jornal vida e natureza

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As crianças têm cada vez mais responsabilidade com o futuro do meio ambiente. É através da educação, das escolas que estão elevando o grau de responsabilidadea elas diante da incerteza que envolve a natureza em virtude dos estragos ocasionados pelos adultos. A Semana do Meio Ambiente foi marcada por inúmeras ações dos pequenos. Pag 03 A responsabilidade dos pequenos Ano V - Nº 91 - Segunda Quinzena - Junho/2010 - www.jornalvidaenatureza.com.br Brasil conclui lista de espécies da flora Pag 07 Outra empresa amplia RPPN no estado Pag 04 Cultura da soja tem nova versão no mercado Pag 11 Lei determina uso de chips em cães e gatos Pag 06

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Edição 90 do jornal que é publicado quinzenalmente.

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Page 1: Jornal Vida e Natureza

1Segunda quinzena - Junho 2010

As crianças têm cada vez mais responsabilidade com o futuro do meio ambiente. É através da educação, das escolas que estão elevando o grau de responsabilidadea elas diante da incerteza que envolve a natureza em virtude dos estragos ocasionados pelos adultos. A

Semana do Meio Ambiente foi marcada por inúmeras ações dos pequenos. Pag 03

A responsabilidade dos pequenosAno V - Nº 91 - Segunda Quinzena - Junho/2010 - www.jornalvidaenatureza.com.br

Brasil conclui lista de espécies da fl ora Pag 07

Outra empresa amplia RPPN no estado Pag 04

Cultura da soja tem nova versão no mercado Pag 11

Lei determina uso dechips em cães e gatos

Pag 06

Page 2: Jornal Vida e Natureza

2Segunda quinzena - Junho 2010Editorial

Diretor Geral - Paulo Chagas VargasConsultoria Ambiental

Bióloga Ana Clarice Granzotto O. Vargas

Projeto Gráfico - PCV ComunicaçõesJornalista Responsável - Betina Pinto

Reg. SC 01940 - JPDiagramação - PCV Comunicações

Tiragem: 3000 exemplares

Vida e Natureza é uma publicação da PCV Comunicações Ltda.

Rua: Presidente Roosevelt, 34Copacabana – CEP: 88.504 – 020

Lages – SCFone: (49) 9148-4045

E-mail: [email protected]

www.jornalvidaenatureza.com.br

Visão“Ser um meio de comuni-

cação referencial seguindo princípios e valores éticos, alcançando assim, a con-

sciência na preservação da Natureza”.

Missão “Fazer com que todos

tenham oportunidade de obter informações envol-vendo o meio ambiente e atingir a consciência

futura”.

Atitudes e atosA vida na natureza está em nossas

mãos e por isso, qualquer atitude contra

ela deve ser pensada, embora, até pouco

tempo praticamente ninguém refletia

a respeito. Felizmente, com leis mais

rígidas e consciência mais depurada, a

devastação, embora ainda avance, segue

contornos menores, mas com traumas

e reflexos perigosos para quem sonha

com um futuro melhor conciliado com

o meio ambiente.

A passagem da Semana do Meio

Ambiente, nestes primeiros dias de

junho aumentou o significado da im-

portância em se preservar. Em todos

os cantos do Planeta, houve atitudes e

atos procurando estreitar ao máximo

a relação humana com a naturalidade

ambiental, e acima de tudo, provocan-

do sentidos diretos, com o propósito

de despertar a nobreza da reflexão, do

respeito e da consciência sobre o que

ainda resta, e acima de tudo, o que deve

ser feito para preservar ou reconstituir

onde houve danos.

Exemplos simples de atitudes mos-

tram principalmente crianças dando o

maior exemplo, estimulados por profes-

sores que entendem bem a lição, e desde

cedo repassam os conhecimentos aos

pequenos. Está nas deles a dependência

de uma natureza mais bem conservada

para quem ainda não entende ou sabe o

que acontece ao seu redor, mas princi-

palmente para quem está por chegar.

Por outro lado, é no Congresso

Federal que homens se declinam nas

atitudes e atos visando modificar al-

guns critérios da Legislação Ambiental

Brasileira. Não vou aqui entrar nos

méritos da questão e nem na defesa de

ambientalistas ou ruralistas. Apenas

espero que haja entendimento, e acima

de tudo coerência em apontar o melhor

caminho para a manutenção do meio

ambiente, sem prejuízos para a natureza

e à sustentabilidade. O meio termo deve

ser atingido, para que sejam evitados

maiores traumas no futuro. A nova lei

deve elencar critérios que estabeleçam

diretrizes ou peculiaridades de cada re-

gião, mas desde que a razão prevaleça.

Todos sabem que o Código Ambien-

tal Brasileiro precisa de adequações.

Nestes últimos dias as discussões em

torno dele se acirram tão logo foi feita

a leitura do Relatório junto à Câmara

Federal. A votação está por acontecer, e

se vai ou não ser aprovado conforme o

que já foi proposto, não se sabe. Tomara

que esse embate tenha o fim que todos

almejam, e que os políticos saibam

exatamente o que estão fazendo, e não

deixem também de ouvir o lado dos

ambientalistas. Nesse caso a razão

parece ter via dupla. E, do lado de cá,

a população brasileira atenta ou não à

questão, não pode ser penalizada.

Expediente

Jovens são convocados a proteger o meio ambiente

Código Florestal: Relatório sobre alterações desagrada ambientalistas e ruralistas

A apresentação do relatório do

deputado Aldo Rebelo (PCdoB-RJ)

sobre mudanças no Código Florestal

causou polêmica entre deputados das

bancadas ruralista e ambientalista. A

leitura do parecer foi feita na quarta-

feira (9) na comissão especial da

Câmara dos Deputados que trata do

tema. Entre as mudanças propostas

pelo relator estão a atribuição de mais

autonomia aos estados para legislar

sobre meio ambiente e a retirada da

obrigatoriedade de reserva legal (fra-

ção destinada à preservação ambien-

tal) em pequenas propriedades.

O deputado Sarney Filho (PV-MA),

coordenador da Frente Ambienta-

lista, repudiou as alterações feitas

pelo relator. “Nós, ambientalistas,

vamos votar contra o código todo.

Vamos pedir vista se colocarem em

votação e vamos usar todos os meios

legítimos para protelar e obstruir essa

votação”.

Segundo Sarney Filho, há pelo

menos seis pontos que merecem

uma discussão mais aprofundada,

como a anistia geral e irrestrita a

todo desmatamento ilegal ocorrido

até julho de 2008 e a redução em até

50% das Áreas de Preservação Per-

manente (APP). “Isso é inconcebível,

pois vai favorecer a ilegalidade, vai

ensinar que não cumprir a lei é legal.

Nós entendemos e sabemos que algum

aperfeiçoamento na alteração do Códi-

go Florestal precisa ser feito, mas isso

[o relatório] mais parece um código de

agricultura. Acho que essa proposta

é nociva à discussão sobre um futuro

melhor e sustentável para o Brasil”.

Para o deputado Valdir Colatto

(PMDB-SC), vice-presidente da Frente

Parlamentar da Agricultura, o relató-

rio foi tímido nas mudanças. Segundo

ele, algumas questões apresentadas

ainda não foram esclarecidas. “Preci-

samos entender se a legislação que vai

ser feita pelos estados terá averbação

da reserva desmatada. A questão da

zona de amortecimento [áreas preser-

vadas onde a ação humana está sujeita

a restrições] também não está clara.

Aqui no meu estado isso inviabilizaria

10 municípios”

O ministro da Educação,

Fernando Haddad, quer que os

jovens de todo o mundo se com-

prometam a preservar o meio

ambiente. A convocação foi feita

por ele durante o encerramento

da 1ª Conferência Internacional

Infantojuvenil Vamos Cuidar do

Planeta, na quinta-feira (10) em

Brasília.

“Terremotos e tsunamis são

tragédias inevitáveis, mas outras

estão sob nosso controle. Vocês

vieram ao Brasil num momento

muito delicado do mundo, em

que acontece um dos maiores

desastres ambientais da história,

no Golfo do México”, lembrou o

ministro. “Para satisfazer nossas

ambições de consumo, atacamos

a nós mesmos. A lógica, hoje, não

opõe apenas o homem contra a

natureza, mas o homem contra o

homem”, destacou.

Na opinião de Haddad, os jo-

vens representantes de 53 países

que participaram do encontro não

voltarão para casa do mesmo jeito

que chegaram ao Brasil. O papel

dos jovens é fundamental daqui

pra frente e devem atuar como

Manchas continuam espalhadas por todo o Golfoprotagonistas para reverter esses

conflitos. O ministro alertou a to-

dos os participantes da conferên-

cia sobre a necessidade de estar

comprometidos com uma causa

destinada a preservar a vida.

Fonte: IG

Page 3: Jornal Vida e Natureza

3Segunda quinzena - Junho 2010

O futuro do Planeta também nas mãos dos pequenosLages - Em todos os cantos

do planeta houve quem fizesse

algo para marcar o Dia Mundial

do Meio Ambientee da Ecologia,

e que se estendeu por vários

outros dias. Em Lages (SC), na

quinta-feira (10), no Bairro São

Miguel, localizado na periferia

da cidade, numa dessas tardes

frias, a Secretaria Municipal

do Meio Ambiente, atendeu de

imediato o pedido da diretora

auxiliar do Centro de Educação

Infantil João José Theodoro da

Costa Netto, Márcia Aparecida

Esteves para que alguém levas-

se algumas mudas de árvores

nativas e frutíferas para serem

plantadas no pátio, junto aos

brinquedos do parquinho e em

volta da Escola, pois, no local

não havia uma árvore sequer

até então.

Conforme a professora Már-

cia, além de estimular as crian-

ças à preservação do meio am-

biente, o plantio das mais de 50

mudas naquela tarde, efetuada

pelas crianças e sob a coorde-

nação do engenheiro agrônomo

responsável direto pela arbo-

rização e poda no município,

GiovanneTomaselliGuesser,e o

auxiliar dele José Moacir Ribeiro

Neto foi também a contribuição

das mais de 80 crianças para lem-

brar a Semana do Meio Ambiente.

Na verdade foi mais uma impor-

tante atividade alusiva à Semana.

“A atitude dessas crianças é um

exemplo para a comunidade, e,

principalmente, uma forma sim-

ples de estimular a consciência

ambiental. É o futuro da natu-

reza nas mãos dessas crianças

que também levaram uma muda

de árvore para ser plantada em

casa”, ressaltou Giovanni.

O secretário de Meio Am-

biente de Lages, Luiz Marin,

ressaltou que esta ação faz parte

das comemorações da Semana do

Meio Ambiente e de que em todo

o município foram realizadas ou-

tras atividades além do plantio

de mudas. “Um exemplo, são as

aulas de artesanato e palestras

ministradas no Centro de Edu-

cação Ambiental (Tanque), desti-

nadas aos estudantes”, disse.

Por Paulo Chagas

Chapecó – Com objetivo de

aumentar a consciência sobre os

complexos problemas das questões

ambientais, a ChapecóCriança – Ci-

dadania em Ação realizou na tarde

desta quinta-feira Ação Ecológica

em comemoração ao Dia Mundial

do Meio Ambiente, que ocorreu no

dia 05 de junho passado.

Despertando na criança a sa-

tisfação, o prazer e a consciência

de que com simples ações pode-

mos contribuir para melhorar a

cidadania e qualidade de vida da

comunidade, a Chapecó Criança

busca, empenhada nas questões

ambientais, fomentar um modelo

que aponte para a sustentabilidade

sócioambiental e a superação da

fragmentação das ações entre os

vários setores da comunidade.

No local, ocorreram várias

apresentações, entre elas, da Asso-

ciação Coral de Chapecó que apre-

sentou as músicas Ave Maria do

Morro e Amigos do Rio Uruguai. A

Banda da Escola Básica Municipal

Severino Rolim de Moura, coor-

denada pela Professora Juliana

Wincker, abrilhantou o evento com

50 componentes.

Para finalizar o evento, as

crianças da Escola Básica Muni-

cipal Fedelino Machado dos San-

tos fizeram um show, lançando

balões contendo sementes nativas

da região, no intuito de que se

espalhem por diferentes pontos

da cidade vindo a germinar, flo-

rescer e dar frutos às gerações

futuras. Em seguida, coordena-

doras e funcionários da Chapecó

Criança – Cidadania em Ação

entregaram às crianças mudas

de árvores que foram doadas pela

Fundema. A ação se encerrou dei-

xando o alerta: “O planeta pede

socorro. Ele tem vida e precisa

de sua ajuda”.

Ascom – Prefeitura de Chapecó

O município de Lages desen-

cadeou em 2010 uma atividade

forte para tornar a cidade mais

arborizada, num esforço conjunto

com empresas doadoras de mudas.

Desde o início do ano foram planta-

das mais de 3 mil mudas de árvores

nativas e frutíferas. Somente nas

margens do Rio Carahá, ao longo

da Avenida Belizário Ramos, e

que corta a zona central da cidade,

foram plantadas cerca de 1.500

mudas. Já no Parque Jonas Ramos

(Tanque) árvores exóticas e velhas

deram lugar a cerca de 100 novas,

todas nativas, frutíferas e algumas

ornamentais. São plantas que cor-

respondem às características da

região e perfeitamente adaptáveis

ao clima da região.

Na área central da cidade, em

uma única rua, a preocupação era

com a integridade física dos pedes-

tres e evitar maiores comprometi-

mentos com os passeios públicos

e a estrutura de energia elétrica

junto aos postes e estabelecimentos

comerciais. Apenas 13 árvores (le-

gustros) foram então retiradas e de-

ram lugar a 60 cerejeiras japonesas

que darão dentro de mais algum

tempo uma beleza diferenciada à

rua, e não oferecem risco como os

legustros que além dos estragos

citados, também causam alergia

em muitas pessoas.

Por Paulo Chagas

Mais de três mil mudas plantadas em 2010

Chapecó Criança promove ação ecológica

Page 4: Jornal Vida e Natureza

4Segunda quinzena - Junho 2010

De olho Por Paulo Chagas

AmbientenoProtestos

Em Brasília a reunião da Comissão Especial do Código Am-

biental foi conturbada, no dia 8 de junho, foi conturbada. Protes-

tos de ambientalistas e parlamentares contrários interromperam

a leitura do relatório. Difícil saber onde querem chegar sem a

manutenção do diálogo. Sabe-se que independente da interrupção

a continuidade do processo é necessária. Importante é que se obe-

deça a necessidade de cada estado e cada município, respeitando

as diferenças das regiões e às necessidades do Brasil.

Em prol do Meio AmbienteGosto de ressaltar exemplos em prol das causas ambientais seja de

quem for, políticos, escolas, órgãos públicos ou empresas. Sendo assim

valorizo a atitude do Grupo de Gestão Ambiental da Damyller – grife de

jeans catarinense, que na Semana do Meio Ambiente desenvolveu uma

série de ações, que visam conscientizar colaboradores e comunidade em

prol do Meio Ambiente, por meio de capacitação e treinamento. Visita

dos colaboradores em escolas para participarem de palestras sobre o

tema, apresentação de coral, visita de alunos na Estação de Tratamentos

de Efluentes (ETE) e Rio São Bento são algumas das atividades realiza-

das pela Damyller em Nova Veneza, Santa Catarina. Para incentivar

ainda mais a responsabilidade ambiental, exposição de trabalhos de

estudantes na região, curso de compostagem e concursos internos de

fotografia e desenho. Todos os participantes das ações levam de presente

mudas de árvores. Mil delas já foram distribuídas.

SacrificadoO Secretário municipal

de Meio Ambiente de Lages,

Luiz Marin tem sido sacrifi-

cado com críticas mal cons-

truídas e mal fundamen-

tadas sobre o trabalho que

desenvolve, especialmente na

substituição de árvores em zonas centrais da cidade. Ao atender

apelo da própria população passou a substituir algumas árvores e

não foi bem entendido, exatamente por setores que deviam estar

bem informados. Ao retirar 12 árvores (legustros) e substituir

por outras sessenta mais adaptáveis ao local acabou sendo alvo

de muitas críticas. Bem ao contrário de Concórdia, que no final

do ano passado retirou da praçaDogeloGoss todos os legustros

por sibipirunas. O motivo da troca era relacionado a problemas

fitossanitários (relativo a pragas, fungos). O município ainda

promoveu a retirada de espécies exóticas invasoras que ameaçam

a biodiversidade. Lá, a sociedade compreendeu a atitude.

Vendem-se imagensTenho absoluta certeza de que durante as comemorações da Sema-

na do Meio Ambiente, não foram poucos os que venderam a palavra

“eco” e “sustentável” como principais fontes da “causa verde”. Afinal

de contas estão na mídia e viraram moda. Difícil é saber se na prática

tais filosofias verdadeiramente estão sendo aplicadas. Obviamente

houve muitos que realmente viveram e vivem ativamente trabalhan-

do pela causa ambiental. Há, não dá para esquecer-me daqueles que

vendem o verde somando-se ao marketing tendo como resultado a

colheita dos lucros, e tudo graças à melhoria da imagem.

Empresa passa a conservar mais de mil hectares de fauna e flora

O Brasil tem 12% da água doce do planeta

A Battistella Florestas, empresa

do grupo Battistella, recebeu a apro-

vação da ampliação da RPPN (Reser-

va Particular do Patrimônio Natural)

Emilio Fiorentino Battistella, mais

conhecida como Rota das Cachoei-

ras, do instituto Chico Mendes. A

área anteriormente constituída por

100,96 hectares, passa a ter agora um

total de 1.156,33 hectares.

Para o professor Ademir Reis, da

Universidade Federal de Santa Cata-

rina, a ampliação da RPPN só veio a

somar pontos. “Além de garantir a

preservação de plantas raras, haverá

uma maior probabilidade de novos

nichos ecológicos, propiciando a con-

servação e protegendo os recursos

hídricos. Desta forma, garante-se que

muitas nascentes do complexo do Rio

Novo e Bruaca fiquem mantidas em

estado natural”, explica.

Há uma lista de ocorrência

de 220 espécies dentro da reserva,

que com certeza será ampliada e

que se acredita existir em torno

de 400 novas espécies. Em parceria

com a Universidade Federal do Pa-

raná, estudos já começaram a ser

realizados na nova área da RPPN,

apontando inicialmente mais de 150

espécies de aves observadas. Já o le-

vantamento dos mamíferos deverá

ocorrer em parceria com outras ins-

tituições de ensino e pesquisa, mas

já é de conhecimento dos pesqui-

sadores a existência de porcos do

mato, antas, veados e onça-parda.

Com isso, aponta-se uma excelente

conservação da área.

CelmiraMilléo Costa (Sumi)

O Brasil mantém uma po-

sição privilegiada no cenário

mundial: detém cerca de 12%

da água doce superficial do

planeta, enquanto regiões da

Europa, como Portugal e Espa-

nha, além de Oriente Médio e

grande parte da África, lutam

contra a escassez crônica do

produto. Mas a distribuição pelo

território brasileiro é desigual,

mal distribuída.

A Amazônia derrama no

mar 78% da água superficial do

Brasil, com um excedente hí-

drico que atrai a cobiça global.

O Sudeste fica com apenas 6%,

e tem de irrigar quase metade

da produção agrícola do País e

dar de beber a cerca da metade

dos 190 milhões de brasileiros,

além de for necer água para

mover 50% do Produto Interno

Bruto industrial. Isso coloca a

região em um patamar crítico,

com menos de 10% do volume

de água /habitante preconizado

pela ONU, ou apenas 200 metros

cúbicos por segundo/ano.

Page 5: Jornal Vida e Natureza

5Segunda quinzena - Junho 2010

Região da Serra Catarinense vai ter nova PCH

Lojistas catarinenses promovem campanha de reciclagem

São José do Cerrito - A Ele-

trosul vai construir mais uma

Pequena Central Hidrelétrica

em Santa Catarina. A região

escolhida é a Serra Catarinense

e vai abranger os municípios de

São José do Cerrito, Campo Belo

do Sul e Lages.

As assinaturas do contrato

com o Consórcio Energia e da

ordem serviço para início da cons-

trução da PCH João Borges, que

será construída no rio Caveiras,

aconteceu quarta-feira (dia 02/06),

no Salão Paroquial de São José do

Cerrito. O evento contou com a

participação da Diretoria da Ele-

trosul e diversas autoridades.

Com uma potência instalada

de 19MW – suficiente para abas-

tecer 44 mil residências – a obra

deve estar concluída em 2012. Du-

rante o período que durar a obra

devem ser gerados 800 empregos,

entre diretos e indiretos.

Esta é o segundo empreendi-

mento de geração que a Eletrosul

inicia em Santa Catarina após a

privatização do parque gerador

da empresa, em 1998. Com inves-

timentos total de R$ 114,6 milhões

e financiamento do banco alemão

KfW – R$ 97,3 milhões – sendo que

o restante dos recursos virá da

própria Eletrosul. O empreendi-

mento foi adquirido por meio de

chamada pública e a concessão é

por 30 anos. Na mesma época, a

Eletrosul adquiriu a PCH Barra

do Rio Chapéu - que está em cons-

trução na região Sul catarinense

–, Pinheiro e Itararé. A Eletrosul

ainda está estudando a implanta-

ção da duas últimas.

Dos benefíciosA instalação da PCH trará

benefícios para a região, con-

tribuindo para a movimentação

econômica e, consequentemen-

te, para ampliação do recolhi-

mento de impostos e tributos

locais, que voltam em forma

de benefício para a sociedade.

A obra atinge 39 propriedades

rurais, cujos proprietários já

estão sendo indenizados.

Esta PCH será uma hidrelétri-

ca a fio d’água, com um reservató-

rio de 4,05 km² e deve gerar energia

suficiente para abastecer uma

cidade de 150 mil habitantes.

A energia gerada será trans-

mitida por meio de uma linha de

transmissão de energia de 34,5kV,

com 12,3 quilômetros de extensão

e que se conectará até a Subesta-

ção coletora Itararé, que ainda

será construída. A conexão com

o Sistema Interligado Nacional

será feito por meio de secciona-

mento da linha de transmissão

que interliga as subestações

Herval d´Oeste e Vidal Ramos

Júnior, ambas de propriedade

da Celesc.

A PCH João Borges já obteve

a Licença Ambiental Provisória

(LAP) e a Licença Ambiental

de Instalação (LAI), bem como

a aprovação dos projetos e estu-

dos arqueológicos pelos órgãos

ambientais. Com a emissão da

Ordem de Serviço é dado inicio

ao projeto executivo

Lojistas catarinenses mobi-

lizam-se para conscientizar a

população sobre a correta des-

tinação do lixo, através de cam-

panha. A intenção é diminuir a

emissão de lixo e incentivar a

coleta seletiva e a reciclagem no

dia-a-dia dos catarinenses. Esta

é a nova bandeira da Federação

das CDLs de Santa Catarina

(FCDL/SC) com a campanha de

conscientização Recicla CDL -

Educação ambiental para um

futuro melhor. Promovida com

o apoio da Fundação do Meio

Ambiente (Fatma). A iniciativa

prevê além do alerta à preserva-

ção da natureza medidas para o

recolhimento e destino dos resí-

duos e produtos recicláveis.

“As 171 CDLs do estado, bem

como os lojistas associados,

estarão engajados nesta etapa

da campanha direcionada à

reciclagem de componentes ele-

trônicos, na maioria das vezes

descartados de forma indevida”,

ressalta Sergio Medeiros, presi-

dente da FCDL/SC. O dirigente

acrescenta que o exemplo virá

dos próprios empresários catari-

nenses que estarão empenhados

em reciclar também o lixo dos

seus estabelecimentos.

Nesta segunda fase da campa-

nha, iniciada em janeiro, serão ins-

talados postos de coleta pelo estado

por meio de parceria com a empre-

sa Compuciclado Reciclagem Ltda,

de Florianópolis, responsável pelo

recolhimento de computadores,

impressoras, placas eletrônicas,

processadores, estabilizadores,

celulares e baterias.

“Esta é a primeira de inúme-

ras parcerias que pretendemos

firmar para fazer da reciclagem

uma cultura entre os catarinen-

ses. A campanha será contínua e

ainda terá muitos desdobramen-

tos”, frisa Medeiros.

Para dar força à iniciativa, a

FCDL/SC investiu em ações pu-

blicitárias com a produção de ví-

deos, jingles, fôlderes, adesivos,

cartazes, entre outras estratégias

de divulgação. Interessados em

fazer parte deste movimento ou

obter mais informações podem

entrar em contato pelo e-mail

[email protected]

ou pelo telefone (48) 3251-5100.

Page 6: Jornal Vida e Natureza

6Segunda quinzena - Junho 2010

Município normatiza uso de chip em cães e gatos

Chapecó - Localizar um

cão ou gato perdido

pode se tornar mais fá-

cil se o animal possuir um chip

de identificação. O registro de

animais em Chapecó é uma das

propostas do Projeto de Lei de

“Guarda Responsável”.

A iniciativa é do vereador

I tamar Agnoleto, da ONG

Amigos dos Bichos de demais

entidades. Com o projeto apro-

vado, a criação, propriedade,

posse, guarda, uso e transpor-

te de cães e gatos terão regras

específicas. Atualmente, o

projeto de lei está no executivo

para estudo de viabilidade fi-

nanceira, uma vez que gerará

ônus para o município. Em

municípios como Lages e Flo-

rianópolis, a implantação dos

chips nos animais já é lei.

O registro de animais será

obrigatório e deve ser executado

pelos proprietários no prazo de

360 dias após a promulgação da

lei. A identificação, que ocorre

através da implantação de um

chip subcutâneo no animal, será

realizada em um órgão munici-

pal responsável pelo controle de

zoonoses ou em estabelecimen-

tos veterinários credenciados.

No momento do registro, deverá

ser apresentada carteira ou

comprovante de everminação e

vacinação. A medida pretende

coibir o abandono de animais,

maus-tratos e negligência, mas

também servirá para localizar

cães perdidos.

Período de vigência da Lei

Os animais que nascerem

a partir da vigência da lei

deverão ser registrados entre

o terceiro e quinto mês de

idade, recebendo também as

vacinas. No Registro Geral

do Animal (RGA) constarão

informações como nome, sexo,

cor, raça, data de nascimento,

nome do proprietário, RG, CPF

e endereço completo, além da

foto do animal. Também serão

informados o número e série

do chip de identificação.

O RGA ficará com o pro-

prietário, com vias do for-

mulário arquivadas no local

onde o registro foi realizado

e também no órgão municipal

responsável, alimentando um

banco de dados.

Para fazer o registro, será

cobrada uma taxa, ainda não

estipulada. Ficarão isentos do

pagamento pessoas com renda

familiar igual ou inferior a dois

salários mínimos, que deverão

realizar o registro somente no

órgão municipal responsável

pelo controle de zoonoses. Ficam

isentos também os animais ado-

tados das sociedades protetoras

dos animais, desde que devida-

mente comprovado através de

respectivo cadastro de adoção

Punição

Quem não se adequar à lei,

receberá uma Intimação para

que faça o registro no prazo

máximo de 30 dias. Em caso

de ausência do animal sem

comprovação ou óbito sem lau-

do de um veterinário a multa

aplicada será de 50UFRMs.

Vencido o prazo, o proprietá-

rio estará sujeito à multa de

três vezes o valor do registro.

Chip permitirá identificar a procedência de animais abandonados.

De acordo com a presidente

da ONG Amigos dos Bichos, Jo-

vaneBottin, diversas entidades

já discutiram a lei, entre elas,

Apache, Vigilância Sanitária e

Ambiental, Núcleo dos Veteri-

nários do Oeste e CRMV.

Segundo ela, a lei também

permitirá o controle do comér-

cio de animais, desenvolvimen-

to e incentivo de programas

de controle de populações

animais e implementação de

programas de educação para

a Guarda Responsável dos

Animais. “A lei prevê multas

e outras formas de punição

para maus-tratos, abandono,

comércio ilegal de animais

domésticos entre outras ações

importantes para a regulamen-

tação da guarda de animais

domésticos. “Acreditamos que

a Prefeitura não se isentará da

sua responsabilidade, prevista

em lei, e aprovará estas medi-

das que tem o objetivo de evi-

tar superpopulações de cães e

gatos e todos os problemas que

isso acarreta para os animais e

para a sociedade.”, ressalta.

Saiba mais

Entre as propostas que com-

põem a lei, também constam:

- Os proprietários de ani-

mais deverão mantê-los afas-

tados de portões, campainhas,

medidores de luz e água e

caixas de correspondência,

a fim de que funcionários

das empresas prestadoras

desses serviços possam ter

acesso sem sofrer ameaça ou

agressão real por parte dos

animais, protegendo ainda os

transeuntes.

- Não serão per mitidos,

em residência particular, a

criação, o alojamento e a ma-

nutenção de mais de 10 (dez)

cães ou gatos, no total, com

idade superior a 90 (noventas)

dias.

- Em estabelecimentos de

manipulação e comercializa-

ção de alimentos fica proibida

a entrada de animais obedeci-

das as leis e normas de higiene

e saúde. Os cães guias para

deficientes visuais devem ter

livre acesso a qualquer esta-

belecimento, bem como aos

meios de transporte público

coletivo.

- O comércio de animais

domésticos ficará regido por

normas e cada estabelecimen-

to deverá estar adequado às

normas de bem-estar animal,

legislação sanitária e fiscal

vigentes.

Page 7: Jornal Vida e Natureza

Segunda quinzena - Junho 20107

Está disponível a versão

online da Lista de Espécies da

Flora do Brasil. Trata-se do

maior compilado sobre o tema

já realizado no País. O trabalho

é fruto de um acordo assumido

pelo Brasil na Convenção sobre

a Diversidade Biológica (CDB).

Dentre os compromissos firma-

dos está a execução da Estraté-

gia Global para a Conservação

de Plantas (GSPC). A elabora-

ção de uma “lista funcional am-

plamente acessível das espécies

conhecidas de plantas de cada

país, como um passo para a ela-

boração de uma lista completa

da flora mundial” é a primeira

das 16 metas estabelecidas.

A lista exibe 41,1 mil espécies

da flora brasileira, sendo 3,6 mil

de Fungos, 3,5 mil de Algas, 1,5

mil de Briófitas, 1,7 mil de Pte-

ridófitas, 23 de Gimnospermas

Concluída a lista de espécies da flora do Brasil

Universidade promove 2º Trote AmbientalA Unoesc Chapecó promoveu

no domingo, dia 13, a 2ª edição

do Trote Ambiental, com a parti-

cipação dos calouros. O objetivo

é despertar cuidados básicos e

a consciência para preservação

ambiental, além de possibilitar um

trote responsável e que promova

a integração entre os estudantes,

familiares, professores e funcio-

nários da Unoesc. Participaram da

atividade os estudantes beneficia-

dos pela Lei Jorginho Mello, que

ingressaram no ensino superior

no mês de maio deste ano. A pro-

gramação do encontro educativo

contou com palestra abordando

a consciência ambiental, passeio

“orientado”, coleta de lixo, e plan-

tio de mudas de árvores. A Unoesc

presenteou os acadêmico com

camiseta do seu curso e certifica-

do de quatro horas de atividades

complementares. A participação

esteve aberta para familiares ami-

gos dos alunos, professores e para

o corpo técnico administrativo da

Unoesc.

Na primeira edição, que ocor-

reu no mês de março, foram reti-

rados da mata 20 metros cúbicos

de lixo, pesando cinco toneladas,

através de uma força-tarefa for-

mada por 180 acadêmicos, todos

calouros dos cursos oferecidos

pela instituição. Além disso, foram

plantadas 200 mudas nativas no en-

torno do espaço de preservação de

manancial da Unoesc Chapecó.

e 31,2 mil de Angiospermas.

Apesar da imensa diversidade

florística do País, a única com-

pilação desse porte datava do

período entre 1846 e 1906, quando

vonMartius, Eichler&Urban edi-

taram a Flora brasiliensis, com

22,7 mil espécies.

Os trabalhos para elaboração

da lista tiveram início em setem-

bro de 2008. A equipe responsável

pelo trabalho envolveu aproxi-

madamente 400 taxonomistas

brasileiros e estrangeiros. Os ta-

xonomistas trabalharam em uma

base de dados única. A intenção

dos organizadores é que a lista

seja dinâmica e atualizada perio-

dicamente para incluir novas es-

pécies e mudanças taxonômicas

ao longo do tempo.

O Instituto de Pesquisas

Jardim Botânico do Rio de Ja-

neiro (JBRJ) foi designado pelo

Ministério do Meio Ambiente

para coordenar, por intermédio

do Centro Nacional de Conser-

vação da Flora (CNCFlora), o

trabalho de elaboração da Lista,

que está disponível em: http://

floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/.

Por Secom Governo Brasileiro

Centro de Educação Ambiental fortalece atividadesLages – Depois de um longo

período com poucas atividades

envolvendo as escolas e a comu-

nidade, o Centro de Educação

Ambiental Ida Schmitd, loca-

lizado no Parque Jonas Ramos

(Tanque) no Centro da cidade

de Lages, voltou a mexer com

o público externo. Conforme o

biólogo responsável, Fernando

Marcelino, a retomada dos tra-

balhos iniciou no último dia 7

de junho durante a Semana do

Meio Ambiente e da Ecologia.

Até agora mais de 450 crianças

passaram pelo local. “Nós não

esperávamos tanta gente. Tanto

que decidimos prorrogar o tem-

po de visitas até o dia próximo

dia 25”, ressaltou Fernando.

Nestes dias de atendimento

os estudantes e o público visi-

tante participaram de palestras

ambientais e tiveram oportuni-

dade de participar de oficinas

de reciclagem, e ainda contem-

plaram exposições de animais

taxidermizados (empalhados)

e no laboratório, inúmeras

outras espécies conservadas

em formol. “Nosso trabalho

não vai mais parar. Assim que

terminar essa primeira etapa,

vamos trabalhar o tema da bio-

diversidade/florestas, bastando

apenas que as escolas agendem

antecipadamente”, assinala o

biólogo.

Page 8: Jornal Vida e Natureza

Segunda quinzena - Junho 20108

Produção economicamente sustentável a partir da agroecologiaO conceito de agroecologia

quer sistematizar todos os esfor-

ços em produzir uma proposta

de agricultura abrangente, que

seja socialmente justa, economi-

camente viável e ecologicamente

sustentável; um modelo que seja o

embrião de um novo jeito de rela-

cionamento com a natureza, onde

se protege a vida toda e toda a vida.

Nesta visão se estabelece uma ética

ecológica que implica no abandono

de uma moral utilitarista e indivi-

dualista e que postula a aceitação

do princípio do destino universal

dos bens da criação e a promoção

da justiça e da solidariedade como

valores indispensáveis.

Na agroecologia a agricultu-

ra é vista como um sistema vivo

e complexo, inserida na natureza

rica em diversidade, vários tipos

de plantas, animais, microor-

ganismos, minerais e infinitas

formas de relação entre estes e

outros habitantes do planeta Ter-

ra. Não podemos esquecer que a

agroecologia engloba modernas

ramificações e especializações,

como: agricultura biodinâmica,

agricultura ecológica, agricultu-

ra natural, agricultura orgânica,

os sistemas agro-florestais, per-

macultura, etc.

É importante saber os vários

conceitos do termo agroecologia,

a partir de vários estudiosos, não

significa que você está pronto

para adotar as práticas agroe-

cológicas. Fazer agroecologia é

apenas uma fase posterior ao pro-

cesso Sentir Agroecologia e Viver

Agroecologia no coração, com-

preender a vida a partir de um

organismo vivo, seja ele planta,

animal ou próprio ser humano.

Apreender as relações conjuntas

e apreender que o planeta terra

não é o lugar do qual vivemos, e

sim, no qual vivemos.

Bom Retiro - A Associação de

Apicultores de Bom Retiro (Api-

bom), acaba de receber novos

equipamentos para a produção

de mel, adquiridos através de

um termo de cessão entre Epa-

gri e Prefeitura de Bom Retiro.

Cerca de 40 produtores de mel

que integram a Apibom, esti-

veram no ato que contou ainda

com as presenças do deputado

estadual Elizeu Mattos (PMDB),

do prefeito José Antônio de Melo

(PP) e secretários municipais, do

presidente da Federação de Api-

cultores de Santa Catarina, Né-

sio Fernandes, do presidente da

Apibom, Paulo César da Rocha e

de representantes da Epagri.

O parlamentar, responsável

por intermediar junto à Epagri,

o repasse de um cilindro alveo-

lador de cera e um derretedor de

cera à associação, destacou a luta

dos apicultores para se mante-

rem no mercado interno, devido

ao pouco incentivo ainda dado a

apicultura. Já o vice-presidente

da Apibom, Francisco Coelho

Melo, disse que90% da colheita

do mel é exportada para a Ale-

manha e que a previsão é atingir

até o final da safra 2009/2010, cer-

ca de 350 toneladas. Ele lembrou

que a qualidade do produto pro-

duzido em Bom Retiro, tornou

o município conhecido como a

Capital Catarinense do Mel e

que esse título só foi conquistado

graças ao trabalho incansável de

famílias inteiras que sobrevivem

dessacultura.

Texto e foto Carla Reche

Reforço de novos equipamentos para produção de mel

Lages - A Secretaria da

Educação do Município de

Lages (SEML) promoveu na

quinta-feira, dia 10 de junho, o

Seminário Boas Práticas com

relação ao Meio Ambiente. O

evento foi realizado no audi-

tório da Acil. Participaram do

seminário professores, orien-

tadores e gestores da rede de

ensino municipal, além de

estudantes do curso de Biolo-

gia da Uniplac e comunidade

em geral.

O Seminário foi realizado

em parceria da secretaria mu-

nicipal do Meio Ambiente e

Semasa. O evento contou com

o apoio da Polícia Ambiental,

representada pelo policial

Agustini; do Ministério Públi-

co, representado pelo promotor

Lio Marin e de empresas que

trabalham com a reciclagem de

materiais. Cada representante

teve 15 minutos para explana-

ções sobre os temas envolvidos

pelo órgão ou entidade que

representavam.

Segundo a Secretária da

educação, Sirlei Rodrigues, o

objetivo do evento é o de dar vi-

sibilidade para as boas práticas

já desenvolvidas pelas empresas

e discutir maneiras de orientar

e conscientizar a comunidade

para os problemas ambientais.

“As nossas ações fazem com que

os recursos naturais se esgotem

cada vez mais, colocando em

risco o futuro do planeta. Pre-

cisamos pensar e agir articula-

damente para conscientizar as

pessoas e resolver as questões

ambientais”.

Texto: Ascom PML

Foto Toninho Vieira

Encontro com apicultores aconteceu na Associação do Banco do Brasil

Secretaria de Educação promove seminário do Meio Ambiente

Page 9: Jornal Vida e Natureza

Segunda quinzena - Junho 20109

Page 10: Jornal Vida e Natureza

Segunda quinzena - Junho 201010

Parlamentar pede atenção do STF para questão quilombola, indígena e ambiental

Brasília – O deputado federal

Valdir Colatto (PMDB/SC) em

reunião, na quinta-feira (10/06),

com o ministro do Supremo Tri-

bunal Federal (STF), Marco Au-

rélio Mello, pediu que a suprema

corte intensificasse as atenções

para a questão fundiária brasi-

leira, principalmente, relacio-

nada às desapropriações para

demarcação de terras quilombo-

las, indígenas e ambientais.

O parlamentar catarinense

reiterou o pedido de análise

da Ação Direta de Inconstitu-

cionalidade (ADI) nº3239, que

julga inconstitucional o decreto

presidencial 4887/2003, “que re-

gulamenta o procedimento para

identificação, reconhecimento,

delimitação, demarcação e titu-

lação das terras ocupadas por

remanescentes das comunidades

dos quilombos de que trata o art.

68 do Ato das Disposições Consti-

tucionais Transitórias”.

“Existem vários instrumen-

tos normativos para regularizar

as demarcações de terra no

Brasil, mas não há controle. É

preciso fazer um planejamento

territorial mais concreto e jus-

to, que divida claramente quais

áreas serão destinadas para

ocupação indígena e quilombola

e ambiental”, ressaltou o parla-

mentar.

Colatto observou ainda que,

no país, existem 86 milhões de

hectares de áreas para a reforma

agrária. “Até hoje essas áreas

não foram tituladas e nem foram

entregues aos seus verdadeiros

donos, que são os agricultores

assentados. Agora são áreas im-

produtivas, que não produzem

sua subsistência”, ressaltou o

parlamentar. Colatto lembrou

ainda do estudo do IBOPE em

que revelou que 73% das famílias

assentadas dependem de bolsa

família por não terem auto-sus-

tento com o que produzem.

Uma outra realidade apre-

sentada pelo deputado Valdir

Colatto é que o principal critério

utilizado para demarcação de

terras indígenas e quilombolas

é a auto-declaração. “Em Santa

Catarina, em Invernada dos

Negros, 36 famílias se intitulam

como remanescentes de quilom-

bo, eles próprios fazem a indica-

ção das terras e querem ocupar

por oito mil hectares de terra do

Estado, expulsando os agricul-

tores, que são os seus vizinhos”,

explicou o parlamentar sobre a

atual situação das desapropria-

ções no estado catarinense.

A área, de oito mil hectares,

abrange os municípios de Cam-

pos Novos e Abdon Batista, na

região meio oeste catarinense.

Atualmente, uma fábrica de

celulose com mil empregados,

cerca de 80 pequenas proprie-

dades rurais, além de estradas

e agroindústrias estão inseri-

das na área pretendida pelos

quilombolas. “A demarcação

vai alterar profundamente a

produção de alimentos e de

celulose em Santa Catarina”,

alertou Colatto.

O deputado federal Valdir

Colatto é autor do Projeto de

Decreto Legislativo 44/2007,

que susta o decreto presidencial

nº 4.887, de 2003 – que regula-

menta os procedimentos para

identificação, reconhecimento,

delimitação, demarcação e titu-

lação das terras ocupadas por

remanescentes das comunida-

des quilombolas – e do Projeto

de Lei 5887/2009 que “submete

ao Congresso Nacional as de-

sapropriações por interesse

social, para fins de reforma

agrária, de imóveis rurais”.

Ainda relacionado à Santa

Catarina, Colatto cobrou a

posição do ministro quanto à

ADI 4252, a qual julga incons-

titucional o Código Ambiental

Catarinense, lei 14.675 devido

a alguns artigos que tratam de

definições relativas inclusive à

reserva legal.

Mudanças na inseminação artificial de bovinos reduzem custos Chapecó –Mudanças no

sistema operacional do Proje-

to de Inseminação Artificial

de Bovinos no município de

Chapecó prometem facilitar o

acesso dos produtores, oferecer

mais qualidade ao serviço e

incremento de renda familiar.

Depois de análise criteriosa no

processo de fertilização ofere-

cido, a Secretaria de Agricul-

tura e Serviços Rurais inicia

um novo trabalho, que vêm a

atender as necessidades dos

produtores.

Com a proposta de encon-

trar alternativas mais eficazes

para o sistema, a Secretaria

buscou experiências exitosas

em outros municípios e procu-

rou adequar os projetos à rea-

lidade de Chapecó. A principal

mudança está na forma de dispo-

nibilizar a inseminação. Antes,

o Poder Público dispunha de 15

botijões com sêmen que eram

deslocados até as propriedades

na medida em que os produtores

faziam o pedido. Agora, serão

apenas dois técnicos com um

botijão cada, mas que estarão à

disposição em qualquer hora do

dia. Cada um fará o trabalho em

uma região da cidade, na ala sul

e na ala norte. O deslocamento

será através de moto e o técnico

levará apenas a quantidade de

sêmen necessária, dependendo

do número de animais a serem

fertilizados.

De acordo com o Secretário

Mauro Zandavalli esta forma

apresenta melhor qualidade

e é mais ágil e econômica,

tanto para o produtor como

para a Administração. Com a

mudança do serviço, haverá

redução de 50% nos gastos por

parte da Administração.. Para

o produtor também há benefí-

cios. Antes o valor pago pela

inseminação por animal ficava

em torno de R$ 25,00. Agora, o

preço reduziu para R$ 15,00, ou

seja, um decréscimo de cerca

de 40%.

Outra meta a ser alcança-

da com as modificações é em

relação ao número de insemi-

nações. Com o modelo atual,

eram realizadas em média 250

fertilizações mensais. Com o

novo sistema, espera-se elevar

esse índice para no mínimo

1.500 aplicações por mês.

Page 11: Jornal Vida e Natureza

Segunda quinzena - Junho 201011

VisãoSustentável

Seguindo o conceito de respeito ao meio ambiente adotado

pela Honda globalmente, a partir deste mês, todos os manu-

ais de motocicletas da marca passam a ser produzidos com

papel proveniente do manejo ecologicamente adequado, trazendo

o selo florestal “FSC”, certificação do Conselho Brasileiro de Ma-

nejo Florestal. Além disso, a impressão passa a ser realizada com

tinta a base de soja, que contém quantidades variáveis de óleo de

soja em substituição aos óleos de petróleo. O óleo de soja é atóxico

sendo inclusive utilizado em cozinha e o processo de impressão é

reconhecido internacionalmente por sua contribuição ambiental

com o selo “SoyInk”.

O Grupo Amazonas, conceituado na fabricação de com-

ponentes para calçados, desenvolveu em 1992 sua linha

de adesivos Base Água com o objetivo de eliminar dos

processos de colagens os Compostos Orgânicos Voláteis, também

conhecidos como “VOC”, grandes causadores de problemas sócio-

ambientais, ou seja, agridem o meio ambiente e contribuem para

a instabilidade no sistema nervoso central dos indivíduos em caso

de inalação. Após este período, a empresa deu continuidade

a pesquisas para a criação de novos produtos que contribuam

ainda mais com a natureza e o ser humano.

A Ericsson vislumbra um futuro em que as telecomuni-

cações formem a base para a infraestrutura do acesso

à informação no século 21. Nossa tecnologia deve ter a

capacidade de criar um planeta mais sustentável, transforman-

do indústrias e capacitando pessoas no mundo inteiro. Para a

Ericsson, a sustentabilidade é baseada em três pilares: justiça

social, prosperidade econômica e desempenho ambiental em

longo prazo. O relatório intitulado “Você vê o que nós vemos?”,

detalha o compromisso da Ericsson com desempenho ambiental,

prosperidade econômica e justiça social durante 2009. O docu-

mento descreve como nossa tecnologia pode ter a capacidade de

criar um planeta mais sustentável, transformando indústrias e

capacitando pessoas mundialmente.

Desde agosto

do ano passa-

do, crianças

do ensino fundamen-

tal da rede municipal

de São Paulo partici-

pam do Movimento

Respirar, projeto de

educação ambiental

da Controlar, empresa responsável pela inspeção veicular na

capital paulista. O tema do projeto neste semestre, “Os Quatro

Elementos”, está propiciando aos alunos a chance de conhecer

um pouco mais sobre a importância de preservar a Natureza,

em palestras e atividades educativas e recreativas, conduzidas

por Paulo Dutra, da ONG Mata Nativa.

Empresas transformam lixo em artigos de luxo

Aprovada versão final do padrão para a Soja Responsável

São Paulo – Há muito se ouve

sobre a necessidade de conscienti-

zar as pessoas e as empresas para

o pedido de socorro que emerge da

natureza. Hoje, o conceito de reci-

clagem não se limita mais à simples

separação de lixo. Em vez disso, uma

nova visão empreendedora toma

conta das discussões produtivas e

sustentáveis, além do processo que

o mundo se encontra de reeducação

ambiental. A renovação nos concei-

tos de lucratividade e o desempenho

consciente têm andado em paralelo

e fazem parte de discursos político e

da abordagem da mídia em geral.

Como forma de regulamentar

e incentivar as empresas, alguns

órgãos em defesa do meio ambiente

desenvolveram listas como o Gui-

detoGreenerElectronics (Guia dos

Eletrônicos Verdes), do Greenpeace.

Para tanto, companhias mundo

afora têm lutado para garantir seu

espaço de notoriedade e participam

de uma “saudável” disputa para

serem os melhores negócios eco-

logicamente corretos, sem perder

o padrão de qualidade e aceitação

no mercado. Dentre os requisitos

para uma empresa ganhar espaço

neste cenário estão a capacidade de

“limpar” os seus produtos, ou seja,

produzi-los sem utilizar materiais

químicos nocivos à saúde; reutilizar

e reciclar; além de reduzir o impacto

ambiental na produção e logística.

Dentro deste contexto, empreen-

dimentos brasileiros despontam

como inovadores e referências na

produção sustentável.

Outra possibilidade encontrada

pela Lepri é a de criar peças de cerâ-

micas que são idênticas à madeira.

Para isso, esses produtos são criados

a partir da reciclagem de lâmpadas

fluorescentes. Vale ressaltar que,

se não for retirado da natureza,o

mercúrio metálico desse material

contaminaria o solo e o vidro dessas

lâmpadas demoraria 200 anos para

se decompor. Desta forma, é possível

compreender a importância da res-

ponsabilidade socioambiental por

parte das empresas.

São Paulo - A partir de 2011 o

mundo poderá consumir soja res-

ponsável. Essa possibilidade se torna

real graças à aprovação do Padrão

RTRS de Soja Responsável, ocorrida

na quinta-feira (10), em São Paulo.

Após o término da V Conferência

Internacional da Soja Responsável,

membros da RTRS (RoundTableon-

ResponsibleSoyAssociation) – produ-

tores e representantes da indústria

e sociedade civil - se reuniram em

Assembleia Geral para votar a ver-

são final da Carta de Princípios e

Critérios da Soja Responsável. Esta

versão é resultado de um trabalho

desenvolvido desde 2007 pelo Grupo

de Desenvolvimento e Grupo Técnico

Internacional da RTRS..

O documento apresenta as di-

retrizes que norteiam a produção

responsável da soja, a partir de um

desenvolvimento sustentável. Con-

formidade legal e boas práticas de

negócio, condições de trabalho res-

ponsável, relação responsável com

as comunidades, responsabilidade

ambiental e boas práticas agrícolas,

são os requisitos básicos do docu-

mento a serem cumpridos para a

certificação.

Esse novo padrão será agora lan-

çado no mercado, para os produtores

interessados em obter a certificação.

De acordo com a RTRS, já na próxima

safra, os produtores que aderirem

às novas diretrizes já colherão soja

responsável.

Os últimos painéis do encontro

apresentaram exemplos de inicia-

tivas em prol da conservação am-

biental e pela discussão de diretrizes

capazes de promover o conceito de

governança sustentável.Outro mo-

mento importante da conferência

foi a discussão em torno do biocom-

bustível à base de soja. A criação de

pagamentos por serviços ambientais

também despontou como um grande

tema na pauta sobre responsabilida-

de socioambiental.

Page 12: Jornal Vida e Natureza

Segunda quinzena - Junho 201012

Operação Bico Solto apreende 212 aves em SCTimbó - Com apoio da Polícia

Federal e da Polícia Militar Am-

biental, o Ibama estourou um gran-

de criadouro de pássaros ilegais na

região do Alto Vale de Santa Catari-

na, durante a Operação Bico Solto

na semana que passou. Os fiscais

apreenderam 54 aves relacionadas

em listas de extinção, sem origem

legal, com documentação irregu-

lar, mantidas em local inadequado,

entre outras ilicitudes. Lá, foram

encontrados araras, pica-paus,

papagaios e tucanos-tocos, de bico

verde e de bico preto, além de tiri-

vas e araçaris.

O proprietário foi preso em

flagrante pela Polícia Federal, teve

todas as aves recolhidas pelo Iba-

ma e pagará multa de R$ 216 mil.

Os animais eram vendidos pela

internet, em site não registrado e

sem autorização do Ibama.

Na sequência, o Ibama embar-

gou o maior criadouro comercial

de aves silvestres da região. O

criadouro tinha licença do órgão

ambiental federal para operar, mas

estava trabalhando de forma ilegal.

A coordenadora da Operação Bico

Solto, a analista ambiental Gabrie-

la Breda, revelou que se constatou

uma gama de irregularidades co-

metidas pelo proprietário por meio

da averiguação da documentação e

visitas de rotina.

“A partir da nossa última vi-

sita, ele foi oficiado de que não

poderia vender nenhum animal

de seu plantel ou comprar outros

animais até que o Ibama decidisse

sua situação, já que havia muitas

irregularidades em seu criadouro.

Mas, quando lá chegamos para fa-

zer o embargo do estabelecimento

e o recolhimento dos animais,

muitos já haviam sido vendidos,

inclusive espécimes de origem

ilegal”, disse.

Numa vistoria completa, o

Ibama descobriu que o criadouro

apresentava informações e relató-

rios falsos, fornecia dados frauda-

dos, tinha em cativeiro 89 aves sem

procedência legal e comercializou

69 aves silvestres sem procedên-

cia legal. Grande quantidade de

araras, tucanos, trinca-ferros,

papagaios e pica-paus foram en-

contrados sem origem legal, com

anilhas adulteradas e alguns mu-

tilados. Com o auxílio da Polícia

Militar Ambiental, todos foram

recolhidos.

A destinação desses animais

será zoológicos e criadouros cre-

denciados pelo Ibama, na região

do Alto Vale de Santa Catarina

e de Florianópolis. O Ibama

lavrou quatro autos de infração,

resultando um total de R$ 892 mil

em multas e o responsável pelo

criadouro comercial ainda terá

de responder na Justiça Federal

pelos atos ilícitos cometidos.

A analista Gabriela Breda

alerta as pessoas para não com-

prarem animais silvestres sem

procedência, pois isso é crime.

“Muitas vezes, as pessoas não

sabem que estão cometendo um

crime ambiental ao comprar

animais silvestres sem proce-

dência, ficam encantadas com a

beleza dos bichos e se esquecem

de pedir a Nota Fiscal, por exem-

plo. É importante que exigir a

documentação de procedência e

consultar o Ibama para saber se

o criadouro é credenciado pelo

órgão. Ter em cativeiro animais

silvestres sem procedência é

crime”, insiste.

Badaró Ferrari - AscomIbama/SC

Foz do Iguaçu (PR) - O Refúgio

Biológico Bela Vista ganhou novos

habitantes recentemente: são dois fi-

lhotes de harpia, nascidos em 23 e 29

de maio. Como sempre, os pequeni-

nos foram recebidos com muita festa

e mimos pela equipe. E não é para

menos: as harpias (nome científico

Harpia harpyja) são aves muito

raras, e tem havido um esforço por

parte de diferentes instituições para

ampliar sua população. Cada filhote

que nasce é uma nova chance de

sobrevivência para a espécie.

Com a chegada dos filhotes, o

Refúgio conta agora com seis harpias:

duas aves adultas, dois dos filhotes que

nasceram no ano passado – um macho

e uma fêmea – e os recém-chegados. É

o maior plantel da região Sul e um dos

maiores do País. “Aos poucos, vamos

aperfeiçoando os cuidados com os ani-

mais. Usamos um protocolo criado por

uma bióloga panamenha, mas fazemos

as adaptações que percebemos necessá-

rias, pois cada ave tem um caráter pró-

prio. A chance de sobrevivência deles é

cada vez maior, pois já aprendemos com

muitos erros e acertos”, conta o biólogo

Marcos de Oliveira.

Os dois filhotes dividem uma in-

cubadora que mantém a temperatura

constante em 36,6°C. Cinco vezes ao

dia, o biólogo Marcos José Oliveira os

alimenta, sempre tomando o cuidado

de ficar em total silêncio e ligar um

aparelho de MP3 com sons gravados

na natureza de piados de filhotes e

vozes de adultos de harpia. “Isso é

importante para que os filhotes não

relacionem a alimentação aos sons e

imagens humanos”, explica Marcos.

Fertilidade no Refúgio: nascem dois bebês-harpias

Com paciência e delicadeza, Marcos alimenta os filhotinhos no mais absoluto silêncio. Apenas o som gravado das harpias ecoa pela sala - e os pios dos pequeninos.