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MONITORAMENTO DA FAUNA DE VERTEBRADOS TERRESTRES UHE MAUÁ Monitoramento na Terra Indígena Mococa Relatório Parcial 14 Julho de 2011

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MONITORAMENTO DA FAUNA DE VERTEBRADOS TERRESTRES

UHE MAUÁ

Monitoramento na Terra Indígena Mococa

Relatório Parcial 14

Julho de 2011

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COORDENAÇÃO E EXECUÇÃO

Equipe Técnica

_______________________________ Alberto Urben-Filho

Biólogo, CRBio: 25255-07D, CTF: 96670 Coordenação técnica Geral

_______________________________

Marcelo A.Villegas Vallejos Biólogo, CRBio: 50725-07D, CTF: 1039117

Avifauna

_______________________________

Gilberto Alves de Souza Filho Biólogo, CRBio: 30568-07D, CTF: 2825958

Reptiliofauna

_______________________________

Fernando José Venâncio Biólogo, CRBio: 53.827-03/07D, CTF:1821013

Mastozoofauna

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REVISÃO E ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Marcelo Alejandro Villegas Vallejos

Alberto Urben-Filho Fernando Costa Straube (Técnico, CTF: 324515)

TÉCNICOS COLABORADORES Beatrice Stein Boraschi dos Santos

Rony Paolin Haesckel Tamara Molin

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA (COPEL)

Júlia Azevedo Santos

Representante técnica da Copel (Cláusula XIII, item 5, Contrato CCC-Copel n° 43311/2009)

Bióloga, CRBio 45250/07

Referenciação sugerida: HORI. 2011. Monitoramento da Fauna de Vertebrados Terrestres na UHE Mauá:

Monitoramento na Terra Indígena Mococa – Relatório parcial 14 (julho de 2011). Curitiba, Hori Consultoria Ambiental e Copel Geração e Distribuição. Relatório técnico de distribuição restrita. 80 pp.

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Relatório Parcial 14

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SUMÁRIO I. EMENTA 9

II. INTRODUÇÃO 10

III. OBJETIVOS 11

IV. ÁREA DE ESTUDO 12

IV.1. Contextualização geográfica 12

IV.2. Caracterização biogeográfica 13

IV.3. A Terra Indígena Mococa 14

V. ESTADO DA ARTE 16

VI. MÉTODOS GERAIS 18

VI.1. Cronograma de atividades 18

VI.2. Identificação e seleção da unidade amostral 19

VI.3. Instalação de armadilhas de uso comum 21

VI.4. Estudo etnozoológico e de percepção social 22

VII. ANÁLISES DOS GRUPOS ZOOLÓGICOS 23

VII.1. Avifauna 23

VII.1.1. MÉTODOS 23

VII.1.1.1. Métodos Qualitativos 24

VII.1.1.2. Métodos Quantitativos 24

VII.1.1.3. Avaliação da suficiência amostral 26

VII.1.1.4.Análises quantitativas 27

VII.1.2. ANÁLISE DA AVIFAUNA 28

VII.1.2.1. Descrição Qualitativa Geral 28

VII.1.2.1.1. Espécies naturalmente raras 29

VII.1.2.1.2. Espécies de interesse conservacionista 29

VII.1.2.1.3. Espécies de interesse ecológico 30

VII.1.2.1.4. Composição comparativa da avifauna 32

VII.1.2.2. Análise Quantitativa da Avifauna 32

VII.2. Reptiliofauna 35

VII.2.1. MÉTODOS 35

VII.2.2. RESULTADOS: CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 36

VII.3. Mastozoofauna 37

VII.3.1. MÉTODOS 37

VII.3.1.1. Identificação e método de marcação 38

VII.3.1.2. Avaliação da suficiência amostral 39

VII.3.2. PANORAMA DE REPRESENTATIVIDADE 39

VII.3.3. ANÁLISE DA MASTOZOOFAUNA 42

VII.3.3.1. Mamíferos de pequeno porte 43

VII.3.3.2.Mamíferos de médio e grande porte 44

VII.3.3.3. Espécies endêmicas da Mata Atlântica 45

VII.3.3.4. Espécies exóticas 45

VII.3.3.5 Espécies de interesse conservacionista 45

VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LITERATURA CONSULTADA 46

IX. APÊNDICES 51

X. ANEXOS 68

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LISTA DE FIGURAS ÁREA DE ESTUDO

FIGURA IV.1. Situação geográfica simplificada contextualizando a localização da Terra Indígena de Mococa em relação à barragem da UHE Mauá. 15

MÉTODOS

FIGURA VI.1. Localização da Unidade Mococa (UMO) no contexto da Terra Indígena Mococa. Em destaque detalhe do sítio amostral ilustrando as três linhas de armadilhas de intercepção e queda. 20

AVIFAUNA

FIGURA VII.1.1. Pontos de escuta na Unidade Amostral Mococa. 25 FIGURA VII.1.2. Densidade de espécies comparativa entre as amostragens de julho e agosto de 2010 nas unidades

Frente/APP, Linhão e Controle; e as amostragens em julho e agosto de 2011 na Unidade Mococa. 34

MASTOZOOFAUNA

FIGURA VII.3.1. Croqui esquemática da “grade” de armadilhas (modelo Sherman) contendo 12 estações de coleta. 37

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LISTA DE TABELAS MÉTODOS

TABELA VI.1. Cronograma das campanhas do “Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres na Terra Indígena de Mococa - UHE Mauá”. 19

TABELA VI.2. Informações consolidadas sobre as unidades amostrais consideradas neste estudo. 20 TABELA VI.3. Coordenadas dos recipientes que compõe as armadilhas de intercepção e queda. 22

AVIFAUNA

TABELA VII.1.1. Coordenadas dos pontos de escuta para amostragem de aves no “Monitoramento da fauna de vertebrados terrestres na Terra Indígena de Mococa - UHE Mauá”. 24

TABELA VII.1.2. Lista das espécies endêmicas da Mata Atlântica registradas in situ na Terra Indígena de Mococa. 31 TABELA VII.1.3. Quadro comparativo dos valores ed riqueza e total de contatos entre as unidades amostrais. 33

MASTOZOOFAUNA

TABELA VII.3.1. Coordenadas dos vértices mais externos das três ‘grades’ de armadilhas instaladas na unidade amostral. 38 TABELA VII.3.2. Lista das espécies de mamífers registradas e potencialmente ocorrentes na Terra Indígena Mococa. 40 TABELA VII.3.3. Espécimes de pequenos mamíferos registrados durante a primeira campanha. 43

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APÊNDICES APÊNDICE 1. Avifauna do médio rio Tibagi, com as espécies registradas na Terra Indígena Mococa. 51 APÊNDICE 2. Métodos utilizados para o registro de mamíferos na região da Terra Indígena Mococa. 65 APÊNDICE 3. Pequenos mamíferos não voadores capturados na região da Terra Indígena Mococa. 66 APÊNDICE 4. Registros indiretos de mamíferos de médio e grande porte na região da Terra Indígena Mococa. 67

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ANEXOS ANEXO 1. Certificado de regularidade Urben-Filho & Straube Consultores junto ao Cadastro Técnico Federal – IBAMA. 68

ANEXO 2. Autorização para captura, coleta e transporte de material biológico IBAMA n° 004/2010. 69

ANEXO 3. Ofício autorizando entrada da equipe técnica na Terra Indígena Mococa FUNAI – n° 548/2011. 71

ANEXO 4. Carta de intenção de recebimento de material biológico proveniente dos estudos de monitoramento da fauna

nas áreas de influências da UHE Mauá emitido pelo Museu de História Natural Capão da Imbuia. 72

ANEXO 5. Anotações de Responsabilidade Técnica da equipe envolvida. 73 ANEXO 6. Certificados de Regularidade da equipe técnica envolvida junto ao Cadastro Técnico Federal – IBAMA. 77

TERMINOLOGIA: 1. Todas as coordenadas geográficas UTM apresentadas neste documento referem-se ao South American Datum

1969 (SAD 69) e, considerando a localização geográfica da área de estudo, ao Fuso 22 J. 2. A grafia dos horários do dia baseia-se na normatização do ISO-8601, indicando o momento cronológico

associado à notação -03 ou -02 se, respectivamente, referente à correção UTC para os horários solar ou brasileiro de verão (BST). A mesma norma ISO é considerada para abreviações de datas.

3.A ortografia adotada segue a 5a edição do “VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA” (VOLP), publicado pela Academia Brasileira de Letras em março de 2009.

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I

EMENTA

O presente documento faz parte de uma série de relatórios técnicos que atendem a requisitos parciais

do Contrato CCC-Copel N° 43311/2009, celebrado entre a Copel Geração e Transmissão S.A. e a Urben-

Filho e Straube Consultores S/S Ltda (Hori Consultoria Ambiental), o qual define os termos de serviços

especializados para o monitoramento da fauna na região da Terra Indígena de Mococa, inserida na Área

de Influência do empreendimento Usina Hidrelétrica (UHE) Mauá, compreendendo três grupos de

vertebrados terrestres silvestres (aves, répteis e mamíferos). O relatório acompanha os documentos

referentes ao Monitoramento da Fauna de Vertebrados Terrestres da UHE Mauá e encontra-se

organizado em volume separado para facilitar sua apreciação.

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II

INTRODUÇÃO

A Instrução Normativa nº 146 atribui ao monitoramento o encargo da identificação de impactos

ambientais: “Os impactos sobre a fauna silvestre na área de influência do empreendimento, durante e

após sua implantação, serão avaliados mediante realização de monitoramento, tendo como base o

Levantamento de Fauna”. No entanto, a realidade no Brasil não costuma ser essa, onde, parafraseando

Danielsen et al. (2003), os estudos de biomonitoramento não passam de exercícios acadêmicos isolados.

Nessa perspectiva, não se tratam os dados da forma adequada, primeiramente pelo erro básico já na

concepção da amostragem, faltando perguntas claramente definidas (“por que monitorar”, “o que deve

ser monitorado” e “como monitorar”) e a devida associação com os métodos empregados (Yoccoz et al.,

2001). Isso se reflete obviamente nas conclusões resultantes desses esforços: mesmo que trabalhos

nesse tema sejam conduzidos desde a década de 70, pouca ou nenhuma informação se tornou

disponível para balizar novos estudos.

Uma das respostas mais diretas da fauna a impactos de supressão e descaracterização ambiental é a

fuga, processo em que espécimes que habitavam os ambientes suprimidos se deslocam em busca de

novos hábitats para reestabelecer novos territórios e áreas de forrageio. Essas informações são até

conhecidas, e embora inexistam estudos que tenham acompanhado animais em fuga – desde o

afugentamento até o destino final, seu restabelecimento ou morte – a percepção social daqueles que

vivem nas proximidades de áreas impactadas é que há, efetivamente, um aumento no número de

animais. Nesse sentido, os conflitos entre humanos e animais selvagens parecem inevitáveis e, de fato,

essas interações são conhecidas e amplamente divulgadas em todo o mundo (e.g. Svotwa et al., 2007),

mas exemplos latino-americanos semelhantes ainda são poucos (e.g. Vidolin et al., 2004).

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III

OBJETIVOS

O objetivo deste subprograma é estudar a fauna de vertebrados terrestres na Terra Indígena (TI) de

Mococa comparando essa comunidade àquelas que vêm sendo monitoradas ao longo de 12 meses nas

cercanias. Avaliar-se-á se houve incremento populacional significativo de alguns grupos em particular,

notadamente mamíferos, aves e répteis. Adicionalmente, serão estudadas as relações da comunidade

indígena com a fauna local, assim como a percepção dos moradores com relação a esses eventos na

busca de conflitos entre a população humana e a vida selvagem.

Este estudo pretende levantar informações qualiquantitativas e etnozoológicas das comunidades de

aves, répteis e mamíferos na TI. De posse dessas informações locais, espera-se poder responder a

algumas questões específicas, tais como:

1) A comunidade faunística encontrada atualmente na TI Mococa é semelhante, quanto à riqueza

e/ou abundância, àquela encontrada nas Áreas de Influências da UHE Mauá?

2) Se há diferenças notáveis, é possível atribuir essas alterações populacionais aos eventos

impactantes de supressão vegetacional e posterior enchimento do reservatório da UHE Mauá?

3) Quais as relações da comunidade indígena local para com a fauna e quais as percepções dos

moradores sobre a dinâmica faunística?

4) Como as mudanças da fauna local durante o impacto são percebidas pelos habitantes da TI

Mococa e a o que as atribuem?

5) Quais os perigos e riscos que acometem a comunidade indígena e a fauna local, atribuíveis a

desdobramentos originados pelos impactos da UHE Mauá?

À medida que estas questões sejam atendidas poderão ser apresentadas propostas de medidas e ações

contingenciais no sentido de mitigar possíveis efeitos deletérios dessas alterações ecológicas à fauna da

TI de Mococa e ao bem estar da comunidade indígena.

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IV

ÁREA DE ESTUDO

IV.1. Contextualização geográfica

A Terra Indígena de Mococa situa-se na porção centro-nordeste do estado do Paraná, no chamado

Segundo Planalto Paranaense, margem esquerda do médio Rio Tibagi em uma zona de orografia

acidentada e ocorrência de mesetas (PARANÁ, 1987).

Quanto à paisagem original, situa-se no grande domínio da Mata Atlântica, com vegetação

predominante da floresta ombrófila mista (facies montana a alto-montana) (Veloso et al., 1991), mas

com forte influência de zonas transicionais de floresta estacional semidecidual. Corresponde desta

forma, a uma área de tensão ecológica ou ecótono, onde se pode perceber o contato entre tipos

vegetacionais com estruturas fisionômicas semelhantes, as florestas ombrófila mista e estacional

semidecidual. A primeira destas, também denominada mata de araucária é um tipo de vegetação típica

do Planalto Meridional Brasileiro, encontrada, no Paraná, em altitudes superiores a 500 metros s.n.m

(Hueck, 1972). Compõe-se floristicamente por gêneros primitivos e sugere uma ocupação recente a

partir de refúgios alto-montanos (IBGE, 1992). Já a floresta estacional semidecidual é caracterizada por

macro e mesofanerófitos, lianas lenhosas e epífitas em abundância, que a diferencia de outros tipos

vegetacionais (IBGE, 1992). Nas imediações pouco mais distanciadas são também verificadas as

vegetações de estepe arbustiva (campos gerais) e savana (cerrado).

A área de estudo apresenta o tipo climático Cfa de Köppen, ou seja, clima mesotérmico subtropical

úmido, com verões quentes, tendência de concentração de chuvas no verão e geadas mais raras (Maack,

1981). As médias térmicas anuais estão entre 18 e 20 ºC, distribuídas entre 23 e 25 ºC no mês mais

quente (fevereiro) e 13 e 15 ºC no mais frio (julho) (IAPAR, 1978).

A precipitação pluviométrica anual varia entre 1700 a 1900 mm, sendo o intervalo dezembro-fevereiro o

trimestre mais chuvoso, com média de 450 a 550 mm e junho a agosto o mais seco, com 300 a 450 mm

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(IAPAR, 1978). Por essas características, a pluviosidade pode ser considerada regionalmente mediana e

com estações chuvosa ou seca pouco definidas, variável de acordo com o gradiente altitudinal. A

umidade relativa do ar oscila entre 70 e 80% e os índices hídricos anuais na escala de Thorntwaite

indicam se tratar de área úmida, portanto sem deficiência hídrica anual (IAPAR, 1978).

IV.2. Caracterização biogeográfica

Sob o ponto de vista biogeográfico, a TI se situa na Região Neotropical (Müller, 1973), particularmente

na Província Atlântica, concordante com a zona geográfica denominada Mata Atlântica; e na Sub-

Província Guarani (Mello-Leitão, 1946). Segundo Cracraft (1985), essa região compreende área de

endemismos avifaunísticos, denominada "Paraná Center", que corresponde a todo o Planalto

Meridional Brasileiro, limitando-se a norte pela região centro-sul de São Paulo, ao sul pelos planaltos da

porção elevada do norte e nordeste do Rio Grande do Sul, a oeste pelo Paraguai e nordeste da Argentina

e a leste pelos contrafortes da Serra do Mar.

Quanto à paisagem original, situa-se no grande domínio morfoclimático dos "Mares de Morros"

(Ab’Saber, 1977), que se insere no bioma da Mata Atlântica. Sua situação geográfica indica que, embora

situe-se dentro dos limites da floresta ombrófila mista (Mata de Araucária), vegetação que era

originalmente dominante na área de estudo (Veloso et al. 1991), encontra-se fortemente influenciada

por outros tipos vegetacionais das adjacências, como a floresta estacional semidecidual (Mata

Estacional) e, embora em pequena escala, também a savana (cerrado) que, naquela região, miscigena-se

também com a estepe (campos). O padrão de influência fitogeográfica, que se reflete também na

composição faunística, indica a presença de espécies das matas estacionais que invadem o curso do Rio

Tibagi no sentido norte-sul, declinando em altitudes superiores a 500 m, esta tida como limite clássico

de vegetações no Paraná (Maack, 1981).

Toda essa caracterização, contudo, tem importância biogeográfica de menor escala, uma vez que

baseia-se em paisagens originais; nas áreas de influências da UHE Mauá, em cenário de maior escala e

contemporâneo, observa-se que maior parte da vegetação original foi exterminada, modificada ou

ligeiramente alterada, restando apenas poucos e pequenos remanescentes com as características

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originais. Nesse sentido, a matriz predominante destaca ambientes agro-pastoris, representados pela

grande diversificação agrícola (café, milho, feijão e soja) e florestal (eucalipto e pinus), bem como

relativamente extensas áreas utilizadas para a pecuária extensiva (essencialmente bovinos) (IPARDES,

2003). Esse padrão de mosaico, amplamente verificado em toda a região e definido pela orografia

ondulada, é interrompido por pequenos remanescentes florestais relictuais em vários estádios de

alteração e de regeneração, com a presença de capoeiras, capoeirões e mata secundária, onde se

observa ainda intensa e, em geral ilegal, atividade de extrativismo madeireiro.

De uma forma geral, os remanescentes de vegetação encontram-se confinados às áreas de proteção

permanente (APPs), incluindo as reservas legais das propriedades e as mata ciliares, cuja preservação

nem sempre é guardada à risca. Eventualmente ocorrem áreas com vegetação menos alterada, quase

sempre mantidas por interesse dos proprietários ou pelas limitações de acesso ou pela inviabilidade de

estabelecimento de atividades rentáveis.

IV.3. A Terra Indígena Mococa

A Terra Indígena Mococa, com área de aproximadamente 859 ha, está estabelecida na margem

esquerda do médio Rio Tibagi, no distrito Natingui, pertencente ao município de Ortigueira. Com sua

nova demarcação, regulamentada em 1996, abriga atualmente cerca de 150 moradores, da etnia

Kaingang. Os limites da reserva distam, em linha reta, aproximadamente 3 km a jusante da barragem da

UHE Mauá (Figura 1).

Dentre as principais atividades econômicas dessa localidade está a lavoura, de milho e feijão, além da

criação não extensiva de animais. Também contribui à alimentação dos moradores atividades de pesca e

caça, neste caso principalmente mamíferos e aves de médio e grande porte (LACTEC, 2007a; 2007b).

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Figura IV.1. Situação geográfica simplificada contextualizando a localização da Terra Indígena de Mococa em relação à

barragem da UHE Mauá.

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16

V

ESTADO DA ARTE

A fauna de todo o vale do Rio Tibagi vem sendo pesquisada de maneira sistemática há vários anos, em

particular por esforços individuais levados a efeito desde a década de 70, mas, atualmente, por iniciativa

de grupos filiados a entidades de pesquisa, elementos de atuação conservacionista e centros de ensino

e extensão de nível superior.

Sobre a avifauna, por exemplo, vários estudiosos procederam a estudos localizados ou abrangentes de

riqueza, composição (Steffan, 1974; Westcott, 1980, 1986; Mariño, 1996; Anjos & Schuchmann, 1997;

Anjos et al. 1997; Anjos, 2001), com enfoques ecológicos (Soares & Anjos, 1996; Anjos & Ferreira, 1998;

Anjos & Gimenes, 2000; Gimenes & Anjos, 2000; Mendonça et al., 2001; Volpato et al., 2001a, 2001b;

Volpato & Anjos 2001) e de certos tópicos de sinantropia, assim como de conservação (Anjos, 1998;

Anjos & Soares, 1999; Lopes et al., 2001). Em Telêmaco Borba, na região do alto Tibagi, Rodrigues et al.

(1981), depois Pinto (1991), Berndt (1992) e, finalmente, Anjos et al. (1997) dedicaram-se aos mesmos

propósitos.

O panorama diverge profundamente com respeito aos estudos científicos acerca da fauna de répteis, os

quais são escassos. O atual conhecimento sobre a fauna reptiliana desta região é baseado

principalmente em registros museológicos, oriundos de coleções científicas como a do Museu de

História Natural Capão da Imbuia (Curitiba, PR), cujo acervo científico é o mais representativo do estado

do Paraná. Apenas três estudos estão relacionados à fauna reptiliana da região, representados por Ribas

& Monteiro Filho (2002) que descrevem a distribuição geográfica e hábitat de quelônios continentais do

Paraná, citando a ocorrência de três espécies para o município de Telêmaco Borba e Rocha et al. (2003),

que apresentam uma lista de 38 espécies de répteis registrados para a área da Fazenda Monte Alegre; e

Buss & Calleffo (2004), que apontam a ocorrência de 26 espécies de serpentes no Parque Ecológico da

Klabin.

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Para a mastozoofauna, os dados acumulados permitem um conhecimento relativo da distribuição de

alguns grupos, com ênfase naqueles de médio e grande porte e, ainda, nos morcegos. Especificamente

para a Fazenda Monte Alegre – que representa uma área nativa preservada de porte considerável (52

mil ha) – pode-se citar os estudos de Reis et al. (1999), Peracchi et al.(2002) e Rocha et al. (2003) e, no

ano de 2005, procedeu-se a compilação das informações colhidas na região pela obra ‘Mamíferos da

Fazenda Monte Alegre – Paraná’ (Reis et al. 2005). Outras bases são aquelas procedentes do resgate e

salvamento científico da fauna em decorrência da supressão vegetacional para a instalação do canteiro

de obras da UHE Mauá (LACTEC, 2009) e da tese de doutorado de Lima (2008), que avaliou as

taxocenoses de morcegos de áreas nativas e áreas reflorestadas na Reserva da Klabin, município de

Telêmaco Borba.

Quanto aos aspectos antropológicos há importantes contribuições de diversos autores, os relatos mais

antigos datando de 1842 (D’Angelis, 2003), mas grande parte dos estudos é direcionada à compreensão

da língua Kaingang, e poucos focaram suas pesquisas sobre a percepção e o uso dos recursos naturais

em geral, e dos faunísticos em particular. Apenas Herbert Baldus, no ano de 1947, iniciou estudos

etnozoológicos, resultando em uma compilação dos animais de interesse cinegético para os Kaingang.

Posteriormente, quando das avaliações de impactos ambientais da UHE Mauá, foram conduzidos

trabalhos com as populações residentes nas Terras Indígenas de Queimadas e Mococa (LACTEC, 2007a;

2007b).

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VI

MÉTODOS GERAIS

VI.1. Cronograma de atividades

A primeira fase do trabalho de campo iniciou-se com um reconhecimento da área de estudo, com a

finalidade de se definir os pontos amostrais, atividade essa que foi levada a efeito entre os dias 18 e 22

de julho de 2011. Na ocasião, percorreram-se diversos trechos da Terra Indígena realizando-se uma

busca detalhada por locais adequados à pesquisa de campo, de forma a contemplar o cumprimento dos

objetivos, sempre em concordância com o proposto no Plano de Trabalho.

O planejamento inicial do estudo de monitoramento foi construído de forma a permitir a realização de

uma pesquisa de longo prazo, englobando todas as estações climáticas e, com isso, favorecendo não

somente a obtenção de resultados bastante robustos sobre a composição faunística local, como

também um detalhamento que considerasse os desvios decorrentes da sazonalidade.

Este estudo terá campanhas com periodicidade bimestral, cada qual com duração de cinco dias efetivos

em campo. A primeira campanha foi conduzida no mês de julho de 2011, após a fase de reconhecimento

e instalação de armadilhas de solo (TABELA VI.1); nesta ocasião, além de conduzir toda a pesquisa com a

fauna autócone também foram conduzidas entrevistas informais com moradores da aldeia e arredores

com o intuito de iniciar a socialização dos pesquisadores à comunidade.

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TABELA VI.1. Cronograma das campanhas do “Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres na Terra Indígena

de Mococa - UHE Mauá”.

CAMPANHAS PERÍODOS TEMPO EFETIVO DE CAMPO

(dias) CAMPANHA DE RECONHECIMENTO 18 a 22 de julho de 2011 [5] CAMPANHA 1 (Herpetofauna e Mastozoofauna) 25 a 29 de julho de 2011 5 CAMPANHA 1 (Avifauna) 30 de julho a 3 de agosto de 2011 5 TOTAL 10 [+ 5]

O tempo de esforço amostral total, discriminado de acordo com atividades e particularidades zoológicas

encontra-se devidamente descrito no capítulo metodológico de cada grupo temático. A apresentação

mais detalhada dos dados etnozoológicos é também apresentada em tópico à parte, de forma a facilitar

sua interpretação.

VI.2. Identificação e seleção da unidade amostral

A escolha pelo local para estabelecimento da unidade amostral da fauna autóctone se baseou no grau

de preservação da vegetação e na disponibilidade de acesso, mas também considerando o menor

impacto potencial sobre as atividades da aldeia. Esta unidade de amostragem foi nominada “UNIDADE

MOCOCA” (UMO) (FIGURA VI.1), cuja grafia se prestará para facilitar as comparações e discussões com as

demais unidades estudadas neste monitoramento, quais sejam, as unidades “FRENTE/APP” (UFA),

“LINHÃO” (ULI) e “CONTROLE” (UCO).

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FIGURA VI.1. Localização da Unidade Mococa (UMO) no contexto da Terra Indígena Mococa. Em destaque detalhe do sítio

amostral ilustrando as três linhas de armadilhas de intercepção e queda.

A Unidade Mococa está situada a cerca de 8,5 km a nordeste do eixo da barragem da UHE Mauá e 2,2

km do leito do Rio Tibagi. Algumas informações consolidadas sobre essa unidade amostral, juntamente

com as outras três unidades, é apresentada na TABELA IV.2.

TABELA VI.2. Informações consolidadas sobre as unidades amostrais consideradas neste estudo.

LEGENDA: Alt., altitude média do ponto central (em metros); Dist.B, distância do eixo da barragem (em quilômetros); Dist.T,

distância do Rio Tibagi (em quilômetros).

Abreviatura Denominação Coord. centrais Alt. Dist.B Dist.T UMO Unidade Mococa 523905/7344968 600 8,5 2,2 UFA Unidade Frente/APP 531439/7330014 680 9 0,7 ULI Unidade Linhão 535998/7313733 680 27 0,1

UCO Unidade Controle 546197/7329174 830 19 15

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VI.3. Instalação de armadilhas de uso comum

Considerando-se todos os critérios geográficos acima descritos, fez-se necessária a instalação

consensual e compartilhada de um tipo especial de armadilha que possibilita a captura de vários grupos

zoológicos. Esses instrumentos são chamados “armadilhas de interceptação e queda” ou, como

originalmente descritos, pitfalls with drift fences, consistindo de instrumentos largamente utilizados

para a captura de répteis, pequenos mamíferos e anfíbios e consagrados como o método mais

recomendado para o inventário de vários grupos de animais em ambientes terrestres (Jones, 1986;

Mengak & Guynn-Jr., 1987; Corn & Bury, 1990; Corn, 1994; Dodd & Scott, 1994; Cechin & Martins,

2000).

Consistem de recipientes, no caso baldes com volume de 60 litros, que são enterrados no solo deixando

as bocas expostas (pitfalls), sendo eles interligados por barreiras de plástico flexível (drift fences, ou

cercas-guia), obstáculos esses que guiam os animais para o receptáculo, onde caem, ali permanecendo

reclusos. No interior desses recipientes, e com a finalidade de salvaguardar os espécimes capturados

contra adversidades climáticas, foram colocados abrigos confeccionados com isopor.

Para o presente estudo definiu-se uma configuração que permitisse análises múltiplas de riqueza,

frequência e abundância levando-se em consideração a possibilidade de comparar os resultados

resultantes deste esforço com aqueles já obtidos por meio de estudos similares nas demais unidades

amostrais (HORI, 2011).

Nesta unidade amostral consta um único sítio amostral, visto que se julgou desnecessária a realização

de réplicas amostrais para fins de comparação pontual da fauna com aquela já acompanhada nas

demais unidades. Neste sítio está inserida uma bateria de três linhas de pitfalls – as estações amostrais

–, cada qual com quatro baldes, totalizando 12 baldes admitidos para o período de trabalho (FIGURA

VI.1; TABELA VI.3).

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TABELA VI.3. Coordenadas dos recipientes que compõem as armadilhas de interceptação e queda instalados para o “Monitoramento da fauna de vertebrados terrestres na Terra Indígena de Mococa - UHE Mauá”.

ESTAÇÃO RECIPIENTE 1 RECIPIENTE 2 RECIPIENTE 3 RECIPIENTE 4 1 523919-7344906 523920-7344914 523927-7344923 523932-7344931 2 523833-7344942 523834-7344953 523835-7344962 523842-7344971 3 523763-7344970 523760-7344966 523763-7344959 523764-7344947

VI.4. Estudo etnozoológico e de percepção social

Para o estudo etnozoológico, com o objetivo de se avaliar a percepção social dos impactos da instalação

da UHE Mauá sobre a fauna, e por sua vez desta sobre a comunidade indígena de Mococa, optou-se por

conduzir entrevistas não-estruturadas na comunidade, incluindo também relatos de residentes dos

arredores. O levantamento de dados etnozoológicos na comunidade estudada, particularmente sobre a

percepção da fauna frente aos impactos da UHE Mauá, devem refletir como a dinâmica faunística local é

interpretada pelos moradores, buscando evidências de potenciais conflitos entre humanos e a vida

selvagem.

Uma vez que durante a primeira campanha foram ainda poucos os relatos obtidos, totalizando somente

três entrevistados, as análises serão apresentadas em documento futuro. Adicionalmente, poderão ser

conduzidas entrevistas semiestruturadas com as lideranças locais nas próximas campanhas, visando a

inclui-las integralmente nos objetivos do estudo.

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VII

ANÁLISE DOS GRUPOS ZOOLÓGICOS

VII.1. Avifauna

VII.1.1. Métodos

Todas as atividades relacionadas aos trabalhos de campo com avifauna eram cotidianamente iniciadas

logo às primeiras horas do amanhecer, usualmente 06:30-03UTC, estendendo-se por toda a tarde até o

crepúsculo e alargando-se por uma ou duas horas durante o período noturno, até aproximadamente

20:00-03UTC. Esse tempo adicional noturno prestou-se para a detecção de espécies noctívagas, em

particular das ordens Strigiformes (corujas) e Caprimulgiformes (curiangos e urutaus). Com isso, o

tempo total destinado às pesquisas de campo foi de cerca de 10 horas diárias, e incluindo o esforço de

toda a campanha, foi de aproximadamente 50 horas dedicadas à pesquisa qualitativa da Terra Indígena

de Mococa.

Todo o estudo aqui considerado foi realizado com métodos tradicionais em estudos avifaunísticos, ou

seja, pelo reconhecimento visual das espécies com auxílio de binóculos, ou pela identificação in situ de

vocalizações (zoofonias).

A fim de se obterem registros documentados de algumas espécies e/ou para reconhecimento posterior,

mediante comparação com acervos sonoros diversos foram realizadas gravações sonoras utilizando

equipamento digital Marantz PMD 660 e eventualmente microfone unidirecional Sennheiser ME-67.

Esse material encontra-se em fase de edição e se prevê sua futura incorporação a acervos digitais

especializados.

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VII.1.1.1. Métodos Qualitativos

O levantamento qualitativo reuniu informações colhidas por meio de amostragens livres de busca

direta, durante deslocamentos pela Terra Indígena e arredores. Nessas buscas foram discriminados os

registros colhidos no interior da TI e aqueles colhidos em áreas adjacentes, visando ao reconhecimento,

ainda que subjetivo, de eventuais alterações de composição em decorrência do empreendimento. Com

essa discriminação pôde-se elaborar um cenário mais detalhado da distribuição de algumas espécies de

aves na paisagem da região.

VII.1.1.2. Métodos Quantitativos

Para o método quantitativo da avifauna florestal foram determinados seis pontos de escuta na Unidade

Mococa (UMO) (TABELA VII.1.1, FIGURA VII.1.1). Todos esses pontos, distantes entre si pelo menos 150

m, foram alocados em vegetação florestal a no mínimo a 50 m das respectivas bordas, sendo que,

quatro pontos foram posicionados ao longo de uma trilha pré existente (UMO 1 a UMO 4) e os outros

dois alocados em uma trilha recém aberta (UMO 5 e UMO 6).

TABELA VII.1.1. Coordenadas dos pontos de escuta para amostragem de aves no “Monitoramento da fauna de vertebrados

terrestres na Terra Indígena de Mococa - UHE Mauá”.

Unidade Amostral Ponto Latitude Longitude

Mococa

UMO 1 524382,705 7344455,824 UMO 2 524539,515 7344411,078 UMO 3 524684,153 7344337,304 UMO 4 524831,611 7344401,75 UMO 5 523976,598 7344949,158 UMO 6 523828,81 7345005,557

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FIGURA VII.1.1. Pontos de escuta na Unidade Amostral Mococa.

Nesses pontos, aplicou-se o método de avaliação de pontos com raio fixo de detecção (fixed-radius

point census), com base nos procedimentos propostos pela literatura corrente (Hutto et al., 1986; Bibby

et al., 2000; Sutherland, 2000; Sutherland et al., 2004; Volpato et al, 2009). Este método se presta para

investigar variações nos padrões de riqueza e abundância relativa das espécies. O tempo e demais

critérios adotados suportou-se primariamente em Anjos et al. (2007), ou seja, em cada um destes

pontos dedicou-se 10 minutos de permanência (com intervalos de amostragens entre os pontos de pelo

menos 10 minutos), durante os quais eram identificados os indivíduos ali visualizados ou escutados,

desde que situados dentro de um raio de 50 metros do pesquisador. Essa técnica é denominada pelos

mesmos autores de “amostragem por pontos de raio curto”, originalmente com raio de detecção de 30

m, mas aqui adaptado à realidade das unidades amostrais. Adotaram-se as seguintes premissas: 1. cada

indivíduo é um contato, independente de sua presença em um bando; 2. espécies que sobrevoam o

local não são contabilizadas; 3. somente espécies de hábitos florestais são consideradas.

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Os seis pontos foram amostrados em duas ocasiões durante a campanha em dias distintos, e assim o

esforço dedicado a este método perfaz 1 hora de amostragem por repetição, totalizando 2 horas por

campanha.

VII.1.1.3. Avaliação da suficiência amostral

Um dos fundamentos da pesquisa ecológica é a concepção de que é usualmente inviável a observação

de todo o universo de dados de qualquer fenômeno natural. Portanto, para descrever eventos

ecológicos e elaborar previsões acerca de acontecimentos futuros, é necessário recorrer à amostragem

dessa população, sendo consequentemente necessária uma avaliação da suficiência amostral, ou seja, a

fidedignidade com que os dados amostrados representam os padrões e variações realmente existentes

no universo amostral (Pillar, 2004).

A confecção da chamada “curva do coletor” é comumente utilizada para reconhecer se uma

amostragem de avifauna pode ser considerada satisfatória (Magurran, 2004; Straube et al., 2010). Em

tese, a suficiência amostral é atingida quando a curva espécie-amostra chega à sua assíntota, ou seja, há

clara tendência à estabilização (i.e. a adição de mais amostras não alterará a representação da

comunidade amostrada), mas a interpretação visual do gráfico resultante é subjetiva. Para contornar

esse problema, visando à objetividade nessa decisão, a determinação da suficiência amostral deve ser

amparada por estimativas estatísticas de riqueza, as quais, quando comparadas à riqueza observada,

dão uma noção mais precisa da representatividade da amostragem (Straube et al., 2010).

Uma vez que ainda contamos com poucas amostras padronizadas, esta estimativa será apresentada em

momento oportuno, amparadas pela utilização de diversos estimadores de riqueza visando a avaliar

qual deles é mais adequada à natureza dos dados, quais sejam, ACE (abundance-based coverage

estimator), ICE (incidence-based coverage estimator), Chao 2, Jackknife 1 e Bootstrap (Magurran, 2004).

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VII.1.1.4. Análises quantitativas

Os dados gerados a partir da amostragem quali-quantitativa por pontos de escuta serão submetidos a

diferentes análises apenas depois de constatada a suficiência amostral, caso contrário as interpretações

dos resultados poderá não refletir os padrões efetivamente presentes na comunidade amostrada. As

análises serão compatíveis com aquelas que vêm sendo realizadas no monitoramento da fauna em

outros setores.

Para avaliar a diversidade da avifauna comparativamente com as demais unidades amostrais, além de

estabelecer índices da comunidade estudada na Terra Indígena, utilizar-se-ão os parâmetros de riqueza

e abundância levantados durante o estudo. A partir dos dados de riqueza, além da riqueza total em cada

unidade amostral, serão computadas as frações de grandes grupos taxonômicos, conforme Slud (1976):

1. Riqueza de Não-Passeriformes (Rñp): riqueza absoluta de aves Não-Passeriformes no total de espécies

registradas nas unidades amostrais. Pressupõe que a representatividade de Não-Passeriformes é maior na

avifauna total quando a qualidade do ambiente é maior.

2. Riqueza de Tyranni (Rt): riqueza absoluta de representantes da Subordem Tyranni na avifauna total da

unidade amostral, pressupondo-se também que essa fração seja maior em ambientes preservados.

3. Relação de riqueza Não-Passeriformes/Passeriformes (Rñp/pa): quociente entre riquezas dos dois grupos,

prevendo ser maior em direta proporção com a melhor qualidade do hábitat.

4. Relação de riqueza Tyranni/Passeres (Rt/p): quociente entre riquezas dos dois grupos, prevendo ser maior

em direta proporção com a melhor qualidade do hábitat.

A abundância é medida com base nos contatos acumulados ao longo do estudo. Os contatos, embora

não sejam propriamente a abundância absoluta das espécies estudadas, se prestam como índices de

abundância uma vez que nosso protocolo pressupõe que todas as aves em um raio de 50 m são

detectadas e recenseadas individualmente durante os censos. O total de contatos pode ser relativizado

à área amostrada para se obter um índice de densidade. Para o cálculo da área contemplada pondera-se

a área avaliada em cada ponto de escuta, ou seja: ܣ = .ߨ 50ଶ = 7.850 m². Nos seis pontos de escuta,

portanto, a área total de amostragem é de 47.100 m², ou ainda, 4,71 ha.

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Outros índices de diversidade são também classicamente utilizados em análises ambientais, não

obstante haja uma miríade de críticas com relação a estes valores (Magurran, 2004; Buckland et al.,

2005; Melo, 2008; Melo & Hepp, 2008) e a apresentação constante de grande número de novos e

promissores índices, mais sensíveis a alterações nas comunidades (e.g. Evangelista et al., 2009). Aqui

apresentaremos futuramente os resultados obtidos pelo cálculo dos índices de diversidade de Shannon

(H’), ilustrado conjuntamente com a equitabilidade de Pielou (e) (Magurran, 2004; Melo, 2008).

VII.1.2. Análise da avifauna

VII.1.2.1. Descrição Qualitativa Geral

Nesta seção apresentam-se informações descritivas da comunidade de aves encontrada neste esforço

de pesquisa, comparando-a com a avifauna encontrada na margem direita do Rio Tibagi, alvo de estudo

de outra vertente deste monitoramento (HORI, 2011).

Até então se registraram 126 espécies de aves no interior da Terra Indígena de Mococa, valor que pode

ser considerado ainda preliminar comparado à riqueza aferida em regiões adjacentes durante o

monitoramento (n = 278), ou com um estudo pretérito da avifauna na mesma localidade (n = 173;

LACTEC, 2007a). Avaliando-se toda a macrorregião, conforme definida em documento anterior e

acrescida das espécies encontradas ao longo deste monitoramento (HORI, 2011), a riqueza da avifauna

alcança 430 espécies.

Da riqueza verificada em campo alguns táxons merecem especial menção devido à sua raridade natural,

alocação em algum grau de interesse conservacionista, particularidades biológicas, tais como associação

estreita com alguns tipos de hábitat, endemismos ou pelo fato de serem migratórias ou, ainda, pelo

ineditismo de ocorrência na localidade estudada.

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VII.1.2.1.1. ESPÉCIES NATURALMENTE RARAS

Seguindo o primeiro critério, é relevante mencionar os flagrantes de táxons considerados relativamente

raros em toda sua área de ocorrência (bacurau-ocelado Nyctiphrynus ocellatus,) ou em um âmbito mais

local, seja no Estado do Paraná (jandaia Aratinga auricapillus e não-pode-parar Phylloscartes paulista),

seja na macrorregião (maria-leque Onychorhynchus swainsoni).

VII.1.2.1.2. ESPÉCIES DE INTERESSE CONSERVACIONISTA

Dentre as espécies identificadas nas áreas de influências, algumas merecem especial atenção por se

tratarem de elementos com expressivo interesse conservacionista. Grande parte das espécies citadas

encontra-se nestas categorias principalmente devido à degradação de seu hábitat. Este cenário,

juntamente com a caça predatória e a captura para cativeiro, fez que populações de espécies exigentes

quanto à qualidade ambiental fossem escasseando e tornando-se isoladas em fragmentos distantes,

dificultando deste modo, a reprodução e, consequentemente, o fluxo gênico. Os casos mais destacados

obviamente são aqueles em que o status de conservação é o mais elevado na escala hierárquica

definido por esses instrumentos. Nesse sentido, sobressai até então somente o bacurau-ocelado

Nyctiphrynus ocellatus.

Esse bacurau é alocado na categoria “em perigo” (EN) no Paraná principalmente por se tratar, o Estado,

de seu limite meridional de distribuição geográfica (Straube et al., 2004). É registrada exclusivamente

nos domínios vegetacionais da floresta estacional semidecidual, contando ainda com poucas

verificações em campo. Por se tratar de habitante de florestas maduras e a formação vegetacional

profundamente fragmentada e alterada, acredita-se que as populações paranaenses dessa espécie

estejam rareando e declinando (Straube et al., 2004). Este bacurau foi registrado em diversas

localidades, principalmente na área de influência direta, mas também foi verificada em áreas mais

afastadas do impacto. A partir das nossas amostragens, sugere-se que seja razoavelmente comum nas

matas da macrorregião, embora não tenha sido localizado em nenhum esforço anterior na área

estudada.

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VII.1.2.1.3. ESPÉCIES DE INTERESSE ECOLÓGICO

Algumas aves registradas neste estudo apresentam exigências ecológicas peculiares que as tornam úteis

indicadoras ambientais. Também neste contexto podem ser citados táxons que habitam regiões

fitogeográficas bem definidas, tratando-se de endemismos locais dentro do Bioma Mata Atlântica. Ainda

englobados na base de características biológicas relevantes encontram-se as espécies migratórias,

também tratadas neste subitem.

No rol de espécies indicadoras podem-se citar diversas aves que habitam adensamentos de taquarais,

quais sejam o arapaçu-de-bico-torto (Campylorhamphus falcularius), barranqueiro-de-olho-branco

(Automolus leucophthalmus), matracão (Batara cinerea), borralhara-assobiadora (Mackenziaena

leachii), borralhara (Mackenziaena severa), trovoada-de-bertoni (Drymophila rubricollis), olho-falso

(Hemitriccus diops), negrinho-do-mato (Cyanoloxia moesta) e cabecinha-castanha (Pyrrhocoma

ruficeps).

Outro grupo ecológico de particular interesse são espécies insetívoras de sub-bosque, mais sensíveis a

alterações ambientais (Willis, 1979; Aleixo, 2001) e potencialmente um dos mais afetados quando da

descaracterização do ambiente florestal. Deste grupo apenas o vira-folhas Sclerurus scansor e o

macuquinho Eleoscytalopus indigoticus foram detectados.

Uma terceira guilda de elevada sensibilidade são os frugívoros de grande porte, bem representados na

área de estudo pelos psitacídeos (p. ex. jandaia Aratinga auricapilla) e ranfastídeos (p. ex. tucano-de-

bico-verde Ramphastos dicolorus). Também se destacam rapineiros florestais, tais como o falcão-caburé

Micrastur ruficollis, aves que passa seu ciclo vital inteiramente no sub-bosque da mata e necessita de

cavidades naturais para nidificar, usualmente em ocos de árvores de grande porte.

Constataram-se 35 endemismos avifaunísticos da Mata Atlântica, segundo a conceituação de Cracraft

(1985) e Morrone (2001) (TABELA VII.1.2). Quando considerados os táxons característicos das diferentes

fitofisionomias sul-brasileiras é notável a presença de espécies típicas de várias formações existentes no

Paraná, refletindo a natureza transicional da avifauna (Straube & DiGiácomo, 2007).

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Dentre os táxons representativos da Mata de Araucária que foram encontrados na macrorregião

destacam-se Mackenziaena leachii, Thamnophilus caerulescens gilvigaster, Drymophila malura e

Campylorhamphus falcularius. Por sua vez, espécies típicas da Mata Atlântica Brasileira e cuja

distribuição é mais concentrada ao longo da Serra do Mar do leste brasileiro também foram registradas,

exemplicadas por Brotogeris tirica, Drymophila rubricollis, Todirostrum poliocephalum, Onychorhynchus

swainsoni e Saltator fuliginosus. Comprovando-se o caráter transicional da área de estudo, também

foram identificadas espécies típicas da Mata Paranaense, portanto, mormente confinadas aos planaltos,

como Mackenziaena severa, Philydor lichtensteini e Cissopis leverianus.

TABELA VII.1.2. Lista das espécies endêmicas da Mata Atlântica registradas in situ na macrorregião da UHE Mauá.

Espécie

Aratinga auricapillus Pyriglena leucoptera

Pyrrhura frontalis Eleoscytalopus indigoticus

Brotogeris tirica Sclerurus scansor

Pionopsitta pileata Xiphocolaptes albicollis

Macropsalis forcipata Xiphorhynchus fuscus

Phaethornis eurynome Campylorhamphus falcularius

Thalurania glaucopis Philydor lichtensteini

Trogon surrucura Hemitriccus diops

Ramphastos dicolorus Myiornis auricularis

Pteroglossus bailloni Todirostrum poliocephalum

Picumnus temminckii Onychorhynchus swainsoni

Piculus aurulentus Chiroxiphia caudata

Campephilus robustus Schiffornis virescens

Mackenziaena leachii Saltator fuliginosus

Mackenziaena severa Pyrrhocoma ruficeps

Drymophila rubricollis Haplospiza unicolor

Drymophila malura

Somente três espécies migratórias foram até então aferidas na área de estudo, todas migrantes

intratropicais de maiores distâncias, quais sejam Camptostoma obsoletum, Lathrotriccus euleri e

Contopus cinereus. Este baixo número de táxons migratórios não se deve à sua real ausência, mas à falta

de amostragens na época de sua chegada.

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VII.1.2.1.4. COMPOSIÇÃO COMPARATIVA DA AVIFAUNA

Não obstante o estudo da comunidade de aves da TI Mococa ainda seja preliminar, estes resultados dão

indícios de que a avifauna que habita atualmente a TI Mococa é distinta, quanto à sua composição,

daquelas encontradas nas unidades Frente/APP (UFA), Linhão (ULI) e Controle (UCO).

Tais indicativos advêm do registro de algumas espécies florestais, tais como Mackenziaena leachii e

Phylloscartes paulista, somente encontradas na Terra Indígena; e Aratinga auricapillus, psitácida

relativamente comum em Mococa, com registros de bandos de mais de 20 indivíduos sobrevoando a

área; mas com poucos e isolados registros em toda margem direita do Rio Tibagi, em UFA, UCO e

arredores.

Alguns elementos típicos de áreas abertas e/ou degradadas são também encontrados em Mococa e

estão ausentes das outras unidades estudadas, reflexo dos ambientes disponíveis no entorno da aldeia.

É o caso de Rhyncotus rufescens, Theristicus caudatus, Columbina squammata, Hirundinea ferruginea,

Myiarchus ferox, Mimus saturninus e Molothrus bonariensis, todos táxons já flagrados em outras

porções da área estudada, mas não no interior das unidades amostrais, usualmente cobertas por

ambientes florestados.

Ausência notável é de alguns representantes de insetívoros de sub-bosque bastante conspícuos, como o

tovacuçu Grallaria varia e as tovacas Chamaeza campanisona e C. meruloides. Esta aparente ausência

poderia estar relacionada a algum desequilíbrio nas condições ambientais sobre este grupo, mas esta

conjectura ainda é preliminar e necessita de esforços subsequentes e direcionados na tentativa de

registrar estes táxons na área estudada, ou reforçar a hipótese de sua real ausência.

VII.1.2.2. Análise Quantitativa da Avifauna

Conforme mencionado anteriormente as análises quantitativas estão atreladas ao alcance da suficiência

amostral do estudo nos pontos de escuta e, portanto, qualquer interpretação dos dados coletados é

preliminar. No entanto, uma apreciação pontual e de natureza descritiva de cada campanha é possível.

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Em Mococa (UMO) acumulou-se o registro de 56 espécies e 144 contatos exclusivamente nos pontos de

escuta, sendo 43 espécies e 84 contatos registrados na primeira repetição, e 35 espécies e 60 contatos

na segunda. Esses valores podem ser usados para comparação com aqueles consignados nas demais

unidades amostrais, e são apresentados na Tabela VII.1.3. Ali se ilustram a riqueza e total de contatos

aferidos nas 6ª e 7ª campanhas, relativas ao período de julho e agosto de 2010, portanto no momento

pré-impacto; juntamente com os valores médios e consolidados das respectivas amostragens.

TABELA VII.1.3. Quadro comparativo dos valores de riqueza e total de contatos entre as unidades amostrais no “Monitoramento

da fauna de vertebrados terrestres na Terra Indígena de Mococa - UHE Mauá”.

LEGENDA: R. riqueza de espécies; C. total de contatos; UFA. unidade Frente/APP; ULI. unidade Linhão; UCO. unidade Controle;

UMO. unidade Mococa.

UNIDADE AMOSTRAL 6ª CAMPANHA 7ª CAMPANHA MÉDIA CONSOLIDADO R C R C R C R C

UFA 55 143 53 128 54 135.5 70 271 ULI 28 53 37 78 32.5 65.5 45 131

UCO 39 80 47 84 43 82 59 164

UMO 1ª REPETIÇÃO 2ª REPETIÇÃO MÉDIA CONSOLIDADO

43 84 35 60 39 72 56 144

Em ambos os casos a riqueza e o total de contatos registrados na Terra Indígena assume valores

intermediários entre aqueles consignados na Unidade Linhão e na Unidade Controle. Avaliando-se o

número de espécies relativo ao número de indivíduos amostrados, ou seja, uma medida alternativa de

riqueza aqui nominado “densidade de espécies”, um padrão interessante surge (Figura VII.1.2).

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FIGURA VII.1.2. Densidade de espécies comparativa entre as amostragens de julho e agosto de 2010 nas unidades Frente/APP

(UFA), Linhão (ULI) e Controle (UCO); e as amostragens em julho e agosto de 2011 na Unidade Mococa (UMO).

Fica evidente que em UFA há registro de menor número de espécies por indivíduos amostrados, e os

maiores valores são encontrados em UCO e UMO. Este resultado sugere que na Unidade Mococa, assim

como em UCO, há maior riqueza específica comparada às demais unidades, embora os valores brutos

não evidenciem tal fenômeno. Esta interpretação, embora ainda meramente hipotética pela natureza

pontual e preliminar dos dados, deverá ser acompanhada e, posteriormente, comparada também com

os resultados acumulados ao longo do monitoramento durante a supressão vegetacional. Tais

informações podem revelar importantes fenômenos relativos à dinâmica da avifauna na Terra Indígena.

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

UFA ULI UCO UMO

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VII.2. Reptiliofauna

VII.2.1. Métodos

Para compor a lista de potencialidades de ocorrência de répteis na Terra Indígena foram consideradas as

informações oriundas de registros museológicos, essencialmente de exemplares depositados no Museu

de História Natural Capão da Imbuia, Curitiba/PR, bem como dos dados de base procedentes da região

oriundos da literatura especializada (Ribas & Monteiro Filho, 2002; Rocha et al., 2003).

Para a amostragem em campo adotaram-se as seguintes técnicas:

Busca ativa: consiste em deslocamentos muito lentos a pé durante o período diurno e/ou noturno com a procura visual dos animais em atividade em seus ambientes naturais ou em repouso (p.ex. sob troncos, pedras, cupinzeiros, dentro de tocas, sobre ou entre a vegetação, na serapilheira, etc.) (Martins & Oliveira, 1998);

Captura em armadilhas de interceptação e queda (pitfalls traps with drift fence) (Cechin & Martins, 2000): conforme descrição no item “Instalação de armadilhas de uso comum”;

Encontros ocasionais: corresponde ao encontro de répteis vivos ou mortos durante outras atividades que não a amostragem pelos demais métodos (Sawaya et al., 2008). Este estudo é empregado para o encontro dos animais nas áreas de influências durante as atividades de deslocamento até as unidades de amostragem. Os animais encontrados servem-se para a complementação da lista de espécies da macrorregião;

Evidências indiretas: obtenção de registros ditos indiretos, ou seja, vestígios da presença de

répteis, como mudas de pele, rastros, tocas, cascas de ovos, carcaças em decomposição, dentre outros.

Entrevistas: foram realizadas entrevistas informais, que consistem em abordagem não

padronizada sobre a fauna de mamíferos da aldeia e arredores, e toda informação considerada pertinente era anotada. Tal como descrito no item “estudo etnozoológico e de percepção social” esta metodologia foi conduzida especialmente para obter dados sobre a percepção da fauna silvestre pela população local, assim como suas relações com as diversas espécies.

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VII.2.2. Resultados: considerações preliminares

Todas as atividades relacionadas aos trabalhos de campo com a reptiliofauna foram cotidianamente

relacionadas à revisão das armadilhas de “interceptação e queda” e, em um segundo momento, à busca

ativa estendendo-se eventualmente pelo período noturno. No ínterim dessas atividades eram

conduzidas entrevistas com moradores locais. Com isso, o esforço total destinado dedicadas à pesquisa

qualitativa e quantitativa da Terra Indígena Mococa foi de 36 baldes.dia relativo às armadilhas, e

incluindo o esforço de toda a campanha, atingiu 180 baldes.dia. Quanto à busca ativa o esforço foi de

aproximadamente 8 horas diárias, totalizando 40 horas ao longo da campanha.

Nenhum espécime de réptil foi registrado na primeira campanha, resultado que se explica pela

influência da estação climática sobre a atividade desse grupo faunístico. Por serem animais ectotérmicos

– a temperatura corporal relaciona-se fortemente com a temperatura do ambiente – répteis de regiões

de clima subtropical apresentam uma alteração no padrão de atividade e utilização de hábitat que é

determinado pela oscilação da temperatura ambiental. Com isso, verifica-se que estes animais

apresentam um padrão de atividade sazonal, sendo mais facilmente observáveis nas épocas mais

quentes do ano, quando estão mais ativos e, ao contrário, expondo-se com menos frequência em

períodos mais frios (Pough et al., 2004).

A partir dos registros obtidos por meio de entrevistas com os moradores locais foi possível adquirir

informações sobre parte da fauna reptiliana local, sendo que os animais mencionados foram aqueles

mais estraitamente associados ao uso ou interações com a população, quais sejam, o lagarto teiú

(Tupinambis merianae), de interesse cinegético; e as serpentes jararaca (supostamente Bothropoides

jararaca), a jararacussu (supostamente Bothrops jararacussu), e a cascavel (Caudisona durissa),

relacionadas ao ofidismo.

Espera-se que nas próximas campanhas, findando a temporada de inverno, o número de espécies

observadas e capturadas em campo aumente consideravelmente. Adicionalmente um novo protocolo

para entrevistas está previsto, o qual priorizará o acúmulo de informações específicas sobre esse grupo

faunístico e suas interações com os moradores da aldeia.

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VII.3. Mastozoofauna

VII.3.1. Métodos

O estudo da mastozoofauna in situ foi conduzido com uso de (i) armadilhas de captura viva (live-traps),

(ii) de intercepção e queda (pitfalls), armadilhas fotográficas, (iv) busca por evidências diretas e indiretas

e (v) entrevistas. Todos os petrechos foram instalados em um remanescente florestal no extremo norte

da Terra Indígena, ao passo que as buscas por evidências de mamíferos e as entrevistas foram

conduzidas tanto no interior da TI, quanto nos arredores ou localidades mais distanciadas.

Armadilhas de captura viva (live-traps): foram instaladas 24 armadilhas do tipo Sherman dispostas em 12 estações contendo duas armadilhas cada: uma em nível do solo e outra amarrada em galhos ou cipós, sempre respeitando o limite mínimo de um metro de altura. Dessa forma utilizou-se uma conformação em grade para a disposição das armadilhas (TABELA VII.3.1.; FIGURA VII.3.1), as quais permaneceram ativas por quatro noites consecutivas, totalizando 96 armadilhas.noite. Para a atração dos pequenos mamíferos foi utilizado um composto preparado contendo banana, pasta de amendoim, sardinha em conserva e fubá, sendo trocadas diariamente.

FIGURA VII.3.1. Croqui esquemático da “grade” de armadilhas (Modelo Sherman), contendo 12 estações de coleta (círculos

verdes) distantes uma da outra em 15 metros instalada para o “Monitoramento da fauna de vertebrados terrestres na Terra

Indígena de Mococa - UHE Mauá”.

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Tabela VII.3.1. Coordenadas dos vértices mais externos da ‘grade’ de armadilhas instaladas para o “Monitoramento da fauna

de vertebrados terrestres na Terra Indígena de Mococa - UHE Mauá”.

UNIDADE AMOSTRAL Estações

A1 A4 C1 C4

UMO 523923 - 7344901 523925 - 7344861 523889 - 7344908 523875 - 7344862

Armadilhas de interceptação e queda (pitfall): conforme descrição no item “Instalação de armadilhas de uso comum”.

Armadilhas fotográficas: utilizaram-se dois equipamentos do modelo Trophy Cam™ Bushnell® em locais propícios à obtenção de registros, ou seja, em trilhas, próximo a córregos e carreiros pré existentes (FIGURA VII.3.2). Os petrechos permaneceram ativos por quatro dias consecutivos, somando um esforço amostral de 192 armadilhas.hora.

Busca de evidências diretas e indiretas: consideram-se registros diretos a observação in loco das espécies, além dos registros feitos nas armadilhas fotográficas. Registros indiretos consistem no encontro e identificação de rastros, fezes, restos de alimento, tocas e marcas de arranhões deixadas por mamíferos. Esta forma de registro é substancial em inventários e diagnósticos da fauna de mamíferos, além de fornecer subsídios para avaliações da relação espécie-ambiente. O esforço amostral de busca por tais evidências foi de quatro horas nesta campanha, considerado o tempo de deslocamento e o tempo de permanência dentro da aldeia.

Entrevistas: foram realizadas entrevistas informais, que consistem em abordagem não padronizada sobre a fauna de mamíferos da aldeia e arredores, e toda informação considerada pertinente era anotada. Tal como descrito no item “blábláblá” esta metodologia foi conduzida especialmente para obter dados sobre a percepção da fauna silvestre pela população local, assim como suas relações com as diversas espécies.

VII.3.1.1. Identificação e método de marcação

Roedores e marsupiais foram marcados com brincos metálicos numerados sequenciamente, fixados na

orelha esquerda de cada indivíduo como utilizados por Lessa et al., (1999). Cada indivíduo capturado

recebeu um número de campo e teve seus dados bionômicos e biométricos registrados, quais sejam,

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sexo, estimativa etária e condição reprodutiva, se possível. Devido à dificuldade de identificação dos

pequenos mamíferos alguns espécimes poderão ser coletados para uma análise mais completa de suas

características morfológicas. Animais encontrados mortos, assim como aqueles que não resistirem ao

processo de triagem em campo, também serão coligidos e incorporados a uma coleção de referência

(série morfotípica) no Museu de História Natural Capão da Imbuia (MHNCI).

VII.3.1.2. Avaliação da suficiência amostral

Quando se pretende amostrar determinado grupo biológico é necessário de antemão a escolha do

método que será utilizado, sempre padronizando o esforço amostral de forma a permitir aferições mais

robustas e comparáveis com outros estudos, bem como possibilitando a réplica metodológica em outras

situações.

É habitual a confecção da chamada curva do coletor, que considera o número de táxons e o número de

amostras realizadas, a qual determina a representatividade da amostragem e desta forma pode-se

avaliar se esta é satisfatória. Tratando-se de dados biológicos, porém, esta estimativa não deve ser

tomada como única e exclusiva ferramenta balizadora, uma vez que o incremento de novas espécies

pode ocorrer temporalmente e continuamente ao longo de um estudo. A interpretação dos resultados,

portanto, deve também considerar aspectos essenciais da biologia do grupo estudado.

Serão utilizados estimadores de riqueza, os quais calculam a riqueza potencial do local de acordo com os

dados coletados no estudo (Magurran, 2004). Tais valores, comparados à curva de acúmulo de espécies

observadas, auxiliam na determinação da suficiência amostral. Estes estimadores, e a avaliação da

riqueza, serão computados após incremento de dados coligidos, uma vez que conta-se com poucas

amostragens (uma única campanha).

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VII.3.2. Panorama da representatividade

A fauna do vale do rio Tibagi foi alvo de uma série de estudos ao longo do tempo, os quais levantaram

informações gerais sobre a distribuição e composição de espécies que ocorrem, efetiva ou

potencialmente, nesta região (TABELA VII.3.2). Um breve histórico desses estudos consta no item

“Estado da arte”.

TABELA VII.3.2. Lista das espécies de mamíferos registradas e potencialmente ocorrentes na Terra Indígena Mococa.

LEGENDA: Status de conservação: segundo MMA (2003), Mikich & Bérnils (2004), IUCN (2009) e os Anexos I e II da CITES (2008).

Tipo de Registro: Ca, captura; Bi, bibliografia; Ed, evidência direta; Ei, evidência indireta; En, entrevista.

TÁXON NOME POPULAR REGISTRO EM CAMPO TIPO DE REGISTRO STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM DIDELPHIMORPHIA Família Didelphidae Caluromys lanatus Cuíca-lanosa Bi DD (PR) / PM (IUCN) Caluromys philander Cuíca-lanosa

Bi DD (PR) / PM (IUCN)

Chironectes minimus Cuíca-d’água

Bi DD (PR) / PM (IUCN) Didelphis aurita Gambá-de-orelha-preta

Bi PM (IUCN)

Didelphis albiventris Gambá-de-orelha-branca

Bi PM (IUCN) Gracilinanus microtarsus Cuíca X Bi, Ca PM (IUCN)

Lutreolina crassicaudata Cuíca-rabo-grosso Bi DD (PR) / PM (IUCN) Marmosops incanus Cuíca Bi DD (PR) / PM (IUCN) Metachirus nudicaudatus Cuíca-quatro-olhos Bi DD (PR) / PM (IUCN) Micoureus paraguayanus Cuíca Bi PM (IUCN) Moodelphis americana Catita Bi DD (BR) Monodelphis dimidiata Catita Bi DD (BR) / PM (IUCN) Monodelphis iheringi Catita Bi DD (BR) / DD (IUCN) Monodelphis sorex Catita

Bi DD (BR) / PM (IUCN)

Philander frenata Cuíca-quatro-olhos

Bi PM (IUCN) Ordem Cingulata

FAMÍLIA DASYPODIDAE

Euphractus sexcinctus Tatu-peba

Bi PM (IUCN)

Cabassous tatouay Tatu-do-rabo-mole Bi DD (PR) / DD (BR) / PM (IUCN)

Dasypus septemcinctus Tatu-mulinha Bi DD (PR) / PM (IUCN)

Dasypus novemcinctus Tatu-galinha Bi PM (IUCN)

Dasypus hybridus Tatu-mulita

Bi PM (IUCN) Ordem Pilosa

Família Myrmecophagidae

Myrmecophaga tridactyla Tamanduá-bandeira Bi VU (BR) / CR (PR) / QA (IUCN) /

CITES II Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim Bi PM (IUCN)

Ordem Primates Família Atelidae

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TÁXON NOME POPULAR REGISTRO EM

CAMPO TIPO DE REGISTRO STATUS DE CONSERVAÇÃO

Alouatta guariba Bugio Bi CR (BR) /VU (PR) / PM (IUCN) / CITES II

Família Cebidae Cebus nigritus Macaco-prego Bi QA (IUCN)

Ordem Lagomorpha

Família Leporidae

Sylvilagus brasiliensis Tapeti X Bi, Ed VU (PR) / PM (IUCN)

Lepus europaeus Lebre Bi PM (IUCN)

Ordem Carnivora Família Felidae Leopardus pardalis Jaguatirica Bi

VU(BR)/VU(PR)/PM(IUCN)/CITES I e II

Leopardus tigrinus Gato-do-mato

Bi VU(BR)/VU(PR)/VU(IUCN)/CITES I e II

Leopardus wiedii Gato-maracajá Bi VU(BR)/VU(PR)/QA(IUCN)/CITES I e II

Puma concolor Suçuarana X Bi, En VU(BR)/VU (PR)/PM(IUCN)/CITES I e II

Puma yagouaroundi Gato-mourisco

Bi DD (PR)/PM(IUCN)/CITES I e II

Panthera onca Onça-pintada Bi CR (PR)/VU(BR)/CITES I

Família Canidae Cerdocyon thous Cachorro-do-mato Bi PM (IUCN) / CITES II

Chrysocyon brachyurus Lobo-guará Bi VU(BR) / EN (PR) / QA (IUCN) /

CITES II Lycalopex gymnocercus Cachorro-do-campo Bi Lycalopex vetulus Raposa-do-campo Bi DD (PR) / PM (IUCN)

Família Mustelidae Lontra longicaudis Lontra Bi VU (PR) / DD (IUCN) / CITES I

Eira barbara Irara X Bi, Ed PM (IUCN)

Galictis cuja Furão

Bi PM (IUCN)

Família Procyonidae Nasua nasua Quati X Bi, En PM (IUCN)

Procyon cancrivorus Mão-pelada X Bi, Ei PM (IUCN) Ordem Perissodactyla Família Tapiridae Tapirus terrestris Anta Bi VU (PR) / CITES II

Ordem Artiodactyla Família Tayassuidae

Pecari tajacu Cateto X Bi, En VU (PR) / PM (IUCN) / CITES II

Tayassu pecari Queixada

Bi CR (PR) / QA (IUCN) / CITES II

Família Cervidae Mazana americana Veado Bi DD (PR) / DD (IUCN)

Mazama gouazoupira Veado Bi DD (PR) / PM (IUCN)

Mazama nana Veado Bi VU (BR) / VU (PR) / DD (IUCN)

Ozotoceros bezoarticus Veado campeiro Bi QA (BR) / CR (PR) / QA (IUCN) / CITES I

Ordem Rodentia Família Sciuridae Guerlinguetus ingrami Serelepe Bi DD (IUCN)

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TÁXON NOME POPULAR REGISTRO EM

CAMPO TIPO DE REGISTRO STATUS DE CONSERVAÇÃO

Família Cricetidae

Akodon sp Rato-do-mato

Ca

Akodon montensis Rato-do-mato

Bi PM (IUCN)

Akodon paranaensis Rato-do-mato Bi PM (IUCN)

Brucepattersonius iheringi Rato-do-mato X Bi, Ca PM (IUCN)

Calomys sp. Rato-do-mato Bi - Delomys dorsalis Rato-do-mato Bi PM (IUCN)

Holochilus brasiliensis Rato-do-mato

Bi PM (IUCN)

Juliomys pictipes Rato-do-mato

Bi PM (IUCN)

Nectomys squamipes Rato-d’água Bi PM (IUCN)

Oligoryzomys flavensces Rato-do-mato Bi PM (IUCN)

Oligoryzomys nigripes Rato-do-mato Bi PM (IUCN)

Sooretamys angouya Rato-do-mato Bi PM (IUCN)

Euryoryzomys russatus Rato-do-mato

Bi PM (IUCN)

Oxymycterus judex Rato-do-mato

Bi PM (IUCN)

Thaptomys nigrita Rato-do-mato X Bi, Ca PM (IUCN)

Necromys lasiurus Rato-do-mato Bi PM (IUCN)

Família Muridae Mus musculus Camundongo Bi - Rattus rattus Rato Bi - Rattus norvegicus Ratazana

Bi -

Família Caviidae

Cavia aperea Preá

Bi PM (IUCN)

Hydrochoerus hydrochaeris Capivara

Bi PM (IUCN)

Família Cuniculidae Cuniculus paca Paca X Bi, En EP (PR) / PM (IUCN)

Família Dasyproctidae Dasyprocta azarae Cutia Bi QA (BR) / DD (IUCN)

Família Erethizontidae Sphiggurus villosus Ouriço

Bi PM (IUCN)

Família Echimyidae

Kannabateomys amblyonyx Rato-da-taquara

Bi PM (IUCN)

Euryzygomatomys spinosus Rato-de-espinho Bi PM (IUCN)

Familia Myocastoridae Myocastor coypus Ratão-do-banhado Bi PM (IUCN)

VII.3.3. Análise da Mastozoofauna

Nesta seção serão apresentados os dados colhidos durante o estudo, os quais serão cruzados com a

bibliografia disponível. Frente ao baixo esforço, pelo fato de apenas ter ocorrido uma campanha

amostral, os dados se mostram preliminares e não tornam possíveis análises mais aprofundadas dos

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grupos de mamíferos que compõem a TI. Ressalva-se que o protocolo metodológico do presente estudo

não contempla a Ordem Chiroptera, mas somente os pequenos mamíferos não voadores e mamíferos

de médio e grande porte. Conforme sugerido por Cherem (2005) aqui adotamos as seguintes

determinações para porte corporal: espécies de “pequeno porte” com peso médio dos adultos inferior a

1 kg; espécies de “médio porte” as que possuem peso médio dos adultos entre 1 e 10 kg; e espécies de

”grande porte” as que possuem peso médio adulto superior à 10 kg conforme.

Durante a primeira campanha foram registradas 10 espécies de mamíferos e uma descrição mais

detalhada é apresentada adiante.

VII.3.3.1. Mamíferos de pequeno porte

Para os pequenos mamíferos, obteve-se como resultado a captura de seis indivíduos, pertencentes a

três espécies de duas ordens: Didelphimorphia e Rodentia. Deste total, quatro indivíduos foram

marcados e dois, já encontrados sem vida nas armadilhas, foram coletados (TABELA VII.3.3).

TABELA VII.3.3. Espécimes de pequenos mamíferos registrados durante a primeira campanha do “Monitoramento da fauna de

vertebrados terrestres na Terra Indígena de Mococa - UHE Mauá”.

LEGENDA: M, marcação; C, colecionamento; R, recaptura.

CÓDIGO ESPÉCIE ORDEM CAMPANHA DATA DESTINO

MOC 1 Thaptomys nigrita Rodentia 1 2011-07-26 M

MOC 2 Gracilinanus microtarsus Didelphimorphia 1 2011-07-26 M

MOC 3 Akodon sp. Rodentia 1 2011-07-26 M

MOC 4 Thaptomys nigrita Rodentia 1 2011-07-26 C

MOC 5 Brucepattersonius (aff.) iheringi Rodentia 1 2011-07-26 C

MOC 6 Gracilinanus microtarsus Didelphimorphia 1 2011-07-26 M

Neste estudo foi registrada a presença de dois indivíduos de Gracilinanus microtarsus, esta espécie de

marsupial habita florestas primárias ou secundárias, contínuas ou fragmentadas, nas quais explora o

dossel, sub-bosque e solo destes ambientes (Vieira, 2006; Rossi & Bianconi, 2007).

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As espécies Thaptomys nigrita (n = 2) e Brucepattersonius (aff.) iheringi (n = 1) foram capturados em

armadilhas do tipo interceptação e queda (Pitfall), somente Akodon sp. (n = 1) foi capturado em

armadilhas do tipo Sherman. O roedor Thaptomys nigrita é habitante de solo, apresenta ampla

distribuição geográfica, ocorrendo em diversos ambientes, e figura entre os roedores mais comuns nas

matas região (HORI, 2011). Brucepattersonius (aff.) iheringi possui hábito semi-fossorial e habita

formações florestais e campos de altitude da Floresta Atlântica (Bueno, 2008; Oliveira & Bonvicino,

2011), tendo já sido registrado na região, porém em menor abundância que a espécie precedente (HORI,

2011).

O número inexpressivo de capturas, condizente com o ainda baixo esforço amostral, não permite

comparações adequadas com o panorama da região. Com o aumento do esforço amostral espera-se

que seja possível elaborar conjecturas mais adequadas e comparativas acerca da comunidade de

pequenos mamíferos não voadores da TI.

VII.3.3.2. Mamíferos de médio e grande porte

Ao todo foram sete espécies de mamíferos de médio e grande porte registrados na área de estudo, das

quais duas foram avistadas em campo, uma espécie foi consignada por meio de vestígios e quatro por

meio de entrevistas. Não obtiveram registros nas armadilhas fotográficas.

A irara (Eira barbara) e o tapiti (Sylvilagus brasiliensis) foram avistadas durante os deslocamentos à

aldeia, e pegadas de mão-pelada (Procyon cancrivorus) foram encontrados no interior da TI.

Registraram-se também pegadas de pequenos felinos, mas não foi possível confirmar sua identidade

específica devido à dificuldade em discriminar as pegadas de gatos domésticos dos silvestres. Todos

esses táxons são amplamente distribuídos e de razoável resiliência ecológica.

Quatro espécies de mamíferos foram relatadas durante as entrevistas (n = 3), integrantes da ordem

Carnívora, Artiodactyla e Rodentia. Os mamíferos mais relatados foram os gatos do mato (Leopardus

sp.), seguidos pela paca (Cuniculos paca), o quati (Nasua nasua) e a onça parda (Puma concolor), e a

pronta menção a estes táxons está relacionado ao interesse cinegético, assim como a avistamentos

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próximos à aldeia. Adicionalmente, descreveram-se evento de predação de animais domésticos e danos

a cultivos da TI por espécimes da fauna, fato que pode estar relacionado à forma de manejo desses

produtos pela comunidade. Uma vez que os animais são usualmente mantidos soltos pela TI,

possibilitando seu acesso ao interior da floresta, o contato com mamíferos silvestres torna-se facilitado.

VII.3.3.3. Espécies endêmicas da Mata Atlântica

Três dos pequenos mamíferos capturados na TI são endêmicos da Mata Atlântica: o marsupial

Gracilinanus microtarsus e os roedores Thaptomys nigrita e Brucepattersonius (aff.) iheringi (Fonseca et

al, 1996; Bueno,2008; Oliveira & Bonvicino, 2011).

VII.3.3.4. Espécies exóticas

A presença da fauna exótica nas áreas de florestas nativas apresenta uma potencial ameaça para a

fauna silvestre, tais como aumento da pressão de predação, competição, alterações na dinâmica e

composição de patógenos e mesmo a troca de genes através da hibridização (Mckinney & Lockwood,

1999; Brito & Patrocinio, 2006; Rocha & Dalponte, 2006). A proximidade de habitações e atividades

humanas torna mais comum a presença de mamíferos exóticos, seja como animais estimação, seja pela

atração a fontes de alimento.

Na Terra Indígena foi possível confirmar a presença de cães e gatos domésticos, além da criação bovina,

equina e suína, mas nenhum exemplar exótico foi capturado nos petrechos utilizados.

VII.3.3.5. Espécies de interesse conservacionista

No Brasil há 69 espécies de mamíferos alocados em algum grau de ameaça (MMA, 2003), sendo que

60% desses táxons ocorrem no bioma Mata Atlântica (Grelle et al, 2006). Considerando particularmente

a lista no âmbito do estado do Paraná, constam 56 espécies, 32 sob algum grau de ameaça e outras 24

espécies com dados insuficientes (Margarido & Braga, 2004). Uma análise conservacionista, ainda que

muito preliminar, indica a presença de pelo menos duas espécies de interesse conservacionista, ambas

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mencionadas durante as entrevistas e de sabido interesse cinegético: a paca (Cuniculus paca) e o cateto

(Pecari tajacu).

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VIII

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LITERATURA CONSULTADA

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Anjos, L. dos 1998. Conseqüências biológicas da fragmentação no norte do Paraná. Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais 12:87-94.

Anjos, L. dos e A. R. J. Ferreira. 1998. Registros de campo de Hylocharis sapphirina e H. cyanus na região de Londrina, norte do Estado do Paraná, sul do Brasil (Trochiliformes: Trochilidae). Ararajuba 6:51.

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IX

APÊNDICES

APÊNDICE 1. Avifauna do médio rio Tibagi, com as espécies registradas na Terra Indígena Mococa (UMO).

LEGENDA: Localidades de registro e fontes: FMA: Fazenda Monte Alegre (FMA1: Pinto, 1938, 1944; MZUSP; MHNCI;

FMA2: Rodrigues et al., 1981; FMA3: Anjos & Schuchmann, 1997; FMA4: Volpato et al., 2009; FMA5: Resgate de

Fauna e Flora do Canteiro de Obras da UHE-Mauá: Hori Consultoria Ambiental; registros inéditos entre julho de

2008 e fevereiro de 2009); Va: Varanal (Anjos et al., 1997; Anjos & Schuchmann, 1997); Im: Imbauzinho (Anjos &

Schuchmann, 1997); UM: Área de Influência UHE-Mauá (CNEC, 2004: sem localidade indicada); KO: Floresta Klabin-

Ortigueira (A.Urben-Filho e L.R.Deconto, registros inéditos em junho de 2007); FA: foz do Rio das Antas

(F.C.Straube, registros inéditos em fevereiro de 2007); SA: Salto Aparado - Rio Tibagi (F.C.Straube, registros

inéditos em fevereiro de 2007); TIM: Terra Indígena de Mococa (F.C.Straube, A.Urben-Filho, L.R.Deconto e S.de

Jesus, registros inéditos entre julho-agosto de 2007); TIQ: Terra Indígena de Queimadas (F.C.Straube, A.Urben-

Filho, L.R.Deconto e S.de Jesus, registros inéditos entre julho-agosto de 2007).

TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Tinamiformes Tinamidae Tinamus solitarius Va, FMA45 Crypturellus obsoletus Im, Va, FA, TIQ, TIM, UM, FMA45 x

Crypturellus parvirostris FA, KO, TIQ, TIM, FMA45 Crypturellus tataupa Va, TIQ, TIM, FMA45 x Rhynchotus rufescens Va, TIQ, UM, FMA45 x Nothura maculosa Va, TIQ, UM, FMA4 Anseriformes Anatidae Cairina moschata Va, FMA4 Amazonetta brasiliensis Va, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 Oxyura dominica FMA4 Galliformes Cracidae Penelope superciliaris TIQ, TIM Penelope obscura FMA345, Im, Va, SA, UM

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Odontophoridae Odontophorus capueira Im, Va, TIQ, UM, FMA45 Podicipediformes Podicipedidae Tachybaptus dominicus FMA4 Podilymbus podiceps Va, FMA4 Pelecaniformes Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus Va, FA, SA, UM, FMA45 Anhingidae Anhinga anhinga FMA5 Ciconiiformes Ardeidae Tigrisoma lineatum Va, FMA45 Tigrisoma fasciatum FMA45 Nycticorax nycticorax Va, FMA45

Butorides striata Va, FA, FMA45 Bubulcus ibis FA, UM, FMA4 Ardea cocoi FMA4 Ardea alba Va, TIQ, TIM, UM, FMA45 Syrigma sibilatrix FMA1, Va, FA, TIQ, TIM, FMA4 Egretta thula Va, TIM, UM, FMA45 Threskiornithidae Mesembrinibis cayennensis Va, FMA45 Theristicus caudatus Va, FA, TIQ, TIM, FMA45 x Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura Va, TIQ, TIM, FMA45 x Coragyps atratus Va, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Sarcoramphus papa Va, TIQ, FMA45 Falconiformes Accipitridae Leptodon cayanensis Im, Va, TIQ, TIM, FMA45 Elanoides forficatus Im, Va, SA, UM, FMA45 Elanus leucurus Va, FA, TIQ, TIM, UM, FMA45 Harpagus diodon FMA45

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Ictinia plumbea FMA345, Im, Va, FA, SA, TIM Accipiter poliogaster FMA4

Accipiter striatus Im, TIM, FMA45 Geranospiza caerulescens TIQ, FMA4 Leucopternis polionotus FMA4 Harpyhaliaetus coronatus FMA1 Parabuteo unicinctus FMA5 Heterospizias meridionalis Va, UM, FMA4

Percnohierax leucorrhous FMA4 Rupornis magnirostris FMA345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM, UM x Buteo albicaudatus FMA5 Buteo melanoleucus Va, FMA4 Buteo swainsoni Im, FMA4 Buteo brachyurus TIQ, FMA45

Spizaetus melanoleucus Va, KO, FMA4 Falconidae Caracara plancus FMA345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM, UM Milvago chimachima Va, FA, SA, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Milvago chimango

Herpetotheres cachinnans Im, Va, TIQ, TIM, FMA45 Micrastur ruficollis FMA345, Im, Va, TIM, UM x Micrastur semitorquatus Va, TIQ, FMA45 Falco sparverius Va, TIQ, TIM, UM, FMA45 Falco femoralis TIM, FMA4 Falco peregrinus TIQ Gruiformes Rallidae Aramides cajanea Va, FMA45 Aramides saracura Im, Va, FA, TIQ, TIM, FMA4 x Laterallus melanophaius FMA4

Porzana albicollis Va, TIQ, FMA4 Pardirallus maculatus FMA4 Pardirallus nigricans Va, FA, TIQ, TIM, FMA5 x Pardirallus sanguinolentus FMA4 Gallinula chloropus TIQ, TIM, FMA4 Porphyrio martinica Va, FMA4 Cariamidae Cariama cristata Va, FMA45 Charadriiformes

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Charadriidae Vanellus chilensis Va, FA, SA, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Scolopacidae Gallinago paraguaiae FMA4 Actitis macularius FMA4 Tringa solitaria Va, FMA4 Tringa flavipes FMA4

Calidris melanotos Va, FMA4 Jacanidae Jacana jacana Va, TIQ, TIM, UM, FMA4 Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti Va, FA, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Columbina squammata Va, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Columbina picui Va, TIQ, TIM, FMA4 Claravis pretiosa Va, TIM, FMA45 Claravis godefrida FMA4

Columba livia TIQ, TIM Patagioenas speciosa Im, FMA4 Patagioenas picazuro Im, Va, SA, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Patagioenas cayennensis FMA345, Im, Va, KO, TIQ, TIM, UM Patagioenas plumbea FMA345, Im, Va Zenaida auriculata Va, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 x

Geotrygon montana FMA2345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM, Leptotila verreauxi FMA345, Im, Va, TIQ, TIM, UM x Leptotila rufaxilla FMA345, Im, Va, TIQ, UM Psittaciformes Psittacidae

Primolius maracana FMA1 Aratinga leucophthalma FMA345, Im, Va, TIQ, TIM, UM x Aratinga auricapillus FMA45 x Pyrrhura frontalis FMA345, Im, Va, FA, SA, TIQ, TIM, UM x Forpus xanthopterygius Va, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Brotogeris tirica FMA345, Va, TIQ, UM x

Pionopsitta pileata FMA345, Im, Va, TIQ, TIM x Pionus maximiliani FMA345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM, UM x Amazona vinacea Im, Va, SA, UM, FMA4 Amazona aestiva FMA4

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Cuculiformes Cuculidae

Piaya cayana FMA345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM, UM x Coccyzus melacoryphus Va, FMA45 Coccyzus americanus Va, FMA4 Crotophaga major Im, FMA4 Crotophaga ani Va, SA, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 Guira guira Im, Va, SA, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45

Tapera naevia Im, Va, FA, TIQ, UM, FMA45 Dromococcyx pavoninus Va, TIQ, TIM, FMA45 x Strigiformes Tytonidae Tyto alba Va, TIM, FMA45 Strigidae Megascops choliba Va, TIQ, FMA45 Megascops atricapilla Va, FMA4 Megascops sanctaecatarinae FMA4 Pulsatrix koeniswaldiana Va, FMA45

Strix hylophila Va, TIQ, FMA4 Strix virgata Glaucidium brasilianum FMA345, Va, TIQ Athene cunicularia Va, TIQ, TIM, UM, FMA4 Asio clamator Va, FMA4 Asio stygius Va, FMA4

Asio flammeus TIM Caprimulgiformes Nyctibiidae Nyctibius griseus Im, Va, UM, FMA45 Caprimulgidae Lurocalis semitorquatus Im, Va, FMA45 Chordeiles acutipennis FMA4 Podager nacunda FMA45 Nyctidromus albicollis Va, TIQ, TIM, UM, FMA45 Nyctiphrynus ocellatus x

Caprimulgus sericocaudatus TIQ, FMA5 Caprimulgus parvulus FMA5 Hydropsalis torquata FMA4 Macropsalis forcipata Va, TIQ, UM, FMA45 x

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Apodiformes Apodidae

Cypseloides fumigatus FMA4 Cypseloides senex Va, FMA4 Streptoprocne biscutata FMA1 Streptoprocne zonaris Va, TIQ, FMA45 Chaetura cinereiventris Va, FMA45 Chaetura meridionalis Va, UM, FMA45 Trochilidae Phaethornis pretrei Im, Va, UM, FMA4 Phaethornis eurynome FMA345, Im, Va, TIQ, TIM x Eupetomena macroura Va, FMA4 Florisuga fusca Va, TIM, FMA45

Colibri serrirostris FMA4 Anthracothorax nigricollis FMA45 Stephanoxis lalandi Va, TIQ, TIM, FMA4 Lophornis magnificus FMA1 Chlorostilbon lucidus Va, FA, TIM, UM, FMA45 Thalurania glaucopis FMA345, Im, Va, TIQ, TIM, UM x

Hylocharis sapphirina Va, FMA4 Hylocharis chrysura FMA4 Leucochloris albicollis FMA345, Im, Va, TIQ, TIM, UM x Amazilia fimbriata FMA5 Amazilia lactea UM, FMA5 Calliphlox amethystina Va, FMA4 Trogoniformes Trogonidae Trogon surrucura FMA345, Im, Va, SA, KO, TIQ, TIM x Trogon rufus Va, FA, UM, FMA45 Coraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata Va, TIM, UM, FMA45 Chloroceryle amazona Va, TIQ, TIM, UM, FMA45 Chloroceryle aenea Va, FMA4 Chloroceryle americana Va, FA, TIM, FMA4 Momotidae Baryphthengus ruficapillus Im, Va, TIQ, FMA45 Galbuliformes

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Bucconidae Notharchus swainsoni FMA4

Nystalus chacuru Va, TIM, FMA45 Malacoptila striata TIQ, UM, FMA45 x Nonnula rubecula FMA345, Im, Va, TIQ, UM x Piciformes Ramphastidae

Ramphastos dicolorus FMA345, Im, Va, FA, SA, TIQ, TIM, UM x Selenidera maculirostris FMA4 Pteroglossus bailloni FMA345, Im, Va, SA, TIQ Picidae Picumnus cirratus TIM, FMA4

Picumnus temminckii FMA2345, Im, Va, FA, SA, KO, TIQ, UM x Picumnus nebulosus FMA4 Melanerpes candidus FMA45, Im, Va, SA, TIQ, TIM, UM Melanerpes flavifrons FMA345, Im, Va, SC Veniliornis spilogaster FMA345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM, UM x Piculus aurulentus FMA345, Im, Va, FA, TIQ, TIM x

Colaptes melanochloros FMA345, Im, Va, TIQ, TIM, UM Colaptes campestris Va, FA, SA, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Celeus flavescens FMA34, Im, SA, TIQ, TIM, UM Dryocopus galeatus FMA5 Dryocopus lineatus FMA345, Im, Va, FA, TIQ, TIM, UM x Campephilus robustus FMA345, Im, Va, TIM x

Campephilus melanoleucos FMA34, Va Passeriformes Thamnophilidae Hypoedaleus guttatus UM Batara cinerea FMA345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM x

Mackenziaena leachii Im, Va, FA, TIQ, TIM, FMA45 x Mackenziaena severa FMA45, Im, Va, KO, TIQ, TIM x Biatas nigropectus TIQ Thamnophilus ruficapillus Va, TIQ, TIM, UM, FMA45 Thamnophilus caerulescens FMA2345, Im, Va, FA, SA, KO, TIQ, x Herpsilochmus rufimarginatus

Dysithamnus mentalis FMA2345, Im, Va, SA, TIQ, TIM, UM x Dysithamnus xanthopterus Va, FMA4 Drymophila rubricollis FA, TIQ, TIM, FMA45 x Drymophila ochropyga FMA5 Drymophila malura FMA2345, Im, Va, FA, SA, TIQ, TIM, x

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Terenura maculata FMA5 Pyriglena leucoptera FMA2345, Im, Va, SA, KO, TIQ, TIM, x Conopophagidae Conopophaga lineata FMA2345, Im, Va, SA, TIQ, TIM, UM x Grallariidae Grallaria varia FMA345, Im, Va, TIQ

Hylopezus nattereri Im, Va, TIQ, FMA45 Rhinocryptidae Psiloramphus guttatus Im, Va, FA, TIQ, TIM, FMA45 Eleoscytalopus indigoticus FMA345, Va, TIQ, TIM x Scytalopus speluncae KO Formicariidae Formicarius colma FMA4 Chamaeza campanisona FMA345, Im, Va, UM Chamaeza meruloides FMA45 Chamaeza ruficauda Im, Va, TIQ, FMA4 Scleruridae Sclerurus scansor FMA345, Im, Va, TIQ, TIM x Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina Va, FMA4

Sittasomus griseicapillus FMA2345, Im, Va, FA, SA, KO, TIQ, x Xiphocolaptes albicollis Va, FMA45 x Dendrocolaptes platyrostris FMA2345, Im, Va, SA, TIQ, TIM, UM x Xiphorhynchus fuscus FMA2345, Im, Va, TIQ, TIM, UM x Lepidocolaptes angustirostris Im, Va, FMA45 Lepidocolaptes falcinellus FMA24, Im, Va, FA, SA

Campylorhamphus trochilirostris FMA345, Va, TIQ Campyloramphus falcularius FMA4 x Furnariidae Furnarius rufus Va, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Leptasthenura striolata Va, FMA4

Leptasthenura setaria FMA12345, Va, FA, KO, TIQ Synallaxis ruficapilla FMA2345, Im, Va, SA, KO, TIQ, TIM, x Synallaxis cinerascens FMA345, Im, Va, SA, KO, TIQ, TIM x Synallaxis frontalis FMA2345, Va, TIQ, TIM, UM x Synallaxis spixi FMA345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM, UM x

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Cranioleuca obsoleta Im, Va, KO, TIQ, TIM, FMA45 Cranioleuca pallida FMA45

Certhiaxis cinnamomea FMA24, FA, TIQ, UM Clibanornis dendrocolaptoides FMA345, Im, Va, TIQ, TIM Anumbius annumbi Va, TIQ, FMA4 Anabacerthia amaurotis Im, Va, FMA4 Syndactyla rufosuperciliata FMA2345, Im, Va, TIQ, TIM x Philydor lichtensteini KO, TIQ, FMA45 x

Philydor rufum FMA345, Im, Va, FA, TIQ, TIM, UM x Automolus leucophthalmus Va, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Lochmias nematura FMA345, Im, Va, TIQ, TIM, UM x Heliobletus contaminatus FMA345, Im, Va Xenops minutus Im, Va, UM, FMA4 Xenops rutilans FMA2345, Im, Va, TIQ, TIM x Tyrannidae Mionectes rufiventris FMA2345, Im, Va, TIQ, TIM, UM Leptopogon amaurocephalus FMA2345, Im, Va, FA, SA, TIQ, TIM x Corythopis delalandi FMA345, Va, TIM Hemitriccus diops FMA2345, Va, TIQ x

Hemitriccus obsoletus Im, Va, FMA4 Hemitriccus nidipendulus FMA24, Im, Va Myiornis auricularis FMA2345, Va, TIQ x Poecilotriccus plumbeiceps FMA345, Im, Va, SA, KO, TIQ, TIM, UM x Todirostrum poliocephalum FMA45 x Todirostrum cinereum Va, FMA45

Phyllomyias burmeisteri FMA45 Phyllomyias virescens FMA14, Im, TIQ Phyllomyias fasciatus FMA2345, Im, Va, KO, TIQ, UM Phyllomyias griseocapilla Va, FMA4 Myiopagis caniceps FMA45, Im, Va, TIQ, TIM x Myiopagis viridicata TIQ, FMA45

Elaenia flavogaster Va, FA, TIQ, FMA45 Elaenia spectabilis FMA5 Elaenia parvirostris FMA34, Va Elaenia mesoleuca Va, FMA45 Elaenia chiriquensis Va, FMA4 Elaenia obscura Va, FMA4

Camptostoma obsoletum Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Serpophaga nigricans TIM, FMA4 Serpophaga subcristata FMA145, Va, TIQ x Capsiempis flaveola Im, Va, TIQ, TIM, FMA45 x Euscarthmus meloryphus TIQ, FMA4

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Phylloscartes eximius Im, Va, FMA4 Phylloscartes ventralis FMA345, Im, Va, KO, TIQ, TIM x

Phylloscartes paulista FMA4 x Phylloscartes oustaleti Va, FMA4 Phylloscartes sylviolus Culicivora caudacuta FMA4 Tolmomyias sulphurescens FMA345, Im, Va, SA, KO, TIQ, UM x Platyrinchus mystaceus FMA2345, Im, Va, SA, TIM, UM x

Onychorhynchus swainsoni FMA2345, TIQ x Myiophobus fasciatus FMA245, Va, TIQ, TIM, UM x Myiobius barbatus Hirundinea ferruginea Va, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Lathrotriccus euleri FMA2345, Im, Va, KO, TIQ, TIM x Cnemotriccus fuscatus FMA245, Va, TIQ

Contopus cinereus FMA345, Va, TIQ, TIM x Pyrocephalus rubinus Va, UM, FMA45 Knipolegus cyanirostris Va, TIQ, UM, FMA4 x Knipolegus lophotes FMA4 Knipolegus nigerrimus FMA4 Satrapa icterophrys Va, TIQ, TIM, UM, FMA45

Xolmis cinereus Va, TIQ, UM, FMA4 Xolmis velatus FMA4 Xolmis dominicanus FMA4 Muscipipra vetula Va, TIQ, TIM, FMA45 Gubernetes yetapa FMA4 Arundinicola leucocephala Va, FMA4

Colonia colonus Im, Va, SA, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Machetornis rixosa Va, SA, TIQ, TIM, UM, FMA45 Legatus leucophaius FMA345, Im, Va, SA, UM Myiozetetes similis Va, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Pitangus sulphuratus FMA345, Im, Va, FA, SA, KO, TIQ, TIM, x Conopias trivirgata FMA34

Myiodynastes maculatus FMA345, Im, Va, UM Megarynchus pitangua FMA345, Im, Va, FA, SA, UM Empidonomus varius Im, Va, TIQ, FMA45 Tyrannus melancholicus FMA245, Im, Va, TIQ, UM Tyrannus savana Va, UM, FMA45 Tyrannus tyrannus FMA4

Sirystes sibilator FMA145, Va, TIQ x Myiarchus swainsoni Im, Va, FMA45 Myiarchus ferox FMA345, Va, KO, TIQ, TIM x Ramphotrigon megacephalum FMA4 Attila rufus Va, FMA4

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Cotingidae

Phibalura flavirostris KO, Va, FMA45 Procnias nudicollis FMA345, Va, TIM, UM Pyroderus scutatus FMA345, Va, UM Pipridae Piprites chloris FMA5

Piprites pileata FMA1 Chiroxiphia caudata FMA2345, Im, Va, SA, TIQ, TIM, UM x Ilicura militaris Tityridae Oxyruncus cristatus Va, UM, FMA4

Schiffornis virescens FMA2345, Im, Va, FA, TIQ, TIM, UM x Tityra inquisitor UM, FMA45 Tityra cayana FMA345, Im, Va, SA, TIQ, UM Pachyramphus viridis FMA345, Va, TIQ, TIM Pachyramphus castaneus FMA345, Im, Va, KO, TIQ, TIM x Pachyramphus polychopterus FMA345, Im, Va

Pachyramphus validus FMA345Im, Va, SA, KO, TIQ, UM Vireonidae Cyclarhis gujanensis FMA2345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM, x Vireo olivaceus FMA2345, Im, Va, UM Hylophilus poicilotis FMA345, Im, Va, TIM Corvidae Cyanocorax caeruleus FMA14, Va Cyanocorax cristatellus FMA4 Cyanocorax chrysops FMA1345, Im, Va, TIQ, TIM, UM x Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Im, Va, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Alopochelidon fucata Va, FMA45 Stelgidopteryx ruficollis Va, SA, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 Progne tapera Va, TIQ, TIM, UM, FMA45 Progne chalybea Va, TIQ, TIM, UM, FMA45

Tachycineta albiventer Im, Va, TIM, UM, FMA45 Tachycineta leucorrhoa Va, TIQ, TIM, UM, FMA45 Petrochelidon pyrrhonota FMA4 Troglodytidae

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Troglodytes musculus FMA345, Im, Va, KO, TIQ, TIM, UM x Cistothorus platensis FMA4 Donacobiidae Donacobius atricapilla TIM, FMA4 Turdidae Turdus flavipes Va, FMA45

Turdus subalaris FMA345, Va Turdus rufiventris FMA2345, Im, Va, FA, SA, KO, TIQ, x Turdus leucomelas FMA345, Im, Va, SA, KO, TIQ, TIM, UM Turdus amaurochalinus FMA345, Im, Va, KO, TIQ, TIM, UM Turdus albicollis FMA2345, Im, Va, TIQ, TIM, UM x Mimidae Mimus saturninus Va, FA, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Motacillidae Anthus lutescens TIQ Anthus correndera FMA4

Anthus nattereri FMA14 Anthus hellmayri FMA14 Coerebidae Coereba flaveola FMA345, Va, TIQ, TIM, UM Thraupidae Saltator fuliginosus Im, Va, TIQ, TIM, FMA45 x Saltator similis FMA2345, Im, Va, SA, KO, TIQ, TIM, x Saltator maxillosus FMA4 Orchesticus abeillei Va, FMA4 Schistochlamys ruficapillus Va, FMA4

Cissopis leverianus FMA345, Im, Va, TIQ, TIM, FMA45 x Neothraupis fasciata FMA4 Nemosia pileata FMA4 Orthogonys chloricterus Va, FMA45 Thlypopsis sordida TIQ, TIM, FMA5 Pyrrhocoma ruficeps FMA2345, Im, Va, TIQ, TIM, UM x

Trichothraupis melanops FMA2345, Im, FA, SA, TIQ, TIM x Tachyphonus coronatus FMA12345, Im, Va, FA, SA, SA, KO, TIQ, x Thraupis sayaca FMA345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM, UM Thraupis palmarum FMA4 Thraupis bonariensis Va, KO, FMA45

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Stephanophorus diadematus Va, TIQ, TIM, FMA45 Pipraeidea melanonota FMA345, Va, TIQ, UM

Tangara seledon FMA4 Tangara cayana FMA4 Tangara peruviana FMA134 Tangara preciosa FMA45 Tersina viridis Im, Va, SA, TIM, FMA45 Dacnis nigripes Im, FMA4

Dacnis cayana FMA345, Va, TIQ, TIM, UM Hemithraupis guira FMA345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM x Hemithraupis ruficapilla FMA4 Conirostrum speciosum FMA345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM x Emberizidae

Zonotrichia capensis FMA2345, Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM, x Ammodramus humeralis Va, FA, TIQ, UM, FMA4 Haplospiza unicolor FMA2345, Va, TIQ x Donacospiza albifrons Va, TIQ, FMA4 Poospiza cabanisi FMA2345, Va, TIQ Sicalis citrina FMA4

Sicalis flaveola Va, FA, KO, TIQ, FMA45 Sicalis luteola TIQ, FMA4 Emberizoides herbicola FMA14 Emberizoides ypiranganus FMA4 Embernagra platensis TIQ, FMA4 Volatinia jacarina Va, FA, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 x

Sporophila falcirostris FMA34 Sporophila plumbea FMA345 Sporophila lineola Sporophila caerulescens Im, Va, FA, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Sporophila angolensis Va, FMA45 Tiaris fuliginosus FMA25

Arremon semitorquatus FMA5 x Arremon flavirostris FMA34, Va Coryphospingus cucullatus TIQ, TIM, FMA45 x Cardinalidae Piranga flava FMA1345, Im, Va

Habia rubica FMA2345, Im, Va, FA, TIQ, TIM, UM x Cyanoloxia moesta FMA345, Im, Va, TIQ, TIM x Cyanoloxia brissonii FMA345, Im, Va, TIQ Cyanoloxia glaucocaerulea FMA4

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TÁXON LOCALIDADES DE REGISTRO UMO Parulidae Parula pitiayumi Im, Va, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 x

Geothlypis aequinoctialis Va, FA, SA, TIQ, TIM, UM, FMA45 x Basileuterus culicivorus FMA2345, Im, Va, FA, SA, KO, TIQ, x Basileuterus leucoblepharus FMA2345, Im, Va, SA, KO, TIQ, TIM, x Phaeothlypis rivularis UM, FMA4 Icteridae

Pasarocolius decumanus FMA4 Cacicus chrysopterus FMA2345, Im, Va, SA, KO, TIQ, TIM, x Cacicus haemorrhous FMA345, Im, Va, SA, TIQ, TIM, UM x Icterus cayanensis Va, FMA45 Gnorimopsar chopi Va, FA, KO, FMA45 Agelasticus cyanopus Va, FMA4

Agelasticus thilius Va, FMA4 Chrysomus ruficapillus Va, FMA4 Pseudoleistes guirahuro TIQ, TIM, UM, FMA4 Molothrus rufoaxillaris Va, FMA4 Molothrus oryzivorus Va, FMA4 Molothrus bonariensis Im, Va, FA, KO, TIQ, TIM, UM, FMA45 x

Sturnella superciliaris Va, TIQ, FMA4 Dolichonyx oryzivorus Va, FMA4 Fringillidae Sporagra magellanica Va, FA, TIQ, TIM, UM, FMA45 Euphonia chlorotica TIQ, TIM, FMA45 x

Euphonia violacea Va, SA, UM, FMA45 Euphonia chalybea Im, Va, FMA45 Euphonia cyanocephala FMA4 Euphonia pectoralis FMA45 Chlorophonia cyanea FMA345, Va, TIQ Estrildidae Estrilda astrild FMA4 Passeridae Passer domesticus KO, TIQ, TIM, UM, FMA45

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APÊNDICE 2. Métodos utilizados para o registro de mamíferos durante o “Monitoramento da fauna de vertebrados

terrestres na Terra Indígena Mococa - UHE Mauá”. 1. Armadilha fotográfica; 2. Linha de armadilhas de intercepção

e queda; 3. Armadilhas de captura viva modelo Sherman.

1. 2. 3.

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67

APÊNDICE 3. Pequenos mamíferos não voadores capturados durante o “Monitoramento da fauna de vertebrados

terrestres na Terra Indígena Mococa - UHE Mauá”. 1. Gracilinanus microtarsus; 2. Akodon sp.; 3. Brucepattersonius

(aff.) iheringi; 4. Thaptomys nigrita.

1. 2.

3. 4.

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APÊNDICE 4. Registros indiretos de mamíferos de médio e grande porte durante o “Monitoramento da fauna de

vertebrados terrestres na Terra Indígena Mococa - UHE Mauá”. 1. Pegada de Procyon cancrivorus; 2. Pegada de

felino de pequeno porte não identificado.

1. 2.

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X

ANEXOS ANEXO 1. Certificado de Regularidade Urben-Filho & Straube Consultores (pessoa jurídica) junto ao Cadastro Técnico Federal –

IBAMA.

Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

CADASTRO TÉCNICO FEDERAL

CERTIFICADO DE REGULARIDADE

Nr. de Cadastro:

2027269

CPF/CNPJ:

08.201.421/0001-92

Emitido em:

15/08/2011

Válido até:

15/11/2011

Nome/Razão Social/Endereço Urben-Filho e Straube Consultores S/S LTDA Rua Cel. Temístocles de Souza Brasil, 311 Jardim Social CURITIBA/PR 80520-210

Este certificado comprova a regularidade no Cadastro de Instrumentos de Defesa Ambiental

Consultoria Técnica Ambiental - Classe 6.0 Anilhamento de Aves Silvestres Ecossistemas Terrestres e Aquaticos Educação Ambiental

Observações: 1 - Este certificado não habilita o interessado ao exercício da(s) atividade(s) descrita(s), sendo necessário, conforme o caso de obtenção de licença, permissão ou autorização específica após análise técnica do IBAMA, do programa ou projeto correspondente: 2 - No caso de encerramento de qualquer atividade específicada neste certificado, o interessado deverá comunicar ao IBAMA,obrigatoriamente, no prazo de 30 (trinta) dias, a ocorrência para atualização do sistema. 3 - Este certificado não substitui a necessária licença ambiental emitida pelo órgão competente. 4 - Este certificado não habilita o transporte de produtos ou subprodutos florestais e faunísticos.

A inclusão de Pessoas Físicas e Jurídicas no Cadastro Técnico Federal não implicará por parte do IBAMA e perante terceiros, em certificação de qualidade, nem juízo de valor de qualquer espécie.

Autenticação

hcnk.67zu.zb63.ybqv

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ANEXO 2. Autorização para captura, coleta e transporte de material biológico IBAMA – n° 007/2011 (duas páginas).

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ANEXO 3. Ofício autorizando entrada da equipe técnica na Terra Indígena Mococa FUNAI – n° 548/2011.

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ANEXO 4. Carta de intenção de recebimento de material biológico proveniente dos estudos de monitoramento da fauna nas

áreas de influências da UHE Mauá emitido pelo Museu de História Natural Capão da Imbuia.

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ANEXO 5. Anotações de Responsabilidade Técnica da equipe envolvida.

ALBERTO URBEN FILHO

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MARCELO ALEJANDRO VILLEGAS VALLEJOS

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GILBERTO ALVES DE SOUZA FILHO

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FERNANDO JOSÉ VENÂNCIO

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART N°: 07-0135/10

CONTRATADO

Nome: FERNANDO JOSE VENANCIO Registro CRBio: 53827/RS

CPF: 03459102900 Tel: 4733222971

E-mail: [email protected]

Endereço: RUA ARAXÁ, 176

Cidade: BLUMENAU Bairro: GARCIA

CEP: 89020-330 UF: SC

CONTRATANTE

Nome: URBEN FILHO E STRAUBE CONSULTORES S/S HORI CONSULT

Registro profissional: CPF/CGC/CNPJ: 08.201.421/0001-92

Endereço: RUA CORONEL TEMÍSTOCLE DE SOUZA BRASIL, 311

Cidade: CURITIBA Bairro: JARDIM SOCIAL

CEP: 82520-210 UF: PR

Site: www.hori.bio.br

DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

Natureza: Ocupação de Cargo/Função - Cargo/função técnica *

Identificação: Coordenação do monitoramento de fauna da UHE Mauá, pelo componente Mastofauna.

Município do trabalho: Telêmaco Borba/Ortigueira

Município da sede: Curitiba UF: PR

Forma de participação: Equipe

Perfil da equipe: Biólogos especialistas em vertebrados terrestres

Área do conhecimento:Zoologia Campo de atuação: Meio ambiente

Descrição sumária da atividade: O trabalho consiste em diagnosticar impactos provenientes da implantação da UHE Mauá por intermédio do monitoramento da fauna, os quais subsidiarão medidas mitigadoras e/ou compensatórias a serem sugeridas ao empreendedor e órgãos ambientais competentes, visando a manutenção da diversidade faunística autóctone.

Valor: R$ 2000,00 Total de horas: 2400

Início: 25/07/2010 Término:

ASSINATURAS Para verificar a autenticidade desta ART acesse o CRBio7-24 horas em nosso site e depois o serviço Conferência de ART

Declaro serem verdadeiras as informações acima

Data: / /

Assinatura do profissional

Data: / /

Assinatura e carimbo do contratante

Solicitação de baixa por distrato Data: / /

Assinatura do profissional Data: / /

Assinatura e carimbo do contratante

Solicitação de baixa por conclusão Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente ART, razão pela qual

solicitamos a devida BAIXA junto aos arquivos desse CRBio.

Data: / / Assinatura do profissional

Data: / / Assinatura e carimbo do contratante

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ANEXO 6. Certificados de Regularidade da equipe técnica envolvida (pessoas físicas) junto ao Cadastro Técnico Federal – IBAMA.

ALBERTO URBEN FILHO

Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

CADASTRO TÉCNICO FEDERAL

CERTIFICADO DE REGULARIDADE

Nr. de Cadastro:

96670

CPF/CNPJ:

886.292.209-59

Emitido em:

15/08/2011

Válido até:

15/11/2011

Nome/Razão Social/Endereço Alberto Urben Filho Rua Euclides da Cunha, 1547 – Apto. 406 Bigorrilho CURITIBA/PR 80730-360

Este certificado comprova a regularidade no Cadastro de Instrumentos de Defesa Ambiental

Consultor Técnico Ambiental - Classe 5.0 Anilhamento de Aves Silvestres Ecossistemas Terrestres e Aquaticos

Observações: 1 - Este certificado não habilita o interessado ao exercício da(s) atividade(s) descrita(s), sendo necessário, conforme o caso de obtenção de licença, permissão ou autorização específica após análise técnica do IBAMA, do programa ou projeto correspondente: 2 - No caso de encerramento de qualquer atividade específicada neste certificado, o interessado deverá comunicar ao IBAMA,obrigatoriamente, no prazo de 30 (trinta) dias, a ocorrência para atualização do sistema. 3 - Este certificado não substitui a necessária licença ambiental emitida pelo órgão competente. 4 - Este certificado não habilita o transporte de produtos ou subprodutos florestais e faunísticos.

A inclusão de Pessoas Físicas e Jurídicas no Cadastro Técnico Federal

não implicará por parte do IBAMA e perante terceiros, em

certificação de qualidade, nem juízo de valor de qualquer espécie.

Autenticação

h2a5.hlue.dfe8.se9e

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Relatório Parcial 14 Julho de 2011

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MARCELO ALEJANDRO VILLEGAS VALLEJOS

Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

CADASTRO TÉCNICO FEDERAL

CERTIFICADO DE REGULARIDADE

Nr. de Cadastro:

1039117

CPF/CNPJ:

050.280.749-09

Emitido em:

12/08/2011

Válido até:

12/11/2011

Nome/Razão Social/Endereço Marcelo Alejandro Villegas Vallejos Rua Pasteur 832, Apto. 22 Água Verde CURITIBA/PR 80250-080

Este certificado comprova a regularidade no Cadastro de Instrumentos de Defesa Ambiental

Consultor Técnico Ambiental - Classe 5.0 Anilhamento de Aves Silvestres Educação Ambiental

Observações: 1 - Este certificado não habilita o interessado ao exercício da(s) atividade(s) descrita(s), sendo necessário, conforme o caso de obtenção de licença, permissão ou autorização específica após análise técnica do IBAMA, do programa ou projeto correspondente: 2 - No caso de encerramento de qualquer atividade específicada neste certificado, o interessado deverá comunicar ao IBAMA,obrigatoriamente, no prazo de 30 (trinta) dias, a ocorrência para atualização do sistema. 3 - Este certificado não substitui a necessária licença ambiental emitida pelo órgão competente. 4 - Este certificado não habilita o transporte de produtos ou subprodutos florestais e faunísticos.

A inclusão de Pessoas Físicas e Jurídicas no Cadastro Técnico Federal não implicará por parte do IBAMA e perante terceiros, em certificação de qualidade, nem juízo de valor de qualquer espécie.

Autenticação

pmbh.3q36.j2ir.jge2

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GILBERTO ALVES DE SOUZA FILHO

Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

CADASTRO TÉCNICO FEDERAL

CERTIFICADO DE REGULARIDADE

Nr. de Cadastro:

2825958

CPF/CNPJ:

937.289.990-91

Emitido em:

18/07/2011

Válido até:

18/10/2011

Nome/Razão Social/Endereço Gilberto Alves de Souza Filho Rua Padre Germane Mayer, 99 Apto. 204 Cristo Rei CURITIBA/PR 80050-270

Este certificado comprova a regularidade no Cadastro de Instrumentos de Defesa Ambiental

Consultor Técnico Ambiental - Classe 5.0 Ecossistemas Terrestres e Aquáticos

Observações: 1 - Este certificado não habilita o interessado ao exercício da(s) atividade(s) descrita(s), sendo necessário, conforme o caso de obtenção de licença, permissão ou autorização específica após análise técnica do IBAMA, do programa ou projeto correspondente: 2 - No caso de encerramento de qualquer atividade específicada neste certificado, o interessado deverá comunicar ao IBAMA,obrigatoriamente, no prazo de 30 (trinta) dias, a ocorrência para atualização do sistema. 3 - Este certificado não substitui a necessária licença ambiental emitida pelo órgão competente. 4 - Este certificado não habilita o transporte de produtos ou subprodutos florestais e faunísticos.

A inclusão de Pessoas Físicas e Jurídicas no Cadastro Técnico Federal não implicará por parte do IBAMA e perante terceiros, em certificação de qualidade, nem juízo de valor de qualquer espécie.

Autenticação

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FERNANDO JOSÉ VENÂNCIO

Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

CADASTRO TÉCNICO FEDERAL

CERTIFICADO DE REGULARIDADE

Nr. de Cadastro:

1821013

CPF/CNPJ:

034.591.029-00

Emitido em:

12/08/2011

Válido até:

12/11/2011

Nome/Razão Social/Endereço Fernando José Venâncio Rua Araxá 176 Garcia BLUMENAU/SC 89020-330

Este certificado comprova a regularidade no

Cadastro de Instrumentos de Defesa Ambiental

Consultor Técnico Ambiental - Classe 5.0 Auditoria Ambiental

Observações: 1 - Este certificado não habilita o interessado ao exercício da(s) atividade(s) descrita(s), sendo necessário, conforme o caso de obtenção de licença, permissão ou autorização específica após análise técnica do IBAMA, do programa ou projeto correspondente: 2 - No caso de encerramento de qualquer atividade específicada neste certificado, o interessado deverá comunicar ao IBAMA,obrigatoriamente, no prazo de 30 (trinta) dias, a ocorrência para atualização do sistema. 3 - Este certificado não substitui a necessária licença ambiental emitida pelo órgão competente. 4 - Este certificado não habilita o transporte de produtos ou subprodutos florestais e faunísticos.

A inclusão de Pessoas Físicas e Jurídicas no Cadastro Técnico Federal não implicará por parte do IBAMA e perante terceiros, em certificação de qualidade, nem juízo de valor de qualquer espécie.

Autenticação

a54w.a535.p2fg.t7eu