lojista jun 10

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Publicação mensal com informações referente ao comércio varejista do Rio de Janeiro

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Empresário LOJISTA 1junho 2010

SUMÁRIO

MENSAGEM DO PRESIDENTE

INVERNO ANIMA VAREJO DE MODA

SINDILOJAS RECEBE TROFÉU MERCÚRIO

NOTA FISCAL ELETRÔNICA

HOMENAGEM ÀS MÃES LOJISTA E COMERCIÁRIA

SOLUÇÕES EXTRAJUDICIAIS DE CONFLITOS

ENTREVISTA - IVAR

LEIS E DECRETOS

TERMÔMETRO DE VENDAS

OBRIGAÇÕES DOS LOJISTAS

OPINIÃO

Empresário Lojista - Publicação mensal do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio) e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) Redação e Publicidade: Rua da Quitanda, 3/11° andar CEP: 20011-030 - tel.: (21) 3125-6667 - fax: (21) 2533-5094 e-mail: [email protected] - Diretoria do Sindilojas-Rio - Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues ; Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury; Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch; Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta; Vice-Presidente de Patrimônio : Moysés Acher Cohen; Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira; Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti; Vice-Presidente de Produtos e Serviços: Ênio Carlos Bittencourt; Superintendente: Carlos Henrique Martins; Diretoria do CDLRio – Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa; Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg; Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros; Diretor de Operações: Ricardo Beildeck; Diretor de Associativismo: Roland Khalil Gebara; Diretor Jurídico: João Baptista Magalhães; Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu; Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym. Conselho de Redação: Juedir Teixeira e Carlos Henrique Martins, pelo Sindilojas-Rio; Ubaldo Pompeu, Abraão Flanzboym e Barbara Santiago pelo CDLRio, e Luiz Bravo, editor responsável (Reg.prof. MTE n° 7.750) Reportagens: Lúcia Tavares; Fotos: Dabney; Publicidade: Bravo ou Giane Tel.: 3125-6667 - Projeto Gráfico e Editoração: Roberto Tostes - Cel: (21) 9263-5854 / 8860-5854 - [email protected]; Capa: Foto de Roberto Tostes da Vitrine da Loja Target

EXPEDIENTE

MENSAGEMD

O P

RESID

EN

TE

A alta carga tributária no país

A 25 de abril comemorou-se no Brasil, o Dia da Liberda-

de de Impostos, o evento objetiva conscientizar os brasi-

leiros a avaliar o impacto dos impostos no seu dia-a-dia.

A celebração foi três dias antes de completar os 142 nos

quais, anualmente, o brasileiro trabalha para recolher im-

postos para os governos, sejam federal, estadual ou muni-

cipal. Nada menos de 39% do que o nosso cidadão recebe,

anualmente, pelo seu trabalho.

Pesquisa recente publicada pela revista Época, evi-

dencia estarem os preços das mercadorias no Brasil bem

acima da média mundial. A razão dessa disparidade é a

alta carga tributária no País. Exemplo: ao se comprar man-

teiga, independente de sua quantidade, estará se pagando

36,01% de seu valor em tributos. A mesma situação ocorre

com outros produtos, muitos dos quais essenciais à pes-

soa. Estes impostos são os chamados indiretos, não perce-

bidos por quem compra.

O Instituto Brasileiro de Planejamento mostrou em

artigo, que os brasileiros pagam muitos impostos sem ter

como fugir dos mesmos, principalmente por desconhecê-

los e, em conseqüência, não reclamam. A explicação está

no fato dos tributos virem embutidos nos preços dos pro-

dutos e serviços.

É comum as pessoas acharem que o varejista cobra

preço bem elevado pelos artigos que vende. Ignoram que

o lucro do comerciante, que arrisca seu capital e tem de

trabalhar, é muito menor em relação ao tributo recolhido.

Não é por outro motivo que muitos empreendedores con-

sideram os governos seus maiores sócios, dada a elevada

participação oficial nos resultados das vendas.

Torna-se necessário, cada vez mais, o consumi-

dor saber o que está se dando aos governos -federal, esta-

dual e municipal- ao adquirir qualquer produto, inclusive

medicamentos. Esta transparência contribuirá para o con-

sumidor saber o percentual bem elevado de impostos no

que compra. Com isto, o cidadão poderá melhor refletir

sobre a carga de impostos e avaliar se é justo o recebido

em serviços e benefícios dos governos. E, assim, reagir à

tentativa de aumentos tributários.

Não se deve celebrar o Dia da Liberdade de Impostos só

a 25 de abril, mas durante todo o ano.

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Aldo Carlos de Moura Gonçalves

Presidente do Sindilojas-Rio e do CDLRio

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Empresário LOJISTA2

Inverno chega para a alegria do varejo

Com a chegada do inverno, em 21 de junho, o comércio do Rio vive agora

um excelente período de aumento nas vendas.

Camisas de flanelas, blusões de lã, jaquetas

em microfibra, pijamas, robes, gorros, cache-

cóis e meias são alguns dos inúmeros artigos

procurados pelos consumidores. As mulheres,

além de apreciarem as roupas quentes desta

época, na hora da compra também levam em

consideração as tendências da moda. O otimis-

mo dos lojistas com um inverno mais rigoroso

neste ano já é percebido nas vitrines: as tra-

dicionais botas e os modernos sapatos “meia-

pata” (de salto fino com solado em plataforma

baixa) chamam a atenção e desde o último Dia

das Mães esses modelos têm registrado vendas

superiores comparado ao mesmo período do

ano passado.

CA

PA

- O frio que chegou ao Rio animou o co-mércio. Se essa sequência de dias frios per-manecer até o Dia dos Namorados ou às vésperas da chegada da nova estação, de-vemos registrar as melhores vendas de inverno dos últimos anos. Antecipamos a nossa coleção justamente para aproveitarmos esta época, pois sabemos que desde o fim de maio ninguém mais compra artigos de verão. Os consumidores que-rem produtos voltados para o frio. Com base no movimento que estamos tendo, pelo visto iremos vender o inverno até setembro, quando estaremos lançando a coleção primavera/verão 2011 – assinala Valesca Cugolo da Silva, gerente da Paquetá Calçados, filial Saens Peña, rede de 15 lojas no Rio.

De acordo com Valesca, o inverno é a época glamorosa, quando a mulher se veste mais ele-gante e gosta de ter maior variedade de peças

no guarda-roupa, ao contrário do verão, estação do ano em que o vestuário feminino é mais des-pojado. No varejo há 12 anos, Valesca observa que “basta o tempo fechar” para os consumido-res irem em busca de artigos de inverno, prin-cipalmente o público feminino que “garimpa” as novidades e adora estar na moda. Segundo a gerente da Paquetá, os modelos de botas mais procurados são os de cano longo e médio, pla-taforma e de montaria (sem salto). Mas as botas estilo country para usar com calça leg (de ginás-tica) vem registrando grande procura se tornan-do a febre deste inverno, acrescenta Valesca.

- O inverno é a estação perfeita para quem gosta de curtir a época e ficar na moda. A calça leg com botinha conquistou o público femi-

“As vendas no invernoserão as melhoresdos últimos anos”Valesca Cugolo da Silva,

da Paquetá Calçados

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Empresário LOJISTA 3junho 2010

“As vendas têm aumentadoà medida que diminui a temperatura”Iane Maria Santana,

da rede Catran

Inverno chega para a alegria do varejo

Visando as noites frias de inverno, a reno-mada marca Catran, rede de oito lojas no Rio e Grande Rio, investe com requinte em cada peça das linhas cama, mesa e banho, utilizan-do percal 100% algodão e 200 fios. Esse cuida-do com a qualidade dos produtos garante um toque aveludado e uma sensação térmica con-fortável que agrada à clientela em busca de produtos para a estação mais gelada do ano. Entre os artigos em alta, a gerente da filial do Shopping Center RioSul, Iane Maria Santana, destaca os cobertores em tecido microfibra - além de leves e não ocupar espaço, são fáceis de guardar, lavar e secam rápido. Os jogos de cama em flanela e os robes de inverno que acompanham par de pantufas também enca-beçam a lista dos produtos mais vendidos na Catran.

- Para o comércio de inverno, uma estação dentro da normalidade com dias frios, será sempre bem-vinda. Apesar do carioca não es-tar acostumado com inverno, as vendas têm aumentado à medida que diminui a tempera-tura. Acredito que isso aconteça porque as pessoas costumam ficar mais em casa e aca-bam observando o que precisa ser trocado. Geralmente no verão, viajam ou ficam na rua. No inverno ocorre o contrário. É nesta época que se pode constatar o que está faltando ou

o que precisa ser trocado. Por isso, no inver-no as pessoas investem mais em artigos para o lar, fazendo com que o segmento de cama, mesa e banho lucre bastante - sentencia Iane.

Assim como outras empresas do varejo que trabalham com o inverno, a Catran tam-bém costuma utilizar a previsão do tempo como ferramenta na hora de definir a estra-tégia de melhorar as vendas. Um dos procedi-mentos que garante bons resultados, segundo a gerente da loja do RioSul, é mudar a vitri-ne de acordo com a mudança do tempo. Esse procedimento, na avaliação de Iane, além de causar impacto, atrai a clientela para dentro do estabelecimento que se convence da real necessidade de adquirir os produtos expos-tos. Neste inverno, por exemplo, para atender a demanda por jogos de cama de flanela, a Catran preparou o estoque com inúmeras op-ções de tamanho.

nino nesta nova temporada. As cores nude (bege claro) e o azul marinho também estão fazendo um tremendo sucesso. Os sapatos modelo “peep-toes” (aberto na frente) de salto alto, também tem registrado muita sa-ída já que a moda deste inverno é usá-los

com meia-calça fina. Aproveitamos ainda esta época de outono/inverno para fazer-mos vendas casadas, oferecendo às clientes bolsas e acessórios para usar com sapatos e botas. Essa estratégia faz aumentar bastan-te as vendas - sentencia Valesca.

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Empresário LOJISTA4

CA

PA

“Hoje a mulher modernaopta no inverno pela praticidade”Simone Santos da Silva,

da Target

No segmento do vestuário feminino, as lojas Tar-get investem na nova temporada com a coleção outo-no/inverno puxadas para as tonalidades mais escu-ras. A gerente da filial do Centro, Simone Santos da Silva, explica que a nova tendência feminina aponta para um estilo mais descontraído já que as confec-ções pesadas e os tradicionais terninhos e tailleurs não têm tido a mesma procura como antigamente. Com experiência de 15 anos no segmento de moda feminina, Simone constata que houve mudanças e uma acentuada inversão no visual da nova estação, fazendo com que hoje a mulher moderna opte pela praticidade, preferindo peças feitas em malha ou mi-crofibra.

- Com o corre-corre da vida moderna, a mulher passou a desprezar tudo que lhe dê trabalho. Por isso, ela optou por roupas mais leves, porém, que esquentam, como as confecções em microfibra. São tecidos que não amassam, lavam com facilidade, in-clusive, têm alguns que não precisa nem passar. Já as roupas pesadas, que faziam sucesso nos invernos antigos, têm hoje a preferência somente da clientela que costuma viajar para o exterior. Embora nos tem-pos atuais não se gaste mais um armário em cada seis meses, a mulher moderna está sempre adqui-rindo peças do vestuário para ficar antenada com as estações do ano. E o inverno é a estação preferida da mulher, pois permite que ela ande arrumada, com muito mais requinte – avalia Simone.

Em sua loja no Centro do Rio, a gerente da Target revela que, desde maio, é grande a venda de blusas de inverno, modelo gola alta; mantôs (casacos lon-gos de microfibra) e vestidos confeccionados em malha, de mangas compridas – atendendo ao mo-dismo deste inverno, que estão sendo usados com botas. Feliz com o movimento, Simone acredita que o Rio terá um dos invernos mais rigorosos dos úl-timos tempos, daí estar confiante com o aumento das vendas a partir de agora. E, para atrair mais ainda a clientela, a gerente revela que todas às se-gundas-feiras, usa a estratégia de trocar as vitrines da loja.

- É só fazer um friozinho que a procura por peças de inverno aumenta, mesmo que as clientes tenham em casa, no seu guarda-roupa. A diversificação de produtos e as novidades fomentam esse movimento que deverá ser maior com o fim do outono e a che-gada do inverno. A coleção da Target está sempre acrescentando peças novas exatamente para atender a nossa clientela. Quanto mais frio, melhor será para o nosso setor - conclui sorrindo Simone.

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Empresário LOJISTA 5junho 2010

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CO

MÉR

CIO

Reajuste Salarial dos Comerciários do Rio de 2010

Para salários até R$ 3.500,00:

a partir de 1º de maio de 2010:

6% sobre os salários de 1° de maio de 2009

Sobre os salários superiores a R$ 3.500,00

Para quem ganha acima deste valor, o excedente

será objeto de livre negociação entre emprega-

dores e empregados.

Os empregados admitidos após 1º de maio de

2009, o reajuste de seus salários será propor-

cional aos meses trabalhados (em duodécimos).

Os presidentes do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Ja-neiro – Sindilojas-Rio e do Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro assinaram a Convenção Coletiva de Trabalho de Reajuste Salarial de 2010.

As cláusulas econômicas da

Convenção de Reajuste Salarial:

O texto integral da Convenção Coletiva de Trabalho que trata do reajuste salarial de 2009 dos comerciários do Rio está no portal do Sindilojas-Rio (www.sindilojas-rio.com.br).

Informações complementares podem ser solicitadas através do tel. 3125-6667.

Obs. As empresas que efetuarem o pagamento das refeições (lanche ou jantar) em espécie poderão descontar R$ 0,50 do salário dos empregados

> Pisos e benefícios com o reajuste de 2010

Contrato de experiência (máximo: 90 dias) R$ 510,00

Pisos Salariais: 1ª faixa 2ª faixa

R$ 576,00R$ 585,00

Operador de Telemarketing R$ 590,00

Garantia mínima de comissionista R$ 660,00

Ajuda de custo a comissionista R$ 23,00

Quebra da caixa R$ 26,00

Refeições aos sábados: Lanche, após 14:30h R$ 8,50

Jantar, após 18:30h R$ 8,50

Benefício social familiar - Empregador R$ 4,50

Empregado R$ 0,50

Page 8: Lojista jun 10

Empresário LOJISTA6

Os hábitos do novo consumidorN

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Pesquisa da APAS (Retrato do Varejo 2010) reve-lou o comportamento do consumidor, destacando as preferências e o grau de satisfação na hora de comprar no varejo. Também mostra como ocorreu a evolução desses hábitos de 2006 para 2009. O estudo inclui diversos hábitos do consumidor na prática de comprar. Embora a pesquisa tenha sido direcionada mais para as vendas em supermerca-dos, os lojistas poderão aproveitar as conclusões da pesquisa para o seu ramo de negócios.

Em relação aos consumidores classe C, eles pos-suem cartão de crédito ou de loja, e compram mais no início do mês.

Os consumidores brancos compram mais às 4ª feiras, enquanto os de cor preta e parda preferem comprar nos domingos. Outras etnias preferem os

sábados. Já os casais com filhos pequenos têm pre-ferência de comprar às 2ª feiras.

Exercício físico é prática de 23% das pessoas pesquisadas que moram sozinhas ou casais sem filhos, 10% a mais do que os casais com crianças pequenas.

Pessoas que moram sozinhas ou casais sem fi-lhos têm tíquete médio menor, mas gastam mais em grandes lojas, concentrando suas compras no início de mês.

Em relação às vagas para idosos, 42% dos entre-vistados acham necessárias, mas só 7% estão satis-feitos com as vagas.

A maioria dos consumidores de varejo entrevis-tados continua insatisfeita com a limpeza e a orga-nização e rapidez no caixa.

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Empresário LOJISTA 7junho 2010

SAÚDE SE CONSTRÓI EM PARCERIA

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Empresário LOJISTA8

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IBU

RIO PAF-ECF e NOTA FISCAL ELETRÔNICA:

Você está mesmo preparado?

Armando Machado,analista de Sistemas e administrador de empresas*

Até o último mês de março não se falou em ou-

tra coisa entre lojistas, contadores e profissionais

da área de informática: PAF, PAF e PAF. O uso do

PAF-ECF (Programa Aplicativo Fiscal para Emisso-

res de Cupom Fiscal) seria obrigatório para todos

os lojistas, postos de combustíveis, restauran-

tes, bares, farmácias e empresas de transporte

rodoviário a partir de 01/04/2010. No entanto,

no dia 29/03/2010, aos “48 minutos do segundo

tempo”, a Secretaria de Fazenda do Rio de Janei-

ro adiou essa exigência para os dias 01/07/2010

(empresas que faturam mais de R$ 2.400.000,00

anuais) e dia 01/11/2010 para as demais empre-

sas. Cabe ressaltar a atuação do Sindilojas-Rio

nesse adiamento ao interagir incessantemente

junto à SEFAZ no sentido de deixar claro o pou-

co prazo para todos se adequarem às mudanças

exigidas.

Mas vejam bem: a SEFAZ apenas ADIOU e

não CANCELOU a exigência do uso do PAF-ECF.

Quem adquirir novos ECF´s só obterá a auto-

rização de uso na SEFAZ se o programa estiver

homologado, como já ocorre desde 01/11/2009.

Os novos prazos se aplicam às demais empresas

usuárias de ECF´s.

Nas semanas que antecederam ao adiamento o

que se viu foi um “corre-corre” desenfreado de

lojistas e contadores, todos querendo comprar

ECF´s e instalar sistemas de informática como se

liga um ventilador na tomada, sem saber exata-

mente quais as mudanças que essa nova legisla-

ção iria impactar nas rotinas operacional e tribu-

tária das empresas. No dia 22 de março, a apenas

uma semana do prazo final, foi realizada pales-

tra no Sindilojas-Rio com mais de 100 pessoas,

entre lojistas, contadores e profissionais de TI,

e se pôde constatar o nível de desinformação da

maioria apenas a uma semana do início da obriga-

toriedade do uso do PAF.

O que posso sugerir agora é que os lojistas ini-

ciem imediatamente as mudanças necessárias em

suas empresas para evitar uma nova correria de

última hora, pois acreditamos que a SEFAZ não

vá novamente adiar a implementação do PAF, até

por ser uma resolução de alcance nacional.

Dentre as medidas que precisam ser tomadas

com antecedência podemos destacar:

Levantamento dos estoques – Uma das in-

formações gravadas pelo PAF e exigidas pelo Fis-

co é a quantidade em estoque dos produtos das

lojas. Sabemos da dificuldade que pequenas e

médias empresas têm para controlar corretamen-

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Empresário LOJISTA 9junho 2010

te seus estoques no dia-a-dia. A orientação é que

se faça uma contagem detalhada de todos os itens

e a partir dessa data sejam mais rigorosos no con-

trole de todas as operações de entrada e saída das

mercadorias movimentadas nas lojas com registro

obrigatório no sistema, a fim de se obter o esto-

que consolidado. Tudo isso de preferência no mês

anterior ao início oficial do PAF. As divergências

na contagem devem ser apuradas imediatamente.

Treinamento dos funcionários – As mu-

danças na legislação alteraram muito a forma de

operação dos sistemas de frente de loja: transfe-

rências de mercadorias, abertura de caixa, lança-

mento de vendas, orçamentos e consultas de pro-

dutos foram muito alterados para atender à nova

legislação. Preparar as equipes das lojas e do es-

critório com antecedência é fundamental para não

prejudicar o atendimento e, sobretudo, não gerar

irregularidades fiscais.

Novas regras de negócios – Trocar uma mer-

cadoria, dar um sinal para reservá-la antes de a

mesma chegar, ter um produto com vários preços

e descontos de acordo com o perfil do cliente (ata-

cado ou varejo, por exemplo), descontos de arre-

dondamento no total da venda. Estes são alguns

exemplos do que as empresas não poderão mais

praticar. O atendimento informal que faz a dife-

rença dessas lojas em questões tais como descon-

tos, trocas e devoluções ficaram comprometidos

com a nova legislação, pois cada uma dessas ope-

rações deve ser acompanhada da operação fiscal

correspondente. Isso exigirá dessas empresas

uma nova abordagem no atendimento ao cliente,

além de total conhecimento das mudanças para

nem perder o cliente nem perder a venda.

Transferências de mercadorias – Muitas

redes têm CNPJ´s independentes, mas realizam

normalmente transferências de mercadorias entre

lojas sem nenhum documento fiscal. Essa práti-

ca está inviabilizada pelo PAF e exigirá também

mudanças na operação de remanejamento entre

filiais para evitar caírem em irregularidades.

Troca de sistemas – Foi inegável que o PAF ge-

rou um aumento na venda de sistemas, pois muitas

empresas que usavam “programinhas” precisaram

encontrar novas soluções, pois uma das exigências

é que o PAF não pode ser homologado por pessoas

físicas. Só que uma mudança de sistemas não é

como trocar de roupa, exige um plano minucioso

de trabalho que envolve a migração completa dos

dados do sistema antigo para o novo, treinamento

de pessoal e avaliação da estrutura de equipamen-

tos atual, muitas vezes defasada e usando a plata-

forma DOS, já obsoleta e incompatível com o PAF.

Portanto, nossa orientação é que passado o pri-

meiro “susto” de março e um natural relaxamento,

os lojistas retomem sua agenda de transição para

o PAF, mesmo que não o implementem antes dos

novos prazos, a fim de evitar surpresas desagra-

dáveis quando à fiscalização começar a verificar,

lá “dentro” dos seus bancos de dados, quem está e

quem não está operando corretamente.

Maiores informações sobre as regras do PAF-

ECF da Mistral Sistemas podem ser obtidas no

site www.mistralsistemas.com.br ou pelo telefone

2580-9097.

*Armando Machado é formado pela PUC-RJ, ex

- assessor técnico estadual da FCDL-CE e principal

executivo da Mistral Sistemas de Informática Ltda.

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Empresário LOJISTA10

PERGUNTAS E RESPOSTAS DÚVIDAS JURÍDICAS

PERGUNTE! Empresário Lojista respondeOs empresários lojistas, mesmo não

tendo empresa associada ao Sindilo-jas-Rio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias através do tel. 3125-6667, de 2ª a 6ª feira, de 9 às 17 horas. A se-guir, algumas perguntas encaminhadas à advogada Luciana Mendonça, da Ge-rência Jurídica do Sindilojas-Rio, e suas respostas.

Quando é comemorado o Dia do Comerciário?

Conforme Cláusula 48 da Conven-ção Coletiva de Trabalho de 2009, os empregadores, reconhecem, expres-samente, a terceira segunda-feira do mês de outubro como o DIA DO CO-MERCÁRIO, sendo proibido o trabalho do comerciário nesse dia, no qual não funcionarão os estabelecimentos co-merciais do Rio de Janeiro, garantidos os salários dos empregados para todos os efeitos legais, inclusive o repouso semanal remunerado.

O que a empresa deve fazer quando toma conhecimento da gravidez da empregada somente após a dispen-

sa da mesma?Ainda que a empresa tenha tomado co-nhecimento apenas após a dispensa, deverá reintegrá-la ao serviço, efetuan-do-lhe o pagamento dos salários rela-tivos ao período compreendido entre o desligamento e a reintegração. Para tanto, poderá efetuar a compensação de tais valores com os das verbas resci-sórias já pagas, mediante acordo entre as partes. Se durante as férias do empregado ocorrer o nascimento do seu filho, ele terá direito à licença-paternidade?Não. Na hipótese de ocorrer o nasci-mento de filho do empregado justa-mente no período em que este estiver em gozo de férias, estará atingida a finalidade da licença-paternidade, que nada mais é senão a assistência ao re-cém-nascido e à esposa, não sendo devida, portanto, a concessão do citado direito após o retorno ao trabalho, sal-vo se desta forma estipulado anterior-mente pelas partes.É necessário fazer homologação da rescisão contratual de empregado fa-lecido?

A homologação da rescisão contratu-al de empregado é devida, conforme Precedente Administrativo da Secre-taria de Relações do Trabalho, por in-termédio de seus beneficiários, habili-tados perante o órgão previdenciário ou assim reconhecidos judicialmente, porque a estes se transferem todos os direitos do de cujus, inclusive de ter a assistência prevista no § 1º do art. 477, da CLT.

O salário-família é pago sobre o salário-base ou sobre o salário de contribui-ção?

O art. 81 do Regulamento da Previ-dência Social estabelece como limite o valor do salário de contribuição e não o salário-base. Assim, todas as impor-tâncias de natureza salarial que com-põem a maior remuneração do mês in-tegram o salário de contribuição, para efeito de definição do direito à cota do salário-família, exceto o 13º salário e o adicional de férias (1/3 constitucional).

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Empresário LOJISTA 11junho 2010

DÚVIDAS JURÍDICAS

Direção: J. Teotônio

Tel: (21) 2583-9797

O Centro de Estudos do CDLRio, com a colaboração do Instituto do Varejo - Con-tact Center, promoveu a pesquisa sobre os resultados das vendas para o último Dia das Mães com os lojistas associados ao CDLRio. Como toda pesquisa, esta pode servir de referencial para o comér-cio varejista em relação às vendas não só do próximo Dia das Mães, mas ainda de outras datas promocionais.

Para 53,8% dos entrevistados, as ven-das foram boas, enquanto para 38,5% fo-ram médias e 7,7% consideraram ruins. Em comparação com as vendas do Dia das Mães de 2009, as deste ano foram 46% de acréscimo de 10%, sendo que para 34,6% dos pesquisados houve um aumen-to de 12%. As vendas cresceram 15% para 15,4%, enquanto para 3,8% o percentual foi o mesmo do ano passado.

OS MAIS VENDIDOSIndagados sobre os produtos mais ven-

didos, os lojistas informaram: calçados, 23,1%; vestuários, 15,4%; bolsas e aces-sórios, 15,5%; jóias/bijuterias, 9,6; per-fumes, 7,7; utensílios domésticos, 5,8%; celulares, 3,8%; móveis, 3,8%; eletrodo-mésticos/eletroeletrônicos, 3,8%; óculos, 3,8%; produtos de beleza, 3,8%; tecidos,

1,9%; flores, 1,9%; almoço em restauran-te, 1,9% e lembrancinha, 1,9%.

VALOR Indagados sobre o valor médio dos

presentes adquiridos, os lojistas-entre-vistados informaram: até R$ 100,00, 15,4%; até R$ 150,00, 30,8%; R$ 200,00, 11,5%; R$ 250,00, 15,4%; R$ 300,00, 7,7%; até R$ 450,00, 11,5%, e acima de R$ 1.500,00, 7,7%.

Sobre a forma de pagamento, os lojis-tas responderam que predominou o car-tão de crédito (46,2%), sendo que 66,7% parcelado e 33,3% à vista. Tanto em di-nheiro como em cheque, o pagamento foi da ordem de 15,4%, sendo que 50% à vista e 50% precatado. As compras através de carnê foram apenas de 3,8%.

QUEM COMPROUOs compradores de presentes para o

Dia das Mães foram, predominantemen-te, os filhos (53,8%), seguidos dos netos (23,1%), os maridos e as próprias mães (3,8%) e outros (15,4%).Fonte, pesquisa e elaboração: Centro de Estudos do CDL-RioColaboração: Ivar Contact CenterPesquisados: Lojistas Associados do CDL-Rio do segmento pesquisado

Como foram as vendas para o Dia das Mães

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Empresário LOJISTA12

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O As mudanças da Lei do Inquilinato

Carlos Eduardo F. Pires,advogado do Sindilojas-Rio

Em vigor desde o mês de janeiro de 2010, a nova Lei do Inquilinato dá um basta em contratos que eram assinados, mas não eram cumpridos.

Ocorre que, apesar de extremamente positivas e benéfi-cas, as mudanças da nova lei não possuem o condão de mu-dar a substância global das relações locatícias. Em outras palavras, há benefícios, mas não o “milagre” novo que se noticia.

Algumas alterações chegam a ser simples regulamenta-ções de posições que há muito já vinham sendo adotadas pela Jurisprudência dos Tribunais de nosso país.

De um modo geral, os especialistas na área acreditam que as mudanças na lei foram boas para todos os lados. Para os donos, porque confere novas garantias, e para os inquilinos, que têm regras mais claras.

Antes, conseguir um inquilino era um grande problema para quem queria alugar. Agora é possível firmar contra-to sem a presença de um fiador. Já para quem tem um imóvel para alugar, a facilidade acontece porque a nova Lei traz garantias que o proprietário não vai amargar prejuízos.

Com as mudanças ocorridas na Lei 8245/91, em contra-tos firmados com assinatura do fiador, este poderá pedir o encerramento de seu compromisso, mas ainda responderá pela fiança por um prazo de 120 (cento e vinte) dias.

Contudo, é importante destacar que tornar essa regra como genérica é equivocar-se, já que o art. 12 visa proteger hipótese específica e não a locação em geral.

Ora, de pronto já é possível observar que a aplicação da regra é limitada aos casos de locações residenciais (novida-de da redação atual) e que seu objetivo inquestionável é o de proteger a moradia do cônjuge ou do companheiro nos casos de término da relação conjugal.

O dever de informação ao locador e ao fiador previsto no parágrafo 1º deste artigo também é medida salutar, pois traz mais transparência, cautela e lisura às alterações ocor-

ridas no curso da locação. Outro aspecto considerável é que o locador poderá exigir

a substituição do fiador que estiver em regime de recupera-ção judicial, o que obriga o inquilino no prazo de 30 (trinta) dias apresentar um substituto. Caso contrário, o contrato pode ser encerrado.

No campo da locação, várias são as modalidades de ga-rantia permitidas. No entanto, não há garantia absoluta que torne o locador imune a riscos. O que se pode fazer é redu-zi-los ao máximo possível, mas jamais os eliminar. Com as mudanças ocorridas na lei, o contrato poderá ser firmado sem fiador, desde que haja a concordância do locador, po-rém, a retomada do imóvel poderá ser pedida a partir do atraso de um aluguel. Neste caso, a ação de despejo será suspensa se, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, o inqui-lino quitar integralmente a dívida.

Com o novo texto promulgado, durante a vigência do contrato, o dono do imóvel não poderá recusar a restituição do imóvel pelo inquilino. Mas quem aluga deverá pagar a multa pactuada proporcionalmente ao período de cumpri-mento do contrato, ou, na sua falta, a que for judicialmente estipulada.

Na versão atual do dispositivo, a expressão “proporcio-nalmente ao período de cumprimento do contratual” vem sacramentar uma posição já há tempos adotada pelos diver-sos tribunais da Federação e do próprio Superior Tribunal de Justiça.

Logo, pouca mudança prática nesta questão, apenas a transformação da posição jurisprudencial maciça em letra de lei propriamente dita.

O artigo 39 também trouxe em seu corpo um acréscimo importante:

“Art. 39. Salvo disposição contratual em contrário, qual-quer das garantias da locação se estende até a efetiva de-volução do imóvel, ainda que prorrogada a locação por prazo indeterminado, por força desta Lei”.

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Empresário LOJISTA 13junho 2010

As mudanças da Lei do Inquilinato

A redação originária deste artigo nunca foi duvidosa ou mesmo polêmica, entretanto, as relações sociais e si-tuações advindas de alguns entraves judiciais acabaram em decisões jurisprudenciais opinando pela duração das garantias contratuais somente até o último dia do prazo contratual e não até a devolução do imóvel em si.

A nova redação sedimenta o entendimento de que as garantias, sejam elas de fiança ou de qualquer outro tipo, responderão pelas obrigações contratuais até a efetiva entrega de chaves (devolução de imóvel).

A locação comercial também foi contem-plada com algumas novidades, sendo a pri-meira delas referente aos casos de Renova-ção da Locação Comercial por força da ação Renovatória.

O texto anterior do artigo 71 fazia menção à necessidade de apresentação de documen-tação que comprovasse a idoneidade do fia-dor, tendo sido omissa aos casos em que o mesmo fiador é oferecido para permanecer na locação renovada.

O inciso V do referido artigo faz menção expressa à necessidade de comprovar a ido-neidade do fiador na época em que a nova contratação será renovada ainda que o fiador seja o mesmo.

A exigência em benefício do locador é positiva, pois a condição patrimonial, econômica e financeira dos fia-dores muitas vezes é alterada no transcurso das loca-ções comerciais, uma vez que certamente estamos fa-lando em prazos superiores a cinco anos da contratação original.

Por derradeiro, o artigo 74 da nova lei trouxe mudan-ça preocupante aos locatários de imóveis comerciais, vez que nos casos em que a Ação Renovatória proposta pelo locatário não prosperar (improcedência), o prazo de deso-cupação foi reduzido de 06 meses para 30 dias, desde que

o locador tenha formulado pedido para fixação de prazo de desocupação em sua contestação.

Mais grave ainda é a exclusão da necessidade de aguar-do do trânsito em julgado desta sentença, o que na fórmu-la anterior, garantia aos locatários anos no imóvel locado com recursos que mesmo sem efeito suspensivo, acabam por “amarrar” a possibilidade de retomada por parte do locador.

A redação atual corrige esta distorção e pres-tigia a premissa de que nas ações que tutelam as relações de locação não se deve emprestar efeito suspensivo. Assim, com a simples sen-tença de improcedência, caso o locador tenha formulado seu requerimento na defesa, o juiz determinará a desocupação do imóvel comercial em 30 dias daquela data.

A medida causa preocupação aos inquilinos comerciais, posto que o prazo substancial de 06 meses sempre visou permitir que no caso de fracasso da renovação, o comerciante pudesse dispor de tempo suficiente a buscar novo imó-vel onde estabelecer seu negócio.

Agora, com apenas 30 dias contados da publi-cação da sentença de improcedência da Renova-

tória, o locatário terá que apressar-se a obter novo local para estabelecer-se sob pena de fechamento, ainda que provisório, de seu negócio.

A mudança é radical, mas estimula de mais a mais que as partes busquem a renovação contratual não pela via judicial, mas pela composição extrajudicial.

O que se pode extrair destas mudanças trazidas pela Lei nº 12.111/2009 é que não houve alterações ou inova-ções essenciais, mas sim proveitosas e coerentes, visan-do à celeridade do procedimento judicial, a consonância da legislação locatícia com a posição da Jurisprudência Nacional e, não a tão importante segurança e o equilíbrio social tão buscado em qualquer relação de direito.

No campo da locação, várias são as modalidades de

garantia permitidas. No entanto, não há garantia absoluta

que torne o locador imune a riscos“

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Empresário LOJISTA14

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Aprovada pela Assembléia Geral Extraordinária do Sindilojas-Rio, iniciada no dia 6 de abril de 2010, e inserida na Convenção Coletiva de Trabalho firmada com o Sindicato dos Empregados do Comércio do Rio de Janeiro (SECRJ), a Contribuição Assistencial/Negocial de 2010 será por estabelecimento e deverá ser paga em duas parcelas: a primeira até 30 de junho de 2010 e a segunda até 30 de setembro de 2010.

TABELA DA CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL/NEGOCIAL PATRONAL - 2010

Nº Faixas de Capital Social Valor de cada parcela da Contribuição Assistencial a recolher ao Sindilojas-Rio

1Microempresas e empresas de pequeno porte que comprovem estar inscritas no SUPERSIMPLES (Lei complementar nº123/06) e empresas com capital de até R$ 10.000,00

Associadas Não Associadas

R$ 110,00 R$ 130,00

Empresas com capital

2 De R$ 10.000,01 a R$ 20.000,00R$ 200,00 R$ 250,00

3 De R$ 20.000,01 a R$ 50.000,00R$ 370,00 R$ 450,00

4 De R$ 50.000,01 a R$ 150.000,00 R$ 630,00 R$ 750,00

5 De R$ 150.000,01 a R$ 300.000,00 R$ 1.250,00 R$ 1.500,00

6 De mais de R$ 300.000,00 R$ 3.650,00 R$ 4.400,00

NOTAS IMPORTANTES:

1) A contribuição é devida por estabelecimento, quer seja loja, escritório, depósito etc.2) Cada uma das parcelas não será superior a R$ 14.000,00 por empresa, devidas pelos estabelecimentos situ- ados no município do Rio.3) Exemplo de como recolher: a) empresa associada enquadrada na faixa 1 da tabela deverá recolher R$ 110,00 até 30/06/2010 e R$ 110,00 até 30/09/20105 b) empresa não associada com capital de 15 mil reais, enquadrada na faixa 2 da tabela, recolherá R$250,00 até 30/06/2010 (1º parcela) e mais R$250,00 até 30/09/2010 (2º parcela). 4) Após esses prazos acima, os valores ficarão sujeitos à multa de 10%, além de juros de mora de 1% por mês de atraso. O valor a ser pago pelas empresas não associadas é acrescido em razão das despesas de cadastra- mento.5) A empresa que venha a ser constituída ou estabelecimento inaugurado até o final do ano de 2010 pagará a contribuição dentro de 45 dias após a data da concessão do alvará de funcionamento e de forma propor-

cional. Exemplo: empresa não associada, com capital de R$ 20.000,00, pagaria normalmente duas parcelas de R$ 250,00, ou seja, o valor anual de R$ 500,00. Uma vez que foi inaugurada em 02/05/10, pagará somente R$ 333,28 (R$ 500,00 / 12 = R$ 41,66 x 8 = R$ 333,28). Poderá recolher R$ R$ 166,64 em 30/5/10 e o mesmo valor em 30/09/10.6) As empresas não associadas que desejarem se associar antes do pagamento da primeira ou da segunda par- cela poderão fazê-lo beneficiando-se imediatamente dos valores atribuídos às associadas.7) O Sindilojas-Rio disponibiliza na internet (www.sindilojas-rio.com.br) as respectivas guias.8) Para seu conforto, pague na Lojistas Cooperativa de Crédito (Coopcré-Rio), na Rua da Alfândega, 103, na rede bancária ou em qualquer dos nossos endereços, de preferência com cheque cruzado e nominal ao Sindilojas-Rio.9) Informações complementares através do tel. 3125-6667.

A Contribuição Assistencial de 2010

Page 17: Lojista jun 10

Empresário LOJISTA 15junho 2010

Anna Maria sabe se aliar ao lar, trabalho e samba

O jeito tranquilo de falar e a maneira gentil de lidar com as pessoas são traços marcantes da personalidade de Anna Maria Nascimento Pereira da Silva Fahl, a Mãe Comerciária 2010. Trabalhando no mesmo emprego, desde que ingressou no comércio há 10 anos, na rede de calçados Di Santinni, filial do Méier, Anna Maria pos-sui energia capaz de mover o mundo, embora algumas pessoas não percebam face ao seu temperamento muito calmo.

Discreta, desempenha com desenvoltura e eficiên-cia as atribuições que o seu dia-a-dia exige, dividindo-se entre os afazeres domésticos, a família, o trabalho e o lazer, do qual não abre mão. E para surpresa de mui-ta gente, a Mãe Comerciária 2010 gosta de freqüentar quadras de escolas de samba, inclusive as feijoadas, aos sábados. Conforme em anos anteriores, no carnaval deste ano, Anna Maria desfilou na Marquês de Sapucaí em cinco escolas de samba: União da Ilha, Estácio, Lins Imperial, Arranco do Engenho de Dentro e Portela.

A Mãe Comerciária 2010 mostra-se bastante afeti-va, responsável e presente quando o assunto se refere à educação. Mãe da pequena Anna Flávia, de quatro anos, Anna Maria destaca que uma das maiores demonstra-ções de amor que a mãe pode dar aos filhos é saber dizer não na hora certa, sem, no entanto, usar de autori-dade. Para isso, ela ressalta, é preciso haver na relação entre os pais e filhos abertura para conversas com diá-logo franco e sincero.

Feliz por ter sido escolhida a Mãe Comerciária 2010, a vendedora da Di Santinni do Méier, conta que é uma mãe dedicada e bastante carinhosa, porém, nem sempre se deixa levar pelos encantos da filha, fazendo todas as suas vontades.

- Os pais não devem dizer sim para tudo que os filhos querem. Saber dar um não pode, em determinadas situa-ções, até ser difícil, mas, com certeza, será bom no futu-ro. Tal procedimento não representa falta de atenção ou de afeto, muito pelo contrário. O Importante mesmo é a gente participar das atividades dos filhos para eles não se enveredarem no caminho errado. Eu, por exemplo, estou sempre presente na vida da minha filha. Vou com frequência à creche, onde ela estuda, às vezes usando o próprio uniforme do trabalho. Depois, volto correndo para a loja. Participo das reuniões e festividades que

fazem parte do seu dia-a-dia - destaca Anna Maria, após elogiar o trabalho desenvolvido na Creche João Paulo VI, mantida pelo Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro.

Embora goste de trabalhar no comércio, Anna Maria revela que pretende fazer uma faculda-de para se tornar uma profissional na área de Educação ou da Saúde. A preferência por essas áreas se deve ao fato de ter cursado o Normal no 2º grau e feito outro curso, o de técnico de auxiliar de enfermagem. Admitindo que educar é um aprendizado constante, a Mãe Comerciária 2010 acrescenta que passou a ser mais tolerante após a maternidade, quando aprendeu a deixar de lado questões que antes considerava im-portantes.

- A maternidade me fez ficar mais sensível e mais fle-xível, embora eu desde cedo já tivesse responsabilida-de e era muito madura. Até a relação com a clientela melhorou bastante. Além da experiência de ser mãe, o comércio também me ajudou a ser mais sociável. Hoje observo melhor as coisas e consigo lidar com o público tendo mais “jogo de cintura”, como no caso de cliente que entra enfurecido na loja e descarrega seus proble-mas em cima do vendedor. É bom a gente saber dosar as coisas. Essa mudança foi tão benéfica que recordo, inclusive, quase não ter feito compras para o enxoval da minha filha, pois os clientes amigos me deram pra-ticamente tudo de presente - constata orgulhosa, a Mãe Comerciária 2010.

Sempre atenta e prestativa, Anna Maria quando não está trabalhando, leva a vida se divertindo ao lado do marido, o agente de segurança, Flávio Miranda Fahl. Os dois se conheceram na quadra do Salgueiro, em 1996, e, desde então, curtem juntos o carnaval carioca, des-filando como ritmistas na bateria das escolas de samba que mais apreciam: ela no chocalho e ele no surdo de marcação. Quanto à pequena Anna Flávia, a mãe Anna Maria arrisca com entusiasmo um palpite.

- Lembro que com apenas um ano e meio, ela costu-mava colocar uma vassoura na cintura e ensaiava passos de porta-bandeira. Quem sabe este seja o futuro dela - indaga a Mãe Comerciária 2010, recordando ainda que desfilou na Marquês de Sapucaí quando estava grávida de oito meses e meio da pequena Anna Flávia.

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EMMÃE COMERCIÁRIA 2010

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Empresário LOJISTA16

O ano de 2010 ficará marcado para sempre na

vida da lojista Márcia Vilas Antelo Jassus, home-

nageada no dia 12 de maio com o título de “Mãe

Lojista 2010”. O evento, promovido pelo Sindilo-

jas-Rio e CDLRio, se eternizará também na me-

mória de Anna Maria Nascimento Pereira da Silva

Fahl, vendedora da rede de calçados Di Santinni,

agraciada na mesma cerimônia com o título de

“Mãe Comerciária 2010”. A solenidade em home-

nagem às duas mães símbolos do comércio ca-

rioca aconteceu no auditório do Sindilojas-Rio e

contou com a participação de diretores das duas

entidades promotoras do evento. Além de flores

e presentes, as mães Lojista e Comerciária foram

recepcionadas também com bolo e, sob aplausos,

cantaram a música “Parabéns Prá Você”. O presi-

dente do Sindilojas-Rio e do CDLRio, Aldo

Gonçalves, presidiu a solenidade.

Em nome dos lojistas do Rio, o em-

presário Aldo Gonçalves abriu o evento

ressaltando a personalidade das mães ho-

menageadas. Depois fez rápido histórico

da tradicional comemoração, realizada há

muitos anos pelo Sindilojas-Rio e CDLRio

por ocasião do Dia das Mães. Representan-

do o presidente do Sindicato dos Emprega-

dos no Comércio do Rio de Janeiro (SECRJ),

Otton Mata Roma, o diretor so-

cial da entidade, Alfredo Sozi-

nho, falou da satisfação da classe em es-

colher a representante das mães comerciárias,

bem como enalteceu a Mãe Lojista agradecen-

do a ela por contribuir na geração de empregos

em suas lojas Rey & Co. Em seguida ofereceu or-

quídeas às duas mães homenageadas.

Após receberem presentes e buquês de rosas

oferecidos pelo Sindilojas-Rio e CDLRio, Márcia e

Anna Maria agradeceram, bastante emocionadas,

as manifestações de carinho e de reconhecimen-

to. Ao final das homenagens às mães símbolos

do comércio, as duas entidades promotoras do

evento, prestigiaram suas colaboradoras mães

(funcionárias), distribuindo presentes.

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O presidente Aldo Gonçalves quando saudava as Mães Lojista e Comerciária de 2010.

O presidente Aldo Gonçalves, com as mães homenageadas e familiares, e o diretor do Sindicato dos Comerciários, Alfredo Sozinho

Homenagem

às mães

lojista e

comerciária

Page 19: Lojista jun 10

Empresário LOJISTA 17junho 2010

Márcia e Anna Maria ladeadas pelo presidente Aldo Gonçalves e o diretor social do SECRJ, Alfredo Sozinho, e pelo vice-presiden-te de Relações Institucionais do Sindilojas-Rio, Roberto Cury,

O diretor financeiro do CDLRio, Szol Mendel Goldberg, entregou

o presente, um microondas, à Mãe Comerciária deste ano.

A Mãe Lojista 2010 recebeu presente das mãos de D. Heloisa, es-posa do vice-presidente do Sindilojas-Rio, Julio Martin Piña Ro-drigues: relógio e conjunto de gargantilha com par de brincos.

A chefe da secretaria do Sindilojas-Rio, Maria de Lourdes Gonçalves, assim como as demais colaboradoras mães (fun-cionárias do sindilojas-Rio e do CDLRio), também recebeu presente, entegue pelo presidente Aldo Gonçalves

O diretor do SECRJ, Alfredo Sozinho, presenteou as duas mães com orquídeas brancas e lilás.

O vice-presidente do Sindilojas-Rio, Julio Martin Piña Rodrigues, surpreendeu a esposa, D. Heloisa, com

belo buquê de rosas

Page 20: Lojista jun 10

Empresário LOJISTA18

José Belém, gerente-geral do Sindilojas-Rio

DIREITO

Soluções extrajudiciaisde conflitos

“Os presidentes do Conselho Nacional de Justiça e da Ordem dos Advogados do Brasil assina-ram termo de cooperação para estimular a prática da conciliação”

Esta notícia, publicada no site do Supremo Tribunal Fe-deral, levou-me a esboçar um modesto artigo sob o título “O Supremo na contramão da história”, publicado pela re-vista O Empresário Lojista, do Sindilojas-Rio.

Permitam-me citar alguns trechos:Diz o Ministro Gilmar Mendes, presidente do Conselho

Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, que os números dos processos que tramitam pela Justiça “são absurdos e revelam que, sem soluções alternativas, não seremos capa-zes de ter uma estrutura judiciária que atenda tanta demanda”.

Os presidentes do CNJ e da OAB “en-tendem que há uma ênfase excessiva... no pressuposto de que a contenda somente pode ser resolvida pelo Juiz”.

Este é o discurso.Na prática, porém, o Supremo corre em

oposição à tendência de se buscarem al-ternativas extrajudiciais para a solução de conflitos. Por maioria de votos, o Supremo determinou, contrariamente ao disposto na lei 9.958, que demandas trabalhistas podem ser submetidas ao Poder Judiciá-rio antes que tenham sido apresentadas à Comissão de Conciliação Prévia. Para os ministros, esse entendimento preserva o direito universal dos cidadãos de acesso à Justiça.

Último a se pronunciar sobre a matéria, o ministro Cezar Peluso disse que a de-cisão do Supremo está na “contramão da história”.

“Eu acho que, com o devido respeito, a postura da Cor-te, restringindo a possibilidade da tentativa obrigatória de conciliação, está na contramão da história, porque em vá-rios outros países hoje há obrigatoriedade do recurso às chamadas vias alternativas de resolução de conflitos, até porque o Poder Judiciário não tem dado conta suficiente da carga de processos”, afirmou o ministro.

Segundo ele, o dispositivo da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não representa bloqueio, impedimento ou exclusão do recurso à universalidade da jurisdição. Para ele, a referida regra representa “simplesmente uma tenta-tiva preliminar de conciliar e de resolver pacificamente o conflito, com a vantagem de uma solução não ser imposta autoritariamente”. E concluiu: “As soluções consensuais são, em todas as medidas, as melhores do ponto de vista social”.

A publicação do artigo me dispôs a apresentar este tra-balho sobre soluções extrajudiciais de conflitos.

Iniciemos com alguns números:

Processos em andamento na Justiça brasileira em 2009 segundo relatório publicado pelo Conselho Nacional de Justiça (Justiça em Números 2009): 80 milhões.

Notícia do STF de 06/04/2010: “Tramitam hoje no Su-premo Tribunal Federal 98.652 ações. É a primeira vez, em dez anos, que são registrados menos de 100 mil processos em andamento na Corte.”

Como diz a nota do CNJ e da OAB, aci-ma citada, 80 milhões de processos “são absurdos e revelam que, sem soluções alternativas, não seremos capazes de ter uma estrutura judiciária que atenda tanta demanda”.

Da mesma forma, é absurdo o número de 100 mil processos em andamento no Supremo, Tribunal essencialmente cons-titucional. Quem acompanha diariamente as decisões do STF se surpreende com a variedade de matérias sujeitas ao seu jul-gamento, muitas delas, à primeira vista, distantes do âmbito constitucional.

Recentemente a Emenda Constitucional 45 ampliou de forma acentuada a com-petência da Justiça do Trabalho. Pior do que o aumento do volume de processos, foi a ampliação do campo de ação dos juízes trabalhistas que, necessariamente, se virão obrigados a se dedicar à solução de demandas com as quais não tinham, até então, maiores envolvimentos, pois que, antes, competiam à Justiça Comum e à Justiça Federal.

No início de abril, uma Juíza do Rio se desculpou co-migo por não haver em seu gabinete sequer uma cadeira disponível para me atender. “Pior – brinquei com ela – nem mesmo a senhora tem onde se sentar.” É que, a cadeira da própria Juíza, assim como sua mesa e as demais cadeiras do seu gabinete estavam tomadas por pilhas e mais pilhas de processos, que se espalhavam por todos os cantos da sala. Conversamos os dois em pé.

O Código de Defesa do Consumidor ensinou e facilitou o caminho ao judiciário a todo aquele que tem – ou pensa ter – algum direito não atendido. Isto é louvável. Mas, o poder judiciário não se preparou para o aumento da de-manda. Os Juizados Especiais – principalmente os federais – não estão habilitados a atender com presteza e eficácia a quantos os buscam, embora tenham sido pensados como meio célere e simplificado de solução de conflitos menos complexos e de valores reduzidos e sem a assistência obrigatória do advogado.

Cito o exemplo de um companheiro nosso – presente a este encontro – que, em 2002, ingressou com ação no Jui-

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Empresário LOJISTA 19junho 2010

zado Especial Federal do Rio, com pedido de restituição de Imposto de Renda indevidamente retido. Ganhou, mas, até hoje, oito anos depois, ainda não levou. E este nosso cole-ga entrou com a ação no mesmo ano em que foram criados os Juizados Especiais Federais. Naquele momento, ainda não se poderia alegar excesso de processos para a delonga.

Outro exemplo: há dias ficou disponível na Caixa Econô-mica Federal o levantamento de precatório de ação contra a União Federal, por mim iniciada em 1976. O autor, meu cliente, já faleceu há anos.

Tenho outro processo, também contra a União, cuja ini-cial data de 1974. No ano passado, ou seja, 33 anos passa-dos, a União ingressou com Embargos à execução.

Estas são experiências reais da ineficiência do judiciário.Este é o retrato vivo do acúmulo de processos em todos

os níveis e em todos os órgãos do poder judiciário. A tendência simplista da sociedade é culpar o juiz. O

que na maior parte das vezes, sabemos, não é verdadeiro.

Voltemos à notícia inicial, a do estímulo à prática da conciliação. Ela, ao mesmo tempo em que fala em soluções extrajudiciais, se refere, apenas, e de forma expressa, àquelas soluções extrajudiciais sob a tutela do juiz.

Há uma evidente alergia do judiciário em admitir soluções não judiciais, mesmo que conciliatórias, em oposição a um dos princípios básicos da Constituição Federal, inserido já em seu preâmbulo, em que os constituintes declaram que se propõem a institucionalizar uma:

“... sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e interna-cional, com a solução pacífica das contro-vérsias”.

A aversão do poder judiciário – acredito – está mais relacionada ao medo de perder poder ou espaço menos ao interesse de so-luções rápidas, porém eficazes.

A justificativa é sempre a mesma: a Cons-tituição garante a todos o acesso à Justiça.

Garante, mas não obriga!No entanto, como ensina BEATRIZ RÊGO XAVIER – Mestre

em Direito das Relações Sociais pela PUC-SP:“Compreender Acesso à Justiça como o equivalente ao

Acesso ao Judiciário, nos dias de hoje, é incorrer em equí-voco de natureza metodológica. É restringir um gênero conceitual a apenas uma de suas espécies. De fato, Acesso à Justiça é a garantia de acesso ao Poder Judiciário, mas não apenas. O ideal de Acesso à Justiça representa conceito mais ampliado, que envolve solução de disputas, estatal ou não, e assessoria jurídica, expressa por educação jurídica e consultoria.”

Ela entende que o acesso à Justiça traduz a busca pela efetivação de direitos, gênero do qual decorreriam duas espécies: assessoria jurídica e solução de disputas, esta última subdividida em soluções judiciais e soluções extra-judiciais.

Entendemos que, na medida em que a própria sociedade civil soluciona de forma amigável suas desavenças, permi-te ao juiz maior disponibilidade de tempo para se dedicar ao exercício da sua primordial função: julgar. Julgar o que

lhe compete com exclusividade e o que não obteve consen-so, quando se tratam de direitos disponíveis.

Por que a via extrajudicial não prospera no Brasil? Ou, melhor, por que avança de forma muito tímida, em relação a outros países?

Os caminhos alternativos podem e devem ser incentiva-dos, não só como forma de reduzir o número de processos judiciais, mas, principalmente, como meio ágil e pacífico para solucionar – ou tentar solucionar – as demandas.

Os caminhos alternativos são muitos e variados.Garanto que todo advogado, sem dúvidas, já mediou

muitas conciliações, seja em questões familiares, transfor-mando divórcios litigiosos em amigáveis, seja em litígios locatícios, intermediando acordos para renovação de con-tratos, por exemplo.

E ainda se diz, maldosamente, que advogado é contes-tador, sempre apto em ver obstáculos inexistentes e adora complicar o que é simples, inclusive para valorizar os seus honorários.

Nós, aqueles que exercemos com dignidade nossa profissão, desconhece-mos mesmo o número dos processos ju-diciais que já evitamos com a nossa inter-mediação espontânea.

Outros caminhos, mais formais e insti-tucionais, são ofertados pela arbitragem, pela mediação e pela conciliação.

A ARBITRAGEM

A arbitragem, caminho preferido pelas grandes empresas nos Estados Unidos e na Europa, começa a ser procurada tam-bém aqui no Brasil, depois que a Lei que a instituiu dormiu tantos anos em gavetas do Supremo Tribunal Federal e depois de um desastroso início de suas atividades, quando muitos aventureiros sonharam enriquecer rapidamente com a criação de centenas de tribunais arbitrais com os nomes mais esdrúxulos, quase desacredi-tando o instituto.

Os números das demandas sujeitadas à arbitragem, no Brasil, embora, ainda, insignificantes em relação aos números de países mais desenvolvidos, mos-tram a crescente aceitação desta via alternativa e altamen-te confiável:

Levantamento incluindo cinco câmaras de comércio internacional, sendo três de São Paulo, uma do Rio de Ja-neiro e uma de Minas Gerais, apresenta os seguintes re-sultados:

Ano Valores (RS) Procedimentos 2005 247.633.598,82 21 2006 739.224.536,30 24 2007 594.275.708,92 30 2008 867.052.581,42 77 2009 2.473.062.894,95 134Totais 4.921.249.320,41 286

Fonte: Professora Selma Ferreira Lemes, coordenadora do curso de arbitragem do GVlaw, da Fundação Getúlio Vargas.

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Empresário LOJISTA20

As vantagens e desvantagens do juízo arbitral, creio, são bastante conhecidas de todos os presentes, por isso não me alongo em suas considerações.

A CONCILIAÇÃO

Conforme sintetiza a Câmara de Conciliação e Media-ção de Justiça Arbitral do Estado do Rio de Janeiro, o conciliador, cuja função é administrar a controvérsia de maneira ativa, deverá ouvir e aconselhar as partes, ex-plicar os pontos de natureza jurídica, auxiliar a avaliar as opções de solução, esclarecer os efeitos das possí-veis soluções e por fim tentar dirimir a disputa. O con-ciliador apresentará uma postura neutra e imparcial, podendo, contudo, interferir diretamente na demanda.

Mas, enquanto o árbitro emite uma sentença, o conci-liador tenta uma solução.

Exemplo proveitoso de conciliação é (ou foi?) a Co-missão de Conciliação Prévia. Nós, do Sindilojas-Rio, nos orgulhamos de que nossas seis Comissões, em par-ceria com o Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro, tenham promovido, de junho de 2000 a setembro de 2009, 26.012 conciliações de conflitos individuais trabalhistas, alcançando o incrível índice de 94,47% de êxito nas tentativas de conciliação submeti-das sob a orientação dos nossos conciliadores. Foram mais de 55 milhões de reais pagos pelos empregadores aos seus ex-empregados dentro do prazo máximo de dez dias após a protocolização do pedido de conciliação na CCP, conforme dispõe a lei.

Foram, pois, 26.012 processos a menos na tão atare-fada Justiça do Trabalho.

Hoje, após os constantes ataques à credibilidade da instituição, apenas uma das seis unidades ainda se en-contra em funcionamento. Até quando?

Além da decisão do Supremo Tribunal Federal no iní-cio citada, agora o Ministério do Trabalho nega a libera-ção das guias de seguro-desemprego e de liberação do FGTS quando na conciliação estiverem incluídas verbas rescisórias.

É a morte anunciada das CCPs.A persistirem os ataques, breve a CCP não será mais

do que “apenas, um retrato na parede”.

A MEDIAÇÃOO mediador exerce uma ação menos incisiva, con-

duzindo com habilidade as partes a um entendimento possível. Ser-lhe-á de grande valia em sua missão, o co-nhecimento do objeto do litígio.

A mediação também se justifica e se fortalece pela existência de uma relação anterior entre os interessados e que, eventual e preferencialmente, inclua, também, o próprio mediador, o que lhe garante confiabilidade,

isenção e legítimo interesse na obtenção do melhor re-sultado possível.

EFICÁCIA DOS AJUSTES DAS VIAS ALTERNATIVAS

As soluções extrajudiciais de conflitos só se tornam soluções se cumpridos os acordos alcançados. Em caso de descumprimento por uma das partes ao ajuste, como garantir a sua eficácia?

A execução das decisões, quer judiciais ou particula-res, é ato de constrangimento e de força exercido, com exclusividade, pelo Estado.

Ainda bem que é monopólio do Estado. Não dá para se pensar uma loja entrando na casa do devedor e reti-rando-lhe, à força, a geladeira que deu origem ao débito.

A executividade judicial dos ajustes extrajudiciais está garantida pelo Código de Processo Civil que atribui aos ajustes, formalizados na forma nele prevista, a for-ça de título executivo, à semelhança da própria senten-ça judicial: art. 583: Toda execução tem por base título executivo judicial ou extrajudicial.

Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais:...II – a escritura pública ou outro documento público

assinado pelo devedor; o documento particular assina-do pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores;

Atendidas, pois, as formalidades impostas pela lei, as soluções extrajudiciais de conflitos assumem a executi-vidade de título extrajudicial, passível de eficácia com-pulsória que pode ser pedida ao poder judiciário, como se sentença judicial fosse.

Desta forma, está afastado o principal obstáculo à eficácia dos acordos alcançados pelas vias alternativas.

CONCLUSÃOPor que apresento estas considerações?Pela esperança de que nós, advogados e sindicatos

patronais, iniciemos um trabalho efetivo de divulgação e aceitação das vias alternativas para as soluções de conflitos.

Estamos próximos do estrangulamento do sistema judiciário.

A instituição de câmaras de conciliação e mediação nos sindicatos patronais seria uma boa ideia?

Nossa proposta é contribuir para a redução dos pro-cessos judiciais.

Vamos pensar nisto?•O trabalho foi apresentado na Reunião de Assessores Jurídi-

cos de Sindicatos Patronais no XXVI Encontro Nacional de Sin-dicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em Aracaju, Sergipe, em abril de 2010.

Enquanto o árbitro emite uma sentença,

o conciliador tenta uma solução.“

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Empresário LOJISTA 21junho 2010

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O Conselho Empresarial do Comér-cio de Bens e Serviços da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) promoveu no dia 13 de maio palestra sobre alterações em estudo na Lei das Micro e Pequenas Empresas. O even-to foi coordenado pelo presidente do Conselho, Aldo Gonçalves, e contou com a presença do deputado federal Otávio Leite, que falou sobre o proje-to de lei complementar de sua auto-ria, o qual estabelece ajuste anual do valor de enquadramento das micro e pequenas empresas, bem como as respectivas tabelas anexas.

O debate, na sede da ACRJ, contou ainda com a participação da presi-dente do Conselho Empresarial da Micro e Pequena Empresa da Associa-ção, Marta Arakaki, e do presidente do Conselho Empresarial de Assun-tos Jurídicos e Tributários da Asso-ciação, Condorcet Rezende.

Membro da Frente Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas, Otá-vio Leite ouviu sugestões dos presi-dentes dos conselhos da Associação Comercial e explicou detalhadamen-te sobre a tramitação de sua iniciativa nas comissões da Câmara dos Depu-tados, em Brasília. De acordo com o parlamentar, o projeto de sua autoria visa a aperfeiçoar os parâmetros exis-tentes na atual Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, mais conhecida como SuperSimples, a fim de esta-belecer tratamento tributário dife-renciado, assegurando, desta forma, maior coerência dos valores das re-ceitas brutas. Otimista, Otávio Leite

está certo de que o projeto deverá ser aprovado se houver mobilização por parte do empresariado.

- A nossa finalidade é criar um mecanismo mais justo que garan-ta a atualização do enquadramento das micro e pequenas empresas. Seguramente este projeto vai cor-rigir distorções existentes na lei atual. Precisamos tirar esse peso do lojista que vem sofrendo com uma terrível carga tributária, inclusi-ve enfrentando enormes prejuízos face aos valores hoje estabelecidos. As correções nos valores das recei-tas brutas assim como das tabelas anexas irão garantir um significado econômico real, trazendo grandes benefícios para as micro e peque-nas empresas. Portanto, trata-se de uma proposta que visa beneficiar o coletivo e não o individual - enfati-zou Otávio Leite.

No encontro, os participantes aproveitaram para reivindicar do de-putado ajuda em outras questões, visando facilitar a vida dos empre-sários como apoiar as ações pro-movidas pela ACRJ, Sindilojas-Rio e CDLRIo, que alteram o atual regime de Substituição Tributária bem como trabalhar em prol da implantação do Código de Defesa do Contribuinte e a simplificação de abertura de peque-nas empresas. Otávio Leite se colo-cou a disposição dos empresários e reiterou o pedido de maior união a fim de que os projetos de interesse da classe possam ser aprovados no Congresso Nacional.

Alteração na Lei das Micro ePequenas Empresas em Debate

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Empresário LOJISTA22

IIVAR - Sua aula foi bem avaliada pela turma. Como foi a preparação da mesma?

Osmar – Costumo pensar antes de começar a disciplina, como será a evolução das aulas, do dia da apresentação ao dia da avaliação final, seja ela um teste ou um trabalho de grupo. O importante é traçar um cronograma e a for-ma como será dada a matéria conforme o perfil da turma, que me é passado previamente pela coordenação do Cur-so. Depois, construo o modelo de aulas sempre consultan-do alguns colegas professores e consultores no intuito de agregar qualidade ao produto final, que será entregue aos alunos.

IVAR - Existe muita diferença entre explicar gestão para não especialistas e para aqueles que já possuem alguma noção?

Osmar - Gestão é universal. Os problemas que as empresas enfrentam são muito similares quando se trata de uma má gestão ou da falta dela. Sendo assim, não vejo muita dife-rença na essência, mas somente no nível de complexidade dos exemplos e exercícios tratados em sala de aula. Quan-do os alunos já possuem uma noção, você pode se apro-fundar mais em determinados tópicos, mas não creio que isto represente uma perda para os não-especialistas. Para estes, se o conceito ficar bem entendido e a importância do uso constante das ferramentas de gestão forem incorpora-dos às suas rotinas de trabalho (sejam utilizadas por eles próprios ou por seus subordinados), então o objetivo terá sido alcançado.

IVAR - O que você achou da turma?

Osmar - Muito interativa e disposta a aprender. Ao contrá-rio de muitos que se assustam diante de novos desafios ( como o de lidar com métodos quantitativos ), percebi nes-ta turma o desejo de incorporar e tentar praticar em seus próprios ambientes de trabalho os conceitos apreendidos ao longo de nosso Curso, o que me deixou muito satisfeito.

IVAR - Em sua opinião está muito complicada a gestão fi-nanceira das empresas de varejo?

Osmar - Eu não diria complicada, mas sem dúvida, ela deve ser rígida. A Gestão Financeira nas empresas de vare-jo exige nos dias de hoje, uma atenção muito maior do que há uma década. Isto porque o ambiente competitivo está muito mais acirrado e a escassez de dinheiro no mercado não permite que o gestor “cochile” um só momento. As compras, as vendas, a margem por Ítem, o financiamento dos estoques, os custos fixos têm que estar permanente-mente monitorados e analisados sempre previamente (an-tes da “bomba estourar”) com o intuito de ganhar cada cen-tavo possível e buscar reduzir tudo aquilo que não venha a agregar valor ao negócio.

IVAR - Qual a sua opinião sobre o Curso de Graduação em Gestão de Varejo do IVAR?

Osmar - Acho que é uma excelente oportunidade para pro-fissionais do segmento que durante muito tempo não tive-ram um curso inteiramente voltado para as suas necessi-dades, explorando a sua linguagem e suas características intrínsecas. Não podemos esquecer que o varejo responde

Professor da disciplina Administração Financeira, do Curso de Graduação em Gestão do Varejo e do MBA em Gestão do Varejo pelo Instituto do Varejo (IVAR-RJ), Os-mar Albuquerque é economista pela Universidade Fede-ral Rural do Rio de Janeiro, com Pós-Graduação em Fi-nanças pela PUC – RJ (IAG MASTER) e MBA em Marketing pela COPPEAD (UFRJ).

Trabalhou por dez anos no Sistema Globo de Rádio e três anos na área de Planejamento e Orçamento das Lo-jas Americanas S/A, além de ter atuado como consultor em Marcas na Enjoy, Lápis de Cor, Tablestore, Boticário e Nativa Calçados. Atualmente responde pela gerência Financeira da Clínica São Vicente da Gávea. Osmar nos concedeu entrevista sobre a relação com os alunos do Curso de Graduação de Gestão do Varejo e a importância da Gestão Financeira nos negócios de hoje em dia:

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Empresário LOJISTA 23junho 2010

pela maior parcela de geração de empregos do país e, a meu ver, ainda são poucas as instituições voltadas para o treinamento e aperfeiçoamento dos profissionais des-te segmento. A união da qualidade do ensino oferecida com custos inteiramente compatíveis fazem da Gradu-ação em Gestão de Varejo do IVAR um referencial para os demais cursos que desejem atender às necessidades de treinamento e formação dos profissionais do varejo.

IVAR - Administração financeira é uma arte. Você concorda com isso? Caso sim, qual o segredo?

Osmar - Não, não concordo. Para mim, Administração Financeira consiste no domínio de suas técnicas e fer-ramentas e aplicação delas na resolução dos proble-mas que se apresentam no dia a dia de uma empresa. A meu ver, hoje não há espaço para improvisos e solu-ções heterodoxas. Creio em muita perseverança, pois os resultados de uma boa administração financeira só aparecem com o tempo, mas quando eles são notados, a empresa dá um salto qualitativo e os executivos que lá trabalham passam a pautar suas decisões com base em números e planejamentos calcados em bases con-sistentes.

IVAR - Do que os varejistas mais reclamam da falta de crédito, das taxas de juros, da inadimplência?

Osmar - Na verdade, eles hoje reclamam (e muito) da falta de dinheiro na praça (entenda-se no país todo), que é uma consequência direta das três variáveis que

você mencionou. Só se consegue dinheiro nos bancos a uma taxa alta, que impõe uma taxa de risco, pois se-rão grandes as chances de não se conseguir pagar o financiamento no prazo acordado e aí começa “a bola de neve”. Reescalonamentos, empréstimos para saldar outros e vai por aí...

IVAR - Algo em especial a destacar?

Osmar - A garra dos alunos que se dispuseram a en-carar este curso, visando seu crescimento profissional, apesar de sua estressante rotina de trabalho. Aprecio a todos aqueles que se superam e buscam incessante-mente formas de prosseguirem em seu desenvolvimen-to profissional, que, se diga de passagem, é um ciclo sem fim.

IVAR - Deixe uma mensagem para nossos alunos.

Osmar - O importante para o varejista é saber a impor-tância de enxergar o seu negócio como um todo. Deve utilizar-se das ferramentas de Gestão Financeira para saber se está indo na direção correta e caso não esteja, este terá tempo hábil para corrigir seu rumo e salvar o Negócio. Ainda que se encontre em uma boa situação financeira, por que não melhorá-la? A Gestão Financeira constitui-se um exercício diário, mas os resultados com certeza compensam. Boa Sorte a todos e continuem com a garra que lhes é peculiar.

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Empresário LOJISTA24

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Na festa de encerramento do XXVI Encontro

Nacional de Sindicatos Patronais do Comér-

cio de Bens, Serviços e Turismo, realizado

em abril, em Aracaju, Sergipe, o presidente

Aldo Gonçalves recebeu o Troféu Mercúrio,

por ter o Sindilojas-Rio promovido o XXV En-

contro Nacional, em 2009, no Rio. Na foto,

o presidente da Associação dos Sindicatos

Patronais do Comércio de Sergipe, promo-

tor do XXVI Encontro, Abel Gomes da Rocha

Filho; o presidente do Sindilojas-Belém do

Pará, Manoel Jorge Colares, e o presiden-

te do Sindilojas-Rio, Aldo Gonçalves, com o

Troféu Mercúrio.

Sindilojas-Rio recebe o Troféu Mercúrio

Ecos do XXVI Enconto Nacional

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Empresário LOJISTA 25junho 2010

Valmir de Oliveira, gerente Administrativo/Financeiro do Sindilojas-Rio

Beleza, Fama e Poder

A conquista da

fama dura tão pouco tempo

que a sabedoria popular lhe

ofereceu míseros 15 minutos

RECURSOS HUMANOS

Alguns filósofos e profissionais das ciências hu-manas afirmam que são fases da vida, porém para passar por elas, sem que fiquem marcas profundas, há que se ter muita sabedoria.

A Beleza, por si só, impressiona. Ao mesmo tem-po em que provoca é cobiçada. Os que dela são possuidores, têm dificuldades para caminhar nos seus corredores. Os belos são instigantes, mas nem sempre humildes, pois tanto podem ser invejados como podem perseguir aqueles com predicados fí-sicos razoáveis. O dia a dia dos que nascem com esta prerrogativa é um tanto complicado, pois nem sempre são felizes. E, por vezes, pagam um pre-ço bem alto já que a própria sociedade os empurra para o narcisismo, ou seja: “- Espelho, espelho meu, existe alguém mais belo do que eu?”

Exatamente neste momento, valores éticos são colocados à margem do conceito global e essas pes-soas ficam sem norte, perdendo o rumo e passando a fazer parte dos sem destino. A beleza, sem alicer-ce, se finda como num passe de mágica.

E a Fama? Essa é conquistada e, dentro dela, a be-leza tem uma importância fundamental, juntamen-te com outros atributos. Nos programas chamados de reality show, os vencedores são recebidos festi-vamente com muitos aplausos, porém a frase que mais se aproxima da realidade é esta: “- Todos nós temos direito a 15 minutos de fama!”

Comprovadamente, a conquista da fama dura tão pouco tempo que a sabedoria popular lhe ofereceu míseros 15 minutos. Evidentemente alguns perso-nagens permanecem famosos por um tempo maior, mas são esquecidos de maneira cruel. Mais que isso: vezes há em que nem são lembrados. A fama é assim: contundente!

E agora Senhoras e Senhores, no palco, o Poder. Este pode ser conquistado ou concedido, sem levar

em conta a Beleza ou a Fama.Quem de nós já não presenciou a transformação

que ocorre em algumas pessoas que são promovidas a cargos de chefia? Exceções à regra, tornam-se agres-sivas, pedantes, arrogantes e insuportáveis. Qual é a razão dessa brusca mudança? Falta de preparo e du-pla personalidade.

E o mais desagradável é que o poder tem como ca-racterística principal o ato de humilhar o semelhante, provavelmente para demonstrar que está no controle. Só que não é bem assim. Já ouvimos de diversos soci-ólogos que quem está no supremo controle é aquele que muda quando quer, na hora que quiser, sem dar satisfações.

Pela análise dos organo-gramas das empresas, não há ser humano com essa bola toda, não. Mesmo porque todos nós estamos subordinados a um ordena-mento superior.

Portanto, já passou da hora de refletirmos sobre a seguinte frase: “-Que poder temos nós se sequer sabe-mos de onde viemos, o que somos e para onde iremos? É preciso parar com essa bobagem de tratar mal as pessoas, desrespeitosamente, sejamos “bonitos”, “fa-mosos” ou “poderosos”, assim mesmo, entre aspas.

Este assunto nos faz lembrar um amigo pesquisa-dor dos hábitos da monarquia, com os seus dizeres. Um deles se encaixa perfeitamente no assunto aqui tratado: “-Quer conhecer Horácio? Dê-lhe a chave do Palácio!”

Contato: [email protected]

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Empresário LOJISTA26

LEIS

E D

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LEGISLAÇÕES EM VIGOR

NOTA CARIOCA – NFS-e - Dispõe sobre a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica-NFS-e - NOTA CARIO-CA - e dá outras providências. Dec.nº 32.250, de 11 de maio de 2010. (DOM de 12.5.2010).

NOTA CARIOCA – NFS-e - Dis-põe sobre procedimentos rela-tivos à emissão da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica – NFS-e – NOTA CARIOCA e dá outras providências. Res. SMF nº 2.617, de 17 de maio de 2010 (DOM de 18.5.2010).

IPTU - Define os documentos necessários ao exame do pedi-do de concessão da remissão do Imposto sobre a Proprieda-de Predial e Territorial Urbana de que trata a Lei nº 5.066, de 10 de julho de 2009. Res. SMF nº 2.615, de 11 de maio de 2010 (DOM de 12.5.2010, republicada em 20.5.2010).

ISS - Prorroga o prazo de vali-dade dos formulários destina-dos à emissão dos documentos fiscais relativos ao ISS. Res. SMF nº2. 616, de 11 maio de 2010 (DOM de 12.5.2010).

DECLAN-IPM – ANO BASE 2009 - Dispõe sobre a declaração anual para o IPM (DECLAN-IPM - ano-base 2009) e a DASN-Complementar-RJ (DASN-C-RJ), estabelece normas gerais para a apuração do valor adicionado e para a fixação dos Indices de Participação dos Municípios na arrecadação do ICMS (IPM) e dá outras providências. Res. SEFAZ nº 291, de 7 de maio de 2010 (DOE de 11.5.2010).

DECLAN-IPM – PRORROGAÇÃO DE PRAZO - Prorroga o prazo de entrega da declaração anual para o IPM (DECLAN IPM) ano-base 2009. Res. SEFAZ nº 295, de 21 de maio de 2010 (DOE de 24.5.2010).

DECLAN-IPM – ANO BASE 2009 - Dispõe sobre as instruções de preenchimento da DECLAN-IPM ano-base 2009 (exceto para os estabelecimentos optantes do simples nacional), da DECLAN-IPM de baixa ano-base 2010, das DECLAN relativas a anos-base anteriores, por programa gera-dor ou por programa do próprio contribuinte, e da DASN-COM-PLEMENTAR-RJ on line. Port. SUACIEF nº 014, de 11 de maio de 2010 (DOE de 13.5.2010).

DIRF 2011 - Dispõe sobre a Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf) e o programa gerador da Dirf 2011. Inst. Norm. RFB nº 1.033,

de 14 de maio de 2010 (DOU de 17.5.2010).

ICMS - Ratifica o Convênio ECF 01/10 e os Convênios ICMS ICMS 08/10, 09/10, 10/10, 11/10, 13/10, 14/10, 15/10, 16/10, 18/10, 19/10, 20/10, 23/10, 24/10, 26/10, 27/10, 28/10, 31/10, 32/10, 33/10, 34/10, 35/10, 36/10, 37/10, 38/10, 39/10, 40/10, 41/10, 42/10, 43/10, 44/10, 45/10, 46/10, 47/10, 48/10, 49/10 ,50/10, 51/10, 52/10, 53/10, 54/10, 55/10, 56/10, 57/10, 58/10, 59/10, 60/10, 61/10, 62/10, 63/10, 64/10, 65/10, 66/10, 67/10 e 68/10 de 26 de março de 2010. Ato Decl. nº 4, de 22.4.2010 (DOU de 23.04.10).

ICMS - Disciplina a utilização ou transferência de saldos cre-dores acumulados do ICMS para liquidação de débito tributário relativo a fato gerador ocorri-do entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2009 e dá outras providências. Dec. nº 42.463, de 17 de maio de 2010 (DOE de 18.05.2010).

DÍVIDA ATIVA - Dispõe sobre alterações de prazos para usu-fruir da anistia concedida pela Lei n.º 5647/2010, prorrogada pela Lei n.º 7508/2010. Port. SUACIEF nº 12, de 03 de maio de 2010 (DOE de 05.5.2010, repu-blicado em 18.5.2010).

DCTF - Altera a Instrução Nor-mativa RFB Nº 974, de 27 de novembro de 2009, que dispõe sobre a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Fede-rais (DCTF). Inst. Norm. SRF nº 1.034, de 17 de maio de 2010 (DOU 18.05.2010).

TRIBUTAÇÃO PREVIDENCIÁ-RIA - Altera a Instrução Nor-mativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, que dispõe sobre normas gerais de tributa-ção previdenciária e de arreca-dação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e das destinadas a outras enti-dades ou fundos, administradas pela Secretaria da Receita Fede-ral do Brasil (RFB). Inst. Norm. RFB nº 1.027, de 22.4.2010 (DOU de 23.4.2010).

BENEFÍCIOS TRIBUTÁRIOS - Atualiza o Manual de Dife-rimento, Ampliação de Prazo de Recolhimento, Suspensão e de Incentivos e Benefícios de NaturezaTributária. Port. ST nº 651, de 29 de abril de 2010 (DOE de 03.5.2010).

CESSAÇÃO DE ATIVIDADE - Dispõe sobre procedimentos fiscais em face da verificação de cessação de atividades de esta-

belecimentos inscritos no CAD-ICMS, sem a devida comunica-ção ao fisco estadual. Port. SAF nº 646, de 28 de abril de 2010 (DOE de 29.04.2010).

CESSAÇÃO DE ATIVIDADE - Dispõe sobre procedimentos fiscais em face da verificação de cessação de atividades de estabelecimentos inscritos no CAD-ICMS, sem a devida comu-nicação ao fisco estadual. Port. SAF nº 654, de 05 de maio de 2010 (DOE 06.5.2010).

REGISTRO DO COMÉRCIO – TRANSFORMAÇÃO DE SOCIE-DADE - Dispõe sobre o processo de transformação de sociedades empresárias, contratuais, em empresário e vice-versa, e dá outras providências. Inst. Norm. DNRC nº 112, de 12.04.2010 (DOU de 26.04.2010, repub. DOU de 28.04.2010.

DIPJ 2010 - Aprova o programa gerador e as instruções para preenchimento da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ 2010). Inst. Norm. RFB nº 1.028, de 30 de abril de 2010 (DOU de 3.05.2010).

DACON - Aprova o programa gerador do Demonstrativo de Apuração de Contribuições So-ciais Mensal-Semestral, versão 2.4 (Dacon Mensal-Semestral 2.4). Inst. Norm. RFB nº 1.029, de 30 de abril de 2010 (DOU de 3.05.2010).

PARCELAMENTO DE DÉBITOS - Dispõe sobre os modelos de requerimentos de Parcelamento e de Reparcelamento de débi-tos inscritos em dívida ativa da União. Port. Conj. PGFN/RFB nº 2, de 29 de abril de 2010 (DOU de 3.5.2010).

PARCELAMENTO DE DÉBITOS - Dispõe sobre a necessidade de manifestação dos sujeitos passivos optantes pelos par-celamentos previstos na Lei Nº 11.941, de 27 de maio de 2009, com relação à inclusão dos dé-bitos nas respectivas modalida-des de parcelamento e dá outras providências. Port. Conj. PGFN/RFB nº 3, de 29 de abril de 2010 (DOU de 3.5.2010).

DOCUMENTOS FISCAIS - Dispõe sobre as especificações técnicas para a geração de arquivos pela empresa impressora de docu-mentos fiscais em sistema de fa-turamento conjunto nos termos do disposto no Convênio ICMS 126/98. Ato COTEPE/ICMS n° 9, de 30 de abril de 2010 (DOU de 03.5.2010).

TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚ-

BLICA – Regulamenta o Fundo Especial de Iluminação Públi-ca, criado pela Lei nº 5.132, de 17.12.09. Dec. nº 32.238, de 6 de maio de 2010 (DOM de 07.5.2010).

REGISTRO DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL - Cria o Sistema Nacional de Registro de Identificação Ci-vil, institui seu Comitê Gestor, regulamenta disposições da Lei no 9.454, de 7 de abril de 1997, e dá outras providências. Dec. nº 7.166, de 5 de maio de 2010 (DOU de 06.5.2010).

ALVARÁ AMBULANTES - Cria o Alvará de Autorização de Co-mércio Ambulante, o Alvará de Autorização de Módulos Padro-nizados e o Alvará de Autoriza-ção de Bancas de Jornais e Re-vistas, todos em área pública, delega a competência que men-ciona e dá outras providências. Dec. nº 32.213, de 4 de maio de 2010 (DOM de 05.5.2010).

REDUÇÃO INTERVALO INTER-JORNADA - Disciplina os requi-sitos para a redução do inter-valo intrajornada. Port. MTE N 1.095, de 19 de maio de 2010. (DOU de 20.05.2010).

LEGISLAÇÕES EM TRAMITAÇÃO

NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA:

DEFESA DO CONSUMIDOR – CA-DASTRO - Dispõe sobre a aber-tura e utilização de cadastro, ficha, registro de dados pesso-ais e de consumo por conces-sionárias de serviços públicos, estabelecimentos comerciais e empresas de telemarketing. Proj. de Lei nº 2154/2009 (DOE, Poder Legislativo, de 29.4.2010) Autor: Dep. Paulo Ramos.

CARTÃO DE CRÉDITO E DÉBI-TO - Dispõe sobre o pagamento com cartões de crédito e débito nos estabelecimentos comer-ciais do Estado do Rio de Janei-ro. Proj. de Lei nº 3035/2010 (DOE, Poder Legislativo, de 29.4.2010). Autor: Dep. Alair Correa

RECICLAGEM SACOLAS – Altera a Lei nº 5.502, de 15.7.2009, que dispõe sobre a substituição e recolhimento de sacolas plás-ticas em estabelecimentos co-merciais localizados no Estado do Rio de Janeiro como forma de colocá-las à disposição do ci-clo de reciclagem e proteção ao meio ambiente fluminense. Proj. de Lei nº 3028/2010 (DOE, Po-der Legislativo, de 28.4.2010). Autor: Dep. Paulo Ramos.

O Centro de Estudos do CDLRio acompanha a legislação da União, do Estado do Rio de Janeiro e da cidade do Rio. Os textos das legis-lações mencionadas poderão ser solicitados, sem ônus, ao Centro de Estudos do CDLRio através dos telefones 2506.1234 e 2506 1254.

Page 29: Lojista jun 10

Empresário LOJISTA 27junho 2010

MOVIMENTO DE CHEQUES

GRÁFICOS DE CHEQUES - CDLRIOSegundo o registro de cadastro do CDLRio, as

consultas ao LIG Cheque em abril em relação ao

mesmo mês de 2009, as consultas, as dívidas

quitadas e inadimplência cresceram, respecti-

vamente, 15,8%, 11,6% e 0,9%.

No acumulado dos primeiros quatro meses

deste ano (janeiro/abril) em relação ao ano

passado, as consultas, as dívidas quitadas e a

inadimplência aumentaram, respectivamente,

7,1%, 8,3% e 0,9%.

Cheque

ABRIL DE 2010 EM RELAÇÃO A ABRIL DE 2009

PercentualCONSULTAS +15,8%

INADIMPLÊNCIA +0,9%

DÍVIDAS QUITADAS +11,6%

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS 12 MESES

ABR/10 - MAI/09 PercentualCONSULTAS +2,9%

INADIMPLÊNCIA +1,5%

DÍVIDAS QUITADAS +4,9%

ABR. DE 2010 EM RELAÇÃO A MAR. A DE 2010

PercentualCONSULTAS – 5,7%

INADIMPLÊNCIA +10,8%

DÍVIDAS QUITADAS – 1,6%

Procura por informações referentes aos produtos do CDLRio?Quer conhecer produtos que possam auxiliar na otimização da análise de crédito?

Então entre em contato com a Central de Relacionamento, atendimento Help Desk do CDLRio, no telefone

(21) 2506-5533, de segunda a sábado de 8:30 às 21h.

TER

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JAN. A ABR. DE 2010 EM RELAÇÃO A JAN. A ABR. DE 2009

PercentualCONSULTAS +7,1%

INADIMPLÊNCIA +0,9%

DÍVIDAS QUITADAS +8,3%

Page 30: Lojista jun 10

Empresário LOJISTA28

Caso sua empresa se interesse

em participar desta estatística, contate o

Centro de Estudos pelo telefone

(21) 2506.1234 e 2506.1254 ou

e-mail: [email protected].

No acumulado dos primeiros quatro meses as vendas cresceram 15,9%.

No quarto mês consecutivo de resultado posi-tivo, as vendas do comércio da Cidade do Rio de Janeiro registraram aumento de 11,6% em abril em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas divulgadas mensalmente pelo Centro de Estudos do CDLRio, que ouviu cerca de 750 estabelecimentos comer-ciais. No acumulado dos primeiros quatro meses (janeiro/abril) as vendas cresceram 15,9% em com-paração com o mesmo período de 2009.

Segundo o presidente do CDLRio, Aldo Gonçal-ves, abril normalmente não é um mês de grandes vendas e mesmo fortemente influenciado pelos fe-riados da Paixão de Cristo (que caiu numa 6ª feira), de Tiradentes ( 4ª feira) e de São Jorge ( 6ªfeira), resultando em duas semanas de feriados prolonga-dos, foi um mês de boas vendas. “Outro aspecto a ser comemorado é que no acumulado dos primei-ros quatro meses do ano as vendas foram positivas em 15,9%”, explica Aldo.

O destaque da pesquisa foi o Ramo Duro (bens duráveis), que apresentou um crescimento de 13,4% contra 7,6% do Ramo Mole (bens não duráveis). Os melhores desempenhos foram dos setores de ele-trodomésticos (13,7%), móveis (9,9%), confecções e moda infantil (7,7%), calçados (5,8%), jóias (2,6%) e tecidos (2,1%). Quanto à forma de pagamento, as vendas à vista com 11,6% foram as preferidas pelos clientes contra 11,5% das vendas a prazo.

Em relação às vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, a pesquisa mostrou que, no Ramo Mole, as lojas da Zona Norte foram as que mais venderam (16,1%) seguidas das lojas da Zona Sul (8%) e do Centro (-13,2%). No Ramo Duro, as lojas da Zona Norte com 17,6% lideraram as ven-das, seguidas da Zona Sul com 9,1% e do Centro com menos 1,8%.

Comércio do Rio vendeu mais 11,6% em abril

TER

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EN

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S

ABRIL 2010 / ABRIL 2009

ABRIL/10 V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL +11,6% +11,6% +11,5%

RAMO MOLE +7,5% +6,5% +8,4%

RAMO DURO +13,4% +14,0% +12,9%

ABRIL 2010 / ABRIL 2009 - Categorias

Ramo Mole Ramo Duro

Confecções +7,7% Eletro +13,7%

Calçados +5,8% Móveis +9,9%

Tecidos +2,1% Jóias +2,6%

Óticas +1,6%

BARÔMETRO: MÊS CORRENTE / MÊS ANTERIOR DO MESMO ANO

V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL – 12,4% – 25,3% – 21,6%

RAMO MOLE – 16,4% – 26,4% – 4,1%

RAMO DURO – 26,1% – 24,8% – 27,1%

ABRIL 2010 / ABRIL 2009 - Localização

Localização Ramo Mole Ramo Duro

CENTRO – 13,2% – 1,8%

NORTE +16,1% +17,6%

SUL +8,0% +9,1%

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS DOZE MESES (ABR/10 -MAI/09)

V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL +11,6% +10,0% +12,7%

RAMO MOLE +10,6% +8,3% +11,5%

RAMO DURO +12,0% +10,2% +13,1%

ACUMULADA DO ANO JAN-ABR 2010 / JAN-ABR 2009

JAN-FEV 2010 V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL +15,9% +14,8% +17,0%

RAMO MOLE +10,7% +10,9% +10,6%

RAMO DURO +17,9% +16,4% +19,2%

Page 31: Lojista jun 10

Empresário LOJISTA 29junho 2010

A inadimplência no comércio da Cidade do Rio de Janeiro em abril caiu 1,6% em relação ao mesmo mês de 2009. Foi o menor índice de inadimplência dos primeiros quatro meses do ano, de acordo com os registros do Serviço de Proteção ao Crédito do CDL-Rio - Clube de Dire-tores Lojistas do Rio de Janeiro.

As dívidas quitadas (que mostra o número de consumidores que colocaram suas compras em dia) cresceram 6,6% e as consultas (que indica o movimento do comércio) também aumentaram 8,7% em relação a abril de 2009, refletindo a melhoria dos negócios que o comércio vem ex-perimentando desde o Natal.

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano (janeiro/abril) em relação ao mesmo período do ano passado, a inadimplência dimi-nuiu 0,2% e as consultas e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 4% e 5,2%.

GRÁFICOS CDLRIO

Inadimplência no comércio em abril foi a menor do ano T

ER

MET

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EN

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ABRIL DE 2010 EM RELAÇÃO A ABRIL DE 2009

PercentualCONSULTAS +8,7%

INADIMPLÊNCIA – 1,6%

DÍVIDAS QUITADAS +6,6%

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS 12 MESES

ABR/10 - MAI/09 PercentualCONSULTAS – 3,1%

INADIMPLÊNCIA +1,2%

DÍVIDAS QUITADAS +4,3%

ABR. DE 2010 EM RELAÇÃO A MAR. DE 2010

PercentualCONSULTAS – 7,4%

INADIMPLÊNCIA +6,4%

DÍVIDAS QUITADAS +4,0%

Movimento do Serviço de

Proteção ao Crédito - CDLRIO

JAN. A ABR. DE 2010 EM RELAÇÃO A JAN. A ABR. DE 2009

PercentualCONSULTAS +4,0%

INADIMPLÊNCIA – 0,2%

DÍVIDAS QUITADAS +5,2%

Page 32: Lojista jun 10

Empresário LOJISTA30

> GIA/ICMS - 07/2010

Último número da raizdo CNPJ do estabelecimento

Prazo-limite de entregareferente ao mês 06/2010

1 e 2 12/07

3 13/07

4 14/07

5 15/07

6 16/07

7, 8 e 9 19/07

0 20/07

Obrigações dos lojistas para julho/2010

01/07 - DCT

Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresen-tando-o à CEF, para efetuar o ca-dastramento.

05/07 – ISS

Recolhimento do imposto re-ferente ao mês anterior, para empresas com faturamento médio mensal igual ou superior a R$ 968.705,62 (grupo 1)

05/07 – ICMS

Pagamento do imposto pelos con-tribuintes relacionados no anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente à apuração do mês an-terior.

07/07 – FGTS

Efetuar o depósito corresponden-te ao mês anterior.

07/07 – CAGED

Cadastro de Empregados. Reme-ter via Internet através do pro-grama ACI, informando sobre admissões, desligamentos e trans-ferências de funcionários ocorri-dos no mês anterior.

07/07 – ISS

Recolhimento referente ao mês anterior pelos contribuintes submetidos ao regime de apuração mensal, por serviços prestados, retenção de terceiros ou substituição tributária (inclusive, empresas localizadas fora do município, e sociedades uniprofissionais e pessoas físicas e equiparadas a empresa), exceto os que tenham prazo específico (grupo 2).

07/07 – DACON – Mensal

Prazo de entrega do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) referente ao mês de maio/2010.

12/07 – ICMS

Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior.

15/07 – PIS, COFINS, CSLL

Referente a fatos geradores ocorridos na 2ª quinzena do mês de junho/2010 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL ).

20/07 – SUPER SIMPLES/SIMPLES NACIONAL

Pagamento do DAS referente ao período de apuração do mês anterior (junho/2010)

*20/07 – INSS

Recolher a contribuição previdenciária referente ao mês anterior *(Prorrogado o prazo para o dia 20 pela Medida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08).

21/07 – DCTF – Mensal

Prazo de entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributá-rios Federais referente ao mês de maio/2010.

*23/07 - COFINS

Recolher 3% sobre a receita do mês anterior, exceto as empresas tribu-tadas no lucro real. *(Prorrogado

o prazo para o dia 25 pela Medi-da Provisória nº 447 publicada no DOU em 17/11/08).

*23/07 - COFINS

Recolher 7,6% para empresas tri-butadas no lucro real. *(Prorroga-do o prazo para o dia 25 pela Me-dida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08).

*23/07 - PIS

Recolher 0,65% sobre as operações do mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08).

30/07 - CONTRIBUIÇÃO SINDICAL EMPREGADOS

Efetuar o desconto de 1/30 do salário dos empregados para recolhimento a favor do sindicato profissional, dos admitidos em débito com a obrigação.

30/07 – PIS, COFINS, CSLL

Referente a fatos geradores ocor-ridos na 1ª quinzena do mês de julho/2010 (Retenção de contri-buições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL).

30/07 – IR/PJ

Empresas devem efetuar o reco-lhimento do tributo incidente so-bre o período de apuração do mês anterior.

30/07 – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Empresas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitra-do, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o perío-do de apuração do mês anterior.

ÍND

ICES

> SALÁRIO FAMÍLIA

Remuneração Valor da Quota - R$

Até R$ 531,12 27,24

De R$ 531,13 até R$ 798,30 19,19

Acima de R$ 798,31 Sem direito

Este benefício é pago por filho de qualquer condição ou a ele equiparado, até 14 anos, ou inválidado com qualquer idade. A Previdência reembolsa as empresas

(Portaria Interministerial nº 350, de 30 de dezembro de 2009)

> Calendário de IPTU 2010

Final de Inscrição 6ª Cota

0 e 1 05/07

2 e 3 05/07

4 e 5 05/07

6 e 7 06/07

8 e 9 06/07

Page 33: Lojista jun 10

Empresário LOJISTA 31junho 2010

ÍND

ICES

> ALÍQUOTAS DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE

Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto de Renda de Pessoa Física para o exercício de 2010, ano-calendário de 2009.

Base de Cáculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a Deduzir do

imposto em R$

Até 1.499,15 - -

De 1.499,16 a R$ 2.246,75 7,5 112,43

De 2.246,76 a R$ 2.995,70 15 280,94

De 2.995,71 a R$ 3.743,19 22,5 505,62

Acima de R$ 3.743,19 27,5 692,78

Ano-calendário Quantia a deduzir, por dependente, em R$

2009 144,20

> Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de * 1º de Janeiro de 2010

Salário de contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

Até 1.024,97 8,00

De 1.024,98 até 1.708,27 9,00

De 1.708,28 até 3.416,54 11,00

Com o advento da Medida Provisória nº 83 de 12/12/2002 e a conversão desta, na Lei nº 10.666 de 08 de maio de 2003, bem como da Instrução Normativa nº 87 de 27/03/2003, FICA EXTINTA a escala de salários-base, a partir da competência ABRIL de 2003, sendo aplicável apenas para pagamentos de contribuição em atraso.

A partir da competência abril/2007, para os segurados contribuinte individual e facultativo o valor da contribuição deverá ser de 11% para quem recebe até um salário mínimo e de 20% para quem recebe acima do salário-base (mínimo), caso não preste serviço a empresa(s), que poderá va12/01ite mínimo ao limite máximo do salário de contribuição (LC 123, de 14/12/2006).

Portaria nº 350, de 30 de dezembro de 2010

> Tabela de contribuição para segurados contribuinte individual e facultativo para pagamento de remuneração a partir até 1º de janeiro de 2010.

Plano Simplificado de Previdência Social (PSPS)Salário de contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento

ao INSS (%)

510,00 (valor mínimo) 11

De 510,01 (valor mínimo) até 3.416,54(valor máximo) 20

A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo é de vinte por cento (20%) sobre o salário-de-contribuição, respeitados os limites míni-mo e máximo deste. Aos optantes pelo Plano Simplificado de Previdência Social, a alíquota é de onze por cento (11%), observados os critérios abaixo.

Plano Simplificado de Previdência Social (PSPS) - Desde a competência abril/2007, podem contribuir com 11% sobre o valor do salário-mínimo os seguintes segura-dos: contribuintes individuais que trabalham por conta própria (antigo autônomo), segurados facultativos e empresários ou sócios de empresa cuja receita bruta anual seja de até R$ 36.000,00. Tal opção implica exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição (LC 123, de 14/12/2006).

A opção para contribuir com 11% decorre automaticamente do recolhimento da contribuição em código de pagamento específico a ser informado na Guia da Previdência Social. Além disso, não é vitalícia, o que significa que aqueles que optarem pelo plano simplificado podem, a qualquer tempo, voltar a contribuir com 20%, bastando alterar o código de pagamento na GPS.

SIMPLES NACIONAL PERCENTUAISAPLICADOS

Enquadramento

Receita Bruta Acumulada nos12 meses anteriores

(R$)

ANEX

O I

Com

érci

o

ANEX

O II

Indú

stria

ANEX

O II

ISe

rviç

o (I)

ANEX

O IV

Serv

iço

(II)

ANEX

O V

Serv

iço

(III)

Microempresa Até R$ 120.000,00 4,00% 4,50% 6,00% 4,50% 4,00%

De R$ 120.000,01 a R$ 240.000,00 5,47% 5,97% 8,21% 6,54% 4,48%

De R$ 240.000,01 a R$ 360.000,00 6,84% 7,34% 10,26% 7,70% 4,96%

De R$ 360.000,01 a R$ 480.000,00 7,54% 8,04% 11,31% 8,49% 5,44%

De R$ 480.000,01 a R$ 600.000,00 7,60% 8,10% 11,40% 8,97% 5,92%

De R$ 600.000,01 a R$ 720.000,00 8,28% 8,78% 12,42% 9,78% 6,40%

De R$ 720.000,01 a R$ 840.000,00 8,36% 8,86% 12,54% 10,26% 6,88%

De R$ 840.000,01 a R$ 960.000,00 8,45% 8,95% 12,68% 10,76% 7,36%

De R$ 960.000,01 a R$ 1.080.000,00 9,03% 9,53% 13,55% 11,51% 7,84%

De R$ 1.080.000,01 a R$ 1.200.000,00 9,12% 9,62% 13,68% 12,00% 8,32%

Empresa de Pequeno

Porte

De R$ 1.200.000,01 a R$ 1.320.000,00 9,95% 10,45% 14,93% 12,80% 8,80%

De R$ 1.320.000,01 a R$ 1.440.000,00 10,04% 10,54% 15,06% 13,25% 9,28%

De R$ 1.440.000,01 a R$ 1.560.000,00 10,13% 10,63% 15,20% 13,70% 9,76%

De R$ 1.560.000,01 a R$ 1.680.000,00 10,23% 10,73% 15,35% 14,15% 10,24%

De R$ 1.680.000,01 a R$ 1.800.000,00 10,32% 10,82% 15,48% 14,60% 10,72%

De R$ 1.800.000,01 a R$ 1.920.000,00 11,23% 11,73% 16,85% 15,05% 11,20%

De R$ 1.920.000,01 a R$ 2.040.000,00 11,32% 11,82% 16,98% 15,50% 11,68%

De R$ 2.040.000,01 a R$ 2.160.000,00 11,42% 11,92% 17,13% 15,95% 12,16%

De R$ 2.160.000,01 a R$ 2.280.000,00 11,51% 12,01% 17,27% 16,40% 12,64%

De R$ 2.280.000,01 a R$ 2.400.000,00 11,61% 12,11% 17,42% 16,85% 13,50%

Ref.: Lei Complementar n° 123/2006

> PISOS E BENEFÍCIOS DOS COMERCIÁRIOS DO RIO 2010

Contrato de experiência (máximo: 90 dias) R$ 510,00

Pisos Salariais: 1ª faixa 2ª faixa

R$ 576,00R$ 585,00

Operador de Telemarketing R$ 590,00

Garantia mínima de comissionista R$ 660,00

Ajuda de custo a comissionista R$ 23,00

Quebra da caixa R$ 26,00

Refeições aos sábados: Lanche, após 14:30h R$ 8,50

Jantar, após 18:30h R$ 8,50

Benefício social familiar - empregador R$ 4,50

empregado R$ 0,50

As empresas que efetuarem o pagamento das refeições (lanche ou jantar) em espécie poderão descontar R$ 0,50 do salário dos empregados.

> Calendário de Licenciamento Anual - 2010

Finais de Placa Período para o licenciamento

0 até 30/04/2010

1 até 31/05/2010

2 até 30/06/2010

3 até 31/07/2010

4 até 31/08/2010

5 até 30/09/2010

6 e 7 até 31/10/2010

8 e 9 até 30/11/2010

> PISOS SALARIAIS

Salário Mínimo Nacional R$ 510,00

Pisos Regionais do Estado do Rio (Lei 5357, de 13.12.08)Faixa 1 (trabalhadores do setor agrícola) R$ 553,31

Faixa 2 (domésticas, serventes...) R$ 581,88

Faixa 3 (serviços adm., operação de máquinas...) R$ 603,31

Faixa 4 (construção civil, despachantes, garçons...) R$ 624,73Faixa 5 (encanadores, soldadores, chapeadores...) R$ 646,12Faixa 6 (frentistas, profissionais de call center...) R$ 665,77

Faixa 7 (serviços de contabilidade e nível técnico) R$ 782,93

Faixa 8 (docentes de 1º grau 40 horas e técnicos) R$ 1.081,54

Faixa 9 (advogados e contadores) R$ 1.484,58

Obs. Os empregados que têm piso salarial definido em Lei Federal, convenção ou acordo coletivo ficam excluídos dos efeitos da Lei dos Pisos Salariais no Estado do Rio de Janeiro, como ocorre com os comerciários do Rio.

Page 34: Lojista jun 10

Empresário LOJISTA32

Mauro Osorio da Silva*,economista

OPINIÃO

Possibilidades para a

“Cidade Maravilhosa”

A cidade do Rio de Janeiro constrói-se historica-

mente como porto, eixo de logística brasileiro e lati-

no-americano, passando a abrigar a Capital da Repú-

blica por ocasião do ciclo do ouro e consolidando-se,

nessa trajetória, como centro da capitalidade brasi-

leira – de acordo com o conceito do historiador de

arte e ex-prefeito de Roma Giulio Argan.

Segundo Argan, todo país do mundo possui uma ci-

dade que é a sua referência internacional. Esta cidade

é o centro da cultura, das finanças e, via de regra, o

centro do poder. Quando pensamos nos EUA, pensa-

mos em Nova York e não em Washington. Da mesma

forma, apesar da cidade do Rio ter deixado de ser a

Capital do país há 50 anos,

até hoje somos a principal

referência externa do país,

mesmo com o poderio eco-

nômico paulista.

Essa imagem do Rio e

o seu capital intangível

foram fatores essenciais

para conquistarmos a re-

alização em nossa cidade

das Olimpíadas de 2016.

No entanto, o fato de termos nos mantido como

principal referência internacional não impediu uma

forte estagnação da cidade nas últimas décadas. Entre

1970 e 2006, a participação do PIB da cidade no PIB

brasileiro caiu de 12,84% para 4,68% Entre os motivos

principais dessa trajetória, podemos listar a perda da

Capital e a carência de estratégias econômicas regio-

nais durante esse período.

No momento atual, o Rio apresenta boas possibi-

lidades de reativação econômica e de melhoria das

condições de vida da nossa população. A economia

brasileira deve crescer significativamente na próxima

década. As Olimpíadas Mundiais Militares, em 2011,

o fato de provavelmente sediarmos a final da Copa

do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, ao lado

de melhoria do ponto de vista da segurança pública,

com as Unidades de Polícia Pacificadoras, poderão

ampliar a projeção internacional do Rio de forma po-

sitiva.

Ao lado disso, a cidade e o Estado do Rio de Janeiro

são a principal região a se beneficiar da descoberta

do pré-sal. Em palestra recente, o presidente do BN-

DES apontou a perspectiva de, até 2013, ocorrerem

no país investimentos na área de petróleo e gás em

torno de US$ 202,2 bilhões. Para se ter uma idéia do

que isso significa, as Olimpíadas de 2016 gerarão in-

vestimentos em torno de US$ 16 bilhões. Além disso,

estimativa da Prefeitura do Rio aponta que, só na ci-

dade do Rio de Janeiro, serão gerados, até 2016, 80

mil empregos relacionados ao complexo produtivo

do petróleo e gás, contra 15 mil empregos estimados

pela realização das Olimpíadas.

No entanto, não devemos deitar em berço esplendi-

do. O sucesso não está dado. O carioca, por sua histó-

ria, privilegia normalmente preocupações nacionais,

não levando em devida conta a necessidade de cons-

trução de estratégias locais.

Para, de fato, a população carioca se apropriar

positivamente das possibilidades no horizonte, é

necessário aprimorar os debates sobre as estraté-

gias para atração de investimentos vinculados aos

complexos de petróleo e gás e de esporte, turismo

e entretenimento, além de desenhar uma adequada

política de infra-estrutura e transporte de massas na

cidade do Rio de Janeiro, priorizando trilhos, prin-

cipalmente em um cenário de crescimento da renda

e ampliação das vendas de meios de transporte in-

dividuais.

*Mauro Osório é autor de “Rio Nacional, Rio Local:

Mitos e Visões da Crise Carioca e Fluminense”, editora

Senac Rio, e consultor do CDLRio.

Capital do país há 50

anos, até hoje somos

a principal referência

externa do país,

mesmo com o poderio

econômico paulista.

Page 35: Lojista jun 10

Empresário LOJISTA 33junho 2010

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Empresário LOJISTA34

As empresas associadas ao Sindilojas-Rio são dispensadas de pagar a referi-da Taxa. O valor que as lojas associadas deixam de recolher de Taxa Anual é superior ao valor das mensalidades.

Além de fazer esta economia, a empresa associada ao Sindilojas-Rio conta com vários serviços prestados por profissionais experientes em Assessoria Jurídica Trabalhista, Cível, Tributária e Fisco-Tributário.

E ainda tem muitas outras vantagens como Medicina Ocupacional, Comissão de Conciliação Prévia, Homologação de Rescisão de Contrato de Trabalho, convênios/descontos com a Unimed, universidades, lojas e serviços através do Cartão Multicard, revista mensal Empresário Lojista, Treinamentos, Banco de Em-prego, Cheque Garantido e outros.

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Barra da Tijuca: 2431-5096Centro: 3125-6667Campo Grande: 3394-4384Copacabana: 2235-6873Madureira: 2489-8066Méier: 3276-1045Tijuca: 2284-9443

www.sindilojas-rio.com.br

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As lojas estão obrigadas a pagar

a Taxa Anual de Renovação

de Letreiros até 30 de junho