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Publicação com informações referentes ao comércio varejista do Rio de Janeiro

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Page 1: Lojista marco 08
Page 2: Lojista marco 08

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Empresário LOJISTA 1março 2008

SUMÁRIO

MENSAGEM DO PRESIDENTEREPORTAGEM DE CAPARENOVAÇÃO DE LETREIRORECURSOS HUMANOSVAREJOP&R: DÚVIDAS JURÍDICASSINDICALISMOFIDELIZAÇÃOALTA DO VAREJOFAMÍLIA REAL E O COMÉRCIO NO PAÍSHOMENAGEM À MULHERLEIS E DECRETOSGESTÃOTERMÔMETRO DE VENDASÍNDICESOPINIÃO

Empresário Lojista - Publicação mensal do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio) e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) Redação e Publicidade: Rua da Quitanda, 3/11° andar CEP: 20011-030 - tel.: (21) 3125-6667 - fax: (21) 2533-5094 e-mail: [email protected] - Diretoria do Sindilojas-Rio - Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues ; Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury; Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch; Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta; Vice-Presidente de Patrimônio : Moysés Acher Cohen; Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira; Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti; Vice-Presidente de Produtos e Serviços: Ênio Carlos Bittencourt; Superintendente: Carlos Henrique Martins; Diretoria do CDLRio – Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Roland Khalil Gebara; Diretor-Financeiro: Szol Mendel Goldberg; Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros; Diretor de Operações: Roberto Soares Chamma; Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu; Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym. Conselho de Redação: Juedir Teixeira e Carlos Henrique Martins, pelo Sindilojas-Rio; Ubaldo Pompeu, Abraão Flanzboym e Barbara Santiago pelo CDLRio, e Luiz Bravo, editor responsável (Reg.prof. MTE n° 7.750) Reportagens: Lúcia Tavares; Fotos: Dabney; Publicidade: Bravo ou Giane Tel.: 3125-6667 – Criação de Capa, Projeto Gráfico e Editoração: Roberto Tostes - Cel: 9263-5854 / 8860-5854 - [email protected];

EXPEDIENTE

MENSAGEM DOPRESID

ENTE

Agilização na abertura de empresa

Dados preliminares da carga tributária brasileira di-vulgados pelo jornal Estado de São Paulo, indicam que o volume de impostos e contribuições pagos cresceu 1,14 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2007, atin-gindo 37% das riquezas produzidas pelo País. Nada me-nos de 88% da alta da arrecadação foi gerada na esfera federal e 12% nos estados e municípios.

Este é o quadro em que se inserem, principalmente, as em-presas no Brasil. Todas elas têm um grande sócio: os governos. Mas não bastasse o custo dos tributos pagos aos erários ofi-ciais, as empresas têm outro custo: o da burocracia.

O excesso de papéis, a preparação da documentação fiscal, a demora nos caminhos da burocracia, tudo não apenas dificulta a vida dos empreendedores, mas tam-bém encarece as empresas, face ao pessoal necessário ao cumprimento das normas burocráticas exigidas pe-los três níveis de governo.

Agora, com a criação da Rede Nacional para a Simplifi-cação do Registro e Legalização de Empresas e Negócios, acredita-se que até o final deste ano, seja mais rápida a abertura de empresas. Seus idealizadores prometem reduzir o tempo de início de empresas em no máximo 15 dias, com até oito procedimentos.

Alguns estados e municípios já estão com a bandeira da rapidez na simplificação e o conseqüente tempo de uma empresa poder começar a abrir suas portas. Infe-lizmente, o Estado do Rio não se inclui nessa relação. Acredita-se, fazendo votos, que em breve essa agiliza-ção burocrática seja uma prática neste Estado.

A Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro – Jucer-ja – está fazendo a sua parte nesse processo de desbu-rocratização. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, a Junta Comercial fluminense em 2007, reduziu de 23 para sete dias o tempo para abertura de empresas. É o segundo menor tempo do País, apenas atrás de Alagoas.

O custo de regularização caiu 75%, de R$ 939,72, em 2006, para R$ 236,00, em 2007. A criação de escritórios da Jucerja em municípios fluminenses vem favorecendo os empresários do interior do Estado, como seus pre-postos, que não precisarão vir à Capital, para tratar de seus interesses junto à Jucerja.

Façamos votos para que os governos –federal, estadu-al e municipal – prossigam no processo de desburocrati-zação de documentação fisco-tributária, reduzindo, por-tanto, o custo de sua administração para as empresas.

Nesta edição, ao ensejo do transcurso do bicentenário da chegada da Família Real Portuguesa ao Rio, home-nageamos os lojistas de sangue português – avós, pais, filhos e netos – que muito contribuíram para o desenvol-vimento lojista do Rio.

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Aldo Carlos de Moura GonçalvesPresidente do Sindilojas-Rio e do CDLRio

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Empresário LOJISTA2

A contribuição dos portugueses no varejo do Rio

Para o sócio da centenária Tabacaria Africana, na Praça XV de Novembro, Antônio da Costa Almeida, a influência dos portugueses no comércio brasileiro foi muito evidente até as décadas de 40 e 50, quan-do o lusitano deixava sua terra natal em busca de prosperidade aqui no Brasil. Hoje, no entanto, este quadro se inverteu devido a uma série de fatores, principalmente o econômico, que está fazendo com que os brasileiros descendentes desses portugue-ses tentem agora a sorte em Portugal.

– Hoje, Portugal é a “porta da esperan-ça” para muitos brasileiros, uma vez que, aqui no Brasil, a vida se tornou difícil,

REPORTAGEM DE CAPA

São inegavelmente inúmeras as influ-ências portuguesas sobre o povo brasi-leiro. E nem poderia ser diferente, afinal foram os portugueses que descobriram e colonizaram o nosso País, que ficou sob o domínio de Portugal por mais de três séculos. É verdade que somos um povo miscigenado, com influências fortes tam-bém de outras culturas. Mas o fato dos portugueses terem conseguido manter a união de um País de dimensões conti-nentais como o nosso – apesar de alguns movimentos separatistas -, comprova a competência administrativa dos portu-gueses, que conseguiram difundir o seu

idioma por todos os cantos do Brasil, garantindo assim a união através deste que é um dos mais importantes fatores de identidade de um País. Deste modo, é fácil entender que o comércio brasilei-ro com o passar do tempo tenha sentido muito fortemente a influência do povo português, uma vez que, até a chegada da Família Real e a conseqüente abertu-ra dos portos às nações amigas, este tipo de atividade era quase que exclusiva dos portugueses, que aqui chegavam com to-das as esperanças e sonhos que propicia-va um “novo mundo” a ser explorado.

Antônio da Costa Almeida,da Tabacaria Africana

principalmente para os que têm espírito empreen-dedor, já que montar e manter um comércio é um verdadeiro ato heróico, devido ao elevado número de impostos que torna a carga tributária brasilei-ra uma das mais perversas do mundo. Isso, sem falar em outros problemas como a concorrência desleal dos camelôs, a violência etc. - desabafa o sócio da Tabacaria Africana.

Filho de português, o lojista chegou a se emo-cionar quando falou de seu pai, Antero Soares de Almeida, de quem herdou sua parte na tabacaria, principalmente porque, por coincidência, a entre-vista foi concedida no dia em que ele, se fosse vivo, estaria comemorando aniversário. Saudo-sista, Antonio Almeida faz questão de enfatizar a importância dos portugueses como colonizado-res, desfazendo a idéia de que só se interessavam pelo lado econômico e financeiro, ou seja, nos negócios que davam lucro. Como prova, enumera as diversas casas portuguesas que existem hoje espalhadas no Rio, principalmente na Tijuca, e nos tradicionais Clube Ginástico Português, Clube de Regatas Vasco da Gama, e nos centros cultu-rais do Rio, como o Liceu Literário Português e o Real Gabinete Português de Leitura, aliás, onde foram realizadas as assembléias de constituição do Sindilojas-Rio.

– Os portugueses não só povoaram o Brasil como também contribuíram enormemente para o nosso desenvolvimento sociocultural. Os clubes e associações recreativas e esportivas, as igrejas, os hospitais, os centros de literatura, tudo isso aju-dou muito a integração deles com os brasileiros,

“Os portugueses muito contribuíram para o

desenvolvimento socioeconômico do País”

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Empresário LOJISTA 3março 2008

Também filho de portugueses, Manoel da Sil-va Verdial, sócio da Papelaria Verdial juntamente com dois irmãos, Daniel e Ezequiel, enaltece a importância do povo lusitano para o desenvolvi-mento do comércio no Brasil como um dos maio-res marcos da História. De acordo com o lojista, a tradição do comércio está na própria origem do povo português, cuja determinação e capacidade de trabalho fazem dele um dos mais importantes e influentes em termos de comércio no mundo.

– Os portugueses sempre tiveram um tino co-mercial muito apurado, o que se intensificou com a influência de outros povos como os árabes, que também tinham no comércio sua principal ativi-dade e que dominaram Portugal durante algum tempo. Além disso, o português é um povo des-bravador, que não teme o desconhecido, haja vis-ta suas expedições marítimas, que tanto contri-buíram para o desenvolvimento da humanidade – ressalta Manoel Verdial.

O lojista lembra que logo após a abertura dos portos e a intensificação do comércio no Brasil, muitos portugueses vieram para cá e montaram seus negócios de preferência em sobrados no centro do Rio, sempre utilizando a parte inferior como seu estabelecimento comercial e a parte de cima para a sua residência. Geralmente esse co-mércio passava de pai para filho, numa sucessão natural. Com o passar dos anos, no entanto, a valorização do estudo e a expansão das escolas, tornando mais fácil o acesso a elas, foi mudando essa realidade e os portugueses que trabalharam duro para vencer no Brasil, começaram a investir na educação de seus filhos para que eles seguis-sem uma profissão “menos desgastante”.

– O comércio é uma atividade que exige demais e, por isso, os portugueses que trabalharam duro no Brasil passaram a investir na educação dos filhos, a fim de que tivessem uma vida melhor, com mais qualidade de vida. Mas, o comércio é uma vocação muito enraizada no povo português e muitos não conseguem se afastar disso.

Como exemplo, Manoel Verdial cita seu pró-prio caso e de seus irmãos, que, embora tenham completado o segundo grau, não quiseram cursar faculdade, e decidiram seguir o caminho do co-

Manoel da Silva Verdial,da Papelaria Verdial

e deu a base para a construção das grandes ca-pitais como Rio de Janeiro, Salvador, Belém do Pará, São Paulo, Belo Horizonte e outras. Aqui no Rio, por exemplo, até hoje há lembranças da-quela época, perpetuadas não só nos costumes e nas construções como na origem dos nomes de várias ruas importantes do Centro, como a Rua do Mercado, onde havia vários armazéns de

propriedade dos portugueses que negociavam as mercadorias vindas do Reino (Portugal), e a Rua da Quitanda, onde pontificavam as quitandas, também em sua grande maioria de proprietários portugueses. E, onde hoje, por uma feliz coinci-dência está localizada a sede do nosso Sindilojas-Rio, entidade que nos representa – exalta Antônio

da Costa Almeida.

“A tradição do comércio está na própria origem do povo português”

mércio impulsionados pelo espírito empreendedor que tinham. Ao contrário do pai, que sempre teve negócios em estabelecimentos alugados, Manoel e Ezequiel tinham como meta principal trabalhar in-tensamente até conseguirem comprar o prédio onde funciona hoje a Papelaria Verdial, na Rua dos Inváli-dos, no centro do Rio.

– Entre outras atividades, como agência de via-gens, nosso pai tinha pequena papelaria num pré-dio alugado. Eu e meus irmãos, no entanto, decidi-mos montar uma sociedade e trabalhamos muito até comprar a sede onde funciona atualmente o negócio. Não recebemos nada de mão beijada de nossos pais. Porém, recebemos deles o que é mais importante: a educação e os valores morais e éticos característicos do povo português, o que, aliado a nossa vocação para o comércio, nos fez prosperar nessa atividade – assinala com orgulho Manoel, com o aval do irmão Ezequiel Verdial.

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Empresário LOJISTA4

Professor de História e um dos responsáveis pelo Setor de Compras da Casa Cruz, Roberto Mattos, considera que os por-tugueses, até mesmo por uma razão histórica, tiveram uma influência muito forte sobre o comércio brasileiro durante longo tempo, formando, inclusive, sua base que perdura, em muitos casos, até hoje.

– Os portugueses, mais do que outros povos, têm caracte-rísticas comerciais muito marcantes. São extremamente de-terminados e trabalhadores. Aqui no Brasil eles dominaram integralmente o comércio até o início do século XIX, quando da chegada da Família Real e a imediata abertura dos por-tos às nações amigas. Até então não se produzia nada aqui, tudo era importado, o que fazia do comércio nossa principal atividade econômica. Desse modo, em razão dessa longa predominân-cia, eles continuaram nesse ramo, sucedendo-se em família, seja com os filhos ou com os chamados “pri-mos”, parentes distantes que eles convidavam em Portugal para a so-ciedade aqui no Brasil.

Para ilustrar o que diz, Roberto Mattos cita como exemplo a própria Casa Cruz, cujo princípio básico de atendimento e empreendedoris-mo permanece até os dias atuais. Fundada em 1893, a empresa teve uma série de sucessores, todos portugueses e de certa forma com alguma ligação familiar. Roberto Mattos explica, no entanto, que a empresa sempre teve uma visão moderna de comércio. Ou seja, o bom atendimento e a preocupação em oferecer tudo que, de alguma forma estiver relacionado ao seu principal ramo de atividade, que é papelaria e material escolar. Man-tendo, porém, a tradição (outra ca-racterística portuguesa) com a parte dedicada a molduras e artigos religiosos, já que quando foi criada era especializada em vidros e molduras.

– Se alguém chegasse na Casa Cruz e procurasse um pro-duto que a empresa não vendia, mas, de alguma forma pu-desse ter relação com seu tipo de negócio, com toda certeza, poderia voltar uma semana depois que o encontraria. Outro fator primordial é o atendimento que sempre foi atencioso e cortês. Não é por acaso que o slogan da empresa é “Desde 1893 Sempre Servindo Bem”. Isso são técnicas ensinadas até hoje pelos consultores de marketing, mas que nós praticamos há muitas décadas – revela satisfeito Roberto Mattos.

O historiador lembra que o Brasil sempre foi um local de destino para o mundo, atraindo pessoas interessadas em tentar a sorte fora de sua terra natal. E na época da colonização isso era muito mais forte, principalmente entre os por-tugueses menos abastados, que viam em nosso País uma grande oportunidade de

“Os portugueses sempre se destacaram

como habilidosos comerciantes”

se tornarem bem-sucedidos, o que, na maioria dos casos, acabava acontecendo.

O historiador concorda que hoje a situação tenha muda-do. Os descendentes dos portugueses que impulsionaram o comércio brasileiro e os filhos dos que desembarcaram no Brasil até mais ou menos meados do século passado, em busca de novas oportunidades, em sua maioria rompe-ram essa sucessão nos negócios. Estudaram, se formaram e seguiram outros caminhos, muitos inclusive indo tentar a sorte em Portugal. Isso se explica pelo fato do comér-cio ser uma atividade muito sacrificante e, principalmente,

porque os portugueses, em sua maioria, se dedicavam a ramos mais “pesados”, como padarias, açougues, armazéns de secos e molhados, bares e restauran-

tes. Ou seja, ao comércio básico, que garantia uma freguesia constante.

– Isso sem falar que em razão da melhoria das condições de vida em Portugal, da unificação européia, e diante das dificuldades econômicas pelas quais o Brasil pas-sou até recentemente, os portugueses também de-sistiram de vir para cá, tentar a sorte – acrescen-ta Roberto Mattos.

Mas a importância dos portugueses e sua influência para o de-senvolvimento do co-mércio brasileiro são incontestáveis. Não só pelo fato de terem sido eles os nossos desco-bridores e colonizado-

res, mas por serem também um povo especialista na arte de comercializar. A influência árabe e seu domínio da na-vegação numa época em que o mundo dava seus primeiros passos em direção ao comércio moderno, transformaram os portugueses em verdadeiros experts nesse assunto.

– Tanto isso é verdade que os portugueses não se destacam como industriais, mas, sim, como habilidosos comerciantes, capazes de transformar qualquer coisa em mercadoria de venda. O próprio bacalhau é um exem-plo. Embora essa espécie de peixe tenha sua origem nas águas frias da Noruega, ele é conhecido como um produ-to “português”, graças à tradição marítima e pesqueira desse povo, que o pescava e o levava para sua terra, e, ainda criava receitas maravilhosas, internacionalizando o

bacalhau como um produto “made in Portugal”. Isto é, os portugueses, além de comerciantes inteligentes, também são excelentes em matéria de marketing – finaliza brincando Roberto Mattos.

Roberto Mattos, da Casa Cruz

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Empresário LOJISTA 5março 2008

As empresas associadas do Sindilojas-Rio continuam isentas da taxa anual de renovação de letreiro confor-me decisão transitada em julgado nos autos do Man-dado de Segurança Coletivo nº 1991.001.037946-7, impetrado por esta entidade. O acórdão concessivo estende-se a todas as associadas, sem limitação tem-poral.

Durante anos, a Prefeitura do Rio vinha cumprindo a determinação, mas, no ano de 2007, o Coordenador de Licenciamento e Fiscalização encaminhou ofício circular às Inspetorias Municipais no sentido de exigir a taxa de renovação de letreiro das empresas associa-das do Sindilojas-Rio.

A Diretoria do Sindilojas-Rio ao tomar ciência do ato ilegal da Coordenação, comunicou ao juiz da causa que a decisão não estava sendo cumprida pelo Municí-

pio. O juiz da 12ª Vara de Fazenda Pública, João Felipe Nunes Ferreira Mourão, em 21/01/2008, determinou que fosse expedido ofício à autoridade coatora, para que desse integral cumprimento ao mandamento do referido acórdão, sob pena de ficar caracterizado o crime de desobediência.

Assim, o Sindilojas-Rio confirma a todas as suas as-sociadas que estão isentas da taxa de renovação anual de letreiro, bastando, apenas, comprovar a sua condi-ção de associada junto às inspetorias municipais.

Outras informações e mesmo orientações sobre a isenção da Taxa Anual de Letreiros podem ser soli-citadas ao Núcleo Fisco-Tributário do Sindilojas-Rio, através do tel. 3125-6667, de 2ª a 6ª feira, de 9 às 17 horas. Pessoalmente na Rua da Quitanda, 3, 10º an-dar, no mesmo horário.

Lojas do Sindilojas-Rio estão isentasda taxa de renovação de letreiro

LOJISTAS

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Empresário LOJISTA6

RIO EXPOLOJAS

Orientações jurídicas –trabalhista, cível e tribu-tária- serão prestadas aos lojistas que forem à Rio ExpoLojas 2008 nos dias 11e 12 de setembro, no Centro de Convenções SulAmérica, na Cidade Nova. Advogados e despachantes do Sindilojas-Rio estarão à disposição dos visitantes para consultas e mesmo orientações necessárias aos bons negócios de suas lojas. Também estarão à disposição, outros profis-sionais do Sindilojas-Rio especializados em questões fisco-tributárias, de Imposto de Renda, de Previdên-cia Social e de Marcas e Patentes.

Equipes especializadas em Defesa do Consumidor do CDLRio ficarão à disposição dos lojistas que com-parecerem à Rio ExpoLojas 2008.

O CENTRO DE CONVENÇÕES

O Centro de Convenções SulAmérica é o mais mo-derno na cidade do Rio de Janeiro. Localizado na Cidade Nova, junto aos prédios da Prefeitura do

Rio e das Avenidas Presidente Vargas e da Paulo de Frontin e da Estação do Metrô do Estácio. Conta com expressiva área de estacionamento, inclusive no pró-prio Centro, para 1.300 vagas

O novo centro de eventos além de auditório com capacidade para seis mil pessoas, tem 42 mil me-tros de área construída. No pavimento térreo ficam os salões nobre e o de exposições, com entrada pela Avenida Paulo de Frontin. O segundo andar abriga o centro de congressos e convenções. O Foyer de Con-gressos, com 2.450 metros quadrados, pode ser in-tegrado ao Salão de Congressos, criando um grande espaço para eventos e feiras. Neste mesmo andar há disponíveis 13 salas para pequenas reuniões, com cerca de 120 metros quadrados cada uma.

Informações sobre a Rio ExpoLojas 2008 podem ser solicitadas através do tel.3125-6667, com o Sr. Raposo.

No portal do Sindilojas-Rio (www.sindilojas-rio.com.br) há o link da Rio ExpoLojas 2008, com todas as informações sobre o evento.

Orientações jurídicasna Rio ExpoLojas em setembro

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Empresário LOJISTA 7março 2008

Valmir de Oliveira, Gerente Administrativo e Financeiro

do Sindilojas-Rio

São os maldizentes, aqueles que falam mal dos outros e difamam por puro prazer. Maliciosos, espalham boatos, criam mexericos e fazem intrigas. Popularmente, na lin-guagem corriqueira, a sociedade resolveu apelidá-los de fofoqueiros. Mas, convenhamos, pessoas que procedem desta maneira têm alguma influência?

No nosso universo de convivência e estudo das relações humanas jamais imaginamos que tal fato pudesse tomar corpo. Fofoca, no nosso entendimento, tratava-se de uma mentirinha inconseqüente, para, como dizem os jovens, zoar alguém. Apenas isso e nada mais: simples zoação.

Qual não foi nossa surpresa ao recebermos carta de um leitor relatando fatos reais ocorridos na empresa onde ele trabalha, causando perplexidade em todos nós. Inclusive obrigou-nos a pesquisar com profissionais atuantes na área de comportamento humano, uma vez que a fofoca dirigida e orquestrada influi no ambiente da empresa de forma preocupante.

Vamos então à transcrição da carta recebida, sem iden-tificar o autor, por motivos óbvios.

“Prezados Senhores, sempre acompanhando todas as matérias contidas na “Empresário-Lojista”, chamou-me a atenção alguns artigos que falavam das reações dos hu-manos e gostaria que os senhores fizessem uma matéria sobre “Fofoca nas Empresas”, pois na que eu trabalho está demais. Ninguém merece. Antes, eram duas ou três pesso-as, mas agora parece que se uniram e formaram um gru-po que, por razões desconhecidas, estão desestabilizando completamente a empresa e nós funcionários. Não temos mais paz. Uma hora rola um boato que dez vão ser demiti-dos, outra hora espalham que haverá transferências entre departamentos e aqueles que não se adaptarem serão de-mitidos também. Não satisfeitos, divulgam que a empresa vai cortar todos os benefícios, ou então pegam no pé de alguém e começam a fazer comentários pejorativos, di-zendo que a pessoa é feia, se veste mal e está no paredão. Há colegas que já estão com sintomas da síndrome do pânico. O que fazer?”.

Agradecendo a carta enviada, que é um verdadeiro “Gri-to de Alerta” , como diria o Gonzaguinha, empresas que

convivem com esse tipo de cultura vão ter que alterar a ro-tina. O assunto é grave e não havendo o enfrentamento do problema, a empresa poderá trilhar caminhos tortuosos.

A primeira providência é reunir todos os funcionários e abrir o coração, contestando os boatos a fim de tranqüili-zá-los, pois incêndios assim devem ser apagados imedia-tamente.

A segunda providência é descobrir os participantes do grupo desagregador e chamá-los para uma conversa franca, porém educativa, mostrando-lhes os erros cometi-dos, mesmo porque os profissionais da Medicina por nós consultados, foram unânimes no diagnóstico: trata-se de desvio de comportamento, originado por algum tipo de insegurança ou infelicidade.

Pessoas que chegam a esse ponto raramente são feli-zes. Mais: por medo de perder a função ou o emprego, criam toda uma esfera de desavenças.

Normalmente, até em razão das próprias atitudes são solitárias e não conseguem entender o sucesso ou a felici-dade alheia. Dificilmente têm um círculo grande de amiza-des. No fundo, no fundo, necessitam de acompanhamento médico.

Os setores de RH têm um grande desafio pela frente, qual seja tentar estancar a piora dessas pessoas, uma vez que, por falta de tratamento, possam elas se tornar verda-deiros fariseus, aproximando-se dos outros, aparentando uma santidade inexistente, sendo, na verdade, transmis-sores do vírus da hipocrisia com um único objetivo: pro-vocar a discórdia.

Portanto caro leitor, a empresa, como um todo, deve re-dobrar os cuidados para preservar um ambiente tranqüilo e harmônico entre os colaboradores e tentar trazer este grupo para a reflexão. Fácil não será, mas marginalizá-los também não é uma boa solução.

Afinal, eles sofrem de carência afetiva, o que os leva a ser fronteiriços na arte de praticar o bem, vivendo em constante dúvida: há um lado carente, dizendo que sim e o comportamento gritando que não!

Comentários e sugestões: [email protected]

Carta aos maledicentes

RECURSOS HUMANOS

Page 10: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA8

Por Fernando Potsch*

Na economia globalizada, onde a alta competitividade não perdoa ninguém, surge uma questão comum, que afeta profundamente o mercado varejista:

“COMO ANDA O CONSUMIDOR?”

E a resposta é: “Anda correndo, para bem longe da loja com o péssimo

atendimento. Vai comprar em outro lugar onde recebeu um pouquinho mais de atenção e respeito. É assim que ele vai!”.

Quantas vezes já saímos de uma loja porque nos senti-mos mal atendidos ou mal tratados. Quantas pessoas já in-fluenciamos a não comprar em determinado lugar, porque recebemos um péssimo atendimento?

“E COMO CAMINHA O LOJISTA?”.

“Vai mal, perdendo clientes todos os dias e, com eles, muito dinheiro “.

Estima-se que as empresas, por não estarem capacitadas a prestarem um atendimento de qualidade, sejam respon-sáveis pela perda de, pelo menos, um cliente por dia no va-rejo.

Um dos principais problemas da gestão das pequenas em-presas varejistas encontra-se no acúmulo de tarefas que os proprietários assumem. A conseqüência direta dessa atitude é dedicarem grande parte de seu tempo em ações operacio-nais.

Se existe uma coisa que todos nós temos igual é o TEMPO, independente de cor, classe social etc. Cada qual pode uti-lizá-lo da forma que bem entender. Os executivos de suces-so, sabendo ser humanamente impossível controlar todas as informações, alocam o seu tempo naquelas tarefas que realmente agregam valor para o seu negócio.

Eles sabem que o sucesso de um empreendimento ocorre

através de uma permanente conversa com seus clientes: Por-que compram, com quem compram, o que compram, a que horas compram etc, são perguntas vitais para se estabelecer UMA VANTAGEM COMPETITIVA INIGUALÁVEL.

Diversos estudos já provaram que um cliente insatisfeito conta, para aproximadamente 10 outras pessoas a experi-ência ruim que viveu. As pessoas que ouvem um cliente re-clamar de uma loja, geralmente não compram naquela loja. Além de que custa cinco vezes mais caro – gastos com pu-blicidade, com promoções, treinamento de vendedores etc – conquistar um cliente do que manter o cliente atual.

Apesar do tema QUALIDADE NO ATENDIMENTO ser uma constante em todos os debates, o que percebemos é uma distância CRUEL entre aquilo que o cliente deseja e a forma como as lojas atendem a essa necessidade.

Cabe uma reflexão sobre essa questão, principalmente porque conscientemente a meta é oferecer o melhor atendi-mento possível. Então, porque isso não ocorre a contento?

Para que uma empresa varejista possa efetivamente im-plantar um INCRÍVEL ATENDIMENTO AO CLIENTE, ela deve FOCAR todo o seu esforço nessa direção. Parece fácil, mas não é! O principal obstáculo para conseguir realizar isso se encontra na própria empresa. Ou seja, como cada executivo prioriza o seu tempo.

Faça uma análise e veja quanto tempo efetivamente dedi-cou no último mês para levantar informações de seus clientes sobre o seu negócio. Muito pouco, principalmente porque ou-tras atividades IMPORTANTES “tomaram o seu tempo”.

Dedique um pouco mais de TEMPO a seus clientes e o re-sultado será a conquista do TEMPO deles para a sua loja.

* Fernando Potsch é psicólogo, mestre em Comunicação pela USP, consultor de Comunicação especializado no setor varejis-ta de shopping centers, petróleo e gás; professor do MBA de Va-rejo do IVAR; diretor da Maintrends Comunicação em Projetos. [email protected].

Esqueceram de mim: o cliente

VAREJO

Page 11: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA 9março 2008

VAREJO

Um dos grandes dilemas dos varejistas é conhecer o perfil dos consumidores para que melhor possam atendê-los. Aliás, esta questão não é só dos lojistas. Também os publicitários, os marqueteiros estão sempre em busca do perfil ideal das pessoas. Até recentemente, os indivíduos – clientes, consumidores – eram enquadrados nas chamadas classes A, B, C, D, E e F, com variações intermedi-árias. A renda e equipamentos eletroeletrônicos, imóveis, uma gama de bens econômicos, permitiam o enquadramento das pessoas numa das classes.

Hoje, o consumidor deve ser visto mais pelo que consome do que pelo o que tem. Vejam a diferença. Um boy, que ganha salário mínimo, mas gasta o que ganha é para a pesquisa de consumidor mais importante do que o indivíduo que tem alto salário, mas apenas pensa em aplicar o que ganha em imóveis, em aplicações financeiras. Em termos de consumo, faz o mínimo.

PESQUISAA nova classificação foi elaborada pela Brand Asset Valuator (BAV). Esta agên-

cia fez um estudo de marcas em 42 paises, com 350 mil pessoas, atualizado a cada dois anos. Mais de 19,5 mil marcas foram avaliadas pela metodologia da Bav. Só no Brasil o estudo tem 11 anos de aplicação. A pesquisa mundial resultou no perfil e agrupamento dos consumidores nos arquétipos identificados.

Uma surpresa para os pesquisadores: sob o ponto de vista de comportamento de consumo, só há sete tipos de pessoas na Terra: transformadores, explorado-res, vencedores, emuladores, integrados, batalhadores e os inconformados. Con-forme se verifica no box desta matéria, os integradores predominam no mundo, se constituem em maioria no Brasil, França e Estados Unidos.

INDIVÍDUOS MÉDIOSPara César Ortiz, diretor de Inteligência do Mercado da Y&R Brasil, que parti-

cipa da pesquisa da Bav, a referência aos integrados é de indivíduos médios, que vivem a rotina doméstica, considerando a relação custo-benefício das marcas.

Ortiz declara que a segmentação psicográfica se aplica a cidadãos de todo o mundo, não havendo divergências entre consumidores, de um mesmo perfil, que vivam em países de culturas distintas. Acrescenta que “Consumidores do Leste Europeu tendem a ser mais fechados que os da Europa Ocidental, o que não quer dizer que não haja conservadores também do lado ocidental nos Estados Unidos, na Ásia e na América Latina.

A metodologia do Bav, para o diretor da Y&RBrasil, tem sido cada vez mais uti-lizada por empresas com atuação global. Reforça, portanto, a tese de que hábitos culturais e regionais pouco influenciam na leitura padronizada. “Homens e mu-lheres de 60 anos que se comportam como se tivessem 30 anos são fenômenos percebidos no mundo todo”, afirmou Ortiz.

A pesquisa constatou, também, que em maior ou menor escala, empresas de grande porte têm procurado identificar seus consumidores mais por seu estilo de vida do que pela classe social a que pertencem.

A PERGUNTA PARA O LEITORO leitor poderá participar da pesquisa sobre o novo perfil do consumidor,

dando a sua opinião sobre a sua validade para o varejo, inclusive oferecendo experiências e mesmo sugestões.

As sugestões poderão ser enviadas para a Empresário Lojista, e-mail [email protected].

O perfil dos consumidores

Características que determinam cada tipo de consumidor de acordo com a segmentação psico-gráfica, segundo a agência de publicidade Y&R:

Transformadores: São menos materialistas que os outros sete, autênticos e são tidos como inte-lectuais.Como compram: Na hora da compra, buscam marcas que sejam atentas à ecologia.

Exploradores: São pessoas mais intuitivas, guia-das pela necessidade de descobertas e desafios. Como compram: Gostam de experimentar novos produtos e compram por impulso.

Vencedores: São muito organizados e tendem a ocupar funções de responsabilidade na socieda-de. Como compram: Para escolher uma marca, bus-cam recompensa e prestígio.

Emuladores: São materialistas. Seus valores estão relacionados à admiração, aquisição e consumo. Como compram: Compram por impulso e são consumistas. Optam por marcas da moda.

Integrados: Vivem no mundo doméstico, onde a rotina é fundamental. Suas escolhas envolvem o coletivo. Como compram: Optam por marcas que valem o que custam. São fiéis à marca e compram por hábito.

Batalhadores: Seu objetivo de vida é a sobrevi-vência. Gostam de viver seguindo regras tradicio-nais. Como compram: Escolhem marcas que lhes pas-sam segurança. Preço é um ponto importante na decisão.

Inconformados: São insatisfeitos e rebeldes. Vi-vem para o hoje, sem planos para o futuro. Con-tam com a sorte. Como compram: O consumo está relacionado a preço, crédito e gratificações instantâneas.

Comportamento Padrão

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Empresário LOJISTA10

PERGUNTAS E RESPOSTAS

PERGUNTE! Empresário Lojista respondeOs empresários lojistas, mesmo

não tendo empresa associada ao Sindilojas-Rio, podem fazer con-sultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias através do tel. 3125-6667, de 2ª a 6ª feira, de 9 às 17 horas. A se-guir, algumas perguntas encami-nhadas à advogada Luciana Men-donça, da Gerência Jurídica do Sindilojas-Rio, e suas respostas.

É admitida a publicação em jor-nal para caracterizar abandono de emprego?

Não. A publicação em jornal é ine-ficaz para caracterizar esta falta grave. Ao alegar a ocorrência de falta grave ensejadora da dispensa motivada do empregado, o empre-gador assumiu o ônus de prová-la, devendo fazê-lo de modo a não restar dúvida da ocorrência do fato, da culpa do empregado e da relação de causalidade. As publi-cações efetuadas em jornal local,

denunciando o abandono de em-prego ou incitando o empregado a retornar ao serviço, não produzem nenhum efeito jurídico porque o patrão possui o endereço do em-pregado, ou devia possuí-lo, pois é elemento que consta do registro de empregados, sendo mais fácil e menos oneroso a chamada via postal e porque não existe impo-sição legal obrigando quem quer que seja a ler jornais, tanto menos um empregado que, se souber ler, talvez não tenha recursos para comprá-los.

Qual o percentual a ser recolhido a título de contribuição previden-ciária durante o período de licen-ça-maternidade da empregada doméstica?

Durante o período da licença-ma-ternidade, o empregador domésti-co só tem a obrigação de recolher a sua parte (12%). A parte que cabe a empregada doméstica já vem des-

contada do salário-maternidade que ela recebe do INSS. Se por erro do empregador ele recolher a con-tribuição na sua totalidade, deverá requerer junto ao INSS a devolução do valor que excedeu os 12% devi-dos.

O empregado que faltou ao servi-ço durante a semana e não justi-ficou, perde o direito ao repouso semanal remunerado (RSR)?

Sim. O empregado não só perderá a remuneração do dia, como tam-bém, do repouso que, sem motivo justificado, não trabalhar durante toda a semana anterior, cumprin-do integralmente seu horário de trabalho, conforme Lei nº 605/49.

Os custos dos exames médicos obrigatórios são por parte do em-pregador?

Sim. De acordo com o art. 168 da CLT, os exames médicos de admis-são, demissão e periódico correrão por conta do empregador.

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Empresário LOJISTA 11março 2008

JURÍD

ICAS

O feriado de São Jorge, dia 23 de abril, é considerado estadual ou municipal?

Conforme a Lei n°3.302, de 13 de novembro de 2001, o feriado de São Jorge é municipal. A título de esclarecimento, o deputado Jorge Babu, autor da referida Lei, apresentou novo projeto de lei nº 339/2007 para alterar o feriado de São Jorge, que hoje é municipal, para estadual. Porém, até o momento, o projeto não foi sancionado.

Como a empresa deve proceder caso o empregado não quei-ra receber o benefício do Vale –Transporte?

Para que a empresa se exima de futuros problemas com reclama-ções trabalhistas ou com a fisca-lização do Ministério do Traba-lho e Emprego, deve solicitar que o empregado firme, por escrito, declaração de que não é benefi-ciário do Vale-Transporte, apon-tando os motivos.

A conversão da remuneração

de férias em dinheiro, ou seja, o abono pecuniário, depende da concordância do empregador?

Não. É direito do empregado. Se desejar receber o abono de fé-rias, o empregador não poderá recusar-se a pagá-lo, desde que ele requeira até 15 dias antes do término do período aquisitivo.

De acordo com a Lei do Inqui-linato, quando o proprietário pode pedir a revisão do valor do aluguel judicialmente?

A Lei nº 8.245/91, em vigor, es-tabelece que a revisão judicial do valor do aluguel só poderá ser pedida após três anos de vigência do contrato ou do último acordo. O proprietário precisa entrar com uma ação revisional na Justiça para obter a atualização.

As férias podem se iniciar em dia não útil?

Não. O início do período de gozo das férias, tanto individu-ais quanto coletivas, não poderá coincidir com o sábado, domin-go, feriado ou dia de compensa-

ção de repouso remunerado.

O que o empregador pode des-contar a título de alimentação?

A alimentação fornecida como salário-utilidade deverá atender ao fim que se destina e não po-derá exceder a 20% do salário contratual, conforme art. 458, §3º da CLT.

DÚVIDAS

Page 14: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA12

SIN

DIC

ALIS

MO

Gestão com qualidade e compromisso com a base

Prédio principal do Centro de Turismo de Guarapari, do

SESC do Espírito Santo, Sede do XXIV Encontro Nacional de

Sindicatos Patonais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

Será em Guarapari, Espírito Santo, de 16 a 18 de abril, o XXIV Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Promovido pelo Sindilojas-Vitória, as reuniões serão no Centro de Turismo (Colônia de Férias) do SESC do Espírito Santo. São aguardados cerca de 650 dirigentes sindicais do comércio do País. O patrono do evento deste ano é o presidente do Sindilojas-Rio, Aldo Gonçalves.

Com o tema geral “Gestão com Qualidade e Compro-misso com a Base”, o evento terá início na manhã de 17 de abril, com breve palestra de José Paulo da Rosa, do Rio Grande do Sul, sobre o tema. A seguir, os presi-dentes Aldemir Santana, de Brasília, e Frederico Pena Leal, de Recife, falarão acerca de suas experiências em “Sustentação Financeira dos Sindicatos: Ação Política

Empresarial (acionistas) e Prestação de Serviços”.Prosseguindo a programação, às 11 horas, será abor-

dado o tema “Representação Residual pela Federação: Necessidade ou Falta de Motivação?”, pelos presiden-tes Wilton Malta, de Arapiraca, Alagoas, e Luiz Carlos Bohn. .

Na parte da tarde, haverá reuniões de grupos temáti-cos de interesse de administração sindical e do comér-cio. Outros grupos, paralelamente, debaterão matérias relacionadas com segmentos do comércio.

Na manhã de 18 de abril, haverá uma simulação de Negociação Coletiva Sindical, na qual representan-tes de sindicatos patronais e de empregados farão a apresentação de uma negociação coletiva, mostrando aspectos positivos e negativos desse episódio na vida sindical. No final, Cely Soares, de Brasília, e Eduardo Raupp, do Rio Grande do Sul, farão uma avaliação do comportamento dos participantes da negociação.

Em continuação, os assessores jurídicos e executi-vos de sindicatos patronais farão em resumo, a apre-sentação de seus trabalhos, comunicados no dia 16, nas reuniões de jurídicos e de executivos sindicais.

À tarde, serão apresentadas as conclusões dos gru-pos temáticos e de segmentos do comércio. Propos-tas e moções serão comunicadas e deliberadas pelo plenário. A seguir, haverá o tradicional momento do “Pinga-Fogo”, quando os encontristas farão pronun-ciamentos livres.

Por fim, o plenário deverá confirmar a sede do XXV Encontro Nacional no Rio de Janeiro, em 2009, e aprovar a candidatura do Sindilojas-Aracaju para promover o XXVI Encontro em 2010.

Informações, inclusive inscrições, acessar o por-tal do Sindilojas-Vitória (www.sindlojasvitoria-es.com.br) e fazer o link no banner do XXIV Encontro Nacional.

Page 15: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA 13março 2008

Contribuição Confederativaajuda a prestar serviços para lojistas

INVESTIMENTOA parcela da Contribuição Confederativa que cabe ao Sindilojas-

Rio é totalmente aplicada em benefício das empresas lojistas do Rio. Com esses recursos são mantidos serviços jurídicos (trabalhista, cí-vel e tributário), de marcas e patentes, de assistência de despachan-tes nas áreas municipal, estadual e federal, junto à Previdência Social e à Receita Federal. As empresas associadas não pagam honorários, pois este encargo é do Sindilojas-Rio.

Os benefícios não ficam restritos a isso. Todo mês, as empresas recebem gratuitamente a revista Empresário Lojista. Na sede e nas delegacias do Sindilojas-Rio são prestados atendimentos relaciona-dos à Medicina Ocupacional e à Homologação de Rescisão de Con-trato de Trabalho, em convênio com o Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro e com a Comissão de Conciliação Prévia. Em parceria com o CDLRio, o Sindilojas-Rio patrocina o IVAR – Instituto do Varejo, entidade promotora de atividades culturais e educacionais para lojistas e comerciários e mantenedora de banco de empregos.

Não se pode ignorar que o Sindilojas-Rio não é apenas prestador de serviços. Representa a categoria de lojistas do Rio junto ao Sindi-cato dos Empregados no Comércio e aos governos municipal, esta-dual e federal.

Mesmo as empresas lojistas que não sejam associadas do Sindi-lojas-Rio podem consultar a Gerência Jurídica, gratuitamente, sobre

questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias, estas relaciona-das, por exemplo, a Imposto de Renda, Previdência Social e marcas e patentes.

Do que se recolhe de Contribuição Federal é feito um rateio entre sindicatos, federações, neste Estado com a Federação do Comércio do RJ, e Confederação Nacional do Comércio.

INSTRUÇÕESAs guias para o recolhimento da contribuição serão enviadas às

empresas ou aos seus contabilistas em meados de março. Também poderão ser solicitadas na sede ou nas delegacias do Sindilojas-Rio, cujos endereços estão na contracapa desta revista. Cópias da guia po-derão ser obtidas no portal Sindilojas-Rio: www.sindilojasrio.com.br.

Esclarecimentos sobre o recolhimento da contribuição podem ser obtidos através do telefone 3125-6667.

– Para pagamentos efetuados após o prazo será aplicada multa de 2%, acrescida de juros de 1% ao mês.

– O enquadramento na tabela deverá ser feito por estabelecimento (ponto-de-venda, matriz, escritório etc.).

– Empresas com mais de um objeto social estão obrigadas a reco-lher a contribuição também para o comércio lojista.

– Somente serão consideradas microempresas aquelas registradas no Ministério da Fazenda e no gozo efetivo de suas regalias.

TABELA DE CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA DE 2008 (Recolhimento até 31 de março)

• EMPRESA INSCRITA NO SIMPLES.... R$78,00

• DEMAIS EMPRESAS ......................... R$78,00 MAIS R$5,50 POR EMPREGADO

SIND

ICALISM

O

A parcela da Contribuição Confederativa recolhida em favor do Sindilojas-Rio é sempre revertida em benefício das em-presas lojistas do Rio. O pagamento da Contribuição está prevista na Constituição Federal em seu artigo 8º. Por isso, as empresas têm como obrigação o seu recolhimento anual. O pagamento deve ser feito até o final de março, neste ano na 2ª feira, 31 de março, de preferência em agência do banco indicado.

Anualmente, uma Assembléia Geral Extraordinária é convocada para tratar dos valores a serem estabelecidos na tabela da Contribuição Confederativa. A contribuição para 2008 foi aprovada na Assembléia de 7 de dezembro de 2007, sendo os valores os mesmos de 2007.

Como ocorre sempre nas assembléias gerais que tratam de assuntos de interesse dos lojistas cariocas, e de acordo com o artigo 16 do Estatuto da entidade, todos os lojistas do Rio, mesmo que suas empresas não sejam associadas ao Sindilojas-Rio, podem participar.

OBS: 1 - Contribuição máxima por estabelecimento: R$ 1.550,00, e contribuição máxima por empresa: R$ 25.000,00. 2- Os valores são os mesmos de 2007.

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Empresário LOJISTA14

Atualmente, as empresas pre-cisam estar atentas às mudanças do mercado e preparadas para en-frentá-las, no sentido de sobrevi-ver a estas e até mesmo antecipar-se aos seus concorrentes.

A globalização da economia provocou grandes mudanças no mercado. Os consumidores fica-ram mais exigentes e cobram das empresas mais qualidade, agilida-de, menor preço e um bom atendi-mento. Ao mesmo tempo, as pre-ferências dos clientes estão cada vez mais difíceis de prever.

Em contrapartida, as empresas estão procurando descobrir as ver-dadeiras necessidades de seu clien-te para assim atendê-las, fazendo um trabalho direcionado à conquis-ta da fidelização dos mesmos.

O bom atendimento da empresa levará à satisfação e a conseqüen-te fidelização do cliente, isto refle-tirá em lucro para a empresa. E as-sim viabilizará a base da vantagem competitiva sustentável, cada vez mais imprescindível a qualquer empresa no ambiente atual.

Muitas empresas, hoje, não es-tão poupando verbas para buscar a fidelização de seus clientes, não significa dizer que é preciso gastar “rios de dinheiro” para se conse-guir um efeito esperado. Fidelizar clientes não deve ser visto como um “bicho de sete cabeças” e nem uma ferramenta nova, mesmo por-que se voltarmos um pouco ao passado veremos que o seu “Jo-aquim da padaria” já praticava, a seu modo, a fidelização com seus clientes; em mãos com seu bloco de anotações, possuía ali um pou-co do histórico de seus clientes: a forma que pagavam, quem devia e quem tinha crédito, a quantidade

que compravam quando compra-vam, o que compravam e talvez o mais importante, o cliente era tratado pelo nome e os melhores compradores tinham um trata-mento mais “personalizado”.

Com certeza, que pelos padrões antigos o efeito não era o mesmo que o atual, considerando a tecno-logia de ponta a serviço da fideli-zação. Talvez nesse ponto a fideli-zação seja até nova, pois mudou a forma de atuar e de buscar resulta-dos. O universo de consumidores atingidos é infinitamente maior, a internet passa a aproximar a em-presa dos clientes e passa a ser um dos principais comandos de atuação na fidelização, mas deve-se tomar o cuidado de não cair na tentação do “ eu consegui”.

Possuir ferramentas que de cer-ta forma amadurecem e enrique-cem a atuação na fidelização com os consumidores não garante que a empresa será reconhecida pelo trabalho que vem fazendo e dessa forma atrairá uma gama de novos clientes.

Antes de procurar investir é pre-ciso saber se vale a pena investir, se será rentável investir, em que investir, quando, onde, como... são essas “palavrinhas” que vão formar o contexto das pesquisas mercadológicas, e a partir delas poder extrair as melhores técnicas para consolidar frente ao cliente essa imagem positiva de uma or-ganização.

As empresas devem se em-penhar em conhecer o compor-tamento do consumidor, dando importância ao atendimento e ao lado humano dos clientes. Devem, também, provocar mudanças, evi-tar o trabalho solitário, fazer mais

reuniões e sobretudo devem ter em mente de que o bom atendimento não se consegue só com dinheiro, é preciso ação, dedicação pessoal e acompanhamento.

Os funcionários devem saber que é muito importante um bom atendimento, e para isto os trei-namentos de pessoal se fazem necessários e contínuos. Inclusive os mesmos devem participar da estruturação do programa de trei-namento. Havendo envolvimento de todos, o comprometimento é maior, e há mais chances em se obter um bom resultado.

É fundamental uma comunica-ção clara e eficiente, para man-termos um ótimo relacionamento com os clientes. Ela pode ser atra-vés de carta, por via postal ou in-terativa; por telefone ou pessoal-mente. É muito importante o uso de computadores, onde se pode manter dados cadastrais atualiza-dos e de fácil acesso, evitando as-sim a demora no atendimento.

O atendimento no varejo nunca foi fácil. Os clientes exigentes fa-zem parte do dia-a-dia. O cliente insatisfeito amplia o eco de sua decepção ao mesmo tempo em que se sente incentivado a mudar para a concorrente. Em contrapartida o consumidor satisfeito assume parte significativa dos esforços de divulgação, reduz custos de aten-dimento a reclamações. Por isso a satisfação plena do cliente é uma meta inevitável de qualquer em-presa que tem compromisso com o crescimento.

Lembre-se: “É mais difícil con-quistar do que manter um cliente.”

Será que o cliente tem sempre razão?

José Carlos Pereira Filho, gerente comercial do Sindilojas-Rio.

A importância da fidelização de clientes

FIDELIZAÇÃO

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Empresário LOJISTA 15março 2008

VAREJO

Em 6 anos, o varejo teve a maior alta

O maior crescimento das ven-

das do varejo desde 2001, ocor-

reu em 2007, segundo a Pesquisa

Mensal do Comércio do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatísti-

ca – IBGE. É evidente que se trata

da média de vendas de todos os

segmentos do varejo. Enquanto

uns tiveram bom desempenho,

outros obtiveram resultados até

mesmo negativos. Os hipermercados, supermercados,

alimentos e bebidas tiveram o melhor crescimento. A

taxa subiu para 6,4%, o equivalente a 3,2 pontos percen-

tuais do crescimento total, mas fechou abaixo do que

vinha sendo apurado nos últimos anos, devido ao au-

mento dos preços dos produtos alimentícios.

Em segundo lugar, veio o segmento de móveis e ele-

trodomésticos, com elevação de 15,4% nas vendas. Tam-

bém tiveram aumento expressivo e recorde histórico, os

setores de tecidos, vestuários e calçados (10%) e livros,

jornais, revistas e papelarias (7,1%).

Em relação à participação nacional

na taxa por estados, o maior índice

foi registrado em São Paulo (13,7%),

seguido do Rio de Janeiro (6,5%), Mi-

nas Gerais (5,7%) e Rio Grande do

Sul (4,4%).

Para Reinaldo Silva Pereira, coorde-

nador de Serviços e Comércio do IBGE,

a conjuntura econômica foi favorável

para o comércio varejista. Isto porque

houve queda na taxa de juros em 2007, aumentou o nú-

mero de prestações oferecidas em crediários, o real va-

lorizado em relação ao dólar e a taxa de emprego foi das

mais altas dos últimos anos. Este quadro contribuiu para

o aumento das vendas.

Para o coordenador do IBGE, o cenário para 2008 é

favorável, mesmo com as turbulências na economia

mundial. As indústrias já têm muitos pedidos para este

semestre. Reinaldo Pereira completa, declarando não

haver nada que evidencie mudança positiva da econo-

mia em 2008.

Page 18: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA16

HIS

TÓRI

A

A Família Real e a evolução do comércio no País

A partir de 1808, com a ins-talação da Corte portugue-sa no Brasil e a abertura dos portos às nações amigas, o comércio se intensificou e a cidade do Rio de Janeiro ga-nhou uma identidade extra, que manteria pelos 150 anos seguintes. Isso fez aumentar, com o tempo, a vinda de uma série de empresas estrangei-ras interessadas em partici-par do comércio. Ao longo do século XIX, a atividade portu-

ária, turística, comercial e principalmente, política, tam-bém levou o Rio a se tornar à sede da Marinha de Guer-ra. A presença dessa grande base naval contribuiu para que surgisse aqui uma pequena indústria de construção e reparos navais, como uma das principais atividades da região ao lado do comércio.

No início do século XIX, um surto de grandes obras públicas, tais como o Banco do Brasil, o Jardim Botânico, a Biblioteca Real e a Imprensa Régia, entre outras, fez com que a grande reforma urbana desse à cidade uma feição européia, de forma a capacitá-la como centro de atração de investimentos estrangeiros. O Brasil nasceu pelo comércio: Até meados do século XIX, o mascate, o tropeiro ou o regatão foram Brasil adentro, indiferentes a distâncias, com suas maletas pesadas, cheias de miu-dezas, construindo uma nova era. Foram verdadeiros bandeirantes do comércio.

Ao entrarmos no século XX, as cidades foram sendo remodeladas, surgindo, mais adiante, as lojas de de-partamentos e as grandes galerias de comércio foram a semente dos shopping centers. Mas, ainda agora, nos lugares mais afastados, nas mais longínquas paragens

desta Nação continental, o comércio res-ponde pela circulação dos produtos locais ou não, criando mercados consumidores, oferecendo e levando sonhos e possibili-dades de uma vida melhor, em suas mer-cadorias. Em cada minúscula cidadezinha do interior, lá está o mundo pela televisão e por tantos outros produtos eletroeletrô-nicos. Ali estão, em cada recanto, os frutos do progresso.

Ainda hoje, o comércio participa na transformação de hábitos. A era da conec-tividade, assumiu um significado ainda mais amplo. A Internet criou um espaço universal para uma nova forma de com-partilhamento de informações bem como

de comércio chamado e-commerce, ou comércio eletrô-nico. É possível comprar qualquer produto dentro de casa – é a globalização. No Brasil, o desenvolvimento do comércio começa com a chegada da Família Real ao Bra-sil e a Abertura dos Portos.

A Abertura dos Portos

Pelo comércio e pela inexorável tendência do ser hu-mano de desvendar novos mundos, a civilização expan-diu-se. No espírito de aventuras e no espírito comercial uniram-se os extremos do nosso mundo. Semearam-se ideais. Plantaram-se sonhos. Abriram-se caminhos e no-vas opções. O Brasil surgiu com o comércio. Com ele cresceu e expandiu-se.

A vinda da Família Real para o Brasil e a conseqüen-te abertura dos portos às nações amigas se constituiu num marco inicial fundamental para o desenvolvimento do comércio brasileiro. Instalaram-se aqui repartições ligadas ao tesouro, à política, à polícia, à justiça, à eco-nomia. Para facilitar o pagamento dos servidores públi-cos, foi fundado o Banco do Brasil nessa época. A ne-cessidade de abrigar milhares de pessoas que chegaram estimulou os melhoramentos e as construções urbanas. Dinamizou-se a vida social e cultural – ocorreu o que os historiadores chamaram de “europeização” do Rio de Janeiro. Diversas escolas foram criadas, jornais e alma-naques voltados para o comércio passaram a ser edita-dos. Surgiram as associações, sindicatos, clubes, muitos deles voltados para discussões interessadas na evolução da classe comercial. O turismo, nessa época, começou a se desenvolver, fazendo surgir os grandes hotéis.

A Evolução do Comércio Muitos marcos constituíram significativos “saltos de

qualidade” no progressivo desenvolvimento desse co-mércio, como:

– as galerias comerciais surgiram abrigando desde hu-mildes oficinas de serviços a sofisticadas lojas de mo-

Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e Sindilojas-Rio, e Bárbara Santiago, coordenadora do Centro de Estudos do CDLRio

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Empresário LOJISTA 17março 2008

das. Hoje continuam evoluindo e diversificando. Fo-ram elas que abriram espaço para a vinda, tempos mais tarde, do shopping center. As lojas especializa-das se sedimentaram;

– As lojas de departamentos foram montadas para dar aos consumidores a comodidade de obter em uma só loja, o número máximo de produtos dese-jados. O advento dessas lojas facilitou, e muito, a colocação no mercado de produtos industrializados de bom acabamento. Nos anos 50, as lojas de depar-tamentos estavam estabelecidas como o grande sis-tema de consumo de massa. Em seguida, os super-mercados tornaram-se o padrão para as compras de fim de mês e as pequenas necessidades diárias. Os grandes mercados do varejo foram surgindo, entre eles o Mercadão de Madureira;

– Os shopping centers surgiram da necessidade de se ter um centro de compras abrigado das intem-péries, as facilidades de estacionamento, o lazer, a gastronomia e entretenimento reunidos num mes-mo espaço. Ganharam também um reforço muito grande em segurança. Foram se modernizando ao longo dos tempos e hoje temos muitos shoppings que estão se especializando. Surgiram as lojas de conveniência. Tipos distintos ocupam o mercado. Um, com o perfil de suprir o consumidor, principal-mente em dias e horários em que o comércio con-vencional está fechado, com itens diversos. Outro tipo é um modelo menos convencional, também self-service na sua totalidade, oferecendo produtos para degustação imediata. Na década de 90 surgem os pet shops e as lojas de franquia e as livrarias se modernizam e voltam a ser ponto de encontros na cidade;

– As instituições ligadas ao comércio têm uma evo-lução muito grande. Tornou-se necessário a evolução de algumas e surgimento de outras. Como na déca-da de 30, os empresários notaram que era preciso se associar e formar um sindicato para que pudessem discutir e resolver questões dentro da estrutura co-mercial. Em 1932 foi fundado o Sindilojas-Rio, que tem até hoje um papel importante junto aos lojis-

HISTÓRIA

Antigo Terminal Marítimo da Gamboa

Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março, Foto de Marc Ferrez.

Avenida Central, Rio de Janeiro Foto Marc Ferrez

tas. Na década de 50, com a evolução do crediário e a necessidade de se ter uma informação rápida e preci-sa dos consumidores, que não pagavam seus créditos, os chamados “inadimplentes”, nasceu através de um pequeno grupo de empresários a idéia de se formar o primeiro clube onde essas informações seriam guarda-das e trocadas entre os lojistas. Esse clube se tornou realidade em novembro de 1955, quando se fundou o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDL-Rio e seu Departamento de Serviço de Proteção ao Crédito-SPC, que evoluiu e até nossos dias, prestam informa-ções para a decisão dos negócios;

– A globalização tem exercido intensa influência so-bre os diversos setores da sociedade. Em relação ao setor varejista, essa influência tem ocorrido de forma muito rápida. A Internet veio coroar essa fase da globa-lização de forma forte;

– O e-commerce veio para dinamizar ainda mais o co-mércio físico. Já é possível encontrar lojas competindo com suas filiais on line. A facilidade de escolha e pa-gamento que existe nas compras via Internet tende a crescer cada vez mais. Mas ainda há percalços no cami-nho. O grande gargalo do comércio eletrônico continu-ará sendo logístico, ponto a ser vencido ou adaptado.

Em um futuro bem próximo, a TV digital estará no mercado, o que possibilitará ao consumidor interagir diretamente, isto é, on line, com os anunciantes e for-necedores, e então o comércio estará mais uma vez dando um passo na sua evolução.

O comércio é o elo final da cadeia do consumo. É o escoadouro da indústria. Sem o ato de compra, de que adiantaria produzir? É o comércio que fecha, e, ao mes-mo tempo, abre o ciclo produtivo.

Hoje, da semente lançada por D. João VI, há uma prodigiosa ramificação. São linhas várias e em todas as direções: o desenvolvimento das cidades, com um comércio diferente do dos shopping centers, a globali-zação, o comércio eletrônico.

Por mais dura ou incerta que seja a era que se vive, só se tem uma opção: evoluir rapidamente ou morrer.

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Empresário LOJISTA18

TRIB

UTO

S

O Presidente da Comissão de Tributação da As-sembléia Legislativa, Deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha participou de encontro com lojistas no Sindilojas-Rio, no dia 30 de janeiro. A reunião ob-jetivou o apoio do parlamentar para a defesa dos lojistas em relação à Lei 5171/2007, que incluiu, através do sistema de Substituição Tributária, quase todos os produtos comercializados no vare-jo. A resolução, publicada no Diário Oficial em 6 de dezembro último, caso seja colocada em prática, acarretará enormes prejuízos aos lojistas.

Durante o encontro, presidido pelo empresário Aldo Gonçalves, presidente do Sindilojas-Rio, o Deputado Luiz Paulo prometeu levar o assunto aos secretários de estado de Fazenda, Joaquim Levy, e de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, para eles serem informados das conseqüências e dos enormes prejuízos que as novas medidas deverão causar aos lojistas.

Para a maioria dos produtos inclusos na Substi-tuição Tributária, a Lei 5171/2007 atribui valores exorbitantes para a margem de valor agregado na realização do cálculo do imposto devido. Muitos produtos tiveram percentual de 100% na margem do valor agregado, o que é totalmente incompatível com a realidade econômica dos lojistas. Isso, sem contar que as empresas enquadradas no Simples serão ainda mais prejudicadas.

SUSPENSÃO Em 15 de fevereiro, foi publicado o Decreto

41.175/08, suspendendo, temporariamente, a apli-cação do regime da Substituição Tributária para as mercadorias constantes nos itens do anexo único da Lei nº 2.657, de 26 de dezembro de 2007, e incluídas pela Lei nº 5.171, de 21 de dezembro de 2007.

Embora o mencionado Decreto tenha suspendido a inclusão no sistema de Substituição Tributária dos produtos novos constantes do anexo único, a Lei 5.171 está em vigor e, a qualquer tempo, os produtos podem ser reincluídos no regime da Sub-stituição Tributária. Isso gera insegurança para as micro e as pequenas empresas que não suportarão o impacto desta carga tributária, realidade esta total-mente contrária ao espírito da Lei do Simples.

No dia 25 de fevereiro, o Presidente Aldo Gonçalves, o Gerente Geral José Belém e a advogada Ana Luiza Kneip, do Sindilojas-Rio, acompanhados do Deputa-do Luiz Paulo Correa da Rocha , reuniram-se e com o Secretário de Estado de Fazenda, Joaquim Levi. Durante a audiência, os representantes dos lojis-tas solicitaram ao Secretário que fosse encontrada uma solução para a presente questão. Justificaram o pedido, face ao cenário que vem se desenhando na tributação do Estado do Rio de Janeiro, colocando em risco a continuidade das empresas lojistas do Rio e, em conseqüência, o desemprego de milhares de comerciários.

Lojistas reclamam dos efeitosda Substituição Tributária

A advogada Ana Luiza Kneip, do Sindilojas-Rio; o deputado Luiz Paulo Correa da Rocha, e o presidente Aldo Gonçalves, do Sindilojas-Rio.

Page 21: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA 19março 2008

A Diretoria e os funcionários

do CLDRio vão homenagear a

memória de Sylvio de Siqueira

Cunha, falecido em julho úl-

timo, e que, por muitos anos,

presidiu a Entidade. Também

foi vice-presidente e presidente

do Sindilojas-Rio.

A homenagem será em abril,

uma vez que o ex-lider do vare-

jo no Rio, aniversariava no dia

22 de abril. Será dado o nome

de Sylvio de Siqueira Cunha aos

prédios que compõem a sede

do CDLRio, na Rua da Alfânde-

ga. Constarão da programação,

exposição de medalhas, troféus

e placas outorgadas a Sylvio

Cunha, além de fotografias.

Homenagem a Sylvio Cunha

Em cerimônia no Hotel Blue Tree Alvorada, em Brasília, no dia 20 de fe-

vereiro, tomou posse a diretoria da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas para o biênio 2008/2009. A nova direção é presidida pelo empre-sário Roque Pelissário Junior. Na foto, os novos dirigentes da Confedera-ção, vendo-se, na primeira fila à esquerda, o empresário Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio, diretor do Conselho Técnico da CNDL.

Nova diretoria da CNDL

Page 22: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA20

Lideranças do centro defendem a permanência do 13º. BPM

Luiz Bravo, editor da

Empresário Lojista

Não há mais dúvidas. As mulheres é que decidem as principais compras da família, de aparelhos eletrônicos e roupas a imóveis. Estudos de intenção de compras do consumidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –IBGE e do Programa de Adminis-tração do Varejo –Provar informam que as mu-lheres são responsáveis por mais de 90% das aquisições de mobiliário doméstico, de cerca de 45% das compras de carros, mais de 90% de viagens e de quase também 90% dos planos de saúde.

Uma das explicações desse compor-tamento é que as mulheres deixaram de ser simplesmente gerentes do lar, e passaram, também, a trabalhar fora da residência, ampliando seu universo cultural.

Um veterano psicólogo, conhe-cido nosso, tem outra justificativa. Nas décadas passadas, no início do casamento, a mulher sempre pedia opinião ao marido, principalmente em questões domésticas. A compra de móveis, de cardápio e de tantas outras necessidades do lar. O ho-mem, volta e meia, respondia a pergunta com a mesma resposta: -Querida, você resolve! Com o passar do tempo, dezenas de anos depois, ela nem perguntava mais. Tomava a providência e, a seguir, informava ao marido o seu ato. E ele, prontamente, dizia; -Tudo bem, querida!

E o casal sobrevivia às naturais desavenças, comemo-rando até bodas de ouro ou de diamante, principalmente

porque ela sempre dizia que quem mandava no lar era ele, e ele, por sua vez, aceitava a ilusão de que continua-va a ser o machão do lar.

O mesmo psicólogo garante que nas últimas dé-cadas, o casamento não dura como antes, por uma razão: a esposa não aguarda o amadurecimento, por parte do marido, da aceitação subjetiva de que quem manda teoricamente no lar é ele, mas na prá-tica é a esposa. Aliás, como faziam as antigas avós

e mães.Mas como esta revista é mais direcionada ao

comércio lojista, nunca é demais complemen-tar este artigo em homenagem ao Dia Inter-nacional da Mulher, com um comentário do consultor de varejo Dominic de Souza, em seu livro “Como vender seu produto ou serviço como algo concreto”. O autor su-gere que cabe ao vendedor, valorizar e aprender a cativar esse público (femini-no), que tem dinheiro e sabe escolher. “Enquanto o homem age com objetivi-dade, sem se dar conta de detalhes, a mulher é mais exigente e paciente”, afirma Dominic de Souza. E acrescenta; “Da mesma forma que a

mulher acha uma solução para as mui-tas necessidades de cada integrante da família, o vendedor deve achar as so-

luções para as muitas necessidades das mulheres”. E às mulheres, sejam lojistas, comerciárias,

enfim, a todas, as homenagens desta Empresário Lojista no seu Dia Internacional.

E quem disse que a mulher não manda?

HOMENAGEM

Page 23: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA 21março 2008

Page 24: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA22

Page 25: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA 23março 2008

Page 26: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA24

LEIS

E D

ECRE

TOS

O Centro de Estudos do CDLRio acompanha a legislação da União, do Estado do Rio de Janeiro e da cidade do Rio. Os textos das legislações mencionadas poderão ser solicitados, sem ônus, ao Centro de Estudos do CDLRio através do telefone 2506.1234 e 2506 1254.

LEGISLAÇÕES EM VIGOR

SIMPLES NACIONAL – Al-tera a Resolução CGSN nº 10, de 28 de junho de 2007, que dispõe sobre as obriga-ções acessórias relativas às microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Regime Especial Unifi-cado de Arrecadação de Tri-butos e Contribuições (Sim-ples Nacional). Res. CGSN nº 28, de 21.01.2008 (DOU de 24.01.2008).

SIMPLES NACIONAL – Al-tera a Resolução CGSN nº 4, de 30 de maio de 2007, que dispõe sobre a opção pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pe-las Microempresas e Empre-sas de Pequeno Porte (Sim-ples Nacional). Res. CGSN nº 29, de 21.01.2008 (DOU de 24.01.2008).

SIMPLES NACIONAL – Dispõe sobre os procedi-mentos de fiscalização, lançamento e contencioso administrativo relativos ao Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tribu-tos e Contribuições devi-dos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional). Res. nº 30, de 07.02.2008 (DOU de 11.02.2008).

SIMPLES NACIONAL – Al-tera as Portarias CGSN nº 1, de 25 de abril de 2007, e nº 2, de 28 de maio de 2007.

Port. nº 5, de –7.02.2008 (DOU de 11.02.2008).

SIMPLES NACIONAL – Dis-põe sobre o cumprimento de obrigações tributárias do ICMS por ME/EPP já em atividade ou em início de atividade, inscrita no CAD-ICMS, que solicitar opção pelo Simples Nacional. Port. SSER nº 311, de 25.01.2008 (DOE de 29.01.2008).

NOTA FISCAL ELETRÔNI-CA – Dispõe sobre a obri-gatoriedade de utilização de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) prevista no Ajuste CINIEF 07/05. Res. nº118, de 23.01.2008 (DOE de 25.01.2008).

ICMS – Altera o Livro II do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto nº 27.427/00 (RICMS/2000). Dec. nº 41.175 (DOE de 14.02.2008).

TR – Altera a fórmula de cálculo da Taxa Referencial (TR). Res. nº 3.530, de 31.01.2008 (DOU de 01.02.2008).

IMPOSTO DE RENDA – Aprova os formulários para a Declaração de Ajuste Anu-al do Imposto sobre a Ren-da da Pessoa Física relativa ao exercício de 2008, ano-calendário de 2007.Inst. Norm. nº 817, de 31.01.2008 (DOU de 11.02.2008).

IMPOSTO DE RENDA – CARNÊ-LEÃO – Aprova, para o ano-calendário de 2008, o programa multiplataforma

Recolhimento Mensal Obri-gatório (carnê-leão), relativo ao Imposto sobre a Renda da Pessoa Física. Inst. Norm. nº 813, de 30.01.2008 (DOU de 31.01.2008).

IMPOSTO DE RENDA – Aprova, para o ano-calen-dário de 2008, o programa aplicativo Ganhos de Ca-pital, relativo ao Imposto sobre a Renda da Pessoa Física. Inst. Norm. nº 814, de 30.01.2008 (DOU de 31.01.2008).

C O M E R C I A L I Z A Ç Ã O DE BEBIDAS ALCOÓLI-CAS – Regulamenta a Medida Provisória nº 415, de 21.01.2008, que dispõe sobre a comercialização de bebidas alcoólicas em rodovias federais. Dec. nº 6.366, de 30.01.2008 (DOU de 31.01. 2008).

COMERCIALIZAÇÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS – Obriga a instalação de áreas especiais de bebidas alcoó-licas em supermercados. Lei nº 4.777, de 29.01.2008 (DCM de 31.01.2008).

LEGISLAÇÕES EM TRAMITAÇÃO

CÂMARA

DOS DEPUTADOS

TRABALHO AOS DOMIN-GOS – Revoga o art. 6º da Lei nº 10.101, de 2000, que

autoriza o trabalho aos do-mingos no comércio vare-jista em geral. Proj. de Lei nº 1.107, de 2007 (Boletim da Câmara de 8.01.2008). Autor: Dep. Fed. Dr. Rosi-nha.

TRABALHO AOS DOMIN-GOS – Altera o artigo 6º da Lei 10.101 de 19 de dezem-bro de 2000 que autoriza o trabalho aos domingos no comércio varejista em geral e altera a Lei 605 de 5 de ja-neiro de 1949. Proj. de Lei nº 921, de 2007 (Boletim da Câmara de 4.01.2008).Au-tor: Dep. Manuela d’Ávila

INCLUSÃO NO SPC –Esta-belece a obrigatoriedade de prova de regularidade fiscal às empresas que pretende-rem restringir o cadastro de seus clientes em órgãos como o Serviço de Proteção ao Crédito – SPC – e a Sera-sa S.A. Proj. de Lei nº 1.533, de 2007 (Boletim da Câmara de 01.01.2008). Autor: Dep. Fed. Gonzaga Patriota

ASSEMBLÉIA

LEGISLATIVA

CONCESSÃO DE CRÉDITO – Dispõe sobre critérios para propagandas relati-vas a concessão de crédito no Estado do Rio de Janei-ro. Proj. de Lei nº 1.266/08 (DOE, Poder Legislativo, de 5.02.2008). Autor: Dep. Pe-dro Paulo.

Page 27: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA 25março 2008

GESTÃO

O Instituto do Varejo (IVAR) iniciou no dia 18 de fe-vereiro, o curso MBA em Gestão de Varejo e Serviços. A aula inaugural foi marcada com a palestra “Cons-truindo a Excelência em Gestão”, pelo consultor Irani Carlos Varella, um dos maiores especialistas em ges-tão da atualidade. O evento foi aberto pelo presiden-te do Ivar, Aldo Gonçalves, que exaltou a iniciativa do Ivar em contribuir para o desenvolvimento profissio-nal dos varejistas, oferecendo a eles maior qualifica-ção e capacitação através dos cursos oferecidos.

Durante a palestra, Irani explicou que, para al-cançar a excelência em gestão, o primeiro ponto a ser priorizado é buscar a perfeita integração entre todos os públicos de interesse. Por outro lado, é ne-cessário estabelecer processos que serão desenvol-vidos e que passarão por indicadores até alcançar os resultados almejados. Esses processos, segundo o palestrante, deverão ter várias etapas, passando ini-cialmente pelo planejamento até chegar à inovação

– etapa que permitirá mudanças e contribuirá para melhorar os negócios.

“A excelência em gestão é uma condição dinâ-mica na organização. Atualmente, há técnicas de gestão mais avançadas como a gestão de processos. Este tipo de gestão deve passar por vários indica-dores. Se a organização aplicar esta técnica terá um retorno surpreendente”, garante Irani.

Outra técnica que também possibilita alcançar a excelência revelada pelo consultor é a gestão do conhecimento que pode ser aplicada em qualquer tipo de organização, inclusive em pequenas e micro-empresas, por ser bastante simples. De acordo com Irani, reuniões periódicas com empregados e anota-ções no caderno referente ao que acontece durante o dia na loja são procedimentos que têm a ver com a gestão do conhecimento.

“As empresas que adotam este tipo de proce-dimento tendem a crescer sempre. Para obter exce-lência no que se deseja é preciso fazer com quali-dade e com emoção. Isso gera criatividade e torna o processo dinâmico. É preciso buscar instrumentos adequados que pode ser, uma simples conversa. Isso, numa empresa pequena, pois o uso de instru-mentos de gestão depende da complexidade que a pessoa está gerindo. Ou seja, quanto mais complexa for a empresa, mais complexo serão os instrumen-tos utilizados”, disse Irani Varella, no encerramento da palestra.

A integração dos públicosleva à excelência em gestão

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Page 28: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA26

Page 29: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA 27março 2008

TERMÔ

METRO

DE VEN

DAS

MOVIMENTO DE CHEQUESGRÁFICOS DE CHEQUES - CDL-RIO

• Movimento de cheques até o dia 20 de FEVEREIRO

JANEIRO DE 2008 EM RELAÇÃO A DEZEMBRO DE 2007

Acumulada PercentualCONSULTAS – 30,6%

INADIMPLÊNCIA +2,9%

DÍVIDAS QUITADAS – 0,8%

JANEIRO DE 2008 EM RELAÇÃO A JANEIRO DE 2007

PercentualCONSULTAS – 5,2%

INADIMPLÊNCIA +1,9%

DÍVIDAS QUITADAS +3,3%

Segundo o registro de cadastro do LIG Cheque, em janeiro 2008, comparado com o mesmo mês de 2007, as dívidas quitadas aumentaram 3,3% e a inadimplência cresceu 1,9%. As consultas diminuíram 5,2%, indicando que os cheques vem sendo cada vez menos utilizados.

No acumulado dos últimos 12 meses (até janeiro de 2008), as dívidas quitadas aumentaram 6,7% e a inadim-

plência 4,8%, enquanto as consultas diminuíram 8,7%.

1-20 FEVEREIRO/08 COMPARADO 1-20 FEVEREIRO/07

PercentualCONSULTAS – 14,5%

INADIMPLÊNCIA +1,2%

DÍVIDAS QUITADAS +2,7%

Melhora dívida quitada no cheque

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS 12 MESES

JAN/08 - FEV/07 PercentualCONSULTAS – 8,7%

INADIMPLÊNCIA +4,8%

DÍVIDAS QUITADAS +6,7%

Page 30: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA28

MÊS VIGENTE / MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR

JANEIRO V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL – 0,4% +0,4% – 0,8%

RAMO MOLE +4,8% +5,4% +6,6%

RAMO DURO – 2,0% – 1,4% – 2,6%

MÊS VIGENTE / MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR

Ramo Mole Ramo Duro

Confecções +3,7% Eletro – 2,0%

Calçados +47,2% Móveis – 3,9%

Tecidos +34,3% Jóias – 5,5%

Óticas – 2,9%

BARÔMETRO: MÊS CORRENTE / MÊS ANTERIOR DO MESMO ANO

JAN 08/ DEZ 07 V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL – 45,9% – 46,7% – 45,2%

RAMO MOLE – 60,6% – 58,0% – 63,8%

RAMO DURO – 38,4% – 40,3% – 36,7%

TERM

ÔM

ETRO

DE

VEN

DAS

MÊS VIGENTE / MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR

Localização Ramo Mole Ramo Duro

CENTRO +9,7% – 12,9%

NORTE +5,7% +0,1%

SUL +1,7% – 2,7%

Caso sua empresa se interesse em

participar desta estatística. Contate

o Centro de Estudos pelo telefone

(21) 2506.1234 e 2506.1254 ou

e-mail: [email protected].

O índice de vendas real do comércio varejista, na Cidade do Rio de Janeiro, em janeiro, registrou –0,4%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em com-paração com o mês anterior (dezembro), o índice foi de –45,9%.

Nos ramos de atividades, o Ramo Mole, com +4,8%, ficou em melhor posição do que o Ramo Duro, que obteve –2,0%.

Em relação as vendas conforme sua localização, no Ramo Mole, o Centro obteve +9,7%, seguido pela Zona Norte com +5,7% e pela Zona Sul com +1,7%. No Ramo Duro, a Zona Norte com +0,1% esteve em melhor posição, seguidos pela Zona Sul com –2,7%, e pelo Centro, com –12,9%.

Quanto à modalidade das vendas, no geral, as ven-das à vista ficaram a frente, com +0,4% e as vendas a prazo, ficaram, com –0,8%. No Ramo Mole obtivemos um índice melhor para as vendas a prazo com +6,6%, ficando as vendas à vista com +5,4%; No Ramo Duro, as vendas a prazo com –1,4%, foram a frente que as vendas à vista que obtiveram –2,6%.

No segmento das categorias, as posições, em or-dem de desempenho, foram:

RAMO MOLE: Calçados (+47,2%)Tecidos (+34,3%)Confecções e Moda Infantil (+3,7%)

RAMO DURO:Eletrodomésticos (-2,0%)Óticas (-2,9%)Lojas de Móveis (-3,9%)Jóias (-5,5%)

Comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro vendeu menos 0,4% em janeiro

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS DOZE MESES

JAN 08 / FEV 07 V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL – 0,3% – 0,6% – 0,1%

RAMO MOLE +1,2% +2,3% – 1,9%

RAMO DURO – 0,8% – 0,2% – 0,5%O Departamento de Produtos e Serviços do

CDL-Rio, através do número de chamados regis-

trados na Central de Relacionamento identificou

que, de 2004 a 2007, houve uma considerável

evolução na procura de informações dos produ-

tos do CDL-Rio.

No ano de 2005, em comparação ao ano de

2004, alcançamos um crescimento de 50%; em

2006, 75% e em 2007, 98%. Tal crescimento mos-

tra que o mercado busca, cada vez mais, conhe-

cer Produtos que possam auxiliar na otimização

da análise de crédito.

Para obter informações sobre os Produtos

do CDL-Rio, entrar em contato com a Central de

Relacionamento, atendimento Help Desk, no te-

lefone (21) 2506-5533, de Segunda à Sábado de

08:30 às 21:00hs.

Cresce a procura por informações referente aos produtos do CDL-Rio.

Page 31: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA 29março 2008

JANEIRO DE 2008 EM RELAÇÃO A DEZEMBRO DE 2007

PercentualCONSULTAS – 20,1%

INADIMPLÊNCIA – 19,9%

DÍVIDAS QUITADAS – 19,4%

JANEIRO DE 2008 EM RELAÇÃO A JANEIRO DE 2007

PercentualCONSULTAS +7,5%

INADIMPLÊNCIA +0,8%

DÍVIDAS QUITADAS +3,6%

O número de consumidores que quitaram suas dívidas em atraso com o comércio lo-jista da Cidade do Rio de Janeiro aumentou 3,6% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com os registros do Serviço de Proteção ao Crédito do CDL-Rio - Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro. Ainda no comparativo do mês, as consultas (item que indica o movimento do comércio), cresceram 7,5%, refletindo a melhoria dos ne-gócios do comércio lojista, e a inadimplên-cia, que se manteve em níveis baixos durante quase todo ano de 2007, aumentou 0,8%.

No acumulado dos últimos doze meses (até janeiro de 2008), os três índices registraram crescimento: as consultas +14,9%, as dívidas quitas +5,8 e a inadimplência +4,5.

Movimento do Serviço de Proteção ao Crédito - CDL-RIO

GRÁFICOS CDL-RIO

Cresceram os consumidores que quitaram suas dívidas no comércio do Rio em janeiro

TERMÔ

METRO

DE VEN

DAS

1-20 FEVEREIRO/08 COMPARADO 1-20 FEVEREIRO/07

PercentualCONSULTAS +11,2%

INADIMPLÊNCIA +1,8%

DÍVIDAS QUITADAS +6,9%

• Movimento do Serviço de Proteção ao Crédito até o dia 20 de FEVEREIRO

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS 12 MESES

JAN/08 - FEV/07 PercentualCONSULTAS +14,9%

INADIMPLÊNCIA +4,5%

DÍVIDAS QUITADAS +5,8%

Page 32: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA30

ÍND

ICES

> SALÁRIO MÍNIMO / REGIONALNacional R$ 415,00

Regional - RJ Faixa I R$ 447,25

Regional - RJ Faixa II R$ 470,34

Regional - RJ Faixa III R$ 487,66

Regional - RJ Faixa IV R$ 504,97

Regional - RJ Faixa V R$ 522,27

Regional - RJ Faixa VI R$ 538,15

Regional - RJ Faixa VII R$ 874,22

> SALÁRIO FAMÍLIA

Remuneração Valor da Quota - R$

Até R$ 449,93 23,08

De R$ 449,93 até R$ 676,23 16,26

Acima de R$ 676,23 Sem direito

Este benefício é pago por filho de qualquer condição ou a ele equiparado, até 14 anos, ou inválidado com qualquer idade. A Previdência reembolsa as empresas

Obrigações dos lojistas para abril/200801/04 - DCT

Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento.

03/04 – ISS

Recolhimento do imposto referente ao mês anterior, para empresas com faturamento médio mensal igual ou superior a 500.000 UFIR.

07/04 – ISS

Recolhimento referente ao mês ante-rior pelos contribuintes submetidos ao regime de apuração mensal, por ser-viços prestados, retenção de terceiros ou substituição tributária (inclusive, empresas localizadas fora do muni-cípio, e sociedades uniprofissionais e pessoas físicas e equiparadas a empresa), exceto os que tenham prazo específico.

07/04 – ICMS

Pagamento do imposto pelos contri-buintes relacionados ao anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente à apuração do mês anterior.

07/04 – FGTS

Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior.

07/04 – CAGED

Cadastro de Empregados. Remeter via Internet através do programa ACI, informando sobre admissões, desliga-mentos e transferências de funcioná-rios ocorridos no mês anterior.

07/04 – DACON – Mensal

Prazo de entrega do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais para o PIS/Pasep e da Contribuição

para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) referente ao mês de dezembro/2007.

07/04 – DCTF –Mensal

Prazo de entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais referente ao mês de dezem-bro/2007.

07/04 – DCTF – Semestral

Prazo de entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Fede-rais referentes ao 2º semestre/2007.

07/04 – DACON – Semestral

Prazo de entrega do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) referente ao 2º Semes-tre/2007.

10/04 – IR/FONTE

Referente a fatos geradores ocorridos no mês anterior.

10/04 – INSS

Recolher a contribuição previdenciá-ria referente ao mês anterior.

10/04 – ICMS

Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior.

15/04 – SUPER SIMPLES/SIMPLES NACIONAL

Recolher o imposto referente ao perí-odo de apuração do mês anterior.

15/04 – PIS, COFINS, CSLL

Referente a fatos geradores ocorridos na 2º quinzena do mês de JANEI-

RO/2008 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL ).

18/04 – COFINS

Recolher 3% sobre a receita do mês anterior, exceto as empresas tributa-das no lucro real.

18/04 – COFINS

Recolher 7,6% para empresas tributa-das no lucro real.

18/04 – PIS

Recolher 0,65% sobre as operações do mês anterior.

30/04 – PIS, COFINS, CSLL

Referente a fatos geradores ocorridos na 1º quinzena do mês de FEVEREI-RO/2008 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL ).

30/04 – IR/PJ

Empresas devem efetuar o recolhi-mento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

30/04 – CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

Empresas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

30/04 – CONTRIBUIÇÃO SINDICAL EMPREGADOS

Efetuar o desconto de 1/3 do salário dos empregados para recolhimento a favor do sindicato profissional, dos admitidos em débito com a obrigação.

> ANEXO II - Calendário de vencimentos do IPVA/2008 em 3 parcelas para veículos automotores terrestres usados

Finais de Placa

Vencimento 1ª Parcela

Vencimento 2ª Parcela

Vencimento3ª Parcela

0 16/01/2008 15/02/2008 19/03/2008

1 22/01/2008 21/02/2008 25/03/2008

2 24/01/2008 25/02/2008 28/03/2008

3 29/01/2008 28/02/2008 31/03/2008

4 12/02/2008 13/03/2008 16/04/2008

5 14/02/2008 17/03/2008 17/04/2008

6 19/02/2008 20/03/2008 22/04/2008

7 26/02/2008 27/03/2008 29/04/2008

8 12/03/2008 14/04/2008 14/05/2008

9 18/03/2008 18/04/2008 21/05/2008

> ANEXO I - Calendário de vencimentos do IPVA/2008 em cota única para veícu-los automotores terrestres usados

Finais de Placa

Pagamento antecipado com

desconto de 10 %

0 16/01/2008

1 22/01/2008

2 24/01/2008

3 29/01/2008

4 12/02/2008

5 14/02/2008

6 19/02/2008

7 26/02/2008

8 12/03/2008

9 18/03/2008

Page 33: Lojista marco 08

Empresário LOJISTA 31março 2008

ÍND

ICES

> ALÍQUOTAS DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE

Rendimentos do trabalho: 15% e 27,5% conforme tabela progressiva mensal abai-xo reproduzida, para fatos geradores ocorridos no ano-calendário de 2008:

Base de Cáculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a Deduzir do

imposto em R$

Até 1.372,81 - -

De 1.372,82 a R$ 2.743,25 15,0 205,92

Acima de R$ 2.743,25 27,5 R$ 548,82

Ano-calendário Quantia a deduzir, por dependente, em R$

2008 137,99

> GIA/ICMS - 03/2008

Último número da raizdo CNPJ do estabelecimento

Prazo-limite de entregareferente ao mês 03/2008

1 11/04

2, 3 e 4 14/04

5 15/04

6 16/04

7 15/04

8 18/04

9 e 0 22/04

> REAJUSTE DE ALUGUEL E OUTROS CONTRATOS*Acumulado até dezembro, em % Acumulado até janeiro/08, em %

Índices Trim. Quadr. Sem. Anual Trim. Quadr. Sem. Anual

FIPE 1,38 1,62 1,97 4,38 1,82 1,90 2,21 4,23

IGP-DI 3,30 4,51 6,36 7,89 3,55 4,32 7,01 8,49

IGP-M 3,54 4,87 6,20 7,75 3,58 4,67 7,06 8,38

INPC 1,71 1,96 2,89 5,16 2,10 2,41 3,27 5,36

(*) Acumulado até dezembro/07 reajusta aluguéis e contratos a partir de janeiro/08, para pagamento em fevereiro/08; acumulado até janeiro/08 reajusta a partir de fevereiro/08, para pagamento em março/08.

> Tabela de contribuição dos segurados: empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 2008

Salário de contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

Até 868,29 8,00*

De 868,30 até 1.447,14 9,00*

De 1.447,15 até 2.894,28 11,00

Com o advento da Medida Provisória nº 83 de 12/12/2002 e a conversão desta, na Lei nº 10.666 de 08 de maio de 2003, bem como da Instrução Normativa nº 87 de 27/03/2003, FICA EXTINTA a escala de salários-base, a partir da compe-tência ABRIL de 2003, sendo aplicável apenas para pagamentos de contribuição em atraso.

A partir da competência de ABRIL/2007, para os segurados contribuintes individual e facultativo o valor da contribuição deverá ser de 11% para quem recebe até um salário mínimo e de 20% para quem recebe acima do salário-base (mínimo), caso não preste serviço a empresa(s), que poderá variar do limite mínimo ao limite máximo do salário de contribuição.

> Tabela de contribuição para segurados contribuinte individual e facultativo para pagamento de remuneração a partir de 1º de abril de 2007

Plano Simplificado de Previdência Social (PSP)Salário de contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento

ao INSS (%)

380,00 (valor mínimo)* 11

De 380,01 (valor mínimo) até 2.894,28(valor máximo) 20

*No caso de contribuinte individual que trabalha por conta própria (antigo autô-nomo), sem relação de trabalho com empresa ou equiparada.

> PISOS SALARIAIS

REFERÊNCIA R$ 380,00

Salário Mínimo Nacional R$ 435,00

Pisos Regionais do Estado do Rio

Faixa 1 (trabalhadores do setor agrícola) R$ 447,25

Faixa 2 (domésticas, serventes...) R$ 470,34

Faixa 3 (serviços adm., operação de máquinas...) R$ 487,66

Faixa 4 (construção civil, despachantes, garçons...) R$ 504,97

Faixa 5 (encanadores, soldadores, chapeadores...) R$ 522,27

Faixa 6 (frentistas, profissionais de call center...) R$ 538,15

Faixa 7 (serviços de contabilidade e nível técnico) R$ 632,85

Faixa 8 (docentes de 1º grau 40 horas e técnicos) R$ 847,22

Faixa 9 (advogados e contadores) R$ 1.200,00

SIMPLES NACIONAL PERCENTUAISAPLICADOS

Enquadramento

Receita Bruta Acumulada nos12 meses anteriores

(R$)

ANEX

O I

Com

érci

o

ANEX

O II

Indú

stria

ANEX

O II

ISe

rviç

o (I)

ANEX

O IV

Serv

iço

(II)

ANEX

O V

Serv

iço

(III)

Microempresa Até R$ 120.000,00 4,00% 4,50% 6,00% 4,50% 4,00%

De R$ 120.000,01 a R$ 240.000,00 5,47% 5,97% 8,21% 6,54% 4,48%

De R$ 240.000,01 a R$ 360.000,00 6,84% 7,34% 10,26% 7,70% 4,96%

De R$ 360.000,01 a R$ 480.000,00 7,54% 8,04% 11,31% 8,49% 5,44%

De R$ 480.000,01 a R$ 600.000,00 7,60% 8,10% 11,40% 8,97% 5,92%

De R$ 600.000,01 a R$ 720.000,00 8,28% 8,78% 12,42% 9,78% 6,40%

De R$ 720.000,01 a R$ 840.000,00 8,36% 8,86% 12,54% 10,26% 6,88%

De R$ 840.000,01 a R$ 960.000,00 8,45% 8,95% 12,68% 10,76% 7,36%

De R$ 960.000,01 a R$ 1.080.000,00 9,03% 9,53% 13,55% 11,51% 7,84%

De R$ 1.080.000,01 a R$ 1.200.000,00 9,12% 9,62% 13,68% 12,00% 8,32%

Empresa de Pequeno

Porte

De R$ 1.200.000,01 a R$ 1.320.000,00 9,95% 10,45% 14,93% 12,80% 8,80%

De R$ 1.320.000,01 a R$ 1.440.000,00 10,04% 10,54% 15,06% 13,25% 9,28%

De R$ 1.440.000,01 a R$ 1.560.000,00 10,13% 10,63% 15,20% 13,70% 9,76%

De R$ 1.560.000,01 a R$ 1.680.000,00 10,23% 10,73% 15,35% 14,15% 10,24%

De R$ 1.680.000,01 a R$ 1.800.000,00 10,32% 10,82% 15,48% 14,60% 10,72%

De R$ 1.800.000,01 a R$ 1.920.000,00 11,23% 11,73% 16,85% 15,05% 11,20%

De R$ 1.920.000,01 a R$ 2.040.000,00 11,32% 11,82% 16,98% 15,50% 11,68%

De R$ 2.040.000,01 a R$ 2.160.000,00 11,42% 11,92% 17,13% 15,95% 12,16%

De R$ 2.160.000,01 a R$ 2.280.000,00 11,51% 12,01% 17,27% 16,40% 12,64%

De R$ 2.280.000,01 a R$ 2.400.000,00 11,61% 12,11% 17,42% 16,85% 13,50%

Ref.: Lei Complementar n° 123/2006

> PAGAMENTO DO IPTU 2008

Finais deInscrição

Pagto. à vistac/ deconto

3ªCota

4ªCota

5ªCota

6ªCota

7ªCota

8ªCota

9ªCota

10ªCota

0 e 1 07/02 07/04 05/05 05/06 07/07 05/08 05/09 06/10 05/11

2 e 3 07/02 07/04 05/05 06/06 07/07 05/08 05/09 06/10 05/11

4 e 5 07/02 07/04 05/05 08/06 07/07 05/08 05/09 06/10 05/11

6 e 7 08/02 08/04 06/05 11/06 08/07 06/08 08/09 07/10 06/11

8 e 9 08/02 08/04 06/05 12/06 08/07 06/08 08/09 07/10 06/11

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Empresário LOJISTA32

Delfim Netto,professor emérito da FEA/USP, ex-ministro

da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento

OPINIÃO

Insanidade Tributária

Parece ocioso ficar repetindo que o Brasil tem a maior

carga tributária dentre todos os países com uma renda per

capita semelhante à nossa. É um terrível obstáculo ao cres-

cimento e uma dificuldade adicional à nossa participação

como competidor respeitável no comércio global. O pro-

blema é ainda maior quando se verifica que o pagamento

dos impostos impõe às empresas brasileiras despesas ab-

surdas que não cessam de crescer ano após ano.

Estivemos discutindo este assunto segunda-feira pas-

sada no jornal Gente da Rádio Bandeirantes, com os co-

mentaristas Salomão Esper, Joelmir Betting e José Paulo de

Andrade. Um cuidadoso estudo da Associação Brasileira

das Indústrias Químicas calculou com precisão o alcance

da tributação sobre a economia das empresas e o aumento

dos custos por conta das exigências que as empresas têm

que atender para se manter em ordem com o Fisco. As con-

clusões desse levantamento da Abiquim são simplesmente

espantosas: do valor adicionado produzido (aquilo que é

acrescentado ao PIB pela indústria química), a divisão é a

seguinte: 40% do valor adicionado é apropriado pelo go-

verno, que não é sócio da empresa, que não produz nada e

quando pode atrapalha; 20% é quanto o sistema financeiro

se apropria quando fornece o crédito; 25% são distribuí-

dos como rendimento dos trabalhadores (salários, etc) e

os demais 15% são o retorno do empresário.

Além do peso exagerado dos impostos, o nosso siste-

ma tributário adquiriu uma enorme complexidade, o que

gera o abuso de poder dos organismos fiscais, em todos

os níveis, o federal, o estadual e o municipal. Uma em-

presa brasileira gasta 2600 horas por ano para preencher

a documentação exigida pela Receita. Qual o custo de se

manter estruturas dentro ou fora das empresas para aten-

der às obrigações de natureza fiscal? Nossos concorrentes

no comércio mundial ocupam pouco mais de 100 horas.

A China, por exemplo, gasta 146 horas. Recentemente o

Instituto de Análise Tributária do Paraná mostrou que nos

últimos dez anos foram emitidas 3 milhões e 800 mil re-

soluções, portarias, instruções, decretos e mais o que seja

dos órgãos oficiais de cobrança de impostos. Conforme

José Paulo e Salomão lembraram no programa da BAND, a

Constituição de 1988 dispõe que todo cidadão é obrigado

a estar em dia com as obrigações fiscais. Se a empresa

mostrar desconhecimento de algum item da legislação no

que lhe concerne, ou o cidadão alegar ignorância da mais

recente alteração em alguma obscura “instrução” da Recei-

ta, é certo que vão ter que pagar duas vezes.

Os brasileiros estão submetidos a uma carga indecen-

te de impostos e obrigados a obedecer a sistemas de co-

brança que beiram à insanidade, na precisa qualificação de

Joelmir Betting. Não há muita esperança que um projeto

de reforma contemple a redução da carga tributária, mas

pelo menos a simplificação do sistema fiscal já ajudaria a

reduzir as travas ao crescimento da economia. Um cresci-

mento mais robusto da produção e do emprego continua

sendo o caminho mais curto para melhorar o nível da car-

ga tributária em relação ao PIB.

Transcrito do Jornal do Commercio, Rio, de 31 de outu-

bro, 1º e 2 de novembro de 2007.

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Empresário LOJISTA34