terra boa agronegócios - ed 07 abr/mai 2013 - nelore vanguard

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Nelore Vanguard Rogério e Kácia Santos a caminho do sucesso A Nelore Minas e Renato Barcellos Especial 79 anos de muita história Expozebu Touros Melhoradores Artigo agronegócios ano 2 | edição 7 | abril/maio 2013

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Rogério e Kácia Santos, a caminho do sucesso com a Nelore Vanguard, recebe a equipe Terra Boa para uma entrevista com muito bom gosto e requinte. Renato Barcellos e o grande desafio com a Nelore Minas, os 79 anos de muita história da EXPOZEBU, artigo sobre Touros Melhoradores e muito mais do mundo do campo para você!

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Nelore VanguardRogério e Kácia Santos a caminho do sucesso

A Nelore Minas e Renato BarcellosEspecial

79 anos de muita históriaExpozebu

Touros MelhoradoresArtigo

a g r o n e g ó c i o sano 2 | edição 7 | abril/maio 2013

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CASE IH. MÁQUINAS DE MÁXIMA PRODUTIVIDADE E ALTA RENTABILIDADE. ESTEJA PREPARADO.A Pimenta Agro Sul oferece ao produtor as soluções avançadas Case IH. Equipamentos de tecnologia avançada para alta performance, para todo tipo de lavoura e de atividade no campo: do preparo do solo à colheita.

COLHEDORA COFFEE EXPRESS 100 e 200 • COLHEITADEIRAS AXIAIS 2566 E 2688 • TRATORES FARMALL, MAXXUM, PUMA E MAGNUM • PULVERIZADORES PATRIOT

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CASE IH. MÁQUINAS DE MÁXIMA PRODUTIVIDADE E ALTA RENTABILIDADE. ESTEJA PREPARADO.A Pimenta Agro Sul oferece ao produtor as soluções avançadas Case IH. Equipamentos de tecnologia avançada para alta performance, para todo tipo de lavoura e de atividade no campo: do preparo do solo à colheita.

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Alfenas (35) 3291-2010Passos (35) 3522-1415

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Parceiros e Colaboradores

Alexandre Silva

é Técnico em Agropecuária pela Escola Técnica de Muzambinho. É sócio-

fundador da Triângulo Agro, empresa que atua na área de consultoria e

vendas em Passos e região. Trabalhou na Monsanto como consultor.

É também pecuarista de corte e produtor de grãos.

Ângelo Leite Pereira

é filho de produtor rural. Foi pecuarista e administrador de cooperativa,

em Carmo do Rio Claro/MG, onde também foi prefeito por três mandatos.

Hoje presta serviços à Cemig no Programa Energia Eficiente.

Também é membro do Conselho de Administração da MG Serviços.

Fábio Fatori

é fotógrafo com passagens pela Fundação Bradesco, DBO Rural e pela Publique, onde foi

sócio-diretor de criação e imagem. Natural de Arapongas/PR, uniu o gosto da pecuária,

herdado do avô, com a fotografia, paixão paterna. Fotografou o Brasil de norte a sul,

América Latina, Europa, África, sempre focando a natureza e os animais, em especial

os bovinos. Em 2005 fundou sua marca própria - Fato Rural, fotografia, publicidade e

treinamento profissional em fotografia rural com a realização de workshops.

Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges

o Arnaldinho, é criador da raça Nelore, na Fazenda Ipê Ouro, em

Uberaba/MG. Além dessa atividade é também um dos jurados de pista

da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) e consultor

da raça no Brasil e na América Latina.

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Loy Rocha Filho

é Gestor Executivo da Nelore Minas desde 2004. Nascido em Seabra, na Bahia,

está em Belo Horizonte desde 1972, onde cursou Comunicação Social -

Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Foi também presidente de cooperativa por 14 anos.

William Ribeiro

é natural de Passos, mas reside em Boa Esperança/MG, onde atua na

pecuária leiteira e de corte, com animais das raças Girolando e Nelore.

Neto de pecuaristas é um apaixonado pela atividade.

José Luiz Niemeyer dos Santos

é criador de Nelore PO há 47 anos. Proprietário da Fazenda Terra Boa,

com sede em Guararapes/SP, faz parte de um grupo de criadores

que dedicaram sua vida ao melhoramento genético da raça.

Abdalla Jorge Abib

é jornalista, publicitário e administrador de empresas. É editor da revista Quarto de Milha

e responsável pela área de notícias do site da ABQM ( Associação dos Criadores de

Cavalo Quarto de Milha), órgãos oficiais de divulgação da Associação.

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LENDA VIVALazer e Paixão

HISTÓRIA Expozebu 79 anos

PROFISSÃOA difícil escolha entre os melhores

TECNOLOGIA Mourão Ecológico

PECUÁRIA DE ELITENelore Vanguard

ESPECIAL Renato Barcellos

EXPEDIENTETerra Boa Agronegócios é uma publicaçãobimestral da Editora Doce Marano 2 | edição 7 | abril/maio 2013

Direção executivaBolivar Filho [email protected]

Conselho editorialBolivar Filho, Denise Bueno

EdiçãoBolivar FilhoDenise Bueno

Projeto gráficoEdição de imagens e DTPMultimarketing ComunicaçãoCleiton Hipólito / Dalton Filho [email protected] [email protected]

Jornalista ResponsávelDenise Bueno – DRT/MG 6173 [email protected]

RedaçãoEnio Modesto Renato Rodrigues DelfraroHeloisa Aguieiras

RevisãoRuller Rodrigues [email protected]

FotosReginaldo Faria [email protected]

Impressão3 Pinti Editora e Gráfica

Tiragem10 mil exemplares

A Revista Terra Boa Agronegócios não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos

nos artigos assinados e informes publicitários.

Revista Terra Boa AgronegóciosAv. Com. Francisco Avelino Maia, 3866

Passos/MG - 37902-138 - Fone: (35) 3522-6252 www.facebook.com/terraboa.agro

[email protected]

Publicidade: [email protected]

Envie a sua história ou curiosidade relacionadaao campo para a Terra Boa Agronegócios!

a g r o n e g ó c i o s

Leia na Terra Boa

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Quem lê a Terra Boa

A 6ª edição da Revista Terra Boa Agronegócios, edição comemorativa de 1 ano da publicação, conquistou muitos leitores. Com capa dupla e destaque para as raças Nelore e Gir Leiteiro foi vista por milhares de pessoas. A todos o nosso muito obrigado pelas palavras de apoio e incentivo.

1) Beto Quirino e Júnior Farjalla conferiram a 6ª edição da Terra Boa durante a 50ª EXPASS2) O proprietário da PREMART, Daniel Godinho Martins, durante Dia de Campo promovido pela Triângulo Agro, na Fazenda Experimental da FESP, em Passos/MG.3) A bióloga Nathalia Monéa e o administrador Luiz Bernardes Filho, da Fazenda Terra Boa, em Guararapes/SP, conhecem a edição da TB 4) Luiz Ronaldo Oliveira de Paula confere a edição da revista Terra Boa em Uberaba/MG

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Ao leitor

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O calendário anual de feiras, exposições e leilões começou a aquecer no final de fevereiro e está em ritmo acelerado nesse período do ano. As expectativas das pessoas envolvidas nesse segmento do agro-negócio são grandes, uma vez que valores mais consistentes de mercado, resultados do melhoramento genético, negociações e transações vão pautar estes encontros presenciais ou virtuais de empresários.

A Revista Terra Boa tem acompanhado o maior número possível de eventos, feiras e leilões da região Sudeste,para registrar o que acontece de melhor no setor. Nesta edição, temos a cobertura da Emapa Avaré/SP e da EXPASS Passos/MG, enquanto aguardamos ansiosamente a chegada da EXPOZEBU, a maior exposição do gênero no mundo.

A expectativa com relação aos grãos também é grande,devido às oscilações do mercado de milho e do setor cafeeiro, que vive o seu momento de colheita com preços ainda muito aquém do que o pro-dutor esperava para este período. Essas e muitas outras questões vão nortear o setor agropecuário este ano diante da oferta e procura, condições climáticas, estoques mundiais, enfim,diante das exigências do mercado globalizado que gera cada vez mais expectativas em todos nós.

São esses anseios, que sempre moveram o homem do campo em busca do melhor, da superação, da conquista, que têm feito com que o Brasil se destaque em vários setores como no melhoramento ge-nético do seu gado de corte, na alta produtividade de suas lavouras, no café de qualidade desejado pelo mundo, enfim, em muitos segmentos que podem mesmo fazer o Brasil o “Celeiro do Mundo” e aumentar o faturamento do produtor rural. Fácil não é, mais com uma luta constante, chegaremos lá.

São essas expectativas que motivaram muitas conquistas que você vai conhecer nas páginas desta edição. Trajetórias de vários pecuaristas que dedicaram as suas vidas ao melhoramento genético das raças. Pessoas que acreditaram que a Exposição de Uberaba/MG seria a maior do Brasil, gente que quer produzir sempre mais e melhor, e todos aqueles que chegaram e continuam chegando à atividade agro-pecuária com o mesmo entusiasmo de nossos antepassados.

Para que você possa acompanhar nosso trabalho com mais facilidade, a revista investe em novas tecnologias, que, através do mundo virtual, facilitam o acesso dos nossos leitores as novidades do agro-negócio. Todas as nossas matérias, produções e notícias podem ser conferidas em nossa versão digital e acessadas por smartphones, tablets, etc.

É um prazer para nós relembrar o passado e registrar o presente. Esperamos que esta edição possa ser proveitosa a você, como esperamos também, que, em algum momento de nossa história, possamos tê-lo aqui conosco, como um de nossos entrevistados.

Boa leitura!

Bolivar Filho

Ano promissor

Você sabia que a Terra Boa tambémpode ser acessada na internet paraleitura virtual? É no endereço abaixo:

http://issuu.com/terraboa

Tenha uma boa leitura!

Nas capas desta edição, o casal Rogério Antônio Ferreira dos Santos e sua esposa Kácia, da Nelore Vanguard, e José Coelho Vitor selecionador da raça Gir Leiteiro, na Fazenda São José do Can Can,e fundador do Grupo Cabo Verde.

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O desafio de Renato Barcellos frente à

Nelore MinasImagens: Pitty/Nelore Minas

Espe

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Ao assumir a presidência da AMCN (Associação Mineira dos Criadores de Nelore), a Nelore Minas, em outubro de 2012, para um mandato de três anos, Renato Diniz Barcellos Corrêa trouxe na sua bagagem a experiência de criador construída junto à Fazenda Mata Velha, uma das mais importantes linhagens nacionais do Nelore, que há mais de 40 anos trabalha com afinco para a seleção genética da raça. Além dessa experiência familiar e profissional, também na diretoria da ACNB – Associação Brasileira dos Criadores de Nelore, Renato é Diretor de Pecuária do Grupo Brasif, empresa que além do agronegócio e bioenergia, atua em outros segmentos como o financeiro, de distribuição e imobiliário. Com residência no Rio de Janeiro, Renato divide suas funções entre as montanhas de Minas, São Paulo (interior e capital) e o mar carioca. Confira abaixo as suas perspectivas para a Nelore Minas e para os criadores da raça.

TB- Ao assumir a presidência da Associação Mineira dos Criadores de Nelore, o senhor encontrou qual cenário em termos de instituição e de mercado?

RDBC- Encontrei uma instituição com estrutura enxuta e funcional, ativa e respeitada. É uma honra estar presidente de uma entidade como a Nelore Minas, mas isso vem acompanhado de muita responsabilidade, em função do belo trabalho feito pelos antecessores.

Em termos de mercado, além das mais conhecidas dificuldades - custos dos insumos e problemas climáticos - temos também as imposições dos grandes frigoríficos e a falta de uma política governamental para a cadeia produtiva da carne, tanto para o mercado interno quanto para o mercado externo. O mercado é intrinsecamente cíclico. O embate com os grandes frigoríficos é determinante para o maior ou melhor desempenho do setor. Vamos perseverar e investir em todos os meios disponíveis para fazer com que nossa atividade atinja um grau maior de estabilidade.

Aos 48 anos, casado e pai de dois filhos, ele se define como um bom sujeito que sempre pretende aprender e contribuir. “Desde que me entendo por gente estou envolvido com pecuária e os muitos que a fazem dinâmica e permanentemente

inovadora, e pode-se conseguir conciliar atividades paralelas sem prejuízo de nenhuma delas. Tem sido um constante aprendizado”.

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17Renato na cerimônia de abertura da Expoinel Minas 2013

Encontrei uma instituição com estrutura enxuta e funcional, ativa

e respeitada. É uma honra estar presidente de uma entidade como

a Nelore Minas

TB-Nesses quase seis meses de trabalho foi possível elaborar al-gum projeto para a Nelore Minas? Quais são eles?

RDBC- Juntamente com os vice-pre-sidentes eleitos comigo – é sempre bom frisar que formamos uma equipe - preten-do dar continuidade a ações implantadas pelos mais recentes presidentes, Fábio Costa e Ronan Eustáquio da Silva, e suas diretorias, principalmente no que se refere a consolidar a Expoinel Minas em Ubera-ba - pelo simples fato de que não há lugar melhor e mais adequado para realização de evento de tal porte –, incrementar a participação da Nelore Minas em eventos estaduais e nacionais que possam contri-buir para a raça Nelore e, fundamental-mente, potencializar o apoio logístico a exposições em Minas Gerais, de maneira a reforçar as tradicionais e encorajar novas iniciativas.

Trazer novos criadores para a raça, tornando mais dinâmico o intercâmbio entre estes e criadores tradicionais, res-gatar criadores que por algum motivo se afastaram, são medidas que sempre nos nortearão.

TB-Existe algum projeto que visa despertar o interesse de novos criado-res e investidores da raça Nelore?

RDBC - Temos procurado, no con-tato com criadores de outras raças, tentar atrair criadores potenciais para o Nelore, seja através da demonstração de quanto nossos animais são de fácil adaptação às mais diversas condições, seja através da desmistificação da crença de que criar Nelore é caro. Desenvolver um time de animais de pista custa caro, é inegável, mas deve ser considerado como um in-vestimento de retorno líquido e certo.

TB-Qual é o maior desafio do ne-lorista hoje em Minas Gerais? Quais são as maiores dificuldades enfrenta-das pelos pecuaristas?

RDBC - A pecuária de corte em Mi-nas Gerais, como em todo Brasil, é pena-lizada pelo aumento dos custos dos in-sumos, como ração, vacinas, sais, etc., o que reflete diretamente no custo da pro-dução e, consequentemente, nos preços ao consumidor. Mas, mesmo com esse cenário adverso, os criadores vêm se em-penhando e expandindo suas atividades.

Até poucos meses atrás a seca no Norte de Minas (importantíssimo quando de trata de pecuária intensiva) submeteu criadores e seus animais a dificuldades ex-tremas, ocasionando a morte de grande parte do rebanho. Mas, em contato com produtores da região agora que as chuvas chegaram, o que posso dizer é que estão confiantes na reversão do quadro.

dos ou novos criadores em contato com criadores tradicionais, o que propiciará movimentação direta e possibilidades de relacionamentos duradouros. Como dize-mos, o sucesso na criação de Nelore de-pende de três fatores: raça, ração e rela-cionamento.

TB-A partir da Expoinel Minas começou o grande calendário de ex-posições que culminam com pontua-ções para o ranking. Como o Sr. ana-lisa as primeiras apresentações de animais em 2013?

RDBC- O que vimos foi um conjun-to de animais no melhor de sua morfolo-gia, depois de meses de aprimoramento em seus criatórios. Sem precisar de bola de cristal, com certeza 2013 será um ano de intensas disputas pelas melhores co-locações no ranking, com cada vez mais exemplares de melhoradores da raça e a consequente valorização da atividade.

TB-Em sua opinião, quais critérios tem em comum o Nelore Comercial, em pleno desenvolvimento, com o Nelore de pista? Em quais requisitos os criado-res de Nelore Comercial são beneficia-dos com o desenvolvimento do Nelore de Pista?

RDBC - São muitos, mas vale des-tacar que o Nelore Comercial é sempre reflexo do Nelore de Pista, pois é ali que são apresentados os animais melhora-dores, que já citei, e que se pode ver, ao

TB-Para os próximos três anos quais são as suas metas para a Nelore Minas?

RDBC-Temos hoje 155 associados e, como disse anteriormente, vamos sem-pre incrementar ações no sentido de fazer crescer esse número, promover troca de experiências entre criadores tradicionais e os recém-chegados, sugerir que visi-tem criadores em suas proximidades, en-fim, estabelecer “pontes” entre eles, pois acreditamos que nada é mais eficaz que a verificação “in loco” e o testemunho de quem está fazendo acontecer. Quanto à comercialização, colocaremos interessa-

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vivo e em cores, a evolução da raça. Daí por diante, cabe aos criadores buscar in-formações, tecnologias, adquirir exempla-res ou seus derivados, informar-se quanto a manejos adotados, etc.. Não foi de outra forma que os animais Nelore, nos últimos 25 anos, saltaram do peso médio de 800 quilos para, não raro, exemplares de mais de 1.300 quilos.

TB-Quais são as propostas da Ne-lore Minas para as próximas exposi-ções? Haverá alguma mudança?

RDBC- Participar de exposições custa caro com o que se gasta com transporte e cuidados especiais com os animais, além dos custos com pessoal e tudo mais, mas creio que elas devem ser vistas como um investimento, uma vitrine de alto nível, na qual animais especiais são vistos com olhos especiais num momento especial. Da nos-sa parte, visando contribuir para que esses custos diminuam, mantivemos na Expoinel Minas os valores das “argolas” cobrados no ano passado. O ideal é que, pelo menos nesse item, os valores sejam reduzidos ao mínimo. Para isso, uma possibilidade que vemos é buscar pacotes de patrocinadores para as exposições em geral, de tal forma que os benefícios cheguem aos criadores e expositores pela diminuição de custos com “argolas”, frete, etc..

Como já disse anteriormente, vamos tornar maior a participação da Nelore Mi-nas em eventos estaduais e nacionais que tragam contribuição para a raça Nelore e, primordialmente, aumentar o apoio logís-tico a exposições em Minas Gerais, de ma-neira a reforçar as tradicionais e, ao mes-mo tempo, incentivar novas iniciativas.

TB- E sobre o ranking alguma mu-dança prevista?

RDBC -O Ranking Nacional é geri-do pela ACNB – Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, que o faz muito bem. O Regulamento para o período 2012/2013 já está em execução e não teremos altera-ção. Para o futuro, por ser um documento

dinâmico, sempre se buscará alterações que acompanhem o surgimento de novi-dades e necessidades.

TB-Como conceituado criador da raça Nelore e presidente de instituição, quais as suas perspectivas em médio prazo para os criadores?

RDBC-Como não poderia deixar de ser, acredito no sucesso da atividade, e, para isso, os criadores terão que perseve-rar e estar sempre abertos a correções de rota, experimentar novas tecnologias e al-ternativas, buscar genética comprovada, enfim, buscar seguir exemplos de suces-so. Isso funcionará em curto, médio e lon-go prazo, pois é uma questão de foco de cada um no seu negócio.

TB- Durante muito tempo, os animais da Mata Velha pontuaram o ranking e as pistas no País. Vocês pre-tendem retornar a esta atividade?

RDBC-Nunca diga nunca, mas em médio prazo não tencionamos voltar a fazer pista. Estamos trabalhando outros projetos, e pista, por demandar extrema dedicação, hoje não está entre nossas prioridades.

TB-Qual a sua opinião sobre o tra-balho da imprensa junto à pecuária nacional?

RDBC-A imprensa é fundamental em todos os ramos de atividade, por ser o canal múltiplo de fazer chegar a um número cada vez maior de públi-cos o que está ocorrendo em cada se-tor. No que tange à pecuária, são indis-pensáveis os inúmeros veículos para que a atividade se inter-relacione e aproveite os exemplos de sucesso que se apresentam.

TB-O que o criador não pode deixar de fazer para ter excelentes animais?

RDBC - Raça, genética aprovada, ração, nutrição e manejo adequados, e relacionamento, buscar intercâmbio com quem tem obtido sucesso na ati-vidade!

TB- Todo criador de Nelore é?RDBC - Um visionário que, a exem-

plo do que a história da maioria absolu-ta nos ensina, quer exercer sua atividade para mudar o mundo. Com prazer e obje-tivo de sucesso, claro!

“Vamos

tornar maior

a participação

da Nelore

Minas em

eventos

estaduais

e nacionais

que tragam

contribuição

para a raça

Nelore”

Nelore Minaswww.neloreminas.org.br

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a caminho do sucesso

Nelore Vanguard

Pecu

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de

Elite

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O imponente portal de ferro da Fazenda Vanguard, no município

de Sete Lagoas/MG, já é um prenúncio de que vamos encontrar

um lugar extremamente bem cuidado e de muito bom gosto.

O visitante não se engana. Mas, além disso, esse lugar abriga

gentileza, sensibilidade e delicadeza, fatores que talvez

sejam o segredo do sucesso que o proprietário Rogério

Antônio Ferreira dos Santos e sua esposa Kácia

Marizeth Perez Santos alcançaram na raça Nelore.

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Fazenda Vanguard31 3712-157631 9956-1576

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13Há apenas três anos na ativi-

dade, Rogério chega ao ranking da Nelo-re Minas, em primeiro lugar na categoria “Novo Expositor” e segundo lugar na ca-tegoria “Novo Criador”. Ele é proprietário de uma fábrica de fertilizantes em Mato-zinhos/MG, e essa é a sua principal ativi-dade profissional. Rogério ingressou no agronegócio como um sonho que aca-lentava de ter uma propriedade rural.

Em destaque, o touro Congo TE da Mafra ,de 23 meses, primeiro prêmio da categoria “Touro Jovem” Avaré 2013. Em Passos-Expass 2013, primeiro prê-mio “Touro Jovem” e Reservado Grande Campeão .Entre as fêmeas ,o destaque é Brenda FIV Vanguard, cria da Vanguard, de 29 meses. “É uma rês que tem um be-zerro de cinco meses e já está prenha no-vamente, grande reprodutora”, explica. E Darla FIV Vanguard , uma bezerra consi-derada muito boa pelos empresários. “ Uma bezerra de futuro”.

O início foi em 2000, na atividade leiteira, quando chegou a ter uma pro-dução de 1.100 mil litros de leite por dia com gado 3/4 Holandês com o qual atuou por quatro anos.

Em 2006, adquiriu a propriedade do Haras Catas Altas ,adquirindo poste-riormente seu plantel com aproximada-mente 60 animais da raça Mangalarga Marchador ,fazendo aí a vontade dos fi-lhos, Gabriel (20), João Felipe (17), João

Victor (16) e Fernanda (15)que se afeiçoa-ram aos animais.

Durante dois anos, os cavalos foram a atenção principal da propriedade, mas por influência direta dos clientes da Van-guard Fertilizantes e amigos, que eram exemplos na criação de Nelore, Rogério aderiu à criação da raça. “Eles falaram que eu ia fazer amigos, gostar do meio dos criadores e ainda ter um bom negó-cio. Encorajado, eu topei”, conta

As primeiras compras foram algu-mas prenhezes e em seguida contrata-ram o zootecnista Joaquim Corrêa Lopes. “Contratamos uma equipe entendida no assunto, compramos alguns animais do criador Marco Antônio Araújo, que es-tava deixando a atividade. O projeto foi crescendo e percebemos que a proprie-dade não comportava o que havíamos planejado. A estrutura em área para pas-tagem era pequena,bem como a estru-tura física para as doadoras e serviços de reprodução”, lembra Rogério.

Por isso, compraram a Fazenda Baco Pari com 220 hectares, divididos em 137 hectares de pastagem e 70 mó-dulos de piquetes rotacionados.

Rogério enfatiza que o forte do tra-balho é o melhoramento genético do gado Nelore. “Fazemos com que a filha seja melhor que a mãe e a neta seja me-lhor que a avó. O nosso trabalho é testa-do na pista, é quando comparamos nos-

“Eles falaram que eu ia fazer amigos, gostar do

meio dos criadores e ainda ter um bom negócio.

Encorajado,eu topei.”

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sos animais, a animais de criadores que fazem o mesmo tipo de trabalho, bus-cando o que há de melhor em seleção e melhoramento da raça. Prova de nos-so trabalho e do melhoramento genéti-co feito na Vanguard está nos resultados. A bezerra Dezirrêe FIV Vanguard, filha de Ejira FIV Ageo, vendida para a Nelore Co-lorado, sagrou-se com o segundo prê-mio em Avaré 2013”, exemplifica.

As atividades

Para conciliar tudo isso, Rogério conta, em primeiro lugar com o apoio da família. A mulher, Kácia, gosta e o acom-panha sempre que pode. Além disso, tem ainda a força do filho João Felipe que demonstra que pode vir a seguir os passos do pai.

“O segundo segredo para tocar tantas atividades ao mesmo tempo é se cercar de pessoas competentes que vão te ajudar sempre”, diz Rogério que tem 72 funcionários ao todo.

A filosofia dos negócios se resume na busca pela qualidade, com organiza-ção. “Como criador tenho três sonhos: conseguir produzir um animal para ven-dê-lo na casa de R$ 1 milhão de reais, fa-zer um campeonato em Uberaba e fazer um grande campeão da raça em Ubera-ba. Já realizei dois deles, que foi vender um animal e fazer um campeonato em Uberaba”, e estou trabalhando para con-quistar o terceiro que é o grande cam-peonato em Uberaba, diz Rogério com bom humor.

No plano para um futuro próximo está o projeto de adquirir uma proprie-dade maior para trabalhar com pecuária extensiva , podendo recriar nossos ani-mais tendo touros e matrizes a campo.

Filosofia

“O dinheiro a gente pode conseguir trabalhando com competência e fazen-do o que gosta. Amizades a gente não

consegue comprar. Eu entrei no setor através das amizades, temos que valo-rizar isso. Argeu de Lima Géome ajudou em tudo, visitou a Fazenda Vanguard, me dando dicas de como eu deveria apro-veitar a área para os animais, disponibi-lizou sua fazenda para meu gado no iní-cio, compramos animais em sociedade e até hoje ele me ajuda”, conta o proprietá-rio, dizendo que tem como referência de conhecimento a Fazenda Sabiá e Rima Agropecuária, esclarecendo que é difícil citar apenas dois criatórios.

Como grande conhecedor da raça Nelore elege Arnaldo Manuel Machado Borges, grande Arnaldinho, “ele fala com carinho sobre a raça e a conhece a fundo em todos os aspectos”.

Beleza e sensibilidade

A Fazenda Vanguard destaca-se pela beleza no paisagismo e na decoração dos espaços, feitos por Kácia, que é profissio-nal na área de designer de interiores. É ela também a responsável pelo batismo dos animais, fazendo-o sempre procurando significados para os nomes que escolhe. Ela ainda detém a arte do bem receber, orquestrando na cozinha o melhor cardá-pio mineiro para o almoço: galinha caipi-ra com molho pardo e polenta. Tudo isso cercado de calor humano e muitos sor-risos que vêm naturalmente da simpatia que é peculiar a este casal. Pela soma de todos esses fatores a Vanguard tem alcan-çado cada vez mais sucesso.

Congo TE da Mafra conquistou o primeiro prêmio da categoria Touro Jovem, em Avaré 2013

Brenda FIV Vanguard, grande reprodutora

“Fazemos com que a

filha seja melhor que

a mãe e a neta seja

melhor que a avó”

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Principais Doadoras da Nelore Vanguard

Parceria Nelore Vanguard e Ageo AgropecuáriaEnlevo da Morong. X Lux Calandra TE

LUX FINLÂNDIA

Nelore VanguardBitelo SS X Alika TE da Baluarte

BRENDA FIV VANGUARD

Nelore VanguardBig Ben da SN X Pousada Fiv J MV

EJIRA FIV AGEO

Parceria Nelore Vanguard, Ageo Agropec., Monte Verde, Rio Mar e KilderBasco SS X Italia TE IV JGAL

ITALIA FIV VISUAL

Parceria Nelore Vanguard, Lux Agrropecuária e Pedro Venancio BarbosaPanagpur Al da Paul. X Orquidea I TE AP

FINOKA TE

Parceria Nelore Vanguard e Ageo AgropecuáriaPaysandu de Nav. X Naia Ed do Arrojo TE

ELKE FIV AGEO

Fotos: JM Matos

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uma

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lO agronegócio, como toda em-

presa de produção, não está isento desse processo. Diariamente uma série de ações para preservar nascentes, não poluir e não desmatar são discutidas. E é justamen-te nesse segmento que novos produtos, como o mourão ecológico, vêm surpreen-dendo cada vez mais os produtores rurais. Criado através do plástico reciclado ele está substituindo a madeira em total sintonia entre a mais moderna tecnologia e o res-peito ao meio ambiente.

O mourão ecológico chega para suprir as necessidades do proprietário rural na co-locação de cercas elétricas, dispensando o uso de isoladores, nas cercas convencionais de arame liso ou farpado, nos palanques ou esticadores para cercas, assentamentos de porteiras e pé direito de barracão. Conhe-cido como madeira plástica, a mesma tec-nologia é aplicada em outros setores como dormentes poliméricos, cruzetas, calços en-tre outros.

Uma das maiores empresas desse seg-mento no Brasil é a Wisewood, que traba-lha sempre na busca do desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis. O seu mourão ecológico é um material que chega para substituir a madeira com inú-meras vantagens, como: excelente resis-tência mecânica, durabilidade e qualidade comprovada.

O produto de alta tecnologia oferece as vantagens de resistir ao tempo, maresia, sol, ventos e umidade e de não requerer tratamento algum, evitando assim o uso de agentes químicos. É também isolante. Ou-tra vantagem do produto está sobre a imu-nidade à ação de predadores como fungos, cupins, formigas e muitos outros. Com ma-terial cem por cento reciclado é ainda re-ciclável e não lasca nem solta farpas. No quesito sobre durabilidade e estética os mourões ecológicos possuem perfeito ali-nhamento e resistência uniforme. Ainda va-loriza a propriedade carregando conceitos e ações sustentáveis.

As questões

que envolvem o

desenvolvimento

sustentável e a

preservação do

meio ambiente

são debatidas

incansavelmente

no dia a dia. Os

problemas causados

pela poluição e pela

falta de destinação

correta do lixo são

graves e afetam todo

o planeta. Diante

dessa necessidade

mundial, reciclar é uma

palavra de ordem e os

produtos que surgem

dessa necessidade do

século XXI apresentam

excelentes resultados.Mou

rão

Ecol

ógic

o

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Com todas essas vantagens, a sua aplicação já pode ser conferida em vá-rios estados como Mato Grosso do Sul e em São Paulo em importantes proprie-dades como Fazenda Tropical em Bra-silândia, Fazenda Compadre e Fazenda Jatobá em Santa Rita do Pardo, Fazenda União em Ribas do Rio Pardo/MS e no Estado de São Paulo nas Fazendas San-ta Sylvia, HRO e Haras Sacramento em Avaré. Confinamentos JBS , CCR-AUTO-BAN e Suzano Papel e Celulose.

A empresa

Fundada em outubro de 2007, a Wisewood Soluções Ecológicas S/A tem como propósito pesquisar componen-tes plásticos recicláveis para substituir a madeira onde seu uso é temporário. Os produtos fabricados pela companhia compreendem mourões para cerca, dormentes para linhas férreas, cruzetas para transmissão de energia elétrica e resinas termoplásticas recicladas.

O nome Wisewood, em português ‘madeira sábia’, não poderia ser mais adequado, já que a empresa tem como foco a produção de materiais compó-sitos, ou seja, derivados de outros pro-dutos. Dessa maneira, a Wisewood se tornou um elo entre sociedade e meio

ambiente, atuando também como veí-culo de conscientização, colaborando com a preservação de nossas florestas e dando o destino correto ao plástico pós-uso.

O parque fabril da Wisewood está localizado no Distrito Industrial Alfredo Rela na cidade de Itatiba/SP, com total de terreno de 65.000 m², área construí-da de 7.000 m² e cerca de 30.000 m² re-lativos à reserva florestal. Neste espaço a companhia dispõe de moderno labo-ratório, maquinário de última geração, profissionais altamente capacitados e rígido controle de qualidade. Em seu processo de fabricação emprega mão de obra direta e indireta gerando renda para todos os níveis sociais.

35 9728-9800 | 9213-6432

O nome Wisewood, em português ‘madeira sábia’, não

poderia ser mais adequado, já que a empresa tem como foco

a produção de materiais compósitos, ou seja, derivados de

outros produtos. Dessa maneira, a Wisewood se tornou um

elo entre sociedade e meio ambiente, atuando também como

veículo de conscientização, colaborando com a preservação de

nossas florestas e dando o destino correto ao plástico pós-uso.

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A difícil escolhaentre os melhores

Profi

ssão

Vindo do Recife, sua terra natal e base de seu trabalho, ele esteve em Passos durante a 50ª EXPASS (Exposição Agropecuária), realizada no mês de março, para julgar os animais da raça Nelore. No seu primeiro trabalho de 2013, o juiz considerou o nível dos ani-mais equilibrado e destacou que a cada ano há superação no me-lhoramento genético e no trabalho bem feito dos criadores.

A EXPASS que pontua os ani-mais para o Ranking Nacional deu sequência à avaliação registrada na EXPOINEL/MG, realizada no mês de fevereiro, em Uberaba. Segundo Murilo, os resultados da Exposição mostram a tendência dos eventos

A experiência de vida

do pernambucano

Murilo Mendes muito

contribuiu para que

pudesse exercer,

com mais clareza, a

sua profissão. Ele é

juiz de pista e julga

as raças Nelore e Gir

Leiteiro, além de ser

criador, veterinário

e consultor.

deste ano com a apresentação de excelentes animais, o que acirrará cada vez mais a competição entre os criadores.

“Hoje, ao avaliarmos a raça Nelore, o foco está sobre os ani-mais equilibrados que tenham expressão racial, sejam funcio-nais, produtivos, com boa estrutu-ra agregada a carcaça. As fêmeas com habilidade materna e fertili-dade. Não podemos esquecer que a raça é uma produtora de carne. Precisamos de animais produtivos e geneticamente consistentes”, disse Murilo.

Com o melhoramento gené-tico dos animais, uma tendência natural do mercado, o julgamen-

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“Muitas vezes são pequenas diferenças

que classificam o animal em primeiro lugar.

Pequenos detalhes da expressão racial,

da carcaça, garantem a melhor pontuação”

to de tantos animais bons em um só evento não é tarefa fácil. “Mui-tas vezes são pequenas diferen-ças que classificam o animal em primeiro lugar. Pequenos deta-lhes da expressão racial, da car-caça, garantem a melhor pontua-ção”, afirmou.

Mas são esses pequenos de-talhes, que fazem toda a diferença, que mostram a sintonia do traba-lho realizado nos criatórios. Murilo pontua alguns fatores que deter-minam a qualidade do animal en-tre eles a sintonia entre manejo, nutrição, genética, casqueamento e a equipe de trabalho. Todos fa-zem parte desse elo e é o traba-lho em grupo que garantirá um bom resultado. Murilo ainda des-taca que os custos com nutrição são altos e que a avaliação correta do animal é essencial para justificar o investimento. “Apesar de toda a tecnologia, o olho ainda é a ferra-menta mais essencial. É preciso sa-ber apartar para trabalhar com os melhores animais”, enfatizou.

Murilo sabe o que diz. Muito antes de exercer a função de juiz de pista adquiriu muita experiên-cia na fazenda do pai, um apai-xonado pelas raças zebuínas que criou a raça Indubrasil por 12 anos e hoje cria Guzerá. Cursou medici-na veterinária e associa a sua expe-riência familiar à do profissional da saúde dos animais. Todas essas in-formações se unem no seu traba-lho de consultor e criador. Apesar das atividades serem diferencia-das estão ligadas ao desenvolvi-mento e melhoramento da raça. Mesmo gostando de todas as ati-vidades exercidas, a busca por um

touro campeão tem a sua paixão e é retratada nas suas palavras de criador/consultor: “Fazer o gado, buscar o melhor acasalamento e a expectativa de ver nascer um cam-peão”, o que ele pode comprovar no seu criatório e nas exposições do Brasil e na América Latina, onde também atua como juiz.

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anos

Expozebu

de muita história

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Como já afirmava Aristóteles, o homem é o princípio das ações. E foram

através de muitas ações, de diferentes criadores, que a EXPOZEBU

se transformou na maior exposição do gênero no mundo.

Fonte e fotos: ABCZ - Museu Virtual do Zebu

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A paixão pelas raças zebuínas marcou os criadores do Triângulo Mineiro, desde a intro-dução da raça na região, tanto quanto o empenho para que as exposições de Uberaba fossem as melhores do País. Talvez a meta inicial não fosse essa, mas a ver-dade é que a atual EXPOZEBU é a maior feira do gênero no mundo e teve suas raízes lá no ano de 1906 quando Cel. José Caetano Borges realizou, na sua fazenda Cassu, em parceria com o seu cunhado Joa-quim Machado Borges, a primei-ra exposição de gado que reuniu 1.146 animais. Um número recor-de para a época. Esta primeira exposição já demonstrou o que aconteceria décadas depois: gran-des negócios, grande movimenta-ção de pessoas e disputa entre os melhores animais das várias raças zebuínas no País.

Dois anos depois da primeira exposição, os criadores se reuni-ram em novo evento com o intui-to de se prepararem para a Expo-sição Estadual, que aconteceria em Belo Horizonte, com o obje-tivo de divulgar o trabalho dos criadores. Organizada pelo agen-te executivo (prefeito) reuniu 44

animais entre bovinos, suínos e cavalares no Prado São Benedito do Jockey Clube de Uberaba. Par-ticiparam dessa mostra os produ-tores: Ismael Machado, Bruno da Silva Oliveira, Segismundo Men-des dos Santos, Raimundo Soares de Azevedo, Teófilo Rodrigues da Cunha, José Caetano Borges, Ân-gelo Costa, Saturnino da Rocha Miranda e Elieser Mendes dos Santos. O poder público continu-aria organizando as próximas ex-posições até a criação da Socie-dade Rural do Triângulo Mineiro - SRTM - no ano de 1934.

Em 1911, as exposições, antes de apenas um dia, foram organiza-das para 15 dias, em comemoração ao Centenário do Distrito dos Índios, hoje Uberaba. Esse período maior marcaria as exposições até os dias atuais. Uma vila foi montada no Pra-do de São Benedito e cada produtor era responsável por seu pavilhão. Pela primeira vez o presidente de Minas Gerais visitou Uberaba, Júlio Bueno Brandão, acompanhado do secretário de agricultura, José Gon-çalves de Souza. Esta participação política se tornaria uma marca das exposições em Uberaba, com a pre-sença marcante de presidentes, go-vernadores e deputados, proporcio-nando importantes debates sobre agropecuária.

Em 1917, um marco na his-tória das exposições. O Governo Estadual destinou 15 contos de réis para o evento daquele ano, que teria como objetivo a esco-lha dos melhores zebuínos a se-rem apresentados na Primeira Exposição Nacional de Gado e Indústrias Anexas, que aconte-ceria no Rio de Janeiro.

Exposições preparatórias, a escolha dos melhores animais e apresentação do Zebu para o mundo já eram temas da expo-sição de 1922. Os melhores ani-mais de Uberaba foram apresen-tados na Exposição Universal do Rio de Janeiro.

Depois do marketing realiza-do em 1922 com a apresentação do Zebu para o mundo, em 1928 a exposição aconteceria em pe-ríodo conturbado, marcado pela crise internacional e pela gran-de crise na cafeicultura brasilei-ra. Uma peste bovina também complicou o cenário dos criado-res, mesmo assim eles realizaram a exposição de 1928.

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Em 1911, as

exposições, antes de

apenas um dia, foram

organizadas para 15

dias, em comemoração

ao Centenário do

Distrito dos Índios, hoje

Uberaba. Esse período

maior marcaria as

exposições até

os dias atuais.

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Exposição em 1911

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Em 1934 aconteceria a última exposição organizada pela mu-nicipalidade de Uberaba. A partir de 1935 os eventos foram organi-zados pela Sociedade Rural do Tri-ângulo Mineiro, que então realiza-va a exposição anualmente, o que acontece até os dias atuais. Entre as autoridades presentes naquela exposição estava o então secretá-rio de agricultura, Israel Pinheiro. No julgamento dos animais naque-le ano deram prioridade as carac-terísticas dos animais como pro-dutores de carne, uma novidade para aquele período. Participaram da exposição animais das raças Gir, Guzerá e Indubrasil.

Em 1935 a primeira exposição organizada pela SRTM tinha como meta fixar normas e critérios para o desenvolvimento e criação do Zebu, o que se consagrou nos anos seguintes transformando Uberaba na capital do Zebu. A exposição daquele ano foi organizada para acontecer em 30 dias e foi realizada nos fundos da sede da SRTM.

A década de 1930 traria gran-des conquistas para os criadores de Zebu. Na exposição de 1936, o Mi-nistério da Agricultura autorizou o

registro genealógico da raça bovi-na indiana, o que aconteceria ofi-cialmente a partir de 1938. Altos volumes em negociação de ani-mais foram registrados na exposi-ção de 1937, quando um bezerro de 7 meses foi comercializado por 35 contos de réis, altíssimo valor para a época. Os altos valores nas negociações começam a ser uma constante e são também registra-dos na exposição de 1939. O Minis-tro da Agricultura Fernando Costa visitou a exposição de 1938, aquele que mais tarde nomearia o Parque de Exposições, palco da EXPOZEBU. Em 1939 estudantes já visitam a ex-posição para conhecerem a classi-ficação dos animais, e assistirem as palestras.

A década de 1940 confirma as conquistas da raça e atrai criadores de outros países. Em 1940 aconte-ceria a última exposição organiza-da nos fundos da SRTM. No ano se-guinte a exposição já aconteceria no Parque Fernando Costa, inaugurado com a exposição daquele ano. Este evento reuniu a presença do Minis-tro da Agricultura que viabilizou o projeto, bem como o presidente da República, Getúlio Vargas, e o gover-nador de Minas, Benedito Valadares. Em 1944, os governos municipal, es-tadual e federal apoiam a exposição. Em 1945 destacavam-se a venda de animais como o touro Tigre, da raça Gir, vendido por 1 milhão e duzentos mil cruzeiros e o touro Baiano por 1 milhão e 100 mil cruzeiros. No jul-gamento dos animais, registrava-se a presença do juiz americano Frank Scofield. No final da década de 40 a Expozebu já atraía criadores da Amé-rica Latina, entre eles os Venezuela-nos e Peruanos.

Em 1935 a primeira

exposição organizada

pela SRTM tinha como

meta fixar normas

e critérios para o

desenvolvimento e

criação do Zebu, o

que se consagrou

nos anos seguintes

transformando

Uberaba na capital

do Zebu.

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Exposição em 1934

Os anos40

Os anos30

Exposição em 1911

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Juscelino Kubitschek

Em 1951 a feira atraiu produtores

de todo País. Também estiveram na

exposição o presidente, Getúlio Vargas,

e o governador de Minas Gerais,

Juscelino Kubitschek, que voltaria a

Exposição em 1956 como Presidente

da República juntamente com o

Governador de Minas, Bias Fortes.

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A paixão pelo Zebu começa a tomar outras proporções na dé-cada de 50. Em 1950 acontece o primeiro leilão dentro do Parque Fernando Costa, o que seria gran-de atração do evento até os dias atuais. Em 1951 a feira atraiu pro-dutores de todo País. Também es-tiveram na exposição o presiden-te, Getúlio Vargas, e o governador de Minas Gerais, Juscelino Kubits-chek, que voltaria a Exposição em 1956 como Presidente da Repúbli-ca juntamente com o Governador de Minas, Bias Fortes. Participa-ram as raças Gir, Indubrasil e Nelo-re. A falta da raça Guzerá na Feira foi registrada na revista Zebu, ór-gão oficial da ABCZ. Na década de 50 outras atrações compunham a programação da exposição como a participação de empresas através da associação Comercial e Indus-trial de Uberaba e rodeios. Em 1958 aconteceria a primeira mostra de gado leiteiro do Triângulo.

Em 1963 o presidente da repú-blica era João Goulart e as discus-sões durante a Expozebu versavam sobre a reforma agrária. Em desta-que a venda de um touro Gir por 12 milhões de cruzeiros. Nessa par-ticiparam da exposição criadores das raças Gir, Nelore, Indubrasil e Guzerá. A partir de 1967 a SRTB foi transformada em Associação Brasi-leira dos Criadores de Zebu -ABCZ- que assumiu a organização da ex-posição. Nessa década também foi incluída na programação da feira um parque infantil para as crianças.

lhores animais do Brasil. Shows de grandes nomes da Música Popular Brasileira marcam a festa. Em 1977 o então presidente Ernesto Geisel assina projeto de doação do Par-que para a ABCZ,o que se concreti-zaria no ano seguinte.

Os anos50

Os anos60

Os anos70

Os anos80

A década de 70 marca o cres-cimento da exposição, 300 mil pes-soas passam pelo parque Fernando Costa. A EXPOZEBU a partir dessa década atrai cada vez mais estran-geiros, que vêm em busca dos me-

Na década de 80 passou-se a valorizar internacionalmente o evento com a realização das As-sembleias da Confederação Mun-dial dos Criadores de Zebu e da Confederação Interamericana de Ganaderos. A valorização da raça também pode ser conferida com a inauguração do Museu do Zebu Edilson Lamartine Mendes, em 1984. Além de seminários, a déca-da de 80 foi marcada também pela realização do 1º Congresso Interna-cional de Zebu.

Getúlio Vargas

Exposição em 1966

A década de 70 marca o crescimento da exposição, 300 mil

pessoas passam pelo parque Fernando Costa. A EXPOZEBU

a partir dessa década atrai cada vez mais estrangeiros, que

vêm em busca dos melhores animais do Brasil.

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Os anos90

A entrada no

século XXI

Ano 2010/2012

03 a 10/05/2013

Ano2013

Na década de 90 cresce ainda mais a participação de delegações internacionais na exposição. Entre as grandes novidades do período está a democratização da comuni-cação com o lançamento oficial do site da ABCZ. A cadeia produtiva da carne era destaque nesse período. Na mesma década se comemorava os 60 anos de registro genealógi-co no Brasil. Em 1999 mais de 1500 animais participam da exposição entre eles alguns da Colômbia. No Torneio Leiteiro a raça Gir registra recorde nacional. A ABCZ entrou no novo milênio discutindo gené-tica e a segurança da carne brasi-leira em detrimento da contamina-ção pela vaca louca na Europa. A venda de material genético cresce nesse período. Na parte do entre-tenimento os grandes shows serta-nejos marcam as exposições.

Em 2003 o tema “ A Genética Zebuína Rumo ao Mercado Interna-cional” era o tema da exposição que buscava estreitar os laços da ABCZ com o comércio internacional. Nes-se período criou-se também a Bra-zilian Cattle Genetics, Núcleo de Exportação de Animais Vivos e Ma-terial Genético Zebuíno que reuniu criadores, empresas, ABCZ e gover-no. Com o tema “Zebu, Carne e Lei-te Com Valor” reuniu no parque Fer-nando Costa, pela primeira vez fora de Brasília, a Comissão de Agricultu-ra da Câmara e do Senado. A Genéti-ca Zebuína e as Questões Sanitárias eram discutidas no final dessa déca-da. O então presidente da Repúbli-

ca, Luís Inácio Lula da Silva, também passou pela exposição. Em 2008 o tema da exposição era sustentabili-dade e com a temática “Zebu, Pecu-ária Sustentável” trouxe para a feira pesquisadores que enfatizaram que é possível produzir sem agredir o meio ambiente. No final dessa dé-cada a ABCZ já colocava em prática o conceito da Pecuária Sustentável, como compostagem dos resídu-os do gado e uso racional da água para a lavagem dos animais. O ma-terial reciclável também foi recolhi-do para destinação correta.

Fidélis Reis( )

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da ABCZ, Orestes Prata Tibery Jr. A programação conta com 41 leilões oficializados, dois shoppings de ani-mais, julgamentos, concurso leiteiro, mostras culturais, eventos técnicos e uma grande festa de encerramento.

Outro importante momento da ExpoZebu será o lançamento da Ex-poZebu Dinâmica, evento que passará a apresentar anualmente os principais lançamentos e novidades tecnológi-cas aplicadas à Agropecuária. Haverá demonstração de máquinas e tecno-logias no dia 9 de maio, na Estância Orestes Prata Tibery Júnior.

Uma festa de encerramento está programada para o Dia 10 de maio no Palanque Oficial da Pista de Julga-mento “Torres Homem Rodrigues da Cunha”. Neste dia, serão entregues as premiações aos Grandes Campe-ões e Grandes Campeãs de todas as raças zebuínas. Também serão pre-miados os jornalistas vencedores do Prêmio ABCZ de Reportagem e os tratadores de animais da feira.

A ABCZ reafirma o seu com-promisso com a Pecuária Susten-tável. Destaque para a evolução genética dos animais, demonstran-do a importância da tecnologia e investimento para o futuro da ati-vidade. A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desen-volvimento Rural da Câmara conti-nua se reunindo no Parque Fernan-do Costa durante a EXPOZEBU.

1934/2013 – SRTM/ABCZFidélis Gonçalves dos Reis; Silvério

José Bernardes; Augusto Borges de Araújo;Orlando Rodrigues da Cunha; José de Souza Prata; Licínio Cruvinel Rato; João Severiano Rodrigues Cunha (3); Carlos Smith (2); Adalberto Rodrigues da Cunha (5); Antônio José Loureiro Borges; Arnaldo Rosa Prata (4); Edílson Lamartine Mendes; Hildo Toti; Adherbal Castilho Coelho; João Gilberto Rodrigues da Cunha (3); Manoel Carlos Barbosa (2); Newton Camargo Araújo (2); Heber Crema Marzola; Rômulo Kardec de Camargos (2); José Olavo Borges Mendes (3); Orestes Prata Tibery Júnior; Eduardo Biagi.

A feira acontece este ano de 3 a 10 de maio, enfocando a importân-cia do Zebu para toda a cadeia pro-dutiva da carne e do leite no Brasil. Algumas homenagens àqueles que dedicaram a sua vida a criação das raças zebuínas serão oficializadas du-rante a 79ª EXPOZEBU, entre elas o Tatersal ABCZ, totalmente reforma-do, recebe o nome do criador Rubi-co de Carvalho; a placa da Estância, que leva o nome do ex-presidente

Presidentes

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Impacto Econômicoda compra de touros melhoradores

Artig

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No cenário internacional a pe-cuária bovina brasileira conseguiria as-censão ainda maior se não fossem as lentas melhorias no nível de tecnificação e nos índices zootécnicos.

Embora enorme seja o desafio, nossa pecuária de corte está passan-do por importantes transformações. As fazendas estão se tornando empresas, contando com assessorias nas áreas de melhoramento genético, nutrição, ma-nejo e sistemas de criação.

O aumento da eficiência produtiva passou a ter uma demanda exacerbada, especialmente, como resultado das pres-sões impostas pela globalização da eco-nomia. Nesse cenário, a competitividade tornou-se elemento fundamental dessa atividade e, com ela, surgiu a necessi-dade de se disponibilizar, para o merca-

A bovinocultura de corte representa a principal fonte de proteína animal do país, com grande potencial de crescimento. Em 2009 o consumo de carne bovina por habitante foi

de 39,7 kg/ano/habitante, ao passo que em 1999 este consumo era de 35,6 kgano/habitante e em 1990 era de 23,1 kg/ano/habitante.

do consumidor, produtos que sejam de qualidade e apresentem baixos custos.

Para produzir animais de qualida-de é necessário o aperfeiçoamento das técnicas de criação pelo produtor alian-do-as a um correto manejo nutricional e métodos de melhoramento genético adequados aos perfis produtivos, a fim de se inserir e permanecer dentro da ca-deia produtiva.

Assim, os programas de melhora-mento genético contribuem para o au-mento da qualidade do produto brasi-leiro, pois contemplam características relacionadas ao desempenho quanti-tativo e qualitativo desses animais de corte. O melhoramento genético visa mudar a composição genética dos ani-mais, identificando e multiplicando os melhores genótipos. Os programas de

melhoramento genético avaliam ca-racterísticas de crescimento, de repro-dução, morfológicas de carcaça, e os resultados da avaliação genética publi-cados são as DEPs (Diferenças Espera-das na Progênie – valores estatísticos que indicam o patrimônio genético de um animal). Essas características de de-sempenho incluem os pesos e os ga-nhos de peso, tomados durante várias etapas da vida do animal. No grupo de características reprodutivas estão: perí-metro escrotal, idade ao primeiro par-to, período de gestação, intervalo entre partos, probabilidade de permanecer no rebanho, entre outras. As caracte-rísticas de carcaça foram incluídas por serem importantes para todo rebanho bovino de corte. Maiores áreas de olho de lombo são relacionadas com maio-

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Yuri Baldini FarjallaZootecnista pela Universidade

Estadual de Londrina (UEL); Mestre em Produção Animal pela ESALQ/USP e

Técnico da Aval Serviços Tecnológicos [email protected]

res quantidades de carne presente na carcaça, assim melhor rendimento de carcaça ao abate. A gordura subcutânea na carcaça tem grande importância na indústria frigorífica ga-rantindo qualidade à carne e também no rebanho de matri-zes, favorecendo melhores índices reprodutivos.

As DEPs são a certeza de que o touro e a matriz produzi-rão bezerros superiores. A DEP, então, permite comparar o prová-vel desempenho da progênie de dois touros da mesma raça em uma mesma avaliação. Por exemplo, havendo dois touros, o touro

A com DEP +10 kg para peso ao sobreano e o touro B com DEP -5 kg também para peso ao sobreano, a diferença entre as DEPs dos animais será de 15 kg. Isto significa que a média da progênie do Touro A é 15 kg superior que a média da progênie do Touro B, sa-bendo que pode ocorrer que alguns filhos do touro A sejam mais leves que alguns filhos do touro B. É importante relembrar que o desempenho de um animal não é apenas resultado de seu genó-tipo, mas também dos efeitos de ambiente.

Fica claro que reprodutores e matrizes bem avaliados ge-neticamente são de fundamental importância em qualquer projeto pecuário que vise lucratividade. Muitas vezes substitu-ído pelo “boi de ponta de boiada” ou touro comum, o touro avaliado pode ser um dos pontos chaves na produtividade de um projeto de pecuária de corte, já que um reprodutor é capaz de produzir grande número de filhos no rebanho.

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Lazer e paixãoa tradição caminha com a memória viva

Lend

a Vi

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O carro de boi,

que tanto ajudou

os produtores no

passado, não podia

ser relegado ao

esquecimento

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O Sr. Emídio Madeira é um apaixonado por carros de bois. Depois de trabalhar muito com este “veículo” no passado, hoje, aos 75 anos, usa o carro de boi para momen-tos de lazer e para manter a tradição. Esse cafeicultor e pecuarista de Nova Resende/MG começou a lida cedo. Aos sete anos, já carreava junto com o pai. Era com o carro de boi que faziam tudo: aravam a terra, transportavam os frutos da colheita ou faziam mudanças.

O menino Emídio cresceu, ca-sou, formou família e o carro de boi foi substituído por novas tecnologias, mas

a paixão ficou no sangue. Casado com Efigênia Aparecida Madeira é pai de nove filhos, tem 23 netos e cinco bis-netos.

Há cerca de 20 anos uma ação so-cial em prol do Asilo de Nova Resende resultou no resgate dessa tradição. No município havia apenas quatro carros de bois. “Ao ver o Deodato Magalhães trazer em carro de boi lenha para o asi-lo, disse a ele que precisávamos resga-tar essa tradição. Ele concordou. No ano seguinte tínhamos 15 carros de bois e, atualmente, temos 120. Nosso desfile, realizado no último final de semana de

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13maio, reúne até 150. Hoje participamos de desfiles na região, da Festa de Trin-dade em Goiás e da Festa de Barretos/SP. Quanto à ação social em prol do asi-lo, ela continua. Hoje substituímos a le-nha por alimentos”, disse Emídio.

Uma boiada Nelore

Como criador da raça Nelore ele quis arriscar e domar uma boiada para formar o seu carro de boi. Muitos o acharam louco. E não é que deu certo, em detrimento do que todos achavam impossível. Ele lançou moda e já tem duas boiadas. “Eu ia amansar uma boia-da de Gir, mas tinha uma boiada desma-mada de Nelore. Muitos desconfiaram, mas eu disse que em três dias saberia se conseguiríamos a façanha. Chamei o Claudio e em pouco temos amansamos a boiada. Em todo lugar que levamos, chamamos a atenção”, disse.

Em Barretos abriu a festa carre-gando a princesa no seu carro de boi e foi um show, segundo seu Emídio. “Em Barretos, a primeira vez que levamos a boiada acharam que era perigoso por-que era Nelore. Depois a apresentação foi o maior sucesso, a atração da noite”, ressaltou com orgulho.

A paixão por carros de boi atrai amigos, vizinhos, carreiros e candeeiros. No dia dessa reportagem eles foram a Santa Efigênia e deram aquela força para montar o carro. E é paixão mesmo, tanto que a maioria deles tem também o seu carro de boi.

O Criador

Seu Emídio é também criador de Nelore há 15 anos e nesse período tra-balha pela melhoria genética da raça. A sua meta não é ter muitos animais, mas ter animais de qualidade. Hoje ele tem bons touros e boas doadoras. O cru-

zamento é feito somente com animais de genética comprovada. “Quando era menino um boi levava anos para pesar 15 arrobas. Hoje com 18 meses já atingi-mos essa meta”, disse Emídio. “Eu estou gostando muito de criar Nelore. Aqui na Fazenda Santa Efigênia, tenho 250 ca-beças de gado PO”. Em outras fazendas ele cria os caras limpas. Na 50ª EXPASS um de seus bezerros garantiu o tercei-ro lugar. “Eu quero formar uma gado de elite muito bom”. Nada mal para quem sonhou em ter dois alqueires de terra e no primeiro quinhão que conquistou plantou café e nunca mais parou de plantar. Já são 56 anos.

Emídio x Emídio, pai e filho, mantém a tradição dos carros de bois

Encontro de Carrosde Bois em Nova

Resende

Último domingo de maio, 26/05/13Contato: Emídio Alves [email protected] 9838-1358

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Gilberto Pimenta de Andrade Criador e presidente do Clube do

Cavalo Mangalarga Marchador do Sudoeste de Minas

[email protected]

As provas de Marchamovimentam o Mangalarga Marchador

Artig

o

O cavalo sempre desper-tou o fascínio e a admiração nos seres humanos, desde o início da história da civilização ele se mostrou uma peça-cha-ve na conquista de poder e riqueza. Nos últimos tempos, aos poucos, foi perden-do sua função de “motor” do desenvol-vimento. Porém, a modernidade que fez do cavalo uma peça secundária, traz con-sigo a necessidade nos seres humanos de buscar um equilíbrio para a mente. Nova-mente então, o cavalo surge com função não menos nobre que antes, que é a de proporcionar lazer e entretenimento.

Várias raças se aperfeiçoaram nessa função, porém, em Minas Gerais, temos o orgulho de dizer que possuímos uma raça legitimamente brasileira e totalmen-te adequada a essa nova realidade do ca-valo. Originado no Sul de Minas, por volta do ano de 1812, estamos falando do ca-valo Mangalarga Marchador, famoso pelo seu deslocamento cômodo e maciez.

Impulsionado, em geral, pelo au-mento do poder aquisitivo do brasilei-ro, melhoramento genético e ações de apoio aos criadores pela sua associação, o cavalo Mangalarga Marchador vive um momento de destaque no Brasil e, con-sequentemente, no Sudoeste Mineiro.

A vinculação do nome Mangalarga Marchador, no último carnaval, com uma

das maiores escolas de samba do Brasil, a Beija Flor de Nilópolis, que teve como tema de seu enredo a história da raça, contribuiu de forma significativa para a exposição na grande mídia. O que gerou uma maior valorização dos animais. Isso, sem dúvida, se refletiu num expressivo aumento de novos criadores e leilões com bons índices de liquidez que garan-tem a rentabilidade do negócio.

Outro indício de um mercado aquecido para a raça, é o grande nú-mero de competições conhecidas como “Copas de Marcha” que acontecem se-manalmente, atraindo grande número de competidores e usuários do Manga-larga Marchador. A competição consiste em avaliar comparativamente, por ca-tegorias, o andamento marchado dos animais, considerando cinco quesitos: GESTO DE MARCHA; COMODIDADE; ES-TILO; ADESTRAMENTO; RENDIMENTO e REGULARIDADE. O concurso de marcha é realizado em três fases: Seletiva, Classi-ficatória, Fase Final e Comentário. Os ár-bitros devem, obrigatoriamente, montar em todos os animais durante a fase clas-sificatória e o tempo de duração normal do julgamento de cada categoria é de no máximo 70 minutos; ao final o árbitro faz o comentário técnico justificando cada colocação, sendo esse comentário é de

grande valia para criadores e usuários, que podem, assim, direcionar o treina-mento dos seus animais.

Recentemente um grupo de cria-dores e usuários do MM de Passos e re-gião reativou o Clube do Cavalo Man-galarga Marchador, entidade vinculada a ABCCMM (Associação Brasileira dos Criadores do Mangalarga Marchador) de Belo Horizonte. O clube criado em 1997, volta suas atividades de fomento da raça, com o apoio e organização de provas, inclusive com uma copa de marcha já agendada para o mês de junho/2013, no parque de exposições, com o apoio do Sindicato Rural de Passos.

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a g r o n e g ó c i o s

José Coelho Vitor

a g r o n e g ó c i o sano 2 | edição 7 | abril/maio 2013

A disputa pelo melhor do ranking

EMAPA e EXPASS

Solidi� cação da FIV no Brasil

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