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EM DIA COM A POLÍTICA

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MAGALI SIMONE E GABRIELA SALES

O promotor Renato Froes, que inte-gra a força-tarefa que investiga a atuação do grupo Hipolabor Farmacêutica, disse ontem que as informações prestadas por farmacêuticos e funcionários da empresa podem ajudar a agilizar os processos que visam punir os acusados pelas mortes de duas mulheres que teriam sido vítimas de medicamentos adulterados, em 2006. Elas foram medicadas com anestésicos fabricados pelo Hipolabor e morreram de complicações pós-cirúrgicas.

Agora, os parentes de Zélia Ferreira Elpídio e Jenicleide da Silva Santos co-bram, na Justiça, indenizações. O Hospi-tal São João de Deus, em Santa Luzia, onde as intervenções foram feitas e ou-tros cinco pacientes também cobram in-denizações do laboratório.

“As pessoas interrogadas não só confirmaram que o anestésico tradinol pesado pode realmente ter provocado a morte das duas mulheres, mas também disseram que o grupo Hipolabor conti-nuou fabricando o medicamento por al-gum tempo depois de ele ter sido proi-bido pela Anvisa (agência de vigilância sanitária)”, afirmou o promotor.

Os funcionários e farmacêuticos do grupo, ainda conforme o promotor, nega-

ram desconhecer a inexistência do alvará de funcionamento para a Unidade 2 do Hipolabor, no bairro Aarão Reis, na re-gião Nordeste de Belo Horizonte. O local está fechado desde a última quarta-feira. Os interrogados disseram desconhecer também que a unidade 2, onde funciona-va um depósito de medicamentos, arma-zenasse remédios controlados sem auto-rização para isso.

Ainda de acordo com promotor, os funcionários confirmaram a existência do grupo econômico e de uma conta no exterior, que seria utilizada para desviar dinheiro e fraudar o recolhimento de im-postos. Além da adulteração dos remé-dios, a Operação Panaceia, deflagrada na última terça-feira, investiga o enri-quecimento ilícito dos donos do Hipo-labor - Ildeu de Oliveira Magalhães, 55, e Renato Alves da Silva, 40 - presos na ação. Além deles, a farmacêutica Laris-sa Pereira também está detida. Entre as acusações estão sonegação de impostos, fraude em licitações públicas e tráfico de drogas. “Nomes de outros funcionários envolvidos também foram citados”.

Depois de um acordo na semana passada que impediu o depoimento, os empresários devem ser interrogados hoje à tarde. “Já temos algumas provas que poderão ser confirmadas”, disse o pro-

motor Christiano Leonardo Gonzaga Gomes.

maniFestaÇÃo

Trabalhadores temem que sejam demitidos

Funcionários do setor de produção, farmacêuticos e técnicos em química contratados pelo Hipolabor fizeram uma manifestação em frente ao Fórum de Sa-bará, na região metropolitana de Belo Horizonte, ontem à tarde.

“Estamos sem nenhum tipo de in-formação. Queremos saber se seremos demitidos e se teremos o nosso direito preservado”, disse Vandeir Messias Al-ves, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas e Farmacêutica (Sind-Químicos).

Dos 550 funcionários da fábrica, 250 participaram da manifestação. Eles estão sem trabalhar desde a última terça-feira, quando os empresários Ildeu Magalhães e Renato Alves, sócios na empresa, fo-ram presos acusados de sonegação fiscal e adulteração de licitações.

Alguns funcionários rebateram a suspeita de que os remédios do Hipola-bor seriam adulterados. “Posso garantir que não existem medicamentos falsos”, disse o técnico Helton Soares, 28. (GS)

o tempo-p.34 19/04/2011Depoimento.Farmacêuticos dizem que anestésicos podem ter provocado mortes de mulheres

Funcionários comprometem proprietários do HipolaborDepois de manobra, na semana passada, empresários serão interrogados hoje

O presidente da Hipolabor Farmacêutica, Ildeu de Oliveira Magalhães, e seu sócio, o farmacêutico Renato Alves da Silva, depõem hoje na Procura-doria-Geral de Justiça do Estado, no Bairro San-to Agostinho, Centro-Sul da capital. Os dois foram presos na semana passada na Operação Panaceia, que liga a empresa a esquema de fraude, sonegação fiscal e falsificação de remédios. Doze pessoas já prestaram declarações no inquérito policial na con-dição de testemunhas, três delas ontem. A farma-cêutica Larissa Pereira, funcionária da Hipolabor, também presa, foi ouvida na sexta-feira.

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CASO HIPOLABORCom as irregularidades

apontadas pelo Ministério Público, funcionários do la-boratório temem demissão em massa

Cerca de 150 funcioná-rios da Hipolabor fizeram, nesta segunda-feira (18), uma manifestação na porta do Fó-rum de Sabará, na Grande BH. Eles protestaram contra a interdição cautelar do labora-tório, na última semana, e as denúncias feitas pelo Minis-tério Público (MP). Entre as

irregularidades apontadas, a empresa é acusada de fraudar licitações e adulterar remé-dios. Os empregados estão preocupados com uma prová-vel demissão em massa. A Hi-polabor tem 550 profissionais. O presidente do Sindicato dos Químicos de BH, Vandeir Messias, disse que pediu uma reunião com o Ministério do Trabalho para garantir as va-gas e direitos trabalhistas dos funcionários.

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Funcionários fazem protesto em Sabará

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HoJe em dia-p.1 cadeRno espoRtes 19/04/2011

Venda de ingressos do clássico começa hoje

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MATHEUS JASPER NANGINOOs oito acusados de envolvimento em fraudes em lici-

tações em prefeituras do interior de Minas, descobertas na operação Convite Certo, da Polícia Federal (PF), foram sol-tos no início da noite de ontem. Eles estavam presos na pe-nitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande Belo Horizonte.

Segundo a PF, não havia mais motivos para os suspei-tos continuarem presos enquanto as investigações não ter-minarem. “Poderíamos apenas pedir a prorrogação por mais cinco dias, mas não faria sentido”, informou a assessoria. Os delegados Mário Veloso e Renato Serquis, que estão cui-dando do caso, preferiram não se manifestar sobre a soltura. Eles não pretendem dar novas declarações para não atrapa-lhar as investigações.

As apurações previstas na segunda etapa da operação já começaram. Materiais recolhidos na última quarta-feira, durante a prisão dos acusados e o cumprimento de 19 man-

datos de busca e apreensão, estão sendo periciados e serão usados como prova no inquérito, que será entregue ao Mi-nistério Público.

A reportagem de O TEMPO entrou em contato com Fabrício Quirino, tido pela polícia como o mentor do esque-ma, assim que ele saiu da prisão ontem. Ele disse que vai aguardar as investigações e que prefere não fazer nenhuma declaração nesse momento.

Junto com Quirino, foram libertados seus outros dois sócios, José Sanches e Marcus Sant’ana, os procuradores do município de Alfenas, José Ricardo da Silva, e de Boa Es-perança, Deivison Monteiro, o assessor do prefeito de Dores do Indaiá, Paulo Santiago, e os assessores de gabinete do deputado estadual Dilzon Melo, Marco Antônio Reis e Eu-gênio Miranda. Os oito foram presos acusados por fraude em licitações em prefeituras do interior de Minas, com con-tratação irregular de escritórios de advocacia.

o tempo-p.6 19/04/2011Convite Certo.Suspeitos estavam detidos desde a última quarta-feira

Acusados pela PF de fraudar licitações deixam a cadeiaApurações previstas para a segunda etapa da operação estão em andamento

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Celso Martins - Repórter - 18/04/2011 - 22:23

Minas Gerais tem 42.423 armas apreendidas pela polícia guardadas nos prédios do Tribunal de Justiça do Es-tado. É o que revela levantamento fei-to pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em todo o país, são 755.256 ar-mamentos nos 27 tribunais brasileiros.

O estado do Rio de Janeiro tem 552.490 armas, o que representa 73% de todas as apreensões do país. São Paulo vem em seguida com 51.654.

O número de armas sob a respon-

sabilidade da Justiça brasileira é qua-se igual ao total em poder dos órgãos de segurança pública do país, que têm 766.100 unidades, segundo levanta-mento de 2010 realizado pela ONG Viva Rio com o Ministério da Justiça.

Relatório do CNJ determina aos tribunais de Justiça reforço na segu-rança nos depósitos onde as armas são guardadas, além da destruição das que são de processos transitados e julga-dos.

O Tribunal de Justiça de Minas não informou em quais cidades as armas

estão armazenadas e o tipo de arsenal.O conselheiro do CNJ Felipe Lo-

cke Cavalcanti informou que o levanta-mento foi iniciado no ano passado, após a divulgação de várias notícias sobre furtos e roubos de armas nos tribunais. Segundo ele, tribunal não é feito para ter arsenal, mas para julgar. “Essa não é uma função típica do Judiciário. Es-sas armas devem ser tiradas dos fóruns o quanto antes e destruídas, pois estão gerando insegurança”, disse.

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42 mil armas ‘guardadas’ nos tribunaisEm Minas Gerais, número de armas apreendidas ultrapassa 42 mil; em todo o Brasil são 755 mil

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ViaGem ao aBismo

Uma ameaça devastadora que se espalha pelo paíso GLoBo-p.3 17/04/2011

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cont...o GLoBo-p.3 17/04/2011

Camila Guimarães com Humberto Maia JuniorJá não há dúvida de que uma das motivações do ata-

que de Wellington Menezes de Oliveira contra as crianças de Realengo foi ter sido assediado por colegas da escola. Em um depoimento que deixou gravado em vídeo, ele des-creveu uma situação clara de reação ao bullying, ao afirmar que “a nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pesso-as incapazes de se defenderem”.

Não quer dizer que o bullying (pronuncia-se búlim) te-nha provocado a tragédia. Se ele fosse um fator tão deter-minante, tragédias como a de Realengo seriam muito mais comuns, já que o fenômeno está presente em praticamente todas as escolas do país. A verdadeira causa do massacre foi a doença mental de Wellington – sua “fraqueza”, para usar suas próprias palavras. Mas a perseguição serviu de com-bustível para sua explosão.

Retraído, pouco sociável, abandonado pela mãe bio-lógica, que também era doente, e invisível para a escola, que não soube lidar com suas dificuldades, Wellington se

transformou em alvo de alguns colegas. Uma resposta tão explosiva quanto a dele é – felizmente – muito rara. Mas demonstra que o bullying deve ser encarado com muito mais seriedade do que tem sido pelas escolas, pelos pais, alunos e governantes.

Para começar, ainda há muita confusão sobre a definição do que é bullying, e a palavra em inglês não ajuda a iden-tificar os verdadeiros casos. Bullying são agressões físicas ou psicológicas praticadas repetidamente por um ou mais alunos contra outro, que sofre dor e angústia. A principal característica desse tipo de perseguição é que ela acontece dentro de uma relação desigual de poder. O agressor é, de alguma forma, mais poderoso que a vítima.

Wellington é um exemplo extremo. Ele era o “esquisi-tão da turma”. Segundo os relatos que deixou, era xingado e chegou a ser atirado de cabeça para baixo dentro de uma lata de lixo. Num dos empregos que teve, no setor de al-moxarifado da salsicharia Rica, Wellington também era alvo de piadas que questionavam sua opção sexual. Lá ganhou o apelido de “virgem” depois de recusar convite de uma co-

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O fator bullyingUm em cada dez estudantes brasileiros já perseguiu ou foi perseguido por

colegas. E grande parte das agressões acontece dentro da sala de aula

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lega para ir ao cinema. Ele nunca reagiu a nenhuma provocação. Só sorria nervosamente e se afastava.

Há muita confusão na hora de identificar o bullying – e as escolas ainda tendem a considerar “coisa normal de criança”. Também não há muitas pesquisas que tenham investigado o problema no Brasil. A mais recente é de 2010, feita pela Plan Bra-sil, uma organização britânica que há 70 anos trata dos direitos da infância. Ela estudou escolas públicas e particulares em todas as regiões do país. A conclu-são: pelo menos 10% dos estudantes já sofreram ou praticaram bullying na escola (a agressão se repetiu mais de três vezes, durante um ano, principalmente entre alunos de 11 e 15 anos). Há também um dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, revelando que um em cada três estudantes brasileiros de 14 anos já sofreu algum tipo de agres-são na escola (repetidas durante um mês e que dei-xaram as vítimas intimidadas). “Não existe escola sem bullying”, diz Aramis Lopes Neto, presidente do departamento científico de segurança da criança e do adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Quase nenhuma das vítimas de bullying se tor-nará um assassino feroz – mas a maioria vai sofrer efeitos devastadores. Inúmeros estudos internacio-nais relacionam doenças psíquicas e uso de antide-pressivos aos ataques de bullying. É provável que, com a autoestima minada pelos constantes ataques, a vítima perca a noção de quem realmente é. Muitas vezes, a pessoa começa a se achar gorda demais. Um estudo britânico mostrou que pelo menos metade dos jovens que sofrem de distúrbios alimentares culpa o bullying.

O bullying é um fenômeno mundial. Mas o Bra-sil apresenta duas peculiaridades, de acordo com as pesquisas. A primeira: a maior parte das agressões acontece dentro da sala de aula. Em outros países, como os Estados Unidos e a Inglaterra, as persegui-ções acontecem longe dos olhos dos professores, nos corredores e pátios das escolas. A segunda: o bullying brasileiro ocorre dentro de um cenário maior e tão preocupante quanto ele – a violência nas escolas. Se-gundo a pesquisa da Plan, 70% dos estudantes pre-senciaram algum tipo de agressão entre colegas no período de um ano e 30% viveram pelo menos uma situação violenta.

Essas duas características mostram como a escola brasileira está despreparada para enxergar o problema do bullying – mesmo quando ele é testemunhado por quem, teoricamente, foi treinado para conduzir uma sala de aula. “A escola não vê e, se vê, ignora, porque não sabe como lidar com o bullying”, afirma Lopes Neto, que também é consultor de diversos colégios de

São Paulo. Aprender a identificar potenciais situações de risco é o grande desafio. Isso se faz com programas de prevenção – e não por atividades pontuais, como chamar um especialista para dar uma palestra sobre o tema na escola e depois nunca mais falar do assunto. O mais bem-sucedido plano de combate ao bullying é o da Noruega, que o coloca em prática há 20 anos nas escolas do país com a chancela do governo.

Trata-se de um plano de prevenção em que to-dos os professores, funcionários, alunos e até pais de alunos são treinados continuamente para antecipar as situações de risco. Há, por exemplo, uma cartilha só sobre empatia, que ensina a criar um ambiente de convivência saudável. Na década de 1980, a Noruega registrou um índice recorde de suicídios de crianças e jovens que haviam sofrido perseguição na escola. Desde que o programa foi instaurado, os índices de bullying caíram pela metade, segundo o governo.

COMO IDENTIFICAR O BULLYING

A criança que é agredida por colegas costuma de-monstrar os seguintes comportamentos

1. Chega da escola com roupas e material rasga-dos ou danificados. Às vezes, os perseguidores tam-bém roubam pertences de suas vítimas

2. Tem poucos ou nenhum amigo com quem

brincar ou estudar 3. Parece ter medo de ir à escola, de pegar a con-

dução sozinha para a escola ou de atividades escola-res em grupo

4. Parece triste, desanimada ou depressiva quan-

do chega da escola 5. Perde o interesse pelos estudos e tem repentina

queda no desempenho escolar 6. Reclama com frequência de dores de cabeça e

estômago – especialmente na hora de ir para a escola 7. Começa a demonstrar baixa autoestima. Per-

guntas como “Mamãe, por que eu sou feia?” são co-muns

8. Tem falta de apetite e problemas para dormir,

como insônia e pesadelos

Fonte: Olweus

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O silêncio do bullyingApesar de lei determinar, escolas não notificam casos em conselhos tutelares ou na polícia

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