vivas que produzam

uma sensação de proximidade entre o emissor e o receptor. Ela ajusta-se aos

costumes, aos valores culturais, aos princípios sociais e religiosos da maior

parte do público. Também é construída sobre opiniões comuns, difundidas e

aceitas pelos telespectadores.

Considera-se que um dos encantos da telenovela é o suspense. O

suspense ocorre através de certa dose de curiosidade no espectador, que é

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satisfeita aos poucos. Muitas vezes as emissoras permitem que o resumo do

que vai acontecer nos próximos capítulos seja divulgado por revistas e jornais.

Mesmo assim, o telespectador não deixa de assistir à novela, já que ele prefere

assistir a cenas.

A telenovela faz parte, domina, preenche o cotidiano das pessoas, e na maioria dos casos, de forma mais rica, densa e emocionante do que a própria vida. A imediaticidade deve-se ao fato de ela estar assim “colada” ao cotidiano de cada um e substituir um convívio social que por uma série de fatores já não se dá mais, mas, principalmente, por entrar para esse convívio através de um componente de familiaridade. É essa familiaridade do dia-a-dia telenovelístico que garante e facilita a aceitação das pessoas. (MARCONDES, 1994, p.117).

A produção de uma telenovela conta com alguns recursos que colaboram

com a criação de climas. Os temas musicais funcionam como elementos

identificadores da telenovela, na abertura ou no encerramento, e podem ser

associados a um determinado personagem. Assim, torna-se fácil para o

telespectador reconhecer e diferenciar os elementos narrativos.

Também há os efeitos visuais, que criam atmosferas e transmitem ao

público dados reconhecíveis sobre a história. Além disso, estuda-se a posição

da câmera, que tem muita importância, pois pode assinalar uma expressividade

e fazer com que o telespectador veja acontecimentos, às vezes, mais e melhor

do que se fossem narrados.

No entanto, a telenovela tanto influencia a sociedade na qual se insere,

como também é influenciada por ela, pois costuma apresentar modelos de

conduta fechados e absolutos, socialmente aceitos.

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CAPÍTULO 3

3. TV E ESCOLA – O CONHECIMENTO ATRAVÉS DA TV

A televisão pode contribuir como instrumento de socialização de

conhecimentos, mas isso não quer dizer que substitui o professor, pois sabe-se

da importância da interação como um forte veículo, laço de crescimento

fundamental para um aluno. Chamando a atenção para a importância dos

programas que o aluno vê: dependendo das práticas utilizadas, a TV pode

incorrer em processos idênticos aos da escola, como um discurso pedagógico

autoritário, cujas relações não estimulam a curiosidade dos alunos que, com isso

não refletem sobre os problemas tratados.

Trabalhando com duas turmas: uma classe de alfabetização de uma

escola pública e outra de educação infantil de uma escola privada pode-se

observar que em alguns momentos da aula ocorrem o interesse, o prazer em

conhecer o assunto desenvolvido, mas existem os momentos de falta de

interesse. Sendo assim, as aulas são aproveitadas diferentemente, mesmo

tendo os mesmos conteúdos e objetivos.

Observando mais atentamente os alunos, nas atividades que demonstram

prazer de aprender, encontra-se a linguagem, particularmente discurso

pedagógico veiculado pela TV.

Aos poucos fui incorporando a televisão como um dos recursos de minhas aulas, principalmente os programas educativos que emissoras como a TV Educativa do Rio de Janeiro exibiram com periodicidade. (GUIMARÃES, 2000, p.12).

Assistir a programas educativos em sala de aula desperta o interesse e a

atenção dos alunos, cada vez mais. Essa prática leva os alunos a

demonstrarem expressões de prazer e envolvimento. Utilizando esta ferramenta,

isto é, a linguagem juntamente com a realidade, cria-se expectativa nos alunos e

desperta seu próprio imaginário.

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Depois da experiência de trabalhar com TV em sala de aula, nota-se que

alguns programas são considerados mais interessantes que outros e parecem

produzir prazer, desprazer ou desinteresse.

3.1 Os programas de TV

Os programas informativos são aqueles que informam, esclarecem algum

assunto ou conteúdo e é aqui que se enquadram os programas didáticos.

As novelas, filmes, comerciais e outros têm um tempo determinado: o

segundo item tem um tempo aproximado de duas horas, o último trinta

segundos. Já os programas voltados para questão didática procuram não ir além

de trinta minutos, embora não existam regras rígidas.

A escola também é estruturada no tempo e é bom que busque

compreensão dos aspectos temporais: televisão e sala de aula. Os mesmos são

decididos por uma boa utilização de programas audiovisuais nos ambientes

escolares.

A escola e a TV, caminhando juntas, podem transformar

pedagogicamente a educação que se encontra nas escolas.

3.2 Programas de TV: Rá-Tim-Bum e Castelo Rá-Tim-Bum.

Comparando dois programas semelhantes: Rá-Tim-Bum e o Castelo Rá-

Tim-Bum, nota-se que nesse as crianças demonstram interesse, ao passo que

em Rá-Tim-Bum elas são distraídas por atividades que não estão relacionadas

ao tema trabalhado, o que só irá acontecer na metade do programa.

Essa atitude das crianças coincidia com os dados das pesquisas realizadas pelo Ibope, que apontavam para uma diferença significativa entre os índices de audiência dos dois programas. Tais quais as minhas turmas, a aceitação e o índice de audiência do Castelo Rá-Tim-Bum pelos telespectadores em geral eram bem maiores que os do Rá-

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Tim-Bum. (INSTITUTO BRASILEIRO DE OPINIÃO PÚBLICA E ESTATÍSTICA, de 1990 a 1996, p.13).

Conteúdo e objetivo dos dois programas são semelhantes e os alunos

têm reações diferentes.

Os dois programas tinham por objetivo educar divertindo. Eram destinados a atender crianças de três a sete anos de idade, abordando conteúdos como noções de matemática, ciências, ecologia, música, higiene, percepção audiovisual, incentivo à leitura, entre outros, de forma a ampliar o conhecimento e dar apoio à crianças dessa faixa etária. (MUYLAERT,R.,1995, p.14 ; MEIRELES, 1991, p.14).

O programa que não atrai a atenção das crianças é justamente aquele

que se constitui de práticas de linguagem instituída por grande parte das

escolas.

Vale a pena ressaltar que as escolas em referência são aquelas que produzem a herança histórico-social da educação tradicional, onde são cobradas dos alunos uma disciplina rígida, uma cultura enciclopédica, uma aferição do aproveitamento entendida como fim em si mesma, como instrumento de aprovação ou reprovação, e não como instrumento auxiliar da aprendizagem (LUCKESI, 1990, p.14).

A expectativa tem que contribuir não somente com as práticas de

linguagem, assim como o papel da TV na educação.

Analisando os programas Rá-Tim-Bum e Castelo Rá-Tim-Bum, o primeiro

alude a reação das duas turmas, o segundo diz respeito ao índice de audiência.

Chamam atenção por estarem entre os cinco mais assistidos da TV Cultura, mas

havia uma grande diferença.

Segundo o Jornal O Globo (1995, p.39): “O Castelo Rá-Tim-Bum seria o

programa educativo de TV mais premiado da televisão brasileira,[...]”, mas os

dois programas foram premiados pelas mesmas instituições, em anos diferentes.

O programa Rá-Tim-Bum surgiu primeiro que Castelo, mas esse obteve

sucesso, maior aceitação do público, mesmo o primeiro tendo verba maior. O

segundo tem características comuns do primeiro, ambos são educativos, têm

objetivos gerais semelhantes, atendem à mesma faixa etária.

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O diretor da TV Cultura revela sua expectativa com relação à concepção

de programas educativos.

Televisão é entretenimento e ponto final. Ninguém liga a televisão para se chatear e muito menos para aprender alguma coisa. Aí é que está, você pode fazer entretenimento com conceito, sem conceito e com conceito negativo (...) nós fazemos entretenimento positivo para quem assiste, o sujeito sai enriquecido. (...) Aqui se repassa todo o conceito de TV Educativa, sem ser o velho conceito de educativa que afugenta o espectador (MUYLAERT,1995, p.40).

Segundo Muylaert (1995, p.41) os programas devem ser educativos, mas

educação sedutora, provocativa e desafiadora. A expectativa que a educação e

os programas educativos precisam criar deve incidir sobre necessidades reais e

imaginárias dos telespectadores. Partindo das coisas próximas, estimula à ação

do espectador à pesquisa, à realização, levando-o a praticar emoções e desejos

com autonomia.

De acordo com Fernando Meireles (1991, p.41) diretor do Programa 1, a

preocupação está na produção dos dois programas, de “educar divertindo” e

mostrar que “aprender é divertido”. Aguiar (1997, p. 41) sugere que o Programa

2 atinge melhor as expectativas do público-alvo, pois “ a gente não quer fazer

programa chato e por isso vai melhorando” e “a ideia era que a parte didática

fosse cada vez mais escondida”.

A coordenadora de textos do Programa 2 justifica o sucesso do seu

Programa:

Quando se faz “TV didática”, isso é importante: concordamos que o ensinamento, o conteúdo, têm que estar na história, então o conteúdo deve estar contextualizado pela história, situações reais e imaginárias da vida cotidiana. (MUYLAERT,A., 1997, p.41).

Para o programa de TV ser educativo não é necessário reproduzir

educação, o ensino fixo da escola, e sim que o conteúdo esteja contextualizado

pelas situações, mitos e histórias do dia-a-dia.

O objetivo central dos dois Programas é educar divertindo e a proposta no

Programa 1 é aperfeiçoada no Programa 2.

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Afirma Muylaert (1995, p.42): “Nos bastidores de atrações como esta,

encontra-se uma proposta pedagógica e educacional bem estruturada, que visa,

essencialmente, unir o entretenimento ao conhecimento”.

O diretor também apresenta os objetivos dos dois programas e faz sobre

eles uma avaliação, ainda que ligeira:

O Castelo Rá-Tim-Bum (Programa 2) seria uma continuação do Rá-Tim-Bum (Programa 1), que era um programa mais formal na preparação do aluno para o primeiro grau. Uma pré-escola, mesmo. Então ele tinha por objetivo passar os conceitos e as práticas que a pré-escola oferece. O programa atual é uma complementação, ou seja, ele não tem a preocupação conceitual tão grande de ensinar números, de ensinar a contar, de ensinar letras, essas coisas que o outro fazia; mas ele pega toda uma parte de conceitos de vivência, de família, da importância da letra, do livro, da cultura, da higiene, da ciência. Quase seria uma cultura geral destinada a essa faixa etária (MUYLAERT,R.,1995, p.42).

Com o trabalho realizado no Programa 2, conclui-se que autores,

produtores e diretores deixaram de reproduzir e de ser a televisão-escola

segundo moldes tradicionais. Com isso, reformam a escola da não satisfação,

rompendo a imagem da educação formal da escola, e acabando com o discurso

pedagógico autoritário.

Analisando o conteúdo dos dois programas, observa-se que no primeiro o

tema não é conteúdo, mas trabalha com os seguintes temas: tamanduá, gato,

galinha, coelho, jacaré, formas geométricas, entre outros.

No segundo programa o tema é o conteúdo transformado pela história em

situação-problema. Há temas e conteúdos trabalhados: operações matemáticas,

crescimento dos seres vivos, os diferentes significados das palavras/uso do

dicionário, a escrita de um livro, atitude crítica perante os meios de

comunicação, entre outros.

Deparando com a situação-problema, os personagens sentem

necessidade de conhecer o conteúdo, e é com este que acontece a história.

Enquanto o primeiro retrata uma ficção que contém elementos da

realidade, o segundo não. Há o exemplo de um dos principais programas: o

quadro da família, o qual mostra uma família que mora numa casa comum e não

detém problemas sobrenaturais. No segundo, a família é composta por um tio,

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uma tia e o sobrinho, que detêm poderes sobrenaturais e moram em um castelo

com personagens estranhos à realidade empírica.

No Programa 1, os que representam as crianças não são sujeitos do seu

processo de conhecimento, reproduzindo uma condição normal de alunos, com

alto nível de dependência dos professores na construção de seu conhecimento:

os alunos não constroem conhecimentos por si, mas assimilam conhecimentos

que professores tentam transmitir, ou seja, apresentam situações próprias da

escola tradicional e muito criticadas na literatura pedagógica. No Programa 2, os

conteúdos e conceitos são desenvolvidos num contexto que, embora sendo

fictício, dá sentido ao conteúdo e tema. É por meio da configuração textual que o

segundo se aproxima da linguagem televisiva.

A linguagem específica da TV é a narrativa, já que o processo de

aprendizagem e o desenvolvimento dos conteúdos são em formas de narrativas,

assim, os alunos tornam-se sujeitos de seu processo de aprendizagem.

O programa 2, se aproxima da configuração textual narrativa, que é

presente na linguagem televisiva.

3.2 Aprendizado e televisão

Existe preconceito, desconfiança dos educadores quanto à relação e à

aproximação entre TV e a educação. A desconfiança surge a partir da crítica que

produção televisiva é vazia, sem conteúdos.

Existem também os que admitem a contribuição da TV à educação, mas

tendo que haver a mediação do professor, entre o aluno e o meio de

comunicação, incentivando leituras críticas do próprio meio, isto é, a televisão,

além dos conteúdos veiculados, entre outros.

Com a análise desses programas, nota-se que há muitas críticas: alguns

dizem que a TV, com ou sem mediação do professor, não tem nada a

acrescentar. Entretanto, a TV contribui para refletir sobre a prática de linguagem

da escola, julgando se essa instituição se caracteriza como espaço de prazer e

de conhecimento.

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Existe programa educativo de televisão que se aproxima das práticas de

linguagem da escola.

Encontra-se programa em que a prática de linguagem valoriza o processo

de aprendizagem e a construção de conhecimentos, e não seu resultado, e

também se encontram outros programas com discurso pedagógico que se

aproxima da escola tradicional. Nesse caso, o processo de conhecimento passa

a ser incômodo e o importante é o resultado e não se o conhecimento ou

conteúdo faz sentido pra quem aprendeu. Isso significa que assim como na

escola tradicional, o processo de conhecimento é marcado pelo resultado, onde

se estuda para “passar de ano”, para mais tarde ingressar no mercado de

trabalho.

Os programas educativos analisados diferem nos seguintes pontos: nos

tipos de configuração textual e no discurso. Na configuração textual, um se

aproxima da descrição, que é bastante usada nas escolas tradicionais, tanto em

textos escritos ou falados. O Programa 2 utiliza-se mais da narrativa que é

utilizada nos programas de TV e ignorada nas escolas.

Com a narrativa, além de facilitar a inclusão, pela história, de desejos,

fantasias, sonhos do telespectador, convida o mesmo a participar do relato e

prever o desenvolvimento ou resolução do conteúdo problematizado. Além

disso, tende a facilitar produção de um discurso que se aproxima do discurso

lúdico. Com isso, esse discurso facilita a contextualização do conteúdo que se

trabalha, dando possibilidade ao interlocutor de entender e refletir sobre ele de

acordo com sua visão de mundo.

A narrativa lúdica abre um espaço para o envolvimento, tanto racional

como emocional do aluno com o objeto de estudo. Sendo assim, pode

possibilitar: a inclusão na prática de linguagem da técnica do corte, que é o

interesse despertado pela TV, inclusive a educativa, com os suspenses

emocionais de forma a interessar os envolvidos.

Quando a TV está mais próxima da escola, torna-se autoritária e mais

distante das expectativas, realidades e imaginários do aluno.

Pela aproximação com a escola é que o sucesso do segundo programa

educativo se justifica. Essa aproximação não é com a escola tradicional, mas

com aquela que é proposta, projetada por educadores, que sonham e acreditam

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na possibilidade de instituições de ensino que representem um local de alegria,

de prazer e que deixem de associar a educação a desprazer.

A TV não apenas constrói e lida com um conjunto de imagens, de

representações que se referem ao dia-a-dia dos telespectadores. É nessa

relação da TV com o público que se constrói, de modo particular, um novo

espaço simbólico, imaginário onde são atualizados valores, sentimentos,

emoções, fantasias.

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CAPÍTULO 4

4. TV NA EDUCAÇÃO - AUDIOVISUAL E EDUCAÇÃO

Pode-se dizer que a televisão é o principal meio de informação, pois

consegue unir o universo da linguagem escrita ao audiovisual. A TV define-se

pela imagem, mas incorpora com muita propriedade o som e a escrita.

Com a utilização da linguagem audiovisual pode-se observar que tem

diferentes possibilidades e oportunidades educacionais. Deve-se conhecê-las

para utilizá-las pedagogicamente, fazendo delas instrumentos de criação,

expressão e comunicação, não podendo limitar-se a usar linguagem audiovisual

como repassadora de informações.

É importante que se construa metodologia introduzindo professores e

estudantes no universo da linguagem audiovisual, e que estes tenham acesso

aos elementos construtivos dessa linguagem, porque é e sempre será um

instrumento fundamental de inserção na sociedade contemporânea.

Todo programa de audiovisual tem um potencial educativo, desde o

momento que seja trabalhado pedagogicamente. Existem vários programas

televisivos que podem ser trabalhados com finalidade educativa.

Nos programas voltados para Educação, nem sempre se pode observar

uma veiculação entre sua produção e utilização em situações educacionais.

Muitas vezes isso ocorre devido ao fato de os professores não estarem

preparados para trabalhar com esse recurso.

O que interessa à Educação não é a quantidade de programas

disponíveis e sim a qualidade.

Para compreensão de diferentes gêneros de programas veiculados é

importante uma reflexão de dois aspectos: a realidade e a ficção nos programas.

Aqui, ainda quando se opera com os mesmos elementos e recursos do cinema-espetáculo, esses se organizam em função de um objetivo especial: completar, ampliar ou ilustrar de forma direta o ensino professoral. É afim, portanto, do livro didático, mas não o substitui. A atitude do aluno diante do cinema educativo e, por semelhança, dos programas educativos de TV, é radicalmente diferente da do espectador diante do cinema-espetáculo. Aquele exige um esforço consciente e dirigido para a aquisição de um conhecimento específico. O espectador, em compensação, se aproxima do espetáculo para

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preencher seu tempo livre, isto é, para descansar, se divertir, se entreter, desfrutar... (GUTIÉRREZ, A., 1984, p.20).

Então, mais que uma preocupação com o objetivo de educar, os

programas educativos são realizados tendo como prioridade a mudança de

atitude dos professores e alunos, diante do audiovisual. É com essa atitude que

o audiovisual torna-se educativo ou não.

4.1 A sala de aula transformada

Para que os alunos aproximem-se da TV, a sala de aula pode ser

transformada em palco de teatro ou sala de cinema entre outros. A escola tem

que ser o ambiente de comunicação, já que não se encontra tão distante do

mundo da cultura baseada na linguagem audiovisual.

Deve ser associado à aprendizagem o prazer. Essa forma é uma das

possibilidades que o cinema pode proporcionar.

A especificidade do cinema está, se assim se pode dizer, em ele nos oferece a gama potencialmente infinita de suas fugas, ao alcance da mão... e ao mesmo tempo a exaltação, para o espectador, do seu duplo encarnado nos heróis (nos personagens) do amor e da aventura. O cinema abriu-se a todas as participações; adaptou-se a todas as necessidades subjetivas. Por isso é, efetivamente (...) a técnica ideal de satisfação afetiva e o é, efetivamente, em todos os níveis de civilização e em todas as sociedades. (MORIN, E., 1983, p.25).

No momento em que o professor for passar um filme, o primeiro impulso

deve ser transformar a sala de aula em um cinema: o tamanho da tela, as

cadeiras o escuro da sala são fundamentais para o ato de assistir.

A linguagem audiovisual em Educação tem que ser explorada, mexida,

deve-se ver e rever, pois é um exercício prazeroso e produtivo.

Com as modernas tecnologias de comunicação, a escola e a sala de aula

precisam atualizar-se, na utilização de vídeo, TV na sala de aula. A escola e

principalmente a sala de aula precisa de uma preparação adequada no sentido

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de uma preparação de um novo ambiente educacional. Quando isso acontece o

material audiovisual é mais aproveitado.

4.2 A importância da TV em sala de aula

Fazer o uso pedagógico da TV é melhor para o aprendizado dos alunos.

O audiovisual representa a língua falada; ele é o que o livro representa para a

língua escrita. Sendo assim, a TV auxilia na fala, na comunicação entre os

alunos.

O mais importante que a televisão oferece para a educação é o estudo da

língua, pois a mesma é considerada o mais importante dos temas transversais.

Por isso é fundamental que a escola busque obter uma compreensão da língua.

Com os programas voltados para disciplinas específicas, pode-se estudar

a utilização das diferentes linguagens técnicas. Isto é bom para aprender os

termos próprios de cada área.

Nas regiões do Brasil encontram-se grande quantidade de manifestações

culturais e todas já geraram algum tipo de produção audiovisual que pode ser

trabalhada na escola.

A sala de aula não pode ser vista, compreendida como um lugar isolado e

sim como um lugar impregnado de outros lugares. A TV e a antena parabólica

não trazem o mundo para dentro da sala de aula, mas situam a escola em outra

perspectiva. Com isto transformam a realidade da escola em um novo lugar.

A televisão não é apenas mais um recurso para a Educação, mas sim a

existência de uma nova forma da escola se situar no mundo. Cada escola está

recebendo grande rede de informações que, além de estar recebendo

simultaneamente programas produzidos e gerados à distância, está abrindo

horizontes ainda não explorados pela Educação.

O surgimento desse meio ambiente de forte densidade educativa pode

ser explorado das mais variadas formas em todas as situações de

aprendizagem, desde que disponha dos instrumentos adequados.

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Nenhuma língua ou região se impôs ao mundo, somente o pensamento científico e o principal produto dele derivado, a tecnologia. Se nenhuma língua se impôs ao mundo, pode-se afirmar que uma linguagem sim – a do audiovisual. É principalmente por seu intermédio que se estabelece a grande rede de comunicação que envolve o mundo contemporâneo. É, sobretudo por meio das imagens e sons possíveis de serem registrados por instrumentos audiovisuais que se configura a sociedade global. (D’ AMBRÓSIO, U., 1993, p.37).

As mídias de âmbito específico, aquelas voltadas para a educação, têm

que cumprir o grande desafio de integrar consciente e criticamente a escola,

alunos e professores na sociedade globalizada.

Os jornais, livros e os programas possibilitam uma variedade enorme de

vivências de formas de interação com os conhecimentos.

A introdução da televisão na sala de aula mexe com as certezas, põe fim

as metodologias que já estão arraigadas no cotidiano escolar e com isso, exige

novas reflexões e posturas diante da Educação como um todo e do trabalho

individual de cada um.

Uma característica importante da TV na escola é a de que se trata de um

meio com forte apelo coletivo. A mesma é para ser vista pelo conjunto de uma

classe. Assim, aos materiais tradicionais juntam-se novas possibilidades de

trabalho.

A TV além de contribuir para a aceleração das mudanças constitui-se nos

fios da grande teia de informações que envolvem o planeta.

Os meios audiovisuais não são apenas instrumentos didáticos. São um

auxiliar, um complemento, exigindo uma interação que permita, mais do que

olhar imagens, decodificá-las, analisá-las e reconstruí-las visando à produção de

novas informações.

Trabalhar a partir de imagens e sons produzidos por professores e alunos

é outro patamar a ser alcançado com a introdução dos recursos tecnológicos na

Educação.

Os processos interativos apontam exatamente na direção contrária ao da

sociedade da incomunicação, buscando construir a possibilidade da expressão e

da criação por meios audiovisuais, processo fundamental na Educação do futuro

e do presente.

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CAPITULO 5

5. TELEVISÃO: INDÚSTRIA CULTURAL

A televisão foi apresentada em Londres no ano de 1936 e se converteu

em um item muito importante e usado em todos os lares do mundo inteiro, onde

já faz parte da família. Ela é destinada a todos os tipos de pessoas e de todas as

idades e nos oferece programações diversificadas, de vários gêneros que

agradam a todos os telespectadores. Já o cinema é diferente, os gêneros são

mais limitados e para assisti-los temos que nos locomover até um local

específico, e junto a um público limitado.

Segundo estatística (INSTITUTO CENTRALE DI STATISTICA,

A educação das crianças se deve em 75% à influência dos meios de comunicação e 25% à escola e à família. No caso dos adolescentes, acusa-se a televisão de gerar carências sociais e influenciar ao refúgio em um mundo imaginário. (POSTMAN, 1982, p.241).

A televisão permite gravações emitidas ao vivo ou gravadas em

videoteipe. Nela encontramos os gêneros televisivos, tais como os informativos

diários, entrevistas, debates, transmissões ao vivo de todo tipo (sociais,

esportivos, políticas, religiosas, etc.), filmes, novelas, musicais, programas

infantis e educativos.

Assim como a televisão ou outros meios de comunicação, deve-se usar

uma linguagem simples e objetiva, para que os ouvintes entendam com mais

facilidade e clareza, pois os meios de comunicação são destinados para

pessoas desde as que não têm instrução alguma, ou seja, sem estudos, até as

pessoas com níveis de escolaridade elevados.

Certa vez a televisão é acusada de criar dependência, de manipular, de

criar receptores passivos e, também, de afastar as pessoas de entretenimentos

mais enriquecedores. A TV é censurada por ser considerada rival do teatro, da

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leitura e da comunicação familiar. Porém, estando a favor ou contra essas

ideias, o certo é que um aluno, ao terminar sua educação obrigatória, que é a

única como aprendizagem sistemática, deveria ser capaz de compreender as

mensagens televisivas, analisando e opinando sobre os diferentes tipos de

linguagens transmitidas pela TV.

A televisão “é uma indústria como as demais, certamente cultural, mas indústria enfim, e está submetida, por isso, ás leis inerentes ao mercado: fusões, concentração, quebras, alianças, conquistas de mercado....” ( WOLTON, 1992, p.243).

Os meios de comunicação são a escola do futuro, mas nem por isso os

programas educativos estão no topo dos programas mais assistidos pelos

telespectadores. Devemos considerar que a televisão não existe especialmente

para difundir a cultura, e que a generalização da televisão ajuda no tratamento

de um grande número de temas e gêneros.

Em sala de aula devemos trabalhar atividades concretas e fáceis, como

inventar uma história, fazer um roteiro, realizar montagens escolhendo os planos

e as seqüências mais adequadas, gravar músicas entre outras atividades.

Para Greenfiel (1985, p. 243), o recurso da TV e do vídeo é um auxiliar

eficiente e útil, não podendo, portanto, ser menosprezado:

As demais, o professor pode utilizá-lo como recurso didático para interessar a todos ou atrair aqueles mais remissos diante de outros meios. Alem disso, “a TV pode ajudar uma criança a aprender, mostrando-lhe uma relação especial que ainda não pode construir, tomando-se por base uma informação puramente verbal. Isto reforça o valor da TV para modelar uma capacidade visual especial em um estágio inicial de aprendizagem” (GREENFIELD,1985,p.243).

O vídeo apresenta inúmeras vantagens e, além disso, permite observar

quantas vezes desejar, distintas manifestações orais, em diferentes situações e

contextos, as quais resultariam difíceis de simular em sala de aula. Dessa

maneira, podemos observar a pronúncia correta, os gestos e as posturas entre

outros. Outro fato importante é que a televisão ou o vídeo não são recursos

fáceis de usar em sala de aula. Antes de realizar a aula, o professor deve

prepará-la muito bem, pois só assim a televisão permitirá um ensino ativo.

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Os programas de televisão para crianças apresentam canções, danças, representações, contos, espetáculos de fantoches, desenhos, formas, cores e movimentos de forma mais hábil e atrativa do que os professores e as mães. Por meio de televisão, também, as crianças podem conhecer lugares distantes que não poderiam visitar com suas mães nem com seus professores. Neste sentido, a televisão pode enriquecer o ambiente da criança, mas não pode observar as respostas crianças à televisão nem lhes dar uma apreciação intelectual ou afetiva. Não pode modificar a velocidade de apresentação nem grudar as dificuldades segundo as necessidades das crianças. Tampouco pode avaliar a conduta de cada aluno nem comunicar apreciações tais como: “Juan, você está certo. Pedro, você se equivoca” a televisão não pode dar a uma criança uma apreciação afetiva tal como “magnífico” ou “você trabalha muito bem”. Os professores e as mães devem observar as respostas das crianças a um programa televisivo e dar-lhe uma apreciação adequada (VV.AA. 1984b, p. 244).

Por outro lado, podem ser vistos ou gravados programas eminentemente

artísticos e científicos. Após trabalhar o vídeo, pode-se, tomando-o por base,

resumir o que foi ouvido e visto, analisar vocabulário e o uso da linguagem,

descrever personagens, paisagens etc.

Uma televisão criativa informa e nos situa no tempo e no espaço, garantido-nos certa segurança e confiança. Também une, ao nos oferecer, junto com milhões de pessoas, a possibilidade de vivenciar e compartir, simultaneamente, situações de outra forma inacessíveis. “Mensagem televisava relevante entretém, mas, além disso, educa e nos ajuda a superar os estereótipos, as fobias sociais e os escravizastes idéias narcisistas do êxito ou da beleza perfeita” (ROJAS MARCOS, L., 1992, p.245).

O desenvolvimento dos meios de comunicação conseguiu democratizar o

acesso à informação, acesso que ficava antes reservado às pessoas da elite. Há

ainda a vantagem de não ser necessário grande preparo técnico para a

utilização do rádio e da TV. Todavia, não se pode esquecer de uma

desvantagem que cresce a cada dia: é a falta de confiança do telespectadores

para com as informações trazidas pela mídia:

Não obstante, há que se reconhecer que “meios de comunicação como o rádio e a televisão requerem uma menor capacitação por parte do usuário, em comparação com os impressos (jornais, revistas e livros). Para servir-se destes últimos, é preciso saber ler, mas para desfrutar o rádio e a televisão só são necessários os conhecimentos lingüísticos mais comuns” (LAVINE ; WACAKMAN, 1992, p.246).

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A publicidade e a propaganda nos rodeiam, nos atraem, nos confundem,

nos divertem e principalmente nos informam. Sendo assim torna-se tão

importante e educativo trabalhá-lhos em sala de aula. Podemos trabalhar com

vários temas, entre eles: qual a linguagem usada, a quem se dirige o anúncio

etc. Os anúncios, geralmente, são curtos, causam impactos e utilizam jogos de

palavras.

Campanhas que estimulam a praticar esportes, a deixar de fumar, a lutar contra a fome no mundo, a doar órgãos para transplantes, a pagar os impostos ou a colaborar com as forças de segurança do Estado, são alguns exemplos de mensagens persuasivas que pretendem criar estados de opinião favoráveis e determinadas propostas de caráter social ou político... (MONTANER, P.; MOYANO, R., 1989, p.246).

A educação deve se preparar para analisar e avaliar criticamente as

mensagens publicitárias e propagandísticas, pois manter as pessoas

desinformadas ou mentir é um ato antidemocrático e imoral, assim como

enganar o usuário é fraude e os cidadãos não só devem defender seu direito a

estarem informados, mas também a participarem nas decisões comunitárias.

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6. CONCLUSÃO

A sociedade está sempre se comunicando, já que a comunicação

apresenta-se como processo humano por excelência, sendo que ela é quem

faculta as relações sociais. Os meios de comunicação têm como objetivo tentar

superar as distâncias, permitindo uma aproximação entre os extremos do país.

A televisão, citada como um dos meios que mais atraem espectadores, é

caracterizada pela difusão em massa, além de transmitir cultura, informações e

conhecimento, em que atinge toda a população do planeta, facilitando a

formação do homem em seu meio social. Porém, sabe-se que a TV é um entre

vários fatores que intervêm na transmissão do conhecimento, cumprindo

também o papel de manipular as pessoas.

Por muitas vezes, a televisão é acusada por críticos, de causar

dependência, afastando as pessoas de entretenimentos ou programas mais

educativos. Para a maioria dos jovens, é considerada rival de livros e teatros,

pois cumpre muito bem seu papel sem qualquer esforço maior do espectador.

Muitas crianças e adolescentes fazem do televisor seu companheiro para as

horas vagas, podendo acarretar um tipo de alienação neles.

Os gêneros televisivos são classificados diferentemente em cada tipo de

programação, desenvolvendo várias informações, de maneira a atingir todos os

tipos de ouvintes e suas necessidades. Atualmente, há vários tipos de

programas televisivos destinados ao público infantil, jovem e adulto. As

telenovelas brasileiras são as que mais atraem o público com suas tramas e

conflitos. Elas estão sempre sujeitas às críticas do público. O encanto das

novelas, o suspense, faz com que a curiosidade do público seja satisfeita aos

poucos, dominando e preenchendo o cotidiano das pessoas. Há, também,

programas infantis que têm como intuito educar divertindo, reforçando tudo o

que foi visto na escola, tornando-se mais fácil a aprendizagem para as crianças.

Cada gênero oferece aos telespectadores um tipo de linguagem e

características diferentes, em que o papel do público é saber compreender e

analisar as mensagens transmitidas pelos programas, surgidas da combinação

entre imagens e sons. Todavia, muitos buscam na TV apenas divertimento e

lazer como fuga de uma vida, às vezes monótona e, outras vezes, angustiante.

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O sensacionalismo é outro meio utilizado pela mídia televisiva com o

intuito de conseguir mais adeptos, e quando há a dificuldade de encontrar

profissionais competentes para produzirem programações, os programas

sensacionalistas tendem a aumentar e as cenas que retratam casos trágicos,

com certeza, são aquelas mais admiradas e analisadas por qualquer público.

Entretanto, vale ressaltar que esses tipos de programas trazem

influências negativas às crianças e adolescentes, já que se encontram ainda

num processo de formação escolar, familiar e social.

Em se tratando de televisão e educação, as aulas comuns já não

prendem mais a atenção dos alunos. Por isso, alguns professores podem

recorrer à utilização televisiva como um novo recurso pedagógico. Dessa

maneira, o interesse de aprender é percebido nos alunos, pois facilita interação

da escola com o lar. Só não se deve esquecer de que o professor deve

selecionar o conteúdo de acordo com a faixa etária dos alunos, como também,

com o interesse geral. Em seguida, à exposição do assunto estudado, o

professor, juntamente com seus alunos, deve analisar as dificuldades

apresentadas. Esse tipo de recurso didático, geralmente, agrada aos alunos,

pois a televisão para eles faz parte do lazer.

O uso da televisão com a finalidade de "educar", carece do apoio da

instituição de ensino que tem como objetivo, também, transmitir informação e

conhecimento.

Portanto, a televisão é um meio de comunicação que está dominando os

vários espaços da vida social, do qual emerge outra cultura, desenvolvendo uma

nova linguagem de imagens e sons.

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