06 abril 2011

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06/04/2011 61 XIX

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Luana Cruz Depois de uma concorrência entre os 26 estado do

Brasil e mais o Distrito Federal, Minas Gerais sai na frente e vai sediar o Centro Nacional de Defesa de Di-reitos Humanos da População em Situação de Rua. O projeto pioneiro é uma iniciativa do Movimento Na-cional da População de Rua em parceria com o Minis-tério Público de Minas Gerais (MPMG). O ponto de apoio às pessoas que vivem nas ruas será no prédio do MPMG, no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Segundo o Procurador-Geral de Justiça, Alceu José Torres, o projeto apresentado pelo MPMG ganhou a preferência do presidente Lula que deve vir à capital mineira inaugurar o novo centro.“Nós ganhamos um convênio com o governo federal com um investimento em torno de R$1,6 milhão para montar o centro de re-ferência. Neste final de mandato é a menina dos olhos do presidente. A nossa contrapartida é o imóvel”, disse o procurador.

A estreia deve acontecer em dois meses, tempo que o MPMG terá para preparar a infraestrutura do prédio para receber as instalações. Ainda de acordo com o procurador, as políticas de Direitos Humanos colocam Minas Gerais em posição privilegiada em relação aos outros estados e motivaram a escolha da sede.

Segundo o coordenador da Coordenadoria de In-clusão e Mobilização Sociais (Cimos) Fernando Antô-nio Fagundes Reis, o centro é focado para uma popu-lação que, dia a dia, vem ganhando uma visibilidade,

muito intensa e articulada. Lá os moradores de rua vão poder comer, tomar banho, ter acesso a assitência jurí-dica, participar de dicussões e atividades que ainda não foram definidas. Para o líder do Movimento Nacional de População de Rua, Samuel Rodrigues, este centro de defesa será um marco para a construção de verdadeiras políticas públicas para a população de rua.Projeto

O projeto foi criado em São Paulo durante as festivi-dades do Natal do ano de 2009. Na ocasião, o presiden-te Lula comemorava a data na companhia de moradores de rua e de catadores. Em resposta a uma cobrança do movimento, o presidente ordenou que os moradores em situação de rua começassem a trabalhar num projeto para defesa do segmento. O MPMG, então, apresentou ao governo federal o projeto, que, depois de aceito, está em fase de assinatura do convênio.

ParceriasO projeto prevê a parceria de três instituições, o

MPMG, por meio da Cimos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Fundação Banco do Brasil. O MPMG cederá espaço para instalação do cen-tro e ficará responsável pela formação e parte de mídia do projeto. O Banco do Brasil, por sua vez, destinará recursos para compra de todos os materiais necessários como móveis, computadores, entre outros. A parte jurí-dica de defesa dos direitos dos moradores em situação de rua e dos catadores de materiais recicláveis será de responsabilidade da CNBB.

Portal uai - estaDo De MiNas - 05.09.2011

BH vai sediar centro nacional de referência para moradores de rua Ministério Público de Minas Gerais e Movimento Nacional

da População de rua são parceiros em projeto inédito no país

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Com o objetivo de prevenir e combater a violência contra moradores de rua e catadores de material reciclável, além de produzir e divulgar conhecimentos sobre o tema da população de rua e promover ações educativas, será inaugura-do nesta quinta-feira (7) o Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e de Materiais Recicláveis (CN-DDH).

A inauguração acontece às 16h30, na rua Pa-racatu, no bairro Barro Preto, em Belo Horizon-te, contando com a presença de várias autorida-des ligadas ao projeto pioneiro. Para Alceu José

Torres Marques, procurador-geral da Justiça, o Centro será um espaço de reflexão e discussão de políticas públicas para a população, além de um espaço de luta para a garantia de direitos fun-damentais dos moradores de rua e dos catadores de recicláveis.

Na prática, profissionais de diversas áreas, desde advogados a psicólogos, irão trabalhar no Centro para o auxílio aos moradores de rua e aos catadores de recicláveis, dando apoio psicológico e jurídico, assim como ajudando na articulação de planos que garantam os direitos da população que normalmente fica às margens da sociedade.

o teMPo - oN liNe - 05.04.2011Centro de defesa da população de rua e catadores será inaugurado

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Flávia Ayer O nó do trânsito nos limites dos

municípios de Belo Horizonte e Nova Lima, área conhecida como Vetor Sul, começa a ser desatado hoje. Constru-toras e moradores da região sentam à mesa de negociação, com o Ministério Público Estadual (MPE), para acertar a construção de uma trincheira que liga-rá a MG-030 à BR-356, alternativa para quem sai de Nova Lima rumo à capital. Apontada como prioritária pela comu-nidade, a obra é alvo de um termo de compromisso entre o MPE e 20 empre-endedores que investem em um dos me-tros quadrados mais valorizados da re-gião metropolitana. O documento deve ser assinado na tarde desta quarta-feira e trata a trincheira como uma das com-pensações pelo impacto viário causado pela expansão imobiliária da região.

A assinatura do termo é esperança para pôr fim a um martírio diário. Em horários de pico, o trecho entre Nova Lima e o BH Shopping, por onde pas-sam cerca de 75 mil veículos todos os dias, entra em colapso. A trincheira faz parte do pacote de intervenções do com-plexo viário do Portal Sul, orçado em R$ 30 milhões e prometido pelo Depar-tamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), sem horizonte para sair do papel. Com o custo isolado de R$ 8 milhões, a ligação entre a MG-030 e a BR-356 é a principal reivindicação dos moradores para aliviar o intenso trânsi-to. Ao serem procurados voluntariamen-te pelos empreendedores imobiliários que atuam na Região Sul, em território novalimense, promotores de Justiça do MPE resolveram unir o útil ao agradável, viabilizando a construção da trincheira, sem depender do Dnit. A obra já tem R$ 3 milhões garantidos, depositados em conta judicial pelo BH Shopping, que assinou, em setembro, termo de com-promisso semelhante com o Ministério Público. A ideia é que construtores de empreendimentos erguidos a partir de 2009 executem o serviço e usem os R$ 3 milhões para finalizá-lo.

“Esses empreendimentos (edifí-cios residenciais e comerciais) preci-

sam passar por licenciamento ambiental corretivo, de acordo com recomendação do MPE que determinava que todos os empreendimentos cujos impactos ultra-passassem os limites de um município fossem submetidos a licenciamento es-tadual. Estamos tratando a construção da trincheira como uma compensação urbanística antecipada”, explica o pro-motor de Justiça Luciano Badini, que coordena o Centro de Apoio Operacio-nal às Promotorias de Meio Ambiente, ressaltando que o termo não exime as empresas de arcar com outras medidas compensatórias a serem definidas fu-turamente pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad), que também participa do acordo.

A partir da assinatura do termo de compromisso, a expectativa é que a obra seja concluída em oito meses, dando fim à longa espera dos cidadãos. “Amanhã (hoje) teremos uma definição dos em-preendedores, que se mostraram dis-postos a construir a alça de descida. Por parte do poder público, são promessas em cima de promessas e não podemos esperar mais. Até mesmo os empreendi-mentos estão sendo penalizados, pois só um louco é capaz de comprar um aparta-mento na região de Nova Lima”, afirma o coordenador da Frente de Associações e Condomínios do Vetor Sul, Walmir Braga, ponderando que o trânsito BH/Nova Lima já foi relativamente resolvi-do com uma alça que liga a BR-356 à MG-030. PÉ atrÁs

O presidente da Associação dos Empreendedores dos Bairros Vila da Serra e Vale do Sereno, Luiz Hélio Lodi, é mais ponderado ao tratar da negocia-ção. “É um processo cheio de detalhes e com pendências. Há uma boa vontade para resolver a obra viária. E é uma for-ma de dar uma satisfação a todos e so-lucionar os problemas dos licenciamen-tos”, afirma, confiante de que a conversa com o MPE contribua para licenciamen-to futuros na região.

Isso porque um termo de referên-cia para avaliar a construção de empre-endimentos imobiliários no Vetor Sul e

cujo licenciamento são de competência do estado também está sendo elabora-do. Esse documento define regras para a concessão da licença ambiental nesses casos. “Não há uma regra clara por parte da Semad para esse tipo de empreendi-mento. O termo de referência vai definir tudo e exige, por exemplo, que os em-preendedores façam estudos de trânsito e os submetam aos órgãos municipais, antes de apresentá-los a nós”, afirma o secretário de Estado de Meio Ambiente, Adriano Magalhães.

atraso No aNelA abertura das propostas do edi-

tal para contratar empresa de engenha-ria que vai revisar os projetos básico e de elaboração do projeto executivo da obra do Anel Rodoviário de BH, mar-cada para ontem, foi adiada para 26 de maio. A alteração foi publicada em 31 de março no Diário Oficial da União. Procurado, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não explicou o motivo do adiamento. Inter-locutor da Prefeitura de BH em Brasília para a reforma do Anel, o vice-prefeito Roberto Carvalho crê que o adiamento não afete os trabalhos. “O projeto exe-cutivo pode andar junto com a obra. Esse adiamento não impede que sejam licitadas partes do projeto da Federação das Indústrias de Minas Gerais”, explica Carvalho, que vai se reunir ainda esta semana com o ministro dos Transportes. (Thobias Almeida)

estaDo De MiNas - P. 24 - 06.04.2011 Vetor sul

Acordo para evitar colapsoEmpresas, cidadãos e Ministério Público se reúnem hoje para acertar construção da trincheira que ligará MG-030 à BR-356. Objetivo é desatar nós do intenso trânsito entre BH e Nova Lima

Lagoa molhadaNovo capítulo da “novela” deixa

mais próximo o sonho de quem batalha pela criação e instalação do Parque Eco-lógico Lagoa Seca, na área da Mineração Lagoa Seca, que deve encerrar suas ativi-dades em abril de 2012. É que o Ministé-rio Público, através da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo, enviou uma recomenda-ção ao Conselho Municipal de Meio Am-biente (Comam) para que se abstenha de conceder a revisão de condicionantes do licenciamento da mineradora.

o teMPo P. 4 caD. MaGaziNe - 06.04.2011Paulo NaVarro

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DiÁrio Do coMÉrcio - P. 5 - 06.04.2011liceNciaMeNtos

Secretaria de Meio Ambiente busca acordo com IbamaNegociações já estão sendo feitas

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estaDo De MiNas - P. 23 - 06.04.2011 licitaÇÃo De tÁXiEm ação de execução na Justiça, Ministério Público cobra da Prefeitura de Confins,

na Grande BH, R$ 10 mil por dia de cada permissionário em situação irregular na cidade

Multa de R$ 32,3 milhões

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coNt... estaDo De MiNas - P. 23 - 06.04.2011

Uma séria de pontos questionáveis põem em xeque o processo para seleção de taxistas de Confins. Em janeiro do ano passado, a prefeitura publicou edital para seleção dos condutores, mas a suspeita é de que a prefeitura e a comissão de licita-ção manipularam o edital para beneficiar amigos e parentes. Documentos apre-sentados por taxistas de fora de Confins, comprovando experiência na prestação de serviço em aeroportos internacionais foram rejeitados, o que resultou na perda de pontos e consequente desclassificação de motoristas e auxiliares experientes que deveriam encabeçar a lista dos con-correntes.

Dos 715 concorrentes inscritos no processo licitatório, mais de dois terços são atuais permissionários, enquanto vá-rios motoristas experientes foram exclu-ídos da seleção. Caso a comissão da pre-feitura aceitasse o documento, a situação seria inversa, com mudança significativa

nos selecionados. Só pouco mais de um quarto dos 130 selecionados seria pro-fissionais que dirigem táxis de Confins. “Eles não aceitaram as declarações da BHTrans e do DER e, assim, beneficia-vam os atuais permissionários, todos de Confins”, diz o promotor da comarca de Pedro Leopoldo, Luís Gustavo Carvalho Soares.

Com isso, motoristas mais experien-tes, com 30 anos de profissão, perderam para condutores recém-ingressados na carreira e mesmo aqueles sem experiên-cia, incluindo na lista amigos e parentes de vereadores, juiz de futebol e outros profissionais. Ao saber da artimanha, o Ministério Público orientou que a lista de ganhadores fosse refeita, com a in-clusão dos pontos perdidos pelos candi-datos registrados em Belo Horizonte, o que inverteria o quadro da seleção. Mas a prefeitura bateu o pé e manteve a lista de selecionados.

Concorrência suspeita

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Afastados dos estádios desde dezembro do ano passado, de-vido a uma suspensão imposta pelo Ministério Público Estadual (MPE), membros das principais torcidas organizadas de Belo Ho-rizonte transferiram para o ambiente virtual os violentos conflitos entre os rivais.Segundo a Comissão de Direitos Humanos e Defe-sa do Consumidor da Câmara Municipal, jogos que incentivam a violência entre torcedores estão sendo rapidamente disseminados pela web. Para combater a prática, os vereadores vão acionar o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), propondo a retirada imediata dos sites que dão acesso a esses games.

A comissão pede ainda punição aos responsáveis pelas pági-nas. A medida foi apoiada, ontem, em uma audiência na Câmara, por representantes da Galoucura e da Máfia Azul. Maiores torcidas organizadas do Estado, elas estão entre as quatro agremiações sus-pensas pelo MPE até maio deste ano.cruelDaDe

Segundo a comissão, os sites e blogs citados na ação disponi-bilizam pacotes de atualização (os chamados “patches”), persona-lizados com os uniformes das torcidas rivais. Após o download, os programas podem ser instalados nos jogos - grande parte voltada a maiores de 18 anos, devido ao elevado grau de violência.

Em um dos games mais famosos do estilo, o jogador controla um avatar que o representa e tem alto nível de liberdade para agir - pode roubar, agredir e até matar os demais personagens.

Conforme a comissão, torcedores têm promovido confrontos por meio dos jogos em modo online - ganha quem aniquilar os

rivais, espancando, torturando e até matando os “inimigos”.“Jogos como estes, destinados a jovens cuja personalidade

está em formação, incitam a violência. Os jogadores são estimula-dos a cometer atrocidades contra os rivais. É bom lembrar que já tivemos morte demais por causa dessa violência em BH”, disse a vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PC do B), presidente da comis-são.Adesão. O presidente da Máfia Azul, Alexandre Mendes da Silva, o Tuté, e o vice-presidente da Galoucura, Willian Palumbo, o Ferrugem, informaram que os departamentos jurídicos das torci-das vão participar da elaboração da ação que pede a exclusão dos jogos.“Esses games só atrapalham as ações que visam à paz, e ain-da denegrirem as torcidas”, disse Ferrugem. Ele e outros membros da Galoucura respondem em liberdade pela morte do cruzeirense Otávio Fernandes, 19, em novembro de 2010.

“Retirada de jogo não garante paz” A exclusão de jogos violentos não é suficiente, por si

só, para reduzir a violência fora do mundo virtual, segundo o psicólogo e psiquiatra Paulo Roberto Ceccarelli.

De acordo com o especialista, a violência entre torce-dores reflete transtornos psiquiátricos e efeitos das injustiças sociais. “O mundo real é muito violento. As injustiças e as leis que não funcionam incitam o cidadão a se tornar violen-to. Os jogos só estimulam a violência em quem já tem um transtorno psiquiátrico”, disse. (MSi)

conflito virtual .Vereadores de BH acionam justiça contra jogos que incentivam a rivalidade na internet

Game incita guerra de torcidas

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estaDo De MiNas - Belo HorizoNte - MG - - PÁGiNa: 7 PuBlicaDa: Quarta-feira, 06 De aBril De 2011

A Justiça decretou o blo-queio de bens da prefeita de Três Pontas, Luciana Ferreira Mendonça (PR), por suspeita de fraude em licitações reali-zadas pelo município. A de-cisão partiu de denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) dentro das investiga-ções da Operação Conto do Vigário, em novembro, feita em conjunto com a Polícia Civil para apurar irregulari-dades em concorrências pú-blicas municipais. Na Câmara dos Vereadores da cidade, a oposição se articula para ten-tar a abertura de uma Comis-são Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a prefeita.

Segundo relatório do Mi-nistério Público enviado à Câ-mara, existiriam irregularida-des em duas licitações. Uma para serviços de digitalização de documentos, no valor de R$ 57 mil, e outra para presta-ção de assessoria contábil, no valor de R$ 108 mil, confor-me informações do vereador Sérgio Eugênio Silva (PPS).

As duas concorrências foram realizadas em 2010. A disputa pela digitalização de documentos chegou a ser ven-cida pela empresa UPDoc, de Poços de Caldas. A prefeitura, no entanto, revogou a licita-ção alegando, conforme o ve-reador Sérgio Silva, que a em-presa não teria máquinas para realizar o serviço. A suspeita, no entanto, é de que haveria preferência pela empresa Jú-nia Maria Diniz Santos, que pertenceria, ainda conforme o parlamentar, a Marcelo de Souza Santos, que também

seria dono da Ômega Asses-soria Contábil, empresa que já estaria fazendo o serviço de digitalização de documentos da prefeitura.

O vereador Sérgio Eugê-nio acredita na possibilidade de abertura da CPI, mesmo contando com apenas mais dois parlamentares ao seu lado na oposição. A Câmara de Três Pontas tem 11 cadeiras e o presidente da Casa, Anto-nio Carlos de Lima, além de outros três vereadores, são do mesmo partido da prefeita.

Luciana Ferreira Mendon-ça disse ontem não ter tomado conhecimento da decisão da Justiça em Três Pontas. Afir-mou estar em viagem a Belo Horizonte. A prefeita era vice de Glimaldo Paiva (PMDB), que morreu em março de 2009. Luciana disse não ter muitos bens a serem bloque-ados. “Tenho apenas um sítio, que recebi como herança do meu pai. Não é grande. É um sítio mínimo”, disse.

entenda a operação conto do Vigário

A Operação Conto do Vi-gário foi desencadeada pelo Ministério Público e Receita Estadual para apurar o des-vio de recursos públicos, es-pecialmente com licitações fraudadas e compra simula-das de medicamentos, para 15 municípios do Norte de Mi-nas. As fraudes ultrapassam a casa dos R$ 100 milhões

De acordo com a in-vestigação, um grupo de empresários, previamente combinados, participavam de licitações montadas nas

prefeituras, por meio de em-presas, algumas delas apenas de fachada. Depois, parte dos recursos eram repartidos en-tre prefeitos e envolvidos no esquema. As empresas eram situadas na região Norte, em Belo Horizonte e até mesmo no Sul de Minas, como em Três Corações.

A propina era paga em cheque aos prefeitos que inte-gravam os esquemas de frau-des e eram expedidos recibos dos pagamentos de propina pelas empresas.

O empresário Marcelo de Souza Santos, dono da em-presa Junia Maria Diniz San-tos, de nome comercial Digi-tal, em Três Pontas, suspeito de envolvimento nas fraudes naquela cidade, confessou ao Ministério Público sua parti-cipação nas fraudes também em São Francisco.

Em dezembro de 2009, para digitalização das pastas dos servidores aposentados Souza Santos firmou contrato no valor de R$ 83.362. O pre-feito José Antônio Barbosa exigiu que ele lhe devolvesse R$ 50 mil, o que foi feito, em espécie

Além de Souza Santos, são suspeitos de envolvimen-to nos golpes empresas de propriedade ou com ligações com os operadores das frau-des, os empresários Fabrício Viana de Aquino, Wolnei Má-rio de Almeida, o Márcio de Sú, e Walace Ribeiro Almei-da que estão presos, além de Isabel Cristina de Carvalho Francino e Rafael Murillo Pa-trício Assis.

justiça

Prefeita de Três Pontas tem os bens bloqueados Leonardo Augusto

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Ezequiel Fagundes A Justiça da cidade de

Paraopeba, na Região Cen-tral de Minas, colocou ontem mais lenha na fogueira da po-lêmica envolvendo o prefeito da cidade, Marcelo Uberaba (PT), e o presidente da Câ-mara Municipal, Roberto do Açougue (PDSB). Ambos são candidatos a prefeito na eleição do ano que vem. Em briga por espaço e holofote, o tucano é acusado de vetar a participação do petista na chamada tribuna livre da Câ-mara Municipal. A popula-ção também foi proibida de se manifestar, só que parcial-mente.

Acionada para resolver o imbróglio político, a juíza da comarca local se manifestou de maneira inusitada no epi-sódio. Em vez de colocar um ponto final na controvérsia, a magistrada autorizou o pre-feito Marcelo Uberaba a usar o espaço somente na noite de ontem. Hoje, de acordo com o teor da liminar, ele já está novamente proibido de falar na tribuna.

Em seu despacho, ela não menciona se a população poderá ou não usar o espaço da Câmara. “Fico preocupa-do porque hoje (ontem) eu estou liberado para falar. E os outros dias? E os morado-res da cidade? Será que eles não poderão se manifestar?”, lamentou o petista, em entre-vista. Ontem, o prefeito disse que iria apresentar a presta-ção de contas da cidade. “Vou entrar com a liminar debaixo

do braço”, ressaltou. Procurada, a juíza de Pa-

raopeba disse, por meio de uma assessora, que não con-cederia entrevista por telefo-ne em função de uma orien-tação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O vereador tucano Ro-berto do Açougue tentou pôr panos quentes. “Ordem judi-cial não se discute, se cum-pre”, limitou-se a dizer sobre a decisão judicial. Em relação à briga política, ele disse que mantém um relacionamento cordial com o prefeito. “As pessoas exageram muito. Aqui é tudo muito tranqüi-lo”, garantiu.

A rixa da dupla veio a público recentemente. Por meio de um projeto de reso-lução, aprovado pela maioria dos vereadores da Câmara, foi instituído regras rígidas para o uso do microfone. Pe-las novas regras, a população da cidade somente poderá se manifestar cinco vezes por ano. Mesmo assim, serão obrigados a entregar ao pre-sidente da Casa, por escrito, o teor do discurso que pre-tendem fazer, podendo ser aprovado ou não. Já o prefei-to, pela norma, está proibido de se manifestar, menos no dia de ontem.

“Parece brincadeira de mau gosto ter que entrar na Justiça para falar na Câmara. Sinceramente, acho que além da questão pessoal, a disputa entre PT e PSDB está refle-tindo aqui na cidade. É la-mentável”, queixou-se ontem o prefeito, em entrevista.

Hoje eM Dia - P. 21 - MiNas 02.04.2011Prefeito X vereador

Sem censura por apenas um dia

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alMG

Briga por autoria atrasa fim de aposentadoriaso teMPo - P. 7 - 06.04.2011

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Giro - Pelo Paísjustiça

Tornozeleira suspensa

A Justiça do Rio de Janeiro sus-pendeu o uso das tornozeleiras ele-trônicas nos 1,5 mil presos que estão no regime semiaberto. O sistema, na

avaliação do Tribunal de Justiça, não conseguiu impedir as fugas, uma vez que 58 equipamentos foram quebrados desde a adoção do monitoramento, em fevereiro. A ideia agora é usar o apa-relho somente nos 2 mil detentos do regime aberto. Além da tornozeleira, o modelo adotado no Rio tem um dispo-

sitivo de comunicação na cintura. Com as duas peças é possível acompanhar a movimentação dos detentos, por meio de computadores da Secretaria Estadu-al de Administração Penitenciária e na Vara de Execuções Penais. Quando a tornozeleira é rompida, essa informa-ção é levada aos terminais.

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Paula Sarapu O pedido de habeas corpus para o goleiro Bruno

Fernandes das Dores de Souza, acusado de sequestrar e assassinar a ex-amante Eliza Samudio, que tentava provar na Justiça a paternidade do filho, traz à tona a polêmica do tratamento que deve receber um preso sus-peito de cometer crime hediondo. Criminalistas evitam comentar as chances de o goleiro responder às acusa-ções em liberdade, mas criticam o tempo de prisão do acusado, que está há oito meses numa cela em galeria especial na Penitenciária Nelson Hungria, em Conta-gem, na Grande BH. Por outro lado, o promotor de Justiça Francisco Santiago, que se dedicou a mais de mil júris, tem uma avaliação contrária. Para ele, qual-quer um que comete um crime bárbaro deve aguardar o julgamento detido, independentemente do tempo. A perspectiva é de que o julgamento ocorra neste ano.

“Sou rigoroso e inteiramente contra a ideia de colo-car um acusado de crime hediondo para responder em liberdade. Ao segregar um homem, precisamos avaliar o tipo de crime e não se ele é réu primário ou se tem bom comportamento. O goleiro Bruno é acusado de um crime brutal, bárbaro, covarde e a juíza viu motivos para mantê-lo preso. Ele foi denunciado e vai a júri po-pular, é o que ele deve aguardar”, defende o promotor, que atua nos casos do Bando da Degola, em que dois empresários foram assassinados por um grupo de este-lionatários, e da morte do torcedor cruzeirense morto em espancamento por integrantes da Galoucura. Nestes dois processos há acusados em liberdade.

“A gente luta para manter os acusados presos. Espe-ro que a Justiça negue o habeas corpus, porque o crime foi grave no dia, é grave hoje e vai ser grave sempre. Assim como fui favorável à prisão dos torcedores da Galoucura na morte do estudante e do Bando da Dego-la, penso que Bruno deve ficar preso”, argumenta.

Hoje, desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais devem julgar o pe-dido de habeas corpus do ex-craque do Flamengo. O advogado de defesa, Cláudio Dalledone Junior, vai ten-tar convencer os magistrados de que o goleiro preenche requisitos para aguardar o julgamento em liberdade. críticas

Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG) e docente da Universidade Federal de Mi-nas Gerais (UFMG) e da Pontifícia Universidade Cató-lica de Minas Gerais (PUC Minas), Leonardo Bandeira

destaca três argumentos para analisar necessidade da prisão: garantia da ordem pública, conveniência ao pro-cesso durante fase de produção de provas e depoimento de testemunhas e aplicação da lei.

“Para a juíza do caso, a prisão é necessária e não conheço seus argumentos porque não tive acesso aos autos. Mas a prisão já se prolongou por tempo mais que razoável. Em tese, isso caminha para punição antecipa-da, no mínimo, um constrangimento ao acusado pela demora no julgamento”, considera. “Ele ainda não foi julgado definitivamente e não pode ser responsabiliza-do pelo suposto ato.”

Para o professor de direito processual da PUC Mi-nas Leonardo Marinho, a gravidade do crime e o cla-mor público são argumentos considerados vazios pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “O que me incomoda profundamente é o tempo que ele está preso, à espera de julgamento. Não conheço o processo nem os fun-damentos para mantê-lo preso e, por isso, não posso opinar sobre a necessidade da prisão, mas a Justiça não pode permitir que a prisão processual se transforme em antecipação da pena. Clamor público e a gravidade não causam prejuízos ao processo em si e são argumentos abstratos para o STF”, afirma o criminalista.

No domingo, o Estado de Minas revelou a rotina do goleiro na prisão, indicando regalias na cela, como a permissão de dividi-la com o amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o direito a banho quente.

Para entenderDe acordo com o inquérito, Eliza e o bebê, suposto

filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido man-tida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta fora dali. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza. Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado ( 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadá-ver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro respon-de por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de seques-tro e cárcere privado do menor.

caso Bruno

Liberdade nas mãos do TJPedido de habeas corpus será avaliado hoje, oito meses depois da prisão do goleiro, acusado

da morte de Eliza Samudio. Especialistas veem excesso no tempo de detenção

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O presidente da Asso-ciação Nacional dos Mem-bros do Ministério Público (Conamp), César Mattar Junior, e o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Ma-rivaldo Pereira, se reuni-ram nesta terça-feira (5/4) para discutir projetos de lei de interesse do MP e do Executivo e a elaboração do 3º Pacto Republicano.

Entre os assuntos dis-cutidos, destaca-se o Pro-jeto de Lei 6.745/2006, de autoria dos deputados João Campos (PSDB-GO) e Vicente Chelotti (PMDB-DF). A proposta determina que inquérito civil público seja submetido à supervi-são de um juiz cível. Atual-mente, o inquérito tramita apenas no âmbito interno do MP, sem controle por parte do Poder Judiciário.

Mattar Junior também tratou do Projeto de Lei 4.208/2001, em tramitação

na Câmara dos Deputados. O artigo 4º da proposta es-tabelece mudanças nas re-gras para a prisão especial, previstas no Código de Processo Penal. Foi discu-tido ainda o Projeto de Lei 6.578/2006, que define or-ganização criminosa e re-gula a investigação crimi-nal, os meios de obtenção de prova e o procedimento criminal a ser seguido em casos de crimes correla-tos.

Para o presidente da Conamp, uma das ques-tões de maior relevância deste projeto diz respeito à garantia do poder inves-tigatório do MP, principal-mente ante a decisões do Supremo Tribunal Federal que reconheceram o exer-cício da atividade por pro-motores e procuradores.

agilidade e efetividade

Marivaldo Pereira pe-

diu apoio ao Conamp para a elaboração do 3º Pacto Republicano, que pretende garantir cooperação polí-tica para a aprovação de projetos prioritários para a sociedade, como a segunda parte da Reforma do Judi-ciário. O acordo tem como a proteção dos direitos hu-manos e fundamentais, a agilidade e a efetividade da prestação jurisdicional e o acesso universal à Jus-tiça.

De acordo com Perei-ra, a participação do MP no pacto é essencial para discutir medidas para a modernização da Justiça e para garantir a acessi-bilidade plena ao sistema judicial. Mattar Junior ga-rantiu o apoio da Conamp e disse que a entidade vai enviar ao Executivo suges-tões para o 3º Pacto Repu-blicano. Com informações da Assessoria de Imprensa do Conamp.

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MP discute projetos de lei com Ministério da Justiça

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Lilian Tahan

Acusados de corrupção, ex-torsão e formação de quadrilha, o ex-procurador-geral de Justiça Leonardo Bandarra e a promo-tora Deborah Guerner serão jul-gados hoje por atitudes diame-tralmente opostas das esperadas de integrantes do Ministério Pú-blico. Catorze conselheiros vão se reunir, a partir das 9h, para avaliar a conduta dos colegas, que são investigados por supos-to envolvimento com a Caixa de Pandora.

O relatório final sobre o pro-cesso administrativo disciplinar contra os dois promotores con-clui que eles cometeram crimes e ato de improbidade durante exercício dos cargos. A tendên-cia é que recebam algum tipo de castigo. Esta é a primeira vez que se julgará a conduta de um ex-procurador de Justiça no país.

Se o teor do documento ela-borado pela comissão proces-sante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) for confirmado por maioria, então Bandarra e Deborah serão puni-dos com penas previstas na Lei Complementar número 75 de 1993, que vão da advertência à demissão e cassação de aposen-tadoria, podendo haver censura e suspensão por até 90 dias. Se fo-ram considerados culpados pelo pleno do CNMP, é possível que o Conselho determine ao Minis-tério Público abertura de ação judicial contra Bandarra e De-borah para a perda do cargo, já que como promotores eles têm o benefício do cargo vitalício e só

podem perdê-lo após decisão da Justiça transitada em julgado, ou seja, depois que se esgotam to-das as alternativas de recursos.

O processo interno movido contra Bandarra e Deborah deve ter um desfecho hoje, depois de 10 meses desde que foi aberto, em 7 de junho do ano passado. Sob a relatoria de Luiz Moreira, o caso dos dois promotores é um dos 95 itens da pauta do CNMP desta quarta-feira. Mas o assun-to é tratado como um marco no Conselho Nacional do Ministé-rio Público.

Trata-se do caso mais grave já avaliado por essa corte pre-sidida pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, des-de que foi criada, em 2004. “É um caso emblemático, que tem um simbolismo muito forte. Não se deve arranhar jamais a ética e a dignidade das instituições. Imagina uma sociedade que não acredita no Ministério Público? Seja para um lado ou para o ou-tro, será um divisor de águas na percepção daquelas pessoas que não acreditaram que o colegiado poderia ser um órgão de fiscali-zação”, considerou o presidente nacional da Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB), Ophir Ca-valcante.

Detalhadas em 124 páginas que compõem o relatório final da comissão processante, as in-vestigações sobre a conduta de Bandarra e Deborah sinalizam tentativa de extorsão de R$ 2 milhões ao ex-governador José Roberto Arruda (sem partido), venda de informações sigilosas e uso de meio ilícito para reti-

rar da internet uma mensagem ofensiva (veja quadro). Contra Bandarra ainda pesa indício de interferência no trabalho de um colega, o promotor Mauro Faria de Lima, a pedido de Arruda, para evitar uma ação penal con-tra o então comandante-geral da Polícia Militar do DF, Antônio Cerqueira.siGilo

O relatório final que será julgado hoje foi construído com base em depoimentos de Durval Barbosa, do ex-governador José Roberto Arruda, além de vários promotores chamados a falar sobre o caso. A quebra de sigi-lo telefônico de Bandarra e de Deborah, indicando que os dois mantiveram rotina de conversas, às vezes na madrugada, também é um dos elementos da peça pro-duzida pela comissão processan-te.

Os vídeos achados na casa de Deborah com imagens de Bandarra entrando e saindo no imóvel de capacete, assim como as cenas em que o marido da pro-motora, Jorge Guerner, aparece escondendo dinheiro e bolando um plano para supostamente despistar policiais também aju-daram a comissão a concluir pela culpabilidade dos promotores.

Para que se livrem da expul-são a bem do serviço público, a tese de defesa de Bandarra e De-borah terá de ser mais consisten-te do que as evidências apuradas desde que veio a público o es-cândalo da Caixa de Pandora.

Colaboraram Luísa Medei-ros e Juliana Boechat

VEJA INFOGRÁFICO

correio BrazilieNse - Df - coNaMP - 06.04.2011

Promotores no banco dos réusIntegrantes do Conselho Nacional do Ministério Público analisam hoje as denúncias contra Leonardo Bandarra e Deborah Guerner, acusados de corrupção. Será a primeira vez que o

órgão colegiado julgará a conduta de um ex-procurador de Justiça

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Ministros rechaçam proposta do PT de limitar poder do TSE

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Renata Mariz Brasília – Sem um lar na companhia da família nem uma

instituição coletiva que os abrigue, os idosos que moram nas ruas representam o lado mais cruel da exclusão sofrida nessa faixa etária. A situação é vivida por quase 8 mil pessoas, que re-presentam 25% de toda a população adulta que habita viadutos, bueiros ou simplesmente passam seus dias ao relento no Brasil. Os desafios do governo para garantir uma vida digna a esses idosos são tão grandes quanto a luta diária de cada um pela pró-pria sobrevivência. Ernani Fernandes da Silva já sente o peso da idade na rotina. Há tempos, deixou de circular pela área central de Brasília em busca de latas recicláveis. Com as pernas fracas e os pés inchados, o gaúcho de 80 anos depende, hoje, da caridade de catadores, que levam até ele, em troca de algumas moedas, o material recolhido.

“É difícil, porque tenho de pagar para o pessoal que me aju-da, então perco dinheiro. Mas o que vou fazer? Minhas pernas doem, não tenho mais força para sair puxando esse carrinho”, diz Ernani. Ao reivindicar uma indenização por ter ajudado na construção de Brasília, o senhor de rugas marcadas demonstra falta de conexão com a realidade. Também não sabe detalhar o passado, na cidade de Cruz Alta, onde nasceu. Para dizer a idade e o nome completo, Ernani recorre a documentos cuidado-samente guardados em sacos plásticos sobrepostos — tudo para não correr o risco de molhar, caso chova, a carteira de identidade tirada há pouco tempo.

Assistente social com mais de 30 anos de experiência na área do idoso, Maria Luciana destaca a situação de vulnerabili-dade dos mais velhos em situação de rua exatamente pelo fato de grande parte ter distúrbios mentais, envolvendo dependência alcóolica, além da falta de referência familiar. “Aí caímos nova-mente no problema da ausência de assistência de saúde, além da quase inexistente estrutura de abrigos. Faltam vagas nas institui-ções de longa permanência e as casas de acolhimento transitório são locais precários”, diz Luciana. Uma simples pergunta sobre o albergue público do Distrito Federal foi o suficiente para dei-xar Ernani completamente transtornado. “Prefiro morrer”, grita

o idoso. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do DF (Sedest) não autorizou a entrada da reportagem no albergue.

Melhor que o albergue público, na avaliação de Ernani, é a barraca de lona azul, que atualmente ele costuma montar próxi-mo ao Hospital de Base, na Asa Sul, à noite. Parte dos poucos pertences — que incluem uma cadeira de plástico branca e o carrinho onde põe as latas recicláveis — foi comprado com o sa-lário mínimo que ele recebe de benefício da Previdência Social. Tal assistência, porém, não chega a todos os idosos nas ruas.

De roupas rasgadas, pele escura e cabelos embranquecendo, o homem que se apresenta apenas como Severino vive, exclusi-vamente, da caridade alheia. Há meses dormindo na Praça do Relógio, no Centro de Taguatinga, ele pede comida aos donos de restaurantes. Comerciantes e taxistas do local apontam o idoso, que diz ter “sessenta e tanto”, como um homem calmo, educado e sem vícios. Apesar da convivência pacífica, o passado de Se-verino é quase desconhecido pelas pessoas que o auxiliam, de alguma forma, todos os dias. Nascido em São José do Egito, em Pernambuco, ele diz que não sabe como foi parar no Distrito Fe-deral. “Não me lembro, não. Só sei que fico por aí, andando.”

a velhice ao relento A proporção de pessoas de 55 anos ou mais na rua é maior

que na população adulta total. Veja os dados: Na população total adulta, pessoas de 55 anos ou mais re-

presentam 22% Na população adulta que mora na rua, pessoas de 55 anos

ou mais representam 25% - 31.922 Número de adultos morando na rua no Brasil, segundo le-

vantamento do governo federal em 72 municípios, englobando os de maior porte do país.

Obs.: Embora para ser considerado idoso, no país, seja pre-ciso ter 60 anos ou mais, o corte etário feito na pesquisa é de 55 anos.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

estaDo De MiNas - P. 9 - 06.04.2011 o Brasil Que eNVelHece

Abandonados nas ruas e marcados pelo tempoExclusão de idosos se mostra mais cruel quando essa parcela da população brasileira não

mora com a família ou está fora de asilos, situação vivida por quase 8 mil pessoas

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COMO VENCER O BULLYINGum terço dos adolescentes brasileiros diz sofrer agressões e intimidações na escola. conheça alguns

projetos pioneiros para combater o problema que estão dando certo no Brasil e no exterior

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Parte da Justiça desrespeita o contribuinte

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