revista vida e natureza ed. 168

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A REVISTA 9 anos C O M V O C Ê E O M E I O A M B I E N T E Edição 169 - Novembro - R$ 11,00 “Adotando o meio ambiente por inteiro” Potencial para criação de truta Serra é o lugar ideal para a produção do peixe Páginas 10 e 11 Opção pela energia solar O sistema fotovoltaico está em pleno crescimento Página 16 Javalis seguem aterrorizando Pouco está sendo feito para conter a invasão Páginas 14 e 15 Raça Crioula Lageana Tesouro genético selecionado pela natureza. Páginas 4 e 5

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    9anos

    COM VO

    C E O MEIO AMBIEN

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    9anos

    COM VO

    C E O MEIO AMBIEN

    TEEdio 169 - Novembro - R$ 11,00 Adotando o meio ambiente por inteiro

    Potencial para criao de trutaSerra o lugar ideal para a

    produo do peixePginas 10 e 11

    Opo pela energia solar

    O sistema fotovoltaico est em pleno crescimento

    Pgina 16

    Javalis seguem aterrorizando

    Pouco est sendo feito paraconter a invasoPginas 14 e 15

    Raa Crioula LageanaTesouro gentico selecionado pela natureza. Pginas 4 e 5

  • ContatoRua: Presidente Roosevelt, 344Centro CEP: 88.504 020Lages Santa CatarinaFone: (49) 9148-4045E-mail: [email protected]

    Diretor GeralPaulo Chagas Vargas

    Consultoria AmbientalBiloga Ana Clarice Granzotto O. Vargas

    Jornalista ResponsvelBetina Pinto - Reg. SC 01940 - JP

    Diagramao e Projeto GrficoRevista Vida & Natureza - Caroline Colombo A. Costa

    Tiragem e Impresso2.000 exemplaresGrfica Sul Oeste / Concrdia

    6 | CUIDADO: RVORES PELO CAMINHOPerigo eminente s margens de rodovias

    4 E 5 | CRIOULA LAGEANA A HISTRIA DE UMA RAAOpo de carne a consumidores de gostos seletos

    14 - 15 | JAVALIS: PROLIFERAO SEM CONTROLE

    Campo vive o horror dos ataques dos animais

    A Revista Vida & Natureza circula onde voc nem imagina. Mas o importante que ela sempre est onde o Meio Ambiente mais precisa: em suas mos.

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    Edio 169 | Ano 09 Lages, Santa Catarina - Brasil Capa: Divulgao

    10 - 11 | A VEZ DA PRODUO DE TRUTACriao do peixe como fonte de renda

    Expediente

    VisoSer um meio de comunicao referencial seguindo princpios e valores ticos, alcanando assim, a conscincia na preservao da Natureza.

    MissoFazer com que todos tenham oportunidade de obter informaes envolvendo o meio ambiente e atingir a conscincia futura.

    12 | JOVENS PROTETORES AMBIENTAISCrianas aprendem a cuidar da natureza

    7 | O PERIGO DAS INTOXICAESImagens realistas de alerta nos rtulos

    17 | GUA DO CARAH MONITORADAEstudo vai apontar nvel de contaminao

  • Paulo Chagas

    Tenho falado muito sobre a necessidade de fazer amplo uso da comunicao em prol das necessidades do meio ambiente. Porm, talvez e infelizmente, ainda no h interesse pelo assunto. Nesse caso, recentemente, em So Paulo foi realizado o VI Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, e, na ocasio, houve quem defendesse a ideia de fazer o jornalismo ambiental incomodar. A ideia foi dita pelo jornalista Andr Trigueiro - editor-chefe do programa Cidades e Solues da Globo News.

    Conforme ele preciso fazer jus! A mdia tem tratado, sim, das questes ambientais e, hoje, muito mais que 10 anos atrs. Elas, de fato, tm estado mais presentes no dia a dia e informado mais e melhor acerca das mudanas climticas e seus impactos. Impactos no apenas no Planeta, mas acima de tudo, sobre a espcie humana. No entanto, como j vimos, na maioria das vezes, a questo ambiental fica no vis da perspectiva econmica, j que o tratamento dado a ela quase sempre dentro da lgica tradicional da mdia, que obedece ao imperativo do interesse capitalista. Esta a dimenso menos digna com a qual a questo ambiental pode ser tratada.

    A mudana necessria para acabar com esta viso passa por uma mudana cultural profunda. E como consenso da maioria dos profissionais da rea, chegamos ao segundo desafio: se no houver mudana na superestrutura, no haver mudana na infraestrutura. Ou seja, no h possibilidade de uma mudana radical se no houver uma transformao radical da nossa cultura e da nossa viso de mundo.

    Para ele, um dos grandes problemas do jornalismo ambiental que, ao nos subordinarmos lgica da mdia comercial, no integramos as dimenses socioambientais. S que h um nexo indissolvel entre gua, energia, meio ambiente, alimento e incluso scio-produtiva e esta a condio sinequanon do tema s poder ser abordado em conjunto. Uma sociedade sustentvel exige/impe transversalidade, interdependncia, compreenso sistmica, correlao entre as diversas dimenses determinantes de uma dada situao sustentvel ou insustentvel. isso que a Natureza tem procurado nos ensinar.

    Portanto, preciso concordar com Andr. O momento propcio para que ns do jornalismo ambiental mostremos s pessoas que h contexto e conexo entre a crise civilizatria que temos vivido e a ignorncia em relao s cincias da vida e s teorias da sustentabilidade, as quais podem servir de alicerce a outro tipo de sociedade. Somos um dos principais agentes de conduo, sensibilizao e conscientizao de uma cultura da sustentabilidade, de uma superestrutura que reconhece as relaes causais entre os desastres ambientais.

    Porque assim que a Me Natureza ensina seus filhos: conversando, sensibilizando, para depois conscientizar.

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    ESTA SEMPRE FOI A MINHA TESE

    PALAVRA DO EDITOR

  • Raa Crioula Lageana obtm novas conquistas

    A raa nativa denominada de Crioula Lageana teve ori-gem na Pennsula Ibrica, e foi trazida para o Brasil, em 1500 por colonizadores portugueses e espa-nhis. Mais tarde, os jesutas tiveram forte influncia na introduo dos ani-mais em Santa Catarina, promovendo a maior tropeada de gado da histria para o Planalto Catarinense, quando trouxeram cerca de 80 mil cabeas. Assim, at hoje, a raa sobrevive, atraindo ateno de criadores em

    todo o mundo. No territrio nacional existem pouco mais de trs mil ani-mais espalhados pelos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, So Paulo, Minas Gerais e no Distri-to Federal. Desse montante, a maior fatia, 85% est em solo catarinense.

    As Associaes de Criadores esto determinadas em se aprofun-darem no conhecimento da raa e nas qualidades dela. Pelo menos trs caractersticas so tidas como importantes: a resistncia tristeza

    parasitria transmitida pelo carrapa-to; a qualidade da carne, tida como extremamente suculenta com alto grau de marmoreio, e por ser muito macia. Essas qualidades foram, in-clusive, comprovadas cientificamen-te atravs de pesquisas feita pela Embrapa de Braslia e pela Universi-dade de Rio Grande (RS), no Centro de Tcnicas de Alimentos, afirma o secretrio executivo da Associao de Criadores da Raa Crioula, de SC, Edison Martins.

    A raa Crioula Nativa Aspada tem chamado ateno em virtude de suas caractersticas diferenciadas tais como, pelas aspas longas, e que chegam atingir mais de 80 polegadas entre uma e outra. A histria dos animais muito interessante.

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    OEdison Martins, a cada edio da Expolages, tm animais premiados

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    Projeto Bife Qualis

    Critrios de criao

    A raa, ao longo dos ltimos anos tem obtido algumas novas conquistas, principalmente a partir da criao da Associao em Santa Catarina, em outubro de 2003. Entre elas, o fato de ter sido includa no Projeto Bife Qualis, que atua na constante avaliao do cruzamento das raas brasileiras, alm da qualidade da carne, observada partir dos cruzamentos, especialmente com as raas zebunas. Alm disso, a forma de trabalho passou a constar

    no Registro Genealgico, homologado pelo Ministrio da Agricultura, cuja sede da Instituio Executiva, para o registro da raa no Brasil, est em Lages (SC), e ainda, o fato de a marca Crioula Lageana, estar agora registrada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). A partir dessas estruturas o foco agora construir a cadeia da carne, hoje produzida em pequena escala e distribuda em mbito restrito, salienta Edison.

    Os crioulos lageanos so de fcil adaptao, em qualquer sistema de criao, seja no campo ou confinado. No entanto, aqueles que vo para o frigorfico so criados predominantemente no pasto. Os criadores seguem critrios que valorizam o bem estar animal; a qualidade ambiental e a segurana alimentar. O abate considerado precoce, com a mdia de 2 a 3 anos. Atualmente, a grande preocupao de

    parte do criador, organizar o processo de terminao fazendo com que haja a diferenciao comprovada da carne junto ao frigorfico, exatamente para que os animais nativos no sejam abatidos numa vala comum em meio a todas as raas. Buscamos esta diferenciao, pois, apenas 300 cabeas seguem para a terminao por ano, e o consumidor tem o direito de saber o que est consumindo, coloca Edison Martins.

    CuriosidadesA raa Crioula Lageana, e que tem realmente chamado ateno de criadores

    de todo o mundo, possui algumas caractersticas curiosas, como por exemplo, as aspas grandes. Em alguns casos atingindo mais de 80 polegadas de uma para a outra. Tambm alta precocidade na primeira cria, e longevidade na recria. As vacas conseguem emprenhar com at 22 anos de idade. Por fim, as peles so bastante disputadas para a confeco de tapetes, alcanando altos valores no mercado consumidor.

  • Integrantes de diversos rgos pblicos estiveram reunidos re-centemente na Procuradoria da Repblica em Lages para tratar da questo das rvores que crescem nas margens da Rodovia BR 282, e que, especialmente em perodos de chu-vas e que causam riscos ao trfego.

    Segundo o entendimento do DNIT e da Polcia Rodoviria Fede-ral, alm do risco de queda de ga-lhos e das prprias rvores sobre a pista e veculos, especialmente em dias de chuva intensa, a presen-a de rvores na faixa de domnio pode fazer com que a sada de pis-

    ta de um veculo, por exemplo, seja fatal se com elas colidir.

    No ano de 2010, acordo se-melhante viabilizou a retirada das rvores que povoavam a faixa de domnio da rodovia no territrio do municpio de Bom Retiro. Desta vez o acordo prev a retirada de rvo-res que esto nos trechos corres-pondentes aos municpios de Bo-caina do Sul e Lages.

    As respectivas prefeituras muni-cipais ficam com a obrigao de, por licitao, escolher uma madeireira que far o trabalho de corte, trans-porte e beneficiamento, mediante

    apropriao de um percentual a t-tulo de remunerao pelo trabalho.

    O resultado lquido ser utilizado pelas prefeituras em projetos sociais ou ambientais, com a devida pres-tao de contas ao DNIT, o qual, apoiado pelo policiamento, acompa-nhar, fiscalizar e garantir a segu-rana dos trabalhos.

    Participam do acordo de traba-lho o Ministrio Pblico Federal, DNIT, Prefeitura de Lages (Seplan, Progem, Meio Ambiente, Defesa Civil), Prefeitura de Bocaina do Sul, Polcia Federal e Polcia Ro-doviria Federal.

    A retirada das rvores das margens da estrada diminui o risco de colises graves de veculos

    rvores da faixa de domnio da BR 282 sero removidas

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    Autoridades decidiram pela retirada das rvores e tornar a estrada mais segura

  • Projeto da deputada Carmen Zanotto torna obrigatrio nos rtulos de produtos com agrotxicos o uso de imagens realistas reforando o quanto eles so prejudiciais sade

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    AOA Comisso de Segurida-de Social e Famlia, da Cmara dos Deputados,

    aprovou recentemente, o projeto de autoria da deputada Carmen Zanot-to (PPS-SC), PL 49/2015, que torna obrigatrio nos rtulos de produtos com agrotxicos o uso de imagens realistas reforando o quanto eles so prejudiciais sade.

    Intoxicaes por agrotxicos representam um grave problema de sade pblica, no Brasil e em outros pases. A Organizao Mun-dial da Sade (OMS) calcula que 20 mil pessoas morrem anualmente vtimas dessa intoxicao. A maior parte, 14 mil, em pases do terceiro mundo. No Brasil estima-se que so cinco mil os bitos. De acordo com a deputada federal, argumenta:

    a inteno alertar quem adquire a fim de terem cuidado

    redobrado no manuseio de pesticidas, compostos

    que causam 220 mil mortes todos os anos em vrios pases, conforme

    pesquisa da Organizao Mundial da Sade (OMS).

    O Brasil o maior consumidor de agrotxicos, desde 2008. Dados do Sistema de Informaes de Agra-vos de Notificao (Sinan) apontam que entre 2007 e 2011 os casos de intoxicaes por pesticidas no pas cresceram 126%. No mesmo pero-do, acidentes de trabalho no fatais em razo das mesmas substncias aumentaram 67,4%.

    Comisso aprova projeto que alerta sobre risco de agrotxicos

    Estudos do IBGE apontam que h 16 milhes de trabalhadores envolvidos com atividades agropecurias no pas

    Atividades Agropecurias

    Estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), de 2006, calculam que h 16 milhes de trabalhadores envolvidos com atividades agropecurias no pas. Um segmento populoso exposto ao contato e eventuais intoxicaes pelos agrotxicos.No so apenas os agricultores os ameaados, pessoas que moram no campo e na cidade tambm esto sujeitas a esse contato com os pesticidas, destaca Carmen Zanotto. A parlamentar defende, por esse motivo, o investimento em educao para evitar acidentes, contaminaes e mortes.

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    DE OLHO NO AMBIENTE

    Lancei o desafio para que a Assembleia Legislativa institua o reconhecimento ou s cidades verdes em Santa Catarina. A proposta premiar com incentivos por parte do Governo as cidades que investem e realmente trabalham pela melhor qualidade de vida possvel da populao, preservando o meio ambiente. No s isso. Mas tambm investindo na educao ambiental, em saneamento bsico, no plantio de rvores, no cuidado com a gua, entre outras aes possveis que possam estabelecer critrios da escolha. A partir disso, outros municpios poderiam ser estimulados a tambm receberem o ttulo de Cidade Verde, desde que tambm investissem em aes ambientais. O projeto simples. J repassei a ideia por escrito ao deputado Gabriel Ribeiro, mas no houve nenhum avano. Talvez o tema no tenha relevncia. Em outros estados, isso j acontece.

    Cidade Verde

    Por mais que a Legislao no permita, impressiona o nmero de pessoas que ainda insistem em aprisionar pssaros silvestres. As ocorrncias se multiplicam na Serra Catarinense. So rotineiras as notcias de autuaes em flagrante pela Polcia Militar Ambiental, recolhendo inmeras gaiolas com aves silvestres, mantidas em cativeiro. O que impressiona, que entre essas aves esto tambm algumas ameaadas de extino, caso do papagaio Charo. As atividades ilegais tambm se estendem aos que criam galos de rinha, inclusive, com rinhadeiros. Os animais so criados em condies precrias e preparados para brigas. Segundo os polcias as aves sempre apresentam sinais de maus-tratos.

    proibido

    Desde que foi criado o projeto Vida e Natureza, h mais de nove anos, defendo a ideia de ter o Parque Natural Joo Jos Teodoro da Costa Neto, de Lages, com um ponto referencial de turismo ecolgico. As administraes vo se sucedendo e nenhuma consegue fazer do lugar um espao seguro e habitado por turistas amantes da natureza. Este ano, a vez que essa possibilidade mais se aproximou com os cuidados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a partir da construo da sede administrativa do Parque, no bairro So Paulo. Mesmo assim, ainda no conseguiu atingir o objetivo, por completo. O Parque Natural um patrimnio pblico de Lages, possuindo 2,3 milhes de metros quadrados, mais de oito mil araucrias uma rea onde foram encontradas mais de 200 espcies de pssaros e que serve de abrigo natural para animais, entre eles o bugio (ameaado de extino).

    Parque Natural

    Estudantes, s vezes, fazem visitas de estudo ao Parque Natural

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    Um dos grandes projetos, mais ainda um sonho, a criao do Instituto Vida e Natureza. A partir dele propostas simples a serem implementadas, tais como, a criao de um recanto de proteo de animais silvestres impossibilitados de serem reintegrados natureza. Neste lugar, estudantes teriam oportunidade de conhecer algumas das espcies nativas, alm claro, de dar uma vida digna a esses animais. Alm disso, a criao de um espao para atendimento veterinrio adequado. Criar ainda um horto, capaz de produzir inmeras espcies de mudas de rvores nativas e proliferar a distribuio por toda a cidade. H ainda outras ideias. Acho que est na hora de comear a pensar em transformar o sonho em realidade. O estatuto j est pronto.

    Instituto

    Papagaio charo ameaado de extino entre as aves apreendidas

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    Natureza serrana favorvel produo de

    trutaClima serrano e guas lmpidas estimulam

    a produo de truta na Serra Catarinense. A indstria tambm fator do aumento na criao do peixe.

    A partir da organizao dos produtores, com a criao da Associao Catarinense de Truticultores (Aca-truta), o peixe passou a ser refe-rencial na produo, especialmen-te na Regio Serrana, reforado ainda pela instalao da fbrica de peixes (Belo Peixes), em Lages. A Serra um territrio muito rico em potencial para a produo de trutas, essencialmente pela qua-lidade da gua (cristalina, fundos caractersticos com pedregulhos, e com temperaturas que raramente ultrapassam o limite de 24 C. Com caractersticas favorveis criao do peixe o potencial de produo atualmente est efetivado em torno de 250 toneladas/ano. Porm, tem condies de expanso e chegar a mais de 5 mil toneladas ao ano.

    Independente da altitude em que se

    encontra isso tudo, a regio proporciona um potencial imensurvel de produo em nvel

    de estado,

    ressalta o criador e tcnico Nelson Beretta. A maior produo hoje esta concentrada na Regio Serrana, especialmente nos mu-nicpios de Lages, Urubici, Bocai-na do Sul e Painel, com destaque para estes dois ltimos municpios. Tambm fazem parte da estatstica produes em todos os 18 munic-pios da Associao dos Municpios da Serra Catarinense (Amures) e outros pontos com potencial, margem esquerda da BR 116, sentido Curitiba a Porto Alegre em direo Serra Geral. Nesses lo-cais os produtores participam com pequenos projetos que precisam ser contabilizados pela estatstica, refora Beretta.

    Em Santa Catarina, a EPAGRI tem em seus registros, 68 produto-res, distribudos em 32 municpios do estado. Porm sabe-se que j existem bem mais. So pessoas que fizeram por conta prpria os seus projetos e esto produzindo, pouco, mas produzem. H dificul-dade em mensurar um nmero exato, sem um trabalho slido e dispendioso de levantamento. O fato que, na Serra Catarinense esto cadastrados apenas 12 pro-dutores, os quais contribuem com aproximadamente 250 toneladas. J a produo de todo o Estado, o nmero se aproxima de 950 to-neladas ano. Caso algum queira produzir a truta, deve procurar um tcnico especializado, para fazer uma avaliao do local pretendido, onde o profissional dir se vivel ou no a sua implantao, pois, vrios fatores fsico-qumicos da gua devem ser observados, para no se ter frustrao de produo, conclui Nelson Beretta.

  • A truta um peixe da fam-lia do salmo. A variedade Arco-ris originria das guas puras dos rios das montanhas da Amrica do Norte (Estados Uni-dos, Canad e Alaska). Na Amrica do Sul adaptou-se bem nos Andes e nas serras brasileiras, onde foi intro-duzida em 1949, com ovos trazidos da Dinamarca. So encontradas nas serras de So Paulo, Minas Gerais,

    Rio de Janeiro, Paran, Santa Ca-tarina e Rio Grande do Sul. um peixe de escamas; alongado e um pouco comprimido. A colorao do dorso varia do castanho para esver-deado, as laterais so acinzentadas e o ventre esbranquiado. Apresenta pintas escuras espalhadas pelo cor-po e nadadeiras. Alcana at 60 cm de comprimento total e 2kg. Com 30 centmetros e 250 gramas, apresenta

    a condio ideal de consistncia e sa-bor para o consumo. Peixe exigente, s atinge o tamanho e o vigor neces-srio em ambientes saudveis, com gua pura, bem oxigenada, de baixa temperatura (entre 13 e 17 graus C), cristalina e corrente. Por isso a truta um dos poucos peixes cujo consumo pode ser feito sem o risco de contami-nao. carnvoro e alimenta-se de outros peixes e insetos.

    Produo de peixe de gua doce

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    Santa Catarina produziu mais de 40 mil toneladas de peixe de gua doce em 2014, o que coloca o Estado como o quinto maior produtor do pas. Os dados fazem parte do relatrio De-sempenho da piscicultura de gua doce, divulgado pelo Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca da Epagri (Epagri/Cedap). Os nmeros representam um cres-cimento de mais de 3 mil toneladas em relao a 2013, quando foram produzidas 36.565 toneladas.

    O levantamento da Epagri clas-sifica os produtores em duas cate-

    gorias: o amador, que produz por lazer e faz vendas eventuais, e o profissional, que vende de forma sistemtica e regular. Os 26.493 pis-cicultores amadores catarinenses produziram 15.613 toneladas em 2014. J os 3.433 profissionais fo-ram responsveis por 24.709 tone-ladas, gerando diretamente R$ 182 milhes. No atual levantamento foi possvel perceber uma leve tendn-cia dos produtores em entregar os peixes para as indstrias e os aba-tedouros (35%) em detrimento dos pesque-pague (45%), os principais compradores atacadistas.

    Sobre a Truta

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    Por ser visto como algo que merece cuidado e a ateno o meio ambiente trabalha-do fortemente nas aulas de Protetores Ambientais, desenvolvidas pelo Gru-po de Educao Ambiental da 4 Cia de Polcia Militar Ambiental de Lages. Recentemente os alunos de Cam-po Belo do Sul puderam conhecer e aprender mais sobre a fauna nativa.

    Segundo o coordenador do Gru-po de Educao Ambiental, soldado Ilton Agostini essas atividades en-sinam os alunos a preservar a na-

    tureza. Tivemos muitas perguntas durante esta aula relacionadas ao dia a dia destes jovens, e isto mostra o interesse e a preocupao deles com o meio em que esto inseridos. Agostini explica ainda que nos rela-tos dos alunos clara a troca de ex-perincia dentro de casa.

    gratificante para ns ver que os alunos esto levan-do as atitudes ambientais

    para dentro de casa.

    Durante a aula os alunos tive-ram orientao sobre as questes legais de manuteno de animal nativo em cativeiro, e ainda sobe quais os impactos ambientais de-corrente de crimes desta natureza.

    Os alunos tiveram acesso h alguns equipamentos apreendidos pela Polcia Ambiental em fiscali-zaes, entre eles couro e cabea taxidermizada do Leo Baio, ame-aado de extino, Tamandu mi-rim taxidermizado e um crnio de um veado.

    Os alunos recebem inmeras orientaes sobre os animais nativos e como ter atitude diante das necessidades do meio ambiente

    Protetores ambientais aprendem mais sobre a fauna

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  • Chance de viabilizar a visitao ao Parque Nacional de SJ

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    O diretor Sergio Brant, acom-panhado do pelo chefe do Parque Nacional de So Joaquim, Paulo Santi, esteve reunido com o Procurador da Repblica Naza-reno Wolff para discutir medidas efe-tivas para a viabilizao definitiva do Parque Nacional de So Joaquim. O Parque foi criado em 1961 e at hoje no possui plano de manejo e de visi-tao, o que vem sendo cobrado pela populao e lideranas de Urubici e pelo Ministrio Pblico Federal.

    Na reunio ficou acertado que a diretoria e a assessoria parlamentar do ICMBio entregaro Deputada Carmen Zanotto (PPS/SC) um docu-

    mento com a posio oficial do rgo pela aprovao definitiva do projeto de lei que define os limites do parque, para que esta possa colher as assina-turas de todos os lderes partidrios e solicitar ao presidente da Cmara dos Deputados, Eduardo Cunha que o projeto seja colocado em pauta e votado pelas lideranas.

    Sergio comprometeu-se tambm com o MPF a, assim que o projeto de lei for sancionado, iniciar imediata-mente a elaborao do plano de ma-nejo, inclusive definindo o local para a construo de um centro de visitantes adequado e dentro das normas de segurana e ambientais. Alm disso,

    o ICMBio dever destinar mais recur-sos financeiros para a retomada do processo de regularizao (compra de reas) no Parque.

    Para 2016 a realizao de um trabalho conjunto para a implantao do Parque Nacional do Campo dos Padres

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    Javalis aterrorizam serra e oeste de Santa Catarina Em Campo Belo do Sul segundo levantamento, somente em 2014, somados os prejuzos dos produtores, as perdas ultrapassam de R$ 1,6 milho. E, neste ano, j dizem que ser bem mais

    Animais costumam atacar em bandos as plantaes de milho deixando rastro de destruio

    Jos Zeferino Pedrozo, presidente da FAESC

    Uma populao estimada entre 2.000 e 3.000 javalis est atacando proprieda-des rurais e destruindo plantaes nas regies da serra e do meio oeste de Santa Catarina, causando pesadas perdas aos produtores e criadores. A populao est preocupada, pois, alm de danificar plantaes, os ja-valis so animais agressivos e signifi-cam um risco s pessoas. O problema foi levantado no Seminrio Estadual de Lderes Rurais que a Federao da Agricultura e Pecuria do Estado de Santa Catarina (FAESC) promo-veu, durante a Expolages, em Lages.

    A maior parte dos javalis habita o entorno do municpio de Lages, na Serra Catarinense, e o Parque Na-cional das Araucrias formado por 12.841 hectares que ocupa parte do territrio dos municpios de Pon-te Serrada e Passos Maia, no meio oeste. Quando o alimento escas-seia nesse habitat, esses animais migram para as propriedades rurais dos municpios de Ponte Serrada, Passos Maia, gua Doce, Vargeo, Faxinal dos Guedes, Irani e Vargem Bonita, onde atacam as lavouras de milho, hortas e at criatrios de aves e sunos.

    O presidente da FAESC Jos Zeferino Pedrozo disse que a Polcia Mili-tar Ambiental vem sendo chamada para conter a invaso. A maioria dos produtores no est abatendo os animais e prefere chamar a Po-lcia Militar Ambiental porque, alm de uma srie de requisitos e proce-dimentos para o abate, a tarefa perigosa. Com frequncia os javalis matam os ces de caa e investem com ferocidade contra os caado-res, relata o presidente.

    A FAESC teme que a situao fuja do controle. Esse problema sur-giu em 2010 na regio do planalto catarinense, quando, atendendo apelo da Federao da Agricultura, a Secretaria da Agricultura declarou o javali sus scrofa nocivo agricultura catarinense e autorizou seu abate por tempo indeterminado, objetivando o controle populacional. A deciso est de acordo com a instruo normativa 141/2006 do Ibama que regulamenta o controle e o manejo ambiental da fauna sinantrpica nociva.

    Necessidade de conter a invaso dos animais

  • Os javalis que aterrorizam a serra e o meio oeste so da espcie extica invasora sus scrofa, que provoca elevados prejuzos s lavouras, es-pecialmente de cereais. Vivem em varas (bandos) de at 50 indivduos. Esses animais selvagens atacam todas as lavouras, principalmente milho, feijo, soja, trigo, pastagens,

    etc. e, numa noite, destroem com-pletamente vrios hectares de rea.

    Os rgos ambientais e a Pol-cia Militar Ambiental orientam que apenas profissionais caadores registrados e licenciados faam o abate dos animais. O agricultor ter que procurar um desses profissio-nais para fazer o abate na sua la-voura e isso implica em burocracia

    e em custos adicionais, reclama o presidente da Faesc. O problema que existem poucas equipes para o abate de muitos animais.

    Por outro lado, enquanto a portaria autoriza o uso de armas de fogo dentro das propriedades invadidas, a Polcia Ambiental s permite o uso de tranquilizantes ou armadilhas.

    Espcie extica

    Nos ltimos cinco anos os produtores catarinenses sofrem de forma mais in-tensa com a ao dos javalis. Os ani-mais atacam as lavouras j a partir do plantio. Alm de pisotear a plantao, permanecem no local se alimentando at a maturao do milho. Os javalis podem transmitir doenas economi-

    camente graves como a peste suna africana, peste suna clssica e febre aftosa. Por isso, proibido o consumo da carne dos javalis abatidos.

    So considerados espcies ex-ticas (portanto, no protegidas por leis ambientais), porque cruzam com porcos domsticos e at outros ani-mais selvagens, como porco de mato,

    o que gera filhos conhecidos com ja-vaporcos. As fmeas produzem em mdia duas ninhadas por ano e uma mdia de oito filhotes em cada uma. Por isso, o controle se torna difcil. O macho adulto pesa entre 150 e 200 quilos e a fmea entre 50 e 100 quilos. Os javalis que aterrorizam Santa Ca-tarina vieram do Rio Grande do Sul.

    Perdas

    Os debates e discusses buscando solues legais sobre o controle popula-cional do Javali na regio da Serra Catarinense tm sido intensificados. A Polcia Ambiental, por meio do Gru-po de Educao Ambiental tem orien-tado moradores da regio para tentar controlar a espcie.

    Em Ponte Alta, recentemente, na sede do Clube Caa eTiro os policiais falaram sobre o histrico de entrada dos animais no pas, comportamen-to, alimentao e reproduo da es-pcie. Na oportunidade foram abor-dadas as questes relacionadas ao impacto econmico, ambiental e de sade pblica relacionados a invaso da espcie no Estado.

    A Polcia Ambiental v o Javali como um problema muito grave e afir-ma que a soluo buscar alternati-

    vas legais para combater a espcie. Estamos orientando a populao de como realizar o abate. Temos uma preocupao muito grande com a re-produo incontrolada dessa espcie, por isso estamos intensificando nos-sos encontros, nos aproximando ainda mais dos produtores rurais, explica o major da 4 Cia de Polcia Ambiental de Lages, Frederick Rambusch.

    Caa permitida

    Quem tiver interesse em abater o animal, que destri lavouras com sua fora, preciso levar a documentao na Polcia Ambiental com o pedido de abate, descrevendo o local e o nome de um atirador profissional para fazer o servio. Depois de a polcia permi-tir o abate, a pessoa precisa levar o documento para a Polcia Federal ou

    para o Exrcito. Somente associados a clubes de caa e tiro levam a docu-mentao para o Exrcito.

    Os dois rgos examinaro a le-galidade da arma. Se tudo tiver certo emitida a guia de transporte definindo o dia e local que a arma pode transi-tar legalmente. Depois disso, o abate pode ser feito. A Polcia Militar Ambien-tal ressalta que a carne de javali no pode ser vendida por ser espcie ex-tica e nem consumida, por se tratar de carne de porco e ter possibilidade de causar risco sade humana.

    A Polcia Ambiental verifica, de-pois do abate, se a carne foi enterrada no local que foi permitida a caa. Se-gundo informaes da Polcia Ambien-tal, neste ano 12 permisses foram concedidas, o que representa um n-mero pequeno diante da quantidade de javalis na regio.

    Controle populacional do javali

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    Para 2016, a expectativa que o setor de energia solar no Brasil cresa at 1.000%. E com relao s preocu-paes com a sustentabilidade, es-pecialistas lembram que um painel

    fotovoltaico gera, em um ano, toda a energia gasta em sua produo. Alm disso, 99% dos seus componentes so reciclveis. Com a escassez energtica, fazer uso de uma matriz que s depende de um recurso ines-

    Painel solar: retorno financeiro em cinco anos

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    AO gotvel, a luz solar, significa seguran-

    a em um futuro no to distante.S em 2014, foram instaladas

    ao redor do mundo painis de ener-gia solar suficientes para gerar o equivalente a 50 usinas de Angra 1. A estimativa, feita pelo site Por-tal Solar (www.portalsolar.com.br), a prova da popularizao dessa matriz energtica. Alm das vanta-gens ambientais, o modelo uma boa opo para o bolso: hoje, j possvel recuperar o investimento da instalao em at cinco anos e o equipamento dura 25.

    O retorno financeiro mais rpi-do resultado, por um lado, da in-fraestrutura para captao solar em mdia 70% mais econmica de 2008 para c. Por outro, tambm reflexo da crise hdrica, que fez a tarifa de luz subir. No h perspectivas de que a conta fique mais barata, afir-ma Carolina Reis, diretora do Portal Solar. Pelo contrrio, tudo indica um agravamento da crise hdrica e au-mento das tarifas.

    O Sistema Campo Lim-po (logstica reversa de embalagens vazias de agrotxicos) destinou de for-ma ambientalmente correta 747 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrcolas em San-ta Catarina de janeiro a setembro deste ano. O nmero indica um crescimento de 15% em relao ao

    mesmo perodo de 2014. Segundo anlise do inpEV (Instituto Nacio-nal de Processamento de Emba-lagens Vazias), 36.925 toneladas foram destinadas em todo o Brasil no perodo, valor 6% superior ao resultado do ano passado.

    Desde o incio das operaes do Sistema Campo Limpo, em 2002, j foram destinadas mais

    de 360 mil toneladas do material. Joo Cesar M. Rando, diretor--presidente do inpEV, ressalta a eficincia do programa Num pas to grande como o Brasil, um desafio realizar a gesto de res-duos slidos. Temos conseguido desempenhar nossa misso com excelncia e hoje somos refern-cia mundial na rea.

    Embalagens vazias de defensivos tm destino adequado

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    Um projeto do Centro de Cincias Agroveterinrias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), atravs do Departamento de Enge-nharia Ambiental, patrocinado pelo Fundo Municipal do Meio Ambiente, tem o objetivo de avaliar o nvel de contaminao da gua do rio Carah atravs de anlises biolgicas e fsi-co-qumicas e estabelecer ndices de qualidade da gua do rio. Os dados sero utilizados como subsdio para a elaborao do plano de gerenciamen-to da bacia do rio Canoas.

    Sero selecionados dez pontos de monitoramento ao longo do Ca-rah, comeando pela nascente at a foz com o rio Caveiras, no muni-cpio de Lages. As coletas, um total

    de dez, sero realizadas durante um perodo de dois anos. Segundo o coordenador do projeto, o professor Everton Skoronski, por estar situado em sua maior parte prximo a reas povoadas, ao longo de seu percurso o rio Carah recebe importante par-te do esgoto domstico e industrial da cidade, comprometendo a quali-dade de suas guas.

    Alm disso, frente a uma multipli-cidade de alteraes ambientais, as metodologias tradicionais de classifi-cao de guas, baseadas apenas em caractersticas fsico-qumicas, claramente no so suficientes para a avaliao ecolgica do ambiente. Conforme o projeto, faz-se neces-srio o desenvolvimento e a aplica-o de metodologias que integrem

    as informaes fsicas, qumicas e biolgicas como o biomonitoramento utilizando-se organismos aquticos como macroinvertebrados bent-nicos e, dessa forma, estabelecer medidas de controle e preveno a agentes poluidores.

    Com base nesse cenrio, o traba-lho visa avaliar a qualidade da gua, sendo um rio urbano, com a ocupa-o do seu entorno, afetando assim suas caractersticas. Os dados obti-dos sero fundamentais para o mo-nitoramento da qualidade da gua rio Carah, de forma a apresentar um diagnstico sob o ponto de vista de parmetros fsico-qumicos, microbio-lgicos e biolgicos, destaca a bilo-ga da Secretaria de Meio Ambiente, Michelle Pelozato.

    Nvel de contaminao das guas do Carah ser monitorado As coletas, um total de dez, sero realizadas durante um perodo de dois anos

    atravs do CAV/Udesc

    O rio recebe parte do esgoto domstico e industrial da cidade, comprometendo a qualidade de suas guas

  • A Razes iniciou um novo projeto de turismo sus-tentvel na Guarda do Emba, Palhoa, em Santa Cata-rina. Junto com o Ncleo de As-sociaes da Guarda formado pelas associaes de pescadores, surfistas, barqueiros, moradores

    e o grupo de mes , a empresa quer contribuir para o desenvol-vimento deste verdadeiro tesouro simbolizado por uma regio muito rica, mas que precisa se fortalecer para enfrentar os desafios do turis-mo e do crescimento desordenado.

    O objetivo agora encon-

    trar parceiros para a execuo da proposta, que por se tratar de um projeto de sustentabilida-de, tem um horizonte de mdio prazo. A meta captar recursos para iniciar as atividades j em maro de 2016, depois do grande movimento de vero na Guarda.

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    Projeto de turismo sustentvel em SC busca investidores Objetivo da Razes e do Ncleo de Associaes da Guarda fortalecer para enfrentar os desafios do turismo e do crescimento desordenado

    O Projeto ser estruturado em trs eixos principais:

    - Fortalecimento Institucional do Ncleo de Associaes da Guarda (planejamento e estratgias de gesto; articulao, negociao, formao de lideranas e mais);

    - Turismo sustentvel (mapeamento da oferta e da demanda, desenvolvimento de produtos, preservao da cultura e das tradies locais e mais);

    - Educao, que inclui empreendedorismo, economia criativa e qualificao para a comunidade local.

    E trs eixos transversais:

    - Comunicao;- Fortalecimento do Capital Social- Valorizao da Identidade

    Queremos resgatar histrias orais, valorizar os saberes e fazeres locais e a memria significativa do lugar, estimulando o turismo cultural e de base comunitria, com aes diferenciadas e complementares aos atrativos naturais especiais existentes no municpio. Tudo atravs de reunies, assistncia tcnica, workshops, campanhas, uso de metodologias criativas e tecnologias sociais, alm de outras aes, explica uma das scias e co-fundadoras da Razes, Mariana Madureira.

    Os integrantes do Ncleo de Associaes da Guarda do Embau tambm tm lio de casa: a realizao de atividades que devem antecipar o projeto. Razes cabe a misso de apoiar e monitorar as aes.

    A Razes Desenvolvimento Sustentvel uma empresa de impacto positivo que desen-volve projetos nas reas do turismo, gerao de renda e estratgias para entidades sem fins lucrativos, tendo a susten-tabilidade como premissa e a criao coletiva como tcnica.

    Seppia Gerao de Contedo - Assessoria de Imprensa - www.seppia.com.br