irpfj lucro real e presumido

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    IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURDICA

    1. FORMAS DE TRIBUTAO DAS PESSOAS JURDICAS

    A tributao das pessoas jurdicas pode apresentar-se em 4 modalidadesdiferentes:- Lucro Real (inclusive, recolhimentos por estimativa)- Lucro Presumido- Lucro Arbitrado e- Simples Nacional

    1.1. Lucro Real, Presumido, Arbitrado, Simples Nacional

    O Lucro Real aquele apurado por meio da contabilidade da empresa. Envolve,necessariamente a escriturao do LALUR, do Livro Dirio, do Razo e dos livrosfiscais exigidos pelas normas relativas ao IPI, ICMS e ISS.Esse regime impe que a escriturao contbil e fiscal seja adequadamentecomprovada.

    O Lucro Presumido uma modalidade optativa de apurar o lucro econsequentemente, o Imposto de Renda da Pessoa Jurdica, que observando

    condies e limites contidos na legislao de regncia, dispensa escrituraocontbil (desde que mantenha Livro Caixa com toda movimentao financeira,inclusive bancria), partindo dos valores globais de receita, para presumir o lucroa ser tributado.

    O Lucro Arbitrado no deve ser encarado como modalidade optativa oufavorecida de tributao, pois representa a determinao coercitiva do lucro e doimposto para contribuintes que descumprirem as disposies relativas legislao fiscal.

    O Regime Especial Unificado de Arrecadao de Tributos e Contribuies devidos

    pelas Microempresas e Empresas de Pequeno, Simples Nacional, oferece umtratamento diferenciado, simplificado e favorecido a Microempresa (ME) isto ,aquela que tenha auferido em todo o ano calendrio anterior, receita bruta de atR$ 240.000,00 e Empresa de Pequeno Porte EPP, ou seja, aquela cuja receitabruta tambm no ano calendrio anterior, tenha sido superior a R$ 240.000,00,mas sem ultrapassar R$ 2.400.000,00.

    1.2. Noes Gerais

    1.2.1. Fato Gerador

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    O fato gerador do imposto sobre a renda a aquisio da disponibilidadeeconmica ou jurdica da renda ou proventos de qualquer natureza (CdigoTributrio Nacional Lei 5172/66, artigo 43).

    1.2.2. Perodo de Incidncia

    Nos anos-calendrio de 1992 a 1996, o perodo de incidncia do imposto sobre arenda das pessoas jurdicas era mensal, ou seja, estas deveriam apurar seusresultados e pagar o imposto correspondente mensalmente. At 31.12.1991, operodo de incidncia do imposto era anual.A partir de 01.01.1997, o perodo de apurao do imposto passou a ser otrimestre, considerando-se como tal os encerrados nos dias 31 de maro, 30 de

    junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendrio.

    1.3. LUCRO REAL

    1.3.1. Conceito

    Lucro Real o lucro (prejuzo) lquido do perodo apurado na Contabilidade,ajustado pelas adies, excluses ou compensaes prescritas ou autorizadaspela legislao do Imposto de Renda.A determinao do lucro real deve ser precedida da apurao do resultadocontbil de cada perodo de apurao com observncia das disposies das leiscomerciais, inclusive no que se refere constituio da Proviso para Imposto deRenda e Proviso para Contribuio Social sobre o Lucro Lquido.

    Verifica-se que, como ponto de partida para determinao do lucro real oresultado lquido apurado na escriturao comercial, as pessoas jurdicastributadas com base no lucro real so obrigadas a mant-la em boa ordem eguarda, com a estrita observncia da leis comerciais e fiscais e dos princpioscontbeis geralmente aceitos.

    1.3.2. Pessoas Jurdicas obrigadas tributao com base no lucro real

    De acordo com o artigo 14 da Lei 9718/98, esto obrigadas tributao com baseno lucro real as pessoas jurdicas:

    a) cuja receita total, no ano calendrio anterior, seja superior a R$48.000.000,00 ou R$ 4.000.000,00 multiplicado pelo nmero de mesesdo perodo, quando inferior a 12 meses;

    b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,cooperativas de crdito, empresas de seguros privados e decapitalizao.

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    OBS: por no se equipararem a empresas de seguros, para efeito daobrigatoriedade de tributao pelo lucro real, as sociedades corretoraspodem optar pela tributao com base no lucro presumido, conforme PN

    COS IT 1/93.

    c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos doexterior;

    d) que, autorizadas pela legislao tributria, usufruam de benefciosfiscais relativos iseno ou reduo do Imposto de Renda;

    e) que, no decorrer do ano calendrio, tenham efetuado pagamentomensal do imposto com base em estimativa;

    f) que explorem as atividades de factoring.g) que exeram atividades de compra e venda, loteamento, incorporao e

    construo de imveis, enquanto no concludas as operaes

    imobilirias para as quais haja registro de custo orado. (IN SRF n25/99);

    h) que empreenderam atividades sobre a forma de sociedades em contade participao.

    1.3.3. Valores integrantes da receita total

    Para fins de determinao da receita total, devem ser consideradas:a) as receitas da prestao de servios, da venda de produtos de fabricao

    prpria, da revenda de mercadorias, do transporte de cargas, daindustrializao de produtos em que a matria prima, o produto intermedirio e

    o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou aindustrializao, da atividade rural e de outras atividades compreendidas nosobjetivos sociais da pessoa jurdica;

    b) a parcela de receitas auferidas nas exportaes a pessoas vinculadas ou aospases com tributao favorecida, que exceder ao valor j apropriado naescriturao da empresa;

    c) as receitas de quaisquer outras fontes no relacionadas diretamente com osobjetivos sociais da pessoa jurdica, bem como os ganhos de capital;

    d) os ganhos lquidos obtidos em operaes realizadas nos mercados de rendavarivel;

    e) os rendimentos nominais auferidos em aplicaes financeiras de renda fixa.

    1.3.4. Formas de Apurao do Lucro Real

    As pessoas jurdicas obrigadas ou optantes pela tributao com base no lucroreal, devem recolher o IRPJ e a CSLL por uma das seguintes formas:Com base em balano anual levantado em 31 de dezembro ou mediantelevantamento de balancetes trimestrais na forma da Lei 9.430/96.As pessoas jurdicas que optarem pelo lucro real anual tero que pagarmensalmente, o imposto de renda e a contribuio social sobre o lucro calculadospor estimativa.

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    A pessoa jurdica que optar pelo lucro real anual, poder suspender ou reduzir opagamento do imposto devido em cada ms, desde que demonstre, atravs debalanos ou balancetes mensais, que o valor acumulado j pago excede o valor

    do imposto, inclusive adicional, calculado com base no lucro real do perodo emcurso. A suspenso ou reduo do pagamento aplicvel inclusive sobre oimposto do ms de janeiro.

    1.3.4.1. Imposto de Renda Pessoa Jurdica Estimativa

    - No regime de tributao pelo lucro real, alternativamente apurao trimestral,a pessoa jurdica pode optar pelo pagamento mensal do imposto por estimativa,ficando:

    - obrigada apurao do lucro real anualmente, em 31 de dezembro ou porocasio de incorporao, fuso, ciso ou encerramento de atividades, para finsde determinao do imposto efetivamente devido no perodo e ajuste dediferenas pagamento do saldo positivo apurado ou restituio oucompensao de saldo negativo apurado (artigo 221 RIR/99).

    - Com a opo de apurar o lucro real, no decorrer do ano, mediantelevantamento de balanos ou balancetes peridicos, com base nos quaispoder reduzir ou suspender os pagamentos mensais do imposto.

    1) Forma e efeitos da opo pelo pagamento mensal

    A opo pelo pagamento mensal considerada exercida com o pagamento doimposto correspondente ao ms de janeiro (ou do incio de atividades, quando foro caso), vencvel no ltimo dia til do ms subsequente, observado o seguinte:- o exerccio dessa opo implica a obrigatoriedade de apurao anual do lucro

    real, em 31 de dezembro ou por ocasio de incorporao, fuso, ciso ouencerramento das atividades, ficando a empresa impedida de optar pelatributao com base no lucro presumido, mesmo que no esteja enquadradaem nenhuma das outras situaes que a obrigam apurao do lucro real;

    - a opo pelo pagamento mensal do Imposto de Renda impe o pagamentomensal tambm da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido Estimada.

    2) Vantagens da opo pelo pagamento mensal

    Apesar do sistema da estimativa mensal ser aparentemente desvantajoso emrelao ao trimestral porque recolhe os tributos e contribuies mensalmente, vantajosa a opo pelo sistema do mensal, pelas seguintes razes:

    1. tendo resultado contbil MAIOR do que o apurado atravs de percentagenssobre as receitas, recolhe-se os tributos com base na receita bruta;

    2. tendo resultado contbil MENOR do que o apurado atravs de percentagenssobre as receitas, recolhe-se os tributos com base no lucro real mensal;

    3. a empresa escolhe o valor a ser recolhido. Evidentemente, o menor valor;

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    4. tendo apurado lucro real acima do limite mensal de R$ 20.000,00, paraincidncia do adicional de 10%, essa somente ser definitiva se o lucro realexceder ao limite anual de R$ 240.000,00.

    5. Empresa que tenha resultado sazonal, alguns meses prejuzo e em outroslucros, os resultados sero somados algebricamente, anulando a totalidadedos prejuzos do perodo;

    6. Escriturao do Livro Registro de Inventrio exigida somente no final do ano.

    3) Base de Clculo e valor a pagar do imposto estimado mensal

    1. Receita bruta mensal da atividade (artigos 225 e 238 do RIR/99)

    2. ( x ) Percentual de determinao do lucro estimado

    3. ( = ) VALOR DO LUCRO ESTIMADO

    4. ( + ) Demais receitas no abrangidas pelos percentuais do lucro estimado, taiscomo:

    a) juros ativos no decorrentes de aplicaes financeirasb) juros equivalentes taxa referencial Selic, acumulada mensalmente, e de 1%

    no ms da compensao ou restituio, relativos a impostos e contribuiespagos a maior ou indevidamente

    c) descontos financeiros obtidosd) variaes monetrias ativas (opo por considerar pelo regime de caixa,

    conforme artigo 30 da MP 2158-35/2001)e) receita de locao de imvel, quando no for este o objetivo social da

    empresa, deduzida dos encargos necessrios sua percepof) rendimentos auferidos nas operaes de mtuo realizadas entre empresas

    controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a muturia forinstituio autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil

    g) ganhos auferidos em operaes de cobertura (hedge) realizadas em bolsa devalores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balco

    h) multas contratuais recebidasi) ganhos de capital auferidos nas alienaes de bens e direitos do ativo

    permanente

    j) ganhos de capital auferidos nas alienaes de participaes societriaspermanentes em sociedades coligadas e controladas e de participaessocietrias que permanecem no ativo da pessoa jurdica at o trmino doano calendrio seguinte ao de suas aquisies

    k) ganhos de capital auferidos nas alienaes de ouro no considerado ativofinanceiro

    l) ganhos de capital auferidos na devoluo de capital, ao titular ou aos scios ouacionistas, em bens e direitos avaliados a preos de mercado; nesse caso, oganho de capital corresponder diferena entre o valor de mercado e o valorcontbil dos bens ou direitos entregues

    m) diferena entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de

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    instituio isenta, a ttulo de devoluo de patrimnio, e o valor dos bens edireitos que tenham sido entregues para a formao do referido patrimnio.

    5. ( + ) 1/120 do saldo do lucro inflacionrio existente em 31 de dezembro de1995, inclusive saldo credor da diferena de correo monetria complementarIPC/BTNF (artigo 450, do RIR/99)

    6. ( + ) Lucro contido na parcela efetivamente recebida de lucro diferido porpermisso legal

    7. ( = ) BASE DE CLCULO DO IMPOSTO DE RENDA ESTIMADO MENSAL

    8. ( x ) Alquota de 15% sobre o valor da base de clculo

    9. ( x ) Adicional de 10% sobre o valor que exceder R$ 20.000,00 da base declculo

    10. ( = ) IMPOSTO DE RENDA ESTIMADO MENSAL (PARCIAL) A PAGAR

    11. ( - ) Compensaes e dedues (artigos 229, 647 a 651, 653 e 681 doRIR/99)

    a) Imposto de Renda Retido na Fonte sobre rendimentos pagos oucreditados por outra pessoa jurdica, a ttulo de :

    01. receitas de prestao de servios caracterizadamente de naturezaprofissional, segundo a norma especfica

    02. comisses, corretagens ou qualquer outra remunerao pela representaocomercial ou pela mediao na realizao de negcios civis ou mercantis

    03. receitas da prestao de servios de limpeza e conservao de imveis, desegurana, de vigilncia e de locao de mo de obra

    04. multas ou quaisquer outras vantagens, inclusive indenizao, em virtude deresciso de contratos

    05. receitas de servios de propaganda e publicidade prestados por agenciasde propaganda.

    06. Comisses sobre as vendas de passagens, excurses ou viagens

    07. Receitas da prestao de servios de administrao de distribuio derefeies pelo sistema de refeio convnio e de administrao de cartesde crdito.

    b) Imposto de Renda retido na fonte sobre pagamentos efetuados porrgos pblicos federais, pelo fornecimento de bens ou servios

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    c) Saldo de Imposto de Renda a restituir ou a compensar apurado emanos calendrios anteriores, nos quais a empresa foi submetida apurao anual do lucro real, observando-se que o saldo a restituir ou

    a compensar apurado em dezembro do ano anterior pode sercompensado com o imposto mensal devido a partir de janeiro do anoatual, a ser pago a partir de fevereiro, acrescido de juros (AD SRF3/2000)

    d) Pagamentos indevidos ou a maior que o devido, relativos a impostosou contribuies administrados pela Secretaria da Receita Federal.

    e) Outras compensaes efetuadas em conformidade com a IN 210/2002.

    12. ( - ) Incentivos Fiscais - Redutores Diretos

    - Atividade Audiovisual

    - Programa de Alimentao do Trabalhador

    - Fundos dos Direitos da Criana e do Adolescente

    - Operao de Carter Cultural e Artstico

    13. ( = ) IMPOSTO DE RENDA ESTIMADO MENSAL (FINAL) A PAGAR

    4) Receita bruta mensal e valores excludos

    A receita bruta mensal sobre a qual se aplicam os percentuais da estimativa,conforme a atividade geradora, constituda pelo produto da venda de bens(mercadorias ou produtos) nas operaes de conta prpria pelo preo dosservios prestados e pelo resultado auferido nas operaes de conta alheia(comisses auferidas na venda de bens ou servios por conta de terceiros, porexemplo), observado o seguinte:

    1. A receita dever ser computada pelo regime de competncia, excludos osvalores relativos:

    - s vendas canceladas e s devolues de vendas

    - aos descontos incondicionais concedidos, entendidos como tais aquelesconstantes da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de servios e nodependentes de evento posterior emisso desses documentos;

    - ao IPI incidente sobre as vendas e ao ICMS devido pelo contribuinte substituto,no regime de substituio tributria.

    2. Integram a receita bruta e no podem dela ser excludos:- o ICMS incidente sobre as vendas e o ISS incidente sobre os servios;- o custo do financiamento, nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou

    dos servios ou destacado na nota fiscal.

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    Atividades Imobilirias

    As pessoas jurdicas que explorem atividades imobilirias relativas a loteamento

    de terrenos, incorporao imobiliria, construo de prdios destinados venda,bem como a venda de imveis construdos ou adquiridos para revenda, deveroconsiderar como receita bruta o montante efetivamente recebido, relativo sunidades imobilirias vendidas (artigo 227 RIR/99).

    Percentuais aplicveis sobre a receita de aplicao financeira AtividadesImobilirias A partir de 01.01.2006.

    As pessoas jurdicas que explorem atividades imobilirias relativas a loteamentode terrenos, incorporao imobiliria, construo de prdios destinados venda, evenda de imveis construdos ou adquiridos para a revenda, quando esta receita

    for decorrente da comercializao de imveis e apurada por meio de ndices oucoeficientes previstos em contrato, devem acrescentar base de clculo mensaldo imposto de renda o percentual de 8% sobre a receita financeira, para os fatosgeradores ocorridos a partir de 01.01.2006. (artigo 34 Lei 11.196/2005).

    Receitas Decorrentes de Contratos a Longo Prazo

    Nos casos de contratos com prazo de execuo superior a uma ano de construopor empreitada ou de fornecimento, a preo predeterminado, de bens ou serviosa serem produzidos, ser computada na receita bruta parte do preo total daempreitada ou dos bens ou servios a serem fornecidos, determinada mediante a

    aplicao, sobre esse preo total, da percentagem do contrato ou da produoexecutada em cada ms, nos termos da IN 21/79, observando-se que:

    - no caso de construes ou fornecimentos contratados com base em preounitrio de quantidade de bens ou servios produzidos em prazo inferior a umano, a receita dever ser includa na base de clculo do Imposto de Renda noms em que for completada cada unidade;

    - a receita decorrente de fornecimento de bens e servios para pessoa jurdicade direito pblico ou empresas sob seu controle, empresas pblicas,sociedades de economia mista ou sua subsidiria, inclusive na hiptese daletra a , anterior, ser reconhecida no ms do recebimento; quando os

    crditos forem quitados pelo Poder Pblico com ttulos de sua emisso,inclusive com Certificados de Securitizao emitidos especificadamente paraessa finalidade, a receita ser considerada recebida por ocasio do resgatedesses ttulos ou de sua alienao sob qualquer forma.

    Receita de Venda de Veculos Usados

    As pessoas jurdicas que tenham por objeto social, declarado em seus atosconstitutivos, a compra e a venda de veculos automotores computaro comoreceita de vendas de veculos usados (adquiridos para revenda ou recebidoscomo parte do preo da venda de veculos novos ou usados) a diferena entre o

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    valor pelo qual o veculo usado houver sido alienado, constante da nota fiscal devenda, e o seu custo de aquisio, constante da nota fiscal de entrada, o qualdeve corresponder ao preo ajustado entre as partes.( Lei 9.716/98 artigo 5 e IN

    SRF 152/98).

    Na determinao do Imposto, aplicar sobre a receita bruta auferida no perodo deapurao, o percentual de 32% (Soluo de Consulta 334/2008 da 8 RF).

    Receitas provenientes de atividades incentivadas

    As receitas provenientes das atividades incentivadas (como no caso dasempresas instaladas nas reas da ADENE Agncia de Desenvolvimento doNordeste ex-Sudene ou da ADA Agncia de desenvolvimento da Amaznia,ex SUDAN) no comporo a base de clculo do imposto na proporo do

    benefcio a que a pessoa jurdica, submetida ao regime de tributao com base nolucro real, fizer jus. (artigo 223, parag. 6 do RIR/99).Por exemplo, as receitas provenientes de uma atividade que goza de reduo de37,5% do Imposto de Renda sero computadas na base de clculo pela parcelaequivalente a 62,5%. As receitas provenientes de atividades que gozam deiseno total no entram na base de clculo do imposto mensal estimado.

    Atividade Grfica

    A atividade grfica pode configurar-se como industrial, comercial ou de prestaode servios, observando-se que:

    1. considera-se prestao de servios as operaes realizadas por encomenda,ou seja, nas atividades de preparo do produto, por encomenda direta doconsumidor ou usurio, na residncia do preparador ou em oficina, desde que,em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional.

    2. o percentual aplicvel sobre a receita, na apurao do lucro presumido, serde:a) 8% (oito por cento), quando a empresa grfica autuar nas reas comercial e

    industrial eb) 32% (trinta e dois por cento), na hiptese de prestao de servios, com ou

    sem fornecimento de material.

    Software

    O software por encomenda prestao de servios cuja receita se sujeita aopercentual de 32%, enquanto o software padro ou de prateleira elaborado pelaprpria empresa e colocado disposio dos clientes, indistintamente, sendovendido como se fosse mercadoria, sujeita-se ao percentual de 8% sobre arespectiva receita. (Deciso 329/1997 da 8 Regio Fiscal).

    Segundo as decises 165/98 e 167/98 da 9 RF, deve-se aplicar o percentual de8% sobre as receitas de revenda de programas de computador elaborados por

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    terceiros e 32% sobre as receitas de programao e manuteno de softwaresespecficos, sob encomenda.

    Atividade de hotelaria

    As receitas provenientes de atividade de hotelaria sujeitam-se ao percentual de32% e no caso de atividades diversificadas, desde que segregadas as respectivasreceitas, aplica-se o percentual de 8% sobre a receita de venda de refeies e de32% sobre a receita de prestao de servios de hotelaria.(Deciso 106/99 da 8 RF).

    Corretagem e representao comercial

    A corretagem (de seguros, imveis, etc) e a representao comercial so

    consideradas atividades de intermediao de negcios e, portanto, as receitasdelas originadas sujeitam-se ao percentual de 32%.

    De acordo com o Manual de Instrues da DIPJ 2009 da Receita, as empresasque exploram essas atividades podem utilizar o percentual de 16%, embora h adeciso em contrrio da Superintendncia Regional da Receita Federal da 8Regio Fiscal SP).

    Servios prestados com guindaste e locao de guindaste

    Segundo a Deciso 99/98 da 8 Regio Fiscal, sobre a receita de prestao de

    servios com guindaste aplica-se o percentual de 8% e sobre a receita de locaode guindaste aplica-se o percentual de 32%. (Soluo de consulta 206/2001 daSRRF da 8 RF).

    Servios de suprimento de gua tratada, coleta e tratamento de esgotos deexplorao de rodovias

    Esto sujeitas ao percentual de 32%, para fins de apurao do lucro presumido ouestimativa das concessionrias ou subconcessionrias de servios pblicos, asreceitas provenientes da:- prestao de servios de suprimento de gua tratada e a consequente coleta e o

    tratamento de esgotos, cobrados diretamente dos usurios dos servios;- explorao de rodovia mediante cobrana de preo dos usurios que envolvaexecuo de servios de conservao, manuteno, melhoramentos paraadequao de capacidade e segurana de trnsito, operao, monitorao,assistncia aos usurios e outros definidos em contratos, atos de concesso ou depermisso ou em normas oficiais.

    Escolas e creches

    As escolas e creches so consideradas sociedades prestadoras de serviosrelativos ao exerccio de profisses regulamentadas, razo pela qual as receitas

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    delas originadas sujeitam-se ao percentual de 32%, ficando proibida a utilizaodo percentual de 16%, ainda que a receita bruta anual permanea dentro do limitede R$ 120.000,00 (ADN Cosit 22/2000).

    Curso de Idiomas

    A pessoa jurdica que presta servios relativos a cursos de idiomas, por no setratar de servios de profisso regulamentada, pode utilizar o percentual de 16%sobre a receita bruta, para fins de apurao da base de clculo do lucro presumidoe estimado. (Soluo de Divergncia 14/2003).

    Agncias de Propaganda e Publicidade

    A receita bruta dos servios prestados pelas agncias de propaganda e

    publicidade compreende o somatrio dos seguintes valores:

    - honorrios, na base de uma percentagem equivalente comisso de 20% sobrea veiculao de publicidade;- honorrios, na base de uma percentagem mnima de 15% sobre o custo deproduo das peas publicitrias;- honorrios cobrados sobre os servios especiais prestados, tais como pesquisasde mercado, promoo de vendas, relaes pblicas, etc.

    As bonificaes recebidas por volume veiculado, por estarem condicionadas aospagamentos efetuados aos veculos de comunicao, devero ser tratadas como

    outras receitas.

    Servios Hospitalares

    Tratando-se de servios hospitalares, a base de clculo do imposto serdeterminada mediante a aplicao do percentual de 8% sobre a receita brutaauferida.

    De acordo com a IN SRF 480/2004, artigo 27 e IN RFB 791/2007, soconsiderados servios hospitalares aqueles prestados por estabelecimentosassistenciais de sade que dispem de estrutura material e de pessoal destinada

    atender a internao de pacientes, garantir atendimento bsico de diagnstico etratamento, com equipe clnica organizada e com prova de admisso e assistnciapermanente prestados por mdicos, que possuam servios de enfermagem eatendimento teraputico direto ao paciente, durante 24 horas, com disponibilidadede servios de laboratrio e radiologia, servios de cirurgia e/ou parto, bem comoregistros mdicos organizados para a rpida observao e o acompanhamentodos casos.

    O percentual de 8% aplica-se tambm aos servios de auxlio diagnstico eterapia, patologia clnica, imagenologia, anatomia patolgica e citopatologia,medicina nuclear e anlises e patologias clnicas, desde que a prestadora destes

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    servios seja organizada sob a forma de sociedade empresria e atenda snormas da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria Anvisa.

    Empresas prestadoras de servios pequeno porte

    A empresa exclusivamente prestadora de servios (exceto hospitalares, detransporte e de sociedades civis de profisses legalmente regulamentadas)poder utilizar o percentual de 16% enquanto a sua receita bruta, acumulada noano calendrio em curso, permanecer dentro do limite de R$ 120.000,00,observando que:

    a) Se a empresa utilizar esse percentual e a sua receita bruta acumulada atqualquer um dos trimestres do ano calendrio, ultrapassar o limite de R$120.000,00, ficar sujeita ao percentual normal de 32% retroativamente aostrimestres anteriores do ano calendrio em curso, ficando determinado a

    pagar as diferenas de imposto apuradas em cada trimestre transcorrido,at o ltimo dia til do ms subseqente ao trimestre da verificao doexcesso;

    b) As diferenas de imposto pagas dentro do prazo mencionado acima noincidem acrscimos moratrios;

    c) A partir de janeiro do ano calendrio subseqente ao da ocorrncia doexcesso de receita, a empresa poder voltar a utilizar o percentual de 16%,enquanto a sua receita bruta acumulada no ano permanecer dentro dolimite de R$ 120.000,00;

    OBS: No podero utilizar o percentual de 16% por caracterizarem-se como

    prestadoras de servios de profisso regulamentada, as pessoas jurdicasque prestam servios de:

    - instruo para a formao de condutores de veculos automotores auto escola (Deciso 245/98 da 6 Regio Fiscal MG).- natureza artstico-cultural, tais como a apresentao de peas teatrais eas realizao de cursos de teatro (Deciso 246/2000 da 8 Regio Fiscal SP).

    5) Receitas no integrantes da base de clculo

    No entram na base de clculo do imposto mensal estimado:

    - os rendimentos produzidos por aplicaes financeiras de renda fixa,submetidos incidncia do Imposto de Renda na fonte;

    - os ganhos lquidos auferidos em operaes financeiras de renda varivel, sesubmetidos tributao mensal separadamente;

    - os lucros e os dividendos recebidos de participaes societrias avaliadas pelocusto de aquisio;

    - o resultado positivo da avaliao de investimentos pela equivalnciapatrimonial;

    - as recuperaes de crditos que no representem ingressos de novas receitas;

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    - a reverso de saldo de provises anteriormente constitudas;- os juros remuneratrios do capital prprio auferidos em decorrncia da

    participao em outras sociedades

    6) Percentuais aplicveis sobre Receita Bruta Mensal

    Aplicaes em incentivos fiscais (projetos prprios)

    As empresas que tenham assegurado a aplicao em projetos prpriospodero manifestar a opo pela aplicao do imposto em investimentosregionais no curso do ano calendrio, nas datas de pagamento mensal doimposto por estimativa. A opo ser manifestada mediante o recolhimento,por meio de DARF especfico, de parte do imposto sobre a renda, de valorequivalente a at:

    a) 18% para o FINOR ( cdigo 9017 FINOR Estimativa, inclusiveBalano ou Balancete para Reduo do Imposto Projetos Prprios) eFINAM cdigo 9032 ( FINAM Estimativa, inclusive Balano ouBalancete para Reduo do Imposto Projetos Prprios) e

    b)25% para o FUNRES (cdigo 9058 FUNRES Estimativa, inclusiveBalano ou Balancete para Reduo do Imposto Projetos Prprios. Talaplicao restrita a empresas sediadas no Estado do Esprito Santo.

    Alquotas por perodo:

    a) 18% para o Finor ou Finam e 25% para o Funres, no perodo de 01.01.98at 12.2003;

    b) 12% para o Finor ou Finam e 17% para o Funres, no perodo de 01.01.2004at 12.2008;

    c) 6% para o Finor ou Finam e 9% para o Funres, no perodo de 01.01.2009at 12.2013.

    A opo por aplicar parte do imposto nos Fundos de Investimentos Regionais ficaextinta a partir de 01.01.2014. (IN SRF 267/2002, artigo 105).

    Limite das Aplicaes

    Sem prejuzo do limite especfico para cada incentivo, o conjunto das aplicaesno FINOR e/ou FINAM e FUNRES no poder exceder ao limite de 30% da basede clculo.

    A opo manifestada pela empresa irretratvel, no podendo ser alterada. Logo,na hiptese de pagamento a menor de Imposto de Renda, em virtude de excessode valor destinado para os fundos, a diferena dever ser paga com os devidosacrscimos legais.

    7) Pagamento do Imposto Mensal

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    Prazo de Recolhimento o imposto devido em cada ms dever ser pago at oltimo dia til do ms subsequente ao ms de apurao (artigo 858 do RIR/99).

    8) Imposto Apurado de Valor Inferior a R$ 10,00

    O DARF no pode ser utilizado para pagamento de tributos e contribuies devalor inferior a R$ 10,00 (artigo 873, parag. 4 do RIR/99). Se o imposto mensal apagar for inferior a R$ 10,00, dever ser adicionado ao imposto devido em ms(es) subsequente (s), at que o valor total seja igual ou superior a R$ 10,00,quando, ento, dever ser pago no prazo para o pagamento do imposto devido noms em que esse limite for atingido, juntamente com esse e sem nenhumacrscimo moratrio.

    9) Incentivos Fiscais de Deduo do Imposto de Renda

    A empresa optante pelo pagamento do Imposto de Renda por estimativa poderdeduzir do imposto devido alquota de 15% em cada recolhimento mensal, osincentivos fiscais de deduo do imposto.

    10) Contabilizao do IRPJ estimado e saldo do imposto

    O imposto de renda, pago mensalmente, ser recuperado no final do ano. Dessemodo, dever ser contabilizado em conta do ativo circulante - Imposto de Rendaa Recuperar. No final do ano, apura-se e se contabiliza a Proviso para o Impostode Renda (passivo circulante). Do valor apurado no final do ano, fazerconciliao da conta do ativo circulante e da conta do passivo circulante,resultando:

    Saldo a recolher (ficar no passivo circulante) ou saldo a recuperar (ativocirculante). A diferena apurada no encerramento do ano calendrio, em31 de dezembro de cada ano, ser paga at 31 de maro do ano seguinte, sedevedor ou compensada com o imposto a ser pago no ano seguinte, se credor.

    Exemplo:

    Uma empresa em determinado ms, auferiu receitas de vendas de mercadorias,no valor total de R$ 975.000,00 e receita de prestao de servios no total de R$

    140.000,00, sem incluso do IPI e liquidas de descontos incondicionais e dedevolues feitas por clientes.

    Esta mesma empresa, alienou bens do ativo permanente tendo apurado ganho decapital no valor de R$ 30.000,00, no havendo outras receitas ou rendimentos quedevam ser includos na base de clculo do imposto mensal.A empresa tem direito deduo do incentivo do PAT pelo limite mximo admitidoe que no houve desconto do imposto na fonte sobre receitas computadas nabase de clculo do imposto mensal.

    Determinar o valor:

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    a) da base de clculo do imposto mensalb) do imposto normal, do imposto adicional e do total do imposto (parcial)c) total do imposto a pagar

    SOLUO:

    Determinao da Base de Clculo do Imposto Mensal

    8% sobre 975.000,00 (receitas de vendas de mercadorias) 78.000,00(+) 32% sobre 140.000,00 (receita da prestao de servios) 44.800,00(+) ganho de capital (lucro) na alienao de bens do ativo perm. 30.000,00(=) base de clculo do Imposto Mensal 152.800,00

    Clculo do Imposto Normal, do Imposto Adicional e do Total do Imposto

    (Parcial)

    Imposto Normal 15% sobre 152.800,00 22.920,00(+) Adicional 10% sobre 132.800,00 (152.800,00-20.000,00) 13.280,00(=) Imposto e Adicional Devidos 36.200,00

    Determinao do Valor do Imposto a Pagar

    Imposto e adicional devidos 36.200,00(-) Dedues PAT 4% sobre 22.920,00 916,80(=) Imposto Lquido a Pagar 35.283,20

    1.3.4.2. Suspenso ou Reduo do Pagamento Mensal

    1) Condies para Suspenso ou Reduo do Pagamento Mensal

    As pessoas jurdicas que optarem pelo pagamento mensal do Imposto de Rendapor estimativa podem, mediante levantamento de balanos ou balancetesperidicos:

    a) suspender o pagamento do imposto relativo ao ms que levantar o balano oubalancete, quando o valor do imposto devido, inclusive o adicional, calculadocom base no lucro real do ano calendrio em curso, at esse ms, for igual ouinferior soma do imposto pago, correspondente aos meses anteriores domesmo ano calendrio; ou

    b) reduzir o valor do imposto a pagar ao montante correspondente diferenapositiva entre o imposto devido sobre o lucro real do ano calendrio em curso,at o ms que levantar balano ou balancete, e a soma dos impostos pagos,correspondentes aos meses anteriores do mesmo ano calendrio.

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    OBS:O pagamento do imposto mensal relativo ao ms de janeiro do ano calendrio

    pode ser suspenso ou reduzido, com base em balano ou balancete levantado

    nesse ms, caso tenha sido apurado prejuzo fiscal ou o imposto calculado sobreo lucro real apurado tenha sido inferior ao calculado por estimativa.

    2) Balanos ou Balancetes de Suspenso ou Reduo

    Perodos de Referncias:

    Os balanos ou balancetes levantados para fins de suspenso ou reduo doImposto de Renda devem abranger o perodo de 1 de janeiro do ano calendrioem curso (ou do dia de incio de atividades, se dentro do ano em curso) at oltimo dia do ms cujo imposto se pretende suspender ou reduzir.

    .Observar que, nessa sistemtica, no se encerram as contas de resultado porocasio do levantamento dos balanos ou balancetes, as quais continuaroacumulando valores at 31 de dezembro. oportuno lembrar, tambm, que no h necessidade de levantamento dobalano ou balancete em todos os meses do ano, mas somente naqueles em quea empresa deseja se valer da faculdade de suspender ou reduzir o pagamento doimposto mensal estimado.

    Dispensa da Escriturao do Livro Registro de Inventrio

    Para fins de determinao do resultado, necessrio o levantamento dosestoques existentes na data dos balanos ou balancetes que obtiverem asuspenso ou reduo.Entretanto, as empresas que mantiverem registro permanente de estoques,integrado e coordenado com a contabilidade, somente ficam obrigadas a ajustaros saldos contbeis, pelo confronto com a contagem fsica, por ocasio dobalano anual em 31 de dezembro, ou na data de encerramento do perodo deapurao, nos casos de fuso, ciso, incorporao ou encerramento de atividade.A existncia de registro permanente de estoques, integrado e coordenado com acontabilidade dispensa o levantamento fsico dos estoques por ocasio dosbalanos ou balancetes elaborados nos meses de 01 novembro.

    Para esse fim, prevalecer o valor dos estoques constante do registropermanente.Em qualquer caso, nos balanos ou balancetes de suspenso ou reduolevantados de janeiro a novembro, dispensada a escriturao do livro Registrode Inventrio.

    Transcrio no Dirio:

    Os balanos ou balancetes levantados para fins de suspenso ou reduo doImposto de Renda devero ser transcritos no livro Dirio, at a data fixada para o

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    pagamento do imposto ou respectivo ms, ou seja, at o ltimo dia til do msseguinte quele a que se referir o imposto suspenso ou reduzido.

    3) Apurao do lucro real de perodo em curso(Resultado apurado nos balanos ou balancetes de suspenso)

    - Ajustes no Resultado Contbil

    O resultado apurado nos balanos ou balancetes levantados para fins desuspenso ou reduo do imposto dever ser ajustado, no Livro de Apurao doLucro Real (LALUR), por todas as adies, excluses e compensaesdeterminadas pela legislao do Imposto de Renda.Todavia, nos balanos ou balancetes levantados para esse fim, nos meses de

    janeiro a novembro, no so exigidas adies relativas a:

    a) lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior;b) valores determinados de acordo com as normas que regulam os preos de

    transferncia em operaes com o exterior, realizadas com pessoas vinculadasou domiciliadas em pases com tributao favorecida.

    Os valores referidos nas letras a e b acima devero ser computados nolucro real anual, apurado em 31 de dezembro, inclusive para efeito de reduo oususpenso do pagamento do imposto mensal, relativo a esse ms.

    - Registros no LALUR

    A demonstrao do lucro real relativa ao perodo abrangido pelos balanos oubalancetes dever ser transcrita no LALUR, observando-se que:

    a) a cada balano ou balancete levantado, dever ser determinado um novo lucroreal para o perodo em curso, desconsiderando as apuraes ocorridas emmeses anteriores do mesmo ano calendrio.

    b) As adies, as excluses e as compensaes computadas na apurao dolucro real correspondente aos balanos ou balancetes devero constar,discriminadamente, na Parte A do LALUR.

    c) No caber nenhum registro na Parte B desse livro relativo a adies,

    excluses ou compensaes feitas na determinao do lucro real.

    - Realizao do Lucro Inflacionrio com Tributao Diferida

    Entre as adies que devem ser efetuadas no lucro lquido apurado em cadabalano ou balancete, para fins de determinao do lucro real, inclui-se a parcelaconsiderada realizada do lucro inflacionrio a tributar (includo neste o saldocredor da correo complementar pela diferena IPC/BTNF de 1990) que notenha sido objeto de opo pela realizao antecipada com reduo da alquotado imposto, observando-se que dever ser considerada realizada:

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    a) a parcela do saldo a tributar proporcional ao valor dos bens e direitos do ativo,em 31.12.95 e sujeitos correo monetria at essa data, que tenham sidosrealizados (baixados) no ano calendrio em curso, desde janeiro at o ms do

    levantamento do balano ou balancete;b) a parcela da realizao mnima obrigatria do saldo a tributar, correspondente

    a tantos 120 avos quanto for o nmero de meses a que se referir o resultadoapurado, quando superior ao valor determinado conforme o procedimento daletra a .

    - Compensao de Prejuzos Fiscais

    Com o lucro real apurado por ocasio do levantamento de balanos ou balancetesde suspenso ou reduo do imposto, podero ser compensados os prejuzosfiscais existentes em 31 de dezembro do ano calendrio anterior, registrado na

    Parte B do LALUR, respeitado o limite de 30% do lucro real apurado. (artigo 510do RIR/99).Este limite de 30% no se aplica aos prejuzos fiscais decorrentes da exploraode atividades rurais nem aos apurados pelas empresas titulares de ProgramasEspeciais de Exportao aprovados, at 03.06.93, pela Comisso paraconcesso de Benefcios Fiscais a Programas Especiais de Exportao (BEFIEX).Essas empresas so autorizadas a compensar os prejuzos fiscais apurados emum periodo de apurao com o lucro real apurado nos 6 anos calendriosubsequente. (artigo 470 e 512 RIR/99).

    oportuno observar que no cabe cogitar de compensao de prejuzos fiscais do

    prprio ano calendrio em curso porque, nos balanos ou balancetes levantadospara fins de suspenso ou reduo do Imposto de Renda, apura-se o resultadoacumulado desde o ms de janeiro, de modo que os prejuzos de um ms soautomaticamente, absorvidos por lucros de outro, sem nenhuma restrio.

    4) Efeitos do Balano ou Balancete

    Os balanos ou balancetes somente produzem efeitos, relativamente suspensoou reduo de pagamento do imposto, no ms do seu levantamento.Isso significa que, independentemente do resultado acumulado no perodo emcurso, apurado em determinado ms, a empresa no se desobriga do pagamento

    do imposto mensal estimado devidos nos meses anteriores, o qual somente spode ter sido reduzido ou suspenso com base em balanos ou balanceteslevantados nos respectivos meses.

    5) Contribuio Social sobre o Lucro Lquido

    A opo pelo pagamento mensal do Imposto de Renda por Estimativa implica aobservncia obrigatria dessa forma de pagamento tambm para a ContribuioSocial sobre o Lucro Lquido ou seja:

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    - No ms em que o Imposto de Renda for pago pelo valor determinado porestimativa, a Contribuio Social dever ser paga com base no clculoestimado.

    - No ms em que o pagamento do Imposto de Renda for suspenso ou reduzido,dever ser calculada a Contribuio Social devida no ano calendrio em curso,com base no resultado efetivamente apurado no balano ou balancetelevantado, observado o seguinte:a) ser calculada a contribuio devida no ano calendrio em curso, at o

    ms, com base no resultado apurado no balano ou balancete levantado,ajustado pelas adies, excluses e compensaes previstas na legislaopertinente;

    b) do valor da contribuio devida no perodo em curso, at o ms do balanoou balancete, ser deduzida a soma da Contribuio Social paga,correspondente aos meses anteriores do mesmo ano calendrio, que

    compreende:1. a soma da CSLL paga mensalmente, por estimativa ou com base em

    balano ou balancete de suspenso ou reduo;2. o valor da CSLL retida na fonte sobre valores recebidos de rgo da

    administrao pblica federal, em pagamento de fornecimento de bense servios;

    3. o valor da CSLL paga indevidamente ou a maior em perodos anteriores.c) quando o resultado da operao descrita na letra b for positivo,

    constituir o valor da contribuio a pagar, relativa ao ms do levantamentodo balano ou balancete;

    d) quando o resultado da operao da letra b for nulo ou negativo, a

    empresa ficar desobrigada de efetuar o pagamento da CSLL relativa aoms do levantamento do balano ou balancete.

    No ms em que a empresa suspender ou reduzir o pagamento mensal do Impostode Renda, com base em balano ou balancete, dever calcular o valor da CSLL apagar de acordo com os procedimentos aqui enfocados, ainda que o valordeterminado por essa forma seja maior do que o determinado por estimativa. Noms em que o Imposto de Renda for pago por estimativa, a CSLL a pagar tambmdever ser calculada por estimativa.

    Ajustes no resultado contbil

    Para fins de determinao da base de clculo da Contribuio Social, o resultadoapurado no balano ou balancete de suspenso ou reduo deve ser ajustadopelas adies e excluses exigidas para a determinao da base de clculo embalano de encerramento de perodo de apurao.Todavia, nos balanos ou balancetes levantados para esse fim, nos meses de

    janeiro a novembro, no so exigidas adies relativas a:a) lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior;b) valores determinados de acordo com as normas que regulam os preos de

    transferncia em operaes com o exterior, realizadas com pessoas vinculadasou domiciliadas em pases com contribuio favorecida.

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    Os valores constantes em a e b devero ser computados na base de clculoda contribuio apurada em 31 de dezembro, inclusive para efeito de reduo ou

    suspenso do pagamento da contribuio mensal relativa a esse ms.

    Por ocasio de cada balano ou balancete levantado, dever ser determinadauma nova base de clculo da contribuio para o perodo em curso,desconsiderando, apenas, aquelas apuradas em meses anteriores do mesmo anocalendrio.O valor negativo apurado na determinao da base de clculo da ContribuioSocial em ano calendrio anterior poder ser compensado na determinao dabase de clculo da contribuio com base em balano ou balancete de suspensoou reduo, at o limite de 30% da base de clculo positiva apurada, no seaplicando esse limite s empresas rurais.

    Cdigos do DARF

    1. Imposto de Renda

    - pessoas jurdicas obrigadas apurao do lucro real

    2319 IRPJ Estimativa, inclusive Balano ou Balancete para Reduo doImposto (financeiras)2362 - IRPJ Estimativa, inclusive Balano ou Balancete para Reduo do

    Imposto (demais empresas)

    - pessoas jurdicas no obrigadas apurao do lucro real

    5993 IRPJ - Estimativa, inclusive Balano ou Balancete para Reduo doImposto (demais empresas).

    2. Contribuio Social

    2469 - CSLL Estimativa, inclusive Balano ou Balancete para Reduo doImposto (financeiras)

    2484 CSLL - Estimativa, inclusive Balano ou Balancete para Reduo do

    Imposto (demais empresas)

    OBS: O cdigo 5993 refere-se a pessoas jurdicas que no seriam obrigadas apurao do lucro real, se no houvessem optado pelo pagamento mensal, j quea opo por esta forma de pagamento, por si s, implica a obrigatoriedade deapurao anual do lucro real.

    Desconsiderao do Balano ou Balancete

    A no escriturao do Livro Dirio (inclusive com a transcrio do balano oubalancete levantado para efeito de suspenso ou reduo de pagamentos

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    mensais do Imposto de Renda e da Contribuio Social sobre o Lucro) e doLALUR (com os ajustes ao lucro lquido e a demonstrao do lucro real do perodoem curso) at a data fixada para pagamento do imposto do respectivo ms (at o

    ltimo dia til do ms seguinte), quando detectada pelo Fisco, implicar adesconsiderao do balano ou balancete levantado e o lanamento e a cobranados valores indevidamente suspensos ou reduzidos, com os acrscimos legais eas penalidades previstas na legislao vigente. (IN 93/97).

    6) EXEMPLO:

    SUSPENSO DO IMPOSTO DE RENDA E DA CSLL

    Determinada Empresa teve a seguinte movimentao durante o ano calendrio:

    1. pagou por estimativa, nos meses de fevereiro a junho, o Imposto de Renda e aCSLL devidos nos meses de janeiro a maio, nos valores respectivos de R$72.000,00 e R$ 32.000,00;

    2. em 30 de junho, levantou um balano com base no qual determinou o lucroreal do perodo de 1 de janeiro a 30 de junho, no valor de R$ 380.000,00 e abase de clculo da CSLL no valor de R$ 300.000,00;

    3. sofreu reteno do Imposto de Renda na Fonte, no valor de R$ 12.000,00,sobre receitas computadas no lucro real apurado em 30 de junho e tem direito deduo do incentivo do PAT, no limite mximo admitido (4% do impostonormal devido).

    Determinao do Excesso de Pagamento dos Tributos

    - Suspenso do Pagamento do IRPJ

    01. Lucro real do perodo de 1 de janeiro a 30 de junho 380.000,0002. (x) Alquota normal do IRPJ 15%03. (=) IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURDICA- NORMAL 57.000,0004. (+) Adicional: 10% s/ 260.000,00

    ( 380.000,00 120.000,00) 26.000,00

    05. (=) IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURDICA E ADICIONAL 83.000,0006. (- ) Deduo do Incentivo do PAT: 4% s/ 57.000,00 2.280,0007. (=) IMPOSTO DEVIDO NO PERODO EM CURSO, LQUIDO

    DO INCENTIVO 80.720,0008. (-) Imposto pago por estimativa nos meses de fevereiro a

    junho 72.000,0009. (-) Imposto de Renda retido na fonte sobre receitas

    computadas no lucro real 12.000,0010. (=) EXCESSO DE PAGAMENTO VERIFICADO 3.280,00

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    Nesta situao, poder ser suspenso o pagamento do imposto mensalrelativo ao ms de junho que seria pago em julho, porque o valor acumuladopago at junho supera o valor do imposto efetivamente devido sobre o lucro

    real apurado at esse ms.

    - Suspenso do Pagamento da CSLL

    01. Base de Clculo da CSLL apurada no balano/balancete de30 de junho 300.000,00

    02. (x) Alquota da CSLL 9%03. (=) CSLL DEVIDA NO PERODO DE JANEIRO A JUNHO 27.000,0004. (-) CSLL paga por estimativa nos meses de fevereiro a junho 32.000,0005. (=) EXCESSO DE PAGAMENTO VERIFICADO 5.000,00

    Nesta hiptese, poder ser suspenso o pagamento da CSLL mensal relativoao ms de junho, que deveria ser pago em julho, em razo de o valoracumulado pago at junho ser superior ao valor da CSLL efetivamentedevido apurado at esse ms.

    REDUO DO IMPOSTO DE RENDA E DA CSLL

    A Empresa X, teve a seguinte movimentao durante o ano calendrio:

    1. Pagou por estimativa, nos meses de fevereiro a junho, o Imposto de Renda e aCSLL devidos nos meses de janeiro a maio, nos valores respectivos de R$

    72.000,00 e R$ 25.000,00;2. Em 30 de junho, levantou um balano com base no qual determinou o lucro

    real do perodo de 1 de janeiro a 30 de junho, no valor de R$ 380.000,00 e abase de clculo da CSLL no valor de R$ 300.000,00;

    3. Sofreu reteno do Imposto de Renda na Fonte, no valor de R$ 3.000,00,sobre receitas computadas no lucro real apurado em 30 de junho e tem direito deduo do incentivo do PAT, no limite mximo admitido (4% do impostonormal devido).

    Determinao da Reduo de Pagamento dos Tributos

    - Reduo do Pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurdica

    01. Lucro Real do perodo de 1 de janeiro a 30 de junho 380.000,0002. (x) Alquota normal do IRPJ 15%03. (=) IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURDICA-NORMAL 57.000,0004. (+) Adicional: 10% s/260.000,00

    (380.000,00 120.000,00) 26.000,0005. (=) IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURDICA E

    ADICIONAL DEVIDOS 83.000,0006. (-) Deduo do incentivo do PAT: 4% s/ 57.000,00 2.280,0007. (=) IMPOSTO DEVIDO NO PERODO EM CURSO,

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    LQUIDO DO INCENTIVO 80.720,0008 (-) Imposto pago por estimativa nos meses de

    fevereiro a junho 72.000,00

    09. (-) Imposto de Renda retido na fonte sobre receitascomputadas no Lucro Real 3.000,00

    10. (=) SALDO DE IMPOSTO DE RENDA A PAGAR 5.720,00

    Neste caso, admitindo-se que o imposto calculado por estimativa no ms dejunho seja de R$ 10.000,00, seu pagamento em julho poder limitar-se a R$5.720,00, que o saldo a pagar do imposto efetivamente devido at o ms dejunho.

    Se o saldo a pagar do imposto calculado sobre o lucro real determinado combase no balano ou balancete, de acordo com os procedimentos

    exemplificados, for superior ao valor do imposto calculado por estimativa,com base na receita bruta do ms de junho, a empresa, simplesmente, podeignorar o balano ou balancete levantado e pagar o imposto pelo valordeterminado por estimativa.

    - Reduo do Pagamento da CSLL

    01. Base de clculo da CSLL apurada no balano/balanceteDe 30 de junho 300.000,00

    02. (x) Alquota da CSLL 9%03. (=) CSLL DEVIDA NO PERODO DE JANEIRO A JUNHO 27.000,00

    04. (-) CSLL paga por estimativa nos meses defevereiro a junho 25.000,00

    05. (=) SALDO DE CSLL A PAGAR 2.000,00

    Neste caso, considerando que a CSLL calculada por estimativa no ms dejunho seja de R$ 5.000,00, o seu pagamento em julho poder limitar-se a R$2.000,00, que o saldo a pagar da CSLL efetivamente devida at o ms dejunho.

    Caso o saldo a pagar da CSLL calculado com base em balano ou balancetelevantado for superior ao valor da CSLL calculado por estimativa, com base

    na receita bruta do ms de junho, a empresa poder desconsiderar obalano ou balancete levantado e pagar a CSLL pelo valor determinado porestimativa.

    Se o IRPJ for suspenso ou reduzido com base no balano ou balancete, aCSLL a pagar deve ser determinada com base no resultado ajustado dobalano ou balancete, ainda que esse valor seja superior ao da CSLLdeterminada por estimativa, com base na receita bruta do ms de junho.

    1.3.5. Escolha da forma de pagamento

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    A adoo do lucro real trimestral ou a opo pelo regime de estimativa irretratvel para todo o ano calendrio.

    A pessoa jurdica no poder utilizar-se da retificao do DARF (REDARF)prevista na IN 48/95 para, atravs da substituio dos cdigos, alterar sua opoda forma de apurao do lucro para determinao do Imposto de Renda e daCSLL.

    1.3.6. Livro de Apurao do Lucro Real LALUR

    O LALUR tem a finalidade de demonstrar os ajustes do resultado do perodo deapurao do IRPJ, atravs das adies, excluses ou compensaes prescritasou autorizadas pela legislao tributria que serviro de elementos para opreenchimento da Demonstrao do Lucro Real na declarao de Informaes

    Econmico Fiscais da Pessoa Jurdica DIPJ.A determinao da base de clculo sobre a qual deve incidir a alquota do Impostode Renda feita atravs de escriturao do Livro de Apurao do Lucro Real LALUR.O LALUR divide-se em duas partes (Parte A e parte B) e pode ser utilizado sob aforma de livro encadernado ou sistema eletrnico de processamento de dados.A parte A do LALUR destina-se aos lanamentos de ajustes do resultado doperodo e transcrio da Demonstrao do Lucro Real, que devem serrealizados, obrigatoriamente, a cada encerramento de perodo trimestral ou anual,bem como por ocasio dos balanos/balancetes de reduo/suspenso.Na parte B do LALUR, o contribuinte dever controlar os valores que influenciaro

    na determinao do lucro real de perodos de apurao futuros.

    De 01.01.96 em diante, em face da extino da correo monetria do balanono se corrigem mais os valores a serem excludos ou adicionados ao lucrolquido, nem mesmo os originados de perodo de apurao encerrado antes dessadata.

    1.3.7. Apurao do Lucro Real

    O lucro real determinado mediante o seguinte esquema:

    Resultado lquido do perodo de apurao antes do Imposto de Renda

    (+) Adies ao lucro lquido (valores debitados ao resultado contbil, mas nodedutveis do lucro real);

    (+) Adies ao lucro lquido (valores no debitados ao resultado contbil, masque devem ser adicionados ao lucro real);

    (-) Excluses (valores no computados no resultado que podem ser excludosdo lucro real);

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    (=) SUBTOTAL (Lucro Real Parcial)

    (-) Compensao de Prejuzos Fiscais

    (=) Lucro Real ou Prejuzo Fiscal Compensar

    (x) Alquota de 15% sobre o valor do lucro real e

    (x) Alquota de 10% sobre o valor do lucro real que exceder a:(art. 541 e 542 RIR/99)

    1. R$ 20.000,00 por ms proporcional ao nmero de meses de atividade, paraAs empresas constitudas ou encerradas no ano calendrio, bem comopara as empresas em geral, no caso de balano ou balancete de

    suspenso ou reduo, na modalidade da estimativa2. R$ 60.000,00 (lucro real trimestral)3. R$ 240.000,00 (lucro real anual)

    (=) Imposto de Renda Real a Pagar

    (-) Dedues de Incentivos Fiscais

    (-) Compensao de Imposto de Renda pago ou Retido na Fonte

    (=) Imposto de Renda Real Pagar

    1.3.7.1. Pagamento do Saldo do Imposto Apurado

    O saldo positivo do imposto apurado em 31 de dezembro dever ser pago emquota nica, at o ltimo dia til de maro do ano seguinte, acrescido de jurosequivalentes taxa Selic para ttulos federais acumulada mensalmente, partir de1 de fevereiro at o ms anterior ao do pagamento e de 1% no ms dopagamento. (art. 858 RIR/99).Portanto, se for pago em fevereiro, esse saldo ser acrescido apenas de 1% de

    juro.Observa-se que o prazo at o ltimo dia til do ms de maro no se aplica ao

    pagamento do imposto mensal devido no ms de dezembro que vence em 31 dejaneiro, o qual, se for pago aps essa data, ser acrescido de multa e juros demora.

    1.3.7.2. Preenchimento do DARF

    No preenchimento do DARF para o pagamento do IRPJ, devero ser utilizados osseguintes cdigos:1599 - IRPJ - Apurao Trimestral (financeiras)2390 - IRPJ - Quota apurada na declarao (ajuste anual) financeiras0220 - IRPJ - Apurao Trimestral (demais empresas obrigadas apurao do

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    lucro real)2430 - IRPJ - Quota apurada na declarao (ajuste anual) demais empresas

    obrigadas apurao do lucro real

    2456 - IRPJ - Quota apurada na declarao (ajuste anual) demais empresasno obrigadas apurao do lucro real

    3373 - IRPJ - Apurao Trimestral (demais empresas obrigadas a apurao dolucro real)

    1.3.7.3. Lanamento de ofcio no caso de no pagamento do imposto mensal

    Se verificada pelo Fisco, aps o trmino do ano calendrio , a falta ou ainsuficincia de pagamento do imposto mensal por estimativa, que no se apoiarem apurao do lucro real do perodo em curso (no LALUR), com base embalano ou balancete de suspenso ou reduo levantado com observncia das

    leis comercial e fiscal e transcrito no Dirio, sero cobrados da empresa, mediantelanamento de ofcio:a) a multa de ofcio (75%) sobre os valores devidos por estimativa e no pagos,

    ainda que tenha sido apurado prejuzo fiscal no ano calendriocorrespondente;

    b) o imposto devido com base no lucro real apurado em 31 de dezembro, casono pago, acrescido da multa de ofcio e dos juros de mora.

    A no escriturao do livro Dirio e do LALUR at a data fixada para o pagamentodo imposto do respectivo ms (ltimo dia til do ms subsequente) implicar adesconsiderao do balano ou balancete de suspenso ou reduo, ficando a

    empresa sujeita multa de ofcio sobre o valor indevidamente suspenso oureduzido.

    1.3.8. Contribuio Social sobre o Lucro Lquido

    A Contribuio Social sobre o Lucro Lquido dever ser apurada nas seguintessituaes:

    a) no ms em que a pessoa jurdica utilizar balano/balancete para suspender oureduzir o pagamento do imposto de renda;

    b) no final de cada um dos trimestres do ano calendrio, se a pessoa jurdica

    optou pelo pagamento do imposto de renda pela modalidade trimestral;c) no final de cada ano calendrio (ms de dezembro), se a empresa optou pelo

    pagamento mensal do imposto de renda, em todos os meses do anocalendrio, pela modalidade da estimativa.

    1.3.8.1. Base de Clculo e valor a pagar da Contribuio Social sobre o LucroLquido Real

    Lucro (prejuzo) lquido contbil antes da deduo da prpria ContribuioSocial e da Proviso para o Imposto de Renda, e aps a diminuio dasparticipaes nos lucros

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    (+) Adies (compreendem dentre outras, as seguintes):

    01. contrapartida da constituio ou reforo de qualquer proviso, comexceo das seguintes:a) para frias e 13 salrio de empregadosb) para reservas tcnicas das companhias de seguro e de capitalizao,

    bem como das entidades de previdncia privada, cuja constituio exigida pela legislao especial a elas aplicvel;

    02. Doaes, exceto as concedidas em favor:a) de projetos natureza cultural previamente aprovados pelo Ministrio da

    cultura, ou seja, projetos que do direito a deduzir incentivo fiscal(diretamente do imposto de renda devido) de valor at 40% dasdoaes e at 30% dos patrocnios;

    b) de instituies de ensino e pesquisa sem finalidade lucrativa, limitadasa 1,5% do lucro operacional da doadora, e doaes a entidades civis

    sem fins lucrativos que prestem servios gratuitos em benefcio deempregados da pessoa jurdica doadora e seus dependentes ou dacomunidade em que atuem, at o limite de 2% do lucro operacional dadoadora, desde que observados, alm desses limites, os demaisrequisitos legais.

    03. depreciao, amortizao, manuteno, reparo, conservao, impostos,taxas, seguros, contraprestaes de arrendamento mercantil e aluguel,relativos a bens mveis ou imveis no relacionados intrinsicamente com

    a produo ou comercializao de bens e servios.

    04. despesas com alimentao de scios, acionistas e administradores

    05. Despesas com brindes e outras adies

    (-) Excluses (compreendem, entre outras, as seguintes):

    01. reverso de provises no dedutveis que tenham sido constitudas eadicionadas base de clculo da contribuio em perodo de apuraoanterior;

    02. resultado positivo da avaliao, pela equivalncia patrimonial, departicipaes societrias em sociedades coligadas ou controladas,caracterizadas como investimento relevante;

    03. lucros e dividendos derivados de participaes societrias no sujeitas avaliao pela equivalncia patrimonial.

    (=) SUBTOTAL (lucro lquido ajustado se este total for positivo, ou caso contrrio,base de clculo negativa)

    (-) Base de Clculo Negativa de perodos de apurao anteriores (limitada a 30%do subtotal acima, quando positivo;

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    (x) Alquota 9% para fatos geradores ocorridos a partir de 1 de janeiro de

    2002 em diante

    (=) CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO LQUIDO REAL A PAGAR

    (-) Compensaes e dedues

    01. valor da contribuio social, pago ou retido, que tenha incidido sobre receitasincludas na base de clculo da referida contribuio;

    02. valor da contribuio social pago indevidamente ou a maior em perodos deapurao anteriores;

    03. valor da contribuio social paga por estimativa durante o ano calendrio;04. saldo do imposto de renda pago no exterior, que exceder o valor compensvel

    com o devido no Brasil (no caso de apurao do lucro real, trimestral ouanual, para as empresas que tenham lucros, rendimentos e ganhos de capitalauferidos no exterior);

    05. outras compensaes efetuadas em conformidade com a IN 210/2002.

    (=) CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO LQUIDO REAL A PAGAR

    1.3.8.2. Pagamento do Saldo Positivo Apurado

    Empresas do Lucro Real Trimestral

    A CSLL ser paga em quota nica, at o ltimo dia til do ms subsequente ao doencerramento do trimestre de apurao.Por opo da empresa, a contribuio social poder ser paga em at 3 quotasmensais, iguais e sucessivas, vencveis no ltimo dia til dos 3 mesessubsequentes ao do encerramento do perodo de apurao.Nenhuma quota poder ter valor inferior a R$ 1.000,00 e a contribuio de valorinferior a R$ 2.000,00 ser paga em quota nica.

    As quotas sero acrescidas de juros equivalentes taxa SELIC, para ttulosfederais, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mssubsequente ao encerramento do perodo de apurao, at o ltimo dia do ms

    anterior ao do pagamento e de 1% no ms do pagamento.

    Empresas do Lucro Real Anual (Estimativa)

    A diferena constatada entre a CSLL apurada com base no resultado determinadoao fim do ano calendrio e a soma dos pagamentos mensais efetuados porestimativa, ou com base em balano ou balancete de suspenso ou reduo, nomesmo ano calendrio:a) quando positiva, ser paga em quota nica, at o ltimo dia til do ms de

    maro do ano calendrio seguinte; a diferena positiva apurada ser acrescidade juros SELIC acumulada mensalmente, a partir de 1 de fevereiro do ano

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    calendrio seguinte, at o ltimo dia do ms anterior ao do pagamento e de 1%no ms do pagamento;

    b) quando negativa, ser compensada com a contribuio mensal a ser paga a

    partir de janeiro do ano calendrio seguinte, ou, por opo, ser objeto depedido de restituio a ser requerida pela empresa.

    1.3.8.3. Preenchimento do DARF

    Para o pagamento do saldo da contribuio anual, sero utilizados os seguintescdigos;6758 - CSLL - Quota Apurada na Declarao (ajuste anual) - financeiras6773 - CSLL - Quota Apurada na Declarao (ajuste anual) demais empresas

    1.3.8.4. Restituio ou Compensao de Saldo Negativo Apurado

    Se, em vez de saldo a pagar, for apurado saldo de contribuio paga a maior,esse poder ser restitudo ou compensado com a contribuio devida a partir doms de janeiro do ano seguinte, a ser paga a partir do ms de fevereiro dessemesmo ano seguinte (caso a empresa permanea no regime de pagamentomensal), acrescida de juros calculados de acordo com as mesmas regrasaplicveis ao clculo de juros sobre o saldo a restituir ou a compensar do IRPJ.

    1.3.8.5. Lanamento de ofcio no caso de no pagamento da CSLL mensal

    Se for constatada pelo fisco, aps o encerramento do ano calendrio, falta ou

    insuficincia de pagamento da CSLL por estimativa, que no se apoiar emresultado apurado em balano ou balancete de suspenso ou reduo levantadocom observncia das leis comercial e fiscal e transcrito no Dirio, a empresa ficarsujeita ao lanamento da multa de ofcio, nas mesmas condies previstas para oImposto de Renda.

    A no escriturao do Dirio at o ltimo dia til do ms subsequente quele aque se referir o imposto/contribuio devido implica a desconsiderao do balanoou balancete de suspenso ou reduo, ficando a empresa sujeita multa deofcio sobre os valores indevidamente suspensos ou reduzidos.

    OBS: Prestadoras de Servios Percentual desde 01.09.2003

    Desde 01.09.2003, o percentual a ser aplicado sobre a receita bruta auferida noms sobre o lucro das empresas optantes por estimativa mensal e das pessoas

    jurdicas desobrigadas de escriturao contbil de 32% para aquelas queexeram as seguintes atividades:a) prestao de servios em geral, exceto a de servios hospitalares e de

    transportes, inclusive de carga.b) Intermediao de negciosc) administrao, locao ou cesso de bens imveis, mveis e direitos de

    qualquer natureza

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    d) servios de factoring

    Atividades Imobilirias Percentual aplicvel sobre a receita de aplicao

    financeira a partir de 01.01.2006.

    As pessoas jurdicas que explorem atividades imobilirias relativas a loteamentode terrenos, incorporao imobiliria, construo de prdios destinados venda evenda de imveis construdos ou adquiridos para a revenda, quando essa receitafor decorrente da comercializao de imveis e apurada por meio de ndices oucoeficientes previstos em contrato, devem acrescentar base de clculo mensalda CSL o percentual de 12% sobre a receita financeira, para os fatos geradoresocorridos a partir de 01.01.2006. (artigo 34 da Lei 11.196/2005).

    1.3.8.6. Bnus de adimplncia fiscal

    A partir do ano calendrio de 2003, as pessoas jurdicas adimplentes com ostributos e contribuies administrados pela SRF nos ltimos 5 anos calendrios,submetidas ao regime de tributao com base no lucro real ou presumido,podero se beneficiar do bnus de adimplncia fiscal de que trata a IN 231/2002.

    O perodo de 5 anos calendrio ser computado por ano completo, inclusiveaquele em relao ao qual dar-se- o aproveitamento do bnus.

    Forma de Clculo

    O bnus de adimplncia fiscal ser calculado aplicando-se o percentual de 1%sobre a base de clculo da CSLL, determinada segundo as normas estabelecidaspara as pessoas jurdicas ao regime de apurao com base no lucro presumido,observado o seguinte:1. o bnus ser calculado em relao base de clculo relativamente ao ano

    calendrio em que for permitido seu aproveitamento.2. Na hiptese de perodo de apurao trimestral, o bnus ser calculado em

    relao aos 4 trimestres do ano calendrio e poder ser deduzido da CSLLdevida correspondente ao ltimo trimestre.

    Utilizao do Bnus

    O bnus calculado na forma mencionada anterior, ser utilizado deduzindo-se daCSLL devida:1. no ltimo trimestre do ano calendrio, no caso de pessoa jurdica tributada com

    base no lucro real trimestral ou lucro presumido;2. no ajuste anual, na hiptese da pessoa jurdica com base no lucro real anual.A parcela do bnus que no puder ser aproveitada no perodo de apurao poderser deduzida nos anos calendrio subsequentes, da seguinte forma:a) em cada trimestre, no caso de pessoa jurdica tributada com base no lucro real

    trimestral ou presumido;

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    b) no ajuste anual, no caso de pessoa jurdica tributada com base no lucro realanual. vedado o ressarcimento ou a compensao de forma diferente damencionada acima.

    A utilizao indevida do bnus implica a imposio da multa de 150% sobre ovalor da contribuio que deixar de ser recolhida em razo da deduo indevidado bnus.. Se o contribuinte no atender, no prazo marcado, intimao paraprestar esclarecimentos, a multa passar a ser de 225%.

    No far jus ao bnus a pessoa jurdica que, nos ltimos 5 anos calendrio, seenquadre em qualquer das seguintes hipteses, em relao a tributos econtribuies administrados pela Receita Federal:a) lanamento de ofciob) dbitos com exigibilidade suspensa

    c) inscrio em Divida Ativad) recolhimentos ou pagamentos em atrasoe) falta ou atraso no cumprimento de obrigao acessria.

    O bnus ser registrado na contabilidade da pessoa jurdica beneficiria:1) na aquisio do direito, a dbito de conta de Ativo Circulante e a crdito de

    Lucro ou Prejuzos Acumulados;2) na utilizao, a dbito da proviso para pagamento da CSL e a crdito da

    conta de Ativo Circulante referida acima.

    OBS: A parcela do bnus que no puder ser aproveitada em determinado perodo

    poder s-lo em perodos posteriores, vedado o ressarcimento ou acompensao.

    1.4. LUCRO PRESUMIDO

    Podem optar pela tributao com base no lucro presumido as pessoas jurdicas,no obrigadas apurao do lucro real, cuja receita bruta total, no ano calendrioimediatamente anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 ou aolimite proporcional de R$ 4.000.000,00 multiplicados pelo nmero de meses deatividades no ano, se inferior a 12 meses. (art. 516 RIR/99).

    1.4.1. Enquadramento no limite de Receita Bruta

    Integram a receita bruta total, para efeito da autorizao do enquadramento daopo pelo lucro presumido:

    a) as receitas da prestao de servios, da venda de produtos de fabricaoprpria, da revenda de mercadoria, do transporte de carga, da industrializaode produtos em que a matria prima, o produto intermedirio e o material deembalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrializao,da atividade rural, e de outras atividades compreendidas nos objetivos sociaisda pessoa jurdica;

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    b) as receitas de quaisquer outras fontes no relacionadas diretamente com osobjetivos da empresa;

    c) os ganhos de capital (lucros) apurados na alienao de bens do ativo

    permanente;d) os rendimentos de aplicaes financeiras de renda fixa;e) os ganhos lquidos obtidos em operaes realizadas nos mercados de renda

    varivel (operaes em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros eassemelhadas);

    f) a parcela das receitas de exportaes realizadas a pessoas vinculadas ou quea tribute alquota mxima inferior a 20%, determinada segundo as normassobre preos de transferncia, que excedeu o valor registrado na escrituraoda empresa no Brasil.

    No integram a receita bruta total:

    a) as vendas canceladas, as devolues de vendas, os descontos concedidosincondicionalmente e o IPI cobrado destacadamente de comprador oucontratante, do qual o vendedor dos bens ou prestador dos servios seja merodepositrio;

    b) as sadas que no decorram de vendas, a exemplo das transferncias demercadorias para outros estabelecimentos da mesma empresa.

    c) as receitas decorrentes de valores em espcies pagos ou creditados pelosEstados, Distrito Federal e Municpios, relativos ao Imposto sobre Operaesrelativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios deTransporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao ICMS e ao

    Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza ISS, no mbito de programasde concesso de crdito voltados ao estmulo solicitao de documento fiscalna aquisio de mercadorias e servios. Vigncia desde 01.01.2009.

    Integram a receita bruta e no podem dela ser excludos:

    a) o ICMS incidente sobre as vendas e o ISS incidente sobre os servios

    Conceito de Receita Bruta

    A Receita bruta sobre a qual se aplicam os percentuais especficos de acordo com

    a atividade geradora, constituda pelo produto da venda de bens (mercadoriasou produtos) nas operaes de conta prpria, pelo preo dos servios prestados epelo resultado auferido nas operaes de conta alheia (comisses auferidas navenda de bens ou servios por conta de terceiros, por exemplo, excludos ou nocomputados os valores relativos (RIR/99 artigos 224 e 519, IN SRF 93/97).

    1.4.2. Empresas impedidas de optar pelo Lucro Presumido

    Esto obrigadas apurao do lucro real e, portanto, ficam impedidas de optarpelo lucro presumido as pessoas jurdicas:

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    a) cuja receita total, no ano calendrio anterior, tenha sido superior a R$48.000.000,00 ou a R$ 4.000.000,00 multiplicado pelo nmero de meses doperodo, quando inferior a 12 meses;

    b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, caixaseconmicas, cooperativas de crdito, empresas de seguros privados e decapitalizao, empresas de arrendamento mercantil, etc.

    OBS: por no se equipararem a empresas de seguros, para efeito daobrigatoriedade de tributao pelo lucro real, as Sociedades Corretoras podemoptar pela tributao com base no lucro presumido, conforme PN. COSIT 1/93;

    c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital do exterior;d) que, autorizadas pela legislao tributria, usufruam de benefcios fiscais

    relativos iseno ou reduo do Imposto de Renda, calculados com base no

    lucro da explorao;e) que, no decorrer do ano calendrio, tenham efetuado o pagamento mensal do

    Imposto de Renda pelo regime de estimativa;f) que explorem as atividades de factoring;g) que exeram atividades de compra e venda, loteamento, incorporao e

    construo de imveis, enquanto no concludas as operaes imobiliriaspara as quais haja registro de custo orado. (IN SRF 25/99).

    Em relao as empresas que exploram atividades imobilirias, desde o anocalendrio de 1999, passaram a ser admitidas no regime de tributao pelo lucropresumido as pessoas jurdicas dedicadas explorao de atividades de compra

    e venda, loteamento, incorporao e construo de imveis, as quais, at o anocalendrio de 1998, eram obrigadas tributao pelo lucro real.

    Entretanto, se as empresas que exploram essas atividades, enquanto submetidas tributao pelo lucro real, realizaram venda de imveis antes de concludo oempreendimento e computaram, no custo do imvel vendido, os custos oradospara a concluso das obras ou dos melhoramentos a que contratualmente ficaramobrigadas a realizar, somente podero optar pelo lucro presumido a partir do anocalendrio subseqente quele em que as obras forem concludas. (IN SRF 25/99e IN SRF 31/2001, RIR/99 artigo 412).

    As pessoas jurdicas que exploram atividades imobilirias relativas a loteamentode terrenos, incorporao imobiliria, construo de prdios destinados venda,bem como a venda de imveis construdos ou adquiridos para revenda, deveroconsiderar como receita bruta o montante efetivamente recebido relativo sunidades imobilirias vendidas (RIR/99, artigo 227).

    1.4.3. Manifestao da opo pelo Lucro Presumido

    No regime do lucro presumido, a apurao do imposto ser feita trimestralmente,por perodos encerrados em 31 de maro, 30 de junho, 30 de setembro e 31 dedezembro de cada ano calendrio. (art. 516 RIR/99.

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    A opo pela tributao com base no lucro presumido manifestada por ocasiodo pagamento da primeira quota ou quota nica do imposto devido no primeirotrimestre do ano calendrio, vencvel no ltimo dia til de abril.

    Ficar formalizada a opo mediante a indicao, no DARF do cdigo de receitaprprio do imposto apurado pelo regime do lucro presumido 2089.A falta, atraso ou insuficincia do recolhimento trimestral no impede o exerccioda opo com base no lucro presumido. Nessa hiptese, o dbito dever ser pagocom os acrscimos legais cabveis.

    A opo pela tributao com base no lucro presumido passou a ser definitiva emrelao a todo o ano calendrio, ou seja, depois de iniciado o pagamento combase no lucro presumido, no ser admitida a mudana para o regime do lucroreal, em relao ao mesmo ano calendrio.

    A pessoa jurdica no poder utilizar-se da retificao do DARF (REDARF)prevista na IN 48/95 para, atravs da substituio dos cdigos, alterar sua opoda forma de apurao do lucro para determinao do Imposto de Renda e daCSLL.

    Ocorrendo mudana de regime tributrio, de lucro presumido para lucro real, apessoa jurdica que no manteve escriturao contbil fica obrigada a realizarlevantamento patrimonial no dia 1 de janeiro seguinte ao do ltimo perodo baseem que foi tributada com base no lucro presumido, a fim de proceder o balano deabertura e iniciar a escriturao contbil.

    Pode acontecer que a pessoa jurdica tributada com base no lucro presumidotenha de mudar para o lucro real no decorrer do ano calendrio. Isso ocorre, porexemplo, quando a pessoa jurdica tiver rendimento ou ganho no exterior ouconstitua filial ou controlada no exterior. Nesse caso, a pessoa jurdica deverapurar o IRPJ e a CSLL sob o regime de apurao pelo lucro real trimestral, apartir, inclusive, do trimestre da ocorrncia do fato.

    1.4.4. Compensao de Prejuzos Fiscais

    No regime de tributao pelo lucro presumido, no h compensao de prejuzosfiscais. Entretanto, a empresa optante pelo lucro presumido que, em ano

    calendrio anterior, foi tributada pelo lucro real e apurou prejuzo fiscal, se em anocalendrio posterior, voltar a se submeter tributao pelo lucro real, podercompensar, com o lucro real apurado, o prejuzo fiscal apurado no ano em que foitributada pelo lucro real, observados os limites e as condies da compensaode prejuzos fiscais.

    1.4.5. Base de Clculo e Valor a Pagar do Imposto Presumido (Trimestral)

    O lucro presumido ser determinado aplicando-se sobre a receita bruta de vendasde mercadorias, produtos e/ou da prestao de servios, apurada em cadatrimestre, os percentuais conforme a atividade geradora.

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    No caso de explorao de atividades diversificadas, ser aplicado sobre a receitabruta de cada atividade o respectivo percentual (RIR/99, artigo 519).

    2. Receita Bruta trimestral da atividade2. (x) percentual de determinao do lucro presumido3. (=) VALOR DO LUCRO PRESUMIDO4. (+) Demais receitas no abrangidas pelos percentuais do lucro presumido,

    tais como:a) juros ativos no decorrentes de aplicaes financeiras;b) juros equivalentes taxa SELIC, acumulada mensalmente, e de 1%

    no ms da compensao ou restituio, relativos a impostos econtribuies pagos a maior ou indevidamente;

    c) descontos financeiros obtidos;

    d) variaes monetrias ativas;e) receita de locao de imvel, quando no for este o objetivo social da

    empresa, deduzida dos encargos necessrios sua percepo;f) multas contratuais recebidasg) ganhos de capital auferidos nas alienaes de bens e direitos do ativo

    permanente;h) rendimentos e ganhos lquidos produzidos por aplicao financeira de

    renda fixa e renda varivel;i) juros sobre o capital prprio auferidos;

    j) outras receitas auferidas.

    5. (+) 3/120, no mnimo, do saldo do lucro inflacionrio acumulado existente em31 de dezembro de 1995, corrigido monetriamente at essa data, casoa empresa tenha apurado o imposto com base no lucro presumido desdeo ano calendrio de 1996.

    6. (+) Lucro contido na parcela efetivamente recebida de lucro diferido porpermisso legal

    7. (=) BASE DE CLCULO DO IMPOSTO DE RENDA PRESUMIDO8. (x) Alquota de 15% sobre o valor da base de clculo9. (x) Adicional de 10% sobre o valor da base de clculo que exceder o limite

    de R$ 60.000,00. No caso de trimestre incompleto, o limite corresponderao resultado da multiplicao de R$ 20.000,00 pelo nmero de meses do

    perodo de apurao10. (=) IMPOSTO DE RENDA PRESUMIDO TRIMESTRAL A PAGAR11. (-) Compensaes e dedues

    a) Imposto de Renda pago ou retido na fonte sobre receitas que integramA base de clculo do IRPJ devido

    b) Imposto de Renda retido na fonte sobre pagamentos efetuados porrgos pblicos federais, pelo fornecimento de bens ou servios.

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    c) saldo de imposto de renda a restituir ou a compensar apurado emanos calendrio anteriores, nos quais a empresa foi submetida apurao anual do lucro real, observando-se que o saldo a restituir ou

    a compensar apurado em dezembro do ano anterior pode sercompensado com o imposto mensal devido a partir de janeiro do anoatual, a ser pago a partir de fevereiro, acrescido de juros.

    d) Pagamentos indevidos ou a maior que o devido, relativos a impostosou contribuies administrados pela SRF.

    e) Imposto pago no exterior sobre lucros, rendimentos e ganhos decapital. O imposto pago no exterior, convertido em reais, nashipteses das empresas enquadradas no REFIS, poder ser deduzidoat a data do vencimento do imposto de renda no Brasil.Dessa forma, na apurao do IRPJ devido no 4 trimestre do anocalendrio, a pessoa jurdica poder deduzir o imposto pago no

    exterior at 31 de janeiro do ano subsequente.f) outras compensaes efetuadas em conformidade com a IN 210/2002.

    13. (=) IMPOSTO DE RENDA PRESUMIDO TRIMESTRAL A PAGAR

    Outros acrscimos obrigatrios

    Se, no ano calendrio anterior ao da opo pelo lucro presumido, a empresahouver sido tributada pelo lucro real, ela dever adicionar base de clculo doimposto do primeiro trimestre os saldos dos valores cuja tributao foi diferida noregime do lucro real, controlados na Parte B do LALUR, observando-se que entre

    esses valores no se inclui a depreciao acelerada incentivada.(Solues de Consulta 203/2001 e 71/2001 das 8 e 10 RF, RIR/99, artigo 520).

    1.4.6. Receitas no integrantes da base de clculo

    No entram na base de clculo do imposto trimestral presumido:1. as recuperaes de crditos que no representem ingressos de novas receitas,

    e cujas perdas no tenham sido deduzidas na apurao do lucro real emperodos anteriores;

    2. a reverso de saldo de provises anteriormente constitudas, desde que o valorprovisionado no tenha sido deduzido na apurao do lucro real de perodos

    anteriores ou que se refiram ao perodo no qual a empresa tenha se submetidoao regime de tributao com base no lucro presumido ou arbitrado;

    3. os lucros e os dividendos recebidos de participaes societrias avaliadas pelocusto de aquisio;

    4. o resultado positivo da avaliao de investimentos pela equivalnciapatrimonial.

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    OBS: A empresa poder optar, para efeito de tributao pelo lucro presumido,reconhecer suas receitas pelo regime de caixa ou de competncia. As empresassubmetidas ao regime de tributao com base no lucro presumido somente

    podero adotar o regime de caixa, para fins da incidncia das contribuies para oPIS e COFINS, na hiptese de adotar o mesmo critrio em relao ao IRPJ e aCSLL.

    1.4.7. Distribuio de Lucro(IN 93/97, artigo 48; ADN Cosit 4/1996; IN SRF 16/2001, artigo 3).

    Os valores pagos aos scios ou acionistas ou ao titular de empresa tributada pelolucro presumido, a ttulo de lucros ou dividendos, ficam isentos do Imposto deRenda, independentemente de apurao contbil, at o valor da base de clculo

    do Imposto de Renda Pessoa Jurdica, deduzido do IRPJ (inclusive o adicionalquando devido), da Contribuio Social sobre o Lucro, do PIS e do COFINSdevidos, desde que a distribuio ocorra aps o encerramento do trimestre deapurao.

    Exemplo:

    Uma empresa no primeiro trimestre tem os seguintes dados.

    IRPJ devido - 23.000,00

    C.Social s/lucro 12.000,00

    PIS 6.200,00

    COFINS 29.000,00

    PARA DISTRIBUIR O LUCRO SEM TRIBUTAO, DEVE SER FEITO OSEGUINTE:

    Base de clculo do IRPJ devido no trimestre 116.000,00IRPJ devido (23.000,00)C.Social devida no trimestre (12.000,00)

    PIS devido no trimestre (6.200,00)Cofins devida no trimestre (29.000,00)

    Valor distribuir sem tributao 45.800,00

    Se a empresa mantiver escriturao contbil e apurar lucro lquido (aps adeduo do IRPJ devido) de valor superior ao valor determinado na forma doexemplo acima, a totalidade do lucro lquido contbil poder ser distribuda semincidncia do imposto.

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    Entretanto, se o lucro lquido apurado contabilmente for inferior ao valordeterminado de acordo com as regras citadas no exemplo, prevalecer a isenosobre a distribuio do lucro presumido lquido do imposto e contribuies

    devidos.

    1.4.8. Obrigaes Acessrias

    As Pessoas Jurdicas que optarem pela tributao com base no lucro presumidodevero, para efeitos do imposto de renda, manter:

    a) escriturao contbil nos termos da legislao comercial ou, opcionalmente,escriturao de livro Caixa, no qual dever ser escriturada toda amovimentao financeira ocorrida no decorrer do ano calendrio abrangidopor esse regime de tributao, inclusive a bancria.

    b) escriturao do Livro Registro de Inventrio

    c) entregar DIPJ anualmente.

    d) Em boa ordem e guarda, enquanto no decorrido o prazo decadencial e noprescritas eventuais aes que lhes sejam pertinentes, todos os livrosobrigatrios por legislao especfica, bem como os documentos e demaispapis que serviram de base para a escriturao comercial e fiscal.

    OBS:

    A empresa submetida tributao com base no lucro presumido que no mantiverescriturao contbil na forma prevista nas leis comercial e fiscal, se tiver depassar para o regime do lucro real por ter-se desenquadrado das condiesexigidas para se manter no lucro presumido ou por opo, dever proceder, em 1de janeiro do ano em que ficar sujeita tributao pelo lucro real, ao levantamentopatrimonial e elaborao do balano de abertura para inicio ou reinicio daescriturao comercial.

    1.4.9. Sada do Regime do lucro presumido

    1.4.9.1. Sada voluntria

    A opo pelo lucro presumido obriga a empresa a permanecer nesse regimedurante todo o ano calendrio. Entretanto, em qualquer ano calendriosubseqente, a empresa ter total liberdade para se submeter a outro regime detributao, observadas as condies pertinentes ao regime escolhido. Porexemplo:

    a) Poder submeter-se tributao com base no lucro real,se mantiverescriturao contbil e fiscal nas condies exigidas nesse regime;

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    b) Poder optar pelo Simples Nacional, caso venha a se enquadrar nascondies para o ingresso nesse regime.

    1.4.9.2. Sada obrigatria

    A empresa submetida ao regime do lucro presumido cuja receita bruta, nodecorrer do ano calendrio, ultrapassar o limite de R$ 48.000.000,00 ou o limiteproporcional equivalente ao resultado da multiplicao de R$ 4.000.000,00 pelonmero de meses de atividade, caso se trate do ano de incio de atividades, ficarimpedida de optar por esse regime de tributao no ano calendrio subseqente.Por exemplo: a empresa que optou pelo lucro presumido em 2009, mas nesseano, a sua receita bruta superou o montante de R$ 48.000.000,00, est impedidade optar pelo lucro presumido em 2010, devendo submeter-se tributao combase no lucro real ou arbitrado (salvo se houver aderido ao Refis).

    1.4.9.10. CSLL PRESUMIDA

    No caso de empresa que opte pela tributao do Imposto de Renda combase no lucro presumido, dever ocorrer a apurao da CSLL de modo trimestral.O regime de reconhecimento da receita ser o mesmo aplicado para tributao doImposto de Renda (regime de competncia ou de caixa).

    Base de Clculo

    1) Receita Bruta Trimestral da atividade2) (x) Percentual de 12% ou 32% conforme o caso3) (=) SUBTOTAL4) (+) Rendimentos de aplicaes financeiras de renda fixa5) (+) Ganhos lquidos de aplicaes financeiras de renda varivel6) (+) Descontos financeiros obtidos7) (+) Demais receitas, ganhos de capital e resultados positivos no integrantes

    da receita bruta da atividade8) (=) BASE DE CLCULO DA CSLL PRESUMIDA TRIMESTRAL A PAGAR9) (-) Compensaes e dedues10) (=) CSLL PRESUMIDA TRIMESTRAL A PAGAR

    OBS: De acordo com o artigo 22 da Lei 10.684/2003, a partir de 01.09.2003, abase de clculo da CSLL das empresas optantes pela estimativa mensal e daspessoas jurdicas desobrigadas de escriturao contbil ser de 32% para aquelasque exeram as seguintes atividades:- prestao de servios em geral, exceto a de servios hospitalares- intermediao de negcios- administrao, locao ou cesso de bens imveis, mveis e direitos de

    qualquer natureza- servios de factoring.

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    Preenchimento do DARF

    Para o pagamento da CSLL trimestral calculada pelo lucro presumido., o cdigo

    de recolhimento 2372 e dever ser paga em quota nica at o ltimo dia til doms subsequente ao trimestre.Por opo da empresa, poder ser paga em at 3 quotas mensais, iguais esucessivas, desde que nenhuma quo