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MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE

UHE COLÍDER

Rio Teles Pires, MT

Empresa Executora: Ambiotech Consultoria

Equipe de execução:

Coordenação geral:

Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos

Herpetofauna:

Biól. Rafael Lucchesi Balestrin (Resp. técnico)

Biól. Fabrício Locatelli Trein

Biól. Cyro Souza Bernardes

Auxiliar local

Avifauna:

Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos (Resp. técnico)

Biól. Eduardo Weffort Patrial

Auxiliar local

Mastofauna:

Biól. Luana C. Munster (Resp. técnico)

Biól. Josias Alan Rezini

Auxiliar local

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I

SUMÁRIO

ÍNDICE DE FIGURAS ..................................................................................... IV

ÍNDICE DE FOTOS .......................................................................................... V

ÍNDICE DE TABELAS .................................................................................... VII

ÍNDICE DE GRÁFICOS ................................................................................... IX

1 APRESENTAÇÃO ....................................................................................... 1

2 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 2

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 4 3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS ....................................................... 4 3.1.1 Canteiro de Obras (ADA) ..................................................................... 5 3.1.2 Reservatório ........................................................................................ 6 3.1.3 Área Controle ...................................................................................... 7 3.1.4 Manutenção das parcelas e transecções .............................................. 8 3.2 MÉTODOS ................................................................................................ 8 3.2.1 Trabalho de campo .............................................................................. 9 3.2.2 Análise dos dados ................................................................................ 9

4 RESULTADOS .......................................................................................... 10 4.1 HERPETOFAUNA...................................................................................... 10 4.1.1 Procedimentos Metodológicos ........................................................... 10 4.1.1.1 Métodos Sistematizados ...................................................................... 10 4.1.1.2 Métodos não sistematizados ................................................................ 12 4.1.1.3 Análise dos dados ............................................................................... 14 4.1.2 Parcela 1 – Área de Influência Direta (AID, canteiro de obras) ......... 15 4.1.2.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences)

(AIQ) ................................................................................................ 15 4.1.2.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) ................................. 15 4.1.2.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ........................................... 16 4.1.2.4 Registros não sistematizados ............................................................... 16 4.1.3 Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (ADA, reservatório) ................ 17 4.1.3.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences)

(AIQ) ................................................................................................ 17 4.1.3.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) ................................. 18 4.1.3.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ........................................... 20 4.1.3.4 Registros não sistematizados ............................................................... 20 4.1.4 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (AII, controle) ..................... 22 4.1.4.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences)

(AIQ) ................................................................................................ 22

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II

4.1.4.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) ................................. 23 4.1.4.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ........................................... 24 4.1.4.4 Registros não sistematizados ............................................................... 25 4.1.5 Espécies endêmicas, raras ou não descritas ...................................... 26 4.1.6 Espécies procuradas para caça .......................................................... 26 4.1.7 Espécies de interesse econômico ....................................................... 27 4.1.8 Espécies de interesse científico ......................................................... 27 4.1.9 Espécies de interesse médico-veterinário .......................................... 28 4.1.10 Espécies indicadoras de qualidade ambiental .................................... 28 4.1.11 Riqueza e abundância ........................................................................ 29 4.1.12 Similaridade entre as parcelas de amostragem durante a nona

campanha .......................................................................................... 30 4.1.13 Suficiência amostral .......................................................................... 31 4.1.14 Considerações finais .......................................................................... 32 4.1 AVIFAUNA .............................................................................................. 35 4.1.1 Procedimentos Metodológicos ........................................................... 35 4.1.1.1 Identificação das Espécies ................................................................... 35 4.1.1.2 Avaliações Quantitativas ..................................................................... 36 4.1.1.3 Análise dos Dados .............................................................................. 38 4.1.2 Riqueza de espécies .......................................................................... 38 4.1.3 Espécies raras, ameaçadas de extinção ou protegidas por lei ............ 76 4.1.4 Espécies endêmicas ........................................................................... 76 4.1.5 Espécies migratórias ......................................................................... 77 4.1.6 Espécies relevantes ........................................................................... 77 4.1.7 Esforço amostral ................................................................................ 77 4.1.8 Comparação entre as áreas amostrais ............................................... 79 4.1.8.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (Canteiro de Obras) ...................... 79 4.1.8.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (Reservatório).............................. 80 4.1.8.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (Área Controle) ........................... 81 4.1.9 Similaridade entre as áreas ............................................................... 82 4.1.10 Anilhamento ...................................................................................... 83 4.1.11 Índice Pontual de Abundância (IPA) ................................................. 87 4.1.12 Métodos não sistematizados .............................................................. 90 4.1.13 Índice de diversidade ........................................................................ 91 4.1.14 Espécimes coletados .......................................................................... 91 4.1.15 Dados reprodutivos ........................................................................... 91 4.1.16 Considerações finais .......................................................................... 91 4.2 MASTOFAUNA ......................................................................................... 93 4.2.1 Procedimentos Metodológicos ........................................................... 93 4.2.1.1 Pequenos mamíferos não-voadores ...................................................... 93 4.2.1.2 Morcegos .......................................................................................... 94 4.2.1.3 Mamíferos de médio e grande porte ...................................................... 95 4.2.1.4 Análise dos dados ............................................................................... 96

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III

4.2.2 Riqueza de espécies .......................................................................... 97 4.2.3 Espécies ameaçadas ........................................................................ 105 4.2.4 Espécies endêmicas ......................................................................... 106 4.2.5 Espécies raras ................................................................................. 106 4.2.6 Espécies migradoras e suas rotas .................................................... 106 4.2.7 Espécies Bioindicadoras .................................................................. 106 4.2.8 Espécies exóticas............................................................................. 107 4.2.9 Espécies cinegéticas ........................................................................ 108 4.2.10 Espécies de importância econômica ................................................ 109 4.2.11 Espécies de risco epidemiológico ..................................................... 109 4.2.12 Esforço amostral .............................................................................. 110 4.2.13 Comparação entre as áreas amostradas .......................................... 112 4.2.13.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (ADA) – Canteiro de obras ........... 112 4.2.13.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (ADA) – Reservatório .................. 112 4.2.13.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (AII) – Controle ........................ 113 4.2.13.4 Comparação entre as áreas ............................................................... 113 4.2.13.5 Comparação entre as fases do monitoramento ..................................... 113 4.2.13.6 Pequenos mamíferos ........................................................................ 114 4.2.13.7 Morcegos ........................................................................................ 115 4.2.13.8 Mamíferos de médio e grande porte .................................................... 118 4.2.14 Considerações finais ........................................................................ 119

5 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 122 5.1 HERPETOFAUNA.................................................................................... 122 5.2 AVIFAUNA ............................................................................................ 123 5.3 MASTOFAUNA ....................................................................................... 126

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IV

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1 – CROQUI COM A INDICAÇÃO DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS E PERÍMETRO PARCIAL DO FUTURO RESERVATÓRIO (AZUL) ................................................................... 4

FIGURA 2 – CROQUI INDICANDO A TRANSECÇÃO E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS .................................................................................................... 5

FIGURA 3 – CROQUI INDICANDO AS TRANSECÇÕES E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA DO RESERVATÓRIO. PONTOS COM SUFIXO “B” REFEREM-SE À AVIFAUNA, E PONTOS COM SUFIXO “A” REFEREM-SE À HERPETOFAUNA E MASTOFAUNA. ............................................. 6

FIGURA 4 – CROQUI INDICANDO A TRANSECÇÃO E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA CONTROLE ................................................................................................................... 8

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V

ÍNDICE DE FOTOS

FOTO 1 – PREPARAÇÃO DE ALGUNS DOS ESPÉCIMES COLETADOS DURANTE A 9ª CAMPANHA .................................................................................................................. 14

FOTO 2 – ADULTO DE CTENOPPHYNE GEAYE, ESPÉCIE DE HÁBITOS FOSSORIAIS REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE AQ NA ADA ........................................................... 18

FOTO 3 – HYPSIBOAS FASCIATUS REGISTRADA DURANTE A PSLT DA ADA .......................... 19

FOTO 4 – OSTEOCEPHALUS SP., REGISTRADO NA ADA (FUTURO RESERVATÓRIO) DURANTE PSLT NOTURNA ............................................................................................................ 19

FOTO 5 – INDIVÍDUO JOVEM DE EUNECTES MURINUS REGISTRADO NA ADA PELA METODOLOGIA DE PALT ................................................................................................ 21

FOTO 6 – PHYSALAEMUS GR. CUVIERI REGISTRADO ATRAVÉS DO MÉTODO AQ NA TRANSECÇÃO DA AII. FORAM OBSERVADOS DIVERSOS PADRÕES MORFOLÓGICOS DESSE GRUPO NA ÁREA DE ESTUDO. ........................................................................................ 23

FOTO 7 – CORALLUS HORTULANUS REGISTRADA NA AII PELA METODOLOGIA DE PSLT ........ 24

FOTO 8 – INDIVÍDUO ADULTO DE EPICRATES CENCHRIA REGISTRADO NA AII PELA METODOLOGIA DE PALT ................................................................................................ 25

FOTO 9 – MICRURUS SURINAMENSIS CAPTURADA DURANTE A NONA CAMPANHA ................ 27

FOTO 10 – ENFERRUJADINHO (NEOPIPO CINNAMOMEA) FOTOGRAFADO NA ÁREA DE ESTUDO ...................................................................................................................... 76

FOTO 11 – BARBUDO-DE-PESCOÇO-FERRUGEM (MALACOPTILA RUFA) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE .......................................................................................................... 87

FOTO 12 – FÊMEA DE SAÍ-DE-BICO-CURTO (CYANERPES NITIDUS) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE .................................................................................................................. 87

FOTO 13 – RABO-BRANCO-CINZA (PHAETHORNIS HISPIDUS) ANILHADO NA ÁREA CONTROLE .................................................................................................................. 87

FOTO 14 – MARCAÇÃO DE PEQUENOS MAMÍFEROS COM BRINCOS NUMERADOS.................. 94

FOTO 15 – MARCAÇÃO DE MORCEGOS COM ANILHAS NUMERADAS NO ANTEBRAÇO ............ 95

FOTO 16 – ARMADILHA FOTOGRÁFICA USADA NO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA DE MÉDIO E GRANDE PORTE .............................................................................................. 96

FOTO 17 – MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (ATELES MARGINATUS) ......................... 105

FOTO 18 – ESPÉCIE DE MORCEGO (DERMANURA GNOMA) ENDÊMICA DA AMAZÔNIA ......... 106

FOTO 19 – MACACO ARANHA (ATELES CHAMEK) ............................................................ 107

FOTO 20 – GADO BOVINO FLAGRADO NA ÁREA AMOSTRAL DO CANTEIRO DE OBRAS ........ 108

FOTO 21 – RASTRO DE ANTA (TAPIRUS TERRESTRIS) ENCONTRADO NA ESTRADA DE ACESSO À UHE COLÍDER ............................................................................................. 108

FOTO 22 – MACACO PREGO (SAPAJUS APELLA) .............................................................. 109

FOTO 23 – INDIVÍDUO DE NEACOMYS SPINOSUS .......................................................... 115

FOTO 24 – INDIVÍDUO DE OECOMYS BICOLOR .............................................................. 115

FOTO 25 – INDIVÍDUO DE MICOUREUS CONSTANTINAE ................................................. 115

FOTO 26 – INDIVÍDUO DE CAROLLIA PERSPICILLATA ..................................................... 117

FOTO 27 – INDIVÍDUO DE RHINOPHYLLA PUMILIO ......................................................... 117

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VI

FOTO 28 – INDIVÍDUO DE PTERONOTUS PARNELLI ........................................................ 117

FOTO 29 – INDIVÍDUO DE URODERMA BILOBATUM ........................................................ 117

FOTO 30 – INDIVÍDUO DE PHYLLOSTOMUS DISCOLOR ................................................... 117

FOTO 31 – INDIVÍDUO DE MYOTIS SP. ......................................................................... 117

FOTO 32 – INDIVÍDUO DE PHYLLODERMA STENOTS ....................................................... 118

FOTO 33 – INDIVÍDUO DE TONATIA BIDENS ................................................................. 118

FOTO 34 – INDIVÍDUO DE CERDOCYON THOUS ............................................................. 119

FOTO 35 – PEGADA DE PECARI TAJACU ........................................................................ 119

FOTO 36 – TAMANDUÁ-MIRIM (TAMANDUA TETRADACTYLA) ATROPELADO NA ESTRADA NA REGIÃO DA UHE COLÍDER ........................................................................................... 121

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VII

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1 – ÁREAS AMOSTRAIS SELECIONADAS PARA O MONITORAMENTO DA FAUNA TERRESTRE .................................................................................................................. 4

TABELA 2 – AMBIENTES E COORDENADAS DOS SÍTIOS REPRODUTIVOS ONDE FOI APLICADO O MÉTODO DE ASR ....................................................................................... 12

TABELA 3 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AID (CANTEIRO DE OBRAS), DURANTE A NONA CAMPANHA..................................................... 17

TABELA 4 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE ADA (RESERVATÓRIO) DURANTE A NONA CAMPANHA .............................................................. 22

TABELA 5 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AII, DURANTE A NONA CAMPANHA ....................................................................................... 26

TABELA 6 – ÍNDICES DE RIQUEZA E DIVERSIDADE OBTIDOS PARA HERPETOFAUNA, SEPARADOS POR CAMPANHA, PARCELA AMOSTRAL E MÉTODO .......................................... 30

TABELA 7 – LISTA DAS ESPÉCIES ESPERADAS PARA A ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NAS SETE PRIMEIRAS FASES DE CAMPO, E AQUELAS CITADAS NO EIA DO PRESENTE EMPREENDIMENTO ........................ 40

TABELA 8 – ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A NONA CAMPANHA .................... 77

TABELA 9 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO .................................................................. 80

TABELA 10 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO RESERVATÓRIO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO ............................................................................. 81

TABELA 11 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA CONTROLE EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO ........................................................................................... 81

TABELA 12 – ÍNDICES DE SIMILARIDADE ENTRE AS TRÊS ÁREAS AVALIADAS, CONFORME ANÁLISE DE CLUSTER (BRAY-CURTIS ............................................................................. 82

TABELA 13 – NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO ....................................................... 83

TABELA 14 – COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS, NAS NOVE FASES DE CAMPO ...................................................................... 85

TABELA 15 – TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A NONA FASE DE CAMPO DO ANILHAMENTO ............................................................................................. 86

TABELA 16 – ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIA (IPA) DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS PELO MÉTODO DE CONTAGENS EM PONTOS DE ESCUTA EM CADA UMA DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS ................................................................................................................. 88

TABELA 17 – REGISTROS INÉDITOS OBTIDOS NA NONA FASE DE CAMPO, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS POR MEIO DE MÉTODOS SISTEMATIZADOS E NÃO SISTEMATIZADOS ................................................................................................. 91

TABELA 18 - MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER........... 98

TABELA 19 – PRINCIPAIS ZOONOSES ADQUIRIDAS DE MAMÍFEROS SILVESTRES, RESPECTIVOS AGENTES ETIOLÓGICOS E VIAS DE TRANSMISSÃO (ADAPTADO DE BARBOSA ET AL. 2011.) ............................................................................................................. 109

TABELA 20 – ESFORÇO AMOSTRAL DESPENDIDO DURANTE AS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA ................................................................................................................. 111

TABELA 21 – COMPARAÇÃO ENTRE A RIQUEZA E A DIVERSIDADE DE ESPÉCIES REGISTRADAS EM CADA ÁREA AMOSTRAL E EM CADA FASE DO MONITORAMENTO DA

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VIII

MASTOFAUNA. EM CADA CÉLULA É APRESENTADA A RIQUEZA, SEGUIDA PELA DIVERSIDADE ENTRE PARÊNTESES .............................................................................. 114

TABELA 22 – ESPÉCIES DE PEQUENOS MAMÍFEROS REGISTRADAS NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), SEPARADAS POR ÁREA DE ESTUDO .............................................................................. 114

TABELA 23 – ESPÉCIES DE MORCEGOS REGISTRADAS NA NONA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO ............................................................................... 116

TABELA 24 – ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS NA NONA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), E DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO .................................................... 118

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IX

ÍNDICE DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A NONA CAMPANHA ....................................................................... 31

GRÁFICO 2 – ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A QUINTA CAMPANHA .................................................................... 31

GRÁFICO 3 – CURVA DO COLETOR ALEATORIZADA (500 RANDOMIZAÇÕES), CONSTRUÍDA COM BASE NA HERPETOFAUNA REGISTRADA PELOS MÉTODOS SISTEMATIZADOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADA, AID, AII) DURANTE AS NOVE CAMPANHAS. ............................................................................................................... 32

GRÁFICO 4 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DA NONA FASE, TOTALIZANDO 210 ESPÉCIES ........................... 78

GRÁFICO 5 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DO MONITORAMENTO. O PRIMEIRO VALOR FOI CITADO NO EIA DO REFERIDO EMPREENDIMENTO. ................................................................................. 79

GRÁFICO 6 – DENDROGRAMA ILUSTRATIVO DA SIMILARIDADE EXISTENTE ENTRE AS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS: CANTEIRO DE OBRAS (CA), RESERVATÓRIO (RE) E ÁREA CONTROLE (CO) ........................................................................................................................... 83

GRÁFICO 7 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA DO COLETOR REFERENTE ÀS NOVE FASES DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA. ...................................................................... 112

GRÁFICO 8 – SIMILARIDADE DE BRAY-CURTIS APRESENTADA ENTRE AS ÁREAS DE ESTUDO DURANTE A NONA FASE. ................................................................................ 113

GRÁFICO 9 – ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS PEQUENOS MAMÍFEROS CAPTURADOS DURANTE A NONA FASE DO MONITORAMENTO .............................................................. 114

GRÁFICO 10 – ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS MORCEGOS CAPTURADOS DURANTE A NONA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA ...................................................... 116

GRÁFICO 11 – ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADOS DURANTE A NONA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA ............... 119

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1

1 APRESENTAÇÃO

A UHE Colíder terá uma potência instalada de 300 MW e energia firme de 166,3 MW

médios. O reservatório possuirá área total de 143,5 km², abrangendo os municípios

de Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colíder e Cláudia, no estado de Mato Grosso.

A implantação da UHE Colíder alterará a riqueza, a abundância e a diversidade de es-

pécies faunísticas na sua área de implantação, devido às consequências produzidas

pelo desmatamento prévio da bacia de acumulação e de seu alagamento.

O programa de monitoramento é ferramenta fundamental para o estabelecimento de

estratégias de conservação de espécies e ambientes ameaçados – caso dos remanes-

centes de Floresta da região do empreendimento – uma vez que permitem conhecer

tendências ao longo do tempo. Os resultados obtidos por meio deste tipo de pesquisa

podem indicar o papel dos remanescentes de floresta na região, incluindo suas fun-

ções como corredores ecológicos no entorno imediato da área direta ou indiretamente

afetada pelo empreendimento. Tais informações irão compor a base de dados para

futuras atividades de manejo e conservação, incluindo o estabelecimento de parâme-

tros para minimizar os impactos adversos das atividades de implantação do empreen-

dimento, sobre diferentes grupos animais.

Em 04 de janeiro de 2011, o IBAMA expediu a Licença para Captura, Coleta e Trans-

porte de Material Zoológico sob o nº 001/2011/SUPES/MT. Após a emissão da Licença

a Copel iniciou o Monitoramento de Fauna que tem prazo de duração de cinco anos,

com campanhas trimestrais. Em 15 de janeiro de 2013, o IBAMA renovou a Licença

para Captura, Coleta e Transporte de Material Zoológico sob o nº 05/2013-SUPES/MT,

permitindo a continuidade do monitoramento.

O presente relatório refere-se aos resultados obtidos após a execução da nona fase de

campo do monitoramento pré-enchimento de fauna terrestre na área de influência da

UHE Colíder, realizada no mês de janeiro de 2013, durante o auge da estação chuvo-

sa.

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2

2 INTRODUÇÃO

Estudos de monitoramento tem como principal objetivo conhecer a influência dos

principais impactos (positivos e negativos) gerados pela implantação de um empreen-

dimento sobre a fauna local. Além de tentar desvendar estes impactos, estudos de

monitoramento recomendam medidas mitigadoras ou compensatórias, suportadas por

uma base de dados consistente, gerada a partir de amostragens realizadas em um

gradiente de tempo. Alguns grupos faunísticos expressam de maneira mais clara que

outros os impactos causados a partir da implantação de um empreendimento.

As aves são o grupo que melhor responde aos impactos causados em um ambiente,

pois a especificidade de hábitat permite avaliar impactos negativos por meio da pre-

sença ou ausência de alguns táxons.

Anfíbios também constituem bons modelos para estudos de inventariamento e/ou

monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, cap-

tura e manuseio, e taxonomia relativamente bem conhecida. Por ocuparem tanto am-

bientes terrestres quanto aquáticos, os anfíbios são excelentes bioindicadores ambien-

tais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os ecossistemas.

Em contrapartida, répteis são animais inconspícuos e de difícil amostragem, sendo

muitas vezes complexo avaliar os reais efeitos do empreendimento através deste gru-

po. No entanto, são importantes por disponibilizarem relevantes subsídios ao conhe-

cimento do estado de conservação de regiões naturais (MOURA-LEITE et al., 1993),

pois ocupam posição ápice em cadeias alimentares (exigindo assim uma oferta ali-

mentar que sustente suas populações), funcionam como excelentes bioindicadores de

primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração

ambiental. A presença de espécies dependentes de algum tipo de ambiente (espécies

estenóicas), bem como a presença de espécies raras e formas endêmicas, são funda-

mentais para a detecção do grau de primitividade do ambiente, enquanto que a pre-

sença de espécies tolerantes a um amplo espectro de condições do meio (eurióticas)

pode determinar diferentes níveis de alteração.

A comunidade de mamíferos responde relativamente bem a impactos causados em

seu meio por serem um grupo bastante afetado com perdas ambientais. A fragmenta-

ção florestal atinge expressivamente mamíferos de grande porte e o maior problema é

a falta de grandes porções florestais que possam sustentar uma comunidade clímax

(CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001). Além da perda de habitats naturais a pres-

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3

são de caça exercida sobre os mamíferos é maior que em qualquer outro agrupamen-

to animal (PERES, 1990; CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001, LEITE & GALVÃO,

2002; WCS, 2004).

A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo, e a despeito de sua gran-

de importância biológica vem sistematicamente sofrendo com sua redução, transfor-

mação e fragmentação (HEYER et al., 1999). Esses impactos são ligados direta ou in-

diretamente à expansão da fronteira agrícola, em especial no conhecido arco do des-

matamento amazônico, localizado ao noroeste do Mato Grosso e sul do Pará (HEYER

et al., 1999).

O Brasil conta com aproximadas 650 espécies de mamíferos (REIS et al., 2006), sen-

do 69 (~10%) delas ameaçadas de extinção (CHIARELLO et al., 2008). Aproximada-

mente 30% dessas espécies ameaçadas são amazônicas, refletindo por um lado a

grande riqueza ligada a esse bioma e por outro a ameaça já presente no mais conser-

vado dos biomas brasileiros (CHIARELLO et al., 2008).

Considerando o número de espécies de aves existentes em território nacional, o valor

atual é de 1.832 (CBRO, 2011), sendo que a ocorrência de mais de um terço deste

número é esperada para a área prevista para o empreendimento em questão.

É em uma das regiões mais ricas em espécies animais do mundo que está sendo exe-

cutado o monitoramento de fauna da UHE Colíder, no Rio Teles Pires, cujos resultados

da nona campanha de campo serão apresentados na sequência.

O Rio Teles Pires apresentou, durante a nona campanha, um nível bastante elevado,

resultado das frequentes chuvas ocorrentes durante o período. Esta campanha foi

executada durante a época mais chuvosa do ano, o que implica em pontos positivos e

também negativos durante a coleta de dados. Alguns métodos de pesquisa são bene-

ficiados com o alto índice pluviométrico, entretanto outros são prejudicados com as

fortes precipitações. A seguir serão comentados os resultados obtidos para cada grupo

faunístico.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS

As áreas amostrais que vêm sendo avaliadas durante as fases anteriores foram man-

tidas para a nona campanha. A Tabela 1 e a Figura 1 apresentam informações gerais

sobre as três áreas amostrais do monitoramento de fauna terrestre.

Tabela 1 – Áreas amostrais selecionadas para o Monitoramento da Fauna Terrestre

Área Amostral Área de Influência

Margem do rio Teles Pires

Ambiente/Fisionomia Localização (UTM, 21 L)

Canteiro de Obras AID Direita (MD) Floresta de terra firme 633.193 L

8.786.636 S

Reservatório ADA Esquerda (ME) Floresta de várzea 638.223 L

8.786.191 S

Controle AII Direita (MD) Floresta de terra firme 633.841 L

8.792.321 S

Legenda: AID – Área de Influência Direta; ADA – Área Diretamente Afetada; AII – Área de Influência Indireta.

Figura 1 – Croqui com a indicação das três áreas amostrais e perímetro parcial do futuro reservatório (azul)

Fonte: Adaptado de Google Earth, 2012

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3.1.1 Canteiro de Obras (ADA)

Para avaliar o canteiro de obras, os esforços foram concentrados na mata próxima ao

local onde está instalado o Centro Provisório de Triagem de Animais Silvestres. A

transecção parte da estrada de acesso ao canteiro de obras, em seu trecho mais ín-

greme e pedregoso, do local de maior movimentação de veículos da obra e segue em

direção ao rio Teles Pires, terminando na mata de várzea deste rio.

A Figura 2 exibe a transecção e pontos de escuta da área do canteiro de obras.

Figura 2 – Croqui indicando a transecção e os pontos de escuta da área do canteiro de obras

Fonte: Adaptado de Google Earth, 2012

O principal objetivo da confecção da transecção neste local foi cobrir três diferentes

formações florestais ao longo do trajeto: mata de transição em local de solo rochoso

em seu trecho inicial; mata de terra firme na parte intermediária da transecção; e

mata de várzea do trecho final. Os pitfalls foram instalados no trecho central da tran-

secção do canteiro de obras.

As áreas a serem utilizadas pelo maquinário e para a construção da barragem foram

evitadas para não ser necessária a realocação das armadilhas de queda após o início

das obras.

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3.1.2 Reservatório

A área selecionada para amostrar o local previsto para o reservatório se localiza na

margem esquerda do rio Teles Pires, em torno de 5.300 m (por água) a montante do

eixo da barragem. As transecções são linhas aproximadamente perpendiculares ao

sentido do rio, partindo da floresta ciliar presente na margem.

A Figura 3 exibe as transecções e pontos de escuta da área do reservatório da UHE

Colíder.

Figura 3 – Croqui indicando as transecções e os pontos de escuta da área do reservatório. pontos com sufixo “B” referem-se à avifauna, e pontos com sufixo “A” referem-se à herpetofauna e mastofauna.

Fonte: Adaptado de Google Earth, 2012

O trajeto de ambas as transecções cobre principalmente mata de terra firme, no en-

tanto, a floresta deste local apresenta algumas particularidades como, por exemplo, a

grande quantidade de palmeiras presente no estrato médio do ambiente florestal e o

solo bastante arenoso. Uma via de acesso à beira do rio foi utilizada como transecção

linear devido à possibilidade de se deslocar sem fazer ruídos e também por o solo ex-

posto deste trecho propiciar uma grande quantidade de registros de pegadas de ma-

míferos. Os pitfalls foram instalados próximos ao leito do Rio Teles Pires.

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Durante a primeira campanha a transecção “B” foi utilizada por todos os grupos, no

entanto, a partir da segunda campanha foi observado que a presença de trabalhado-

res e/ou pescadores no rancho onde se localiza o início da transecção inviabilizava a

coleta de dados devido à intensa movimentação de pessoas e do ruído produzido pe-

los mesmos e pelo gerador de energia elétrica. Desta forma, optou-se por escolher

outra transecção na mesma região que tivesse as mesmas características e estivesse

localizada na mesma margem do rio para a aplicação dos métodos de pesquisa em

local livre de “reservatório” ou ADA. Desta forma, a partir da segunda campanha, o

trabalho de captura de aves e morcegos, e a busca direta por exemplares da herpeto-

fauna são realizados na transecção “A”. Apenas o armadilhamento não é possível, pois

em duas das quatro fases de campo anuais a trilha permanece alagada devido à cheia

do rio Teles Pires.

3.1.3 Área Controle

O local selecionado para a Área Controle é a porção de floresta remanescente mais

extensa nas proximidades da barragem, contendo mais de 15 km ininterruptos de flo-

resta no sentido leste-oeste.

A Figura 4 mostra a transecção e pontos de escuta da área Controle da UHE Colíder.

O trecho coberto pela transecção apresenta formações florestais secundárias, onde

ocorreu corte seletivo de árvores de grande porte conforme projeto de exploração

sustentável da área. No entanto, mesmo sendo uma formação florestal secundária, a

área é rica e diversificada. As armadilhas de queda foram instaladas inicialmente na

porção inicial da transecção, porém, a estrada de acesso à usina foi construída a pou-

cos metros deste local. Desta forma, foi necessário construir outra linha de pitfalls na

porção intermediária da transecção para se evitar influências da estrada sobre os re-

sultados. Após isso, a primeira linha de pitfalls foi desativada, estando em atividade

apenas a nova linha.

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Figura 4 – Croqui indicando a transecção e os pontos de escuta da área controle

Fonte: Adaptado de Google Earth, 2012

3.1.4 Manutenção das parcelas e transecções

Apesar de todas as cercas-guia dos pitfalls terem sido integralmente substituídas na

sétima campanha, uma grande reforma será novamente necessária devido à grande

quantidade de árvores e galhos que caíram sobre as armadilhas. Um total de 750 me-

tros de lona foi reposto na campanha de número 08, sendo novamente reformado du-

rante a presente campanha. As fortes chuvas ocasionam muitas quedas de árvores e

grandes galhos, o que acaba destruindo algumas seções da cerca-guia. Desta forma,

as armadilhas estão sendo constantemente reformadas.

3.2 MÉTODOS

Durante a nona campanha, os métodos sistematizados utilizados para todos os grupos

faunísticos abordados foram replicados nos mesmos ambientes, moldes e locais das

campanhas anteriores e serão citados nos itens referentes aos resultados para cada

grupo. Os métodos não sistematizados foram aplicados em ambientes novos, com o

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objetivo de melhor investigar as áreas e descobrir populações ou espécies de interes-

se específico.

3.2.1 Trabalho de campo

A nona fase de campo do referido monitoramento foi realizada entre os dias 21 e 29

de janeiro de 2013. Com o objetivo de maximizar o esforço de observação direta cada

equipe amostrou uma área amostral, fazendo um rodízio que permitiu com que as três

áreas fossem monitoradas ao longo de toda a fase.

3.2.2 Análise dos dados

Após a obtenção dos dados em campo, as informações obtidas e os animais coletados

foram levados aos laboratórios para análise e correta identificação. Foram feitas al-

gumas análises estatísticas para efeito comparativo com as fases anteriores. Estas

análises seguem o mesmo padrão apresentado nos relatórios anteriores.

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4 RESULTADOS

4.1 HERPETOFAUNA

Durante esta campanha, os métodos sistematizados e não-sistematizados foram repli-

cados nos mesmos ambientes e locais das campanhas anteriores, à exceção de um

ponto de sítio reprodutivo, onde foi contemplada a localidade do alojamento das equi-

pes temáticas, sendo considerada também como Área de Influência Indireta (AII). O

intuito de analisar este local, que em breve deverá será alterado por outro apesar de

se tratar de uma área severamente alterada pela pecuária, é buscar novas espécies

que possam incrementar o inventário da herpetofauna da região.

4.1.1 Procedimentos Metodológicos

4.1.1.1 Métodos Sistematizados

Os métodos sistematizados foram realizados entre os dias 21 a 28 de janeiro de 2013,

quando cada parcela de interesse foi amostrada durante dois dias.

Armadilhas de Interceptação e Queda (AIQ) (Pitfall Traps with Drift Fences,

adaptado de Cechin & Martins, 2000)

Em cada parcela de amostragem foram instaladas, duas linhas de pitfalls traps with

drift fences, sendo uma delas em sentido ortogonal à transecção principal e a outra

em posição paralela em relação à mesma. Cada linha foi composta por 12 baldes de

60 litros (pitfalls), os quais foram instalados a uma distância de 10 metros um do ou-

tro, interligados por uma cerca-guia de lona plástica (drift fence) com 50 cm de altu-

ra, enterrada cerca de 5 cm de profundidade no solo e mantida em posição vertical

por estacas de madeira às quais foi fixada. Para evitar acúmulo de água, os baldes

tiveram seu interior perfurado. Em cada balde foi colocado um pedaço de isopor (10

cm x 10 cm), o qual se manteve suportado por quatro pequenos palitos. Esta estrutu-

ra serviu de abrigo para os animais em dias de muito sol e/ou flutuador em períodos

de muito acúmulo de água.

Cada linha de armadilha permaneceu aberta durante seis noites consecutivas e foram

revisadas, periodicamente, duas vezes ao dia, ao amanhecer e entardecer. Ao final do

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período de amostragem obteve-se um esforço de 144 horas/balde por parcela e um

total de 432 horas/balde de amostragem na região de implantação da UHE Colíder.

As armadilhas de interceptação e queda foram instaladas em ambientes que corres-

pondiam principalmente à formação vegetal predominante em cada parcela de amos-

tragem (Tabela 1).

Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) (adaptado de Martins &

Oliveira, 1999)

Este método consistiu em percorrer as transecções principais de todas as parcelas (2

km por parcela), onde uma área de até 50 metros de cada lado da linha central foi

vasculhada, mediante o revolvimento do folhiço e de troncos caídos, visando o regis-

tro visual ou auditivo dos animais. Cada parcela teve sua transecção amostrada du-

rante dois dias, por três pesquisadores. Em cada dia foram realizadas duas horas de

procura diurna e uma hora de procura noturna, totalizando um esforço de 18 ho-

ras/homem de busca por parcela e 54 horas/homem de busca nas parcelas de amos-

tragem.

Para anfíbios, foram contabilizados todos os machos anuros em atividade de vocaliza-

ção, assim como os indivíduos visualizados em repouso. Como para a maioria das es-

pécies de anuros não é possível uma contagem precisa do número de indivíduos voca-

lizando, porque muitos machos vocalizam ao mesmo tempo (coro), ou porque vocali-

zam muito próximos um do outro, foram empregadas as seguintes categorias de vo-

calização, modificadas de Lips et al. (2001 apud Rueda et al. 2006):

• 0 – nenhum indivíduo da espécie vocalizando;

• 1 – número de indivíduos vocalizando estimável entre 1-5;

• 2 – número de indivíduos vocalizando estimável entre 6-10;

• 3 – número de indivíduos vocalizando estimável entre 10-20;

• 4 – formação de coro em que as vocalizações individuais são indistinguíveis e

não se pode estimar o número de indivíduos (>20).

Para estimar a abundância dos anfíbios, foi extrapolado o valor máximo de cada cate-

goria amostral.

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Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ("Survey at Breeding site"; s.

adaptado de Scott Jr. & Woodward, 1994)

Esse método consistiu na realização de transecções visuais e auditivas ao longo do

perímetro de corpos d’água (e.g. poças temporárias, lagoas, brejos, córregos, rios e

veredas) onde geralmente as populações de anfíbios se agregam para a reprodução.

Os anfíbios foram contabilizados seguindo os mesmos critérios descritos na metodolo-

gia de Procura sistematizada limitada por tempo. Alguns grupos de répteis (serpentes,

quelônios e crocodilianos) também são comumente registrados por este método, já

que muitas espécies utilizam os corpos d’água como sítios de forrageamento e/ou re-

produção. Durante o período de estudo, foram amostrados seis sítios de reprodução

(e.g. brejos, riachos, veredas e poças) (Tabela 2), dois por parcela. As amostragens

ocorreram à noite, quando três pesquisadores realizaram as transeções durante uma

hora. Desta forma, obteve-se um esforço de captura de seis horas/homem de amos-

tragem por parcela e um total de 12 horas de amostragem nas áreas de interesse.

Tabela 2 – Ambientes e coordenadas dos sítios reprodutivos onde foi aplicado o método de ASR

Ponto Localidade Ambiente/Fisionomia Coordenadas (UTM 21L)

P1 Parcela 1 (AID) Lêntico / floresta 632.683 8.786.066

P2 Parcela 1 (AID) Lêntico / área aberta 634.065 8.786.153

P3 Parcela 2 (ADA) Lótico / área aberta 638.221 8.785.502

P4 Parcela 2 (ADA) Lótico / floresta 638.492 8.784.710

P5 Parcela 3 (AII) Lótico / campo 631.792 8.798.002

P6 Parcela 3 (AII) Lótico / floresta 631.821 8.798.493

4.1.1.2 Métodos não sistematizados

Os métodos não sistematizados foram utilizados para categorizar os animais encon-

trados de forma aleatória nas áreas de interesse e complementar a lista de riqueza.

Estes métodos foram aplicados desde o primeiro instante da equipe nas áreas de inte-

resse (desde o dia 21 de janeiro de 2013).

Procura Aleatória Limitada por Tempo (PALT)

Esse método consistiu em executar caminhadas ao longo de todas as áreas passíveis

de se encontrar répteis e anfíbios (e.g. interior da floresta, estradas de acesso às par-

celas, áreas antropizadas, margens do rio, poças temporárias, açudes, entre outros).

Durante este método os locais foram vistoriados detalhadamente, havendo inspeção

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de tocas, serrapilheira, poças temporárias, locais abrigados sob pedras, troncos caí-

dos, entulhos, interior de bromélias, galhos de árvores e outros possíveis sítios utili-

zados como abrigos por répteis e anfíbios, conforme recomendado por Vanzolini et al.

(1980). Esse método tem por objetivo ampliar o inventário das espécies, assim como

obter informações sobre riqueza, distribuição no ambiente e padrões de atividade. A

procura ativa com coleta manual é um método bastante versátil e generalista de de-

tecção e coleta de vertebrados em campo (Heyer et al., 1994).

Assim como para a metodologia de PSLT, foram empregadas as mesmas categorias de

vocalização para o senso de anfíbios anuros, modificadas de Lips et al., 2001 apud

Rueda et al., 2006.

Procura com Carro (PC)

A procura com carro correspondeu ao encontro de anfíbios e répteis avistados ou

atropelados em estradas da região (Sawaya et al, 2008). O deslocamento da equipe

em toda a AII e AID do empreendimento contemplou este método, diariamente.

Encontros ocasionais (EO)

Como a observação de répteis é de caráter fortuito e demanda muito tempo em cam-

po, necessita-se tanto da interação com os demais membros da equipe do monitora-

mento como de moradores ou trabalhadores locais para que se tenha obtenção de

mais evidências da presença destes animais. Este método contemplou todos aqueles

espécimes encontrados por terceiros ou quando a equipe não estava realizando as

atividades supracitadas.

Coleta de espécimes

Alguns indivíduos pertencentes a espécies consideradas de especial interesse ou que

não puderam ser identificados em campo foram eutanasiados através de superdosa-

gem do anestésico Ketamina®. Posteriormente, os indivíduos foram fixados em solu-

ção de formol a 10% (Foto 1), para então serem depositados em via líquida de álcool

a 70%. Tal procedimento se deve ao fato de algumas espécies serem de difícil identi-

ficação e/ou se tratarem de espécies desconhecidas. O encaminhamento deste mate-

rial a instituições científicas facilita sua identificação, através da comparação com es-

pécimes já tombados do acervo e da literatura especializada. Também é extremamen-

te relevante obter espécimes testemunho das regiões de estudo, principalmente con-

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siderando uma área que sofrerá severa intervenção humana. Os espécimes coletados

foram encaminhados para o Laboratório de Herpetologia do Departamento de Zoologia

da Universidade Federal do Rio Grande do Sul para tombamento, sob a Licença n°

05/2013-SUPES/MT.

Foto 1 – Preparação de alguns dos espécimes coletados durante a 9ª campanha

Foto: Fabrício L. Trein, 2013

4.1.1.3 Análise dos dados

Suficiência amostral: foi avaliada mediante a curva de registros acumulados das espé-

cies. As curvas de acumulação de espécies ou curvas do coletor são um excelente

procedimento para avaliar o quanto o método testado se aproximou de identificar as

espécies da área de estudo. A curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva ini-

cial ascendente de crescimento acelerado, que prossegue cada vez mais devagar de

acordo com o aumento do esforço amostral até formar um platô ou assíntota (Martins

e Santos, 1999). Quando a curva se estabiliza (ponto assintótico), aproximadamente

a riqueza total da área foi amostrada (Santos, 2004). As análises foram realizadas

com base na matriz de dados de presença/ausência das espécies ao longo dos dias de

amostragem, utilizando 500 adições aleatórias das amostras no programa EstimateS

7.52 (Colwell 1994-2005). A estimativa da riqueza foi calculada a partir do número de

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espécies identificadas em função dos dias de amostragem. O índice de estimativa da

riqueza das espécies foi calculado pelo índice de Jacknife, descrito em Krebs (1989).

Taxa de captura: A abundância de espécies foi calculada dividindo o número de indiví-

duos avistado pelo número total horas de procura nos pontos. No caso de espécies de

vida social (ex. anfíbios), a abundância foi estimada extrapolando o valor máximo de

cada categoria amostral.

Índice de Diversidade: a partir dos dados quantitativos foi feita uma média do número

observado nos ambientes amostrados e assim calculado o índice de diversidade pelo

método de Shannon-Wiener (Krebs, 1989) para cada ponto amostral.

Similaridade: foi utilizada para comparar a riqueza de espécies entre as parcelas,

através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989), usando o modo de

agrupamento Group Average, o qual permite maximizar a correlação entre as amos-

tras. A abundância das espécies foi transformada [log (x+1)] para diminuir o peso das

espécies quantitativamente dominantes. Os dendrogramas propostos foram elabora-

dos através do pacote estatístico Primer V5 (Clarke & Gorley 2001).

4.1.2 Parcela 1 – Área de Influência Direta (AID, canteiro de obras)

4.1.2.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fen-

ces) (AIQ)

Nas armadilhas de queda da AID foram registrados oito espécimes de quatro espécies,

sendo duas espécies de anfíbios (Physalaemus gr. cuvieri, [n = 3] e Rhinella marina

[n = 2] e duas espécies de lagartos (Cercosaura eigenmanni [n = 1] e Kentropix cal-

carata [n = 2]). A taxa de captura foi de 0,05 espécimes/hora/balde ou o equivalente

a, aproximadamente, um espécime a cada 18 horas de funcionamento das armadi-

lhas.

4.1.2.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT)

Através deste método foram registrados 22 espécimes de cinco espécies, sendo três

espécies de anuros (Hipsiboas sp. [n = 2], Leptodactylus hylaedactyla [n = 8] e Chi-

asmocleis shudikarensis [n = 10]) e duas espécies de lagartos (Ameiva ameiva [n =

1] e Kentropyx calcarata [n = 1]). A taxa de captura correspondeu a 1,22 espéci-

mes/hora/homem.

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4.1.2.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR)

Foram registradas seis espécies de anuros nos sítio de reprodução P1, com atividades

de vocalização: Physalaemus cuvieri, n = 2; Phyllomedusa azurea, n = 10; Dendrop-

sophus minutus, n = 10; Dendropsophus nanus, n = 5; Leptodactylus knudseni, n = 1

e Leptodactylus sp., n = 1. O sítio P1 encontrava-se com água, por ocasião do auge

da estação chuvosa, fato que favoreceu o registro de diversas espécies de anfíbios.

Trata-se de um sítio em contato com área florestada, proporcionando um aporte mai-

or de espécies oriundas desse ambiente.

Para o sítio P2, localizado ao lado da usina de concreto da obra, foram registradas ati-

vidades de vocalização dos anuros Leptodactylus labyrhinticus, n = 1; Dendropsophus

minutus, n= 10; Dendropsophus nanus, n= 5 e Physalaeumus gr. cuvieri, n = 2.

Também foram registrados visualmente espécimes de Elachistocleis ovalis, n = 2;

Rhinella marina, n = 1; Scinax ruber, n = 1 e Hipsiboas multifasciatus, n = 1. Apesar

de bastante alterado pelas obras do canteiro, ainda existem espécies que utilizam o

local, se tratando em sua maioria de espécies generalistas que se adaptam a inter-

venções antrópicas.

4.1.2.4 Registros não sistematizados

Pelo meio do método de PALT foram registradas duas espécies de anfíbios (Dendrop-

sophus melanargyreus e Phyllomedusa azurea), além de um lagarto (Ameiva ameiva)

e uma serpente atropelada (Erythrolamprus reginae). Durante esta campanha, lagar-

tos não foram tão frequentes. Talvez esse fato seja decorrente do alto índice pluvio-

métrico registrado durante a campanha.

Por meio do método de EO foram registradas duas espécies de serpentes nessa área

de amostragem: Boa constrictor e Leptodeira annulata. Com a soma dos resultados

obtidos por todos os métodos, foram registrados 98 espécimes de nove espécies, sen-

do seis espécies de anuros e três espécies de lagartos. Dentre os anuros, a família

Hylidae foi a mais representativa, com cinco espécies. (Tabela 3). O índice de diversi-

dade de Shannon-Wiener foi de SW = 2,32.

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Tabela 3 – Espécies de anuros e répteis registrados na parcela de AID (canteiro de obras), durante a nona campanha

Táxon Espécie Nome popular Método

AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhinella marina sapo-cururu AQ, ASR Hylidae Dendropsophus melanargyreus perereca PALT Dendropsophus minutus pererequiha-do-brejo ASR Dendropsophus nanus pererequinha ASR Hypsiboas multifasciatus perereca ASR Hypsiboas sp. perereca PSLT Phyllomedusa azurea perereca-macaco ASR, PALT Scinax ruber Microhylidae Chiasmocleis shudikarensis rãzinha PSLT Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactylus rãzinha PSLT Leptodactylus Knudseni rã ASR Leptodactylus labyrhinticus rã-pimenta ASR Leptodactylus sp. rãzinha ASR Leiuperidae Physalaemus gr.cuvieri rã-cachorro ASR REPTILIA SQUAMATA Gymnophthalmidae Cercosaura eigenmanni lagartinho AQ Teiidae Ameiva ameiva calango-verde PALT, PSLT Kentropyx calcarata calango AQ, PSLT SERPENTES Boidae Boa constrictor jibóia EO Dipsadidae Erythrolamprus reginae cobra PALT Leptodeira annulata dormideira EO

4.1.3 Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (ADA, reservatório)

4.1.3.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fen-

ces) (AIQ)

As armadilhas de queda registraram um total de 16 espécimes de cinco espécies, sen-

do quatro espécies de anuros (Chiasmocleis shudikarensis [n = 5], Ctenoprhyne gea-

ye – Foto 2 – [n = 3], Leptodactylus mystaceus [n = 2] e Leptodactylus rodhomystax

[n= 5]) e uma espécie de lagarto (Kentropyx calcarata [n = 1]).

A taxa de captura foi de 0,11 espécime/hora/balde o que corresponde a aproximada-

mente a um espécime capturado a cada 9 horas de funcionamento das armadilhas.

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Foto 2 – Adulto de Ctenopphyne geaye, espécie de hábitos fossoriais registrado pela metodo-logia de AQ na ADA

Foto: Fabrício L. Trein, 2013

4.1.3.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT)

Por meio deste método foram registrados 22 espécimes de 11 espécies, sendo sete

espécies de anuros (Hypsiboas boans [n = 1], Hypsiboas fasciatus – Foto 3 – [n = 1],

Hypsiboas sp. [n = 1], Leptodactylus mystaceus [n = 2], Rhinella margaritifera [n =

2], Scinax sp. [n = 5] e Osteocephalus sp. – Foto 4 – [n = 1]) e três espécies de la-

garto (Iphisa elegans [n = 3], Gonatodes humeralis [n = 1] e Cercosaura eigenmanni

[n = 1]). A taxa de captura foi de 1,22 espécime/hora/homem.

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Foto 3 – Hypsiboas fasciatus registrada durante a PSLT da ADA

Foto: Fabrício L. Trein, 2013

Foto 4 – Osteocephalus sp., registrado na ADA (futuro reservatório) durante PSLT noturna

Foto: Fabrício L. Trein, 2013

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4.1.3.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR)

Como nesta área amostral os sítios de reprodução encontravam-se no início dos tran-

sectos da PSLT, os mesmos foram considerados partes integrantes dessas trilhas de

estudo.

4.1.3.4 Registros não sistematizados

Nesta campanha procurou-se também focar os esforços da metodologia de PALT para

o Rio Teles Pires com o objetivo de agregar informações acerca das espécies que utili-

zam o rio durante o ápice da estação chuvosa, entretanto, apenas uma espécie de

quelônio foi registrada e com um grau de incerteza, pois o indivíduo submergiu rapi-

damente quando da aproximação da equipe, aparentando tratar-se de alguma espécie

do gênero Podocnemis.

Não foram registrados crocodilianos durante a presente campanha. O fator preponde-

rante para esse resultado é o elevado nível do Rio Teles Pires, o que dificulta a visuali-

zação de quelônios e crocodilianos. Dentro dessa metodologia, porém em terra firme

também foi registrada a serpente Eunectes murinus (Foto 5), o lagarto Iguana iguana

(n = 3) e os anuros Dendropsophus minutus (n = 8), Dendropsophus melanargyreus

(n = 1) e um indivíduo de Phyllomedusa azurea.

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Foto 5 – Indivíduo jovem de Eunectes murinus registrado na ADA pela metodologia de PALT

Foto: Fabrício L. Trein, 2013

Com a soma dos resultados obtidos por todos os métodos (Tabela 4), foram registra-

dos 41 espécimes de 17 espécies da herpetofauna na parcela ADA. Do total de espé-

cies registradas, nove corresponderam a anuros, quatro espécies de lagartos, duas

espécies de serpentes e uma espécie de quelônio. O índice de diversidade de Shan-

non-Wiener foi de SW = 2,47.

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Tabela 4 – Espécies de anuros e répteis registrados na parcela de ADA (reservatório) durante a nona campanha

Táxon Espécie Nome popular Método

AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhinella margaritifera Sapo ASR Hylidae Hypsiboas boans Perereca PSLT Hypsiboas sp.2 Perereca PSLT Osteocephalus sp. Perereca PSLT Scinax sp. Perereca PSLT Microhylidae Chiasmocleis shudikarensis Sapinho AQ Ctenophrine geayi Sapinho AQ Leptodactylidae Leptodactylus mystaceus Rãzinha AQ, PSLT Leptodactylus rhodomystax Rã PSLT REPTILIA TESTUDINES Podocnemidae Podocnemis sp. Tartaruga PALT SQUAMATA Iguanidae Iguana iguana Camaleão PALT Gmnophthalmidae Cercosaura engenmanni Lagartinho PSLT Iphisa elegans Lagartinho PSLT Teiidae Kentropyx calcarata Calango AQ SERPENTES Boidae Eunectes murinus Sucuri PALT Dipsadidae Erithrolamprus reginae Cobra EO Elapidae Micrurus surinamensis Coral-verdadeira EO

4.1.4 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (AII, controle)

4.1.4.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fen-

ces) (AIQ)

As armadilhas de queda registraram um total de sete espécimes pertencentes a cinco

espécies, sendo três espécies de anuros (Leptodactylus hylaedactylus [n = 1], Physa-

laemus cuvieri – Foto 6 – [n = 1] e Rhinella marina [n = 2], e duas espécies de ser-

pentes (Erythrolamprus aesculapii [n = 1] e Typhlops reticulatus [n = 1]). A taxa de

captura foi de 0,04 espécime/hora/balde o que equivale a, aproximadamente, um es-

pécime capturado a cada 20 horas de funcionamento das armadilhas. Foi uma taxa de

captura bastante baixa nas armadilhas.

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Foto 6 – Physalaemus gr. cuvieri registrado através do método AQ na transecção da AII. Foram observados diversos padrões morfológicos desse grupo na área de estudo.

Foto: Fabrício L. Trein, 2013

A sazonalidade pode ser um fator para essa parca amostragem neste local, uma vez

que nas outras áreas também foi observada uma baixa abundância de registros e na

riqueza de espécies, principalmente em relação às armadilhas de interceptação e que-

da. Durante a época chuvosa seria esperada uma maior atividade e consequente

abundância de anfíbios em relação à época de seca. Entretanto, essa expectativa não

se confirmou.

4.1.4.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT)

Por meio deste método foram registrados 12 exemplares sendo três espécies de anu-

ros (Hypsiboas multifasciatus [n = 1], Scinax sp. [n = 1] e Leptodactylus hylaedac-

tylus [n = 9]) e uma espécie de serpente, Corallus hortulanus – Foto 7 – [n = 1]). A

taxa de captura foi de 0,08 espécies/hora/homem ou o equivalente a, aproximada-

mente, uma espécie a cada 13 horas de amostragem.

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Foto 7 – Corallus hortulanus registrada na AII pela metodologia de PSLT

Foto: Fabrício L. Trein, 2013

4.1.4.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR)

Os sítios reprodutivos na AII consistiram no local do alojamento da equipe do monito-

ramento e em um ponto em área de cerrado (P5 e P6 respectivamente). No primeiro

caso foram registrados 58 espécimes da herpetofauna, representados por oito espé-

cies, sendo cinco espécies de anfíbios (Dendropsophus minutus [n = 10], Dendropso-

phus nanus [n = 10], Scinax sp. [n = 5], Pseudopaludicola sp. [n = 20] e Leptodac-

tylus fuscus [n = 5]), duas espécies de lagartos (Hemidactylus mabouia [n = 2] e

Tropidurus sp. [n = 5]), além de uma espécie de serpente (Leptodeira annulata [n =

1]). No caso do ponto do cerrado foram registradas apenas quatro espécies de anfí-

bios (Dendropsophus minutus [n = 10], Dendropsophus nanus [n = 10], Elachistocleis

sp. [n = 1] e Leptodactylus fuscus [n = 5]).

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4.1.4.4 Registros não sistematizados

A metodologia de PALT registrou apenas um espécime da herpetofauna, nessa moda-

lidade de levantamento: a serpente Epicrates cenchria (Boidae) (Foto 8).

Foto 8 – Indivíduo adulto de Epicrates cenchria registrado na AII pela metodologia de PALT

Foto: Fabrício L. Trein, 2013

Com a soma dos resultados obtidos através de todos os métodos de amostragem, fo-

ram registrados 56 exemplares de 14 espécies, sendo oito espécies de anuros, quatro

espécies de serpentes e duas espécies de lagartos. O índice de diversidade de Shan-

non-Wiener foi de SW = 2,16.

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Tabela 5 – Espécies de anuros e répteis registrados na parcela de AII, durante a nona campanha

Táxon Espécie Nome popular Método

AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhinella marina sapo AQ Hylidae Hipsiboas multifasciatus perereca PSLT Dendropsophus minutus pererequinha ASR Dendropsophus nanus pererequinha ASR Scinax sp. perereca PSLT Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactyus rãzinha AQ, PSLT Leptodactylus fuscus rãzinha ASR Mycrohylidae Elachistocleis sp. sapinho ASR REPTILIA SQUAMATA Gekkonidae Hemidactylus mabouia lagartixa ASR Tropiduridae Tropidurus sp. ASR SERPENTES Dipsadidae Leptodeira annulata dormideira ASR Erythrolamprus aesculapii falsa-coral AQ Boidae Corallus hortulanus bico-de-papagaio PSLT Epicrates cenchria jibóia-vermelha PALT

4.1.5 Espécies endêmicas, raras ou não descritas

No momento não foram registradas espécies endêmicas ou raras para a herpetofauna

na área de estudo. Entretanto, deve-se atentar para as espécies que ainda necessitam

de uma identificação mais apurada, como Hypsiboas sp., Osteocephalus sp., Scinax

sp. e Tropidurus sp. As mesmas estão sendo avaliadas e comparadas com outros

exemplares do acervo da instituição mantenedora do material.

4.1.6 Espécies procuradas para caça

Considerando a presente campanha do monitoramento, ressalta-se a presença do

quelônio Podocnemis sp., comumente utilizado como fonte de proteína pelas popula-

ções ribeirinhas da Amazônia, tanto através de consumo de sua carne quanto pela

coleta de seus ovos depositados nas praias de areia branca na época da seca. Este

réptil não é comumente visto na região e merece destaque no presente documento.

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4.1.7 Espécies de interesse econômico

Esse tópico remete ao anterior, onde é mencionado o quelônio Podocnemis sp., que

pode eventualmente vir a ser comercializado na região, aumentando em muito a pres-

são sobre a espécie.

4.1.8 Espécies de interesse científico

Como já mencionado, devido à escassez de estudos realizados na região, as taxoce-

noses de répteis e anfíbios são de inquestionável relevância para a ciência. Vale des-

tacar que aquelas espécies que utilizam direta ou indiretamente o rio para sua repro-

dução e/ou alimentação deveriam ser contempladas com projetos específicos. Dentre

algumas espécies inventariadas especificamente na nona campanha de campo, podem

ser citadas: Dendropsophus melanargyreus, Dendropsopus sp., Podocnemis sp. e Mi-

crurus surinamensis (Foto 9). A região ainda apresenta um grande potencial para a

ocorrência de espécies ainda não registradas no monitoramento. Cabe ressalva sobre

uma espécie de serpente aquática avistada rapidamente na ADA, porém não identifi-

cada. A continuidade dos estudos se faz necessária para subsidiar o conhecimento de

uma área que passará por relevante alteração ambiental.

Foto 9 – Micrurus surinamensis capturada durante a nona campanha

Foto: Raphael E. F. Santos, 2013

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4.1.9 Espécies de interesse médico-veterinário

Até a presente campanha, das espécies com ocorrência confirmada e prevista para a

área, oito serpentes (as jararacas, Bothrops atrox, B. moojeni, Bothropoides taenia-

tus), a surucucu (Lachesis muta) e as corais (Micrurus lemniscatus, M. paranaensis e

M. surinamensis) são consideradas de interesse médico-veterinário, por ocasionarem

acidentes ofídicos envolvendo humanos e animais de criação. A coral-verdadeira pas-

sou a ser uma espécie confirmada para a região.

Além das serpentes, existem algumas espécies de sapos venenosos (Rhinella cf.

schneideri, R. margaritifera e Rhaebo guttatus) que podem ocasionar intoxicação em

animais domésticos, como cães e gatos, caso sejam abocanhados e/ou ingeridos.

4.1.10 Espécies indicadoras de qualidade ambiental

Como já descrito, anfíbios são excelentes bioindicadores ambientais, além de desem-

penharem importante função na dinâmica entre os ecossistemas. Entretanto, segundo

Dufrêne & Legendre (1997), uma boa espécie bioindicadora necessita apresentar alta

abundância e frequência de ocorrência em determinada área. Neste sentido, espécies

de encontro ocasional (e.g. serpentes), ou que ocorrem em baixa abundância nas

áreas amostradas não possuem valor como bioindicadores, apesar de poder ser afeta-

das por impactos ambientais decorrentes da implantação e funcionamento da UHE

Colíder. Espécies que ocorrem habitualmente na beira do Rio Teles Pires seriam bons

modelos para tentar estabelecer comparações entre os momentos de pré e pós en-

chimento do reservatório. Destas, destacam-se Hypsiboas boans (extremamente fre-

quente na vegetação arbustiva do Rio Teles Pires), Leptodactylus rhodomistax, algu-

mas espécies de sapos que, parecem utilizar as partes alagadas do rio para a repro-

dução como, por exemplo, Rhinella margaritifera.

Por serem de fácil visualização e captura além de ocuparem posição ápice na cadeia

alimentar (exigindo assim uma oferta alimentar que sustente suas populações), o ja-

caré Paleosuchus trigonatus, registrado em campanhas anteriores, poderá funcionar

como bioindicador de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes

níveis de alteração ambiental ao longo do processo de implantação da UHE Colíder. No

entanto, sugere-se a elaboração de projetos que atendam especialmente esta espécie,

assim como projetos direcionados à fauna de quelônios da região.

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4.1.11 Riqueza e abundância

Na presente campanha, foi observada uma grande cheia do Rio Teles Pires, sendo que

o nível do mesmo continuava a subir e a estação chuvosa estava em seu auge. Foram

observadas poucas espécies de lagartos, o que parece habitual para a região e esta-

ção úmida. As serpentes aparentemente estavam mais ativas, principalmente nos

intervalos das chuvas. Em relação à fauna de anuros, não foi registrada a riqueza e

abundância esperada para a época chuvosa, com apenas algumas espécies mostran-

do-se em franca atividade reprodutiva (Tabela 6).

Ao longo das três campanhas realizadas em períodos equivalentes nas estações cheias

(campanhas 1, 5 e 9) os valores de riqueza e diversidade observados não foram dis-

crepantes entre os diferentes momentos. As poucas diferenças observadas podem es-

tar relacionadas a oscilações naturais nos padrões de abundância e diversidade ao do

tempo.

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Tabela 6 – Índices de riqueza e diversidade obtidos para herpetofauna, separados por campanha, parcela amostral e método

Parcela

Método

Riqueza (espécies) Taxa de captura (espéci-mes/hora/homem) Diversidade

(SW) AIQ PSLT ASR AIQ PSLT ASR

AID (1) 8 8 11 0,05 1,5 16,5 2,29 AID (2) 4 4 9 0,05 1,5 11,33 2,03 AID (3) 3 5 4 0,02 0,8 0,5 2,08 AID (4) - - - - - - - AID (5) 4 4 9 0,04 0,28 26 2,27 AID (6) 10 3 5 0,24 0,67 4,5 2,28 AID (7) 2 4 - 0,03 0,33 - 1,76 AID (8) 4 5 1 0,12 0,61 - 1,78 AID (9) 4 5 6 0,05 1,22 - 2,47 ADA (1) 5 8 2 0,11 0,94 1,08 2,19 ADA (2) 8 12 2 0,20 2,5 3,50 1,88 ADA (3) 4 6 5 0,03 3,1 6,17 2,08 ADA (4) - - - - - - - ADA (5) 4 10 6 0,27 1,28 4,3 1,84 ADA (6) 6 6 1 0,09 1,33 0,02 2,40 ADA (7) 3 4 - 0,02 0,28 - 1,28 ADA (8) 7 8 2 0,09 1,89 - 2,49 ADA (9) 5 11 - 0,11 1,22 - 2,32 AII (1) 5 6 7 0,09 0,38 2,66 2,39 AII (2) - 2 8 - 1,16 5,5 1,67 AII (3) 4 1 3 0,04 1,6 6,5 1,79 AII (4) - - - - - - - AII (5) 2 3 8 0,01 0,28 14,8 2,09 AII (6) 1 3 6 0,05 0,17 3,5 2,41 AII (7) - 1 - - 0,06 - AII (8) 9 3 2 0,18 0,95 - 2,17 AII (9) 5 4 9 0,04 0,08 - 2,16

Nota: Em negrito os resultados obtidos durante a primeira, a quinta e a nona campanhas. Legenda: AID = canteiro de obras, ADA = reservatório e AII = área controle; método sistematizado: AIQ = arma-dilhas de interceptação e queda, PSLT = procura sistematizada limitada por tempo e ASR = amostragens em sítio reprodutivo e diversidade (SW = índice de Shannon-Wiener); (1) = primeira campanha, (2) = segunda campanha, (3) = terceira campanha, (4) = quarta campanha, (5) = quinta campanha, (6) sexta campanha, (7) sétima campanha, (8) = oitava campanha (9) = nona campanha.

4.1.12 Similaridade entre as parcelas de amostragem durante a nona

campanha

Nesta campanha, a análise de Cluster separou ao nível de similaridade de, aproxima-

damente, 20% as parcelas em dois grupos. Dos grupos formados, o que apresentou

maior índice de similaridade está unido no nível de, aproximadamente 40% e consti-

tuído pelas parcelas AII e AID. A parcela da ADA está separada em um grupo a parte

(Gráfico 1).

C051971
Realce
Apenas a oitava campanha esta em negrito
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Gráfico 1 – Análise de similaridade (Bray-Curtis) para a herpetofauna registrada por meio dos métodos aplicados nas parcelas de interesse (ADI, ADA e AII) du-rante a nona campanha

Cabe destacar que, em comparação com os resultados obtidos na quinta campanha,

ocorrida em um período equivalente de cheia, os dados revelam um padrão bastante

semelhante entre estes dois momentos. Naquela oportunidade os dados apresentaram

o mesmo padrão de agrupamento entre as parcelas (Gráfico 2) com similaridades

bastante similares entre os grupos, quando comparadas as obtidas neste momento.

Gráfico 2 – Análise de similaridade (Bray-Curtis) para a herpetofauna registrada por meio dos métodos aplicados nas parcelas de interesse (ADI, ADA e AII) du-rante a quinta campanha

4.1.13 Suficiência amostral

A curva de suficiência amostral foi elaborada com base apenas nos registros obtidos

através dos métodos sistematizados implantados nas parcelas de amostragem. Até o

C051971
Realce
resultados
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momento, estes métodos registram um total de 74 espécies. A curva de suficiência

amostral continua em formato ascendente, indicando que o número de espécies da

herpetofauna, nas parcelas de interesse, é superior ao registrado pelos métodos sis-

tematizados até o momento (Gráfico 3). Isto pode ser confirmado pelas espécies re-

gistradas, exclusivamente, pelos métodos não sistematizados e atividades de resgate

de fauna. O estimador de riqueza Jacknife projetou um total de, aproximadamente 98

espécies (SD = 5) para as parcelas até o momento. Em comparação com a riqueza

observada (74 espécies), pode-se afirmar que os métodos sistematizados aplicados

amostraram, aproximadamente, 75% do total de espécies estimadas para as parcelas

até o momento.

Gráfico 3 – Curva do coletor aleatorizada (500 randomizações), construída com base na herpetofauna registrada pelos métodos sistematizados aplicados nas parcelas de interesse (ADA, AID, AII) durante as nove campanhas.

Nota: A primeira campanha corresponde aos dias 1 a 6, a segunda campanha aos dias 7 a 12, a terceira campanha aos dias 8 a 18, a quinta campanha aos dias 19 a 24, a sexta campanha aos dias 25 a 30, a sétima campanha aos dias 31 a 36, oitava campanha aos dias 37 a 42 e a nona campanha aos dias 43 a 54. A quarta campanha foi interrompida logo no início das atividades e não está contabilizada na análise. A linha contínua representa a curva média e as linhas pontilhadas representam os intervalos de confiança (95%).

4.1.14 Considerações finais

Durante a presente fase de campo, foi possível constatar uma grande cheia do Rio

Teles Pires. Entretanto o nível não havia atingido seu ápice até o término da campa-

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nha. Esta situação dificultou muito a visualização de quelônios e crocodilianos nas

margens do rio, devido à densa vegetação. Durante a seca, esses animais ficam mais

expostos e termorregulam nas praias que se formam nas margens. Desta forma, mais

uma vez, sugere-se a implantação de programas específicos que atendam de forma

efetiva a fauna de quelônios e crocodilianos do Rio Teles Pires. Estes programas ser-

viriam para complementar os estudos de monitoramento, atendendo de forma efetiva

e adequada estas espécies que utilizam diretamente o leito do Rio Teles Pires e que

poderão ser afetadas pela implantação do empreendimento. Métodos direcionados

especificamente para este grupo poderiam suprir a dificuldade em se amostrar estes

animais em períodos de cheia, quando a visualização e identificação dos mesmos é

bastante difícil.

Em relação aos lagartos, geralmente são mais ativos durante os períodos secos, o que

explicaria a baixa frequência de observações destes animais na estação chuvosa.

Além disso, ao longo dos anos de monitoramento, pôde-se observar que a fauna de

lagartos nas áreas de transição entre Cerrado e Floresta Amazônica, onde está inseri-

da a área de estudo da UHE Colíder, não é diversa como aquela observada em áreas

exclusivamente constituídas pela Floresta Amazônica.

Espécies de serpentes foram mais frequentes quando comparadas às registradas du-

rante as campanhas de seca, inclusive com o registro de espécies que ainda não havi-

am sido encontradas durante os estudos de monitoramento (ex. Micrurus surinamen-

sis). A inclusão de novos registros na lista geral de riqueza reforçam a importância de

se realizar campanhas frequentes e contemplando diversas épocas do ano, caracteri-

zando as peculiaridades climáticas destes diferentes momentos.

A fauna de anfíbios anuros ficou abaixo da expectativa, tanto na riqueza quanto na

abundância de espécies observados.

Apesar de a região sofrer pressão antrópica há um grande período de tempo por meio

da pecuária e da extração de madeira e, mais recentemente com a construção da UHE

Colíder, é possível afirmar que a região apresenta um grande potencial para a fauna

local, sendo que algumas espécies certamente não foram registradas. Muitas delas

servirão de parâmetro para as análises de impacto ambiental decorrentes da instala-

ção e operação da usina hidrelétrica.

Até o presente momento, considerando-se todos os métodos de amostragem, foram

registradas 42 espécies de anfíbios anuros confirmados, 33 espécies de serpentes, 11

espécies de lagartos, três espécies de amphisbênios, três espécies de quelônios e du-

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as espécies de crocodilianos, totalizando 91 espécies da herpetofauna. Os registros

decorrentes do resgate de fauna incrementam consideravelmente o inventário do gru-

po temático em questão.

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4.1 AVIFAUNA

4.1.1 Procedimentos Metodológicos

4.1.1.1 Identificação das Espécies

A identificação das espécies de aves ocorreu basicamente por meio de três métodos

distintos, descritos a seguir:

Registro Visual (Observação Direta)

Durante todo o período de permanência na área de estudo houve contatos visuais

com elementos da avifauna. Todos os táxons foram identificados até o nível de espé-

cie após observação de caracteres de diagnose específicos de cada ave. Equipamentos

ópticos foram utilizados para a correta identificação, como binóculos 8x42 mm e lune-

tas 30x60 mm.

Registro Auditivo (Bioacústico)

O registro auditivo consiste no reconhecimento das emissões vocais das espécies em

questão. Cada espécie de ave possui vocalizações exclusivas e a experiência dos pes-

quisadores permite sua correta identificação. Para gravar espécies importantes local-

mente ou mesmo para solucionar alguma eventual dúvida auditiva, foram utilizados

equipamentos profissionais de gravação: dois gravadores Olympus Digital Recorder

LS-10 e um gravador Sony TCM-5000, além de três microfones Sennheiser ME-66. As

gravações foram armazenadas em acervo particular dos pesquisadores, e em caso de

dúvidas a respeito de emissões vocais não conhecidas, os arquivos serão analisados

em laboratório e comparados com gravações semelhantes. As gravações serão edita-

das em softwares específicos e sonogramas serão obtidos utilizando-se softwares de

edição de áudio.

A técnica do playback foi utilizada para se obter uma melhor visualização de aves críp-

ticas, ou mesmo registrá-las fotograficamente. Para tanto foram utilizadas prioritari-

amente vocalizações gravadas na área de estudo. Além disso, a mesma técnica foi

utilizada para a verificação da presença de algumas espécies esperadas para a região,

conforme análise dos hábitats disponíveis. Para tanto, gravações de outras localidades

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foram tocadas em hábitats propícios à detecção de cada espécie-alvo. Para aplicar a

técnica de playback foram utilizados aparelhos para a reprodução de arquivos sonoros

contendo bancos de dados dos próprios pesquisadores e amplificadores portáteis de

alta qualidade.

Registro por Captura

Algumas espécies de aves somente foram registradas por meio de capturas em redes

de neblina. Este método é eficiente para espécies crípticas que habitam o sub-bosque

da floresta, pois podem passar despercebidas durante as contagens nos pontos fixos

ou durante os deslocamentos pelas transecções devido ao hábito ou por não estarem

em atividade vocal.

4.1.1.2 Avaliações Quantitativas

As avaliações quantitativas foram realizadas utilizando dois métodos distintos: ani-

lhamento e contagens em pontos de escuta. Abaixo serão descritos os dois métodos.

Anilhamento (Captura/Marcação)

Foram instaladas 12 redes de neblina (12 x 3 m; malha 15 e 20 mm) em cada uma

das três áreas amostrais (canteiro de obras, reservatório e área controle). Foram des-

pendidos dois dias inteiros de rede em cada área, ou seja, duas manhãs e duas tar-

des. As redes foram abertas ao amanhecer, permanecendo em funcionamento até o

horário mais quente do dia, sendo reabertas no meio da tarde e mantidas em funcio-

namento até anoitecer. As revisões foram efetuadas a cada 30 minutos. Foram des-

pendidos três dias adicionais apenas para remoção e instalação das redes nas demais

áreas amostrais para que o horário de maior movimentação das aves não fosse preju-

dicado pela atividade de instalação dos petrechos de captura.

Todos os indivíduos capturados foram acondicionados em sacos de pano para posteri-

or marcação com anilhas metálicas coloridas e numeradas. Foram anotadas em ficha

de campo as seguintes informações: local de captura (parcela amostral), espécie, se-

xo, faixa etária, massa corpórea, medidas morfométricas (cúlmen exposto, compri-

mento do tarso, asa, cauda e total), presença de muda de penas (rêmiges primárias,

rêmiges secundárias, retrizes e tetrizes), presença de placa de incubação, ectoparasi-

tas e anomalias. Após o anilhamento, todas as aves foram fotografas e soltas no local

onde foram capturadas.

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A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número

de capturas*100 / esforço de horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral

para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem

distinção de local.

Pontos de Escuta

Com o objetivo de se obter dados quantitativos adicionais aos obtidos com capturas e

marcação, foi utilizado o método de censos em pontos fixos, proposto por Blondel et

al. (1970), adaptado por Viellard & Silva (1990) e Bibby (1992). Os censos em pontos

fixos foram conduzidos nas três áreas amostrais. Em cada área foi aberta uma picada

de 2 km de comprimento onde foram estabelecidos seis pontos de contagem. A dis-

tância entre cada ponto foi de no mínimo 300 m para garantir a independência amos-

tral. As contagens foram conduzidas apenas pela manhã, pois o período da tarde

apresenta baixa movimentação de aves, dando a falsa impressão dos táxons não es-

tarem presentes. O tempo de duração em cada ponto de escuta foi de 15 minutos. O

raio de detecção estipulado foi de 150 m de cada lado da linha central.

Os dados obtidos com este método foram apresentados pelo Índice Pontual de Abun-

dância (IPA). O IPA de cada espécie foi obtido dividindo-se o número de contatos de

cada espécie pelo número de amostras, sendo, portanto, um valor médio de contatos

de determinada espécie por ponto de amostragem. Este valor indica a abundância de

cada espécie em função de seu coeficiente de detecção naquele período do ano.

As contagens tiveram início ao amanhecer, prosseguindo até as 11:00 h. Qualquer

espécie da avifauna identificada visual e/ou auditivamente em cada ponto foi conside-

rada. Um cuidado adicional com o deslocamento de cada ave foi tomado para se evi-

tar sobrecontagens. Espécies coloniais ou que se reúnem para rituais de corte (com-

portamento de lek) foram registradas como um único contato.

A localização de cada ponto de contagem pode ser conferida nos croquis das áreas

amostrais, apresentados no item 3.1 (Figura 2, Figura 3, Figura 4).

Cabe ressaltar que foram despendidos outros dois dias de amostragem apenas para

coleta de dados não-sistematizados. Este método é muito eficiente, pois propicia a

amostragem de locais de interesse, com dedicação total à busca de espécies impor-

tantes para o estudo, sem a preocupação de desconsiderar dados ou hábitats impor-

tantes para ficar restrito apenas aos métodos descritos acima.

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4.1.1.3 Análise dos Dados

Após a obtenção dos dados em campo, foram feitas algumas análises para efeito

comparativo com as fases subsequentes. Abaixo são descritas as análises considera-

das.

Curva do Coletor

As curvas de acumulação de espécies ou curvas do coletor são um bom procedimento

para avaliar o quanto um inventário se aproxima de identificar todas as espécies es-

peradas para a área de estudo. A curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva

inicialmente ascendente, de crescimento acelerado, que prossegue cada vez mais de-

vagar de acordo com o aumento do esforço amostral, até formar um platô ou assínto-

ta (Martins & Santos, 1999). Quando a curva se estabiliza (ponto assintótico), grande

parte da riqueza total da área foi amostrada (Santos, 2004).

Similaridade entre as áreas amostrais

A análise de Cluster foi utilizada para comparar a riqueza de espécies entre as três

áreas amostrais, através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989),

usando o modo de agrupamento Group Average, o qual permite maximizar a correla-

ção entre as amostras. Os dados foram compilados em uma matriz de presença au-

sência e os dendrogramas propostos foram elaborados através do pacote estatístico

Primer V5 (Clarke & Gorley, 2001).

O índice de similaridade entre as áreas pode variar entre 0 e 100%. Quanto maior for

o valor percentual obtido com a análise de similaridade, mais semelhantes são as

áreas comparadas.

4.1.2 Riqueza de espécies

Durante a nona fase de campo do monitoramento pré-enchimento da avifauna na

área prevista para a UHE Colíder foram registradas, no total, 210 espécies. Este valor

é inferior aos observados nas campanhas anteriores (260 espécies nas oitava e sétima

fases, 259 na sexta e 264 espécies na quinta). Com as informações obtidas, foram

acrescentadas seis espécies à lista de aves, totalizando uma riqueza de 438 táxons

(437 espécies e duas subespécies de uma mesma espécie) para as nove primeiras

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fases de campo (dois primeiros anos de pesquisa). Com os resultados obtidos até en-

tão, 70.3% de toda a avifauna esperada para a região já foi registrada.

A Tabela 7 apresenta todos os táxons esperados para a região norte do estado de Ma-

to Grosso, conforme pesquisa bibliográfica realizada. Nesta mesma tabela podem ser

consultadas todas as espécies registradas durante as nove primeiras fases de campo,

(com a indicação da área amostral onde cada uma foi encontrada), a indicação dos

dados citados no EIA e quais das espécies são endêmicas do Brasil.

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Tabela 7 – Lista das espécies esperadas para a área de influência da UHE Colíder, com a indicação das espécies registradas nas sete primeiras fases de campo, e aquelas citadas no EIA do presente empreendimento

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Struthioniformes Rheidae Rhea americana (Linnaeus, 1758) ema Tinamiformes Tinamidae Tinamus tao Temminck, 1815 azulona 7 3,7,8 3,4,5,6,7,8,9

Tinamus major (Gmelin, 1789) inhambu-de-cabeça-vermelha

Tinamus guttatus Pelzeln, 1863 inhambu-galinha 7,8 5,6,9 X Crypturellus cinereus (Gmelin, 1789) inhambu-preto 1,2 1,6,8 3,8 X Crypturellus soui (Hermann, 1783) tururim 1,2,3,5,7,8,9 3 3,7 X Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) inhambuguaçu 1,2,3,5,6,7 1 1,2,3,4,5

Crypturellus undulatus (Temminck, 1815)

jaó X

Crypturellus strigulosus (Temminck, 1815) inhambu-relógio 1,2,5,6,7,8,9 1,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

Crypturellus variegatus (Gmelin, 1789)

inhambu-anhangá 1 3 5,9

Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inhambu-chororó 5 2,5,6,7,8 X

Crypturellus tataupa (Temminck, 1815)

inhambu-chintã 1,2,3,5,6,8 3 6,8,9

Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815)

perdiz 8

Nothura maculosa (Temminck, 1815) codorna-amarela 3 Taoniscus nanus (Temminck, 1815) inhambu-carapé Anseriformes Anhimidae

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Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Anhima cornuta (Linnaeus, 1766) anhuma Anatidae Dendrocygninae Reichenbach, 1850 Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) marreca-caneleira Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê

Dendrocygna autumnalis (Linnaeus, 1758)

asa-branca 3

Anatinae Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato 5 7,8 Sarkidiornis sylvicola Ihering & Ihe-ring, 1907 pato-de-crista

Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789)

pé-vermelho 1,5

Galliformes Cracidae Ortalis guttata (Spix, 1825) aracuã Ortalis motmot (Linnaeus, 1766) aracuã-pequeno Penelope superciliaris Temminck, 1815

jacupemba X

Penelope jacquacu Spix, 1825 jacu-de-spix 1,3,6,7,8 1,2,3,5,6 1,2,4,5 X Aburria cujubi (Pelzeln, 1858) cujubi 3,5,6,8 1,2,3,6,7,8 X Pauxi tuberosa (Spix, 1825) mutum-cavalo 2,3,6,7 X Crax fasciolata Spix, 1825 mutum-de-penacho 3,7,9 X Odontophoridae Odontophorus gujanensis (Gmelin, 1789) uru-corcovado 8 6 2,3,5,7 6 X

Podicipediformes Podicipedidae Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766)

mergulhão-pequeno

Podilymbus podiceps (Linnaeus, mergulhão-caçador

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Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

1758)

Ciconiiformes Ciconiidae Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) tuiuiú 3 Mycteria americana Linnaeus, 1758 cabeça-seca 3,7 3,7 Suliformes Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789)

biguá 1,5,6,7,8

Anhingidae Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) biguatinga 1,5,8 1,5,7,8,9 Pelecaniformes Ardeidae Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) socó-boi 1,6 3 Agamia agami (Gmelin, 1789) garça-da-mata Cochlearius cochlearius (Linnaeus, 1766)

arapapá 1,3,4 1

Zebrilus undulatus (Gmelin, 1789) socoí-zigue-zague 1 1,5 Ixobrychus exilis (Gmelin, 1789) socoí-vermelho Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758)

savacu

Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho 1 1,2,6,8 1,2,7 Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira 1,8 8 8 1,2,3,4,5,6,7,8 Ardea cocoi Linnaeus, 1766 garça-moura 3,6,7 Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca-grande 1,8 1,5 1,2,4,5,7,8 Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783) garça-real 1,5 2,3,4,5,7,9 1,8 Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena 1 1,3,6,8 1,8 Threskiornithidae Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789)

coró-coró 5 8

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Theristicus caudatus (Boddaert, 1783)

curicaca

Platalea ajaja Linnaeus, 1758 colhereiro Cathartiformes Cathartidae

Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha 1 1 8 1,5,8,9

Cathartes burrovianus Cassin, 1845 urubu-de-cabeça-amarela

1 1 1 1,7 X

Cathartes melambrotus Wetmore, 1964 urubu-da-mata

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9 1,2,3,5,6,7,8,9 1,2,4,5,6,7,8,9 X

Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta 1,2,4,5,6,7,8,9 1,5,8 1,5 1,2,4,5,6,7,8,9 Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758) urubu-rei 5 2,5,7 7,8 7 X Accipitriformes Pandionidae Pandion haliaetus (Linnaeus, 1758) águia-pescadora Accipitridae Leptodon cayanensis (Latham, 1790) gavião-de-cabeça-cinza 7 Chondrohierax uncinatus (Temminck, 1822)

caracoleiro

Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758) gavião-tesoura 2,8 3,7,8 X Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825 gaviãozinho 9 1,7 X Elanus leucurus (Vieillot, 1818) gavião-peneira 2 Harpagus bidentatus (Latham, 1790) gavião-ripina Accipiter poliogaster (Temminck, 1824)

tauató-pintado

Accipiter superciliosus (Linnaeus, 1766) gavião-miudinho 3 6

Accipiter striatus Vieillot, 1808 gavião-miúdo

Accipiter bicolor (Vieillot, 1817) gavião-bombachinha-grande

Ictinia mississippiensis (Wilson, 1811) sauveiro-do-norte 7

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Ictinia plumbea (Gmelin, 1788) sovi 8,9 1,8,9 8,9 8,9 X Busarellus nigricollis (Latham, 1790) gavião-belo Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817) gavião-caramujeiro Geranospiza caerulescens (Vieillot, 1817)

gavião-pernilongo

Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) gavião-caboclo

Urubitinga urubitinga (Gmelin, 1788) gavião-preto 3,8 1,7

Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó 1,5,6,7,9 1 1 1,2,3,4,5,6,7,8,9 X

Parabuteo unicinctus (Temminck, 1824)

gavião-asa-de-telha

Geranoaetus albicaudatus (Vieillot, 1816) gavião-de-rabo-branco 1,9 1,3,4,5,7 X

Geranoaetus melanoleucus (Vieillot, 1819)

águia-chilena 3

Pseudastur albicollis (Latham, 1790) gavião-branco 1,2,7,8 1 3 Leucopternis kuhli Bonaparte, 1850 gavião-vaqueiro 3,7 Buteo nitidus (Latham, 1790) gavião-pedrês 1,2,3,5,6 3 5,6 X Buteo brachyurus Vieillot, 1816 gavião-de-cauda-curta 5 3 X Buteo swainsoni Bonaparte, 1838 gavião-papa-gafanhoto X Buteo albonotatus Kaup, 1847 gavião-de-rabo-barrado Morphnus guianensis (Daudin, 1800) uiraçu-falso Harpia harpyja (Linnaeus, 1758) gavião-real 7 Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) gavião-pega-macaco 2 1,5,6,8 Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816)

gavião-pato 5 5,6 3

Spizaetus ornatus (Daudin, 1800) gavião-de-penacho 1,2,7 Falconiformes Falconidae Daptrius ater Vieillot, 1816 gavião-de-anta 1,5 1,2,3,5,6,8 7 X Ibycter americanus (Boddaert, 1783) gralhão X

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Caracara plancus (Miller, 1777) caracará 1,5,8,9 3 1,3,4,5,6,7,8,9 X Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro 1 Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758)

acauã 1,3,7,8 5,6 3,5 1,5,7,8 X

Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817) falcão-caburé 7 8 X Micrastur gilvicollis (Vieillot, 1817) falcão-mateiro X Micrastur mintoni Whittaker, 2002 falcão-críptico 1,8 2,3,6,7,9 3 Micrastur mirandollei (Schlegel, 1862) tanatau 7 2,5,8 Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817)

falcão-relógio 2,8 3 3

Falco sparverius Linnaeus, 1758 quiriquiri 1,5,7,8,9 1,3,5,6,8

Falco rufigularis Daudin, 1800 cauré 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

2,3,4,5 3,4,5,7 X

Falco deiroleucus Temminck, 1825 falcão-de-peito-laranja X Falco femoralis Temminck, 1822 falcão-de-coleira 5 Falco peregrinus Tunstall, 1771 falcão-peregrino Eurypygiformes Eurypygidae Eurypyga helias (Pallas, 1781) pavãozinho-do-pará 3 1,5,6,8 Gruiformes Aramidae Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) carão 2 Psophiidae

Psophia viridis Spix, 1825 jacamim-de-costas-verdes X E

Rallidae Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) saracura-três-potes X

Amaurolimnas concolor (Gosse, 1847) saracura-lisa Laterallus viridis (Statius Muller, 1776)

sanã-castanha 5

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Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819)

sanã-parda

Laterallus exilis (Temminck, 1831) sanã-do-capim 1,7 Porzana albicollis (Vieillot, 1819) sanã-carijó 1 1 Neocrex erythrops (Sclater, 1867) turu-turu Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) saracura-sanã Gallinula galeata (Lichtenstein,1818) frango-d'água-comum 3 Porphyrio martinica (Linnaeus, 1766) frango-d'água-azul Heliornithidae Heliornis fulica (Boddaert, 1783) picaparra 5 3,8,9 Cariamiformes Cariamidae Cariama cristata (Linnaeus, 1766) seriema Charadriiformes Charadriidae Vanellus cayanus (Latham, 1790) batuíra-de-esporão

Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero 1,2,3,4,5,6,7,8,9

5 1,2,3,4,5,6,7,8,9

Recurvirostridae Himantopus mexicanus (Statius Mu-ller, 1776)

pernilongo-de-costas-negras

Scolopacidae Gallinago paraguaiae (Vieillot, 1816) narceja Gallinago undulata (Boddaert, 1783) narcejão Actitis macularius (Linnaeus, 1766) maçarico-pintado 8 8 Tringa solitaria Wilson, 1813 maçarico-solitário

Tringa melanoleuca (Gmelin, 1789) maçarico-grande-de-perna-amarela

Tringa flavipes (Gmelin, 1789) maçarico-de-perna-amarela

8

Jacanidae

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Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã 1,6,7 Sternula superciliaris (Vieillot, 1819) trinta-réis-anão Phaetusa simplex (Gmelin, 1789) trinta-réis-grande 7 Rynchopidae Rynchops niger Linnaeus, 1758 talha-mar Columbiformes Columbidae Columbina minuta (Linnaeus, 1766) rolinha-de-asa-canela Columbina talpacoti (Temminck, 1811)

rolinha-roxa 1,3,4,5,6,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

Columbina squammata (Lesson, 1831)

fogo-apagou 1,2,8 1,2,3,4,6,7,8,9

Columbina picui (Temminck, 1813) rolinha-picui Claravis pretiosa (Ferrari-Perez, 1886) pararu-azul 2,3,7 3 3,6 X

Uropelia campestris (Spix, 1825) rolinha-vaqueira

Patagioenas speciosa (Gmelin, 1789) pomba-trocal 1,2,3,4,5,6,7,8,9 1,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9 X

Patagioenas picazuro (Temminck, 1813)

pombão 1,6,8 1,2,4,5,6,7,8,9 X

Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) pomba-galega X

Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) pomba-amargosa 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,3,4,5,6,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

Patagioenas subvinacea (Lawrence, 1868) pomba-botafogo

1,2,3,4,5,6,7,8,9 1,3,4,5,6,7,8,9 1,3,4,5,6,7,8,9 X

Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) pomba-de-bando Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 juriti-pupu X Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) juriti-gemedeira 1,2,8 1,3,5,6,7,8,9 1,3 1,8 X

Geotrygon violacea (Temminck, 1809)

juriti-vermelha

Geotrygon montana (Linnaeus, 1758) pariri 1,3,9 7,9 X

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Psittaciformes Psittacidae Anodorhynchus hyacinthinus (Lat-ham, 1790)

arara-azul-grande

Ara ararauna (Linnaeus, 1758) arara-canindé 1,3,4,5,6,7,8,9 5,8,9 1,2,3,5,6,7,8,9 X

Ara macao (Linnaeus, 1758) araracanga 1,2,3,4,5,6,7,8,9 3,5,6,7,8,9 5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9 X

Ara chloropterus Gray, 1859 arara-vermelha-grande 7,8 X

Ara severus (Linnaeus, 1758) maracanã-guaçu 1,2,3,4,5,6,7,8,9 3,4,5,6,7,8,9 3,5,6,7,8,9 1,2,4,5,6,7,8,9 X

Orthopsittaca manilata (Boddaert, 1783)

maracanã-do-buriti 1,3,5 6,7,9 5 1,2,3,4,5,7,8 X

Primolius maracana (Vieillot, 1816) maracanã-verdadeira 2,5,6,8,9 6,7,8,9 3,7 3,4,5,6,7,8 X

Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) maracanã-pequena 1,2,3,4,5,6,7,8,9

3,6,7,8,9 2,5,6,7,8 1,2,4,5,6,8 X

Aratinga acuticaudata (Vieillot, 1818) aratinga-de-testa-azul Aratinga leucophthalma (Statius Mu-ller, 1776)

periquitão-maracanã 1,2,3,5,8 6,7 2 2,3,4,5 X

Aratinga aurea (Gmelin, 1788) periquito-rei Pyrrhura snethlageae Joseph & Bates, 2002 tiriba-do-madeira

1,2,3,4,5,6,7,8,9 3,5,7,8,9 2,3,4,5,6,7,8,9 1,3,5,6,8 X

Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim Forpus modestus (Cabanis, 1848) tuim-de-bico-escuro 1,2

Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) periquito-de-encontro-amarelo

2,3,4,5,6,7,8,9 3,8 3,4,5 1,3,4,5,6,7,8,9

Brotogeris chrysoptera (Linnaeus, 1766)

periquito-de-asa-dourada 1 1 X

Touit huetii (Temminck, 1830) apuim-de-asa-vermelha 6 6,7 3,5,6 Touit purpuratus (Gmelin, 1788) apuim-de-costas-azuis

Pionites leucogaster (Kuhl, 1820) marianinha-de-cabeça-amarela

1,2,3 1,3,5,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

Pyrilia vulturina (Kuhl, 1820) curica-urubu E Pyrilia aurantiocephala (Gaban-Lima, papagaio-de-cabeça- E

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49

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Raposo & Höfling, 2002) laranja

Pyrilia barrabandi (Kuhl, 1820) curica-de-bochecha-laranja 3,6,7,8,9 2,5,6 3,5,6,9

Alipiopsitta xanthops (Spix, 1824) papagaio-galego

Pionus menstruus (Linnaeus, 1766) maitaca-de-cabeça-azul 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,3,5,6,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,3,5,6,7,8,9 X

Amazona kawalli Grantsau & Camar-go, 1989 papagaio-dos-garbes E

Amazona farinosa (Boddaert, 1783) papagaio-moleiro X Amazona amazonica (Linnaeus, 1766) curica 5 X Amazona ochrocephala (Gmelin, 1788)

papagaio-campeiro 1,2,3,4,5,6,7,8,9

3 3,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8,9

X

Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) papagaio-verdadeiro Deroptyus accipitrinus (Linnaeus, 1758)

anacã 1,2,3,5,6,7,8 3,5,6,7,8,9 1,3,4,5

Opisthocomiformes Opisthocomidae Opisthocomus hoazin (Statius Muller, 1776)

cigana

Cuculiformes Cuculidae Cuculinae Coccycua minuta (Vieillot, 1817) chincoã-pequeno Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato 5,6,7,8 3,6,7,8,9 3,8 X

Piaya melanogaster (Vieillot, 1817) chincoã-de-bico-vermelho

1,2,5,6 1,8 1,3,5,9

Coccyzus melacoryphus Vieillot, 1817 papa-lagarta-acanelado X Crotophaginae Crotophaga major Gmelin, 1788 anu-coroca 7,8 2,3,8 X

Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto 1,2,5,6,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco 1,5,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,

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50

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9

Taperinae Tapera naevia (Linnaeus, 1766) saci 8 8 Dromococcyx phasianellus (Spix, 1824)

peixe-frito-verdadeiro

Dromococcyx pavoninus Pelzeln, 1870 peixe-frito-pavonino 7 Neomorphinae Neomorphus sp. jacu-estalo cf. Strigiformes Tytonidae Tyto alba (Scopoli, 1769) coruja-da-igreja 3,7,8 8 1,2 Strigidae Megascops choliba (Vieillot, 1817) corujinha-orelhuda 1,4,5,6,7,8,9 Megascops usta (Sclater, 1858) corujinha-relógio 2,3,4,5,6,7,8 3,5,7,8 1,2,3,4,5,7,8 1,3 X Lophostrix cristata (Daudin, 1800) coruja-de-crista 1,2,7,8 2,3,5 Pulsatrix perspicillata (Latham, 1790) murucututu 3 Bubo virginianus (Gmelin, 1788) jacurutu Strix virgata (Cassin, 1849) coruja-do-mato Strix huhula Daudin, 1800 coruja-preta Glaucidium hardyi Vielliard, 1990 caburé-da-amazônia 1,8 X Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788)

caburé 5 9

Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira 3 1,2,3,4,5,7,8,9 Asio clamator (Vieillot, 1808) coruja-orelhuda Asio stygius (Wagler, 1832) mocho-diabo Caprimulgiformes Nyctibiidae Nyctibius grandis (Gmelin, 1789) mãe-da-lua-gigante 5,8 4,8 Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) mãe-da-lua 8 8 3,7 X Caprimulgidae

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51

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Nyctiphrynus ocellatus (Tschudi, 1844)

bacurau-ocelado 2,3,5,6,7,8 3,7,8 1,2,3,4,5,7,8 8

Antrostomus sericocaudatus Cassin, 1849 bacurau-rabo-de-seda

Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789)

tuju 6,7,8 1 X

Hydropsalis leucopyga (Spix, 1825) bacurau-de-cauda-barrada 7,8

Hydropsalis nigrescens (Cabanis, 1848)

bacurau-de-lajeado 1,7,8 3,5,7,8 3 4 X

Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) bacurau 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,8 1,2,3,4,5,6,8 1,2,3,5,6,8,9 X Hydropsalis parvula (Gould, 1837) bacurau-chintã 8 8 3,7 3,8 Hydropsalis maculicauda (Lawrence, 1862)

bacurau-de-rabo-maculado

Hydropsalis climacocerca (Tschudi, 1844) acurana

Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) bacurau-tesoura 3 3,6 Chordeiles pusillus Gould, 1861 bacurauzinho 8 Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817) corucão 6 8

Chordeiles minor (Forster, 1771) bacurau-norte-americano 9 9

Chordeiles acutipennis (Hermann, 1783)

bacurau-de-asa-fina

Chordeiles sp. bacurau 3 Apodiformes Apodidae Cypseloides fumigatus (Streubel, 1848) taperuçu-preto 9

Cypseloides senex (Temminck, 1826) taperuçu-velho

Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) taperuçu-de-coleira-branca

Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 andorinhão-de-sobre-cinzento

X

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52

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Chaetura egregia Todd, 1916 taperá-de-garganta-branca

1,2,6

Chaetura chapmani Hellmayr, 1907 andorinhão-de-chapman 6 1 2 Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 andorinhão-do-temporal

Chaetura brachyura (Jardine, 1846) andorinhão-de-rabo-curto

1,6 8 1 X

Tachornis squamata (Cassin, 1853) andorinhão-do-buriti 7 1,5 X Panyptila cayennensis (Gmelin, 1789) andorinhão-estofador 7 Trochilidae Phaethornithinae

Glaucis hirsutus (Gmelin, 1788) balança-rabo-de-bico-torto 3 2,6 3 3 X

Threnetes leucurus (Linnaeus, 1766) balança-rabo-de-garganta-preta

Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) rabo-branco-rubro 1,2,3,4,5,6,7,8,9 1,3,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9 X

Phaethornis pretrei (Lesson & Delat-tre, 1839)

rabo-branco-acanelado

Phaethornis hispidus (Gould, 1846) rabo-branco-cinza 9 Phaethornis superciliosus (Linnaeus, 1766) rabo-branco-de-bigodes 7,8 X

Phaethornis malaris (Nordmann, 1835)

besourão-de-bico-grande

3

Trochilinae Campylopterus largipennis (Boddaert, 1783)

asa-de-sabre-cinza 3 1,8 2,3,9 X

Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura

Florisuga mellivora (Linnaeus, 1758) beija-flor-azul-de-rabo-branco

Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817)

beija-flor-de-veste-preta 3,7 3 3 X

Avocettula recurvirostris (Swainson, 1822)

beija-flor-de-bico-virado

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53

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Lophornis chalybeus (Vieillot, 1822) topetinho-verde Discosura langsdorffi (Temminck, 1821) rabo-de-espinho

Thalurania furcata (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura-verde 1,4,5,6,8,9 1,3,5,7,8,9 2,4,5,8 X Hylocharis sapphirina (Gmelin, 1788) beija-flor-safira 7 Hylocharis cyanus (Vieillot, 1818) beija-flor-roxo 6 2,3

Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) beija-flor-de-banda-branca

3 2,3 3

Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) beija-flor-de-garganta-verde

Heliodoxa aurescens (Gould, 1846) beija-flor-estrela 3

Heliothryx auritus (Gmelin, 1788) beija-flor-de-bochecha-azul 1,6 1,5,7,8,9 5 X

Heliactin bilophus (Temminck, 1820) chifre-de-ouro Heliomaster longirostris (Audebert & Vieillot, 1801) bico-reto-cinzento 7

Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783)

estrelinha-ametista

Trogoniformes Trogonidae Trogon melanurus Swainson, 1838 surucuá-de-cauda-preta 1,2,3,4,5,6,7,8 3,5,8 1,2,3,4,5,7,9

Trogon viridis Linnaeus, 1766 surucuá-grande-de-barriga-amarela 1,2,3,5,6,7,8,9 1,2,3,5,6,7,8,9 2,3,4,5,6,7,8,9 X

Trogon ramonianus Deville & Des-Murs, 1849

surucuá-violáceo 2,5,6,7,8,9 1,5,8 6

Trogon curucui Linnaeus, 1766 surucuá-de-barriga-vermelha 6,7,8 3 X

Trogon rufus Gmelin, 1788 surucuá-de-barriga-amarela

7 1 X

Trogon collaris Vieillot, 1817 surucuá-de-coleira 5,6,7 1,2,3,5,6,7,8 X Pharomachrus pavoninus (Spix, 1824)

surucuá-pavão 3 X

Coraciiformes

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Alcedinidae

Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande 2

1,2,3,4,5,6,7,8,9 1,2

Chloroceryle amazona (Latham, 1790)

martim-pescador-verde 2 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2

Chloroceryle aenea (Pallas, 1764) martinho 2 5,9 X Chloroceryle americana (Gmelin, 1788)

martim-pescador-pequeno 6

1,2,3,4,5,6,7,8,9

Chloroceryle inda (Linnaeus, 1766) martim-pescador-da-mata

3,5 X

Momotidae Electron platyrhynchum (Leadbeater, 1829)

udu-de-bico-largo 3,5,8

Baryphthengus martii (Spix, 1824) juruva-ruiva

Momotus momota (Linnaeus, 1766) udu-de-coroa-azul 1,2,3,4,5,6,7,8,9

6,8 6,7 X

Galbuliformes Galbulidae Brachygalba lugubris (Swainson, 1838)

ariramba-preta 2 X

Galbula cyanicollis Cassin, 1851 ariramba-da-mata 1,7 3,6,8 1

Galbula ruficauda Cuvier, 1816 ariramba-de-cauda-ruiva

1,2,3,4,5,7,8 5,6 X

Galbula leucogastra Vieillot, 1817 ariramba-bronzeada 1,2,3,5,6,7,8 1,9 Galbula dea (Linnaeus, 1758) ariramba-do-paraíso 1,2,3,6,7,8 1 1,2,3,9 X Jacamerops aureus (Statius Muller, 1776) jacamaraçu 2,3,4,5,6,7,8,9 1,2,4,5,6,7

Bucconidae Notharchus hyperrhynchus (Sclater, 1856)

macuru-de-pescoço-branco 1,3,8,9 5 2,5,7

Notharchus ordii (Cassin, 1851) macuru-de-peito-marrom

2,3,7 1,2,8,9

Notharchus tectus (Boddaert, 1783) macuru-pintado 2,6,7,9 9 3,5,6,7,9 5

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Bucco tamatia Gmelin, 1788 rapazinho-carijó 3,6 Bucco capensis Linnaeus, 1766 rapazinho-de-colar 1,7,9 Nystalus striolatus (Pelzeln, 1856) rapazinho-estriado 1,2,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5 Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) joão-bobo Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) rapazinho-dos-velhos

Malacoptila rufa (Spix, 1824) barbudo-de-pescoço-ferrugem

1,9

Nonnula ruficapilla (Tschudi, 1844) freirinha-de-coroa-castanha 2,3 2,4,3,6

Monasa nigrifrons (Spix, 1824) chora-chuva-preto 1,2,5,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

3 X

Monasa morphoeus (Hahn & Küster, 1823)

chora-chuva-de-cara-branca 1,2,5,6,8,9 5 1,2,3,4,5,6

Chelidoptera tenebrosa (Pallas, 1782) urubuzinho 1,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,5,8 1,5,6,8 X

Piciformes Capitonidae

Capito dayi Cherrie, 1916 capitão-de-cinta 1,5,8,9 2,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7,8,9

Ramphastidae Ramphastos toco Statius Muller, 1776 tucanuçu

Ramphastos tucanus Linnaeus, 1758 tucano-grande-de-papo-branco 1,2,3,4,5,6,7,8

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9 X

Ramphastos vitellinus Lichtenstein, 1823

tucano-de-bico-preto 1,3,4,5,6,7,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,3,4,5,6,9 X

Selenidera gouldii (Natterer, 1837) saripoca-de-gould 1,3,5,8 1,2,3,6,7,9 1,2,3,5,6,8,9 Pteroglossus inscriptus Swainson, 1822

araçari-miudinho-de-bico-riscado

1,7,8,9 1 2,3,9 1 X

Pteroglossus bitorquatus Vigors, 1826 araçari-de-pescoço-vermelho 3,6,7,8 7 3,6 X

Pteroglossus aracari (Linnaeus, 1758) araçari-de-bico-branco 7 X Pteroglossus castanotis Gould, 1834 araçari-castanho 1,2,3,6,7,8,9 1,3,8 2,6,8 1,2,4,6,8 X Pteroglossus beauharnaesii Wagler, araçari-mulato 2,3,5,6,7,8 8 1,4,5,6

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1832

Picidae Picumnus aurifrons Pelzeln, 1870 pica-pau-anão-dourado 1,7 1,3,4,8,9 5 X Picumnus albosquamatus d'Orbigny, 1840

pica-pau-anão-escamado

Melanerpes candidus (Otto, 1796) pica-pau-branco 1,3,4,8 Melanerpes cruentatus (Boddaert, 1783)

benedito-de-testa-vermelha

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,3,4,5,6,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,3,5,6,7,8,9 X

Veniliornis affinis (Swainson, 1821) picapauzinho-avermelhado 1,2,3,5,9 1,2,3 2,3,4,5,7,8,9 X

Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766)

picapauzinho-anão

Piculus flavigula (Boddaert, 1783) pica-pau-bufador 3,5,6,7 1,2,3,5,6,9 1,2,3,4,5,6,8 X

Piculus chrysochloros (Vieillot, 1818) pica-pau-dourado-escuro

5

Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) pica-pau-verde-barrado

Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo Celeus grammicus (Natterer & Mal-herbe, 1845)

picapauzinho-chocolate 2,5

Celeus elegans (Statius Muller, 1776) pica-pau-chocolate 9 X Celeus lugubris (Malherbe, 1851) pica-pau-louro Celeus flavus (Statius Muller, 1776) pica-pau-amarelo 8,9 2,3,7 X Celeus torquatus (Boddaert, 1783) pica-pau-de-coleira 8,9 1,9

Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca 1,2,3,6,7,8,9 5,8,9 X

Campephilus rubricollis (Boddaert, 1783)

pica-pau-de-barriga-vermelha

2,7,8 1,3,5,6,7,8,9 1,4,5 1,3 X

Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788)

pica-pau-de-topete-vermelho X

Passeriformes Thamnophilidae Myrmornithinae

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Myrmornis torquata (Boddaert, 1783) pinto-do-mato-carijó Pygiptila stellaris (Spix, 1825) choca-cantadora 2,3,9 1,2,3,4,5,6,8,9 1,2,4,5,6,9 Thamnophilinae Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp. emiliae

papa-formiga-de-bando 1,6,8

Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp. bicolor papa-formiga-de-bando 1 3,5 1 X

Myrmeciza hemimelaena Sclater, 1857

formigueiro-de-cauda-castanha

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

Myrmeciza atrothorax (Boddaert, 1783)

formigueiro-de-peito-preto 1,2,3,6,7,8 1,8 1,3,4,5,6,9

Neoctantes niger (Pelzeln, 1859) choca-preta Epinecrophylla leucophthalma (Pel-zeln, 1868)

choquinha-de-olho-branco 1,2,3,5,8,9 1,2,5,7,8 1,3,4,5,6,7,9

Epinecrophylla ornata (Sclater, 1853) choquinha-ornada 6,8,9 Myrmotherula brachyura (Hermann, 1783) choquinha-miúda 1,2,3,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9 X

Myrmotherula sclateri Snethlage, 1912

choquinha-de-garganta-amarela

1,2,3,4,5,6,7,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

Myrmotherula multostriata Sclater, 1858

choquinha-estriada-da-amazônia 1,2,3,4,5,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

Myrmotherula hauxwelli (Sclater, 1857)

choquinha-de-garganta-clara

5,7,8,9 1,2,5,6,7,8,9 5

Myrmotherula axillaris (Vieillot, 1817) choquinha-de-flanco-branco

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

2,3,5,6,9 X

Myrmotherula longipennis Pelzeln, 1868

choquinha-de-asa-comprida 1 1 X

Myrmotherula menetriesii (d'Orbigny, 1837)

choquinha-de-garganta-cinza

5 1,2,5 5,6

Formicivora grisea (Boddaert, 1783) papa-formiga-pardo 1,3,5 3,6 2,5,6,8 Formicivora rufa (Wied, 1831) papa-formiga-vermelho Thamnomanes saturninus (Pelzeln, 1878) uirapuru-selado

Thamnomanes caesius (Temminck, ipecuá 1,2,7,8 1,2,3,5,9 1,3,5,6,7 X

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1820)

Dichrozona cincta (Pelzeln, 1868) tovaquinha Megastictus margaritatus (Sclater, 1855)

choca-pintada

Herpsilochmus longirostris Pelzeln, 1868

chorozinho-de-bico-comprido

X

Herpsilochmus rufimarginatus (Tem-minck, 1822)

chorozinho-de-asa-vermelha 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6,7,8 1,8

Sakesphorus luctuosus (Lichtenstein, 1823)

choca-d'água 2,5,7 1,2,3,4,5,6,7,8,9

X E

Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) choca-barrada 6,8 2,3,5,6,7,8,9

Thamnophilus palliatus (Lichtenstein, 1823)

choca-listrada 1,5 1,2,3,4,5,6,7,8 X

Thamnophilus schistaceus d'Orbigny, 1835 choca-de-olho-vermelho

1,2,3,4,5,6,7,8,9 1,3,5,7,8 1,2,3,4,5,7,8

Thamnophilus stictocephalus Pelzeln, 1868

choca-de-natterer 1,2,5,6,7,9 3,7,8 6 X

Thamnophilus pelzelni Hellmayr, 1924 choca-do-planalto

Thamnophilus aethiops Sclater, 1858 choca-lisa 1,5,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,5,6,7,8,9

Thamnophilus amazonicus Sclater, 1858 choca-canela 1,3,5 1,2,4,5,6,7,8,9

Cymbilaimus lineatus (Leach, 1814) papa-formiga-barrado 1,3,5 1,2,3,5,6,7,8,9 6,8 X Taraba major (Vieillot, 1816) choró-boi 5 3 X

Sclateria naevia (Gmelin, 1788) papa-formiga-do-igarapé 2,5,6,8,9 X

Hypocnemoides maculicauda (Pelzeln, 1868)

solta-asa 7 1,2,3,4,5,6,7,8,9

X

Hylophylax naevius (Gmelin, 1789) guarda-floresta 6 X Hylophylax punctulatus (Des Murs, 1856)

guarda-várzea 3,5 1,2,5,6,8,9 6

Pyriglena leuconota (Spix, 1824) papa-taoca 2,3 5 6 X Myrmoborus leucophrys (Tschudi, papa-formiga-de- 6

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1844) sobrancelha Myrmoborus myotherinus (Spix, 1825)

formigueiro-de-cara-preta 3,5,9 2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9 X

Cercomacra cinerascens (Sclater, 1857)

chororó-pocuá 1,2,3,5,6,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,3,4,5,6,7,8,9 X

Cercomacra nigrescens (Cabanis & Heine, 1859) chororó-negro 3,5 1,3,5,6 X

Cercomacra manu Fitzpatrick & Wi-llard, 1990

chororó-de-manu X

Drymophila devillei (Menegaux & Hellmayr, 1906)

trovoada-listrada X

Hypocnemis striata (Spix, 1825) cantador-ocráceo 6,7 2,3,5,6,8,9 1 X E Hypocnemis hypoxantha Sclater, 1869

cantador-amarelo

Willisornis poecilinotus (Cabanis, 1847) rendadinho 1,2,3,5,6,7,8,9 1,2,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

Phlegopsis nigromaculata (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)

mãe-de-taoca 1,2,5,6,9 7,8 1,6

Rhegmatorhina gymnops Ridgway, 1888

mãe-de-taoca-de-cara-branca 3,9 1,4,5 E

Melanopareiidae Melanopareia torquata (Wied, 1831) tapaculo-de-colarinho Conopophagidae Conopophaga aurita (Gmelin, 1789) chupa-dente-de-cinta Grallariidae Grallaria varia (Boddaert, 1783) tovacuçu Hylopezus whittakeri (Carneiro et al., 2012) torom-carijó 1,2

Hylopezus berlepschi (Hellmayr, 1903)

torom-torom

Myrmothera campanisona (Hermann, 1783) tovaca-patinho X

Formicariidae

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Formicarius colma Boddaert, 1783 galinha-do-mato 1,5 X Formicarius analis (d'Orbigny & La-fresnaye, 1837)

pinto-do-mato-de-cara-preta X

Chamaeza nobilis Gould, 1855 tovaca-estriada X Scleruridae

Sclerurus mexicanus Sclater, 1857 vira-folha-de-peito-vermelho 5 X

Sclerurus rufigularis Pelzeln, 1868 vira-folha-de-bico-curto Sclerurus caudacutus (Vieillot, 1816) vira-folha-pardo Sclerurus albigularis Sclater & Salvin, 1869

vira-folha-de-garganta-cinza

Dendrocolaptidae Sittasominae Dendrocincla fuliginosa (Vieillot, 1818)

arapaçu-pardo 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,5,7,8,9 2,3,4,5,7,8 X

Dendrocincla merula (Lichtenstein, 1829)

arapaçu-da-taoca 2,3,9 1,3,6,8 6

Deconychura longicauda (Pelzeln, 1868)

arapaçu-rabudo 2 1,3,5,6 5

Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde 1,3,4,5,6,8,9 3,5,7,8,9 2,7,8 X

Certhiasomus stictolaemus (Pelzeln, 1868)

arapaçu-de-garganta-pintada

2,3,6,7,9 7

Dendrocolaptinae Glyphorynchus spirurus (Vieillot, 1819)

arapaçu-de-bico-de-cunha

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

X

Xiphorhynchus ocellatus (Spix, 1824) arapaçu-ocelado Xiphorhynchus elegans (Pelzeln, 1868)

arapaçu-elegante 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

Xiphorhynchus spixii (Lesson, 1830) cf. arapaçu-de-spix E

Xiphorhynchus obsoletus (Lichtens-tein, 1820)

arapaçu-riscado 6 1,2,3,4,5,6,7,8,9

X

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Xiphorhynchus guttatus (Lichtenstein, 1820)

arapaçu-de-garganta-amarela

1,2,3,5,6,7,9 1,2,3,5,6,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

Campylorhamphus procurvoides (La-fresnaye, 1850) arapaçu-de-bico-curvo 5 6

Dendroplex picus (Gmelin, 1788) arapaçu-de-bico-branco 1,3,6 3,8 2,3,5,6,7,9 X Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-cerrado

Lepidocolaptes albolineatus (Lafres-naye, 1845)

arapaçu-de-listras-brancas

1,2,3,5,6,8,9 3,5 1,2,3,4,5,9 6 X

Nasica longirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-bico-comprido

5,6,8

Dendrexetastes rufigula (Lesson, 1844) arapaçu-galinha 1,2,5,6,7,8,9 3,5

Dendrocolaptes certhia (Boddaert, 1783)

arapaçu-barrado 2,5,7,8,9 1 8

Dendrocolaptes picumnus Lichtens-tein, 1820 arapaçu-meio-barrado 2,3 3 X

Xiphocolaptes promeropirhynchus (Lesson, 1840)

arapaçu-vermelho 6 1,3,9 X

Hylexetastes uniformis Hellmayr, 1909 arapaçu-uniforme 2,6 5

Furnariidae Xenops tenuirostris Pelzeln, 1859 bico-virado-fino Xenops minutus (Sparrman, 1788) bico-virado-miúdo 1,2,3,6,9 2,6,9 1,2,3,4,5,7,9 X Xenops rutilans Temminck, 1821 bico-virado-carijó X Berlepschia rikeri (Ridgway, 1886) limpa-folha-do-buriti Pygarrhichinae Microxenops milleri Chapman, 1914 bico-virado-da-copa Furnariinae Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro Ancistrops strigilatus (Spix, 1825) limpa-folha-picanço 1,9 Hyloctistes subulatus (Spix, 1824) limpa-folha-riscado Automolus ochrolaemus (Tschudi, barranqueiro-camurça 1 1 1,2,3,4,5,6,7,8,

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1844) 9

Automolus paraensis Hartert, 1902 barranqueiro-pardo E

Automolus rufipileatus (Pelzeln, 1859) barranqueiro-de-coroa-castanha

X

Hylocryptus rectirostris (Wied, 1831) fura-barreira Anabazenops dorsalis (Sclater & Sal-vin, 1880) barranqueiro-de-topete

Philydor ruficaudatum (d'Orbigny & Lafresnaye, 1838)

limpa-folha-de-cauda-ruiva

2,7 2

Philydor erythrocercum (Pelzeln, 1859)

limpa-folha-de-sobre-ruivo 1,5,6,9 5 3,8 X

Philydor erythropterum (Sclater, 1856)

limpa-folha-de-asa-castanha

9

Philydor pyrrhodes (Cabanis, 1848) limpa-folha-vermelho 1 Simoxenops ucayalae (Chapman, 1928)

limpa-folha-de-bico-virado

Synallaxinae Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788)

curutié

Synallaxis albescens Temminck, 1823 uí-pi 1,2,9 Synallaxis rutilans Temminck, 1823 joão-teneném-castanho 1,2,3,7,8 1,2,4,5,7,8,9 Synallaxis cherriei Gyldenstolpe, 1930 puruchém Synallaxis cabanisi Berlepsch & Le-verkuhn, 1890 joão-do-norte

Synallaxis gujanensis (Gmelin, 1789) joão-teneném-becuá Cranioleuca vulpina (Pelzeln, 1856) arredio-do-rio 7 X Cranioleuca gutturata (d'Orbigny & Lafresnaye, 1838)

joão-pintado

Pipridae Neopelminae Neopelma pallescens (Lafresnaye, 1853)

fruxu-do-cerradão 3 3,5

Tyranneutes stolzmanni (Hellmayr, uirapuruzinho 1,2,3,4,5,6,7,8, 1,3,5,6,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8, X

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1906) 9 9

Piprinae Pipra fasciicauda Hellmayr, 1906 uirapuru-laranja 3,5,9 2,5,6,9 X

Pipra rubrocapilla Temminck, 1821 cabeça-encarnada 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

X

Lepidothrix nattereri (Sclater, 1865) uirapuru-de-chapéu-branco

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9 X

Manacus manacus (Linnaeus, 1766) rendeira 2,6,7 2,3 X Heterocercus linteatus (Strickland, 1850) coroa-de-fogo 1,5,7 X

Machaeropterus pyrocephalus (Scla-ter, 1852)

uirapuru-cigarra 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

X

Dixiphia pipra (Linnaeus, 1758) cabeça-branca X Ilicurinae Chiroxiphia pareola (Linnaeus, 1766) tangará-falso 2,6 X Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823)

soldadinho

Tityridae Oxyruncinae Onychorhynchus coronatus (Statius Muller, 1776)

maria-leque 2 1,2,6

Terenotriccus erythurus (Cabanis, 1847) papa-moscas-uirapuru 1,5 3,5,6,9 1,5,6,9 X

Myiobius barbatus (Gmelin, 1789) assanhadinho Laniisominae Schiffornis major Des Murs, 1856 flautim-ruivo

Schiffornis amazona (Sclater, 1860) flautim-da-amazônia 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

X

Laniocera hypopyrra (Vieillot, 1817) chorona-cinza 1,2,3,5,6,7 3 2,5,7,8 Tityrinae Iodopleura isabellae Parzudaki, 1847 anambé-de-coroa 1,2,5,6,7 1,2 2 Tityra inquisitor (Lichtenstein, 1823) anambé-branco-de- 1

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bochecha-parda

Tityra cayana (Linnaeus, 1766) anambé-branco-de-rabo-preto 2 X

Tityra semifasciata (Spix, 1825) anambé-branco-de-máscara-negra

1,5,6,7,8,9 7,8 3,9 7,8 X

Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby, 1827) caneleiro

Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818)

caneleiro-preto 1,2,9 1,3,7,8 3 5,6,8

Pachyramphus marginatus (Lichtens-tein, 1823)

caneleiro-bordado 6 1,2

Pachyramphus minor (Lesson, 1830) caneleiro-pequeno 3 Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823)

caneleiro-de-chapéu-preto

2,8 5

Xenopsaris albinucha (Burmeister, 1869) tijerila

Cotingidae Cotinginae

Lipaugus vociferans (Wied, 1820) cricrió 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

X

Porphyrolaema porphyrolaema (Devi-lle & Sclater, 1852)

cotinga-de-garganta-encarnada 1

Gymnoderus foetidus (Linnaeus, 1758)

anambé-pombo 3,6,7,8 3,5,6,8 8 X

Xipholena punicea (Pallas, 1764) anambé-pompadora 1,5,6,9 1,2,6 1,2,3,4,5,6 Cotinga cayana (Linnaeus, 1766) anambé-azul 2,6,7 1,3,5,7 2 Querula purpurata (Statius Muller, 1776)

anambé-una 1,2,3,4,5,6,7,8,9

3,6,8 1,5,8 X

Cephalopterus ornatus Geoffroy Saint-Hilaire, 1809 anambé-preto 7

Rupicolinae Phoenicircus nigricollis Swainson, 1832 saurá-de-pescoço-preto

Tyrannoidea

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Platyrinchus saturatus Salvin & God-man, 1882

patinho-escuro 5,6,9

Platyrinchus coronatus Sclater, 1858 patinho-de-coroa-dourada

Platyrinchus platyrhynchos (Gmelin, 1788)

patinho-de-coroa-branca

3,6,7,8,9 2

Piprites chloris (Temminck, 1822) papinho-amarelo 6,7 1,2,5,7,8 5 1 X Neopipo cinnamomea (Lawrence, 1869)

enferrujadinho 1,6,8,9

Rhynchocyclidae Taeniotriccus andrei (Berlepsch & Hartert, 1902) maria-bonita

Pipromorphinae Mionectes oleagineus (Lichtenstein, 1823) abre-asa 5,6,8 4,5,8 X

Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846

cabeçudo 1 2,3,8 2,3,9

Corythopis torquatus (Tschudi, 1844) estalador-do-norte 3,6,7,8 Rhynchocyclinae Rhynchocyclus olivaceus (Temminck, 1820) bico-chato-grande

Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825)

bico-chato-de-orelha-preta

1 6 X

Tolmomyias assimilis (Pelzeln, 1868) bico-chato-da-copa 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,5,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

Tolmomyias poliocephalus (Taczanowski, 1884)

bico-chato-de-cabeça-cinza 6

Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) bico-chato-amarelo 7,8 3 3,6 X Todirostrinae Todirostrum maculatum (Desmarest, 1806)

ferreirinho-estriado 6 1,3,4,5,6,7,8 X

Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) ferreirinho-relógio

Todirostrum chrysocrotaphum Stri- ferreirinho-de- 7

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ckland, 1850 sobrancelha

Poecilotriccus capitalis (Sclater, 1857) maria-picaça Poecilotriccus latirostris (Pelzeln, 1868)

ferreirinho-de-cara-parda

1,2,5,6,8 5

Myiornis ecaudatus (d'Orbigny & La-fresnaye, 1837)

caçula 1,2,3,5,6,7,8,9 2,3,5,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

Hemitriccus minor (Snethlage, 1907) maria-sebinha 7 1,2,3 1,9 X Hemitriccus griseipectus (Snethlage, 1907)

maria-de-barriga-branca

2

Hemitriccus margaritaceiventer (d'Or-bigny & Lafresnaye, 1837)

sebinho-de-olho-de-ouro 3,5

Hemitriccus minimus (Todd, 1925) maria-mirim 2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7,8,9

2,3,5,6,7,9

Lophotriccus galeatus (Boddaert, 1783)

caga-sebinho-de-penacho

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

Tyrannidae Hirundineinae Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) gibão-de-couro Elaeniinae Zimmerius gracilipes (Sclater & Sal-vin, 1868) poiaeiro-de-pata-fina 1 1

Inezia subflava (Sclater & Salvin, 1873)

amarelinho

Euscarthmus meloryphus Wied, 1831 barulhento X

Ornithion inerme Hartlaub, 1853 poiaeiro-de-sobrancelha 1,2,3,5,6,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha 1,2,3,5,8

1,2,3,4,5,6,7,8,9 3,5,6,7,8,9

Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) guaracava-de-barriga-amarela

Elaenia spectabilis Pelzeln, 1868 guaracava-grande

Elaenia chilensis Hellmayr, 1927 guaracava-de-crista-branca

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Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 guaracava-de-bico-curto

Elaenia cristata Pelzeln, 1868 guaracava-de-topete-uniforme 3,5 X

Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 chibum 3 Myiopagis gaimardii (d'Orbigny, 1839)

maria-pechim 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,7,8,9

Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) guaracava-cinzenta 2,9 5

Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) guaracava-de-crista-alaranjada

8

Tyrannulus elatus (Latham, 1790) maria-te-viu 6,9 X Capsiempis flaveola (Lichtenstein, 1823)

marianinha-amarela

Phaeomyias murina (Spix, 1825) bagageiro Tyranninae Attila cinnamomeus (Gmelin, 1789) tinguaçu-ferrugem 1,8

Attila spadiceus (Gmelin, 1789) capitão-de-saíra-amarelo

2,5,6,7,8,9 1,3 X

Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) bem-te-vi-pirata 5,7,8,9 1,7,9 7 Ramphotrigon megacephalum (Swainson, 1835) maria-cabeçuda

Ramphotrigon ruficauda (Spix, 1825) bico-chato-de-rabo-vermelho

6,7 1,2,3,6,7,8,9 3,7,9

Ramphotrigon fuscicauda Chapman, 1925 maria-de-cauda-escura

Myiarchus tuberculifer (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)

maria-cavaleira-pequena

1,2,3,6,7,8,9 2,5,7,8,9 1,2,3,4,5,8,9 X

Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 irré X

Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira 5,6 2,7 3,5,6,8 Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776)

maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado 3

Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) gritador 2 X Rhytipterna simplex (Lichtenstein, vissiá 1,3,5,6,7,8 1,3,6,7,8 2,3,5,6,7,8,9

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1823)

Casiornis rufus (Vieillot, 1816) maria-ferrugem 3 5 Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766)

bem-te-vi 1,2,5,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

X

Philohydor lictor (Lichtenstein, 1823) bentevizinho-do-brejo 8 6 Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro 8 Myiodynastes maculatus (Statius Mu-ller, 1776)

bem-te-vi-rajado 3 9 X

Tyrannopsis sulphurea (Spix, 1825) suiriri-de-garganta-rajada

Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766)

neinei 2,3,5,9 3,5,7,8 2,3,6,7 3,5 X

Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766)

bentevizinho-de-asa-ferrugínea 1,5,6 2,3,7,8 3,5,6,8 X

Myiozetetes granadensis Lawrence, 1862

bem-te-vi-de-cabeça-cinza

Myiozetetes similis (Spix, 1825) bentevizinho-de-penacho-vermelho 9

Myiozetetes luteiventris (Sclater, 1858)

bem-te-vi-barulhento 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7,8,9

Tyrannus albogularis Burmeister, 1856

suiriri-de-garganta-branca

Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri 1,2,3,4,5,6,8 1,2,3,5,6,8 1,3,5,6 1,3,4,5,6,8 X Tyrannus savana Vieillot, 1808 tesourinha 5 Tyrannus tyrannus (Linnaeus, 1766) suiriri-valente Griseotyrannus aurantioatrocristatus (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)

peitica-de-chapéu-preto

Empidonomus varius (Vieillot, 1818) peitica 5 5 X Fluvicolinae Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha 1 X Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776)

filipe 2

Sublegatus obscurior Todd, 1920 sertanejo-escuro

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69

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783)

príncipe

Fluvicola albiventer (Spix, 1825) lavadeira-de-cara-branca

Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764)

freirinha

Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818) tesoura-do-brejo

Ochthornis littoralis (Pelzeln, 1868) maria-da-praia 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado 5 2,3,5,6,7 X Contopus cooperi (Nuttall, 1831) piui-boreal Contopus virens (Linnaeus, 1766) piui-verdadeiro Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) suiriri-pequeno Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) primavera Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) noivinha-branca Vireonidae Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari 5,8 X Vireolanius leucotis (Swainson, 1838) assobiador-do-castanhal X Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) juruviara 2,5,6 1,2,5,8 1,2,5,6,7,8,9 X Vireo altiloquus (Vieillot, 1808) juruviara-barbuda Hylophilus semicinereus Sclater & Salvin, 1867

verdinho-da-várzea 1,5,7,8,9 1,2,3,5,6,7,8,9 2,3 3 X

Hylophilus hypoxanthus Pelzeln, 1868 vite-vite-de-barriga-amarela 1,3,5,6,7,8,9 1,2,5,6,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9 X

Hylophilus muscicapinus Sclater & Salvin, 1873

vite-vite-camurça

Hylophilus ochraceiceps Sclater, 1860 vite-vite-uirapuru 2 X Corvidae Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) gralha-do-campo

Cyanocorax cyanopogon (Wied, 1821) gralha-cancã 3 5

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70

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817)

andorinha-pequena-de-casa 5 2 2,5

Atticora fasciata (Gmelin, 1789) peitoril Atticora tibialis (Cassin, 1853) calcinha-branca Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora 5,6,7 2,3,5,6,7,8,9 3,5,7

Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo 7,8 7,8 Progne subis (Linnaeus, 1758) andorinha-azul

Progne chalybea (Gmelin, 1789) andorinha-doméstica-grande

1,3,5,6,9 1,3 1,3,5,6,9

Tachycineta albiventer (Boddaert, 1783) andorinha-do-rio 1,2,5,6,7,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9

Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817)

andorinha-de-sobre-branco

Riparia riparia (Linnaeus, 1758) andorinha-do-barranco Petrochelidon pyrrhonota (Vieillot, 1817)

andorinha-de-dorso-acanelado

Troglodytidae Microcerculus marginatus (Sclater, 1855) uirapuru-veado 5,7 1,2,5 1,3,5,6,8 X

Odontorchilus cinereus (Pelzeln, 1868)

cambaxirra-cinzenta 1 1,3

Troglodytes musculus Naumann, 1823 corruíra 1,3,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,6,7,8,9 X

Campylorhynchus turdinus (Wied, 1831)

catatau 1,5,6,7,8,9 X

Pheugopedius genibarbis (Swainson, 1838) garrinchão-pai-avô 1,2,3,5,6,7,8 2,3,5,8,9 1,2,3,4,5,7,8,9 3,8

Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845)

garrinchão-de-barriga-vermelha

5,6,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9

X

Cyphorhinus arada (Hermann, 1783) uirapuru-verdadeiro Donacobiidae

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71

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766)

japacanim 1

Polioptilidae Ramphocaenus melanurus Vieillot, 1819

bico-assovelado 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,7,8,9 2,3,4,5,6,7,8,9 X

Polioptila paraensis Todd, 1937 balança-rabo-paraense 2 X Turdidae Catharus fuscescens (Stephens, 1817)

sabiá-norte-americano 1,8,9

Catharus minimus (Lafresnaye, 1848) sabiá-de-cara-cinza Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-barranco X Turdus fumigatus Lichtenstein, 1823 sabiá-da-mata 1 X

Turdus lawrencii Coues, 1880 caraxué-de-bico-amarelo

Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 sabiá-poca Turdus albicollis Vieillot, 1818 sabiá-coleira 2,3 5,6,9 Mimidae Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo 2 2

Motacillidae Anthus lutescens Pucheran, 1855 caminheiro-zumbidor Coerebidae Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica 3 1 1,2,3,4,5 X Thraupidae Saltator grossus (Linnaeus, 1766) bico-encarnado 5,8 1,3,6,7,9 X Saltator maximus (Statius Muller, 1776) tempera-viola 1,6,8 1,2,7 2,3,5 X

Saltator similis d'Orbigny & Lafresna-ye, 1837

trinca-ferro-verdadeiro

Saltatricula atricollis (Vieillot, 1817) bico-de-pimenta Parkerthraustes humeralis (Lawrence, 1867)

furriel-de-encontro

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Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Lamprospiza melanoleuca (Vieillot, 1817)

pipira-de-bico-vermelho X

Nemosia pileata (Boddaert, 1783) saíra-de-chapéu-preto X Thlypopsis sordida (d'Orbigny & La-fresnaye, 1837)

saí-canário

Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) pipira-preta 7,8

Ramphocelus carbo (Pallas, 1764) pipira-vermelha 1,2,3,5,6,7,8,9 1,2,3,4,5,6,7,8,9 3,5,6,7,8,9 X

Lanio luctuosus (d'Orbigny & Lafres-naye, 1837)

tem-tem-de-dragona-branca

1,2,5,6,8,9 1,2,3,4,5,7 2,5,7,8 1 X

Lanio cristatus (Linnaeus, 1766) tiê-galo 1,2,3,5,6,7,9 1,2,3,5,7,8,9 2,3,5,7,8,9 X Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776)

tico-tico-rei

Lanio versicolor (d'Orbigny & Lafres-naye, 1837) pipira-de-asa-branca

Lanio penicillatus (Spix, 1825) pipira-da-taoca

Tangara gyrola (Linnaeus, 1758) saíra-de-cabeça-castanha 2,5,6 1,2,3,6,8 2,4,5

Tangara schrankii (Spix, 1825) saíra-ouro Tangara mexicana (Linnaeus, 1766) saíra-de-bando 1,2,5,6,7,8,9 1,3,5,7 2 2,3,6 Tangara chilensis (Vigors, 1832) sete-cores-da-amazônia 2,3,5,6,7,8,9 1,2,3,4,5,7,8,9 2,3,4,5,7,9 X Tangara velia (Linnaeus, 1758) saíra-diamante 5,6,7,9 1,3,5,7 1 X Tangara punctata (Linnaeus, 1766) saíra-negaça 7 2,7 Tangara episcopus (Linnaeus, 1766) sanhaçu-da-amazônia 5,7,8,9 7 1,3,5,6,7,9 Tangara palmarum (Wied, 1823) sanhaçu-do-coqueiro 1,2,3,5,6,7,8,9 1,2,3,4,5,7,8,9 1,2,3,4,5,7,8,9 X Tangara nigrocincta (Bonaparte, 1838)

saíra-mascarada 3,9 1,6 1

Tangara cyanicollis (d'Orbigny & La-fresnaye, 1837)

saíra-de-cabeça-azul 1,2,5,6,7,8,9 1,5,7 2,8 3,6,8

Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela X Cissopis leverianus (Gmelin, 1788) tietinga 5,6,8 X Schistochlamys melanopis (Latham, 1790) sanhaçu-de-coleira 3,5

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Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Paroaria gularis (Linnaeus, 1766) cardeal-da-amazônia 1 1,2,3,6 X Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha 8 3,7,8 8 6,8 X Dacnis albiventris (Sclater, 1852) saí-de-barriga-branca 1 Dacnis lineata (Gmelin, 1789) saí-de-máscara-preta 2,3,8,9 1,3,5,7,8 2,6,9 Dacnis flaviventer d'Orbigny & Lafres-naye, 1837 saí-amarela 1,3 7 X

Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul 2,5 1,3,5,8 2,3,4,5,7,8,9 8 X Cyanerpes nitidus (Hartlaub, 1847) saí-de-bico-curto 3,5,6,8 1,3,8 2,3,4,5,9 Cyanerpes caeruleus (Linnaeus, 1758)

saí-de-perna-amarela 2,5,6,8 1,2,5,7,8 1,2,4,5,8,9

Cyanerpes cyaneus (Linnaeus, 1766) saíra-beija-flor 5 Chlorophanes spiza (Linnaeus, 1758) saí-verde 6,9 1,2,3,7 1,2,9 Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) saíra-de-papo-preto 2 6 X Hemithraupis flavicollis (Vieillot, 1818) saíra-galega 2,6,7 1,2,3,5,7,8 1,2,3

Conirostrum speciosum (Temminck, 1824)

figuinha-de-rabo-castanho

X

Emberizidae Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776)

tico-tico 1,2,3,4,5,6,9

Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-verdadeiro

Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu 1,2,5,6,7,8,9 8 1,2,5,6,8,9 Sporophila plumbea (Wied, 1830) patativa Sporophila lineola (Linnaeus, 1758) bigodinho Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano 1,6,9 1,5,6,9 Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) coleirinho 1

Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766)

curió 1,5 3 1,5,6,9

Sporophila sp. coleirinho 7,8 7,8 Arremon taciturnus (Hermann, 1783) tico-tico-de-bico-preto 3,5,6,8 2,6,7 1,2

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Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Cardinalidae X Piranga flava (Vieillot, 1822) sanhaçu-de-fogo Habia rubica (Vieillot, 1817) tiê-do-mato-grosso 1 Granatellus pelzelni Sclater, 1865 polícia-do-mato 1,3,6 1,2,5,6,7,8,9 X Cyanoloxia cyanoides (Lafresnaye, 1847) azulão-da-amazônia

1,2,3,4,5,6,7,8,9 2,5 X

Parulidae Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) pula-pula

Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) canário-do-mato 3 X Phaeothlypis rivularis (Wied, 1821) pula-pula-ribeirinho X Icteridae Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) japu 1,5,6,7,8 1,3,5,6,7,8 Psarocolius bifasciatus (Spix, 1824) japuaçu 1,2,3,7 9 Procacicus solitarius (Vieillot, 1816) iraúna-de-bico-branco X Cacicus chrysopterus (Vigors, 1825) tecelão Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766)

guaxe 5

Cacicus cela (Linnaeus, 1758) xexéu 1,3,5,7,8,9 1,3,4,5,6,7,8,9 Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) inhapim 7,8 1 3 X Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna 1 X Molothrus rufoaxillaris Cassin, 1866 vira-bosta-picumã Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788) iraúna-grande 1 3,6 Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) vira-bosta Fringillidae Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim 1,2,5,6,7,8 1,2 7 2,3,4,5,6,7,8 Euphonia laniirostris d'Orbigny & La-fresnaye, 1837

gaturamo-de-bico-grosso

Euphonia chrysopasta Sclater & Sal-vin, 1869

gaturamo-verde 2,5,9 1,3,5,6 5,7,8

Euphonia minuta Cabanis, 1849 gaturamo-de-barriga- 7

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Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

branca Euphonia xanthogaster Sundevall, 1834 fim-fim-grande

Euphonia rufiventris (Vieillot, 1819) gaturamo-do-norte 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1,2,3,4,5,7,8 2,3,4,5,6,7,8,9 X

Legenda: CA = Área do Canteiro de obras, RE = Área do Reservatório, CO = Área Controle, EN = Entorno (para aquelas espécies registradas na AI do empreendimento, no entanto, fora das três áreas amostrais). Também são indicadas as espécies endêmicas do Brasil (Endem. BRA)

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76

4.1.3 Espécies raras, ameaçadas de extinção ou protegidas por lei

Foi efetuada a documentação fotográfica do enferrujadinho (Neopipo cinnamomea)

(Foto 10) durante a nona fase de campo, comprovando sua ocorrência para a área de

estudo. Não há informações suficientes na bibliografia para afirmar se a espécie é re-

sidente ou se existem movimentos sazonais, e os dados que vêm sendo coletados na

área da UHE Colíder estão permitindo afirmar que a espécie habita a área durante to-

do o ano. A continuidade do estudo irá permitir que se conheça melhor aspectos re-

produtivos e comportamentais da espécie.

Foto 10 – Enferrujadinho (Neopipo cinnamomea) fotografado na área de estudo

Foto: Raphael E. F. Santos, 2013

4.1.4 Espécies endêmicas

Das espécies registradas apenas na nona fase, nenhuma é considerada endêmica do

Brasil.

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4.1.5 Espécies migratórias

Apenas o sabiá-norte-americano foi registrado dentre as espécies migratórias. Um

indivíduo foi capturado em rede-de-neblina, na área Controle, no dia 22/01/2013. O

mesmo não apresentava anilha e foi devidamente marcado com o anel dourado de

número 0021.

4.1.6 Espécies relevantes

Das espécies registradas durante a nona campanha, merecem destaque aquelas que

possuem poucos registros para a região e aquelas que foram registradas pela primeira

vez durante o estudo. As espécies que representam registros inéditos para o estudo

são: Chordeiles minor, Cypseloides fumigatus, Phaethornis hispidus, Celeus elegans,

Philydor erythropterum e Myiozetetes similis. O enferrujadinho (Neopipo cinnamomea)

é uma das espécies mais relevantes do estudo por possuir pouquíssimas informações

disponíveis sobre sua distribuição e biologia, e foi novamente registrada durante a

nona campanha.

4.1.7 Esforço amostral

O esforço amostral dos métodos sistematizados da nona fase foi o mesmo empregado

nas demais campanhas, com exceção da quarta fase, a qual foi interrompida já no

início, conforme exigido pela SEMA e indicado pela COPEL. Apenas o esforço comple-

mentar de alguns métodos não sistematizados foi menor durante esta etapa em virtu-

de do longo período de espera da renovação da licença de captura/coleta/transporte

de fauna por parte do IBAMA e à necessidade de cumprir os eventos contratuais. A

Tabela 8 apresenta o esforço de cada método de pesquisa.

Tabela 8 – Esforço amostral empregado durante a nona campanha

Método Quantidade / área amos-tral

Nº de áreas amostrais

Nº dias amostrais por fase

No da fase

Esforço total

Redes de neblina 12 3 2/área 9 864 horas-rede (31.104 h.m²)

Pontos de escuta 6 3 2/área 9 12 h

Coleta de dados não-sistematizados

- 3 2/área 9 70 h

C051971
Realce
C051971
Realce
C051971
Realce
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O Gráfico 4 mostra a curva acumulada do número de espécies de avifauna registradas

durante a nona campanha.

Gráfico 4 – Gráfico ilustrando a curva acumulada do número de espécies regis-tradas ao longo da nona fase, totalizando 210 espécies

O Gráfico 5 mostra o número acumulado de espécies, que continua em ascensão.

Após o incremento inicial, a curva está iniciando uma forma mais horizontal, no en-

tanto, deve continuar ascendente em função do número de espécies ainda esperadas

para o local monitorado. A área de estudo está inserida em uma das zonas mais ricas

em espécies de aves de toda a Amazônia brasileira, portanto, presume-se que haverá

inclusões na lista de espécies mesmo após alguns anos de pesquisa.

Após mais de dois anos de estudo, foi obtido um total de 438 táxons para as áreas

amostrais. Este número é bastante elevado, porém, conforme já mencionado, espera-

se um número ainda maior. Esta região apresenta uma grande quantidade de espé-

cies florestais e uma (relativamente) baixa abundância na maioria destas espécies.

Desta forma, é necessário um grande esforço de pesquisa para que seja possível a

detecção de um percentual satisfatório desta riqueza. Considerando que a extensão

dos hábitats florestais de interesse é grande, torna-se provável que espécies inconspí-

cuas e raras venham a ser detectadas gradualmente, à medida que o esforço aumenta

e novas localidades da área de influência do empreendimento sejam visitadas.

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Gráfico 5 – Gráfico ilustrando a curva acumulada do número de espécies regis-tradas ao longo do monitoramento. O primeiro valor foi citado no EIA do referido empreendimento.

4.1.8 Comparação entre as áreas amostrais

4.1.8.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (Canteiro de Obras)

Na área do canteiro de obras, foi registrado o maior valor de riqueza dentre os três

sítios amostrais (Tabela 9): 127 espécies, valor inferior aos observados nas fases an-

teriores (157 na oitava campanha, 154 espécies na sétima campanha e 153 espécies

na sexta). Quando este valor é comparado aos valores obtidos na mesma época dos

anos anteriores, é nítida uma expressiva redução na riqueza. A campanha de janeiro

de 2011, ou seja, a primeira campanha do estudo, apresentou 178 espécies na área

do canteiro de obras. A primeira campanha do ano de 2012 apresentou um total de

171 espécies registradas neste sítio amostral. Destaca-se que o menor valor obtido

em 2013 não é função do elevado índice pluviométrico, pois as fortes chuvas também

ocorreram nos anos anteriores. A hipótese mais plausível sobre esta redução na ri-

queza observada na área do canteiro de obras é aquela que associa o menor valor aos

impactos decorrentes da construção da barragem (abertura de estradas, explosões,

maquinário em funcionamento, ruídos na área da obra, movimentação de pessoas,

emissões de poluentes, entre outros fatores).

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Tabela 9 – Número de espécies de aves registradas na área do canteiro de obras em cada uma das fases de campo

Etapa do monitoramento Número de espécies

Fase 01 178

Fase 02 143

Fase 03 132

Fase 04 50

Fase 05 171

Fase 06 153

Fase 07 154

Fase 08 157

Fase 09 127

4.1.8.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (Reservatório)

A riqueza obtida na área do reservatório durante a nona campanha teve um total de

114 espécies registradas. Comparando os resultados parciais de riqueza com aqueles

obtidos no mesmo período dos anos anteriores (171 na oitava campanha, 152 espé-

cies na sétima fase e 133 espécies na sexta), pode-se verificar que a área do reserva-

tório apresentou um valor inferior, em consonância com os resultados para a área do

canteiro de obras. Na primeira campanha de 2011, 159 espécies foram registradas no

local. Durante a primeira campanha do ano de 2012, os valores se mantiveram simila-

res (n = 154). Notavelmente, houve uma expressiva redução na primeira campanha

de 2013. Esta redução do número de espécies registradas também deve estar associ-

ada às obras de construção da barragem, uma vez que as explosões no local, a mo-

vimentação de barcos e a dragagem do fundo do rio são constantes. Estes fatos po-

dem estar influenciando nesse processo. Os demais valores podem ser consultados na

Tabela 10.

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Tabela 10 – Número de espécies de aves registradas na área do reservatório em cada uma das fases de campo

Etapa do monitoramento Número de espécies

Fase 01 159

Fase 02 122

Fase 03 171

Fase 04 58

Fase 05 154

Fase 06 133

Fase 07 152

Fase 08 171

Fase 09 114

4.1.8.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (Área Controle)

A área controle, novamente, apresentou o menor número de espécies registradas

(n=86), valor muito semelhante àquele observado na campanha anterior (n=88). Po-

rém, como citado para as demais áreas amostrais, o valor atual é inferior aos obtidos

no mesmo período dos anos anteriores (100 em 2011 e 114 em 2012) (Tabela 11). É

esperado que o número de espécies registradas na área controle diminua, uma vez

que foi aberta a estrada de acesso à usina nas imediações da transecção utilizada na

aplicação dos métodos de pesquisa. Já foi observado também que algumas espécies

mais exigentes em relação ao estado de conservação do hábitat florestal não foram

mais encontradas no local após a abertura da estrada. Desta forma, espera-se que a

riqueza e a abundância de algumas espécies diminua expressivamente devido à gran-

de alteração que ocorreu no remanescente florestal avaliado.

Tabela 11 – Número de espécies de aves registradas na área controle em cada uma das fases de campo

Etapa do monitoramento Número de espécies

Fase 01 100

Fase 02 106

Fase 03 124

Fase 04 74

Fase 05 114

Fase 06 87

Fase 07 86

Fase 08 88

Fase 09 86

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4.1.9 Similaridade entre as áreas

Os dados obtidos após a execução da nona fase de campo, analisados por meio da

similaridade de Bray-Curtis, geraram um gráfico semelhante ao apresentado na pri-

meira fase, não havendo diferenças expressivas. Uma nova análise de presença e au-

sência será efetuada após o término do monitoramento pré-enchimento para que as

similaridades sejam mais bem avaliadas. Durante a execução de cada fase de campo

haverão apenas pequenas oscilações nos dados.

A análise de Cluster dos índices de similaridade (Bray-Curtis), estimados para as par-

celas de amostragem, apresentou um agrupamento separado ao nível de, aproxima-

damente, 47% de similaridade. As parcelas com maior similaridade foram CA (cantei-

ro de obras) e RE (reservatório), agrupadas no nível de 56%. Isso se deve ao fato de

ambas as áreas amostrais supracitadas apresentarem ambientes sob influência do Rio

Teles Pires, como mata de várzea e floresta ciliar. Consequentemente, as espécies

registradas nestas áreas são semelhantes e, ao mesmo tempo, distintas da maioria

das espécies presentes na Área Controle. A Área Controle, por sua vez, está localizada

em uma cota altitudinal diferente das outras duas parcelas amostrais, onde existe

apenas mata de terra firme. Desta forma, a similaridade apresentada através da aná-

lise de Cluster já era esperada e confirma a hipótese levantada em campo.

A Tabela 12 e o Gráfico 6 ilustram essa situação, conferindo uma maior similaridade

entre as áreas do canteiro de obras e do reservatório, enquanto que a Área Controle

se distingue das demais.

Tabela 12 – Índices de similaridade entre as três áreas avaliadas, conforme análise de Cluster (Bray-Curtis

CA RE CO

CA - 56,37982 48,92086

RE 56,37982 - 47,10425

CO 48,92086 47,10425 -

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Gráfico 6 – Dendrograma ilustrativo da similaridade existente entre as três áreas amostrais: canteiro de obras (CA), reservatório (RE) e Área Controle (CO)

4.1.10 Anilhamento

Durante a nona fase de campo do monitoramento da avifauna na área da UHE Colíder,

o mesmo esforço total de 792 horas-rede foi mantido. O número total de aves captu-

radas foi de 65 indivíduos, pertencentes a 28 espécies (Tabela 13). Comparando os

dados com aqueles apresentados anteriormente para a oitava campanha, foi obtido

um menor número de indivíduos capturados e menor número de espécies amostradas

por meio desse método. Após a execução de nove campanhas, o número total de cap-

turas é de 623.

Tabela 13 – Número de capturas e de espécies capturadas durante o anilhamento em cada uma das fases de campo

Etapa do monitoramento Número de capturas Espécies capturadas

Fase 01 75 30

Fase 02 80 37

Fase 03 78 34

Fase 04 42 18

Fase 05 66 25

Fase 06 84 34

Fase 07 59 32

Fase 08 74 32

Fase 09 65 28

TOTAL 623

Nesta etapa, foram obtidas 13 recapturas de aves marcadas em campanhas anterio-

res, sendo duas na área do canteiro de obras, duas na área controle e nove na área

do reservatório. É natural que o número de recapturas venha se elevando, pois con-

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forme se passam as etapas do anilhamento, um maior número de indivíduos da co-

munidade são marcados. Porém, este menor número de recapturas em relação à

campanha anterior possivelmente esteja relacionado à maior quantidade de indivíduos

juvenis nas populações, recrutados após essa última estação reprodutiva.

Analisando o número de capturas por área amostral, pode-se observar que as três

áreas apresentaram valores bastante semelhantes, como ocorrido na campanha ante-

rior. A área controle apresentou 20 capturas, enquanto que a área do canteiro de

obras apresentou 21 e a área do reservatório finalizou com 23 capturas (Tabela 14).

Oscilações no número de espécies capturadas são normais, sendo influenciadas por

inúmeros fatores bióticos e abióticos. Diferenças nas condições climáticas existentes

em cada dia interferem expressivamente no sucesso do método, mas como não é

possível padronizar o fator “clima”, as coletas ocorrem em dias consecutivos e os re-

sultados são tratados igualmente. Pode-se dizer que as condições climáticas das cam-

panhas das estações chuvosas são prejudiciais ao método, pois encharca as redes,

impossibilitando que as mesmas sejam utilizadas durante as chuvas. Além disso, o

manual de anilhamento do CEMAVE/ICMBio recomenda que as redes sejam todas fe-

chadas quando houver início de chuva, para que não ocorram mortes de aves devido

ao encharcamento da plumagem e consequente hipotermia.

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Tabela 14 – Comparação do número de indivíduos capturados nas três áreas amostrais, nas nove fases de campo

Fase do monitora-mento Canteiro de obras Reservatório Controle

Fase 01 22 27 26

Fase 02 22 45 13

Fase 03 29 23 26

Fase 04 02 00 40

Fase 05 23 40 03

Fase 06 15 50 19

Fase 07 18 27 14

Fase 08 26 26 22

Fase 09 21 23 20

Totais 178 261 133

As espécies mais capturadas durante a nona campanha foram o arapaçu-de-bico-de-

cunha (Glyphorhynchus spirurus) (n=09), a choquinha-de-flanco-branco (Myrmothe-

rula axilaris) (n=05), o flautim-da-amazônia (Schiffornis amazona) (n=05), o uirapu-

ru-de-chapéu-branco (Lepidothrix nattereri) (n=05), a choquinha-de-garganta-clara

(Myrmotherula hauxwelli) (n=04) e o arapaçu-elegante (Xiphorhynchus elegans)

(n=04). As demais espécies apresentaram um número igual ou inferior a três captu-

ras. A Tabela 15 exibe todas as espécies amostradas pelo método de captura com re-

des neblina, a quantidade de indivíduos capturados de cada espécie e a taxa de captu-

ra por parcela e total de cada espécie.

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Tabela 15 – Taxa de captura das espécies capturadas durante a nona fase de campo do anilhamento

Espécie Capt CA

Taxa CA

Capt RE

Taxa RE

Capt CO

Taxa CO

Total capt.

Taxa total

Catharus fuscescens 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Certhiasomus stictolaemus 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Chloroceryle aenea 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Cyanerpes nitidus 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Cyanoloxia cyanoides 2 0,76 0 0,00 0 0,00 2 0,25 Dendrocincla merula 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Dendrocolaptes certhia 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Epinecrophylla leucophthalma 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Glyphorynchus spirurus 1 0,38 1 0,38 7 2,65 9 1,14 Hypocnemis striata 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Lepidothrix nattereri 4 1,52 1 0,38 0 0,00 5 0,63 Lophotriccus galeatus 1 0,38 1 0,38 1 0,38 3 0,38 Machaeropterus pyrocephalus 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Malacoptila rufa 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Myrmoborus myotherinus 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Myrmotherula axillaris 0 0,00 3 1,14 2 0,76 5 0,63 Myrmotherula hauxwelli 1 0,38 3 1,14 0 0,00 4 0,51 Phaethornis hispidus 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Phaethornis ruber 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Pipra rubrocapilla 1 0,38 0 0,00 1 0,38 2 0,25 Schiffornis amazona 1 0,38 2 0,76 2 0,76 5 0,63 Terenotriccus erythurus 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Thalurania furcata 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Thamnophilus aethiops 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Tyranneutes stolzmanni 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25 Willisornis poecilinotus 0 0,00 2 0,76 1 0,38 3 0,38 Xenops minutus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Xiphorhynchus elegans 4 1,52 0 0,00 0 0,00 4 0,51 Totais 21 23 20 64

Nota: A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número de captu-ras*100 / esforço de 792 horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem distinção de local. Legenda: Capt CA = número de indivíduos capturados na área do canteiro de obras; Capt RE = número de indivíduos capturados na área do reservatório; Capt CO = número de indivíduos capturados na área controle; Total capt = número total de indivíduos capturados por espécie.

As fotografias a seguir (Foto 11 a Foto 13) mostram os indivíduos capturados na nona

fase de campo do monitoramento da avifauna.

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Foto 11 – Barbudo-de-pescoço-ferrugem (Mala-coptila rufa) capturado na área controle

Foto: Raphael E. F. Santos, 2013

Foto 12 – Fêmea de saí-de-bico-curto (Cyanerpes nitidus) capturado na área controle

Foto: Raphael E. F. Santos, 2013

Foto 13 – Rabo-branco-cinza (Phaethornis hispi-dus) anilhado na área controle

Foto: Raphael E. F. Santos, 2013

4.1.11 Índice Pontual de Abundância (IPA)

Durante a nona fase de campo do monitoramento da avifauna na área da UHE Colíder,

um total de 122 espécies foram contabilizadas pelo método de contagens por pontos

de escuta.

Os dados obtidos por meio dos censos, nas três parcelas amostrais, geraram uma ta-

bela com o Índice Pontual de Abundância (IPA) de cada espécie registrada nas conta-

gens. As espécies mais frequentes, considerando o IPA geral (somatório dos resulta-

dos obtidos nas três áreas amostrais) foram: Lipaugus vociferans (IPA=1,194),

Tyranneutes stolzmanni (IPA=0,750), Crypturellus strigulosus (IPA=0,528), Pipra ru-

brocapilla (IPA=0,417), Lepidothrix nattereri (IPA=0,361), Myrmeciza hemimelaena

(IPA=0,361) e Myrmotherula sclateri (IPA=0,361).

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Todas as demais espécies registradas por meio deste método podem ser visualizadas

na Tabela 16. Nesta tabela também pode ser consultado o número de registros que

cada espécie conteve em cada área amostral. Além do IPA geral, obtido com o soma-

tório de todos os contatos com todas as espécies, nas três áreas amostrais, divididos

pelo número total de amostras (n=36), foi obtido também o IPA individual para cada

área amostral.

Tabela 16 – Índice Pontual de Abundância (IPA) das espécies amostradas pelo método de contagens em pontos de escuta em cada uma das três áreas amostrais

Nome do táxon CA IPA CA RE

IPA RE CO

IPA CO Total

IPA Geral

Ara ararauna 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Ara macao 3 0,250 0 0,000 1 0,083 4 0,111 Ara severus 4 0,333 0 0,000 0 0,000 4 0,111 Attila spadiceus 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Bucco capensis 0 0,000 3 0,250 0 0,000 3 0,083 Cacicus cela 1 0,083 2 0,167 0 0,000 3 0,083 Camptostoma obsoletum 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Cantorchilus leucotis 0 0,000 4 0,333 0 0,000 4 0,111 Capito dayi 1 0,083 0 0,000 1 0,083 2 0,056 Catharus fuscescens 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Celeus elegans 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056 Celeus flavus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Celeus torquatus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Cercomacra cinerascens 2 0,167 4 0,333 2 0,167 8 0,222 Crypturellus soui 3 0,250 0 0,000 0 0,000 3 0,083 Crypturellus strigulosus 2 0,167 2 0,167 15 1,250 19 0,528 Crypturellus variegatus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Cymbilaimus lineatus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Diopsittaca nobilis 3 0,250 0 0,000 0 0,000 3 0,083 Epinecrophylla leucophthalma 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Epinecrophylla ornata 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Euphonia chrysopasta 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Euphonia rufiventris 0 0,000 0 0,000 3 0,250 3 0,083 Falco rufigularis 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Galbula leucogastra 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056 Geotrygon montana 2 0,167 1 0,083 0 0,000 3 0,083 Glyphorynchus spirurus 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056 Granatellus pelzelni 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Heliornis fulica 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Hemitriccus minor 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Hemitriccus minimus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Herpsilochmus rufimarginatus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Hylophilus hypoxanthus 2 0,167 1 0,083 1 0,083 4 0,111 Hylophilus semicinereus 1 0,083 3 0,250 0 0,000 4 0,111 Hypocnemis striata 0 0,000 3 0,250 0 0,000 3 0,083 Hypocnemoides maculicauda 1 0,083 4 0,333 0 0,000 5 0,139 Jacamerops aureus 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Lanio cristatus 1 0,083 1 0,083 0 0,000 2 0,056

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Nome do táxon CA IPA CA RE

IPA RE CO

IPA CO Total

IPA Geral

Lanio luctuosus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Legatus leucophaius 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Lepidocolaptes albolineatus 1 0,083 0 0,000 1 0,083 2 0,056 Lepidothrix nattereri 2 0,167 3 0,250 8 0,667 13 0,361 Leptotila rufaxilla 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Lipaugus vociferans 10 0,833 16 1,333 17 1,417 43 1,194 Lophotriccus galeatus 2 0,167 5 0,417 4 0,333 11 0,306 Machaeropterus pyrocephalus 2 0,167 0 0,000 5 0,417 7 0,194 Melanerpes cruentatus 3 0,250 2 0,167 0 0,000 5 0,139 Momotus momota 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056 Monasa morphoeus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Monasa nigrifrons 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Myiarchus tuberculifer 2 0,167 1 0,083 1 0,083 4 0,111 Myiopagis caniceps 3 0,250 0 0,000 0 0,000 3 0,083 Myiopagis gaimardii 2 0,167 9 0,750 0 0,000 11 0,306 Myiornis ecaudatus 4 0,333 2 0,167 0 0,000 6 0,167 Myiozetetes similis 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Myrmeciza hemimelaena 7 0,583 1 0,083 5 0,417 13 0,361 Myrmoborus myotherinus 0 0,000 2 0,167 3 0,250 5 0,139 Myrmotherula axillaris 3 0,250 1 0,083 0 0,000 4 0,111 Myrmotherula brachyura 2 0,167 6 0,500 2 0,167 10 0,278 Myrmotherula hauxwelli 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Myrmotherula multostriata 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Myrmotherula sclateri 4 0,333 0 0,000 9 0,750 13 0,361 Neopipo cinnamomea 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Notharchus hyperrhynchus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Notharchus ordii 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Notharchus tectus 0 0,000 2 0,167 1 0,083 3 0,083 Ornithion inerme 0 0,000 1 0,083 3 0,250 4 0,111 Pachyramphus polychopterus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Patagioenas plumbea 2 0,167 5 0,417 3 0,250 10 0,278 Patagioenas speciosa 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Patagioenas subvinacea 2 0,167 2 0,167 0 0,000 4 0,111 Phaethornis ruber 2 0,167 1 0,083 1 0,083 4 0,111 Pheugopedius genibarbis 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Phlegopsis nigromaculata 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Piaya cayana 0 0,000 1 0,083 1 0,083 2 0,056 Piaya melanogaster 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Piculus flavigula 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Pionites leucogaster 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056 Pionus menstruus 5 0,417 1 0,083 0 0,000 6 0,167 Pipra fasciicauda 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Pipra rubrocapilla 4 0,333 2 0,167 9 0,750 15 0,417 Psarocolius bifasciatus 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056 Pteroglossus castanotis 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056 Pteroglossus inscriptus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Pygiptila stellaris 3 0,250 0 0,000 0 0,000 3 0,083 Pyrilia barrabandi 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Pyrrhura snethlageae 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Querula purpurata 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056

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Nome do táxon CA IPA CA RE

IPA RE CO

IPA CO Total

IPA Geral

Ramphastos vitellinus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Ramphocaenus melanurus 1 0,083 1 0,083 3 0,250 5 0,139 Ramphocelus carbo 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Ramphotrigon ruficauda 0 0,000 1 0,083 1 0,083 2 0,056 Rhegmatorhina gymnops 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Rhytipterna simplex 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Sakesphorus luctuosus 0 0,000 3 0,250 0 0,000 3 0,083 Saltator grossus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Schiffornis amazona 2 0,167 2 0,167 1 0,083 5 0,139 Sclateria naevia 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Selenidera gouldii 0 0,000 3 0,250 1 0,083 4 0,111 Sittasomus griseicapillus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Synallaxis rutilans 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Tangara cyanicollis 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056 Tangara nigrocincta 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056 Tangara palmarum 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056 Tangara velia 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Terenotriccus erythrurus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Thamnomanes caesius 0 0,000 3 0,250 2 0,167 5 0,139 Thamnophilus aethiops 2 0,167 8 0,667 1 0,083 11 0,306 Thamnophilus amazonicus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Thamnophilus schistaceus 0 0,000 0 0,000 3 0,250 3 0,083 Thamnophilus stictocephalus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Tolmomyias assimilis 2 0,167 1 0,083 4 0,333 7 0,194 Trogon collaris 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Trogon melanurus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Trogon ramonianus 0 0,000 1 0,083 1 0,083 2 0,056 Trogon viridis 0 0,000 5 0,417 0 0,000 5 0,139 Tyranneutes stolzmanni 6 0,500 15 1,250 6 0,500 27 0,750 Tyrannulus elatus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Veniliornis affinis 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056 Vireo olivaceus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Xiphorhynchus elegans 1 0,083 2 0,167 6 0,500 9 0,250 Xiphorhynchus guttatus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028

Nota: CA = canteiro de obras; RE = reservatório; CO = área controle) e o IPA geral.

4.1.12 Métodos não sistematizados

Por meio de métodos não sistematizados, aplicados aleatoriamente durante toda a

fase de campo, algumas informações puderam ser obtidas. Quatro das seis espécies

registradas exclusivamente na nona fase de campo foram encontradas somente por

meio de buscas livres, sem que fosse aplicado algum tipo de método quantitativo. Es-

te dado reforça a importância de se aplicar buscas livres.

A Tabela 17 apresenta os registros inéditos obtidos durante a fase e indica aquelas

que foram encontradas por meio de métodos sistematizados e não sistematizados.

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Tabela 17 – Registros inéditos obtidos na nona fase de campo, com a indicação das espécies encontradas por meio de métodos sistematizados e não sistematizados

Táxon Nome popular Registro por método

Não sistemati-zado Sistematizado

Chordeiles minor bacurau-norte-americano X

Cypseloides fumigatus taperuçu-preto X

Phaethornis hispidus rabo-branco-cinza X

Celeus elegans pica-pau-chocolate X

Philydor erythropterum limpa-folha-de-asa-castanha X X

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penhacho-vermelho X

4.1.13 Índice de diversidade

Considerando os dados de abundância, obtidos por meio das contagens em pontos

fixos, obteve-se um índice de diversidade de H’ = 7,005 para a nona fase de campo,

valor maior que aquele obtido na campanha anterior.

4.1.14 Espécimes coletados

Nenhum indivíduo foi coletado durante a nona campanha do referido monitoramento.

4.1.15 Dados reprodutivos

A maioria das aves capturadas já não apresentava mais indícios de atividade de cho-

co, sendo que apenas 10 das 65 aves capturadas apresentaram placa de incubação

(15,4%). Foi capturada uma quantidade expressiva de juvenis que provavelmente

tenham sido recrutados durante a última estação reprodutiva. Desta forma, fica nítido

que o período mais importante para a reprodução da maioria das aves que habita a

região do rio Teles Pires são os meses de agosto a janeiro. Sendo assim, sugere-se

que este período seja evitado durante as atividades de supressão da área que formará

o reservatório da UHE Colíder. Caso contrário, haverá uma grande perda de ovos, ni-

nhegos e até mesmo adultos que tentarão proteger a prole.

4.1.16 Considerações finais

Os resultados obtidos na nona fase de campo foram satisfatórios, porém as chuvas

frequentes prejudicaram a aplicação de alguns métodos, o que pode interferir no re-

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sultado final. É importante observar que alguns índices obtidos na nona campanha

foram menores que aqueles obtidos em fases anteriores. Isso pode ser justificável por

dois principais motivos: 1) a grande quantidade de chuvas inviabiliza a obtenção de

alguns dados e a aplicação dos métodos de captura e busca ativa durante alguns mo-

mentos do dia (até mesmo pela manhã, que é o principal horário de movimentação da

maioria das aves); 2) as obras têm interferido cada vez mais na riqueza e abundância

de aves florestais nos pontos amostrais, pois a movimentação de máquinas e pessoal

afugenta espécies exigentes em relação ao hábitat. Deve-se atentar também à se-

guinte situação: no mesmo período dos anos anteriores foram obtidos valores parciais

nitidamente maiores, o que reforça a segunda hipótese e diminui as chances da pri-

meira estar influenciando os resultados.

De qualquer forma, é nítido que a comunidade está sofrendo impactos negativos da

obra, seja uma pequena interferência local, ou mesmo um impacto expressivo sobre

espécies que estão deixando a região. Observou-se que algumas espécies desapare-

ceram da área controle após a construção da estrada de acesso à usina. Da mesma

forma, muitas outras estão sendo raramente registradas na área que será destinada

ao reservatório, onde o ponto amostral situa-se nas imediações de onde será a barra-

gem da UHE Colíder. Estas informações são preliminares e estes dados serão reforça-

dos pelos dados a serem coletados nas próximas campanhas.

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93

4.2 MASTOFAUNA

4.2.1 Procedimentos Metodológicos

Para o monitoramento da mastofauna da UHE Colíder, são amostradas três áreas ou

parcelas amostrais: (1) canteiro de obras, (2) reservatório e (3) área-controle. A se-

guir são apresentados os métodos utilizados para amostragem dos três grupos de

mamíferos: Pequenos mamíferos não voadores, morcegos e mamíferos de médio e

grande porte.

4.2.1.1 Pequenos mamíferos não-voadores

Foram empregados dois conjuntos de métodos complementares: (1) três linhas de

armadilhas de interceptação e queda (pitfalls) e (2) 150 armadilhas de captura viva

(live traps) de dois tipos: Tomahawk® e Shermann®, sendo 50 unidades em cada área

amostral. As armadilhas de captura viva foram iscadas com uma mistura composta

por banana, paçoca de amendoim, farinha de milho, pedaços de toucinho e sardinha.

Ambos os tipos de armadilhas foram revisados pela manhã a cada dia e re-iscados

conforme a necessidade.

Os dois conjuntos de métodos empregados para a captura de pequenos mamíferos

não-voadores permaneceram em funcionamento durante seis dias consecutivos, si-

multaneamente nas três áreas amostrais. Todos os indivíduos capturados foram pesa-

dos, e tomadas as seguintes medidas: comprimento da cabeça e corpo (CC), compri-

mento da cauda (CA), e comprimento do pé (PÉ).

Os pequenos mamíferos não-voadores foram identificados segundo as chaves de iden-

tificação de Gardner (2007), Bonvicino et al. (2008) e Weksler & Percequillo (2011) e

das descrições apresentadas em Rossi et al. (2011) e Oliveira & Bonvicino (2011). Os

espécimes coletados como testemunho ou para confirmação da identificação foram

depositados na Coleção Científica de Mastozoologia da UFPR. Os demais animais fo-

ram soltos após a marcação com brinco numerado (Foto 14).

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Foto 14 – Marcação de pequenos mamíferos com brincos nu-merados

Foto: Luana Munster, 2013

4.2.1.2 Morcegos

Para a captura de morcegos foram utilizadas 12 redes de neblina (6x3 m) que perma-

neceram abertas do pôr-do-sol até às 00:00 horas. As redes foram armadas por duas

noites consecutivas em cada parcela amostral. Os animais capturados foram pesados

e também foram tomadas as medidas de seus antebraços. Os primeiros morcegos

capturados por espécie foram sacrificados e preparados em via úmida e depositados

na Coleção Científica de Mastozoologia da UFPR como material testemunho e para

uma melhor definição taxonômica. Os demais indivíduos foram identificados, marca-

dos com anilhas numeradas em seus antebraços (Foto 15).

Os morcegos foram identificados segundo as chaves para a identificação de morcegos

de Vizzoto & Taddei (1973), Lim & Engstron (2001), Gardner (2007) e Miranda et al.

(2011), associada às descrições apresentadas por Simmons & Voss (1998), Barquez

et al. (1999), Reis et al. (2007) e Peracchi et al. (2011).

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Foto 15 – Marcação de morcegos com anilhas numeradas no antebraço

Foto: Luana Munster, 2013

4.2.1.3 Mamíferos de médio e grande porte

Esses mamíferos foram registrados com o seguinte conjunto de métodos: (1) busca

ativa por vestígios (pegadas, rastros, fezes, tocas, etc.) e por registros diretos da pre-

sença de mamíferos (visualizações, contatos auditivos, carcaças, etc.), essas buscas

se deram, a pé, de carro e de barco, distribuídas de forma equivalente entre as três

áreas amostrais; e (2) armadilhamento fotográfico, onde foram armadas quatro ar-

madilhas fotográficas (Trophy Cam Trail Camera – Bushnell®) (Foto 16), sendo uma

em cada área amostral e uma quarta câmera é armada em um ponto oportunístico. As

armadilhas fotográficas foram iscadas com frutas da estação, sardinha, milho, bacon

ou calabresa e sal grosso.

As pegadas e os rastros foram identificados segundo os guias de pegadas de González

(2001), Oliveira & Cassaro (2005), Carvalho Jr. & Luz (2008) e Mamede & Alho

(2008).

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Foto 16 – Armadilha fotográfica usada no monitoramento da mastofauna de médio e grande porte

Foto: Josias Rezini, 2013

4.2.1.4 Análise dos dados

Os mamíferos foram analisados quanto ao número de espécie, famílias e ordens, nú-

mero de indivíduos (pequenos mamíferos terrestres e voadores) e número de regis-

tros (médios e grandes mamíferos) observados em cada área de influência. A classifi-

cação taxonômica e nomenclatura das espécies seguem Wilson & Reeder (2005), Reis

et al. (2011) e Alfaro et al. (2012).

Na avaliação da mastofauna foram utilizados os índices apresentados a seguir:

Curva de rarefação

O número de espécies é influenciado pelo número de indivíduos capturados, isto é,

quanto mais indivíduos são capturados, maior pode ser o número de espécies regis-

trado. De acordo com Gotelli & Colwell (2001), para minimizar esse problema, é inte-

ressante ilustrar o aumento do número de espécies por meio de uma curva de rarefa-

ção, a qual representa a expectativa estatística de uma curva de acúmulo de espécies.

A curva de acúmulo de espécies inclui o número total de espécies observadas, durante

o processo de coleta de dados, conforme são adicionados indivíduos ou amostras ao

conjunto total de dados. De forma simplificada, a curva de rarefação é produzida por

repetidas re-amostragens, ao acaso, desse conjunto total de dados, a fim de se obter

uma média do número de espécies encontradas nas re-amostragens. Esta análise foi

realizada utilizando o programa PAST® (Hammer et al. 2011).

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Índice de Diversidade e Similaridade

Foi calculado, para cada área amostral, o índice de diversidade de Shannon-Wiener

(Krebs, 1989). A comparação da riqueza e abundância de espécies entre as parcelas

foi realizada através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989).

4.2.2 Riqueza de espécies

Foram registradas 28 espécies de mamíferos, com uma diversidade de H’=2,693. Não

foram obtidos registros de novas espécies nesta fase do monitoramento. As espécies

registradas em todas as fases do monitoramento, somadas aquelas registradas no EIA

do mesmo empreendimento, totalizam 117 espécies, pertencentes a 10 ordens e 31

famílias (Tabela 18).

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Tabela 18 - Mamíferos registrados na área de influência da UHE Colíder

TÁXON Nome popular Método de Registro

Área amostral Fase do Moni-toramento

EIA Status de conser-vação

ORDEM DIDELPHIMORPHIA

Família Didelphidae

Caluromys lanatus (Olfers, 1818) cuíca-lanosa OD Co 2 - -

Caluromys phylander (Linnaeus, 1758) cuíca-lanosa CP Re 3 - -

Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 gambá-de-orelha-preta - - - X -

Gracilinanus agilis (Burmeister, 1854) guaiquica - - - X -

Cryptonanus sp. guaiquica CP Re,Co 1 - -

Marmosa murina (Linnaeus, 1758) guaiquica CP Re,Co 1,2,3 X -

Marmosops bishopi (Pine, 1981) cuica CP Re 7 X -

Marmosops parvidens (Tate, 1931) cuíca - - - X -

Marmosops sp. cuíca - - - X -

Micoureus demerarae (Thomas, 1905) cuíca - - - X -

Micoureus constantiae (Thomas, 1904) cuíca CP Re 1,9 - DD Monodelphis brevicaudata (Erxleben, 1777)

cuica CP Re,Co 1,6 X -

Monodelphis kunsi Pine, 1975 cuica CP Co,Re 1,5 X DD

ORDEM CINGULATA

Família Dasypodidae

Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 tatu-galinha PE,TO,ENT Ca,Re,En 1,3,5 X -

Dasypus kappleri (Desmarest, 1804) tatu-quinze-quilos

OD,TO,ENT Ca,Co,En 1,2,8 X -

Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) tatu-peba OD,PE,TO Ca,Re,Ca,En 1 X -

Tolipeutes matacus (Desmarest, 1804) tatu-bola - - - X DD

Cabassous unicinctus (Linnaeus, 1758) tatu-de-rabo-mole CP Ca 2,5 - -

Priodontes maximus (Kerr, 1792) tatu-canastra PE,ENT,AF,TO Re,Ca,Co 1,3,5,7 X VU

ORDEM PILOSA

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TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral

Fase do Moni-toramento EIA

Status de conser-vação

Família Myrmecophagidae

Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) tamanduá-mirim OD,ENT,AF Ca,Re,Co 1,5,6,7,9 X - Myrmecophaga tridactyla (Linnaeus, 1758)

tamanduá-bandeira ENT En 1 X VU

Família Megalonychidae

Choloepus hoffmanni Peters, 1858 preguiça-real RES Ca 3 - -

ORDEM PRIMATES

Família Atelidae

Ateles marginatus (É. Geoffroy, 1809) macaco-aranha-de-cara-branca OD,CA Ca,Re,Co,En

1,2,3,4,5,6,7,8,9 - EN

Ateles chamek (Humboldt, 1812) macaco-aranha OD,CA Re 1,2,3,5,6,8,9 X -

Alouatta discolor (Sipx 1823) bugio OD Ca,Co 3,6 - -

Família Cebidae

Mico emiliae (Thomas, 1920) sagui OD,CA Ca, Em 1,3,5,6 X -

Sapajus apella (Linnaeus, 1758) macaco-prego OD,CA Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6,7,8,

9 X -

Sapajus albifrons (Humboldt, 1812) caiarara - - - X DD

Família Pitheciidae Callicebus molock (Hoffmannsegg, 1807)

guigó, zogue-zogue

OD,CA Re,Co 1,2,3,6,8 X -

Callicebus vieirai Gualda-Barros, Nasci-mento & Amaral, 2012

guigó, zogue-zogue

OD Re 7 _ _

Chiropotes albinasus (I. Geoffroy & De-vile, 1848)

cuxiú-de-nariz-vermelho OD,CA Ca,Re,Co 2,3,5,8 - -

Pithecia irrorata Gray, 1842 parauacú - - - X -

Família Aotidae

Aotus infulatus (Khul, 1820) macaco-da-noite OD,CA Ca 2,3 X -

ORDEM CHIROPTERA

Família Embalonuridae Rhynchonycteris naso (Wied-Neuwied, 1820)

morcego CP,OD Re 1,2 - -

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TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral

Fase do Moni-toramento EIA

Status de conser-vação

Família Mormoopidae

Peropteryx macrotis (Wagner, 1842) morcego - - - X -

Família Phyllostomidae

Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,8,9 X -

Phyllostomus discolor Wagner, 1843 morcego CP Ca,Re,Co 1,3,6,9 X - Phyllostomus elongatus (É. Geoffroy, 1810)

morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,6,7 - -

Phyllostomus latifolius (Thomas, 1901) morcego CP Ca 3,5 - DD

Tonatia bidens (Spix, 1823) morcego CP Ca 8,9 - -

Phylloderma stenops Peters, 1865 morcego CP Co 2,9 - -

Chrotopterus auritus (Peters, 1856) morcego RES - 3 X -

Lophostoma silvicolum d’Orbigny, 1836 morcego - - - X -

Lophostoma brasiliense Peters, 1866 morcego CP Ca 5 X -

Trachops cirrhosus (Spix, 1823) morcego CP Co,Re 1,6 X -

Micronycteris megalotis Gray, 1842 morcego - - - X -

Trinycteris nicefori (Sanborn, 1942) morcego CP Co,Re 1,7 - - Lampronycteris brachyotis (Dobson, 1879)

morcego CP Co 3 - -

Glyphonycteris silvestris (Thomas, 1896) morcego CP Re 3 - -

Lionycteris spurrelli Thomas, 1903 morcego - - - X -

Lonchophylla mordax Thomas, 1903 morcego - - - X DD

Lonchophylla thomasi Allen, 1904 morcego CP Co 5 - -

Glossophaga soricina (Pallas, 1766) morcego CP Ca 7,9 X -

Choeroniscus minor (Peters, 1868) morcego CP Ca,Re 3 X -

Desmodus rotundus (É. Geoffroy, 1810) morcego-vampiro CP,VE Ca,Re 1,2,7 X -

Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) morcego CP Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6,7,8,9 X -

Rhinophylla pumilio Peters, 1865 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7,8,9 X -

Rhinophylla fischerae Carter, 1966 morcego - - - X DD

Dermanura cinerea (Gervais, 1856) morcego - - - X -

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TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral

Fase do Moni-toramento EIA

Status de conser-vação

Dermanura gnoma Handley, 1987 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7,8,9 - -

Artibeus lituratus (Olfers, 1818) morcego CP Ca,Re,Co 1,3,5,6,7,8,9 X -

Artibeus planirostris (Spix, 1823) morcego CP Ca,Co,Re 1,2,3,5,6,7,9 X -

Artibeus obscurus (Schinz, 1821) morcego CP Ca,Co,Re 1,2,3,5,6,7,8,9 X -

Artibeus fimbriatus Gray, 1838 morcego CP Co,Ca,Re 7,8,9 - -

Chiroderma trinitatum Goodwin,1958 morcego CP Re 7 - -

Mesophylla macconnelli Thomas, 1901 morcego CP Ca,Co 3,7 X -

Platyrrhinus lineatus (É. Geoffroy, 1810) morcego - - - X - Platyrrhinus fusciventris Velazco, Gard-ner & Patterson, 2010)

morcego CP Co 5 - -

Platyrrhinus sp. CP Ca,Re 6,7,9 - -

Uroderma magnirostrum Davis, 1968 morcego - - - X -

Uroderma bilobatum Peters, 1866 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,7,8,9 X -

Vampyressa pusilla (Wagner, 1843) morcego CP Ca 1,2 - -

Familia Mormoopidae

Pteronutus parnellii (Gray, 1843) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7,8,9 X -

Pteronotus personatus (Wagner, 1843) morcego CP Re 5 - -

Família Noctilionidae

Noctilio albiventris Desmarest, 1818 morcego-pescador-pequeno

OD Re 2,7 - -

Família Thyropteridae Thyroptera discifera Lichtenstein e Pe-ters, 1855 morcego CP Co 7 - -

Familia Molossidae

Molossus molossus (Pallas, 1766) morcego RES Ca 3 X -

Molossus rufus (É. Geoffroy, 1805) morcego RES Ca 3 - -

Família Vespertilionidae

Myotis nigricans (Schinz, 1821) morcego CP,RES Ca,Re,Co 1,3 - -

Myotis cf. riparius Handley, 1960 morcego CP Co 3 - -

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TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral

Fase do Moni-toramento EIA

Status de conser-vação

Myotis sp. morcego CP Co,Re,Ca 7,8,9 - -

ORDEM CARNÍVORA

Família Canidae

Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) graxaim PE,OD,AF,ENT Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6,7,8,9

X -

Atelocynus microtis (Sclater, 1883) cachorro-do-mato-de-orelha-curta

OD Ca 1 X DD

Speothos venaticus (Lund, 1842) cachorro-vinagre OD,AF Ca,Co 8,9 X VU

Família Felidae

Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) jaguatirica PE,ENT,AF Ca,Co,Re 1,3,5,6,7 X VU

Leopardus tigrinus (Schreber, 1775) gato-do-mato - - - X VU

Puma yagouaroundi (Lacépède, 1809) gato-mourisco OD,ENT Ca,Em 1,2,5 X -

Puma concolor (Linnaeus, 1771) puma OD,PE,ENT Re,Em 1,7,9 X VU

Panthera onca (Linnaeus, 1758) onça-pintada OD,PE,CA,ENT,AF,FE

Re,Ca 1,2,3,5,6 X VU

Família Mustelidae

Eira barbara (Linnaeus, 1758) irara OD,RES Ca,Co 3,4,6,7 X -

Galictis vittata (Schreber, 1776) furão CÇ Em 3 - -

Lontra longicaudis (Olfers, 1818) lontra ENT,PE Re 1,2 X -

Pteronura brasiliensis (Gmelin, 1788) ariranha ENT,OD,AF Re 1,2,3,6,7 X VU

Mustela africana Desmarest, 1818 doninha-amazônica OD Ca 3 - DD

Família Procyonidae

Procyon cancrivorus (Cuvier, 1798) mão-pelada PE Re,Co 1,2,3 X -

Nasua nasua (Linnaeus, 1766) quati ENT,CÇ Ca 1,2,7 X -

Potos flavus (Schreber, 1774) jupará OD,ENT,CA Ca,Re,Co 1,3,4,5,6,8 X -

ORDEM ARTIODACTYLA

Família Cervidae

Mazama gouazoubira (Fischer, 1814) veado-catingueiro OD,PE,ENT Ca,En,Co 1,2,3,5,6,7,8 X -

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TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral

Fase do Moni-toramento EIA

Status de conser-vação

Mazama americana (Erxleben, 1777) veado-mateiro ENT Ca,En 1 X -

Família Tayassuidae

Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) cateto PE,OD,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6,8,9 X -

Tayassu pecari (Link, 1795) queixada PE,OD,AF,ENT,CÇ

Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7,8,9 X -

ORDEM PERISSODACTYLA

Familia Tapiridae

Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758) anta OD,PE,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6,7,8,9 X -

ORDEM RODENTIA

Família Sciuridae Guerlinguetus gilvigularis (Wagner, 1842) caxinguelê OD,CÇ Ca,Em,Re 1,2,3 - -

Sciurillus pusillus (É. Geoffroy, 1803) coatipuruzinho OD Co 4 - -

Família Caviidae Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) capivara

CÇ,OD,PE,ENT,FE Ca,Re 1,2,3,5,7,8 X -

Cavia porcellus (Linnaeus, 1758)* preá - - - X -

Família Erethizontidae

Coendou prehensilis (Linnaeus, 1758) ouriço-cacheiro OD,CÇ Ca,Re,E 1,5,8 X -

Família Dasyproctidae

Dasyprocta leporina (Linnaeus, 1758) cotia PE,ENT,AF,OD Ca,Co,En 1,2,3,5,8 X -

Família Cuniculidae

Cuniculus paca (Linnaeus, 1758) paca ENT,PE,AF Ca,Re 1,2,5,7,8 X -

Família Cricetidae

Neacomys spinosus (Thomas, 1882) rato-de-espinho-pequeno CP Ca,Res 8,9 X -

Oecomys bicolor (Thomas, 1860) rato-da-árvore CP Re,Co 1,2,3,5,9 X -

Oecomys cf. trinitatis Thomas, 1903 rato-da-árvore - - - X -

Oecomys roberti (Thomas, 1904) rato-da-árvore - - - X -

Euryoryzomys nitidus (Thomas, 1884) rato-do-mato - - - X -

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TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral

Fase do Moni-toramento EIA

Status de conser-vação

Necromys lasiurus (Lund, 1841) rato-do-mato CP Co 1,8 - - Hylaeamys megacephalus (Fischer, 1814)

rato-do-mato - - - X -

Rhipidomys emiliae (J.A. Allen 1916) rato-do-mato CP Re 1 X -

Família Echimidae Proechimys longicaudatus (Rengger, 1830) rato-de-espinho CP Co 1,2,3,5 - -

ORDEM LAGOMORPHA

Família Leporidae

Silvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) tapeti OD En 1 X -

Nota: Táxons/Espécie, seguida de seu nome popular; do método de registro (OD = observação direta, PE = pegada, FE, fezes, CÇ = carcaça, CA = Con-tato auditivo, CP = Captura, AF = armadilha fotográfica, ENT = entrevista, TO = toca, VE = vestígios, RES = capturada pelo resgate de fauna); área amostral (Ca = Canteiro de Obras, Re = Reservatório, Co = Área controle e En = entorno da área de influência); Fase de campo em que ocorreu o regis-tro (em números arábicos respectivos às fases de campo do monitoramento de fauna); EIA (espécie registrada pela equipe do EIA) e Status de conser-vação no Brasil (segundo Chiarello et al. 2008) (CR = Criticamente em Perigo, EN = Em perigo, VU = Vulnerável e DD = Dados insuficientes).

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4.2.3 Espécies ameaçadas

São consideradas “ameaçadas”, as espécies classificadas em qualquer categoria de

ameaça pela UICN. As categorias VU, EN e CR representam, respectivamente, níveis

crescentes de risco de extinção em escalas de tempo cada vez menores (Mace & Lan-

de 1991).

Durante a nona fase do monitoramento foi registrada duas espécies com algum grau

de ameaça de extinção: (1) macaco-aranha-da-cara-branca (Ateles marginatus) (EN)

(Foto 17), e cachorro-vinagre (Speothos venaticus) (VU) (Erro! Fonte de referência

não encontrada.). Entre as espécies ameaçadas, os animais de grande porte, como

carnívoros e primatas, representam os grupos sob o maior risco de extinção (Drum-

mont et al. 2005). O macaco-aranha-de-cara-branca, assim como os demais prima-

tas, sofre com a fragmentação e descaracterização ambiental uma vez que são essen-

cialmente arborícolas e dependentes de ambientes florestados e contínuos. Para a es-

pécie Speothos venaticus as principais ameaças citadas são a alteração e fragmenta-

ção do habitat e a caça de suas presas naturais (Oliveira & Dalponte 2008).

Foto 17 – Macaco-aranha-de-cara-branca (Ateles marginatus)

Foto: Josias Rezini, 2013

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4.2.4 Espécies endêmicas

As espécies endêmicas registradas durante esta última campanha foram aquelas en-

dêmicas da Amazônia: Ateles marginatus e Dermanura gnoma (Foto 18) (van Roos-

malen et al. 2002; Reis et al. 2007, 2008, 2011). Essas espécies sofrem com a perda

de hábitat e são vulneráveis à fragmentação e descaracterização ambiental (Chiarello

et al., 2008).

Foto 18 – Espécie de morcego (Dermanura gnoma) endêmica da amazônia

Foto: Luana Munster, 2013

4.2.5 Espécies raras

Foi obtido mais um registro do cachorro-vinagre (Speothos venaticus) durante a nona

fase do monitoramento. Esta é uma das espécies mais raras de mamíferos silvestres

da área em questão.

4.2.6 Espécies migradoras e suas rotas

Não foram registradas espécies migradoras dentre os mamíferos em nenhuma das

fases do monitoramento.

4.2.7 Espécies Bioindicadoras

As espécies de mamíferos indicadoras de qualidade ambiental, para o empreendimen-

to da UHE Colíder, podem ser aquelas de hábitos aquáticos e semi-aquáticos, por es-

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tarem diretamente relacionadas aos impactos de um represamento. Entre essas espé-

cies destacam-se a lontra (Lontra longicaudis), a ariranha (Pteronura brasiliensis), a

capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) e a paca (Cuniculus paca). Nesta fase do moni-

toramento estas espécies não foram registradas. Porém, além das espécies ligadas ao

ambiente aquático, as espécies florestais também sofrem impactos ligados à supres-

são dos ambientes florestados e perda de habitat. Em especial os primatas, como o

macaco-aranha (Ateles chamek) (Foto 19), podem ser considerados bons indicadores

por serem exclusivamente florestais, sofrendo bastante com a descaracterização, a

fragmentação e a redução florestal. Grandes carnívoros, como a onça parda (Puma

concolor), avistada na nona fase (na área do canteiro de obras), também são impor-

tantes bioindicadores, por suas necessidades ambientais e de uma comunidade estru-

turada de presas (Rodrigues et al. 2002).

Foto 19 – Macaco aranha (Ateles chamek)

Foto: Josias Rezini, 2013

4.2.8 Espécies exóticas

Nesta fase do monitoramento, na área do canteiro de obras foi observado gado bovino

(Foto 20) transitando livremente nas estradas e dentro da mata. Isso tem sido obser-

vado frequentemente durante o monitoramento. Estes animais podem impactar a fau-

na silvestre presente na área de estudo, seja pelo pisoteio de plântulas que se desen-

volvem no interior da mata, seja por outros fatores diversos. Portanto é necessário

mantê-los fora das áreas florestais do empreendimento, restringindo-os nas áreas de

pastagem das propriedades vizinhas.

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Foto 20 – Gado bovino flagrado na área amostral do canteiro de obras

Foto: Camera trap, 2013

4.2.9 Espécies cinegéticas

Mamíferos de médio e grande porte são grandes alvos de práticas de atividades cine-

géticas que incluem caças esportivas, profissionais e para fins de subsistência. Na

área de estudo ocorrem espécies as quais sofrem grande pressão de caça, como a

anta (Tapirus terrestris) (Foto 21) e o cateto (Pecary tajacu), registrados nesta fase.

A caça ilegal é um dos principais fatores causadores de ameaças às populações brasi-

leira destes animais (Chiarello et al., 2008). Além de extinções locais, a intensa pres-

são de caça também promove a ruptura de interações ecológicas que garantem a ma-

nutenção da diversidade biológica (Travassos, 2011).

Foto 21 – Rastro de anta (Tapirus terrestris) en-contrado na estrada de acesso à UHE Colíder

Foto: Josias Rezini, 2013

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4.2.10 Espécies de importância econômica

Espécies com macaco prego (Sapajus apella) (Foto 22), encontrado na área do moni-

toramento, podem causar algum prejuízo econômico em plantações. Espécies de car-

nívoros podem ter importância econômica, quando ligados a predação de animais do-

mésticos. A alteração e destruição de ambientes naturais podem reduzir a disponibili-

dade de presas naturais e forçar grandes carnívoros a viver em contato com estoques

de animais domésticos, que podem ser usados como presas (Conforti, 2006). A retali-

ação contra animais que predam estoques domésticos no entorno tem sido um meio

de redução de populações de grandes carnívoros (Azevedo, 2006).

Foto 22 – Macaco prego (Sapajus apella)

Foto: Josias Rezini, 2013

4.2.11 Espécies de risco epidemiológico

A Tabela 19 apresentada algumas das principais zoonoses que podem ser transmitidas

por mamíferos silvestres.

Tabela 19 – Principais zoonoses adquiridas de mamíferos silvestres, respectivos agentes etiológicos e vias de transmissão (adaptado de Barbosa et al. 2011.)

Doença no Homem Agente Etiológico Reservatórios Animais Vias de Transmissão

Bactérias

Anthrax Bacillus anthracis Mamíferos Fecal-oral e vetores

Botulismo Toxinas de C. botulinum Aves e mamíferos Fecal-oral

Brucelose Brucella spp. Ungulados, marsupiais e mamíferos Fecal-oral

Campilobacteriose Campilobacter jejuni Aves e mamíferos Digestiva

Cinomose Pseudomonas mallei Equídeos e carnívoros Aerógena

Clostridiose Clostridium spp. Animais silvestres em geral Diversas formas

Colibacilose Escherichia coli Animais silvestres em geral Fecal-oral

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Doença no Homem Agente Etiológico Reservatórios Animais Vias de Transmissão

Doença de Lyme Borrelia burgdorferi Mamíferos Picada de vetores

Febre maculosa Ricketsia rickettsii Marsupiais, roedores e la-gomorfos

Picada de carrapato

Hanseníase Mycobacterium leprae Primatas, tatus Inalação, contato direto

Leptospirose Leptospira interrogans Mamíferos Contato direto

Micobacterioses atípicas Mycobacterium spp. Peixes, aves mamíferos e répteis

Aerógena e digestiva

Pasteurelose Pasteurella multocida Aves e mamíferos Aerógena e digestiva

Peste Yersinia pestis Roedores e marsupiais Vetores ou contato com feridas

Pseudotuberculose Yersinia pseudotubercu-losis

Aves e mamíferos Fecal-oral

Salmonelose Salmonella spp. Aves, mamíferos e répteis Fecal-oral

Shiguelose Shiguela dysenteriae Primatas Fecal-oral

Tétano Clostridium tetani Mamíferos Contato com feridas

Tuberculose Mycobacterium spp. Mamíferos e aves Aerógena, digestiva

Vírus

Dengue silvestre Flavivirus Cebídeos Vetor-mosquito

Encefalite equina do Leste Alphavirus Aves e roedores Vetor-mosquito

Febre Aftosa Aphtovirus Artiodátilos Aerógena e secreções

Febre Amarela Flavivirus Primatas Vetor-mosquito

Febre de Mayaro Alphavirus Saguis, bugios Vetor-mosquito

Hepatite A Picornavirus Primatas Fecal-oral

Herpes Herpesvirus simiae Primatas Saliva, arranhadura

Herpes simples tipo I Herpesvirus hominis Primatas Saliva

Raiva Lyssavirus Mamíferos Saliva, mordida, arran-hadura

Sarampo Morbilivirus Primatas Aerógena

Varíola Orthopoxvirus Primatas Direta

Protozoários

Criptosporidiose Criptosporidium spp. Peixes, aves mamíferos e répteis Fecal-oral

Doença de Chagas Trypanosoma cruzi Mamíferos Contato com fezes de vetores

Giardíase Giardia lambia Aves e mamíferos Fecal-oral

Leishmaniose cutânea Leishmania braziliensis Roedores e marsupiais Picada do vetor fleboto-míneo

Leishmaniose visceral Leishmania chagasi Canídeos Picada do vetor fleboto-míneo

Malária dos primatas Plasmodium spp. Primatas Picada do vetor

Sarcocistose Sarcocystis spp. Felídeos e animais endo-térmicos

Fecal-oral

Toxoplasmose Toxoplasma gondii Felídeos Fecal-oral

4.2.12 Esforço amostral

O esforço amostral despendido em todas as fases de campo realizadas somou 62 dias

de campo, sendo 10 dias na primeira fase (15 a 24 de fevereiro de 2011), nove dias

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na segunda fase (27 de abril a 8 de maio de 2011), sete dias na segunda fase (10 a

17 de julho de 2011), quatro dias na quarta fase (21 a 24 de setembro de 2011)

(campanha interrompida), oito dias na quinta fase (8 a 15 de fevereiro de 2012), oito

dias na sexta fase (18 a 25 de abril de 2012), oito dias na sétima fase (17 a 24 de

julho de 2012), oito dias na oitava fase (14 a 21 de outubro de 2012) e oito dias na

última fase de campo (21 a 28 de janeiro de 2013). Os dias de amostragem sistema-

tizados permaneceram os mesmos seis dias por fase (exceto na fase 4) e os dias de

busca livre (métodos não sistematizados) variaram conforme a possibilidade em cada

campanha. Os métodos sistematizados são priorizados desde o início da fase, e caso

haja tempo ao final da aplicação dos métodos sistematizados, o restante do período é

destinado à coleta de dados não sistematizados. O esforço amostral dividido por mé-

todo sistematizado é apresentado na Tabela 20.

Tabela 20 – Esforço amostral despendido durante as fases do monitoramento de fauna

Método Quantidade / área amos-tral

Nº de áreas amostrais

Nº dias amostrais por fase

No de fa-ses reali-zadas

Esforço total

Armadilhas Shermann + Tomahawk

35 + 15 = 50

3 6 9 7.200 arma-dilhas/noite

Armadilhas de inter-ceptação e queda

24 baldes 240 m 3 6 9

3.456 baldes/dia 30.240m/dia

Redes de neblina 12 3 6 (2 / área) 9 576 redes/noite 10.368 m2/h

Armadilhas fotográfi-cas*

1 3 6 9 216 arma-dilhas/dia

* Mais uma armadilha fotográfica em um lugar oportunístico, somando 4 armadilhas por fase.

Segundo Santos (2006), é praticamente impossível determinar a riqueza total de um

ambiente, principalmente em florestas tropicais, onde a diversidade é muito alta. A

curva de acumulação de espécies ou curva do coletor aleatorizada, construída consi-

derando-se a mastofauna amostrada nas nove fases do monitoramento de fauna ain-

da não apresenta uma estabilização (Gráfico 7). A curva apresentou um formato as-

cendente, sem apresentar uma assíntota, sugerindo que novos registros ainda podem

ser esperados, apesar de escassos.

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Gráfico 7 – Gráfico ilustrando a curva do coletor referente às nove fases do monitoramento da mastofauna.

Nota: Linha cheia = curva de rarefação; Linha tracejada = intervalo de confiança de 95%.

4.2.13 Comparação entre as áreas amostradas

4.2.13.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (ADA) – Canteiro de obras

Na área do canteiro de obras foram registradas 20 espécies de mamíferos silvestres

durante a nona fase do monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade de

H’ = 2,262. A maioria das espécies amostradas no canteiro de obras foi também re-

gistrada nas outras áreas, e seis espécies foram registradas exclusivamente nesse

sítio amostral durante esta fase: morcegos, P. hastatus, P. discolor, G. soricina; a cui-

ca, M. constantinae, e o carnívoro P. concolor.

4.2.13.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (ADA) – Reservatório

Na área do reservatório foram registradas 15 espécies durante a nona fase do monito-

ramento. Esse total gerou um índice de diversidade de H’ = 2,587. Muitas espécies

amostradas no reservatório foram também registradas nas outras áreas. Foram regis-

tradas exclusivamente nessa área: A. chamek, O. bicolor e Myotis sp..

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4.2.13.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (AII) – Controle

Na área controle foram registradas 12 espécies durante a nona fase do monitoramen-

to. Esse total gerou um índice de diversidade de H’ = 2,268. A maior parte das espé-

cies amostradas na área controle foi também registrada nas outras áreas, porém qua-

tro foram registradas exclusivamente nesse sítio amostral nesta última fase: P. ste-

nots, T. bidens, T. tetradactyla e S. venaticus.

4.2.13.4 Comparação entre as áreas

A maior similaridade entre as áreas amostrais se deu entre a área do reservatório e a

área controle, seguida pela similaridade entre o canteiro de obras e a área controle, e

por último, a similaridade entre o reservatório e a área do canteiro de obras (confor-

me os resultados da similaridade de Bray-Curtis) (Gráfico 8).

Gráfico 8 – Similaridade de Bray-Curtis apresentada entre as áreas de estudo durante a nona fase.

4.2.13.5 Comparação entre as fases do monitoramento

A riqueza e a diversidade das espécies no decorrer das fases do monitoramento vari-

am consideravelmente, porém ainda não é possível observar um padrão (Tabela 21).

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Tabela 21 – Comparação entre a riqueza e a diversidade de espécies registradas em cada área amostral e em cada fase do monitoramento da mastofauna. Em cada célula é apresentada a riqueza, seguida pela diversidade entre parênteses

Área Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5 Fase 6 Fase 7 Fase 8 Fase 9

AID 33 22 24 4 22 16 10 19 20

(3,088) (2,418) (2,571) (1,242) (2,561) (2,593) (0,8819) (1,967) (2,262)

ADA 30 25 17 5 22 12 25 17 15

(2,17) (2,855) (2,447) (1,445) (2,68) (2,224) (2,678) (1,99) (2,587)

AII 26 12 20 7 17 15 18 15 12

(2,907) (1,987) (2,728) (1,54) (2,373) (2,532) (2,315) (2,025) (2,268)

Total 45 41 49 13 37 32 38 32 28

(3,219) (2,936) (3,275) (2,261) (2,937) (3,098) (2,198) (2,031) (2,693)

4.2.13.6 Pequenos mamíferos

Nesta nona fase de campo foram capturados apenas quatro indivíduos de pequenos

mamíferos, das seguintes espécies: Neacomys spinosus (Foto 23), Oecomys bicolor

(Foto 24) e Micoureus constantinae (Foto 25) (Tabela 22, Gráfico 9).

Tabela 22 – Espécies de pequenos mamíferos registradas na sétima fase do monitoramento, seguidas por suas abundâncias e abundâncias relativas (%), separadas por área de estudo

Espécies Canteiro de obras Reservatório Controle Total

AB % AB % AB % AB %

Neacomys spinosus 1 50 1 50 0 0 2 50

Oecomys bicolor 0 0 1 50 0 0 1 25

Micoureus constantinae 1 50 0 0 0 0 1 25

Total 2 100 2 100 0 0 4 100

Gráfico 9 – Abundância relativa (%) dos pequenos mamíferos capturados durante a nona fase do monitoramento

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Foto 23 – Indivíduo de Neacomys spinosus

Foto: Luana Munster, 2013

Foto 24 – Indivíduo de Oecomys bicolor

Foto: Luana Munster, 2013

Foto 25 – Indivíduo de Micoureus constantinae

Foto: Josias Rezini, 2013

4.2.13.7 Morcegos

Foram capturados 76 morcegos, representados por 16 espécies. A espécie mais abun-

dante foi Carollia perspicillata, contando com 49% das capturas, seguida por Artibeus

planirrostris (8%) e Rhinophylla pumilio (7%). As demais espécies representaram

menos que 6% das capturas (Tabela 23 e Gráfico 10).

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Tabela 23 – Espécies de morcegos registradas na nona fase do monitoramento, seguidas por suas abun-dâncias e abundâncias relativas (%), divididas por área de estudo

Espécie canteiro reservatório controle total

AB % AB % AB % AB %

Carollia perspicillata 29 55,8 4 33,3 4 33,3 37 48,7 Glossophaga soricina 2 3,8 0 0,0 0 0,0 2 2,6 Rhinophylla pumilio 4 7,7 1 8,3 0 0,0 5 6,6 Uroderma bilobatum 2 3,8 0 0,0 1 8,3 3 3,9 Platyrrhinus sp. 2 3,8 0 0,0 0 0,0 2 2,6 Pteronotus parnelli 1 1,9 0 0,0 1 8,3 2 2,6 Dermanura cinereia 3 5,8 1 8,3 0 0,0 4 5,3 Artibeus planirrostris 3 5,8 1 8,3 2 16,7 6 7,9 Artibeus fimbriatus 1 1,9 1 8,3 0 0,0 2 2,6 Artibeus obscurus 1 1,9 1 8,3 2 16,7 4 5,3 Artibeus lituratus 2 3,8 2 16,7 0 0,0 1 1,3 Phyllostomus hastatus 1 1,9 0 0,0 0 0,0 4 5,3 Phyllostomus discolor 1 1,9 0 0,0 0 0,0 1 1,3 Myotis sp. 0 0,0 1 8,3 0 0,0 1 1,3 Phylloderma stenots 0 0,0 0 0,0 1 8,3 1 1,3 Tonatia bidens 0 0,0 0 0,0 1 8,3 1 1,3 TOTAL 52 100,0 12 100,0 12 100,0 76 100,0

Gráfico 10 – Abundância relativa (%) dos morcegos capturados durante a nona fase do moni-toramento da mastofauna

A sequência de fotos a seguir (Foto 26 à Foto 33) mostram alguns indivíduos captura-

dos durante a nona fase do monitoramento da mastofauna.

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Foto 26 – Indivíduo de Carollia perspicillata

Foto: Luana Munster, 2013

Foto 27 – Indivíduo de Rhinophylla pumilio

Foto: Luana Munster, 2013

Foto 28 – Indivíduo de Pteronotus parnelli

Foto: Luana Munster, 2013

Foto 29 – Indivíduo de Uroderma bilobatum

Foto: Luana Munster, 2013

Foto 30 – Indivíduo de Phyllostomus discolor

Foto: Luana Munster, 2013

Foto 31 – Indivíduo de Myotis sp.

Foto: Luana Munster, 2013

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Foto 32 – Indivíduo de Phylloderma stenots

Foto: Luana Munster, 2013

Foto 33 – Indivíduo de Tonatia bidens

Foto: Luana Munster, 2013

4.2.13.8 Mamíferos de médio e grande porte

Nesta nona fase de campo, foram registradas nove espécies de mamíferos de médio e

grande porte. A espécie mais abundante foi S. apella, contando com 23% dos regis-

tros, seguido pelas espécies: T. terrestris (20%), P. tajacu e A. marginatus (13%)

(Tabela 24 e Gráfico 11). Dos 30 registros de mamíferos de médio e grande porte,

dois foram obtidos através das armadilhas fotográficas e 28 por busca ativa. O regis-

tro por armadilhas fotográficas é importante para espécies menos conspícuas, de difí-

cil visualização, como S. venaticus, registrado nesta fase por este tipo de armadilha.

Tabela 24 – Espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas na nona fase do monitoramento, seguidas por suas abundâncias e abundâncias relativas (%), e divididas por área de estudo

Espécie canteiro reservatório controle total

AB % AB % AB % AB %

Tamandua tetradactyla 0 0 0 0 2 17 2 7 Tapirus terrestris 0 0 2 25 4 33 6 20 Pecari tajacu 2 20 2 25 0 0 4 13 Sapajus apella 3 30 1 13 3 25 7 23 Ateles marginatus 1 10 0 0 3 25 4 13 Ateles chamek 0 0 2 25 0 0 2 7 Cerdocyon thous 2 20 1 13 0 0 3 10 Speothos venaticus 1 10 0 0 0 0 1 3 Puma concolor 1 10 0 0 0 0 1 3 TOTAL 10 100 8 100 12 100 30 100

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Gráfico 11 – Abundância relativa (%) dos mamíferos de mé-dio e grande porte registrados durante a nona fase do moni-toramento da mastofauna

A sequência de fotos a seguir (Foto 34 e Foto 35) mostram os registros fotográficos

de mamíferos de médio e grande porte da nona fase de campo.

Foto 34 – Indivíduo de Cerdocyon thous

Foto: Josias Rezini, 2013

Foto 35 – Pegada de Pecari tajacu

Foto: Josias Rezini, 2013

4.2.14 Considerações finais

A área de estudo soma uma riqueza de 117 espécies, amostradas durante as nove

fases do monitoramento e acrescentadas aos esforços do EIA. Apesar do grande es-

forço de amostragem, a curva do coletor não está caracterizada por uma estabilização

do número de espécies registradas. Isso indica que a riqueza esperada para a região

pode ser ainda maior. Essas espécies registradas no estudo caracterizam a região co-

mo portadora de uma importante e diversa fauna de mamíferos, contando com muitas

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espécies características da porção sul da Amazônia. Portanto, deve-se empregar um

grande esforço na proteção de áreas naturais que garantam esta grande diversidade

de espécies de mamíferos. Algumas das ameaças que podem ser listadas para a fauna

da região são: a perda de habitat, de espécies de hábitos aquáticos, semi-aquáticos e

florestais; a caça de espécies consideradas cinegéticas e a introdução de espécies

exóticas que podem alterar o ambiente e transmitir doenças a fauna silvestre. Isto é

especialmente preocupante para as espécies consideradas ameaçadas.

O registro da espécie de cachorro-vinagre (S. venaticus) em ambiente natural é muito

importante, pois é considerada uma espécie ameaçada e rara ao longo de toda sua

distribuição (Dematteo & Loiselle 2008; Zuercher et al 2004;). Sabe-se que atualmen-

te a maior parte das populações naturais do cachorro-vinagre encontra-se em áreas

que não são Unidades de Conservação, ao longo de toda sua distribuição (Dematteo &

Loiselle 2008), o que gera certa preocupação para a conservação desta espécie.

Outro ponto importante observado também nesta fase de campo foi os animais atro-

pelados (Foto 36) nas estradas de acesso e dentro do empreendimento. Com o anda-

mento das obras o fluxo de veículos vem aumentando, acarretando no aumento da

frequência de atropelamentos. Alguns trabalhos apontam que atropelamentos de fau-

na poderiam reduzir a densidade das espécies e colocá-las em risco. Este problema

seria mais sério para espécies ameaçadas de extinção ou que normalmente apresen-

tam populações de poucos indivíduos (Forman & Alexander, 1998; Pinowski, 2005;

Trombulak & Frissel, 2000).

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Foto 36 – Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) atropelado na estra-da na região da UHE Colíder

Fonte: Raphael E. F. Santos, 2013

Portanto, faz-se necessária a implementação de medidas para reduzir os atropela-

mentos, como instalação de maior sinalização, associadas a campanhas educativas e

inserção de redutores de velocidade em trechos mais críticos, conforme já recomen-

dado em relatórios anteriores.

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WCS. 2004. A caça em Florestas Neotropicais. Wildlife Conservation Society, La Paz.