29 abril 2011

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29/04/2011 75 XIX

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29/04/201175XIX

Isabella Souto, Ezequiel Fagundes e Juliana Cipriani

Diz a lei que as assembleias legis-lativas devem seguir à risca as normas da Câmara dos Deputados no que se refere a remuneração e benefícios para os parlamentares. Mas não é o que tem acontecido em Minas Gerais em rela-ção ao auxílio-moradia de R$ 2.250 – pagos independentemente de os depu-tados terem imóvel em Belo Horizonte ou gastar com aluguel ou diária de ho-tel. Em Brasília, os deputados federais têm duas opções: apresentar nota que comprove o gasto com moradia para ter direito a um reembolso de R$ 3 mil ou receber o dinheiro junto com o contra-cheque, mas mediante um desconto de 27,5% de Imposto de Renda (IR).

Em Minas Gerais, todos os 71 de-putados que recebem a ajuda de custo para morar não precisam comprovar o gasto, pois a Casa optou por adotar no regimento interno apenas a hipótese de incluir o valor no contracheque, o que com o desconto do IR reduz o benefício para R$ 1.631,25. Embora seja inferior, não há qualquer empecilho para rece-

ber a regalia. Atualmente, dispensaram a verba apenas seis deputados estadu-ais mineiros: André Quintão (PT), Dé-lio Malheiros (PV), Fred Costa (PHS), João Leite (PSDB), João Vitor Xavier (PRP) e Marques (PTB).

O detalhe é que 21 mineiros de-claram à Justiça Eleitoral terem imó-veis em seus nomes, alguns deles nas imediações da sede da Assembleia Legislativa, como os bairros Lourdes, Funcionários e Gutierrez, áreas nobres de Belo Horizonte. Ainda assim, não abrem mão de engordar o bolso com a verba destinada a custear a moradia de quem vem do interior para as reuniões de comissão temática e votação de pro-jetos no plenário.

Pelo menos por enquanto, não há qualquer discussão na Mesa Diretora para alteração da sistemática envolven-do o auxílio-moradia. Recentemente a única regra modificada foi a possibili-dade de o parlamentar que abrisse mão do benefício requerê-lo novamente a qualquer tempo, recebendo toda a ver-ba retroativamente ao período em que deixou de recebê-la.

ISONOMIA A assessoria da quarta secretaria

da Câmara dos Deputados informou ontem que o regimento interno da Casa não impede que parlamentares com imóveis em Brasília – ou que já moras-sem na cidade – requeiram o benefício. A justificativa é que a Mesa Diretora optou por seguir o princípio da “iso-nomia remuneratória” entre todos os parlamentares federais. Ainda assim, nenhum dos oito deputados eleitos pelo Distrito Federal recebem os R$ 3 mil a que teriam direito. Todos abriram mão da verba.

No caso dos deputados federais, há ainda a possibilidade de residirem em um apartamento funcional cedido pela Casa logo depois da posse. Só não podem ser custeadas despesas com la-vanderia, alimentação e bebidas, por exemplo. Encerrado o mandato, o par-lamentar deve deixar o imóvel no prazo máximo de 30 dias. Atualmente, 230 parlamentares moram nesses imóveis, segundo informou a quarta-secretaria da Câmara. Outros 259 recebem o au-xílio-moradia. Os demais 24 optaram por não receber a verba.

Ezequiel Fagundes, Isabella Souto e Juliana Cipriani

Receber quatro salários mínimos a título de auxílio-moradia, indepen-dentemente de ter ou não casa própria na cidade onde trabalha, é privilégio de poucos. Além dos 77 deputados estadu-ais mineiros, somente os parlamentares de outras quatro assembleias legislati-vas do país têm essa prerrogativa. Na Bahia, Maranhão, São Paulo e Goiás, assim como em Minas, todos os parla-mentares têm um acréscimo variando de R$ 2,2 mil a R$ 2,5 mil ao venci-mento sem a necessidade de qualquer comprovação. O dinheiro é livre e não depende de recibos ou contratos de alu-guel ou hospedagem. Em outros 17 es-

tados, não existe a regalia e em quatro há critérios para a concessão.

No Rio de Janeiro, deputado esta-dual que quiser contar com uma ajuda para morar precisa comprovar que sua residência fica a mais de 100 quilôme-tros da capital. Até R$ 2.250 são pagos como ressarcimento das despesas de aluguel. Também em Santa Catarina, os parlamentares interessados precisam ter contrato de aluguel em seus nomes para ter direito a R$ 2,5 mil e, no Pará, o comprovante de pagamento é requisi-tado para fazer jus a R$ 2.250.

Na Assembleia Legislativa do Amazonas, apenas um deputado recebe R$ 2.250 de auxílio-moradia. Para ter direito ao dinheiro, precisou compro-

var não ter imóvel em Manaus em to-dos os cartórios da cidade e apresentar recibo de pagamento de aluguel atua-lizado todos os meses. Além disso, ele comprovou morar em Itacoara, distante 265 quilômetros da capital do Amazo-nas – o que representa quatro horas de viagem.

Em Roraima, desde 1999 os depu-tados estaduais não recebem qualquer ajuda para morar em Boa Vista. Isso porque naquele ano assinaram um ter-mo de ajustamento de conduta (TAC) extinguindo o benefício. “O Tribunal de Contas apontou que os deputados vinham fixando residência na capital, por isso não haveria justificativa para receber o auxílio-moradia”, afirmou o

estado de minas - P. 3 e 4 - 29.04.2011dinheiro do contribuinte

Assembleia descumpre regraLei determina que os legislativos sigam à risca normas da Câmara dos Deputados, que exige dos parlamentares comprovação de gastos com moradia. Em Minas, auxílio é pago sem nota

Privilégio em cinco estados Além dos deputados estaduais mineiros, apenas parlamentares da Bahia, Goiás, Maranhão e

São Paulo recebem auxílio-moradia sem necessidade de qualquer tipo de comprovação

secretário administrativo da Assem-bleia de Roraima, Aias Bento.

Além de não receber ajuda para morar em Cuiabá, os parlamentares do Mato Grosso impediram que os se-cretários do governo estadual tivessem acesso a verba para moradia. No início do ano, o Executivo encaminhou à Casa um projeto de lei criando o benefício, mas a matéria foi derrotada no plená-rio, contou o assessor especial da Pre-sidência da Assembleia, Otávio Bucci. Segundo ele, entre os 24 deputados do estado, a maioria mora na capital ou até

150 quilômetros, o que não justificaria a regalia.

Das oito casas legislativas do Nor-deste, só os deputados da Bahia e do Maranhão ganham auxílio-moradia, mesmo tendo imóvel em Salvador e São Luiz. Na Assembleia do Maranhão, segundo informação repassada pelo ga-binete do presidente, os 42 deputados estaduais recebem R$ 2,5 mil mensais. Há duas formas de repasse: a primeira quando o recurso é repassado ao loca-dor do imóvel pela Casa. Neste caso, não há descontos. A segunda forma é

quando o dinheiro é depositado dire-tamente na conta do parlamentar. Por esse sistema, é obrigatório o desconto do IR, já que o recurso adquire caráter remuneratório.

Na Bahia, praticamente não há re-gras. Segundo a assessoria de imprensa da Assembleia de lá, cada um dos 63 deputados estaduais tem o direito de receber R$ 2.235 por mês para custear moradias. Depois do repasse da verba, direto na conta corrente, o parlamentar não precisa apresentar qualquer docu-mento para comprovar o gasto.

Cont... estado de minas - P. 3 e 4 - 29.04.2011

Cartas à redação

Políticos - Ex-deputado condena horas extras na ALMG

Antonio Oscar Pinheiro - Belo Horizonte “Parabéns ao EM pela vitoriosa batalha em defesa do

erário. Nada justifica os gastos absurdos e irresponsáveis como os que vinham sendo feitos pela Assembleia Legis-

lativa de Minas Gerais para pagar horas extras aos senhores parlamentares. No entanto, a guerra ainda não está ganha. A existência de outros gastos não menos absurdos naquela Casa merece investigação da imprensa e do Ministério Pú-blico. Quando deputado estadual, colocaram-me à disposi-ção dinheiro farto, proveniente de rubricas esdrúxulas, como verba de carnaval ou consórcios, com direito a uma retirada de R$ 50 mil por ano.”

o temPo - P. 12 - 29.04.2011

estado de minas - P. 10 - 29.04.2011

ANA PAULA PEDROSANa próxima semana, o Ministério Público Estadu-

al (MPE) deve se pronunciar sobre a cobrança das sacolas biodegradáveis nos supermercados de Belo Horizonte. O promotor de defesa do consumidor Amauri Artimos infor-mou que está estudando o tema e deve emitir parecer nos próximos dias. O órgão ainda não recebeu as solicitações do Procon nem de parlamentares para verificar a cobrança.

A polêmica acontece porque desde o dia 18, quando as

sacolas plásticas foram proibidas, os supermercados passa-ram a cobrar R$ 0,19 por sacola compostável. O assunto foi tema de audiência pública na Câmara Municipal na última quarta-feira. Na ocasião, os vereadores pediram ao Procon Municipal que se posicionasse sobre a cobrança.

A coordenadora do órgão, Maria Laura dos Santos, dis-se que não encontrou na legislação nada que proíba a co-brança. Ela afirmou que hoje entrará em contato com o MPE solicitando a avaliação dos promotores.

Dúvida.Procon diz que não encontra na lei nada que proíba a cobrança

MP estuda legalidade da venda da sacola

o temPo - P. 2 - 29.04.2011

[email protected] Parque das Águas de São Lourenço, NO SUL

DE MINAS: ilustração da artista plástica Simone Ri-beiro

Foi um sucesso, já na sua primeira edição, a en-trega da Comenda Ambiental Estância Hidromineral de São Lourenço, presidida pelo governador Antonio Anastasia, na última lua cheia de março, em comemo-ração ao “Dia Mundial das Águas”. A chamada “Me-dalha das Águas de Minas”, criada pelo prefeito José Neto, partiu de uma ideia da escritora Ivanise Jun-queira Ferraz, encampada pelo seu marido, jornalista Eugênio Ferraz. Em parceria com a Semad/Igam, ela homenageou as empresas, entidades e personalidades que mais se destacaram em ações de conscientização e preservação dos recursos hídricos. E conforme anun-ciou o próprio governador, um contumaz frequenta-dor desde criança do Parque das Águas, a comenda já entrou no calendário oficial do Estado. Confira nas fotos o sucesso de presenças homenageadas no even-to. A Revista ECOLÓGICO, parceira da Comenda, também foi condecorada.

ELES DISSERAM...“Minas tem o bem mais importante hoje para a

humanidade e o planeta. Somos a caixa d’água do Brasil, porque aqui nascem os principais rios do país, fora os da Bacia Amazônica. Sem água, não somos nada. Essa é a nossa responsabilidade.”

Antonio Augusto Anastasia, governador de Mi-nas

“As pessoas e empresas agraciadas assumem um compromisso em defesa do meio ambiente, da cultura e do turismo sustentável do Sul de Minas, de Minas e do país.”

Eugênio Ferraz, chanceler da Comenda“Mais de 30 milhões de brasileiros carecem de

água com qualidade. Planetariamente, 1,2 bilhão de pessoas já não têm acesso à água potável. Quatro em cada 10 crianças morrem antes dos cinco anos, por doenças relacionadas à água contaminada. Como Mahtama Gandi e Hugo Werneck nos ensinaram, se-jamos agentes da própria mundança que queremos ver no mundo.”

Jarbas Soares Júnior, presidente da Associa-ção Brasileira do Ministério Público do Meio Am-biente (Abrampa) e orador oficial do evento

PARA SABER MAISwww.comendaambiental.com.br

reVista eCoLÓGiCa - on Line - 18.04.2011

MEDALHA DAS ÁGUASFoi um sucesso, já na sua primeira edição, a entrega da Comenda Ambiental Estância Hidromineral de São Lourenço, presidida pelo governador Antonio

Anastasia, na última lua cheia de março, em comemoração ao “Dia Mundial das Águas”.

o temPo - P. 3 - 29.04.2011

Cont... o temPo - P. 3 - 29.04.2011

estado de minas - P. 6 - 29.05.2011

Carlos Lindenberg A decisão do Supremo Tribunal Federal que manda o suplen-

te de coligações assumirem vagas de deputados federais em lugar dos suplentes de partidos vai provocar uma pororoca nas casas legislativas de todo o país. Na verdade, a decisão, prolatada no julgamento de dois mandados de segurança, um deles de Minas, surpreendeu boa parte do mundo político. Até a decisão de ontem, com voto da relatora ministra Cármen Lúcia, a interpretação do Supremo sobre o assunto estava dividida. O Supremo havia deci-dido em favor de cinco pedidos de suplentes de partidos e quatro em favor de suplentes de coligação.

De certa forma, foi uma reviravolta. A própria ministra Cár-men Lúcia já havia decidido em um caso, pelo menos, em favor do suplente de partido, concedendo-lhe a liminar. Ontem, no en-tanto, ao julgar o mérito, ela mudou o voto, isto é, decidiu que a vaga pertence à coligação em detrimento do partido. É uma de-cisão estranha, ainda que a ministra tenha sido acompanhada por nove outros ministros, ficando apenas o ministro Marco Aurélio Mello com a interpretação de que deve assumir a vaga do titular o suplente do partido. O ministro Joaquim Barbosa também teria mudado sua interpretação, ele que era também favorável à posse do suplente do partido.

O raciocínio dos ministros é de que as coligações se sobre-põem aos partidos, como se eles se transformassem em superle-gendas ao se aglutinarem de forma coligada. Para os ministros que optaram pela coligação, esse tipo de aglutinação reforça ainda mais a ideia de que o mandato pertence ao partido e não ao de-tentor do mandado. Há controvérsias. Quem é contra esse tipo de interpretação defende a ideia de que os partidos se sobrepõem às coligações, desde que os primeiros são permanentes e as coliga-ções transitórias, funcionando apenas no momento eleitoral.

São argumentos respeitáveis, de lado a lado. A decisão de on-

tem, no entanto, evita uma trombada de todo o tamanho entre o Supremo e a Câmara dos Deputados, no que se configuraria um choque de poderes. É que a Câmara, desde o início, defendia a ideia de que o suplente da coligação é quem deveria tomar posse e não o do partido coligado. Essa interpretação, por sinal, é antiga e já teria sido incorporada à vida da instituição. Ocorre que nas suas primeiras decisões liminares sobre o assunto, o Supremo optou em favor do partido, entrando em choque com a Câmara.

Essa dubiedade criou problemas em vários estados, além de tumultuar a própria composição das bancadas na Câmara dos De-putados. Um dos dois casos julgados ontem, por sinal, diz respeito ao deputado mineiro Humberto Souto, do PPS de Montes Claros, por sinal terra da ministra Cármen Lúcia. Humberto havia entrado na Justiça contra o seu conterrâneo Jairo Athayde, do DEM. O julgamento, visto à distância, até parecia um caso de família em que dois irmãos brigam e a mãe decide em favor de um, ela que anteriormente havia decidido em favor do outro, imagem cons-truída pela circunstância de os três personagens terem nascido na mesma cidade.

A decisão do Supremo, por sua vez, mexe com a composição das bancadas na Assembleia mineira, como de resto deve mexer com outras também. No caso mineiro, o suplente do PTB Juninho Araújo deve voltar à Assembleia como suplente da coligação, de-salojando o deputado Romeu Queiroz, que está no exercício do mandato, como suplente do partido dele, o PSB, por força de limi-nar do TRE - que por sua vez se baseava em decisão do Supremo, agora revogada. E ainda há políticos que acham desnecessária uma reforma política capaz de evitar, com textos legais claros e sem casuísmos, confusões desse tipo. O Instituto dos Advogados de Minas Gerais é uma das entidades envolvidas na mobilização so-cial pela reforma, como demonstrou ontem durante debate com o autor da coluna, no Automóvel Clube de Belo Horizonte.

Alice Maciel e Patrícia Aranha Os ex-deputados estadual Romeu Queiroz (PSB) e federal

Humberto Souto (PPS), que perderam a oportunidade de ocupar cadeiras no Legislativo devido à decisão do Supremo Tribunal Fe-deral (STF) dando às coligações o direito de assumir as vagas de suplentes, já se conformaram com a derrota na Justiça. Os dois afirmaram que não vão entrar com recurso no Tribunal de Justiça, como última tentativa para reconquistar o mandato. Isso, para Ro-meu Queiroz, só iria prorrogar a sua permanência na Assembleia Legislativa de Minas, mas não lhe garantiria a cadeira.

O socialista concorda com a decisão do STF, que optou pela coligação e não pelo partido. “Acredito que os ministros refletiram mais para votar na quarta-feira”, afirmou, justificando a mudança na tendência de votos de quatro ministros do Supremo que já ti-nham entendido, ao concederem liminares, que a vaga dos suplen-tes era do partido.

Com o posicionamento do tribunal, quem volta à Casa é o deputado Juninho Araújo (PTB) que exerceu o mandato por ape-nas 15 dias, de 4 a 19 de fevereiro. Ele assumiu o cargo com a ida de Wander Borges (PSB) para a Secretaria de Desenvolvimento Social de Minas Gerais.

Humberto Souto nem chegou a sentir o gostinho de legislar

este ano. Apesar de ter conseguido, em março, uma liminar para assumir a cadeira do então deputado Alexandre Silveira (PPS), no-meado pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) para a Secreta-ria Extraordinária de Gestão Metropolitana, Humberto Souto não foi empossado na Câmara dos Deputados.

Poder A saída de Romeu Queiroz da Assembleia é mais uma pedra no caminho de um parlamentar que já foi o todo poderoso da Casa e que, desde a denúncia de envolvimento no escândalo do mensalão, tenta se reerguer. Apadrinhado pelo ex-governador Hélio Garcia, Romeu Queiroz foi presidente da Assembleia Legis-lativa por dois biênios (de 1991 a 1993 e de 1997 a 1999), exerceu três mandatos de deputado estadual e um de deputado federal. Mas sofreu no ostracismo por quatro anos, desde que foi denunciado por envolvimento no escândalo do mensalão. Apesar de ter sido absolvido pelo plenário da Câmara dos Deputados, não conseguiu se reeleger na eleição de 2006, nem eleger o filho, Marcelo Quei-roz (PTB), naquele ano.

A saída de Queiroz não deixa de ter um tom emblemático. Com ele, deixa a Assembleia o “eterno” assessor Dalmir de Jesus, que provocou polêmica no início do ano, ao voltar à Assembleia, 12 anos depois de aposentado como diretor-geral da Casa, cargo que lhe garantia um salário de cerca de R$ 50 mil.

suplentes

A saída do ex-todo-poderosoRomeu Queiroz (PSB) e Humberto Souto (PPS) perdem a chance de ocupar cadeira no Legislativo.

Socialista comandou Assembleia mineira, mas não conseguiu se reerguer depois do mensalão

hoje em dia - P. 5 - 29.04.2011

Decisão do STF mexe com bancadas

estado de minas - P. 8 - 29.04.2011

Cont... estado de minas - P. 8 - 29.04.2011

o GLoBo - P. 14 - 29.04.2011TRFs não sabem como punir juízes

o temPo - P. 58 - 29.04.2011

MAGALI SIMONEO policiamento na praça Sete, em Belo Horizonte, será

reforçado a partir de hoje. A medida foi anunciada ontem após reportagem de O TEMPO mostrar o uso indiscriminado de ma-conha no local em plena luz do dia. O major Adriano César Ribeiro Araújo, comandante da 6ª Companhia da PM, respon-sável pelo policiamento na região, não informou quantos poli-ciais serão escalados na ação. Segundo ele, a informação é es-tratégica. Apesar de dizer, anteontem, que depende do serviço de inteligência da polícia para identificar os usuários de droga que todos os dias são vistos por qualquer um que passe pelo quarteirão fechado da rua Rio de Janeiro, o major afirmou que as câmeras do “Olho Vivo” também flagram os crimes.

A apenas um quarteirão de distância do ponto de consumo indiscriminado da maconha existe um posto fixo de vigilância da polícia, onde duplas de militares se revezam 24 horas por dia. De acordo com o comandante, várias prisões devido ao uso de entorpecente, na praça Sete, ocorreram graças ao sistema de vigilância eletrônica. No entanto, segundo o major, como são classificados como usuários, os suspeitos são soltos logo em se-guida. “A central detecta o uso de drogas e nos aciona para que prendamos os usuários. Mas estamos sentindo a necessidade de reforçar a vigilância na praça Sete para impedir que as pessoas usem drogas livremente”.

Ontem, tomada por militantes de diversos sindicatos, que protestaram para denunciar acidentes de trabalho, a praça Sete ficou cheia de policiais. Nenhum hippie ou usuário se arriscou a fumar maconha no local. Comerciantes do entorno da praça, no entanto, temem que o reforço prometido pela Polícia Militar não seja duradouro. “A matéria que vocês publicaram trouxe

à tona uma situação insustentável. A polícia pode aumentar o efetivo na praça, mas é preciso saber por quanto tempo essa segurança será reforçada”, questionou um lojista. Outro comer-ciante reclamou da legislação que livra os usuários da prisão. “Enquanto existir usuário, haverá traficantes de drogas”, disse.Os flagrantes da reportagem foram feitos a partir de uma de-núncia de pedestres e comerciantes. Eles reclamaram da ousa-dia dos usuários que, à luz do dia, acendem os cigarros e divi-dem a droga sem qualquer constrangimento. Por dia, passam pela praça Sete 400 mil pessoas.

Combate

Prefeitura diz que uso de drogas é caso de polícia

O prefeito Marcio Lacerda não comentou o uso livre de drogas na praça Sete. Segundo sua assessoria de imprensa, o assunto deve ser tratado pela Polícia Militar.

A mesma reação teve a Administração Regional Centro-Sul, braço da prefeitura que trata dos assuntos relacionados ao hipercentro da capital e adjacências. Por meio da assessoria, a regional informou que os fiscais combatem o comércio ilegal promovido pelos hippies, apontados como principais usuários de maconha na praça Sete. No entanto, de acordo a regional, os fiscais não podem fazer nada para retirá-los do local.

Ouvido anteontem, o gerente de Regulação Urbana da re-gional, William Nogueira, havia afirmado que as fiscalizações são diárias, sempre com a presença da PM. Ele admitiu que os próprios fiscais temem os hippies. “Eles sempre são agres-sivos”. Nesta semana, um hippie foi preso por jogar pedra no carro dos fiscais. (MSi)

Consumo de maconha.Comandante admitiu necessidade de melhorar policiamento na área

Após denúncia, PM promete reforçar ação na praça Sete Posto de vigilância, a poucos metros da praça, não intimida usuários da droga

Giro PeLo País

sUPerior triBUnaL

Promotora obtém habeas corpus

O ministro Napoleão Maia, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu ontem habeas corpus para libertar a promotora Deborah Guerner e o marido, Jorge Guerner, presos desde o dia 20. Deborah é acusada de participar do esquema de corrupção no governo do Distrito Federal co-nhecido como mensalão do DEM. Também há indícios de que o casal teria cometido irregularidades em São Paulo. O objetivo da prisão, segundo o Ministério Público, era evitar a fuga do casal e impedir que os dois atrapalhassem as inves-tigações. Deborah também é acusada de fraude processual, pois teria simulado insanidade mental para não ser respon-sabilizada pelos crimes. Foram divulgados vídeos em que um psiquiatra orienta a promotora a agir como se ela tivesse um distúrbio mental. Como o inquérito está sob segredo de

Justiça, o STJ não divulgou o teor da liminar. Segundo o ministro, a prisão foi decretada de forma precipitada.

Contra a mULher

Violência não diminui Dados do Mapa da Violência divulgados ontem mos-

tram que as agressões à mulher continuam sem registrar queda. Considerando estatísticas dos 27 estados, o núme-ro de assassinatos de mulheres estão estacionados no mes-mo patamar há mais de uma década: em 2008, houve 4,17 assassinatos para cada 100 mil mulheres. Em 1998, foram 4,27 homicídios para cada grupo de 100 mil. Em 2008, as mortes violentas de mulheres somaram 4.023. Quase meta-de dos homicídios ocorre dentro de casa: 40%. No caso dos homens, apenas 17% dos assassinatos foram registrados na residência ou habitação. Dado que reforça a violência do-méstica como principal causa dos incidentes fatais, de acor-do com o coordenador do Mapa da Violência, Júlio Jacobo Waiselfisz.

estado de minas - P. 9 - 29.04.2011

o temPo - P. 58 - 29.04.2011

o temPo - P. 58 - 29.04.2011Giro PoLiCiaL

Caso BrUno

Inspetor envolvido

na morte de Eliza Um inspetor da Polícia

Civil é mais um acusado de en-volvimento no suposto sumiço e morte da modelo Eliza Sa-mudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes. A revelação foi feita ontem pelo advogado de acusação, José Arteiro, com base em depoimento que um co-lega de presídio do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, deu ao juiz substituto da Vara de Execuções Penais de Contagem, na Grande BH. O detento J.A.O., que cumpre pena por assalto, fez um longo relato sobre o que teria ouvido do acusado. Os dois eram vizi-nhos de celas na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Além de afirmar que ouviu de Bola que Eliza foi morta por ele e por um amigo inspetor, num sítio em Esmeraldas, o detento contou em detalhes os supostos planos do ex-policial para que traficantes executassem a juíza Marixa Rodrigues, o delegado Édson Moreira, Arteiro e outros que teriam contribuído para as acusações contra os envolvidos.

trÁFiCo Preso chefe

de gangue O homem acusado de ser

megatraficante de drogas, chefe de quatro quadrilhas de comér-cio de crack e cocaína na Re-gião de Venda Nova, em BH, mais sete municípios mineiros, foi preso em Piúma, no Espíri-to Santo. Nilton César Viana, o Capão, de 38 anos, foi capturado pela Polícia Civil num quiosque à beira-mar e negou ser trafi-cante. Segundo a Polícia Civil, Viana controla negócios na ca-pital, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Contagem, Lagoa Santa, São João del-Rei e Itabirito. A organização, conforme as inves-tigações, comercializava até 30 quilos de pasta-base de cocaína por mês.

Bando da deGoLa Juiz ouve

principal acusado Suposto líder do Bando

da Degola, o estudante Frederi-co Flores será interrogado hoje pela Justiça, que definirá se ele vai a júri pelas mortes de Fabia-no Moura e Rayder Rodrigues. Flores está na condição de semi-imputável, ou seja, não inteira-mente capaz de compreender a gravidade dos crimes. Se conde-nado, pode ter redução da pena. Os cabos Renato Mozer e André Bartolomeu, o estudante Ar-lindo Lobo e o garçom Adrian Grigorcea já têm sentença de pronúncia, mas há um recur-so no Tribunal de Justiça. Com relação a outros três suspeitos – a médica Gabriela Costa, o advogado Luiz Astolfo e o pas-tor evangélico Sidney Benjamin – ainda não há definição se serão levados a júri popular.

trama assassina

Militar se apresenta O cabo reformado Santos

das Graças Alves Ferraz, de 47 anos, acusado de participar da morte de um homem, numa trama para receber um seguro milionário, deve ser ouvido hoje pela polícia. Ele se apresentou ontem à tarde ao Regimento de Cavalaria, no Bairro Prado, em BH, onde trabalhava, depois de decretada sua prisão temporária. Santos Ferraz é apontado como o homem que atirou em Mário José Teixeira Filho, de 50, em agosto. O crime teria sido pla-nejado pela filha da vítima, a estudante de direito Érika Pas-sarelli Vicentini Teixeira, de 29, foragida. Com o pai, ela preten-dia receber R$ 1,2 milhão de três apólices de seguro, numa simulação da morte dele. Como Mário desistiu do gol-pe, Érika se uniu ao namora-do, Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz, e ao pai dele, o cabo Santos Ferraz, para pôr em prática a trama. Paulo foi pre-so na quarta-feira.

estado de minas - P. 24 - 29.04.2011

O Ministério Público é a instituição pública menos transparente do país. A constatação foi feita pelo presi-dente da ONG Transparência Brasil, Cláudio Abramo, um especialista em transparência e informação, durante o seminário Liberdade e Democracia, da Fundação As-sis Chateaubriand, em Brasília, na quarta-feira (27/4). O Seminário colocou em debate a nova Lei de Acesso a informação, que regulamenta o acesso a informações públicas consideradas sigilosas, como as relativas a atos dos governos militares, e cria grau de sigilo para cada tipo de informação do poder público. O encon-tro também discutiu a liberdade de expressão, as novas mídias e a transparência das contas públicas.

Para fundamentar sua constatação, Abramo citou o relatório de atividades do Conselho Nacional do Mi-nistério Público: “Das doze páginas do relatório, dez são dedicadas a explicações sobre os motivos de os MPs estaduais não terem fornecido os dados pedidos, as outras duas páginas falam da falta de dados do MP federal. Nem o Ministério Público Federal nem os es-taduais dão qualquer informação”, disse o presidente da Transparência Brasil, que é matemático. “Eles não obedecem qualquer hierarquia e sonegam qualquer dado sobre seu desempenho”, afirmou. Para ele, cabe à imprensa “acompanhar o que faz esse MP mal vigiado e mal controlado”.

Gil Castello Branco, da ONG Contas Abertas, afirmou que o Judiciário é a instituição pública menos transparente quanto à divulgação de seus gastos. Ao lado de Abramo, ele sustentou que estados e municí-pios terão dificuldades para aplicar a Lei de Acesso à Informação, que deve ser sancionada na próxima se-mana. Isso porque, ao contrário da União, que já pos-sui a Controladoria-Geral da União, alguns estados e municípios vão demorar para implantar um órgão para gerenciar o acesso às informações que devem passar a ser públicas.

“Promulgar uma legislação não é suficiente para que a informação circule”, advertiu Abramo. “A União terá um órgão para gerenciar, que é a CGU (Controla-doria-Geral da União), mas os estados e os municípios vão demorar a dispor de mecanismos semelhantes”, explicou. “No primeiro dia após o prazo (de aplicação da lei, que será de 180 dias), a imprensa vai procurar as informações e muitas ainda não estarão disponíveis. Vamos ter dificuldades”, concordou Castello Branco.

Abramo discordou. Para ele, o setor público mais opaco e obscuro é o Ministério Público. afirmou, acres-centando que o relatório do Conselho Nacional do Mi-nistério Público mostra a falta de transparência do MP. “Das doze páginas do relatório, dez são dedicadas a explicações sobre os motivos de os MPs estaduais não terem fornecido os dados pedidos, as outras duas pági-

nas falam da falta de dados do MP federal. Nem o Mi-nistério Público Federal nem os estaduais dão qualquer informação”, disse o matemático, concluindo que “a imprensa deveria acompanhar o que faz esse MP mal vigiado e mal controlado”.

imprensa livreOs especialistas que participaram do seminário

também concordaram em defender a necessidade de manter a imprensa livre de qualquer controle. O de-putado Miro Teixeira (PDT-RJ) e o jornalista Márcio Chaer, da revista eletrônica Consultor Jurídico, inicia-ram os debates destacando a necessidade de manter a liberdade de expressão no Brasil.

Teixeira afirmou que as autoridades não podem fa-zer censuras prévias. “Não deve haver intimidação de autoridades conservadoras. O povo tem direito à infor-mação”. Já Chaer defendeu a necessidade de uma lei especial em que o dano moral praticado pela imprensa tenha um tratamento que considere a inexistência de dolo em caso de erro involuntário.

O diretor presidente do Correio Braziliense, Ál-varo Teixeira da Costa, afirmou que a Fundação Assis Chateaubriand dá prosseguimento à política e à ideolo-gia dos Diários Associados de lutar pela liberdade de expressão ao promover eventos como o desta quarta-feira. “O preço da liberdade é a vigilância constante”, afirmou. O diretor presidente do Correio disse ainda que o tema do seminário tem que ser uma constante nos debates do país. “A liberdade precisa ser discutida com frequência.”

regulamentaçãoO jornalista Gustavo Krieger e o advogado Marco

Aurélio Rodrigues da Cunha participaram do debate so-bre liberdade de expressão nas novas mídias, nas quais ainda não há regulamentação. “A internet não está na Constituição, mas onde há sociedade, há o direito”, ob-servou Cunha. Para ele, um dos problemas é a falta de paralelos para os juízes decidirem sobre o assunto. O advogado lembrou que no Congresso existem em tra-mitação 173 proposições de regulamentação do setor.

Krieger afirmou que o problema no uso das novas mídias é a informação sem qualidade. Entretanto, que a própria população poderá fazer esse controle. “A socie-dade dará credibilidade a quem tem legitimidade”.

O diretor de Comercialização e Marketing do Cor-reio Braziliense, Paulo César Marques, encerrou o se-minário destacando o trabalho de Assis Chateaubriand para o acesso à informação. “Ele trouxe a televisão para o Brasil, promoveu grandes debates, estimulou campanhas e deixou um legado para a sociedade brasi-leira”. O debate foi mediado pelo jornalista Alon Feu-erwerker, colunista do Correio.

ConsULtor jUrídiCo - sP - 29.04.2011

“MP é a instituição menos transparente do pais”

hoje em dia - P. 19 - 29.04.2011

Wilson Tosta e Felipe WerneckUma explosão de crescimento da população das Regiões Nor-

te e Centro-Oeste, onde ficam biomas importantes, como a Ama-zônia e o Cerrado, conjugada à redução no número de moradores em 25% das cidades brasileiras e ao crescimento mais acentua-do dos municípios médios, sobressai na Sinopse do Censo IBGE 2010, que o instituto divulgou nesta sexta-feira, 28. O levanta-mento constata que os 10 Estados que mais cresceram no período 2000/2010 estão nas duas regiões, que ainda têm, porém, a menor

proporção de moradores do País.O Estado que mais cresceu no País em população de 2000 a

2010 foi o Amapá, com quase 3,45% ao ano, em média. Em termos absolutos, porém, o Sudeste teve o maior aumento de população - absorveu 37,9% do crescimento, menos que na década anterior (42,1%). Somadas, as regiões Sudeste e Nordeste, de ocupação mais antiga do Brasil, ficaram com 63,4% do aumento da popula-ção brasileira na última década - 13,3 milhões de pessoas.

Censo 2010 aponta crescimento populacional nas regiões Norte e Centro-Oesteo estado de sP - on Line - 29.06.2011

Renata Veríssimo e Eduardo Rodrigues,BRASÍLIA - O Conselho Monetário Nacional (CMN) criou

nesta quinta-feira, 28, novas regras para emissão de talão de che-ques e a sua compensação. O objetivo é tornar mais seguro o re-cebimento desse instrumento de pagamento. Os bancos terão de refazer os contratos com os clientes para estabelecer claramente os critérios para concessão de talões de cheque, entre outros pontos. Precisarão, ainda, criar um cadastro no qual o comerciante terá informações sobre o cheque que estiver recebendo. Além disso, as folhas de cheques terão que ter a data de confecção do talão.

As instituições financeiras terão o prazo de um ano para se adequar às novas normas. “É preciso dar mais robustez às regras, para que a pessoa que está recebendo o cheque tenha mais segu-rança e transparência”, afirmou o chefe do Departamento de Nor-mas do Banco Central.

No prazo de um ano, todos os contratos terão de ser refeitos. Nos novos contratos, a regra entra em vigor imediatamente.

Para o BC, a medida pode ajudar a reduzir a emissão de che-ques sem fundo. Segundo os dados da instituição, dos 1,12 bilhão de documentos compensados em 2010, no valor de R$ 1,029 tri-lhão, 71 milhões de cheques foram devolvidos, no valor de R$ 83 bilhões. Do total de devolução, 63 milhões foram por falta de fundos, somando R$ 70 bilhões.

Outra obrigatoriedade aprovada nesta quinta pelo CMN é a impressão na folha do cheque da data de confecção do talão. Che-ques com datas antigas poderão ser recusados pelo comerciante.

Bo e consultaAlém disso, os bancos terão de ser mais rigorosos na exigên-

cia do boletim de ocorrência policial para sustar cheques em caso de furto e extravio. “O boletim policial se torna obrigatório para que a sustação seja definitiva”, disse Odilon dos Anjos. O emissor do cheque terá dois úteis, após o pedido de sustação, para entregar o boletim de ocorrência. Caso contrário, o banco pode compensar o cheque.

As instituições financeiras terão, ainda, de criar um sistema que consolide em um único lugar a consulta de informações sobre o cheque. O comerciante, por exemplo, poderá receber informa-ções se o cheque foi sustado ou está bloqueado, se é de conta com bloqueio judicial ou de conta encerrada.

Os atuais mecanismos de consulta, como o Serasa, informam se o emissor do cheque tem histórico de cheques sem fundo, mas não prestam informações sobre o cheque em si. Odilon dos Anjos disse que a tendência é que os bancos se reúnam para formar um único serviço. Eles poderão cobrar uma taxa pelo serviço. “Não entramos no custo. Os bancos podem cobrar, porque evidentemen-te há um custo da operação”, explicou.

Outra decisão do CMN obriga as instituições financeiras a informarem ao cliente que teve o cheque devolvido o nome e a agência bancária da pessoa que depositou o cheque. O BC entende que este mecanismo vai possibilitar ao proprietário do cheque sem fundo acertar a dívida e limpar o nome no mercado. Como os che-ques muitas vezes passam de mão em mão antes de serem deposi-tados, o emissor tem dificuldade para resgatar o cheque devolvido. Se inscrito no Serasa, tinha que esperar o prazo de cinco anos para ver o nome limpo. Esta medida entra em vigor imediatamente por-que não necessita de prazo para implementação

CMN cria novas regras para emissão de cheques