ano 14 ed 167 abr 2014

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Jornal de Umbanda Sagrada

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  • Pgina - 2 Jornal de Umbanda Sagrada - Abril/2014

    Diretor Responsvel: Alexandre Cumino - Tel.: (11) 5072-2112E-Mail: [email protected]: Av. Dr. Gentil de Moura, 380 Ipiranga So Paulo - SP

    Diagramao, Editorao e Arte: Laura Carreta - Tel.: (11) 9-8820-7972E-Mail: [email protected]

    Reviso: Marina B. Nagel CuminoE-Mail: [email protected]

    Diretor Fundador: Rodrigo Queirz Tel.: (14) 3019-4155 E-mail: [email protected]

    Consultora Jurdica: Dra. Mirian Soares de Lima Tel.: (11) 2796-9059

    Jornalistas Responsveis:Wagner Veneziani Costa - MTB:35032 Marina B. Nagel Cumino - MTB: SC-01450-JP

    expediente:

    uma obra filantrpica, cuja misso contribuir para o engrandecimento da religio, divulgando material teo-l gico e unificando a comunidade Umbandista.

    Os artigos assinados so de in-teira res ponsabilidade dos auto-res, no refletindo necessariamente a opinio deste jornal.

    As matrias e artigos deste jor nal podem e devem ser reproduzidas em qualquer veculo de comunicao. Favor citar o autor e a fonte (J.U.S.).

    Nossa capa:

    Produzida por: UMBANDA EU CURTOwww.facebook.com/umbandaeucurto

    O JORNAL DE UMBANDA SAGRADAno vende anncios

    ou assinaturas

    A PALAVRA DO EDITOR

    Por ALEXANDRE CUMINO Contatos: [email protected]

    Voc tem um rtulo religioso?

    ENQUANTO HOUVER UMBANDISTAS que se declaram catlicos ou espritas, este assunto sobre identidade um-bandista, pertena religiosa e rtulo religioso ser tema para mim e para muitos outros que escolheram pensar sobre a Umbanda que temos e a Um-banda que queremos. Ou melhor ainda: a umbanda que somos!

    Assumir a identidade de uma re-ligio que no traduz a sua verdade, uma religio que voc no pratica, uma religio que voc desconhece seus dogmas e fundamentos, ter apenas um rtulo religioso. Sim, voc no tem e no vive uma religio, apenas tem um rtulo religioso.

    Este o seu caso? Ento ACORDE! e pergunte para si mesmo se a sua religio apenas um rtulo? Para visitar uma Igreja, ir a um casamento em uma Igreja, rezar para Jesus ou aos santos, no necessrio ter um rtulo de cat-lico. Agora voc carrega este rtulo por que cr que algo bonito? Voc tem um rtulo para se identificar com a maioria e no se sentir contrariando ningum? Voc tem este rtulo para no ter que discutir religio com ningum? Ento sinta-se bem-vindo e tome conscincia que, de forma inconsciente, voc manipulado e faz parte de uma massa que no sabe e nem se interessa em saber de onde veio e para onde vai.

    Isto to forte que, para muitos, a nica maneira de trocar sua identidade e pertena religiosa passando por uma desrotulao, ou seja, por mais que frequentem uma outra religio, s assume esta identidade depois de serem rebatizados. Esta uma das razes de ser do ritual de batismo na Umbanda, afinal, no cremos em peca-do, muito menos em pecado original*.

    O batismo ajuda a desrotular e, para muitos, uma forma de assumir um novo rtulo, ou identidade, agora, umbandista. Pelo fato da Umbanda ser uma religio de minoria, assumir esta identidade, na maioria das vezes, um gesto consciente e de conscincia, por ser a Umbanda uma cultura de contracultura. Ou seja, uma forma de viver mais livre e solta com relao ao valores moralistas e hipcritas de um mundo antigo, os quais muitas religies tentam manter em nome da tradio ou da famlia.

    A Umbanda reconhece a importn-cia da tradio com relao aos rituais em meio a um mundo ps-moderno, ou seja, guardar o que bom e reciclar o que no nos serve mais. Quanto famlia, um fato de que as famlias esto mudando sua forma de ser e de se relacionar. No cremos que a famlia uma instituio falida como dizem os mais radicais, no entanto, existem no-

    vas estruturas de famlias, novas formas de conviver e de criar laos afetivos e consanguneos e a Umbanda nos ajuda a entender estas novas realidades e nos d apoio para trilhar dentro da verdade acima de tudo.

    O valor da tradio, ou da famlia, no pode ser mais forte que a sua ver-dade. Viver na mentira ou na hipocrisia no faz parte de uma vida vivida com valores saudveis nem para si muito menos para os seus. Como diria Krish-namurti: estar de acordo com uma sociedade doentia no sinal de uma vida saudvel. Por anunciar a vida em liberdade de conscincia e verdade, a Umbanda pode ser considerada uma cultura de contracultura nacional e ps--moderna que vive e existe sem alarde. Afinal muito mais fcil viver sem se dar ao trabalho de pensar, apenas se-guindo a massa e assumindo os valores que lhe parecem unanimidade. Por mais que se diga que toda a unanimidade burra, continua sendo uma tendncia seguir a unanimidade.

    Desrotule-se, mas no faa isso apenas para assumir um novo rtulo. No faa da Umbanda seu novo rtulo religioso. Veja que a Umbanda um novo olhar para a vida e veja na Um-banda uma forma de transformar sua vida e seu destino, uma oportunidade de tornar-se consciente de si e de

    sua espiritualidade. Caminhar com verdade e conscincia, isto sim deve ser sinnimo de ter uma religio como a Umbanda a dar sentido para sua vida. Portanto, Umbanda no mais um rtulo, etiqueta ou crach para pendurar ao peito ou no pescoo. Umbanda seu despertar para o sagrado, Umbanda conscincia total e integral, Umbanda acordar para a vida, Umbanda um olhar para o mundo objetivo e subjetivo ao mesmo tempo, Umbanda algo que voc e no algo que voc carrega.

    DESROTULE-SE, religio no rtulo!

    DESROTULE-SE, religio conscincia!

    DESROTULE-SE, religio teoria, prtica e vida!

    * Para a Igreja Catlica o ritual de batismo existe para que a pessoa se

    livre do Pecado Original cometido por Ado e Eva, do qual todos os seres

    humanos so herdeiros. Embora Cristo no tenha falado nada sobre isso e muito menos Joo Batista, a Igreja

    criou sua prpria Teologia do Pecado, na qual o batismo pea fundamental.

    Alm disso, o batismo e sempre foi originalmente um ritual de iniciao,

    limpeza e pertena religiosa.

  • Jornal de Umbanda Sagrada - Abril/2014 Pgina -3

    A Magia de Umbanda vastssima e no pode ser comentada de uma forma aleatria e, sim, preciso organiz-la em captulos para que as pessoas interessadas em aprender possam receber as informa-es de forma ordenada.

    ENTO TEMOS ISTO:

    Magia Espiritual (com os Guias)Magia Elementar (com os elementos)Magia Natural (na natureza)Magia com os OrixsMagia Simblica (com a pemba)Magia Mental (com as rezas e oraes)Magia Sonora (com os pontos cantados). Etc.

    O campo vasto e inesgotvel em pos-sibilidades, porque cada Orix um mist-rio divino imensurvel e pouco conhecido por ns, que apenas aprendemos como cultu-lo e oferend-lo e nos beneficiamos de alguns dos seus poderes divinos.

    Mas s esse pouco que sabemos sobre eles tem sido suficiente para nos socorrermos quando necessitamos e tem sustentado nossa f e religiosidade.

    A MAGIA DO SOM DOS PONTOS CANTADOS UMBANDISTAS

    Os pontos cantados durante a aber-tura, o desenrolar e o encerramento de uma sesso de trabalhos espirituais um-bandistas esto ligados aos mistrios da Magia do Som, ou melhor, Magia Divina dos Sete Sons Sagrados.

    Esta magia divina rege sobre o mist-rio dos sons, mistrio esse pouco conheci-do por ns, que pouco podemos comentar, porque s sabemos o pouco que j nos foi revelado. Portanto, nos limitaremos ao que j sabemos, e nada mais.

    O fato que toda religio tem os seus cantos sacros, que so entoados durante seus cultos, com cada um deles tento s

    Por RUBENS SARACENI - Contatos: [email protected]

    A Magia da Umbanda

    A UMBANDA uma religio que tem auxi-liado muitas pessoas, principalmente aque-las que chegam com problemas espirituais graves ou sofrendo por causa de algum tipo de magia negativa. A espiritualidade que atua na Umbanda, formada por Guias Espirituais agregados s linhas de traba-lhos regidas pelos Orixs, tem auxiliado a todos realizando pelos necessitados desse tipo de ajuda um timo trabalho.

    Mas, se os Guias espirituais conse-guem dar esse auxlio, ele se deve ao fato de que existe uma Magia de Umbanda, exercitada por eles sempre que veem que necessrio avanarem para alm do passe energtico.

    Esta Magia de Umbanda vastssima e vai desde o uso de baforadas de fumaa dos cachimbos, dos charutos e dos cigarros usados por eles como recurso magstico, at determinados trabalhos que s devem ser feitos nos pontos de foras da natureza regidos pelos Sagrados Orixs.

    Devido o vasto formulrio de recursos magsticos, muitos dos quais pouco ou nunca usados pelos Guias, s vezes os mdiuns ficam em dvida se o que foi pedido tem fundamento e vlido colocar determinado elemento em uma oferenda ou d-lo nas mos de um deles para que o use em benefcio de um consulente.

    Os recursos magsticos so tantos que nem os Guias recorrem a todos e, sim, s usam uns poucos, que j so suficientes para os trabalhos que realizam em bene-fcio dos seus mdiuns e das pessoas que os consultam.

    Sabe-se que existem pessoas seguido-ras de outras religies que olham a quanti-dade de elementos usados pelos Guias ou seus mdiuns durante uma sesso e veem naquilo tudo um fetichismo e um atraso religioso. S que essas pessoas no aten-tam para um detalhe: nas religies deles, todos se renem e participam de um culto religioso, muito bonito, mas que tem um alcance limitado, enquanto na Umbanda a sesso de trabalho espiritual no se limita a ouvir o clamor das pessoas necessitadas e, sim, ali, na hora, elas comeam a ser auxiliadas na soluo dos seus problemas.

    E, por ser assim, que as maiorias dos consulentes provm das outras religi-es, nas quais no so feitas as sesses de desobsesso e curas espirituais, de descarregos, de desmagiamentos, de limpeza energtica e de abertura de ca-minhos, etc.

    Esta a razo de tantos seguidores das outras religies virem se consultar com os Guias Espirituais da Umbanda. Os Guias conhecem muitos recursos magsticos e os usam durante seus trabalhos em benefcio das pessoas necessitadas sem exigirem quase nada por parte delas.

    uma ou vrias finalidades especificas.

    Como estamos comentando a Magia de Umbanda, centraremos nossos comen-trios s nos seus pontos cantados e nas suas finalidades. Temos pontos cantados para abertura de um trabalho, para as defumaes, para a chamada de foras divinas ou espirituais, para afastamento de hordas de espritos trevosos, para descarrego, etc.

    MAGIA DE PEMBA NA UMBANDA

    O estudo da Magia da Pemba amplo e exige o conhecimento prvio de vrios mistrios divinos que atuam por traz de cada smbolo e signo mgico, ou atravs deles, assim como exige um aprendizado sobre os fundamentos divinos que deram origem a essa magia.

    Os estudos continuados da Magia Di-vina nos ensinou que, para cada smbolo existe um ou vrios poderes operantes, que entram em ao assim que ele ati-vado. Ainda que no seja possvel a iden-tificao de todos os poderes que atuam atravs dos muitos smbolos existentes, no entanto, possvel identificarmos os que atuam por trs de alguns.

    Mas preciso estudar um pouco e por isto recomendamos a leitura de dois livros de nossa autoria: TRATADO GERAL DE UMBANDA e INICIAO ESCRITA MGICA DIVINA.

    Observao de Alexandre Cumino: Para se aprofundar na Escrita Mgica,

    recomendamos o curso presencial de Magia Divina das Sete Chamas

    Sagradas (Magia do Fogo). A Magia de Pemba uma Magia Religiosa

    de Umbanda, Rubens Saraceni iniciou e preparou algumas centenas de

    Sacerdotes de Umbanda nesta magia. Para alguns a Magia de Pemba transmitida junto aos cursos de

    Sacerdcio de Umbanda Sagrada.

    Fonte: Post do facebook

  • Pgina - 4 Jornal de Umbanda Sagrada - Abril/2014

    A mediunidade consciente

    A MEDIUNIDADE desta poca, a que est sendo mais aflorada, a semi-consciente. Isso ocorre a fim de que o veculo utilizado pela entidade no passe em brancas nuvens aquela ex-perincia nica daquela incorporao especfica, sem dela retirar proveitos prticos para sua evoluo pessoal.

    O mdium ouve a Entidade e o consulente, mas no deve interferir. Ouve, como um acadmico de medici-na em fase de estgio, onde o profes-sor/mdico e o seu paciente mantm dilogo aberto sobre os problemas enfrentados, as solues possveis, o caminho mais adequado cura; cabendo-lhe to somente realizar suas anotaes e aprender para a sua vida pessoal a indicao mais certa para no cair (ele mesmo, o aluno) naquela enfermidade e, estando acometido de mal semelhante, receber luzes para encontrar o caminho mais promissor sua prpria libertao.

    Como um sacerdote, canal da

    Testo do Esprito ESTRELA MAIOR - Pela Mdium FRANCIMARY FIGUEIREDO - Contatos: [email protected]

    comunicao divina aos homens, ouve o confidente e silencia para, em prece, interceder para que a luz atinja aquele ser que se debate em seus conflitos ntimos e o restaure.

    Essa forma especfica de mediuni-dade constitui, tambm, uma grande prova e motivo de valiosa expiao quando bem vivida, pois diversos fatores acercam-se do filho, aparelho para os imortais:

    1) A Confiana

    O mdium enfrenta o dilema de confiar sem ver com os olhos da carne. Aqui ele lapidado para acre-ditar, independente da substncia, da forma, das cores, para alm da matria densa;

    2) A Entrega

    O processo de harmonizao entre a entidade e o mdium; momento de ajuste, onde os fios

    tnues de amor de um e do outro se conectam, dissipando as arestas que impedem tal comunicao. Quanto maior a entrega do mdium, mais rpido a entidade encontra canais para essa unio; mais intenso e tranquilo o ajuste ou justaposio dos corpos da entidade e do mdium;

    3) A Vitria sobre a resistncia

    comum aos encarnados o cul-tivo dos seus diversos achismos, de suas ideias pr-concebidas, de seus interesses pessoais, de suas doenas invisveis. Tudo isso precisa ser puri-ficado para que o mdium mergulhe nas certezas de quem veio trabalhar;

    4) A Disciplina

    Ao mdium ofertada a opor-tunidade do rompimento com as facilidades de um tempo provisrio e consigo mesmo, quando da retirada dos escombros que no lhe perten-

    cem, mas que teimam em se instalar em seu corao. A estrada a da evoluo, da disciplina e da coragem;

    5) A Lapidao

    Ser canal da Luz Divina trabalho srio. Da a necessidade da limpeza diria dos canais dessa luz audi-o, aparelho fonador, viso, rgos sinestsicos, mente, etc., afim de que as mensagens recebidas fiquem livres das filigranas da temporalidade e o trabalho realizado surta o efeito necessrio sem acumular energias outras que venham produzir mais desequilbrios. Lapidar um verbo de presena efetiva no dia-a-dia daquele que se dispe a esse servio;

    6) O Abandono da timidez e do amor prprio doentio

    Cabe aos que abraaram esse tra-jeto se despirem de si e deixarem cada entidade trabalhar do seu jeito, sem

    a preocupao com o que os outros dele pensaro, pois as entidades que militam na seara da Luz sempre vm com um propsito, com uma moral elevada, com atitudes que exalam o infinito do amor;

    7) A Libertao da vaidade

    O mdium deve estar vigilante para no dramatizar as sesses ou giras; no aconselhvel nem justo se fazer passar pela Entidade, a fim de que esta no o deixe ao sabor de suas prprias temeridades.

    O mdium, independente de seu grau de entrega, canal de bnos. Ele, em si mesmo, no a bno! antes canal e manifestao dela na vida dos que esto na mortalidade. Da a sua responsabilidade. Da a necessidade da sua vigilncia e co-erncia pessoal. Da precisar estar em intimidade com os seus Guias, com a Luz e a Verdade do Cristo, em evoluo perene.

    MEU BOA NOITE a todos os filhos da egrgora Umbandista. Hoje esse Av do Astral vem para falar sobre a f e os momentos de dor que todos temos na vida.

    O que quero dizer que, quando os filhos das guas brancas no tem firmeza na f, no primeiro tropeo nos obstculos da vida, a maioria se liga e se entrega ao lado negativo deste obs-tculo, esquecendo-se que ns todos, espritos humanos encarnados ou no, estamos aqui para aprender. E como se aprende uma lio de vida e de suas Leis se tudo for sempre belo e fcil?

    Ns, humanos, j temos arraigado em nossos ntimos que se uma con-quista fcil, no possui muito valor. E aqui do lado onde estou, vemos os filhos sempre falando que, pra dar valor s coisas que conquistam na caminhada, tem que ter sido suado, conquistado com esforo e renncias.

    Portas da FMensagem de um Preto Velho - Por JACK FLWR - Contatos: [email protected]

    Mas ento, vem o paradoxo: quando est defronte dificuldade, quase to-dos querem correr dela sem enfrent--la. Com isso, ns, guias, que tambm temos nosso trabalho pra fazer a ao lado de vocs, ficamos prontos pra intuir, irradiar, aconselhar e ajudar de todas as forma que pudermos, pois que ns tambm estamos passando por evoluo.

    No se esqueam que tambm somos humanos e, sob esta condio, a evoluo contnua. O que temos de diferente que estamos em outro plano da vida, com outra vibrao e sutileza, mas tambm temos dores, dificuldades e tristezas. Ns tambm tropeamos nos obstculos que a vida nos impe. E com isso, ns tambm aprendemos, porm, estando aqui, j possumos uma outra viso do Todo, que Divino.

    Do lado da matria, ns vemos

    muitos falando que so pessoas de muita f, mas basta um tropeo que, estes mesmos, as vezes inconsciente-mente, ligam-se com o seu ntimo e fecham as portas da f e, por muitas vezes, afrontam as foras espirituais dizendo que ns no ajudamos, que desaparecemos na hora de maior necessidade.

    Mas ser isso mesmo? Ser que quando esto felizes lembram-se de ns? Quando esto felizes, ns tambm estamos ali ao seu lado, ajudando e sustentando, sempre. E ns conseguimos manter essa ajuda porque, neste momento, esto com as portas da f abertas.

    O que vocs precisam entender que, aqui desse lado, ns seguimos a ordem do Pai Maior, nosso divino Se-nhor Deus. Atravs das foras naturais dos orixs pais e mes, ns temos nosso trabalho passado e seguimos,

    assim, as lei que vm do Alto. E uma dessas leis a do Livre Arbtrio.

    Sendo assim, quando vocs esto bem, as portas da f esto todas abertas para que faamos nosso tra-balho, mas quando vocs caem, ficam tristes, tropeam ou sentem dor, se esquecem da f e fecham as portas e, mesmo que a gente fique ao seu lado, querendo ajudar, no podemos fazer nada, porque pela liberdade de uso do Presente Divino que o Livre Arbtrio, vocs fecharam as portas da f, ento ns sofremos com vocs, mas no podemos ajud-los a se firmarem e reabrir as portas.

    Ento, para finalizar, peo que, principalmente nos momento de dor e tristeza, tenham ainda a f no Alto do Altssimo que nosso Pai e Divino Criador. Se assim seguirem, consegui-remos sempre ajud-los. fcil! s manter a f sincera no Pai e as portas

    permanecero aberta tambm nos momentos tristes, de dificuldade e de dor. a F verdadeira que mostra que vocs creem com plenitude nas lies e nas provaes que a Vida pe em nosso caminho.

    Se um dos fatores de Deus o equilbrio, tudo o que existe e acon-tece, por ter sido emanado Dele, tambm repleto de equilbrio! Ou seja, tudo tem os dois lados. Ento, quando doer, ao invs de fechar as portas e brigar com as coisas Divinas, liguem-se ao polo positivo daquele momento difcil, absorvendo o que ele ensina e deixem que o negativo passe e tambm ensine, mas sem ligar-se com a energia dele.

    Que nosso Divino Criador e nos-so Pai Oxal juntamente com todos os Orixs e guias da Luz estejam sempre abenoando o caminho de vocs!

  • Jornal de Umbanda Sagrada - Abril/2014 Pgina -5

    QUANDO SE FAZ PARTE de uma religio como a Umbanda, tem-se a possibilidade de aprender sobre o que acostumou-se chamar Alta Ma-gia, sempre atrelado aos princpios fundamentais da nossa crena, como humildade e caridade.

    Da ltima vez que tive tal oportu-nidade foi quando estava incorporado com meu preto-velho e ele comeou a contar corrente, provavelmente acessando a memria comum de seu arqutipo, sobre como teria aprendido suas mirongas, e de que forma alcan-ou o seu grau dentro da Umbanda.

    - Fios, voc sabe como que o

    Medo, amor, absurdo ou religio?Por LEONARDO PALMEIRA - Contatos: [email protected]

    Nos ltimos tempos, tenho ou-vido tantos absurdos por a que sou obrigado a escrever, uma vez que milito na linha daqueles que defen-dem a cincia em sobreposio ao mito no meio religioso. Infelizmente, muitos, ainda sob a herana de um tempo em que nossos cultos eram violentamente perseguidos pelo po-der pblico e nossos mdiuns tinham conhecimento limitado, utilizavam--se de folclore para justificar certas condutas no meio umbandista ou dos cultos de nao.

    Ressalte-se que mitos, neste tempo, eram utilizados por muitos di-rigentes de terreiro, com vista a coibir qualquer ataque policial ao mesmo, utilizando-se do medo, atravs de bo-atos acerca de rituais demonacos, de demnios em garrafas e comentrios parecidos, protegendo, desta forma, o terreiro e seu funcionamento. No era uma prtica politicamente correta, mas nada pode-se dizer em contrrio, haja visto que, utilizando-se disso, a caridade nas casas espirituais ficava assegurada.

    Em um primeiro momento, ouvi de um mdium de uma dada casa que este queria sair da mesma, uma vez que no se sentia mais com o mesmo amor e fervor que tinha em outros

    tempos, alm de no possuir mais o tempo disponvel necessrio para dedicar-se ao terreiro sem sacrificar, em muito, seus afazeres no tocante vida material. Contudo, no o fazia, em primeiro momento, porque o dirigente da casa havia lhe imputado um grau e, mesmo se afastando, sem brigar, saindo pela porta da frete e expli-cando sua situao, este perderia seu grau junto espiritualidade e deveria, em um novo incio, galgar todos os degraus da caminhada de novo.

    Em segundo momento, quando, com a ideia j formada para sair, este ficara preso pelo medo, pois havia se orientado com outra pessoa, esta j com alguns anos de caminhada, que lhe disse que, caso sasse, ficaria levando surras constantes dos seus guias, que no seriam de acordo com a deciso e que isto faria com que sua vida tomasse rumos desconhecidos, incertos e no interessantes. Ao fim, quando saiu da casa, o dirigente, ain-da, em um ltimo conselho e favor, disse que seus guias estavam muito tristes com a sua deciso e que estaria tomando pra si a carga, para que nada de mal ocorresse quele mdium.

    Passado algum tempo, ouo de outra pessoa que veio me pedir uma orientao um absurdo ainda maior

    do que todos os ouvidos anterior-mente. Esta pessoa me perguntou, haja visto que isto estava ocorrendo com uma amiga dela, se era normal, no assentamento de pombagiras as pessoas terem relaes sexuais pra sacramentar a energia. Me disse que esta sua amiga estava merc de um pai-de santo, o qual disse que era dada a hora de a mesma assentar sua pombagira, sendo que, pra isso, aps feito o assentamento, a mdium, de-sincorporada, deveria manter relao com o seu pai de santo (supostamente incorporado) pra finalizar o ritual e, caso este assentamento no fosse fei-to logo, a vida da mdium se tornaria pssima em todos os sentidos.

    Pois bem, quando questionado acerca do que se tratava, fui sucinto: ESTUPRO constranger algum conjuno carnal mediante violncia ou grave ameaa, previsto no artigo 213 do Cdigo Penal*. J no mbito espiritual, digo que pode-se chamar de qualquer coisa, menos de religio. No haja sequer a dvida de que orientei que esta pessoa procurasse a polcia para que fornecesse denncia a respeito do agente.

    Entro nestes dois exemplos para alertar ao leitor de que muitos mitos foram criados com os mais diversos

    intuitos, inclusive, em muitos deles, satisfazer s vontades e necessidades daqueles que ministram os cultos.

    Devemos ento procurar os por-qus das coisas, estudando, vendo de onde e o porqu de cada procedimen-to. Assim sendo, respondo ao primeiro caso: no, no apanhars dos seus guias ou nada de mal ir te acontecer, eles sabem respeitar uma coisa cha-mada livre arbtrio, diferentemente de ns humanos e, se no ests fazendo por amor o que fazes em um terreiro, nada ests a fazer. Em terceiro lugar, a espiritualidade no uma empresa, na qual, quando pedimos demisso, mesmo que j promovidos at a Diretoria, caso queiramos voltar, devemos reiniciar pelo programa de Trainee.

    J ao segundo caso, nada feito na espiritualidade utilizando como base procedimentos que possam gerar qual-quer tipo de leso, seja ela fsica, moral ou material. Tal como muita coisa foi criada pelo homem e no condiz com a verdade, muitas vezes totalmente fan-tstica, ou utilizando-se de elementos ou prticas absurdas. Nossos guias no precisam disso e, se ainda se fazem este tipo de coisas, porque h pes-soas que precisam de procedimentos grandiosos para acreditar.

    Busquem o conhecimento, es-tudem muitos so os templos que ministram cursos o conhecimento liberta. E, por ltimo, em religio (e me refiro a toda e qualquer religio), nada se faz sem amor.

    O amor gera o desprendimento e a vontade e isso faz todo o resto. Pra finalizar, no tem fora o ritual que mais se utiliza de elementos ou se prende totalmente forma, mas sim aquele que as pessoas fazem por amor puro e verdadeiro. Uma vela e um copo com gua, acrescidos de um ou mais mdiuns com amor no corao e vontade de ajudar ao seu semelhante, acabam por ser mais do-tados de energia do que uma oferen-da enorme, com inmeros elementos e de custo elevado, que foi feita sob m vontade ou por medo.

    * De acordo com o cdigo penal, a situao citada tambm pode ser considerada Assdio Sexual Art. 216-A. Constranger algum com o intuito de obter vantagem ou favo-recimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condio de superior hierrquico ou ascendncia inerentes ao exerccio de emprego, cargo ou funo. Tanto o Estupro, quanto o Assdio Sexual so crimes que devem ser encaminhados para a polcia.

    Alta Magia dos Pretos Velhos na UmbandaPor MAIKON OLIVEIRA - Grupo de Estudos de Umbanda Sete Caminhos - Contatos: [email protected]

    Preto fez pra comear a trabalhar dentro dessa corrente linda da umban-da? Qual foi os caminho que o preto percorreu?

    O Preto tinha um famlia grande dentro da senzala, tinha vrios irmos que moravam junto e logo o Preto comeou a aprender as mironga das senzala, a aprender como que fazia pra a curar os filhinhos e ajudar na dor das crianas.

    Aqui nessas terra era tudo dife-rente e ficava mais difcil os trabalhos dos curandeiros. As plantas que os irmos conhecia no era igual l na Me frica, e os negros tiveram que

    aprender tudo de novo com os ndio.

    S que os irmo com quem Preto aprendia as coisas foi diminuindo, por-que as doenas foram aumentando, e os Pretos j no conseguiam mais achar todas ervas de cura na mata de nosso pai Oxssi.

    S no diminua a f do Preto em Oxal, que continuava fazendo as re-zas e os trabalhos dele. Preto ia todo dia at o leito dos rios e pedia pra que as lgrimas de Oxum lavasse as feridas dos irmos e oferendava pai Omolu e Obaluay, pedindo pra afastar as doenas. Tambm pedia proteo a Exu, para que desse foras e cuidasse

    dos caminhos.

    Mas chegou o dia que o Preto tambm ficou doente, e j no con-seguia mais sair pra buscar material de cura, ento preto cantava e rezava. J no ouvia mais a voz dos irmo acompanhando o canto, mas no se lamentava, no tinha tempo pra isso, ele sabia que tinha que ajudar quem precisava e sofria muito.

    E depois de um tempo, Preto no conseguia mais falar nem cantar, porque as ferida doam muito e j no tinha mais foras. A no conseguia acender vela, no conseguia danar, nem incorporar as foras dos Orixs.

    Preto fazia as mirongas s com a fora da reza no corao, tava sozinho nas reza, porque a maioria j tinha se ido, mas ele sabia que no podia desistir, s sabia rezar e pedir a ajuda dos Sagrados Orixs para que derramassem as benos entre os irmos.

    E assim, sem hesitar nem desistir da sua misso aqui na Terra, um dia preto ouviu novamente as vozes de seus irmos se juntando dele.

    Preto j no tinha mais dor, nem ferida, nem corrente. Preto se viu livre, pra continuar sua misso de ajudar aos filhos, agora mais perto dos Orixs.

  • Pgina - 6 Jornal de Umbanda Sagrada - Abril/2014

    Sou o Cavaleiro Supremo, aquele que te acompanha, te protege e te guia;Sou aquele que, mesmo nos caminhos mais turbulentos, te cobre com o manto sagrado;Sou aquele que ordena o que est fora do lugar;Sou aquele que abre os caminhos quando necessrio;Sou aquele que lhe ajuda a vencer as demandas e obstculos;Sou aquele que luta diariamente com o seu drago interno;Sou aquele que anda somente por um caminho, o correto;Sou aquele que guia sua conduta;Sou aquele que direciona a sua caminhada evolutiva;Sou a Lei, Sou a Ordem. Prazer, sou Ogum!

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    Filhos de OgumPor FTIMA GONALVES- Contatos: [email protected]

    Prazer, Sou OgumPor DAVID DIAS - Contatos: [email protected]

    CIDADE PEQUENA, casinhas simples, morada de gente boa e trabalhadora, como tantas que h por este Brasil afora... Gente que vive na lida de plantar e colher os frutos da Me Terra para alimentar as prprias bocas e as de outras gentes que no conhecem os mistrios desse labor.

    Quem lida na terra trabalha de enxada na mo, cavando a fertilidade do solo, na magia da agricultura. arteso do alimento que traz fora para o corpo e esperana para o esprito vestido de carne, nas muitas passagens da vida. um passageiro do tempo, mas coloca os ps sobre a terra frtil para nunca esque-cer que tudo carrega a semente do bem, da doao, da riqueza e da multiplicao Divinas. gente que abre caminho para muitos cami-nhos. gente da Lei do Senhor Ogum. So filhos de Ogum.

    Ogum que tambm o Grande Ferreiro, o Pai da Agricultura, o Senhor das comidas simples e boas que nutrem a vida na carne e nos preparam, na simplicidade, para perceber

    e receber a Ordem soberana de Deus, que impera sobre todas as coisas.

    A Terra, fertilizada pelas mos calejadas dessa gente simples, prepara o nosso esprito para o entendimento de que preciso haver ordem, traba-lho, pacincia, um tempo de espera, dedicao e amor, para a colheita dos frutos desejados. E o Senhor Ogum nos ensina isso, ordenando o nosso ntimo nas lutas dirias. Pois preciso arar a terra, semear, cuidar, retirar os matinhos indesejveis que podem atra-palhar a plantao, para depois colher frutos bons e suculentos. Observando a lida incansvel dessa gente da terra, percebemos que precisamos, tambm, arar o nosso ntimo: separar o joio do trigo, enfrentar os vcios e as iluses, para que a nossa fora interior brilhe e nos conduza no Bem e para o Bem, com Ordem e segurana. Somos filhos de Ogum.

    Mas a batalha de Ogum no se faz apenas com espadas e lanas! A lio maior que Pai Ogum nos traz a de mostrar e ensinar que, semelhante

    terra frtil, em nosso ntimo existe a fonte de todas as coisas necessrias e desejveis. Porm, preciso trabalhar esse ntimo, preciso conhec-lo e desvend-lo. Os grandes guerreiros no vivem apenas de brados de guerra e combate. Vivem, tambm, de silncio e reflexo, para buscar a coragem interior e a iluminao dos caminhos, antes da batalha externa.

    Que Pai Ogum nos oriente e conduza nesse trabalho de explorao e descoberta, do preparo e do despertar das foras internas do nosso Ser imortal, para que os nossos desafios dirios deixem de ser apenas lutas cansativas e se transformem no servio agradvel de arar a terra e sentir o cheiro bom que dela se desprende: cheiro de fertilidade que antecipa os frutos suculentos que viro desse trabalho de ordenao e amor.

    Patacori Ogum! Venha nos ajudar a arar o nosso ntimo, Guerreiro da Luz da Lei Divina!

    Que assim seja, como sempre foi, e assim ser.

    Templarian ornam

    ents - Fonte: Google im

    ages

  • Jornal de Umbanda Sagrada - Abril/2014 Pgina -7

    Por ALEXANDRE CUMINO Contatos: [email protected]

    Sacerdcio e Liderana Umbandista II

    PARABENIZAMOS o Mestre Severino Sena e a Escola de Curimba Tambor de Orix por formar mais uma turma de Ogs para a nossa Umbanda no ltimo dia 06 de abril. Na ocasio, Severino falou que forma Curimbeiros, ou seja, ele ensina a arte do som e da msica na Umbanda, ensina os toques e cantos sagrados de Umbanda.

    O aluno aprende como, quando e onde cantar, tocar e movimentar foras com os pontos cantados de Umbanda. E concluiu que quem faz deste curimbeiro um og o templo que lhe recebeu, acolheu e o preparou

    J falamos bastante, por aqui, sobre quem o sacerdote de Umban-da. J identificamos e reconhecemos o dirigente espiritual como Ministro e Sacerdote.

    Sabemos que, independente de fazer ou no um curso de sacerdcio, por exemplo, o guia espiritual do mdium quem confirma sua misso como sacerdote. No entanto, no basta estudar quem e o que este sacerdcio, preciso ter mais infor-maes e orientao sobre muitas outras questes, como a legalizao do templo, por exemplo.

    Mais do que conhecer todos os passos para a legalizao de um tem-plo de Umbanda, preciso entender o porqu de tanta burocracia e, desta forma, no se sentir discriminado, julgar de forma errada o que certo,

    ou continuar brigando com vizinhos.

    Quero fazer uma comparao para ajudar a entender o porqu de certos caminhos na legalizao de um templo.

    Esquea um pouco o templo e pense apenas em sua casa, a grande maioria dos terreiros comea dentro de casa. Agora imagine uma outra situao dentro de sua casa: imagine que voc recebe seus amigos para jantar.

    Imagine que voc marca uma vez por semana esta janta e que cada vez vem mais gente para jantar em sua casa. Imagine que voc comea a receber os amigos dos amigos, co-nhecidos e desconhecidos para jantar em sua casa. E, quando se d conta, j esta criando toda uma estrutura de restaurante para poder receber tanta

    gente para jantar em sua casa.

    Tendo em vista o que est ocor-rendo, os amigos e conhecidos lhe dizem que deveria legalizar este restaurante.

    Lhe dizem para ter cuidado, pois existem leis e regras a serem seguias quando serve comida a um grande nmero de pessoas e, ento, voc se d conta que no est mais servindo uma janta aos amigos, voc j tem um restaurante.

    E este o ponto crucial: pode haver um restaurante em sua casa? Sua casa tem estrutura de restauran-te? possvel se adequar a todas as exigncias e encargos que existem para um restaurante funcionar? Seu bairro estritamente residencial, ali permitido ter um comrcio? Voc j procurou um bom contador, pensou

    em documentos, registros e leis?

    Entende!? O mesmo acontece com um terreiro. Voc comea em casa atendendo aos amigos e, logo, sua casa se torna um terreiro, ou um centro de Umbanda, e isto quer dizer: um templo.

    Pois bem, para se estabelecer como um templo, e no apenas uma reunio familiar, voc deve se preocupar com todas as questes com as quais se preocupa quem vai abrir um comrcio, pois o caminho muito igual.

    Enquanto o trabalho informal e familiar, no h com o que se pre-ocupar, mas ao crescer e formar um grande grupo, ser um templo, todos devem se conscientizar de que h leis e regras para se viver em sociedade e que sua residncia no e, geralmen-

    te, no tem estrutura de templo. E por isso mesmo todos os participantes de uma corrente medinica devem se movimentar, participar, e colaborar para a manuteno e estrutura do futuro templo.

    S com informao, com boa vontade e responsabilidade vamos as-sumir nosso lugar junto sociedade. No adianta reclamar de discrimina-o e preconceito enquanto a maioria de ns realiza seus trabalhos de forma oculta e at escondida.

    Se organizem, conversem, tomem posse do que seu, no fujam, no se escondam. As leis so iguais para todas as religies, mas no adianta querer direitos se desconhecemos os nossos deveres. Informe-se, vamos fazer diferente e fazer a diferena para o futuro da Umbanda!

    Tambor de Orix forma mais uma turma de curimbaPor ALEXANDRE CUMINO- Contatos: [email protected]

    Foto de Junior Arias (Facebook)

    para conduzir o canto nas giras ou sesses de Umbanda.

    Eu costumo dizer que a Umbanda uma religio linda, fascinante e en-cantadora e de fato assim que vejo, sinto e compartilho.

    E, no entanto, tambm um fato que boa parte deste encanto da religio se deve msica de nossos terreiros, sem a msica, sem os pon-tos cantados, a Umbanda no seria Umbanda tal qual ns conhecemos. Os pontos cantados so em si um dos fundamentos bsicos da religio. Desta forma, ensinar o canto e o toque

    de Umbanda uma misso muito lin-da, dignificante e que vem a somar e muito no todo que a nossa Umbanda.

    Nossa gratido ao Mestre Severino Sena por abraar esta misso e para-bns a seus alunos que se dedicaram durante mais de um ano para aprender e dar o seu melhor para a religio.

    Msica bem tocada levanta e sus-tenta um trabalho de Umbanda, assim como uma msica mal tocada derruba e atrapalha o ritual de Umbanda. Ento vamos aprender e ensinar a Curimba na Umbanda.

  • Pgina - 8 Jornal de Umbanda Sagrada - Abril/2014

    QUANDO UM MDIUM entra no corpo medinico de uma casa, normalmente chega cheio de empolgao, grandes expectativas e uma vontade gigante de desenvolver suas mediunidades, incorporar seus Guias e se aproximar dos Orixs e de Deus.

    Ele espera a semana inteira o dia da primeira Gira na Casa, ansioso por aquele momento to especial da sua vida. Chega ao terreiro animadssimo e prestativo, querendo ajudar a todos. Procura entrosar-se com o grupo, puxa assunto, conta de sua vida, suas experincias anteriores (boas e ruins) na Umbanda e do quanto est feliz de participar do Templo. Em pouco tempo, j encontrou irmos com afinidades e se encaixou numa das panelas do Terreiro.

    Tem panela de dois, de trs, de poucos ou muitos irmos, que passam a relacionar-se com mais frequncia que somente encontros religiosos semanais ligam para saber a linha de trabalho da prxima gira, um d carona para o outro e aproveita para tomar um caf, depois da gira vo comer uma pizza, fazem juntos ofe-rendas e rituais na natureza, um vai na casa do outro ajudar na limpeza energtica, etc. Tudo girando em torno da afinidade inicial de todos: a Umbanda!

    Mas a linha que separa os interes-ses gerais de Umbanda para assuntos particulares dos irmos do Terreiro muito fina e sutil. E as conversas passam facilmente dos procedimentos umbandistas para os comportamentos errados dos outros irmos aqueles que no esto na panela. Pronto! Isso j maledicncia e fofoca, que normal-mente vem acompanhada de inveja,

    COMO MUITOS, eu cheguei assistn-cia da Umbanda atrs de algo. Bus-cava que os erros fossem corrigidos magicamente e que eu pudesse sair de l com tudo resolvido. E o maior problema de todos sempre foi o campo amoroso, nunca havia sido feliz nesse aspecto e carregava na minha aura chagas de que j havia sofrido muito. Passei a me encantar com as giras, descobrir os guias que carregava e, ainda assim, nunca me senti pronta para me entregar completamente.

    Como a partir da minha ignorncia e energia errnea nada foi se resol-vendo, busquei me afastar, mas eu sabia que no estava sozinha; sempre soube disso.

    O tempo foi trazendo mais obs-tculos para minha prpria evoluo, mas no enxergava isso, costumava reclamar e, a sim, tudo piorava. At que decidi, num surto de desespero, estudar, entender a Umbanda e o campo amoroso.

    Procurei ler, me aconselhar, e tudo foi se esclarecendo. Nunca enxerguei um fim de relacionamento como uma evoluo, como um novo incio, um novo aprendizado. Preferi remoer mgoas, dores, lembranas, ao invs de libertar o que j no fazia mais parte da minha histria. Nunca quis acreditar em mim, sempre esperei pelo pior e isso ficou impregnado no meu campo magntico.

    Foram muitas noites em claro, muitas lgrimas, para desmistificar e ver que no no terreiro que se en-contra ou se recupera o amor. Foi um aprendizado, um caminho rduo para entender que, se a Umbanda magia e energia pura, o meu corpo est aberto

    Panelinhas do terreiroPor FABIANA CARVALHO- Contatos: [email protected]

    cime, vaidade, orgulho e maldade... E comeam as famosas demandas entre irmos de um mesmo terreiro!

    E a motivao inicial que levou aquele mdium ao Templo desen-volver sua mediunidade para ter um contato maior com Deus e sua espiri-tualidade ficou esquecida ou perdida na pequenez do ego humano.

    O mdium deveria limitar-se a olhar para a frente (sacerdote) e para o Alto (Altar); porm ele insiste em olhar para os lados e enxergar as fa-lhas dos irmos, apontando com seu dedo humano o espelho dos prprios defeitos que v no outro... e atira a primeira pedra.

    Todos se esquecem de que pisar semanalmente num solo sagrado no significa que ningum se santificou, vestir o branco por fora no reflete necessariamente essa cor em seu interior, simplesmente incorporar um Guia no garante incorporar seus valores, ser mdium umbandista no d acesso direto ao clube fechado dos ascensionados na carne!

    Jesus nos ensinou que os sos no

    precisam de mdicos! A Umbanda um grande hospital da conscincia e da alma e nossos Guias so os mdicos que tentam nos curar das iluses do ego que nos aprisionam em vivncias mesquinhas e superficiais.

    Ser umbandista ter conscincia de que, onde h ser humano, h fa-lhas assim no seu trabalho, com seus amigos, no seu casamento, na sua famlia. Antes de apontar os erros alheios, enumere e conserte os seus. Antes de cobrar a melhora e a mudan-a do outro, faa a sua reforma ntima.

    Quem voc para olhar para o lado e acusar um irmo de ser to humano e falho quanto voc?

    E se os defeitos dos seus irmos lhe so to insuportveis... procure outro Templo com mdiuns menos humanos e mais divinos, onde voc possa se concentrar em Deus sem se distrair com as limitaes humanas ao seu lado.

    Nas palavras de meu Pai Cumino: Um terreiro dificilmente fecha por demandas externas...o que fecha um terreiro so as demandas internas!

    Umbanda e o amorPor JULIANA MONTEIRO GUIMARESContatos: [email protected]

    a essas energias e que eu atrairia para mim aquilo que magnetizasse.

    Estou partindo de uma experi-ncia dolorosa, ao trmino de um relacionamento, aps uma depres-so agressiva. Fico feliz pelo meu ex-companheiro ao saber que ele est bem e agradeo muito por ter vivido de forma intensa o que poucos viveram por acharem que em vo. Agora, sigo meu caminho em busca de mais evoluo, mas hoje sei que, se eu deixar minha guarda baixar, minhas energias iro cair, e posso precisar entender pela dor o que eu no enxerguei pelo amor.

    Se hoje voc se sente perdido, desligue-se do mundo e de si mesmo, respire fundo e sinta o quo amparado voc e que, se algo no seu campo amoroso no est certo, est na hora de rever seus conceitos, seus entendimen-tos, analisar sua personalidade, procu-rar os seus erros, seus defeitos, antes de simplesmente apontar os outros ou mesmo Olorum, Oxal e seus Guias.

    Se nada acontece por acaso, por que vivemos amarrados ao que j passou? Para que viver no escuro da solido de uma passagem que j se foi, se podemos simplesmente achar a luz ao mudar o caminho?

    No estamos aqui para, neces-sariamente, viver uma histria s, mas s temos essa histria at o despertar do nosso esprito no plano espiritual. Chega de deslumbre de falsos mdiuns e falsas magias. Olhe pra frente, ore e agradea, siga seu caminho, para o caminho das boas oportunidades te seguir.

    No esquea: voc aquilo que voc atrai.

  • Jornal de Umbanda Sagrada - Abril/2014 Pgina -9

    As ondas dos sentimentosPor BEATRIZ CARVALHO- Contatos: [email protected]

    HOJE VOU FALAR sobre sentimentos, sobre aquilo que sentimos. O amor, por exemplo, nos faz feliz mas, s vezes, tam-bm nos faz sofrer. um sentimento dual, bom e ruim. Isso est dentro de ns, nosso sentimento do bem e do mal. Amamos, mas tambm desprezamos. A vida nos ensina que, para sermos felizes, preciso saber perdoar, o que achamos difcil.

    Quando algum nos diz que somos uma pessoa querida, isso faz elevar o nosso ego, pois sentimos que algum nos ama, sentimos nova emoo, s vezes sem demonstrar essa surpresa de ser chamado de querida. Talvez a nos sentimos como criana, alegres e felizes, no esperando tristeza ao trazer essa criana que est dentro de ns escondida, pois achamos que no momento somos fe-lizes. Mas a pensamos: ser que seremos felizes sempre? Ento, vem a esperana que move o mundo.

    Sempre sonhamos e desejamos algo melhor, mas nem sempre temos coragem de ir em busca disso. Queremos, mas no sabemos como agir e ficamos quase sempre no aguardo de que as coisas aconteam, e mesmo quando desejamos ir em busca do que queremos, muitas vezes paramos no tempo. Ser culpa do destino? Bom ou ruim? Depende de ns, de como dirigimos nossa vida, pois temos

    Em sua primeira manifestao no mdium Zlio Fernandino de Moraes, no final de 1908, como conta a hist-ria da Umbanda, o Caboclo das Sete Encruzilhadas deixou a mensagem que dignificou nossa amada religio: A todos aceitaremos e a nenhum rejeitaremos (...). Desde ento, essa se tornou uma das bandeiras que todos os irmos um-bandistas deviam carregar. De muitas casas, homossexuais so expulsos por no conseguirem se enquadrar nos padres estabelecidos pela sociedade, ou por no aceitarem a cura para essa terrvel doena. Doena?

    Deus, nosso Pai, em sua infinita mise-ricrdia, permite que, ao reencarnarmos, possamos quitar nossos dbitos. Cabe assim, ao esprito escolher qual roupa-gem (corpo fsico) ser o mais adequado para auxili-lo nessa misso. Vale lembrar

    inteligncia e livre arbtrio. Se sabemos o que bom e o que ruim, s ter f e querer, para que a solido no bata em nossa porta.

    Nossa cabea pensante e devemos acreditar que podemos vencer, ento no teremos solido. Se temos f em ns e acreditamos, no sofreremos. A solido nos d paz, mas no sabemos distinguir, ento sofremos o tdio, mas devemos pensar, que se tivermos f nunca estamos sozinhos. Deus estar conosco, sempre ao nosso lado, s descobrir. A est nossa sabedoria, ser que sabemos us-la? Achamos que temos sabedoria, ser que sabemos? Mas cada dia que acordamos e vivemos, sempre aprendemos algo novo, e dizemos a ns mesmos: eu no sabia. Ento, a sabedoria no tem fim. Nosso raciocnio que, s vezes, fica parado. No devemos parar e, sim, observar nosso dia-a-dia, para nos aperfeioarmos a viver com sabedoria, sem arrogncia, porque achamos que sabemos mais, s que no existe o mais, nem o menos.

    Talvez queiramos riquezas e a riqueza traz ambio. Trabalhamos para adquirir coisas, muitas vezes fteis, e nunca esta-mos satisfeitos. Sempre queremos mais, essa insatisfao nos faz exigir muito do nosso corpo, e a sofremos, e quase nunca estamos felizes. Riqueza a paz

    dentro de ns, aceitar, sem reclamar, o que a vida nos d, no querer alm do possvel. Sejamos justos conosco para encontrarmos o mar dentro de ns. Mar vida, alegria como as ondas que danam com o vento que as envolve, traz serenidade, tranquilidade, se sou-bermos observar seus movimentos de vai e vem. Como nossa vida, que vai e volta, sempre igual, e s vezes ficamos parados na praia da vida.

    Vamos observar e fazer nosso dia--a-dia igual beleza do mar, paz, vida, alegria, porque nosso reino, no est aqui, e sim em outro lugar... Talvez? Tudo est dentro de ns, seguimos regras ou as desprezamos ao nosso bel prazer, sem olhar para nosso semelhante que, igual a ns, de carne e osso.

    s vezes, rezamos, mas ser que de corao, ou so apenas palavras ditas automaticamente? Pedimos sempre, mas poucas vezes agradecemos por termos vida, por acordarmos depois de uma noite de sono, por termos comida em nossa mesa e gua para saciar nossa sede e por termos onde dormir para descansar depois de um dia de trabalho. Somos egostas por natureza. s vezes acreditamos e despertamos nossa f, mas sem constncia. A paramos novamente na praia da vida.

    Homossexualidade eUmbandaPor MARISA F. SANCHES - Contatos: [email protected]

    que cada um traz em si marcas muito fortes de antigas vivncias e, quando opta por reencarnar, est ciente e anseia pela oportunidade recebida visando ser feliz. Reencarnar homossexual uma misso, a julgar pelo preconceito e intolerncia, nada simples.

    Todos os envolvidos, sejam eles parentes, amigos ou parceiros, devem se lembrar que possuem sua parcela de comprometimento. Deus coloca tudo em seu devido lugar, no momento em que deve estar e acontecer. Nada acontece por acaso. De acordo com as voltas da vida, o preconceituoso de ontem pode vir a ser o injustiado de hoje e o carter de uma pessoa no deve ser julgado por suas escolhas. Ns, seres humanos, ainda estamos atrelados a diversos tipos de pre-conceitos e no aceitao de irmos que julgamos diferentes h muitos milnios.

    Dizer-se umbandista uma ou duas ve-zes por semana, dentro de nosso Templo de f muito fcil, mas e na vida? Qual nossa postura? Como encarar as diferen-as e como explicar para nossos filhos?

    Que todo VERDADEIRO umbandista tenha conscincia que, para viver uma experincia bem sucedida, o primeiro passo sua aceitao, como ser imper-feito e com limitaes e, principalmente, despir-se de orgulho e preconceitos. Para viver em um mundo melhor, cada um responsvel por sua transformao, sua reforma ntima. As mudanas comeam de dentro para fora.

    Que cada Terreiro de Umbanda tenha sempre as portas abertas a todos aqueles que queiram caminhar sob as leis de Oxa-l, fazendo o bem e evoluindo sempre, independente de sua opo sexual.

    Templo de douTrina umbandisTaPai Oxal e Pai Ogum

    Rua Tiet, 600 - Vila VivaldiRudge Ramos - S.B. do Campo

    Tel. (11) 4365-1108 - partir das 13h00

    Desenvolvimento meDinico

    O JORNAL DE UMBANDA SAGRADAno vende anncios ou assinaturas

    QUINTA-FEIRA: Das 20h00 s 22h00SBADO: das 14h00 s 16h00

    www.paioxalapaiogum.com.br

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  • Jornal de Umbanda Sagrada - Abril/2014 Pgina -11

    A SOCIEDADE tende a rotular as pessoas e a limit-las a uma determinada conduta, com-portamento na vida, o que restringe muitas vezes uma aprendizado maior.

    Verdade que no passado era bem pior. A histria humana j avanou bastante, prin-cipalmente nos ltimos sculos. Arrisco dizer que o nosso pas especialmente privilegiado por ser um pas novo, sem tanta carga de

    Inspirado pela Sra. Guardi MARIA PADILHA DAS SETE ENCRUZILHADASPor MARIA AMLIA ROQUE - Contatos: [email protected]

    tradio do processo patriarcal, do machismo, to presente e ainda existente no nosso pro-cesso evolutivo. Desde a antiguidade at hoje, raramente temos a figura de uma mulher, por exemplo, tendo exercido um cargo de poder e modificado a histria.

    Hoje vivenciamos uma poca em que as primeiras mulheres exercem cargos de poder. Notamos um avano, no aspecto feminino, no desenvolvimento daquilo que faltava mulher: independncia, poder, caractersticas de que ela capaz, totalmente capaz, de desenvolver, entretanto tambm percebemos uma perda da essncia feminina.

    Como as mulheres j sofreram muito desrespeito e ainda convivem com a con-duta competitiva de alguns homens acabam por endurecer, pois acreditam ser o nico caminho de adquirir respeito e evitar que o passado se repita no presente. Ento, como as mulheres podem adquirir este respeito sem endurecer?

    Sabemos que o poder uma postura in-terior. Poder sinnimo de autoconfiana, de auto estima e amor-prprio. Poder liberdade, ento, empoderar as mulheres seria um cami-nho feliz e coerente. Empoderar as mulheres possibilitar a emancipao individual e cons-ciente necessria para a superao, expandido a essncia feminina.

    O empoderamento devolve poder e digni-dade e, principalmente, a liberdade de decidir e controlar seu prprio destino com responsa-bilidade e respeito ao outro. E quem melhor

    pra nos transmitir ensinamentos relacionados ao poder e autorrespeito ligados essncia feminina do que as nossas amadas Mes, Sras. Guardis Pombagira?

    So elas que, muitas vezes, perderam a autoconfiana, sofreram violncia fsica e moral, foram submetidas e outrora tambm submeteram, aprenderem a empoderar-se, resgataram sua fora e poder, exercendo a liberdade como exerccio do prazer com equilbrio, sem vergonha, sem medo, sem pudor, sem culpas e, hoje, trabalhadoras incansveis da Lei Maior e da Justia Divina, transmitem valorosos ensinamentos atravs de relatos em livros psicografados ou atravs de seus mdiuns, para cada um em particular ou em trabalhos espirituais, ativando em ns o nosso desejo pela vida, a nossa motivao em crescer.

    Com seu tridente na mo, estimula nossa essncia feminina, nosso valor pessoal, nosso valor no mundo, nosso amor prprio, nossa capacidade de sentir prazer pela vida, o pra-zer muitas vezes reprimido, desestimulando nossa apatia, nossa pequenez diante dos de-safios pessoais e coletivos, nossa submisso.

    Ou seja, objetiva nos seus trabalho na Luz, nos trazendo expanso de conscincia, respeito, nos empoderando diariamente para que tenhamos clareza do que importante para cada um de ns, neutralizando nossa rigidez e preconceitos, para que tenhamos sucesso na nossa jornada terrena.

    Mojub! Sarav!

    Mulher, voc sabeempoderar-se?

    Ilust

    ra

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