jornalzen novembro 2011

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JORNALZEN ANO 7 NOVEMBRO/2011 nº 81 R$ 1,50 www.jornalzen.com.br AUTOCONHECIMENTO SAÚDE CULTURA BEM-ESTAR CIDADANIA ZEN ZEN ZEN ZEN ZEN TREVISTA Pavitra Shakti Shankar Silvia Lá Mon Pág. 3 ARTIGOS Medicina natural e ancestral Pág. 15 Saúde por inteiro: alimentação saudável Pág. 19 NOVA COLUNA Roberta Montaldi De Angelis é a nova colunista do JORNALZEN. Natural de Campinas, 29 anos, ela é graduada em Turismo pela PUC-Campinas e especialista em Planejamento e Marketing pelo Senac de Águas de São Pedro. Em 2005 iniciou seus estudos na área holística, na qual trabalha e ministra cursos auxiliando na busca pelo autoconhecimento e no reequilíbrio físico, mental, emocional e espiritual por meio da acupuntura, massagens terapêuticas, quiropatia, terapia floral, fitoterapia, reiki e cura quân- tica estelar. Roberta estreia escrevendo sobre Yin e Yang. Pág. 15 Arquivo pessoal Viva Bem Pág. 18 CULTURAZEN ZEN ZEN ZEN ZEN Pág. 10 Fotos: Silvia Lá Mon

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Jornal mensal referência em terapias holísticas, saúde, cultura, educação, bem-estar e qualidade de vida. Há seis anos no mercado, circula em oito cidades da região de Campinas (SP).

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Page 1: Jornalzen Novembro 2011

JORNALZENANO 7 NOVEMBRO/2011 nº 81 R$ 1,50 www.jornalzen.com.br

AUTOCONHECIMENTO • SAÚDE • CULTURA • BEM-ESTAR • CIDADANIA

ZENZENZENZENZENTREVISTA

PavitraShakti

Shankar

Silvia Lá Mon

Pág. 3

ARTIGOS

Medicina naturale ancestral

Pág. 15

Saúde por inteiro:alimentação saudável

Pág. 19

NOVA COLUNA Roberta Montaldi De Angelis é a nova colunistado JORNALZEN. Natural de Campinas, 29 anos, ela é graduadaem Turismo pela PUC-Campinas e especialista em Planejamentoe Marketing pelo Senac de Águas de São Pedro. Em 2005 iniciouseus estudos na área holística, na qual trabalha e ministra cursosauxiliando na busca pelo autoconhecimento e no reequilíbrio físico,mental, emocional e espiritual por meio da acupuntura, massagensterapêuticas, quiropatia, terapia floral, fitoterapia, reiki e cura quân-tica estelar. Roberta estreia escrevendo sobre Yin e Yang. Pág. 15

Arquivo pessoal

Viva BemPág. 18

CULTURAZENZENZENZENZEN

Pág. 10

Fotos: Silvia Lá Mon

Page 2: Jornalzen Novembro 2011

JORNALZEN2 NOVEMBRO/2011

AGENDAZENZENZENZENZENCAMPINAS

ALIMENTAÇÃO22/11, às 8h30 – palestra “O que e comocomer? – Orientações práticas para umaalimentação mais consciente”, com a médi-ca Eloísa Cavassani Pimentel, no auditóriodo Museu de História Natural (Rua CoronelQuirino, 2 - Bosque dos Jequitibás). Abertoao público. Mais informações: (19) 3295-5840

CONSTELAÇÃO FAMILIAR27/11, das 8h30 às 13h30 – workshop comAntonio Carlos Abreu (Toni). Local: RuaSampaixo Peixoto, 29 (Cambuí). Realiza-ção: IPEC-Instituto de Pesquisa e Estudoda Consciência. Inscrições e mais informa-ções: (19) 3252-1565

DISCOS VOADORES17/11, às 19h – palestra com o professorCarlos Mazzei, no Cenapec – BibliotecaAdir Gigliotti (Rua Mogi das Cruzes, 255 -Chácara de Barra). Aberto ao público. Maisinformações: (19) 3294-7801 e 2121-3633 ENEAGRAMA19/11, das 8h30 às 19h – workshop com aprofessora Denise dos Ouros Vicentin, noInstituto Humanitatis (Rua Novo Horizonte,585 - Chácara da Barra). Inscrições e maisinformações: [email protected] [email protected] ou (11) 3964-1866, (19) 3258-4767 e (11) 8365-0301

LANÇAMENTO DE LIVRO19/11, das 19h30 às 21h30 – lançamentoe noite de autógrafos de Mantras para o

dia a dia, de Márcio Assumpção e Rosânge-la Bassoli, na Livraria Cultura (Shopping Igua-temi). Mais informações: (19) 3751-4033

MEDITAÇÃO TRANSCENDENTAL21/11, às 19h30 – palestra introdutória naRua José de Campos Novaes, 256 (Guana-bara). Aberto ao público. Vagas limitadas. Maisinformações: (19) 3237-3388 e 3237-3516

METAFÍSICA E QUALIDADE DE VIDA9/11, às 19h30 – palestra com LeonardoRegalino, na Eccorretto (Rua José Ferreirade Camargo, 15 - Nova Campinas). Abertoao público. Mais informações: (19) 3255-5055 e 8111-0748

ORQUÍDEAS19 e 20/11 – 14ª Exposição Nacional deOrquídeas, no Instituto Cultura Nipo-Brasi-leiro (Rua Camargo Pires, 118 - Jardim Gua-nabara). Curso de Cultivo Básico e praçade alimentação. Aberto ao público. Maisinformações: (19) 3241-6371

JORNALZENDIRETORA

Silvia Lá Mon

nossa missão: Informar para Transformar

EDITORJorge Ribeiro Neto

JORNALISTARESPONSÁVELMTB 25.508

circulação: Campinas, Indaiatuba, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo

Redação: (19) 3324-2158Comercial: (19) [email protected]

www.jornalzen.com.br

PONTOS DE VENDA DO JORNALZENCAMPINAS

ALPHAVILLECAFÉ VILLA PONTINI - AlphaMall

BARÃO GERALDOBANCA CENTRAL - Avenida Santa Isabel, 20BANCA DO AMARAL - Avenida Santa Isabel, 404BANCA DO LÉO - Avenida Romeu Tórtima, 283BARÃO ERVAS - Avenida Santa Isabel, 506ESPAÇO UNGAMBIKKULA Avenida Santa Isabel, 1.834GUENA - Rua Manoel Antunes Novo, 778 (Pça. do Coco)IDEAL REFEIÇÕES - Rua Vital Brasil, 200NATURALMENTE - Avenida Albino J. B. de Oliveira, 1.905

BOSQUEBANCA DO BOSQUE - Avenida Moraes Sales, 1.748

CAMBUÍBANCA CAMBUÍ - Rua Cel. Quirino (ao lado Massa Pura)BANCA DONA SINHÁ - Rua Capitão Francisco de PaulaBANCA MARIA MONTEIRO - Rua Maria Monteiro, 1.201BANCA RIVIERA - Rua Coronel Silva Teles, 37BANCA SANTA CRUZ - Rua Santa Cruz, 176BUONA SALUTE - Rua General Osório, 1.761

CASTELOBANCA AKAMINE - Rua Barbosa de Andrade (esquinac/ padaria Pão do Castelo)BANCA NAKAZONE - Avenida Andrade Neves (balão)

CENTROALMAZEN - Rua Barreto Leme, 1.259BANCA ANCHIETA - Rua Barreto Leme, 1.425BANCA CONCEIÇÃO - Rua ConceiçãoBANCA DO ALEMÃO - Rua General Osório, 986BANCA DO ANTÔNIO - Avenida Moraes Sales, 1.122BANCA DO STEPHAN - Avenida Barão de Jaguara, 1.215BANCA PUCC - Avenida Francisco Glicério, 1.580BANCA REAL DISNEY - Rua General Osório, 1.325CASULO ALIMENTOS - Rua Luzitana, 1.433 - loja 2

CHÁCARA DA BARRACENAPEC - Rua Mogi das Cruzes, 255

CIDADE UNIVERSITÁRIABANCA BARÃO - Avenida 2 - Atílio Martini, 50BANCA CIDADE UNIVERSITÁRIA - Rua RuberleyBoareto da Silva, 1.015

FLAMBOYANTBANCA PAINEIRAS - Rua Jesuíno Marcondes Machado, 2.574BANCA DO ISMAEL - Rua Mogi Guaçu (em frente àpadaria Abelha Gulosa)

GUANABARABANCA BRASIL Rua Joana de Gusmão, s/nºBANCA DO DIRCEU - Rua Oliveira Cardoso, 62BANCA DO SÉRGIO - Rua Carolina Florence, 241

IGUATEMILIVRARIA CULTURA (Shopping Iguatemi)

NOVA CAMPINASBANCA INCA - Avenida Engenheiro Carlos Stevenson, s/nº

PROENÇABANCA DO ROBERTO - Avenida Princesa D’Oeste, 994

SANTA GENEBRABANCA SANTA GENEBRA Avenida Pamplona, s/nº

SOUSASAVIS RARA Rua Rei Salomão, 295BANCA SAN CONRADO Avenida San Conrado, s/nºBANCA RICCO PANE Avenida Antônio Carlos C. Barros, 871EMPÓRIO ROTA JOAQUIM Avenida José ConceiçãoAlves, 33B (Jardim Belmonte)

TAQUARALBANCA DO EDUARDO - Rua Thomaz Alva Edson, 115BANCA TAQUARAL - Rua Paula Bueno, 1.260

VILA NOVABANCA VILA NOVA - Avenida Imperatriz Leopoldina, 100

INDAIATUBA*

CENTROBOTICA ANTICA - Rua Pe. Bento Pacheco, 1.160BRUMAT - Rua 11 de Junho, 711CINE CAFÉ - Shopping Jaraguá (Rua Humaitá, 773)TAPIOCA DA LUA Rua Pedro de Toledo, 239

CIDADE NOVABAZAR 13 - Rua 13 de Maio, 1.179HUNGRY TIGER - Avenida Presidente Kennedy, 496

RECREIO CAMPESTRE JOIAUIRAPURU (loja conveniência Posto Shell, ao lado doHabib’s) - Avenida Francisco de Paula Leite, 3.385

VILA NOSSA SENHORA APARECIDAPANIFICADORA A-REAL - Rua Candelária, 1.828SAÚDE NATURAL - Rua Candelária, 1.751

VILA SUÍÇAPANIFICADORA NOVA SUÍÇA - Rua Pedro de Toledo, 1.855

* e em todas as bancas da cidade

HOLAMBRA

ESPAÇO CULTURAL TERRA VIVA - Avenida Rota dosBandeirantes, 605

JAGUARIÚNA*

NATU ERVAS - Rua Cândido Bueno, 885 (Centro)

* e em todas as bancas da cidade

VALINHOS

VINHEDO*

em todas as bancas da cidade

DUE MONDY - Rua Eduardo Ferragut, 145 (Jardim Itália)EMPÓRIO JF - Avenida dos Imigrantes, 575 (JardimItália)

* e em todas as bancas da cidade

ÁGUA EM FLOR - Rua Barão de Campinas, 237 (Centro)CASA DO NATURALISTA - Largo do Rosário, 131 (Centro)

AMPARO

CARO LEITOR: caso não encontre o

JORNALZEN, ligue: (19) 3324-2159

PROFECIAS24/11, às 19h – palestra com o professorCarlos Mazzei, no Cenapec – BibliotecaAdir Gigliotti (Rua Mogi das Cruzes, 255 -Chácara de Barra). Aberto ao público. Maisinformações: (19) 3294-7801 e 2121-3633

REFLEXOLOGIA4/12, das 8h às 17h – curso “Conquistandoo bem-estar”, com André Hinsberg e TidaTorres, no Tabebuia Saúde (Rua Mogi Gua-çu, 696 - Jardim Flamboyant). Mais infor-mações: (19) 3029-2346 (depois das 13h)ou [email protected]

REIKI 127/11, das 9h às 17h – curso de ReikiUsui Tradicional Tibetano I e II. Mais infor-mações: (19) 9162-1685, com Roberta, ourobertadeangelis.blogspot.com (em ‘Cursos’)

REIKI 2 4/12, das 9h às 17hs – curso de Reiki UsuiTradicional Tibetano III-A. Mais informações:(19) 9162-1685 com Roberta, ou robertadeangelis.blogspot.com (em ‘Cursos’) YOGA CRISTÃ18 a 20/11 – curso com Padre HaroldoRahm, no Centro de Eventos Loyola/Insti-tuição Padre Haroldo (Rua Dr. João Quirinodo Nascimento, 1.601 - Vila Brandina). Ins-crições e mais informações: (19) 3794-2509e 3794-2528 ou www.yogacrista.org.br

INDAIATUBA

MASSAGEM GRÁTIS19/11, das 9h às 18h – 1° Dia da MassagemSolidária, no Instituto Kadoish (Rua Volun-tário João dos Santos, 1.607 - Centro). Interes-sados devem levar 5 quilos de arroz. Maisinformações: (19) 3816-6285 e 9720-0232

VALINHOS

FENG SHUIa partir de 16/11, das 19h às 22h – cursoclássico com Valéria Avallone, no NúcleoVidas Espaço Terapêutico (Rua das VitóriasRégias, 452-F - Jardim dos Vitórias Ré-gias). Inscrições e mais informações: (19) 3869-1311 ou [email protected]

VINHEDO

AUTOCONHECIMENTO27/11, das 8h às 18h – Seminário “Mistériose Revelações” (2° Encontro Regional deIniciação ao Conhecimento Oculto), no Re-canto Campestre Vinhedo (Rua Camélia,s/n – Bairro Capela). Mais informações:(19) 3876-3357 ou [email protected]

Page 3: Jornalzen Novembro 2011

JORNALZEN 3NOVEMBRO/2011

Pavitra Shakti Shankar é um líder por natureza. Desde o primeiro ano devida convive com uma deficiência fí-

sica – osteomielite, uma infecção óssea –que não o impediu de buscar suas realiza-ções, principalmente as voltadas à espiri-tualidade e à arte. “Meus pais me criaramcomo se eu não tivesse um problema físicoe isso preservou minha liberdade. Fazia tu-do o que os meninos da minha idade fa-ziam. Com isso, minha criatividade tam-bém foi preservada”, conta. Nascido emSantos, Pavitra está em Campinas há 22anos. Antes, morou em Atibaia, onde, vi-vendo como monge, fez um mergulho in-terno que, em suas palavras, significou umrenascimento. Músico e terapeuta trans-pessoal, criou com alguns de seus alunosuma cooperativa cultural que se tornoucompanhia artística, a Ungambikkula, nodistrito campineiro de Barão Geraldo. Lide-rado por Pavitra, o grupo mantém um im-ponente espaço decorado com pinturas xa-mânicas e mandalas policromadas criadaspelos próprios integrantes. Eles se divi-dem nas tarefas da administração de umcafé, uma livraria e na produção e apresen-tação de shows musicais e eventos. Em2004, iniciaram um trabalho singular commúsicas sagradas de diversos países e tra-dições. O som do conjunto recebe grandeinfluência dos aborígenes australianos, eseu nome, segundo a mitologia daquelapopulação, é dado aos seres que, sob a for-ma de animais, vegetais e humanos, se-mearam a vida no planeta. Os nove inte-grantes apresentam músicas de própriaautoria inspiradas nas vertentes da world

music, além de mantras indianos, mesclan-do arranjos vocais à sonoridade de instru-mentos ancestrais de outros povos e cultu-ras. “Nossa música é para elevar, para re-flexão, para dar um sentido a quem a ouve,continuando com a proposta de contribuircom a elevação da consciência humana”,define Pavitra, autor da maioria das letrasdo grupo. Aos 57 anos, o líder do Ungam-bikkula recebeu o JORNALZEN para aentrevista exclusiva a seguir.

Como a músi-ca entrou emsua vida?

Venho deuma família demúsicos e mi-nha casa tinhamuitas festasmusicais. Meupai tocava numa banda de jazz e num con-junto de chorinho regional. Nessa épocaera o auge do “Fino da Bossa”. Dos 14 aos20 e poucos anos me dediquei à musica.Participei de várias bandas, festivais e gru-pos de teatro. Vivia tudo isso como se nãotivesse nenhum defeito físico. Na verdade,eu cantava desde os 6 anos de idade.

Em que momento você iniciou a buscapela espiritualidade?

Eu também venho de uma família mui-to espiritualizada. Estudei em colégio depadre e meu pai vinha da umbanda. Teveuma época em que minha mãe se voltoupara Testemunhas de Jeová. Eu olhava tu-do aquilo, mas nada me interessava. Nãosignificava nada para mim. Certa vez, numacampamento, subi numa montanha e

ZENZENZENZENZENTREVISTA Pavitra Shakti Shankar

ELEVANDO A CONSCIÊNCIATerapeuta lidera grupo que mantém espaço cultural e apresentamúsicas para reflexão cuja influência remonta a povos ancestrais

pedi orientação a Deus para me mostrar oque fazer de minha vida. Fiz uma oraçãosincera, do meu jeito e assim que voltei,um amigo me falou de um iogue que haviachegado na cidade. Fui conhecê-lo e fre-quentei seu trabalho por alguns anos. Erana linha de Ramana Maharshi, um granderepresentante da sabedoria indiana no sé-culo 20. Esse treinamento despertou emmim uma abertura de consciência. Come-cei a sentir novas possibilidades na minhapercepção. Recebi o nome de Pavitra ShaktiShankar aos 22 anos com um monge da

organizaçãoAnanda Marga.É curioso, por-que a partir domomento emque recebi es-se nome se de-sencaderammudanças emminha vida,

em minha personalidade, em minha psi-que. Fui para um templo em São Paulo efiquei lá um tempo tentando entender oque se passava comigo. Depois de recebertodas as iniciações devidas, mudei paraAtibaia, onde passei a conduzir um tem-plo. Levava uma vida de monastério commuita austeridade, com muitas horas demeditações e celibato. Eu tinha a curiosi-dade de saber o que acontece quando se-guimos um dogma, pois ao mesmo tempoem que tinha uma reverência com relaçãoàs religiões, eu também era muito irreve-rente. Tinha um conflito com os dogmas.Experimentei algumas coisas que acheique faziam sentido. Outras faziam sentidosó para mim e fui tirando conclusões sobrea percepção do estado de consciência alte-rada. Quando você amplia sua percepção

Silvia Lá Mon

interna, vai ampliando a percepção exter-na e a partir disso surge a espiritualidade,essa consciência de Deus, que é o recursoda própria integração pessoal. Costumo di-zer aos meus alunos que existem coisasque você gosta e fazem mal; existem coisasque você não gosta e fazem mal; existemcoisas que você gosta e fazem bem; e coi-sas que você não gosta e fazem bem. Aresponsabilidade de selecionar as coisas émuito pessoal. É o próprio exercício de cons-ciência e se você zela por ela, vai ampliá-la. A partir daí, vale a pena dançar, cantar,amar, trabalhar.

Para você, o e-xercício da es-piritualidade sedá por intermé-dio da música?

Hoje, sim. Al-go muito inte-ressante existena consciência humana, que chamamoshoje de experiência de pico. Você experi-menta coisas e existe a sacralidade, a bele-za interior, onde existe o mágico, o numi-noso, o algo a mais que dá um sentido paraa vida. A experiência de pico é rápida, masse torna referência para sua busca. Essaexperiência o cristão vai chamar de Cristoe o budista, de Buda. Quando você tem es-sa experiência de algo maravilhoso, vocêassocia e projeta em algo que você gosta.Aquilo traz como consequência um estadode beleza, gratidão e mais respeitador pa-ra as trocas e a convivência que acaba be-neficiando o todo. A partir desse momentovocê passa a querer reproduzir esse estadode beleza e gratidão em tudo o que faz e aisso eu chamo de evolução. Buscava tudoisso na música, sentado na minha cama,

no meu quarto com meu violão. Veio a ca-pacidade de aprofundar a percepção e pro-curar traduzir isso em palavras, em ati-tudes ou em sons. É mais fácil em sons.

Percebe-se no grupo Ungambikkula umapreocupação na busca pela perfeição dasonoridade e da técnica com a intençãode elevar o público que a assiste. É isso?

A nossa fé é essa. A gente procura criarcondições para que a pessoa se cure. Inclu-sive usamos conceitos da musicoterapia.Em vez de falar em cura, eu prefiro dizerque ao longo da história da humanidadeexistem registros arquetípicos de passa-gem da consciência humana, por exemplo,uma passagem da criação do Pai Nosso, acriação da música Ave Maria ou os mantrasindianos. As pessoas têm essas passagensde registro porque a nossa estrutura socialvem primordialmente desses mitos ou ar-quétipos. Nós pegamos todas essas ora-ções, esses registros e emprestamos umasonoridade para isso, sem se fixar num va-lor específico de um país, mas ao contrário:misturamos tudo. O show é como se fosseuma tribo do futuro, que passa a pegar osfragmentos de registros da passagem detoda consciência humana, tentando dra-maticamente preservar os valores primor-diais para reconstruir a moral da sociedade.Tenho uma séria preocupação com a situa-ção planetária. A gente vê que tem umacoisa esquisita e que é promovida pelaconsciência humana. Procuramos resgataralguns valores de conduta, de nobreza, deautopreservação e ajudar a abrir a percep-ção para novas coisas que possam contri-buir para a sobrevivência e a convivência.

Como você ana-lisa o JORNALZEN,que tem a pro-posta de mostraro que está sendoconstruído e aspessoas que que-rem construircoisas novas?

Achei muito interessante porque vocêsfocam essa questão da consciência huma-na. Em uma de minhas experiências coma manifestação espiritual, um ser falou oseguinte: “Vamos contaminá-los com asnossas virtudes”. Eu acredito nisso. Achofundamental a proposta do jornal. Não sóele tem de crescer como outros têm de nas-cer . O mundo precisa direcionar a consci-ência para outra direção. O trabalho não ésó de destruição à dor. Temos de dissolverde um lado e construir em outra direção.

Que mensagem gostaria de deixar paranossos leitores?

Quem é sincero não fica confuso. Essacoisa de ficar justificando na confusão oseu rancor não é verdade. Quando você es-tiver em dúvida de algo, lembre-se disso.

“Tenho séria preocupação

com a situação planetária.

Uma coisa que é produzida

pela consciência humana.”

“Quando você amplia a sua

percepção interna, amplia a

percepção externa e a partir

disso surge a espiritualidade”

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JORNALZEN4 NOVEMBRO/2011

Silvia Lá Mon

Reflexão pré-natalina (1)E chegamos novamente ao final de maisum ano. O cheiro de Natal já está no ar.Desde criança, quando começa o mês denovembro, sinto o cheiro de uma palmei-ra que me lembra o Natal.

Sim, sobrevivemos a mais um ano

difícil, creio que para a maioria dosmortais. Neste tempo também nos as-sola uma inevitável reflexão de avalia-ção de nossa conduta, dos sucessos efracassos que tivemos e as expectativascom relação ao que virá, apesar de ter-mos o entendimento de que só encon-tramos as respostas e a felicidade navivência do aqui-agora.

De minha parte, posso abrir o cora-ção com você, leitor, e dizer que ultima-mente tenho pedido para ser mostradoa mim sinais e insights de como proce-der a partir de agora, unicamente pelopropósito maior que minha alma esco-lhe, estando de acordo com o PropósitoDivino que nos foi traçado. Para isso, emminhas meditações tenho feito uma ora-ção ao Espírito Santo, a qual transcrevo

a seguir, e quetambém pos-sam usá-la, ca-so essas pala-vras tomem eco em seus corações:

“Espírito Santo, tu és a alma de mi-nha alma! Adoro-te humildemente. Ilu-mina-me, dirigi-me, conduze-me, for-talece-me, consola-me. Revela-me teusdesejos, tanto quanto corresponderaos planos do eterno Pai. Faze-me co-nhecer o que o amor eterno deseja demim. Faze-me conhecer o que devofazer. Faze-me conhecer o que devosofrer. Faze-me conhecer o que devo,aceitar em silêncio, modéstia e refle-xão, carregar ou suportar. Sim, EspíritoSanto, faze-me conhecer tua vontadee a vontade do Pai, pois quero que todaa minha vida não seja senão um contí-nuo e perene SIM aos desejos e a von-tade do eterno Pai.”

Amém. Paz profunda a todos.

cronicasdesilamon.blogspot.com

Amor e medo

LUIZ ANTÔNIO TREVIZANI [email protected]

LUZ DA CONSCIÊNCIA

Amor e medo são as duas forças que movem o ser humano; a humanidade. Ou nosmovemos pelo amor ou pelo medo, nunca pelos dois ao mesmo tempo. Quandoum aparece o outro sai, porque os dois são incompatíveis entre si. Onde há medoé porque o amor deixou de estar; onde o amor entra o medo desaparece. Mesmoque haja amor no ser humano, ao surgir o medo ele se esquece do amor e se fechaem si, tornando-se egotista, com exagerado sentimento de seu eu.

A diminuta janela do medo, por vezes, torna-se mais poderosa que a imensaabertura do amor a ponto de o ser humano se permitir destruir as suas aspiraçõesmais nobres. Medo é imaginação, por isso, pela sua diminuta fresta tudo o que sevê é muito pouco para ser a verdade, ou mesmo partes dela, e a imaginação nosleva a criar uma realidade compatível com as nossas aspirações egotistas de segu-rança, desconfiança e proteção.

Somos muito pequenos diante da grandeza e força do amor, que fortalece e en-grandece a alma, mas nos tornamos ainda menores diante do medo, que enfraquecee encolhe a alma. Render-se ao amor é uma atitude corajosa de renuncia ao egotismo,e exige confiança absoluta na sua natureza imprevisível. Nunca se sabe onde o amornos levará. Ele pode transformar toda uma vida, com perdas importantes para o egoque se vê exageradamente confiante em seu sentimento de poder, posse e segurança.

No medo as atitudes humanas são de desconfiança, prevenção e suspeitasguiadas pelo excessivo egotismo, uma exagerada dimensão de suas necessidadespessoais, e não há confiança nem em si mesmo e tão pouco no outro. Não há con-fiança na sua capacidade de encarar a vida com amor e se bancar com seus própriossentimentos. Há uma necessidade constante de apoio e controle.

O amor é paradoxal, e escapa de qualquer zona de segurança para voar sem li-mites, mas o ego não suporta tanta liberdade, pois ele representa o eu desejoso decontrole. O primeiro amor a despertar no ser humano deve ser o amor próprio. Semamor por si nenhum ser pode amar a outro. É uma questão lógica, pois o que nãose tem também não pode ser compartilhado. A confiança que surge a partir do amoré uma atitude que afiança a capacidade de lidar com todo tipo de sentimentos, semnecessidade de controlá-los. Dar vazão ao amor nos conduz a uma atitude elevadade confiança na vida, em nossa grandeza divina e nas leis que regem a física do universo.

Quase toda humanidade está sob o domínio do medo, por isso, há pouco amor,quase nenhuma confiança e muita maldade no mundo. A maldade surge a partir daausência de amor. Ela é filha do medo que gera desconfiança, que leva à imaginaçãosuspeitosa, que se enquadra como preconceito. A partir de um conceito pré-formado,quase sempre enganoso, acontece o julgamento indevido sobre a natureza das coisas.Por outro lado, quando firmado no eixo de seu self, o ser humano rende-se ao amore então a mente se transforma e surge a percepção do todo antes da necessidade doeu egotista, e um sentimento de gratidão preenche todo seu ser.

PANORAMA

Portal de reciclagemO portal rotadareciclagem.com.br,

criado para facilitar a localização de coo-perativas e pontos de entrega voluntá-ria de materiais recicláveis, completoutrês anos de existência. Desde sua cria-ção foram feitas mais de 400 mil pesqui-sas sobre informações das cooperativasde coleta e triagem de materiais em to-do o país. O portal conta com cerca de 3 milpontos de coleta seletiva cadastrados.

Energia sustentávelPor meio do programa Rede Comu-

nidade, a CPFL Paulista substituiu cercade 440 geladeiras antigas no residencialJardim Bassoli, em Campinas. A inicia-tiva visa promover a utilização racionalda energia elétrica e o combate ao des-perdício, já que as novas geladeiras pos-suem consumo mais eficiente. Junta-mente com as prefeituras, são selecio-nados bairros carentes a serem contem-plados com as ações.

ESPM SocialA ESPM Social, instituição fundada

por alunos e professores da Escola Supe-rior de Propaganda e Marketing, anga-riou no mês passado, por meio de umleilão, fundos para a expansão do hospi-tal do Grupo de Apoio ao Adolescente eà Criança com Câncer. Interessados emparticipar do projeto com doações de-vem entrar em contato pelo telefone(11) 5085-6672 ou pelos e-mails bemna

[email protected] e [email protected]

Concurso literárioAbertas até 30 de novembro as ins-

crições para o 13º Prêmio Literário Es-critor Universitário “Alceu Amoroso Li-ma” (Tristão de Ataíde), promoção doCentro de Integração Empresa-Escolaem parceira com a Academia Brasileirade Letras. O concurso é aberto a estu-dantes regularmente matriculados eminstituições de ensino superior. Mais in-formações: www.ciee.org.br/portal/

institucional/premio/abl/index2011.asp .

Doação de livrosO Rotary Club de Campinas iniciou

uma campanha permanente de doaçãode livros. O objetivo é fazer distribui-ções em escolas públicas conforme asnecessidades de cada região. O projetotambém tem por objetivo levar conta-dores de história e instalar pontos deleitura, além de organizar e alocar o ma-terial. Mais informações pelos telefones(19) 3276-0654 e 9163-9214.

Especial de NatalO Centro de Poesia e Arte de Campi-

nas (Cepac) promove dia 26 de novem-bro seu tradicional evento natalino. Acompanhia de teatro Cenarte encenaráo nascimento de Cristo. Haverá, ainda,atrações musicais e declamação de poe-sias. Os presentes poderão fazer testede pressão e glicemia. Aberto ao públi-co, o evento terá início às 15h, na Acade-mia Campinense de Letras (Rua Mare-chal Deodoro, 525 - Centro).

Page 5: Jornalzen Novembro 2011

5NOVEMBRO/2011 JORNALZEN

O IPEC – Instituto de Pesquisa e Estudoda Consciência foi fundado em 2003,mas vocês juntos têm uma trajetóriamuito anterior. Como foi esse caminho?

O aspecto transcendente do ser huma-no é algo que sempre esteve presente emnossas vidas. Durante a graduação surgi-ram muitos questionamentos sobre a pos-sibilidade de integrar espiritualidade e ciên-cia. A partir daí fizemos várias formaçõespara melhor compreender a dinâmica dohomem multidimensional, tais como: psico-logia transpessoal, constelação familiar,antroposofia, regressão de memória, entreoutras. Fazer a integração desses conheci-mentos de uma forma estruturada e coe-rente que pudesse ser aplicada no proces-so psicoterápico tornou-se um desafio. A in-quietação resultante desse conjunto de ideiase práticas teve início através de uma jorna-da pessoal e depois, passou a ser um de-safio profissional. Aos poucos foi sendo de-lineado e estruturado um curso com abor-dagem transpessoal, que também foi sen-do aprimorado, resultando no que hoje édenominado de PIMC – Psicoterapia In-tegrativa da Memória e Consciência. OIPEC surgiu de um desejo de que outrosprofissionais pudessem conhecer e tam-bém praticar os conhecimentos da aborda-gem transpessoal, através da psicoterapia,de cursos, palestras, workshops e supervi-são clínica relacionados à saúde mental efísica, visando uma melhor qualidade de vida.

No que consiste a visão transpessoaldentro da psicologia?

A psicologia transpessoal é considera-da a quarta força da psicologia, que incluio aspecto da espiritualidade como umaparte natural do ser humano, partindo deuma visão do Homem como um ser multidi-mensional. Isto implica que além do in-

consciente relacionado às nossas “sombras”,temos também um inconsciente superior, deonde provém um potencial curativo e criativotransformador. Esse potencial é exploradoamplamente nos processos psicoterápicosatravés de inúmeras técnicas de expansãoda consciência. O foco básico desse trabalhoé resgatar a unidade essencial do ser huma-no, integrando os aspectos da vivência cogni-tiva, emocional, sensorial e intuitiva/espiritua-lidade (transcendência). A perspectiva trans-pessoal não entra em choque com nenhumaabordagem psicológica existente, pelo fatode entender que cada abordagem parte deuma visão de homem diferente em funçãode diferentes estados de consciência e depercepção da realidade que cada uma está

ancorada. Todas estão coerentes com o refe-rencial a que estão ligadas. O cuidado quetemos que tomar é o de não usar um ou outroreferencial como a “única” verdade sobre to-dos os fenômenos psicológicos. Ainda temosmuito que caminhar para compreender o uni-verso subjetivo e os fenômenos envolvidosna dinâmica psíquica humana.

Essa trajetória pessoal e profissional tevecomo resultado a criação de um espaçoclínico e também de um projeto de formaçãoprofissional em psicologia transpessoal.Como é esse curso e a quem se destina?

A nossa vivência como terapeutas foi mos-trando que as queixas apresentadas pelos cli-entes estão relacionadas à dificuldade de vi-

venciarmos a nossa natureza, que é multi-dimensional. Temos resistência de exploraroutras formas de percepção, de entrar emcontato com nosso corpo, com nossasemoções, de nos permitir experienciar semos condicionamentos estabelecidos quenos dão segurança ou uma pseudossegu-rança. Por incrível que pareça, observa-mos uma dinâmica interna que nos leva àseguinte situação: é muito mais fácil adoe-

cer e sofrer (física e ou emocionalmente)

do que irmos em direção à solução. Istose dá porque para irmos em direção à solu-ção temos que ter coragem quando quere-mos segurança, temos que assumir a res-ponsabilidade pela parte que colaboramospara a manutenção do problema quandoqueremos culpar os outros e o mundo pelanossa dor. O curso PIMC tem a propostade levar os participantes a se depararemcom o espelho de si mesmos. É uma jorna-da profunda de imersão distribuída em 15módulos. As vivências são permeadas poruma base teórica sólida fundamentada napsicologia transpessoal. É destinado a pro-fissionais da área da saúde que desejamum aprimoramento pessoal e profissionalna abordagem da psicologia transpessoalem seu enfoque clínico. Nesse sentido, re-ceberão treinamentos para incorporar essapostura na atuação prática com seus clien-tes, apoiados por inumeras técnias e recur-sos da psicologa transpessoal.

É interessante o fato de vocês priorizaremo conhecimento vivencial da técnica an-tes de ser passada a teoria. Qual a impor-tância disso na aprendizagem do aluno?

Entendemos que para um conheci-mento ser realmente incorporado ele temque ser vivenciado. Quando o aluno viven-cia primeiro ele vai para a experiência semser influenciado de alguma forma porideias pré-concebidas. A intenção é a deque estejam o mais livres possível parapermanecerem no “aqui e no agora”, regis-trando o que vivenciam a partir da experi-ência e não de pensamentos cristalizados.Observamos que quando percebem o realefeito em si mesmos das técnicas aprendi-das, passam a ter força interna e pessoalnaquilo que aprendem para utilizar emseus clientes. O sistema de aprendizagemestabelecido tem valorizado o aspecto ra-cional como sendo o mais válido e confiá-vel como forma de perceber e avaliar a rea-lidade. Queremos que os alunos aprendamnão apenas através da vivência cognitiva,mas através de sua totalidade: o pensar, osentir e o fazer, incluindo as experiênciasde seu potencial de transcendência possí-veis de serem experimentados através dosestados de expansão da consciência.

Qual a orientação para quem tem inte-resse de participar do PIMC?

Os interessados deverão entrar emcontato com o IPEC para marcar uma en-trevista de seleção (veja ao lado).

INFORME PUBLICITÁRIO

Leila Rocha e Antonio Carlos D. Abreu (Toni): fundadores do IPEC e focalizadores do curso

IPEC promove curso de Pós-Graduação Lato Sensu, especialização emPsicologia Transpessoal: PIMC (Psicoterapia Integrativa da Memória e Consciência)

Silvia Lá Mon

Page 6: Jornalzen Novembro 2011

JORNALZEN NOVEMBRO/20116

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O trabalho de Hércules ligado ao signo

de Escorpião é a destruição da hidra de

Lerna. Escorpião é um signo de conflitos

e lutas, e de profundidade e intensidade.

Este trabalho representa a busca de uma

atitude mais esclarecida e abrangente

a respeito dos desafios e embates da vi-

da — lidando com as suas causas ocul-

tas, e não apenas tratando dos efeitos.

A hidra era uma serpente monstruo-

sa de nove cabeças. Quando atacada, ela

se fortalecia a cada golpe, em vez de en-

fraquecer. E se uma cabeça era cortada,

duas outras cresciam em seu lugar. Esse

monstro asqueroso fez sua morada no

pântano de Lerna e empesteou a água

de toda a região, provocando doenças e

mortes. A tarefa de Hércules era eliminar

a causa da contaminação.

Em meio à atmosfera nebulosa do

pântano, Hércules procurou em vão pela

hidra. Finalmente, encontrou a sua toca:

uma caverna profundamente escura.

Então, ele atirou flechas flamejantes no

interior do covil. A hidra saiu furiosa,

atacando o herói. E Hércules combateu-

a bravamente, até perceber que não adi-

antava lutar contra ela. Então, ele se ajo-

elhou e agarrou-a, erguendo-a bem alto,

além da atmosfera do pântano. Exposta

ao ar puro e à luz, a hidra não pôde vi-

ver, e suas cabeças tombaram mortas.

A hidra representa os impulsos infe-

riores e complexos que residem na caver-

na escura do inconsciente e contami-

nam a mente, o coração e a vida huma-

na. Ela é o conjunto de todos os pensa-

mentos, emoções e desejos excessivos,

desequilibrados, mal trabalhados. A hi-

dra existe no interior de cada um de nós,

sem exceção, pois faz parte da natureza

humana. Encontrá-la e enfrentá-la re-

quer uma tremenda coragem, e é um

trabalho para o Hércules que também

ASASASASASTRTRTRTRTROLOLOLOLOLOGIA DOGIA DOGIA DOGIA DOGIA DA ALMAA ALMAA ALMAA ALMAA ALMARICARDO GEORGINI [email protected]

Escorpião:humildadee iluminação

O dever cumprido

DARCY CIAMPA HERAS [email protected]

PORTAL SAGRADO

Não tem coisa melhor que o sentimento do “dever cumprido”Obrigações, compromissos, datas, horários... Não é fácil!Existem, no entanto, certos compromissos que não deveriam se restringir ape-

nas ao momento.É maravilhoso ver igrejas, templos, centros lotados de gente. Ao término, pode-

mos observar fisionomias de todo tipo: de alegria, paz, conforto, devoção e de alívio!Muitas pessoas, infelizmente, acreditam piamente que ao sair, por exemplo, de

uma igreja, já fizeram a sua parte, a sua obrigação. Infelizmente não é bem assim.De que adianta frequentar lugares onde se pregam a paciência, a tolerância, o

amor se no dia seguinte estamos agindo de maneira oposta?De que adianta escutar ou mesmo realizar palestras maravilhosas sobre união

familiar, sobre relacionamentos entre pais e filhos se chegamos em casa e criamosbrigas e discórdia?

Não são uma ou duas horas por semana que vão fazer a diferença, mas 365dias por ano, 24 horas por dia.

Uma simples frase – “me desculpe” – pode ser suficiente para evitar um mal-entendido; apenas um sorriso, para renovar as esperanças de alguém.

Pedir, clamar, fazer promessas às vezes é o mais fácil a fazer. Difícil é sentarcom aquela pessoa complicada, sentar com o filho, marido, esposa, funcionário,chefe, cara a cara, e ter um conversa franca.

É necessário agir. Não podemos mais aceitar a estagnação do momento.Vamos parar de adotar a postura “faça o que eu falo, mas não faça o que eu fa-

ço” dando e fazendo o melhor de nós a cada momento.Se houver uma mudança, que comece comigo!

existe em nós.Comumente,

ao entrarmos emcontato com os ensinamentos espiritu-ais, nós os interpretamos de maneirasimplista, distorcida e ilusória. Natu-ralmente, fazemos isso sem perceber,com muita dedicação sincera, mas pou-ca inteligência espiritual. Assim, imagi-namos que, no caminho espiritual, de-vêssemos logo nos livrar de todas astendências inferiores, todo medo, raiva,ambição, vaidade, orgulho, etc. Mas oque acontece, então, é que tudo issoapenas fica escondido em nosso incons-ciente, e continua contaminando a nos-sa vida interna e externa.

Um dos principais requisitos para ailuminação da consciência é a humilda-

de, representada por Hércules ao ajoe-lhar-se. Ela nos permite reconhecer quesomos como qualquer outro ser huma-no, sujeitos às mesmas falhas, dificulda-des e limitações. Então, não pretende-mos ser diferentes, especiais, melhores.Nem fingimos — para nós mesmos e pa-ra os outros — que não temos dentrode nós todas as tendências que são co-

muns a todos os seres humanos. As-sim, podemos encarar com naturalidadee maturidade o que quer que surja den-tro de nós. E podemos não lutar contra,mas elevar o nosso problema para outronível de compreensão.

Um problema não pode ser resolvido

a partir do próprio nível em que foi cria-do. A resolução acontece a partir de umnível mais alto. Quando alcançamosuma perspectiva mais elevada — e por-tanto, mais abrangente ou compreen-siva —, podemos conhecer as causas deuma situação e então mudar a maneiracomo lidamos com ela. Nas alturas deuma mentalidade sábia e amorosa (a luze o ar puro), podemos compreender quetudo o que existe em nós é bom, desdeque seja mantido na sua justa medida,no seu correto lugar e no seu momentoapropriado. Não há nada a ser comba-tido ou exterminado dentro de nós, masapenas compreendido e reajustado.

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JORNALZEN 7NOVEMBRO/2011

A santidade deve ser sempre despreten-siosa. Cito uma poesia: “A rosa floresceporque sua natureza é florescer, sem per-guntar por que floresce. Não se enfeitanem se ajeita para atrair o olhar...”.

Paulo tem escrito “a fé é do coração”.Os lábios expressam essa fé no louvor,dizendo que Jesus Cristo é o Senhor (Rm10,9). Cristo disse que seu amor sai donosso interior como rios de água viva(Jô 7,37) e nos conduzem a servir aos ho-mens com justiça social.

Compreendemos a importância dechegar às pessoas quer estivessem nasfronteiras, quer no centro da sociedade.Percebemos também a importância dereconciliar os desavindos. Somos envia-dos para as fronteiras para o novomundo, a anunciar o Senhor a povos eculturas que ainda não O conheciam.Pregamos o Evangelho a muitas cultu-ras, partilhando conhecimentos eaprendendo de outros entre ricos e po-bres, entre cultos e ignorantes. Devía-mos cuidar dos doentes.

Somos enviados a esta missão peloPai, juntamente com Cristo, ressuscitadoe glorificado, mas ainda levando a cruz,que trabalha num mundo que aindatem de experimentar a plenitude da Suareconciliação. Num mundo dilaceradopela violência, pelo álcool e outras dro-gas, pela luta e pela divisão, somos cha-mados com os outros a comprome-

Pensamentos de

Padre Haroldo

Violinotermo-noscom Deus“que, emCristo, re-concilia omundo consigo, sem ter em conta osseus pecados” (2Cor 5, 19). Essa reconcili-ação chama-nos a construirmos ummundo novo de relações justas, um novoJubileu que supere rodas as divisões, demodo que Deus possa restaurar a justiçapara todos. É o reino de Deus.

Só poderemos ser pontes, no meiodas divisões de um mundo fragmen-tado, se estivermos unidos pelo amor deCristo nosso Senhor.

Um grupo estava ouvindo músicaem um restaurante chinês. De repente,um solista começou a tocar uma músi-ca vagamente familiar. Todos reconhe-ceram a melodia, mas ninguém conse-guiu lembrar o nome dela. Por isso, fi-zeram sinal ao impecável garçom e lhepediram para descobrir o que o músicoestava tocando. O garçom saiu bam-boleando e dali a pouco voltou comuma expressão de trunfo no rosto e co-chichou alto:

- Violino!Em Cristo vamos dar perfume espiri-

tual como uma rosa e tocar música espi-ritual no violino de nosso coração.

Haroldo Joseph Rahm é fundador da Apot –

Instituição Padre Haroldo, para pessoas com

síndrome de dependência alcoólica e química.

Tel.: (19) 3794-2500 - Campinas

[email protected]

Há uma lei

universal de cau-

sa e efeito cha-

mada carma. Se

jogar pedras pa-

ra o alto, elas cai-

rão na sua cabe-

ça. Se você pos-

suir sensações,

emoções ou sen-

timentos bons

isso voltar-se-á

de maneira posi-

tiva para você. Porém se os desejos forem

viscosos, as emoções densas ou os senti-

mentos pesados, isso prejudicará a sua vida.

Carma não é bom nem mau. Faça coisas

boas e o retorno será benéfico. Uma boa vin-

gança causar-lhe-á um enorme prejuízo.

Portanto, se o seu ex impingiu-lhe gran-

des infortúnios e você quer vingar-se, dese-

je-lhe o bem. Tomara que ele tenha muitas

felicidades. Por ele? Não. Por você mesmo.

Deseje coisas boas, faça coisas boas e a

natureza ser-lhe-á generosa.

Afinal a melhor vingança é SER FELIZ!

Pense nisso.

Há um ditado popular que diz: “Vingança é

um prato que se come frio”. Mas como lidar

com as supostas injustiças que nos foram

impostas?

Quando a situação é mais íntima, o de-

sejo é mais forte. Imagine aquele namora-

do(a) ou marido/esposa que você dedicou

o seu melhor. Quantas vezes você abriu

mão dos seus propósitos só para satisfazê-

lo! A dedicação sublime que você ofertou

à pessoa amada por puro amor! A sua alma

entregue a um ser especial.

Alguns anos depois (talvez nem tan-

tos), você é surpreendido por uma ofensa

grave justamente pela pessoa que você

tanto se dedicou. Não me refiro a uma trai-

ção amorosa, mas ao abandono emocio-

nal. De repente, aquela pessoa amada vai

embora da sua vida.

Vem um sentimento de revolta. Uma

vontade de vingança manifestada num de-

sejo de que o outro passe por momentos

difíceis. Afinal ele terá de pagar por todos

os males que causou.

Vingança

Clélio Berti

Diretor da Unidade Flamboyant da

Universidade de Yôga (Uni-Yôga)

INFORME PUBLICITÁRIO

SIMPÓSIO NACIONAL DE ASTROLOGIA NO RIOO 13° Simpósio Nacional de Astrologia será realizado de 18 a 20 de novembro no HotelMirador, em Copacabana, no Rio. Simultaneamente ocorrerá o 5° Simpósio Internacionaldo Sindicato dos Astrólogos do Rio de Janeiro (Sinarj). Além de palestras e mesas dedebates, o evento terá workshop com o inglês Nicholas Campion, sobre as origens daastrologia. Mais informações no site simposio2011.sinarj.com.br .

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JORNALZEN NOVEMBRO/20118

EDUCAÇÃO & VALORESEDUCAÇÃO & VALORESJULIANO SANCHES

Tesouros da Vida

Conheci um paciente terminal que meensinou muitas coisas. Na visita, soubepela família que os filhos e a ex-esposao haviam deixado. Ele tem câncer de la-ringe, maligno, em estado avançado. Jánão tem condições de falar. Vamos cha-má-lo de João. Ele mora em uma casaalugada. Recebe a visita de irmãos e so-brinhos. Ao saber o diagnóstico, sofreubastante. O que o motivou foi o amoraos animais. Resolveu que, a partir da-quele momento, iria se dedicar aos ani-mais. E resolveu cuidar de vários ani-mais em casa. Foi atrás de lugares queofereciam animais. Quais animais? Joãosempre teve uma forte admiração porgalinhas. E, então, decidiu criar gali-nhas, como se fossem entes da família.

As galinhas, ao que parece, comuni-cam para João sensações de afetividade,compartilhamento.

João não come galinhas nem ovos.Apenas compartilha a existência, os so-frimentos, as dores.

Encontrou nesse processo de cuidadouma maneira de lidar com o aconteci-mento doloroso, que surgiu há poucotempo, até que outros caminhos possamsubstituir as angústias do presente.

Os dilemas existenciais não são fá-

ceis de ser trabalhados, muito menosde ser percebidos conscientemente. No en-tanto, o ser é capaz de criar arranjos esignificados para a existência, de mo-do a fazer surgir as condições de conti-nuidade da vida.

O trabalho interior, aliado ao serviçoexterior ao semelhante, sem dúvida, éterapêutico. Quem faz isso sabe que, nofundo, torna-se um pouco de água paraa boca de uma natureza, que tem sede.Uma sede perene de bem-aventurança,aceitação, impermanência. João nos en-sina um caminho de luz: Muitas vezes,os nossos mestres são os que estão aonosso redor, sejam quais criaturas fo-rem. Aprender a fazer do cotidiano umadevoção ao semelhante é uma mensa-gem para nós. Os mestres estão conosco.Não há um mestre, que seja nosso ins-trutor diário, que não conheça as nossasfraquezas, conflitos e belezas. Quemconsegue vencer as barreiras das ilusõescotidianas, certamente, se entrega àcriação cósmica, e não tem mais dúvi-das sobre o propósito universal, apesarde não o compreendê-lo pela razão.

Juliano Sanches é jornalista e palestrantecasadojulianosanches.blogspot.com

[email protected]

Ensinamentos deum paciente terminal

JOÃO BATISTA SCALFI [email protected]

O homem de bem é possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo.Faz o bem pelo bem, sem esperar recompensa. Retribui o mal com o bem. Toma adefesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre seus interesses em favor da justiça.Essa é a verdadeira caridade que nos impulsiona para o bem, motivados peloamor ao próximo, e que nos dá a certeza de que “viver bem é viver para o bem”.Encontra sempre satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta àcomunidade, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos.Seu primeiro impulso é pensar no bem que pode fazer àqueles menos favorecidos.Esse homem é um ser humano que espalha benevolência para todos, sem distinçãode raças, nem de crenças, porque vê em todos como seus irmãos, assim como dis-se Jesus na passagem bíblica “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos”, quandoreunido com uma multidão e sua mãe e seus irmãos estavam à sua procura. Elefoi avisado que estavam do lado de fora, e mandaram Chamá-lo. “Vossa mãe e vos-

sos irmãos estão lá fora vos chamando”. Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem

são meus irmãos?” E, olhando aqueles que estavam ao seu redor, disse: “Eis, minha

mãe e meus irmãos, porque todo aquele que faz a vontade de Deus, este é meu irmão,

e minha mãe” (S. Mateus, cap. XII, v. 46 a 50).Essas palavras parecem estranhas vindas de Jesus para com seus parentes. É

que Ele sempre aproveitava certas ocasiões para dar um ensinamento e nessaoportunidade fez para estabelecer a diferença que existe entre o parentesco corpo-ral e o parentesco espiritual, que perante Deus somos todos irmãos. Também emJoão (cap. 13, v. 34), Jesus deixa um novo mandamento: “Que vos ameis uns aos

outros, tanto quando eu vos amo”.

O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e decaridade em sua maior pureza. Interroga a consciência sobre seus próprios atos,pergunta a si mesmo se não violou essa lei; se não fez o mal e se fez todo o bemque poderia, se negligenciou voluntariamente uma ocasião de ser útil, enfim, sefez a outrem tudo que estava a seu alcance. Tem fé em Deus, em sua bondade emsua justiça e em sua sabedoria. Acredita no futuro e coloca os bens espirituais aci-ma dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, to-das as decepções são provas ou expiações, e as aceita sem murmurar.

A propagação do bem é uma sementinha que transforma a humanidade. Todoo bem que fizermos hoje resultará em nobres frutos para o futuro.

O espírito humano, iludido pelo orgulho e pelo egoísmo, ainda não aprendeu comos ensinamentos do Mestre Jesus a melhorar as condições sociais e morais do mundo.

Na simplicidade de um pequeno gesto, feito com sincero amor e desprendi-mento, resultará em lenitivo para muitas dores.

“Toda vez que a justiça Divina nos procura para acerto de contas, se nos encontra

trabalhando em benefício dos outros, manda a Misericórdia Divina que a cobrança

seja suspensa por tempo indeterminado” (Chico Xavier).Estar disponível é estar atento, estar presente onde a necessidade nos chama.

Momento de Reflexão

João Batista Scalfi é presidente do Educandário “Deus e a Natureza”, de Indaiatuba

www.educandariodn.org.br

O homem de bem

FEIRA DA BONDADE EM INDAIATUBAIndaiatuba sedia de 17 a 20 de novembro, das 10h às 22h, a 12ª Feira da Bondade, nopavilhão da Viber. O evento, aberto ao público, é promovido pela Associação de Pais eAmigos dos Excepcionais (Apae) e visa buscar recursos para manter o trabalho e ampliaro atendimento promovido pela entidade. A feira terá apresentações de hip hop, country,dança de salão, dança de rua, jazz, dança contemporânea, balé, dança do ventre e for-ró. Também haverá venda de artesanato, roupas, calçados, bolsas, acessórios, perfumariae praça de alimentação. O pavilhão da Viber fica na Avenida Almirante Tamandaré, 495(Cidade Nova II). A Feira da Bondade tem patrocínio dos Cinemas Multiplex Topázio,Rip (ThyssenKrupp Materiais Services), Exsa Incorporações, Grupo Caiuás, Supermer-

cados São Vicente, Tamandaré Tintas, Disk-Cerveja do Alemão e Kaaba Imóveis.

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JORNALZEN 9NOVEMBRO/2011

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NOVEMBRO/2011JORNALZEN10

CULTURAZENZENZENZENZENSilvia Lá Mon

Saulo Braga, Luciana Martins e Lourdes Manhani ministram palestras: orientaçãoNena Rampazzo

IconografiaÉ uma arte abstrata, representativa e não fotografia. As origens da iconografia são maisou menos contemporâneas do período dos evangelhos.

Os precursores diretos dos primeiros ícones foram os retratosde Fayum no Delta do Nilo, no Egito. Pouco se sabe sobre areligião do grupo que ali viveu entre os séculos 1° a.C. e 3°d.C. faziam máscaras moldadas em madeira e também relevonos caixões de múmias.A encáustica de cera quente foi a técnica empregada em to-do mundo cristão. No período do século 8° surgiu o uso doovo em vez de cera quente para ligar as cores. Surgiu outrométodo, a têmpera de ovo misturada ao vinho. Até a épocamoderna nunca foi aceito o óleo como veículo.

No Ícone Bizantino, além do ouro permite-se usar pedras preciosas e joias como adorno.No Ortodoxo Grego, usa-se o ouro e os pigmentos.

IconógrafoA arte dos iconógrafos é uma verdadeira comunicação da própria ex-periência de fé. Não existe iconógrafo sem leitura e meditação dapalavra de Deus, pois sua arte está a serviço dela e dela nasce. A li-berdade do iconógrafo está no caminhar em busca da perfeição.

ÍconeA palavra ícone deriva do termo grego “eikon”, que significa imagem. Não há íconesem fé em Cristo, pois é no Cristo que Deus nos dá sua imagem. O ícone pertence aoespaço e a luz sai de dentro dele. Tem luz própria. É canal de graça com virtudes santi-

ficadoras. Já que o invisível revestiu-se de carne e apareceuvisível. Pode-se representar a semelhança d’Aquele que seencarnou. O ícone, dada a sugestão da pureza, suavidade,santidade, nunca representa uma fotografia. O ícone só ésagrado depois de abençoado pela Igreja, que lhe confereo direito de ter lugar apropriado no santuário.Na liturgia oriental, os ícones são incensados, levados emprocissão e venerados pelos fiéis. Também têm lugar espe-cial nos lares.

Pesquisas: O Ícone (Jean-Yves Leloup); Ícones: a Alma da Rússia Museu Kolomienskoie Moscou;

Coleção Bizantina nº 1 – Akathistos – Igreja Católica Greco-Melquita no Brasil

ATELIÊ: Rua Roberto Simonsen, 275 (Taquaral) – Campinas – Fone: (19) 3251-8698

INFORME PUBLICITÁRIO

Silvia Lá Mon

Organizadores eparticipantes do

evento “Encontro coma Terceira idade”,

que teve palestrase atividades no

Clube 9 de Julho,em Indaiatuba, com

apoio do JORNALZEN

O mestre iogue indianoSwami Nardanand (esq.)durante encontro noespaço Maeve Dux,durante o 1° FestivalIndiano de Campinas

Fotos: Silvia Lá Mon

Antonio Marcelodurante palestra deapresentação dométodo terapêuticoPar Biomagnéticoem Campinas

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JORNALZEN 11

Recanto do PoetaEu quisera serEu quisera ser como a folha que cai

na tarde que agoniza:

Lasciva, fria, indolente,

sem um protesto, sem um lamento.

Eu quisera ser como a rosa perfumada

que se desfolha ao sabor do vento,

deixando em cada pétala que se espalha

a suave fragrância do seu beijo.

Eu quisera ser como a tarde que morre,

nas fímbrias rubras do horizonte,

sem pranto nem funeral de flores,

apenas porque a noite vem.

Eu quisera ser como a criança inocente

que chora sentida as palmadas doridas,

e depois sai sorrindo esquecida

a cantar as delícias do mundo.

Eu quisera ser um eu diferente,

sonhar com as coisas do Alto,

e sentir, em cada instante da vida,

a sublime grandeza de Deus!

Arita Damasceno Pettená

Pérola negraEste era o título,

Que mais com ela parecia...

De escrever sobre ela...

... Deixar? Não poderia!

Sua beleza encantou...

Quando em cena apresentara...

A beleza mais “bela”...

... e rara!

Dentre todas aquelas “flores”,

Foi ela a preferida...

Leila Lopes a angolana,

Escolhida...

Mais que ser “a mais bela”,

Leila Lopes agradeceu....

Ao Criador do Universo,

A beleza que lhe deu...

Fazer do título vitória,

Fez de Leila, diferente...

A “pérola negra” mais bela...

um encanto a tanta gente,

Destacando com sucesso...

No Brasil, Miss Universo...

Juliana Perna

NOVEMBRO/2011

MeditaçãoEm espirais difusas transparentes,

brilham faíscas de luz desfocada.

Aflora o sentimento da existente

emoção, das ausências bem lembradas.

No incontrolável tempo resistente,

desatei laços, com voz calada.

Abri os braços e os filhos conscientes,

seguem teus rumos, por outras estradas.

Minhas constantes preces fervorosas,

buscam Deus; luzes para seus destinos.

Sei que sempre serão, minhas crianças.

Hoje indago ao silêncio, à milagrosa

hora, quando o regresso é assim divino,

daquelas faces, no túnel das lembranças.

Geni Fuzato Dagnoni

ACADEMIA KAREN RIGHETTO BALLET:“DEZ ANOS DE EMOÇÃO EM FORMA DE MOVIMENTO”

A Karen Righetto Ballet, em ho-menagem aos dez anos de Aca-demia, estará apresentando oespetáculo “Dez Anos de Emo-ção em Forma de Movimento”.Será uma retrospectiva dos me-lhores momentos dos espetácu-los da academia, numa apresen-tação de balé clássico, jazz,street dance e muita dança!

O espetáculo será no teatrodo Centro de Convivência Cul-tural de Campinas, nos dias 15(15h30 e 20h), 16 (20h) e 17 denovembro (20h). Maiores informações pelos telefones (19) 3241-9046 e 3294-9228.

Divulgação

MANDALA PARA PINTAR - SONIA SCALABRIN -

Page 12: Jornalzen Novembro 2011

JORNALZEN NOVEMBRO/201112

ASTROZEN

O que está constante no mês de novembro

é prosseguir organizando coisas práticas,

financeiras, materiais. As estruturas que

nos mantêm e as crenças que lhe dão base

na vida. Organizando para onde quer ir,

o que deseja para seu futuro. Os valores

de responsabilidade que as relações preci-

sam ter no dia a dia, tanto de forma mais

prática quanto os mais sutis e emocio-

nais. Mesmo aspectos mais sutis, senso-

riais, que tiram a consciência do presente,

precisam de um respaldo para ser inte-

grado em sua estrutura.

Um dia, na mente de Thomas Edison,

a lâmpada foi só uma fantasia, mas ho-

je é fator imprescindível na sociedade.

Seus sonhos estão saindo das caixas e

pedindo um corpo mais real, palpável.

Quem comanda isso são planetas que

lidam com o coletivo. Você não está só

neste anseio. Plutão transforma cama-

das profundas, por isso é lento, expõe o

que está oculto e pede a você que tire

desse material o diamante que lá existe.

Durante todo o mês ele está bem assesso-

rado por Júpiter, o grande benéfico, e

SÁTÎT JOTÍ [email protected]

Aproveitandoas oportunidades

Marte, o guerreiro. Entre os dias 24 e 30

recebe a suavidade de Vênus, que traz o

amor para esse conjunto. Dinamizando

tudo se encontra Urano, o inovador. En-

tão, de 9 a 26 de novembro sacuda a pre-

guiça e aproveite as facilidades de inte-

grar Plutão/Júpiter/Marte, pois no céu eles

estão harmônicos, mas precisa que você

faça algo com essa facilidade, ainda

mais que estão em signos de terra, volta-

dos para realizar no físico o que dese-

jam, sentindo necessidade de ter seguran-

ça a partir do momento que acontece de

verdade. Sem meias palavras, que seja

um fato: uma casa, um carro, dinheiro, etc.

As dificuldades que aparecerem são

pertinentes a aspectos que ainda precisa

melhorar. Esse é o dedo de Plutão. Mas

não foque somente na dificuldade. Veja

o que está acontecendo como um todo,

mesmo que no começo não consiga fazê-

lo de forma objetiva. Treine isso. Olhe o

que já fez e o que está tendo de aprender.

Vai dar certo. No mais, é aproveitar to-

das as oportunidades para realizar o

que deseja. Tudo está à sua disposição.

Viva e deixe viver!

INES S. MÁRTÎMS [email protected]

Pelos Caminhos do Coração

“Nunca é demasiado cedo nem demasiadotarde para ocupar-se com a própria alma”.

Epicuro, filósofo grego

Temos na frase em destaque um convite ao difícil exercício de cuidar de si

mesmo e da própria vida e, com isso, abrir mão da necessidade imperiosa de

controlar pessoas e circunstâncias. O objetivo que leva muitos de nós a agir

de maneira controladora pode até ser nobre: controlar as próprias emoções,

mas gera dependência e é, antes de tudo, um desrespeito à capacidade alheia.

Mesmo cheios de boas intenções, ao “cuidar” da vida do outro, pretendendo

ditar o melhor caminho a ser seguido, negligenciamos a oportunidade de pres-

tarmos cuidadosa atenção às nossas reais necessidades de autoaprimoramento

e desenvolvimento. Cuidar da vida do outro é, em resumo, perigosa armadilha

que nos faz assumir situações que não nos pertencem enquanto guardamos a

pretensão de que sabemos o que é melhor para ele.

Fazer-se presente nas horas difíceis de quem nos solicita parece ser perti-

nente, desde que não se alimente a ilusão de que o outro não sairá de sua di-

ficuldade sem obedecer às nossas determinações. Assim, uma dica infalível

para ajudar usando o bom senso, sem ser um controlador em potencial, é:

espere que o outro peça ajuda ou peça a sua opinião, lembrando que o proble-

ma continua sendo dele. Cabe a ele, portanto, tomar as decisões necessárias,

cometer erros e aprender com esses erros. Definitivamente, não sabemos o

que é melhor para o outro, a não ser em raríssimas exceções. Permitir que as

pessoas vivam suas vidas de forma autônoma e livre da ilusão de que detemos

o conhecimento da “melhor saída” para suas dificuldades é, antes de tudo,

um ato de amor. Restringir a liberdade de escolha de alguém, desacreditar

no seu potencial de corrigir uma situação ou sair de uma dificuldade é tam-

bém uma forma de punição, uma vez que menospreza a capacidade inerente

a todos nós de vencer obstáculos e resolver os dilemas que nos são sugeridos.

Como exemplo, o ciúme, a inveja e a prepotência oprimem e tolhem a liber-

dade, e estão presentes nos relacionamentos sem que os envolvidos se deem

conta do mal causado mutuamente.

Exercite a empatia para compreender o desejo do outro de escolher, errar e

aprender com os próprios erros. Essa atitude é também um poderoso exercício

de crescimento que liberta da intenção de dominar e ter as vontades próprias

satisfeitas. Agir em contrário é puro egoísmo, além de nos afastar daquilo que

realmente precisamos fazer por nós mesmos.

Page 13: Jornalzen Novembro 2011

JORNALZENNOVEMBRO/2011 13

MARCELO SGUASSÁBIA

Líricas Bulhufas

Tragam-me uvas frescas e tâmaras se-

cas, imediatamente. A um estalar de de-

dos, quero caviares russos recém-emba-

lados, trufas brancas de Piemonte e leite

de cabra para hidratar os pés.

Alguns condenam-me pelo excessivo

fastio nessa empreitada onde deveria

prevalecer o sacrifício. Respeito, mas

contesto. Afinal, o próprio Santiago foi

um vip. Quer existência mais vip do que

ser um dos eleitos de Jesus Cristo, predes-

tinado entre milhões para entrar na his-

tória do mundo como um dos 12 apósto-

los? O homem foi escolhido a dedo pra

subir aos céus sem escala, com toda a

pompa que os mártires merecem.

Sem querer insultar o santo, como

quase todo vip o nosso herói de Compos-

tela soube se promover e atrair para si

os holofotes da época. Reza a lenda que

o glorioso Santiago quis que seus ossos

fossem descobertos, após séculos esque-

cidos numa arca de mármore. Para tan-

to, patrocinou noites e noites seguidas

de chuvas de estrelas, no Bosque de Li-

bredón, onde foi enterrado. Alguém con-

testa que isso é gostar de aparecer? En-

tendo que, se ele permite que eu comple-

te meu caminho com todas essas rega-

lias a que me entrego, é porque o proce-

dimento não destoa do seu código de

conduta enquanto santo de primeiro ti-

me. Caso contrário, faria recair a ira di-

vina sobre minha carcaça.

O que importa é concluir a jornada,

seja lá como for. Se o faço com banquetes

Caminho deSantiago extra prime

a cada quinhentos metros, é porque Deus

me julga abençoado e concede-me a gra-

ça de que assim seja. Os que se peniten-

ciam passando sede, fome, cãibras e do-

res no corpo de caso pensado, assim o

fazem provavelmente por terem a consci-

ência pesada e por saberem que devem

se sacrificar para alcançar a misericór-

dia divina. Não é o meu caso. Sou um

homem justo e de consciência limpa. Pa-

go religiosamente sete nonos de um salá-

rio mínimo a cada um desses serviçais

que me transportam na liteira e me aba-

nam com plumas de avestruz, em turnos

de 16 horas com 30 minutos de merecido

descanso para um naco de goiabada.

Nem Salomão dispensaria melhor trata-

mento a seus escravos.

Quando me enfastia ficar deitado en-

tre linhos e sedas, apeio do meu dossel

ambulante e caminho uns três minutos,

não sem antes cobrir-me com o véu anti-

moscas, calçar meu tênis com quatro ex-

clusivos sistemas de amortecimento si-

multâneo e levar comigo um razoável

estoque de Perrier a -3ºC. Compreendam

que uma empreitada de 800 quilômetros

para purificação do espírito não pode le-

var à destruição do corpo. E sendo ele a

morada da alma, deve ser tratado a pão

de ló. Agora, se me dão licença, é hora

de aparar minhas cutículas.

Marcelo Sguassábia é redator publicitário

www.consoantesreticentes.blogspot.com

www.letraeme.blogspot.com

Toda dor emocional ou mental tem uma

reação física. Traumas, por exemplo, se

manifestam no corpo físico desencade-

ando uma infinidade de dores e doenças.

Sabe-se, por intermédio da metafísica

da saúde, que o corpo físico é o último a

receber o impacto das emoções, por isso

a cura não deve ser direcionada apenas

ao físico, mas devem-se tratar paralela-

mente todos os outros corpos emocionais:

mental, emocional, espiritual, etc.

De nada adianta tomarmos um compri-

mido ao sentir uma dor de cabeça se não

cuidarmos também da causa; talvez uma

mágoa, discussão, cansaço, enfim, a dor

será temporariamente aliviada, mas as

causas permanecerão e ela pode voltar.

Uma pessoa revoltada, rígida, está

mais propensa a sofrer de dores muscula-

res do que uma otimista. Quem teve a cria-

tividade bloqueada na infância é um candi-

Tudo mudase você mudar

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dato a sofrer

de amidalite.

Preste a-

tenção nos seus

joelhos: se doe-

rem com fre-

quência, pro-

cure se desfa-

zer de orgulhos,

seja menos tei-

moso e aceite

mudanças.

Após a do-

ença ser ins-

talada no cor-

po físico, fazem-

se necessários cuidados médicos, mas

se você cuidar melhor dos seus senti-

mentos e olhar o mundo de uma maneira

mais positiva, com certeza suas doenças

serão abrandadas.

Com uma análise detalhada da situa-

ção em que está vivendo fica mais fácil

detectar as causas e aprender a lidar

com elas, evitando assim muitos sofri-

mentos físicos.

Célis Garcia

Terapeuta holística, ministra

cursos e palestras de mesa

radiônica quântica, feng shui,

radiestesia e radiônica e

numerologia pitagórica.

Campanha ajuda Boldrini aampliar pesquisas do câncerO Centro Infantil Boldrini lançou a cam-panha Dê Uma Mãozinha pro Boldrini

2011. Durante todo o mês de novembroserão aceitadas doações ao hospital pormeio do sistema 0500. As contribuiçõessão feitas por telefone e o valor é debita-do na conta telefônica. O valor doado se-rá repassado à instituição pela operado-ra de telefonia.

Segundo a presidente do Boldrini, Sil-via Brandalise, a expectativa é arrecadar1 milhão de reais, superando os 600 milobtidos em 2010. “A campanha ajudará oBoldrini a continuar sendo excelência notratamento do câncer infantil e a ampliarsuas conquistas na área da saúde”, ressaltaSilvia. “A expectativa de arrecadação deve-rá contribuir de forma significativa com oprojeto de implantação de uma área de 4mil metros quadrados, exclusivamentevoltada para pesquisas, que demandará re-

cursos da ordem de 7 milhões de reais.”Atualmente, as despesas mensais do hos-pital chegam a 3 milhões de reais. Cercade 44% desse valor é arrecadado por meiode doações da comunidade.

Para participar, basta ligar para os tele-fones 0500-3787010, para doar 10 reais;0500-3787020 para doar 20 reais; e 0500-3787030 para doar 30 reais. Para colaborarcom outros valores, o interessado deve en-trar em contato com a instituição pelo sitewww.boldrini.org.br. O custo de cada liga-ção é de R$ 0,39 para telefones fixos e R$0,71 para telefones celulares.

No dia 19 de novembro, das 11h às 15horas, será realizado um programa ao vi-vo, com transmissão da TVB, para 59 cida-des, incluindo Campinas e região. Estãoconfirmadas as presenças de cantores, ar-tistas, apresentadores da TVB e represen-tantes do Boldrini.

Page 14: Jornalzen Novembro 2011

JORNALZEN14 NOVEMBRO/2011

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15JORNALZENNOVEMBRO/2011

Medicina natural e ancestralMani Alvarez

A medicina natural faz parte do acervo cultural da humanidade, e se desen-

volveu em cada país e região do mundode acordo com os recursos disponíveis eas necessidades das pessoas. Na verdade,suas fontes são ancestrais, e sua linhagemvem das tradições hinduístas, budistas,taoístas, védicas, entre outras.

A competência nas práticas da medici-na natural não se limita a ter conhecimen-tos, desenvolver habilidades e possuiruma técnica eficiente. É necessário umpropósito interno que faz do profissionaldessa área um ser holístico. Sua base con-ceitual é o ser humano em sua inteireza –corpo, mente, espírito.

Nossa cultura paga um preço muito altopelo esquecimento de nossas origens. Aincidência de ataques de pânico, insôniae ansiedade está se tornando a epidemiado século. Em recente congresso realizadoem Santiago, no Chile, foram demonstra-dos índices alarmantes de transtornospsiquiátricos. Segundo estudos feitos pe-la ONU, quase 8% da população consomemedicamentos psiquiátricos, sendo que56% da população apresenta transtornosde ansiedade. Pesquisas revelam que 5%das mortes devem-se aos efeitos colate-rais dos fármacos. Na América do Sul, aArgentina é o país que mais consome psi-cofármacos (uma em cada seis pessoas).Os mais vendidos são os tranquilizantes,sendo seguidos pelos antidepressivos, an-tipsicóticos e sedativos. São conhecidoscomo a família dos pam-pam (Bromaze-pam, Diazepam, Lorazepam, etc...) e pelafamília dos lam-lam (Alfrazolam, Lopra-zolam, Triazolam, etc...).

Mas, apesar da influência e do podereconômico dos laboratórios, isso está mu-dando. Tive a oportunidade de participardo Congresso Internacional de MedicinasComplementares, de 23 a 24 de setembro,no Chile, e constatei o quanto a medicinaoficial de vários países está integrando amedicina tradicional em suas práticas epesquisas científicas. Basta dizer que oCongresso se realizou na Faculdade deMedicina do Chile, com cerca de 600 par-ticipantes, sendo a maioria estudantes demedicina e médicos. Além disso, o Con-gresso foi organizado pela Escuela Inter-nacional de Medicina y Cultura Oriental,especializada em cursos de bioenergética,acupuntura, fitoterapia, iridologia etécnicas orientais taoístas.

Em Cuba, desde a década de 60 se pes-quisam as plantas medicinais, e a partirde 1980 foi introduzida na Universidadede Havana a disciplina de medicina tradi-cional e natural nos programas de ensino.Nesse mesmo tempo começou a se propa-gar a prática da acupuntura no meiomédico. E em 1991, Fidel Castro implantouno país um programa oficial que incluía oestudo das plantas medicinais para uso fi-toterápico. A partir de então, o Ministériode Saúde Pública integrou a medicina com-plementar nos atendimentos, o Ministérioda Agricultura implantou o cultivo e a co-

mercialização das plantas medicinais, e oMinistério de Ciências e Tecnologia apro-fundou pesquisas para investigar seusefeitos na saúde. Hoje essas práticas sãoprioritárias na formação e capacitação derecursos humanos, e na produção e comer-cialização dos produtos fitoterápicos.

A Associação Argentina de Fitomedi-cina estuda o uso de medicamentos na-turais em transtornos mentais, como oRosmarinus (alecrim), que é um antide-pressivo natural. Desde a Idade Médiaplantas medicinais eram cultivadas nosmonastérios, e as famosas “bruxas”eram exímias conhecedoras dos efeitosterapêuticos das plantas.

No Brasil, o SUS (Sistema Único deSaúde) acolhe terapias alternativas e com-plementares, com fundamento na portarianº 971, do Ministério da Saúde, publicadaem 4 de maio de 2006, embora não dele-gue competência aos terapeutas por faltade formação especializada e oficial.

No Ceará, o Programa Farmácias Vivassurgiu há quase 30 anos, quando o profes-sor Francisco José de Abreu Matos, da Uni-versidade Federal do Ceará (UFC), percor-reu o interior do nordeste colhendo infor-mações sobre as plantas (e seu uso), levan-do-as ao laboratório para verificar a segu-rança do produto, e procurando a moléculae substância ativa para confirmar os rela-tos populares sobre seus efeitos.

Tudo isso está resultando no incentivoà formação qualificada de profissionaisna área das Práticas Complementares emSaúde, de acordo com o exercício legal daprofissão. O CLASI - Centro Latino-Ameri-cano de Saúde Integral irá iniciar em mar-ço de 2012 um curso de pós-graduaçãopara especialização nessa área, onde o fo-co será a formação ética e a capacitaçãoprofissional do terapeuta.

Mani Alvarez é coordenadora do curso Práticas

Complementares em Saúde

www.clasi.org.br

Yin e Yang: o princípiobásico de todo o universo

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Roberta De AngelisTerapeuta holística (CRT. 42.959).

Realizadora quântica, mestre em

reiki e terapeuta floral

A exemplo do espaço virtual de mesmo no-me, a partir desta edição, vocês encontra-rão neste espaço informações acerca devárias terapias complementares com asquais trabalho, artigos, estudos de casoatendidos por mim, além da agenda paraas novas turmas de reiki usui tradicional ti-betano, em todos os níveis.

Comecemos falando daquele, que se-gundo o Tao (o caminho do autodesenvolvi-mento), é o princípio de tudo que existe naCriação: o Yin e o Yang.

Yang é o Céu e a luz/dia, referenteao Sol; uma vez que o Céu e a luz, foramcriados por uma acumulação desse elemen-to. Já o Yin é a terra e as trevas/noite (Lua),uma vez que a terra e as trevas foram cria-das por uma acumulação desse elemento.

Yang é representado também pelo ladomasculino com seus ciclos completos deoito em oito anos; pelo espírito, pelo ladoposterior do corpo, pelo tempo presente,pelo calor e elemento fogo; pela serenidadee paz, pela destruição e por provocar a eva-poração. Já seu complementar Yin, é repre-sentado pelo lado feminino, com seus cicloscompletos de sete em sete anos; pelo físi-co, pelo lado anterior do corpo, pelo tempopassado, pelo frio e elemento água; pelatemeridade e desordem, pela conservaçãoe por dar forma às coisas.

Os elemen-tos Yin e Yangcomo muitospensam não sãoantagônicos esim complemen-tares. Um nãoexiste sem o ou-tro, que depen-de do primeiropra sobreviver. É através das interações desuas funções e do desequilíbrio entre Yine Yang que as doenças surgem, se abaten-do tanto sobre os que se rebelam contraas leis da Natureza, como contra aquelesque a elas se submetem.

Diz-se que existe Yin no Yin e Yang noYang. Portanto, do princípio da alvorada atéao meio-dia prevalece o Yang do Céu, queé o Yang no Yang. Do meio-dia até ao cre-púsculo, prevalece o Yang do Céu, que é oYin no Yang. A partir do momento em quea noite envolve a Terra até ao primeiro can-tar do galo, prevalece o Yin do Céu, que éo Yin no Yin. Do cantar do galo até ao princí-pio da manhã, prevalece o Yin do Céu, queé o Yang no Yin...

E assim, esta interação perfeita reco-meça, construindo e destruindo, equilibran-do e desequilibrando..., complementando-se sempre!

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JORNALZEN16 NOVEMBRO/2011

Para estarmos bem concen-trados nas atividades de umdia de trabalho ou de contatocom a família, é fundamentaluma boa qualidade de sono,com um período de pelo me-nos quatro a oito horas bemdormidas, ou seja, sem inter-rupção. Uma noite mal dormi-da pode provocar, em maiorou menor escala, sensaçõesde cansaço durante todo odia, visão turva, irritabilidade,distúrbios na fala, fraco desempenho nas ta-refas, perda de memória, confusão mentale até aumento da frequência de acidentes.

O sono é necessário porque a falta delesobrecarrega o cérebro de estímulos queem excesso podem causar muitos males àsaúde. O sono é praticamente a inibiçãoprotetora do córtex, que é a região conside-rada a mais importante do cérebro.

Alguns fatores são importantes para sealcançar uma boa qualidade de sono, a co-meçar pelo fato de que cada pessoa devedescobrir, se possível, a melhor cama, col-chão, travesseiros, etc. Deve-se tambémdeixar o quarto bem arejado, para que nãofique nem muito quente nem muito frio, eevitar barulhos elevados. Outra coisa impor-tante, para aqueles que puderem: uma boacaminhada é uma ótima pedida, pois facilitaa digestão e predispõe o organismo ao sono.Falando em alimentação, é importante que

Distúrbios do sonoINFORME PUBLICITÁRIO

à noite sejam ingeridas comi-das leves, em pouca quanti-dade, e se evite totalmente ca-fé, chá preto, refrigerantes eálcool em excesso.

Voltando à insônia pro-priamente dita, contribuempara que se amplie a má qua-lidade do sono as alteraçõesda vida cotidiana, como mu-danças de domicílio, viagenslongas, conflitos familiares,no trabalho, depressão, uso

de drogas e principalmente o estresse, queeleva o nível de cortisol e baixa os níveisde serotonina. Por tudo isso, aconselhamosas pessoas com esses distúrbios a procura-rem ou adotarem medidas de tratamentospreventivos e profiláticos, como condutasterapêuticas não invasivas, as quais há al-gumas décadas estão sendo largamenteestudadas e com excelentes resultados. Eo que é melhor: sem efeitos colaterais emcomparando com os processos invasivos,como as medicações. Uma delas é a hipno-terapia cognitiva, mais conhecida comosonoterapia, e os byfeedbacks.

Em suma, devemos entender que a in-sônia não é uma patologia isolada e simum conjunto de variáveis que levam a esseprocesso. Por isso devemos interrogar mui-to bem o paciente para que tenhamos ummaior número de informações para que osresultados sejam positivos.

Mario Celestino

de Oliveira

AÇÃO SUSTENTÁVEL A Associação Paulista dos Supermercados (Apas) apresentou, nasede da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), os detalhes da campanha“Vamos Tirar o Planeta do Sufoco”, que visa a substituição das sacolas plásticas descartá-veis por reutilizáveis nos supermercados, o que deve ocorrer a partir de 25 de janeiro.

Silvia Lá Mon

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NOVEMBRO/2011 JORNALZEN 17

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JORNALZEN NOVEMBRO/201118

Viva Bem

BATE-PAPO

[email protected]

Se eu começar a escrever que esta é a penúltima edição do ano e que outro dia era

novembro, você vai querer me enforcar! Isso porque todos nós sabemos – e concor-

damos – que o ano passou muito, mas muito rápido mesmo.

E toda vez que o ano está acabando, já começo a sentir aquele frio na barriga pelo

novo ano que logo vai iniciar. O desconhecido. Ah, esse eterno monstro de sete cabeças...

Mas não tem jeito. Temos que enfrentá-lo tendo muita fé em Deus e pedindo que Ele

nos ajude a ter resignação, caso tenhamos que passar por alguma coisa não muito

boa. E, é claro, agradecendo a Deus por todas as coisas maravilhosas que nos acontece-

ram neste ano que está quase terminando.

Como já já será Natal e réveillon e você terá que pensar no cardápio das ceias,

vou começar desde agora com algumas receitas para você recortar e guardar. As-

sim vai facilitar na hora das compras de supermercado e mesmo para montar o

cardápio festivo.

Então, vamos em frente!

Grande beijo!

Pernil bêbadoIngredientes:

1 pernil de 1 ½ kg (mais ou menos)Sal grosso2 cenouras2 talos de salsão4 tomates sem sementesPimenta-do-reino a gosto1 pimentão vermelho1 cebola grande4 dentes de alho3 folhas de louro1 litro de aguardente (cachaça)

Modo de fazer:

Retire um pouco da gordura do pernil,mas não totalmente. Corte os legumesfinamente. Coloque o pernil numaassadeira e faça alguns furos sobre ele.Tempere com o sal grosso e a pimenta ecubra com os vegetais picados.Acrescente as folhas de louro e regue comtoda a cachaça. Deixe descansar na gela-

FORNO & FOGÃO – ESPECIAL

deira, coberto com papel alumínio, de umdia para o outro, virando a cada seis horas.Leve para assar coberto com o papelalumínio em forno médio por umas quatrohoras. Retire o papel, aumente atemperatura do forno e asse por maisduas horas, regando com o suco que seformar na assadeira. Depois de assadoretire da assadeira e coloque numrefratário que possa ir à mesa.Se quiser, regue a assadeira com umaxícara (chá) de água e deixe encorpar.Sirva fatiado e regado com o molho. Senão, fatie e sirva acompanhado de farofa.

Farofa de frutas secasIngredientes:

1 cebola picada100 g de margarina250 g de bacon picado1 xícaca (chá) de nozes picadas½ xícara de ameixa preta picada60 g de damasco cortado em fatias finas4 colheres (sopa) de uvas passas½ kg de mandioca cruaSal, pimenta-do-reino e salsinha picada a gostoAzeite a gosto

Modo de fazer:

Frite o bacon até dourar e escorra empapel absorvente. Reserve. Derreta amargarina e refogue a cebola.Acrescente as frutas secas e continuerefogando. Tempere com o sal e apimenta. Junte a farinha de mandioca emexa muito bem, até que ela fiqueligeiramente dourada. Acrescente obacon picado e incorpore à farofa.Em seguida junte a salsinha picada.Se achar que ficou um pouco seca,regue com um bom azeite.

Arroz commaçã e passasIngredientes:

3 xícaras (chá) de arroz6 xícaras (chá) de água1 colher (sopa) de azeite½ cebola picada1 dente de alho picadoSal a gosto1 colher (sopa) de margarina1 maçã cortada em cubos pequenos3 colheres (sopa) de uvas passas

Modo de fazer:

Refogue a cebola e o alho no azeite edepois acrescente o arroz e refogue maisum pouco.Acrescente a água e o sal a gosto. Deixecozinhar a seu modo.Numa panela coloque a margarina erefogue a maçã e as uvas passas.Em seguida acrescente o arroz já cozidoe refogue bem, incorporando todos osingredientes.Sirva quente salpicado de salsinha bempicadinha.

Page 19: Jornalzen Novembro 2011

JORNALZENNOVEMBRO/2011 19

BEM NUTRIR

SAÚDE POR INTEIRO:

Alimentação saudávelEloísa Cavassani Pimentel

Estudos recentes relacionam dieta ade-

quada com longevidade e qualidade de vi-

da, resgatando a ideia defendida por Hipó-crates (pai da medicina): “que teu alimento

seja teu medicamento”. Porém, atualmentetalvez ele dissesse: “cuide para que teu ali-

mento não seja o causador de tuas doenças!”.

É conhecido que seis entre dez doençasconsideradas graves são relacionadas a er-ros alimentares. Além da quantidade exces-siva e principalmente do desequilíbrio denutrientes da dieta – como excesso de calo-rias, gorduras, sal, açúcar e a falta de fibras–, é a qualidade dos alimentos um problemagrave, que ainda não tem a atenção devida.

A alimentação moderna é consequênciada busca por praticidade e velocidade, ofast-food, caindo no imediatismo, apelandopara sabores fortes até o ponto de não seconseguir saborear um alimento in natura.

Os alimentos no seu processamentoconvencional podem perder sua vitalida-de, desde a proveniência do alimento atéa industrialização e congelamento. Nor-malmente, usam-se grandes quantidadesde agrotóxicos, adubos químicos, hormô-nios e aditivos químicos sintéticos, alémde técnicas de refinamento e, mais recen-temente, manipulados geneticamente, oschamados transgênicos.

Esses processos, além de alterarem o va-lor nutritivo, aumentam sua toxicidade epodem apresentar-se como alergênicos. Seobservarmos as pequenas letras dos rótu-los, veremos uma infinidade de nomes: co-rantes, aromatizantes, acidulantes, etc.,agentes externos que podem ser agressoresdo nosso sistema digestivo e imunológico.

Na expectativa de corrigir o problema,buscam-se produtos diet, light e vitaminas“completíssimas” que dão a falsa sensaçãode estar-se cuidando da saúde.

Observamos sintomas que estão au-mentando nas últimas décadas, comoTPM, disfunção tireoideana, alergias, de-pressão, além de cansaço, gripes e infec-

A era dos nutracêuticos, alimentosfuncionais e suplementosKali Nardino

Com a evolução das sociedades e oavanço das tecnologias, a informação

está cada vez mais acessível, principal-mente a relacionada à saúde e à preven-ção de doenças. De outro lado, o tempopara as refeições saudáveis tem diminuí-do bastante. Para suprir essas necessida-des, os consumidores recorrem aos nutra-cêuticos, alimentos funcionais e suple-mentos alimentares.

Os nutracêuticos são alimentos oupartes deles que proporcionam bem-es-tar e qualidade de vida. Tais alimentospodem abranger nutrientes isolados, su-plementos dietéticos em cápsulas e die-tas até produtos beneficamente projeta-dos, herbais e alimentos processados. Vá-rios nutracêuticos podem ser produzidoscom o uso de micro-organismos e classifi-cados genericamente como fibras dietéti-cas, ácidos graxos poli-insaturados, pro-teínas, peptídios, aminoácidos, minerais,vitaminas antioxidantes e outros antioxi-dantes (glutationa, selênio).

Nutracêutico significa a junção daspalavras nutrient (nutriente) e pharma-

ceutics, ou seja, a forma de apresentaçãosimilar aos medicamentos, como cápsu-las, cápsulas gelatinosas ou até mesmosoluções prontas para o consumo. Elesincorporam frequentemente extratosproduzidos a partir de alimentos, desubstâncias sintetizadas ou de vegetais,como a cafeína extraída do guaraná.

Já os alimentos funcionais são idênti-cos aos convencionais consumidos numadieta normal, e além de satisfazerem asfunções nutritivas básicas, procura com-pensar e corrigir problemas de saúde crô-nicos, como hipertensão. O termo “ali-mentos funcionais” surgiu no Japão emmeados dos anos 80 e se refere aos ali-mentos processados com ingredientesque auxiliam funções específicas do cor-po, sendo definidos como “Alimentos pa-ra uso específico de saúde” (Foods for Spe-

cified Health Use) em 1991.Para o Ministério da Agricultura, Pes-

ca e Alimentos do Reino Unido, alimentofuncional é aquele “cujo componente in-corporado oferece benefício fisiológico enão apenas nutricional”, distinguindoalimentos funcionais daqueles fortifica-dos com vitaminas e minerais.

Já o conceito de suplementos ali-mentares começou a ser desenvolvidohá cerca de cem anos por Gowland Hop-kins. Hoje, os suplementos são usadospara acrescentar a dieta normal. Preten-de-se, com o uso deles, complementar,corrigir ou adaptar dietas para cada in-divíduo. Eles são utilizados preferencial-mente por esportistas, pois podem for-necer nutrientes necessários às deman-das elevadas pelo esporte. Bebidas, bar-ras, refeições líquidas e suplementos demicronutrientes fazem parte de um pla-no alimentar prescrito para auxiliá-losa atingir suas necessidades especiais eem situações em que a alimentação ha-bitual não consegue suprir.

O aumento do conhecimento sobre anutrição e o avanço sobre as caracterís-ticas de cada indivíduo tornam possívelpersonalizar cada dieta, modulando anutrição conforme as necessidades e li-mitações individuais para prevenir doen-ças e melhorar a saúde. Com isso, haveráuma quantidade cada vez maior de pro-dutos que ofereçam soluções às pessoasque desejam viver o dia a dia com maisintensidade, dominando melhor o seuritmo nas 24 horas do dia. Haverá pro-dutos de consumo que acompanham oestilo de vida de cada um. Conhecendo operfil da população moderna, mais preo-cupada com a saúde e o bem-estar, have-rá crescimento no consumo dos alimen-tos funcionais seguros e legalizados, queaumentarão diariamente o desempenhofísico e mental, elevando a qualidade devida e a autoestima.

Kali Nardino é farmacêutico e gerente de produtos

ções que são resultado, entre outros fa-tores, de erros na alimentação.

Atualmente há a noção da necessi-dade de qualidade em todo o processo, etem-se despertado para um cuidado mai-or a partir do cultivo. É o caso dos alimen-tos orgânicos ou biodinâmicos que sãoproduzidos sem agrotóxicos, com princí-pios definidos e devem apresentar rótuloadequado caracterizando o produto.

Redescobriu-se, recentemente, oschamados alimentos funcionais, comação preventiva e curativa além danutrição, seja para proteger as célulasdos radicais livres, diminuir colesterol(LDL), auxiliar na síntese de enzimas an-ticancerígenas (por exemplo, o tomate)e outras. Porém, no caso específico dotomate e outros alimentos, como o mo-rango, é sabido que quem planta nãoos come, devido à necessidade de usode grandes quantidades de agrotóxicospara que seja viável sua produção. Nessecaso, dificilmente esses alimentos aju-darão na prevenção, sendo na verdadeum causador de problemas.

Há uma riqueza imensa disponívelpara a humanidade, que são as especia-

rias, ou temperos, plantas aromáticasque realçam o sabor dos alimentos e têmfunções no organismo humano, auxili-ando na digestão, atuando como antio-xidantes, estimulando o sistema imuno-lógico, além de várias outras ações, tem-perando a vida e, por que não dizer, ale-grando-a. “Temperar é como comporuma música” (RS). Experimente dar uma“pitada” de sabor na sua vida!

A busca de uma alimentação e estilode vida saudável resgata o prazer dascoisas mais simples.

Eloísa Cavassani Pimentel de Magalhães é médica

especialista em homeopatia e acupuntura com forma-

ção em medicina antroposófica e fitoterapia e pós-for-

mação em Homeopatia Unicista na Bélgica. Atua na

clínica de crianças, adolescentes e adultos; nas áreas

de saúde pública, saúde integrativa e reabilitação.

Realiza cursos de plantas medicinais e temperos.

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JORNALZEN20 NOVEMBRO/2011