revista vida e natureza ed. 167

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A REVISTA 9 anos C O M V O C Ê E O M E I O A M B I E N T E Edição 167 - Setembro - R$ 11,00 “Adotando o meio ambiente por inteiro” Tratamento de resíduos sólidos A proposta renovável foi apresentada à Administração de Lages Página 14 SC amplia tratamento do esgoto Estado projeta chegar a quase 50% do esgoto tratado Páginas 4 e 5 O difícil combate aos javalis Burocracia impede a caça por parte de produtores Página 15 A beleza e o exotismo do Pantanal Expedição de TV registra as maravilhas do Pantanal Sul Mato-grossense. Páginas 10 e 11

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Page 1: Revista Vida e Natureza Ed. 167

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BIENTEEdição 167 - Setembro - R$ 11,00 “Adotando o meio ambiente por inteiro”

Tratamento de resíduos sólidos

A proposta renovável foi apresentada à Administração de Lages

Página 14

SC ampliatratamento do esgoto

Estado projeta chegar a quase 50% do esgoto tratado

Páginas 4 e 5

O difícil combate aos javalis

Burocracia impede a caça por parte de produtores

Página 15

A beleza e o exotismo do PantanalExpedição de TV registra as maravilhas do

Pantanal Sul Mato-grossense. Páginas 10 e 11

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ContatoRua: Presidente Roosevelt, 344Centro – CEP: 88.504 – 020Lages – Santa CatarinaFone: (49) 9148-4045E-mail: [email protected]

Diretor GeralPaulo Chagas Vargas

Consultoria AmbientalBióloga Ana Clarice Granzotto O. Vargas

Jornalista ResponsávelBetina Pinto - Reg. SC 01940 - JP

Diagramação e Projeto GráficoRevista Vida & Natureza - Caroline Colombo A. Costa

Tiragem e Impressão2.000 exemplaresGráfica Sul Oeste / Concórdia

12 | CANAL DE COMUNICAÇÃOA necessidade envolve Polícia e a Fatma

6 E 7 | ACORDO PARA CONSERVAR AS FLORESTASBrasil e Alemanha assinaram o acordo de cooperação

17 | ENERGIA A BASE DA BIOMASSASC com grande potencial de geração

“A Revista Vida & Natureza circula onde você nem imagina. Mas o importante é que ela sempre está onde o Meio Ambiente mais precisa: em suas mãos”.

Índice

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Edição 167 | Ano 09 Lages, Santa Catarina - Brasil Capa: Alair Sell

14 | TECNOLOGIA RENOVÁVELA novidade é para tratamento de resíduos

Expediente

Visão“Ser um meio de comunicação referencial seguindo princípios e valores éticos, alcançando assim, a consciência na preservação da Natureza”.

Missão“Fazer com que todos tenham oportunidade de obter informações envolvendo o meio ambiente e atingir a consciência futura”.

15 | CAÇADORES DE JAVALISAlternativa de abate só por profissionais

13 | JULGAMENTO DE PROCESSOSO Consema/SC quer mais agilidade

18 | PROGRAMA CIDADE LIMPAPapeleiras para uso dos transeuntes

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Paulo Chagas

Tenho abordado em palestras o tema ação, gestão e sustentabilidade. A intenção é abrir a consciência das pessoas para uma nova

visão diante das responsabilidades impostas a partir da Lei dos Resíduos Sólidos. A obrigação de cumpri-la é de todos nós, ao contrário do que muitos pensam de que cabe somente aos governos e às empresas a execução dela. Aliás, acho até que a Lei deveria ser aplicada primeiramente às comunidades, às famílias. Mas, enfim, cedo ou tarde cada cidadão será chamado a assumir a sua parte. Na área ambiental, a Lei de Resíduos Sólidos, uma das poucas coisas boas implantadas pelo Governo Federal.

Ainda faltam muitas atitudes a serem tomadas. A participação dos gestores tem sido simplória, para não dizer quase nula. Por outro lado, a prorrogação para o fim dos lixões deu novo fôlego aos estados e municípios para o cumprimento da responsabilidade direcionada pela Lei. No entanto, ainda temo pela não execução dos Planos de Resíduos Sólidos, e muito menos a criação de aterros, para dar o fim definitivo aos lixões. O Governo deve ampliar a austeridade na fiscalização e exigir o cumprimento das novas regras, sob pena de termos o descaso à frente das ações.

Diante das poucas ações executadas no campo ambiental pelos gestores municipais, o que só aumenta a preocupação, tem ainda o fator educacional. Tirando as escolas e algumas poucas universidades que se mostram ativas a respeito do tema, os municípios seguem inertes diante de suas atitudes. Logicamente, há exceções. As responsabilidades ficam delegadas às Secretarias de Meio Ambiente ou de Agricultura, sem nenhuma aproximação do líder do executivo. Um erro que impele a poucas condições de realmente tratar das questões ambientais como se deve. Impressiona o quanto se deixa de lado o assunto natureza, quando se sabe que só preservando é que as pessoas poderão ter qualidade de vida assegurada no futuro.

Assim, a sustentabilidade, alicerçada na economia e no social, condiz com a verdadeira expectativa da sobrevivência natural do meio ambiente. O tema é um dos últimos na ordem de importância da mídia noticiosa. Pasmem, as tragédias ocupam o primeiro lugar, e depois questões como saúde, educação e segurança. Os temas imediatos são os mais atrativos. Há quem diga que somente no futuro, o meio ambiente será o tema principal, quando, e quase tudo nele estará irremediavelmente perdido, ou diante da urgente necessidade de tentar recuperar o que hoje poderia ser a prática mais importante.

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SUSTENTABILIDADE

PALAVRA DO EDITOR

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Agências internacionais investem em projetos de saneamento em SC

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Recentemente Santa Ca-tarina recebeu duas dele-gações estrangeiras das

agências de fomento que estão financiando a revolução no sane-amento do Estado. Na primeira quinzena de agosto, foi realizada a visita técnica da equipe econômica da Agência Francesa de Desenvol-vimento (AFD), que veio ao Brasil avaliar o posicionamento e as es-tratégias financeiras da Casan. Em seguida a delegação da Agência de

Cooperação Internacional do Japão (Jica) iniciou por Florianópolis uma série de visitas técnicas e de avalia-ção de projetos.

“A avaliação financeira ocorre justamente quando a agência de classificação de risco Fitch Ratings Brasil eleva a nota de crédito da Ca-san de A para AA, conforme recente comunicado ao mercado”, comemora o diretor financeiro e de relações com os investidores, Laudelino de Bastos e Silva. Jica e AFD respondem por

dois terços das obras de esgoto pre-vistas pela Casan até 2018, em 32 municípios. O restante dos financia-mentos tem origem no governo fe-deral, via Caixa Econômica Federal, ou contam com recursos próprios da Companhia. Concluído, o pacote de 32 obras permitirá que Santa Catari-na passe da cobertura atual de cole-ta e tratamento de esgotos de 19,6% para 47,6% ̶ quando o Estado deve estar entre os quatro principais do ranking nacional de saneamento.

• Depois de todas as obras prontas, a expectativa é de que Santa Catarina passe da cobertura atual de coleta e tratamento de esgotos de 19,6% para 47,6%, colocando entre os quatro principais do ranking nacional de saneamento.

FOTOS DANIELLY RIBEIRO

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Financiamento francês

Os franceses financiam Sistemas de Esgota-mento Sanitário (SES) em 15 municípios. Em Chapecó, o sistema de esgoto foi inaugurado

em março. Quatro municípios estão em obras: Braço do Norte, Canoinhas, Garopaba e Otacílio Costa. Estão em processo de licitação os sistemas de Curitibanos, Ibirama e Ituporanga. E em fase final de projeto, a fim de buscar a licença ambiental, estão Indaial, Ibirama, Piratuba, Santo Amaro da Imperatriz, Taió e Videira. A cidade de Caçador aguarda apenas a assinatura do Contrato de Programa com a prefeitura para lançamento da licitação.

Líder da delegação francesa, o gerente de Projetos Karim Djemoui, sediado em Brasília, reiterou a satisfação da agência em colaborar com um projeto de mais saúde e qualidade de vida no Brasil. Djemoui está acompanhado dos analistas de Gestão de Risco Bénédicte Alsac e Benjamin Ribas, que vieram de Paris para nova avaliação das capacidades de endividamento e de pagamento da Casan.

Recursos japoneses

O contrato entre Casan e Jica, assinado em 2010, prevê investimentos de R$ 404 milhões em proje-tos de esgotamento sanitário no Litoral, nas cida-

des de Florianópolis, Barra do Sul, Bombinhas e Piçarras. A expectativa da Casan é que ainda em agosto seja oficializado o investimento para Piçarras, e em setembro sejam abertos os editais para o projeto de esgotamento sanitário de Ingle-ses e de ampliação da Estação de Tratamento de Esgotos do Saco Grande, ambos na Capital. Nesta quarta-feira, a equipe japonesa estará em Bombinhas e Barra do Sul, cidades cujas obras de esgoto estão em andamento.

Por Ricardo Stefanelli Assessoria de Comunicação

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O Brasil e a Alemanha fir-maram, em meados de agosto, no dia 19/08,

acordos de cooperação para a con-servação florestal, e a regularização ambiental de imóveis rurais na Ama-zônia e em áreas de transição para o Cerrado. Ao todo, serão investidos

mais de R$ 183 milhões (50 milhões de euros). Também foi assinado pro-jeto entre os governos alemão e no-rueguês, para incrementar a coope-ração técnica ao Fundo Amazônia.

As parcerias foram firmadas por autoridades brasileiras e dois países durante a abertura da Conferência

Florestas, Clima e Biodiversidade, realizada em Brasília. Além da as-sinatura dos atos oficiais, o evento contou com a participação de espe-cialistas para discutir temas como manejo sustentável, mudanças do clima e políticas para o combate ao desmatamento.

• Acordos garantirão projetos em unidades de conservação e na regularização ambiental de imóveis rurais, conforme a nova Lei Florestal.

Acordo de cooperação para a conservação das florestas

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O objetivo é unir ações de conservação da biodi-versidade com medidas

capazes de frear as emissões de gases de efeito estufa, fenômeno natural que tem sido agravado por ações humanas e, com isso, gera-do o aquecimento global. “É preciso haver uma relação mais simétrica

entre biodiversidade e clima”, defen-deu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. “A biodiversidade está na base de tudo e precisa ser protagonista na agenda climática.”

As políticas desenvolvidas em território nacional e a importância dos recursos naturais presentes no Brasil colocam o País em posição

de destaque no cenário internacio-nal. O embaixador da Alemanha no Brasil, Dirk Brengelmann, ressaltou os resultados brasileiros na con-servação ambiental. “A redução do desmatamento na Amazônia é re-sultado impressionante”, afirmou. “O Brasil se tornou um modelo mundial em ações ambientais.”

Efeito Estufa

Embaixador da Alemanha no Brasil, Dirk Brengelmann, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira assinam acordo.

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O cofinanciamento entre a Noruega, por meio da Agência Norueguesa

para a Cooperação ao Desen-vol-vimento (Norad), e a Alemanha, re-presentada pelo Ministério Alemão para Cooperação e Desenvolvimen-to (BMZ), viabilizará o projeto de cooperação técnica “Apoio às Ativi-dades de Fomento e de Concessão de Colaboração Financeira Não--Reembolsável no âmbito do Fundo Amazônia”.

O projeto terá mais de R$ 14,6 milhões (cerca de 4 milhões de euros) e o objetivo de melhorar os mecanismos do Fundo Amazônia, tornando-o cada vez mais eficaz no financiamento da proteção das florestas e do clima. O acordo representa a importante coordenação e harmonização entre os dois doadores.

Criado em 2008, o Fundo Ama-zônia surgiu com o objetivo de captar recursos para investimentos não-re-

embolsáveis em iniciativas de pre-venção, monitoramento e combate ao desmatamento e de conservação e uso sustentável do bioma. Entre as áreas de atuação, estão projetos como os de gestão de áreas prote-gidas, manejo florestal e redução de emissões de gases de efeito estufa.

Jorge Cardoso/MMA - Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)

Regularização ambiental

O MMA, a Caixa Econômica Federal e o KfW, o Banco de Desenvolvimento

alemão, assinaram o contrato de contribuição financeira que viabilizará o Projeto de Regularização Ambiental de Imóveis Rurais na Amazônia e em Áreas de Transição para o Cerrado. Com duração de quatro anos, a medida destinará mais de R$ 84 milhões (cerca de 23 milhões de euros) financiados pelo governo alemão para a cooperação.

A região contemplada é estratégi-ca para o combate ao desmatamento e para a conservação da biodiversi-dade. O projeto apoiará o Cadastro Ambiental Rural (CAR) dos imóveis de agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais de Rondô-nia, Mato Grosso e Pará. Além disso, também serão promovidas ações de recuperação dos passivos ambientais das áreas de preservação perma-nente e de reserva legal encontradas dentro desses terrenos.

Com a medida, será possível re-alizar a regularização ambiental dos imóveis rurais brasileiros conforme o novo Código Florestal. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento, Kátia Abreu, destacou a im-portância da ação para o setor. “O objetivo é proteger o meio ambiente produzindo alimentos”, defendeu. “A inovação tecnológica é um meio de evitar o desmatamento.”

Unidades de conservação

A cooperação entre o MMA, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio)

e o Ministério Alemão para Coope-ração e Desenvolvimento (BMZ), junto ao Banco Alemão de Desen-volvimento KfW, estabelece o Fun-do de Transição Arpa para a Vida. Esse fundo constitui a terceira fase

do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). O programa foi estabelecido pelo Brasil em 2003 e corresponde, hoje, ao maior pro-grama de conservação de florestas tropicais do mundo.

O projeto terá o aporte superior a R$ 116 milhões (cerca de 31,7 mi-lhões de euros) por meio da coope-

ração financeira alemã para o Fundo de Transição. Esse Fundo é um me-canismo inovador com metas ambi-ciosas, como a de consolidar e se-gurar o financiamento sustentável de unidades de conservação em uma área igual ou superior a 60 milhões hectares, o que corresponde aproxi-madamente ao território da França.

Fundo Amazônia

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DE OLHO NO AMBIENTE

No dia 14 de agosto, os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo

Rebelo, apresentaram o resultado consolidado do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), referente ao período de agosto de 2013 a julho de 2014. O número sofreu uma pequena variação em relação à estimativa divulgada em novembro do ano passado, a taxa oficial ficou em 5.012 km², que corresponde a uma redução de 15% em relação ao período anterior (2012-2013). A ministra ainda afirmou que a meta é chegar à taxa de desmatamento de 3.915 km² na Amazônia até 2020. Mas o fato é que, diante da crise climática que já estamos vivenciando, todo o desmatamento deveria ser evitado. O Brasil já desmatou o suficiente e hoje dispõe de áreas já abertas o suficiente para até dobrar a produção agrícola sem precisar cortar mais florestas. Inclusive, parte do setor produtivo já mostrou ser possível produzir sem destruir florestas, vide a Moratória da Soja e o Compromisso Público da Pecuária. Agora, deveríamos estar preocupados em como acabar de vez com o desmatamento.

Desmatamento

Após mais de um ano e meio do início da crise hídrica que atinge São Paulo, o governador Geraldo Alckmin reconheceu

oficialmente, recentemente, que a situação hídrica na Bacia do Alto Tietê “é crítica”, através da publicação uma portaria no Diário Oficial do Estado. A medida permite que o Estado suspenda as licenças de captação particulares de águas superficiais e subterrâneas, para priorizar o abastecimento público na região onde moram mais de 20 milhões de pessoas. É necessário sim que o governo paulista tome medidas claras, a exemplo do que ocorre no estado norte-americano da Califórnia, onde uma severa seca diminuiu drasticamente os níveis das reservas. O reconhecimento da gravidade da crise era cobrado por promotores e entidades civis desde 2014, quando começou a crise em razão da estiagem no Sistema Cantareira, um dos seis mananciais que abastecem a região.

Crise hídrica

A crise de abastecimento de água tem atingido também Santa Catarina. A população do Oeste, por exemplo, passa a depender muito

dos poços artesianos, e que, aliás, apesar de muitas comunidades terem à disposição os equipamentos para as perfurações, ficam à espera de medidas burocráticas, e até mesmo da falta de operadores especializados para a execução dos serviços. Mas, por outro lado, os gestores municipais deveriam dar mais atenção aos recursos hídricos em suas cidades. A impressão que se tem é que em termos de água, devido à falsa concepção de abundância, o desperdício e o descaso prevalecem.

Em SC

Izabella Teixeira, Ministra do Meio Ambiente

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O prefeito Toni Duarte e o secretário de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Mushue Hampel, receberam

representantes da Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi) e da empresa Klabin para a apresentação do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica. O encontro aconteceu na manhã de segunda-feira (31/08). Com o intuito de manter o diálogo entre o setor privado, poder público e organizações não governamentais

Mata Atlântica

Lages poderá desenvolver o plano municipal de conservação das matas

(ONGs) do segmento, a implantação do Plano Municipal faz parte do projeto Matas Legais e garantirá a recuperação da mata nativa. Uma das metas do Matas Legais é auxiliar na criação dos planos municipais, tendo em vista a indicação dos principais vetores de desmatamento; de áreas prioritárias para conservação e recuperação da vegetação nativa; e de ações preventivas aos desmatamentos ou destruição da vegetação nativa e de conservação e utilização sustentável da mata atlântica.

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Expedição explora asriquezas naturais do

Criar alternativa na progra-mação, mesmo sendo em canal fechado, tem

sido a proposta do empresário da comunicação, Alair Sell, de Lages, na Serra Catarinense. A Nova Era TV, há 15 anos no ar, mantém a programação nas 24 horas do dia. O telespectador já está habituado a conferir a série de documentá-rios retratando diferentes regiões de Santa Catarina, do Brasil, e até mesmo do exterior. O novo desafio aconteceu na segunda quinzena de agosto, com mais uma Expedição ao Pantanal Sul Mato-grossense, totalizando até agora sete viagens, considerado um dos lugares mais bonitos do mundo, com forte pre-sença da biodiversidade.

Durante 10 dias, Alair Sell acom-panhado da filha Ananda e de um grupo de pescadores, conseguiu unir o útil ao agradável, retratando as belezas infindáveis do imenso território alagado, e que atrai milha-res de turistas anualmente. Desta vez, a exploração se sucedeu na-vegando pelos rios Paraguai Mirim e o São Lourenço. O contato com a natureza é, segundo os expedi-cionários, algo inigualável. Além de tudo, o fato de poder conhecer de

perto os costumes dos povos ribei-rinhos, que conseguem sobreviver à lonjura da civilização, em que muitos vivem de forma precária e de extrema pobreza. Porém, não trocam o lugar por nada desse mun-do. “Fiquei impressionado e muito feliz em conhecer, por exemplo, os poucos remanescentes da única tri-bo nômade, os Guatós; respeitados caçadores pelo manejo certeiro do arco e da flecha, e exímios canoei-ros”, salientou Sell.

Tudo era motivo para

registro, desde os animais, os rios, até o entardecer com belíssimo

visual dopor do sol.

A equipe documentava pratica-mente tudo. Afinal, era uma novidade atrás da outra, e que a impelia aos registros. Pela primeira vez a Nova Era conseguiu registrar imagens do Pantanal do alto, através do drone. Conforme disse, Alair Sell, a filha dele, Ananda, fez a viagem pela pri-meira vez. Ela ficou encantada. En-tre os registros foram feitas fotogra-fias e filmagens de muitos animais, inclusive, uma onça pintada, além de jacarés, capivaras e inúmeras espé-cies de pássaros, sem contar o por do sol. Outro feito foi a captação de imagens do fundo do alagado, mos-trando, num golpe de sorte, um enor-me pirarucu, um peixe muito comum naquelas águas.

Todos os detalhes da natureza exuberante do Pantanal Sul Mato-grossense geraram mais de 30 horas de gravação. O documentário que será dividido em vários capítulos de 27 minutos, vai ao ar a partir de 1º de outubro, próximo. Tudo não passa de uma grande aventura para o empre-sário da comunicação lageana, que deverá retransmitir as imagens da nova Expedição Pantanal , além da Nova Era TV, na Serrana TV, através das subsidiárias em Florianópolis, Rio do Sul e Caçador.

FOTOS ALAIR SELL

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P a n t a n a lTuristas do mundo todo visitam o Pantanal

O Pantanal está localizado no Centro-Oeste do Brasil, e abriga uma das maiores planícies alagadas do mundo, com 150 mil quilômetros quadrados de área. A região compreende as cidades de Poconé, Cáceres, Barão

de Melgaço (todas no Pantanal Norte), Aquidauana, Miranda, Corumbá e Porto Murtinho (estas, no Pantanal Sul). Nelas existem cerca de 2 mil espécies de plantas e mais de mil espécies de animais. Uma diversidade que atrai

milhares de turistas estrangeiros.

A melhor época para visitar

Durante as cheias, de fevereiro a maio (norte) e de maio a julho (sul), quando a vegetação é mais verde e a fauna está menos visível. Nesta época muitas estradas alagam e há mais mosquitos. Nas secas, entre julho e setembro, a flora não é tão vistosa, muitos animais estão visíveis, as estradas têm fácil acesso e há menos

mosquitos. Nas cheias, 80% da região ficam alagadas.

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A Fundação do Meio Ambien-te (Fatma) e a Polícia Militar Ambiental (PMA) estiveram

reunidos em Lages, na sexta-feira, 21, a convite do Ministério Público estadual para debater ações e proble-mas comuns das atividades dos três órgãos. O objetivo é abrir um canal de comunicação entre as organizações, reduzir embates e dar resultados mais efetivos para a sociedade.

Durante o encontro, os represen-tantes de cada instituição puderam explanar, durante 30 minutos, seus maiores problemas do dia-a-dia, prin-cipalmente ao que se refere às leis ambientais vigentes. “Nossa legisla-ção ambiental é muito recente e tem diversas formas de interpretação. Alguns pontos da legislação acabam sobrepondo atividades e dando um excesso de processos, por exemplo, para nós da Fatma. É importante de-bater quais as melhores formas de atuar e se há alternativas para agilizar nosso trabalho”, contextualiza João Pimenta, procurador jurídico da Fun-dação e presidente em exercício.

Licenciamentos ambientais

entre os maiores entraves na

Fatma. A entidade pesquisa novas

formas de licenciamento

sugerindo mudanças na

legislação.

Um dos maiores problemas da Fatma está na questão de licen-ciamentos. Os técnicos da área estimam que há cerca de 240 mil

processos de licenciamento ativos na Fundação e o número tende a crescer. “Cada nova atividade licen-ciada, precisará ter sua renovação, então isso se torna um ciclo. Se não houver mudanças na forma de li-cenciar e na legislação, a eficiência e a eficácia da Fatma podem ficar comprometidas. Nós já temos estu-dos de caminhos alternativos para a situação, mas envolvem mudan-ças na estrutura do órgão. O pro-jeto está em análise no Governo”, expôs a diretora de Licenciamento, Ivana Becker.

Problemas comuns da Fatma também fazem parte do cotidiano da Polícia Ambiental. O coronel Adilson Sperfeld, comandante do Batalhão da PMA, avalia que a sociedade só tem a ganhar com a reunião dos três órgãos. “Os órgãos sempre atuaram entre si, mas é a primeira vez que os três principais atores de proteção ao meio ambiente se juntam. Com cada um conhecendo as dificuldades do outro, teremos como trabalhar me-lhor em conjunto”, explica.

• Os poderes ambientais estão buscando melhores alternativas para o atendimento à população. Um meio de ampliar a comunicação é consenso entre as partes.

Fatma, MP e PMAalinham comunicação

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AÇÃO

Além de Lages, o encontro será realizado em Joaçaba, Chapecó, Joinville, Blumenau, Criciúma e novamente em Florianópolis

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• As reuniões são realizadas nas três primeiras quintas-feiras de cada mês. O plenário do Consema/SC continua se reunindo uma vez por mês

Mais agilidade no julgamento de processos

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O Conselho Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina (Consema/SC)

estabeleceu novas diretrizes para os julgamentos de processos. Como resultado, em apenas um mês foram julgados 76 recursos administrativos. “Queremos dar agilidade aos pro-cessos ambientais, que antes eram julgadas no plenário uma vez por mês e agora são avaliadas em três

encontros por mês, em Câmaras Re-cursais. Acredito que a atual compo-sição do Consema/SC está fazendo um bom trabalho”, explica o secretá-rio do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Carlos Chiodini, que também preside o Conselho.

As Câmaras Recursais são com-postas por três entidades do poder público e três da sociedade civil. A primeira câmara é presidida pela Po-

lícia Militar Ambiental e julga recur-sos propostos em casos de infração contra a flora. A segunda, contra flora e fauna, e é presidida pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma). A SDS é responsável pela terceira Câmara Recursal, que analisa os recursos onde a infração tenha relação com ordenamento urbano, administração ambiental, poluição, patrimônio cultu-ral, entre outros.

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Tecnologia renovável para tratamento de resíduos

• A proposta vem de uma empresa, especialista em biocombustível, energia elétrica e madeira Biosintética. Ela receberia o lixo dentro da área do aterro sanitário, e seria responsável pela reciclagem e produção do material originado com os resíduos.

Aterro Sanitário de Lages

A novidade foi fruto de con-versa com o prefeito de Lages, Toni Duarte, há

poucos dias, quando conversou com empresário Douglas Zapelini, que, na ocasião, apresentou um projeto de uma usina para trata-mento de resíduos sólidos, com intenção de instalação em Lages junto ao aterro sanitário municipal, às margens da BR-116. De acordo com a proposta, a empresa, espe-cialista em biocombustível, ener-gia elétrica e madeira biosintética, receberá o lixo dentro da área do aterro sanitário, sendo responsável pela reciclagem e produção do ma-terial originado com os resíduos.

Para concretizar o projeto, o in-vestidor reivindica espaço no aterro sanitário para instalação da usina, porém, os recursos financeiros serão

da própria empresa. O investimento particular inicial na implantação será de R$ 100 milhões, com geração de tributos referentes ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Servi-ços (ICMS). O prefeito Toni Duarte achou a ideia arrojada e Lages foi escolhida para ser pioneira, tanto que já sinalizou apoio e agora serão dados os próximos passos, como a elaboração dos projetos.

Os planos são de preserva-ção do meio ambiente e de apro-veitamento dos resíduos de forma moderna e à base de processos e equipamentos de excelência inter-nacional. A destinação será ade-quada e a empresa mesma fará o trabalho de separação, além de proporcionar a preservação da na-tureza, o que é vital, conforme an-tecipa o prefeito.

Como funcionaApós o descarregamento dos

resíduos por parte dos caminhões da empresa Serrana Engenharia, executora do serviço de coleta em Lages, os materiais serão levados a uma esteira de separação manual em que funcionários da empresa irão separar somente garrafas PET, vidro e latas de alumínio, materiais de fácil identificação visual e de alto valor de revenda no mercado de reciclagem. O material será triturado em pequenos pedaços para facilitar a secagem.

Os produtos triturados que seguem na esteira passarão por eletroímãs que irão separar os metais ferrosos do processo antes de seguirem para a câmara de secagem. Durante a secagem os gases nocivos ao meio ambiente serão retirados e passarão por lavadoras de gás e filtros para controle ambiental. Após secagem, o próximo passo é transformar vários tipos de compostos e resíduos em um único material novo, o composto biosintético, num procedimento feito dentro do reator de composto, reduzindo a umidade remanescente nos resíduos. E com redução do seu volume em até 15 vezes em relação aos resíduos coletados nas residências.

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Opção por caçadores profissionais no abate de javalis

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• Comissão que trata da necessidade de controle da proliferação dos javalis em SC tem dificuldades para eliminar a burocracia que impede a caça por parte de produtores

O caminho é longo no emaranhado burocrático, e até o produtor rural

obter a permissão para abater javalis seguramente já terá perdido a sua lavoura. Demora em torno de meio ano nestas vielas oficiais. Para abreviar este tempo, o deputado Gabriel Ribeiro (PSD) manteve contato com um grupo de caça do Oeste do Estado, interessado no abate desses animais.

Mesmo que o grupo tenha o registro de armas e esteja inscrito em clube de tiro, é necessária uma autorização para a caça dos javalis, que vêm destruindo lavouras na Serra Catarinense e em outras regiões de Santa Catarina. O deputado enviou formulários de autorizações para o Sindicato Rural de Lages e encaminhará outras para entidades similares e secretarias da Agricultura da região, que podem disseminar os formulários em seus municípios.

A ideia é que não se perca tempo com a tramitação para a habilitação do produtor e que os grupos de caçadores registrados façam o abate. O produtor rural assina a autorização para a caça e busca a homologação no órgão ambiental. Este documento será portado pelos caçadores e evitará a apreensão de armas no deslocamento até a propriedade. O caçador precisa comprovar o destino e o objetivo de seu deslocamento.

Plantio da safra de verão

Com o contato com grupos de caça, o deputado Gabriel Ribeiro pretende apurar os primeiros abates de javalis, tendo em vista que está começando o plantio das culturas de verão. Esses animais fuçam a terra semeada, desenterram os

grãos e comem o adubo que contém sal. Estima-se em 70 mil o rebanho destes animais na Serra Catarinense.

Estes bichos que entraram na Serra Catarinense e começam a se expandir por outras regiões do Estado, são originários da Europa, Ásia e Norte da África. Habitam bosques onde podem se esconder, e atuam em áreas plantadas. Du-rante o dia, o animal costuma ser sedentário, mas à noite percorre longas distâncias, entre dois e 14 quilômetros.

Os javalis que viraram praga na Serra Catarinense vieram do Rio Grande do Sul, após serem in-troduzidos nos vizinhos Uruguai e Argentina. Como são animais exó-ticos, os javalis não encontram pre-dadores. O próprio Ibama incentiva o abate desses animais, mas para isso, o produtor rural precisa per-correr os tortuosos caminhos da burocracia nacional.

O caçador Giovane Zanella garante o abate de até 30 javalis por semana

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Lages - O Programa Lixo Or-gânico Zero, uma ideia que iniciou a partir de parcerias

e que passará a ser gerenciado pela administração municipal, recebeu um equipamento importante para

auxiliar no trabalho de conscienti-zação ambiental: um veículo Corsa Sedan, doado pelo Centro de Ensi-no e Apoio à Pesquisa (Ceap), uma organização não governamental (ONG). A entrega das chaves, por

Lixo Orgânico Zero recebe doação de veículo• A comunidade escolar é motivada a separar o lixo e transformá-lo em adubo que poderá ser utilizado no próprio jardim e hortas da escola

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uma das disseminadoras do progra-ma, Silvia Oliveira, ocorreu na sex-ta-feira (14) ao prefeito Toni Duarte e ao secretário de Meio Ambiente, Mushue Hampel.

O Lixo Orgânico Zero iniciou em novembro de 2013 com a participa-ção de escolas municipais, estadu-ais e instituições. A ideia é passar orientações sobre a confecção de minicompostagens ecológicas com o intuito de diminuir a emissão de resíduos orgânicos no meio ambien-te. “A educação e a conscientização promovidas através desse progra-ma é muito importante. O veículo será fundamental para auxiliar na continuidade do projeto que visa à multiplicação da educação ambien-tal na sociedade”, diz o prefeito Toni.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ) re-conheceu a ilegalidade

de uma decisão judicial de 1º grau que impedia a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) de conceder qual-quer licença ambiental para corte de vegetação de restinga em todo o Estado. O acórdão da 3ª Câmara de Direito Público atendeu à solicitação

da Procuradoria Geral do Estado (PGE) que apontou violação ao Có-digo Florestal Brasileiro.

Os desembargadores, por maio-ria, concluíram que só será consi-derada Área de Preservação Per-manente (APP) a restinga “como fixadora de dunas ou estabilizadora de mangues”. Votaram a favor da medida os desembargadores Júlio

Cesar Knoll e Vanderlei Romer, en-quanto que o relator Pedro Manoel Abreu votou contra.

A Procuradoria, junto com a Fat-ma e o Sindicato da Indústria da Cons-trução Civil da Grande Florianópolis, sustentaram que, além de ilegal, a de-cisão de 1ª instância causaria imen-sos prejuízos à sociedade catarinen-se, pois impactaria no Estado inteiro.

É ilegal decisão que proibia qualquer corte de restinga

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A comunidade internacio-nal vem empreendendo ações para redução da

emissão de gases que provocam o efeito estufa. Isso está sendo feito principalmente através da implementação de políticas que promovam a diversificação da ma-triz energética e que estimulam o uso de novas fontes de energia renováveis e menos poluente, em substituição ao uso de energias oriundas de combustíveis fósseis. Isto tem aberto espaço para utili-zação da biomassa para produção de energia, não só para os biocom-bustíveis líquidos, como o etanol e o biodiesel, mas também para bio-combustíveis sólidos: cavaco, ma-ravalha, briquetes, pellets. Estes últimos se destacando na utilização para o aquecimento residencial e comercial e na geração de calor para uso industrial e na produção de energia termoelétrica.

Assim, comungando das mes-mas posições, concluíram pela ne-cessidade de promover pesquisas “compartilhadas” que atendam toda

a cadeia produtiva, seja para o de-senvolvimento tecnológico seja para a construção de sinergias institucio-nais de forma que essas contribuam com a promoção e consolidação do setor de biomassa como biocom-bustível sólido.

Atualmente são esses os pro-jetos em desenvolvimento e finan-ciados pela FAPESC- Fundação de Amparo a Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina, a tendo como coordenadora acadêmica Pro-fessora Martha Brand Cav Udesc:

Projeto 1 - Compactados de bio-massa para a geração de energia: acompanhamento da cadeia produti-va para a implantação de um Centro Avançado de Estudos em SC, e nor-matização de produtos (2012-2014)

Projeto 2 - Centro Avançado em Estudos de Compactação de Bio-massa para a Geração de Energia em Santa Catarina – Parte I – Ins-talação de usina piloto laboratorial e Estruturação projeto técnico opera-cional do Centro (2013-2015)

Para que o centro tecnológico possa ser implantado, e atender as expectativas dos setores acadêmi-cos, governamentais e empresariais envolvidos com o tema, será neces-sário desenvolver estratégias para a sua auto sustentabilidade econômica. Portanto, há o compromisso de formar parcerias publico privadas que con-tribuam na prospecção de recursos tecnológicos, científicos, financeiros e humanos para a sua estruturação.

Desta forma, esta sendo institu-ído o IBIOM - Instituto da Biomassa Energética, atualmente composto por uma comissão de fundação for-mada por pesquisadores, empresá-rios, técnicos e consultores.

Este Instituto propõe reunir en-tre os seus sócios e apoiadores, os principais agentes econômicos, com intervenção no setor da biomassa para a energia (consumidores e pro-dutores de biomassa, produtores de tecnologias, produtores de pellets.), as entidades da Administração Pú-blica com responsabilidade neste setor, e as instituições de pesquisa e extensão.

SC terá Instituto da Biomassa Energética – IBIOM

• A partir do Instituto, a proposta é implantar também um centro tecnológico visando atender as expectativas dos setores acadêmicos, governamentais e empresariais.

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• As novas papeleiras servirão para recolhimento de todo o lixo produzido

A Prefeitura de Chapecó acaba de iniciar a instala-ção de 535 papeleiras na

área central da cidade. O trabalho vem acontecendo de forma grada-

tiva, iniciando pela Avenida Getúlio Vargas, e sendo coordenado pela Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura. Essa é mais uma ação do Programa Chapecó Cidade

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Prefeitura amplia Programa Chapecó Cidade Limpa

Limpa, que iniciou com a implanta-ção da Coleta Seletiva, em 2010, e em 2013, ganhou força com a coleta automatizada.

As papeleiras servirão para atender o pedestre que precisa descartar os resíduos, como por exemplo, papéis de bala e chicletes, palito e embalagens de picolés, latinhas, garrafas d’água, pacotes de salgadinho, tocos de cigarros, enfim, o lixo produzido pelo transeunte. É mais um acessório para contribuir com a limpeza da cidade e o bem-estar das pessoas. “É muito importante que os moradores tenham consciência de que as papeleiras não servem para descartar o lixo doméstico. Os resíduos orgânico e seletivo devem ser depositados nos contêineres verdes e laranja, respectivamente”, enfatiza o Secretário de Serviços Urbanos e Infraestrutura Jayme Bordignon.

As novas papeleiras são de cor azul e têm capacidade para 50 litros. Elas estão sendo afixadas por um suporte metálico e adaptadas com dispositivo que permite fazer a higienização. Na parte superior, possuem uma chapa metálica, própria para apagar o cigarro e descartá-lo na papeleira.

A Prefeitura de Chapecó investiu R$ 100 mil nessa iniciativa, R$ 70 mil na aquisição das papeleiras e R$ 30 mil na mão de obra para a instalação. Serão afixadas cerca de duas papeleiras por quadra.

Créditos: texto Vanessa Hubner

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