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ANO III 16 Março / Abril de 2012 Candeia Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis” ―E achado em forma como ho- mem, humilhou-se a si mesmo, sen- do obediente até à morte de cruz‖. Paulo. (Filipenses, 2:8.) O Mestre desceu para servir, Do esplendor à escuridão... Da alvorada eterna à noite plena... Das estrelas à manjedoura... Do infinito à limitação... Da glória à carpintaria... Da grandeza à abnegação... Da divindade dos anjos à miséria dos homens... Da companhia de gênios sublimes à convivência dos pecadores... De governador do mundo a servo de todos... De credor magnânimo a escravo... De benfeitor a perseguido... De salvador a desamparado... De emissário do amor a vítima do ódio... De redentor dos séculos a prisio- neiro das sombras... De celeste pastor à ovelha opri- mida... De poderoso trono à cruz do martírio... Do verbo santificante ao angustia- do silêncio... De advogado das criaturas a réu sem defesa... Dos braços dos amigos ao encon- tro de ladrões... De doador da vida eterna a sen- tenciado no vale da morte... Humilhou-se e apagou-se para que o homem se eleve e brilhe para sempre! Oh! Senhor, que não fizestes por nós, a fim de aprendermos o ca- minho da Gloriosa Ressurreição no Reino? Pão Nosso FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER PELO ESPÍRITO EMMANUEL JESUS PARA O HOMEM - OS FENÔMENOS ESPÍRITAS PELO MUNDO 02 - SOBRE OS MÉDIUNS 03 - O INFERNO E OS DEMÔNIOS 04 - QUESTÃO DE FÉ 05 - PSICOLOGIA E ESPIRITISMONOÇÃO DO INCONSCIENTE 06 - SUBDESENVOLVIMENTO ESPI- RITUAL 07 - CHICO XAVIER POR ELE MES- MO 08 - A SOCIEDADE É O QUE DELA FIZEMOS... E SERÁ O QUE DELA FIZERMOS... - ACRETITA EM ALAH E AMAR- RA BEM O TEU CAMELO 09 - EVANGELIZAÇÃO DA INFÂN- CIA 10 - NEM O MENDIGO 11 NESTA EDIÇÃO: INTERESSES ESPECIAIS -OS FENÔMENOS ESPÍRITAS PELO MUNDO:- Muita gente “boa”, por aí, imagina que os fatos espíritas são ocor- rências específicas de nosso país! - SOBRE OS MÉDIUNS:- Ninguém pode ser médium perfeito se estiver obsedado. -O INFERNO E OS DEMÔNIOS:- O Espiritismo trás para a humanidade um ensinamento proporcional às suas necessidades. - PSICOLOGIA E ESPIRITISMO- NOÇÃO DO INCONSCIENTE:- A vida intelectual inconsciente consti- tui a base do nosso espírito. - É QUESTÃO DE FÉ:- A fé, positiva- mente, é a mais difícil das virtudes, porque implica na aceitação de cada momento vivido, na dor ou na alegria. - A SOCIEDADE É O QUE DELA FIZEMOS... E SERÁ O QUE DELA FIZERMOS...Será que não somos, pelo menos parcialmente, responsáveis pelos acontecimentos à nossa volta? LIVRARIA ―LÉON DENIS‖ - NOVOS LANÇAMENTOS

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Page 1: Candeia 16 março/abril

ANO III N° 16 Março / Abril de 2012

Candeia Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”

―E achado em forma como ho-

mem, humilhou-se a si mesmo, sen-

do obediente até à morte de cruz‖.

–Paulo. (Filipenses, 2:8.)

O Mestre desceu para servir,

Do esplendor à escuridão...

Da alvorada eterna à noite plena...

Das estrelas à manjedoura...

Do infinito à limitação...

Da glória à carpintaria... Da grandeza à abnegação...

Da divindade dos anjos à miséria dos

homens...

Da companhia de gênios sublimes à

convivência dos pecadores...

De governador do mundo a servo

de todos...

De credor magnânimo a escravo...

De benfeitor a perseguido...

De salvador a desamparado...

De emissário do amor a vítima

do ódio... De redentor dos séculos a prisio-

neiro das sombras...

De celeste pastor à ovelha opri-

mida...

De poderoso trono à cruz do

martírio...

Do verbo santificante ao angustia-

do silêncio...

De advogado das criaturas a réu

sem defesa...

Dos braços dos amigos ao encon-

tro de ladrões...

De doador da vida eterna a sen-

tenciado no vale da morte...

Humilhou-se e apagou-se para

que o homem se eleve e brilhe

para sempre!

Oh! Senhor, que não fizestes por

nós, a fim de aprendermos o ca-

minho da Gloriosa Ressurreição

no Reino? Pão Nosso

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

PELO ESPÍRITO EMMANUEL

JESUS PARA O HOMEM

- OS FENÔMENOS ESPÍRITAS

PELO MUNDO

02

- SOBRE OS MÉDIUNS 03

- O INFERNO E OS DEMÔNIOS 04

- QUESTÃO DE FÉ 05

- PSICOLOGIA E ESPIRITISMO—

NOÇÃO DO INCONSCIENTE 06

- SUBDESENVOLVIMENTO ESPI-

RITUAL

07

- CHICO XAVIER POR ELE MES-

MO

08

- A SOCIEDADE É O QUE DELA

FIZEMOS... E SERÁ O QUE DELA

FIZERMOS...

- ACRETITA EM ALAH E AMAR-

RA BEM O TEU CAMELO

09

- EVANGELIZAÇÃO DA INFÂN-

CIA

10

- NEM O MENDIGO 11

NESTA EDIÇÃO:

INTERESSES ESPECIAIS

-OS FENÔMENOS ESPÍRITAS PELO

MUNDO:- Muita gente “boa”, por aí,

imagina que os fatos espíritas são ocor-

rências específicas de nosso país!

- SOBRE OS MÉDIUNS:- Ninguém

pode ser médium perfeito se estiver

obsedado.

-O INFERNO E OS DEMÔNIOS:- O Espiritismo trás para a humanidade

um ensinamento proporcional às suas

necessidades.

- PSICOLOGIA E ESPIRITISMO-

NOÇÃO DO INCONSCIENTE:- A vida intelectual inconsciente consti-

tui a base do nosso espírito.

- É QUESTÃO DE FÉ:- A fé, positiva-

mente, é a mais difícil das virtudes,

porque implica na aceitação

de cada momento vivido, na dor ou na

alegria.

- A SOCIEDADE É O QUE DELA

FIZEMOS... E SERÁ O QUE DELA

FIZERMOS...Será que não somos, pelo

menos parcialmente, responsáveis pelos

acontecimentos à nossa volta?

LIVRARIA ―LÉON DENIS‖ - NOVOS LANÇAMENTOS

Page 2: Candeia 16 março/abril

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Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”

ANO III N° 16 Março / Abril de 2012

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OS FENÔMENOS ESPÍRITAS PELO MUNDO

“Se alguém tem sede, que venha a mim e beba. Porque quem crê em mim, do seu interior fluirão rios de água

viva.”

“Não precisava que alguém o informasse a respeito dos homens, pois sabia muito bem o que havia no coração

de cada um”. JESUS

M uita gente “boa”, por aí, imagina que os fatos espíritas são ocorrências específicas de nosso país! E quando o assunto é “mediunidade”, uma parte conside-rável de “espíritas” brasileiros só conhece o nome do querido médium Francisco Cândido Xavier sendo, ainda, incapazes de mencionar algumas das características medi-únicas peculiares desse grande companheiro da seara

Espírita.

Por essa razão vamos trazer, a partir desta edição, o re-lato desses fatos ocorridos pelo mundo afora (e incluin-do no Brasil) para que possamos melhor conhecer sobre a questão da manifestação daqueles que já viveram na Terra, através de tantos outros companheiros que, mui-

tas vezes, nem mesmo militam o espiritismo!

Para iniciarmos vamos trazer um relato sobre a médium (católica) TEREZA NEUMANN.Teresa nasceu numa Sex-ta-Feira da paixão em 1898 no norte da Bavária. Aos 20 anos ela sofreu um acidente que a deixou cega e paralíti-ca. Em 1923 ficou curada e desde então Teresa nunca mais se alimentou ou tomou líquidos, exceto um pouco de água por dia.Teresa Neumann (a estigmatizada de

Konnersreuth) era filha de um alfaiate de Konnersreuth.

Veja aqui algumas das frases ou palavras que a

estigmatizada pronunciava durante as crises que sofria:

- Salabu(crucificado)

- Jebudaje(Judeu)

- Schlamaraboni (Eu te saúdo mestre). (Estas palavras Judas as proferiu no jardim das

Oliveiras.)

- Magerabaísebuajannaba; Jannabamagera-baísebua(segundo Teresa Neumann teria sido estas palavras que os Apóstolos proferiram quan-

do Jesus foi traído).

- Abba Shabock lá hon(Pai perdoa-lhes -

palavras ditas pelo Cristo, na cruz.).

AmenAmamalachbjaniatteesmib'parde- sa.(Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso - palavras que Jesus teria dirigido ao bom

ladrão).

Certa ocasião, em que diversos orientalistas emi-nentes a cercavam, a estigmatizada ouviu de novo as pala-vras pronunciadas pelo Mestre na cruz, entre elas a excla-mação: As-che! (Tenho sede!). Concordes, todos aqueles orientalistas declararam que teria enunciado esse pensa-mento por meio da palavra SACNENA. "Ora, do ponto de vista teórico", - elucida o Prof. Ernesto Bozzano - "é alta-mente sugestiva esta substituição de palavras, uma vez que

ninguém a tinha em mente.”.

Mas, de onde teria ela tirado a inesperada e cor-reta palavra: AS-CHE? Os orientalistas não chegaram, a

respeito, a conclusão alguma.

Em outra ocasião, estando a seu lado o Dr. Wutz, notável orientalista, a registrar as palavras que ia proferin-do, ouviu-a pronunciar uma frase arameia que não lhe pareceu correta. Observou, então, à estigmatizada: "Teresa isto não é possível. As palavras que disseste não são aramaico." Respondeu ela: "Repeti as palavras que medisse-ram. " Perplexo e duvidoso, regressando a casa, apressou-se em consultar documentos aramaicos; e, num dos mais antigos dicionários desse idioma deparou com uma frase idêntica à que a jovem pronunciara. Teresa Neumann, na verdade, falava o mais puro e autêntico aramaico, fato que seria ratificado por esse Prof. de Teologia semítica na Uni-

versidade de Yale.

Finalmente, o Prof. Ernesto Bozzano levanta a seguinte questão: “admitindo-se que Teresa Neumann se achasse realmente em comunicação como Mundo Espiri-tual, quem era a entidade que lhe transmitia, em língua aramaica, as frases da “Paixão de Jesus”?". A vidente per-cebia junto dela Santa Te- resa, isto é, a santa cujo nome lhe fora dado; mas, as palavras em aramaico, que eram, de sua parte, repetidas foneticamente, ela as aprendia por Clariaudiência, e não se sabe se declarou, alguma vez, que

era a entidade que lhe as transmitia.

O certo é que muitos dos que estudaram, de per-to, o fenômeno retiram-se convencidos de que a estigma-tizada se achava em comunicação com uma personagem que não só viveu ao tempo de Jesus, como foi testemunha

ocular de sua Paixão.

Teresa partiu em 1962. No livro de Paola Giovet-ti's“Theresa Neumann”, a vida de Tereza é detalhadamente

revelada para quem queira saber mais.

JOSÉ ALVAREZ RIVERA

Page 3: Candeia 16 março/abril

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Página 3 Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “ Leon Denis”

ANO III N° 16 Março / Abril de 2012

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INICIAÇÃO ESPIRITUAL

- É aprendendo a servir de boa-vontade que entra-

mos nos domínios da espiritualização.

O episódio tem algo em comum com outro descrito

pelo Espírito André Luiz, no livro “Nosso Lar”, psicogra-

fia de Francisco Cândido Xavier.

.x.x.x.x.x.

-Mantenha a serenidade, considerando que a vida pode

nos oferecer experiências difíceis, mas sempre compatíveis

com nossas necessidades evolutivas. Nenhum obsessor produ-

zirá tempestades em nosso íntimo se evitarmos nuvens som-

brias de irritação ou desalento.

-Não maldiga nem verbere a ação dos agressores espiritu-

ais, quando sob seu assédio. Ser-lhes-á impossível agredir

indefinidamente alguém capaz de compreender e revelar.

-Empenhe-se por disciplinar seus pensamentos e impulsos.

Se o obsessor não se afasta, podemos nos afastar dele com a

elevação de nosso padrão vibratório, cultivando o equilíbrio.

Uma Razão Para Viver - Richard Simonetti

pode receber, e que, por outro lado, estão submetidos a

práticas de natureza supersticiosa, encontram-se inega-

velmente sob uma obsessão bem caracterizada, sobretu-

do quando o Espírito dominador se vangloria de um no-

me que todos, Espíritos e encarnados, devem honrar e

respeitar e não deixar que o profanem a qualquer pro-

pósito.

É incontestável que, submetendo ao crivo da razão e

da lógica todas as informações e comunicações dos Espí-

ritos, será fácil repelir o absurdo e o erro. Um médium

pode estar fascinado, um grupo enganado, mas o contro-

le severo de outros grupos, o conhecimento adquirido e

a alta autoridade moral dos dirigentes, junto às comuni-

cações dos principais médiuns que recebem, com lógica

e autenticidade reconhecidas, de Espíritos esclarecidos,

farão rapidamente justiça a esses ditados mentirosos e

astuciosos de uma turba de Espíritos mentirosos e malé-

volos.

OBS: Um dos caracteres distintos desses Espíritos que

querem impor-se, fazendo aceitar suas idéias bizarras e siste-

máticas, é a pretensão, como se fossem eles os únicos a sa-

berem, a ter razão contra todo mundo. Sua tática é a de

evitar a discussão. Quando se vêem combatidos de maneira

vitoriosa pelos argumentos irresistíveis da lógica, recusam-se

desdenhosamente a responder e determinam aos seus mé-

diuns que se afastem dos Centros onde suas idéias não são

aceitas. Esse isolamento é o que há de mais fatal para os

médiuns, porque sofrem sem defesa o jugo desses Espíritos

obsessores, que os levam como cegos, frequentemente, pelos

caminhos mais perigosos. ALLAN KARDEC – O LIVRO DOS MÉDIUNS

R epelí impiedosamen-

te todos esses Espíritos que se

querem fazer conselheiros exclu-

sivos, pregando a divisão e o iso-

lamento. São quase sempre Espí-

ritos vaidosos e medíocres, que

procuram impor-se aos homens

fracos e crédulos, prodigalizando-lhes louvores exage-

rados a fim de fasciná-los e mantê-los sob seu domínio.

São geralmente Espíritos famintos de poder. Tiranos

políticos ou particulares quando vivos, querem ainda

tiranizar outras vítimas após a morte. Desconfiai em

geral das comunicações que revelam um caráter místico

e estranho ou que prescrevem cerimônias e práticas

bizarras. Há sempre, nesses casos, legítimo motivo de

suspeita.

De outro lado, lembrai-vos de que quando uma ver-

dade deve ser revelada á humanidade ela é comunicada,

por assim dizer instantaneamente a todos os grupos

sérios, que possuem médiuns sérios, e não a este ou

àquele em particular, com exclusão dos demais.

Ninguém pode ser médium perfeito se estiver obse-

dado e a obsessão é evidente quando um médium só

recebe comunicações de determinado Espírito, por

mais alto que este procure se colocar a si mesmo.

Em conseqüência, todo médium, todo grupo que

se acredita privilegiado por comunicações que só ele

ERASTO - (discípulo de São Paulo)

C onta-se que Gandhi foi procurado, numa

de suas comunidades, por dois homens

que desejavam fazer sua iniciação espiri-

tual. Ambos estavam entusiasmados com

a oportunidade de conviver com o grande líder hindu,

conscientes de que receberiam preciosas orientações.

O Mahatma recebeu-os de bom grado e, tão logo

se instalaram, pediu-lhes que tomassem das vassouras e

varressem o chão. Depois que descascassem batatas,

cortassem verduras e rachassem lenha para o fogão.

À tarde encaminhou-os à limpeza das fossas nas

aldeias vizinhas. Os dois iniciantes dos valores espiritu-

ais passaram o resto do dia desinfetando instalações

sanitárias com água e creolina.

Ao anoitecer, foram convidados à meditação.

No dia seguinte, a mesma rotina.

No terceiro dia, um deles, aproximando-se de

Gandhi, perguntou:

- Mestre, quando começa nossa iniciação?

- Já começou...

- Como assim?

SOBRE OS MÉDIUNS

Page 4: Candeia 16 março/abril

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riores equivale a apenas vislumbrar

o mal da humanidade. Os ensinos

dos Espíritos clarearam o caminho

da vida, resolveram os obscuros

problemas do futuro, fortificaram a

fé vacilante, restabeleceram a justiça

nas suas bases inabaláveis. Graças a

eles, uma multidão de incrédulos e

de ateus restabeleceram a crença

em Deus e na

imortalidade; ho-

mens ignorantes e

viciosos retorna-

ram ao bem e à

verdade. É esta a

obra do demônio,

e Satã, se existis-

se, seria bastante

cego para traba-

lhar em detrimento dos seus inte-

resses?

Basta alguma sagacidade para

distinguir a natureza dos espíritos e

separar, as nossas relações com e-

les, a parte do que deve ser rejeita-

do ou conservado. Jesus disse:

“Reconhece-se a árvore pelos fru-

tos!” A linguagem e as instruções

dos espíritos elevados são sempre

impregnadas de dignidade, de sabe-

doria e de caridade. Não visam se-

não o progresso moral do homem e

desinteressam-se do que é material.

As comunicações dos espíritos

inferiores pecam pelos defeitos con-

trários. Formigam de contradições e

A poiando-se nos casos de

obsessão, nas manifesta-

ções ruidosas dos espíri-

tos levianos e zombetei-

ros, a Igreja acreditou dever atribuir

aos demônios todos os fenômenos

do Espiritismo e condená-los como

inúteis ou perigosos. Antes de rejei-

tar essa interpretação, convém, pri-

meiro, lembrar que o catolicismo

acolheu da mesma forma todas as

fraudes descobertas, todos os pro-

gressos consideráveis que marca-

ram as etapas da história. Não há

quase conquistas científicas que não

tenham sido consideradas como

obras diabólicas.

O mundo invisível, dissemos, é

a réplica da humanidade. Os espíri-

tos são apenas as almas mais ou

menos perfeitas, dos homens de-

sencarnados, e nossas relações com

eles devem ser reguladas com tanta

reserva e prudência quanto nossas

relações com nossos semelhantes.

Não ver no Espiritismo senão

as manifestações dos espíritos infe-

tratam, geralmente, de assuntos vulga-

res, sem valor moral. Os espíritos le-

vianos ou inferiores abandonam-se, de

preferência, às manifestações físicas.

O Espiritismo trás para a huma-

nidade um ensinamento proporcional

às suas necessidades. Vem restabele-

cer na sua pureza primitiva, explicar,

completar a doutrina do Evangelho,

arrancá-la do

espírito de

especulação,

dos interesses

de casta, de-

volver-lhe seu

papel verdadei-

ro e sua influ-

ência sobre as

almas.

A religião cristã alterou-se com o

passar das idades, e, hoje, não exerce

mais senão uma ação enfraquecida,

insuficiente, sobre os costumes e os

caracteres. Ora, a tarefa devoluta ao

Cristianismo, o Espiritismo acaba de

retomá-la e a persegue. É aos espíritos

invisíveis que cabe a missão de resta-

belecer todas as coisas, de penetrar

nos meios mais humildes como nos

mais orgulhosos, e, em multidão inu-

merável, trabalhar na regeneração das

sociedades humanas. A teoria dos de-

mônios e do inferno eterno não pode

ser mais invocada por nenhum ho-

mem sensato. Satã é apenas um mito.

Nenhuma criatura é votada eterna-

mente ao mal.

Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”

ANO III N° 16 Março / Abril de 2012

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O INFERNO E OS DEMÔNIOS

LÉON DENIS - Depois da Morte

A felicidade eterna é realização superior fora dos qua-

dros transitórios da carne, é incontestável; contudo, se

você deseja perseverar no campo dos prazeres fáceis e

inferiores das esferas mais baixas, dentro delas permane-

cerá, indefinidamente.

Deus está conosco, em todas as circunstâncias, é ver-

dade indiscutível; todavia, se você não estiver com Deus,

ninguém pode prever até onde descerá seu espírito, nos

domínios da intranqüilidade e da sombra.

CHICO XAVIER - ANDRÉ LUIZ

A vida física é uma

escola abençoada, é

insofismável; mas, se

voce não se apro-

veitar dela a fim de aprender

suficientemente as lições que

se destinam a seu engrandeci-

mento espiritual, em nada lhe

valerá o ingresso no aprendi-

zado humano.

O caminho do bem é laborioso e difícil, não pade-

ce dúvida; no entanto, se você não se dispuser a segui-

lo, ninguém o livrará da perigosa influência do mal.

PENSE NISSO . . .

―A religião cristã alterou-se com o

passar das idades, e, hoje, não e-

xerce mais senão uma ação enfra-

quecida, insuficiente, sobre os cos-

tumes e os caracteres. Ora, a tare-

fa devoluta ao Cristianismo, o Espi-

ritismo acaba de retomá-la e a per-

segue.‖

Page 5: Candeia 16 março/abril

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Seu objetivo é consolar em mais do que isso, libertar o ho-

mem.

ANO III N° 16 Março / Abril de 2012

Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”

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É QUESTÃO DE FÉ

Página 5

Não basta ver, é necessário,

sobretudo, compreender‖, diz ainda

o Evangelho

A Doutrina Espírita é

esclarecedora e não se interessa

em manter o seguidor na ignorância,

pois não deseja lucros.

Seu objetivo é consolar em mais

do que isso, libertar o homem. Libertá-lo não do pecado, do cas-

tigo divino ou das o-

pressões sociais, passa-

geiras e necessárias,

mas de si mesmo, sem

dúvida o seu maior

inimigo. Isso só será

conseguido através do

conhecimento.

É preciso cuidado. A

doutrina veio para ocu-

par o lugar deixado

pelos cristãos imprevi-

dentes, que transfor-

maram a pureza das

lições de Jesus em teo-

rias complicadas demais para que to-

dos pudéssemos entender.

Não nos envolvamos pela vaidade.

Jesus quis fazer da Palestina o berço

do cristianismo. Os homens não O

compreenderam e o programa teve

de ser adiado por quase vinte séculos.

Foi reiniciado na Terra do Cruzei-

ro , o Coração do Mundo, mas preci-

sa da nossa colaboração para que seja

sedimentada aqui a Pátria do Evange-

lho. Se buscarmos soluções banais,

mágicas e vazias para resolver cada

problema, mais uma vez a planificação

do Cristo será adiada.

A tarefa do Espiritismo é impor-

tante e sua execução é da responsabi-

lidade dos espíritas. Quem aceitar a

tarefa comece a agir, mas cuidando

de manter a indispensável pureza

doutrinária.

Correio Fraterno do ABC

PONTOS DE VISTA

Octávio Caúmo Serrano

A fé, positivamente, é a mais

difícil das virtudes, porque im-

plica na aceitação de cada

momento vivido, na dor ou na ale-

gria. Guia-se pela certeza de que o

Pai é o supremo comandante dos

acontecimentos. Caridade já faze-

mos e se ainda não damos de nós,

já damos do nosso, com alguma

generosidade. A fé, porém, que

afirmamos ter,

quase não se vê

em nossas ati-

tudes.

Ainda con-

fundimos fé

com adoração

e com o co-

mércio que

tentamos esta-

belecer com

Deus, para que

nos livre das

dificuldades.

A propos-

ta de fé do Espiritismo se baseia na

razão e não pede facilidades, mas

justiça; não espera anistia das faltas,

mas força para corrigi-las; não pe-

de a cura da doença, mas reequilí-

brio para que o espírito seja o mé-

dico do corpo. A fé tem certeza

que o Dono do Universo tudo sa-

be e tudo pode. Que Ele nos deixa

com a carga da cruz para que a

levemos até o fim e nos livremos

do fardo, em definitivo.

Neste momento de invenções,

confusões e personificações, pelas

dificuldades da maioria surgem cen-

tenas de salvadores, alguns dentro

da própria Casa Espírita. São os

novidadeiros e o simples está

perdendo a vez. Estão inovando,

sofisticando e incrementando o

Espiritismo, para que, seguindo o

modismo atual, também seja mo-

dernizado.

―A fé se baseia na perfeita

compreensão daquilo que se de-

ve crêr.

―A resistência do incrédulo,

convenhamos, quase sempre

se deve menos a ele do que à

maneira pela qual lhe apre-

sentam as coisas. ―O Evangelho Segundo o Espiritismo‖

Cap XIX).

O alerta da espirituali-

dade nos itens 6 e 7

do capítulo acima, é

dirigido às religiões

que não o Espiritismo.

A lição data de l864, lançamen-

to do livro Imitação do Evange-

lho, atual O Evangelho Segundo o

Espiritismo, quando a fé se reduzia

aos dogmas da época. Essa fé foi

definida pelos espíritos como ce-

ga, pois não era resultante da ra-

zão e fazia com que o praticante

de uma religião seguisse as orien-

tações de forma totalmente irra-

cional.

O que víamos, então, era

uma obediência fanática acompa-

nhada de grande inconformação

com a própria vida. Tudo era feito

para fugir do castigo divino. A o-

ração era mecânica, sem que a

prece saísse do coração. Repetía-

mos palavras cujos significados

desconhecíamos, em vezes pré

estabelecidas, como num ritual.

Cumprida essa parte, cada um

ficava quites com Deus.

Passados aproximadamente

150 anos e o alerta se volta agora

também para os espíritas.

―A tarefa do Espiri-

tismo é importante e

sua execução é da res-

ponsabilidade dos es-

píritas. Quem aceitar a

tarefa comece a agir,

mas cuidando de man-

ter a indispensável pu-

reza doutrinária.‖

Page 6: Candeia 16 março/abril

6

uma influência preponderante, visto que é a ori-

gem da enfermidade do indivíduo.‖ A idéia fixa

pode-se revelar durante os “ataques, sonhos, sonam-

bulismos, ou pelos atos subconscientes ou pelos sub-

conscientes e as escritas automáticas”. Aí está o em-

brião da Psicanálise. Em 1895, Delanne (‖A evolução

Anímica‖) refere-se muito mais ao inconsciente. Em

uma primeira passagem, declara que a ― vida intelec-

tual inconsciente constitui a base do nosso espíri-

to‖. Depois admite que haja registro inconsciente de

percepções não assinaladas pelo consciente, das quais

―possível será encontrar o vestígio mediante uns

tantos processos.‖ Julga que durante a aprendizagem

de um idioma, as palavras, decoradas de início, pas-

sam ao inconsciente, como quaisquer outras noções,

e o seu uso torna-se ―operação automática‖. Um

dos subcapítulos do citado livro intitula-se O Incons-

ciente Psíquico e nele Delanne explica que tudo o

que fazemos e aprendemos fica gravado na área in-

consciente deixando lugar para novas noções e crian-

do vasto acervo de elementos mentais. Comenta: ―É

a esse tesouro que denominamos – o inconscien-

te. Tem, portanto, o espírito o seu armazém de

idéias e sensações.‖ Indica a existência do pré-

consciente ao referir o material que pode voltar ao

consciente por um certo esforço. Tratando da me-

mória, esclarece: ―nós pudemos constatar a obriga-

ção indeclinável de admitir o inconsciente, isto é,

as lembranças não mais percebidas pelo eu nor-

mal e que, no entanto subsistem‖. Parte do capítulo – NOÇÃO DO INCONSCIENTE

Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon

ANO III N° 16 Março / Abril de 2012

É de máxima importância destacar que a usual ativi-

dade mental, da qual temos plena noção, está longe de

expressar tudo quanto existe no espírito. O contrário é a

verdade. Sabe-se que há um amplo nível composto de

conteúdos e processos inconscientes, independentes da

consciência pessoal, e cuja influência sobre esta é podero-

sa. Assim, o espírito humano possui mais de um núcleo

de funcionamento (veja André Luiz, ―No mundo Mai-

or‖).

Na porção final do século passado falou-se bastante

e claramente sobre inconsciente ou subconsciente. Con-

vém, por razões consistentes, demonstrar que o Espiritis-

mo, antes delas, reconhecera a importância do conheci-

mento dos fatos relativos à parte inconsciente da mente,

pondo-se também nessa questão, de acordo com a Ciên-

cia – antecipando-a até.

Em 1883, Gabriel Dellane (O Espiritismo perante

a Ciência), tratando da sugestão de realização pós-

hipnótica, postula a extrema necessidade de investigar-se

acuradamente a zona mental dita inconsciente. Por essa

época, a existência de conteúdos e processos psíquicos

alheios à consciência estava bem averiguada. Psiquiatras e

psicólogos franceses e ingleses pesquisavam ativamente,

em doentes e sãos, fenômenos ligados ao hipnotismo.

Pierre Janet, por exemplo, pensava que as idéias fixas, no

geral ignoradas pelos doentes, eram a causa das perturba-

ções mentais: ―essa idéia fica fora da consciência

normal e, entretanto, não exerce menos, por isso,

Página 6

PSICOLOGIA & ESPIRITISMO - NOÇÃO DO INCONSCIENTE

ESCOLHA DAS PROVAS

Dando ao Espírito a liberdade de escolha,deixa-lhe

toda a responsabilidade de seus atos e suas conse-

quências, de maneira que nada entrava o seu futuro;

o caminho do bem; como o do mal, lhe está aberto.

Se sucumbe , resta-lhe a consolação de que nem tu-

do se acabou para ele; Deus, na bondade, lhe dá a

oportunidade de recomeçar o que foi mal feito. É

necessário, aliás, distinguir o que é obra da vontade

de Deus do que é da vontade do homem.Se um peri-

go vos ameaça, não fostes vós que criastes, mas Deus;

contudo, pela própria vontade, a ele vos expondes

porque vedes um meio de adiantar-vos e Deus per-

mitiu.

E le próprio escolhe o gênero de

provas que quer suportar e é isso que

consiste o seu livre arbítrio.

-NÃO É DEUS QUE LHE IMPÕE,

ENTÃO, AS TRIBULAÇÕES DA VIDA

COMO CASTIGO?

-Nada ocorre sem a permissão de Deus, pois é Ele

quem estabelece todas as lei que regem o Universo.

Perguntai , então, por que fez tal lei ao invés de ou-

tra.

QUESTÃO 258:- QUANDO NO ESTADO ERRANTE E ANTES DE SE REENCARNAR, O ESPÍRITO TEM

A CONSCIÊNCIA E A PREVISÃO DAS COISAS QUE LHE SUCEDERÃO DURANTE A VIDA?

CARLOS TOLEDO RIZZINI

Page 7: Candeia 16 março/abril

7

―Ora, quanto ao que está enfermo na fé,

recebei-o não em contenda de disputa.‖ –

(Romanos,14:1.)

Q uando a palavra subde-

senvolvimento toma lugar na de-

signação de grupos humanos me-

nos dotados de mais amplo recur-

sos, na ordem material da vida

terrestre, não será impróprio refe-

rir- nos à outra espécie de carên-

cia – a carência de valores do espí-

rito.

Isso nos induz a reconhecer a existência de uma

retaguarda enorme de criaturas empobrecidas de espe-

rança e coragem, não obstante quase toda ela constituí-

da de companheiros com destaque merecido na cultura

e na prosperidade da Terra.

Abastece-te de suficiente amor para compreendê-

los a auxiliá-los.

São amigos chamados a caminhar nas frentes da

evolução, com áreas enormes de influência e possibili-

dade no trabalho do bem de todos, mas detentores de

escassos recursos no campo do sentimento para supor-

tarem, com êxito, as crises das épocas de mudanças.

...

Esse encontrou diferenças de conduta nos des-

cendentes fascinados pelas experiências passageiras de

equipes sociais em transição e se marginalizou nas mo-

léstias da inconformidade; aquele traumatizou-se com

as provações coletivas em que grupos vários de pessoas

se viram defrontadas pela desencarnação em conjunto e

se refugiou nas instituições de repouso e tratamento

mental; outro observou criaturas queridas a se desgar-

rarem do lar, para se realizarem livremente nos ideais

próprios, e transformou-se em doente complexo; e

outros muitos viram a morte dos entes mais caros, ar-

rancados ao corpo nas engrenagens da própria civiliza-

ção e mergulharam-se na dor que acreditam sem con-

solo.

Se podes enxergar os conflitos impostos ao mun-

do pelo materialismo que vem desfibrando o ânimo de

tantas criaturas, enternece-te com os sofrimentos de

quantos se encontram nas faixas do subdesenvolvimen-

to espiritual e trabalhemos nas novas construções de

fé.

CEIFA DE LUZ – XICO XAVIER – ESPÍRITO EMMANUEL.

Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita „Leon Denis”

ANO III N° 16 Março / Abril de 2012

Página 7

SUBDESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL

Page 8: Candeia 16 março/abril

8

CHICO XAVIER POR ELE MESMO

Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”

ANO III N° 16 Março / Abril de 2012

Página 8

-O magistrado dá a sentença, mas quem a

executa é o carcereiro.

-Tem muita gente que é meio boa e meio

ruim. Gregório, do livro “Libertação”, era um juiz

cruel, mas olhava para André Luiz com alguma bon-

dade nos olhos.

-A verdade é um veneno. Nem Cristo quis

defini-la.

- Toda vez que involuntariamente passei na

frente dos Espíritos, eles me deixaram falando sozi-

nho.

-A culpa só se resolve com amor e trabalho.

-Os Espíritos amigos nos ajudam. Quando

nos veem em apuros estendem a ajuda. Nunca pedi

socorro aos Amigos Espirituais que eles não me am-parassem.

-O amor verdadeiro é ter e não possuir.

-Quem ama verdadeiramente quer a felicida-

de da pessoa querida.

-O amor é uma força tão intensa que, se não

fosse controlada, seria avassaladora.

O Criador controla essa força comparti-

mentando-a em amor de mãe, de pai, de esposa,

esposo, filhos, irmãos e amigos.

KARDEC PROSSEGUE –ADELINO DA SILVEIRA

“Sei o que devo ser

e ainda não sou, mas

rendo graças a Deus por

estar trabalhando, em-

bora lentamente por

dentro de mim próprio,

para chegar, um dia, a

ser o que devo ser‖.

A s frases a seguir foram ouvidas em diver-

sas circunstâncias e muitas delas em

épocas recuadas. Quando possível o re-

gistro imediato, anotava mentalmente e,

ao chegar em casa, passava-as para o papel.

-Não cortes onde possas desatar. -Em casa que muito cresce, o amor desapa-

rece.

-No Centro Espírita, temos o Espiritismo

prático e, fora dele, as pessoas estão procurando

em nós o Espiritismo praticado.

-Existem dois tipos de renúncia: a renúncia

produtiva que gera o bem para os outros, e a re-

núncia vazia.

-O amor tem várias gradações. A mais alta

delas é amar sem possuir.

-Em portas que muitos batem, alguém sem-

pre sai chorando.

E m uma época em que a necessidade do estudo

torna-se cada vez mais importante no proces-

so de transformação da criatura humana, é

preciso enxergar o homem como um ser inte-

gral, dotado de espírito e matéria. Para tanto, o Cen-

tro Espírita, como escola das almas, pode contribuir

sobremaneira para a concretização deste princípio. É

no Centro Espírita que aprendemos o verdadeiro sen-

tido das coisas. É nele que descerramos o véu da igno-

rância que cobre nosso entendimento acerca das ver-

dades espirituais. Mas, diferentemente das escolas con-

vencionais, nele também encontramos a oportunidade

do trabalho redentor, onde podemos colocar em práti-

ca os acontecimentos adquiridos.

No artigo O Centro Espírita como universidade

aberta, o autor destaca: “É neste deserto de respos-

tas coerentes, durante o longo período que as pes-

soas se ausentam dos bancos escolares, que o

Centro Espírita do século XXI deve se consti-

tuir como universidade aberta e permitir que ca-

da interessado participe do debate, do estudo, do

exercício, a fazer o exercício consciente do seu livre

-arbítrio‖. Para isso, continua, é necessário ao Centro

Espírita se instrumentalizar para operar como uni-

versidades abertas ao povo, preenchendo o espaço

vazio na educação continuada. Por outro lado, as

universidades precisam incluir em seus currículos o

conteúdo espiritista para que os estudantes, muni-

dos de uma visão mais abrangente, possam evitar

armadilhas da ignorância sobre as leis naturais até

então não estudadas em nossos currículos materia-

listas e agnósticos‖.

Allan Kardec, em Obras Póstumas, no capítulo Pro-

jeto – 1868, já destacava a necessidade do estudo quan-

do afirma que ―um curso regular de Espiritismo seria

professado com o fim de desenvolver os princípios

da Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sé-

rios‖, contribuindo assim o Centro Espírita para que

cada um de nós alcancemos com prontidão o papel de

agentes da transformação interior que esperamos ver no

mundo em que vivemos. RIE 2008

CENTRO ESPÍRITA

Page 9: Candeia 16 março/abril

9

Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”

ANO III N° 16 Março / Abril de 2012

Página 9

S entados à frente da TV, assis-

timos aos noticiários que nos

falam de um mundo repleto

de violência, corrupção, imo-

ralidades, inversão de valores.

Parece-nos que, nesta socieda-

de, já não mais importa o amanhã,

somente o hoje merece nosso cui-

dado e atenção.

Mas, quando nos inquirimos em

nossos raros momentos de reflexão,

algo nos incomoda; sentimos o vazio

resultante de nossa indiferença:

Será que não somos, pelo me-

nos parcialmente, responsáveis pelos

acontecimentos à nossa volta?

Como conseguiremos mudar

nossa inerte insatisfação?

A par disso, recordemos as

colocações do Codificador, contidas

no “Credo Espírita”, em Obras Pós-

tumas:

―O progresso geral é a resul-

tante de todos os progressos indi-

viduais; mas, o progresso individu-

al não consiste apenas no desen-

volvimento da inteligência, na

aquisição de alguns conhecimen-

tos. Nisso mais não há do que u-

ma parte do progresso, que não

conduz necessariamente ao bem,

pois que há homens que usam o

mal do seu saber. O progresso

consiste, sobretudo, no melhora-

mento moral, na depuração do

Espírito, na extirpação dos maus

germes que em nós existem. Esse

o verdadeiro progresso, o único

que pode garantir a felicidade

ao gênero Humano por ser o o-

posto mesmo do mal. [...]‖

Pelo que se conclui a revisão

de valores é a única resposta viável.

Não é possível que valores

A SOCIEDADE é o que dela FIZEMOS . . . E será

o que dela FIZERMOS...

morais coexistam pacificamente

numa sociedade em que a con-

quista de vantagens é o que im-

porta, sejam elas lícitas ou não,

tenham alguém sido ou não pre-

judicado.

Nenhum valor moral pode

subsistir em meio a determinação

de que o sucesso acima de tudo

é lei.

É fundamental entendermos

que, quando o importante é o

que parecemos ser, o que osten-

tamos e adquirimos, então passa-

mos a valorizar a matéria, sobre-

pujando a nossa verdadeira essên-

cia, a espiritual, deixando assim os

instintos serem o guia de nossa

existência terrena.

A mudança, a reforma, a

transformação íntima, é o ponto

de partida para alcançarmos uma

nova fase em nossa existência.

Mas, tememos a mudança porque

sabemos que para que ela se dê, é

necessário romper com os ciclos

viciosos, com os quais muitas ve-

zes nos satisfazemos. Tememos o

rompimento com o passado, por

medo de perdermos o contato

com a nossa identidade histórica;

e mais, porque nos intimida a idéi-

a de darmos fim aos relaciona-

mentos que consideramos neces-

sários para a nossa existência.

Apesar destes obstáculos, é

preciso perseverar com coragem

e convicção em busca de novas

luzes em nossas vidas, iluminando

não somente a nós, mas, princi-

palmente, aos nossos tutelados

que necessitam de orientação

moral em meio a um mundo re-

pleto de atrativos materialistas e

auto destrutivos.

Somente assim poderemos

ambicionar merecer uma existên-

cia mais harmoniosa, em um mun-

do regenerado, acompanhados

por aqueles que amamos e que

compartilham de nossas experi-

ências evolutivas. LICURGO SOARES DE LACERDA FILHO

REFORMADOR 2011

ACREDITA EM ALAH E

AMARRA BEM TEU

CAMELO

C erta vez, crentes vieram

em grande número a fim de escutar

as palavras do profeta Maomé. Um

homem escutou de maneira especial-

mente atenta e devotada, orou com

fé e fervor, finalmente, deixou a pre-sença do profeta quando a noite caia.

Mal havia saído, quando voltou cor-

rendo e gritou com voz trêmula:

-Ó, meu senhor! Essa manhã

montei meu camelo para poder te

escutar, ó profeta de Alah. Agora

meu camelo se foi, por toda redonde-

za não há um camelo que se possa

avistar. Fui obediente a ti, atendi to-

das as tuas palavras e confiei no po-

der de Alah. Agora, ó senhor, meu

camelo se foi, acaso é essa a justiça

divina? Será essa a recompensa por

minha fé? É esse o agradecimento por

minhas orações?

Maomé escutou essas palavras

desesperadas e respondeu com um

sorriso amigo:

-Acredita em Alah, e amarra

bem teu camelo.

Obs:- Peça a Deus proteção e

ajuda em tuas tarefas, mas não

esqueças de cumprir o que é tua

obrigação.

ALÉM DO HORIZONTE

Page 10: Candeia 16 março/abril

10

Av Emb.PEDRO DE TOLEDO,382

Jd. AGUAPEÚ

11730-000 MONGAGUÁ -SP

Tel: (013) 3448- 3218 (013) 9629-9317

www.geeld.blosgspot.com

[email protected]

CONHEÇA O ESPIRITISMO, ESTUDE O

ESPIRITISMO, COMPREENDA O

ESPIRITISMO, VIVENCIE O

ESPIRITISMO

Candeia

GR U PO D E E S TU D O S

E S PÍR IT A

“ L É O N D E N IS ”

Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”

ANO III N° 16 Março / Abril de 2012

Página 10

―Confiar é sempre uma atitude po-

sitiva quando se conhece o valor da-

quilo ou daquele em quem se confi-

a.‖ PASTORINO

DIRETORIA

Presidente VERA LÚCIA S.N PEREIRA

Vice Presidente

DIONÍCIA MENDEZ RIVERA 1º Secretário

PARAGUASSU NUNES PEREIRA 2º Secretário

MARCIA SINIGAGLIA N. PEREIRA 1º Tesoureiro

JOSÉ ALVAREZ RIVERA

2º Tesoureiro DURVALINO BARRETO

Conselho Fiscal

MARIA ISABEL MACEDO, ADIRSON PEREI-RA GOMES e RAMATHIS MACEDO DA

ROCHA

—-oooOOOooo—- Responsáveis pelo CANDEIA

PARAGUASSU N PEREIRA e VERA LÚCIA S.N

PEREIRA Revisão

JOSÉ A.RIVERA, PARAGUASSU N. PEREIRA e VERA LÚCIA S.N. PEREIRA

Diagramação PARAGUASSU NUNES PEREIRA

Impressão

GRÁFICA ITANHAÉM

EVANGELIZAÇÃO DA INFÂNCIA

―Aquele, porém,

que recebe a semente em

boa terra é o que escuta a

palavra, que lhe presta aten-

ção e em quem ela produz

frutos, dando cem ou sessen-

t a , o u t r i n t a p o r

um .‖ (Mateus, 13:23.)

A passagem em desta-

que, cont ida na

―Parábola do Semea-

dor‖, se expressa na

ação da evangelização espírita

infanto-juvenil, no seu sentido

amplo: semeiam os evangelizado-

res quando trabalham em benefí-

cio da divulgação do Espiritismo;

semeiam as crianças e os jovens,

ao serem evangelizados, na busca

da segurança moral e do amor,

indispensáveis à felicidade do ser;

semeiam os pais ao atenderem às

responsabilidade que lhes são

conferidas nos cuidados a se ter

para com os filhos, encaminhando

-os às escolas de evangelização; e

semeiam os dirigentes espíritas,

ao avaliarem a importância dessa

tarefa nobilíssima, que é desenvol-

vida e organizada nas unidades

fundamentais do Movimento Espí-

rita, que são: os centros, os gru-

pos e as demais instituições.

O Espírito Emmanuel, em

mensagem psicografada por Fran-

cisco Cândido Xavier, no ano de

1938, e reproduzida em Reforma-

dor de agosto de 2011, devido à

sua plena atualidade, observa: [...]

Nenhuma mensagem do mun-

do espiritual pode ultrapassar

a lição permanente e eterna do

Cristo, e a questão, sempre no-

va, do Espiritismo é acima de

tudo, evangelizar, ainda mesmo

com sacrifício de outras ativi-

dades de ordem doutrinária.

A alma humana está cansada

de ciência sem sabedoria e, enve-

nenado pelo pensamento moder-

no, o cérebro, nas suas funções

culturais, precisa ser substituído

pelo coração, pela educação do

sentimento.

O Evangelho e o trabalho

incessante pela renovação do

homem interior devem constituir

a nossa causa comum[...].

Ora, a infância é a fase mais

profícua para motivar o desabro-

char das capacidades e aptidões

dos indivíduos favorecendo a sua

evangelização. Sobre essa asser-

ção, os Espíritos superiores afir-

mam:

Encarnando, com o objetivo

de aperfeiçoar o Espírito durante

esse período, é mais acessível às

impressões que recebe, capazes

de lhe auxiliarem o adiantamen-

to, para o que devem contribuir

os incumbidos de educá-lo.

E concluem, em outra ques-

tão de O Livro dos Espíritos:

[...]Os Espíritos só entram

na vida corporal para se aper-

feiçoarem, para se melhora-

rem. A delicadeza da idade

infantil os torna brandos, aces-

síveis aos conselhos da experi-

ência e dos que devam fazê-los

progredir. Nessa fase é que se

lhes pode reformar os caracte-

res e reprimir os maus pendo-

res. Tal o dever que Deus im-

pôs aos pais, missão sagrada

de que terão de dar contas[...].

É nesse período fértil que as

crianças devem receber as orien-

tações iniciais de uma boa educa-

ção moral-cristã, que lhe permita,

na idade adulta, aplicar as leis

divinas sem transgredi-las, e que

poderá livrá-las dos descomedi-

mentos futuros a que estão sub-

metidos todos aqueles que não

foram preparados para proceder

corretamente, esforçando-se pa-

ra tudo fazer pelo bem do próxi-

mo. O homem “praticando a lei

de Deus, a muitos males se forra-

rá e proporcionará a si mesmo

felicidade tão grande quanto o

comporte a sua existência gros-

seira”. CLARA LILA GONZALES DE ARAÚJO

REFORMADOR – Jan 2012.

Page 11: Candeia 16 março/abril

11

Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”

ANO III N° 16 Março / Abril de 2012

O voluntário servia num bazar

beneficente de roupas, promovido

pelo operoso Centro Espírita.

Muita gente, muitas vendas.

Deparou-se, em dado instante, com

uma calça encalhada, a única que não

fora vendida.

Surpreso, logo a identificou.

Era sua.

Foi reclamar com a esposa.

- Você pôs no bazar minha calça de estimação?

Ela respondeu reticente:

- Bem... não fui eu...

- Certamente, artes de nossa serviçal!

- Na verdade eu a doei a um necessitado que bateu

em nossa porta. Fiquei com pena. Estava andrajoso.

- E daí?

- Ao que parece, meu querido, ele a dispensou, tra-

zendo-a ao nosso bazar.

Imagine, leitor amigo, o status da referida!

Nem o mendigo quis ficar com ela!

O episódio remete-nos a velha tendência humana: o

apego, inspirado, ao raro, em persistente sentimento de

usura, sob a égide do egoísmo.

Livros, roupas, objetos de uso pessoal, móveis, utensí-

lios diversos permanecem anos segregados no porão do

esquecimento.

Os proprietários, à maneira de escravos dos próprios

haveres, recusam-se ao benefício da alforria, da qual des-

frutariam se os encaminhassem aos carentes, antes de se

transformarem em trastes pelo impiedoso tempo.

Guardamos tanto, e por tanto tempo, que se tornam

imprestáveis, uma dor de cabeça para nossos herdeiros.

Khalil Gibran, em O Profeta, tem uma observa-

ção notável a esse respeito:

Tudo que possuís será um dia dado.

Dai agora, portanto, para que a época da dádiva

seja vossa e não de vossos herdeiros.

Diga-se de passagem, em tal situação temos a

doação dos herdeiros não por desprendimento, mas

simplesmente porque não lhes têm serventia alguma.

Assim engrossam o rol das inutilidades que atulham as

entidades beneficentes a que são destinadas.

Algo a ponderar, amigo leitor: Acúmulo de tras-

tes em vida costuma impor dificuldades na morte.

Há Espíritos extremamente perturbados porque

os herdeiros vaporizam suas adoradas relíquias, após

concluírem que não há o que fazer com elas.

Melhor cultivar desapego, reduzir o patrimônio

do que é inutilidade para nós, mas que ainda pode ter

alguma utilidade para irmãos carentes.

Caixão, como diz o ditado popular, não tem ga-

vetas.

Só levaremos para o mundo espiritual nossas a-

quisições morais, espirituais e intelectuais, e também o

lastro pesado do apego ao que se refere à vida transi-

tória, impedindo que desfrutemos das benesses da vida

eterna.

Com o propósito de fazer circular roupas, livros

e objetos de uso pessoal, consideremos o tempo ocio-

so.

Um amigo costuma examiná-los periodicamente.

Se estiverem sem uso nos últimos dois anos, des-

tina-os as instituições filantrópicas.

É uma boa medida para que não pretendamos

tornar permanente o que é transitório, evitando o ve-

xame de constatar que nem os mendigos usariam o

que insistimos em reter. REFORMADOR – Dez-2011.

NEM O MENDIGO

Página 11

RICHARD SIMONETTI

TENDÊNCIAS E INFLUÊNCIAS

T udo o que acontece na minha vida é produto das

minhas atitudes espirituais e materiais. Embora

certas ações sejam induzidas por outrem, cabe-

me filtrá-las, concretizá-las ou não, segundo meu

discernimento.

A partir do momento que passo à ação, seja apenas

por pensamento ou exteriorizando comportamento, ou

créditos ou débitos serão acrescidos ao meu plano de vida.

Créditos me elevarão, débitos me exigirão resgate.

Enfim, para conquista da paz, devo somente e sempre

ter pensamentos salutares, pois são chaves que abrem as

portas para comportamentos benignos, fortalecendo as

boas tendências e atraindo amorosas influências.

ROBERTO QUARESMA – RIE

COM DEUS SEMPRE

N a treva exterior e íntima, Deus é clarida-

de.

Na guerra incessante e impiedosa, Deus

é paz.

Na soledade e no abandono, Deus é companhia.

No sofrimento, no problema e na amargura, Deus é

solução.

No trabalho e na dificuldade, Deus é apoio.

Na emergência e no desespero, Deus é auxílio.

No fracasso e na queda, Deus é misericórdia.

Em qualquer circunstância, na dor ou na felicidade,

no abandono ou no amor, na glória ou no insucesso

Deus é o Pai amoroso de todos os instantes, velando,

paciente e incansável, desde antes dos tempos e dos

espaços, em favor de todos nós. RUMOS LIBERTADORES – JOANNA DE ÂNGELIS / DIVALDO P FRANCO

Page 12: Candeia 16 março/abril

12

Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”

ANO III N° 16 Março / Abril de 2012

Página 12

REINÍCIO DAS ATIVIDADES E NOVAS TURMAS NA PRIMEIRA SEMANA DE

MARÇO 2012 (013) 9629-9317— com VERA LÚCIA

Tel:- (013) 3448 - 3218 . (013) 9629-9317