monitoramento de fauna terrestre - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por...

35

Upload: others

Post on 08-Oct-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente
Page 2: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

i

MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE

AHE COLÍDER

Rio Teles Pires, MT

Empresa Executora: Ambiotech Consultoria

Equipe de execução

Coordenação geral:

Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos

Herpetofauna:

Biól. Rafael Lucchesi Balestrin (Resp. técnico)

Biól. Luiz Liberato Costa Correia

Avifauna:

Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos (Resp. técnico)

Biól. Gabriela Ludwig

Biól. Eduardo Weffort Patrial

Mastofauna:

Biól. João Marcelo Deliberador Miranda (Resp. técnico)

Méd. Vet. Daniel Melek

Biól. Sérgio Lopes Oliveira

Page 3: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

ii

SUMÁRIO

ÍNDICE DE FOTOS ......................................................................................... IV

ÍNDICE DE TABELAS ...................................................................................... VI

1 APRESENTAÇÃO .................................................................................... 1

2 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................... 5 3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS ...................................................... 5 3.1.1 Áreas amostrais.................................................................................. 5 3.1.2 Manutenção das parcelas e transecções ............................................. 5 3.2 MÉTODOS .............................................................................................. 5 3.2.1 Trabalho de campo ............................................................................. 5 3.2.2 Análise dos dados ............................................................................... 6

4 RESULTADOS ........................................................................................ 7 4.1 HERPETOFAUNA ...................................................................................... 7 4.1.1 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (Área Controle) ..................... 7 4.1.1.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) 7 4.1.1.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) ................................... 7 4.1.1.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ............................................. 7 4.1.1.4 Registros não sistematizados ................................................................ 8 4.1.2 Parcela 1 – Área de Influência Direta (canteiro de obras) .................. 9 4.1.2.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) 9 4.1.2.2 Registros não sistematizados ................................................................ 9 4.1.3 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (reservatório) ......................... 9 4.1.3.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) 9 4.1.3.2 Registros não sistematizados ................................................................ 9 4.1.4 Considerações finais ......................................................................... 11 4.2 AVIFAUNA ............................................................................................ 12 4.2.1 Riqueza de espécies ......................................................................... 12 4.2.2 Esforço amostral............................................................................... 12 4.2.3 Comparação entre as áreas amostrais .............................................. 12 4.2.3.1 Parcela 1 – Área de Influência Direta (canteiro de obras) ........................ 12 4.2.3.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (reservatório) .............................. 13 4.2.3.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (área controle) ........................... 13 4.2.4 Similaridade entre as áreas .............................................................. 13 4.2.5 Anilhamento ..................................................................................... 13 4.2.6 Índice Pontual de Abundância (IPA) ................................................ 17 4.2.7 Métodos não sistematizados ............................................................. 17 4.2.8 Índice de diversidade ....................................................................... 17 4.2.9 Espécimes coletados ......................................................................... 17

Page 4: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

iii

4.2.10 Considerações finais ......................................................................... 17 4.3 MASTOFAUNA ....................................................................................... 18 4.3.1 Riqueza de espécies ......................................................................... 18 4.3.2 Esforço amostral............................................................................... 18 4.3.3 Comparação entre as áreas amostrais .............................................. 18 4.3.4 Pequenos mamíferos ........................................................................ 18 4.3.5 Morcegos .......................................................................................... 18 4.3.6 Mamíferos de médio e grande porte ................................................. 19 4.3.7 Mamíferos de hábito semiaquático ................................................... 20 4.3.8 Considerações finais ......................................................................... 21

5 REFERÊNCIAS CONSULTADAS ............................................................. 22 5.1 HERPETOFAUNA .................................................................................... 22 5.2 AVIFAUNA ............................................................................................ 23 5.3 MASTOFAUNA ....................................................................................... 26

Page 5: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

iv

ÍNDICE DE FOTOS

FOTO 1 – ADULTO DE RHINELLA MARGARITIFERA ENCONTRADO NO SÍTIO REPRODUTIVO P6,

FORRAGEANDO SOBRE FOLHAS ..................................................................................... 8

FOTO 2 – ADULTO DE LEPTODACTYLUS HYLAEDACTYLUS ENCONTRADO NO SÍTIO

REPRODUTIVO P6, FORRAGEANDO SOBRE FOLHAS ........................................................... 8

FOTO 3 – ADULTO DE PRISTIMANTIS FENESTRATUS AMOSTRADO NAS ARMADILHAS DE

QUEDA DA ADA DO RESERVATÓRIO ............................................................................... 9

FOTO 4 – DETALHE DA MARCAÇÃO DE UM JACARÉ ADULTO DA ESPÉCIE PALEOSUCHUS

TRIGONATUS AMOSTRADO NAS MARGENS DO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DO RESERVATÓRIO

............................................................................................................................... 10

FOTO 5 – ADULTO DE HELICOPS ANGULATUS AMOSTRADO NAS MARGENS DO RIO TELES

PIRES, NA ÁREA DO RESERVATÓRIO ............................................................................ 11

FOTO 6 – ADULTO DE HYDRODYNASTES BICINCTUS AMOSTRADO NAS MARGENS DO RIO

TELES PIRES, NA ÁREA DO RESERVATÓRIO ................................................................... 11

FOTO 7 – ARAÇARI-MULATO (PTEROGLOSSUS BEAUHARNAESII) CAPTURADO NA ÁREA

CONTROLE. ............................................................................................................... 15

FOTO 8 – FREIRINHA-DE-COROA-CASTANHA (NONNULA RUFICAPILLA) ANILHADA NA ÁREA

CONTROLE ................................................................................................................ 15

FOTO 9 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), MACHO, CAPTURADO NA ÁREA

CONTROLE ................................................................................................................ 16

FOTO 10 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), FÊMEA, CAPTURADA NA ÁREA

CONTROLE ................................................................................................................ 16

FOTO 11 – MÃE-DE-TAOCA-DE-CARA-BRANCA (RHEGMATORHINA GYMNOPS) CAPTURADO NA

ÁREA CONTROLE ........................................................................................................ 16

FOTO 12 – JOÃO-TENENÉM-CASTANHO (SYNALLAXIS RUTILANS) ANILHADO NA ÁREA

CONTROLE ................................................................................................................ 16

FOTO 13 – ABRE-ASA (MIONECTES OLEAGINEUS) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE ........... 16

FOTO 14 – JUPARÁ (POTOS FLAVUS) REGISTRADO EM DOIS LOCAIS DISTINTOS DA ÁREA

CONTROLE ................................................................................................................ 20

FOTO 15 – ARIRANHAS (PTERONURA BRASILIENSIS) REGISTRADAS NA ÁREA DE

CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM ...................................................................................... 20

Page 6: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

v

FOTO 16 – CAPIVARAS (HYDROCHOERUS HYDROCHAERIS) REGISTRADAS AO LONGO DO RIO

TELES PIRES, NA ADA PELO RESERVATÓRIO .................................................................. 20

Page 7: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

vi

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1 – ESPÉCIES DE ANFÍBIOS REGISTRADOS PELA METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM EM

SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE AII ........................................................................ 8

TABELA 2 – ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A QUARTA FASE DE CAMPO DO

MONITORAMENTO DA AVIFAUNA .................................................................................. 12

TABELA 3 – NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO

EM CADA UMA DAS FASES DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO ................................. 14

TABELA 4 – COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS

AMOSTRAIS, NAS TRÊS FASES DE CAMPO ..................................................................... 14

TABELA 5 – TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A QUARTA FASE DE

CAMPO DO ANILHAMENTO, REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DO AHE COLÍDER

(ÁREA CONTROLE) ..................................................................................................... 15

TABELA 6 – ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS NA

QUARTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS

RELATIVAS (%), E DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO ..................................................... 19

Page 8: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

1

1 APRESENTAÇÃO

O AHE Colíder terá uma potência instalada de 300 MW e energia firme de 166,3 MW

médios. O reservatório possuirá área total de 143,5 km², abrangendo os municípios

de Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colider e Cláudia, localizados no estado de Mato

Grosso.

A implantação do AHE Colíder alterará a riqueza, a abundância e a diversidade de

espécies faunísticas na sua área de implantação, devido às conseqüências produzidas

pelo desmatamento prévio da bacia de acumulação e de seu alagamento.

O Programa de Monitoramento da Fauna Terrestre é ferramenta fundamental para o

estabelecimento de estratégias de conservação de espécies e ambientes ameaçados –

caso dos remanescentes de floresta da região do empreendimento – uma vez que

permitem conhecer tendências ao longo do tempo. Os resultados obtidos por meio

deste tipo de pesquisa podem indicar o papel dos remanescentes de floresta na

região, incluindo suas funções como corredores ecológicos no entorno imediato da

área direta ou indiretamente afetada pelo empreendimento. Tais informações irão

compor a base de dados para futuras atividades de manejo e conservação, incluindo o

estabelecimento de parâmetros para minimizar os impactos adversos das atividades

de implantação do empreendimento, sobre diferentes grupos animais.

Em 04/01/2011, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (IBAMA) expediu a Licença para Captura, Coleta e Transporte de Material

Zoológico sob o nº 02013004996/10-08. Após a emissão da licença, a Copel iniciou a

execução do Programa de Monitoramento de Fauna Terrestre, que tem prazo de

duração de cinco anos, com campanhas trimestrais.

O presente relatório refere-se aos resultados parciais obtidos durante a quarta fase de

campo do monitoramento de fauna terrestre do AHE Colíder, até a paralisação geral

de todas as atividades na área do empreendimento por parte da Secretaria de Estado

do Meio Ambiente (SEMA) e do Ministério Público do Estado do Mato Grosso (MP/MT).

Inicialmente, a campanha estava prevista para ocorrer entre os dias 18 e 30 de

setembro. No entanto, devido à paralisação, a equipe de execução permaneceu em

campo entre os dias 18 e 24 de setembro de 2011. Neste período, a área pôde ser

efetivamente avaliada durante apenas dois dias, visto que, conforme orientação da

Copel, no dia 22 de stembro de 2011 as atividades de monitoramento de fauna

terrestre foram paralisadas. No dia 23 de setembro de 2011, por solicitação da Copel,

Page 9: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

2

a equipe de campo foi desmobilizada e a fase de campo foi interrompida. A

preparação do equipamento e a instalação das armadilhas foram realizadas nos dois

primeiros dias e a coleta de dados ocorreu nos dois dias consecutivos. Infelizmente

esta amostragem contemplaria o início da primavera, ou seja, o período do ano mais

aguardado em função do início das chuvas, quando há intensa movimentação de

animais e recrutamentos na maioria das populações locais.

Page 10: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

3

2 INTRODUÇÃO

Os estudos de monitoramento tem com principal objetivo conhecer a influência dos

principais impactos (positivos e negativos) gerados pela implantação de um

empreendimento sobre a fauna local. Além de tentar desvendar estes impactos,

estudos de monitoramento recomendam medidas mitigadoras ou compensatórias,

suportadas por uma base de dados consistente, gerada a partir de amostragens

realizadas em um gradiente de tempo. Alguns grupos faunísticos expressam de

maneira mais clara que outros os impactos causados a partir da implantação de um

empreendimento.

As aves são o grupo que melhor responde aos impactos causados em um ambiente,

pois a especificidade de hábitat permite avaliar impactos negativos por meio da

presença ou ausência de alguns táxons.

Anfíbios também constituem bons modelos para estudos de inventariamento e/ou

monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização,

captura e manuseio, e taxonomia relativamente bem conhecida. Por ocuparem tanto

ambientes terrestres quanto aquáticos, os anfíbios são excelentes bioindicadores

ambientais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os

ecossistemas.

Em contrapartida, répteis são animais inconspícuos e de difícil amostragem, sendo

muitas vezes complexo avaliar os reais efeitos do empreendimento através deste

grupo. No entanto, são importantes por disponibilizarem relevantes subsídios ao

conhecimento do estado de conservação de regiões naturais (MOURA-LEITE et al.,

1993), pois ocupam posição ápice em cadeias alimentares (exigindo assim uma oferta

alimentar que sustente suas populações), funcionam como excelentes bioindicadores

de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração

ambiental. A presença de espécies dependentes de algum tipo de ambiente (espécies

estenóica), bem como a presença de espécies raras e formas endêmicas, são

fundamentais para a detecção do grau de primitividade do ambiente, enquanto que a

presença de espécies tolerantes a um amplo espectro de condições do meio

(eurióticas) pode determinar diferentes níveis de alteração.

A comunidade de mamíferos responde relativamente bem a impactos causados em

seu meio por serem um grupo bastante afetado com perdas ambientais. A

fragmentação florestal atinge expressivamente mamíferos de grande porte e o maior

Page 11: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

4

problema é a falta de grandes porções florestais que possam sustentar uma

comunidade clímax (CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001). Além da perda de

habitats naturais, a pressão de caça exercida sobre os mamíferos é maior que em

qualquer outro agrupamento animal (PERES, 1990; CHIARELLO, 2000; CULLEN et al.,

2001, LEITE & GALVÃO, 2002; WCS, 2004).

A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo, e, a despeito de sua

grande importância biológica, vem sistematicamente sofrendo com sua redução,

transformação e fragmentação (HEYER et al., 1999). Esses impactos são ligados

direta ou indiretamente à expansão da fronteira agrícola, em especial no conhecido

arco do desmatamento amazônico, localizado ao noroeste do Mato Grosso e sul do

Pará (HEYER et al., 1999).

O Brasil conta com aproximadamente 650 espécies de mamíferos (REIS et al., 2006),

sendo 69 (~10%) delas ameaçadas de extinção (CHIARELLO et al., 2008).

Aproximadamente 30% dessas espécies ameaçadas são amazônicas, refletindo por

um lado a grande riqueza ligada a esse bioma e por outro a ameaça já presente no

mais conservado dos biomas brasileiros (CHIARELLO et al., 2008).

Considerando o número de espécies de aves existentes em território nacional, o valor

atual é de 1.832 (CBRO, 2011), sendo que a ocorrência de mais de um terço deste

número é esperada para a área prevista para o empreendimento em questão.

É em uma das regiões mais ricas em espécies animais do mundo que está sendo

executado o monitoramento de fauna do AHE Colíder, no Rio Teles Pires, cujos

resultados da quarta campanha de campo serão apresentados na sequência.

Contudo, pouco pode ser comparado com fases de campo anteriores devido à

interrupção na coleta de dados. Desta forma, serão apresentados apenas os

resultados parciais obtidos nos dois dias de amostragem.

Page 12: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

5

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS

3.1.1 Áreas amostrais

As mesmas áreas amostrais foram mantidas, no entanto apenas uma área por grupo

faunístico foi avaliada. Não houve tempo hábil para a coleta de dados nas outras duas

áreas amostrais.

3.1.2 Manutenção das parcelas e transecções

Uma das linhas de armadilhas de queda foi totalmente destruída por trabalhadores

contratados para executar as obras do AHE Colíder. Após investigação, a justificativa

que foi dada foi a possibilidade de se tratar de armadilhas instaladas por caçadores.

Toda a cerca-guia foi destruída e os baldes arrancados. Alguns baldes foram até

mesmo colocados em tocos de árvores cortadas, bem visíveis, às margens da nova

estrada de acesso.

Além deste prejuízo, as outras linhas de pitfalls necessitaram de manutenção,

especialmente em relação à recuperação da cerca-guia. Desta forma, os dias 18 e 19

foram despendidos apenas para a manutenção das armadilhas de queda.

Parte do dia 19 e os dias 20 e 21 foram destinados à instalação do material de

captura (redes de neblina, armadilhas fotográficas, armadilhas Sherman e Tomahawk

e confecção de iscas).

3.2 MÉTODOS

Foram mantidos os mesmos métodos utilizados até então.

3.2.1 Trabalho de campo

A quarta fase de campo do referido monitoramento não pôde ser realizada na íntegra

devido à paralização geral que ocorreu no dia 23 de setembro de 2011. Desta forma,

o trabalho de campo foi prejudicado e apenas dois dias foram efetivamente utilizados

para a coleta de dados sistematizados.

Page 13: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

6

3.2.2 Análise dos dados

Não foram feitas análises estatísticas devido à falta de dados que possibilitem a

comparação com as fases anteriores.

Page 14: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

7

4 RESULTADOS

4.1 HERPETOFAUNA

4.1.1 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (Área Controle)

4.1.1.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift

Fences) (AIQ)

Durante os dois dias em que permaneceram abertas, nenhum exemplar da

herpetofauna foi capturado nas AIQ da área controle. O ápice do período seco

restringe a atividade de anfíbios e, consequentemente de muitos répteis, o que pode

explicar, pelo menos em partes, a ausência de captura durante os dias de

amostragem.

4.1.1.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT)

Também não foram registrados exemplares da herpetofauna durante os dias de

amostragem nas parcelas fixas da área controle. A baixa atividade dos animais

durante o período seco, assim como a grande oferta de folhas secas dificultam a

localização de espécimes, estando de acordo com o esperado para a época do ano.

4.1.1.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR)

No sítio P6 foi registrada uma diversidade de espécies (Foto 1 e Foto 2), superior a

observada na campanha anterior ao contrário da expectativa para este período do

ano. Ao total foram registradas cinco espécies de anfíbios anuros, das quais três em

atividade de vocalização (Tabela 1). Não foram registrados exemplares no sítio P5 que

se encontrava seco.

Page 15: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

8

TABELA 1 – ESPÉCIES DE ANFÍBIOS REGISTRADOS PELA METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM EM SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE AII

Táxon Espécie N %

AMPHIBIA

ANURA

Bufonidae Rhinella margaritifera 1 6,6

Hylidae Osteocephalus leuprieuri 1 6,6

Osteocephalus taurinus 1 6,6

Phyllomedusa azurea 1 6,6

Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactylus 1 6,6

Leptodactylus fuscus 10 66,6

FOTO 1 – ADULTO DE RHINELLA MARGARITIFERA ENCONTRADO NO SÍTIO REPRODUTIVO P6, FORRAGEANDO SOBRE FOLHAS

FOTO 2 – ADULTO DE LEPTODACTYLUS HYLAEDACTYLUS ENCONTRADO NO SÍTIO REPRODUTIVO P6, FORRAGEANDO SOBRE FOLHAS

4.1.1.4 Registros não sistematizados

Foram registradas quatro espécies através dos métodos não sistematizados. Destas, a

espécie de serpente Leptodeira anullata e os anfíbios anuros Dendropsophus sp,

Leptodactylus labirynticus e Rhinella margaritífera.

Apenas o método sistematizado de AIQ foi aplicado nas demais áreas de interesse

(canteiro e reservatório) durante os dois dias de amostragem. No entanto, o

deslocamento da equipe para a revisão periódicas das armadilhas de queda

possibilitou o registro de mais espécies por encontros ocasionais.

Page 16: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

9

4.1.2 Parcela 1 – Área de Influência Direta (canteiro de obras)

4.1.2.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift

Fences) (AIQ)

Não foram registrados espécimes através desta metodologia na área do canteiro de

obras.

4.1.2.2 Registros não sistematizados

Também não foram registrados espécimes por metodologias não sistematizadas.

4.1.3 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (reservatório)

4.1.3.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift

Fences) (AIQ)

Através deste método foram registradas três espécies, das quais, duas espécies de

lagartos (Kentropix calcarata [1] e Mabuya frenata [3]) e uma espécie de anfíbio

(Pristimantis fenestratus [1]) (Foto 3).

FOTO 3 – ADULTO DE PRISTIMANTIS FENESTRATUS AMOSTRADO NAS ARMADILHAS DE QUEDA DA ADA DO RESERVATÓRIO

4.1.3.2 Registros não sistematizados

Na área do reservatório foram registradas diversas espécies pelo método de encontros

ocasionais. No total, foram registradas uma espécie de jacaré (Paleosuchus

trigonatus), duas espécies de quelônios (Phrynops sp. e Podocnemis sp.), três

Page 17: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

10

espécies de serpentes (Bothrops moojeni, Helicops angulatus e Hydrodynastes

bicinctus) e quatro espécies de anfíbios anuros (Hypsiboas boans, Pristimantis

fenestratus, Rhinella marina e Rhaebo guttatus).

Diversos espécimes do jacaré Paleosuchus trigonatus foram observados durante a

noite nas margens do Rio Teles Pires, do ponto de acesso para as AIQ do reservatório

até a área do canteiro de obras na barragem. Quatro exemplares foram capturados,

analisados, marcados e soltos no mesmo local. Foi observada uma ninhada que se

encontrava na margem de um pequeno córrego que desemboca no Rio Teles Pires.

Esse córrego tem origem em uma lagoa no meio da mata onde, na campanha

anterior, foram registrados diversos filhotes. Não houve tempo hábil para confirmar se

os mesmos ainda estavam na lagoa ou poderiam corresponder a estes exemplares

observados nas margens do rio. Dois deles foram capturados, marcados e soltos. Dois

exemplares adultos também foram capturados e marcados. Em um deles foi

implementada uma técnica de marcação com brincos desenvolvidos originalmente

para caprinos (Foto 4). Uma marcação de segurança também foi feita para suprir a

eventual perda do brinco.

FOTO 4 – DETALHE DA MARCAÇÃO DE UM JACARÉ ADULTO DA ESPÉCIE PALEOSUCHUS TRIGONATUS AMOSTRADO NAS MARGENS DO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DO RESERVATÓRIO

Duas espécies de quelônios foram registradas no rio, na área prevista para o

reservatório. Uma espécie de cágado Phrynops sp. que, provavelmente, corresponde a

espécie Phrynops geoffroanus e uma espécie de tracajá que, provavelmente,

corresponde a espécie Podocnemis unifilis. A observação de quelônios no Rio Teles

Pires é muito furtiva e provavelmente adequada somente a estação seca, quando os

animais estão mais visíveis, termorregulando, sobre pedras, galhos ou nas praias.

Mesmo assim, revelam-se muito arredios submergindo quando estão a uma distância

Page 18: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

11

que dificulta uma correta identificação. Para uma melhor amostragem das espécies de

quelônios do Rio Teles Pires seria indicada a implementação de metodologias

específicas como, por exemplo, a utilização de redes de espera e covos (RUEDA-

ALMONACID et al., 2007).

Duas espécies de serpentes (Helicops angulatus e Hydrodynastes bicinctus (Foto 5 e

Foto 6) foram registradas em áreas rasas do Rio Tele Pires com fundo de cascalhos.

As serpentes foram registradas à noite, forrageando atrás de alimento por entre as

pedras.

FOTO 5 – ADULTO DE HELICOPS ANGULATUS AMOSTRADO NAS MARGENS DO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DO RESERVATÓRIO

FOTO 6 – ADULTO DE HYDRODYNASTES BICINCTUS AMOSTRADO NAS MARGENS DO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DO RESERVATÓRIO

As espécies de anfíbios foram aquelas habituais, registradas, praticamente, em todas

as campanhas. Destas, destaca-se Hypsiboas boans que parece vocalizar ao longo de

todo o ano as margens do Rio Teles Pires, mesmo durante o ápice da estação seca.

4.1.4 Considerações finais

Em uma primeira análise, os resultados obtidos vinham descrevendo o padrão

esperado para o período do ano, com uma baixa atividade das espécies de anfíbios e

serpentes (STRUSSMANN, 2000; CARVALHO, 2008). No entanto, as primeiras chuvas

da estação úmida poderiam revelar espécies ainda não amostradas como, por

exemplo, algumas espécies de anfíbios com reprodução explosiva, que só aparecem

em períodos bastante restritos do ano, encerrados por fortes chuvas. A campanha em

questão poderia caracterizar o período de transição entre as estações seca e úmida.

Logo após a desmobilização da equipe houve algumas precipitações na área de

estudo, o que poderia ter gerado dados importantes sobre a herpetofauna local.

Page 19: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

12

4.2 AVIFAUNA

4.2.1 Riqueza de espécies

Não serão apresentados dados de riqueza de espécies uma vez que o trabalho de

campo foi interrompido já no início das atividades. Nos dois dias que puderam ser

utilizados para a coleta de dados, apenas uma espécie nova para o estudo foi

encontrada: o mãe-da-lua-gigante (Nyctibius grandis). Com esta informação, o estudo

conta com 378 espécies de aves para a área de influência do AHE Colíder.

4.2.2 Esforço amostral

O esforço amostral da quarta fase foi de apenas dois dias, contrastando com o que

tem sido aplicado nas demais campanhas. A Tabela 2 apresenta o esforço de cada

método de pesquisa.

TABELA 2 – ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A QUARTA FASE DE CAMPO DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA

Método Quantidade / área amostral

Nº de áreas amostrais

Nº dias amostrais por fase

No da fase

Esforço total

Redes de neblina 12 1 2/área 4 288 horas-rede (10.368 h.m2)

Pontos de escuta 0 0 0 4 0 h

Coleta de dados não-sistematizados

- 1 - 4 20 h

Não será apresentado o gráfico do número acumulado de espécies pois a coleta

sistematizada de dados foi interrompida e o esforço aplicado foi insuficiente para se

comparar os dados entre as fases de campo. Para que os dados tenham valor

científico, os mesmos devem ser coletados com o mesmo esforço de pesquisa.

4.2.3 Comparação entre as áreas amostrais

4.2.3.1 Parcela 1 – Área de Influência Direta (canteiro de obras)

Esta parcela não foi amostrada nesta campanha devido à paralisação das obras do

AHE Colíder.

Page 20: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

13

4.2.3.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (reservatório)

Esta parcela não foi amostrada nesta campanha devido à paralisação das obras do

AHE Colíder.

4.2.3.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (área controle)

A área foi amostrada apenas por um método (anilhamento) e os dados oriundos dos

pontos de contagem ainda não tinham sido coletados quando a equipe foi

desmobilizada. Desta forma, não é possível fazer comparações com as fases

anteriores sendo que metade do esforço normalmente empregado foi contemplado.

4.2.4 Similaridade entre as áreas

Não é possível a comparação da similaridade entre áreas.

4.2.5 Anilhamento

Durante a quarta fase de campo do monitoramento da avifauna na área do AHE

Colíder, o esforço total aplicado foi de 288 horas-rede, apenas na área controle. O

número total de aves capturadas foi de 42 indivíduos, pertencentes a 18 espécies.

Destes, dois indivíduos foram capturados durante a instalação de redes de neblina

para a amostragem da quiropterofauna na área do canteiro de obras. Desta forma, o

valor total de aves capturadas na área controle foi de 40 indivíduos (Tabela 3 e Tabela

4). Este valor é bem superior aos obtidos em outras épocas do ano e sugere que esta

amostragem do início da primavera possivelmente apresentaria a maior quantidade de

dados quando comparada às campanhas anteriormente executadas. Após a execução

de três fases de campo completas e esta quarta incompleta, o número total de

capturas é de 273.

Page 21: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

14

TABELA 3 – NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO EM CADA UMA DAS FASES DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO

Etapa do monitoramento Número de capturas Espécies capturadas

Fase 01 75 30

Fase 02 80 37

Fase 03 78 34

Fase 04 – incompleta 40 18

TABELA 4 – COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS, NAS TRÊS FASES DE CAMPO

Fase do monitoramento Canteiro de obras Reservatório Controle

Fase 01 22 27 26

Fase 02 22 45 13

Fase 03 29 23 26

Fase 04 - incompleta 02 00 40

As espécies mais capturadas na área controle foram o uirapuru-de-chapéu-branco

(Lepidothrix nattereri) (n=07), o uirapuru-cigarra (Machaeropterus pyrocephalus)

(n=07), o araçari-mulato (Pteroglossus beauharnaesii) e o arapaçu-de-bico-de-cunha

(Glyphorynchus spirurus) (n=04). O cabeça-encarnada (Pipra rubrocapilla) e a choca-

lisa (Thamnophilus aethiops) apresentaram dois indivíduos capturados. O restante das

espécies amostradas por este método apresentou apenas um indivíduo capturado.

A Tabela 5 exibe todas as espécies amostradas pelo método de captura com redes

neblina durante os dias amostrados, a quantidade de indivíduos capturados de cada

espécie e a taxa de captura por parcela e total de cada espécie.

As fotos a seguir (Foto 7 a Foto 13), mostram alguns dos indivíduos de avifauna

capturados na área controle, na AII do AHE Colíder.

Page 22: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

15

TABELA 5 – TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A QUARTA FASE DE CAMPO DO ANILHAMENTO, REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DO AHE COLÍDER (ÁREA CONTROLE)

Espécie Capt CA

Taxa CA

Capt RE

Taxa RE

Capt CO

Taxa CO

Total capt.

Taxa total

Lepidothrix nattereri 0 0,00 0 0,00 7 2,43 7 2,43

Machaeropterus pyrocephalus 0 0,00 0 0,00 7 2,43 7 2,43

Pteroglossus beauharnaesii 0 0,00 0 0,00 7 2,43 7 2,43

Glyphorynchus spirurus 0 0,00 0 0,00 4 1,39 4 1,39

Megascops usta 2 0,69 0 0,00 0 0,00 2 0,69

Pipra rubrocapilla 0 0,00 0 0,00 2 0,69 2 0,69

Thamnophilus aethiops 0 0,00 0 0,00 2 0,69 2 0,69

Cnemotriccus fuscatus 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35

Dendrocincla fuliginosa 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35

Lophotriccus galeatus 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35

Microcerculus marginatus 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35

Mionectes oleagineus 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35

Nonnula ruficapilla 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35

Rhegmatorhina gymnops 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35

Schiffornis amazona 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35

Synallaxis rutilans 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35

Thalurania furcata 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35

Willisornis poecilinotus 0 0,00 0 0,00 1 0,35 1 0,35

A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número de capturas*100 / esforço de 288 horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem distinção de local. Legenda: Capt CA = número de indivíduos capturados na área do canteiro de obras; Capt RE = número de indivíduos capturados na área do reservatório; Capt CO = número de indivíduos capturados na área controle; Total capt = número total de indivíduos capturados por espécie.

FOTO 7 – ARAÇARI-MULATO (PTEROGLOSSUS BEAUHARNAESII) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE.

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS

FOTO 8 – FREIRINHA-DE-COROA-CASTANHA (NONNULA RUFICAPILLA) ANILHADA NA ÁREA CONTROLE

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS

Page 23: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

16

FOTO 9 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), MACHO, CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS

FOTO 10 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), FÊMEA, CAPTURADA NA ÁREA CONTROLE

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS

FOTO 11 – MÃE-DE-TAOCA-DE-CARA-BRANCA (RHEGMATORHINA GYMNOPS) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS

FOTO 12 – JOÃO-TENENÉM-CASTANHO (SYNALLAXIS RUTILANS) ANILHADO NA ÁREA CONTROLE

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS

FOTO 13 – ABRE-ASA (MIONECTES OLEAGINEUS) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS

Page 24: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

17

4.2.6 Índice Pontual de Abundância (IPA)

A quarta fase de campo do monitoramento da avifauna na área do AHE Colíder foi

interrompida antes que as contagens nos pontos fixos fossem iniciadas. Desta forma,

não há dados referentes ao IPA.

4.2.7 Métodos não sistematizados

Apenas uma espécie nova para o estudo foi detectada por meio de métodos não

sistematizados, aplicados ao longo do Rio Teles Pires durante a instalação do material

de captura: o mãe-da-lua-gigante (Nyctibius grandis).

4.2.8 Índice de diversidade

Não pôde ser obtido em função do interrompimento da campanha e, consequente,

falta de dados.

4.2.9 Espécimes coletados

Nenhum indivíduo foi coletado durante a execução da quarta fase de campo.

4.2.10 Considerações finais

Infelizmente a campanha que apresentaria melhores resultados foi interrompida e a

equipe teve que ser desmobilizada. A época do ano é excelente para a coleta de

dados, uma vez que a maioria das aves está em atividade reprodutiva.

Este relatório refere-se apenas aos dados coletados até a paralização da obra, ou

seja, apenas aos dados obtidos com o anilhamento na área controle.

Sendo assim, fica difícil qualquer inferência sobre a avifauna, pois não houve coleta de

dados na área do reservatório e do canteiro de obras. Nem sequer comparações

podem ser obtidas em função da falta de dados.

Page 25: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

18

4.3 MASTOFAUNA

4.3.1 Riqueza de espécies

Os resultados obtidos nessa fase interrompida acrescentam apenas uma espécie

(Sciurillus pusillus) ao quadro geral de riqueza já apresentado no terceiro relatório. As

espécies registradas durante as quatro primeiras fases do monitoramento somadas

àquelas registradas no EIA do mesmo empreendimento totalizam 110 espécies de

mamíferos silvestres, pertencentes a 10 ordens e 30 famílias.

4.3.2 Esforço amostral

O esforço amostral geral efetuado nas três primeiras fases somou 26 dias de campo,

sendo seis dias de amostragem sistematizada por meio dos métodos de captura ou

busca por vestígios e um período adicional para a busca de registros por meio de

métodos não sistematizados. O esforço empregado nesta quarta amostragem foi de

apenas dois dias para alguns dos métodos utilizados. As capturas de morcegos com

redes de neblina nem sequer puderam ser iniciadas em virtude da paralisação das

atividades da área do AHE Colíder.

4.3.3 Comparação entre as áreas amostrais

Não foi possível comparar as três áreas amostrais devido à impossibilidade de se

coletar dados durante o período previsto para a quarta fase de campo.

4.3.4 Pequenos mamíferos

Nesta quarta fase de campo foi capturado apenas um pequeno mamífero (Proechymys

longicaudatus), sendo amostrado em armadilha Tomahawk na área controle. Além

desta espécie, foi registrado, também na área controle, por meio de observação

direta, o coatipuruzinho (Sciurillus pusillus), a menor espécie de esquilo do Brasil.

4.3.5 Morcegos

As capturas de morcegos foram interrompidas antes mesmo da primeira revisão das

redes, imediatamente após a instalação de todo o material de captura. Desta forma,

não foi capturado nenhum indivíduo pertencente à quiropterofauna. Os únicos

Page 26: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

19

registros de morcegos obtidos durante os dois dias iniciais da fase de campo foram

observações diretas da espécie Rhynchonycteris naso na área do reservatório.

4.3.6 Mamíferos de médio e grande porte

Nesta quarta fase de campo, a espécie de mamífero de médio e grande porte mais

abundante foi o macaco-aranha-de-cara-branca (Ateles marginatus), contando com

16,4% dos registros, seguido pela ariranha (Pteronura brasiliensis) e pelo macaco-

prego (Cebus cay) (14,9%, cada um) e pelo macaco-aranha-de-cara-preta (A.

chameck) (11,9%). As demais espécies contaram com menos que 10% dos registros

(Tabela 6). O Jupará (Potos flavus) (Foto 14) foi registrado em dois locais distintos da

área controle.

TABELA 6 – ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS NA QUARTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), E DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO

Espécies Canteiro Reservatório Controle Total

Abund. % Abund. % Abund. % Abund. %

Ateles marginatus 1 16,6 0 0 10 37,03 11 17,7

Pteronura brasiliensis 0 0 10 34,5 0 0 10 16,1

Cebus cay 1 16,6 0 0 7 25,9 10 16,1

Ateles chameck 0 0 8 27,5 0 0 8 12,9

Pecary tajacu 0 0 0 0 6 22,2 6 9,6

Hydrochaeris hydrochoerus

0 0 5 17,2 0 0 5 8,06

Rhynchonycteris naso 0 0 5 17,2 0 0 5 8,06

Tapirus terrestris 3 50 0 0 1 3,7 4 6,4

Sciurillus pusillus 0 0 0 0 1 3,7 1 1,6

Guerlinguetus gilvigularis 0 0 0 0 1 3,7 1 1,6

Potos flavos 0 0 0 0 1 3,7 1 1,6

Dasyprocta leporina 1 16,6 0 0 0 0 1 1,6

Cuniculus paca 0 0 1 3,4 0 0 1 1,6

Total 6 100% 29 100% 27 100% 62 100%

Page 27: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

20

FOTO 14 – JUPARÁ (POTOS FLAVUS) REGISTRADO EM DOIS LOCAIS DISTINTOS DA ÁREA CONTROLE

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS

4.3.7 Mamíferos de hábito semiaquático

Em virtude do pequeno esforço que pôde ser despendido em campo, poucos registros

de mamíferos aquáticos ou semiaquáticos foram obtidos. Os poucos dados

apresentados foram coletados na área do reservatório, durante o procedimento

padrão de instalação de armadilhas, sem que esforços específicos (tradicionalmente

empregados) tenham sido despendidos na área do reservatório.

Os registros obtidos referem-se a duas espécies: a ariranha (Pteronura brasiliensis)

(Foto 15) e a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) (Foto 16). Foram vistos quatro

indivíduos de ariranha, sendo dois adultos e dois filhotes, indicando atividade

reprodutiva da espécie na ADA pelas obras.

FOTO 15 – ARIRANHAS (PTERONURA BRASILIENSIS) REGISTRADAS NA ÁREA DE CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS

FOTO 16 – CAPIVARAS (HYDROCHOERUS HYDROCHAERIS) REGISTRADAS AO LONGO DO RIO TELES PIRES, NA ADA PELO RESERVATÓRIO

FOTO: JOÃO M. D. MIRANDA

Page 28: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

21

4.3.8 Considerações finais

O esforço previsto para a quarta fase do monitoramento não pôde ser aplicado em

função da desmobilização da equipe já no segundo dia de amostragem. Desta forma,

a maioria dos dados previstos não foi coletada, o que impede qualquer inferência

sobre a mastofauna neste período. O início da primavera é uma época bastante

favorável para a coleta de dados, uma vez que coincide com o período de

recrutamento em diversas espécies. Espera-se a realização de uma nova fase de

campo que contemple este período e que seja concluída na íntegra. Somente assim

será possível traçar comparações entre as fases do monitoramento.

Page 29: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

22

5 REFERÊNCIAS CONSULTADAS

5.1 HERPETOFAUNA

CLARKE, K.R. & GORLEY, R.N. 2001. Primer v.5., User manual / Tutorial. Primer-E:Plymouth. 91 p.

CARVALHO, M. A. Composição e História Natural de uma Comunidade de serpentes em Área de Transição Amazônia-Cerrado, Ecorregião Florestas Secas do Mato Grosso, município de Claudia, Mato grosso, Brasil. 91 p. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Faculdade de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2008.

CECHIN, S. Z. & M. MARTINS. Eficiência de armadilhas de queda (Pitfall traps) em amostragens de anfíbios e répteis no Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 17: 729-749. 2000.

COLWELL, R. K. 1994-2005. EstimateS, Version 8.0: Statistical Estimation of Species Richness and Shared Species from Samples (Software and User's Guide). Persisten URL (purl.oclc.org/estimates).

DUFRÊNE, M. & LEGENDRE, P. 1997. Species assemblages and indicator species: the need for a flexible asymmetrical approach. Ecological monographs v. 67, n.3, p. 345-366.

HEYER, W.R.; M.A. DONELLY; R.W. MCDIARMID & M.S. FOSTER, 1994. Measuring and Monitoring Biological Diversity. Standard methods for Amphibians. Smithsonian Institution Press, Washington and London, 364p.

KREBS, C. J. 1989. Ecological Methodology. New York: Harper-Collins Publ. 370p.

MARTINS, M. & OLIVEIRA, E.M. 1998. Natural history of snakes in Forests of the Manaus Region, Central Amazonia, Brazil. Herpetological Natural History 6: 78-150

MARTINS, F.R. & SANTOS, F.A.M. 1999. Técnicas usuais de estimativa da biodiversidade. Holos 1:236-267.

MARTINS, M., ARAUJO, M.S., SAWAYA, R.J. & NUNES, R. 2001. Diversity and evolution of macrohabitat use, body size and morphology in a monophyletic group of Neotropical pitvipers (Bothrops). J. Zool. 254 (4):529-538

RUEDA, J. V.; F. CASTRO & C. CORTEZ. 2006. Técnicas para el inventario y muestreo de anfibios: una compilación. In: A. ANGULO; J.V. RUEDA-ALMONACID; J.V. RODRIGUEZ-MAHECHA & E. LA MARCA (Eds). Técnicas de inventário y monitoreo para los anfíbios de la región tropical andina. Conservación Internacional. Serie Manuales de Campo n°2. Panamericana Formas e Impresos S.A., Bogotá D.C. 300pp.

RUEDA-ALMONACID, J. V.; CARR, J. L.; MITTERMEIER, R. A.; RODRIGUEZMAHECHA, J. V.; MAST, R. B.; VOGT, R. C.; RHODIN, A. G. J.; OSSAVELASQUEZ, J.; RUEDA, J. N. & MITTERMEIER, C. G. 2007. Las tortugas e los crocodilianos de los países andinos del Trópico. Bogotá, Conservación Internacional. 537p.

Page 30: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

23

SANTOS, A. J. 2004. Estimativas de riqueza em espécies. In: Cullen Jr., L.; Rudran, R. & Valladares-Padua, C. (Ed.) Métodos de estudos em biologia e manejo da vida silvestre. Curitiba, editora da UFPR, Fundação O Boticário, pp. 19-42.

SAWAYA, R. J., O. A. V. MARQUES & M. MARTINS. 2008. Composition and natural history of a Cerrado snake assemblage at Itirapina, São Paulo state, southeastern Brazil. Biota Neotropica 8:129-151.

SCOTT JR., N. J. & WOODWARD, B. D. 1994. Surveys at breeding sites, In: Heyer, W.R., Donnelly, M.A., Mcdiarmid, R.W., Hayek, L.A.C. & Foster, M.S. (Eds.). Measuring and Monitoring Biological Diversity – Standard Methods for Amphibians. Smithsonian Institution Press. p. 118-125.

STRÜSSMANN, C. 2000. Herpetofauna. In: Alho, C.J. 2000. Fauna silvestre da região do rio Manso - MT – IBAMA – Brasília – DF.pp.153-189.

VANZOLINI, P. E., RAMOS-COSTA, A. M. M. & VITT, L. J. 1980. Répteis das Caatingas. Academia Brasileira de Ciências. Rio de Janeiro.

5.2 AVIFAUNA

BIBBY, C. J.; BURGESS, N. D.; HILL, D. A. 1992. Bird Census Techniques. 257p. Great Britain: Academic Press.

BLONDEL, J.; FERRY, C.; FROCHOT, B. 1970. La method des indices ponctuels d’abondance (I.P.A.) ou des relevés d’avifaune par “stations d’écoute”. Alauda 38: 55-71.

BONVICINO, C.R.; OLIVEIRA, J.A. & D`ANDREA, P.S. 2008. Guia dos roedores do Brasil: com chaves para gêneros baseadas em caracteres externos. Organização Pan-Americana de Saúde, Rio de Janeiro.

BOUTE, P.; CARLOS, B. 2007. Lista Preliminar das Aves do Estado de Mato Grosso. Cuiabá: Ed. própria.

CARVALHO, M. A., 2006. Composição e história natural de uma comunidade de serpentes em áreas de transição Amazônia-Cerrado, ecorregião florestas secas de Mato grosso, Município de Cláudia, Mato Grosso, Brasil. Tese de Doutorado, Instituto de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 92 p

CBRO – COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS. 2011. Lista das Aves do Brasil, versão 2011. Disponível em: <http://www.cbro.org.br>. Acesso em: 12 fev. 2011.

CECHIN, S. Z. & M. MARTINS. Eficiência de armadilhas de queda (Pitfall traps) em amostragens de anfíbios e répteis no Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 17: 729-749. 2000.

CHIARELLO A. G. 2000. Influência da caça ilegal sobre mamíferos e aves das matas de tabuleiro do norte do estado do Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão 11/12: 229-247.

CHIARELLO, A. G.; AGUIAR, L. M. S; CERQUIERA, R.; MELLO, F. R.; RODRIGUES, F. H. G. & SILVA, V. M. F. 2008. Mamiferos ameaçados de extinção no Brasil, p. 681-874. In: Machado, A.; Drummond, G.M. & Paglia, A.P. (Eds.). Livro Vermelho da

Page 31: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

24

fauna brasileira ameaçada de extinção. FNMA / Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte.

CLARKE, K. R. & GORLEY, R. N. 2001. Primer v.5., User manual / Tutorial. Primer-E: Plymouth. 91 p.

COLWELL, R. K. 1994-2005. EstimateS, Version 8.0: Statistical Estimation of Species Richness and Shared Species from Samples (Software and User's Guide). Persisten URL(purl.oclc.org/estimates).

CRISTALINO. 2007. Lista de aves do Cristalino Jungle Lodge e Parque Estadual do Cristalino. Alta Floresta: Hotel Floresta Amazônica e Cristalino Jungle Lodge.

CULLEN JR., L.; BODMER, E. R. & VALLADARES-PÁDUA, C. 2001. Ecological consequences of hunting in Atlantic Forest patches, São Paulo, Brazil. Oryx 35: 137-144.

DAVIS, J.; LANG, A. 2003. Revisão da lista de aves do Cristalino Jungle Lodge e Parque Estadual do Cristalino baseada em relatórios de birders. Alta Floresta: Cristalino Jungle Lodge.

DI-BERNARDO, M.; M. BORGES-MARTINS; R.B. OLIVEIRA & G.M.F. PONTES. 2007. Taxocenoses de serpentes de regiões temperadas do Brasil. In: L.B. NASCIMENTO; A.T. BERNARDES & G.A. COTTA (Eds). Herpetologia no Brasil 2. PUCMG. Belo Horizonte.

GARDNER, A.L. 2007. Mammals of South America. Volume 1. Marsupials, Xenarthrans, Schrews and bats. Londres e Chicago, The University of Chicago Press.

GONZÁLEZ, E. M. 2001. Guía de campo de los mamíferos de Uruguay. Vida Silvestre, Montevideo, 339p.

HEYER, W. R.; CODDINGTON, J. A.; KRESS, W. J.; ACEVEDO, P.; COLE, D.; ERWIN, T. L.; MEGGERS, B. J.; POGUE, M.; THORINGTON, R. W.; VARI, R. P.; WEITZMAN, M. J. & WEITZMAN, S. H. 1999. Amazonian biotic data and conservation decisions. Ciência e Cultura 51(5/6): 372-385.

JGP CONSULTORIA E PARTICIPAÇÕES LTDA. 2009. Estudo de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Colíder – 300 MW, Rio Teles Pires. São Paulo: Contrutora Andrade Gutierrez S.A., Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – ELETRONORTE, e Furnas Centrais Elétricas S.A.

KREBS, C. J. 1989. Ecological Methodology. New York: Harper-Collins Publ. 370p.

LEITE, M. R. & GALVÃO, F. 2002. El jaguar, el puma y el hombre em três áreas protegidas Del bosque atlántico costero de Paraná, Brasil. p. 237-250. In: Medellín, R. A., C. Equihua, C. L. B. Chetkiewicz, P. G. Crawshaw Jr., A. Rabinowitz, K. H. Redford, J. G. Robinson, E. W. Sanderson & Taber A. B. (Eds.). El Jaguar en el Nuevo Milenio. Cidade do México, Fondo de Cultura Econômica/Universidad Nacional Autônoma de México/Wildlife Conservation Society, 647p.

LIM, B. K. & ENGSTRON, M. D. 2001. Species diversity of bats (Mammalia: Chiroptera) in Iwokrrama Forest, Guyana, and the Guianan subregion: Implications for Conservation. Biodiversity and Conservation 10: 613-657.

MAMEDE, S. B. & ALHO, C. J. R. 2008. Impressões do Cerrado & Pantanal: subsídios para a observação de mamíferos silvestres não voadores. Editora UFMS, Campo Grande.

Page 32: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

25

MARQUES, O. A. V.; ETEROVIC, A. & ENDO, W. 2000. Seasonal activity of snakes in the Atlantic forest in southeastern Brazil. Amphibia-Reptilia 22: 103-111.

MOURA-LEITE, J. C.; BÉRNILS, R.S. & MORATO, S.A.A. 1993. Método para a caracterização da herpetofauna em estudos ambientais. Maia, 2: 1-5.

OLIVEIRA, J. A. & BONVICINO, C. R. 2006. Ordem Rodentia, p. 347-406. In: Reis, N.R.; Peracchi, A. L.; Pedro, W. A. & Lima, I.P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.

OLIVEIRA, T. G. & CASSARO, K. 2005. Guia de campo dos felinos do Brasil. Instituto Pró-Carnívoros/Fundação Parque Zoológico de São Paulo/Sociedade de Zoológicos do Brasil/Pró-Vida Brasil, São Paulo, 80p.

PARDINI, R.; DITT, E. H.; CULLEN JR., L.; BASSI, C.; RUDRAN, R. 2003. Levantamento rápido de mamíferos terrestres de médio e grande porte, p. 181-202. In: Cullen Jr., L.; Valladares-Padua, C.; Rudran, R. (Orgs.). Métodos de estudo em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba: Ed. da UFPR, Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, 667p.

PERES, C. A. 1990. Effects of hunting on western Amazonian primate communities. Biological Conservation 54: 47-59.

REIS, N. R., PERACCHI, A. L. & ANDRADE, F. R. 2008. Primatas do Brasil. Nélio R. Reis, Londrina.

REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. 2006. Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.

REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. 2007. Morcegos do Brasil. Nélio R. Reis, Londrina.

RIDGELY, R. S.; TUDOR, G. 1989. The Birds of South America. Vol I. The Oscine Passerines. Austin: University of Texas Press.

RIDGELY, R. S.; TUDOR, G. 1994. The Birds of South America. Vol II. The Suboscine Passerines. Austin: University of Texas Press.

RIDGELY, R. S.; TUDOR, G. 2009. Songbirds of South America. The Passerines. Austin: University of Texas Press.

ROSSI, R. V.; BIANCONI, G. V. & PEDRO, W. A. 2006. Ordem Didelphimorphia, p. 27-66. In: Reis, N.R., Peracchi, A.L., Pedro, W.A. & Lima, I.P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.

van ROOSMALEN, M.G.M., van ROOSMALEN, T. & MITTERMEIER, R.A. 2002. A taxonomic review of the titi monkeys, genus Callicebus Thomas, 1903 with the description of two new species, Callicebus bernhardi and C. stephennashi, from Brazilian Amazonia. Neotropical Primates 10 (supl.): 1-52.

RUEDA, J. V.; F. CASTRO & C. CORTEZ. 2006. Técnicas para el inventario y muestreo de anfibios: una compilación. In: A. ANGULO; J.V. RUEDA-ALMONACID; J.V. RODRIGUEZ-MAHECHA & E. LA MARCA (Eds). Técnicas de inventário y monitoreo para los anfíbios de la región tropical andina. Conservación Internacional. Serie Manuales de Campo n°2. Panamericana Formas e Impresos S.A., Bogotá D.C. 300pp.

SANTOS, A. J. 2004. Estimativas de riqueza em espécies. In: Cullen Jr., L.; Rudran, R. & Valladares-Padua, C. (Ed.) Métodos de estudos em biologia e manejo da vida silvestre. Curitiba, editora da UFPR, Fundação O Boticário, pp. 19-42.

Page 33: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

26

SAWAYA, R. J., O. A. V. MARQUES & M. MARTINS. 2008. Composition and natural history of a Cerrado snake assemblage at Itirapina, São Paulo state, southeastern Brazil. Biota Neotropica 8:129-151.

SCOTT JR., N. J. & WOODWARD, B. D. 1994. Surveys at breeding sites, In: Heyer, W.R., Donnelly, M.A., Mcdiarmid, R.W., Hayek, L.A.C. & Foster, M.S. (Eds.). Measuring and Monitoring Biological Diversity – Standard Methods for Amphibians. Smithsonian Institution Press. p. 118-125.

SEPLAN – SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL. 2001. Zoneamento Sócio-Econômico Ecológico (ZEE) do Estado de Mato Grosso. Cuiabá: PRODEAGRO.

VANZOLINI, P. E., Ramos-Costa, A. M. M. & VITT, L. J. 1980. Répteis das Caatingas. Academia Brasileira de Ciências. Rio de Janeiro.

VIELLIARD, J. E. M.; SILVA, W. R. 1990. Nova metodologia de levantamento quantitative da avifauna e primeiros resultados no interior do Estado de São Paulo, Brasil. Pp. 117-151. In: MENDES, S. (ed.). Anais do IV Encontro de Anilhadores de Aves. Recife: Editora da Univ. Federal Rural de Pernambuco.

VIZOTTO, L. D. & TADDEI, V. A. 1973. Chave para determinação de quirópteros brasileiros. Gráfica Francal, São José do Rio Preto, 72p.

WCS. 2004. A caça em Florestas Neotropicais. Wildlife Conservation Society, La Paz.

ZIMMER, K. J.; PARKER III, T. A.; ISLER, M. L.; ISLER, P. R. 1997. Survey of a southern Amazonian avifauna: the Alta Floresta Region, Mato Grosso, Brazil. Ornithological Monographs, 48:887-918.

5.3 MASTOFAUNA

BONVICINO, C.R.; OLIVEIRA, J.A. & D`ANDREA, P.S. 2008. Guia dos roedores do Brasil: com chaves para gêneros baseadas em caracteres externos. Organização Pan-Americana de Saúde, Rio de Janeiro.

CHIARELLO A. G. 2000. Influência da caça ilegal sobre mamíferos e aves das matas de tabuleiro do norte do estado do Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão 11/12: 229-247.

CHIARELLO, A. G.; AGUIAR, L. M. S; CERQUIERA, R.; MELLO, F. R.; RODRIGUES, F. H. G. & SILVA, V. M. F. 2008. Mamiferos ameaçados de extinção no Brasil, p. 681-874. In: Machado, A.; Drummond, G.M. & Paglia, A.P. (Eds.). Livro Vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. FNMA / Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte.

CULLEN JR., L.; BODMER, E. R. & VALLADARES-PÁDUA, C. 2001. Ecological consequences of hunting in Atlantic Forest patches, São Paulo, Brazil. Oryx 35: 137-144.

GARDNER, A.L. 2007. Mammals of South America. Volume 1. Marsupials, Xenarthrans, Schrews and bats. Londres e Chicago, The University of Chicago Press.

GONZÁLEZ, E. M. 2001. Guía de campo de los mamíferos de Uruguay. Vida Silvestre, Montevideo, 339p.

Page 34: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

27

HEYER, W. R.; CODDINGTON, J. A.; KRESS, W. J.; ACEVEDO, P.; COLE, D.; ERWIN, T. L.; MEGGERS, B. J.; POGUE, M.; THORINGTON, R. W.; VARI, R. P.; WEITZMAN, M. J. & WEITZMAN, S. H. 1999. Amazonian biotic data and conservation decisions. Ciência e Cultura 51 (5/6): 372-385.

LEITE, M. R. & GALVÃO, F. 2002. El jaguar, el puma y el hombre em três áreas protegidas Del bosque atlántico costero de Paraná, Brasil. p. 237-250. In: Medellín, R. A., C. Equihua, C. L. B. Chetkiewicz, P. G. Crawshaw Jr., A. Rabinowitz, K. H. Redford, J. G. Robinson, E. W. Sanderson & Taber A. B. (Eds.). El Jaguar en el Nuevo Milenio. Cidade do México, Fondo de Cultura Econômica/Universidad Nacional Autônoma de México/Wildlife Conservation Society, 647p.

LIM, B. K. & ENGSTRON, M. D. 2001. Species diversity of bats (Mammalia: Chiroptera) in Iwokrrama Forest, Guyana, and the Guianan subregion: Implications for Conservation. Biodiversity and Conservation 10: 613-657.

MAMEDE, S. B. & ALHO, C. J. R. 2008. Impressões do Cerrado & Pantanal: subsídios para a observação de mamíferos silvestres não voadores. Editora UFMS, Campo Grande.

OLIVEIRA, J. A. & BONVICINO, C. R. 2006. Ordem Rodentia, p. 347-406. In: Reis, N.R.; Peracchi, A. L.; Pedro, W. A. & Lima, I.P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.

OLIVEIRA, T. G. & CASSARO, K. 2005. Guia de campo dos felinos do Brasil. Instituto Pró-Carnívoros/Fundação Parque Zoológico de São Paulo/Sociedade de Zoológicos do Brasil/Pró-Vida Brasil, São Paulo, 80p.

PARDINI, R.; DITT, E. H.; CULLEN JR., L.; BASSI, C.; RUDRAN, R. 2003. Levantamento rápido de mamíferos terrestres de médio e grande porte, p. 181-202. In: Cullen Jr., L.; Valladares-Padua, C.; Rudran, R. (Orgs.). Métodos de estudo em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba: Ed. da UFPR, Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, 667p.

PERES, C. A. 1990. Effects of hunting on western Amazonian primate communities. Biological Conservation 54: 47-59.

REIS, N. R., PERACCHI, A. L. & ANDRADE, F. R. 2008. Primatas do Brasil. Nélio R. Reis, Londrina.

REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. 2006. Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.

REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. 2007. Morcegos do Brasil. Nélio R. Reis, Londrina.

ROSSI, R. V.; BIANCONI, G. V. & PEDRO, W. A. 2006. Ordem Didelphimorphia, p. 27-66. In: Reis, N.R., Peracchi, A.L., Pedro, W.A. & Lima, I.P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.

van ROOSMALEN, M.G.M., van ROOSMALEN, T. & MITTERMEIER, R.A. 2002. A taxonomic review of the titi monkeys, genus Callicebus Thomas, 1903 with the description of two new species, Callicebus bernhardi and C. stephennashi, from Brazilian Amazonia. Neotropical Primates 10 (supl.): 1-52.

VIZOTTO, L. D. & TADDEI, V. A. 1973. Chave para determinação de quirópteros brasileiros. Gráfica Francal, São José do Rio Preto, 72p.

Page 35: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº... · monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente

28

WCS. 2004. A caça em Florestas Neotropicais. Wildlife Conservation Society, La Paz.