jornalzen janeiro 2012

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JORNALZEN ANO 7 JANEIRO/2012 nº 83 R$ 1,50 www.jornalzen.com.br AUTOCONHECIMENTO SAÚDE CULTURA BEM-ESTAR CIDADANIA JORNALZEN DIRETORA Silvia Lá Mon nossa missão: Informar para Transformar EDITOR Jorge Ribeiro Neto JORNALISTA RESPONSÁVEL MTB 25.508 circulação: Campinas, Indaiatuba, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo Redação: (19) 3324-2158 Comercial: (19) 3324-2159 [email protected] www.jornalzen.com.br O JORNALZEN está completando neste mês de janeiro 7 anos de atividades e circulação ininterrupta. A edição que chega aos leitores e assinantes vem renovada graficamente e traz novidades. BEM NUTRIR Alimentação saúdável: um hábito que pode ser cultivado Azeite – a gordura do bem Pág. 19 VIDA & SEXUALIDADE A psicóloga Sandra Sepulveda volta a escrever no JORNAZEN, desta vez em coluna que se propõe a abordar ques- tões da sexualidade humana em suas diversas facetas e dimensões, dentro de uma visão científica e atual. Pág. 12 ARTIGOS Feliz Ano Novo! Pág. 7 Freud ainda explica? Pág. 9 COL UNAS PORTAL SAGRADO DARCY CIAMPA Pág. 6 TESOUROS DA VIDA JULIANO SANCHES Pág. 6 MOMENTO DE REFLEXÃO JOÃO BATISTA SCALFI Pág. 8 LÍRICAS BULHUFAS MARCELO SGUSSÁBIA Pág. 13 E MAIS... CLÉLIO BERTI Solidão Pág. 7 CÉLIS GARCIA Faça o seu mundo melhor Pág. 13 ROBERTA MONTALDI As essências florais sob a luz da ciência Pág. 15 O QUE É O ZEN? Pág. 2 Silvia Lá Mon ZENTREVISTA Marco Schultz Pág. 3 Pensamentos de Pág. 9 Padre Haroldo ASTROLOGIA DA ALMA Pág. 8

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Jornal mensal referência em terapias holísticas, saúde, cultura, educação, bem-estar e qualidade de vida. Há seis anos no mercado, circula em oito cidades da região de Campinas (SP).

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JORNALZENANO 7 JANEIRO/2012 nº 83 R$ 1,50 www.jornalzen.com.br

AUTOCONHECIMENTO • SAÚDE • CULTURA • BEM-ESTAR • CIDADANIA

JORNALZENDIRETORA

Silvia Lá Mon

nossa missão: Informar para Transformar

EDITORJorge Ribeiro Neto

JORNALISTARESPONSÁVELMTB 25.508

circulação: Campinas, Indaiatuba, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo

Redação: (19) 3324-2158Comercial: (19) [email protected]

www.jornalzen.com.br

O JORNALZEN estácompletando neste mês

de janeiro 7 anos deatividades e circulação

ininterrupta.A edição que chega

aos leitores e assinantesvem renovada graficamente

e traz novidades.

BEM NUTRIR

Alimentaçãosaúdável: um

hábito que podeser cultivado

Azeite – agordura do bem

Pág. 19

VIDA &

SEXUALIDADE

A psicóloga Sandra Sepulveda voltaa escrever no JORNAZEN, desta vez emcoluna que se propõe a abordar ques-tões da sexualidade humana em suasdiversas facetas e dimensões, dentrode uma visão científica e atual. Pág. 12

ARTIGOS

Feliz Ano Novo!Pág. 7

Freud ainda explica?Pág. 9

COLUNAS

PORTALSAGRADODARCY CIAMPA

Pág. 6

TESOUROSDA VIDA

JULIANO SANCHES

Pág. 6

MOMENTODE REFLEXÃO

JOÃO BATISTA SCALFI

Pág. 8

LÍRICASBULHUFAS

MARCELO SGUSSÁBIA

Pág. 13

E MAIS...

CLÉLIO BERTI

SolidãoPág. 7

CÉLIS GARCIA

Faça o seumundo melhor

Pág. 13

ROBERTA MONTALDI

As essênciasflorais sob a

luz da ciênciaPág. 15

O QUE É O ZEN?Pág. 2

Silvia Lá Mon

ZENTREVISTA

Marco

SchultzPág. 3

Pensamentos de

Pág. 9

Padre Haroldo

ASTROLOGIA

DA ALMAPág. 8

Page 2: Jornalzen Janeiro 2012

JORNALZEN2 JANEIRO/2012

Esta é a resposta que nos é dada peloDaisetz Teitaro Suzuki, considerado amaior autoridade em filosofia budista eem zen-budismo. Suzuki ainda nos dizque o Zen não tem nada a ver com le-tras, palavras, ou sutras. Só requer quete encaminhes diretamente ao ponto on-de hás que encontrar a morada da paz.Quando a mente é perturbada e a com-preensão incitada, coisas são reconheci-das, noções entretidas, espíritos fantas-magóricos conjurados, e os preconcei-tos crescem sem controle. O Zen seráperdido para sempre nessa selva.

Pode-se dizer também que Zen é pu-ra originalidade, fonte constante decriação. Onde não houver originalidadecriadora não haverá Zen.

Suzuki, cita o sábio Sekiso (Shim-shuang), o qual disse:

Refreia todos os teus desejos. Deixacrescer o mofo nos lábios. Transforma-te numa peça de seda imaculada. Deixaque teu único pensamento seja a necessi-dade. Procura assemelhar-te às cinzasmortas, frias e sem vida, ou sê como umvelho incensório num santuário abando-nado de uma aldeia!

Põe tua fé nisto e disciplina-te. Deixaque teu corpo e tua mente se tornem ob-jecto da natureza, tal uma pedra ou umpedaço de madeira. Quando um estadode perfeita imobilidade e inconsciênciaé obtido, cessarão todos os sinais de vidae mesmo os traços de limitação. Nenhu-ma ideia te perturbará a mente. Até que,súbito, descobrirás uma luz brilhando noseio de uma alegria imensa!

Segundo Watts, a especialidade doZen é melhor descrita como uma certaforma direta de se exercer. Noutras es-

colas de Budismo, o acordar ou bodhyparece remoto e quase sobrenatural, al-go que só se atinge depois de muitas vi-das de esforço paciente. Mas no Zenhá sempre a sensação de que o acordaré perfeitamente natural, espantosamen-te evidente, que poderá suceder a qual-quer momento.

O “acordar imediato” de acordo como LankavataraSutra, citadopor Watts, temrelação com uma“reviravolta”instantânea nomais profundoda consciência,pela qual são ex-pulsos os mo-dos de ver dua-listas. No en-tanto, há tam-bém modos deacordar gra-duais que sefaz pela purifi-cação dos ma-culados escoamentos ou projeções(ashrava) da mente.

Existe, também, uma evidente liga-ção entre a ideia do acordar imediato eos ensinamentos do Vajracchedika ou“Sutra do Lapidador de Diamantes”,quando lá diz, segundo Watts, que atin-gir o acordar não é atingir coisa alguma.Ou seja, se o nirvana existe realmente,aqui e agora, de tal modo que procurá-lo é perdê-lo, dificilmente poderá ajus-tar-se-lhe nova apreensão por fases pro-gressivas. Há que encontrá-lo, pois, nomomento presente, directamente.

Esta é também a posição de Krishna-murti, em que ele diz, que não há tempo

para uma compreensão total e imediatadas coisas. Se houver tempo, por conse-guinte não há essa compreensão total,porque tempo é pensamento. Para verclaramente, sem nenhuma ilusão, semque haja nenhuma distorção, tem queestar fora do tempo, sem pensamento.

Também no Budismo Tibetano en-contra-se uma tradição do Breve Cami-nho, considerado como uma rápida eíngreme ascensão ao nirvana para aque-les que têm a coragem necessária. Noentanto, apesar de ser uma doutrinamais próxima da importância do Zen,atribui ao imediatismo e à naturalidadenos “seis Preceitos” de Tilopa.

A compreensão do “eterno agora”acontece segundo o mesmo princípioque a clareza do ouvido e da vista e acorreta liberdade da respiração. (…)não existir, concretamente, passado oufuturo. Fazer um esforço para nos con-centrarmos no instante, imediatamenteimplica a existência de outros mo-mentos. Mas em lado algum se podemencontrar e, em verdade, é-nos tão fácilmantermo-nos no eterno presente co-mo, para os olhos e os ouvidos, reagiremà luz e ao som.

Este eterno presente é o fluir “semtempo” e sem pressa do Tao.

No fim de seu livro, A. Lan W. Wattsescreve que para irmos até ao fundo daquestão, este momento só pode ser cha-mado “presente” em relação ao tempopassado e futuro, ou a alguém para quemestá presente. Mas quando não há passa-do nem futuro, e ninguém para quemeste momento esteja presente, o que éentão este “presente”? O Autor contaque quando Fa-ch’ang estava para mor-rer, um esquilo guinchou no telhado. Eledisse: “É apenas isto e nada mais”.

V á r i a spassagens dostextos taoistassugerem que a“não-mente”é o empregototal da men-te. Assim, esseestado de “não-mente”, é umestado de totalunificação emque a mentefunciona livree facilmente,liberta da sen-sação e deuma segunda

mente ou ego.O Zen é um produto único da mente

oriental. Sua peculiaridade consiste noseu aspecto prático e no treinamentometódico da mente, a fim de amadure-cê-la num estado de satori, quando to-dos os seus segredos são revelados.

Zazen, ou seu equivalente sânscritoDhyana, significa sentar de pernas cru-zadas em quietude e profunda contem-plação. Zazen é um método prático queprevalece na disciplina espiritual do Ori-ente. Quando é usado em conexão como Koan, assume forma especial e torna-se um monopólio do Zen.

O Koan é a característica fundamen-

tal do Zen, como praticado atualmenteno Extremo Oriente. Literalmente, Koansignifica documento público ou estatutoautorizado, termo que entrou em vogano fim da dinastia Tang. Agora é usadopara designar alguma anedota de um an-tigo mestre, um diálogo entre o mestre eseus discípulos, ou uma afirmativa ou per-gunta proposta pelo instrutor, visando abriros olhos do indivíduo à verdade Zen.

Dhyana vem da raiz dhi que significaperceber, reflectir a respeito de algo, fixara mente, enquanto dhi, etimologica-mente, pode ter alguma conexão comdha, suster, manter, guardar. Assim,Dhyana significa, manter o pensamentounido, não o deixando peregrinar paralonge do seu caminho, isto é, ter a menteconcentrada num único objecto.

O comer e o beber têm que ser ade-quadamente regulados. Não se deveapreciar demasiado o sono. O corpotem de ser mantido numa posição con-fortável e relaxada, e o controle da res-piração ritmado.

A aquisição de um novo ponto devista, em Zen, é chamado de satori (Wuem chinês). Sua forma verbal é satoru.Segundo Suzuki, sem isso não há Zen.Pois a vida do Zen principia com a aber-tura do satori. Satori também pode serdefinido como um olhar intuitivo noâmago das coisas, em contraposição àsua compreensão intelectual ou lógica.Deste modo, qualquer que seja a defini-ção, satori significa o desabrochar de umnovo mundo até então despercebido, emface da confusão da mente dualística.

Depois de uma certa caminhada nasveredas do Zen, depois destas poucasreflexões sobre o Zen, o que é o Zen, asua prática, etc. Quem sabe, ainda al-guém pode inquirir: Mas onde é mesmoque fica a morada do Zen? Talvez, al-guém possa sentir-se atraído e queirafazer uma visita, ou uma visitinha, ouaté mesmo passar lá por perto para daruma espreitadela, assim como quem nãoquer nada, mas desejoso de agarrar al-guma coisa, o que não seria um bomsinal. Mas aqui vai a resposta:

O Zen não tem moradia. Quandouma coisa tem moradia permanente,está acorrentada. Não é mais absoluta.Certa vez um monge perguntou:

Onde é a moradia da mente? Amente mora onde não há moradia, res-pondeu o Mestre.

O que significa não ter moradia?Quando a mente não mora em

qualquer objecto, dizemos que ela mo-ra onde não há morada.

O que significa não morar emqualquer objecto?

Significa não aceitar o dualismo dobem e do mal, ser e não ser, pensa-mento e matéria. Significa não perma-necer no vazio, nem no não-vazio, nemna tranquilidade. Onde não há lugarpara residir está verdadeiramente amorada da mente.

José Migliorini é psicólogo clínico epsicoterapeuta transpessoal

[email protected]

O QUE É O

ZEN?“Está presente diante da tua face, e neste instante tudo te é oferecido.

(…) O Zen se afasta muito mais de nós quando tentamos explicá-lo compapel e tinta, prendendo-o numa armadilha verbal e lógica. A grandeverdade zen é possuída de todos. Olha o teu próprio ser e não o procuresatravés dos outros. Tua mente está acima de todas as formas. É livre, cal-

ma e suficiente. Eternamente se imprime a si mesma nos teus cinco sentidos equatro elementos. Em sua luz tudo é absorvido. Abandona o dualismo do sujeitoe do objecto. Esquece-os. Transcenda o intelecto. Afasta-te dele e penetra directa-mente no âmago de identidade da mente de Buda. Fora dela não há realidade.” (in Susuki, Zen-Budismo, p. 20 e 21. O grifo é meu)

por JOSÉ MIGLIORINI

Page 3: Jornalzen Janeiro 2012

JORNALZEN 3JANEIRO/2012

Nascido em São Paulo, crescidoem São José dos Campos.Aos 16 anos de idade, foi mo-

rar no exterior (Espanha e EstadosUnidos), onde desenvolveu-se pessoale espiritualmente. Hoje, aos 42, resideem Florianópolis. A trajetória de vidade Marco Schultz pode não revelar apessoa caseira e reservada, contradi-ção atestada por um certo caráter ci-gano, que o faz viajar extensivamentepelo Brasil ministrando cursos, retirose formações, além de satsangs – en-contros dedicados à vivência de man-tras e cantos devocionais. Ele tambémlidera grupos de estudos em viagensa importantes centros de peregrinaçãoespiritual pelo mundo. O que moveesse professor de ioga e meditação éa prece, a gratidão e a generosidadedas pessoas. Formado em EducaçãoFísica, Ciência do Exercício e Letraspela Universidade de San Diego (Cali-fórnia), Marco especializou-se em ati-vidade de integração corpo-e-mente.Seu trabalho conquistou uma identi-dade, por meio do portal Simples-mente Yoga, programa de estudo eaprofundamento dedicado ao autoco-nhecimento. Já produziu o DVD YogaBásico, a coleção de CDs Simplesmen-te Satsang, o encontro Yoga Sem Fron-teiras e participa de projetos da Asso-ciação Dobem, entidade sem fins lu-crativos que objetiva disseminar conhe-cimentos voltados ao desenvolvimentointegral do ser humano, da qual é mem-bro fundador. Marco Schultz é co-produtor de Eu Maior, documentáriosobre autoconhecimento e busca da fe-licidade que entrevista expoentes bra-sileiros entre líderes espirituais, inte-lectuais, esportistas e artistas. Ele este-ve em Campinas para buscar patrocí-nio para a obra, em fase de pós-produ-ção e com lançamento previsto para esteano. Na oportunidade, recebeu o JOR-NALZEN, no Instituto de Yogaterapia,onde concedeu a entrevista a seguir.

Como iniciou-se seu caminho dentroda ioga?

Formalmente aos 18 anos, massempre fui um questionador, desdecriança. Não me contentava em “en-golir o sapo”, seja de uma questão quevia na rua ou de alguma coisa que meuspais falavam. Obviamente se passa poruma fase de rebeldia, de resistência,de questionamentos críticos, enfim, sa-indo de uma intensidade tensa e indopara outra, mas aí a vida te ensina e éaí entra a bênção da ioga mesmo, para

ZENZENZENZENZENTREVISTA Marco Schultz

PEREGRINO DO AUTOCONHECIMENTOProfessor de ioga e meditação percorre o país e lidera grupos

de estudos em viagens de cunho espiritual pelo mundo

gente poder a-colher e abra-çar o denso,mas trabalharde uma formamais sutil,mais consci-ente, não rea-gindo, respon-dendo e proje-tando para fo-ra, mas sim a-colhendo paradentro. É inte-ressante por-que não se re-solve nada doplano relativoem definitivo.Até porque érelativo e o de-finitivo está nocampo do ab-soluto. Con-quistas e der-rotas, prazer edor, encontrose desencon-tros, enfim es-tão aí, mas aquestão do so-f r i m e n t o ,quando se vê ogrande, tudose dissolve. OHermógenescoloca isso: usa do teu sofrimento, usado teu momento e isso desde crianci-nha sou assim, obviamente passandopor essas fases de conflitos de tentarcontrolar a minha vida, de tentar en-contrar alguma resposta e não é nadadisso, é mais: entrega, confia, aceitae agradece. Que resposta? Se vem umaresposta, o mistério está resolvido? Não.O absoluto é mistério, o imanifesto éum campo subjetivo. Então o impor-tante é a gente começar a fazer melho-res perguntas porque as respostas seresumem ao “segue marchando, ir-mão”. Não tem nada objetivado nessenível da busca da alma, que é a buscado absoluto. Não tenha dúvida de queencarnar, sentir, sofrer e lidar com ocombate na existência é parte palpáveldesse jogo, dessa brincadeira, desseprocesso todo. Então, isso tudo é ioga.

Quais foram as suas referências, aspessoas que te despertaram?

Desde pessoas simples que encon-tramos e que se tornam verdadeirosmentores e tem os grandes também.

Tem Jesus,tem Buda, tema Amma, RamDas, Jean-YvesLeloup, temHermógenes,todos esses ir-mãos tão im-portantes paramim. Servosdo Senhor, ser-vos da GlóriaMaior. Facili-tadores querefletem aqui-lo que eu bus-co em mimmesmo. Essa éuma caracte-rística interes-sante, não queseja um estilo,é sem querer,mas é uma vi-são bastanteintegrat iva ,ecumênica detudo. Nuncame senti ums e g u i d o r ,sempre fui umbuscador e oimportante éseguir com dis-cernimento.Aí é que a ioga

se chama autoconhecimento. Tem aíuma coisa de autonomia, de autorre-ferência de autorrealização. Por issoa ioga é tão universal. Tudo bem tu irem tua própria tradição, tua própriacrença, mas a ioga te dá sustentaçãopara o aprofundamento nisso tudo, pa-ra gente não se resumir a um estímulode superfície. Buscar realizar o ser. Agente não precisa falar ioga, você podefalar outro termo, porque está alémdo termo em si. Chico Xavier dizia queo maior presente que Deus deu à hu-manidade foi a ioga. Ele não tem ne-nhum passado formal em ioga, masviveu uma vida de ioga. É importantea gente ter isso disponível, para sair-mos do preconceito que só causa frag-mentação e todos os conflitos.

Sua fala é colocada naturalmente emuito profundamente. As ideias vão seencaixando e nota-se que você fala deimproviso. Você percebe isso como umtalento seu e que usa em seu trabalho?

É uma pergunta bem interessante.A sensação que tenho é que tive con-

tribuições incríveis na minha vida, depessoas da família, da minha própriacultura, das oportunidades que a vidame deu e eu abracei. Vamos dizer queexiste um cabimento para o fazer, pa-ra o dedicar-se ao estudar, para o dis-ciplinar-se. Mas você se resumiria aessas referências e o universo da ioga,para mim, é um universo de infinitaspossibilidades, um campo fértil alémde qualquer concepção disso ou da-quilo. Sinto-me muito à vontade, nãocomigo mas me desapegando demim. E esse desapego de mim mes-mo, da minha referência, até mesmoda minha intenção de fazer uma boapalestra ou de agradar as pessoas oude ajudar o próximo, isso é limitadoao universo do ego, ainda que bem-intencionado. Aí é a questão da fé.Você se entrega e de repente rola umcanal e aí eu te falo que mesmo o pró-prio Marco Schultz em sua vida ordi-nária aprende, e isso é incrível. É umcontexto que se a gente for tentar en-contrar um termo, é um contexto me-diúnico mesmo. E é um mistério in-crível porque o que está se falandoali se transmite, e o que é um eco emmim, é em você. E aí é que é o supras-sumo e isso me emociona. Daí o cabi-mento da palavra facilitador, porquetu entrega. Do contrário, sou uma pes-soa superexigente, reservada, tímida,enfim, com as minhas características,sabe-se lá por quê.

Como analisa o trabalho que desen-volvemos com o JORNALZEN?

Acho fundamental. Uma das ques-tões mais limitantes no nosso país é afalta de informação. Não existe so-mente uma forma de conceber a ioga,o dharma, o zen. Existem várias for-mas, então que bom que há este jornal.É importante a gente ter esse universosustentando a qualidade, mas emquantidade no sentido de dar referên-cias para as pessoas. É difícil às vezesa linha fina na sobrevivência no dia adia, nos relacionamentos, mas isso écumprir o dharma e comigo não é di-ferente. E é no combate que às vezesfica claro que em vez de ficar na mani-pulação, vou dar o melhor de mim eme abençoa assim.

Que mensagem gostaria de deixarpara os nossos leitores?

Me vêm três palavras muitos fortes,que fazem parte da minha vida hámuito tempo: amar, servir e lembrar.É uma trindade do que a ioga invoca.

Silvia Lá Mon

“O absoluto é mistério,o imanifesto é umcampo subjetivo”

Page 4: Jornalzen Janeiro 2012

JORNALZEN4 JANEIRO/2012

JORNALZEN, 7 ANOSO JORNALZEN completa neste

mês de janeiro sete anos de ati-vidades, com circulação inin-

terrupta iniciada no ano de 2005, emIndaiatuba, e chegando hoje a sete ci-dades da região de Campinas comoproduto jornalístico de referência.

Esta edição chega aos leitores re-novada graficamente. Segundo o edi-tor Jorge Ribeiro Neto, as mudançasforam cuidadosamente estudadas afim de facilitar a leitura. “A fonte dostextos foi aumentada”, informa. “Tam-bém houve uma alteração geral na ti-pologia e em algumas seções, mos-trando que o jornal é um produto emconstante aprimoramento.”

Silvia Lá Mon, diretora do JOR-NALZEN, comemora o momento dojornal. “Ao longo destes sete anos con-seguimos consolidar nossa proposta,graças à credibilidade de nossos par-ceiros e colunistas, tornando o veículobastante atraente para os anuncian-tes”, ressalta. “O objetivo é dar se-quência ao trabalho de veicular infor-mação qualificada voltada ao autoco-nhecimento. Estamos trazendo novoscolaboradores e teremos novidades.”

A página do jornal na internet tam-bém terá mudanças que permitirãouma atualização mais ágil e atraente.

Capas comemorativas do JORNALZEN: proposta voltada à difusão do autoconhecimento consolida jornal como veículo de referência

Palestras em Campinas marcam comemoraçãoDuas palestras para sócios e con-

vidados, dia 21 de janeiro, no CírculoMilitar de Campinas, marcarão o séti-mo aniversário do JORNALZEN.

O astrólogo e instrutor de medita-ção Ricardo Georgini, colunista dojornal, falará sobre “O ano 2012 e aastrologia”. Já o compositor Jean Gol-denbaum fará palestra sobre a criação

musical seguida de apresentação dapianista e concertista Renata Albertin.Dividindo seu tempo de residência erealizando seus projetos musicais en-tre Brasil e Alemanha, Jean foi entre-vistado na edição de dezembro de2011 do JORNALZEN.

O evento será promovido pelo De-partamento Cultura do clube campi-

neiro, cuja parceria com o JORNAL-ZEN resultou, no ano passado, emeventos destinados à terceira idade.“O Círculo Militar tem sempre cola-borado conosco, viabilizando eventosde interesse da comunidade”, co-menta Silvia Lá Mon, diretora do jor-nal. “Ficamos gratificados de partici-par de eventos tão conceituados.”

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5JANEIRO/2012 JORNALZEN

Uma nova etapaConsidero este ano especial para oJORNALZEN, pois estamos come-morando 7 anos.

Ninguém duvida que o número 7é cabalístico. Sete cores no arco-íris,sete chacras, sete maravilhas no mundo!

Rudolf Steiner, o criador da antro-posofia, definiu a evolução da pessoade acordo com a teoria do setênios,segundo a qual a cada sete anos háuma mudança significativa nos as-pectos físicos, emocionais, comporta-mentais e espirituais. Steiner define queno primeiro setênio (0-7anos), a cri-ança emprega todas as suas energiaspara o desenvolvimento de seu físico.Ela manifesta toda sua volição atra-vés de intensa atividade corporal.Nessa fase a criança tem uma grandeabertura em relação ao mundo. Elaacolhe sem resistência anímica tudoo que lhe advém do ambiente em re-dor, entregando-se ao mundo comconfiança ilimitada. Vive num estadode ingenuidade paradisíaca, nummundo em que o bem e o mal se con-fundem indistintamente. Durante esseprimeiro setênio, a relação mais im-portante com o mundo exterior trans-corre de fora para dentro.

Numa correlação com a nossa ca-minhada até agora, o JORNALZENse manifestou fisicamente, com in-tensa atividade, e absorvemos tudo

Silvia Lá Mon

é diretora do

JORNALZEN

o que o am-biente socialpôde nos pro-porc ionar.No segundosetênio (7 a14 anos), acriança pas-sa a ter todasas suas for-ças dirigidasao seu desen-volvimentoanímico. O pensamento da criançanessa fase é nascido mais das energiasdo coração do que da cabeça; é umsentimento que pensa. A grande forçapara aprender, nesse momento, é acapacidade de vivenciar imagens in-teriores intensamente.

Assim sendo, agora é a hora de so-nhar, de experienciar os sentimentosde nossa criação com relação a nóspróprios e aos outros. Passaremos pe-la nossa adolescência com toda a be-leza e dificuldade que ela representa.E esperamos, como qualquer adoles-cente, termos e fazermos cada vez maisamigos e nos apaixonar muitas vezes,tendo o direito de nos rebelar às vezes.Contestar os paradigmas que não nosservem mais e, acima de tudo, usartoda a energia para transformarmoso mundo num lugar melhor.

O aniversarianteJaneiro, nasceo baluarte da democraciae da imprensa livre.- JORNALZEN.Semeador de ideias.Lídimo defesordos direitos do povo.Informativo judicioso,honesto e confiável.Encontramosem tuas páginas,única fonte acessívelde leitura inspiradae criativa.Trincheira da liberdadede imprensa.Tem dado o melhor de si,em prol do respeito,admiração e reconhecimento,pela originalidade de ideiase personalidade de estilo.É a expressão máximado desprendimento

e credor de toda nossaconfiança,que conduzseu glorioso destinorumo ao indispensávelprogresso.Fatores da conquista,da confiançade seus anunciantese fiéis leitores.Parabéns a você!- JORNALZEN,Portal da Cultura!Ao longo de sua existência,suas manchetesvalorizam-se,pela excelente qualidade.Superandodificuldadescom lutas e glórias,constituindo-seem um monumentoà arte das letras.

Geni Fuzato Dagnoni

Page 6: Jornalzen Janeiro 2012

JORNALZEN JANEIRO/20126

DARCY CIAMPA HERAS - [email protected]

PORTAL SAGRADO

20122012 promete ser um ano de cresci-mento e evolução pessoal.

Cada um de nós irá passar porgrandes desafios, desafios esses queirão desencadear saltos quânticos as-cendentes. O tempo é de cada um...

Uns levarão dias para resolver de-terminada situação, outros levarãomeses, outros anos e assim por dian-te. Do que depende?

Da evolução consciencial de cada um.Pessoas presas ao passado, que

trazem mágoas, ressentimentos, ran-cor, ódio, vão demorar muito mais, jus-tamente por causa desses apegos e-mocionais, verdadeiras toxinas para onosso espírito.

Infelizmente (ou felizmente) não hámais tempo para esse tipo de sen-timento. Os tempos são outros, asenergias são outras, vemos e senti-mos uma outra energia: energia derenovação, de crescimento de evo-lução!

Será que vale a pena segurar emo-ções, conceitos, crenças... ultrapas-sadas? Temos a impressão que essa

bagagem nos traz segurança... merailusão!

Esse sentimento é mais uma arma-dilha do nosso ego, para nos manterestacionados, presos ao “velho” e comisso deixando ir oportunidades únicasde mudança e renovação.

Será que vale a pena? Será quenão é chegada a hora de se soltar?De cortar as amarras que nos pren-dem? Nem sempre as amarras são vi-

síveis, pesadas... Algumas começamde forma sutil, discreta que nos pren-dem como se fossem fios tênues, qua-se não as percebemos porém, com opassar do tempo se transformam emverdadeiras muralhas!

Vamos tomar coragem agora, nesteano tão especial, e soltar tudo que nosprende. Vamos erguer as nossas asase lançar voo para essa nova energiade crescimento, paz e renovação!

EDUCAÇÃO & VALORESEDUCAÇÃO & VALORES

JULIANO SANCHES

Tesouros da Vida

Tudo tem frequência, sintonia. Somosestações. As emoções são como ante-nas. Há uma interação cósmica, quaseimperceptível, sutil. As roupas, as mú-sicas, as danças... Analise o quanto osdetalhes do dia a dia escrevem livros,textos, tratados em sua história pessoal.

As conversas do dia a dia nãoocorrem sem antes se moverem dentrode um propósito. Para nós, às vezes,numa observação inicial, esse cami-nho, que antecede as conversas e assituações, é tido como disforme.

Uma leitura atenta faz o observa-dor perceber que o disforme é a plura-lidade não-classificada, que está novir-a-ser.

As vibrações estão na água que vo-cê bebe, nas instituições que você fre-quenta.

A intencionalidade é uma teia infi-nita, que circunscreve eixos existen-ciais no percurso de cada um.

Aproveite os campos vibracionais,catalise-os em propostas construtivas,criativas.

As passagens, os ciclos, as mudan-ças de era sempre impingem uma ne-cessidade de mudança no guarda-roupa, outra de reciclagem, e umaterceira de esvaziamento existencial.

Somos cooperativas de recicla-

gem, máquinas de reaproveitamento.Precisamos saber fazer novos senti-dos, produzir novas condições sociais,romper com os parcos condiciona-mentos impostos. Transcender o me-canicismo, e criar outros projetos deextensão à ação coletiva, de modo avivermos outros paradigmas, com fo-cos dinâmicos e humanistas.

A questão não é: O que fazer dife-rente? Mas, sim, o que eu faço agorapara ser a diferença? Insista com adiferença. Esse é o caminho. Lance-se na produção de novos sensos arqui-tetônicos, artes, literaturas, comuni-cações, ecologias, economias, filoso-fias, ciências. Faça mixagens com ocotidiano. Adote a subjetividade co-mo prisma de saber.

Os sons vão querer escutar o quevocê ouve, as obras de arte vão obser-var os seus olhos...

Faça da vida uma oportunidadepoética. Entregue-se ao minimalismo,à miniaturização, à singularização.Promova bifurcações. Troque orealizado pelo que está em fazimentoeterno. Viva o disforme.

Juliano Sanches é jornalista e palestrantecasadojulianosanches.blogspot.com

[email protected]

Sintonias

PANORAMA

DANÇANDO PELA PAZO Centro de Estudos Universais realiza de 25 a 29 de janeiro, na PraiaBusca Vida, Bahia, o 7° Encontro Internacional de Músicas e Danças doMundo. Os destaques são as oficinas de danças persas e dos Bálcãs e osworkshops de música e ritmos ciganos. A programação inclui sessões derelaxamento, canto, paneuritmia, alongamento, massagem, além de dançascirculares e brasileiras. Mais informações: dancandopelapaz.com.br .

ROCK DO BEMEm parceria com Erasmo Carlos e as editoras que administram sua obra,artistas que apóiam o movimento MudaRock vão regravar em 2012 dezsucessos de seu repertório, que serão disponibilizados para download nosite www.mudarock.com.br. A cada download, uma árvore será plantada.O objetivo é alcançar 100 mil downloads para cada obra.

FÉRIAS NA MATA ATLÂNTICACrianças de 5 a 12 anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, poderãopassar o dia 21 de janeiro no Centro de Experimentos Florestais SOS MataAtlântica, em Itu. Haverá plantio de mudas, piquenique e brincadeiras,entre outras atividades voltadas ao consumo consciente. Inscrições anteci-padas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 3262-4088.

FÉRIAS CRIATIVASO Bourbon Shopping, em São Paulo, terá programação especial para acriançada curtir as férias. Entre os dias 13 e 29 de janeiro, o evento ArteSustentável, baseado na atração Mister Maker, do canal Discovery Kids,estará no Piso Pompeia para crianças de 4 a 12 anos. As atividades serãode domingo a sexta-feira, das 14h às 20h, e aos sábados, das 10h às 20h.

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JORNALZEN 7JANEIRO/2012

Feliz Ano Novo!Célio Pezza

É costume entre os povos do nosso mundo desejar um Feliz Ano No-

vo no final de cada ano, mas o que is-so realmente significa? Falamos a mes-ma frase desde há muito tempo, maso mundo não parece mais feliz a cadaano que passa. Basta seguirmos as no-tícias do dia a dia pelo mundo e cons-tataremos esta triste realidade. Conti-nuamos a ter milhões de pessoas mor-rendo de fome ou doentes pela faltade uma nutrição mínima adequada, in-contáveis sem-teto perambulando pe-las ruas, drogados em todos os cantosdo planeta, pilhas de mortos e mutila-dos pelas guerras constantes, famíliasdesesperadas pelo fantasma do desem-prego e falta de futuro digno, desastresambientais de todas as espécies e as-sim por diante. O que está errado?

Todos desejam Feliz Ano Novo,mandam cartões, trocam presentes eo novo ano não melhora no aspecto glo-bal. Evidente, para muitos o ano serámagnífico e tudo de bom acontecerá.O meu questionamento é em relaçãoao planeta como um todo, olhando pa-ra todas as regiões onde exista um serhumano profundamente necessitado.O que está errado? Será que deseja-mos um Feliz Ano Novo, mas não fa-zemos nada para que ele se transforme

você se re-c o n h e ç anessa des-crição. Como tempo, aenergia es-gota. O sen-tido das coi-sas pareceembotado. Amagia da vi-da esvai-selentamente.

F a z - s emister quebrar essa rotina nefasta.Investir em relacionamentos paracriar amizades intensas, sincerase profundas. Sair dos ambientes detrabalho e familiar. Encontrar círcu-los com pessoas que desejamcompartilhar o coração, as emo-ções e a vida despreocupadas comas aparências, com as posses, coma beleza ou com a fama. Lugaresque você possa ser você mesmo,onde você não precise sustentarmáscaras, pois estará seguro denão ser julgado. Pense nisso. Sevocê concordar, encontre os seusgrupos e divida a sua vida. Talveza felicidade esteja a sua frente, masprecisará de olhos para vê-la.

Falar de solidão numa metrópolecom Campinas parece paradoxo.Se há muitas pessoas e elas secruzam em todos os lugares, inclu-sive nos shoppings sempre lota-dos, onde está a solidão?

Estar na presença de pessoasnão é garantia de ausência de so-lidão.

Penso que a mais brutal forma deestar só é estar sozinho no meio daspessoas. A solidão acompanhada.

Desvencilhar-se da solidão écriar a possibilidade de comparti-lhar as vivências mais profundasdo ser. É necessário que a pessoaao seu lado possa ouvi-lo não ape-nas com os ouvidos, mas com ocoração. Na reciprocidade, vocêpossa escutá-la com atenção, real-mente interessar-se pelo universolúdico do outro.

Mas o cotidiano é construído decorreria. Hoje, trabalha-se muito. Otempo para os dedos de prosa fa-zem parte do passado. Levantarcedo, trabalhar, trabalhar, estudar,alguns instantes com a família edormir para levantar cedo... Talvez

Solidão

Clélio Berti

Diretor da Unidade Flamboyant da

Universidade de Yôga (Uni-Yôga)

INFORME PUBLICITÁRIO

www.derosecampinas.com.br

e simplesmente ficamos assistindo aomundo desmoronar? Desejamos umFeliz Ano Novo e continuamos a brigar,ofender e magoar ao próximo? Deseja-mos um Feliz Ano Novo e continuamosprejudicando alguém como sempre?Desejamos um Feliz Ano Novo e conti-nuamos comercializando drogas paraum batalhão de viciados? Desejamosum Feliz Ano Novo e continuamos a sero mesmo preconceituoso e intolerantede sempre? Será que este “Feliz AnoNovo” é somente uma frase pronta querepetimos da boca para fora, pois é debom tom fazê-lo no final do ano? So-mos papagaios que repetem frases e naverdade nem sabemos seu significado?

Para ser de verdade um ano novofeliz, precisamos uma coisa fundamen-tal: mudarmos nós mesmos. O AnoNovo ou réveillon é a celebração dotérmino de um ano e o início de outro.A palavra réveillon vem do francês ré-

veiller, que significa acordar, despertar.Vamos despertar para esta triste reali-dade e mudar. Deixar de lado os pre-conceitos, as mesquinharias, o ódio, aignorância, a maldade, a brutalidade,o desamor, o conceito de levar vanta-gem e a intolerância. Desta forma,quem sabe, teremos um Feliz Ano No-vo de verdade. Feliz despertar a todos!

Célio Pezza é escritor

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JORNALZEN JANEIRO/20128

JOÃO BATISTA SCALFI - [email protected]

MOMENTO DE REFLEXÃO

Conquistas materiaise valores moraisO homem moderno, criador de excelen-te tecnologia e descobridor de inúmerasleis que regem o universo e a vida, teimapor ignorar a Lei de Amor, fator causalda felicidade e expressão máxima doDivino Mestre.

Graças aos engenhos sofisticados daastronáutica e suas admiráveis navesespaciais viajam na direção de outros pla-netas do sistema solar, procurando apro-fundar os conhecimentos em torno da Cria-ção, da vida e das suas manifestações.

As distâncias exteriores têm sidoconquistadas a cada dia e a cada hora,aproximando-o dos diferentes corposcelestes. As velocidades são alcança-das de forma desafiadora.

Tem-lhe sido relativamente fácil su-

perar desafios físicos.Obstinadamente, porém, não vence

a distância emocional, que o isola, nolar, dos demais familiares; no escritório,dos colegas e na sociedade.

Mergulhado no oceano dos conflitosque o afogam, ainda não se resolveupor sair do lodaçal a que se vem arro-jando, a fim de viver próximo do teu ir-mão, em comunhão de elevada solida-riedade, encontrando-se e ao mesmotempo seus familiares, com o seu com-panheiro, com o desconhecido que selhe tornaria amigo.

Há um abismo que separa o homemque vence as distâncias físicas, daqueleque não se autoencontra; que resolveas dificuldades de fora e não equaciona

as de dentro, evitando-as, mascarando-as, transferindo-as no tempo.

Inevitavelmente, esse indivíduo faz-se de vítima da própria conduta, tornan-do-se inseguro, insatisfeito e alienando-se. Como consequência da sua falta dediscernimento para o bem geral, sofreos imperativos da consciência culpada,cedendo espaço a diversas fobias, quemais o afastam da convivência humanae fraternal, isolando-o.

Esse comportamento propicia o sur-gimento de distúrbios emocionais, quetêm causas nas pressões psicossociais,socioeconômicas, sociomorais e outras.

A saturação, a irritabilidade e o tédiosão-lhe futuros estados pessoais, queo empurrarão para os alcoólicos, as dro-gas, o sexo descomprometido e com-prado, a loucura, o suicídio ou as excita-ções que decorrem do crime, assim co-

mo das atitudes ilícitas.Deve-se empreender um esforço

imediato, estimulando-lhe a coragem deautoconhecer-se, de autotrabalhar-se,de crescer interiormente. A tarefa não éfácil, notadamente para quem acreditanas fugas, ou cultiva os medos íntimos.Primeiramente iniciá-lo nos atos da soli-dariedade e deixar que se lhe desabro-chem os sentimentos nobres e que bri-lhe a luz da vida, cada vez mais atraídapelo Divino Sol, que é o Mestre Jesus,o terapeuta que ensinou essa técnicaperfeita da felicidade mediante o amor.

Vivenciando a nova atitude, amplia-seo campo evolutivo das experiências, enri-quece-se de conquistas jamais conse-

guidas e de alegrias até então ignoradas.

fonte de pesquisa: Sob a Proteção de Deus

(Divaldo Franco/Manoel P. de Miranda)

O trabalho de Hércules que corres-ponde ao signo de Capricórnio é en-frentar Cérbero, o cão de guarda domundo subterrâneo. Capricórnio éum signo de disciplina, superação erealização. Este trabalho representao auge do desenvolvimento humanoe uma grande conquista espiritual,talvez a mais importante de todas: aconquista do poder de servir.

Cérbero era um terrível monstrocom três cabeças de cão e uma ser-pente como rabo. Ele guardava omundo subterrâneo, para onde iamas almas dos mortos, e não deixavaque ninguém saísse de lá. A tarefa deHércules era capturar Cérbero e tra-zê-lo até a superfície.

Quando Hércules penetrou no mun-do subterrâneo, encontrou o herói Te-

ASTROLOGIA DA ALMARICARDO GEORGINI - [email protected]

Capricórnio: poder servirseu vivo, mas acorrentado ali. Ele libertouo amigo e então foi ver Plutão, o Senhorda Morte e do mundo subterrâneo. Plutãoconcordou em deixar Hércules levar Cér-bero, desde que enfrentasse a fera sem ar-mas. Hércules fez isso, e agarrou a cabeçacentral de Cérbero, sufocando-a. Assimele controlou o monstro e pôde conduzi-lo até a superfície, para a luz do dia.

Cérbero, com suas três cabeças, repre-senta a personalidade humana, com seustrês componentes: mental, emocional efísico. Controlar Cérbero e levá-lo para asuperfície significa autodisciplina, auto-aperfeiçoamento e autossuperação. Mastodo autodesenvolvimento deve sempreter como motivação a busca de servir ahumanidade. Todos os conhecimentosque adquirimos, as habilidades que de-senvolvemos, os bens de que dispomos, o

poder que obtemos, a influência que exer-cemos — tudo deve ser usado não apenaspara o nosso próprio benefício individual,mas em favor de toda a coletividade.

O mundo subterrâneo simboliza o in-consciente humano, e Teseu acorrentadorepresenta a humanidade aprisionada porsuas emoções e desejos ignorantes. Tal co-mo Hércules encontrou Teseu ao penetrarno mundo subterrâneo, cada buscador es-piritual, ao penetrar no íntimo de si mes-mo, descobre que é co-responsável pelosofrimento da humanidade. Mas descobretambém que, ao desenvolver todo o seupotencial, ele pode contribuir para a libe-ração e elevação humana.

Frequentemente, existe confusão sobreo que é serviço. Alguns entendem que ser-vir é ajudar, curar, ensinar os outros. Oserviço pode incluir isso também, mas éalgo mais profundo. Servir é desempe-nhar a nossa função dentro do todo mai-or. Na verdade, todos os seres servem —inevitavelmente, inconscientemente. Nãohá como ser e não servir. Mas o que épróprio de nós, humanos, é que podemospassar a servir conscientemente. Nós po-demos saber qual é o nosso serviço, e en-

tão realizá-lo voluntariamente, com-preensivamente, inteligentemente. É is-so que chamamos de serviço quandofalamos de seres humanos.

Para poder servir assim, o indivíduodeve ser o mestre de si mesmo. Hérculesmostrou como alcançar esta mestria aoenfrentar Cérbero desarmado, sem lu-tar contra o monstro, mas apenas sufo-cando a sua cabeça central, para con-trolá-lo. Portanto, não devemos ficarcombatendo a nossa personalidade,mas apenas procurar conduzi-la cons-cientemente. A cabeça do meio repre-senta as emoções e desejos — a fontede força da personalidade. Sufocar estacabeça significa deixar de alimentá-lacom tanta atenção. Se não dermos in-devida importância às reações emocio-nais da personalidade, ela não terá co-mo atrapalhar o nosso serviço.

Finalmente, levar Cérebro para asuperfície é integrar o inferior no supe-rior, unificar personalidade e alma.Então, a personalidade é transforma-da, transfigurada, deixando de ser a-quela que oculta a alma, para tornar-se aquela que revela a alma.

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JORNALZEN 9JANEIRO/2012

Aristóteles classificou nossas sensa-ções em cinco; também os cientistasnomeiam o arco-íris em sete cores. Defato estamos cheios de sentidos e ve-mos centenas de cores. Notamos setenotas na escala musical, porém, hácentenas de outros tons e sons.

Nós não apreciamos nossos senti-dos. Sabemos que muitos animais têmsentidos muito mais apurados que osnossos. Pensamos que não faz diferen-ça se nosso cãozinho Fido tem melhorolfato que nós. Consideramos que oimportante é o cérebro, o que nos traza ideia errada de que somos os melhores.

Um cão farejador percebe o cheirodo homem que saiu do seu quarto háhoras; com as poucas moléculas queficam no seu sapato, pode encontrá-lo numa noite chuvosa. Uma borbo-leta macho capta o cheiro da fêmeamesmo a quilômetros de distância.Nós temos 5 milhões de células deolfato, porém, um cachorro tem 220milhões e pode perceber o cheiro 44vezes mais que nós.

No decorrer da evolução humanaperdemos o sentido do olfato porquepassamos a andar eretos. O fato devermos, tão fantasticamente, comnossos olhos, diminui o uso dos outros

Padre Haroldo

Conceitoda vida

sentidos. Neste caso, a abelha, em suahumildade, é melhor que nós, pois, elatem 6 mil lentes em cada olho e nóstemos apenas uma (o cristalino).

Existe uma carta de Napoleão paraJosefina em que ele pedia que ela nãotomasse banho por duas semanas, pa-ra que ele pudesse sentir o perfumenatural do seu corpo.

Nosso sentido do tato nos dá prazere saúde. Crianças vivem em ambientesde abraços e beijos e, desta maneira,passam a viver bem. Dizem que umpequeno elefante pode morrer se nãoreceber o toque da tromba da mãe.

Outro dia vi um adesivo que dizia:“Abraçou sua criança hoje?”. Certanoite uma criança falou para sua mãecom alegria: “Obrigado mamãe por-que me beijou” e a mãe respondeu:“Eu beijo você toda noite”; a criançaretrucou: “Nada disso mamãe, sousempre eu que lhe beijo, apenas hojevocê me beijou primeiro”. Não é amesma coisa beijar e ser beijado.

Nossos sentidos e sensações nos aju-dam a amar um ao outro e nos colocamuito perto da natureza. Eles são nossafonte de energia e vitalidade, e nos per-mitem viver a vida na sua totalidade.

Que o uso de nossos sentidos sejacomo os fios de um violão, inspirando-nos a viver o concerto da vida na or-questra da humanidade!

Haroldo Joseph Rahm é fundador da Insti-tuição Padre Haroldo, para pessoas com sín-drome de dependência alcoólica e quí[email protected]

Freud ainda explica?Geraldino Alves Ferreira Netto

O título suscita outra pergunta: ex- plica o quê? Onde está o objeto

direto? Está oculto na fantasia de todomundo, já que a frase se tornou umclichê popular. Na falta de definiçãodo objeto, fica implícito que, portanto,Freud explicaria tudo. Nada mais fal-so, já que o próprio foi enfático ao afir-mar que a psicanálise não pretende seruma cosmovisão, uma explicação finalde tudo. Ele sempre reconhecia quemuitas questões estavam em aberto, aponto de solicitar às mulheres-analis-tas que o ajudassem a desvendar o mis-terioso desejo feminino.

Algumas coisas Freud conseguiuelucidar: as formações do inconsci-ente, como os sintomas, os sonhos,os atos falhos, a cura pela palavra.Com relação aos sonhos, especifica-mente, nenhum filósofo ou pensadorantes dele conseguiu sistematizar umateoria tão coerente, consistente eabrangente. Passados 112 anos, tam-bém nenhum outro teórico acrescen-tou nada de relevante.

Podemos então perguntar: seráque, algum dia, o ser humano vai pararde sonhar? Nem é preciso responder.Então, Freud continuará sempre útile atual para explicar este fenômenoque psicotiza nossas madrugadas comas visões mais lindas e criativas. O so-nho é, certamente, a produção intelec-tual e emocional mais sofisticada queconseguimos realizar e que, entretan-to, é às vezes desprezada como semsentido, porque temos medo de des-vendar suas verdades ocultas, defor-madas ou camufladas.

Em março de 2012, terá início, emCampinas, a terceira turma do Cursode pós-graduação lato sensu “Psica-nálise na cultura”, curso reconhecidopelo MEC, no qual, além dos sonhosindividuais e da teoria psicanalítica emgeral, trabalharemos também os so-nhos coletivos contidos na literatura,nas artes e no cinema.

As pessoas interessadas em come-çar ou aprofundar os estudos e a for-mação em psicanálise podem matri-cular-se desde já para uma viagemque reproduz um trecho do antigo“Expresso Oriente”, com início naTransfreudiana vienense e com desti-no à Translacaniana parisiense, pas-sando por 18 estações intermediárias,em que os conceitos psicanalíticosvão sendo desvendados bem à luz dodia. E que paisagens!

Geraldino Alves Ferreira Netto é psicana-lista (CRP 06-0155) e coordenador do cur-so de pós-graduação em Fundamentos daPsicanálise na Clínica e na [email protected]

Pensamentos de

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JANEIRO/2012JORNALZEN10

CULTURAZENZENZENZENZENFotos: Giuliano Miranda

José Carlos Nascimento, um dos

fundadores da Comunidade Negra

de Indaiatuba : Cidadão Benemérito

Paulo Antonio Lui, empresário do

ramo cinematográfico: Cidadão

Benemérito e Mérito Cultural

Luis Antonio de Melo, cirurgião-

dentista: Cidadão Indaiatubano

José Luiz Teixeira de Camargo Júnior,

o Cachorrão: Esportista do Ano

Antônio Reginaldo Geiss, presidente

da Fundação Pró-Memória e diretor

da Rádio Jornal: Cidadão Benemérito

Antônio Cláudio Pansonato (Bacurau)

participou da criação da Guarda

Municipal: Cidadão Indaiatubano

Antônio Corrêa, superintendente

do Seprev: Cidadão Benemérito

Alberto Martins: educador recebeu

o título de Cidadão Benemérito

Rubens de Campos Penteado (esq.) e José Onério da Silva receberam

do prefeito Reinaldo Nogueira a medalha “João Tibiriçá Piratininga”

em sessão solene pelos 181 anos de Indaiatuba, dia 9 de dezembro

Eliandro FigueiraEliandro Figueira

José Gabrir Filho, pastor da Igreja

Evangélica Assembleia de Deus:

Cidadão Indaiatubano

O comerciário João Felisberto

de Miranda recebeu o título

de Cidadão Indaiatubano

Sessão solene para entrega dos títulos honoríficos 2011 de Cidadão Benemérito

“Dr. Caio da Costa Sampaio”, Cidadão Indaiatubano, Esportista do Ano e Ordem

Votura de Mérito Cultural, dia 8 de dezembro, na Câmara Municipal de Indaiatuba

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JORNALZEN 11

Recanto do PoetaEspecial alvoradaNovamente se levantaN’alvorada, novo ano...E a cada um de vocês,Declamo!

Neste espaço especialVenho a todos saudar2012 chegou, pra ficar!

Sonhos e projetos lindos,Vamos todos vibrar...Inspirando muito amor,Para ao mundo transformar!

Neste mês em especial,Juntos comemoraremos,Com grande festa então,Saudemos!

Quem será homenageado?Quem será este “alguém”?Ano novo... de sucesso,Parabéns ao JORNALZEN!

Juliana Perna

JANEIRO/2012

Feliz ano novo,meu amorQuando a folhinhavirar a última página,dizendo adeusa tudo que se foi...quando os ponteiros unidosindicarem o instante derradeirode vidas que nem semprejuntinhas se encontraram...Quando o sino de uma torretocar em lúgubre silêncioum ano que se foie que não volta mais...Quando o apito de um navioirromper a solidão de um cais,anunciando que tudo já passouaté mesmo um tempo demarcado...hei de lembrar chorosaas horas que passei bem junto de tie corroída de saudade, dizer entresoluços:-Feliz Ano Novo, meu amor!

Arita Damasceno Pettená

São PauloTenho grande passado, convivendoem harmonia com o meu presente.Minha população extremamenteaumentada e vem sempre enriquecendo

a história, as tradições. Vai-vem fremente...Atribulado povo. Vem crescendoa indústria e comércio. Minha genteé ativa, pois aqui esta vivendo,

sofrendo com enchentes, poluição;esgoto a céu aberto – o Tietê!Sou amada por todos de paixão.

Sou raça laboriosa, hospitaleira,pacífica, em progresso mas, por quê?Sou a São Paulo pois, sou brasileira.

Geni Fuzato Dagnoni

MANDALA PARA PINTAR - SONIA SCALABRIN -

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JORNALZEN JANEIRO/201212

VIDA & SEXUALIDADESANDRA SEPULVEDA

A sexualidade humanaDe fundamental importância, a sexualidade faz parte do nosso dia a dia,desde o nascimento. Somos movidos por ela.

O conceito de sexualidade se sobrepõe ao que comumente se entendecomo sexo ou relação sexual. Trata-se de um conjunto muito mais amplodo que a genitalidade, reprodução ou experiências sexuais.

Simplificadamente, sexual é todo movimento ao encontro do prazer. Esabemos bem o quanto nossas atitudes estão orientadas para o prazer eevitação da dor. A sexualidade se inicia com as primeiras sensações praze-rosas e se estende até a morte. É afetada pelos fatores biológicos, psicoló-gicos, socioculturais e ambientais.

O criador da psicanálise, Freud, no início século XX deu o nome de li-bido a essa energia sexual e a descreveu como sendo impulsionadora davida. Observou o desenvolvimento desta energia já em bebês, com caracte-rísticas marcantes, que nomeou de fases da sexualidade infantil.

De acordo com o conceito acima, o relacionamento sexual é uma formade expressão da sexualidade humana em que se obtém prazer pelo estí-

mulo de sensações corporais. Enquanto seres sexuados, a sobrevivência

da nossa espécie depende do sexo, porém, semelhante a poucos primatas,

usamos o sexo para além da procriação. Muitos pensam que falar em sexualidade é estimular a relação sexual

e, por isso, preferem desconsiderar este aspecto da vida. Mas, pelo mo-

mento atual, silenciar é depor a favor da banalização e comercialização

do prazer sexual. Cada vez mais este tema tende a estar em foco. Em 2000, a Organiza-

ção Mundial da Saúde (OMS) considerou a saúde sexual como um dos

quatro pilares na qualidade de vida da pessoa, juntamente com família,

trabalho e lazer. Portanto, legitimar o interesse e discussão não significa

estimular a prática sexual inadequada.

A educação sexual é um processo que, querendo ou não, começa nos

primeiros anos de vida, através da própria família que imprime as primeiras

noções sobre a sexualidade, desde conceitos até comportamentos.

Um dos grandes mitos ainda presentes em nossa cultura é de que nin-

guém precisa aprender a fazer sexo, o que vem a gerar angústia e dúvidas

sobre desempenho e papel sexual. Materiais informativos de credibilidade

são necessários para trazer dados de realidade e equacionar melhor a

questão sexual, melhorando a autoestima e a qualidade de vida.

O sexo precede a humanidade ou a humanidade procede do sexo e,

ainda assim, há muito a ser esclarecido nesta área de tabus, mal-enten-

didos e preconceitos. Portanto, as perguntas são bem-vindas! Questione,

e-mail para [email protected] e até a próxima edição!

Sugestão de sites educativos: www.portaldasexualidade.com.br e

www.museudosexo.com.br .

Sandra F. Sepulveda (CRP – 06/83606) é psicó[email protected]

Pontos de Luz (Healing)por Zaquie C Meredith

O que acontece quando a aura se enfra-

quece?

Quando uma pessoa está deprimida, can-

sada ou doente, há uma queda na fre-

quência vibratória do corpo. A aura, que

atua como uma espécie de proteção, se

debilita e deixa o corpo exposto às influên-

cias negativas do ambiente. Portanto, uma

pessoa que consegue manter sua vibração

sempre em níveis elevados estará imune

de doenças. Muitas doenças são iniciadas

primeiro no campo e depois, pouco a pou-

co, transmitidas para o corpo. Por isso po-

demos prevenir doenças através da análi-

se do campo energético. O homem não

veio para sofrer. O homem veio para se

realizar e para se beneficiar de tudo que

existe na Terra. Através deste campo de

energia, desse pulsar de nossas vibrações

podemos chegar um pouquinho mais perto

do céu. Essa técnica permite que nós nos

aproximemos mais rapidamente daquilo

que é o verdadeiro saber e o sentir.

Através do healing pode-se fazer com que

a energia flua, quando ela está estagnada

por medo ou depressão, e refletir este “fluir”

posteriormente na sua vida de forma mara-

vilhosa. Também pode-se fazer uma re-

gressão para descobrir bloqueios subcons-

cientes, ou até mesmo trabalhar a energia

de forma que ela fique equilibrada para sa-

tisfazer os seus anseios.

Pontos de Luz é um mergulho no seu cam-

po de energia, no seu modo de sentir, de

perceber, de enxergar a si mesmo e aos

outros a partir de um paradigma totalmente

diferente. O campo de energia é um aglo-

merado de vibrações que rodeiam fora e

dentro de nós, quem somos verdadeira-

mente. Trata-se de alinhar o seu campo de

energia, os seus chakras, oferecendo uma

base profunda para uma autotransfor-

mação e um maior autoconhecimento, pois

lida com as memórias das suas células.

Baseado no trabalho de Barbara Brennan

“Mãos de Luz” onde Zaquie estudou quatro

anos nos Estados Unidos, tendo sido discí-

pula direta de Brennan. Baseado também

no próprio trabalho de Zaquie, A Consciên-

cia das Sensações e do MJFleming Viver

o Presente. Esse trabalho une perfeita-

mente à Constelação Familiar (Zaquie é da

primeira geração).

Benefícios já comprovados: aumenta a con-

centração / direciona para a sua missão de

vida / liga à espiritualidade / traz uma sensa-

ção de felicidade e alegria / harmoniza a sua

energia e chakras / expande a consciência /

aprofunda o contato consigo próprio / desblo-

queia os pontos energéticos negativos.

Mais informações: www.zaquie.com

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JORNALZENJANEIRO/2012 13

MARCELO SGUASSÁBIA

Líricas Bulhufas

Dá para contar nos dedos de uma mãoos casos de pedintes autônomos queconseguem fazer da mendicância umaatividade honrada e rentável. Compu-tadas as despesas operacionais, quandomuito o negócio se paga, o que empare-lha nosso segmento com a pesca ou aagricultura de subsistência, por exem-plo. Nunca estivemos tão longe de posi-cioná-lo como um foco de empreende-dorismo e de atração de investidores.

Em meio a tantas dificuldades ine-rentes ao ofício, destacamos a chama-da “mendicância sustentável” – quepressupõe um mínimo impacto aomeio ambiente e a utilização mais ra-cional possível dos recursos disponí-veis, o que resulta em ganho de ima-gem institucional, legitimidade danossa função perante a opinião públi-ca e maior valor agregado a cada realobtido nas esquinas e semáforos.

Alguns expedientes práticos sãoplenamente aplicáveis, de imediato,aos grandes grupos mendicantes dainiciativa privada, de controle nacio-nal e multinacional, bem como às co-operativas de mendigos espalhadaspor todo o território brasileiro – ressal-tando que estas últimas vêm experi-mentando um crescimento da ordemde 14% ao ano nas últimas décadas,em termos de receita bruta tributável.Dentre as principais providências, po-demos elencar:

- A utilização intensiva, especial-mente nos estados do Acre e do RioGrande do Sul, do papelão – materialpor natureza reciclável – em substitui-

ção aos trapos e colchonetes de espu-ma, que precariamente servem comocama e mesa de trabalho para osprofissionais da esmola;

- Implantação, nos grandes centrosurbanos, de postos de troca de canecasplásticas não recicláveis para recolhi-mento de moedas por similares de alu-mínio – que apresentam maior dura-bilidade e possibilitam descarte ecolo-gicamente correto.

- Demarcação de pontos de mendi-cância determinados pelas prefeiturase outorga do selo “Mendigo Digno”aos pedintes que atuarem em confor-midade com as leis municipais.

A soma destes esforços vem colabo-rando para que tenhamos o respeito ea admiração da coletividade. Contu-do, apesar de pedintes, não queremospedir nada. Temos a nossa consciênciade classe, poder de mobilização e acerteza de que juntos conquistaremosnossas justas aspirações pelos própriosméritos. Não aceitamos o assistencia-lismo dos governantes nem conchavosde qualquer espécie que façam calara nossa voz. A sociedade como um to-do reconhece a função social do men-digo, um bem necessário ao equilíbrioda urbe e aos esforços de contençãoda violência. Afinal, quem mendiganão assalta, não mata e não compac-tua com o crime organizado. Ao con-trário: o bom mendigo movimenta aeconomia com seu rendimento diário,gerando e mantendo empregos no mi-crocosmo em que pede esmola.

A regulamentação da atividade esua definitiva inserção na economiaformal depende fundamentalmente devontade política, e nesse sentido abancada mendiga no Congresso vemse mobilizando fortemente, inclusivecom a constituição do primeiro sindi-cato da categoria associado à CUT.

Marcelo Sguassábia é redator publicitário

www.consoantesreticentes.blogspot.com

www.letraeme.blogspot.com

Neste início de ano, desejar a você,leitor, que há meses vem me presti-giando com sua atenção, um ótimoano novo – lugar-comum, pois seique todos já te desejaram exata-mente isso – para agradecer suaatenção, mas também para lembrá-lo que, apesar da repetição do ciclo,pois todo ano fazemos as mesmaspromessas, desejamos as mesmascoisas: emagrecer, ficar rico, ter umgrande amor saído dos contos defadas, um bom emprego. Tudo issosó depende de você!

Minha sugestão é que crie metasna sua vida, assim como as crio naminha.

Seja persistente e queira, masqueira muito, seja lá o que for priori-dade para você. Desenhe, sonhe,escreva, anteveja o seu pedido (ounecessidade) realizado. De poucoadianta traçarmos uma infinidadede planos para o ano novo se mui-tos deles não estiverem ao seu al-cance ou não for de merecimentopleno. Então, minha proposta para2012 é a de que seja simples e direto.

Que você reprograme a sua vidae seus pensamentos para recebê-lo com muita abundância de saúdee sucesso, e que lá no final não sintaa frustração de não ter visto realiza-do metade dos seus projetos.

O segredo em se sentir realizadoestá nas coisas mais simples. Felici-dade, do meu ponto de vista, nãoestá em ter o carro mais caro ou amaior casa e, sim, em grandes ami-zades, sólidas e desinteressadas;

Faça o seumundo melhor

em levar acriança aopasseio peloparque, emabraçar umpai ou mãeq u e r i d o s ,em amar eser amado.

C e r t a -mente, de-sapegando-se de antigos precon-ceitos e amando incondicional-mente, você, eu e todos estare-mos vendo realizados os nossosmais caros sonhos porque se libe-rando de antigas crenças e dei-xando acontecer. Praticando o de-sapego, sua vida se tornará plenade felicidade e leveza. Abra as ja-nelas da alma e deixe o sol entrare assim estará se livrando de tra-lhas que talvez hoje não façammais sentido para você. Esvaziesuas malas e armários, desvenci-lhe-se do velho, contemple commais frequencia o horizonte e per-ceba que ele te pertence. Sua vi-são não acaba na delimitação deum muro. Você pode ir além, muitoalém. Então, a partir de agora, de-limite seu campo de atuação quese estende até o horizonte. Vocêpode tudo, você merece tudo e vo-cê consegue tudo porque você éum sobrevivente, um VENCEDOR!

Te desejo neste início de anosimplesmente uma vida plena dealegrias e simplicidade. Muitoamor, paz e luz.

Célis GarciaTerapeuta holística, ministra

cursos e palestras de mesa

radiônica quântica, feng shui,

radiestesia e radiônica e

numerologia pitagórica.

Por umamendicânciasustentável

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JORNALZEN14 JANEIRO/2012

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15JORNALZENJANEIRO/2012

As essências floraissob a luz da ciência

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Roberta De AngelisTerapeuta holística (CRT. 42.959).

Realizadora quântica, mestre em

reiki e terapeuta floral

De acordo com a ciência convencio-nal e com a medicina ocidental, umremédio só é comprovadamente efi-caz se tiver sua ação terapêuticaexplicada pelas substâncias nelecontidas. O fato é que quando anali-sado quimicamente um floral, só se-rá encontrado água e um conser-vante, como o conhaque ou o álcoolde cereal; o que não explicaria suaação terapêutica.

Basta essa negativa para os ‘cien-tistas’ tirarem todo o crédito da terapiafloral, alegando ser seu efeito apenasplacebo, ou seja, aquele que funcionaapenas com o sugestionamento peloseu suposto efeito benéfico.

A verdade é que a química nãoé a ciência adequada para analisaras essências florais; melhor seriase fosse a física, pois o poder deatuação das essências não é quí-mico, mas sim, eletromagnético.

As essências florais como com-postos energéticos atuam atravésdas questões emocionais, sendoque sua proposta principal é predo-minantemente preventiva, emborapossam ser utilizadas no reequilíbrioemocional após traumas, repres-

sões ou ou-tras questõescausadorasdo desequilí-brio, consci-entes ou não.

Enquantoesse ‘algo’não for resol-vido, não se-rá possívelreverter o desequilíbrio. Sem quehaja a ampliação da consciência, to-do e qualquer tratamento, por me-lhor que seja, será apenas um palia-tivo, mascarando e retardando ossintomas ou ainda, desviando a ma-nifestação da desarmonia para ou-tra parte do corpo.

Trata, assim, a terapia floral, denossos ‘véus’, de nossas ‘másca-ras’, nossas personas, as quais to-dos criamos como defesa, a negaro ocorrido mantendo-o longe dalembrança, para diminuir o sofri-mento emocional.

A terapia pode ser feita atravésde vários sistemas disponíveis (Bach,Minas, Brasileiros, etc.), os quaistêm entre si sua correspondência.

ASTROZEN

Quando falamos na Lua, uma dasprimeiras coisas que nos vêm é oquanto muda em tão pouco tempo.Sua capacidade de afetar as águasdo mar e o humor das pessoas. Então,o que acontece quando ela rege o ano?

A Lua representa as emoções queaprendemos na infância, nossos ins-tintos, como reagimos emocional-mente ao que nos acontece e, por-tanto, o que precisamos para nos sen-tir seguros, cuidados e nutridos. Ao lon-go de 2012 ela atuará de forma aque você se liberte de condicionamen-tos que traz consigo há muito tempo,de experimentar e aprender formasdiferentes e inusitadas de sentir, nu-trir-se e cuidar. Sentirá necessidadede concretizar o que lhe traz seguran-ça emocional, seja por meio de rela-cionamentos, projetos ou trabalhos.

De janeiro a junho, Marte no sig-no de Virgem estimula a busca deuma forma de vida mais saudável,pois nos ajuda a adotar ações práti-cas e diárias que trazem ordem, cui-dado, disciplina e organização.

Neste mesmo período, Júpiter co-labora com essas atitudes propician-

SÁTÎT JOTÍ - [email protected]

2012 – a Luae a construçãode si mesmo

do alegria e entusiasmo com práti-cas que cuidem do corpo, que resga-tem o prazer do corpo, seja comen-do, malhando, namorando, relacio-nando-se com alguém ou adquirin-do o que lhe traz segurança material.

É momento de, passo a passo, ba-talhar por aquela aquisição há tantotempo gestada em você. Procure ape-nas não perder o limite e exagerar.

De julho a dezembro Júpiter esti-mulará seu lado mais social, de di-versificar seus contatos, estimulan-do-o a se relacionar com diferentespessoas, e tirar dessas relações for-mas de nutrir os mais diversos as-pectos de seu ser e de aprender comocuidar do outro.

Neste ano, basicamente procuretrazer à tona o que estava oculto domundo e em alguns casos até de vocêmesmo. Esse oculto pode ser um te-souro, e é preciso ir até ele e ver cla-ramente o que lhe propicia ou não.

Fique atento a estados de ansie-dade, inconstância, oscilações e de-pendências. Se observar que está emalgum desses padrões, procure orga-nizar sua capacidade de ser sua pró-pria mãe – quando ela está bem vocêfica animada e distribuindo seu en-canto por onde passa, assumindo seupoder de fazer por si.

Desejo que o ano de 2012 seja oda construção de si mesmo em todosos aspectos. Feliz ano novo!

APAS LANÇA CAMPANHA EM INDAIATUBA A Associação Paulista de Su-permercados (Apas) lançou este mês em Indaiatuba a campanha estadual “Va-mos Tirar o Planeta do Sufoco”. O objetivo é conscientizar supermercadistase consumidores para a substituição das sacolas descartáveis por reutilizáveisnos supermercados paulistas a partir de 25 de janeiro. A campanha está alinhadacom a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que obriga toda a sociedadebrasileira a rever seus conceitos sobre a questão do lixo. O dia 25 de janeirofoi escolhido por ser aniversário de São Paulo, a maior cidade brasileira, comgrande volume de supermercados e onde está localizada a sede da Apas e dasprincipais redes de supermercados do país. A ação é o início de um projetomais amplo que envolve o estímulo aos supermercadistas de adotarem posturassustentáveis. O Guia da Loja Verde, publicação inédita do setor, dá dicas deprojetos economicamente viáveis para os empresários.

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JORNALZEN16 JANEIRO/2012

Na realidade, as toxico-manias são todos osproblemas impulsivos,no caso específico, o ál-cool e outras drogas emgeral. Porém, as autênti-cas e verdadeiras toxico-manias só se podem de-senvolver em personali-dades psicopáticas ondeexiste, para ser mais cla-ro, uma predisposiçãotambém muito forte.

Vamos usar como exemplo umadas drogas que mais causam de-pendência – a heroína – e paramostrar como elas (drogas) atuamdentro das células do corpo.

Depois de injetada, ela se fixa nosreceptores opioides da célula, quesão os mesmos receptores biologi-camente preparados para receber asendorfinas, os neuropeptídeos pro-duzidos pelo hipotálamo, e em vezde receber as endorfinas, a célula re-cebe heroína e se torna dependente.

Agora, colocaremos o mesmocenário com as emoções e, guar-dando as devidas proporções, quetambém produzem os peptídeos oumoléculas das emoções, que se li-gam aos receptores das células –ou seja, o que acontece com o uso

Toxicomanias (dependênciasquímicas e emocionais)

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repetitivo das drogastambém acontece com ouso repetitivo das mes-mas emoções. Os re-ceptores opioides docorpo começam a espe-rar e mesmo a ansiarpor aquele peptídeo es-pecífico, ou seja, o cor-po fica dependente da-quela emoção.

Assustador, não é?Mas isso explica tanta

coisa! Algumas das ideias a seguirlhe parecem familiar?* Estados emocionais destrutivos;* As mesmas situações repetitivasconstantemente;* Incapacidade de mudar; * Sentimento de impotência para cri-ar algo novo;* Vozes interiores dizendo “Eu que-ro - me dá, me dá”, ou seja, “e umlado carente dizendo que sim, e avida da gente dizendo que não”;* A promessa de nunca mais fazeralguma coisa que é novamente feitatrês horas depois.

“A única diferença entre um

sulco de um pneu na estradae uma sepultura é a profundidade”

(Charles Garfield)

Mario Celestino

de Oliveira

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JANEIRO/2012 JORNALZEN 17

INDICADOR TERAPÊUTICO

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JORNALZEN JANEIRO/201218

Viva [email protected]

Silvia Lá Mon, diretora do JORNALZEN, veio me trazer os exemplares de de- zembro e, como acontece todos os meses, ficamos uma meia hora batendo

papo. A Silvia, para quem não a conhece pessoalmente, é uma mulher extrema-mente batalhadora e foi dela a ideia genial de fazer um jornal tão diferente co-mo este. Além disso, é uma mulher com um conteúdo existencial grande, o que tor-na muito mais agradável qualquer conversa.

Entre um assunto e outro, comentamos sobre o que as pessoas têm feito comsuas relações interpessoais. Interpessoais? Sim, aquelas relações entre duas oumais pessoas. Pense na cena descrita pela Silvia: um charmoso barzinho; umamesa com algumas pessoas. A moça está lendo seu tablet; um dos rapazes falaao celular; a outra manda torpedos e outro lê seus e-mails no notebook. E tudoisso não foi coisa de cinco minutos, não. Boa parte do encontro foi desse jeito.

Que falar do casal que viaja para um hotel numa praia quase paradisíaca,mas que não possui internet e que por isso se tornou um aborrecido final de se-mana? Que falar do casal que já não tem mais assunto, porque todas as noitesambos ficam com seus notebooks navegando sabe-se lá por onde?

E paquerar on-line é traição? Mesmo que nunca se venha a conhecer a pes-soa? E acessar a internet antes de dizer bom-dia para os filhos, é saudável? Ese expor no Facebook da forma como as pessoas têm exposto suas vidas e suasopiniões, poderá um dia ter consequências?

Não sou contra todas essas parafernálias que foram inventadas e continuarãoa ser nos próximos anos. Para mim, elas chegaram para ajudar e muito. Masquando que as pessoas perceberão que precisam desligar esses aparelhos para obem do casamento, da amizade, do trabalho, do lazer?

Um funcionário foi demitido esta semana porque passou 6 horas e 12 minutosnavegando durante o expediente. Será que a empresa deveria tê-lo encaminhadopara uma espécie de “Alcoólicos Anônimos”, como faria se o mesmo tivesse be-bido durante o trabalho?

Gostaria que as pessoas começassem o novo ano um pouco menos plugadas.Que viajassem nas férias e levassem no máximo o celular. Que conversassemmais. Que dessem mais risadas, não de uma bobeira qualquer do YouTube,mas das palhaçadas dos filhos ou das piadas dos amigos. Que se telefonassemmais, em vez de mandar e-mails. É muito importante ouvir a voz do outro...Que fossem umas às casas das outras com mais frequência e quando estivessemjuntas desligassem o celular. Não sei se você me entende...

Um feliz 2012 novamente!

Bate-papo

FORNO & FOGÃOTodo ano é assim, fala a verdade... Asfestas terminam, a gente se sente gor-da (ou está mesmo com uns quilinhosa mais), o verão está a todo vapor e, éclaro, queremos emagrecer. De prefe-rência bem rapidinho.

Primeiramente, nada de recorrer àsbenditas “dietas milagrosas”. Acho quevocê já percebeu que não deve cair nessa.

Depois, se seu emocional não esti-ver legal, não comece uma dieta. Écerteza de fracasso. Também nada depensar o dia todo em regime, contan-do freneticamente as calorias de cadapão de queijo! Quanto mais você sepreocupar com isso, menos peso vaiperder. Percorra o caminho do meio.Equilíbrio é a palavra-chave.

Se estiver irritada porque não podeou não quer comer aquele bolo dechocolate, não desconte nos outros.Ninguém tem nada a ver com isso.

Fugir da balança durante o regimeé uma boa dica para não ficar maisneurótica ainda. É preferível você seolhar mais no espelho. De repente vo-cê pode estar um pouco acima do pe-so, mas sentindo-se bem.

E por fim, não espere ganhar muitopeso para começar uma dieta. Tenhouma amiga que pesava em torno de65 quilos e enquanto ela não beirouos 100, não começou uma dieta. Aífica tudo mais difícil e doloroso.

Boa sorte!

Bolo de limão e laranja

Ingredientes:

½ xícara (chá) de suco de laranjaSuco de 2 limões1 gema4 colheres (sopa) de azeite de oliva½ xícara (chá) de açúcar2/3 xícara (chá) de iogurte desnatado1 ½ xícara (chá) de farinha de trigo1 colher (sopa) de fermento em pó4 claras batidas em neve1 colher (café) de raspas de limão1 colher (café) de raspas de laranja

Modo de fazer:

No liquidificador bata os sucosde laranja e limão com a gemae o azeite. Devagar, váacrescentando o açúcar, semparar de bater. Derrame esselíquido cremoso em uma vasilha.Coloque o iogurte e mexa bem.Misture à parte a farinha de trigocom o fermento. Aos poucos váadicionando os ingredientessecos ao creme na vasilha.Mexa bem para obter umamassa homogênea. Junte emseguida as claras em neve comdelicadeza. Por último, asraspas de limão e laranja.Unte e enfarinhe uma formaretangular e despeje a massa.Leve para assar em forno médiopreaquecido por uns 40 minutosou até que enfiando um palito elesaia limpo. Se quiser, depois deassado derrame sobre ele umamistura de açúcar e caldo delimão (ou laranja).

Ano novo: começa avontade de emagrecer

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JORNALZENJANEIRO/2012 19

BEM NUTRIR

Azeite – a gordura do bemA participação do azeite de oliva nocardápio da família brasileira ainda seresume à condição de tempero dassaladas ou surge para realçar o saborde massas. Nas mesas dos melhoresrestaurantes o produto já foi alçadoà condição de ingrediente indispensá-vel. Todo fundo de frigideira é regadocom azeite de oliva e as carnes grelha-das, antes de dourar ao fogo, são mer-gulhadas numa mistura de azeite.

A Associação Dietética America-na apresenta evidências de que asdietas ricas em gorduras monoinsa-turadas, predominantes na composi-ção do azeite, estão diretamente as-sociadas à redução do risco de de-senvolvimento de doenças degenera-tivas. Entre elas estão os problemascoronarianos derivados do entupi-mento das artérias que irrigam o co-ração, mais comuns nos países oci-dentais e partes da Europa que se-guem dieta semelhante à dos norte-americanos. Se nos óleos comuns afração dessa gordura chega a 50%,no azeite de oliva ultrapassa 73%.

O caminho da saúde não exige ocorte de toda a gordura da alimenta-ção, mas que a maior parte seja forne-cida por fontes vegetais e, de prefe-rência, com predominância do azeite.

O motivo da preferência está nacomposição do produto, que contémsubstâncias capazes de melhorar arelação entre as frações de colesteroldo organismo. Elas reduzem o cha-mado colesterol ruim (LDL) e au-mentam o bom colesterol, o HDL.

As gorduras saturadas são sólidasà temperatura ambiente e provem defontes animais (manteiga, creme deleite, banha de porco e gordura conti-da nas carnes), com exceção para oóleo de coco (com 92% de gordurasaturada na composição) e palmeira.

São também as mais daninhas,

pois favorecem o aumento da fraçãoLDL, que tende a se acumular nas pa-redes dos vasos e artérias, formandoas placas de ateroma, geradas pela de-posição de gordura e cálcio, que dimi-nuem o calibre das artérias. Já o coles-terol HDL limpa artérias favorecendoa eliminação da parcela nociva.

As gorduras insaturadas são origi-nárias de fontes vegetais e líquidas àtemperatura ambiente. Subdividem-se em poli-insaturadas (milho, soja,amendoim, girassol) e monoinsatu-radas (azeite e canola).

Os poli-insaturados reduzem ocolesterol bom e o ruim ao mesmotempo. Já os monoinsaturados ata-cam só o colesterol ruim, elevando apresença do outro.

Os benefícios do azeite tambémnão são imediatos: podem vir a médioe longo prazos e variam de acordocom o metabolismo. Alguns estudosmostram, por exemplo, que sinais demelhora da imunidade e do colesterolpodem começar a surgir em 30 dias.Outras pesquisas indicam que a pro-teção do azeite de oliva reduz a inci-dência de artrite reumatoide após 27semanas seguindo com uma alimen-tação baseada em monoinsaturados.Não custa lembrar: azeite ajuda a di-minuir o número de casos, mas nãocura artrite reumatoide.

O acréscimo de azeite significatambém controlar a presença das ou-tras fontes de gordura, como leites equeijos. Não custa lembrar que essesprodutos não impedem a ação doóleo de oliva, mas aumentam o coles-terol ruim. Seguir uma dieta pobreem gorduras originárias de fontesanimais, moderar nos óleos e enri-quecer com azeite aumenta a expec-tativa de vida.

fonte: Blog Clube do Lar

Alimentação saudável: umhábito que pode ser cultivado

Wagner Sanchez

Muitas vezes nos perguntamoso motivo pelo qual nossas cri-

anças não possuem o hábito ali-mentar que desejamos. Lembra-mos do comercial de TV em quea criança pede brócolis e outrashortaliças e legumes ao invés dacostumeira batata frita, do biscoi-to, chocolate e de outras gulosei-mas. Isso seria um sonho?

Vamos fazer uma reflexão so-bre as pessoas que você conhece,que também são loucas por gulo-seimas cheias de gorduras e calo-rias e detestam qualquer item daalimentação saudável. Não estouaqui pregando que devemos serimpecáveis na alimentação, estoufalando de bom senso. Uma parteconsiderável das pessoas que co-nhecemos costuma ter no pratoum “mix” razoável, com itens quefazem bem à saúde e outros nãotão saudáveis. Com isso, chegamosao consenso de que, se não é pos-sível ter aquele prato totalmentesaudável em todas as refeições,podemos aceitar pratos minima-mente variados.

Partindo desse ponto, é um so-nho totalmente plausível que nos-

sas crianças tenham um cardápiodiversificado. O único segredo é ohábito. Desenvolvê-lo requer umtrabalho que começa desde as pri-meiras sopinhas e os primeiros su-cos – aliás, começa desde a gesta-ção, com a alimentação da mãe.

Além dessa inserção de ele-mentos saudáveis nas primeirasrefeições, existe a manutenção dohábito, que pode conter incenti-vos e brincadeiras. Ou seja, tudoaquilo que as cadeias de fast-foodfazem tão bem e do que nós nosesquecemos. Em alguns casos, atéfazemos exatamente o contrário:emitimos o nosso repúdio perantealgum alimento que não gosta-mos nos ouvidos das crianças,que de imediato começam a nãogostar também. Quando a criançaouve da mãe: “Eu detesto berin-jela!”, automaticamente, sem terprovado, passa a detestar a berin-jela. E, se conseguirmos que o fi-lho prove o alimento, com certezaele irá para a degustação com apredisposição de não gostar.

Wagner Sanchez é bacharel e mestreem Tecnologia da Informação, espe-cialista em Educação, atuando hámais de dez anos como consultor nasáreas de tecnologia e gestão.

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