16 abril 2013

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XXI 79 16/04/2013 Superintendência de Comunicação Integrada CLIPPING Nesta edição: Clipping Geral Saúde Destaques: Justiça favorece prefeito de Lavras, que permanece no cargo - p. 03 Justiça condenou 205 réus por corrupção em 2012 - p. 07 Intolerância acorrentada - p.16

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Clipping Geral e Espec. Eletrônico

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Page 1: 16 Abril 2013

XXI

79

16/04/2013

Superintendência de Comunicação Integrada

CLIPPINGNesta edição:

Clipping GeralSaúde

Destaques:

Justiça favorece prefeito de Lavras, que permanece no cargo - p. 03

Justiça condenou 205 réus por corrupção em 2012 - p. 07

Intolerância acorrentada - p.16

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ESTADO DE MINAS - Mg - p. 18 - 13.04.2013

Estrutura vai facilitar a acesso à Av. Nossa Senhora do Carmo, na capital.

A alça, que liga a MG-30 à BR-356, entre Nova Lima, na Região Metropolitana, e Belo Horizonte, foi liberada nes-ta sexta-feira (12). Com três meses de atraso, a obra durou cerca de um ano e foi financiada pela iniciativa privada.

Nesta sexta, antes da liberação da trincheira, os moto-ristas enfrentaram mais uma manhã de trânsito carregado na região. Segundo a Polícia Militar Rodoviária, cerca de 36 mil veículos passam pelo local por dia.

A alça vai facilitar o acesso de quem precisa, por exem-plo, pegar a Avenida Nossa Senhora do Carmo, na capital. A obra começou em abril do ano passado e teve um custo de

R$ 7,2 milhões investidos pela iniciativa privada. Segundo os empreendedores, o atraso foi devido à chuva e as adequa-ções do projeto.

A trincheira foi construída depois de um Termo de Ajus-tamento de Conduta, firmado entre várias entidades: Minis-tério Público, empresas, moradores, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Prefeitura de Nova Lima e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). A nova es-trutura foi criada como forma de compensar impactos pro-vocados pelas construções feitas na região.

Segundo o Dnit, está pronto um projeto que prevê outras intervenções na região, como a construção de dois viadutos, mas ainda sem previsão para a liberação de recursos.

www.g1.cOM - ON lINE - 12/04/2013

Alça que liga MG-30 à BR-356, entre Nova Lima a BH, é liberadaObra, financiada pela iniciativa privada, durou cerca de uma ano e meio.

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HOjE EM DIA – ON lINE - 12/04/2013

Trânsito liberado na trincheira que liga

MG-030 à BR-356, em Nova LimaFoi liberada na manhã desta sexta-feira (12), por volta

das 10h30, a trincheira que liga MG-030 à BR-356, em Nova Lima, na Grande BH. Cerca de 15 mil veículos cir-culam diariamente no trecho terão a rota encurtada e de-vem enfrentar retenções bem menores do que as registra-das anteriormente, quando a trincheira estava em obras. Com a liberação, quem segue da capital rumo à MG-030 não precisará mais passar atrás do BH Shopping, pela Pra-ça Marcelo Góes Menicucci, e por dentro do Belvedere, tendo acesso direito da BR -356, assim como os motoristas que seguem no sentido contrário.

A via dá acesso direto à BR-356 – que termina na ave-nida Nossa Senhora do Carmo - e ao Trevo do BH Shop-ping para quem segue no sentido à avenida Raja Gabaglia. Com isso, haverá diminuição no volume de veículos em circulação na entrada do bairro Belvedere, e o trânsito terá maior fluidez no local. A trincheira possui 100 metros de extensão.

Orçada em cerca de R$ 7 milhões, a obra iniciada em abril de 2012, foi de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraesturura de Transportes (Dnit) e foi total-mente executada pela iniciativa privada. Parte dos recursos foi proveniente de um acordo entre os moradores, o Minis-tério Público de Minas Gerais (MPMG) e o BH Shopping, como medida compensatória à expansão do centro de com-pras. O restante, cerca de mais de R$ 4 milhões, foi pago pelos empreendedores do Vila da Serra e Vale do Sereno.

A trincheira faz parte do Complexo Viário Sul que prevê a construção de dois viadutos, alças viárias e ainda o alargamento de vias. Contudo, esta parte do Complexo Viário não tem previsão de execução e está sob a responsa-bilidade do governo federal. Inicialmente prevista para ser concluída no fim do ano passado, a obra sofreu um atraso de quase quatro meses.

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HOjE EM DIA - Mg - p. 05 - 16.04.2013

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Helena Mader e Renata Mariz

Alexandre soube da morte de Thiago quando chegou ao hospital. “Seu irmão fez uma bobagem”, disse o médico

Brasília – Quem está em busca de um cor-po perfeito, definido e musculoso não enfren-ta nenhuma dificuldade para comprar anaboli-zantes e suplementos proibidos. Pela internet, é possível não só encomendar esse tipo de produto como aprender a autoaplicar as inje-ções com os medicamentos ilegais. Remédios de venda restrita, substâncias cujo comércio é vedado no Brasil e até mesmo produtos vete-rinários são vendidos livremente, com pouco controle da polícia e praticamente nenhuma vigilância das autoridades sanitárias.

Os sites especializados em anabolizan-tes e suplementos oferecem as substâncias, aceitam pagamento com cartão de crédito e entregam diretamente na casa do consumidor. Nas redes sociais, os contrabandistas de me-dicamentos proibidos fazem propaganda e até orientam jovens sobre como proceder caso as aplicações provoquem efeitos colaterais. Os usuários desses remédios fazem as aplicações de forma clandestina e sem supervisão, o que leva muitos à morte. Sem contar o risco das falsificações, no caso de produtos de venda restrita ou proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Veio do Paraguai a imitação de um famo-so composto de estimulante e vitaminas que matou Thiago Pereira dos Santos, quatro anos atrás. Irmão da vítima, Alexandre não sabia das injeções que colegas tinham recomenda-do a Thiago. Quando chegou ao hospital, re-cebeu a notícia: “O médico falou: seu irmão fez uma bobagem”, lembra Alexandre. Thiago morreu aos 22 anos e deixou um filho. “Não sei porque ele inventou de tomar isso. Eu nem sabia que ele queria ficar forte. Era um me-nino quieto, na dele, trabalhava. Nos dias de folga, gostava de jogar videogame com meu sobrinho”, diz o irmão. Outra substância peri-gosa, que não tem certificação da Anvisa, é o stanozolol, vendida com o nome de Winstrol. Uma ampola da “bomba” da moda custa R$

110, valor alto se comparado com o de outros anabolizantes disponíveis no mercado negro. No site Rei dos Anabols — muitos vendedo-res que atuam no mercado negro nem se pre-ocupam mais em esconder a atividade — há oferta de remédios como o Durateston, indica-do para terapias de reposição da testosterona. O vendedor oferece também a oxandrolona, esteroide muito consumido por mulheres, que possibilita ganho rápido de massa muscular.

Após contato por e-mail, o responsável pelo site envia uma lista de produtos vendidos com os devidos preços e aconselha a mistu-ra de substâncias para otimizar os resultados. “Você pode usar oxan (oxandrolona) e stano (stanozolol) com dosagens baixas, de 30mg a 40mg. É só dar ênfase no músculo que você quer mais aumentar e terá grandes resultados”, explica o vendedor. Basta fazer um depósito bancário e aguardar a chegada dos produtos, que são enviados pelos Correios.

Tira-dúvidas No Facebook, há dezenas de páginas semelhantes. A maioria de bra-sileiros, mas chilenos e paraguaios também buscam clientes no país. Na página Anaboli-zantes da rede social, usuários das “bombas” trocam informações, enquanto vendedores ilegais oferecem e fazem propaganda dos efeitos milagrosos dos produtos. “Durateston ou Deposteron, qual garante ganho de mais massa em menos tempo?”, pergunta um jo-vem. “Preciso de informações sobre Deca. Estou aplicando uma por semana e estou na quarta semana. Não sei se devo continuar ou se devo dar intervalos, estou perdida”, escre-ve uma adolescente.

“As pessoas pegam orientação com gen-te sem qualquer conhecimento de anatomia. Imagine se o menino vai aplicar (a injeção) na coxa e pega uma veia femoral”, alerta Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Receo-sos de procurar orientação médica após apli-car produtos proibidos, muitos usuários recor-rem a redes sociais e fóruns na internet para buscar informações sobre como proceder em caso de efeitos colaterais.

MAgEM DISTORcIDA

Tráfico de “bombas” na rede Sem fiscalização adequada, anabolizantes e suplementos são oferecidos na internet. O

pagamento é feito por cartão de crédito e os produtos são entregues em casa, pelos Correios

ESTADO DE MINAS - Mg - ON lINE - 16.04.2013

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HOjE EM DIA - Mg - p. 16 - 16.04.2013

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HOjE EM DIA - Mg - p. 05 - 16.04.2013

O TEMpO - Mg - p. 22 - 16.04.2013

Pouco mais de um mês depois do assassinato do jorna-lista Rodrigo Neto, em Ipatinga, no Vale do Rio Doce, outro jornalista, Walgney Assis Carvalho, foi morto, em Coronel Fabriciano, na mesma região. Nos dois casos, eles foram mortos por desconhecidos, que atiraram em partes vitais e fugiram de motocicleta.

Neto investigava vários assassinatos cometidos entre 1992 e 2013 cujas autorias não tinham sido identificadas. Algumas testemunhas desses crimes, inclusive, tinham sido também assassinadas. Ele levantava casos esquecidos pelas autoridades policiais, mobilizando o Ministério Público de Minas Gerais.

Em suas denúncias, incomodou provavelmente as pes-soas que poderiam estar implicadas nesses crimes - políticos, empresários, advogados, policiais, funcionários públicos. Repórter fotográfico do mesmo jornal de Neto, Carvalho morreu porque talvez soubesse demais sobre a morte do co-lega.O Vale do Rio Doce tem um histórico de violência que

remonta à época de ocupação do território, envolvendo, de um lado, latifundiários e seus jagunços e, de outro, indígenas e camponeses. As espessas matas existentes na região foram derrubadas para dar lugar à criação extensiva de gado.

A industrialização, a partir dos anos 40, não resolveu o conflito, mas trouxe outros ingredientes, como a urbaniza-ção e a modernização das cidades. A imprensa foi um dos fatores que vieram arejar a sociedade e se contrapor à estru-tura de poder arcaica. Como seria inevitável, criou também novas arestas.

Assassinatos de encomenda sempre houve na região. Agora, vitimam jornalistas e ferem a democracia, a liberda-de de expressão e o direito à informação. Os crimes atentam contra o Estado de direito. Acertadamente, a ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, pediu que a Polícia Fe-deral entre no caso.

Os assassinos cometeram um erro fatal: foram longe de-mais e não poderão mais ficar impunes.

Assassínio de jornalistas

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MINAS GERAIS TERÇ - 3EXECUTIVO

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Joaquim Herculano Rodrigues

Unidades prisionais recebem viaturas

Poder Judiciário reforça estratégiade combate à criminalidade em MG

Termo de cooperação entre Governo e TJ garante juízes nas Regiões Integradas de Segurança Pública

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METODOLOGIA -

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workshops

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cONT... MINAS gERAIS - p. 03 - 16.04.2013

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MINAS GERAIS ira, 16 7JUSTIÇA

Página PreParada Pelo Centro de imPrensa do tribunal de Justiça do estado de minas gerais

Representantes de 24 casas correcionais participaram do encontro

a resolução dos problemas dentro de casa fortalece

os tribunais e seus magistrados

a itautec S.a. deverá indeni-zar a consumidora a.P.r.B., por-que um computador que ela comprou superaqueceu e, como o equipamento era utilizado sobre as pernas dela, causou queimaduras de segundo grau em sua coxa direita. a decisão é da 14ª Câmara Cível do Tri-bunal de Justiça (TJMG) e reforma sentença da comarca de Poços de Caldas.

a consumidora afirma que, depois do incidente, contatou a empresa fabricante, que reco-lheu o equipamento para reali-zação de perícia. Desde então,

não teve nenhum retorno. Ela alega que o manual do produto contém dicas de segurança, mas não adverte sobre o risco de usar o notebook no colo.

a. P.r.B. ajuizou ação con-tra as Lojas Pernambucanas (arthur Lundgren Tecidos S.a.), onde ela comprou a máquina, e contra a itautec, reivindican-do indenização pelos danos morais e o ressarcimento dos gastos com medicamentos para tratar a queimadura.

ContestaçÃo - a itautec contestou as acusações, afir-

mando que, após a análise do produto, a assistência técnica emitiu parecer que demonstrava que a temperatura manteve-se nos padrões normais, sem varia-ções abruptas, o que comprova a impossibilidade de a correta utilização do equipamento ter provocado as queimaduras.

Para a empresa, a culpa foi exclusivamente da vítima, pois, embora o contato da máquina com a pele cause desconforto ao usuário, a prática não provoca queimaduras. Contudo, a., por ter se submetido a uma cirurgia nos membros inferiores, teria

perdido a sensibilidade no local e, por isso, acabou permitindo que o longo tempo de exposição provocasse lesões.

Em Primeira instância, a ação foi julgada improceden-te. a consumidora recorreu, sustentando que no manual não existe proibição de utili-zação do notebook sobre as pernas e defendendo que o laudo incluído nos autos foi elaborado unilateralmente pela itautec. além disso, apresentou reportagens mencionando recall de com-putadores de outras marcas

devido a superaquecimento.O desembargador Estevão

Lucchesi, relator, observou que não é possível constatar a falha do produto, mas a fabricante tem o dever de informar o clien-te com instruções de uso que evitem que ele seja induzido a erro. Quando isso não acontece, a empresa pode ser penalizada.

O magistrado fixou indeniza-ção de r$ 15 mil pelos danos morais e de r$ 66,80 pelos danos materiais. Ele foi segui-do pelos desembargadores Val-dez Leite Machado e Evangeli-na Castilho Duarte.

Consumidora se queima com notebook e é indenizada

Corregedores debateram sobre serviços judiciais

“Ouro Preto, joia de Minas, nos convoca à reflexão, à

livre manifestação das ideias e ao debate. Que o espírito inconfiden-te inspire a Justiça que não retar-da; antes, liberta, acolhe e apazi-gua.” Com essas palavras, o presi-dente do Colégio Permanente de Corregedores-Gerais dos Tribu-nais de Justiça do Brasil (CCOGE) e corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador audebert Delage, abriu o encon-tro da entidade no teatro munici-pal Casa da Ópera, em Ouro Preto, na noite de 11, com o pre-sidente do TJMG, desembarga-dor Herculano rodrigues.

representantes de 24 casas correicionais participaram da solenidade, que contou também com a presença do 2º vice-presi-dente do TJMG, desembargador Baía Borges; da vice-corregedora--geral de Justiça, desembargadora Vanessa Verdolin Hudson andra-de; do presidente do Conselho de Gestão e Supervisão dos Juizados Especiais, desembargador José

do Judiciário, do Executivo e do Legislativo. Esse é o quarto enco-ge que Minas Gerais sedia, o pri-

meiro sob a presidência de um corregedor mineiro.

serViços - Em seu pronun-ciamento, o presidente do CCOGEdestacou as funções de orienta-ção, fiscalização e disciplinamento das corregedorias, que zelam pelo bom funcionamento do Judiciá-rio, reafirmando os propósitos do Colégio de Corregedores. Para audebert Delage, a entidade “tem uma longa história de servi-ços prestados à sociedade brasi-leira”. O magistrado destacou ainda a importância da troca de experiência entre as corregedo-rias e da busca pela efetividade das propostas elaboradas nas reu-niões de trabalho.

a realização desses encon-tros, segundo o presidente do TJMG, desembargador Herculano rodrigues, “comprova o interesse e o empenho dos corregedores do País para o aperfeiçoamento das corregedorias e do nosso Poder Judiciário”. Ele falou ainda do papel de destaque que as cor-regedorias têm na preservação da imagem do Judiciário.

Para o presidente do TJ, “a resolução dos problemas dentro de casa fortalece os tribunais e seus magistrados. Com agilidade, prontidão e seriedade, as correge-dorias-gerais de Justiça podem consolidar-se, cada vez mais, como órgão fundamental para o desen-volvimento da Justiça e do Estado

Democrático de Direito”.Em sua mensagem aos parti-

cipantes, o prefeito de Ouro Preto,

honrado com a escolha da cidade para sediar o encontro e desejou que os trabalhos programados produzissem efeito.

sustentabilidade - atemática ambiental ganhou des-taque no evento. Pastas, porta--crachás, marcadores de livro, entre outras peças do evento foram produzidas com material reciclável. as peças são resultado da parceria entre o artista Léo Piló e os artesãos da associação dos Catadores de Papéis, Papelão e Material reaproveitável de

Belo Horizonte (asmare). “a ideia é dar a esses objetos uma utiliza-ção mais ampla, que eles conti-nuem sendo usados após o término do evento”, disse o corregedor audebert Delage, que é o presidente do grupo gestor do Programa Sustenta-bilidade Legal, do TJMG, pro-grama de política ambiental que promove práticas susten-táveis na Justiça mineira.

“O objetivo de reaproveitar materiais usados em eventos anteriores do TJMG. É tornar o Encoge de Ouro Preto referência de iniciativa social e ambiental-mente responsável para outras instituições públicas do País, disse audebert Delage.

A abertura do evento aconteceu na Casa da Ópera de Ouro Preto no último dia 11

MarCELO aLBErT

MINAS GERAIS ira, 16 7JUSTIÇA

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Representantes de 24 casas correcionais participaram do encontro

a resolução dos problemas dentro de casa fortalece

os tribunais e seus magistrados

a itautec S.a. deverá indeni-zar a consumidora a.P.r.B., por-que um computador que ela comprou superaqueceu e, como o equipamento era utilizado sobre as pernas dela, causou queimaduras de segundo grau em sua coxa direita. a decisão é da 14ª Câmara Cível do Tri-bunal de Justiça (TJMG) e reforma sentença da comarca de Poços de Caldas.

a consumidora afirma que, depois do incidente, contatou a empresa fabricante, que reco-lheu o equipamento para reali-zação de perícia. Desde então,

não teve nenhum retorno. Ela alega que o manual do produto contém dicas de segurança, mas não adverte sobre o risco de usar o notebook no colo.

a. P.r.B. ajuizou ação con-tra as Lojas Pernambucanas (arthur Lundgren Tecidos S.a.), onde ela comprou a máquina, e contra a itautec, reivindican-do indenização pelos danos morais e o ressarcimento dos gastos com medicamentos para tratar a queimadura.

ContestaçÃo - a itautec contestou as acusações, afir-

mando que, após a análise do produto, a assistência técnica emitiu parecer que demonstrava que a temperatura manteve-se nos padrões normais, sem varia-ções abruptas, o que comprova a impossibilidade de a correta utilização do equipamento ter provocado as queimaduras.

Para a empresa, a culpa foi exclusivamente da vítima, pois, embora o contato da máquina com a pele cause desconforto ao usuário, a prática não provoca queimaduras. Contudo, a., por ter se submetido a uma cirurgia nos membros inferiores, teria

perdido a sensibilidade no local e, por isso, acabou permitindo que o longo tempo de exposição provocasse lesões.

Em Primeira instância, a ação foi julgada improceden-te. a consumidora recorreu, sustentando que no manual não existe proibição de utili-zação do notebook sobre as pernas e defendendo que o laudo incluído nos autos foi elaborado unilateralmente pela itautec. além disso, apresentou reportagens mencionando recall de com-putadores de outras marcas

devido a superaquecimento.O desembargador Estevão

Lucchesi, relator, observou que não é possível constatar a falha do produto, mas a fabricante tem o dever de informar o clien-te com instruções de uso que evitem que ele seja induzido a erro. Quando isso não acontece, a empresa pode ser penalizada.

O magistrado fixou indeniza-ção de r$ 15 mil pelos danos morais e de r$ 66,80 pelos danos materiais. Ele foi segui-do pelos desembargadores Val-dez Leite Machado e Evangeli-na Castilho Duarte.

Consumidora se queima com notebook e é indenizada

Corregedores debateram sobre serviços judiciais

“Ouro Preto, joia de Minas, nos convoca à reflexão, à

livre manifestação das ideias e ao debate. Que o espírito inconfiden-te inspire a Justiça que não retar-da; antes, liberta, acolhe e apazi-gua.” Com essas palavras, o presi-dente do Colégio Permanente de Corregedores-Gerais dos Tribu-nais de Justiça do Brasil (CCOGE) e corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador audebert Delage, abriu o encon-tro da entidade no teatro munici-pal Casa da Ópera, em Ouro Preto, na noite de 11, com o pre-sidente do TJMG, desembarga-dor Herculano rodrigues.

representantes de 24 casas correicionais participaram da solenidade, que contou também com a presença do 2º vice-presi-dente do TJMG, desembargador Baía Borges; da vice-corregedora--geral de Justiça, desembargadora Vanessa Verdolin Hudson andra-de; do presidente do Conselho de Gestão e Supervisão dos Juizados Especiais, desembargador José

do Judiciário, do Executivo e do Legislativo. Esse é o quarto enco-ge que Minas Gerais sedia, o pri-

meiro sob a presidência de um corregedor mineiro.

serViços - Em seu pronun-ciamento, o presidente do CCOGEdestacou as funções de orienta-ção, fiscalização e disciplinamento das corregedorias, que zelam pelo bom funcionamento do Judiciá-rio, reafirmando os propósitos do Colégio de Corregedores. Para audebert Delage, a entidade “tem uma longa história de servi-ços prestados à sociedade brasi-leira”. O magistrado destacou ainda a importância da troca de experiência entre as corregedo-rias e da busca pela efetividade das propostas elaboradas nas reu-niões de trabalho.

a realização desses encon-tros, segundo o presidente do TJMG, desembargador Herculano rodrigues, “comprova o interesse e o empenho dos corregedores do País para o aperfeiçoamento das corregedorias e do nosso Poder Judiciário”. Ele falou ainda do papel de destaque que as cor-regedorias têm na preservação da imagem do Judiciário.

Para o presidente do TJ, “a resolução dos problemas dentro de casa fortalece os tribunais e seus magistrados. Com agilidade, prontidão e seriedade, as correge-dorias-gerais de Justiça podem consolidar-se, cada vez mais, como órgão fundamental para o desen-volvimento da Justiça e do Estado

Democrático de Direito”.Em sua mensagem aos parti-

cipantes, o prefeito de Ouro Preto,

honrado com a escolha da cidade para sediar o encontro e desejou que os trabalhos programados produzissem efeito.

sustentabilidade - atemática ambiental ganhou des-taque no evento. Pastas, porta--crachás, marcadores de livro, entre outras peças do evento foram produzidas com material reciclável. as peças são resultado da parceria entre o artista Léo Piló e os artesãos da associação dos Catadores de Papéis, Papelão e Material reaproveitável de

Belo Horizonte (asmare). “a ideia é dar a esses objetos uma utiliza-ção mais ampla, que eles conti-nuem sendo usados após o término do evento”, disse o corregedor audebert Delage, que é o presidente do grupo gestor do Programa Sustenta-bilidade Legal, do TJMG, pro-grama de política ambiental que promove práticas susten-táveis na Justiça mineira.

“O objetivo de reaproveitar materiais usados em eventos anteriores do TJMG. É tornar o Encoge de Ouro Preto referência de iniciativa social e ambiental-mente responsável para outras instituições públicas do País, disse audebert Delage.

A abertura do evento aconteceu na Casa da Ópera de Ouro Preto no último dia 11

MarCELO aLBErT

MINAS GERAIS ira, 16 7JUSTIÇA

Página PreParada Pelo Centro de imPrensa do tribunal de Justiça do estado de minas gerais

Representantes de 24 casas correcionais participaram do encontro

a resolução dos problemas dentro de casa fortalece

os tribunais e seus magistrados

a itautec S.a. deverá indeni-zar a consumidora a.P.r.B., por-que um computador que ela comprou superaqueceu e, como o equipamento era utilizado sobre as pernas dela, causou queimaduras de segundo grau em sua coxa direita. a decisão é da 14ª Câmara Cível do Tri-bunal de Justiça (TJMG) e reforma sentença da comarca de Poços de Caldas.

a consumidora afirma que, depois do incidente, contatou a empresa fabricante, que reco-lheu o equipamento para reali-zação de perícia. Desde então,

não teve nenhum retorno. Ela alega que o manual do produto contém dicas de segurança, mas não adverte sobre o risco de usar o notebook no colo.

a. P.r.B. ajuizou ação con-tra as Lojas Pernambucanas (arthur Lundgren Tecidos S.a.), onde ela comprou a máquina, e contra a itautec, reivindican-do indenização pelos danos morais e o ressarcimento dos gastos com medicamentos para tratar a queimadura.

ContestaçÃo - a itautec contestou as acusações, afir-

mando que, após a análise do produto, a assistência técnica emitiu parecer que demonstrava que a temperatura manteve-se nos padrões normais, sem varia-ções abruptas, o que comprova a impossibilidade de a correta utilização do equipamento ter provocado as queimaduras.

Para a empresa, a culpa foi exclusivamente da vítima, pois, embora o contato da máquina com a pele cause desconforto ao usuário, a prática não provoca queimaduras. Contudo, a., por ter se submetido a uma cirurgia nos membros inferiores, teria

perdido a sensibilidade no local e, por isso, acabou permitindo que o longo tempo de exposição provocasse lesões.

Em Primeira instância, a ação foi julgada improceden-te. a consumidora recorreu, sustentando que no manual não existe proibição de utili-zação do notebook sobre as pernas e defendendo que o laudo incluído nos autos foi elaborado unilateralmente pela itautec. além disso, apresentou reportagens mencionando recall de com-putadores de outras marcas

devido a superaquecimento.O desembargador Estevão

Lucchesi, relator, observou que não é possível constatar a falha do produto, mas a fabricante tem o dever de informar o clien-te com instruções de uso que evitem que ele seja induzido a erro. Quando isso não acontece, a empresa pode ser penalizada.

O magistrado fixou indeniza-ção de r$ 15 mil pelos danos morais e de r$ 66,80 pelos danos materiais. Ele foi segui-do pelos desembargadores Val-dez Leite Machado e Evangeli-na Castilho Duarte.

Consumidora se queima com notebook e é indenizada

Corregedores debateram sobre serviços judiciais

“Ouro Preto, joia de Minas, nos convoca à reflexão, à

livre manifestação das ideias e ao debate. Que o espírito inconfiden-te inspire a Justiça que não retar-da; antes, liberta, acolhe e apazi-gua.” Com essas palavras, o presi-dente do Colégio Permanente de Corregedores-Gerais dos Tribu-nais de Justiça do Brasil (CCOGE) e corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador audebert Delage, abriu o encon-tro da entidade no teatro munici-pal Casa da Ópera, em Ouro Preto, na noite de 11, com o pre-sidente do TJMG, desembarga-dor Herculano rodrigues.

representantes de 24 casas correicionais participaram da solenidade, que contou também com a presença do 2º vice-presi-dente do TJMG, desembargador Baía Borges; da vice-corregedora--geral de Justiça, desembargadora Vanessa Verdolin Hudson andra-de; do presidente do Conselho de Gestão e Supervisão dos Juizados Especiais, desembargador José

do Judiciário, do Executivo e do Legislativo. Esse é o quarto enco-ge que Minas Gerais sedia, o pri-

meiro sob a presidência de um corregedor mineiro.

serViços - Em seu pronun-ciamento, o presidente do CCOGEdestacou as funções de orienta-ção, fiscalização e disciplinamento das corregedorias, que zelam pelo bom funcionamento do Judiciá-rio, reafirmando os propósitos do Colégio de Corregedores. Para audebert Delage, a entidade “tem uma longa história de servi-ços prestados à sociedade brasi-leira”. O magistrado destacou ainda a importância da troca de experiência entre as corregedo-rias e da busca pela efetividade das propostas elaboradas nas reu-niões de trabalho.

a realização desses encon-tros, segundo o presidente do TJMG, desembargador Herculano rodrigues, “comprova o interesse e o empenho dos corregedores do País para o aperfeiçoamento das corregedorias e do nosso Poder Judiciário”. Ele falou ainda do papel de destaque que as cor-regedorias têm na preservação da imagem do Judiciário.

Para o presidente do TJ, “a resolução dos problemas dentro de casa fortalece os tribunais e seus magistrados. Com agilidade, prontidão e seriedade, as correge-dorias-gerais de Justiça podem consolidar-se, cada vez mais, como órgão fundamental para o desen-volvimento da Justiça e do Estado

Democrático de Direito”.Em sua mensagem aos parti-

cipantes, o prefeito de Ouro Preto,

honrado com a escolha da cidade para sediar o encontro e desejou que os trabalhos programados produzissem efeito.

sustentabilidade - atemática ambiental ganhou des-taque no evento. Pastas, porta--crachás, marcadores de livro, entre outras peças do evento foram produzidas com material reciclável. as peças são resultado da parceria entre o artista Léo Piló e os artesãos da associação dos Catadores de Papéis, Papelão e Material reaproveitável de

Belo Horizonte (asmare). “a ideia é dar a esses objetos uma utiliza-ção mais ampla, que eles conti-nuem sendo usados após o término do evento”, disse o corregedor audebert Delage, que é o presidente do grupo gestor do Programa Sustenta-bilidade Legal, do TJMG, pro-grama de política ambiental que promove práticas susten-táveis na Justiça mineira.

“O objetivo de reaproveitar materiais usados em eventos anteriores do TJMG. É tornar o Encoge de Ouro Preto referência de iniciativa social e ambiental-mente responsável para outras instituições públicas do País, disse audebert Delage.

A abertura do evento aconteceu na Casa da Ópera de Ouro Preto no último dia 11

MarCELO aLBErT

MINAS GERAIS ira, 16 7JUSTIÇA

Página PreParada Pelo Centro de imPrensa do tribunal de Justiça do estado de minas gerais

Representantes de 24 casas correcionais participaram do encontro

a resolução dos problemas dentro de casa fortalece

os tribunais e seus magistrados

a itautec S.a. deverá indeni-zar a consumidora a.P.r.B., por-que um computador que ela comprou superaqueceu e, como o equipamento era utilizado sobre as pernas dela, causou queimaduras de segundo grau em sua coxa direita. a decisão é da 14ª Câmara Cível do Tri-bunal de Justiça (TJMG) e reforma sentença da comarca de Poços de Caldas.

a consumidora afirma que, depois do incidente, contatou a empresa fabricante, que reco-lheu o equipamento para reali-zação de perícia. Desde então,

não teve nenhum retorno. Ela alega que o manual do produto contém dicas de segurança, mas não adverte sobre o risco de usar o notebook no colo.

a. P.r.B. ajuizou ação con-tra as Lojas Pernambucanas (arthur Lundgren Tecidos S.a.), onde ela comprou a máquina, e contra a itautec, reivindican-do indenização pelos danos morais e o ressarcimento dos gastos com medicamentos para tratar a queimadura.

ContestaçÃo - a itautec contestou as acusações, afir-

mando que, após a análise do produto, a assistência técnica emitiu parecer que demonstrava que a temperatura manteve-se nos padrões normais, sem varia-ções abruptas, o que comprova a impossibilidade de a correta utilização do equipamento ter provocado as queimaduras.

Para a empresa, a culpa foi exclusivamente da vítima, pois, embora o contato da máquina com a pele cause desconforto ao usuário, a prática não provoca queimaduras. Contudo, a., por ter se submetido a uma cirurgia nos membros inferiores, teria

perdido a sensibilidade no local e, por isso, acabou permitindo que o longo tempo de exposição provocasse lesões.

Em Primeira instância, a ação foi julgada improceden-te. a consumidora recorreu, sustentando que no manual não existe proibição de utili-zação do notebook sobre as pernas e defendendo que o laudo incluído nos autos foi elaborado unilateralmente pela itautec. além disso, apresentou reportagens mencionando recall de com-putadores de outras marcas

devido a superaquecimento.O desembargador Estevão

Lucchesi, relator, observou que não é possível constatar a falha do produto, mas a fabricante tem o dever de informar o clien-te com instruções de uso que evitem que ele seja induzido a erro. Quando isso não acontece, a empresa pode ser penalizada.

O magistrado fixou indeniza-ção de r$ 15 mil pelos danos morais e de r$ 66,80 pelos danos materiais. Ele foi segui-do pelos desembargadores Val-dez Leite Machado e Evangeli-na Castilho Duarte.

Consumidora se queima com notebook e é indenizada

Corregedores debateram sobre serviços judiciais

“Ouro Preto, joia de Minas, nos convoca à reflexão, à

livre manifestação das ideias e ao debate. Que o espírito inconfiden-te inspire a Justiça que não retar-da; antes, liberta, acolhe e apazi-gua.” Com essas palavras, o presi-dente do Colégio Permanente de Corregedores-Gerais dos Tribu-nais de Justiça do Brasil (CCOGE) e corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador audebert Delage, abriu o encon-tro da entidade no teatro munici-pal Casa da Ópera, em Ouro Preto, na noite de 11, com o pre-sidente do TJMG, desembarga-dor Herculano rodrigues.

representantes de 24 casas correicionais participaram da solenidade, que contou também com a presença do 2º vice-presi-dente do TJMG, desembargador Baía Borges; da vice-corregedora--geral de Justiça, desembargadora Vanessa Verdolin Hudson andra-de; do presidente do Conselho de Gestão e Supervisão dos Juizados Especiais, desembargador José

do Judiciário, do Executivo e do Legislativo. Esse é o quarto enco-ge que Minas Gerais sedia, o pri-

meiro sob a presidência de um corregedor mineiro.

serViços - Em seu pronun-ciamento, o presidente do CCOGEdestacou as funções de orienta-ção, fiscalização e disciplinamento das corregedorias, que zelam pelo bom funcionamento do Judiciá-rio, reafirmando os propósitos do Colégio de Corregedores. Para audebert Delage, a entidade “tem uma longa história de servi-ços prestados à sociedade brasi-leira”. O magistrado destacou ainda a importância da troca de experiência entre as corregedo-rias e da busca pela efetividade das propostas elaboradas nas reu-niões de trabalho.

a realização desses encon-tros, segundo o presidente do TJMG, desembargador Herculano rodrigues, “comprova o interesse e o empenho dos corregedores do País para o aperfeiçoamento das corregedorias e do nosso Poder Judiciário”. Ele falou ainda do papel de destaque que as cor-regedorias têm na preservação da imagem do Judiciário.

Para o presidente do TJ, “a resolução dos problemas dentro de casa fortalece os tribunais e seus magistrados. Com agilidade, prontidão e seriedade, as correge-dorias-gerais de Justiça podem consolidar-se, cada vez mais, como órgão fundamental para o desen-volvimento da Justiça e do Estado

Democrático de Direito”.Em sua mensagem aos parti-

cipantes, o prefeito de Ouro Preto,

honrado com a escolha da cidade para sediar o encontro e desejou que os trabalhos programados produzissem efeito.

sustentabilidade - atemática ambiental ganhou des-taque no evento. Pastas, porta--crachás, marcadores de livro, entre outras peças do evento foram produzidas com material reciclável. as peças são resultado da parceria entre o artista Léo Piló e os artesãos da associação dos Catadores de Papéis, Papelão e Material reaproveitável de

Belo Horizonte (asmare). “a ideia é dar a esses objetos uma utiliza-ção mais ampla, que eles conti-nuem sendo usados após o término do evento”, disse o corregedor audebert Delage, que é o presidente do grupo gestor do Programa Sustenta-bilidade Legal, do TJMG, pro-grama de política ambiental que promove práticas susten-táveis na Justiça mineira.

“O objetivo de reaproveitar materiais usados em eventos anteriores do TJMG. É tornar o Encoge de Ouro Preto referência de iniciativa social e ambiental-mente responsável para outras instituições públicas do País, disse audebert Delage.

A abertura do evento aconteceu na Casa da Ópera de Ouro Preto no último dia 11

MarCELO aLBErT

MINAS GERAIS ira, 16 7JUSTIÇA

Página PreParada Pelo Centro de imPrensa do tribunal de Justiça do estado de minas gerais

Representantes de 24 casas correcionais participaram do encontro

a resolução dos problemas dentro de casa fortalece

os tribunais e seus magistrados

a itautec S.a. deverá indeni-zar a consumidora a.P.r.B., por-que um computador que ela comprou superaqueceu e, como o equipamento era utilizado sobre as pernas dela, causou queimaduras de segundo grau em sua coxa direita. a decisão é da 14ª Câmara Cível do Tri-bunal de Justiça (TJMG) e reforma sentença da comarca de Poços de Caldas.

a consumidora afirma que, depois do incidente, contatou a empresa fabricante, que reco-lheu o equipamento para reali-zação de perícia. Desde então,

não teve nenhum retorno. Ela alega que o manual do produto contém dicas de segurança, mas não adverte sobre o risco de usar o notebook no colo.

a. P.r.B. ajuizou ação con-tra as Lojas Pernambucanas (arthur Lundgren Tecidos S.a.), onde ela comprou a máquina, e contra a itautec, reivindican-do indenização pelos danos morais e o ressarcimento dos gastos com medicamentos para tratar a queimadura.

ContestaçÃo - a itautec contestou as acusações, afir-

mando que, após a análise do produto, a assistência técnica emitiu parecer que demonstrava que a temperatura manteve-se nos padrões normais, sem varia-ções abruptas, o que comprova a impossibilidade de a correta utilização do equipamento ter provocado as queimaduras.

Para a empresa, a culpa foi exclusivamente da vítima, pois, embora o contato da máquina com a pele cause desconforto ao usuário, a prática não provoca queimaduras. Contudo, a., por ter se submetido a uma cirurgia nos membros inferiores, teria

perdido a sensibilidade no local e, por isso, acabou permitindo que o longo tempo de exposição provocasse lesões.

Em Primeira instância, a ação foi julgada improceden-te. a consumidora recorreu, sustentando que no manual não existe proibição de utili-zação do notebook sobre as pernas e defendendo que o laudo incluído nos autos foi elaborado unilateralmente pela itautec. além disso, apresentou reportagens mencionando recall de com-putadores de outras marcas

devido a superaquecimento.O desembargador Estevão

Lucchesi, relator, observou que não é possível constatar a falha do produto, mas a fabricante tem o dever de informar o clien-te com instruções de uso que evitem que ele seja induzido a erro. Quando isso não acontece, a empresa pode ser penalizada.

O magistrado fixou indeniza-ção de r$ 15 mil pelos danos morais e de r$ 66,80 pelos danos materiais. Ele foi segui-do pelos desembargadores Val-dez Leite Machado e Evangeli-na Castilho Duarte.

Consumidora se queima com notebook e é indenizada

Corregedores debateram sobre serviços judiciais

“Ouro Preto, joia de Minas, nos convoca à reflexão, à

livre manifestação das ideias e ao debate. Que o espírito inconfiden-te inspire a Justiça que não retar-da; antes, liberta, acolhe e apazi-gua.” Com essas palavras, o presi-dente do Colégio Permanente de Corregedores-Gerais dos Tribu-nais de Justiça do Brasil (CCOGE) e corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador audebert Delage, abriu o encon-tro da entidade no teatro munici-pal Casa da Ópera, em Ouro Preto, na noite de 11, com o pre-sidente do TJMG, desembarga-dor Herculano rodrigues.

representantes de 24 casas correicionais participaram da solenidade, que contou também com a presença do 2º vice-presi-dente do TJMG, desembargador Baía Borges; da vice-corregedora--geral de Justiça, desembargadora Vanessa Verdolin Hudson andra-de; do presidente do Conselho de Gestão e Supervisão dos Juizados Especiais, desembargador José

do Judiciário, do Executivo e do Legislativo. Esse é o quarto enco-ge que Minas Gerais sedia, o pri-

meiro sob a presidência de um corregedor mineiro.

serViços - Em seu pronun-ciamento, o presidente do CCOGEdestacou as funções de orienta-ção, fiscalização e disciplinamento das corregedorias, que zelam pelo bom funcionamento do Judiciá-rio, reafirmando os propósitos do Colégio de Corregedores. Para audebert Delage, a entidade “tem uma longa história de servi-ços prestados à sociedade brasi-leira”. O magistrado destacou ainda a importância da troca de experiência entre as corregedo-rias e da busca pela efetividade das propostas elaboradas nas reu-niões de trabalho.

a realização desses encon-tros, segundo o presidente do TJMG, desembargador Herculano rodrigues, “comprova o interesse e o empenho dos corregedores do País para o aperfeiçoamento das corregedorias e do nosso Poder Judiciário”. Ele falou ainda do papel de destaque que as cor-regedorias têm na preservação da imagem do Judiciário.

Para o presidente do TJ, “a resolução dos problemas dentro de casa fortalece os tribunais e seus magistrados. Com agilidade, prontidão e seriedade, as correge-dorias-gerais de Justiça podem consolidar-se, cada vez mais, como órgão fundamental para o desen-volvimento da Justiça e do Estado

Democrático de Direito”.Em sua mensagem aos parti-

cipantes, o prefeito de Ouro Preto,

honrado com a escolha da cidade para sediar o encontro e desejou que os trabalhos programados produzissem efeito.

sustentabilidade - atemática ambiental ganhou des-taque no evento. Pastas, porta--crachás, marcadores de livro, entre outras peças do evento foram produzidas com material reciclável. as peças são resultado da parceria entre o artista Léo Piló e os artesãos da associação dos Catadores de Papéis, Papelão e Material reaproveitável de

Belo Horizonte (asmare). “a ideia é dar a esses objetos uma utiliza-ção mais ampla, que eles conti-nuem sendo usados após o término do evento”, disse o corregedor audebert Delage, que é o presidente do grupo gestor do Programa Sustenta-bilidade Legal, do TJMG, pro-grama de política ambiental que promove práticas susten-táveis na Justiça mineira.

“O objetivo de reaproveitar materiais usados em eventos anteriores do TJMG. É tornar o Encoge de Ouro Preto referência de iniciativa social e ambiental-mente responsável para outras instituições públicas do País, disse audebert Delage.

A abertura do evento aconteceu na Casa da Ópera de Ouro Preto no último dia 11

MarCELO aLBErT

MINAS GERAIS ira, 16 7JUSTIÇA

Página PreParada Pelo Centro de imPrensa do tribunal de Justiça do estado de minas gerais

Representantes de 24 casas correcionais participaram do encontro

a resolução dos problemas dentro de casa fortalece

os tribunais e seus magistrados

a itautec S.a. deverá indeni-zar a consumidora a.P.r.B., por-que um computador que ela comprou superaqueceu e, como o equipamento era utilizado sobre as pernas dela, causou queimaduras de segundo grau em sua coxa direita. a decisão é da 14ª Câmara Cível do Tri-bunal de Justiça (TJMG) e reforma sentença da comarca de Poços de Caldas.

a consumidora afirma que, depois do incidente, contatou a empresa fabricante, que reco-lheu o equipamento para reali-zação de perícia. Desde então,

não teve nenhum retorno. Ela alega que o manual do produto contém dicas de segurança, mas não adverte sobre o risco de usar o notebook no colo.

a. P.r.B. ajuizou ação con-tra as Lojas Pernambucanas (arthur Lundgren Tecidos S.a.), onde ela comprou a máquina, e contra a itautec, reivindican-do indenização pelos danos morais e o ressarcimento dos gastos com medicamentos para tratar a queimadura.

ContestaçÃo - a itautec contestou as acusações, afir-

mando que, após a análise do produto, a assistência técnica emitiu parecer que demonstrava que a temperatura manteve-se nos padrões normais, sem varia-ções abruptas, o que comprova a impossibilidade de a correta utilização do equipamento ter provocado as queimaduras.

Para a empresa, a culpa foi exclusivamente da vítima, pois, embora o contato da máquina com a pele cause desconforto ao usuário, a prática não provoca queimaduras. Contudo, a., por ter se submetido a uma cirurgia nos membros inferiores, teria

perdido a sensibilidade no local e, por isso, acabou permitindo que o longo tempo de exposição provocasse lesões.

Em Primeira instância, a ação foi julgada improceden-te. a consumidora recorreu, sustentando que no manual não existe proibição de utili-zação do notebook sobre as pernas e defendendo que o laudo incluído nos autos foi elaborado unilateralmente pela itautec. além disso, apresentou reportagens mencionando recall de com-putadores de outras marcas

devido a superaquecimento.O desembargador Estevão

Lucchesi, relator, observou que não é possível constatar a falha do produto, mas a fabricante tem o dever de informar o clien-te com instruções de uso que evitem que ele seja induzido a erro. Quando isso não acontece, a empresa pode ser penalizada.

O magistrado fixou indeniza-ção de r$ 15 mil pelos danos morais e de r$ 66,80 pelos danos materiais. Ele foi segui-do pelos desembargadores Val-dez Leite Machado e Evangeli-na Castilho Duarte.

Consumidora se queima com notebook e é indenizada

Corregedores debateram sobre serviços judiciais

“Ouro Preto, joia de Minas, nos convoca à reflexão, à

livre manifestação das ideias e ao debate. Que o espírito inconfiden-te inspire a Justiça que não retar-da; antes, liberta, acolhe e apazi-gua.” Com essas palavras, o presi-dente do Colégio Permanente de Corregedores-Gerais dos Tribu-nais de Justiça do Brasil (CCOGE) e corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador audebert Delage, abriu o encon-tro da entidade no teatro munici-pal Casa da Ópera, em Ouro Preto, na noite de 11, com o pre-sidente do TJMG, desembarga-dor Herculano rodrigues.

representantes de 24 casas correicionais participaram da solenidade, que contou também com a presença do 2º vice-presi-dente do TJMG, desembargador Baía Borges; da vice-corregedora--geral de Justiça, desembargadora Vanessa Verdolin Hudson andra-de; do presidente do Conselho de Gestão e Supervisão dos Juizados Especiais, desembargador José

do Judiciário, do Executivo e do Legislativo. Esse é o quarto enco-ge que Minas Gerais sedia, o pri-

meiro sob a presidência de um corregedor mineiro.

serViços - Em seu pronun-ciamento, o presidente do CCOGEdestacou as funções de orienta-ção, fiscalização e disciplinamento das corregedorias, que zelam pelo bom funcionamento do Judiciá-rio, reafirmando os propósitos do Colégio de Corregedores. Para audebert Delage, a entidade “tem uma longa história de servi-ços prestados à sociedade brasi-leira”. O magistrado destacou ainda a importância da troca de experiência entre as corregedo-rias e da busca pela efetividade das propostas elaboradas nas reu-niões de trabalho.

a realização desses encon-tros, segundo o presidente do TJMG, desembargador Herculano rodrigues, “comprova o interesse e o empenho dos corregedores do País para o aperfeiçoamento das corregedorias e do nosso Poder Judiciário”. Ele falou ainda do papel de destaque que as cor-regedorias têm na preservação da imagem do Judiciário.

Para o presidente do TJ, “a resolução dos problemas dentro de casa fortalece os tribunais e seus magistrados. Com agilidade, prontidão e seriedade, as correge-dorias-gerais de Justiça podem consolidar-se, cada vez mais, como órgão fundamental para o desen-volvimento da Justiça e do Estado

Democrático de Direito”.Em sua mensagem aos parti-

cipantes, o prefeito de Ouro Preto,

honrado com a escolha da cidade para sediar o encontro e desejou que os trabalhos programados produzissem efeito.

sustentabilidade - atemática ambiental ganhou des-taque no evento. Pastas, porta--crachás, marcadores de livro, entre outras peças do evento foram produzidas com material reciclável. as peças são resultado da parceria entre o artista Léo Piló e os artesãos da associação dos Catadores de Papéis, Papelão e Material reaproveitável de

Belo Horizonte (asmare). “a ideia é dar a esses objetos uma utiliza-ção mais ampla, que eles conti-nuem sendo usados após o término do evento”, disse o corregedor audebert Delage, que é o presidente do grupo gestor do Programa Sustenta-bilidade Legal, do TJMG, pro-grama de política ambiental que promove práticas susten-táveis na Justiça mineira.

“O objetivo de reaproveitar materiais usados em eventos anteriores do TJMG. É tornar o Encoge de Ouro Preto referência de iniciativa social e ambiental-mente responsável para outras instituições públicas do País, disse audebert Delage.

A abertura do evento aconteceu na Casa da Ópera de Ouro Preto no último dia 11

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FOlHA DE Sp - Sp - p. c3 - 16.04.2013

HOjE EM DIA - Mg - p. 18 - 16.04.2013

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HOjE EM DIA - Mg - p. 18 - 16.04.2013

O TEMpO - Mg - p. 30 - 16.04.2013

LUCAS SIMÕES

Desde ontem, 30 juízes mineiros começaram a trabalhar em conjunto com as 18 Regiões Integra-das de Segurança Pública (RISP) - compostas pela Polícia Militar e pela Polícia Civil. A medida, assi-nada ontem pelo governador Antonio Anastasia, é uma parceria entre o Governo do Estado e o Tribu-nal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para conter a criminalidade no Estado.

Os juízes nomeados vão trabalhar principal-mente nos casos considerados prioritários, compar-tilhando informações de inteligência e estratégias com os comandantes regionais da PM e chefes da

Polícia Civil em reuniões mensais.O presidente do Tribunal de Justiça, desembar-

gador Joaquim Herculano Rodrigues, disse que a medida pode ajudar a conter a impunidade. “Com o poder judiciário atuando próximo à polícia, é mais fácil trocar informações para manter bandidos pre-sos”, disse.

Violência. No mês passado, Minas Gerais re-gistrou aumento de 20,3% nos crimes considerados violentos, como estupro, sequestro, roubo e homicí-dios, segundo dados da Secretaria de Estado de De-fesa Social (Seds). Enquanto, em março deste ano, foram 7.380 ocorrências, o mesmo período de 2012 teve um total de 6.134 crimes.

Risp

Juízes iniciam trabalho junto com as polícias

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cONT... HOjE EM DIA - Mg - p. 18 - 16.04.2013

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HOjE EM DIA - Mg - p. 21 - 16.04.2013

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O TEMpO - Mg - p. 29 - 16.04.2013Savassi. Antônio Donato vai ser apresentado hoje junto com outros dois neonazistas

Catador depõe e Skinhead pode pegar 24 anos de prisão

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ESTADO DE MINAS - Mg - p. 17 E 18 - 16.04.2013

Mateus Parreiras e Pedro Ferreira

As prisões em São Paulo e em Belo Horizonte, por racismo e formação de quadrilha, de três integrantes de uma gangue de skinheads que agia na capital mineira cha-maram a atenção para uma situação ainda mais preocu-pante. Antes rivais, radicais paulistas e mineiros estão se aliando e podem intensificar suas ações.

De acordo com a chefe da Delegacia de Crimes Ra-ciais e Delitos de Intolerância (Decradi) de São Paulo, Margarete Barreto, a mudança se deu quando o grupo ao qual é ligado Antônio Donato Baudson Peret, de 25 anos – detido no último domingo, em Americana (SP) –, assas-sinou um líder dos cabeças raspadas mineiros, o estudante de direito Bernardo Dayrell Pedroso, de 24, e sua namo-rada, de 21, em 2009, no Paraná, nas comemorações do aniversário de 120 anos do nascimento de Adolf Hitler.

Além de Donato – que causou revolta ao posar numa foto veiculada na internet estrangulando um homem ne-gro, identificado como morador de rua, com uma corrente – foram presos, também no domingo, em Belo Horizon-te, Marcus Vinícius Garcia Cunha, de 26, e João Matheus Vetter de Moura, de 20, que pertencem ao mesmo grupo skinhead na capital mineira. Uma quarta pessoa teve seu apartamento vasculhado pela polícia. Quatro suspeitos ainda são investigados.

A prisão de Donato em Americana foi feita pela De-legacia Especializada de Investigações de Crimes Ciber-néticos (DEICC), de BH, e pela Guarda Municipal do município paulista.

Donato foi detido no momento em que o ônibus de viagem em que estava chegou da capital, São Paulo, à rodoviária da cidade do interior paulista. O suspeito não reagiu à prisão, mas com ele foram encontradas um faca de cozinha, uma faca tática, um facão tipo machete e um soco inglês. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que vai apresentar os suspeitos hoje.

Apesar de estar sendo investigado por racismo e for-mação de quadrilha, Donato parece ser ainda mais peri-goso do que essas acusações indicam. Só em Minas, se-gundo o Estado de Minas apurou junto à Polícia Militar, o rapaz se envolveu em pelo menos dez ocorrências, entre embriaguez ao volante, agressão, lesão corporal e ameaça. No estado, ele responde ainda a três processos por agredir homossexuais. Em São Paulo, são duas ocorrências por lesão corporal.

Um dos parceiros contumazes de Donato em São Pau-lo, segundo a Delegacia de Crimes Raciais, é Artur Ruda Gomes Fonseca, de 20. Os dois chegaram a ser presos no estado, em 2011, depois de terem agredido um grupo de 11 skatistas na Avenida Paulista, nos Jardins.

Clima de alívio na região da Savassi

A prisão dos três rapazes que se identificam como skinheads, no domingo, sob a acusação de racismo e formação de quadrilha, trouxe alívio para as vítimas das agressões cometidas e para comerciantes da Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ferido a golpes de soco inglês no rosto quando tinha apenas 16 anos, o es-tudante A.A.M.C., hoje com 18, comemora a prisão de seu agressor, Antônio Donato Peret. “Sinto-me aliviado ao saber que não tem um cidadão como esse circulando mais pelas ruas da cidade. Tenho pena dele, pela cabeça que ele tem. ”

O estudante não consegue esquecer os momentos de terror que viveu ao ser atacado por Antônio Donato e outros três homens na Avenida Getúlio Vargas com Rua Tomé de Souza, na Savassi. “Fiquei completamente sem entender. Eram umas 21h e eu tinha saído de um shopping para encontrar amigos na Savassi. Alguém bateu no meu ombro e quando virei começaram a me agredir. Fiquei em choque”, conta. Para ele, Antônio Donato não tem condi-ções de viver em sociedade.

A mãe do jovem, que é enfermeira, ficou impressio-nada com a violência do ataque. “Meu filho sofreu um ferimento na boca e levou oito pontos.” Ela espera que os suspeitos continuem presos. “São extremamente vio-lentos, deram vários socos no estômago do meu filho e o chutaram.” O dono de um bar da Tomé de Souza chamou a polícia e os agressores foram presos.

Ex-colegas de trabalho de outro dos presos no do-mingo, Marcus Cunha, ficaram surpresos com a notícia de que ele estaria envolvido em um grupo neonazista. Mar-cos já trabalhou como coordenador de atendimento em um dos restaurantes mais tradicionais de Belo Horizonte, na Pampulha. “Estou perplexo com o que fiquei sabendo dele. Ele nunca deixou transparecer nada sobre esse seu comportamento no ambiente de trabalho”, disse o gerente operacional da casa, Ronaldo Costa.

Ronaldo conta que Marcus Cunha passou por avalia-ção psicológica antes de ser contratado, e que comandava uma equipe de 20 garçons e que o relacionamento entre eles era bom. “Ele pediu demissão por ter recebido uma oferta de trabalho melhor”, disse o gerente operacional.

Cansados de acompanhar a violência praticada por Antônio Donato e seu grupo contra gays, negros, morado-res de rua e hippies, comerciantes da Savassi comemora-ram a prisão de três dos acusados dos crimes. “Com eles presos, a Savassi vai ficar mais segura e tranquila. Antô-nio Donato sempre estava no meio da confusão”, disse o dono de um bar.

INTOLERÂNCIA ACORRENTADA Prisão de skinheads acusados de racismo e formação de quadrilha expõe rede de suspeitos de

crimes de ódio relacionados à ideologia neonazista. Vítimas relatam as agressões em BH

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ESCALADA DO ÓDIO

cONT... ESTADO DE MINAS - Mg - p. 17 E 18 - 16.04.2013

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HOjE EM DIA - Mg - p. 23 - 16.04.2013

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ESTADO DE MINAS - Mg - p. 09 - 16.04.2013

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Herbert Carneiro - Presidente da Associação dos Magistrados Minei-ros (Amagis/MG) e desembargador do TJMG

Algumas pessoas de outros setores e do próprio Judiciário crucificam, sis-tematicamente, a magistratura em in-tervenções midiáticas de quem parece só buscar o aplauso fácil. Mas que, por outro lado, não fazem qualquer esforço para colocar a proposta de reforma da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) no Congresso Nacional, onde o debate deve ser aberto a toda a socieda-de, inclusive aos magistrados.

Talvez, atendendo os consecutivos apelos da magistratura, ou por outras razões, o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, decidiu formar nova comissão para elaboração do estatuto da magistratura a ser encaminhado ao Con-gresso Nacional.

Informações infundadas e inverídi-cas atribuem o atraso de mais de 25 anos nessa reforma ao que chamam de ‘forte reação corporativa’. Ao contrário, nesse mesmo período, a magistratura brasilei-ra, por meio de suas associações de clas-se, sempre defendeu, pública e perma-nentemente, a revisão do atual estatuto, imposto pela ditadura em 1979.

Por meio desse debate, no Congres-so Nacional, podemos e devemos discu-tir, aberta e honestamente, o Judiciário que a sociedade deseja. Não somos con-tra a discussão das férias de 60 dias por corporativismo, mas, em nome da saudá-vel e democrática defesa dos interesses de uma categoria, seria oportuno discutir quais seriam nossos deveres, direitos, vencimentos, benefícios, conquistados ou não, desde que, sempre, amparados na Constituição.

Com a nova Loman, estará em dis-cussão o problema das chamadas ‘mo-rosidade e ineficiência’ do Poder Judi-ciário, analisando, por exemplo, a razão pela qual milhões de sentenças dadas em 1ª instância são acompanhadas de igual ou superior número de recursos, adotados constitucionalmente por advo-gados e promotores, contra as mesmas decisões. E que, depois de julgadas em segunda, ainda são levadas à terceira e quarta instâncias.

No Brasil, é histórico, só conferem valor à Justiça após a 4ª instância, em to-

Judiciário ideal Os magistrados estão dispostos a participar do debate na construção do futuro desse poder, sob a égide da cidadania

tal desfavor às decisões do 1º, 2º e até do 3º graus. Igualmente, tornou-se normal e republicano, neste país, o fato de o Poder Executivo, em função de um projeto de governo, ignorar a autonomia constitu-cional de outro poder (Judiciário), sob a conivência de um terceiro (Legislativo), na hora de votar o Orçamento da União.

Que Judiciário queremos, afinal? Nós, juízes e desembargadores, não temos apego a leis anacrônicas e continuaremos a defender um novo e urgente estatuto da magistratura que defina os nossos deve-res e direitos pautados na Constituição e na redemocratização do país e do próprio Judiciário.

Defendemos um estatuto que estabe-leça a carga processual de cada magistra-do, sua jornada de trabalho, o número de juízes por habitante, o tamanho das férias e as condições de trabalho e de seguran-ça dignas que preservem a vida de quem, muitas vezes, tem que contrariar grandes e poderosos interesses e, frequentemente, enfrentar o crime organizado.

Juízes ainda não têm hora para co-meçar e terminar o trabalho e não deve-riam deixar para o dia seguinte aquele pedido de habeas corpus que chegou de-pois do expediente, de quem foi preso, talvez, injustamente ou sem provas. Nem ignorar a concessão de um mandado de prisão, por flagrante delito, para membro do crime organizado. Muito menos deixar para amanhã uma decisão para alguém que carece de uma urgente intervenção cirúrgica.

Tabu é não querer discutir e reconhe-cer essa realidade. Em vez disso, reduzem o debate ao comparar benefícios ampara-dos em leis, como as férias de dois pe-ríodos, a privilégios e regalias, jogando-os na vala comum das piores anomalias nacionais.Senhores ministros e senhores parlamentares, os magistrados estão pron-tos e dispostos a participar desse debate, que deve envolver toda a sociedade, na construção do futuro do Judiciário, sob a égide da cidadania e do Estado democrá-tico de direito.

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