logística e produção - aula 2

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Logística e produção. Prof. Fábio Moraes Aula 2: Objetivo da aula: Ao fim de aula espera-se que o aluno possa ser capaz de compreender a história da administração da produção/operações e ser capaz de relacioná-la com os seus objetivos. Conteúdo: Pressupostos de Administração da Produção: evolução da administração da produção e das operações. Objetivos da Administração da Produção/Operações Texto de apoio à aula: MARTINS, Petrônio Garcia. Administração da produção. 2ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 1 a 5; 7-8. SLACK, Nigel ; CHAMBERS, Stuart ; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2002. p. 63-79.

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Logística e Produção - Aula 2

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  • Logstica e produo.Prof. Fbio Moraes

    Aula 2: Objetivo da aula: Ao fim de aula espera-se que o aluno possa ser capaz de compreender a histria da administrao

    da produo/operaes e ser capaz de relacion-la com os seus objetivos.

    Contedo:

    Pressupostos de Administrao da Produo: evoluo da administrao da produo e das operaes.

    Objetivos da Administrao da Produo/Operaes

    Texto de apoio aula:

    MARTINS, Petrnio Garcia. Administrao da produo. 2ed. So Paulo: Saraiva, 2005. p. 1 a 5; 7-8.

    SLACK, Nigel ; CHAMBERS, Stuart ; JOHNSTON, Robert. Administrao da Produo. So Paulo: Atlas, 2002. p. 63-79.

  • Retomada.

    A funo produo, entendida como o conjunto de atividades que levam

    transformao de um bem tangvel em um outro com maior utilidade, acompanha o homem desde sua origem.

    Quando polia a pedra a fim de transform-la em

    utenslio mais eficaz, o homem pr-histrico

    estava executando uma atividade de produo

    Notem:Nesse primeiro estgio, as ferramentas e os utenslios

    eram utilizados exclusivamente por quem os

    produzia, ou seja, inexistia o comrcio, mesmo que

    de troca ou escambo.

  • Com passar do tempo muitas

    pessoas se revelaram extremamente

    habilidosas na produo de certos bens, e

    passaram a produzi-los conforme

    solicitao especificaes apresentadas por

    terceiros. Surgiam, ento, os primeiros

    artesos e a primeira forma organizada de

    produo, j que os arteso estabeleciam:

    Prazos de entrega; Classificava as prioridades; Atendiam as especificaes prefixadas; Determinavam preo.

  • A produo artesanal comeou a entrar em decadncia com o advento da Revoluo

    Industrial.

    Com a descoberta da mquina a vapor em 1764 por Jame

    Watt, tem inicio o processo de substituio da fora humana

    pela fora da mquina. Os artesos, que at ento

    trabalhavam em suas prprias oficinas, comearam a ser

    agrupados nas primeiras Fabricas..

  • Essa verdadeira revoluo na maneira como os produtos eram fabricados trouxe

    consigo algumas exigncias:

    a padronizao dos produtos e seu processos de fabricao;

    o treinamento e a habilitao da mo-de-obra de trabalho.

    A criao e o desenvolvimento dos quadros gerenciais e de superviso

    o desenvolvimento de tcnicas de planejamento e controles financeiros e da produo

    desenvolvimento de tcnicas de vendas.

    Teve incio o registro, por desenhos e croquis, dos produtos e processos fabris, surgindo a funo de Projeto do Produto, de processos, de instalaes, de equipamentos.

  • No fim do sculo XIX urgiram nos Estados Unidos os trabalhos

    Taylor, considerado o pai da Administrao Cientfica.

    Com os trabalhos dele, surge a sistematizao do conceito de

    produtividade, ou seja, a procura incessante por melhores

    mtodos de trabalho e processos de produo com o objetivo de

    se obter melhoria da produtividade com o menor custo possvel.

    A anlise da relao entre o output - ou, em outros termos, uma

    medida quantitativa do que foi produzido como quantidade ou valor

    das receitas provenientes da venda do produtos /ou servios finais

    -e o input ou seja, uma medida quantitativa dos insumos, como quantidade ou valor das matrias-primas, mo-de-obra, energia

    eltrica, capital, instalaes prediais e outras - nos permite

    quantificar a produtividade, que sempre foi o grande indicador do

    sucesso ou fracasso das empresas.

    Frmula

  • Na dcada de 1910, Henry Ford cria a linha de montagem

    seriada, revolucionando os mtodos e processos produtivos at ento

    existentes:

    Surge o conceito: Produo em massa.

    caracterizada por grandes volumes de

    produtos extremamente padronizados,

    isto , baixssima variao dos tipos de

    produtos finais

    Conceitos Importantes:

    Linha de montagem, posto de trabalho, estoques intermedirios,

    monotonia do trabalho, arranjo fsico, balanceamento de linha. produtos

    em processo, motivao, sindicatos, manuteno preventiva, controle

    estatstico da qualidade e fluxogramas de processos.

  • O conceito de produo em massa e as tcnicas produtivas dele

    decorrentes predominaram nas fbricas at meados da dcada de 1960, quando

    surgiram novas tcnicas produtivas caracterizando a denominada produo

    enxuta. A produo enxuta introduziu, entre outros, os seguintes conceitos:

    Just-in-times (JIT): processo que gerencia a produo objetivando o maior volume

    possvel da produo, usando o mnimo de matria-prima, embalagens, estoques

    intermedirios, recursos humanos, no exato momento em que requerido tanto pela

    linha de produo quanto pelo cliente. necessrio um controle rgido para que o

    abastecimento acontea exatamente quando solicitado, com qualidade, evitando-se

    gerar estoque em excesso, escassez ou desperdcio do produto

  • engenharia simultnea: conceito que se refere participao de

    todas as reas funcionais da empresa no desenvolvimento do

    projeto do produto. Tanto os clientes como os fornecedores so

    tambm envolvidos com o objetivo de reduzir prazos, custos e

    problemas na fabricao e comerciazao.

    tecnologia de grupo: uma filosofia de engenharia e manufatura

    que identifica as similaridades fsicas dos componentes - com

    roteiros de fabricao semelhantes - agrupando-os em processos

    produtivos comuns. Facilita a definio de clulas de produo

  • consrcio modular: a primeira fbrica no mundo a utilizar esse conceito foi a Volkswagen,

    diviso de caminhes e nibus de Resende, no Rio de Janeiro. Diversos parceiros trabalham

    juntos dentro da planta da Volkswagen, nos seus respectivos mdulos, para a montagem dos

    veculos, e so responsveis pelas operaes na linha de montagem. Trabalhando juntos,

    necessrio que haja uma padronizao e especificao dos processos, uma vez que existem

    vrias empresas, com culturas organizacionais distintas. Cada parceiro deve, tambm,

    especificar os processos, prover recursos materiais, peas necessrias para a montagem,

    ferramentas e controles utilizados. Como principais vantagens, o consrcio modular permite a

    reduo nos custos de produo e investimentos. Diminui ainda os estoques e o tempo de

    produo dos veculos, aumentando a eficincia e produtividade. alm de tomar mais flexvel

    a montagem de veculos.

    clulas de produo: unidade de manufatura e/ou servios que consiste em uma ou mais

    estaes de trabalho, com mecanismos de transporte e de estoques intermedirios entre elas.

    As estaes de trabalho so geralmente dispostas em forma de "U" com objetivo de haver

    maior velocidade de produo. Exige que o funcionrio seja polivalente, ou seja, participe de todo o processo com todos os funcionrios, estabelecendo integrao da equipe de trabalho. Visa a melhoria de controle da qualidade: o defeito, muitas vezes, pode ser detectado e corrigido na prpria estao

  • desdobramento da funo qualidade (quality function deployment - QFD): metodologia que

    visa levar em conta, no projeto do produto, todas as principais exigncias do consumidor a fim

    de no somente atend-las como Tambm suplant-las3 . Como o prprio nome sugere, a

    qualidade desdobrada em funes que primam pelo seus procedimentos objetivos em cada

    um dos estgios do ciclo de desenvolvimento de um produto, desde a pesquisa e

    desenvolvimento at sua venda e distribuio (essa rede ser responsvel por gerar a qualidade

    do produto como um todo);

    comakership: o mais alto nvel de relacionamento entre cliente e fornecedor, representado por

    conceitos como os de confiana mtua, participao e fornecimento com qualidade a segurada.

    O termo poderia ser traduzido como co-fabricao, pois o fornecedor participa ativamente,

    envolvendo-se com as vrias fases do projetos, como seu planejamento, custos e qualidade,

    pois possui a garantia de contratos de fornecimento de longo prazo;

  • Sistemas flexveis de manufatura: conjunto de mquinas de controle numrico

    interligadas por um sistema central de controle e por um sistema automtico de

    transporte (flexible manufacturing systems -FMS) ;

    Manufatura integrada por computador: inteno total da organizao

    manufatureira por meio de sistemas de computadores e filosofia gerenciais que

    melhoram a eficcia da empresa (computer integrated manufacturing - CIM)

    benchmarking: comparaes das operaes de um setor ou de uma organizao

    em relao aos outros setores ou concorrente diretos ou indireto . Este

    acompanhamento das empresas lderes em seus segmentos envolve o mais

    diversos aspectos, como prticas (modelos, processo, tcnicas) e de empenho,

    podendo ocorrer interna ou externamente organizao, a fim de melhorar sua

    criatividade para atingir seus objetivos.

  • Estgio atual da produo

    Ao longo desse processo de modernizao da produo, cresce em importncia a figura do

    consumidor, em nome do qual tudo se tem feito.

    Pode-se dizer que a procura da satisfao do consumidor que tem levado as empresas a se

    atualizarem com novas tcnicas de produo, cada vez mais eficazes, eficientes e de alta

    produtividade.

    to grande a ateno dispensada ao consumidor que este, em muitos caso, j especifica em

    detalhes o "seu" produto, em que isso atrapalhe o processo de produo do fornecedor, tal a

    sua flexibilidade. Assim, estamos caminhando para a produo customizada, que, de certo

    aspecto, um 'retomo ao artesanato" sem a figura do arteso que passa a ser substitudo por

    modernssimas fbricas.

    Sculo XXI, busca-se

    conciliar a produo

    personalizada dos artesos,

    com os padres da

    Revoluo Industrial.

  • Viso geral de manufatura e servios

    Ao longo de todo o desenvolvimento dos processos de fabricao de bens tangveis,

    estiveram presentes sempre de forma crescente, os servios.

    Podemos afirmar que, at meados da dcada de 1950, a indstria de transformao era a

    que mais se destacava no cenrio poltico e econmico mundial. As chamins das fbricas

    eram smbolo de poder, pois empregavam mais pessoas e eram responsveis pela maior

    parte do produto interno bruto dos pases industrializados.

    Hoje isso no mais verdadeiro. O setor de servios emprega mais pessoas e gera maior

    parcela do produto interno bruto na maioria das naes do mundo.

    Dessa forma passou-se a dar ao fornecimento de servios uma abordagem semelhante

    dada fabricao de bens tangveis.

  • Foram incorporadas praticamente todas as tcnicas at ento usadas pela

    engenharia industrial.

    Houve, pois, uma ampliao do conceito de produo que passou a incorporar os

    servios.

    Fechou-se o universo de possibilidades de produo e a ele deu-se o nome de

    Operaes.

    Assim. Operaes compem o conjunto de todas as atividades da empresa

    relacionadas com a produo de bens e/ou servios.

    Designaremos Administrao da Produo/Operaes o conjunto de tcnicas e

    conceitos apresentados no restante do curso.

  • Objetivo da Administrao de produo/operaes.

    As atividades desenvolvidas por uma empresa visando atender seus objetivos

    de curto, mdio e longo prazos se inter-relacionam, muitas vezes, de forma

    extremamente complexa. Como tais atividades, na tentativa de transformar insumos,

    tais como matrias-primas, em produtos acabados e/ou servios, consomem

    recursos e nem sempre agregam valor ao produto final.

    objetivo da Administrao da Produo/Operaes a gesto eficaz dessas

    atividades.

    Dentro desse conceito, encontramos a Administrao da Produo/Operaes em

    todas as reas de atuao dos diretores, gerentes, supervisores e/ou qualquer

    colaborador da empresa.

  • Avaliao da Produtividade.

    A conceituao de produtividade tem abrangncia ampla.

    Uma delas talvez a mais tradicional a que considera a produtividade como a relao entre o valor do produto e/ou servio produzido e o custo dos insumos para produzi-lo. Assim, a produtividade depende essencialmente do Output, ou seja, o numerador da frao, e do input, isto , o denominador.