jornalzen abril 2013

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JORNALZEN ANO 9 ABRIL/2013 nº 98 R$ 1,50 www.jornalzen.com.br AUTOCONHECIMENTO BEM-ESTAR CIDADANIA CULTURA SAÚDE CULTURA ZEN Evento na de Letras acadêmico em Campinas Momento de Reflexão Pág. 6 Tesouros da Vida Pág. 7 Cultura de Letras Pág. 12 Líricas Bulhufas Pág. 13 MONICA BUONFIGLIO As doenças na visão espiritualista Pág. 6 Kaká Werá Pág. 3 ZENTREVISTA ZENTREVISTA Silvia Lá Mon JORNALZEN participará da 9 ª Naturaltech Pelo quinto ano consecutivo, o JOR- NALZEN estará participando da Feira Internacional de Alimentação Saudável, Produtos Naturais e Saú- de (Naturaltech), que terá sua nona edição de 27 a 30 de junho, na Bie- nal do Parque Ibirapuera, em São Paulo. Com entrada aberta ao públi- co, o evento é considerado o princi- pal do gênero na América Latina. Mais de 20 mil pessoas devem visi- tar os estandes da feira. Pág. 9 ARTIGOS Sintomas físicos e psicológicos originados pela ascensão espiritual Pág. 2 O cuidador Pág. 2 A procura Pág. 8 Pág. 15 Padre Haroldo Pág. 18 Viva Bem BEM NUTRIR Pág. 19 Pensamentos de CULTURA ZEN Silvia Lá Mon Evento do Centro de Poesia e Arte de Campinas (CPAC) em homenagem às mulheres Pág. 9

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Jornal mensal referência em terapias holísticas, saúde, cultura, educação, bem-estar e qualidade de vida. Há oito anos no mercado, circula em oito cidades da região de Campinas (SP).

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Page 1: Jornalzen Abril 2013

JORNALZENANO 9 ABRIL/2013 nº 98 R$ 1,50 www.jornalzen.com.br

AUTOCONHECIMENTO • BEM-ESTAR • CIDADANIA • CULTURA • SAÚDE

CULTURAZEN

Evento naAcademia

Campinensede Letras

abriu o anoacadêmico

em Campinas

Momento

de ReflexãoPág. 6

Tesouros

da VidaPág. 7

Cultura

de LetrasPág. 12

Líricas

BulhufasPág. 13

MONICA BUONFIGLIO

As doenças navisão espiritualista

Pág. 6

Kaká

WeráPág. 3

ZENTREVISTAZENTREVISTA

Silvia Lá Mon

JORNALZENparticipará da9ªªªªª NaturaltechPelo quinto ano consecutivo, o JOR-

NALZEN estará participando da

Feira Internacional de Alimentação

Saudável, Produtos Naturais e Saú-

de (Naturaltech), que terá sua nona

edição de 27 a 30 de junho, na Bie-

nal do Parque Ibirapuera, em São

Paulo. Com entrada aberta ao públi-

co, o evento é considerado o princi-

pal do gênero na América Latina.

Mais de 20 mil pessoas devem visi-

tar os estandes da feira. Pág. 9

ARTIGOS

Sintomas físicose psicológicos

originados pelaascensão espiritual

Pág. 2

O cuidadorPág. 2

A procuraPág. 8

Pág. 15

Padre Haroldo

Pág. 18

Viva Bem

BEM NUTRIRPág. 19

Pensamentos de

CULTURAZENSilvia Lá Mon

Evento do Centrode Poesia e Arte de

Campinas (CPAC) emhomenagem às mulheres

Pág. 9

Page 2: Jornalzen Abril 2013

JORNALZEN2 ABRIL/2013

JORNALZEN

DIRETORASilvia Lá Mon

NOSSA MISSÃO: Informar para Transformar

circulação: Campinas, Indaiatuba, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo

EDITORJorge Ribeiro Neto

JORNALISTARESPONSÁVELMTB 25.508

[email protected]

TELEFONESRedação

(19) 3324-2158

Comercial / Fax(19) 3324-2159

AGENDAZEN

FERTILIDADE24/4, às 20h – palestra “Um Compromissodo Casal”, com a médica Michele Panzan,no Vitória Hotel (Avenida José de Souza Cam-pos, 425 - Cambuí). Aberto ao público. Reser-vas e mais informações: (11) 3059-6124

FITOTERAPIA23 a 26/4 – 11ª Semana de Fitoterapia deCampinas “Prof. Walter Radamés Accorsi”,no Parque das Águas (auditório do CCA-Sanasa: Rua Visconde de Congonhas doCampo, 567 - Parque São Martinho). Abertoao público. Confira a programação emwww.jornalzen.com.br (acessar “AgendaZen”). Mais informações: (19) 3234-0357

MULHERES11/4, das 8h30 às 10h – palestra “Caminhose Descaminhos”, com Magda Vilas-Boas,no auditório do Museu de História Natural(Rua Coronel Quirino, 2 - Bosque dos Je-quitibás). Aberto ao público. Mais informa-ções: (19) 3295-5850

INDAIATUBA

BENEFICENTE13/4, a partir das 19h – show da banda gospelGuerreiros da Luz,na Sala Acrísio de Camar-go (Ciaei – Avenida Engenheiro Fábio Ro-berto Barnabé, 3.665 - Jardim Regina). Aber-to ao público. Pede-se 1 pacote de fraldasgeriátricas, para o projeto Beija-Flor, do Fun-do Social de Solidariedade (Funssol). Maisinformações: (19) 9192-5168

SÃO PAULO

ESSÊNCIAS DE CRISTAIS27 e 28/4, das 14h às 18h (sábado) e das 9hàs 13h (domingo) – curso com OsvaldoCoimbra Junior, sintonizador das EssênciasCristais de Oz, no Alto da Lapa. Inscrições emais informações: (11) 3042-1812 / (16)3941-6116 ou www.cristaisdeoz.com.br

CURSO DE CUIDADORES DE IDOSOSPromoção: Ateliê do Cuidado

Início: 9 de Maio (quintas-feiras),das 18h às 21h15

Local: Rua Dr. Quirino, 1.733 (Centro)

Mais informações: (19) [email protected]

www.ateliedocuidado.com.br

Sintomas físicos e psicológicosoriginados pela ascensão espiritualARTIGO Osvaldo Coimbra Junior

Quanto mais sentimos medo e resis-tência relacionados ao amadure-

cimento espiritual, mais sintomas apa-recem e se fortalecem. Muita entrega efé absoluta e muita ingestão de águasão necessárias nessa hora. Existem vá-rios tipos de mal-estar e incômodos quepodem estar sendo gerados pela ascen-são espiritual. Na verdade são reajustesfísicos e psicológicos que ocorrem apartir do DNA. O corpo físico precisade uma mudança que começa no nívelcelular para que possa suportar tama-

nha voltagem de eletricidade (Luz).A capacidade mental tem que ser

ampliada (“upgrade”) para literalmen-te caber recursos muito mais rebusca-dos (semelhante ao que acontece emnossos computadores quando precisa-mos de programas mais atuais, maiselaborados, ditos mais pesados). Tam-bém precisamos ampliar nossas capaci-dades e ferramentas psicológicas paracomeçar a se envolver com a energia daverdadeira amorosidade e compaixão(amor universal). Essas qualidades di-vinas que pertencem à quinta dimensãoagora estão disponíveis para serem uti-

CAMPINAS

lizadas pelos seres humanos.Os principais sintomas decorrentes

das mudanças de frequências vibracio-nais do campo energético são: instabili-dade de humor (alternando tristeza eirritabilidade), estado depressivo (nãoconsegue sentir mais prazer com o seucotidiano), sensação de inadaptação aomeio social, falta de concentração e dememória, perturbações do sono, medosinespecíficos, cansaço, desânimo, mui-ta dor de cabeça, dores pelo corpo (“fi-bromialgia”), alterações no peso corpo-ral (mais comum o aumento de peso) emuita mudança nos gostos e nos valores.

Enfim, tudo tem que se tornar maissuave, mais fluido, mais flexível, maissutil, enfim mais entregue.

O controle patológico tem que ir sediluindo, a manipulação egoica tem queser destituída do seu posto de comando.Temos apenas que manter o poder defazer nossas escolhas, sempre aguar-dando a chegada das oportunidades.

É um exercício diário. É uma escolhaconsciente.

E os incômodos surgem justamenteporque as mudanças precisam ocorrerde uma forma rápida e radical. Assimcomo está ocorrendo com a tecnologia.

Simples assim.

Osvaldo Coimbra Junior é consultor desaúde integral e produtor das EssênciasCristais de [email protected]

www.cristaisdeoz.com.br

O cuidadorARTIGO Sonia Beatriz Bagatini

Especialistas e estudos da psicolo-gia, medicina e outras áreas a fim

comprovam que as primeiras experiên-cias infantis até os 3 anos de idade sãoas que formam a personalidade do serhumano e, ainda, que as marcas que osadultos cuidadores – pais, parentes,babás ou professores – deixam é parasempre na vida dessas crianças. Nesse

contexto, reciclar e agregar conheci-mentos sobre o desenvolvimento infan-til é um desafio para toda a sociedade.

Sabemos que a convivência familiar

na infância é fundamental para o cresci-mento e desenvolvimento saudável dacriança, assim como sabemos que ambi-entes familiares hostis podem causardanos com consequências irreversíveisà existência humana, afetando o bem-estar e a saúde mental dos envolvidos,principalmente dos mais frágeis quesão as crianças. Na busca diminuir essafragilidade, física e emocional das futu-ras gerações, a permanência da criançadeve se dar em um ambiente seguro eafetuoso, onde há os ensinamentos so-

bre o amar. Isso só é possível quandoamamos as nossas crianças.

Vamos reciclar, reforçar e despertaros estudos e questionamentos entre to-dos para sempre buscar o melhor para avida humana. Primeiro aquela pequeni-na vida da qual somos os cuidadores res-ponsáveis, em segundo a nossa própriavida, buscando a satisfação e o prazerem atingir os resultados esperados nacriança como reflexo daquilo que ofere-cemos a ela. Cabe lembrar que a nossanatureza humana se não for instigada,desafiada e motivada, pode esquecermuitas coisas importantes caindo nosentido negativo da palavra rotina.

Tudo o que fizermos para as nossascrianças terá registro eterno em seuscorações e nas suas mentes.

Sonia Beatriz Bagatini é psicóloga esupervisora da SOS Casas de Acolhida

Page 3: Jornalzen Abril 2013

JORNALZEN 3ABRIL/2013

ZENTREVISTA Kaká Werá

RAÍZES DA PAZDefensor da tradição indígena e da natureza, escritor e terapeuta pregarespeito à diversidade cultural na busca por civilidade e evolução social

A defesa da cultura indígena e a construção de uma cultura de paz norteiam desde sempre a

vida de Kaká Werá Jecupé. Esse índiode origem tapuia nasceu em uma aldeiade Parelheiros, periferia de São Paulo,onde acompanhou e participou volunta-riamente do processo de reconheci-mento da demarcação territorial dosguarani. “Kaká” vem do nome de regis-tro – Carlos Alberto dos Santos – e orestante é a designação recebida ao serbatizado em cerimônia sagrada no anode 1986. Estudou em escola pública,onde conheceu a história oficial do País,que jamais incluiu as culturas indígenas.Foi o estopim para mergulhar em suasraízes. Na época da escola secundária,Kaká tinha forte envolvimento com o mo-vimento estudantil e questões ecológi-cas. Mais tarde veio a fundar o InstitutoArapoty, organização voltada para a di-fusão dos valores sagrados e éticos dacultura indígena. Em 1988, Kaká foi con-vidado a trabalhar na Secretaria de Cul-tura de São Paulo. Nesse período cola-borou para articular junto ao secretárioda Educação Paulo Freire uma série deprojetos para cultura indígena da capi-tal paulista. Além dessas questões so-ciais, Kaká dedica-se ao estudo da fito-terapia, buscando integrá-la ao seu co-nhecimento indígena. Terapeuta, é es-pecialista em naturoterapia e psicotera-pia. Kaká ministra palestras, seminá-rios e vivências nas quais procura levarmensagens da sabedoria dos povos an-cestrais do Brasil. Como conferencistainternacional e consultor de empresas,também aborda temas relacionados avalores humanos, empreendedorismo esustentabilidade. Aos 49 anos, Kaká We-rá tem se dedicado à literatura, à defesada natureza e ao empreendedorismo so-cial. Esses assuntos são tratados nestaentrevista exclusiva ao JORNALZEN.

De que forma utiliza sua vivência cul-

tural para desenvolver trabalhos tera-

pêuticos?

Da década de 80 até meados dosanos 90 vivi com o povo guarani de SãoPaulo. Dessa vivência tive uma profun-da relação com a visão de mundo e a sa-bedoria espiritual dessa tradição ances-tral. Em 1995, após estudar os princí-pios e fundamentos da cultura tupi emrelação ao ser, inspirei-me nessas expe-riências e criei uma série de dinâmicascom foco no autoconhecimento. No de-correr dos anos tenho atuado em diver-sos Estados do Brasil e no exterior como propósito terapêutico, mas tambémcom o objetivo de sensibilizar o ser hu-mano para a percepção da natureza co-mo uma entidade viva. No início dosanos 90, aprofundei o foco de minharelação com a cultura indígena para oaprendizado e pesquisa de seus valoressagrados e sua cosmovisão. Com o pas-sar do tempo, tive a oportunidade derelacionar a síntese de minha experiên-cia com os guarani com os estudos emvalores humanos realizados com Sua

Santidade o Dalai Lama, no Brasil, naFrança e na Índia, o que foi para mimum marco no entendimento mais pro-fundo na questão do ser, de sua essên-cia e sua impermanência. Estudei aquestão da ancestralidade e das cultu-ras ancestrais do Brasil de modo empíri-co e fiz o curso de formação Holísticade Base, na Unipaz (Universidade In-

ternacional da Paz). Foi assim que pudeextrair conteúdos com enfoque centra-do no autoconhecimento, na sabedoriaancestral e na ecologia profunda a par-tir da investigação dos saberes tradi-cionais das raízes culturais do Brasil.

E o lado de empreendedor social?

Com o tempo e a experiência adquiri-da, as ações sociais com os guarani evo-

luíram de um relacionamento de presta-ção de assistência e defesa de direitos hu-manos para o empreendedorismo social ea geração de renda e qualidade de vidaem comunidades, atuando em regiões es-pecíficas do Paraná e no litoral paulista.Foram ações envolvendo levantamentode necessidades em áreas indígenas coma participação e definição de prioridadesrealizadas pelas lideranças das aldeias.Meu papel era buscar apoio entre pessoase instituições sensibilizadas com a causae com a proposta não assistencialista, mascom foco de gerar sustentabilidade. Atual-mente, o foco do empreendedorismo socialestá na educação, através de um esforçopara oferecer uma pedagogia inclusiva,que eduque para o desenvolvimento deaptidões cooperativas, criativas e não dis-

criminativas; que possamrefinar o jovem em valoreshumanos, ética e caráter.

O que o levou a criar o

Instituto Arapoty?

A criação do institutorepresenta o braço daação social do propósitode difusão de uma sabe-doria ancestral brasileira.É uma organização socialcom foco na juventude,na educação e nas comu-nidades tradicionais quebusca estimular a revalo-rização das nossas raízes.

Como encara o proces-

so civilizatório a que os

índios são submetidos?

Não existe processocivilizatório, no sentidode civilidade e evoluçãosocial em relação aos ín-dios. Existe um processodestrutivo. Uma des-truição de uma diversi-dade imensa de experi-ências distintas de pe-quenas civilizações in-tegradas à natureza e àsustentabilidade que se

iniciou no século 16 e que permaneceaté hoje. Como um vírus, destruiu po-vos, destruiu ecossistemas e agora ame-aça o próprio planeta.

Quais seriam as principais ações para o

desenvolvimento de uma cultura de paz?

Antes de tudo, deve haver um res-peito profundo pelo outro, pelo dife-rente, pela diversidade cultural. Deve-se acolher reconhecendo que em essên-cia somos um só sopro, embora na apa-rência possamos ser muitos.

Como avalia nossa proposta editorial,

de divulgar e incentivar iniciativas

voltadas ao bem?

Essa proposta deveria ser seguidapor outros meios de comunicação. Pre-cisamos de mais iniciativas como essa.Sabemos que a comunicação é a chavepara conscientizar o coletivo e o JOR-NALZEN cumpre essa missão detransmitir coisas boas.

Que mensagem gostaria de deixar pa-

ra os nossos leitores?

Honrar as raízes pessoais e coleti-vas é uma chave sagrada para a evolu-ção espiritual. Podem ter certeza disso.Luz a todas as raízes.

“Deve-se acolher reconhecendoque em essência somos um sósopro, embora na aparência

possamos ser muitos”

Divulgação

Page 4: Jornalzen Abril 2013

JORNALZEN4 ABRIL/2013

PANORAMA

MOSTRA INCLUSIVA

O Memorial da Inclusão, em São Paulo, recebe até o dia 26 a exposição Na-

mastê, que exibe ensaios fotográficos de pessoas com deficiência. A mostra

é um projeto do estúdio Bem Me Ker e conta com a exibição de 24 imagens

com recursos de audiodescrição e braile. O Memorial da Inclusão fica na

Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 564 - portão 10 (Barra Funda).

Mais informações: www.memorialdainclusao.sp.gov.br .

ECOTECA EM CAMPINAS

A Associação de Assistência Social São João Vianney, na Vila Georgina, rece-

beu a primeira “Ecoteca” de Campinas. Trata-se de uma biblioteca que em-

presta livros e serve de espaço para manifestações artísticas. Desenvolvido

pela Rede Educare, o projeto beneficia 150 crianças, adolescentes e familia-

res. O nome surgiu da junção das partículas eco (do grego: “relacionado ao

ambiente”) e teca (“lugar onde se guarda”).

FRANGO SOLIDÁRIO

Até o dia 20 de abril, quem saborear o tradicional frango desossado grelha-

do no Frango Atropelado estará contribuindo com os programas socioeduca-

tivos do restaurante do Jardim Chapadão (Rua Dr. Miguel Penteado, 87),

em Campinas. Os vales – ao preço de 28 reais – estão sendo vendidos pela

Fundação Eufraten – www.eufraten.org.br. Mais informações pelos telefo-

nes (19) 3242-9838 ou 3256-1966.

AULAS DE ARTESANATO

O Ateliê Colorar’t, em Barão Geraldo, está com inscrições abertas para as

aulas gratuitas de artesanato voltadas para pessoas com algum problema de

saúde ou envolvidas nos cuidados com familiares próximos. Cada turma terá

uma aula por semana durante dois meses. Os interessados devem enviar e-

mail para [email protected]. Mais informações pelo telefone (19)

3288-0521 ou no site www.ateliecolorart.com.br

Mãe duas vezesVárias amigas que leem ou escrevem

para o JORNALZEN são ou estão se

tornando avós e ficando cada vez

mais belas, felizes e realizadas. Ser e

ter avós é um estado de graça para

ambos, um amor compartilhado com

tempo, sabedoria, muita conversa e

sopinha quente.

Conversando com nossa colunista

e escritora Aruângua, que também é

avó, tivemos a ideia de que a partir de

maio ela estará escrevendo histórias de

avós e as peripécias de seus netinhos.

E, se perceberam, nesta edição (página

12) sai a segunda parte da primeira

crônica dela sobre netos. Até convida-

mos essas amigas avós que citei para

que enviem suas histórias para Aruân-

gua transformar em crônicas. Essa no-

va série terá o nome de “Sopa de Avó”

– uma bela ideia, não acham?

Na verdade, só iria publicar esta

coluna no próximo mês, mas a inspi-

ração me veio agora e magicamente

nestes dias chegaram diferentes mu-

lheres me contando suas experiências

como avós: uma amiga e uma pacien-

Silvia Lá Mon

te. E minha decisão de publicar o texto

já nesta edição de abril se consolidou

quando, ao revisar as matérias, depa-

rei com o artigo de nossa também co-

lunista Eliana Mattos. Quando lerem

o que ela escreveu (página 19), vocês

vão entender a sincronicidade de nos-

sas ideias. Essa sincronicidade mági-

ca geralmente acontece entre os colu-

nistas do JORNALZEN.

Desejo àquelas que são mães

duas vezes muito tempo para se delei-

tarem com seus pequeninos, para

passarem todo amor, conhecimento e

sabedoria, pois essa é a sua maior

contribuição para que eles se tornem

adultos bons e felizes.Desejo muita

saúde para verem todo esse resulta-

do. O nosso querido poeta Mário

Quintana escreveu: “Somente os ve-

lhos e as crianças conseguem ser ver-

dadeiramente felizes, pois suas ex-

pectativas não vão além dos cinco

minutos”. Portanto, vamos desfrutar

cada momento dessa mágica relação

de ambos os lados para perpetuar-

mos o milagre de viver no amor.

[email protected] - cronicasdesilamon.blogspot.com

Page 5: Jornalzen Abril 2013

5ABRIL/2013 JORNALZEN

O ToloNo tarô, a carta do Tolo reflete al-guém que, sem posse de um “eu”que a possibilite ter um ponto de vis-ta próprio, inicia jornadas sem pro-pósitos pessoais e nem destino. Eladá a largada em caminhos arrisca-dos sem enxergar as próprias limi-tações. Sem aterramento, tem amente só nas nuvens.

Mui tas pessoas são ass im:sem conhecerem as próprias ne-cessidades e ter um centro pes-soal que as ligue o mundo externo,fiam-se em um esboço raso de um

Miguel Antonio

de Mello SilvaPsicólogo (CRP 06/37737-2)

CONTATO: (19) 3213-4716 / 3213-6679 ou [email protected]

INFORME PUBLICITÁRIO

idea l em-prestado, ese enf iamem uma gran-de missão.Sem traque-jo e sentidopessoal, so-bem na pri-meira con-dução pas-sando, des-cem quandoos outros descem e caem, inebria-das, no precipício.

Mesmo após tantos precipícios,quem lhes ousaria informar que tudoaquilo é um mal entendido? Quemteria a coragem de questionar tãonobres ideais? Afinal, quem aindanão aterrou, se apresenta com ocartão de visita de uma espirituali-dade ilusória: um guia, uma forçacósmica, um guru certeiro, uma féespecífica. Contra certas ilusões,muitos argumentos fracassam.Aliás, é preciso desenvolver um grauconsiderável de confiança antes deser capaz de ajudar alguém a discer-nir o que é ilusão daquilo que é aação da boa mão cósmica.

Um bom psicoterapeuta buscaintegrar a espiritualidade com apessoalidade do paciente. Trabalhoárduo mas muito recompensador,porque resulta em alguém que,aterrado no mundo, é capaz de per-corrê-lo criativamente com a cabe-ça nas alturas.

Reprodução

Page 6: Jornalzen Abril 2013

JORNALZEN ABRIL/20136

JOÃO BATISTA SCALFI

MOMENTO DE REFLEXÃO

Ante a palavra do Cristo!“...As palavras que eu vos disse são

espírito e vida”– Jesus

(conforme relatado no evangelhode São João, cap. 6, vs 64).

Em todos os tempos surgem nomundo grandes seres (espíritos)que dominam as palavras, impres-sionando multidões; entretanto, fa-lam em âmbito circunscrito, aindaquando se façam ouvidos em várioscontinentes.

Dante define uma época.Camões exalta uma raça.Shakespeare configura as expe-

riências de um povo.Voltaire exprime determinada

transformação social.As palavras de Jesus, no entanto,

transcendem joias literárias, platafor-mas políticas, postulados filosóficose fórmulas estanques. Dirige-se a to-das as criaturas da Terra, com absolutaoportunidade, estejam elas nesse ounaquele campo de evolução.

É por isso que a doutrina deixadapor Jesus reflete o verdadeiro espíritoreligioso independente de dogmasou crenças. Ele não deixou uma reli-gião específica, deixou sim os ensi-namentos de um verdadeiro amorcristão e fraterno. Deixou a lição deigualdade e respeito ao próximo e quesomos todos irmãos a caminho da

evolução espiritual. Também disse:Desejai para os outros o que quere-ríeis para vós mesmos.

Os ensinamentos do Mestre estãonos princípios espíritas-cristãos, cons-tituem sistema renovador, com indica-ção de caminho, roteiro de ação e dire-trizes no aperfeiçoamento de cada ser.Além das lágrimas e sofrimentos apren-

M O N I C A B U O N F I G L I O

As doenças na visão espiritualistaAlgumas doenças podem ser prove-

nientes de vidas passadas, deacordo com a visão espiritualista, poisa alma está diretamente ligada a umsegundo corpo, um veículo energéti-co da psique humana que sobreviveapós a morte física, renascendo numoutro corpo físico.

A doença é uma maneira de voltar-se ao rumo certo, quando saímos danossa trajetória. Por isso, não deveser vista como inimiga, pois todo pro-blema tem uma solução e toda doen-ça tem uma cura.

Quando adoecemos, demoramospara entender que a doença é de certomodo uma “prova” para aprendermoso religare com Deus. Algumas enfer-midades podem estar relacionadas àsdificuldades que você pode estar pas-sando. Veja alguns exemplos:

Bexiga/rins: é no segun-do chacra que as mágoasse acumulam. Não é poracaso que, em uma situa-ção de separação, os en-volvidos desenvolvam al-guma doença relaciona-da aos rins.Boca: a boca e os dentesrepresentam a família. Sevocê é o esteio dela, o res-ponsável por tomar as de-cisões, é alguém propen-so a ter problemas nessaparte do corpo.Coluna: quem tem problemas na colu-na geralmente gosta de fazer tudo so-zinho para depois reclamar que nin-guém “deu uma mãozinha”.Estômago: este tipo de enfermidadequase sempre se manifesta em uma

pessoa que guarda parasi as dificuldades. Namaioria das vezes, é in-trovertida, mas que de-monstra uma “falsa” cal-ma e tranquilidade.Fígado: aparece em al-guém que costuma acu-mular a raiva dentro desi. Procure liberar essesentimento e não guar-de rancor de ninguém.Laringe e garganta: sin-tomas que podem apare-

cer nessa região geralmente atingemuma pessoa muito teimosa. É impor-tante também liberar a sua criatividade.Fale, exponha suas ideias, mesmo cor-rendo o risco de elas não serem aceitas.Ossos: se você sente dores nos ossos,significa que é muito crítico com

aqueles que o rodeiam, sejam estesamigos, familiares, colegas de traba-lho, etc. Não persista em algo muitocomplicado para não trazer mais pro-blemas com os ossos de seu corpo.Pâncreas: onde é produzida a insulina,ou seja, é agressivo e de natureza yang.Sua redução leva aos sintomas da dia-bete. Aqui simboliza a dificuldade emaceitar e entregar-se ao amor.Pulmão: quem faz tudo correndo e vá-rias coisas ao mesmo tempo, muitasvezes, acaba por não terminar ne-nhuma de suas tarefas. Em alguns ca-sos, pode indicar o sentimento de “tro-ca” refletindo desde um simples res-friado a um problema de asma oubronquite. É comum ao nascer o se-gundo filho que o primeiro apresentealguma enfermidade nos pulmões.Seios: os seios representam o símbo-lo máximo da mulher e, por extensão,a maternidade. Refletem a necessida-de da ternura e proteção. Quem temproblemas nos seios indica que é ex-tremamente protetora da família (es-pecialmente dos filhos) e dos amigos.

[email protected]

demos igualmente a pensar, a purifi-car-nos, a reerguer-nos e servir.

A necessidade de nossa Alma ésemelhante à sede ou à fome.

A lição do Cristo é também com-parável à fonte e ao pão, ao equilí-brio e ao medicamento, que amparae protege todo aquele que Nele crê.

Assim como Ele disse: Suas pa-lavras são espírito e vida e transcen-de gerações!

Fonte de pesquisa: Palavras de

Vida Eterna (Chico Xavier / Emmanuel)

Page 7: Jornalzen Abril 2013

7ABRIL/2013 JORNALZEN

ços de desatino estético, em que a per-

sonagem deixa-se fugir das prisões da

linguagem e das instituições mais so-

licitadas. Com a filosofia, o percurso

traz, de início, os diálogos de Platão,

em que Sócrates não perde a oportuni-

dade de se divertir com as contradições

dos interlocutores. Os passeios, ao

longo da aventura, desvelam as más-

caras do superficialismo mais caro.

Repudia-se uma parcela da socieda-

de, moralista, empolada, a título de

escolhidos de um projeto sênior, aptos

a avaliar e condenar as diferenças

entre corpos, afetos e vida social.

A música nos inspira. Nota-se a

vibração dos instrumentos, aquela

que não tem residência fixa. Prolifera-

se uma aposta na música, como ponto

de diálogo com uma sociedade que,

de modo geral, já não faz chover o afeto

há muito tempo. Por um momento frá-

gil, tornamo-nos convictos de que a

cultura da internet insere quebras e

desatinos, desencontros e fractais.

Nada melhor do que, nós, internautas,

acessarmos os sítios inusitados, em fu-

ga ao previsível, em busca de um sabor

à nossa busca pela crítica, sempre

condenada à falência, porém convicta

do prazer da vida, a inaugurar-se.

Juliano Sanches é jornalista

Pela vida com prazerA crítica deve trazer a tristeza momen-

tânea. Alguns a chamarão de depres-

são. Mas, não... Claro que não... O

vinho de fim de tarde, com aquela rou-

pagem adstringente, convida à mesa,

acompanhado de livros de poesia e fi-

losofia. São facilmente notados os que

deixam a crítica se esgotar em meros

“concordo” e “não concordo”.

Desça mais uma taça, garçom...

Porque o assunto tem fronteiras tê-

nues e vagarosas: quando a tentativa

é expressar. A austeridade é apenas

um lado da crítica. O prazer é o outro,

preponderante, que se transforma em

humor com toque de sutileza, entre

os apreciadores da arte. Crítica e riso:

eternos inimigos ou uma mistura

amorfa, a ganhar contornos?

Ao ouvir Miles Davis e John Col-

trane, fixa-se uma vontade de se ex-

plodir no jardim de estéticas não so-

licitadas: uma paisagem que reúne a

crítica e a jocosidade. Uma feitura

sem clausura, frente às circunstân-

cias mais pueris da civilização: posta

no próprio encontro, através da apro-

priação de sentidos.

Ao sair das academias de ginásti-

ca, é o momento de exercitar, com pá-

ginas, autores, biografias e épocas. Se

o capítulo da vida escolhido é a ficção,

a contemplação deve contar com tra-

JULIANO SANCHES - [email protected]

Tesouros da Vida Renascimento e DMP –Processo de Memória ProfundaCom a Páscoa, vieram as re-flexões sobre renascimento.Será que gostaríamos de pas-sar por esse processo de ver-dade? E os nossos medos deque as situações conflitan-tes repitam-se? E os bloquei-os que temos por palavras denossos pais, que nos marca-ram profundamente? Em al-guns casos nos sentimos in-feriores ou em outros o me-do de ser traído, de ser pas-sado para trás, paralisa-nos.

Em DMP (Deep Memory Process) tra-balhamos a corrente de ancestralidade quenos afeta sem que percebamos. Quanto maisdamos importância a algo que nos desagra-de, mais cedo ou mais tarde nos depara-mos fazendo exatamente a mesma coisa.

Temos um caso de dois irmãos, filhosde pai alcoólatra e que veio a suicidar-se.Ambos saíram de casa ainda jovens e con-seguiram refazer suas vidas com sucessoe vida em família estável. Ao chegar à matu-ridade, o primeiro separou-se e sua vidafoi definhando com o vício da bebida queele tanto odiava em seu pai, até seu fim,sozinho na vida. O segundo também sepa-rou-se e lutava contra a bebida. Pela tera-pia DMP, constatamos que esta se encon-

Marly Henriquez

Adaime

trava na corrente de ancestrali-dade em muitas vidas passadasde pai, avô, bisavô, etc. A experiên-cia de morte e renascimento foinecessária para cortar esse elo,impedindo que se transmitisseaos seus filhos e netos. Traba-lhou-se o perdão e a amorosi-dade renasceu nessa família acaminho de uma nova vida, emque os laços destrutivos forameliminados por várias gerações.

O importante é que cada ses-são tenha seu ciclo sido fecha-

do com as reflexões comparativas do signi-ficado na vida atual e que todos os sinto-mas corporais tenham sido eliminados nototal. Cada vez que ampliamos nossa per-cepção integrando com o passado, busca-mos autoconhecimento, nos aprimoramosem nossa vida, agregamos novos saberesno presente e preparamos um futuro me-lhor. Nossa missão terá sido cumprida comética e amorosidade, valores humanos quese esperam de terapeutas desde o tempoem que saíam pelos desertos para cura.

Esses são alguns dos preceitos queos membros do CIT (Colégio Internacio-nal de Terapeutas) se propõem a respeitar.

Soltemos nossas amarras, que o uni-verso sempre conspira a nosso favor.

Page 8: Jornalzen Abril 2013

JORNALZEN ABRIL/20138

Cálice de ValênciaA Cuia de Ághata de Alexandria.Dela os sábios bebiam.Era o Graal de Conhecimento.A purificação obtida pelo fluídico co-

nhecimento de glorificação da intensasabedoria de Salomão que ali chegara,resgatada para o esplendor da Biblios.

Esta pedra única, partida em duas,era do Reino de Ayodhya (1), onde aPrimeira Igreja de Pedro era a da Raiz,o Malkuta, depósito do sêmen da Vida;o Elixis, Elixir da eterna Sabedoria.

Seu exílio na raiz, no útero da MãeTerra, é a fantástica conexão do interno,da raiz, com o externo, gerando a des-cendência do Graal, onde as Soberanasdas Florestas reconheciam a Luz do Co-nhecimento reservada ocultamente paraas mulheres que, na raiz, obtinham osbenefícios do seu licoroso elixir.

Da Deusa Mãe da Terra é que se ali-mentavam todas as correntes d’água parasaciar a sede do conhecimento da Biblosque, da Bétula ao Carvalho, à Lua e aoSol, corresponderia ao único conheci-mento universal, das mãos das Sacerdo-tisas para as mãos das Grandes Mulheresde Alexandria; o anagrama Virginal doconhecimento transmitido oralmente nasflorestas e resgatado pelos PergaminhosSagrados da BiblosAghartina.

A Cuia de Marselha, agora, ali estariano Eremitério de Biblos para promoveras virtudes dos reinos mineral, vegetale animal. Era a beatitude daqueles quedeste conhecimento bebiam e eram con-sagrados: a consagração do Templo de

Biblos dedicado à Grande Mãe que ge-rou a Grande Obra Germética dos livrosque ali eram empreendidos através doElixir que esclarecia a Visão do druidis-mo. A Mente fecundada pelo conheci-mento que gerou a Sabedoria Gótica doRenascer da Alma, a qual, no mergulhodo Espírito reconhece a Deus em Suaplenitude física. Ou seja, a Alma se cor-porifica para Sua Autoglorificação. Esteé o Milagre da Vida!

Do interior do Templo, do Útero daTerra, brotou a Vida pela Fonte da Vida.

Os Persas, até hoje, cantam, na lin-guagem dos pássaros, a sua origem divi-na na Cuia Sagrada. Das mitologias múl-tiplas da Fé, com Raízes na LinguagemSagrada; do Poço Sagrado das Virgensàs Abraxas de Glastonbury, da DeusaMãe (Cibele) às Virgens Mães Negras, aCuia das Mães a recolhe à Taça do Filhoem Seu interior ultraterrestre.

A Obra Alquímica agora é resgatada.É o Cálice recolhido e acolhido pela

Terra que, novamente, inicia o processomaternal de gestação.

Assim, a Cuia que fica agora é a re-presentação real da Trinchi, o Oráculoda Deusa; o conhecimento de Artémis ea Sabedoria de Diana pelo poder das“Amazonas”, a Brigidthy, A Virgem Negrade Ébano. O Real Batismo é promovidopelo poder oracular destinado como:SIGNO, SELO DA MÃE DEUSA no in-consciente arquetípico dos seres quenela habitam e habitarão.

por Fraély Leal (Santuário da Luz)

A procuraARTIGO Rabah Hashy’Hayan

Dentre as pessoas que nos procurampara terapia, existem algumas que

vivem um conflito interno tal qual uma

teia de aranha onde se enredam, dei-xando a vida coberta por um matiz cin-zento. Traz-me satisfação recompensa-dora o sucesso que temos obtido no de-correr desses anos, na maioria dos trata-mentos, porém há casos em que o desâ-nimo e a falta de vontade para lutar con-tra as imposições de suas próprias men-tes as tornam escravas de pensamentos

que transitam em um círculo vicioso,sempre repetindo as mesmas nuancescinzas do desânimo.

O lutar contra as aber-rações impostas por fanta-sias depressivas fica ador-mecido, e os poucos mo-mentos de vigílias racio-nais não são suficientespara se libertarem das gar-ras malignas do desânimo

e da falta de esperança.Chegam a supor que a faseem que estão vivendo é um castigo porpecados cometidos em épocas pretéritas.

O mundo oferece algumas opçõescomo as diversões, os encontros sociaise mesmo o trabalho. Para os que estãoangustiados, quando se miram no espe-lho da solidão, contemplam um mundo

falso, advindo daí a sensação de queestão estrangulados por tantas exigên-cias que a vida impõe, levando ao senti-mento de que é impossível prosseguir.

Assim, enquanto vivem no mundo dasilusões e das culpas infundadas, tornam-se ausentes do poder e da liberdade. Aconsciência se torna pesada com as quan-tidades de tarefas, preocupações e res-ponsabilidades desnecessárias, que osconduzem ao nada. A rotina dos dias asleva a indagar se de fato “pediram paranascer”. Até mesmo as festas e os sonsque, para alguns, se apresentam ancora-dos de encantos, as levam a concluir quepouco ou nada vale a pena. É algo que es-tá além do pessimismo clássico oriundode frustrações e desencantos.

Conquanto que seja difícil conhecero amanhã, pois ele está fundado no li-vre-arbítrio, afirmo a vocês que a vidaneste mundo não é uma incógnita! Na

realidade, embora não saibamos o quêestá reservado para nós daqui a cincominutos, tudo depende do ponto de vis-ta em que nos encontramos: para uns éuma incerteza que vai criar no dia a diaexpectativas felizes e para outros ex-pectativas infelizes.

Todos nós podemos programar o fu-turo através de nossos sentimentos naluta por um amanhã melhor. Muito hápara se fazer usando de “pensamentos

corretos” e se transladando para o pon-to de vista de onde o ânimo e a certezade dias felizes é a bússola que vai nos

orientar a novos rumos.

Como holista, tenho analisado o dra-

ma da vida buscando todos os paliativos

imagináveis. Durante minha caminha-

da, pesquisei e meditei muito, busquei

em vários livros, em conversas com ou-

tros colegas de profissão, até que fui

bafejado pela coerência advinda de

uma força superior que me mostrou que

o “Grande Tesouro” que buscamos, re-

side em nosso ser.

A Mente Universal nos criou para a

felicidade em todos os aspectos da vida

e quando nos sentimos vivos, temos

nesse sentimento a prova de nossa

Identidade Cósmica.

Através do autoconhecimento, que

podemos também chamar de silêncio in-

terior ou de autoanálise é que consegui-

mos identificar nossas tendências nega-

tivas e, com isso, transmu-

tar nosso mundo interno

em paz e felicidade, ou se-

ja, harmonizar nosso “eu

inferior” com o “Eu Supe-

rior” tão propalado por to-

dos os Grandes Mestres que

passaram por esta Terra.

A verdade é que, mui-

tas vezes, a solução que

tanto buscamos em luga-

res distantes e desconhecidos, reside

dentro de nós. Lembremos-nos do en-

sinamento do Mestre que diz: “O gran-

de tesouro está em seu coração”.

Esse “tesouro” pode até estar oculto,

porém aquele que procura o encontra.

O Todo não se ocupa de problemas me-

nores. Ele nos vê em nossa dimensão

eterna e não tem olhos pequenos para

resolver problemas que são de nossa

competência. Se nos dirigirmos à Mente

Divina, através de atenta observação

das máximas dos Ensinamentos Sagra-

dos, sentiremos dentro de nós o poder

que remove todos os obstáculos e faz sur-

gir um novo mundo na Terra.

Rancor, medo, cobiça, luxúria, orgu-

lho e uma infinidade de outros cami-

nhos que tramam nossa infelicidade são

criações nossas, de nossa única e exclu-

siva responsabilidade, e o Todo, como

justo e perfeito que é, deixa para a nos-

sa escolha, através do livre-arbítrio, se-

guir a jornada por caminhos corretos ou

por atalhos que levam a um mundo de

culpas e expiações.

Nossa consciência é um juiz severo.

Por isso, é preciso que nos analisemos e

busquemos no íntimo de nosso ser o

Bom e o Belo que dará feição nova ao

nosso semblante, nos revestirá do amor

e “ainda que andemos pelo vale da som-

bra da morte, não temeremos mal algum

porque estaremos protegidos”.

Acredite, tudo o quanto nos empre-

endermos a fazer, já está realizado, por-

que a Mente Superior assim já determi-

nou, pois nascemos para o sucesso, a

felicidade e a prosperidade em todos

os sentidos de nossas vidas.

Rabah Hashy’Hayan é psicoterapeuta holístico,escritor e jornalista

Page 9: Jornalzen Abril 2013

JORNALZEN 9ABRIL/2013

teção, na idade adulta tor-na-se um obstáculo à qua-lidade de vida.

Cada vez que o ser re-pete o mesmo caminho re-força o condicionamento.Depois de alguns anos, asolução é automática. Sese condicionar a sentir me-do de elevador, por exem-plo, é só adentrar num parao coração apertar.

Entender os condiciona-mentos é o primeiro passo para liber-tar-se deles. Esse é o sentido do cursocom o professor Jóris Marengo, queserá ministrado no dia 14 de abril, às14h: A Força dos Condicionamentos.Será uma excelente oportunidade paraperceber quais decisões são verdadei-ras e quais são respostas automáticasa condicionamentos antigos.

A força dos condicionamentosQuando se pergunta a al-guém: você é livre? Inva-riavelmente a resposta épositiva. A razão é trivial,pois a liberdade é a habili-dade de tomar as própriasdecisões. Avança-se noquestionamento com umapergunta mais: se vocêtoma as suas própriasdecisões, por que decidede tal sorte a trazer infeli-cidade ou dor a si mesmoem vários momentos? As opiniões di-vergem em inúmeros graus para sol-ver tal enigma.

Uma resposta parcial dá-se peloscondicionamentos. Aprendemos a re-solver problemas e continuar em fren-te. Entretanto, às vezes oaprendizadodá-se de forma neurótica. Um medona tenra infância que servia como pro-

Clélio BertiDiretor da Unidade Flamboyant da

Universidade de Yôga (Uni-Yôga)

Pela quinta vez, JORNALZENestará em feira internacionalPelo quinto ano consecutivo, o JOR-

NALZEN participará da Feira Interna-

cional de Alimentação Saudável, Pro-

dutos Naturais e Saúde (Naturaltech).

O evento, que está na nona edição,

acontecerá entre 27 e 30 de junho, na

Bienal do Ibirapuera, em São Paulo.

A feira é considerada a maior do gê-

nero na América Latina. A expectativa

da organização é de que mais de 20 mil

pessoas visitem os estandes e ativida-

des. A entrada é aberta ao público.

Com mais de 200 expositores, a Na-

turaltech é focada nos negócios. “Nesse

sentido, nossa participação se reveste

de importância”, ressalta Silvia Lá

Mon, diretora do JORNALZEN. “Com-

prova, ainda, o prestígio do jornal nesse

segmento.” A feira, segundo Silvia, será

novamente uma grande oportunidade

de divulgar o JORNALZEN como veí-

culo de excelência para divulgar os pro-

dutos relacionados aos setores de ali-

mentação saudável e produtos naturais.

Page 10: Jornalzen Abril 2013

JORNALZEN ABRIL/201310

CULTURAZENSilvia Lá Mon

Silvia Lá Mon

Apresentaçãodos trabalhosde conclusãode curso da4ª turma dePós-Graduaçãoem PsicologiaTranspessoalda Alubrat-Campinas

Divulgação

Momento donovo show

Nós Somos, dogrupo musicalUngambikkula,no seu espaço

cultural, emBarão Geraldo

Diretores, funcionários e facilitadoras do evento em homenagem à mulherno Grupo de Assistência aos Portadores de Câncer (GAPC) em Campinas

Silvia Lá Mon

Divulgação

Neissan Monadjemdurante palestrasobre o início doAno Novo Bahá’í,dia 21 de março,na sede localda comunidadeem Campinas

Marli Stracieri eLuno Volpato (dir.)

durante eventodo Centro de

Poesia e Arte deCampinas (CPAC)comemorativo aoDia Internacional

da Mulher

Page 11: Jornalzen Abril 2013

ABRIL/2013 JORNALZEN 11

Recanto do Poeta

Poeira de lembranças, onde a brisa

sutil nos traz até hoje esperança

das mensagens que o Mestre profetiza,

o bem celestial, sobrepujança.

Lá do Calvário em dor o Cristo avalia

seu martírio oferece como herança.

Fato que há tanto tempo se pesquisa

a verdadeira bem-aventurança.

Em comunhão com Deus, Jesus na cruz,

a nós ensina a essência do perdão.

E este exemplo traduz fonte de luz.

Sopra o vento de paz, vem ajudar

os que perdoam, amam, pois então...

Agora, é nossa vez de perdoar.

Geni Fuzato Dagnoni

Perdão

MANDALA PARA PINTAR - SANDRA SONSIN CANDELLO -

MeninaSapateia menina,

Da dor que lhe toma a alma...

Pela demora da fala...

Pala fala engasgada...

Pelo espinho no peito,

Coração dilacerado...

Eis eterna aprendizagem:

Fica sempre um espinho,

No peito de quem feriu,

Da lança que forma a dor,

Cansada dor de criança,

Cessando no exato momento,

Que é tirada à dança...

Baila, baila menina...

E aproveita, descansa!

Juliana Perna

Page 12: Jornalzen Abril 2013

ABRIL/201312 JORNALZEN

CULTURA DE LETRASARUÂNGUA - [email protected]

Confiança (2)

Aos poucos sua respiração foi-se

tornando mais longa e mais

profunda... Adormeceu. O sono era

pesado, mesmo com os ruídos do fil-

me vindo de todas as caixas de som

espalhadas pelos cantos da sala, das

imagens dos aracnídeos amarelados

duas vezes maiores que os humanos,

dos disparos e bombas que pipoca-

vam por todo o lado, dos corpos muti-

lados e o vermelho espirrado no gesso

acamurçado da parede cor de café

com leite. Nada a fazia acordar. Nem

os guinchos dos insetos gigantes, tão

pouco os gritos humanos desvaira-

dos de terror e carnificina.

Fazia muito tempo que Rebeca

não dormia assim, repousada sobre

a avó como quando era bebê. A avó

sentiu uma nostálgica saudade de

quando ela era pequenina, muito ro-

sada e ainda a carregava habitual-

mente no colo, do cheiro de bebê no-

vinho, da pele macia como a seda,

do peso desabado sobre os seus bra-

ços, durante o sono velado. Co-

moveu-se, pela maneira com que ela

se havia abandonado sobre o seu co-

lo, numa confiança tão extrema, di-

ante das circunstâncias.

Então, pensou sobre a função dos

avós na formação do caráter e no re-

lacionamento dos ne-

tos com os outros hu-

manos e o mundo ao seu redor. Re-

fletiu o quanto gostaria que Rebeca

continuasse confiando nela e o

quanto ela gostaria de ensiná-la a

correr riscos com inteligência, nunca

abandonando a curiosidade. Que

continuasse sempre ávida de conhe-

cimento, mas que acima de tudo, se

tornasse uma pessoa boa e afetuo-

sa, capaz de construir com amor e

amizade. Desejou que ela viesse a

ser uma pessoa feliz e espiritual.

Mas, sem dúvida alguma, que ti-

vesse experiências inesquecíveis com

a vovó. Infindáveis momentos entre

histórias e estórias, num espaço to-

do especial, tanto fisicamente como

emocionalmente. Rebeca gosta de

desenhar e pintar junto com a vovó.

Mas como seria bom que aprendesse

a dar cores ao mundo e a embelezá-

lo com o seu viver.

Enquanto o filme terminava em

heroica vitória dos humanos sobre os

insetos do outro planeta, a avó e leva-

va seu pensamento, em prece ao Al-

tíssimo para que a tornasse cada vez

mais sábia e lhe permitisse ser uma

boa influência para os netos. Aquele

sofá e o colo da avó era um pequenino

mundo naquele instante. Todo afeto

e ternura. Todo proteção e cuidado.

E a menininha confiante, dormia.

Feitiço do Tempo:Dia da Marmota

ENSAIO Luiz Roberto da Costa Jr.

O filme Feitiço do Tempo (Ground-

hog Day, 1993) narra a história de

um repórter meteorológico de um canal

de televisão de Pittsburg que é enviado

para a cidade de Punxsutawney, na

Pensilvânia, para cobrir o tradicional

Ground hog Day (Dia da Marmota).

Phil Connors (Bill Murray) é o repórter

encarregado de fazer a matéria e ele es-

tá acompanhado de Larry (Chris Elli-

ott), seu cameraman, e de Rita (Andie

MacDowell) que é sua nova produtora.

Phil Connors quer

passar o mínimo de

tempo possível na ci-

dade para poder ir

embora logo, mas

uma nevasca fecha a

autoestrada (fecha,

portanto, o seu cami-

nho) e isso impede

que ele e sua equipe

saiam do lugar, após

terem concluído a repor-

tagem. O egocêntrico e arro-

gante repórter, que não havia gos-

tado de ser escalado para fazer a repor-

tagem, agora não se conformava em

permanecer na cidade com a qual não

tinha nenhuma ligação emocional.

O filme, então, começa a tomar a for-

ma de uma fábula quando o personagem

fica preso no tempo e começa a reviver o

mesmo dia 2 de fevereiro. A princípio,

Phil Connors pensa que é apenas um dé-

jà-vu, depois fica confuso e pede ajuda,

mas em seguida percebe as regras do

jogo: ele vai acumulando conhecimento,

mas as demais pessoas não se lembram

do que aconteceu, pois apenas vivem

sempre o mesmo dia ao interagir com ele.

Sua personalidade egocêntrica e ar-

rogante acaba se exacerbando ainda

mais, pois ele acredita que pode fazer

tudo o que quiser, sem responsabilidade

ou cobrança (seduzir Nancy, dirigir bê-

bado, sequestrar a Marmota e roubar o

banco), já que ninguém lembrará o que

ocorreu ao viver novamente o mesmo dia.

Então, Phil Connors decide seduzir Rita,

mas todas as suas tentativas fracassam,

pois ela sempre desconfia que haja algu-

ma armação por parte dele. O dinheiro,

o sexo e o poder da imortalidade são ob-

jetos de desejo alcançados, mas ele se

sente deprimido e sem um horizonte ao

estar preso sempre ao mesmo dia.

Phil Connors passa a conhecer os ci-

dadãos e a rotina da cidade, com suas

peculiaridades e seus encantos e, ao

mergulhar na vida da cidade, ele desco-

bre uma forma de se tornar importante

e útil para todos e para si próprio. Ao

viver para servir a cidade, ele descobre

em si potencialidades adormecidas: a

literatura, a poesia, a escultura no gelo

e a música. Ao se libertar da dor e do so-

frimento, ele consegue viver em harmo-

nia com a cidade servindo-a e não so-

mente servindo-se dela. Apesar do pe-

sadelo de estar preso sempre no mesmo

dia, Phil Connors começa um aprendi-

zado que ajuda na evolução de sua al-

ma, pois tem a eternidade para se edu-

car e buscar novos horizontes.

Numa noite, entretanto, Phil Con-

nors encontra um velho andarilho pas-

sando mal e o ajuda até o hospital, mas

recebe a chocante notícia de que este

morreu. Por mais que

tente reviver o dia,

Phil Connors não

consegue evitar a

morte do andarilho.

A ideia de sentir-se

Deus acaba confron-

tada neste momento

de impotência, pois

ele percebe que não

tem o poder absoluto

de vida e de morte.

Phil Connors confronta-se

assim com a grande dualidade uni-

versal de espírito e matéria que se refle-

te nos pares de opostos como vida e mor-

te, prazer e dor, felicidade e sofrimento,

atração e repulsa, etc. Uma vida dese-

quilibrada, onde predomina o material

e que esquece o lado espiritual, não per-

mite que haja uma busca da harmonia e

do equilíbrio que é um processo evoluti-

vo do ser humano e de sua alma. Para a

transcendência espiritual, ele deve dei-

xar de lado o que ele quer e concentrar-

se em compreender e ajudar os outros.

Phil Connors, então, faz uma tão elo-

quente reportagem sobre o Dia da Mar-

mota que todas as emissoras filmam e

colocam os microfones junto ao dele.

Phil Connors passa todo o dia ajudando

as pessoas da cidade, faz esculturas de

gelo e toca música no baile de caridade

à noite. Rita fica extremamente surpre-

sa com toda a desenvoltura dele, pois

não sabia como Phil Connors era popu-

lar e querido na cidade. Eles saem do

baile e retornam juntos ao hotel.

Ao não esperar nada em troca da-

quele dia, Phil Connors acaba quebran-

do o Feitiço do Tempo, acorda na manhã

seguinte ao lado de Rita e eles decidem

morar na cidade. O filme é um conto

universal que mostra a jornada do he-

rói, onde este se transforma ao longo

de uma trajetória de superação e de mu-

dança interior em busca de uma vida

mais equilibrada e em harmonia consigo

mesmo e em relação aos outros.

Luiz Roberto da Costa Júnior é escritor e

autor de livros, ensaios e artigos publicados

nas áreas de cinema, ciência política e xadrez

Page 13: Jornalzen Abril 2013

JORNALZENABRIL/2013 13

Coaching de Vida:garimpando emoções

mudanças capa-zes de trazer àtona a poeira deuma vida inteira,como se nossocérebro nos con-vidasse a “lim-par a casa”.

Quando issoocorre, já entramos em um “processo”e nem notamos. Por vezes, esse proces-so vem acompanhado de sintomas psí-quicos ou físicos que consistem na for-ma como nosso “eu” interno tem de secomunicar conosco e dizer: “Desperta!”E eis que surgem as dores: o corpo fala!

Spinoza, moderno filósofo do século17, muito nos contribuiu com seu dis-curso acerca do paralelismo psicofísico,que deixa claro: não há corpo sem almaou alma sem corpo, sendo assim, nos-sas dores físicas são na verdade o refle-xo de nossas emoções que quando ig-noradas, encontram uma forma de en-trar em cena através das doenças.

O Coaching de Vida é um processoque permite o garimpar das emoções.Através de uma aliança com o profis-sional, o cliente descobre quais pedrassão preciosas e quais as nocivamentepontiagudas. Este garimpar de emo-ções é um processo importante e ne-cessário para a evolução de todos, lem-brando que a verdadeira metamorfosecomeça de dentro!

Ao longo de nossas vidas, nossas expe-riências são registradas em arquivosmentais, que juntos formam o nossosistema de crenças. Esse sistema orapode nos limitar, ora pode nos impulsio-nar na trilha de novos caminhos.

Uma vez formado, esse sistema decrenças tende a se “enraizar” nas pro-fundezas de nosso interior, imperceptí-vel à nossa razão, até que algo ou al-guém nos faz lembrar que existem al-gumas “pedrarias” em nós.

Sim, é como se fossem pedras que,preciosas ou não, ficam depositadas emnosso inconsciente e esquecidas pornós, que passamos a desbravar novoscaminhos. Até que algo começa a darsinais de alerta em nós.

Tais sinais em muitos casos são re-presentações simbólicas de que algo es-tá errado e não percebemos. É quandovocê ouve aquela voz interior que diz“sinto que há alguma coisa errada emminha vida, mas não sei o que é”. Aameaça pode ser tão sutil, que passadespercebida aos nossos olhos e tam-bém aos olhos das pessoas de nossasrelações, mas ainda assim tem o poderde se instalar, usando-nos como hospe-deiros em um mar de emoções.

O mar revolto pode gerar um tsuna-mi, guiado por nosso instinto de sobre-vivência, que nos desperta em prol denecessárias mudanças. Em outros ca-sos, porém, é preciso instigar em nós

Juliana Perna

Palestrante, treinadora

comportamental

e contabilista

MARCELO SGUASSÁBIA

Líricas Bulhufas

Parcela do IPVA, água, luz, telefone,escola. Podia muito bem pagar porinternet, caixa eletrônico, débito au-tomático. Mas não confiava em nadadisso, gostava mesmo da autentica-ção mecânica. Ali, preto no branco.Vai que amanhã dá pau geral no sis-tema, como provar que tá pago?

Pra falar a verdade, nem queriaque a fila andasse. Tinha hora nodentista daí a 40 minutos. E sair deum suplício para outro era demais.Um sacrifício pede recompensa, e nãomais sacrifício. Boca aberta ao tortu-rante motorzinho, boquiaberto como buraco no orçamento. Não, não. Li-garia pro consultório, desmarcando.

O saco sem fundo de trabalharpra ganhar, ganhar pra pagar ascontas, pagar as contas pra conti-nuar na estatística dos economica-mente ativos. E assim sucessiva-mente – do mesmo jeito será com seufilho e destino igual terá seu neto, seaté lá esse mundinho não explodirnuma hecatombe.

Ontem tinha ido almoçar com aDébora. Como sabia esnobá-lo, acachorra. Ô Débora desalmada.Deixa estar que ainda me vingo, elepensou. E a vingança veio a cavalo,naquele safado PF de padaria. Ar-roz, feijão, batata souté, salada detomate e... rúcula.

Sentados à mesa, ela aciona o seumais radiante sorriso em direção aocarinha da mesa ao lado. Foi quandose deu o desastre: aquele tiquinho derúcula entre os alvíssimos incisivos.Quanto mais metida e insinuante adarling se mostrava, mais a verduratornava bizarra aquela diva de subúr-bio. Era nojento, constrangedor, hila-riante. E a Deborazinha se achando.

Ele regozijava-se intimamentecom aqueles míseros milímetros qua-drados de rúcula, cujo poder de des-truição ecoava por toda a Panifica-dora Doce Mel.

Contou: 28 à sua frente, sendo 7office-boys. Aquelas caras de segun-da-feira, mesmo sendo uma quintaque anuncia a sexta que traria o re-dentor fim de semana.

Se estudasse direitinho não esta-ria ali e não seria o que era. Esse serde cera, dez horas por dia com o tra-seiro soldado a uma poltrona de es-critório sem apoio para os braços.Essa previdente figura que não saide casa sem guarda-chuva e talõesde zona azul.

A cordinha de nylon a balizar afila. Em todas as filas, de todos osbancos, a mesma cordinha e o mesmodim-dom anunciando o caixa livre.Um passo à frente.

Olhou para o cartaz, na paredepróxima ao subgerente. Um casal,dois filhos e um cão de guarda sim-pático, todos transbordando de feli-cidade graças ao seguro de vida que,além de cobrir morte, invalidez per-manente e renda cessante, aindaoferece sorteios mensais de casas,carros e notebooks.

De novo a imagem da Débora,com sua carruagem transformada emabóbora ao meio-dia. Foi-se o encan-to, seu sapatinho de cristal viroupantufa de palhaço. A Débora aquem a rúcula tornou ridícula.

Dim-dom. Chegou sua vez.Olha no crachá da moça: outra

Débora. Ela diz “pois não” sorrindo.E sem rúcula nos dentes.

Marcelo Sguassábia é redator publicitário

A rúcula e suasdesconhecidas propriedades

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ABRIL/201314 JORNALZEN

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ABRIL/2013 JORNALZEN 15

Mulheres da Índiaacesso ao seumaior tesouroque é a sabe-doria de textoscomo as Upa-nishads, Bha-gavadgita e aopróprio yoga.

Hoje, no Bra-sil existem maisescolas de yoga do que a Índia toda.A Índia foi o grande berço da espiri-tualidade no passado. Hoje ela é umpaís em desenvolvimento como o Bra-sil, com grandes desigualdades soci-ais como o Brasil, com violência con-tra a mulher como o Brasil, com umpovo hospitaleiro como o brasileiro.

A espiritualidade e sabedoria des-sa cultura milenar estão espalhadaspelo mundo. Porém, ao visitarmos pe-quenos vilarejos, ainda intocados pelacultura ocidental, olhando nos olhosdesse povo indiano, podemos ver quea semente dessa sabedoria ainda estáali, no ventre das mulheres da Índia.

A grande repercussão das mulheresviolentadas na Índia foi um assuntoque tomou grandes proporções nosúltimos meses e com razão. Sabendoque o yoga tem seu berço nessa cultu-ra, muitos se questionam: como numpaís tão espiritualizado pode aconteceresse tipo de violência?

A verdade é que temos aquela ten-dência a generalizarmos tudo e achar-mos que as coisas são como as idea-lizamos. Da mesma forma que muitosestrangeiros têm uma visão distorci-da do Brasil achando que os brasilei-ros ficam o dia todo sambando e jo-gando futebol, achamos que na Índiasó encontraremos mestres, gurus epessoas levitando.

A sabedoria espiritual desse povoé muito antiga, não está no modo emcomo eles vivem hoje, tão influencia-dos pela invasão islâmica (na IdadeMédia), britânica (no século passado)e mais recentemente pela globaliza-ção e igrejas ocidentais neopentecos-tais. A maioria dos indianos não tem

Márcio AssumpçãoProfessor de ioga e diretor

do Instituto de Yogaterapia

Padre Haroldo

O novo papa Francisco, em um senti-do, é igual a qualquer outro cristãoou fiel de qualquer religião. Num outrosentido, ele é A # 1 entre todas as pes-soas do mundo. É da mesma ordemdos jesuítas como o beato Anchieta,padre Nóbrega, padre Antônio Vieira,São Francisco Xavier e o santo funda-dor de todos, Inácio de Loyola.

Acho que o papa Francisco e estesanto povo nunca praticaram ioga.Não entendem a palavra “asanas”,porém movimentam-se orando. SantoInácio falou: “Como passear, caminhare correr são exercícios corporais, cha-mam-se exercícios espirituais diversosmodos de movimentos para orar.”

Marcelino chegou aos céus. Pedroandava com ele mostrando as alasnobres. Afinal, chegaram às favelas,e Pedro apontou a casa dele. Assusta-do, Marcelino perguntou: “Vou viveraqui nesta favela?”, ao que Pedro res-pondeu: “Infelizmente, você nuncame mandou material para a constru-ção de sua casa. Até logo.”

O papa Francisco com o fundadordos franciscanos, São Francisco deAssis, está mandando muito mate-rial a São Pedro. O novo papa tantoama a virtude da pobreza que esco-lheu o nome Francisco.

Pensamentos de

O papa FranciscoTenho o orgulho de citar o conteú-

do de um sermão do novo papa inti-tulado: “O chamado do rei temporalajuda a contemplar a vida do ReiEterno”. Suas palavras procurammostrar o amor infinito do Rei Eter-no. O papa fala que usemos a imagi-nação e pensemos num rei humanoescolhido pela mão de Deus. Ele fazuma comparação para ajudar-nos aentender como servir Cristo Jesus co-mo o Rei Universal.

Fazemos isso não apenas ofere-cendo inteiramente nosso trabalho,mas ainda agindo contra o nossoamor carnal e mundano, e fazendooferendas de maior valor e importân-cia dizendo: “Eterno Senhor de todasas coisas, eu me ofereço, com vossagraça e ajuda de vossa infinita bon-dade, de vossa Mãe de Belém e todosos santos(as) da corte celestial e que-ro louvar e imitar-vos em passar to-das as injúrias, todas as afrontas etoda a pobreza – tanto materialquanto espiritual – se vossa santíssi-ma Majestade me quiser escolher ereceber nesta vida e estado”.

Haroldo Joseph Rahm é fundador da InstituiçãoPadre Haroldo, para pessoas com síndrome dedependência alcoólica e quí[email protected]

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ABRIL/201316 JORNALZEN

Já passamos da sobrevivência,hoje lutamos pela sustentabilidadeARTIGO Yvone Venditti

Quando iniciei a Vivenda da Criança,em 1989, vivíamos uma luta diária

para cumprir nossas obrigações. Todo con-texto à minha volta era adverso e de muitaescassez. Fazíamos de tudo para que nossascrianças tivessem o básico, mas faltava di-nheiro para pagarmos salários, encargos,contas de telefone, entre outros.

Em vários momentos, achei que iria de-sistir, mas persisti fortemente. Levava as difi-culdades com muita tranquilidade, sempreconfiando na providência divina e nos ami-gos, que nunca nos abandonaram. Vivíamoscom grandes dificuldades, mas sempre ascontornamos com muita perseverança.

Assim, passaram-se 23 anos. A Viven-da cresceu e nosso trabalho social progre-diu. Chegamos à profissionalização, comnovos funcionários, ideias e desafios. Mas,a necessidade de prover o projeto ainda éconstante e, certamente, muito mais desa-fiadora. Os quatro funcionários que comigosomavam toda a força de trabalho de quedispúnhamos no passado, se multiplica-ram em 45 empregados diretos e prestado-res de serviços em regime parcial, como nu-tricionista, oficineiros e outros.

Precisamos desses colaboradores e de re-cursos para atender às mil famílias assisti-das, aos 180 crianças e adolescentes que pas-

sam meio período do dia na Vivenda (onderecebem refeições equilibradas e completas,em vez de estarem nas ruas), aos jovens quebuscam primeiro emprego e cursos profis-sionalizantes, aos adultos que se alfabeti-zam em nossas turmas. Além de uma sériede outras atividades que transformaram aVivenda em um ponto de referência socialem Parelheiros (subprefeitura mais carentedentre as 31 da cidade de São Paulo).

Tudo isso me enche de esperança e moti-vação. Às vezes, diante de tantas mazelase desequilíbrios sociais, acho que estamosenxugando gelo. Entretanto, cada vez quevejo o sorriso de uma criança, ou participode uma de nossas formaturas, fico com aconvicção de que somos uma esperança pa-ra elas, que vivem em ambientes e em si-tuações tão adversas, e que precisam deum trampolim para saltar para uma vidadigna e com oportunidades. Assim, renovominhas forças para irmos em frente e cres-cer, para fazer mais!

Porém, crescer tem seu preço. As dificul-dades não diminuíram – se modificaram.Hoje temos muito mais estrutura e projetosdo que quando começamos. Em contrapar-tida, nossos custos subiram muito. É o pre-ço para se fazer mais e melhor a cada dia,para atendermos muito mais famílias e le-varmos mais dignidade e alento a um nú-mero maior de necessitados.

Agindo com responsabilidade e tendocomo parâmetro as dificuldades de semprepara se obter doações (mesmo aquelas ad-vindas de benefícios fiscais aproveitadospelas empresas, através de vantagens ofe-recidas pelo governo), estamos sempre embusca de alternativas para gerar renda pa-ra a Vivenda, pois precisamos manter nos-so trabalho em pé. E, mais do que nunca,precisamos dos empresários, que podemnos ajudar não só com doações, mas dandooportunidades para nossos jovens.

Assim surgiu o projeto Oportunidades.Estamos autorizados pelo Ministério doTrabalho e Emprego para alocar jovens emempresas, dando condições – a partir decapacitação realizada na Vivenda – paraque surjam profissionais em diversas áreas.Empresários, em parceria com a institui-ção, podem contratar em condições privile-giadas com gente disposta a mostrar seuvalor, e cumprir, dessa forma, a Lei 10.097/2000 que obriga empresas de médio e gran-de porte a ter uma cota de jovens aprendi-zes em seu quadro de colaboradores.

Nossos jovens, antes de ingressarem nasempresas, (passam pelo curso preparató-rio que desenvolve competências para omundo do trabalho e para o desenvolvi-mento de habilidades especificas, o curso éde Assistente Administrativo e possui doismódulos específicos – Auxiliar Administra-

tivo e Informática – com certificado do Se-nai e também possui oficinas do ProjetoRaízes do Futuro em parceria com o Unicef.

E, por conta do nosso empenho, as em-presas parceiras mostram-se contentescom nossos jovens, pois eles já vão trabalharcom um diferencial: uma boa preparaçãoinicial e acompanhamento semanal pelainstituição para que o período de aprendi-zado seja feito de forma correta e adequada.Atualmente, são 26 oportunidades cria-das, ou seja, jovens que estão aprendendoa trabalhar e a começar uma vida de suces-so em empresas como parceiros como a Li-vraria Selva, Columbia Trading, ClassicCorretora de Seguros, Sprimag Brasil,Solventex, Depósito Zona Sul e XBA.

Por isso é tão importante que os em-presários tenham consciência sobre a im-portância do projeto e contratem pelo me-nos um jovem preparado pela Vivenda –como já ocorreu com outros parceiros e que,depois de testarem, invariavelmenteabriram as portas para outras contrata-ções. Somos comprometidos com a exce-lência e não queremos apenas colocar aspessoas no mercado. Queremos que elasse desenvolvam e encontrem um caminhode crescimento profissional e pessoal.

Para nós, esse trabalho é muito impor-tante, mas ainda precisamos de parcerias edoações para continuarmos a desenvolvernossos projetos. Pois assim queremos, comnossa atuação e propostas, gerar cidadãosdignos e capazes de se reinventar. Seu amorsomado ao nosso pode transformar o mundo.

Yvone Venditti é diretora educacional da

Associação Beneficente Vivenda da Criança.

www.vivendadacrianca.com.br

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JORNALZEN 17

INDICADOR TERAPÊUTICO

ABRIL/2013

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BATE-PAPO

JORNALZEN ABRIL/201318

Viva [email protected]

De que material são feitas as mães de antigamente? Aço? Titânio? É impres-sionante a energia que essas mulheres na faixa dos 80 anos têm. Falo da minha mãe

e também de outras mulheres que observo às vezes, como a minha tia Darcy; dona Adé-lia; dona Inês; dona Aurora... Mulheres que, ou já entraram ou estão para entrar na casados 80 e que se mantêm lúcidas e com uma energia que me deixa até com inveja.

De onde tiram tanta força? E quando digo “força”, falo da física mesmo. Vejo pe-laminha mãe. Vai fazer 83 anos, tem ajudante apenas uma vez por semana, dá conta detodo serviço da casa, dispensa uso de máquina de lavar roupas – o que eu acho um ab-surdo – e ainda tem tempo para a sesta diária. Como consegue tudo isso?

Outro dia eu estava “acabada” por mais um dia extenuante de trabalho e ela até haviadado banho na sua cachorrinha Pincher! Como consegue, perguntei a ela. E sua respostafoi: “eu faço isso com prazer. Depois dou uma dormidinha após o almoço e acordo outra!”.

Minha tia, por exemplo, já não tem todo o vigor físico da minha mãe. Em compensa-ção, anda por São Paulo de ônibus, pra cima e pra baixo e quem conhece a cidade sabeque isso não é fácil. Mora sozinha e dispensa a ajuda das filhas com tranquilidade.

Dona Adélia, sete e pouco da manhã já a vejo voltando da caminhada no ParqueEcológico e sei que logo depois lá estará ela nas lidas domésticas.

Essas mulheres que conheço – e é claro que não estou mencionando muitas outraspara não me alongar - ainda enfrentam os problemas que toda família têm e não seabatem entrando em depressão. Aliás, ainda falando da minha mãe, ela está semprerindo e de bem com a vida, apesar dos transtornos normais do dia a dia.

Com certeza é uma geração que não deixará seguidores e se nós, não damos contade muito menos, que dirá seus netos e bisnetos...

Só agora percebi que poderia guardar esta crônica para o mês que vem, quando secomemora o Dia das Mães. Mas não vou fazer isso não. Essa coisa de homenagens nes-sas datas tão comerciais, não me agrada muito.

Que Deus continue dando forças para todas essas mulheres. Para as que mencioneie as que nem conheço. Porque, sem sombra de dúvidas, é d’Ele que vem toda essa ener-gia para elas. Beijos!

FORNO

& FOGÃO

Bolo de fubác/ leite de cocoIngredientes:

2 colheres (sopa) de manteiga3 ovos1 lata de leite condensado1 xícara (chá) de leite de coco2 1/2 xícaras (chá) de fubá1 colher (sopa) de fermento50 g de queijo ralado (opcional)

Modo de fazer:

Bata as claras em neve e reserve.Bata a manteiga com as gemas e oleite condensado até formar um creme.Junte o leite de coco e o fubá jámisturado com o fermento e o queijoralado. Devagar, envolva as claras emneve delicadamente. Coloque em umaassadeira untada e enfarinhada e asseem forno médio por 40 minutos (podeassar em forma de buraco também).

Polenta recheadaIngredientes:

* Faça uma boa polenta a seu modo* Faça um bom molho de tomates com carne moída, a seu modo* Fatias de mussarela* Queijo ralado a gosto

Modo de fazer:

Num refratário despeje parte da polenta.Cubra com uma camada de mussarela.Com uma colher, coloquegenerosamente o molho de carnemoída. Acrescente o restante dapolenta, outra camada de mussarela edespeje o restante do molho, sempregenerosamente. Salpique queijo raladoe leve ao forno para derreter amussarela. Sirva imediatamente.

DICAS: você pode, para não ter traba-lho, comprar aquela polenta já pronta,vendida em qualquer supermercado.É só cortá-la em fatias e ir formandoas camadas ensinadas acima.

Sapatosapertados?

Nem pensar!Já se foi a época em que eu usava sapatosaltíssimos em nome de uma elegânciaque me trouxe alguns prejuízos... Mastambém, há anos não se sabia o que sesabe hoje. Então, se você não quer terproblemas com seus pés (e nem com va-rizes), preste atenção a estas dicas:• Joanete: é aquela saliência no dedão,na altura do metatarso. Sapatos de bicofino a longo prazo podem ocasionar esseproblema. Em casos adiantados, só acirurgia resolve.• Calosidades e calos: são células mor-tas depositadas em regiões de atrito,quando o sapato aperta e vamos deixan-do pra lá. Nunca use gilete para retirá-los. Procure um especialista e use umprotetor nos dedos.• Rachaduras no calcanhar: um resse-camento da pele ou distúrbios orgâni-cos são a causa, que se agravam com ouso de sandálias. Faça uma esfoliaçãoe hidratação com óleo de amêndoas.Uma boa dica é antes de dormir, envol-ver os pés com Bepantol, calçar meiase lavar só no dia seguinte.• Excesso de suor: em alguns casos ospés perdem cerca de oito litros de águapor mês. Evite os sapatos apertados e asmeias de náilon. Após o banho, enxugue-os bem e aplique talco desodorante.• Esporão: é a calcificação do calcanharpor excesso de apoio. Recomenda-se o usode palmilhas ou calcanheiras corretivas.

VASOS & JARDINSAs delicadas violetas africanas perdem

muito de seu aspecto viçoso quandoinfestadas pelo pulgão branco, comumnesse tipo de planta. Combata-o com

um simples remedinho caseiro.Coloque várias folhas de tomateiro num

vidro com álcool e deixe em infusãodurante alguns dias, até que ganhe umacoloração verde-escura. Coe o líquidoe conserve-o numa garrafa tampada.

No momento em que notar a presençadesses bichinhos nas folhas, pulverize

com uma colher (sopa) da infusãodissolvida em um litro de água.

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JORNALZEN 19

BEM NUTRIR

ABRIL/2013

Benefícios das frutas no outonoARTIGO Flávia Morais

O início do outono traz mais cores, beleza e aromas às mesas brasi-

leiras. Isso porque a estação é a épocade colheita das frutas, o que propor-ciona queda nos preços e aumenta aqualidade dos produtos. São ricas emvitaminas, sais minerais, antioxidan-tes, fibras e água.

As frutas são importantes para obom funcionamento do organismo.Recomenda-se, sempre que possível,consumi-las com cascas, que têm al-tos teores de fibras e vitaminas. Ascascas de algumas frutas, como o doabacaxi, por exemplo, após serem de-vidamente higienizadas, podem serutilizadas no preparo de doces e sucos.

A quantidade sugerida diária deconsumo é de três a cinco porções,de preferência variadas e in natura.

Não que o suco não seja recomen-

dado, mas dessa forma os alimentos

acabam perdendo algumas proprie-

dades importantes. Caso essa seja a

opção escolhida, o líquido não deve

ser coado, para que as fibras não se-

jam desperdiçadas.

Uma boa dica é substituir doces,

que geralmente são excessivamente

açucarados, por frutas, que também

são adocicadas. As berries, por exem-

plo, costumam chamar atenção devi-

do aos sabores agradáveis e cores vi-

brantes. Essas versões são ricas em

antioxidantes como antocianinas e

flavonoides, além de concentrar alto

teor das vitaminas C e E. Tais substân-

cias neutralizam a ação dos radicais

livres, moléculas responsáveis por

causar danos ao organismo, comba-

tendo o envelhecimento precoce e re-

duzindo os riscos de diabetes, do de-

senvolvimento do câncer e de doen-

ças cardíacas, além de atuar na me-

lhoria das funções cerebrais, da imu-

nidade e da visão.

Esses superalimentos têm cascas

cujas colorações vão de vermelho a ar-

roxeado. Alguns exemplos deles são a

amora, a framboesa, o morango, o mir-

tilo, a cereja, a uva escura, a cranberry,

o açaí, a romã, a ameixa, a jabuticaba

e a gojiberrie, fruta vermelha originária

do noroeste da China e do Tibete, novi-

dade no mercado brasileiro.

Infusões com frutas também são

excelentes sugestões para manter a

saúde em dia no outono. Maçã, mara-

cujá, abacaxi, laranja, entre outras op-

ções, são excelentes ingredientes para

compor receitas de chás aromáticos.

Escolhendo ingredientes orgânicos,

os benefícios podem ser otimizados.

Flávia Morais é nutricionista da rede

Mundo Verde

PONTOS DE VENDA DO JORNALZEN

CAMPINASCIDADE UNIVERSITÁRIABANCA BARÃO - Avenida 2 - Atílio Martini, 50

FLAMBOYANTBANCA DO ISMAEL - Rua Mogi Guaçu (em frente àpadaria Abelha Gulosa)

GUANABARABANCA DO DIRCEU - Rua Oliveira Cardoso, 62BANCA ITAMARATI - Rua Eng. Cândido Gomide, 287

IGUATEMILIVRARIA CULTURA (Shopping Iguatemi)

PARQUE IMPERADORBANCA CARREFOUR - Rodovia Dom Pedro I

PROENÇABANCA DO ROBERTO - Av. Princesa D’Oeste, 994

SANTA GENEBRABANCA SANTA GENEBRA Avenida Pamplona, s/nº

SOUSASAVIS RARA Rua Rei Salomão, 295BANCA RICCO PANE Avenida Antônio Carlos Couto deBarros, 871

TAQUARALBANCA DO EDUARDO - Rua Thomaz Alva Edson, 115BANCA TAQUARAL - Rua Paula Bueno, 1.260

VILA ITAPURABANCA SACRAMENTO - Rua Eng. Saturnino Brito, s/nº

VILA NOVABANCA VILA NOVA - Av. Imperatriz Leopoldina, 100

HOLAMBRAESPAÇO CULTURAL TERRA VIVA - Avenida Rota dosImigrantes, 605

JAGUARIÚNA*NATU ERVAS - Rua Cândido Bueno, 885 (Centro)

* e em todas as bancas da cidade

VINHEDO*

em todas as bancas da cidade

EMPÓRIO JF - Avenida dos Imigrantes, 575 (Jardim Itália)LIVRARIA NOBEL - Avenida Benedito Storani, 111

* e em todas as bancas da cidade

BARÃO GERALDOBANCA CENTRAL - Avenida Santa Isabel, 20BANCA DO LÉO - Avenida Romeu Tórtima, 283BARÃO ERVAS - Avenida Santa Isabel, 506ESPAÇO CAFÉ - Rua Christina Giordano Miguel, 250ESPAÇO UNGAMBIKKULA Av. Santa Isabel, 1.834IDEAL REFEIÇÕES - Rua Vital Brasil, 200NATURALMENTE - Av. Albino J. B. de Oliveira, 1.905

BOSQUEBANCA DO BOSQUE - Avenida Moraes Sales, 1.748

CAMBUÍBANCA CAMBUÍ - Rua Cel. Quirino (ao lado da padariaMassa Pura)BANCA DONA SINHÁ - Rua Cap. Francisco de PaulaBANCA MARIA MONTEIRO - Maria Monteiro, 1.201BANCA RIVIERA - Rua Coronel Silva Teles, 37BANCA SANTA CRUZ - Rua Santa Cruz, 176BUONA SALUTE - Rua General Osório, 1.761

CASTELOBANCA NAKAZONE - Avenida Andrade Neves (balão)

CENTROALMAZEN - Rua Barreto Leme, 1.259BANCA ANCHIETA - Rua Barreto Leme, 1.425BANCA CONCEIÇÃO - Rua ConceiçãoBANCA DO ALEMÃO - Rua General Osório, 986BANCA REAL DISNEY - Rua General Osório, 1.325BANCA TANNO - Avenida Francisco Glicério, 1.580CASULO ALIMENTOS - Rua Luzitana, 1.433 - loja 2

CHÁCARA DA BARRACENAPEC - Rua Mogi das Cruzes, 255

INDAIATUBACENTROBANCA RUTH - Rua Candelária, 1CINE CAFÉ - Shopping Jaraguá (Rua Humaitá, 773)

JARDIM CALIFÓRNIABANCA DO JANUBA - Praça Renato Villanova

VILA NOSSA SENHORA APARECIDAPANIFICADORA A-REAL - Rua Candelária, 1.828SAÚDE NATURAL - Rua Candelária, 1.751

VILA VITÓRIABANCA DO JAIR - Rua Humaitá esq. Av. Pres. VargasPADARIA GIANINI - Avenida Presidente Vargas, 472

VILA SUÍÇAPADARIA SUÍÇA - Rua Pedro de Toledo, 1.855

CASA DO NATURALISTA - Largo do Rosário, 131 (Centro)

VALINHOS

AMPARO

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JORNALZEN20 ABRIL/2013