lucro presumido

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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Câmara de Pesquisa e Desenvolvimento Profissional Home Page : www.crc.org.br E-mail : [email protected] LUCRO PRESUMIDO Expositor: ALBERTO GONÇALVES Rio de Janeiro Atualização: 04/01/2011

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Page 1: Lucro Presumido

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO

Câmara de Pesquisa e Desenvolvimento Profissional Home Page : www.crc.org.br E-mail : [email protected]

LUCRO PRESUMIDO

Expositor: ALBERTO GONÇALVES

Rio de Janeiro

Atualização: 04/01/2011

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Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro Lucro Presumido

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SUMÁRIO IRPJ pág.03

CSLL pág.24

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EMPRESAS QUE PODEM OPTAR PELO LUCRO PRESUMIDO

1. as empresas não obrigadas apuração pelo lucro real.

2. cuja receita bruta total, no ano-calendário tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 ou ao limite proporcional de R$ 4.000.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividades no ano, se inferior a doze.

(art. 14 da Lei nº. 9.718/98, e alterações dadas pelo art.46 da Lei nº. 10.637/2002). Nota

A pessoa jurídica que, em qualquer trimestre do ano-calendário, tiver seu lucro arbitrado poderá optar pela tributação com base no lucro presumido relativamente aos demais trimestres desse ano-calendário, desde que não esteja obrigada à apuração do lucro real

(IN SRF nº. 93/97, art. 47). Comentários _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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EMPRESAS IMPEDIDAS DE OPTAR

• cuja receita total, no ano-calendário anterior, tenha sido superior ao limite tratado no item 2 anterior;

• cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos

de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

• que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos de exterior;

• que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos

à isenção ou redução do Imposto de Renda, calculados com base no lucro da exploração;

• que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do

Imposto de Renda pelo regime de estimativa;

• que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica , gestão de crédito, seleção de risco, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

(art.246 do RIR/99):

Notas 1ª) Por não se equiparem às empresas de seguros, para efeito da

obrigatoriedade de tributação pelo lucro real, as sociedades corretoras de seguros podem optar pela tributação com base no lucro presumido (PN Cosit nº.1/93). Comentários____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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EMPRESAS QUE EXPLORAM ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS A partir do ano-calendário de 1999, passaram a ser admitidas no regime de tributação pelo lucro presumido inclusive as pessoas jurídicas que exploram a atividade de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis.

(arts. 14 e 18, III, da Lei º 9.718/98 e art. 36, inciso IV, da Lei nº. 8.981/95).

Nota Todavia, as empresas que exploram essas atividades, se, enquanto submetidas à tributação pelo lucro real, realizaram venda de imóveis antes de concluído o empreendimento e computaram, no custo do imóvel vendido, os custos orçados para a conclusão das obras ou dos melhoramentos a que, contratualmente, ficaram obrigadas a realizar , somente poderão optar pelo lucro presumido a partir do ano-calendário subseqüente àquele em que as obras forem concluídas

(IN SRF nº. 25/99). SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS. A partir de 1996 podem optar pelo lucro presumido.

(Lei nº.9249/95, artigo 36, inciso V) INCORPORAÇÃO, FUSÃO OU CISÃO Se a empresa optante pela tributação com base no lucro presumido vier a ser incorporada, fusionada ou cindida, permanece no regime do lucro presumido até a data do evento.

A pessoa jurídica resultante de incorporação, fusão ou cisão pode optar pelo lucro presumido no ano-calendário do evento, desde que não esteja obrigada ao lucro real.

(artigo 42, parágrafo 7º, da I.N. nº.11/96)

SÓCIO OU ACIONISTA PESSOA JURÍDICA E EMPRESAS QUE TENHAM SÓCIOS EM COMUM O fato de a empresa ter sócio ou acionista pessoa jurídica ou ter sócio que participe de outra empresa não prejudica o direito da opção pelo lucro presumido. EMPRESAS OPTANTE PELO REFIS Excepcionalmente, poderão optar pela tributação com base no lucro presumido as empresas que estiverem submetidas ao REFIS.

(art.9º do Decreto nº.3.431/2000)

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SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO.

Podem optar pelo lucro presumido, ainda que o sócio ostensivo seja submetido ao lucro real.

(IN SRF nº.31/2001) Notas:

a) A SCP que explore as atividades de compra e venda loteamento, incorporação e construção de imóveis não pode optar pelo lucro presumido enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado. b) O recolhimento dos tributos devidos pela SCP deverá ser feito mediante DARF específico em nome do sócio ostensivo.

SOCIEDADES COOPERATIVAS Podem optar pelo lucro presumido quando praticarem atos não-cooperativados, exceto as cooperativas de crédito.

(art.183 do RIR/99) ENQUADRAMENTO NO LIMITE DA RECEITA BRUTA Valores componentes da receita bruta

• receitas da prestação de serviço; • da venda de produtos de fabricação própria; • da revenda de mercadorias; • do transporte de cargas; • da industrialização de produtos em que a matéria-prima, o produto

intermediário e o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização;

• da atividade rural; • de outras atividades compreendidas nos objetivos sociais da pessoa jurídica; • as receitas de quaisquer outras fontes não relacionadas diretamente com os

objetivos da empresa; • os ganhos de capital (lucros) apurados na alienação de bens do ativo

permanente; • os rendimentos aplicações financeiras de renda fixa e;

• os ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados de renda

variável (operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas).

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Nota Deverá ser somada à receita bruta a parcela das receitas de exportações realizadas as pessoas vinculadas ou domiciliadas em país com tributação favorecida (que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a vinte por cento), determinada segundo as normas sobre preços de transferência, que excedeu o valor registrado na escrituração das empresas no Brasil (art. 22, § 1º, “e”, da IN SRF nº. 93/97 . Valores que não integram a receita bruta

• as vendas canceladas; • as devoluções de vendas; • os descontos concedidos incondicionalmente (constantes da nota fiscal de

venda de bens ou da fatura de prestação de serviço e não dependentes de evento posterior à emissão desses documentos – IN SRF nº 51/78)

• o IPI cobrado destacadamente do comprador ou contratante, do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja mero depositário;

• as saídas que não decorram de vendas, a exemplo das transferências de mercadorias para outros estabelecimentos da mesma empresa.

Determinação da Base de Cálculo do Lucro Presumido 1 – Receita de Venda de Produtos R$ 5.650.000,00 2 – ICMS s/vendas R$ 1.045.000,00 3 – ICMS-Substituição Tributária R$ 50.000,00 4 – IPI s/vendas R$ 150.000,00 5 – Devoluções de vendas R$ 100.000,00 6 – Receita de Revenda de Mercadorias R$ 300.000,00 7 – ICMS s/vendas R$ 57.000,00 8 – Receita de Serviços Prestados R$ 1.000,000,00 9 – ISS R$ 50.000,00 10 – Contribuições Sociais Retidas na Fonte R$ 46.500,00 11- Ganho na Venda de Ativo Imobilizado R$ 23.100,00 12 – Receitas de Aplicações Financeiras R$ 5.900,00 13 – Receitas de Aluguel R$ 3.000,00

Notas: 1º) O ICMS incidente sobre as vendas e o ISS incidente sobre os serviços integram a receita bruta e não podem dela ser excluídos. 2º) Nas vendas a prazo, o custo do financiamento, embutido no preço dos bens ou serviços ou destacado na nota fiscal, integra a receita bruta. (ADN Cosit nº. 7/93).

(art. 2º da MP nº. 2.107 11/2001, atual Lei nº. 10.209/2001).

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Comentários____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Cômputo das receitas pelo regime de competência ou de caixa

Para fins de enquadramento no limite que autoriza a opção pelo lucro presumido, a receita bruta do ano-calendário anterior será considerada segundo o regime de competência ou de caixa, observado o critério adotado pela pessoa jurídica, caso tenha, naquele ano, optado pela tributação com base no lucro presumido

(IN 104/98 e art, 516, § 5º, do RIR/99).

Venda ou prestação de serviços a prazo A empresa que realizou venda ou prestou serviços a prazo, poderá reconhecê-la como receita bruta, para composição do lucro presumido, à medida que o cliente pagar. Procedimentos: I - emitir a nota fiscal quando da entrega do bem ou direito da conclusão do serviço; II – Indicar no livro Caixa, em registro individual, a nota fiscal que corresponde a cada recebimento. A empresa que mantiver escrituração contábil, na forma da legislação comercial deverá controlar os recebimentos de suas receitas em contas especificas, na qual, em cada lançamento, será indicada a nota fiscal a que corresponder o recebimento. Comentários____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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ATIVIDADE IMOBILIÁRIA As empresas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados a venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda, deverão considerar como receita bruta o montante efetivamente recebido, relativo às unidades imobiliárias vendidas.

(IN SRF nº. 93/97) Comentários_______________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ FORNECIMENTO DE BENS E SERVIÇOS PARA PESSOA JURIDICA DE DIREITO PÚBLICO A receita decorrente de bens e serviços para pessoa de direito público ou empresas sob seu controle, empresas públicas, sociedade de economia mista ou sua subsidiaria, nos casos de empreitada ou fornecimento contratado nas condições dos artigos 407 e 408 do RIR/99, será reconhecida no mês do recebimento. Comentários__________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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MUDANÇA DE REGIME DE CAIXA PARA COMPENTENCIA A empresa optante pelo lucro presumido que, durante o ano-calendário, passar a ser obrigada à apuração do lucro real deverá oferecer à tributação as receitas auferidas e ainda não recebidas, no período de apuração anterior àquele em que ocorreu a mudança do regime de tributação.

(I.N.nº.345/2003) _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ VARIAÇÕES CAMBIAIS As variações monetárias dos direitos de créditos e das obrigações da empresa, em função de taxa de cambio, serão consideradas para efeito de determinação da base de cálculo do IRPJ e CSLL, por ocasião da correspondente liquidação. Comentários__________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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AGÊNCAIS DE PROPAGANDA Considera-se receita bruta da atividade apenas o valor dos honorários e serviços da própria agencia, não se incluindo os valores recebidos do anunciante e repassados a terceiros, relativos a despesas feitas pela agencia em nome do anunciante, nem as quantias reembolsadas pelo anunciante, relativas a despesas feitas em nome da agencia e cujo reembolso esteja previsto contratualmente. (Boletim Central Extraordinário (BCE) nº.29/93, item 9 e Decisão nº. 43/2000, da 1ª.RF e Solução de Consulta nº.173/2001, da 6ª. RF). Comentários__________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ AGÊNCAIS DE TURISMO Os valores de propriedade de terceiros, relativos a pagamento de passagens aéreas e rodoviárias, de hotéis, aluguel de veículos e prestação de serviços afins, não constituem receita bruta das agencias de turismo.

(Solução de Consulta nº.241/2001, da 6ª. RF). Comentários__________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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RECEITA DE VENDA DE VEÍCULOS USADOS As pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores poderão, no tocante às operações de venda de veículos usados adquiridos para revenda ou recebimento como parte do preço da venda de veículos novos, computar como receita a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da Nota fiscal de Venda, e o seu custo de aquisição, constante da Nota Fiscal de Entrada, a qual deve corresponder ao preço ajustado entre as partes.

(art.5º. da Lei nº. 9.716/98 e I.N. nº.152/98). Comentários__________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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MANIFESTAÇÃO DA OPÇÃO

• trimestralmente, por períodos encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário;

• Código do DARF (2089)

(arts, 516, § 4 e 5º, art. 517 e art.856, do RIR/99). Nota O fato de a primeira quota ou quota única do imposto relativo ao primeiro trimestre do ano-calendário, ou ao trimestre de início de atividades, ser paga fora do prazo, com os acréscimos legais devidos, não desautoriza a opção pelo lucro presumido.

( IN SRF nº 11/96, art. 42, § 4º). Impossibilidade da mudança de opção durante o ano-calendário

A partir do ano-calendário de 1999, a opção pela tributação com base no lucro presumido passou a ser definitiva em relação a todo o ano-calendário, ou seja, depois de iniciado o pagamento do imposto com base no lucro presumido, não será mais admitido a mudança para o regime do lucro real, em relação ao mesmo ano-calendário.

(art. 516 § 1º, do RIR/99).

Comentários _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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DETERMINAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO

O lucro presumido será determinado aplicando-se, sobre a receita bruta de vendas de mercadorias e/ou produtos e/ou de prestação, apurada em cada trimestre, os percentuais constantes da tabela seguinte, conforme a atividade geradora.

(arts. 518 e 519, parágrafo único, do RIR/99; arts. 3º, §§ 1º e 2º, e 36, I, da IN SRF nº. 93/97)

N.º ESPÉCIES DE ATIVIDADES GERADORAS DA RECEITA %

1

• Revenda para consumo de combustíveis (petróleo, álcool etílico

carburante e gás natural).

1,6%

2

• Venda de mercadoria ou produto (exceto revenda de combustíveis)

• Transporte de cargas

• Serviços hospitalares

• Atividade rural

• Industrialização com materiais fornecidos pelo encomendante

• Construção por empreitada com emprego de materiais próprios

• Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços) para a qual não

esteja previsto percentual específico.

8%

3

• Serviços de transporte (exceto o de cargas)

• Serviços (exceto hospitalares de transporte e de sociedade civil de

profissão regulamentada, cuja receita bruta anual não seja superior a R$

120.000,00)

• Instituições financeiras e as entidades a elas equiparadas

16%

4

• Serviços em geral, para os quais não esteja previsto o percentual

específico, inclusive os prestados por sociedades civis de profissão

regulamentada

• Intermediação de negócios

• Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direito de

qualquer natureza

• Factoring

• Construção para administração ou empreitada unicamente de mão de

obra

32%

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Cálculo do imposto Alíquotas

a) da alíquota de 15% sobre a totalidade de lucro presumido apurado no trimestre;

b) da alíquota adicional de 10% sobre a parcela do lucro presumido trimestral

que exceder a R$ 60.000,00 ou, no caso de início ou encerramento de atividades no trimestre, sobre o limite equivalente ao resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração.

(arts. 541 e 542 nº. 16/2001do RIR/99)

Deduções e compensações no imposto devido Deduções Do imposto devido em cada trimestre será deduzido: O Imposto de Renda na fonte sobre as receitas computadas na determinação da base de cálculo do imposto trimestral, que compreende:

• o imposto retido na fonte sobre importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a título de:

• remuneração de serviços profissionais prestados;

• comissões, corretagens ou qualquer outra remuneração pela intermediação de

negócios;

• remuneração da prestação de serviços de limpeza e conservação de imóveis, segurança e vigilância e locação de mão-de-obra;

• juros e indenizações por lucros cessantes em decorrência de sentença judicial;

• multas ou quaisquer vantagens, inclusive a título de indenização, em virtude de

rescisão de contrato;

• rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa;

• juros remuneratórios do capital próprio;

• o imposto retido na fonte sobre importâncias recebidas de entidades da administração pública federal, pelo fornecimento de bens ou serviços;

(art. 526 do RIR/99)

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Compensações Com o valor do imposto devido de cada trimestre poderão ser compensados os valores a seguir relacionados, devendo essas compensações ser informadas na Declaração de Débitos e Créditos tributários Federais (DCTF)

(art. 38, § 2º, III, da IN SRF nº. 93/97) • pagamentos indevidos ou a maior que o devido título de Imposto de Renda;

• saldo negativo do Imposto de Renda apurado em períodos anteriores, ainda

não compensado;

• outras compensações efetuadas . Nota Se a totalidade dos valores acima relacionados ultrapassar o valor do imposto devido no trimestre, o excedente poderá ser compensado (mediante apresentação de PERD/DCOMP) com o imposto devido nos trimestres subseqüentes, acrescido de juros, pela taxa SELIC, a partir do mês subseqüente ao de encerramento do trimestre de apuração até o mês anterior àquele em que a compensação for efetuada e de 1% , no mês que a compensação for efetuada.

(ADN nº.31 e art.52,§ 1º,IV, da IN. 600/2005) Comentários _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Empresa que explora atividades diversificadas No caso de exploração de atividades diversificadas, será aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o respectivo percentual.

(art. 519, § 3º, do RIR/99). Exemplo: Apuração 1º trimestre X1

1- Receita de Vendas de Mercadorias R$ 1.000.000,00 2- Receita de Prestação de Serviços R$ 200.000,00 3- Retenções na fonte (6,15%) R$ 12.300,00 4- Rendimentos de Aplicações Financeiras R$ 10.000,00 5- IRF s/Rendimentos Aplicações Financeiras R$ 2.000,00 6- Ganho na Venda de Ativo Permanente R$ 20.000,00

Comentários____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Empresas prestadoras de serviços de pequeno porte A empresa exclusivamente prestadora de serviço (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões legalmente regulamentadas) poderá utilizar o percentual de 16% enquanto a sua receita bruta, acumulada no ano-calendário em curso, se comportar dentro do limite de R$ 120.000,00, observado o seguinte

(art. 519, §§4º e 7º, do RIR/99 e art. 36, § 6º, da IN SRF nº. 93/97):

a) se a empresa utilizar esse percentual e a sua receita bruta, acumulada até

qualquer um dos trimestres do ano-calendário, ultrapassar o limite de R$ 120.000,00, ficará sujeita ao percentual normal de 32%, retroativamente aos trimestres anteriores do ano-calendário em curso, impondo-se o pagamento das diferenças de imposto, apuradas em cada trimestre transcorrido, até o último dia útil do mês subseqüente ao trimestre da verificação do excesso;

b) as diferenças de imposto pagas dentro do prazo mencionado na letra “a” não sofrerão acréscimos moratórios; c) a partir de janeiro do ano-calendário subseqüente ao da ocorrência do excesso de receita, a empresa poderá voltar a utilizar o percentual de 16%, enquanto a sua receita bruta acumulada no ano permanecer dentro do limite de R$ 120.000,00.

Exemplo: Empresa prestadora de serviços apresenta faturamento acumulado no 3º. Trimestre de X1 conforme a seguir: 1º trimestre – R$ 18.000,00 2º trimestre – R$ 42.000,00 3º trimestre – R$ 100.000,00 sendo, Da atividade fim R$ 70.000,00 Ganho na venda de imóvel R$ 30.000,00 Qual será o valor do IRPJ devido em 30.09. X1 ? Comentários____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Impossibilidade de utilização do percentual de 16%

• serviços de profissão legalmente regulamentada • ,as pessoas jurídicas que prestem serviços de instrução para a formação de

condutores de veículos automotores - auto-escola • natureza artístico-cultural, tais como a apresentação de peças teatrais e a

realização de cursos de teatro • intermediação no comércio de mercadorias em geral

• Corretagem e representação comercial

• Serviços médicos-laboratoriais e similares Atividade gráfica

1. 8% (oito por cento), quando a empresa gráfica atuar nas áreas comercial e

industrial; e

2. 32%, na hipótese de prestação de serviço, com ou sem o fornecimento de material.

Software O software por encomenda é prestação de serviço, cuja receita se sujeita ao percentual de 32%, enquanto o software-padrão ou de prateleira, elaborado pela própria empresa e colocado à disposição dos clientes, indistintamente, sendo vendido como se fosse mercadoria, sujeita-se ao percentual de 8% sobre a respectiva receita

(Decisão nº.329 da8ª RF).

Segundo as Decisões nº.s 165/98 e 167/98 da 9ª RF, deve-se aplicar o percentual de 8% sobre as receitas de revenda de programas de computador elaborados por terceiros e de 32% sobre as receitas de programação e manutenção de softwares específicos, sob encomenda. Sondagem de solo Em conformidade com a Decisão nº. 651/97 da 6ª RF, o percentual a ser aplicado sobre a receita bruta relativa a serviços de sondagem do solo, como tal compreendidas apenas a perfuração e a coleta de amostra, com emprego de materiais, é de 8%. Atividade de hotelaria De acordo com a Decisão nº. 106/99 da 8ª RF as receitas provenientes de atividade de hotelaria sujeitam-se ao percentual de 32%, e no caso de atividades diversificadas, desde que segregadas as respectivas receitas, aplica-se o percentual de 8% sobre a receita de venda de refeições e 32% sobre a receita de prestação de serviços de hotelaria.

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Prestação de serviços com guindaste e locação de guindaste Segundo a Decisão nº. 99/98 da 8ª RF, sobre a receita de prestação de serviços com guindaste aplica-se o percentual de 8% e sobre a receita de locação de guindaste aplica-se o percentual de 32%. Receita de serviços de suprimento de água tratada, coleta e tratamento de esgoto e de exploração de rodovias Estão Sujeitas ao percentual de 32%(trinta e dois pó cento), para fins de apuração do lucro presumido das concessionárias de serviços públicos, as receitas provenientes da (ADN Cosit nº. 16/2000): Escolas e creches – percentual aplicado sobre a receita bruta As escolas, inclusive as creches, são consideradas sociedades prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentadas, razão pela qual as receitas delas originadas sujeitam-se ao percentual de 32%, ficando proibida a utilização do percentual de 16%, ainda que a receita bruta anual se comporte dentro do limite de R$ 120.000,00

(ADN Cosit nº. 22/2000). Comentários____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Apropriação pelo regime de caixa A receita proveniente de vendas de bens ou direitos ou de prestação de serviços, cujo preço seja recebido a prazo ou em parcelas, poderá ser computada na base de cálculo do lucro presumido somente no mês do efetivo recebimento, sob as seguintes condições:

(IN SRF 104/98): a) emissão da nota fiscal por ocasião da entrega do bem ou da conclusão do

serviço;

b) caso seja mantida escrituração somente do livro caixa, neste deverá ser indicada, em registro individual, a nota fiscal a que corresponder cada recebimento;

c) caso seja mantida escrituração contábil, na forma da legislação comercial,

os recebimentos das receitas deverão ser controlados em contas específicas, na qual, em cada lançamento, deverá ser indicada a nota fiscal a que corresponder o recebimento;

d) os valores recebidos adiantadamente, por conta de venda de bens ou

direitos ou da prestação de serviços, deverão ser computados como receita do mês em que se der o faturamento, a entrega do bem ou do direito ou a conclusão dos serviços, o que primeiro ocorrer;

e) os valores recebidos a qualquer título, do adquirente do bem ou direito ou

do contratante dos serviços deverão ser considerados como recebimento do preço ou de parte deste, até seu limite;

f) o computo da receita em período de apuração posterior ao do recebimento

sujeitará a pessoa jurídica ao pagamento do imposto com acréscimo de juros de mora e de multa, de mora ou de ofício, conforme o caso, calculados na forma da legislação vigente.

Acréscimo das demais receitas ou resultados e dos ganhos de capital Ao valor determinado mediante a aplicação dos percentuais informados na tabela de percentuais incidentes sobre as receitas, deverão ser adicionados, por inteiro, as demais receitas ou resultados positivos decorrentes de operações não enquadradas no conceito de receita bruta e os ganhos de capital, percebidos no período.

(art.521 do RIR/99 e art. 36 da IN SRF nº. 93/97):

Outros acréscimos obrigatórios Empresa que no ano-calendário anterior tenha sido tributada pelo lucro real Se, no ano-calendário anterior ao da opção pelo lucro presumido, a empresa houver sido tributada pelo lucro real, esta deverá adicionar á base de calculo do imposto do primeiro trimestre os saldos dos valores cuja tributação foi diferida no regime do lucro real, controlados na parte B do Lalur, observando o seguinte.

(art. 520 RIR/99):

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a) entre esses valores não se incluem a depreciação acelerada incentivada,

b) quanto ao saldo do lucro inflacionário com tributação diferida, observar as regras informadas no subitem a seguir.

Pagamento do imposto Prazo O imposto apurado em cada trimestre deverá ser pago, em quota única , até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de sua apuração ou, à opção da empresa, em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, observado o seguinte.

(art. 856 do RIR/99)

a) as quotas deverão ser pagas até o último dia útil dos meses subseqüentes ao

de encerramento do período de apuração;

b) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00, e o imposto valor inferior a R$ 2.000,00 será pago em quota única;

c) o valor de cada quota (excluída a primeira, se paga no prazo) será acrescido

de juros equivalentes à taxa Sistema Especial de Liquidação de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1% no m~es do pagamento.

Preenchimento do Darf No preenchimento do Darf para o pagamento do IRPJ devido com base no lucro presumido, utiliza-se, no campo 04, o código 2089. Imposto apurado em valor inferior a R$ 10,00 O Darf não pode ser utilizado para pagamento de imposto e contribuições de valor inferior a R$ 10,00

(art. 873, § 4º, do RIR/99). Se o imposto for de valor inferior a R$ 10,00 deverá se adicionado ao imposto devido em período(s) subseqüente(s) até que o valor total seja igual ou inferior a R$ 10,00, quando, então deverá ser pago no prazo para o pagamento do imposto devido no(s) período(s) em que esse limite for atingido junto com esse imposto, sem nenhum acréscimo moratório

(art. 873, § 5º, do RIR/99).

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CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

As pessoas jurídicas enquadradas ou sujeitas à apuração do Imposto de Renda pelo

lucro presumido, também estão obrigadas a apurar a Contribuição Social na mesma

modalidade.

Base de Cálculo

A base de cálculo corresponde a 12% da receita bruta do trimestre cujo resultado será

acrescido de ganhos de capital, de rendimentos de aplicações financeiras e das

demais receitas e resultados positivos auferidos no trimestre.

(art.29 da Lei nº.9.249/96)

A partir de 01.01.2003, a alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

(CSLL) é de 9%.

(Lei nº. 10.637 de 30.12.2002).

Nota:

De acordo com a Lei nº. 10.684 de 30 de maio de 2003 (Artigos 22 e 29) a base de

cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das empresas do lucro

presumido ou estimado cujas atividades estejam contempladas no inciso III do art.15

de Lei nº. 9.249/96 que trata da prestação de serviços em geral, excetuando-se os

serviços hospitalares, passou para 32% a partir de 01 de setembro de 2003.

Empresas enquadradas na nova alíquota:

- prestação de serviços em geral, exceto serviços hospitalares e serviços de

transportes;

- intermediação de negócios;

- administração, locação ou cessão de bens móveis, imóveis e direitos de

qualquer natureza; e

- factoring.

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Apurar a CSLL de uma empresa comercial, industrial e prestadora de serviços de

consultoria técnica que apresentou os seguintes dados relativos ao primeiro trimestre

do ano X1

Exemplo:

1 - Receita bruta da venda de mercadorias 1.500.000,00

2 - Receita de serviços de consultoria 1.000.000,00

3 – Retenções na fonte (6,15%) 61.500,00

4 - Receitas de aluguéis 100.000,00

5 - Rendimentos de aplicações financeiras 20.000,00

6 - Ganho na venda de ativo permanente 80.000,00

Comentários _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Distribuição de lucros ou dividendos Isenção do imposto sobre a distribuição do lucro presumido Os valores pagos a sócios ou acionistas ou a titular de empresa tributada pelo lucro presumido, a título de lucros ou dividendos, ficam isentos do Imposto de Renda, independentemente de apuração contábil, até o valor da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), deduzido do IRPJ (inclusive o adicional, quando devido), da Contribuição Social Sobre o Lucro, do PIS e da Cofins devidos, desde que a distribuição ocorra após o encerramento do trimestre de apuração devendo-se para isto a apuração do Lucro Presumido Líquido)

(art. 48 da IN SRF nº. 93/97 e ADN Cosit nº. 4/96). Cálculo do LPL (Lucro Presumido Líquido) Apuração do LPL – Lucro Presumido Líquido (+) Lucro Presumido Apurado com Base na Receita Bruta com Vendas e Serviços (+) Demais Receitas (Não Operacionais) (+) Ganhos de Capital (+) Resultados Positivos (Não operacionais) (+) Realização de Lucros Diferidos (+) Rendimentos de aplicação de renda Fixa (+) Ganhos Líquidos de Aplicações de Renda Variável (=) Lucro Presumido (-) IRPJ sobre o Lucro Presumido (-) Adicional Federal ao IRPJ (-) Contribuição Social Presumida (-) COFINS ( Correspondente ao trimestre) (-) PIS/PASEP (Correspondente ao trimestre) (=) LPL Com base nos dados da página 07 deste trabalho, apurar o LPL. __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________

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Apuração contábil de lucro líquido superior ao presumido – Isenção na distribuição Se a empresa mantiver escrituração contábil e apurar lucro líquido (após a dedução do IRPJ devido) de valor superior ao valor determinado na forma do subitem anterior, a totalidade do lucro líquido contábil poderá ser distribuída sem incidência do imposto, observada a restrição informada na nota ao final do subitem anterior, quando for o caso. Entretanto, se o lucro líquido apurado contabilmente for inferior ao valor determinado de acordo com as regras focalizadas no subitem anterior, prevalecerá a isenção sobre a distribuição do lucro presumido líquido do imposto e das contribuições devidos. Tributação de outros rendimentos pagos Importa alertar que a isenção do imposto restrita a distribuição do lucro presumido (base de cálculo do IRPJ) líquido do imposto e as contribuições devidas pela empresa, conforme mostrado anteriormente, ou ao lucro líquido ao apurado contabilmente. Desse modo,outros rendimentos pagos a titular, sócio ou acionistas da empresa, tais como pró-labore, aluguéis etc., são tributados normalmente, segundo as normas comuns aplicáveis à tributação na fonte e na declaração do beneficiário. Obrigações acessórias As pessoas jurídicas que optarem pela tributação com base no lucro presumido deverão, para efeito do Imposto de Renda, manter:

(art. 527 do RIR/99)

a) escrituração contábil nos termos da legislação comercial ou, opcionalmente, escrituração do livro caixa, no qual deverá ser escriturada toda a movimentação financeira ocorrida no decorrer do ano-calendário abrangido por esse regime de tributação, inclusive a bancária;

b) escrituração do Livro Registro de Inventário,(*) no qual deverão ser

registrados os estoques existentes no término do ano-calendário; (*) Obs. Esse livro é obrigatório somente para as empresas comerciais ou industriais, visto que as mesmas normalmente têm estoques registrados, o que não ocorre com as empresas prestadoras de serviços.

c) em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração obrigatórios por legislação fiscal específica (do IPI/ICMS, do ISS e outras), bem como os documentos e demais papéis que serviram de base para a escrituração comercial e fiscal.

As pessoas jurídicas que optarem pela tributação com base no Lucro Presumido deverão, ainda, entregar, anualmente, a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ).

(IN SRF nº. 162/99).

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Saída do regime do lucro presumido Saída voluntária A opção pelo lucro presumido obriga a empresa a permanecer nesse regime durante todo o ano-calendário. Entretanto, em qualquer ano-calendário subseqüente, a empresa terá total liberdade para se submeter a outro regime de tributação, observadas as condições pertinentes ao regime de tributação escolhida. Por exemplo:

a) poderá submeter-se à tributação com base no lucro real, se mantiver escrituração contábil e fiscal nas condições exigidas nesse regime

b) poderá optar pelo simples, caso venha a se enquadrar nas condições para o ingresso nesse regime.

Empresa que no regime do lucro presumido não mantiver escrituração contábil A empresa submetida à tributação com base no lucro presumido que não mantiver escrituração contábil na forma prevista nas leis comercial e fiscal, se tiver que passar para o regime do lucro real por ter-se desenquadrado das condições exigidas para se manter no lucro presumido ou por opção deverá proceder, em 1º de janeiro do ano que ficar sujeita a tributação pelo lucro real, ao levantamento patrimonial e a elaboração do balanço de abertura para início ou reinício da escrituração comercial, observando o seguinte:

• inclusão de todos os bens do ativo, o patrimônio líquido e as obrigações;

• no ativo devera ser inventariado o dinheiro em caixa e em bancos, as mercadorias, os produtos, as matérias-primas, as duplicatas a receber, os bens do ativo permanente;

• no passivo deverão ser arroladas todas as obrigações e no patrimônio líquido o

capital registrado.

• as mercadorias e matérias-primas das empresas que não possuem controle permanente de estoques deverão ser inventariadas pelos custos das ultimas aquisições. Não podem fazer as avaliações pelos preços de mercado porque por esse critério estará majorando o custo das futuras vendas.

• as empresas industriais que não possuem custo integrado deverão avaliar os produtos acabados em 70% do maior preço de venda do ano anterior. Os produtos em elaboração poderão ser avaliados em 56% do maior preço de venda do produto acabado no ano anterior.

• quando não houver registros contábeis, o balanço de abertura deverá tomar, de acordo com o PN nº. 23/78, o custo dos bens do ativo imobilizado e dos investimentos, bem como o valor do capital social, corrigidos monetariamente até 31-12-1995.

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• o contribuinte deverá considerar como utilizadas as cotas de depreciação,

amortização e exaustão, corrigidas, que seriam cabíveis nos exercícios anteriores àquele em que realizar o balanço de abertura, como se nesses anos estivessem sujeitas à tributação com base no lucro real.

O balanço de abertura poderá apresentar o total do Ativo maior do que a soma do Capital registrado mais o Passivo Exigível ou aquele ser menor do que estes. No primeiro caso o mais correto seria registrar a diferença como créditos do titular ou sócios da empresa, enquanto na segunda hipótese será registrada como prejuízo.

O PN nº. 15/77 esclarece que a diferença a maior entre o lucro presumido ou o arbitrado e o patrimônio liquido demonstrado em balanço de abertura de empresa individual considera-se em poder da empresa e pode ser utilizada para aumento de capital sem incidência de imposto na pessoa jurídica ou física, desde que tal diferença não seja conseqüência da atribuição incorreta de valores menores na composição da base para aplicação dos coeficientes de presunção ou de arbitramento.

O parecer não declara a não-incidência do imposto sobre a diferença positiva entre a soma dos valores do ativo menos a soma do capital registrado e do passivo exigível somente na hipótese de aumento de capital com utilização daquela diferença. Silencia quanto a incidência ou não do tributo em caso de ser, o valor correspondente à diferença, entregue ao titular ou sócios da empresa.

Ocorrendo a hipótese de o balanço patrimonial levantado apresentar prejuízo, este não será compensável com o lucro real de vez que somente o prejuízo apurado no regime de tributação pelo lucro real é compensável.

Quando a empresa passar do regime de tributação com base no lucro presumido para o lucro real, a primeira declaração terá os valores do ativo e do passivo do balanço preenchidos nas duas colunas, ou seja, os do ano anterior e os do ano-base. A coluna do ano anterior, para a empresa que não manteve escrituração contábil,será preenchida com os valores colhidos no inventário de balanço de abertura.

Na possibilidade de a pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ter que mudar para o lucro real no decorrer do ano-calendário, por exemplo, recebimento de rendimento ou ganho no exterior ou mesmo a constituição de filial no exterior.

A pessoa jurídica que houver pago o imposto com base no lucro presumido e que, em relação ao mesmo ano-calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração pelo lucro real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, deverá apurar o IRPJ e a CSSL sob o regime de apuração pelo lucro real trimestral a partir, inclusive, do trimestre de ocorrência do fato.

art.2º. do ADI SRF nº. 5, de 31-10-2001

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Fica esclarecido que a mudança compulsória da forma de tributação de lucro presumido para lucro real não retroage a 1º de janeiro. Se retroagisse, era meio para mudar de opção no caso de grande prejuízo fiscal no decorrer do ano-calendário. Compensação de prejuízos fiscais No regime de tributação pelo lucro presumido não há compensação de prejuízos fiscais. Entretanto, a empresa optante pelo lucro presumido que em ano-calendário anterior foi tributada pelo lucro real e apurou prejuízo fiscal, se em ano-calendário posterior voltar a se submeter à tributação pelo lucro real poderá compensar, com o lucro real apurado, o prejuízo fiscal apurado no ano em que foi tributada pelo lucro real, observados os limites e as condições da compensação de prejuízos fiscais. Por exemplo, em X1 a empresa foi tributada pelo lucro real e apurou prejuízo fiscal. Em X2 optou pelo lucro presumido. Se em X3 voltar a ser tributada pelo lucro real poderá compensar, com o lucro real apurado em X3, o prejuízo fiscal apurado em X1, observados os limites e as condições referidos.

Comentários __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Exemplo:

Supondo que duas empresas A e B optantes do lucro presumido no ano-calendário X2, resolvessem optar pelo lucro real no ano-calendário X3, apresentado os seguintes valores conforme levantamento patrimonial.

Empresa A Bancos 1.000,00 Contas a Receber de Clientes 20.000,00 Investimentos 9.000,00 Imobilizado 100.000,00 Diferido 20.000,00 Fornecedores 15.000,00 Obrigações Fiscais 30.000,00 Obrigações Sociais 10.000,00 Capital Social 10.000,00 Empresa B Bancos 1.000,00 Contas a Receber de Clientes 20.000,00 Investimentos 1.000,00 Imobilizado 10.000,00 Diferido 18.000,00 Fornecedores 15.000,00 Obrigações Fiscais 30.000,00 Obrigações Sociais 10.000,00 Capital Social 10.000,00

Pede-se: Balanço de Abertura em 01.01.X3 das empresas A e B. __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Bibliografia Manual Prático de Retenção de Impostos e Contribuições. 4ª ed.São Paulo,2010. IUDÍCIBUS, Sérgio de MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. 5ª ed.São Paulo: Atlas,2008. HIGUCHI, Hiromi;Imposto de Renda das Empresas. 34ª ed.São Paulo: IR Publicações,2010.