monitoramento de fauna terrestre - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por...
TRANSCRIPT
i
MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE
AHE COLÍDER
Rio Teles Pires, MT
Empresa Executora: Ambiotech Consultoria
Equipe de execução
Coordenação geral:
Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos
Herpetofauna:
Biól. Rafael Lucchesi Balestrin (Resp. técnico)
Biól. Luiz Liberato Costa Correia
Avifauna:
Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos (Resp. técnico)
Biól. Gabriela Ludwig
Biól. Eduardo Weffort Patrial
Mastofauna:
Biól. João Marcelo Deliberador Miranda (Resp. técnico)
Méd. Vet. Daniel Melek
Biól. Sérgio Lopes Oliveira
ii
SUMÁRIO
ÍNDICE DE FOTOS ......................................................................................... IV
ÍNDICE DE TABELAS ...................................................................................... VI
1 APRESENTAÇÃO .................................................................................... 1
2 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................... 5 3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS ...................................................... 5 3.1.1 Áreas amostrais.................................................................................. 5 3.1.2 Manutenção das parcelas e transecções ............................................. 5 3.2 MÉTODOS .............................................................................................. 5 3.2.1 Trabalho de campo ............................................................................. 5 3.2.2 Análise dos dados ............................................................................... 6
4 RESULTADOS ........................................................................................ 7 4.1 HERPETOFAUNA ...................................................................................... 7 4.1.1 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (Área Controle) ..................... 7 4.1.1.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) 7 4.1.1.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) ................................... 7 4.1.1.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ............................................. 7 4.1.1.4 Registros não sistematizados ................................................................ 8 4.1.2 Parcela 1 – Área de Influência Direta (canteiro de obras) .................. 9 4.1.2.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) 9 4.1.2.2 Registros não sistematizados ................................................................ 9 4.1.3 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (reservatório) ......................... 9 4.1.3.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) 9 4.1.3.2 Registros não sistematizados ................................................................ 9 4.1.4 Considerações finais ......................................................................... 11 4.2 AVIFAUNA ............................................................................................ 12 4.2.1 Riqueza de espécies ......................................................................... 12 4.2.2 Esforço amostral............................................................................... 12 4.2.3 Comparação entre as áreas amostrais .............................................. 12 4.2.3.1 Parcela 1 – Área de Influência Direta (canteiro de obras) ........................ 12 4.2.3.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (reservatório) .............................. 13 4.2.3.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (área controle) ........................... 13 4.2.4 Similaridade entre as áreas .............................................................. 13 4.2.5 Anilhamento ..................................................................................... 13 4.2.6 Índice Pontual de Abundância (IPA) ................................................ 17 4.2.7 Métodos não sistematizados ............................................................. 17 4.2.8 Índice de diversidade ....................................................................... 17 4.2.9 Espécimes coletados ......................................................................... 17
iii
4.2.10 Considerações finais ......................................................................... 17 4.3 MASTOFAUNA ....................................................................................... 18 4.3.1 Riqueza de espécies ......................................................................... 18 4.3.2 Esforço amostral............................................................................... 18 4.3.3 Comparação entre as áreas amostrais .............................................. 18 4.3.4 Pequenos mamíferos ........................................................................ 18 4.3.5 Morcegos .......................................................................................... 18 4.3.6 Mamíferos de médio e grande porte ................................................. 19 4.3.7 Mamíferos de hábito semiaquático ................................................... 20 4.3.8 Considerações finais ......................................................................... 21
5 REFERÊNCIAS CONSULTADAS ............................................................. 22 5.1 HERPETOFAUNA .................................................................................... 22 5.2 AVIFAUNA ............................................................................................ 23 5.3 MASTOFAUNA ....................................................................................... 26
iv
ÍNDICE DE FOTOS
FOTO 1 – ADULTO DE RHINELLA MARGARITIFERA ENCONTRADO NO SÍTIO REPRODUTIVO P6,
FORRAGEANDO SOBRE FOLHAS ..................................................................................... 8
FOTO 2 – ADULTO DE LEPTODACTYLUS HYLAEDACTYLUS ENCONTRADO NO SÍTIO
REPRODUTIVO P6, FORRAGEANDO SOBRE FOLHAS ........................................................... 8
FOTO 3 – ADULTO DE PRISTIMANTIS FENESTRATUS AMOSTRADO NAS ARMADILHAS DE
QUEDA DA ADA DO RESERVATÓRIO ............................................................................... 9
FOTO 4 – DETALHE DA MARCAÇÃO DE UM JACARÉ ADULTO DA ESPÉCIE PALEOSUCHUS
TRIGONATUS AMOSTRADO NAS MARGENS DO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DO RESERVATÓRIO
............................................................................................................................... 10
FOTO 5 – ADULTO DE HELICOPS ANGULATUS AMOSTRADO NAS MARGENS DO RIO TELES
PIRES, NA ÁREA DO RESERVATÓRIO ............................................................................ 11
FOTO 6 – ADULTO DE HYDRODYNASTES BICINCTUS AMOSTRADO NAS MARGENS DO RIO
TELES PIRES, NA ÁREA DO RESERVATÓRIO ................................................................... 11
FOTO 7 – ARAÇARI-MULATO (PTEROGLOSSUS BEAUHARNAESII) CAPTURADO NA ÁREA
CONTROLE. ............................................................................................................... 15
FOTO 8 – FREIRINHA-DE-COROA-CASTANHA (NONNULA RUFICAPILLA) ANILHADA NA ÁREA
CONTROLE ................................................................................................................ 15
FOTO 9 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), MACHO, CAPTURADO NA ÁREA
CONTROLE ................................................................................................................ 16
FOTO 10 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), FÊMEA, CAPTURADA NA ÁREA
CONTROLE ................................................................................................................ 16
FOTO 11 – MÃE-DE-TAOCA-DE-CARA-BRANCA (RHEGMATORHINA GYMNOPS) CAPTURADO NA
ÁREA CONTROLE ........................................................................................................ 16
FOTO 12 – JOÃO-TENENÉM-CASTANHO (SYNALLAXIS RUTILANS) ANILHADO NA ÁREA
CONTROLE ................................................................................................................ 16
FOTO 13 – ABRE-ASA (MIONECTES OLEAGINEUS) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE ........... 16
FOTO 14 – JUPARÁ (POTOS FLAVUS) REGISTRADO EM DOIS LOCAIS DISTINTOS DA ÁREA
CONTROLE ................................................................................................................ 20
FOTO 15 – ARIRANHAS (PTERONURA BRASILIENSIS) REGISTRADAS NA ÁREA DE
CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM ...................................................................................... 20
v
FOTO 16 – CAPIVARAS (HYDROCHOERUS HYDROCHAERIS) REGISTRADAS AO LONGO DO RIO
TELES PIRES, NA ADA PELO RESERVATÓRIO .................................................................. 20
vi
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1 – ESPÉCIES DE ANFÍBIOS REGISTRADOS PELA METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM EM
SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE AII ........................................................................ 8
TABELA 2 – ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A QUARTA FASE DE CAMPO DO
MONITORAMENTO DA AVIFAUNA .................................................................................. 12
TABELA 3 – NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO
EM CADA UMA DAS FASES DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO ................................. 14
TABELA 4 – COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS
AMOSTRAIS, NAS TRÊS FASES DE CAMPO ..................................................................... 14
TABELA 5 – TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A QUARTA FASE DE
CAMPO DO ANILHAMENTO, REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DO AHE COLÍDER
(ÁREA CONTROLE) ..................................................................................................... 15
TABELA 6 – ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS NA
QUARTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS
RELATIVAS (%), E DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO ..................................................... 19
1
1 APRESENTAÇÃO
O AHE Colíder terá uma potência instalada de 300 MW e energia firme de 166,3 MW
médios. O reservatório possuirá área total de 143,5 km², abrangendo os municípios
de Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colider e Cláudia, localizados no estado de Mato
Grosso.
A implantação do AHE Colíder alterará a riqueza, a abundância e a diversidade de
espécies faunísticas na sua área de implantação, devido às conseqüências produzidas
pelo desmatamento prévio da bacia de acumulação e de seu alagamento.
O Programa de Monitoramento da Fauna Terrestre é ferramenta fundamental para o
estabelecimento de estratégias de conservação de espécies e ambientes ameaçados –
caso dos remanescentes de floresta da região do empreendimento – uma vez que
permitem conhecer tendências ao longo do tempo. Os resultados obtidos por meio
deste tipo de pesquisa podem indicar o papel dos remanescentes de floresta na
região, incluindo suas funções como corredores ecológicos no entorno imediato da
área direta ou indiretamente afetada pelo empreendimento. Tais informações irão
compor a base de dados para futuras atividades de manejo e conservação, incluindo o
estabelecimento de parâmetros para minimizar os impactos adversos das atividades
de implantação do empreendimento, sobre diferentes grupos animais.
Em 04/01/2011, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA) expediu a Licença para Captura, Coleta e Transporte de Material
Zoológico sob o nº 02013004996/10-08. Após a emissão da licença, a Copel iniciou a
execução do Programa de Monitoramento de Fauna Terrestre, que tem prazo de
duração de cinco anos, com campanhas trimestrais.
O presente relatório refere-se aos resultados parciais obtidos durante a quarta fase de
campo do monitoramento de fauna terrestre do AHE Colíder, até a paralisação geral
de todas as atividades na área do empreendimento por parte da Secretaria de Estado
do Meio Ambiente (SEMA) e do Ministério Público do Estado do Mato Grosso (MP/MT).
Inicialmente, a campanha estava prevista para ocorrer entre os dias 18 e 30 de
setembro. No entanto, devido à paralisação, a equipe de execução permaneceu em
campo entre os dias 18 e 24 de setembro de 2011. Neste período, a área pôde ser
efetivamente avaliada durante apenas dois dias, visto que, conforme orientação da
Copel, no dia 22 de stembro de 2011 as atividades de monitoramento de fauna
terrestre foram paralisadas. No dia 23 de setembro de 2011, por solicitação da Copel,
2
a equipe de campo foi desmobilizada e a fase de campo foi interrompida. A
preparação do equipamento e a instalação das armadilhas foram realizadas nos dois
primeiros dias e a coleta de dados ocorreu nos dois dias consecutivos. Infelizmente
esta amostragem contemplaria o início da primavera, ou seja, o período do ano mais
aguardado em função do início das chuvas, quando há intensa movimentação de
animais e recrutamentos na maioria das populações locais.
3
2 INTRODUÇÃO
Os estudos de monitoramento tem com principal objetivo conhecer a influência dos
principais impactos (positivos e negativos) gerados pela implantação de um
empreendimento sobre a fauna local. Além de tentar desvendar estes impactos,
estudos de monitoramento recomendam medidas mitigadoras ou compensatórias,
suportadas por uma base de dados consistente, gerada a partir de amostragens
realizadas em um gradiente de tempo. Alguns grupos faunísticos expressam de
maneira mais clara que outros os impactos causados a partir da implantação de um
empreendimento.
As aves são o grupo que melhor responde aos impactos causados em um ambiente,
pois a especificidade de hábitat permite avaliar impactos negativos por meio da
presença ou ausência de alguns táxons.
Anfíbios também constituem bons modelos para estudos de inventariamento e/ou
monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização,
captura e manuseio, e taxonomia relativamente bem conhecida. Por ocuparem tanto
ambientes terrestres quanto aquáticos, os anfíbios são excelentes bioindicadores
ambientais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os
ecossistemas.
Em contrapartida, répteis são animais inconspícuos e de difícil amostragem, sendo
muitas vezes complexo avaliar os reais efeitos do empreendimento através deste
grupo. No entanto, são importantes por disponibilizarem relevantes subsídios ao
conhecimento do estado de conservação de regiões naturais (MOURA-LEITE et al.,
1993), pois ocupam posição ápice em cadeias alimentares (exigindo assim uma oferta
alimentar que sustente suas populações), funcionam como excelentes bioindicadores
de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração
ambiental. A presença de espécies dependentes de algum tipo de ambiente (espécies
estenóica), bem como a presença de espécies raras e formas endêmicas, são
fundamentais para a detecção do grau de primitividade do ambiente, enquanto que a
presença de espécies tolerantes a um amplo espectro de condições do meio
(eurióticas) pode determinar diferentes níveis de alteração.
A comunidade de mamíferos responde relativamente bem a impactos causados em
seu meio por serem um grupo bastante afetado com perdas ambientais. A
fragmentação florestal atinge expressivamente mamíferos de grande porte e o maior
4
problema é a falta de grandes porções florestais que possam sustentar uma
comunidade clímax (CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001). Além da perda de
habitats naturais, a pressão de caça exercida sobre os mamíferos é maior que em
qualquer outro agrupamento animal (PERES, 1990; CHIARELLO, 2000; CULLEN et al.,
2001, LEITE & GALVÃO, 2002; WCS, 2004).
A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo, e, a despeito de sua
grande importância biológica, vem sistematicamente sofrendo com sua redução,
transformação e fragmentação (HEYER et al., 1999). Esses impactos são ligados
direta ou indiretamente à expansão da fronteira agrícola, em especial no conhecido
arco do desmatamento amazônico, localizado ao noroeste do Mato Grosso e sul do
Pará (HEYER et al., 1999).
O Brasil conta com aproximadamente 650 espécies de mamíferos (REIS et al., 2006),
sendo 69 (~10%) delas ameaçadas de extinção (CHIARELLO et al., 2008).
Aproximadamente 30% dessas espécies ameaçadas são amazônicas, refletindo por
um lado a grande riqueza ligada a esse bioma e por outro a ameaça já presente no
mais conservado dos biomas brasileiros (CHIARELLO et al., 2008).
Considerando o número de espécies de aves existentes em território nacional, o valor
atual é de 1.832 (CBRO, 2011), sendo que a ocorrência de mais de um terço deste
número é esperada para a área prevista para o empreendimento em questão.
É em uma das regiões mais ricas em espécies animais do mundo que está sendo
executado o monitoramento de fauna do AHE Colíder, no Rio Teles Pires, cujos
resultados da quarta campanha de campo serão apresentados na sequência.
Contudo, pouco pode ser comparado com fases de campo anteriores devido à
interrupção na coleta de dados. Desta forma, serão apresentados apenas os
resultados parciais obtidos nos dois dias de amostragem.
5
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS
3.1.1 Áreas amostrais
As mesmas áreas amostrais foram mantidas, no entanto apenas uma área por grupo
faunístico foi avaliada. Não houve tempo hábil para a coleta de dados nas outras duas
áreas amostrais.
3.1.2 Manutenção das parcelas e transecções
Uma das linhas de armadilhas de queda foi totalmente destruída por trabalhadores
contratados para executar as obras do AHE Colíder. Após investigação, a justificativa
que foi dada foi a possibilidade de se tratar de armadilhas instaladas por caçadores.
Toda a cerca-guia foi destruída e os baldes arrancados. Alguns baldes foram até
mesmo colocados em tocos de árvores cortadas, bem visíveis, às margens da nova
estrada de acesso.
Além deste prejuízo, as outras linhas de pitfalls necessitaram de manutenção,
especialmente em relação à recuperação da cerca-guia. Desta forma, os dias 18 e 19
foram despendidos apenas para a manutenção das armadilhas de queda.
Parte do dia 19 e os dias 20 e 21 foram destinados à instalação do material de
captura (redes de neblina, armadilhas fotográficas, armadilhas Sherman e Tomahawk
e confecção de iscas).
3.2 MÉTODOS
Foram mantidos os mesmos métodos utilizados até então.
3.2.1 Trabalho de campo
A quarta fase de campo do referido monitoramento não pôde ser realizada na íntegra
devido à paralização geral que ocorreu no dia 23 de setembro de 2011. Desta forma,
o trabalho de campo foi prejudicado e apenas dois dias foram efetivamente utilizados
para a coleta de dados sistematizados.
6
3.2.2 Análise dos dados
Não foram feitas análises estatísticas devido à falta de dados que possibilitem a
comparação com as fases anteriores.
7
4 RESULTADOS
4.1 HERPETOFAUNA
4.1.1 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (Área Controle)
4.1.1.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift
Fences) (AIQ)
Durante os dois dias em que permaneceram abertas, nenhum exemplar da
herpetofauna foi capturado nas AIQ da área controle. O ápice do período seco
restringe a atividade de anfíbios e, consequentemente de muitos répteis, o que pode
explicar, pelo menos em partes, a ausência de captura durante os dias de
amostragem.
4.1.1.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT)
Também não foram registrados exemplares da herpetofauna durante os dias de
amostragem nas parcelas fixas da área controle. A baixa atividade dos animais
durante o período seco, assim como a grande oferta de folhas secas dificultam a
localização de espécimes, estando de acordo com o esperado para a época do ano.
4.1.1.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR)
No sítio P6 foi registrada uma diversidade de espécies (Foto 1 e Foto 2), superior a
observada na campanha anterior ao contrário da expectativa para este período do
ano. Ao total foram registradas cinco espécies de anfíbios anuros, das quais três em
atividade de vocalização (Tabela 1). Não foram registrados exemplares no sítio P5 que
se encontrava seco.
8
TABELA 1 – ESPÉCIES DE ANFÍBIOS REGISTRADOS PELA METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM EM SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE AII
Táxon Espécie N %
AMPHIBIA
ANURA
Bufonidae Rhinella margaritifera 1 6,6
Hylidae Osteocephalus leuprieuri 1 6,6
Osteocephalus taurinus 1 6,6
Phyllomedusa azurea 1 6,6
Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactylus 1 6,6
Leptodactylus fuscus 10 66,6
FOTO 1 – ADULTO DE RHINELLA MARGARITIFERA ENCONTRADO NO SÍTIO REPRODUTIVO P6, FORRAGEANDO SOBRE FOLHAS
FOTO 2 – ADULTO DE LEPTODACTYLUS HYLAEDACTYLUS ENCONTRADO NO SÍTIO REPRODUTIVO P6, FORRAGEANDO SOBRE FOLHAS
4.1.1.4 Registros não sistematizados
Foram registradas quatro espécies através dos métodos não sistematizados. Destas, a
espécie de serpente Leptodeira anullata e os anfíbios anuros Dendropsophus sp,
Leptodactylus labirynticus e Rhinella margaritífera.
Apenas o método sistematizado de AIQ foi aplicado nas demais áreas de interesse
(canteiro e reservatório) durante os dois dias de amostragem. No entanto, o
deslocamento da equipe para a revisão periódicas das armadilhas de queda
possibilitou o registro de mais espécies por encontros ocasionais.
9
4.1.2 Parcela 1 – Área de Influência Direta (canteiro de obras)
4.1.2.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift
Fences) (AIQ)
Não foram registrados espécimes através desta metodologia na área do canteiro de
obras.
4.1.2.2 Registros não sistematizados
Também não foram registrados espécimes por metodologias não sistematizadas.
4.1.3 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (reservatório)
4.1.3.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift
Fences) (AIQ)
Através deste método foram registradas três espécies, das quais, duas espécies de
lagartos (Kentropix calcarata [1] e Mabuya frenata [3]) e uma espécie de anfíbio
(Pristimantis fenestratus [1]) (Foto 3).
FOTO 3 – ADULTO DE PRISTIMANTIS FENESTRATUS AMOSTRADO NAS ARMADILHAS DE QUEDA DA ADA DO RESERVATÓRIO
4.1.3.2 Registros não sistematizados
Na área do reservatório foram registradas diversas espécies pelo método de encontros
ocasionais. No total, foram registradas uma espécie de jacaré (Paleosuchus
trigonatus), duas espécies de quelônios (Phrynops sp. e Podocnemis sp.), três
10
espécies de serpentes (Bothrops moojeni, Helicops angulatus e Hydrodynastes
bicinctus) e quatro espécies de anfíbios anuros (Hypsiboas boans, Pristimantis
fenestratus, Rhinella marina e Rhaebo guttatus).
Diversos espécimes do jacaré Paleosuchus trigonatus foram observados durante a
noite nas margens do Rio Teles Pires, do ponto de acesso para as AIQ do reservatório
até a área do canteiro de obras na barragem. Quatro exemplares foram capturados,
analisados, marcados e soltos no mesmo local. Foi observada uma ninhada que se
encontrava na margem de um pequeno córrego que desemboca no Rio Teles Pires.
Esse córrego tem origem em uma lagoa no meio da mata onde, na campanha
anterior, foram registrados diversos filhotes. Não houve tempo hábil para confirmar se
os mesmos ainda estavam na lagoa ou poderiam corresponder a estes exemplares
observados nas margens do rio. Dois deles foram capturados, marcados e soltos. Dois
exemplares adultos também foram capturados e marcados. Em um deles foi
implementada uma técnica de marcação com brincos desenvolvidos originalmente
para caprinos (Foto 4). Uma marcação de segurança também foi feita para suprir a
eventual perda do brinco.
FOTO 4 – DETALHE DA MARCAÇÃO DE UM JACARÉ ADULTO DA ESPÉCIE PALEOSUCHUS TRIGONATUS AMOSTRADO NAS MARGENS DO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DO RESERVATÓRIO
Duas espécies de quelônios foram registradas no rio, na área prevista para o
reservatório. Uma espécie de cágado Phrynops sp. que, provavelmente, corresponde a
espécie Phrynops geoffroanus e uma espécie de tracajá que, provavelmente,
corresponde a espécie Podocnemis unifilis. A observação de quelônios no Rio Teles
Pires é muito furtiva e provavelmente adequada somente a estação seca, quando os
animais estão mais visíveis, termorregulando, sobre pedras, galhos ou nas praias.
Mesmo assim, revelam-se muito arredios submergindo quando estão a uma distância
11
que dificulta uma correta identificação. Para uma melhor amostragem das espécies de
quelônios do Rio Teles Pires seria indicada a implementação de metodologias
específicas como, por exemplo, a utilização de redes de espera e covos (RUEDA-
ALMONACID et al., 2007).
Duas espécies de serpentes (Helicops angulatus e Hydrodynastes bicinctus (Foto 5 e
Foto 6) foram registradas em áreas rasas do Rio Tele Pires com fundo de cascalhos.
As serpentes foram registradas à noite, forrageando atrás de alimento por entre as
pedras.
FOTO 5 – ADULTO DE HELICOPS ANGULATUS AMOSTRADO NAS MARGENS DO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DO RESERVATÓRIO
FOTO 6 – ADULTO DE HYDRODYNASTES BICINCTUS AMOSTRADO NAS MARGENS DO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DO RESERVATÓRIO
As espécies de anfíbios foram aquelas habituais, registradas, praticamente, em todas
as campanhas. Destas, destaca-se Hypsiboas boans que parece vocalizar ao longo de
todo o ano as margens do Rio Teles Pires, mesmo durante o ápice da estação seca.
4.1.4 Considerações finais
Em uma primeira análise, os resultados obtidos vinham descrevendo o padrão
esperado para o período do ano, com uma baixa atividade das espécies de anfíbios e
serpentes (STRUSSMANN, 2000; CARVALHO, 2008). No entanto, as primeiras chuvas
da estação úmida poderiam revelar espécies ainda não amostradas como, por
exemplo, algumas espécies de anfíbios com reprodução explosiva, que só aparecem
em períodos bastante restritos do ano, encerrados por fortes chuvas. A campanha em
questão poderia caracterizar o período de transição entre as estações seca e úmida.
Logo após a desmobilização da equipe houve algumas precipitações na área de
estudo, o que poderia ter gerado dados importantes sobre a herpetofauna local.
12
4.2 AVIFAUNA
4.2.1 Riqueza de espécies
Não serão apresentados dados de riqueza de espécies uma vez que o trabalho de
campo foi interrompido já no início das atividades. Nos dois dias que puderam ser
utilizados para a coleta de dados, apenas uma espécie nova para o estudo foi
encontrada: o mãe-da-lua-gigante (Nyctibius grandis). Com esta informação, o estudo
conta com 378 espécies de aves para a área de influência do AHE Colíder.
4.2.2 Esforço amostral
O esforço amostral da quarta fase foi de apenas dois dias, contrastando com o que
tem sido aplicado nas demais campanhas. A Tabela 2 apresenta o esforço de cada
método de pesquisa.
TABELA 2 – ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A QUARTA FASE DE CAMPO DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
Método Quantidade / área amostral
Nº de áreas amostrais
Nº dias amostrais por fase
No da fase
Esforço total
Redes de neblina 12 1 2/área 4 288 horas-rede (10.368 h.m2)
Pontos de escuta 0 0 0 4 0 h
Coleta de dados não-sistematizados
- 1 - 4 20 h
Não será apresentado o gráfico do número acumulado de espécies pois a coleta
sistematizada de dados foi interrompida e o esforço aplicado foi insuficiente para se
comparar os dados entre as fases de campo. Para que os dados tenham valor
científico, os mesmos devem ser coletados com o mesmo esforço de pesquisa.
4.2.3 Comparação entre as áreas amostrais
4.2.3.1 Parcela 1 – Área de Influência Direta (canteiro de obras)
Esta parcela não foi amostrada nesta campanha devido à paralisação das obras do
AHE Colíder.
13
4.2.3.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (reservatório)
Esta parcela não foi amostrada nesta campanha devido à paralisação das obras do
AHE Colíder.
4.2.3.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (área controle)
A área foi amostrada apenas por um método (anilhamento) e os dados oriundos dos
pontos de contagem ainda não tinham sido coletados quando a equipe foi
desmobilizada. Desta forma, não é possível fazer comparações com as fases
anteriores sendo que metade do esforço normalmente empregado foi contemplado.
4.2.4 Similaridade entre as áreas
Não é possível a comparação da similaridade entre áreas.
4.2.5 Anilhamento
Durante a quarta fase de campo do monitoramento da avifauna na área do AHE
Colíder, o esforço total aplicado foi de 288 horas-rede, apenas na área controle. O
número total de aves capturadas foi de 42 indivíduos, pertencentes a 18 espécies.
Destes, dois indivíduos foram capturados durante a instalação de redes de neblina
para a amostragem da quiropterofauna na área do canteiro de obras. Desta forma, o
valor total de aves capturadas na área controle foi de 40 indivíduos (Tabela 3 e Tabela
4). Este valor é bem superior aos obtidos em outras épocas do ano e sugere que esta
amostragem do início da primavera possivelmente apresentaria a maior quantidade de
dados quando comparada às campanhas anteriormente executadas. Após a execução
de três fases de campo completas e esta quarta incompleta, o número total de
capturas é de 273.
14
TABELA 3 – NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO EM CADA UMA DAS FASES DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO
Etapa do monitoramento Número de capturas Espécies capturadas
Fase 01 75 30
Fase 02 80 37
Fase 03 78 34
Fase 04 – incompleta 40 18
TABELA 4 – COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS, NAS TRÊS FASES DE CAMPO
Fase do monitoramento Canteiro de obras Reservatório Controle
Fase 01 22 27 26
Fase 02 22 45 13
Fase 03 29 23 26
Fase 04 - incompleta 02 00 40
As espécies mais capturadas na área controle foram o uirapuru-de-chapéu-branco
(Lepidothrix nattereri) (n=07), o uirapuru-cigarra (Machaeropterus pyrocephalus)
(n=07), o araçari-mulato (Pteroglossus beauharnaesii) e o arapaçu-de-bico-de-cunha
(Glyphorynchus spirurus) (n=04). O cabeça-encarnada (Pipra rubrocapilla) e a choca-
lisa (Thamnophilus aethiops) apresentaram dois indivíduos capturados. O restante das
espécies amostradas por este método apresentou apenas um indivíduo capturado.
A Tabela 5 exibe todas as espécies amostradas pelo método de captura com redes
neblina durante os dias amostrados, a quantidade de indivíduos capturados de cada
espécie e a taxa de captura por parcela e total de cada espécie.
As fotos a seguir (Foto 7 a Foto 13), mostram alguns dos indivíduos de avifauna
capturados na área controle, na AII do AHE Colíder.
15
TABELA 5 – TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A QUARTA FASE DE CAMPO DO ANILHAMENTO, REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DO AHE COLÍDER (ÁREA CONTROLE)
Espécie Capt CA
Taxa CA
Capt RE
Taxa RE
Capt CO
Taxa CO
Total capt.
Taxa total
Lepidothrix nattereri 0 0,00 0 0,00 7 2,43 7 2,43
Machaeropterus pyrocephalus 0 0,00 0 0,00 7 2,43 7 2,43
Pteroglossus beauharnaesii 0 0,00 0 0,00 7 2,43 7 2,43
Glyphorynchus spirurus 0 0,00 0 0,00 4 1,39 4 1,39
Megascops usta 2 0,69 0 0,00 0 0,00 2 0,69
Pipra rubrocapilla 0 0,00 0 0,00 2 0,69 2 0,69
Thamnophilus aethiops 0 0,00 0 0,00 2 0,69 2 0,69
Cnemotriccus fuscatus 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35
Dendrocincla fuliginosa 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35
Lophotriccus galeatus 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35
Microcerculus marginatus 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35
Mionectes oleagineus 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35
Nonnula ruficapilla 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35
Rhegmatorhina gymnops 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35
Schiffornis amazona 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35
Synallaxis rutilans 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35
Thalurania furcata 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35
Willisornis poecilinotus 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35
A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número de capturas*100 / esforço de 288 horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem distinção de local. Legenda: Capt CA = número de indivíduos capturados na área do canteiro de obras; Capt RE = número de indivíduos capturados na área do reservatório; Capt CO = número de indivíduos capturados na área controle; Total capt = número total de indivíduos capturados por espécie.
FOTO 7 – ARAÇARI-MULATO (PTEROGLOSSUS BEAUHARNAESII) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE.
FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS
FOTO 8 – FREIRINHA-DE-COROA-CASTANHA (NONNULA RUFICAPILLA) ANILHADA NA ÁREA CONTROLE
FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS
16
FOTO 9 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), MACHO, CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE
FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS
FOTO 10 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), FÊMEA, CAPTURADA NA ÁREA CONTROLE
FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS
FOTO 11 – MÃE-DE-TAOCA-DE-CARA-BRANCA (RHEGMATORHINA GYMNOPS) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE
FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS
FOTO 12 – JOÃO-TENENÉM-CASTANHO (SYNALLAXIS RUTILANS) ANILHADO NA ÁREA CONTROLE
FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS
FOTO 13 – ABRE-ASA (MIONECTES OLEAGINEUS) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE
FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS
17
4.2.6 Índice Pontual de Abundância (IPA)
A quarta fase de campo do monitoramento da avifauna na área do AHE Colíder foi
interrompida antes que as contagens nos pontos fixos fossem iniciadas. Desta forma,
não há dados referentes ao IPA.
4.2.7 Métodos não sistematizados
Apenas uma espécie nova para o estudo foi detectada por meio de métodos não
sistematizados, aplicados ao longo do Rio Teles Pires durante a instalação do material
de captura: o mãe-da-lua-gigante (Nyctibius grandis).
4.2.8 Índice de diversidade
Não pôde ser obtido em função do interrompimento da campanha e, consequente,
falta de dados.
4.2.9 Espécimes coletados
Nenhum indivíduo foi coletado durante a execução da quarta fase de campo.
4.2.10 Considerações finais
Infelizmente a campanha que apresentaria melhores resultados foi interrompida e a
equipe teve que ser desmobilizada. A época do ano é excelente para a coleta de
dados, uma vez que a maioria das aves está em atividade reprodutiva.
Este relatório refere-se apenas aos dados coletados até a paralização da obra, ou
seja, apenas aos dados obtidos com o anilhamento na área controle.
Sendo assim, fica difícil qualquer inferência sobre a avifauna, pois não houve coleta de
dados na área do reservatório e do canteiro de obras. Nem sequer comparações
podem ser obtidas em função da falta de dados.
18
4.3 MASTOFAUNA
4.3.1 Riqueza de espécies
Os resultados obtidos nessa fase interrompida acrescentam apenas uma espécie
(Sciurillus pusillus) ao quadro geral de riqueza já apresentado no terceiro relatório. As
espécies registradas durante as quatro primeiras fases do monitoramento somadas
àquelas registradas no EIA do mesmo empreendimento totalizam 110 espécies de
mamíferos silvestres, pertencentes a 10 ordens e 30 famílias.
4.3.2 Esforço amostral
O esforço amostral geral efetuado nas três primeiras fases somou 26 dias de campo,
sendo seis dias de amostragem sistematizada por meio dos métodos de captura ou
busca por vestígios e um período adicional para a busca de registros por meio de
métodos não sistematizados. O esforço empregado nesta quarta amostragem foi de
apenas dois dias para alguns dos métodos utilizados. As capturas de morcegos com
redes de neblina nem sequer puderam ser iniciadas em virtude da paralisação das
atividades da área do AHE Colíder.
4.3.3 Comparação entre as áreas amostrais
Não foi possível comparar as três áreas amostrais devido à impossibilidade de se
coletar dados durante o período previsto para a quarta fase de campo.
4.3.4 Pequenos mamíferos
Nesta quarta fase de campo foi capturado apenas um pequeno mamífero (Proechymys
longicaudatus), sendo amostrado em armadilha Tomahawk na área controle. Além
desta espécie, foi registrado, também na área controle, por meio de observação
direta, o coatipuruzinho (Sciurillus pusillus), a menor espécie de esquilo do Brasil.
4.3.5 Morcegos
As capturas de morcegos foram interrompidas antes mesmo da primeira revisão das
redes, imediatamente após a instalação de todo o material de captura. Desta forma,
não foi capturado nenhum indivíduo pertencente à quiropterofauna. Os únicos
19
registros de morcegos obtidos durante os dois dias iniciais da fase de campo foram
observações diretas da espécie Rhynchonycteris naso na área do reservatório.
4.3.6 Mamíferos de médio e grande porte
Nesta quarta fase de campo, a espécie de mamífero de médio e grande porte mais
abundante foi o macaco-aranha-de-cara-branca (Ateles marginatus), contando com
16,4% dos registros, seguido pela ariranha (Pteronura brasiliensis) e pelo macaco-
prego (Cebus cay) (14,9%, cada um) e pelo macaco-aranha-de-cara-preta (A.
chameck) (11,9%). As demais espécies contaram com menos que 10% dos registros
(Tabela 6). O Jupará (Potos flavus) (Foto 14) foi registrado em dois locais distintos da
área controle.
TABELA 6 – ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS NA QUARTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), E DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO
Espécies Canteiro Reservatório Controle Total
Abund. % Abund. % Abund. % Abund. %
Ateles marginatus 1 16,6 0 0 10 37,03 11 17,7
Pteronura brasiliensis 0 0 10 34,5 0 0 10 16,1
Cebus cay 1 16,6 0 0 7 25,9 10 16,1
Ateles chameck 0 0 8 27,5 0 0 8 12,9
Pecary tajacu 0 0 0 0 6 22,2 6 9,6
Hydrochaeris hydrochoerus
0 0 5 17,2 0 0 5 8,06
Rhynchonycteris naso 0 0 5 17,2 0 0 5 8,06
Tapirus terrestris 3 50 0 0 1 3,7 4 6,4
Sciurillus pusillus 0 0 0 0 1 3,7 1 1,6
Guerlinguetus gilvigularis 0 0 0 0 1 3,7 1 1,6
Potos flavos 0 0 0 0 1 3,7 1 1,6
Dasyprocta leporina 1 16,6 0 0 0 0 1 1,6
Cuniculus paca 0 0 1 3,4 0 0 1 1,6
Total 6 100% 29 100% 27 100% 62 100%
20
FOTO 14 – JUPARÁ (POTOS FLAVUS) REGISTRADO EM DOIS LOCAIS DISTINTOS DA ÁREA CONTROLE
FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS
4.3.7 Mamíferos de hábito semiaquático
Em virtude do pequeno esforço que pôde ser despendido em campo, poucos registros
de mamíferos aquáticos ou semiaquáticos foram obtidos. Os poucos dados
apresentados foram coletados na área do reservatório, durante o procedimento
padrão de instalação de armadilhas, sem que esforços específicos (tradicionalmente
empregados) tenham sido despendidos na área do reservatório.
Os registros obtidos referem-se a duas espécies: a ariranha (Pteronura brasiliensis)
(Foto 15) e a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) (Foto 16). Foram vistos quatro
indivíduos de ariranha, sendo dois adultos e dois filhotes, indicando atividade
reprodutiva da espécie na ADA pelas obras.
FOTO 15 – ARIRANHAS (PTERONURA BRASILIENSIS) REGISTRADAS NA ÁREA DE CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM
FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS
FOTO 16 – CAPIVARAS (HYDROCHOERUS HYDROCHAERIS) REGISTRADAS AO LONGO DO RIO TELES PIRES, NA ADA PELO RESERVATÓRIO
FOTO: JOÃO M. D. MIRANDA
21
4.3.8 Considerações finais
O esforço previsto para a quarta fase do monitoramento não pôde ser aplicado em
função da desmobilização da equipe já no segundo dia de amostragem. Desta forma,
a maioria dos dados previstos não foi coletada, o que impede qualquer inferência
sobre a mastofauna neste período. O início da primavera é uma época bastante
favorável para a coleta de dados, uma vez que coincide com o período de
recrutamento em diversas espécies. Espera-se a realização de uma nova fase de
campo que contemple este período e que seja concluída na íntegra. Somente assim
será possível traçar comparações entre as fases do monitoramento.
22
5 REFERÊNCIAS CONSULTADAS
5.1 HERPETOFAUNA
CLARKE, K.R. & GORLEY, R.N. 2001. Primer v.5., User manual / Tutorial. Primer-E:Plymouth. 91 p.
CARVALHO, M. A. Composição e História Natural de uma Comunidade de serpentes em Área de Transição Amazônia-Cerrado, Ecorregião Florestas Secas do Mato Grosso, município de Claudia, Mato grosso, Brasil. 91 p. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Faculdade de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2008.
CECHIN, S. Z. & M. MARTINS. Eficiência de armadilhas de queda (Pitfall traps) em amostragens de anfíbios e répteis no Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 17: 729-749. 2000.
COLWELL, R. K. 1994-2005. EstimateS, Version 8.0: Statistical Estimation of Species Richness and Shared Species from Samples (Software and User's Guide). Persisten URL (purl.oclc.org/estimates).
DUFRÊNE, M. & LEGENDRE, P. 1997. Species assemblages and indicator species: the need for a flexible asymmetrical approach. Ecological monographs v. 67, n.3, p. 345-366.
HEYER, W.R.; M.A. DONELLY; R.W. MCDIARMID & M.S. FOSTER, 1994. Measuring and Monitoring Biological Diversity. Standard methods for Amphibians. Smithsonian Institution Press, Washington and London, 364p.
KREBS, C. J. 1989. Ecological Methodology. New York: Harper-Collins Publ. 370p.
MARTINS, M. & OLIVEIRA, E.M. 1998. Natural history of snakes in Forests of the Manaus Region, Central Amazonia, Brazil. Herpetological Natural History 6: 78-150
MARTINS, F.R. & SANTOS, F.A.M. 1999. Técnicas usuais de estimativa da biodiversidade. Holos 1:236-267.
MARTINS, M., ARAUJO, M.S., SAWAYA, R.J. & NUNES, R. 2001. Diversity and evolution of macrohabitat use, body size and morphology in a monophyletic group of Neotropical pitvipers (Bothrops). J. Zool. 254 (4):529-538
RUEDA, J. V.; F. CASTRO & C. CORTEZ. 2006. Técnicas para el inventario y muestreo de anfibios: una compilación. In: A. ANGULO; J.V. RUEDA-ALMONACID; J.V. RODRIGUEZ-MAHECHA & E. LA MARCA (Eds). Técnicas de inventário y monitoreo para los anfíbios de la región tropical andina. Conservación Internacional. Serie Manuales de Campo n°2. Panamericana Formas e Impresos S.A., Bogotá D.C. 300pp.
RUEDA-ALMONACID, J. V.; CARR, J. L.; MITTERMEIER, R. A.; RODRIGUEZMAHECHA, J. V.; MAST, R. B.; VOGT, R. C.; RHODIN, A. G. J.; OSSAVELASQUEZ, J.; RUEDA, J. N. & MITTERMEIER, C. G. 2007. Las tortugas e los crocodilianos de los países andinos del Trópico. Bogotá, Conservación Internacional. 537p.
23
SANTOS, A. J. 2004. Estimativas de riqueza em espécies. In: Cullen Jr., L.; Rudran, R. & Valladares-Padua, C. (Ed.) Métodos de estudos em biologia e manejo da vida silvestre. Curitiba, editora da UFPR, Fundação O Boticário, pp. 19-42.
SAWAYA, R. J., O. A. V. MARQUES & M. MARTINS. 2008. Composition and natural history of a Cerrado snake assemblage at Itirapina, São Paulo state, southeastern Brazil. Biota Neotropica 8:129-151.
SCOTT JR., N. J. & WOODWARD, B. D. 1994. Surveys at breeding sites, In: Heyer, W.R., Donnelly, M.A., Mcdiarmid, R.W., Hayek, L.A.C. & Foster, M.S. (Eds.). Measuring and Monitoring Biological Diversity – Standard Methods for Amphibians. Smithsonian Institution Press. p. 118-125.
STRÜSSMANN, C. 2000. Herpetofauna. In: Alho, C.J. 2000. Fauna silvestre da região do rio Manso - MT – IBAMA – Brasília – DF.pp.153-189.
VANZOLINI, P. E., RAMOS-COSTA, A. M. M. & VITT, L. J. 1980. Répteis das Caatingas. Academia Brasileira de Ciências. Rio de Janeiro.
5.2 AVIFAUNA
BIBBY, C. J.; BURGESS, N. D.; HILL, D. A. 1992. Bird Census Techniques. 257p. Great Britain: Academic Press.
BLONDEL, J.; FERRY, C.; FROCHOT, B. 1970. La method des indices ponctuels d’abondance (I.P.A.) ou des relevés d’avifaune par “stations d’écoute”. Alauda 38: 55-71.
BONVICINO, C.R.; OLIVEIRA, J.A. & D`ANDREA, P.S. 2008. Guia dos roedores do Brasil: com chaves para gêneros baseadas em caracteres externos. Organização Pan-Americana de Saúde, Rio de Janeiro.
BOUTE, P.; CARLOS, B. 2007. Lista Preliminar das Aves do Estado de Mato Grosso. Cuiabá: Ed. própria.
CARVALHO, M. A., 2006. Composição e história natural de uma comunidade de serpentes em áreas de transição Amazônia-Cerrado, ecorregião florestas secas de Mato grosso, Município de Cláudia, Mato Grosso, Brasil. Tese de Doutorado, Instituto de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 92 p
CBRO – COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS. 2011. Lista das Aves do Brasil, versão 2011. Disponível em: <http://www.cbro.org.br>. Acesso em: 12 fev. 2011.
CECHIN, S. Z. & M. MARTINS. Eficiência de armadilhas de queda (Pitfall traps) em amostragens de anfíbios e répteis no Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 17: 729-749. 2000.
CHIARELLO A. G. 2000. Influência da caça ilegal sobre mamíferos e aves das matas de tabuleiro do norte do estado do Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão 11/12: 229-247.
CHIARELLO, A. G.; AGUIAR, L. M. S; CERQUIERA, R.; MELLO, F. R.; RODRIGUES, F. H. G. & SILVA, V. M. F. 2008. Mamiferos ameaçados de extinção no Brasil, p. 681-874. In: Machado, A.; Drummond, G.M. & Paglia, A.P. (Eds.). Livro Vermelho da
24
fauna brasileira ameaçada de extinção. FNMA / Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte.
CLARKE, K. R. & GORLEY, R. N. 2001. Primer v.5., User manual / Tutorial. Primer-E: Plymouth. 91 p.
COLWELL, R. K. 1994-2005. EstimateS, Version 8.0: Statistical Estimation of Species Richness and Shared Species from Samples (Software and User's Guide). Persisten URL(purl.oclc.org/estimates).
CRISTALINO. 2007. Lista de aves do Cristalino Jungle Lodge e Parque Estadual do Cristalino. Alta Floresta: Hotel Floresta Amazônica e Cristalino Jungle Lodge.
CULLEN JR., L.; BODMER, E. R. & VALLADARES-PÁDUA, C. 2001. Ecological consequences of hunting in Atlantic Forest patches, São Paulo, Brazil. Oryx 35: 137-144.
DAVIS, J.; LANG, A. 2003. Revisão da lista de aves do Cristalino Jungle Lodge e Parque Estadual do Cristalino baseada em relatórios de birders. Alta Floresta: Cristalino Jungle Lodge.
DI-BERNARDO, M.; M. BORGES-MARTINS; R.B. OLIVEIRA & G.M.F. PONTES. 2007. Taxocenoses de serpentes de regiões temperadas do Brasil. In: L.B. NASCIMENTO; A.T. BERNARDES & G.A. COTTA (Eds). Herpetologia no Brasil 2. PUCMG. Belo Horizonte.
GARDNER, A.L. 2007. Mammals of South America. Volume 1. Marsupials, Xenarthrans, Schrews and bats. Londres e Chicago, The University of Chicago Press.
GONZÁLEZ, E. M. 2001. Guía de campo de los mamíferos de Uruguay. Vida Silvestre, Montevideo, 339p.
HEYER, W. R.; CODDINGTON, J. A.; KRESS, W. J.; ACEVEDO, P.; COLE, D.; ERWIN, T. L.; MEGGERS, B. J.; POGUE, M.; THORINGTON, R. W.; VARI, R. P.; WEITZMAN, M. J. & WEITZMAN, S. H. 1999. Amazonian biotic data and conservation decisions. Ciência e Cultura 51(5/6): 372-385.
JGP CONSULTORIA E PARTICIPAÇÕES LTDA. 2009. Estudo de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Colíder – 300 MW, Rio Teles Pires. São Paulo: Contrutora Andrade Gutierrez S.A., Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – ELETRONORTE, e Furnas Centrais Elétricas S.A.
KREBS, C. J. 1989. Ecological Methodology. New York: Harper-Collins Publ. 370p.
LEITE, M. R. & GALVÃO, F. 2002. El jaguar, el puma y el hombre em três áreas protegidas Del bosque atlántico costero de Paraná, Brasil. p. 237-250. In: Medellín, R. A., C. Equihua, C. L. B. Chetkiewicz, P. G. Crawshaw Jr., A. Rabinowitz, K. H. Redford, J. G. Robinson, E. W. Sanderson & Taber A. B. (Eds.). El Jaguar en el Nuevo Milenio. Cidade do México, Fondo de Cultura Econômica/Universidad Nacional Autônoma de México/Wildlife Conservation Society, 647p.
LIM, B. K. & ENGSTRON, M. D. 2001. Species diversity of bats (Mammalia: Chiroptera) in Iwokrrama Forest, Guyana, and the Guianan subregion: Implications for Conservation. Biodiversity and Conservation 10: 613-657.
MAMEDE, S. B. & ALHO, C. J. R. 2008. Impressões do Cerrado & Pantanal: subsídios para a observação de mamíferos silvestres não voadores. Editora UFMS, Campo Grande.
25
MARQUES, O. A. V.; ETEROVIC, A. & ENDO, W. 2000. Seasonal activity of snakes in the Atlantic forest in southeastern Brazil. Amphibia-Reptilia 22: 103-111.
MOURA-LEITE, J. C.; BÉRNILS, R.S. & MORATO, S.A.A. 1993. Método para a caracterização da herpetofauna em estudos ambientais. Maia, 2: 1-5.
OLIVEIRA, J. A. & BONVICINO, C. R. 2006. Ordem Rodentia, p. 347-406. In: Reis, N.R.; Peracchi, A. L.; Pedro, W. A. & Lima, I.P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.
OLIVEIRA, T. G. & CASSARO, K. 2005. Guia de campo dos felinos do Brasil. Instituto Pró-Carnívoros/Fundação Parque Zoológico de São Paulo/Sociedade de Zoológicos do Brasil/Pró-Vida Brasil, São Paulo, 80p.
PARDINI, R.; DITT, E. H.; CULLEN JR., L.; BASSI, C.; RUDRAN, R. 2003. Levantamento rápido de mamíferos terrestres de médio e grande porte, p. 181-202. In: Cullen Jr., L.; Valladares-Padua, C.; Rudran, R. (Orgs.). Métodos de estudo em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba: Ed. da UFPR, Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, 667p.
PERES, C. A. 1990. Effects of hunting on western Amazonian primate communities. Biological Conservation 54: 47-59.
REIS, N. R., PERACCHI, A. L. & ANDRADE, F. R. 2008. Primatas do Brasil. Nélio R. Reis, Londrina.
REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. 2006. Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.
REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. 2007. Morcegos do Brasil. Nélio R. Reis, Londrina.
RIDGELY, R. S.; TUDOR, G. 1989. The Birds of South America. Vol I. The Oscine Passerines. Austin: University of Texas Press.
RIDGELY, R. S.; TUDOR, G. 1994. The Birds of South America. Vol II. The Suboscine Passerines. Austin: University of Texas Press.
RIDGELY, R. S.; TUDOR, G. 2009. Songbirds of South America. The Passerines. Austin: University of Texas Press.
ROSSI, R. V.; BIANCONI, G. V. & PEDRO, W. A. 2006. Ordem Didelphimorphia, p. 27-66. In: Reis, N.R., Peracchi, A.L., Pedro, W.A. & Lima, I.P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.
van ROOSMALEN, M.G.M., van ROOSMALEN, T. & MITTERMEIER, R.A. 2002. A taxonomic review of the titi monkeys, genus Callicebus Thomas, 1903 with the description of two new species, Callicebus bernhardi and C. stephennashi, from Brazilian Amazonia. Neotropical Primates 10 (supl.): 1-52.
RUEDA, J. V.; F. CASTRO & C. CORTEZ. 2006. Técnicas para el inventario y muestreo de anfibios: una compilación. In: A. ANGULO; J.V. RUEDA-ALMONACID; J.V. RODRIGUEZ-MAHECHA & E. LA MARCA (Eds). Técnicas de inventário y monitoreo para los anfíbios de la región tropical andina. Conservación Internacional. Serie Manuales de Campo n°2. Panamericana Formas e Impresos S.A., Bogotá D.C. 300pp.
SANTOS, A. J. 2004. Estimativas de riqueza em espécies. In: Cullen Jr., L.; Rudran, R. & Valladares-Padua, C. (Ed.) Métodos de estudos em biologia e manejo da vida silvestre. Curitiba, editora da UFPR, Fundação O Boticário, pp. 19-42.
26
SAWAYA, R. J., O. A. V. MARQUES & M. MARTINS. 2008. Composition and natural history of a Cerrado snake assemblage at Itirapina, São Paulo state, southeastern Brazil. Biota Neotropica 8:129-151.
SCOTT JR., N. J. & WOODWARD, B. D. 1994. Surveys at breeding sites, In: Heyer, W.R., Donnelly, M.A., Mcdiarmid, R.W., Hayek, L.A.C. & Foster, M.S. (Eds.). Measuring and Monitoring Biological Diversity – Standard Methods for Amphibians. Smithsonian Institution Press. p. 118-125.
SEPLAN – SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL. 2001. Zoneamento Sócio-Econômico Ecológico (ZEE) do Estado de Mato Grosso. Cuiabá: PRODEAGRO.
VANZOLINI, P. E., Ramos-Costa, A. M. M. & VITT, L. J. 1980. Répteis das Caatingas. Academia Brasileira de Ciências. Rio de Janeiro.
VIELLIARD, J. E. M.; SILVA, W. R. 1990. Nova metodologia de levantamento quantitative da avifauna e primeiros resultados no interior do Estado de São Paulo, Brasil. Pp. 117-151. In: MENDES, S. (ed.). Anais do IV Encontro de Anilhadores de Aves. Recife: Editora da Univ. Federal Rural de Pernambuco.
VIZOTTO, L. D. & TADDEI, V. A. 1973. Chave para determinação de quirópteros brasileiros. Gráfica Francal, São José do Rio Preto, 72p.
WCS. 2004. A caça em Florestas Neotropicais. Wildlife Conservation Society, La Paz.
ZIMMER, K. J.; PARKER III, T. A.; ISLER, M. L.; ISLER, P. R. 1997. Survey of a southern Amazonian avifauna: the Alta Floresta Region, Mato Grosso, Brazil. Ornithological Monographs, 48:887-918.
5.3 MASTOFAUNA
BONVICINO, C.R.; OLIVEIRA, J.A. & D`ANDREA, P.S. 2008. Guia dos roedores do Brasil: com chaves para gêneros baseadas em caracteres externos. Organização Pan-Americana de Saúde, Rio de Janeiro.
CHIARELLO A. G. 2000. Influência da caça ilegal sobre mamíferos e aves das matas de tabuleiro do norte do estado do Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão 11/12: 229-247.
CHIARELLO, A. G.; AGUIAR, L. M. S; CERQUIERA, R.; MELLO, F. R.; RODRIGUES, F. H. G. & SILVA, V. M. F. 2008. Mamiferos ameaçados de extinção no Brasil, p. 681-874. In: Machado, A.; Drummond, G.M. & Paglia, A.P. (Eds.). Livro Vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. FNMA / Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte.
CULLEN JR., L.; BODMER, E. R. & VALLADARES-PÁDUA, C. 2001. Ecological consequences of hunting in Atlantic Forest patches, São Paulo, Brazil. Oryx 35: 137-144.
GARDNER, A.L. 2007. Mammals of South America. Volume 1. Marsupials, Xenarthrans, Schrews and bats. Londres e Chicago, The University of Chicago Press.
GONZÁLEZ, E. M. 2001. Guía de campo de los mamíferos de Uruguay. Vida Silvestre, Montevideo, 339p.
27
HEYER, W. R.; CODDINGTON, J. A.; KRESS, W. J.; ACEVEDO, P.; COLE, D.; ERWIN, T. L.; MEGGERS, B. J.; POGUE, M.; THORINGTON, R. W.; VARI, R. P.; WEITZMAN, M. J. & WEITZMAN, S. H. 1999. Amazonian biotic data and conservation decisions. Ciência e Cultura 51 (5/6): 372-385.
LEITE, M. R. & GALVÃO, F. 2002. El jaguar, el puma y el hombre em três áreas protegidas Del bosque atlántico costero de Paraná, Brasil. p. 237-250. In: Medellín, R. A., C. Equihua, C. L. B. Chetkiewicz, P. G. Crawshaw Jr., A. Rabinowitz, K. H. Redford, J. G. Robinson, E. W. Sanderson & Taber A. B. (Eds.). El Jaguar en el Nuevo Milenio. Cidade do México, Fondo de Cultura Econômica/Universidad Nacional Autônoma de México/Wildlife Conservation Society, 647p.
LIM, B. K. & ENGSTRON, M. D. 2001. Species diversity of bats (Mammalia: Chiroptera) in Iwokrrama Forest, Guyana, and the Guianan subregion: Implications for Conservation. Biodiversity and Conservation 10: 613-657.
MAMEDE, S. B. & ALHO, C. J. R. 2008. Impressões do Cerrado & Pantanal: subsídios para a observação de mamíferos silvestres não voadores. Editora UFMS, Campo Grande.
OLIVEIRA, J. A. & BONVICINO, C. R. 2006. Ordem Rodentia, p. 347-406. In: Reis, N.R.; Peracchi, A. L.; Pedro, W. A. & Lima, I.P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.
OLIVEIRA, T. G. & CASSARO, K. 2005. Guia de campo dos felinos do Brasil. Instituto Pró-Carnívoros/Fundação Parque Zoológico de São Paulo/Sociedade de Zoológicos do Brasil/Pró-Vida Brasil, São Paulo, 80p.
PARDINI, R.; DITT, E. H.; CULLEN JR., L.; BASSI, C.; RUDRAN, R. 2003. Levantamento rápido de mamíferos terrestres de médio e grande porte, p. 181-202. In: Cullen Jr., L.; Valladares-Padua, C.; Rudran, R. (Orgs.). Métodos de estudo em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba: Ed. da UFPR, Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, 667p.
PERES, C. A. 1990. Effects of hunting on western Amazonian primate communities. Biological Conservation 54: 47-59.
REIS, N. R., PERACCHI, A. L. & ANDRADE, F. R. 2008. Primatas do Brasil. Nélio R. Reis, Londrina.
REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. 2006. Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.
REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. 2007. Morcegos do Brasil. Nélio R. Reis, Londrina.
ROSSI, R. V.; BIANCONI, G. V. & PEDRO, W. A. 2006. Ordem Didelphimorphia, p. 27-66. In: Reis, N.R., Peracchi, A.L., Pedro, W.A. & Lima, I.P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.
van ROOSMALEN, M.G.M., van ROOSMALEN, T. & MITTERMEIER, R.A. 2002. A taxonomic review of the titi monkeys, genus Callicebus Thomas, 1903 with the description of two new species, Callicebus bernhardi and C. stephennashi, from Brazilian Amazonia. Neotropical Primates 10 (supl.): 1-52.
VIZOTTO, L. D. & TADDEI, V. A. 1973. Chave para determinação de quirópteros brasileiros. Gráfica Francal, São José do Rio Preto, 72p.
28
WCS. 2004. A caça em Florestas Neotropicais. Wildlife Conservation Society, La Paz.