monitoramento de fauna/ br-163

8/3/2019 Monitoramento de Fauna/ BR-163

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1º Workshop – FAUNA –

CGMAB/DNIT

Clarissa Campos Ferreira

Especialista Ambiental

Consórcio Contécnica – Concremat

BR163 Gerenciamento Ambiental



Rodovia BR163

Extensão total: 1.783 km

Extensão do empreendimento: 914 km

Os trechos da rodovia BR-163/PA, objetos doempreendimento, compreendem três segmentos da BR-163 que serão pavimentados com diferentes extensões:

• O trecho ao sul do entroncamento com a BR-230/PA;• O trecho coincidente com a BR-230/PA e o acesso a

Miritituba na BR-230/PA ;e

• O segmento ao norte da BR- 230/PA em pavimentação.



Rodovia BR163

• UCs na serra do Cachimbo: – Área Militar Brigadeiro Veloso;

– REBIO das Nascentes do Cachimbo.

A BR cruza também, um Parque Nacional, otambém recém criado PARNA do Jamanxim.

Área de influência:

- Outras 11 UCs;

- 2 Terras Indígenas.



A pavimentação da rodovia e consequenteuso, ocupação, desmatamento e fragmentaçãoflorestal pode causar:

• isolamento de populações da fauna;

• afugentamento de animais;

• morte por atropelamento• perda de hábitat;

• redução de variabilidade genética (devido ao

menor fluxo gênico); e• diversos outros efeitos negativos que só

poderão ser identificados a partir do estudo emonitoramento da fauna local.



A partir desses dados, os danos causados àfauna podem ser melhor identificados e muitas

vezes reduzidos, através da execução demedidas de mitigação desses impactos.

O Programa de Monitoramento de Faunaprevê a realização de um inventário biológico aolongo da rodovia e a proposição de medidas de

proteção à fauna.



Monitoramento de Fauna

- ATROPELAMENTO DE FAUNA:

Monitorar -> definição eficaz demedidas de mitigação e áreas prioritárias

para conservação.



Os atropelamentos ocorrem em função dequatro aspectos principais:

• 1º - A rodovia corta o habitat de determinadotáxon, interferindo na faixa de deslocamento

natural da espécie, ou rotas de migração;• 2º - A disponibilidade de alimentos ao longo

das rodovias, que serve de atrativo parafauna;

• 3º - Termorregulação;

• 4º - Atropelamentos intencionais.



REGISTRO FOTOGRÁFICO DE ESPÉCIES IDENTIFICADAS NA BR-230/PA

Sucuri Jibóia

Gato-maracajá Tamanduá-mirim



Tatu-galinha Caninana

Iguana Cachorro-do-mato

Macaco guariba Cuíca



MEDIDAS DE MITIGAÇÃO

-MONITORAMENTO DO ATROPELAMENTO DEFAUNA:

• Identificar os pontos críticos com maior índice de

atropelamento;• Identificar os grupos faunísticos mais afetados

pelo tráfego na rodovia;

•

Definir os tipos de dispositivos de passagem defauna e dispositivos de contenção maisadequados aos grupos mais impactados emdeterminada rodovia.



- PASSAGEM DE FAUNA:

Estruturas utilizadas para minimizar os

atropelamentos e impactos diretos da rodoviasobre a fauna local.

Estudos de Campo: Identificar espéciesinventariadas para a região e, dentre estas,quais são as mais susceptíveis a atropelamentos,

bem como os pontos com maior número deocorrências.



Estudo de Impacto de Meio Ambiente (EIA-RIMA):

• Mapeamento da fauna da região;

• Estabelecimento de pontos onde os animais possamter condições de habitat natural;

• Projetos de acessos de fauna.

Os pontos de acesso são apresentados para oórgão responsável pelo Meio Ambiente, seus técnicos

avaliam se a quantidade é satisfatória ou não, alémdessas passagens, podem ser feitos pontilhões, trechospor onde os veículos passarão por cima da áreapreservada, evitando impactos no meio ambiente.



Uma vez implantadas, as passagens de faunadevem ser monitoradas a fim de que sua eficiênciaseja comprovada e reavaliada periodicamente,durante as fases de instalação e operação darodovia.

Cabe destacar, que o projeto poderá sofreradaptações, em virtude dos seguintes aspectos:

• a topografia e o uso antrópico dos locais onde

deverá ser implantada;• pelas limitações dos processos construtivos;

• para atender solicitação do IBAMA.



- MEDIDAS ASSOCIADAS À PROTEÇÃO DE FAUNA:

• Placa de aviso para diminuição da velocidade:

- 500 metros antes do início da estrutura depassagem ou de pontes;- A velocidade ideal junto à estrutura de passagemseria de 40 Km/h, no máximo 60 Km/h.

• Redutores de velocidade:- Tacha ou lombada - próximo do início da mataciliar, cerca de 50 metros antes da estrutura de

passagem;- Redutores físicos de velocidade garantiriam otráfego em velocidade baixa;

*Sonorizadores não devem ser usados próximos àspassagens.



• Placas avisando a travessia de animaissilvestres:

- Concentradas junto aos avisos de redução develocidade;

- Importante para alertar risco de acidentes;

- Cursos d’água (mesmo que não existampassagens associadas ou mata ciliar);

- Devem ser instaladas em conjunto com placas

educativas visando informar e conscientizar oscondutores da importância da preservação,denúncia de crimes ambientais, colaboraçãona preservação, etc.



• Pontes com passagem seca :

- Em ambos os lados do curso d’água;

- Pontes são estruturas mais eficientes para

passagem, pois as áreas secas que ficam sobseu vão são mais amplas e iluminadas quebueiros. Estas áreas normalmente são

suficientes para travessia da fauna, inclusivede animais de grande porte que rejeitam apassagens por bueiros.



Pl d i



• Placas educativas:- Após a de travessia de animais;

- Evitar atropelamento proposital, colaboraçãocom a preservação, evitar fogo nas laterais daestrada, denunciar comercialização de animaisna beira da estrada, evitar aquisição e

transporte ilegal de animais e plantas,cuidados com cargas tóxicas, etc.

•

Bueiros:- Custo baixo e eficiência;

- Devem possuir formato retangular;

Bueiros para passagem de fauna com cerca direcionadora:



Bueiros para passagem de fauna com cerca direcionadora:

• Cercas:



Cercas:- Devem ser colocadas dos dois lados da estrada,

antes e depois das passagens;

- Devem ter cerca de 100 metros de extensão, sepossível devem ser instaladas em ângulo de 20º apartir das passagens, visando direcionar osanimais para elas;

- Principais objetivos: impedir o acesso de animaisà estrada, proteger a mata ciliar e direcionar osanimais para a passagem.

- A cerca deve ser instalada também sobre aslaterais da ponte ou passagem, para evitar oacesso de pessoas à passagem de fauna e olançamento de lixo para dentro dos cursos d’água.



As cercas ainda devem possuir:- Construção correta e adequada, impedindo a sua

transposição por baixo ou por cima, o que diminui

consideravelmente o número de colisões com fauna;

- Altura de 2 a 2,7 metros para impedir que animaispulem a estrutura, principalmente felinos médios;

- Base de concreto enterrada, com 30 centímetros deprofundidade, para impedir que animais cavadorespassem a estrutura por baixo;

- Cerca extra, com 60 centímetros de altura e pequenodiâmetro de espaçamento entre os fios, cerca de umcentímetro, colocada junto ao chão para evitar apassagem de anfíbios e outros pequenos vertebrados.

Cerca para animais escaladores:



Cerca para animais escaladores:

Cerca com tela de plástico na base:



Levantamento de Fauna

• O diagnóstico da campanha do monitoramentoda fauna da BR163/PA foi elaborado de acordocom os resultados dos estudos de levantamentofaunístico, considerando a presença de cadaespécie, principalmente as endêmicas, raras ouameaçadas.

• Os procedimentos para a realização dos trabalhos

de campo envolvendo a coleta de materialbiológico obedeceram ao disposto pela InstruçãoNormativa IBAMA nº. 146/2007.



• Para a realização dos inventários dos grupos

selecionados como representativos do Meio Biótico,a principal preocupação foi a de efetuar umaamostragem representativa da fauna local.

• Os estudos em campo procuraram abranger a maiorvariação ambiental possível, cobrindo as diversasfitofisionomias presentes na Área de InfluênciaDireta (AID) do empreendimento.



PASSAGENS DE FAUNA - BR 163

• 13 pontos determinados pela Licença deInstalação;

• 32 pontos sugeridos pelo DNIT;

• 9 pontos determinados pelo PBA;

• 62 Passagens de Fauna em pontes.

Totalizando: 116 Passagens de Fauna



Considerações Finais

•

Realização de monitoramento das Passagens deFauna para a verificação da sua eficácia;

• Estudos para encontrar modelos eficazes e buscade experiências no exterior para adaptação;

• Estudos e implantação de medidas “não-estruturais” em paralelo às medidas estruturais;



• Estudo faunístico e da necessidade deimplantação de acessos devem ser feitos na

fase de definição de traçado ou na fase deelaboração do Projeto Básico;

•

Criação de um Banco de Dados comum comexperiências de eficácia de medidasestruturais e não-estruturais, sugestões de

medidas, etc.

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