jornalzen abril 2011

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JORNALZEN ANO 7 ABRIL/2011 nº 74 R$ 1,50 www.jornalzen.com.br AUTOCONHECIMENTO SAÚDE CULTURA BEM-ESTAR CIDADANIA Silvia Lá Mon Mário Simões - Pág. 3 ZEN ZEN ZEN ZEN ZENTREVISTA JARDIM Leia artigo da arquiteta e paisagista Carolina Ribeiro que criou ambiente na mostra Valinhos Decor 2011 (www.valinhosdecor.com.br), que vai até o dia 17 de abril. Pág. 13 Silvia Lá Mon JULIANO SANCHES NOVOS COLUNIST AS Juliana Perna e Saulo Braga Luiz Trevizani Elisete Zanlorenzi O JORNALZEN estreia nesta edição três novas colunas. O terapeuta holístico Luiz Antônio Trevizani assina Luz da Consci- ência, mesmo nome do projeto por meio do qual desenvolve atividades no campo do autoconhecimento. Juliana Perna e Sau- lo Braga, da Metamorfose Treinamentos, trarão dicas e ideias visando despertar as pessoas para o sucesso pessoal e profissional. Já Elisete Zanlorenzi trata, em seu primeiro texto, das constelações sistêmicas familiares, tema do qual tem formação internacional. Págs. 4, 6 e 9 Atirador do Rio: ausência de uma cultura de paz Pág. 8 CULTURAZEN ZEN ZEN ZEN ZEN Lançamento de livro de Joaquim Zailton Motta Pág. 10 Pág. 18 Viva Bem BEM NUTRIR Pág. 19 ASTROLOGIA DA ALMA Pág. 6 Pensamentos de Pág. 12 Padre Haroldo PARA ASSINAR OU ANUNCIAR, LIGUE PARA (19) 3324-2158 (19) 9263-3500 A importância da Academia de Letras na transformação do ser humano Pág. 12 ARIT A PETTENÁ Semana de Fitoterapia terá debate e palestras no Cati em Campinas Pág. 5 Silvia Lá Mon Divulgação Silvia Lá Mon Divulgação

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JORNALZEN - Jornal mensal referência em terapias holísticas, saúde, cultura, educação, bem-estar e qualidade de vida. Há cinco anos no mercado, circula em oito cidades da região de Campinas (SP).

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Page 1: Jornalzen abril 2011

JORNALZENANO 7 ABRIL/2011 nº 74 R$ 1,50 www.jornalzen.com.br

AUTOCONHECIMENTO • SAÚDE • CULTURA • BEM-ESTAR • CIDADANIA

Silvia Lá Mon

Mário Simões - Pág. 3ZENZENZENZENZENTREVISTA

JARDIM Leia artigo da arquiteta e paisagista Carolina Ribeiro que criou ambiente na mostra

Valinhos Decor 2011 (www.valinhosdecor.com.br), que vai até o dia 17 de abril. Pág. 13

Silvia Lá Mon

JULIANO SANCHES

NOVOS COLUNISTAS

Juliana Perna e Saulo Braga

Luiz Trevizani Elisete Zanlorenzi

O JORNALZEN estreia nesta edição três

novas colunas. O terapeuta holístico Luiz

Antônio Trevizani assina Luz da Consci-

ência, mesmo nome do projeto por meio

do qual desenvolve atividades no campo

do autoconhecimento. Juliana Perna e Sau-

lo Braga, da Metamorfose Treinamentos,

trarão dicas e ideias visando despertar

as pessoas para o sucesso pessoal e

profissional. Já Elisete Zanlorenzi trata,

em seu primeiro texto, das constelações

sistêmicas familiares, tema do qual tem

formação internacional. Págs. 4, 6 e 9

Atirador do Rio: ausênciade uma cultura de paz

Pág. 8

CULTURAZENZENZENZENZEN

Lançamento de livro deJoaquim Zailton Motta

Pág. 10

Pág. 18

Viva Bem

BEM NUTRIRPág. 19

ASTROLOGIA

DA ALMAPág. 6

Pensamentos de

Pág. 12

Padre Haroldo

PARA ASSINAROU ANUNCIAR, LIGUE PARA(19) 3324-2158(19) 9263-3500

A importânciada Academiade Letras na

transformaçãodo ser humano

Pág. 12

ARITA PETTENÁ

Semana de Fitoterapia

terá debate e palestras

no Cati em CampinasPág. 5

Silvia Lá Mon

Divulgação

Silvia Lá MonDivulgação

Page 2: Jornalzen abril 2011

JORNALZEN2 ABRIL/2011

AGENDAZENZENZENZENZEN

CAMPINAS

AUTOCONHECIMENTO

18/4, às 19h30 – palestra “Homeostase Quân-

tica da Essência (Autocontrole Emocional e

Mental)”, com Sérgio Ceccato, no IPEC-Ins-

tituto de Pesquisa e Estudo da Consciência

(Rua Pilar do Sul, 364 - Chácara da Barra).

Inscrições e mais informações: www.ipec-

transpessoal.com.br ou (19) 3252-1565

BRAHMA KUMARIS13/4, às 19h30 – palestra “Lidando com Ad-

versidades”, com Kátia Roel, no Ecomercado

Avis rara (Rua Rei Salomão, 295 - Sousas).

Aberto ao público. Mais informações: (19)

3258-9224 ou [email protected]

COLESTEROL5/5, das 8h30 às 10h – palestra “Aumento do

colesterol: um risco para a saúde”, com a nu-

tricionista Priscilla Andrade Araujo, no auditó-

rio do Museu de História Natural (Rua Coronel

Quirino, 2 - Bosque dos Jequitibás). Aberto

ao público. Mais informações: (19) 3251-9849

e 3295-5850 ou [email protected]

CONSTELAÇÃO FAMILIAR26/4 – workshop com Antonio Carlos Abreu

(Toni). Local: Rua dos Bandeirantes, 318

(Cambuí). Inscrições e mais informações:

www.ipec-transpessoal.com.br ou pelos fo-

nes (19) 3252-1565 ou 3201-2361

ERVAS MEDICINAIS30/4, às 19h30 – curso “A Tradição e o Poder

das Ervas Medicinais”, com Cássia Prado, na

Maeve Dux (Rua José Ferreira de Camargo,

244 - Nova Campinas). Mais informações:

(19) 3396-6414 ou 3394-6416

FITOTERAPIA30/4, às 8h às 17h – curso de fitoterápicos

no tratamento de feridas, no Tabebuia Saúde

(Rua Mogi-Guaçu, 696 - Jardim Flamboyant).

Inscrições e mais informações: (19) 3029-2346

GEA18 e 25/4; 9/5, às 20h – palestras “A moral

do amor – da revolução sexual para a revolu-

ção amorosa”, com Joaquim Zailton Motta;

“Tesouros da Vida: uma convivência amorosa

e contemporânea”, com Juliano Croce; e “A-

mor Transpessoal”, com Mani Alvarez, no ISI

- Instituto de Saúde Integrada (Rua Barreto

Leme, 1.552 - térreo, sala 9). Encontros do Gru-

po de Estudos sobre o Amor. Aberto ao públi-

co. Mais informações: www.blove.med.br/gea

ORDEM ROSACRUZ15/4, 20h – palestra “A Lei do Amor”, com

Anna Maria Lucchesi Carvalho, SRC, PhD,

na sede da Loja Rosacruz Campinas (Rua

Nazaré Paulista, 690 - Jardim Paineiras).

Aberto ao público. Maiores informações:

[email protected]

REIKI16 e 17/4 – curso de mestrado de Karuna

Reiki, no Instituto Sakkara (Rua Aristodemo

Barbieri, 80 A - Barão Geraldo). Certificado

de Michigan (EUA). Mais informações: (19)

9634-7716 ou www.lttulha.com.br

30/4 – curso Nível 2 (Reiki Alliance), no

Instituto Sakkara (Rua Aristodemo Barbieri,

80 A - Barão Geraldo). Mais informações: (19)

9634-7716 ou www.lttulha.com.br

REIKI XAMÂNICO ESTELAR15/4, às 19h30 – palestra com Nazareno

Sabino, na Maeve Dux (Rua José Ferreira

de Camargo, 244 - Nova Campinas). Aberto

ao público. Mais informações: (19) 3396-6414

16 e 17/4, às 19h30 – curso com Nazareno

Sabino, na Maeve Dux (Rua José Ferreira

de Camargo, 244 - Nova Campinas). Mais

informações: (19) 3396-6414 ou 3394-6416

“SER HOMEM”workshop “Nível I - A dor e a cura dos ho-

mens”, promovido pelo IPEC – Instituto de Pes-

quisa e Estudo da Consciência. Inscrições e

informações: www.ipec-transpessoal.com.br

ou pelos fones (19) 3252-1565 ou 3201-2361

TOQUE TERAPÊUTICO2/5 a 6/6 – curso de formação básica, no

Tabebuia Saúde (Rua Mogi-Guaçu, 696 -

Jardim Flamboyant). Aulas às segundas-

feiras, das 19h às 22h. Inscrições e mais

informações: (19) 3029-2346

PONTOS DE VENDA DO JORNALZENCAMPINAS

ALPHAVILLECAFÉ VILLA PONTINI - AlphaMall

BARÃO GERALDOBANCA CENTRAL - Avenida Santa Isabel, 20BANCA DO AMARAL - Avenida Santa Isabel, 404BANCA DO JAPA - Rua Armando Sebastião Bononi, 20BANCA DO LÉO - Avenida Romeu Tórtima, 283BARÃO ERVAS - Avenida Santa Isabel, 506IDEAL REFEIÇÕES - Rua Vital Brasil, 200NATURALMENTE - Avenida Albino José Barbosa de Oli-veira, 1.905

BONFIMBANCA CANTO DO RIO - Rua Erasmo Braga, 192

BOSQUEBANCA DO BOSQUE - Avenida Moraes Sales, 1.748

BOTAFOGOBANCA RODOVIÁRIA - Avenida Andrade Neves, 880

CAMBUÍBANCA CAMBUÍ - Rua Cel. Quirino (ao lado Massa Pura)BANCA MARIA MONTEIRO - Rua Maria Monteiro, 1.201BANCA RIVIERA - Rua Coronel Silva Teles, 37BANCA SANTA CRUZ - Rua Santa Cruz, 176BUONA SALUTE - Rua General Osório, 1.761

CAMPOS ELÍSEOSBANCA DO XANDÃO - Rua Monte Mor c/ Pedreira

CASTELOBANCA AKAMINE - Rua Barbosa de Andrade (esquina c/padaria Pão do Castelo)BANCA NAKAZONE - Avenida Andrade Neves (balão doCastelo)

CENTROALMAZEN - Rua Barreto Leme, 1.259BANCA CONCEIÇÃO - Rua ConceiçãoBANCA DO ALEMÃO - Rua General Osório, 986BANCA DO ANTÔNIO - Avenida Moraes Sales, 1.122BANCA DO STEPHAN - Avenida Barão de Jaguara, 1.215BANCA PUCC - Avenida Francisco Glicério, 1.580BANCA REAL DISNEY - Rua General Osório, 1.325CASULO ALIMENTOS - Rua Luzitana, 1.433 - loja 2ESTAÇÃO CULTURA - Praça Marechal Floriano Peixoto

CHÁCARA PRIMAVERABANCA JASMIM - Rua Jasmim, 755

CIDADE UNIVERSITÁRIABANCA BARÃO - Avenida 2 - Atílio Martini, 50BANCA CIDADE UNIVERSITÁRIA - Rua Ruberley Boaretoda Silva, 1.015BANCA GUARÁ - Rua José Pugliesi Filho, 420 A

FLAMBOYANTBANCA PAINEIRAS - Rua Jesuíno Marcondes Machado,2.574BANCA DO ISMAEL - Rua Mogi Guaçu (em frente à padariaAbelha Gulosa)

GUANABARABANCA BRASIL Rua Joana de Gusmão, s/nºBANCA GUANABARA - Rua Buarque de Macedo, 209BANCA DO DIRCEU - Rua Oliveira Cardoso, 62BANCA DO SÉRGIO - Rua Carolina Florence, 241

IGUATEMIBANCA CARREFOUR IGUATEMILIVRARIA CULTURA (Shopping Iguatemi)

JARDIM SANTANABANCA DO ROMEU - Avenida Lafayete Arruda Camargo

NOVA CAMPINASBANCA INCA - Avenida Engenheiro Carlos Stevenson, s/nº

PROENÇABANCA DO ROBERTO - Avenida Princesa D’Oeste, 994

RODOVIA DOM PEDRO IBANCA SANTANA - Km 127 (Carrefour)

SÃO BERNARDOHAYASHI - Rua Padre Bernardo Silva, 1.249

SOUSASAVIS RARA Rua Rei Salomão, 295BANCA SAN CONRADO Avenida San Conrado, s/nºBANCA RICCO PANE Avenida Antônio Carlos Couto deBarros, 871

SWIFTEXTRA ABOLIÇÃO - Rua Abolição, 2.030

TAQUARALBANCA DO EDUARDO - Rua Thomaz Alva Edson, 115BANCA TAQUARAL - Rua Paula Bueno, 1.260CENAPEC - Rua São Salvador, 301SNACK LOJA DE CONVENIÊNCIA (Posto BR) - AvenidaHeitor Penteado, 120

VILA INDUSTRIALBANCA DO DEDÉ - Rua Dr. Sales de Oliveira, 1.059SUPER NEWS - nova Rodoviária

VILA NOVABANCA VILA NOVA - Avenida Imperatriz Leopoldina, 100

INDAIATUBA*

CENTROBOTICA ANTICA - Rua Pe. Bento Pacheco, 1.160BRUMAT - Rua 11 de Junho, 711CINE CAFÉ - Shopping Jaraguá (Rua Humaitá, 773)

CIDADE NOVABAZAR 13 - Rua 13 de Maio, 1.179HUNGRY TIGER - Avenida Presidente Kennedy, 496

RECREIO CAMPESTRE JOIAUIRAPURU (loja conveniência Posto Shell, ao lado doHabib’s) - Avenida Francisco de Paula Leite, 3.385

VILA NOSSA SENHORA APARECIDAPANIFICADORA A-REAL - Rua Candelária, 1.828SAÚDE NATURAL - Rua Candelária, 1.751

VILA SUÍÇAPANIFICADORA NOVA SUÍÇA - Rua Pedro de Toledo, 1.855

* e em todas as bancas da cidade

HOLAMBRA

ESPAÇO CULTURAL TERRA VIVA - Avenida Rota dosBandeirantes, 605

JAGUARIÚNA*

NATU ERVAS - Rua Cândido Bueno, 885 (Centro)

* e em todas as bancas da cidade

VALINHOS

VINHEDO*

em todas as bancas da cidade

DUE MONDY - Rua Eduardo Ferragut, 145 (Jardim Itália)EMPÓRIO JF - Avenida dos Imigrantes, 575 (Jardim Itália)QUARTZO ROSA - Rua Monteiro de Barros, 781 -Lote 60 (Vila Planalto)

* e em todas as bancas da cidade

JORNALZENDIRETORA

Silvia Lá Mon

nossa missão: Informar para Transformar

EDITORJorge Ribeiro Neto

JORNALISTARESPONSÁVELMTB 25.508

circulação: Campinas, Indaiatuba, Holambra, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo

Fone/Fax: (19) [email protected]

www.jornalzen.com.brtwitter.com/jornalzen

CONSTELAÇÕES

* 15/4, às 19h30 – palestra sobre Cons-

telações Sistêmicas, Familiares e Orga-

nizacionais, com Elisete Zanrolenzi, no

Céu Aberto (Rua Edward de Vitta Go-

doy, 828 - Barão Geraldo). Aberto ao pú-

blico. Mais informações: (19) 3308-6351

* terças e quartas, às 19h – workshops

em Constelações Familiares, abertos

ao público, com Elisete Zanlorenzi. To-

das as terças-feiras na Maeve Dux (Rua

José Ferreira de Camargo, 244 - Nova

Campinas). Inscrições e mais in-

formações: (19) 3396-6414; e quartas-

feiras no Céu Aberto (Rua Edward de

Vitta Godoy, 828 - Barão Geraldo).

Excepcionalmente dia 16/4 (sába-do), no Céu Aberto, das 9h às 17h.Inscrições e mais informações: (19)

8126-1870 ou (19) 3308-6351 ou

[email protected]

* a partir de junho – terceira turma de

cursos em Constelações Familiares e

Organizacionais para autoconhecimen-

to (4 módulos) e formação (12 módu-

los), pelo Instituto Novos Vínculos

(Elisete Zanlorenzi). Vagas limitadas.

Inscrições e mais informações: (19)

8126-1870 – [email protected]

– www.novosvinculos.com.br

Page 3: Jornalzen abril 2011

JORNALZEN 3ABRIL/2011

Na juventude, o português Mário Si-mões tinha um sentimento vago, deque haveria mais qualquer coisa pa-

ra além do visível. Interessava-se por visi-tantes de outros planetas, outras civiliza-ções e por literatura de realismo fantásti-co. Decidido a cursar medicina, ouviu paci-entes falando de mundos interiores, deli-rantes, mas relatados com tão grande con-vicção que era como se estivessem falandode outra realidade. Para tentar entendê-la,decidiu pela psiquiatria. Cursou antropolo-gia e interessou-se por xamanismo, o queo levou a trazer para sua prática processoscurativos ligados a civilizações primitivas.Experimentou técnicas de meditação eteve contato com a psicologia transpessoal,à qual atribui uma dimensão espiritual.Professor da Faculdade de Medicina de Lis-boa, Mário é um dos fundadores da Asso-ciação Luso-Brasileira de Transpessoal(Alubrat), ao lado da campineira Vera Sal-danha [atual presidente da Alubrat-Brasil].Aos 62 anos, ministra seminários e work-shops sobre estados modificados da cons-ciência, tema do qual se tornou especia-lista. Nesta entrevista exclusiva ao JOR-NALZEN, durante visita a Campinas, Má-rio Simões fala sobre a felicidade e expõepontos de vista a partir de sua experiênciacomo terapeuta.

A Alubrat promoveu no ano passado um

congresso de psicologia transpessoal

com o tema “Felicidade Autêntica”.

Como buscar essa felicidade?

Não é dizer o que você deve fazer, mas co-mo você pode fazer. Quando se trata dessetema, tenho muitas variáveis. Brinco como meu conceito de medicina usando algu-mas siglas. Por exemplo, TSH, que em por-tuguês significa hormônio estimulante datireoide. Essas três letras operacionalizamum pouco o conceito de felicidade, que eutraduzo como Trabalho, Saúde e Humor.O trabalho é muito importante. Ter empre-go, ser útil aos outros. Se não tem o ‘T’, émuito difícil avançar. O ‘S’ é de sensuali-dade, sentidos. Se você não puder usufruirde seus sentidos, sentir o gosto das coisas,o prazer do aroma, da sexualidade, do pra-zer de dormir, então não tem saúde. O ‘H’é de humor. Por mais dificuldades que te-nha uma pessoa, ela pode aprender a vero copo meio cheio ao invés de meio vazio.Isso muitas vezes tem de ser ensinado,mas o humor também depende de inteli-gência. Você tem de ter um mínimo de in-teligência para poder enxergar um segun-do sentido das coisas, precisa também decultura. Outra sigla que brinco na medici-na é RDC, que se refere a critérios de inves-tigação diagnóstica. ‘R’ de respeito. Faloapenas de tratá-la com educação, uma rela-ção educada. ‘D’ de diálogo: se não há diá-

ZENZENZENZENZENTREVISTA Mário Simões

VIAGEM INTERIORFundador da Alubrat, psiquiatra português dedica-se aestudar estados modificados da consciência na terapia

logo de respeito de uma das partes, nãohá felicidade. ‘C’ de cumplicidade, dosentir-se bem com o outro de duas pessoasque são capazes de se entender só de seolharem. Isso tudo é felicidade completae autêntica.

A psicologia transpessoal fala em esta-

dos alterados de consciência. Poderia

nos esclarecer sobre isso?

Vou falar sob uma tônica brasileira. Fiz vá-rias conferências no Brasil, e quando fala-

va em português algumas palavras nãoeram entendidas. Estado alterado deconsciência foi uma expressão que surgiunos anos 60/70 quando o pessoal de Berke-ley [universidade na Califórnia, EUA] faziaexperiências com drogas, como haxixe echás, e ficavam com a consciência alterada.O termo teve aí sua origem. Nós, terapeu-tas, não trabalhamos com a alteração totalda consciência, mas hoje modificamos aconsciência. Você continua em vigília,acordado, mas a consciência fica levemen-

te modificada. Por isso, no contexto tera-pêutico prefiro chamar esse processo deestado modificado de consciência, que emresumo é um estado levemente alterado,mas com a pessoa acordada. Existem tam-bém dois estados alterados de consciênciaque são fisiológicos: o sono e o sonho.

No caso, durante a terapia se usa hipnose

ou regressão?

O que eu faço na terapia é modificar a cons-ciência, e não alterá-la. A pessoa sabe queestá diferente, captando a realidade, focan-do a atenção nas minhas palavras, no con-teúdo de sua consciência. Utilizo a músicade relaxamento, o ritmo de minha voz, aspalavras pronunciadas, que têm uma forçafundamental. A música ajuda e tambémalgumas noções de relaxamento corporalextraído da ioga. Hoje, o terapeuta utilizavários conceitos que vêm do Oriente. Nes-te novo conceito, o cliente passa a ser umcoterapeuta. Eu já não faço interpretação,não sugiro nada. Deixo ele trazer o temada sessão. Então descobrimos um padrãoque pode ter sido recentemente detectado,mas se regredirmos no tempo encontrare-mos o mesmo padrão em situações maisantigas. O terapeuta apenas facilita o pro-cesso. É como uma negociação.

Em que esse tipo de regressão difere da

hipnose na psicanálise?

A hipnose termina no momento em que apessoa nasce, não vai para trás. Há aquivários pressupostos que diferem dessa in-terpretação da terapia moderna, que nãotêm a ver com a psicanálise. As pessoas quese afastaram de Freud, como Jung, diziamque existem outros fatores importantes,tal como a necessidade da pessoa trans-cender. Ele fala de padrões que têm a vercom o inconsciente coletivo. Hoje, temosintegrado a essas novas terapias muito dafilosofia oriental e da psicologia moderna,que está calcada em atributos como a psi-cologia cognitiva e a neurolinguística. Es-tamos buscando o melhor de cada uma.

Como avalia a proposta de nosso jornal?

Temos de aceitar que existe uma realidadeque é feia, penosa, dolorosa, mas como li-damos com elas? Por isso é necessária aexistência de jornais como este. Uma ami-ga tinha uma TV em Portugal, um papelimportante em um jornal diário, e eu diziaa ela: 30% das notícias que se apresentadevem ser boas, porque elas também exis-tem. Isso pode ser muito importante, mes-mo que seja para uma pessoa em 1 milhão.Ela vai ser um pequeno catalisador. Portan-to, esse tipo de informação é necessário,não escondendo que exista a outra. Mos-trando como podemos operacionalizar ecomo lidar com a nossa melhoria e bem-estar. Prestar serviço aos outros sem des-cuidar de nós mesmos.

Que mensagem gostaria de deixar para

os nossos leitores?

Tenha sempre em sua vida o propósito defazer o seu melhor. Tenha discernimentoem cada momento. Eu diria que somos to-dos sobreviventes num mundo controver-so e que até agora fizemos o nosso melhor.Temos a liberdade de fazer tudo, mas acondição é fazer com consciência.

“Por mais dificuldades quetenha uma pessoa, ela podeaprender a ver o copo meio

cheio ao invés de meio vazio”

Silvia Lá Mon

Page 4: Jornalzen abril 2011

JORNALZEN4 ABRIL/2011

PANORAMA

Corrida do GRAACCAbertas as inscrições para a 11ª edi-

ção da Corrida e Caminhada GRAACC,marcada para o dia 8 de maio, em SãoPaulo. O evento tem como objetivo mo-bilizar e conscientizar sobre a impor-tância do diagnóstico precoce e a neces-sidade do tratamento adequado paracrianças e adolescentes com câncer. Alargada será na Assembleia Legislativa,em frente ao Parque do Ibirapuera. Ins-crições pelos sites www.graacc.org.br ouwww.corpore.org.br .

Palestra de saúdeO Hospital São Cristóvão, de São Pau-

lo, promove dia 29 de abril, das 10h30às 12h, a palestra “Desvende a lingua-gem corporal”. Gratuito e aberto ao pú-blico, o evento ensinará a melhorar aconversa e o relacionamento amoroso.A inscrição deve ser feita pelo telefone(11) 2029-7617. Na oportunidade, serãoarrecadados alimentos não perecíveispara instituições assistenciais. O hospi-tal fica na Rua Canima, 25 (Mooca).

Curso na PUC-SPA PUC-SP está oferecendo curso no

qual serão abordados conceitos de qua-lidade de vida, felicidade e bem-estar,levando a uma reflexão e conhecimentodos talentos individuais e seus reflexospara a sustentabilidade dos negócios.Dirigidas a profissionais de saúde, ad-ministração e recursos humanos, as au-las terão início dia 25, na Unidade Con-solação (Rua da Consolação, 881). Maisinformações: www.pucsp.br/cogeae.

Silvia Lá Mon

Algemas de ouroEsta semana conversei com uma mulher

muito inteligente, que ao longo de sua

carreira profissional atingiu o topo na

empresa. Preparada para ser presidente,

sentia-se presa em algemas de ouro. Dei-

xou as amarras, hoje ganha a metade,

mas trabalha em prol da paz. Transfor-

ma a história de sua época e sente-se rea-

lizada. Por outro lado, tenho observado

outras pessoas que muitas vezes amol-

dam seus pulsos frágeis por causa do

medo da mudança e acabam tornando

essas algemas uma extensão do próprio

corpo e da alma.

Na maioria das vezes é muito difícil

sair da zona de conforto de seu casamen-

to, de seu clube, de seu esteticista, de seu

shopping e ter de encarar os monstros pos-

síveis do despertar. Por isso só procuram

uma terapia ou informações que possam

transformá-la, quando estão no final da

curva, quando estão destroçadas.

Sair do mundo de Alice é doloroso,

porém necessá-

rio. Com o nos-

so tempo e pla-

neta em cons-

tantes mudanças, não dá pra continuar-

mos em nossos mundinhos protegidos.

Temos de participar, unir-nos cada vez

mais. Devemos nos fortalecer intima-

mente e são vários os recursos para isso.

Não devemos nos limitar a doar um di-

nheirinho por mês às instituições de

caridade e, sim, colocarmo-nos à dispo-

sição para cuidar, reciclar, educar, con-

tar histórias e muito mais, dedicando

nossa alma ao bem dos menos favoreci-

dos. Dessa forma, favorecermos a nós

mesmos e à nossa alma. Vibrarmos em

uníssono na compaixão daqueles que

sofrem, trabalhando pela paz de todos

com inspiração e transpiração.

Deixem o medo e o comodismo de

lado e descubram a riqueza de suas al-

mas aprisionadas pelas algemas de ouro.

Consciência

LUIZ ANTÔNIO TREVIZANI [email protected]

LUZ DA CONSCIÊNCIA

Por que somos tão irredutíveis em nossas crenças? Por que queremos que a vidaseja nossa? Por que sempre perdemos algo que não nos pertence?

As respostas para estas perguntas, e para outras tantas desse tipo que nos fa-zemos de vez em quando, podem se resumir a uma ou duas palavras que refletemtodo o nosso sentido de apego e controle; todo nosso desejo de nos sentirmos se-guros, já que nossa maior fraqueza é o medo. Pura ilusão, pois nada nos pertence,nem mesmo a vida é nossa. Nós somos a vida acontecendo numa corrente contínuade consciência se expandindo, ou evoluindo. Nossas crenças são base de segurançapara uma arrancada na nova vida, mas que podem ser modificadas e até abandona-das quando nos sentimos confiantes na vida, ou seja, quando tivermos fé suficientepara nos jogarmos na vida como quem caminha sobre as águas. As pressuposiçõesbásicas, que são a parte mais profunda de nossas crenças, quando se tornam nos-sa resistência contra novos conhecimentos e novas experiências, atrasam a nossaevolução. Todos nós temos um histórico de conteúdos agregados que vem de ou-tras vidas como personalidade da alma, e agregamos novos conteúdos na vidaatual, como educação, princípios morais e éticos, formação profissional, e outrosque servem para nos orientar, e sobre eles acrescentar nossos aprendizados livres.Tão logo nos tornamos conscientes de nossa individualidade, é decisivo que tome-mos um rumo por nós mesmos, modificando todos os conteúdos que venham aatravancar a nossa evolução. A um dado momento da vida, geralmente essascrenças básicas mais profundas em nossa mente se tornam entraves, aquilo quedenominamos por “crenças limitantes”.

Uma boa base é importante para se estruturar uma personalidade sadia eamadurecida, mas isso não pode servir de limite para expansão da consciência. Aconsciência é tudo, e podemos definir consciência como a capacidade de respostaa estímulos por parte de um sistema qualquer, por mais rudimentar que pareça.Na medida em que a consciência se expande, aumenta a nossa capacidade deperceber realidades diferentes que antes não eram percebidas. A consciência huma-na pode perceber e fazer escolhas porque sabe que é uma consciência, um espírito,diferentemente da consciência de uma rocha ou uma planta. Todo o Universo es-tá sob ação da consciência, que faz tudo ascender a níveis cada vez mais elevadose expandidos de percepção, através das forças evolutivas, até alcançar o Absoluto.

Sustentabilidade é o tema dejornada acadêmica no Ceunsp

Os alunos do curso de Eventos do CentroUniversitário Nossa Senhora do Patrocí-nio (Ceunsp) promovem nos dias 11 e 12de abril a 1ª Jornada Acadêmica da Facul-dade de Comunicação e Artes, no campusV, em Salto, e que terá como tema a sus-tentabilidade.

O primeiro dia terá dois workshops si-multâneos, a partir das 19h30, com Pâme-la Miguel Sanches, desenvolvedora de pro-dutos Infinity, que abordará o tema “Cus-tomização de roupas”, e com a gastrôno-ma Vanessa Guidini, que discorrerá sobrea “Alimentação Sustentável”.

No dia 12 haverá uma mesa-redonda,também a partir das 19h30, com a ecochef

e mestre em Educação Alimentar e Ambi-ental e doutoranda em Ecologia - em Ali-mentos Orgânicos, Martha Tátini; o pro-

fessor-doutor em Ciências Biológicas, Hé-lio Rubens Pereira Júnior; Ana Paula Cari-be, da Conceito Eco Eventos Sustentáveis;e o jornalista Reinado Canto, colunista darevista Carta Capital e que foi correspon-dente da Envolverde na COP-15 em Cope-nhague (2009).

A entrada para a 1ª Jornada Acadêmi-ca da Faculdade de Comunicação e Artes,organizada pela agência escola Mescla E-ventos, é aberta a toda a comunidade eos interessados devem se inscrever pre-viamente, pois as vagas são limitadas. Oingresso para as atividades é um litro deleite longa vida que será doado à Associa-ção Beneficente Irmã Dulce, de Indaiatu-ba. Mais informações podem ser obtidasno site www.ceunsp.edu.br ou pelo tele-fone (11) 4028-8805.

Oficina PrimaveraA loja da Grupo Primavera ganhou

um novo espaço no Galleria Shopping,agora no piso 1 (ao lado da Arezzo). Aunidade funciona de segunda a sábado,das 10 às 21 horas. Desde 2008, essa éa principal forma de venda e divulgaçãodas peças artesanais desenvolvidas pelaONG campineira. A receita é revertidana formação das crianças e jovens aten-didos por meio de programas nas áreasde educação, cultura e bem-estar.

Cupom solidárioO Centro Boldrini fechou parceria

com o Sumerbol Supermercados, de In-daiatuba, com a qual serão beneficiadascrianças com câncer em tratamento nohospital. O Boldrini receberá todo o va-lor arrecadado de cupons fiscais semCPF para cadastro no programa NotaFiscal Paulista. As duas lojas da rede par-ticiparão da campanha. A expectativados organizadores é de 50 mil cuponspor mês, com receita de 20 mil reais.

Trote solidárioEm parceria com o Grupo de Atua-

ção Brasileiro para Realização deTransplantes Infantis e Estudos do Tu-bo Neural (Gabriel), os calouros do 1ºsemestre do curso de Logística da Fatecde Indaiatuba fizeram no último dia19 de março um trabalho de conscien-tização e incentivo à doação de órgãose tecidos junto a clientes do supermer-cado Pague Menos, no bairro CidadeNova. O Banco de Olhos de Sorocabatambém participou da ação.

Page 5: Jornalzen abril 2011

5ABRIL/2011

Contudo, a

relação afetuo-

sa com o ser hu-

mano desco-

nhecido deverá

transcender os

momentos de

tragédia e ser

incorporado

no cotidiano.

No futuro, não precisaremos de datas

especiais (como o Natal) ou de tragédias

para solidarizarmo-nos com o alheio.

Faz-se mister tratar adequadamente a

natureza. Se não a agredirmos tanto, ela

não nos trará tragédias seguidas. Nessa

linha de raciocínio, será que não teríamos

de tratar todos os animais como tratamos

o nosso cachorrinho de estimação?

Assista à Conversa com Clélio Berti todas

quartas, às 23h, pelo Canal 8 da Net

Geralmente essas catástrofes comovem-

nos de maneira substantiva. Ver o sofri-

mento alheio, mesmo que pela telinha,

causa-nos um movimento interno de re-

pelir as causas ou, pelo menos, ameni-

zar o desconforto alheio.

Quando nos preocupamos com o ou-

tro, com uma dose expressiva de sinceri-

dade, começamos a compreender coisas

fundamentais. Normalmente, cuida-

mos apenas dos seres com os quais te-

mos um vínculo especial, principalmen-

te, os laços familiares (genéticos). Esten-

demos essa cumplicidade aos nossos

animais de estimação. Os demais viram-

se cada um por si, pois não afetam a

minha realidade.

Entretanto, quando me compadeço

com o sofrimento alheio, encenado por es-

tranhos, compreendo o valor humano além

dos vínculos familiares. Começo a enten-

der o que é, efetivamente, amar ao próximo.

Catástrofes do Rio

Clélio Berti

Diretor da Unidade Flamboyant da

Universidade de Yôga (Uni-Yôga)

INFORME PUBLICITÁRIO

JORNALZEN

Campinas terá nona edição daSemana de Fitoterapia no CatiPráticas corporais, palestras, debates, ex-posições e apresentações culturais mar-cam a programação da 9ª Semana de Fito-terapia de Campinas. Aberto ao público, oevento terá a maioria das atividades noauditório da Coordenadoria de AssistênciaTécnica Integral (Cati), de 26 a 29 de abril.

A abertura, dia 26, às 14h, será seguidade apresentação de um coral. No dia seguin-te, os trabalhos terão início às 8h com umaatividade corporal. À tarde será aberta expo-sição de ecobrinquedos e às 14h será insta-lado o painel “Cooperativismo, acesso ao mer-cado”, com as presenças de Jorge FlorêncioRibeiro Neto, representante da CooperativaRegional de Cafeicultores de Guaxupé (MG),e Euclides Lara Cardozo Junior, da Sustentec– Produtores Associados para o Desenvolvi-mento de Tecnologias Sustentáveis, de Fozde Iguaçu (PR). A programação do dia seráencerrada às 16h com debate com represen-tantes da Cooperativa de Produção Agroin-dustrial Familiar de Artur Nogueira.

Depois de uma atividade de dança cir-cular (13h), o painel do dia 28 – “PlantaMedicinal: é bom para quê?” – reunirá en-tre os debatedores Pedro Melillo de Maga-lhães, representante da Sociedade Brasilei-ra de Plantas Medicinais; Lauro Barata, daFederação Brasileira de Plantas Medici-nais; e Roberto Leal Boorhem, da Associa-ção Brasileira de Fitoterapia.

No último dia do evento (29), das 8h30

às 12h, será feita uma visita técnica ao Cen-tro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas,Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Universi-dade Estadual de Campinas (Unicamp). Noauditório do Cati, será ministrado um mini-curso de fitoterapia.

Dia 26 (terça-feira)15h – “A ciência desvendando as plantasmedicinais: o caso do avelós” – LuizFrancisco Pianowski, farmacêutico

Dia 27 (quarta-feira)8h30 – “Plantas medicinais e naturopatia”– André Hinsberger, naturopata10h – “Alimento vivo e demonstração dereceitas”, Alberto Peribanez Gonzales(autor do livro Lugar de médico é na

cozinha) e Maya Beerman

Dia 28 (quinta-feira)8h30 – “Fitoterapia na saúde pública” –Ângelo Giovani Rodrigues, Departamentode Atenção Básica-SAS/MS10h – “Fitoterapia clínica: medicamentospara ansiedade” – Eduardo Pagani,Sociedade Brasileira de Fitomedicina

Local:Cati-CampinasAvenida Brasil, 2.340 (Vila Nova)Mais informações: (19) 3743-3795

PALESTRAS

Page 6: Jornalzen abril 2011

JORNALZEN ABRIL/20116

12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901211234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012112345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901211234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012112345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901211234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012112345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121

O trabalho de Hércules que está ligadoao signo de Áries é a captura das éguasdevoradoras de humanos. Áries é o sig-no dos inícios e dos processos criativos,e este trabalho representa os primeirospassos no caminho espiritual e a neces-sidade de iniciar pela criação de umanova mentalidade – mais focada, com-preensiva e inofensiva.

O beligerante rei Diomedes era filhode Marte (Senhor da Guerra e regentedo signo de Áries) e em seu reino criavaéguas extremamente selvagens e vio-lentas, que devoravam seres humanos.Elas assolavam toda a vizinhança e pro-vocavam grande medo na população.Hércules recebeu do rei Euristeu a tarefade capturar essas éguas e levá-las atéele. No reino de Diomedes, Hércules en-controu as éguas à solta e espalhadaspor toda parte. Então ele começou a to-car as várias éguas, de modo que gradu-almente se concentrassem em certa re-gião. Quando estavam todas reunidas,o herói as cercou e acorrentou-as juntas,e assim pode conduzi-las até o rei Euris-teu, para serem domesticadas.

Cavalos simbolizam o pensamento,que é capaz de nos transportar para lon-ge. Cavalos femininos, ou éguas, repre-sentam a fertilidade da mente, inces-santemente criando imagens, falas in-ternas e explicações para tudo. As éguasdo mito, selvagens e devoradoras de hu-manos, são a mente indisciplinada, con-tinuamente gerando pensamentos críti-cos que ferem as pessoas. O mito descre-ve a situação habitual de cada um denós: nossos pensamentos críticos pro-vocam destruição ao nosso redor e pre-judicam aqueles que nos circundam.

Entretanto, uma das primeiras li-ções a serem aprendidas pelo aspiranteespiritual é a da inofensividade. Seuspensamentos, palavras e vida devemdeixar de ser ofensivos e destrutivos,de acordo com preconceitos e predile-ções pessoais, e tornarem-se criativos

e construtivos, de acordo com o PlanoDivino. Diferente do que talvez pudesseparecer, a inofensividade (ou não-vio-lência) não é uma condição passiva e i-nócua, mas uma atitude dinâmica e efe-tiva. É uma autodisciplina que positiva-mente se abstém de criticar e ferir. Éum empenho criativo para ajudar, apoi-ar e curar – os outros e nós mesmos.

O mito não só apresenta qual é o pro-blema a ser solucionado, mas tambémindica como solucioná-lo: concentração.A causa da dificuldade está no fato deque as éguas são selvagens e estão à sol-ta, ou seja, a mente não foi disciplinadae os pensamentos vagueiam dispersos.Funcionando assim, a mente toca apenasa superfície das coisas, e é isto o que tor-na possível a sua postura crítica. É ape-nas na superfície que as coisas parecemmás, conflitantes e caóticas. E mesmo oque já nos parece pensamento profundo,porque mais elaborado, ainda é apenassuperficial. Na verdadeira profundidade,reinam sempre a beleza, a harmonia e aunidade. Através da meditação, exerci-tando o pensamento concentrado, pode-mos acessar isso.

É interessante notar que Hérculesnão tenta paralisar as éguas, mas as re-úne e cerca. Portanto, ele não tenta ca-lar a mente, mas concentrá-la profunda-mente em algum assunto. A mente estásempre pensando, e isto, por ora, nósnão podemos mudar – e nem precisa-mos. Mas nós podemos escolher em quepensar e como pensar. Isto é meditação:pensamento consciente.

O início no caminho espiritual re-quer as qualidades conferidas por Áries:muita energia e esforço. Tais qualidadesdevem ser empregadas para desenvol-ver a concentração, para que possamosverdadeiramente compreender – ou seja,acessar o sentido maior por trás dasaparências. Assim, poderemos trazerpara as nossas vidas cada vez mais ino-fensividade e criatividade espiritual.

ASASASASASTRTRTRTRTROLOLOLOLOLOGIA DOGIA DOGIA DOGIA DOGIA DA ALMAA ALMAA ALMAA ALMAA ALMARICARDO GEORGINI [email protected]

Áries: concentraçãoe inofensividade

Gente civilizada

METAMORFOSE

Dinheiro, emprego, financiamento, aquecimentoda economia, produção... foram as palavras quemais atraíram nossos olhos e nosso pensamentodurante os últimos anos.

Parabéns para todos aqueles que trabalharam pela conquista destas grandes metas!Hoje, para o brasileiro, o dinheiro deixou de ser um fator “limitador” e passou

a ser um fator “possibilitador”. Então, para onde devemos olhar e concentrarnosso pensamento agora?

Como vamos continuar a construção de um país vigoroso, onde tenhamosuma vida confortável, segura e saudável?

Agora é a hora de construirmos um país de “gente civilizada”, que tenha or-gulho de investir em cultura. Gente educada, que usa seus conhecimentos e asua energia para que cada um de nós viva cada vez melhor e vá encontrando aju-da para solucionar os problemas que vão aparecendo ao longo da vida.

O mundo como conhecemos um dia foi um sonho na mente de algumas pes-soas. Tecnologia, transportes, as cidades, a agricultura, as relações de trabalho ede família, entre outras coisas, foram ideias e conceitos que ao longo do tempotornaram-se reais.

Não seria um bom momento para começarmos a criar um brasileiro maiseducado e confiável? Relações de comércio mais honestas e saudáveis? Não seriauma boa hora para tratar dos outros como gostamos de ser tratados?

Conhecer ética não torna ninguém ético. Todos sabem o que é certo e o que éerrado, não sabem? Então, por que fazer coisa errada?

Faça o certo, e pronto!Quando acontece um erro, saímos em busca do “culpado” para puni-lo. Para

quê? Não é melhor “estudar” o erro, para que ele não se repita?O importante não é somente ostentar o resultado final, mas também todo

bom andamento do processo. (continua na próxima edição)

“Não há nada mais insano do que fazer as coisas sempre da

mesma maneira e esperar que os resultados sejam diferentes”

Albert Einstein

JULIANA PERNA E SAULO BRAGA

Page 7: Jornalzen abril 2011

JORNALZEN 7ABRIL/2011

Na Alemanha, a iridologia faz parte dastécnicas de avaliação em naturologia. Alémda anamnese pessoal do paciente, levan-tam-se dados através da observação daíris, da língua, do pavilhão auricular, da ma-nipulação dos pés.

Já ficou claro que a iridologia faz par-te das reflexologias e dos microssistemasreflexos, servindo para levantar dadossobre o biótipo do paciente, evidenciandopredisposições e locais de menor resis-tência. Esses dados serão integrados naavaliação do paciente, auxiliando a tornarpersonalizado ou individualizado o planode tratamento.

Existem alguns mitos acerca dairidologia, porém o exame iridológico nãoé nem raio X nem tomografia e não servepara estabelecer diagnósticos médicos. Naíris, o iridólogo observa sinais cromáticos(cores) e estruturais para tirar conclusõese traduzi-las em tratamento com plantas

A iridologiaINFORME PUBLICITÁRIO

medicinais e ou-tros métodos pa-ra os quais oprofissional es-teja capacitado.

Existem di-versos mapastopográficos, tí-picos para assomatotopiasdos microssiste-mas, lembrandoo homúnculo daárea cortical nocérebro da pes-soa. Ou seja, o iridólogo é um profissionalque estudou muito para poder tirar conclu-sões da observação da íris.

Nos Estados Unidos e no Brasil existetambém uma vertente da iridologia que inter-preta os sinais iridológicos em relação a ca-racterísticas e traços de personalidade dopaciente e em relação a problemas e confli-tos emocionais típicos enfrentados pelo de-terminado padrão iridológico observado.

André HinsbergerMédico naturólogo formado

pela Universidade de Berlim.

Professor de Pós-Graduação em

Fitoterapia pela Universidade

Anhembi-Morumbi e IBEHE-SP.

Flávio Aurélio B. Mariutti

Maria Fumaça

Nos países desenvolvidos, a ferrovia é

um dos transportes mais usados e bem

organizados. No Brasil, abandonaram a

mesma, isto é, sucatearam; dormentes apo-

drecidos, trilhos enferrujados, leitos no

meio do mato, fios dos antigos telégrafos

roubados por vândalos, benfeitorias inva-

didas por sem-teto e vagabundos, estações,

garagens e pátios são verdadeiros cemité-

rios de vagões e locomotivas.

Lembro-me com saudade da era Ro-

mântica das Ferrovias. A Mogiana que via-

jei muitas vezes nos anos 1950/60.

A Mogiana foi fundada por fazendeiros

de café quando esta rica rubiácea trouxe

muitas riquezas, até 1929. A partir de en-

tão, a queda da bolsa de Nova York e o ex-

cesso de produção levaram os fazendeiros

à bancarrota.

A locomotiva inaugural partiu de Cam-

pinas, ponto inicial, em 1875, chegando a

Mogi Mirim com ramal de Amparo.

Em 1878 chegou a Casa Branca, em

1883 atingiu Ribeirão Preto. No mesmo ano

atravessou as barrancas do Rio Grande, di-

visa da parte Nordeste de São Paulo com

Minas Gerais. Surgindo na mesma época

os ramais de Caldas e São José do Rio Pardo,

Guaxupé e Muzambinho.

De Ribeirão Preto até Campinas, Maria

Fumaça percorria as seguintes cidades, dis-

tritos e fazendas: Bonfim Paulista, Fazenda

Buenópolis, Cravinhos, Tibiriçá, Bento Quiri-

no, São Simão (com ramal para Nhu Mirim,

Santa Rosa de Viterbo, Fazenda Amália,

Sampaio Moreira, Corredeira e Cajuru), San-

tos Dumont, Faveiro, Tambaú, Coronel Cor-

reia, Casa Branca, Lagoa Branca, Estiva,

Aguaí, Pato Seco, Mogi Guaçu, Mogi Mirim,

Poços de Ressaca, Jaguariúna e Campinas,

onde os passageiros que iam para São Pau-

lo (Capital) faziam baldeação.

Em 1967, a Mogiana chegou a Brasília

percorrendo 1.445 quilômetros, o chamado

trem Bandeirante, luxuoso e confortável. Em

1971, a mesma foi incorporada à Ferrovia

Paulista S.A. (Fepasa). Em 1997 foi encerrada

a viagem de passageiros. (A Fepasa foi incor-

porada pela Rede Ferroviária Federal e Ferro-

ban). Hoje é operada pela Ferrovia Centro

Atlântica (FCA), só com trens de carga.

Dessa época romântica resta a sauda-

de, sim muita saudade. De uma época sem

violência (roubos, sequestros, estupros, in-

vasões de terra). Havia disciplina e não esta

libertinagem, que mais parece um país de

anarquistas.

Que é da promessa nas Diretas Já: “país

de primeiro mundo, direito de ir e vir”. An-

tes todos aliados, hoje o roto fala do esfar-

rapado, farinhas do mesmo saco...

Ferrovia para passageiros é coisa de pri-

meiro mundo, além de transporte barato.

Flávio Aurélio Bilotta Mariutti é membro da União

dos Escritores Independentes, da Casa do Poeta e do

Escritor de Ribeirão Preto, e do Clube dos 21 Irmãos

Amigos de Campinas

GRUPO PARA GESTANTES EM SUMARÉA gravidez, embora seja um fenômeno natural e comum em nossa sociedade, ainda é vi-venciada com muitas dúvidas. Mesmo que programada e desejada, quando confirmada,gera insegurança, medo e ansiedade.

A partir do momento em que uma mulher se vê grávida, além de todas as mudanças físi-cas pelas quais ela passa, há uma carga muito grande de alterações psicológicas, sociaise espirituais como inversão social, aumento de responsabilidades, medo do desconhecido,temor ao parto, e muitos outros medos, emoções e sensações.

Esses sentimentos todos tendem a aumentar pela falta de informação e conscientizaçãopor parte do casal envolvido, ocasionando muitas vezes gestações problemáticas, e tendocomo consequência partos difíceis, cheios de intervenções médico-cirúrgicas, cesarianasdesnecessárias, enfim... uma experiência negativa.

Pensando em auxiliar a mulher a vivenciar da maneira mais positiva esse período, foicriado em Sumaré o Grupo MadreSer!

Fundado há quase sete meses, o MadreSer tem como objetivo principal dar apoio, suportee informação baseada em evidências científicas a toda e qualquer mulher interessada emmaternar ativamente. Nossa equipe acredita no protagonismo feminino durante o processode gestação, parto e pós-parto, assim como na importância da informação de qualidade noprocesso de amadurecimento dessa mulher como gestante, mãe, mulher ativa.

Nossos encontros são mediados por uma equipe multiprofissional especializada atentaaos temas relacionados a esse período, ajudando assim amenizar as ansiedades naturaisdo processo e fornecendo respostas às questões que assombram as gestantes e casaisgrávidos. Discutimos os direitos da gestante, pré-natal, parto, pós-parto, a escolha dohospital, sexualidade, alimentação, exercícios físicos, preparo para a amamentação entreoutros temas, conduzindo a uma experiência gestacional e de parto bem positiva, comqueda significativa na depressão puerperal e grande sucesso na amamentação.

Se você se preocupa com sua gestação e seu bebê, participe de nossos encontros!!!

O Grupo Madreser está todas as quintas-feira, das 19:30 às 21h na Sala Cultural do VillaFlora, esperando por você.

Grupo Madreser: [email protected] – madreser.blogspot.com – 19 9152.1980

Page 8: Jornalzen abril 2011

JORNALZEN ABRIL/20118

Cuide da semeadura

SANDRA SEPULVEDA [email protected]

2 Minutos para Você

Já se sentiu como se estivesse dentro de um CD riscado, preso na repetição? Aí se

pergunta: por que estou nisto de novo?

Parece que mudam cenários, personagens, mas o mesmo enredo se faz presente

novamente.

Para explicar este fenômeno recorro à física, especificamente à terceira lei de

Newton, a lei da ação e reação. Ela lei diz que para cada ação há sempre uma rea-

ção de igual intensidade, mesma direção e sentido contrário. Portanto, se está

tendo as mesmas ações, receberá as mesmas reações.

Dito de outra forma: se você está colhendo a mesma coisa quando esperava

outro tipo de colheita é porque, de fato, as sementes que está plantando conti-

nuam semelhantes no tipo e qualidade. Pela lei, você recebe o retorno daquilo

que semeou.

O solo e fatores ambientais, que são as variáveis fora do seu controle, colaboram

adicionando obstáculos ou facilidades desde o início até o final do processo. Mas

o determinante é a ação, a semeadura, que está em suas mãos.

Para se libertar da repetição indesejável é cuidar do início do processo, a ação.

Observe carinhosamente sua vida, e liste as áreas ou assuntos repetitivos. Lembre-

se das primeiras vezes que isto ocorreu, as primeiras semeaduras. Fixe sua atenção

na variável que depende de você: as sementes, suas atitudes, das mais específicas

às mais genéricas. Avalie o cerne das sementes, ou seja, os sentimentos, pensamen-

tos e comportamentos, pois destes dependem a qualidade delas. Depois se pergun-

te: a minha maneira de sentir, pensar e agir estão na mesma direção do que busco?

Ou, isto que estou semeando pode me dar uma colheita? Esta ação está adequada

para a reação que espero?

Se a resposta for negativa ou duvidosa, a colheita não está garantida, então é pre-

ciso ter humildade e força de vontade para buscar ajuda e melhorar sua semeadura.

EDUCAÇÃO & VALORESEDUCAÇÃO & VALORESJULIANO SANCHES

Tesouros da Vida

Vários especialistas acreditam que aveiculação de mensagens violentas

contribui para tornar o mundo maisferoz. Apesar disso, há educadores

pesquisando seriamente formas pela quala mídia poderia se transformar em um

instrumento de paz (WEIL, 1990, p. 47).

Vemos que o caos e o cosmos da mídia

não estão em trabalho, em desenvolvi-

mento. Precisamos chegar a um estado

de transdisciplinaridade plena, em que

sejam incentivadas – infinitamente – a

criatividade e a arte. Enquanto a mídia

não for vista como portadora, entre ou-

tros elementos, do inconsciente, todo

o trabalho midiático vai estar incomple-

to. Para tanto, a cultura de paz precisa

se irromper. “Cabe advertir o leitor de que

a educação holística para a paz não pode

se limitar à sala de aula; ela é uma apren-

dizagem na qual se deve estimular o auto-

didatismo” (WEIL, 1990, p. 40).

Enquanto a cultura de paz não esti-

ver totalmente cimentada no currículo

escolar público, nada vai mudar, visto

que as outras instituições sociais não

resolvem tudo sozinhas. Sabe-se de es-

colas do ensino básico que têm hortas

e muitas atividades artísticas. Tudo isso

canaliza a energia construtiva.

Tudo tem forças do inconsciente, até

as instituições. Ou pensamos em uma

vida à luz da terapia e do trabalho das

forças inconscientes ou abrimos mar-

gem para os monstros interiores agirem

cada vez mais. “ ‘Ausência de violência e

de guerra’ ou ‘estado de harmonia e fra-

ternidade’ podem ser classificados como

partes de uma só categoria, que diz respei-

to às relações entre os homens. Chama-se

a isso ‘ecologia social’ ” (WEIL, 1990, p. 27).

Se o sujeito não canaliza o constru-

tivo, o destrutivo automaticamente to-

ma posse e opera desgraças, porque o

destrutivo tem o ímpeto de sair das

profundezas.

Escolas, jornais, televisão, cinema, teatro,informática e todos os veículos mais

modernos seriam convidados a participardessa reeducação das sociedades, com oobjetivo de mudar efetivamente o planodas atividades coletivas. Esse é também

um dos focos de ação da Unesco(WEIL, 1990, p. 27).

Os ciclos se repetem. E o caso do Rio

– entre milhões de outros e com outrem

– é prova cabal. “Assim, não pode haver

verdadeira paz no plano pessoal quando

se sabe que reinam a miséria e a violência

no plano social ou que a natureza nos

ameaça com a destruição, porque nós a

devastamos” (WEIL, 1990, p. 30).

Para fatos como o do Rio, precisamos

pensar na “base”, na infância. Se o sujei-

to retém determinadas emoções – cedo

ou tarde – aquilo tudo explode. Tudo o

que não é resolvido na base se torna,

inclusive, algo repetitivo, o que abre

margem para espelhamentos. Espelha-

mentos que podem influenciar o surgi-

mento de casos similares, tais como os

dos pais que jogam crianças pela janela.

A paz como um estado de harmoniainterior, resultado de uma visão não

fragmentada do saber. É uma tese denatureza espiritual, ligada às grandes

tradições da humanidade, como aosrecentes trabalhos da psicologia

transpessoal. Caracteriza-se por serinseparável do amor altruísta e

desinteressado (WEIL, 1990, p. 29).

Para evitar o fato lamentável do Rio

era preciso tudo: melhor educação,

acompanhamento psicológico, ativida-

des terapêuticas escolares, artes, filoso-

fias, poesias, melhor condição econômi-

ca, oportunidades e atividades amplas

de participação. “Dividimos arbitraria-

mente o mundo em territórios, pelos quais

matamos e morremos”, (WEIL, 1990, p. 20).

E isso implica – e nós queremos queimplique! – que a mesma ‘camada’

fundamental do inconsciente é o própriouniverso. O sol, a lua e as estrelas, as

montanhas, as nuvens e as águas, e atéos automóveis, os aviões, e os trens, são,

efetivamente, parte do ‘conteúdo’do nosso inconsciente básico

(WILBER, 2007, p. 120).

O Brasil é repleto de dejetos de uma

mentalidade de que remediar é mais

barato do que prevenir. Mas os fatos

mostram o contrário cada vez mais. E

no caso da escola pública do Rio não é

diferente.

Referências bibliográficas:

WEIL, Pierre. A arte de viver em paz: Por uma

nova consciência e educação. Tradução de

Helena Roriz Taveira e Hélio Macedo da Silva.

São Paulo: Gente, 1993.

WILBER, Ken. O espectro da consciência.

Tradução de Octavio Mendes Cajado. São

Paulo: Cultrix, 2007.

Juliano Sanches é jornalista e palestrante

casadojulianosanches.blogspot.com

[email protected]

Atirador no Rio: a ausênciade uma cultura de paz

Page 9: Jornalzen abril 2011

JORNALZEN 9ABRIL/2011

Tendo como base o pensamento sistêmico

e o princípio da ressonância mórfica, asconstelações revelam que dificuldades e li-mitações, em diversos aspectos da vida,podem ser reflexos de fatos ocorridos comoutros membros da família, inclusive em ge-rações passadas.

Esse trabalho conduz a transformaçõesprofundas, até em crianças, nos chamados“emaranhamentos sistêmicos”, com resul-tados surpreendentes nos relacionamen-tos, autoestima, bloqueios, traumas, doen-ças, fobias, vícios, na área profissional emuitos outros campos. Em diversos países,esse método tem sido utilizado por grandescorporações em conflitos, contratação depessoas, fusões, lançamento de novos pro-dutos, terceirização, etc.

Praticadas no Brasil há poucos anos,as constelações familiares e a consultoriasistêmica (organizacional) têm substituídomuitas abordagens tradicionais, por equili-

Constelações sistêmicas:um novo caminho de cura

INFORME PUBLICITÁRIO

brar/curar não a-penas os sujeitos,mas o sistema eseus vínculos.

É fácil vis-lumbrar a impor-tância da peda-

gogia sistêmica

(constelação emescola) como for-ma de harmoni-zar as relações,lidar com o bul-lying, facilitar acooperação, o aprendizado e criar um am-biente de respeito.

No âmbito pessoal, as constelações têmsido procuradas, cada vez mais, por pessoasque já experimentaram outras abordagens pa-ra tratar de problemas emocionais e físicose encontraram aí soluções simples, eficazese rápidas para questões bem complexas.

Elisete ZanlorenziFormação internacional em

Constelações Sistêmicas

Familiares, Organizacionais,

Estruturais, para a área

educacional, e em PNL.

Certificação em treinamentos

avançados com Bert Hellinger.

Doutora em Antropologia

(USP), com 22 anos de

docência universitária.

Especialização em Psicologia

Transpessoal e Psicologia

Analítica de Grupo

MANDALA PARA PINTAR- SANDRA SONSIN CANDELLO -

Mandala é um termo hindu que significa círculo. Usada para a meditação,

é uma forma divertida de acalmar a mente e exercitar a criatividade

Paulo Costa

A sociedade brasileira possui, como for- te traço cultural, a dificuldade de pla-

nejar e poupar recursos, econômicos e na-turais, traço esse que costuma trazer di-ficuldades ao país, no futuro. Isso tam-bém ocorre quando está em questão umbem natural cada vez mais escasso, aágua: utilizá-la de forma racional e im-plementar medidas legais visando a esti-mular a captação das águas das chuvassão ações que trazem forte impacto posi-tivo, econômico, ambiental e até de auxí-lio à prevenção de enchentes.

As grandes cidades brasileiras, nasquais as fortes chuvas são a causa de cons-tantes enchentes e alagamentos, são justa-mente os locais onde o problema da faltade água potável poderá se agravar nos pró-ximos anos. Justamente devido a essesproblemas, que não exclusivos do Brasil,a ONU definiu como tema de seu World

Water Day 2011 “Água e Urbanização”. Aintenção é chamar a atenção para a impor-tância dos recursos hídricos em um con-texto de rápida urbanização – segundo da-dos do organismo, a cada segundo duaspessoas são incorporadas à população ur-bana. Na América Latina, 77% dos seus ha-bitantes vivem nas cidades e as taxas deurbanização continuam crescendo.

“A relação entre a água e as cidades écrucial. Cidades requerem grandes quanti-dades de água fresca/potável e, por outrolado, geram grandes impactos nos siste-mas de água limpa”, alerta a ONU, lem-brando que enchentes, secas e outros e-ventos extremos, derivados das mudançasclimáticas, também podem afetar a quali-dade da água nos próximos anos. As gran-des oportunidades nesse contexto estãorelacionadas ao aumento da reciclagem edo reuso da água e do esgoto, por meio detecnologias mais eficientes. A captação daágua na própria cidade, por meio de siste-mas de reaproveitamento das águas daschuvas, também são vistas como soluçãopara o problema do abastecimento futuro.

Apesar da grande incidência de chuvasem boa parte no Brasil, são poucas ou qua-se inexistentes as iniciativas para a capta-ção das águas das chuvas nas cidades. E,para piorar, por aqui a água potável é utili-zada para fins menos nobres, como emdescargas sanitárias, lavatórios, para lavarpátios, regar jardins, etc. Essa realidadeprecisará ser repensada.

A captação das águas pluviais nas edifi-cações, especialmente em prédios, funcio-na como “piscininhas”, reservatórios queajudam a diminuir bastante a quantidadede água que corre para córregos e rios emprazos muito curtos e em grande volume,causando as enchentes. Há diversos siste-mas possíveis de implantação que, ao mes-mo tempo em que solucionam a questãodo uso da água potável para fins menosnobres, podem ser um aliado na mitigaçãode problemas causados por fortes chuvas,como alagamentos e enchentes.

No Brasil, há muito o que melhorar narelação entre cidades-abastecimento deágua. Faltam conscientização, medidas pa-ra evitar poluição e incentivos para o usoracional da água, como a substituição deequipamentos hidrossanitários por produ-tos economizadores de água, que permi-tem economizar quase 70% comparado aoconsumo dos produtos obsoletos e gasta-dores. Cidades dos Estados Unidos, comoNova York e Houston, por exemplo, já im-plantaram com sucesso programas de in-centivo à adoção de equipamentos racio-nalizadores do consumo de água. E, claro,estamos ainda longe da desejada universa-lização do saneamento. O uso racional daágua, além de permitir economia nas con-tas mensais de saneamento, com a dimi-nuição das contas também é peça impor-tante ambientalmente, uma vez que me-nos consumo é igual a menos poluição etraz o benefício adicional de evitar a cons-trução de novos reservatórios e adutoras,que provocam desmatamento e, assim,destruição de parte da flora e da fauna.

O País já dispõe de tecnologias e equi-pamentos de ponta para a implementaçãode programas de uso racional da água. Pre-cisa haver estímulo legal à sua adoção,com benefícios fiscais, por exemplo, aosque trocarem equipamentos hidrossanitá-rios gastadores por outros, economizado-res. E é essencial que os responsáveis pelaaprovação de leis em âmbito municipal,estadual e federal, vereadores, deputadosestaduais e federais e senadores, comecema pensar com maior seriedade nessa ques-tão e proponham textos legais que estimu-lem o uso racional da água e a captaçãode águas pluviais. A sociedade só tem aganhar com essas medidas. E o meio ambi-ente certamente ficará muito grato.

Paulo Costa é diretor da H2C, empresa de

consultoria e planejamento de uso racional da

água membro do Green Building Council Brasil

Água: reaproveitar e usarbem é bom para todos

Page 10: Jornalzen abril 2011

JORNALZEN ABRIL/201110

CULTURAZENZENZENZENZEN

Saulo Braga eJuliana PernaprestigiaramJoaquim ZailtonMotta (esq.)no lançamentode novo livro doespecialista emsexualidade

Eunice Rodrigues Pontes durante eventoem homenagem ao Dia da Mulher na

Academia Campinense de Letras

Silvia Fleury esteve em Campinas paraministrar mais uma palestra sobrea técnica do EMF - Malha Cósmica

Jurandir Bonomi e Patrícia Lacombe nainauguração da nova sede do instituto

que leva o nome da fisioterapeuta

Divulgação

Renata Podolsky e Sílvia Quirós,organizadoras da Casa Cor Campinas,no coquetel de inauguração da mostra

Luiz AntônioTrevizani

ladeado porMiriam e Jeany,

proprietáriasdo espaçoMaeveDux,

onde oterapeutaministrou

palestra sobrenumerologia

cabalística

O advogadoJorge Ribeiroda Silva Juniordurante palestrasobre assédiomoral e sexualno Grupo deEstudos sobreo Amor (GEA)

Silvia Lá Mon

Silvia Lá Mon

Silvia Lá Mon

Silvia Lá Mon Silvia Lá Mon

Ex-mestres são homenageados durante as comemorações de50 anos da Ordem Rosacruz em Campinas, dia 26 de março

Silvia Lá Mon Silvia Lá Mon

Page 11: Jornalzen abril 2011

JORNALZENABRIL/2011 11

INFORME PUBLICITÁRIO

Em tempos difíceisRobert E. Daniels, F.R.C.

Em tempos difíceis as técnicasmísticas têm seu maior potencial desucesso. Quando a vida está muitocômoda, alcançamos pouco êxito naaplicação dos princípios que podemproduzir as circunstâncias que dese-jamos estabelecer em nossa vida. Masquando nos defrontamos com emer-gências e problemas difíceis, a aplica-ção de princípios místicos é mais po-derosa, de modo que resultados qua-se milagrosos podem ser observados.Isso deve nos trazer a confiança e acerteza de que o Cósmico se predis-põe a trabalhar em nosso favor duran-te momentos de grande necessidade.

O viver em harmonia com o Cósmi-co requer mais do que simplesmentemeditar por alguns minutos, todos osdias, e ler literatura mística. Implicalevarmos uma vida mística, vivendosegundo as condições que ela de nósexige. Estas condições consistem em

que devemos nos tornar tão toleran-tes como o Cósmico, tão mentalmen-te abertos como o Cósmico, tão amo-rosos como o Cósmico, e igualmenteabrangentes ou universais em nossospensamentos e conduta. O Cósmico,como sabem os Rosacruzes, é Deusem ação por todo o Universo.

Se em nossos pensamentos e emnossa conduta somos preconceituo-sos, egoístas, invejosos, ciumentosou dados ao ódio, nenhuma harmoniacom o Cósmico pode existir, mesmoque nos entreguemos a estes senti-mentos inarmônicos apenas ocasio-nalmente. O ritmo central do nossoviver diário deve ser bondoso, amoro-so e generoso, cheio de nobre exalta-ção e compreensão solidária.

Passou a fase em que meramentelermos acerca da vida mística terá al-gum valor. Devemos transformar a te-oria em prática, todos os dias, senão per-deremos a oportunidade de um ciclo.

www.amorc.org.br

A Loja Rosacruz

Campinas realiza

todo segundo sábado

do mês, às 14h30,

uma meditação aberta

a não membros

Loja Rosacruz Campinas AMORC

Rua Nazaré Paulista, 690

Atendimento ao público: sábados,

das 14h às 18h30 - Tel.: (19) 3203-9979

Sexta-feira, 15/4, às 20h: Palestra pública - “A Lei do Amor”

Biblioteca: atendimento aos sábados, das 14h às 18h

Recantodo Poeta

Efeitos do amorConversas insanas,

Incertas...

Profanas!

Defesas seguidas: eternas feridas!

D’escombros de amores...

Estilhaços... de dores...

Palavras lançadas...

Flechas calcadas!

Ataques constantes,

São dores incessantes!

Defesas são muros...

Escudos,

... escuros!

A cura existe: de amores... consiste!

Quem ama perdoa... esquece e se doa!

O amor realiza,

... permite a conquista!

O amor alimenta...

... na alma; adentra!

O amor não se mede...

Se sente... não pede!

O amor é assim:

Se alinha...

Se aninha...

Se ajeita...

Caminha...

Na alma pequena...

Eterna... serena...

Agora então, sim:

... eu por você... e o amor cá em mim!

Juliana Perna

Ao som de umamúsica antigaNão me perguntes se te amo.

Olha bem dentro de meus olhos.

Eles te fitam como se

gritassem dentro de mim:

- Eis tua gata sempre em cio.

Tenho sede de ti,

tenho orgulho de ti,

oh! meu pequeno menino grande.

Toma-me eu teus braços.

Dança comigo ao som

dessa música cigana

que me invade a alma de poeta,

esparramando em versos

o amor que por ti eu sinto.

Rodopia comigo nesta sala

de janelas abertas para as ruas

onde perambulam vagabundos,

e vadias em noites de luar.

E tu onde estás?

Inteiramente dentro de mim,

possuindo-me pela força

de um amor que eu não sei

se existe em ti,

mas cresce cada vez mais

e, silenciosamente, dentro de mim.

Arita Damasceno Pettená

Amor, sonho e luzNos braços da via láctea, um aglomerado

de astros, manto estrelado cintilante.

Ali, edifiquei um ninho encantado

para o nosso amor. Sonhos deslumbrantes,

pelo cosmo vagando enfeitiçados,

com a nossa paixão alucinante.

Na vastidão, suspensos, impregnados

de amor, unidos vamos flutuantes.

Em peregrinação, nos teus braços,

usufruir a sólida união,

gerada com amor, pelo criador.

Profunda e irradiante, pelo espaço

magnífico de luz continuarão;

e assim continuará, o nosso amor.

Geni Fuzato Dagnoni

Page 12: Jornalzen abril 2011

JORNALZEN ABRIL/201112

A alimentação como caminho

PATRICIA ANDRADE VARELA [email protected]

Yoga Interior

O alimento é tema da vida diária de cada encarnado, seja em uma dieta vegetariana,carnívora ou simplesmente libertina. O ponto é que bem mais do que comemosnos nutre e nossa relação com o tipo de alimento – de toda ordem – que buscamosingerir em corpo e alma deflagra nossa maturidade emocional e espiritual.

Tantos entre nós comem em excesso o que é tóxico ao corpo ou ainda que,preocupados com sua saúde, são inconsequentes com a “mãe terra” e vivem exis-tências egoístas, sem sustentabilidade alguma, degradando em nome de sua sub-sistência o dadivoso presente do físico. Alimentados de culpa, raiva e tantas outrasemoções subversivas, poluem rins e fígado, sempre alheios do somatizado, comose meras vítimas de doenças – que são geradas e, graças a Deus, curadas também,por cada um de nós.

Sim, a carne não é maldição onde os deuses de nós se divertem, mas uma dá-diva ao espírito merecedor que traz em uma de suas lições o respeito pelo seuaparelho. O corpo é um caminho. A alimentação, portanto, outro.

A ayurveda, medicina indiana, assim como Hipócrates, pai da medicina, sugerea farmácia nas nossas cozinhas, o remédio no jardim, na horta, na planta! E paraesse fino estudo convido para mais um retiro de ioga que traz todo este contextocomo tema para uma vida literalmente mais gostosa, temperada e – pasmem –espiritual também! Porque não há o que seja feito ao invólucro que não seja com-pactuado pela alma.

Alimentemo-nos saudavelmente, no sentido mais abrangente da proposta,lembrando sempre que “nem só de pão vive o homem”. Consultem para retirosde alimentação, desintoxicação e jejum. Bom apetite!

Várias pessoas reclamam que não sabem

rezar. Mas, na realidade, é muito fácil. Te-

mos que rezar mais com o coração do que

com a cabeça. Acentuam-se o silêncio, a

respiração, o relaxamento dos músculos,

a pacificação do nível sentimental-emo-

cional, a concentração e a oração com o

corpo. A oração nos ensina o controle da

mente e o uso da imaginação.

Deus mora de uma maneira especial

em nosso coração, porém, com as tensões

e com o corre-corre da vida, não tomamos

consciência dessa presença. Relaxando,

nos damos conta da presença de Deus vivo

dentro de nós. Assim como quando abri-

mos a janela num quarto escuro e vemos

a luz, assim também abrindo os olhos e

os ouvidos do coração, encontramos Deus.

Da mesma forma que quando expostos ao

sol da manhã ficamos mais saudáveis, as-

sim quando ficamos em contato com o

Deus-Vivo temos uma vida mais salutar,

de onde resultam atitudes corretas, rea-

ções certas e efeitos positivos. Sim, a ora-

ção alcança para nós o poder de Deus e

nos dá força para viver a sua vontade.

Usando a imaginação, pela visualiza-

ção das coisas de Deus na oração, conse-

guimos mais habilidade para resolver

problemas. Isso causa admiração aos pe-

Pensamentos de

Padre Haroldo

Oração contemplativa

A importância da Academia de Letras na transformação do ser humano

Arita Damasceno

Pettená

da Cultura”, foi crescendo.Chegou a 1 milhão de habitan-tes. Mas o que são 80 nomespara um município que é umdos maiores em densidade de-mográfica, além de comportaralgumas universidades, inú-meros centros culturais, enti-dades outras direcionadas pa-ra as letras e para as artes?Quanta gente do lado de foraquando, merecidamente, de-veriam estar, não só pronun-

ciando palestras sobre nossos vates, nos-sos valores culturais, nossos heróis, maspassando, sobretudo, para as novas gera-ções, os princípios que regem a soberaniado país, as causas pelas quais devemos lu-tar, as coisas que nos fascinam, como ho-mens e como cidadãos.

E foi olhando tudo isso, e foi desco-brindo a cada passo indivíduos de alto co-nhecimento nas letras, nas artes e nas ci-ências, que fundada foi a Academia Campi-neira de Letras, Ciências e Artes das ForçasArmadas, a única no Brasil até o momento.E por que das Forças Armadas?

Simplesmente porque, se adentrarmosno histórico de cada uma delas, veremosque objetivos, estatutos, regimentos inter-

Transcorria o ano de 1970.Ora ministrando aulas de

língua portuguesa, ora de li-teratura, corríamos diaria-mente as classes da mais quecentenária Escola NormalCarlos Gomes. De repente otelefone toca. É Luso Ventura,um nome consagrado comojornalista, como poeta, comoescritor. E é dele que parte oconvite: “Estamos fundando

uma nova Academia. E quere-

mos você conosco.” E quando dizemos “no-va” é porque já existia na cidade a Acade-mia Campinense de Letras, um dos espa-ços culturais mais bonitos do Brasil. Depronto aderimos à ideia. É que, não de hámuito, havíamos sido premiadas em con-curso de poesia, e capacitadas nos acháva-mos para abraçar a causa. E foi assim quesurgiu a Academia Campineira de Letras eArtes. Com duas Academias agasalhandoimortais, o jornal passou a publicar, todosos domingos, suas produções, quer emcontos, crônicas e poemas. Estava dadomais um passo na concretização dos deva-neios de nossos acadêmicos, quais sejamo de se tornarem conhecidos por suas o-bras. Campinas, conhecida como “Cidade

nos em muito se assemelham, mas, quan-to aos seus integrantes, dificilmente vere-mos homens que ostentam estrelas, quevestem farda, delas façam parte quandohá verdadeiros gênios nas fileiras do Exér-cito, da Marinha, da Aeronáutica e outrascorporações similares. Conhecido, pois, ohistórico de nossas Academias, traçado operfil de nossos acadêmicos, partamos pa-ra a foto em preto e branco do que ocorreem suas quatro paredes. Mudaram muito,muito mesmo. A princípio preconceituo-sas, hoje deparamos com mulheres, nãosó como membros, mas algumas até presi-dindo-as em pé de igualdade com o ho-mem. Isto já é uma prova cabal de trans-formação do ser humano. É entender – ecustou muito – que a mulher, consideradasexo frágil, está em pé de igualdade como sexo oposto em seu ato de criar, em suasensibilidade, porque inteligência e argú-cia nunca lhe hão de faltar no trato com amatéria-prima de suas produções. Na ver-dade, aquele velho conceito de que as Aca-demias serviam apenas para se tomar cháe para bate-papo entre seus pares, isto jáé coisa do passado. Hoje, nossos acadêmi-cos não só partem para estabelecimentosde ensino, universidades, como tambémrecebem alunos de escolas, quer sejam do

Estado ou particular, ocasião em que, numverdadeiro intercâmbio cultural, mestresda palavra, autênticos formadores de opi-nião, passam as suas experiências, e oseducandos demonstram seu interessequestionando-os a cada instante.

Que mais fazem nossas Academias?Lançam, periodicamente, concursos aber-tos ao público, em todos os gêneros literá-rios, descobrindo valores até então mergu-lhados no anonimato.

Nos espaços de nossos sodalícios, ain-da, programações de alto nível culturalcom sessões lítero-musicais, exposição deartes plásticas, lançamento de livros, nãosó dos ocupantes das cadeiras, mas paraoutros artífices da palavra. Ainda desseslogradouros públicos, quantas excursõessaindo em busca das raízes de nossa his-tória. Quantos a pesquisar in loco a Gene-sis de um povo. Quantos a fazer de seussonhos, como arautos de um mundo no-vo, um caminho onde a palavra é a armamais poderosa a transformar, sempre esempre mais, seres outros que comun-gam dos mesmos ideais.

Arita Damasceno Pettená é presidente da AcademiaCampineira de Letras, Ciências e Artes das Forças [email protected]

ritos das

ciências,

das artes e da medicina.

O homem não pode atingir a Deus só

com o intelecto. Ele é ajudado, nessa tare-

fa, pelo uso correto dos sentidos, da intui-

ção e do coração. Usando corretamente

todas as suas faculdades na oração, o ho-

mem, com a Graça Divina, alcança o po-

der ilimitado de Deus.

Oração é um caminho para Deus que

dá descanso, ensina a eliminar ansiedades

e tensões que provocam a pressão arterial

alta. Reduz o hábito de fumar, beber e usar

tóxicos. Ajuda a relaxar durante o dia e a

dormir bem à noite. Faz com que a pessoa

se torne mais alerta e saiba escolher o que

é mais importante na vida. Reafirmo o va-

lor e o poder da oração e contemplação.

Sobretudo, levam a pessoa a andar na San-

ta presença de Deus Pai, Abbá, do Cristo

Cósmico, Jesus, e ser vitalizado no poder

santificador do Espírito Santo.

Que Maria, a qual contemplava to-

das as coisas, seja nossa Mestra na arte

e ciência da oração e contemplação.

Haroldo Joseph Rahm é presidente de Apot –Instituição Padre Haroldo – para alcoólatras etoxicômanos Tel.: (19) 3794-2500 – [email protected]

Page 13: Jornalzen abril 2011

JORNALZENABRIL/2011 13

Cuide do seu jardimpor Carol Ribeiro

O padrão básico de organização da

vida, que o físico teórico Fritjof Capra

define como A Teia da Vida é um ensina-mento fundamental que vem sendo resga-tado na sociedade atual, possibilitando onosso religamento com a natureza.

“Uma vez que a característica mais pro-

eminente da biosfera é a sua capacidade

inerente de sustentar a vida, uma comuni-

dade humana sustentável terá que ser pla-

nejada de maneira tal que os seus estilos

de vida, tecnologias e instituições sociais

respeitem, apoiem e cooperem com a ca-

pacidade inerente da natureza de manter

a vida.” (Capra, 1995, Prefácio)Necessitamos conhecer para preservar

a integridade dos grandes ciclos ecológicosao qual estamos inseridos. Existem muitasmaneiras de conhecer a natureza e apren-der com sua sabedoria. Uma delas podeser a prática da jardinagem. Através delanos conectamos ao essencial em nós mes-mos, estabelecendo um vínculo emocionalcom a terra. Cuidar do jardim é uma práticarevigorante e terapêutica, que nos permiteao mesmo tempo, sermos cuidadores enos sentirmos cuidados, pertencentes a es-sa grande teia da vida.

Passar alguns momentos do dia no jar-dim, contemplando o belo e o harmônicona natureza, pode nos trazer um profundo

sentimento de paz e plenitude, restabelecendovalores de amor e respeito à vida. Observar odesenvolvimento das plantas, flores, pássaros,insetos, borboletas, suas cores e perfumes...Ativar e ampliar nossos sentidos, proporcio-nando-nos diferentes sensações que levare-mos conosco ao longo do nosso dia.

Por meio dessas experiências, tomamosconsciência de que fazemos parte dessa teia eestamos inseridos num ecossistema; numa pai-sagem com uma flora e uma fauna característi-cas; num determinado sistema social e cultural;e mais ainda, num imenso complexo planetário,dentro do vasto universo que rege a orquestrada vida. A experiência da jardinagem pode nosproporcionar uma percepção do lugar a que per-tencemos, e do qual devemos cuidar.

Além disso, diversos estudos científicoscomprovam os efeitos benéficos da jardina-gem sobre a saúde. Quando praticada de for-ma habitual, aumenta a flexibilidade, reforçan-do as articulações do corpo; reduz a pressãoarterial e o estresse; relaxa os músculos; revi-taliza a energia, trabalhando vários quesitosfísicos do corpo como andar, abaixar, levantar,cavar, enterrar, dentre outras inúmeras ações,que ajudam a queimar calorias. É também bas-tante recomendada e utilizada na reabilitaçãode pacientes com problemas físicos e mentais.

Por isso, aproveite seu dia! Cuide do seujardim... Cuide de você e de todos à sua volta!Dessa forma estaremos contribuindo para ocuidado e a preservação do nosso planeta

Terra. Como já dizia o grande poeta MárioQuintana: “O segredo é não correr atrás dasborboletas... É cuidar do jardim para que elasvenham até você...”

Referência bibliográfica: Capra, Fritjof. A Teia da

Vida - Uma Nova Compreensão Científica dos

Sistemas Vivos. São Paulo: Ed. Cultrix, 1995.

A arquiteta e paisagista Carol Ribeiro

no jardim Átrio do Bem-Estar (detalhe à

direita), ambiente da Valinhos Decor 2011

INFORME PUBLICITÁRIO

Page 14: Jornalzen abril 2011

JORNALZEN14 ABRIL/2011

JOÃO BATISTA SCALFI [email protected]

A missão dos pais em todas as espécies é sempre proteger os filhos, quando es-tes ainda estão ensaiando os primeiros passos, para as futuras experiências e pre-domina o instinto da preservação da vida.

Nas criaturas humanas acrescentam-se o sentimento e a razão ao impulsoprimário, estabelecendo-se os vínculos nobres da família com objetivos nos rela-cionamentos sociais.

A família é a célula central da sociedade, cujo êxito depende do equilíbrio damesma.

Num sentido mais amplo, os seres se encontram e formam grupos afins, en-tre pessoas simpáticas, que se identificam, facilitando a concretização de metaselevadas traçadas no plano espiritual no processo de evolução pessoal e coletiva.

Quando a intemperança, a imaturidade psicológica ou o desequilíbrio pertur-bam um de seus membros e quebra a harmonia do grupo, impossibilitando aconvivência deixando sulcos morais profundos. Estes seres reencarnam-se numapróxima vida, que resultam em antipatias e animosidade, dando motivos a gravesproblemas de relacionamento.

A justiça Divina os coloca no mesmo grupo, para uma nova oportunidadecom a finalidade de renovação dos sentimentos, tendo na família um laboratório,uma escola, que através do tempo se processará a união, a amizade e o bem, ca-so contrário, se não se ajustarem nesta existência, terão que voltar a conviverjuntos até que as desavenças sejam sanadas.

É através dos laços da família que os seres aprendam na convivência, parauma sociedade mais justa.

Os pais devem ajudar os filhos no seu desenvolvimento intelectual e moral,para fazê-los progredir. Pensai que a cada pai e a cada mãe Deus perguntará: quefizestes do filho confiado à vossa guarda?

Os filhos têm a responsabilidade de amparar seus pais na velhice e na doença.Os verdadeiros laços de família não são os da consanguinidade, mas os da

simpatia e da comunhão de pensamentos que unem os espíritos antes, durantee após a sua encarnação.

Foi nesse sentido que Jesus quis dizer, quando reunido com uma multidão efoi avisado: vossa mãe e vossos irmãos estão lá fora vos chamando. Ele respondeu:quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? E olhando aqueles que estavamao seu redor disse: eis minha mãe e meus irmãos, porque todo aquele que faz avontade de Deus são meus irmãos (São Marcos cap. III v. 20, 21,31 a 35 e São Mateus

cap. XII, V. 46 a 50).Estas palavras ditas por Jesus não foram no sentido de falta de afeto para

com sua mãe e seus irmãos, mas para deixar um ensinamento que perante Deussomos todos irmãos.

A família universal é a união de todos no sentido mais amplo do amor aopróximo, a caminho da evolução.

Fontes: Divaldo Franco/ Joanna de ÂngelisEvangelho: (Allan Kardec)

Momento de Reflexão

João Batista Scalfi é presidente do Educandário “Deus e a Natureza”, de Indaiatuba

www.educandariodn.org.br

A família universal

ASTROZEN

Para você conseguir aproveitar ao má-ximo o mês de abril, é importante queentenda como é o signo de Áries, poisnesse período suas características serãoexpressas por pelo menos cinco plane-tas – Urano, Marte, Mercúrio, Júpiter eVênus, além do Sol.

Áries é o impulso inicial, quando vo-cê nasce para algo. Quando vem o ímpe-to de se soltar de algo. Apesar de abrircaminhos, não se preocupa se outros oacompanham. Se alguém o seguir, elefica feliz, mas não tem está preocupa-ção. Pode até ser considerado meio ego-ísta, mas de fato é focado em seu pro-cesso de se libertar de algo e isso é tãovital que muitas vezes não mede as con-sequências nem planeja. Por isso, lite-ralmente bate a cabeça.

Nesse seu afã por independência,nascer pra algo, se libertar, pode desen-cadear guerras, discussões, brigas, quena sua maioria acontecem por falta desegurar o impulso inicial e de refletirum pouco mais. Suas ideias são aliadasa ter uma ação, mas ainda sem refle-xão. Em sua melhor forma, é o pioneiro,desbravador. Nem que para isso tenhade fazer uma trajetória solitária.

SÁTÎT JOTÍ [email protected]

Ação com sabedoriaCom esse mesmo ímpeto, pode se en-

volver em casos amorosos, outra áreaem que esse fogo vital se manifesta e épassível de contendas e confusões. Ou se-ja, Áries é irriquieto e quer circular e ex-perimentar. É a vida em seu aspecto inicial.

Com vários planetas neste signo, éimportante observar os impulsos,ideias, ações, insights e direcioná-los deforma a obter o seu melhor. Gás nãovai faltar, aproveite-o bem. Use de sabe-doria para aproveitar tudo. Pergunte-se: como será esse projeto para o outro?Como torná-lo real?

Claro que com tanto fogo disponívelhá tendência de sair para ação sem pen-sar, mas é nesse momento que deveráusar outros recursos, para ser mais cer-teiro. Destaca-se no período entre 10 e11 de abril. São dias em que poderá fazeruma virada, o que exigirá um nível deatenção normalmente não presente emseu dia a dia. Pode se sentir mais tenso,pressionado, dentro e fora de você. Respi-re! Se se sentir sem saída, respire de novoe faça a adequação necessária, com cal-ma. É uma oportunidade única. Façabom uso dela e transforme sua vida.

Bons projetos!

Page 15: Jornalzen abril 2011

15JORNALZENABRIL/2011

MARCELO SGUASSÁBIA

Líricas Bulhufas

I“Só sei que nada sei”. Pra se saber umpor cento do que é preciso seria precisomil quinhentas e noventa e seis vidasde oitenta anos cada. A conta é essa porenquanto, amanhã aumenta, depois deamanhã nem se fala. Há um e-mailmarcado como não lido, faz 15 dias.Leio e fico sabendo que lá se foi um ca-marada meu, dos idos do rolemã e doscachorros amarrados com linguiça.Acendo mentalmente uma vela e tomoum trago à sua saúde, ou no caso, àfalta dela. Fica até chato ligar agorapra família depois da missa de sétimodia. É essa pressa maldita, besta nervosaem que se monta e se galopa sem sela,no desajeito. Desculpe aí, meu amigo. Oque faltou ser dito fica pra outra encar-nação, tá certo? Isso eu juro pra você.

IITodo conhecimento do mundo é atuali-zado a cada cinco anos. Não sei maisonde nem quando li isso, mas se sairpesquisando vou perder tonéis de infosque correm na raia 3 e chegam em cimada hora, breaking news extra-extra, plan-tões do Jornal da Globo e os outros 235canais que clamam pelo meu zapping,mendigando uma parada que justifi-que a assinatura. Mas aí toca o telefone,aí o jantar tá na mesa e aí a mesa é sóum adereço, porque já me adianta a vidase der pra comer de pé. Por favor, mequebra essa, eu não tenho o dia todo evocê sabe bem disso. No olho do sobres-salto, o jeito é partir voando. Pode ir najanelinha, no caminho eu explico tudo.

IIIA urgência de ler O Ócio Criativo, aque-le livro que fala da necessidade vital defazer coisa nenhuma. Tenho muito oque fazer antes de pôr as mãos nele, queencabeça uma pilha de 80 centímetros

Você nem queira saberde livros, quepor sua vez fazas vezes de cri-ado-mudo para o copo d’água e o lexotan.É que acordo sempre no meio da ma-drugada assustado e suando frio, naânsia de precisar saber o que não é pos-sível saber por não haver tempo hábil.

IVBasculante de spams sendo despejado.Agora não. Blogs sendo atualizados.Depois, quando baixar a poeira. Só quea poeira aumenta porque o galope aper-ta. Revistas, resenhas de fôlego, imper-díveis que se perdem. Não deixe o ina-diável pra logo mais. Sem querer cobrar,mas já cobrando, há mil lugares que vo-cê precisa conhecer antes que se despeçado mundo. Mil filmes que você precisaver de qualquer jeito, irremediavelmen-te. Antes que seja tarde, antes que algomais grave impeça, antes que uma mer-da de um Parkinson se instale precoce-mente, antes que o depois chegue deuma hora pra outra e seja o sujeito querapte, e faça refém e mate no esconderi-jo sem mesmo pedir resgate.

VEstabeleça prioridades: primeiro osclássicos, sempre. Mas pensando bemeles que esperem, afinal são clássicos evenceram a prova do tempo, essa coisaque lhe, que me, que nos falta. Conti-nuarão sendo clássicos a despeito dasua leitura, da audição que faça deles,de aplaudir ou não suas peças e seu le-gado à humanidade.“Só sei que nada sei”. Quem foi que dis-se isso mesmo? Ao Google. São Google.Tenho três minutos e meio até que o cir-co pegue fogo. Deve dar, tem que dar.Torça por mim, por favor.

Marcelo Sguassábia é redator publicitário

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Olá, meus amigos. Como pro-metido, nesta edição iremostratar das diferenças entre aumbanda e o candomblé emseus preceitos e sacrifícios.

Quem não conhece o cul-to dos orixás no Brasil, deno-minado candomblé, acha queo povo do santo, como so-mos chamados, louva o dia-bo, mata bichos e coisa e tal.Pois bem, nem o povo da um-banda, muito menos o povodo candomblé, tem o hábito de matar bi-chos e entregar nas encruzilhadas em des-pachos e oferendas para os orixás.

Quem já não viu uma entrega para Exúem uma esquina ou na mata, em cacho-eira? Todos os anos os terreiros filiados àsfederações e confederações cada vez maisestão trabalhando contra esse povo que dizser do santo. Pais e mães de santo quetêm aprendizado, que têm ensinamentos,jamais irão poluir o rio que toma banho, aágua que bebe, o chão que pisa. Nossosterreiros são nossa escola, nosso aprendi-zado. Jamais você vai ver um zelador res-peitado de santo ofertar alguma comida ouanimal em vão.

Você, que já ouviu falar que no candom-blé existe matança e que matamos bichos,sim, existe. Todas as reuniões que fazemosem nossos barracões são sempre uma fes-ta que realizamos por receber as pessoasque podemos ajudar no amanhã. É comovocê, minha amiga(o), quando recebe umapessoa que gosta em sua casa, faz ummonte de salada, pratos quentes, assados,farofa, doces e muito mais, não é? Poisbem, você está fazendo um ritual de can-domblé em sua casa para receber uma pes-soa que gosta, ou até mesmo em um ani-versário, batizado, casamento e muitas ou-tras reuniões que aqui poderíamos citar. Ocandomblé oferta aquilo que é de melhor,quando se quer o melhor, e jamais você iráquerer o pior para a sua vida. Por isso, o

INFORME PUBLICITÁRIO

candomblé dá o melhor: aquiloque é da terra, que vem do sacri-fício, do seu esforço, do seu tra-balho e daquilo que está nas suascondições. Você não vai fazerum banquete para o seu convi-dado no domingo e na segundaficar sem força ou água, não é?

Quando você faz uma lim-peza espiritual, estamos limpan-do seus caminhos com semen-tes que os pássaros nas matasirão se alimentar. Os peixes irão

comer as frutas que da mata saíram. Iremosofertar aos animais. Isso é candomblé: agra-decer a natureza pela vida que ela nos dá.Todo ritual no candomblé, antes de ser paraos orixás, tem que ser por você. O sacrifícioé teu, a responsabilidade do zelador porter mais intimidade e rezar, clamar e sabero remédio certo que irá beneficiar você esua família, mas com conhecimento e res-ponsabilidade, não depredando, deixandogarrafas, pratos, alguidás e comidas nasmatas e cachoeiras. Isso não é umbanda.Isso não é candomblé.

A sagrada umbanda brasileira não tra-balha com os rituais do candomblé. Desco-nhecemos sacrifícios ou até mesmo ofertasna umbanda e, sim, os mistérios com aservas e garrafadas, e até mesmo os banhosde defesa. Já no candomblé temos os ri-tuais de purificação e seus preceitos, quechegam até 90 dias sem carne, sem sexo,sem nenhum tipo de vício, tecnologia ouconforto. Não pode dormir na cama e simem uma esteira, banho gelado, sem televi-são, jornal ou revista que te ligue ao mundoexterno. Nesse tempo irá viver para seu ori-xá. Por esse motivo, muitos falam que pou-cos aguentam levar pelo sacrifício dos ví-cios da alma e da carne.

Um grande abraço para você. Nestemês de abril começa a era de OGUM

Nzambi nfuta auna nkosi sukula ria manzo.Deus abençoe a todos. Que Ogum protejasua casa.

Tata Hoxiluandê

(Pai Leandro de Ogum)

Nzu Hoximokumbi (Casa do Senhor Ogum), em Indaiatuba há 10 anos,não cobra consulta, numerologia e nem jogo de búzios. Tata Leandro deOgum atende às segundas, quartas, sextas e sábados, a partir das 14h.

PARA MAIORES INFORMAÇÕES E JOGO DE BÚZIOS, ENTRE EM CONTATO:[email protected] ou (19) 3875-8208 / (19) 9206-0835 / (11) 6588-6644

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JORNALZEN16 ABRIL/2011

Ouvidos de ouvir

INES S. MÁRTÎMS [email protected]

Pelos Caminhos do Coração

“Lembro a mim mesmo toda manhã: nada que eu disser neste dia me ensinará

coisa alguma. Portanto se eu pretendo aprender, devo fazê-lo através do ouvir.”

Esta frase, atribuída a Larry King, radialista e apresentador de TV norte-americano, nos faz lembrar que precisamos apurar os ouvidos, caso queiramosaprender na vida.

O momento é de expansão virtual. Passamos horas e horas em frente ao com-putador trocando mensagens e dicas para uma vida melhor, acreditando que es-se contato é suficiente para nos preencher. Porém, a prática nos consultórios deterapia vem mostrar que ‘ser ouvido’ é uma das maiores necessidades humanas.Todos querem e precisam ser ouvidos!

Será que realmente sabemos ouvir? Entender o que os outros querem nos di-zer? E, quanto aos reclames do nosso corpo? Sabemos ouvir nossas necessidadesemocionais e espirituais? Será que ouvimos com atenção a natureza que nos ro-deia? Enfim, nossos ouvidos estão apurados o suficiente e prontos para ouvir?

O dito popular ensina que temos dois ouvidos e uma só boca, talvez parapodermos ouvir duas vezes mais do que falamos. Mas, a correria da vida mo-derna, somada ao alto grau de estresse que envolve os indivíduos, torna o atode ouvir difícil ou quase impossível. No mínimo, superficial. O prejuízo é mútuo:quem fala não se sente compreendido e quem assim ouve deixa escapar a opor-tunidade de aprender.

Para ser um bom ouvinte e aprender enquanto ouve é importante ser receptivoao que chega aos ouvidos mantendo a mente aberta e flexível. Essa possibilidadese materializa quando relaxamos e ‘apenas’ ouvimos o que nos está sendo dito.

O escritor Rubem Alves brinca com o tema num de seus escritos dizendo quegostaria de oferecer um curso de “escutatória”, já que existem tantos cursos deoratória. Para o autor, parece que todos querem aprender a falar, mas, poucosquerem aprender a ouvir.

Somos um sistema integrado em pleno funcionamento, sábio por natureza,e a ele damos poucos ouvidos. Nossa alma tem muito a dizer e aprender a ouvi-la é um bom começo. Nosso corpo tem uma sabedoria inata que precisa ser ouvi-da para que se evitem os vários excessos contra ele cometidos.

Que tal iniciar um valioso exercício de conexão consigo mesmo ouvindo oseu mundo interno? Aos poucos virá a prontidão para ouvir o próximo e a natu-reza, mais livre de julgamentos e de ansiosas expectativas.

O resultado é a percepção de que somos todos conectados, de que possuímosnecessidades parecidas e de que podemos mutuamente nos ajudar.

Indaiatuba recebe série de peçasteatrais ecológicas para criançasO público de Indaiatuba está tendo a opor-tunidade de assistir pela primeira vez –e com entrada gratuita – uma série de es-petáculos teatrais infantis que buscamdespertar a consciência ecológica. As pe-ças são encenadas dentro da Escola Muni-cipal Ambiental “Bosque do Saber”.

A estreia ocorreu dia 27 de março coma peça Outra festa no céu, encenada pelo gru-po campineiro Último Tipo. O segundo es-petáculo – Coração Verde, da Companhiade Bonecos – está marcado para o dia 17de abril, em duas sessões (10h e 14h).

A terceira peça será Dr. Plástico, criadae encenada por Dalga Larrondo. A apre-sentação está marcada para o dia 5 de ju-nho, também com sessões às 10h e às 14h.

Com patrocínio da Mann+Hummel, asérie de apresentações faz parte do projetoTeatro nas Escolas, que promove apresen-tações de peças infantis para alunos de 1ªa 4ª série da rede pública. A ação é realiza-da pela Direção Cultura, produtora deeventos culturais de Campinas.

O Bosque do Saber fica Rua João Batista

D’Alessandro, 610 (Jardim do Sol).

Palco móvel no Jardim Morada do SolIndaiatuba recebe de 14 a 16 de abril opalco móvel da quarta edição do projetoConexão Cultural 2011 Tigre/ICRH. O pro-jeto – que estará na Rua Dr. Nelson Nazá-rio, no Parque Corolla (Jardim Morada doSol) – leva gratuitamente as artes cênicasàs comunidades onde uma sala de teatroé muitas vezes inacessível.

Além dos espetáculos Lurdes e Mércia

em as Estrelas do Oriente (grupo Caixa deHistórias) e Pepe Nuñez apresenta ‘Bom Ape-

tite’ (Cia. Pé de Vento), o grupo local CiaTropute Trotte estará apresentando O

maior pequeno circo do Brasil, com esquetesde circo, brincadeiras educativas, abordan-

do brasilidade, imigrantes e ecologia.No dia 14, haverá apresentações às

14h, 14h45 e 15h45; no dia 15, às 9h,10h30, 14h, 14h45 e 15h45; e no dia 16,às 9h, 10h30, 14h55 e 15h45.

Ao final dos dois primeiros dias (19h)haverá também sessão de cinema com umfilme escolhido pelo público.

Idealizado pelo Instituto Carlos Ro-berto Hansen (ICRH) e patrocinado pela Ti-gre, por meio da Lei Rouanet de Incentivoà Cultura, o projeto tem o objetivo de levarcultura, arte e entretenimento a diversoscantos do País. É voltado, principalmente,a crianças e adolescentes do interior.

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Viva Bem

BATE-PAPO

[email protected]

Estou acabada! Calma! Não é na vida pessoal, nem profissional, mas fisicamente! Explico. Resolvi pintar minha casa internamente. Pelo menos há dez anos aconteceu

a última pintura. E por consequência, há pelo menos dez anos eu só acrescentei mais li-vros e mais papéis dentro do que chamo “quarto do computador”.

Esse quarto foi transformado em biblioteca e escritório. Resolvi começar por ali agrande faxina do século 21. Tudo bem que com 11 anos de atraso!

Comecei doando livros e mais livros. Claro que não tinha milhares deles, mas essasalgumas centenas, tomavam três paredes de prateleiras. Hoje quando escrevo para vocêse a pintura terminou no dia anterior, posso ver que a biblioteca foi reduzida em 1/5, senão menos. Em compensação, algumas ONGs que estão formando suas bibliotecas, devemestar bem contentes.

Sempre tive mania de colocar dentro de livros, tudo que recebo dos amigos (bilhetinhos,cartões de Natal e aniversário, fotografias de algum evento etc). Que delícia folhear os li-vros e encontrar coisas que já nem me lembrava mais. Até umas cartas trocadas com ofamoso pintor já falecido, Iberê Camargo, eu reencontrei imaginando-as perdidas. Aindanão sei o que fazer com elas, mas foi bom ler tudo aquilo.

Também encontrei uma pasta com inúmeras cartas enviadas por amigos e familiares,no primeiro ano que me mudei para Indaiatuba. Como não existiam e-mails, foi umprazer inenarrável abrir os envelopes amarelados pelo tempo (20 anos!) e ler aquelesconteúdos tão preciosos. Alguém ainda lembra que cartas eram escritas a mão?

Enfim, a casa está linda, apesar de não ter uma parte do meu corpo sem dor. Foramdias de no mínimo três “dorflex” para aguentar o tranco. Claro que tudo culpa da falta dehábito de mexer o corpo, uma vez que tenho um anjo da guarda chamado Simone, que faztudo por mim aqui dentro (e cá entre nós, ela sim que deu duro mesmo, uma vez que eu saiade manhã para trabalhar e só voltava à noite, com exceção do final de semana, é claro).

E os pintores então? Gente, nunca em toda a minha vida encontrei pessoas assim.Eles – seu Odair e Pepe – quando terminavam o dia de pintura, até aspirador passavampara tirar a tinta velha que havia caído da parede, após muita lixa.

Nem sempre o dinheiro é a coisa mais importante na vida de uma pessoa, não é mes-mo? Nada paga a dedicação e a amizade nessas horas de “apuros”.

Tentarei – sem prometer – selecionar melhor o que é imprescindível guardar daquipara frente. E como dizem os especialistas em feng shui, tenho certeza que essa mexida

na energia da minha casa, doando o que não era mais importante para mim e jogando

o que já era lixo, vão ser para que grandes coisas boas aconteçam. Se Deus quiser.

Grande beijo!

FORNO & FOGÃO

Ingredientes:

- 1 1/2 kg de bacalhau

- 1 kg de batatas descascadas e em

fatias de 1 cm

- 1/2 kg de tomates maduros sem pele

e sem sementes cortados em quatro

partes

- 1 pimentão verde cortado em tiras

- 2 cebolas grandes em fatias grossas

- 1 colher (sopa) de alho triturado (se

gostar)

- 3 colheres (sopa) de salsinha picada

- 150 g de azeitonas pretas sem

caroço

- 1 colher (chá) de pimenta do reino

- 1 colher (chá) de noz-moscada

ralada

- 3 folhas de louro

- 1 colher (sopa) de colorau

- 1 cálice de vinho branco seco

- Caldo de dois limões

- azeite a gosto (farto)

CONHEÇA MELHOR ESTES FRUTOS DO MARPolvo: molusco de carne dura deve ser batido depois de limpo, para retirar qualquer areia

que tenha ficado em suas entranhas. Ideal para cozimento, em ensopados e refogados.

Mexilhão: chamado às vezes de marisco, esse molusco possui conchas de coloração preto-

azulada. Para preparar leve os mexilhões ao fogo por alguns minutos, para que as conchas

se abram. Descarte as que permanecerem fechadas. Pode ser ensopado, refogado ou cozido

na água ou no vapor.

Vôngole: de sabor forte, apresenta conchas de formas e tamanho variados. Devem ser cozidos

e descartados os que não se abrirem. Para preparar faça como com os mexilhões.

Lula: no Brasil atinge no máximo 15 cm de comprimento. De carne magra, esse molusco de-

ve ser ensopado, refogado ou frito. Prefira sempre as menores que são mais macias.

Lagosta: a mais comum no Brasil é uma espécie espinhuda e de carcaça vermelha, encontrada

no Norte e Nordeste. No litoral paulista é frequente a lagosta-cavaquinho, sem espinhos e

carcaça marrom escura. Crustáceo de sabor suave e delicado, a lagosta pode ser assada,

grelhada ou cozida na água ou no vapor.

Camarão: as espécies mais frequentes no Brasil são: sete barbas, rosa, branco e pitu (camarão

de água doce). Podem ser ensopados, fritos, grelhados ou cozidos na água ou no vapor.

Bacalhau aoforno especial- ESPECIAL SEXTA-FEIRA SANTA -

Preparo:

Coloque o bacalhau de molho na

véspera, trocando a água de vez em

quando. No dia seguinte, afervente-o e

retire peles e espinhos. Deixe lascas

grandes de bacalhau. Coloque todos os

outros ingredientes num refratário, menos

as batatas e o bacalhau. Tempere tudo

com um pouco de sal. Salgue com

moderação também as fatias de batatas.

Em uma travessa que possa ir ao forno,

coloque primeiro uma camada dos

ingredientes temperados, depois uma de

bacalhau e por cima as fatias de batatas.

Regue com bastante azeite. Se for o

caso, faça outra camada igual, regando

ao final com bastante azeite. Feche a

travessa com papel alumínio e leve ao

forno brando até que as batatas estejam

cozidas. Retire o papel alumínio e deixe

por mais 15 minutos para dourar. Sirva

com arroz branco e salada.

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JORNALZENABRIL/2011 19

BEM NUTRIR

Como já diz Michael Pollan, em seu livro Dilema do Onívoro, comer é algo

muito complicado para os humanos nosdias de hoje. Um dia, a ciência descobreque algo faz mal pra saúde, para depoisa associação de produtores daquele pro-duto fazer lobby no governo para promo-ver o consumo do mesmo. Você descobreuma intolerância alimentar, para depoisficar sabendo que não é necessariamenteo alimento que te faz mal, mas a formacomo é processado.

O leite é um dos campeões em deixara gente completamente confuso: na in-fância ele é empurrado nas crianças emmuita quantidade por conta do “cálciopara o crescimento dos ossos”, sempreacompanhado de chocolate e açúcar. De-pois, quando adultos, tem “o iogurte pa-ra seu intestino funcionar direitinho” epara “evitar a temida osteoporose”. Aívem uma estatística que diz que cercade 80% da população mundial não conse-gue digerir lactose (o ‘açúcar’ presentenaturalmente no leite). E finalmente des-cobrimos que as vacas conseguem seucálcio comendo folhas verdes. Hum...

Daí vem a soja para salvar os coitadosque não podem beber leite de animais,

Quitosana:aliada daboa forma

Dados da Organização Mundial deSaúde mostram uma prevalênciaglobal de obesidade. Entre as medi-das para combater o aumento daobesidade, associado à mudança dehábitos alimentares e a pratica deexercício físico, está o aumento noconsumo de fibras dietéticas.

A quitosana é um produto natu-ral obtido a partir de carapaças decrustáceos, que apresenta uma altacapacidade de se ligar a gorduras,podendo se ligar de oito a dez vezeso seu peso em gorduras, é uma fibranatural de origem animal, extraídade exoesqueleto de crustáceos.

Segundo Bruna Murta, nutricio-nista da rede Mundo Verde, a quito-sana é considerada pela Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (Anvi-sa) como alimento funcional porauxiliar na redução da absorção degordura e colesterol no corpo hu-mano, auxiliando no emagrecimen-to e na prevenção e tratamento dedoenças cardiovasculares.

De acordo com a especialista, aoser ingerida antes das refeições aquitosana se transforma em gel aoentrar em contato com o meio áci-do do estômago. “Quando as gordu-ras ingeridas na alimentação en-tram em contato com o gel de qui-tosana, são capturadas e levadaspara o intestino. As moléculas degordura envoltas no gel não sofremação das enzimas digestivas e nãosão absorvidas sendo eliminadasnas fezes”, explica Bruna.

Segundo estudos, cada gramade quitosana ingerida tem capaci-dade de capturar e eliminar até oi-to gramas de gordura ingerida,aproximadamente 80 calorias. Poresse mecanismo de ação, a quito-sana auxilia não só na diminuiçãoda gordura corporal, mas tambémna redução dos índices de coleste-rol e triglicérides.

O papel da quitosana no contro-le de diabetes também foi estudadocom bons resultados em animais.Vale lembrar que por sua origem,seu uso é contraindicado a pessoasalérgicas a frutos do mar.

Os pioneiros nos estudos e pes-quisas da fibra no Brasil foram ospesquisadores da Polymar nos labo-ratórios da Universidade Federal doCeará e que são atualmente os do-nos de patentes de produção e apli-cação da quitosana em alimentos.

Não adianta chorar pelo leite derramadoMelissa Setubal

os que querem fugir da gordura saturada,e os produtores de soja que não sabem maiso que fazer com o excesso de produçãodessa monocultura de latifúndio. Lá vemos trangênicos e mais outro alimento, quese não bem utilizado, causa ainda maistranstorno para a digestão e também parao sistema endócrino e hormônios. Cheiode açúcar e adoçantes artificiais, claro,porque senão ninguém consegue chegarperto de tão ruim que é o gosto.

No meu caso, ao descobrir por contaprópria minha sensitividade ao leite ederivados, que inclui sintomas como en-xaqueca e má digestão, e por simples-mente não suportar leite de soja, fiqueinuma encruzilhada. Comecei a consumiros “leites alternativos” de amêndoas e

de arroz vendidos em caixinha. Só paradescobrir que eles vêm carregados deconservantes, açúcar e adoçantes, e des-provido de qualquer fibra naturalmentepresente nesses alimentos.

Foi então que aprendi a fazer eu mesmameus leites em casa, de forma rápida, sim-ples e conveniente, podendo conservarem geladeira em garrafa de vidro fechadapor até quatro dias. Eu uso para substituiro leite de vaca em receitas, como bolos epanquecas, e também para tomar.

É só pegar uma xícara de amêndoaspara três xícaras de água, bater no liquidi-ficador e está pronto! Se quiser mais lisi-nho porque não gosta da textura, é só co-ar, mas aí tira as fibras. Lembre-se de agi-tar quando for beber/usar. Use um ado-çante natural mais suave para dar gosto.Você também pode fazer com avelãs, no-zes, semente de girassol, arroz, aveia, mu-dando a proporção de água a gosto.

Minha versão de chocolate quente fa-vorita é usando esse leite (de avelãs paradar um gostinho “nutella”), cacau em pó,adoçar um pouquinho com xarope debordo (maple). Fica melhor que a versãocom leite, juro!

Melissa Setubal é coach de saúde integrativa e

especialista em saúde da mulher

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