lettering 4ª ed. mar | abr 2012

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revistalettering.com.br Nº4 ANO 1 MAR|ABR 2012

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A magazine of communication and regional marketing of the Valley of the Paraiba River, Brasil.

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revistalettering.com.br

Nº4 ANO 1 MAR|ABR 2012

revistalettering.com.br

rodrigo abreu

thiago gustavo

revistalettering.com.br

A Revista Lettering entra, a partir desta 4a. edição, numa

nova fase: fase em que as apostas dos primeiros parceiros

foram renovadas; em fase que novos parceiros se juntam a

nós; fase em que leitores – empresários dos mais diversos

setores e portes – começam a sugerir assuntos para nossas

reportagens; fase em que se propõe a realizar a primeira

grande premiação da área da comunicação no Vale do Pa-

raíba, reconhecendo os talentos da propaganda, do jorna-

lismo e das relações públicas.

E, justamente por tudo isso, fase em que o comprome-

timento da equipe Lettering se multiplica para trazer, a cada

edição, assuntos pertinentes ao mercado regional, com

textos mais elaborados e condizentes com que o público-

-alvo da revista espera e, é claro, com trabalho fotográfico e

direção de arte de encher os olhos.

Nesta edição, você vai poder ler sobre marcas e design

e entender um pouco mais quando sua agência sugere, por

exemplo, que o seu logotipo sirva para assinar uma peça

e não para ser a informação mais visível dela. Também vai

poder conhecer como se destacar numa campanha para

vereador, conhecer as vantagens de se investir em rádio e,

ainda, descobrir como sua empresa pode desenvolver pro-

jetos voltados à comunidade.

E, enquanto você lê cada página desta edição (incluin-

do os anúncios, que estão cada vez mais criativos!), pro-

vavelmente, os profissionais que atendem à conta da sua

empresa selecionam seus melhores trabalhos realizados

entre 1º de janeiro de 2011 a 29 de fevereiro de 2012 para

concorrer ao Prêmio Lettering de Comunicação.

Incentive-os a vivenciar esse momento tão importante

e único, essa fase em que a comunicação do Vale passa

a ser reconhecida como coadjuvante do desenvolvimento

regional.

Acredite nisso. Acredite na força da comunicação.

A Lettering acredita.

> >

a foto da edição 3 foi feita por thiago gustavo. são

andorinhas, flagradas em revoada ao final da tarde,

no CÉu de maringá - pr

tendo Como missão valorizar a ComuniCação sob suas

mais variadas vertentes, É postura da lettering respeitar as imagens de

suas Capas, não estampando nelas manChetes e outras

Chamadas.

Cristiano Ferreira

A Lettering é show!

Talita Vallim

Lendo a minha Revista Lettering que

chegou hoje chiquérrima!

Como sempre ;)”

Gisely JacintoGostei demais da segunda edição,

sou formada em Relações Públicas e me identifiquei muito com as matérias

“Eventos” e “Endomarketing” e pra fechar a revista achei uma delícia a linguagem do texto escrito por

Fernando Abreu da APP Vale. Vocês estão de parabéns! Aplausos!

Sidney Amora Jr.Parabéns a toda a equipe!

Estou todo orgulhoso do meu Vale do Paraíba.

Ana Junqueira Equipe poderosa, resultado

poderoso! Alguém tem alguma dúvida???? Parabéns

Francisco Marcondes Parabéns a galera da Lettering! Demoro pra chegar aqui, mas

acabei de receber as 3 edições!Caprichadas, com conteúdo

relevante e muita informação.Orgulho do profissionalismo

da região! Parabéns!

@itimartins

Eii galerinha, #ficaadica siga a Revista

@Lettering_, tudo sobre comunicação.

#showdebola ;D

@Diniz_DD

Coisa linda a @Lettering_ Enfim to

degustando! :D

@armindoferreira

Achei muito legal esse premio da

@Lettering_ Uma super iniciativa e

que vai bombar no Vale.

A Lettering tá arrasando.

@josuebrazil

Obaaaa! Recebi minha Lettering.

Já li quase tudo. Tá boa mesmo!!!

revistalettering.com.br

– –

thiago gustavo É fotógrafo. kelma juCá É jornalista. denise Costa É jornalista.

rodrigo abreu É ilustrador. marina duarte É assistente

de arte. luzimar goulart gouvêa É revisor. vanessa

Campos É esCritora e ilustratora. fernanda guerra É jornalista.

editora letiCia maria mtb: 27.773

editora-adjunta Camila gouvêa mtb: 51.269

arte e design editorial karina r dias

Conselho editorialaislan greCaCassio rosas

gustavo gobatto josuÉ brazil

osWaldo rodrigues filho

impressão resolução gráfiCaeditora papel brasil

rua Coronel gomes nogueira 44 - sala 11Centro - taubaté-sp

12010-120

10 mil eXemplares

distribuição gratuita e dirigida

publiCidade [email protected]

(12) 3622.1020revistalettering.com.br

@lettering_facebook.com/revistalettering

marketing polÍtiCo 08 20 marCadesign 40 56 mÍdia

É proibida a reprodução total ou parCial de teXtos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem prÉvia autorização dos artistas ou do editor da revista lettering.os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem neCessariamente a opinião da revista.

MARKETING POLÍTICO > >

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por terem pouCa visibilidade no rádio e na tv, Candidatos a vereador podem apostar em materiais impressos bem produzidos - os Chamados santinhos -, garantindo que sua imagem seja reConheCida mesmo onde não pode estar pessoalmente

thiago gustavo

2012 começou. Para uns, no dia 1º

de janeiro; para outros, finalmente, de-

pois do carnaval. Mas para os ligados

à política, 2012, certamente, começou

há muito tempo! No mínimo, no ano

passado, quando as principais estra-

tégias das campanhas passaram a ser

definidas e se deu início à contagem

regressiva para as eleições municipais,

que acontecem em outubro.

Cada qual com seu desafio, candi-

datos a prefeito e a vereador já defi-

nem, além do arsenal político, a for-

ma que irão adotar para se comunicar

com os eleitores que eles consideram

merecer o seu voto. Muitos deles, na

era do chamado marketing político, já

entenderam que, “em comunicação,

não importa o que você diz, mas, sim,

como as pessoas entendem aquilo

que você diz”.

No caso do segundo grupo, o for-

mado pelos que disputam uma vaga

numa câmara municipal, o desafio

pode ser ainda maior, já que a compe-

tição se dá entre centenas de adver-

sários e sua visibilidade nos horários

eleitorais gratuitos – no caso de cida-

des que contam com emissoras de TV

– é praticamente nula.

Como se destacar no meio de tan-

Eleitor, por favor, vote em mim!

ta gente, de tantas promessas? “Seg-

mentação é a palavra-chave para uma

campanha proporcional, seja de ve-

reador ou de deputado. Isso significa

que o candidato precisa, em primeiro

lugar, identificar qual é a sua bandeira

de trabalho, qual é o nicho social ou

geográfico que ele irá representar”,

aconselha a consultora política Gil

Castillo, da Tupy Company, e diretora

de planejamento do Politicom - So-

ciedade Brasileira de Pesquisadores e

Profissionais de Marketing Político.

Segundo Gil, que soma na sua

experiência profissional inúmeras

campanhas, inclusive no exterior, a

ideia é aproximar o público eleitor das

propostas de cada candidato. “As es-

tratégias visam sempre o público que

se identifica com o perfil de atuação e

com as propostas do candidato”.

Definido o segmento de atuação,

o segunda lição é gastar a sola do sa-

pato. E, nesse campo, durante o cha-

mado corpo a corpo, é hora de lançar

mão de materiais criativos, de boa

qualidade e que toquem o coração

das pessoas.

“É no corpo a corpo que temos

a chance de nos relacionarmos, nos

comunicarmos de maneira mais com-

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kms_revista lettering_0203.pdf 1 02/03/2012 17:00:23

revistalettering.com.br

pleta: calor humano, olhos nos olhos,

diálogo. Ninguém confia no que não

conhece”, diz Pollyana Gama, vere-

adora de Taubaté, pelo PPS (Partido

Popular Socialista), por dois mandatos

consecutivos.

A visão de Pollyana é compartilha-

da pelo diretor da MP Marketing Políti-

co, Marcelo Pimentel, que ressalta que

uma campanha para vereador não é

focada nos meios de comunicação

tradicionais como rádio e TV, mas sim

num esforço de relacionamento. “Na

campanha para vereador, é preciso

ter um bom levantamento sobre as

demandas da sociedade. Em segui-

da, disposição para bater de porta em

porta”, sugere.

Esse “levantamento de informa-

ções” seria, por essa óptica, o ter-

ceiro passo da cartilha do moderno

marketing político - embora desde

a ideia inicial em participar de uma

campanha ele deva existir. Chamados

tecnicamente de pesquisas, para o

experiente marqueteiro político Chi-

co Santa Rita, o levantamento de in-

formações é mais que necessário. “As

pesquisas são ferramentas de traba-

lho. Eu sempre trabalho com pesqui-

sas quantitativas e qualitativas. Costu-

mo dizer que a pesquisa quantitativa

nos coloca o cenário superficial e a

qualitativa aprofunda esse cenário. É

como um cirurgião que, para proce-

der com uma intervenção cirúrgica,

precisa de exames mais aprofunda-

dos”, compara Santa Rita, que tem em

seu currículo mais de 120 campanhas.

E como em todo relacionamen-

to há o tempo da conquista, há de se

cuidar também da manutenção da

relação construída, conforme ressalta

o professor do curso de publicidade e

propaganda da Universidade Presbi-

teriana Mackenzie, Adolpho Queiroz.

“As visitas pessoais têm de ser acom-

panhadas por mensagens telefônicas,

pela internet, por cartas pessoais aos

moradores/eleitores. E isso, não só du-

rante o processo eleitoral, mas duran-

te todo o mandato do vereador. Quem

conseguir manter estas relações está-

veis e perenes, certamente ganhará a

para ChiCo santa rita, não há mais espaço para o amadorismo: “qualquer Candidato sÉrio, que preze a sua Candidatura, tem a ConsCiênCia da importânCia da Consultoria de marketing polÍtiCo”

divulgação

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confiança e o voto do eleitor”, reforça.

Utilizar-se da criatividade e de

técnicas de comunicação para afinar

o discurso, com materiais bem pro-

duzidos, incluindo os chamados san-

tinhos, faixas e praguinhas, ajuda a

imagem do candidato a chegar onde

não foi possível estar pessoalmente,

além de trazer impresso aquele nú-

mero extenso que a maioria dos elei-

tores leva até às urnas para não correr

o risco de errar.

Dá PARA PROFISSIONALIzAR?

Se sua perspectiva está em não

somente concorrer, mas em con-

quistar uma das cadeiras da câmara

de vereadores do seu município, não

basta somente ter carisma, ser uma li-

derança e saber pedir votos. Entender

o processo e ter ações definidas para

os três meses que englobam o perío-

do eleitoral é critério básico para seus

objetivos. “Qualquer candidato sério,

que preze a sua candidatura, tem a

consciência da importância da con-

sultoria de marketing político”, ressalta

Santa Rita.

“A princípio, a própria vida do can-

didato constitui seu marketing. No

período eleitoral, ter um profissional

do ramo ajuda, pois ele colabora para

potencializar os pontos positivos e mi-

nimizar os pontos negativos do can-

didato”.

Por isso, atenção: com base nessa

definição, as atitudes de um candi-

dato são avaliadas como um todo e,

portanto, podem ser um instrumento

de comunicação (positivo ou não) na

época das eleições.

FUGINDO DOS ‘AChISMOS’

De futebol, medicina e política,

todo mundo sabe um pouquinho. É aí

que mora o perigo. “As campanhas de

vereadores são marcadas geralmente

pelo improviso, falta de planejamento

ou de critérios. há mais voluntarismo

do que planejamento”, alerta Adolpho.

Mas se a ideia é preparar a sua

campanha de forma técnica, coesa e

objetiva, a solução está na profissio-

nalização, que, segundo Gil Castillo,

“segmentação É a palavra-Chave para uma Campanha de vereador ou deputado. isso

signifiCa que o Candidato preCisa identi-fiCar qual É a sua bandeira de trabalho, qual o niCho soCial ou geográfiCo que ele

irá representar”, diz gil Castillo, da tupy Company

divulgação

revistalettering.com.br

MARkETING x LEGISLAçãO

A regra de se reportar ao planeja-

mento de sua coligação não demonstra

somente um planejamento estratégico

e uma definição de identidade. Mais

que isso, é o cumprimento da legisla-

ção que ampara as campanhas, os can-

didatos, as eleições, de modo geral.

Propaganda com CNPJ, nome da

coligação, partido, entre outras peculia-

ridades, são somente exemplos de quão

criterioso deve ser o trabalho de uma

equipe dentro do processo eleitoral.

Toda e qualquer ação de comunicação,

ou de outros setores de uma campanha,

deve seguir à risca o que preconiza a le-

gislação eleitoral, sob o risco de severas

penalidades, chegando, inclusive, à im-

pugnação de candidaturas.

Para evitar transtornos no período

eleitoral, já tão turbulento pelo clima

de competição entre tantos candida-

tos, a dica é estar atento às informações

disponibilizadas pelo Tribunal Superior

Eleitoral (TSE). Acesse www.tse.jus.br

danilo C monteiro

12 | 13

evita os famosos “pitacos”, comuns no

período de campanha. “É comum nas

campanhas que muitos opinem. Mui-

tas dessas opiniões podem ser impor-

tantes, mas cabe ao profissional aju-

dar a saber o que considerar ou não”.

A profissionalização, segundo

Marcelo Pimentel, também dá o toque

e o equilíbrio entre a objetividade e o

apelo emocional, ambos importan-

tes em uma campanha. “A decisão do

eleitor é eminentemente emocional,

porém os componentes objetivos de-

vem sempre estar bem conjugados

com a emoção”.

Uma campanha para vereador,

embora seja mais pontual, como de-

finem os especialistas, é também, sem

dúvida, a mais complexa. Num cenário

onde o número de candidatos cresce

consideravelmente a cada eleição, o

concorrente ainda tem de lidar com

outros fatores, dentre eles a padroni-

zação da imagem junto à campanha

de seu candidato a prefeito. “O vere-

ador deve trabalhar em consonância

com a mensagem da candidatura ma-

joritária da sua coligação, ajudando a

divulgá-la em seus nichos de atuação.

(...) Eles [os candidatos a vereador] são

uma parte importantíssima da cam-

panha. São os ‘avalistas’ do candidato

majoritário junto às suas comunida-

des, ou nichos sociais”, destaca Gil.

Segmentação, relacionamento,

pesquisa e discurso adequado. A re-

ceita está completa? Não. Em política,

antes de dar o primeiro passo nessa

verdadeira batalha, é necessário saber

se a munição será suficiente E isso,

caro futuro candidato, só com muito,

muito planejamento.

Por isso, se pretende ocupar uma

vaga na câmara de vereadores de sua

cidade, o seu 2016 pode (e deve!) co-

meçar agora. Feliz ano novo.

marCelo pimentel, da mp marketing

polÍtiCo e governamental,

Chama a atenção para o equilÍbrio dos ingredientes da Campanha: “a

deCisão do eleitor É emoCional, porÉm

os Componentes objetivos devem sempre estar bem Conjugados Com a

emoção”

danilo C monteiro

revistalettering.com.br

A sede de inovar nunca acaba.

BZ Propaganda & Marketing, há 13 anos empresas de destaque bebem da nossa água.

Matriz – São José dos Campos - SPAv. Alfredo Ignácio Nogueira Penido, 255

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A fofoca que atrapalha os negócios

thiago gustavo

Quem nunca brincou de telefone

sem fio? A brincadeira comum à infân-

cia de muitos de nós se torna divertida

quando falhas entre o emissor (quem

fala) e o receptor (quem escuta) de

uma informação promovem distor-

ções no conteúdo original de uma

determinada mensagem. O problema

é quando essa “brincadeira” se torna

uma triste realidade dentro do am-

biente empresarial, em que cada um

fala o que acha que ouviu, dando for-

ça à difusão de informações, muitas

vezes, sem fundamento.

Muito se fala no papel da comu-

nicação interna como uma forma

planejada de acompanhar, controlar

e avaliar os fluxos de informação de

qualquer tipo de organização – seja

COMUNICAÇÃO INTERNA > >

revistalettering.com.br

a Criação de Canais ofiCiais É uma boa saÍda para evitar ruÍdos, mas É preCiso dar voz aos disCursos do públiCo interno, ou seja, a empresa não deve ser a úniCa a falar

privada, pública ou do terceiro setor

– com o intuito de gerar engajamen-

to, comprometimento e motivação

do público interno. Mas um dos seus

maiores desafios é mesmo minimizar

os efeitos dos ruídos da comunicação,

tão comuns nas organizações.

helen Francis, relações públicas e

professora da Universidade de Tauba-

té, explica que os ruídos e fofocas são

fruto natural da convivência entre as

pessoas no ambiente organizacional

e que, embora esses ruídos tenham o

poder de gerar interação e identifica-

ção entre os indivíduos, a falta de uma

comunicação interna planejada e sis-

tematizada e a inexistência de canais

oficiais de comunicação são os maio-

res problemas que uma organização

pode ter. O resultado? A instituição de

uma rádio-peão ou rádio-corredor,

que, dependendo do nível em que

se encontra, pode ser muito maléfica

para a gestão organizacional.

E de que forma esses ruídos podem

contaminar o ambiente empresarial?

“Depende muito da cultura de cada

organização. Aquelas mais inovadoras

têm canal de comunicação mais aber-

tos e, portanto, sofrem menos com a

rádio-peão. As mais conservadoras

acabam sendo mais controladoras

e mais afetadas por esse fenômeno.

O como e o quanto vai contaminar

também dependerão muito do porte

dessas organizações, mas há ‘boatos’

que podem até vir a afetar o negócio

de uma empresa, como, por exemplo,

as de capital aberto”, afirma a relações

públicas.

Segundo a especialista, a manu-

tenção de canais oficiais de comuni-

cação é uma boa saída para evitar ru-

ídos difundidos pela rádio-peão, mas

não adianta utilizar-se somente da-

queles canais que vêm de cima para

baixo, é preciso “dar voz e vez” para os

discursos do público interno, ou seja,

não só falar, mas ouvir também é im-

portantíssimo.

“Acredito que não há como evitar

problemas como esse nas empresas,

mas é possível acompanhar o que

está sendo dito nos corredores e criar

mecanismos para debater, para re-

verter algumas situações, por meio

da comunicação planejada. Um bom

plano de comunicação interna tem a

função de minimizar o impacto desse

fenômeno, mas exterminá-lo jamais”,

diz a especialista. O fato é que qual-

quer processo de informação, princi-

palmente a sigilosa, envolve algumas

pessoas e, no meio disso, alguma coi-

sa pode vazar em quaisquer das fases

de construção dessa informação.

E engana-se quem pensa que o

controle do fluxo de informações, se-

jam elas verdadeiras – e bem funda-

mentas – ou não, está somente sobre

a responsabilidade do profissional de

comunicação. Os executivos também

têm papel fundamental nesse proces-

so.

“E é importante destacar que as

pessoas que se envolvem nesse pro-

cesso de disseminação oficiosa de

informação dentro das empresas

correm um sério risco de perder cre-

dibilidade e de ficarem vulneráveis

profissionalmente, além de deixarem

vulnerável no mercado a imagem da

própria empresa em que trabalham.

Então, o fundamental mesmo é evitar,

por parte do público interno, esse tipo

de comportamento e, por parte das

organizações, o ideal é planejar, con-

trolar e avaliar seu sistema de comuni-

cação interna, para evitar ao máximo

esses ‘ruídos e boatos organizacio-

nais’”, explica helen.

COMO ACABAR COM OS BOATOS?

Assim como qualquer outro ges-

16 | 17

tor de comunicação, o executivo pode

colaborar com o fluxo de informação,

prestando atenção no que está sendo

dito, em qual é a pauta dos corredo-

res e, mais, tentar decifrar a origem do

que está sendo comentado dentro da

empresa.

“Além disso, [o executivo] deve uti-

lizar seus discursos oficiais de forma

intencional e inteligente, conhecer

e se aproximar dos verdadeiros for-

madores de opinião, que não são, de

modo geral, lideranças instituídas pela

empresa, mas são natas, emanadas e

eleitas pelo próprio grupo”, alerta.

há 10 anos à frente da DonaBella

Casa de Delícias, com sede em Tauba-

té e com duas filiais – uma na mesma

cidade e outra em Campos do Jordão

–, a empresária Suzane Taube faz da

rádio-peão sua aliada na hora de le-

vantar ideias e sugestões, que surgem

nas conversas entre funcionários, e

usa dessa oportunidade para implan-

tar melhorias e benefícios aos mes-

mos ou solucionar problemas que

ainda não estejam sob conhecimento

da liderança ou direção.

“Mas claro que tudo precisa ser fil-

trado, usado de forma cautelosa. Tais

manifestações sempre serão naturais,

dos funcionários, e a empresa deve

saber usá-las para transformar o am-

biente de trabalho de maneira positi-

va”, afirma a empresária.

Segundo Suzane, não adianta a

empresa ter uma boa equipe se os

seus integrantes não estiverem bem

informados e não se comunicarem

adequadamente, no momento certo

e na linguagem correta. Para ela, se

a comunicação interna de uma em-

presa não for priorizada, será difícil

potencializar as habilidades de cada

colaborador.

“E se a comunicação não for con-

tínua, ágil e democrática, facilmente

se criam ruídos no ambiente empre-

sarial. Além disso, temos de tomar

cuidado se essa comunicação não for

direta e completa. Mensagens repas-

sadas com conteúdos não consisten-

tes criam espaços para que os funcio-

nários tirem suas próprias conclusões

a respeito da informação”, alerta.

O prejuízo maior causado pela di-

fusão de informações inconsistentes,

segundo Suzane Taube, é a criação de

percepções distorcidas da imagem da

empresa, dos seus valores e da atu-

ação da mesma perante os funcioná-

rios.

“Manter-se informado sempre é

a melhor saída. Mas saber informar

também é imprescindível. Fazer reu-

niões periódicas, colocar informativos

em mural de avisos, ter uma política

de feedbacks contínuos sobre a per-

formance dos colaboradores são prá-

ticas que neutralizam grande parte

das ‘fofocas’. Geralmente, o disse-me-

-disse surge da criação de alguém que

não entendeu direito a informação,

imaginou outra coisa e repassou a in-

formação. O importante é ter certeza

das decisões e da publicação clara e

rápida da informação a todos os cola-

boradores.”

“não há Como evitar problemas Como esse nas empresas, mas É possÍvel

aCompanhar o que está sendo dito e Criar

meCanismos para reverter algumas situações, por

meio da ComuniCação planejada”, diz a

relações públiCas helen franCis

vivian gasperotto

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MARCA > >

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Construir uma identidade totalmente baseada na figura do dono da empresa eXige Cuidados: oCorrênCias pessoais negativas ou mesmo falta de Carisma podem prejudiCar os negóCios. nesse Caso, afastar o gestor pode minimizar o desgaste

thiago gustavo

Pensar em uma maçã no século

21 vai além de imaginar uma refeição

saudável. A conexão da fruta com a

empresa Apple se tornou inevitável,

com seus produtos transformados em

objetos de desejo no mundo inteiro.

Mas pensar em maçã não é apenas

pensar na empresa Apple. A cone-

xão vai imediatamente da empresa

ao gênio inovador que, até sua mor-

te, no ano passado, esteve por trás de

sua alavancada rumo aos corações e

mentes do público: Steve Jobs.

Dono de uma personalidade forte,

que amealhava características como

perfeccionismo, inventividade, per-

sistência e carisma, além da fama de

temperamental e irascível com seus

funcionários, Jobs criou uma identifi-

cação tão profunda com a Apple que

é impossível pensar em um sem lem-

brar-se do outro. Uma identificação

que, para além da imagem, faz parte

da história e do desenvolvimento da

empresa enquanto corporação de

sucesso – os 11 anos (de 1985 a 1996)

em que ficou afastado do comando da

Apple coincidiram justamente com o

período em que a empresa vivenciou

sua maior crise.

Com a volta de seu fundador, em

1996, a Apple experimentou uma das

mais impressionantes arrancadas

rumo ao sucesso, alcançando o al-

mejado reconhecimento do público

e tornando-se referência até mesmo

entre seus concorrentes.

Jobs não foi o primeiro a estabe-

lecer um vínculo tão forte – e indis-

sociável – com a empresa que geriu

e que fundou, em 1976, com seus co-

legas Steve Wozniak e Ron Wayne. No

mundo e no Brasil não faltam exem-

Imagem e semelhança plos de grandes empresas associadas

positivamente a seus líderes, que vão

de henry Ford e a popularização dos

automóveis no início do século passa-

do, a Jack Welch e suas duas décadas

à frente da GE (de 1981 a 2001), Eike

Batista e suas empresas terminadas

em “x” e Antônio Ermírio de Moraes

e a Votorantim. Em todas, a perso-

nalidade de seu gestor é evidente: na

Ford, a racionalização e dedicação à

pesquisa, aliadas ao espírito inovador

de henry levaram à criação da linha

de montagem e do moderno modo

de produção; na GE, o pulso firme de

Welch para demitir, para recomeçar

do zero e para criar um ambiente de

aprendizado e de formação de lide-

ranças a colocaram como a empresa

mais admirada do mundo, segundo

a revista americana Fortune, quando

em sua gestão; no grupo EBx, grandes

e ambiciosos projetos como o ego e

as pretensões de Batista o tornaram

o homem mais rico do Brasil e 8º do

mundo e, na Votorantim, o enfoque

no trabalho foi fundamental para An-

tônio Ermírio de Moraes administrar

de forma profissional o grupo familiar

fundado por seu avô.

São características pessoais como

atenção, dedicação, espírito empre-

endedor, busca da perfeição e amor

no que faz que Olga Maria de Souza

procura levar à Olga Óculos, rede de

óticas com lojas localizadas em Tau-

baté e Pindamonhangaba. Aliadas ao

nome compartilhado entre loja e pro-

prietária, se tornaram componentes

importantes para o sucesso da rede,

que em 2011 completou 20 anos de

mercado. “Trabalhei 15 anos como

balconista em uma ótica em Taubaté

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que já nem existe mais. Eu era mui-

to conhecida e os clientes sempre

me procuravam. Esta ‘popularidade’

foi um grande motivo da escolha do

nome, pois os clientes vinculariam a

loja à minha pessoa”, afirma Olga, que

destaca entre os desafios empresarias

dessa ligação manter a credibilidade e

a qualidade do atendimento.

Rosto sempre presente na comu-

nicação da empresa – sua imagem es-

tampa o site e as redes sociais em que

as lojas estão presentes – Olga acredi-

ta que uma comunicação mais pesso-

al contribui para fortalecer a imagem

das lojas. “Ressaltando o vínculo do

meu nome à loja, muitas pessoas sa-

bem quem eu sou, e para os que não

sabem é importante, é uma estratégia

de marketing. Com o avanço das re-

des sociais, que já fazem parte da vida

das pessoas, tenho um canal aberto e

de interação com meus clientes que

funciona 24 horas por dia.”

VANTAGEM COMPETIVIVA

O crescimento de uma empre-

sa marca um momento chave para a

consolidação ou para o enfraqueci-

mento da associação entre a marca e

seu gestor. E é nesse ponto que se en-

contra outra empresa nascida no Vale

do Paraíba, a Marina Gheler, empresa

voltada à fabricação e à comercializa-

ção de semijoias e acessórios.

Apoiada fortemente na imagem de

sua proprietária homônima, a empresa

se prepara para uma fase de expansão,

por meio de franquias – serão quatro

novas lojas inauguradas em 2012, a

primeira delas no Shopping Pátio Pau-

lista, em São Paulo –, e a identificação

entre a empresária e sua marca está

entre uma das condições para a esco-

lha de seus parceiros. “Sabemos que é

um dos nossos maiores diferenciais.

Para que permaneça essa identifica-

ção minha com a marca, é necessá-

rio que haja uma identificação com

os meus franqueados. Eu diria que já

somos uma família, mesmo antes de

termos inaugurada a primeira unida-

de franqueada. Eles serão ‘eu’ nas lojas

e cuido para que isso seja percebido

pelas nossas clientes”, afirma Marina,

que faz questão de cultivar sua ima-

gem também nas cinco lojas próprias,

localizadas em Taubaté e São José dos

Campos. “Busco no dia a dia, na sele-

ção das colaboradoras, treinamentos

e mecanismos de motivação, meios

para assegurar que esse meu ‘espírito’

esteja nas lojas.”

Vista por Marina como uma im-

portante vantagem competitiva, a

associação entre sua imagem e a das

lojas é amparada por sua frequente

participação em eventos e matérias

sobre moda e pelo envolvimento

pessoal em todas as etapas do negó-

cio, como desenho de novas peças,

acompanhamento do processo de

fabricação e atendimento ao cliente.

“Nos dias de hoje, em que a massifica-

ção de produtos e marcas impessoais

predominam no mercado, isso é um

enorme diferencial. As pessoas, prin-

cipalmente as mulheres, gostam de

relacionamento, e comprar em uma

loja em que você sabe quem é a pro-

prietária e que leva o seu nome, além

de segurança, quebra essa impessoa-

lidade”, afirma a empresária.

FORTALECIMENTO DA MARCA

Não apenas os empresários verifi-

cam o efeito positivo de aliar o nome

do gestor ao empreendimento. Philip

kotler, um dos principais estudiosos

sobre Marketing da atualidade, aponta

essa relação como uma das estratégias

para o fortalecimento de uma marca.

Sobre marcas patronímicas (aquelas

que carregam o nome de seus funda-

dores), a especialista em identidade de

marcas Alina Wheeler assinala como

significativa a transferência que ocor-

re entre aspectos da personalidade do

PRÓS E CONTRAS DA

ASSOCIAçãO DE IMAGENS

VANTAGENS

Ter um porta-voz com ima-

gem forte que represente a marca.

Gestor visto como um líder

capaz de inspirar seus colabora-

dores.

Transferência das qualidades

do administrador para a empresa.

Clientes podem se sentir mais

próximos da empresa.

DESVANTAGENS

Problemas e desgaste na ima-

gem pessoal podem prejudicar a

empresa e vice-versa.

Dependência da imagem de

uma só pessoa, o que pode gerar

dificuldade na sucessão.

Líderes fracos ou muito cen-

tralizadores conferem imagem

negativa para a empresa.

revistalettering.com.br

josÉ Caetano

em eXpansão, marina gheler semijoias e aCessórios aposta no sistema de franquias: “busCo meios para me assegurar que o meu ‘espÍrito’

esteja nas lojas”, diz a proprietária, que dá nome ao negóCio

SUCESSãO INSPIRA CUIDADOS

Apoiar a imagem da empresa

na de seu fundador, ou adminis-

trador, é uma decisão importante,

que traz efeitos que ultrapassam

o período de gestão dessa pessoa

e podem definir o futuro da com-

panhia. “As pessoas passam e as

empresas ficam. Ou, pelo menos,

precisam estar preparadas para

ficar. O marketing da empresa é

que vai definir o quanto a suces-

são será traumática. Uma empresa

que apostou toda a sua reputação

num determinado gestor, difun-

dindo essa imagem no mercado,

certamente vai correr maiores

riscos no momento da sucessão”,

afirma Mário Sérgio Pulice, sócio

e diretor de criação da Regional

Marketing.

Para Pulice, a associação entre

Steve Jobs e a Apple, por exemplo,

não deve ser abalada em curto pra-

zo, mas é a capacidade que seus su-

cessores terão em manter ou não o

espírito inovador da marca nos pró-

ximos anos que fará a diferença.

“Mesmo com seus produtos de

qualidade inegável, a empresa so-

freu e vai sofrer muito a perda de

Steve Jobs. Por uma razão muito

simples: o ramo da tecnologia da

Apple está diretamente ligado ao

aspecto visionário. Porque Steve era

um visionário. Os próximos e espe-

rados lançamentos da marca é que

vão definir o rumo da empresa. O

rosto de Steve Jobs, na minha visão,

vai estar sempre associado ao ícone

da maçã. Para muitos, ele é um ído-

lo. Não há necessidade de substituí-

-lo ou buscar aceitação de um novo

rosto”, acredita Pulice.

Enquanto o exército da maçã

começa a dar seus primeiros pas-

sos sem seu principal líder, outra

empresa vivencia de modo sua-

ve a saída de um líder forte sem

prejudicar a imagem da empresa.

Fora do comando de sua própria

companhia desde 2008, Bill Gates

transferiu aos poucos a responsa-

bilidade sobre a administração da

Microsoft para outros executivos.

Em 2000, o cargo de CEO foi pas-

sado para Steve Ballmer, em 2006,

e Gates anunciou sua retirada

gradual da direção da empresa e,

desde 2008, passou a se dedicar

integralmente a projetos voltados

à filantropia, educação e acesso

à tecnologia na fundação Bill &

Melinda Gates, fundada por ele

e sua mulher. Na opinião de Pu-

revistalettering.com.br

dono para a empresa.

“Quando o dono já é uma perso-

nalidade, a empresa certamente vai

ganhar com a associação dessa ima-

gem. Claro que é preciso haver uma

certa adequação do estilo pessoal

com o negócio da empresa. E aí, toda

a imagem da pessoa física será au-

tomaticamente associada à jurídica.

Por outro lado, se a empresa já tem

um nome forte no mercado, pode ser

uma boa estratégia para o administra-

dor fazer o seu marketing pessoal para

mostrar que é ele quem está por trás

daquele sucesso. Isso vai depender da

estratégia e até, muitas vezes, da vai-

dade de cada dono”, explica Mário Sér-

gio Pulice, sócio e diretor de criação

da agência de propaganda Regional

Marketing, de São José dos Campos.

Se pode trazer benefícios, inves-

tir em uma intensa associação entre

proprietário e empresa, também pode

representar um risco, se não for bem

planejada. Segundo Pulice, antes de

tudo, é preciso analisar se esta ligação

é necessária. “As vantagens e desvan-

tagens estão obviamente ligadas aos

valores agregados. Que credibilidade

tem uma empresa de produtos para

emagrecer se sua imagem estiver li-

gada a um empresário extremamente

obeso? Além disso, mudanças na vida

pessoal podem ser associadas à em-

presa, tanto para o bem, quanto para

o mal”, avalia. “Quando a imagem do

dono se confunde com a imagem da

empresa, os riscos são enormes. Ima-

gine se o Eike Batista fosse pego numa

falcatrua amplamente divulgada pela

mídia? Ou se fosse encontrado pó de

gesso no cimento Votorantim? Certa-

mente não seria bom para a imagem

do Antonio Ermírio. Não há como

evitar os danos de imagem em casos

mais extremos. A decisão sobre correr

ou não esses riscos é uma decisão di-

fícil”, completa.

lice, aliás, o afastamento de Gates

serviu até mesmo para melhorar

a imagem da Microsoft, vista por

muitos como negativa. “Bill Gates

saiu do comando visível porque a

sua imagem já estava mais para

prejudicar do que para favorecer

a Microsoft. É só lembrar da tor-

ta na cara em 2008. A sua ‘busca

pela resignação’ em projetos mais

humanos favorece a empresa nos

dias de hoje. É um homem ex-

tremamente inteligente, que ain-

da transfere essa imagem para a

empresa. Mas a Microsoft certa-

mente não depende mais dele há

muito tempo.”

Para Sebastião Luiz de Mello,

presidente do Conselho Federal

de Administração, o afastamento

do gestor, quando sua imagem já

está desgastada, é um fator que

pode minimizar a transferência de

aspectos negativos da persona-

lidade ou de problemas pessoais

do administrador para a imagem

da empresa. “O gestor precisa ser

humilde e capaz de reconhecer

quando esse desgaste acontece

para sair de cena, antes que a crise

de sua imagem atrapalhe o bom

andamento do negócio”, afirma.

Segundo Mello, ter uma equipe

preparada para lidar com crises e

preparar sucessores que possam

assumir a gestão com competên-

cia é fundamental para que a em-

presa continue a ser bem-sucedi-

da e bem-vista pelo público. “Por

essas razões, mesmo após a morte

de Jobs, a Apple continua líder de

mercado e seus produtos continu-

am com as mesmas referências de

qualidade e inovação.”

olga souza, da olga óCulos, apostou na sua popularidade pessoal para garantir o suCesso de sua empresa, aberta há 20 anos: “as pessoas sabem quem eu sou”

ronaldo rizutti

26 | 27

8-)

:-)

:):

<:o)

Felizes

Nós compreendemos o seu público alvo, eles são:

E conhecemos muito bem nossos clientes, eles são:

Cultos

inteligentes

Festeiros

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frente, é centralizador e não é obje-

tivo em suas decisões? Com certeza,

nessa empresa, os processos tendem

a ser conduzidos com mais morosi-

dade e a incidência de retrabalho é

maior, desmotivando colaboradores

em todos os níveis dentro da empre-

sa. A empresa, para ter sucesso, pre-

cisa de um líder. O líder, para brilhar,

precisa de seus colaboradores. Uma

administração encabeçada por líderes

pautados pela inovação, criatividade,

humildade, que antecipam cenários,

será melhor conduzida, pois seus co-

laboradores estarão mais motivados a

mostrar resultados e encarar desafios,

mesmo diante das dificuldades.”

Moldadas à imagem e semelhança

de seu criador ou gestor, as empre-

sas que se apoiam e buscam refletir

a personalidade destes não devem

deixar de lado a importância da con-

dução que seu líder faz de suas pró-

prias qualidades e fraquezas, como

aponta Mello: “se você quer ser um

bom profissional e um bom líder, seja

antes uma boa pessoa. Nossas atitu-

des refletem os nossos princípios mais

enraizados e não há como negar ou

esconder. A mudança precisa vir de

dentro para fora, senão uma hora essa

falsa liderança começa a ruir. Gesto-

res: construam suas carreiras em ter-

renos seguros e firmes, planejem-se, e

nunca deixem de lado suas estruturas,

pois elas serão necessárias para o seu

crescimento e para o sucesso do seu

negócio”.

Dentre os efeitos negativos da op-

ção pela visibilidade dos empresários

está a possibilidade de exposição tam-

bém de problemas pessoais ou admi-

nistrativos que afetem a imagem do

gestor e arranhem a sua credibilidade

frente aos públicos interno e externo

da empresa. Por isso, a imagem do

gestor tem de ser apresentada cuida-

dosamente e preservada de situações

que possam levar a associações nega-

tivas. “É preciso bom senso, discrição.

Alguns gestores, famosos na mídia,

expõem sua vida pessoal de tal ma-

neira que, quando algo ruim aconte-

ce, colocam em risco o negócio que

administram. Isso é bem emblemáti-

co no mundo do futebol: jogadores

envolvidos em escândalos acabam

deixando passar a crise pessoal para

dentro do campo”, afirma Sebastião

Luiz de Mello, presidente do Conselho

Federal de Administração.

Para Mello, o enfoque na gestão

profissional é fundamental para pro-

mover uma boa associação entre

empresa e empresário, mesmo em

momentos de crise. A visibilidade do

gestor deve ser apoiada não apenas

levando-se em conta sua vaidade,

mas seu espírito de liderança, o que

traz efeitos positivos, tanto para a

imagem, quanto para a administra-

ção da empresa e a motivação dos

funcionários. “Imagine uma empresa

em que o principal gestor não ouve

seus colaboradores, não assume os

erros, não encara os problemas de

mario sergio puliCe, da regional marketing, de são josÉ dos Campos: “se a empresa já tem um nome forte, pode ser uma boa estratÉgia para o administrador fazer o seu marketing pessoal e mostrar que ele está por trás de todo aquele suCesso”

danilo C monteiro

28 | 29

revistalettering.com.br

Por que eu invisto em comunicação

“Com o suporte profissional, Conseguimos realizar um planejamento, potenCializando e direCionando de forma Correta o dinheiro que investimos. sozinhos, aCabamos reCaindo em ações desordenadas e gastando mais, sem obter o resultado”

Clovis FingerDONO DA GOLD FINGER

Lettering_ Como o senhor per-

cebe a força da Comunicação para o

seu tipo de negócio?

Clóvis Finger_ Sem ações de

marketing meu negócio não tem

resultado. O marketing é quase ou

tão precioso quanto os produtos

com os quais trabalho, pois é ele que

mostra, que faz o cliente desejar. É ele

que agrega valor ao meu trabalho.

RL_ há quanto tempo você inves-

te em comunicação?

CF_ São 30 anos de investimento,

mas 15 anos de forma ininterrupta.

No início, não tinha condições de

investir sistematicamente. Foi aí que

contratei uma agência. Com o supor-

te profissional, conseguimos realizar

um planejamento, potencializando

e direcionando de forma correta o

dinheiro que investimos. Sozinhos,

acabamos recaindo em ações desor-

denadas e gastando mais sem obter

o resultado.

RL_ Quais as principais mídias

utilizadas pela Gold Finger?

CF_ A princípio, investimos em

mídias que sejam regionais e não lo-

cais. O rádio é uma ferramenta bem

interessante. Também investimos

em mídia impressa – tablóides, flyers

e revistas –, e TV, que é uma mídia

espetacular. Também investimos em

caracterização das lojas de acordo

com as campanhas.

RL_ Na sua opinião, qual dá mais

retorno?

CF_ Não há como dizer qual dá

mais retorno, justamente porque o

papel da agência está em direcionar

cada campanha para o veículo mais

propício. Na campanha em que da-

mos desconto de acordo com a ida-

de, por exemplo, nosso público é,

certamente, o idoso. Logo, o veículo

que me dará maior retorno é o rádio.

RL_ Que conselhos você dá para

outros empresários?

CF_ Contrate uma agência. Mas

uma agência séria e profissional.

30 | 31

VOCÊ FAZ, VOCÊ CRIA, MAS O QUE VEM DEPOIS?

VOCÊ VAI MUDAR?

FAÇA VALER A ARTE, A MENSAGEM E A

BELEZA DO BEM-DIZER.

O QUE VAI ACONTECER? MUDAR? VOCÊ VAI MUDAR?VOCÊ VAI MUDAR?

O QUE VAI ACONTECER? VOCÊ VAI MUDAR?

FAÇA VALER A ARTE,

VOCÊ FAZ, VOCÊ CRIA, MAS O QUE VEM DEPOIS?

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FAÇA VALER A ARTE, A MENSAGEM E A

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VOCÊ FAZ, VOCÊ CRIA,

VOCÊ VAI MUDAR?VOCÊ VAI MUDAR?

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INSCREVA SUAS PEÇAS E CASES R$60,00 (01/03/12 ATÉ 21/03/12)R$90,00 (22/03/12 ATÉ 31/03/12)

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Com que roupa eu vou para a prateleira?

um produto Com funCionalidade idêntiCa, pode

desbanCar outro por ser apresentado

de forma mais atraente,

melhor protegido

e transportado ou atÉ por ser

mais fáCil de ser identifiCado

danilo C monteiro

O boom da sociedade de consumo

tem posto o cidadão comum em meio

a uma verdadeira trincheira, em que a

batalha se trava no dia a dia das gôn-

dolas de supermercados. Entre tantas

opções de marcas notadamente de

qualidade, fazer-se destacar entre as

demais é uma preocupação de que

a empresa não pode se descuidar na

hora de dispor seu produto nas prate-

leiras, lado a lado ao do concorrente.

Se pensada estrategicamente, é a em-

balagem – item proeminente na vida

moderna, cujo setor deve movimentar

no Brasil, até o fim do ano, cerca de R$

47,6 bilhões, segundo a ABRE (Asso-

ciação Brasileira de Embalagens) – a

carta na manga que pode fazer a di-

ferença entre ganhar e perder o jogo.

Proteção, transporte e identifica-

ção. Essas são apenas algumas das

atribuições que a embalagem cum-

pre desde que o consumo em massa

se expandiu, especialmente no perí-

odo após a Segunda Guerra Mundial

(1939-1945), e cresceu de tal maneira

EMBALAGEM > >

revistalettering.com.br

que dispensa, nos pontos de comér-

cio, a figura do balconista – vendedor

que se encarregava de explicar as ca-

racterísticas do produto, persuadindo

o cliente na compra.

Ainda hoje, a embalagem exerce

sua função primária de modo

exemplar, sendo coringa para as

pequenas empresas, que não dispõem

de verba para investir em propaganda.

“Como o custo da embalagem já

está embutido no custo do produto,

ela é uma poderosa ferramenta

de marketing – em alguns casos,

a única – para 90% dos produtos

presentes em supermercados, com

gasto praticamente zero”, ensina o

coordenador do Núcleo de Estudos

da Embalagem da ESPM (Escola

Superior de Propaganda e Marketing)

e coordenador do Comitê de Estudos

Estratégicos da ABRE, Fabio Mestriner.

Não à toa, empresas de grande

porte sabem da visibilidade que uma

embalagem pode conferir a seus pro-

dutos: a garrafa da Coca-cola e o Leite

Moça (ou seria leite condensado?), da

Nestlé, de tão eficientes já se tornaram

modelos clássicos, copiados em todo

o mundo. A Mecca Cola, refrigerante

fabricado em Gaza (território pales-

tino que dispensa apresentações),

é quase uma rendição silenciosa ao

american way of life.

Independentemente do tamanho

ou do segmento empresarial, o certo

é que essa é uma seara em que todos

devem saber cultivar o espaço para,

mais tarde, colher resultados. “Qual-

quer produto concorre numa cate-

goria e é a categoria, que determina

como se trava a competição dentro

dela”, argumenta Mestriner, com a au-

toridade de quem trabalha há 25 anos

na área. Ele complementa: “Uma boa

estratégia de embalagem e de rótulo

deve partir da compreensão detalha-

da de como está organizada a com-

petição na categoria, para poder posi-

cionar de forma consciente o produto.

É comum encontrarmos produtos que

estão totalmente fora da linguagem

visual predominante na categoria e

quando isso acontece, o consumidor

não considera este produto um com-

petidor de verdade”.

Em outras palavras, é preciso, ini-

cialmente, um trabalho de análise de

quem entende do assunto para pro-

por uma embalagem que reúna qua-

lidades, como o design simples, prá-

tico e criativo. “Antes de desenvolver

qualquer coisa, o primeiro passo é

pesquisar e pesquisar muito, usando

a internet como meio para buscar re-

ferências de outros mercados, empre-

sas concorrentes, história de produtos

e hábitos do público em geral”, explica

Rodolfo Bazetto, diretor de criação da

“ela pode ser uma poderosa ferramenta de marketing e, em alguns Casos, a úniCa”, diz fabio mestriner, da espm

divulgação

34 | 35

anuncio #4.indd 1 6/3/2012 09:57:28

revistalettering.com.br

Bz Propaganda & Marketing. Realizar

visitas nos PDVs (Pontos-de-Venda)

para observar como as mercadorias

são organizadas e se comportam

em seu habitat também faz parte do

processo que se antecipa à criação

de uma peça. “Estudos comparativos

entre os produtos, quanto à forma e

à cor, são fundamentais para se criar

algo que se destaque no mercado”,

conclui.

Dito isso, é válido o lembrete de

que o canal de comunicação entre

a empresa-cliente e a agência deve

estar bem sintonizado, sem ruídos.

Nesse sentido, o briefing serve para

diagnosticar a posição da marca em

relação aos players do setor e, por ve-

zes, calcular onde a empresa pretende

chegar.

Em 2007, a agência Jeter Design

relançou para a Pedigree a embala-

gem de uma linha de snacks, sem que

lhe fosse exigido seguir um padrão

pré-estabelecido internacionalmente.

“Trabalhamos com um tempo bastan-

te reduzido e de maneira muito afina-

da com o departamento de marketing

da Mars [dona da Pedigree], que, após

o relançamento da marca, retomou

o seu crescimento de vendas acima

da concorrência, além de aumentar

seu share”, anima-se Jeter Siqueira,

sócio-diretor da agência que leva seu

nome. E como prova de que cases de

sucesso geram prestígio para todo o

time, dentro e fora de campo, a Jeter

Design venceu naquele ano um con-

curso de embalagem com a peça da

Pedigree.

Outro fator determinante para o

sucesso de uma embalagem é o en-

tendimento de que mais que uma

simples criação, ela deve ser o resul-

tado de um projeto. Para Fabio Mes-

triner, a embalagem é um produto in-

Grupos de funções da embalaGemfunçõesbásicas

Conter, proteger e transportar, garantindo que o produto chegue até os consumidores mais distantes em perfeitas condições de consumo.

funçõesmercadolÓGicas

Informar corretamente as características e atri-butos do produto, além de ser visualmente bo-nita e/ou chamativa para atrair a atenção do con-sumidor, agregando va-lor à marca – o que ajuda no ato da compra.

jeter siqueira, da jeter design, de são josÉ dos Campos, Comemora prêmio Conquistado Com embalagem

Criada para a pedigree

funções complementares Servir de veículo de comuni-cação para mensagens que o fabricante deseja transmitir, como, por exemplo, o site da empresa.

Funcionar como ferramenta poderosa de marketing, apre-sentando promoções e ações específicas do produto, é tam-bém mais uma das possibili-dades da embalagem.

Fonte: Fabio Mestriner, profes-sor-coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e coordenador do Comitê de Estudos Estratégicos da ABRE (Associação Brasileira de Em-balagens).

danilo C monteiro 36 | 37

dustrial que precisa vender bem para

garantir a sobrevivência das empresas

que a utilizam. “O designer deve se-

guir o ‘método’ do design e incluir a

arte e a criatividade apenas como

abordagens complementares em seu

trabalho, pois são muitos os requisitos

técnicos que recaem sobre uma boa

embalagem e não se pode proceder

sem atendê-los”, alerta.

FAzENDO DIFERENTE

Celebrada em bares no happy

hour, a cerveja é uma das paixões na-

cionais, ao lado do futebol e do carna-

val, sendo mesmo o líquido que lhes

permeia o contato. Nesse mercado de

consumo tão disputado – o Brasil é o

terceiro maior consumidor da bebida,

atrás da China e dos Estados Unidos

–, só mesmo a aposta na diferencia-

ção do produto para se permitir entrar

num nicho já dominado por grandes

players mundiais, donos de fatias ge-

nerosas do setor.

De olho nessa competição pelo

gosto brasileiro, uma cervejaria re-

cém-inaugurada em Taubaté-SP in-

veste numa identidade visual que

reflita a originalidade e a história da

marca. “O primeiro contato do clien-

te com o produto é pela embalagem,

que, por isso, é o primeiro divisor de

decisão na hora da compra”, acredita

Ingo Schwabe, sócio-proprietário da

cervejaria Chopp do Fritz.

Desenvolvida pela Bz Propagan-

da, a embalagem do Fritz ilustra um

trabalho pensado em acompanhar

a evolução do produto, uma cerveja

artesanal envasada em garrafa alemã

com tampa de porcelana, que, após

aberta, mantém a qualidade da be-

bida. “A reestruturação visual foi fei-

ta com foco no posicionamento da

marca [que existe desde 1993] como

cerveja exclusiva. O consumidor per-

cebe esse valor e se identifica”, afirma

o diretor de criação Rodolfo Bazetto.

A satisfação por ser o escolhido

num mar de opções, que coloca à

frente do consumidor estímulos que

só a experiência sensorial pode lhe

satisfazer o apetite, pode ser resumida

numa frase do empresário Schwabe:

“Eu quero mesmo é ser lembrado!”.

a linha de produtos Chopp do fritz passou por uma reestruturação visual, tendo Como mote o

posiCionamento de Cerveja eXClusiva

divulgação

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boca grande

cérebro pequeno

Esse é o Australopitacos, um dos primos distantes do homo sapiens. Mas essa não é uma espécie em extinção. Na verdade, vocêjá deve tê-lo encontrado em seu habitat natural: o Mercado. São famosos por suas largas mandíbulas e cérebros minúsculos, que os ajudam a produzir uma enorme quantidade de pitacos. Mas tome cuidado. Por mais que os pitacos pareçam baratos, nem sempre o são.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

DESIGN > >

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um dos maiores desafios da relação empresa/agênCia É adequar gostos pessoais a esColhas tÉCniCas e, talvez, o mais Comum seja o embate pelo tamanho da logomarCa. É missão de ambos Construir uma parCeria sólida: Cliente, dando um voto de Confiança e agênCia, resultados

Quando um estudante passa no

vestibular para o curso de design, uma

das primeiras dificuldades da profis-

são inicia naquele exato instante em

que ele visualiza seu nome entre os

aprovados: explicar aos pais o que um

designer faz.

Salvas raras exceções de pais mais

antenados, em muitos casos, a partir

do momento em que se coloca os pés

na profissão, é também parte da rotina

reafirmar qual o papel de um designer

e porque o trabalho dele é tão indis-

pensável ao sucesso de uma marca.

No mundo das corporações de

grande porte, as principais marcas,

além de grandes produtos ou serviços,

se apoiam essencialmente na constru-

ção feita por um designer. Ou alguém

acha possível desassociar a Rede Glo-

bo do símbolo criado pelo designer

hans Donner? Ou não reconhecer a

letra da Cola-Cola, mesmo que com

ela esteja escrito... hum... Pepsi?

O QUE SE FAz

O papel do profissional da área

está além de simplesmente escolher

formas ou cores. Está em criar, mas

fazer isso sem recorrer a fórmulas se-

cretas. Desmitificando.

“Não acredito que exista uma mís-

tica sobre o que é design. Acredito,

sim, em uma falta de cultura de co-

A relatividade da beleza

municação. Com o passar do tempo,

essa ‘falta’ vem diminuindo, pois es-

tamos vivendo em uma era em que

a comunicação é muito mais instan-

tânea e dinâmica. E, isso faz com que

muitas empresas - que nunca tiveram

um contato com um trabalho de uma

agência de propaganda ou de design

- passem a contemplar, em suas estra-

tégias de negócios, a contratação de

escritórios especializados em comu-

nicação”, ressalta o designer henrique

Barros.

Sócio-diretor de criação da Esgri-

ma Propaganda e Marketing, em São

Paulo, ele tem 12 anos de experiência

no mercado publicitário, inclusive no

Vale do Paraíba, além de três troféus

de ouro do Expocom (Exposição de

Pesquisa Experimental em Comuni-

cação – um dos principais reconheci-

mentos do meio acadêmico).

Completando o currículo extenso

– e somente para citar uma conquis-

ta recente e que atesta a qualidade da

agência -, em 2010 a Esgrima ganhou

um troféu prata e outro bronze no Po-

pai Brasil (The Global Association For

Marketing At Retail, principal entidade

do setor em todo o mundo).

Patrick Vergueiro, designer e dire-

tor de arte multiplataforma na Phocus

Interact, em São José, compartilha a

mesma opinião. thiago gustavo

40 | 41

revistalettering.com.br

“Desmitificar, é uma palavra mui-

to sombria! O design inova, ele emo-

ciona. É o design que faz a mágica de

deixar tudo mais funcional. Design é,

na sua essência, forma e função, o

papel do designer é aliar esses dois

elementos de uma maneira que seja

agradável, criativa, que interaja com

seu possuidor da melhor maneira

possível e o principal, que funcione,

lógico”, explica ele, que também tem

no currículo passagem pelo Magno

Studio, de São José dos Campos.

PARCERIA A SER CONSTRUíDA

Um dos maiores desafios de um

designer é convencer o cliente de

determinadas escolhas. Barros conta

como ele ajuda os seus a entender o

papel do designer.

“Em todas as prospecções da Es-

grima, apresentamos a agência como

uma parceira a longo prazo para es-

crever e mudar a história da marca

da empresa. E acredito que é isso

que deve ser feito. O trabalho de um

publicitário ou de designer vai muito

além de criar peças criativas e boni-

tas. É um trabalho a longo prazo, de

construção de marca, construção de

percepção, de construção da história

da marca. Isso é o mais importante”,

explica.

Ainda segundo ele, a agência de

propaganda, ou de design, é parte da

estratégia de negócio da empresa,

é uma ponte entre os produtos/ser-

viço da empresa e o coração do seu

consumidor. E, se essa ponte for bem

construída, o acesso ao coração do

consumidor fica muito mais rápido,

fácil e certeiro.

Um dilema clássico para os desig-

ners é que uma parcela considerável

dos clientes insiste em pedir para que

o logo da empresa tenha destaque nas

peças gráficas e campanhas, fato que

se torna pivô de discórdia na relação

profissional.

“Essa atitude é muito frequente

em clientes mais conservadores e in-

seguros quanto a mudanças. Por isso,

nunca acreditei que o fato de aumen-

tar o logotipo represente a falta de

conhecimento sobre um bom design.

Acredito, sim, em uma insegurança ou

em uma insistência em achar que au-

mentar o logotipo fará com que sua

“o trabalho de um publiCitário vai muito alÉm de Criar peças Criativas e bonitas. É um trabalho a longo prazo da Construção de marCa, Construção de perCepção, de Construção da hitória da marCa”, diz henrique barros, da esgrima propaganda e marketing

divulgação

42 | 43

COMO AVALIAR UM BOM DESIGN?

Com tantas agências disponíveis

no mercado, como saber quando

você está diante de uma boa opção?

Com a palavra, os profissionais:

“Procure se informar sobre a

empresa de comunicação que você

está contratando, veja o portifólio, os

profissionais que trabalham lá, quem

são seus clientes, e compare todas as

informações, não somente o preço”,

aconselha Patrick, da Phocus Interact.

“Acredito que o maior conselho

é avaliar a comunicação como um

todo. Não se pode olhar somente

uma peça, um só design. É preciso

avaliar o histórico desse design, a

linha do tempo da comunicação, o

que este design trouxe de valores

para a marca, o que ele mudou ou

agregou para a empresa. Aconse-

lho um olhar mais macro para a si-

tuação. Esse olhar 360 graus dirá o

verdadeiro valor do design como um

todo. Mas lembre-se que um bom

design vende. Um bom design atrai.

Um bom design inspira. Um bom

design transforma. Um bom design

constrói o valor da sua marca. Se ele

encontrar tudo isso, ou parte des-

ses itens que citei em toda a linha

do tempo da comunicação, ele tem

em mãos um bom design”, arremata

henrique Barros, da Esgrima Propa-

ganda e Marketing.

O LADO DOS CLIENTES

Para Ana Paula Cacciari, coor-

denadora de marketing do Serramar

Parque Shopping, em Caraguatatu-

ba, escolher um bom design é tam-

bém prestar atenção no todo que a

empresa oferece.

“Tem de passar a mensagem,

a ideia principal, de forma criativa,

considerando sempre o veículo ou

peça. O trabalho em shopping, es-

pecialmente, é muito dinâmico, pois

há necessidades e surgem oportuni-

dades o tempo todo, além de todo o

calendário já traçado no final do ano

anterior e que tem de ter o crono-

grama seguido”, explica.

O dinamismo na resolução de

problemas é um ponto valorizado

por ela, ao apontar as necessidades

de uma campanha no shopping.

“Muitas vezes, no grande volu-

me de jobs [trabalhos], com várias

peças cada, sempre ocorre de faltar

uma informação pedida ou de não

se conseguir captar e passar a ideia”.

marca apareça mais. Nessa hora, o

fundamental é apresentar as técnicas

que envolvem um trabalho publicitá-

rio e os impactos que essa comunica-

ção terá no mercado, não importando

o tamanho do logotipo”, disse Barros.

Para o publicitário, o essencial é

que cada cliente se sinta e, de fato,

seja enxergado como único. “Não é

o logotipo grande que tornará a peça

mais eficiente e, tampouco, o logotipo

pequeno que a transformará em uma

verdadeira obra-prima publicitária.

Existem casos e casos”, argumenta,

salientando os papeis: o designer/di-

retor de arte quer o logotipo peque-

no, porque preza a qualidade visual

e estética da peça, e o cliente quer

aumentar, porque ele está pagando

e acredita que essa atitude fará muito

bem para sua comunicação, sua mar-

ca ficará muito mais visível e logo va-

lerá a pena todo o investimento.

Patrick complementa a fala de for-

ma incisiva sobre o impasse em rela-

ção ao logo. “Temos muitos exemplos

de marcas que são sinônimos de ni-

cho e estampam em letras garrafais

seu logo. Só não deve faltar ao desig-

ner bom senso. Agora, se essa solução

for imposta de maneira arbitrária é or-

dem, não é design”.

De acordo com ele, o que mais se

perde nestes caso é a estética, pois a

peça com essa característica prioriza

o caos e a desinformação. Ele ainda

cita uma máxima da área. “O bom de-

sign faz a pessoa parar, olhar, querer

ter aquilo. Uma peça bem resolvida

vira objeto de desejo”.

marina duarte

A antena Sat – An se tornou “Satan”, devido à proximidade das letras

A letra “k” esti-lizada da marca kudawara, aca-bou com cono-tação sexual

A logo das Olim-píadas 2012, de Londres, também teve conotação sexual

A logo da Pepsi enfrentou proble-mas por remeter à obesidade e à má alimentação

revistalettering.com.br

anuncio_outracena_#4.indd 1 6/3/2012 18:13:34

patriCk vergueiro, da phoCus interaCt, de são josÉ dos Campos: “o bom design faz a pessoa parar,

olhar, querer ter aquilo. uma peça bem resolvida vira objeto de desejo”

divulgação

MERCADO DOS ‘BARATEIROS’

Após a identificação de que tipo

de trabalho o cliente quer, é hora do

designer queimar a massa cinzenta

para buscar inspiração. Mas se engana

quem pensa que ele fica esperando a

inspiração vir em um insight criativo.

É nessa hora que o lado pesquisador

deve entrar em cena.

“Começo esvaziando a cabeça de

qualquer forma de julgamento e faço

uma busca aprofundada de informa-

ções, vasculho tudo que posso sobre

o assunto e derivados do qual tenho

que encontrar uma solução, depois

vou analisando as possibilidades e de-

finindo o caminho que será seguido.

Com essas soluções mentalizadas,

vem a produção propriamente dita”,

revela Patrick.

Barros tem um processo de cria-

ção que ele sugere aos demais mem-

bros de sua equipe. “O processo de re-

ferência precisa ser constante na vida

de um publicitário, seja ele de criação,

ou não. Acredito muito em uma pes-

quisa mais ampla e diversificada. Não

acredito que a pesquisa deve ser feita

somente na hora da criação do proje-

to, pois você corre o grande risco de

entrar em conflito conceitual e acabar

utilizando conceitos já desenvolvidos

para outras marcas. Na hora de criar,

utilizo toda a bagagem de referência

que adquiro constantemente e agre-

go a ela algumas pesquisas pontuais,

antes de iniciar o projeto”.

Com toda a complexidade envolvi-

da no ato de se fazer design, os profis-

sionais da área ainda têm de lidar com

a falta de visão de alguns empresários,

que preferem investir em opções de

trabalho mais baratas, mas sem visar

qualidade. E, ainda, sem levar em con-

ta que um bom designer entrega para

seu cliente muito mais do que uma

material bonito e bem impresso, ele

entrega resultados de construção de

marca, como explica henrique Barros.

“Entre as agências, os preços irão

variar e também o tempo de execução

de cada projeto. É como em qualquer

outra empresa de qualquer outro seg-

mento, a variante preço representa a

qualidade do trabalho até à estrutura

que a agência deixará a disposição

do cliente. Para as empresas, eu diria:

‘Consultem sempre um publicitário e

contratem sempre uma agência para

cuidar da sua marca a longo prazo.

Não valorize o preço. Cuide da sua

marca. Ela é o seu bem mais precio-

so’”.

“A política do mais barato pelo me-

nor tempo é que alimenta esse ‘faz de

conta que tem design aqui’. Conselho:

não se iluda, sua empresa será perce-

bida de terceira linha, se sua comuni-

cação for de terceira linha. O cliente

percebe isso”, argumenta Patrick.

revistalettering.com.br

E disse Kotler:

Nós temos fé na comunicação e na teoria do posicionamento.

AACD, ABAP, Avon, Bimbo, Cooper, Cosan, Cremato Gourmet, Dixie Toga, Epson, Eucatex, Eurofarma, Gerdau, Givaudan, Heatcraft, Itaú, Johnson & Johnson, Klabin, Monsanto, PepsiCo, Raízen, Redecard, Rumo Logística, Sindareia, TGestiona e Universal Jóias, nossos clientes, também.

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Facebook: Supera ComunicaçãoTwitter: @superacom

E a Supera disse amém.

Onde quer que exista uma necessidade,

há uma oportunidade.

ENTREVISTA > >LUCIANA DE BARROS CUNHA MCSS

“muitas vezes, não É neCessário um alto investimento para transformar uma realidade: basta artiCulação, parCeiros Certos e dispostos a se dediCarem à Causa”

danilo C monteiro

revistalettering.com.br

Os novos tempos passaram a exigir novas atitudes por parte das empresas. Em pleno século 21, não é mais aceitável

que uma organização se esquive do envolvimento com trabalhos voltados à comunidade. Integrando o setor de Susten-

tabilidade da Fibria Celulose e Papel, a relações públicas Luciana de Barros Cunha tem inúmeros exemplos de como isso

pode ser feito. Com experiência no mercado regional há cerca de 20 anos, ela falou a Lettering sobre as frentes adotadas

pela Fibria no campo socioambiental, sobre a mudança de comportamento das corporações no que diz respeito ao com-

prometimento com a comunidade e também sobre como empresas dos mais variados portes podem e devem trabalhar

por uma sociedade mais sustentável.

Revista Lettering_ A senhora atua

no mercado de Vale do Paraíba há

cerca de 20 anos. Como profissional

de relações públicas, como percebe a

atuação das empresas em projetos de

responsabilidade socioambiental?

Luciana de Barros Cunha_ A maio-

ria das empresas investe em projetos

ambientais há muito mais tempo do

que em projetos sociais. As questões

ambientais ganharam mais destaque

depois da Eco92, realizada no Brasil.

O tema ganhou espaço na mídia, e as

empresas começaram a ter resultados

com os investimentos em meio am-

biente. Na mesma época, começaram

as discussões sobre responsabilidade

social, que seguiu a linha do assisten-

cialismo por muito tempo. Agora, acre-

dito que as empresas entenderam a

importância desse investimento e sua

responsabilidade para com o desen-

volvimento local. Isso significa que o

investimento, obrigatoriamente, tem

de gerar benefício para a comunida-

de, resultando no desenvolvimento da

região a longo prazo. Além disso, atu-

almente, temos entidades com o obje-

Sua empresa cresce e a sociedade agradece

tivo de apoiar as empresas entendam

que a responsabilidade social, agora

num conceito mais amplo denomina-

da sustentabilidade, deve fazer parte de

seu DNA, como o Instituto Ethos, por

exemplo, que pode ajudar na constru-

ção desse caminho.

RL_ Na sua opinião, como pro-

fissional de relações públicas, qual a

importância do investimento em res-

ponsabilidade social, para ambos: de

um lado, empresas; de outro, a comu-

nidade?

LC_ Essa evolução, da forma como

investir em responsabilidade social, é

positiva para ambos. Lembro da épo-

ca em que as empresas construíam

projetos, ou os compravam prontos e

ofereciam ou aplicavam na comunida-

de, sem ao menos saber se era o que

a comunidade queria ou necessitava.

Fico feliz quando percebo a mudança.

Acredito que já estamos até num ou-

tro patamar, pois ouvir os anseios da

comunidade é parte fundamental do

processo. hoje, buscamos descobrir

juntos. Ouvimos, discutimos, compre-

endemos e tentamos construir juntos.

O diálogo é a melhor ferramenta para

esse caminho. Claro que digo isso ba-

seada no modelo de relacionamento

da Fibria, onde atuo. É um trabalho

também de conscientização da co-

munidade, que precisa mudar o seu

olhar para as empresas e, ao invés de

solicitarem doações pontuais, fazerem

propostas de projetos que realmente

possam contribuir para a melhoria da

qualidade de vida daquela região. Com

isso, todos ganham: a empresa, que

investiu e contribuiu com o desenvol-

vimento das comunidade onde atua,

e a comunidade, que se beneficia do

resultado.

RL_ Como a Fibria define o seu in-

vestimento social?

LC_ A Fibria tem uma política de

investimento socioambiental, com o

objetivo de contribuir para o desen-

volvimento das comunidades onde

atua, gerando lucro associado à con-

servação ambiental, à inclusão social

e à melhoria da qualidade de vida, as-

segurando licença social para operar

e a sustentabilidade do negócio, em

consonância com sua missão, sua vi-

48 | 49

são e seus princípios. Os investimentos

socioambientais são desenvolvidos

prioritariamente nos seguintes eixos

estratégicos: educação, cultura, ge-

ração de trabalho e renda, esporte e

meio ambiente. Seguimos também as

diretrizes do Instituto Votorantim, com

programas voltados à juventude.

RL_ Quais projetos desenvolvidos

pela Fibria nessa área a senhora desta-

ca como importantes para o desenvol-

vimento regional?

LC_ Somente aqui no Vale do Pa-

raíba, neste ano, são trinta projetos, e

cada um tem seu valor. O Parceria Vo-

torantim pela Educação é um projeto

desenvolvido junto com o MEC (Mi-

nistério da Educação e Cultura) e visa

à melhoria da qualidade da educação

pública do município onde é aplicado.

O projeto é dividido em ciclos: em 2011,

o foco foi a sensibilização da família, do

aluno, a valorização do professor, da

escola e da comunidade. Neste ano, o

foco será a escola dos nossos sonhos e

a formação de conselhos escolares. É

um projeto de mobilização social que

oferece ferramentas para que profes-

sores, diretores, equipe das Secretarias

de Educação e Diretorias de Ensino as

utilizem na busca de melhores resulta-

dos na educação. Todo mundo pode

participar! Esse projeto acontece com

o apoio da Fibria em Jacareí, Jambeiro

e Santa Branca.

Na minha opinião, o objetivo desse

projeto deveria ter o foco sempre no

cidadão. Só assim conseguiremos re-

sultados relevantes e poderemos me-

lhorar a educação da nossa cidade, do

nosso Estado, do nosso País. Acredito

muito nisso! O mais interessante é per-

ceber que existem pessoas engajadas,

que acreditam e se dedicam de corpo

e alma para fazer a diferença.

Outro projeto é o Colmeias II, que

consiste em apoiar o desenvolvimento

da cadeia apícola do Vale do Paraíba.

Ou seja, contribuir com associações

de apicultores na melhoria de seus

processos, para aumentar a qualidade

e produtividade. Isso se traduz em ge-

ração de renda, capacitação de jovens

e muito mais.

O primeiro projeto da Fibria com

apicultores foi em Capão Bonito, Sul de

São Paulo, desde 2005. A iniciativa deu

tão certo que hoje o projeto existe em

todos os estados onde a empresa está

presente, SP, MS, ES e BA. Aqui no Vale

do Paraíba, a Fibria apoia sete iniciati-

vas voltadas à apicultura, com o envol-

vimento de valiosos parceiros, como

a Unitau (Universidade de Taubaté), o

Sebrae e a CATI (Coordenadoria de As-

sistência Técnica Integral). Este é outro

ponto muito importante na constru-

ção dos projetos e que a Fibria valoriza

bastante: as parcerias, a união de for-

ças e esforços em busca de interesses

comuns e resultados expressivos. Esse

projeto acontece em 15 municípios no

Vale do Paraíba com apoio do Sebrae

na melhoria da gestão. Em Monteiro

Lobato, com capacitação de jovens

apicultores, e em São Luiz do Paraitin-

ga, Redenção da Serra e Cunha, a Fi-

bria cede área para serem colocados

os apiários. Sabemos que ainda temos

muito trabalho, é um aprendizado, mas

acreditamos que estamos no caminho

certo.

RL_ Como se dá o relacionamento

com as comunidades do Vale do Pa-

raíba? A senhora considera que elas

entendem a intenção das empresas,

na implantação de projetos de cunho

social, cultural e ambiental?

LC_ O Vale do Paraíba é uma região

muito rica, histórica e culturalmente,

com uma grande diversidade de ca-

racterísticas e realidades entre os mu-

nicípios. O relacionamento também é

muito diverso, mas, mesmo os que não

“fiCo feliz quando perCebo a mudança.

aCredito que já estamos em outro

patamar, pois ouvir os anseios da Comunidade É parte fundamental

do proCesso”

danilo C monteiro

revistalettering.com.br

têm conhecimento sobre essas ques-

tões, depois de algumas conversas, o

objetivo acaba sempre sendo o mes-

mo, o de transformar a realidade local.

Então, quando o relacionamento che-

ga a esse ponto é que a empresa con-

segue apoiar boas ideias e iniciativas.

Como a região compreende uma

área muito extensa e muitos municí-

pios, para definirmos o investimento

social, fizemos uma priorização, con-

siderando os índices sociais oficiais e a

área de atuação da empresa.

Mesmo com essa priorização,

temos um modelo em que vários

profissionais da Fibria fazem o rela-

cionamento em todas as regiões, prin-

cipalmente os funcionários que têm

contato diário com os vizinhos das

operações da empresa. Todos eles,

desde os da operação até os do nível

de gestão, entendem a importância

de ouvir e considerar as dúvidas e an-

seios da comunidade. Por conta desse

trabalho, hoje, a comunidade também

entende melhor a empresa, sabe que

ela precisa manter o seu negócio, que

busca eliminar ou mitigar os impac-

tos provocados por suas operações, e

quando isso é tratado face à face, sem-

pre há entendimento.

RL_ De que forma a senhora con-

sidera viável que empresas, indepen-

dentemente do porte, desenvolvam

projetos sociais?

LC_ Acredito que todas as em-

presas podem e devem compreender

de que forma podem contribuir com

uma sociedade mais justa. As empre-

sas buscam certificações importantes

para sua gestão e diferencial competi-

tivo, mas ser legitimado pela socieda-

de é fundamental, é o que podemos

chamar de licença social para operar.

As empresas devem buscar, em seus

negócios as diretrizes para o investi-

mento social, como elas conseguem

contribuir e articular, como podem

ajudar nas questões que estão postas

hoje, como mudanças climáticas, a

questão da água, a das fontes renová-

veis de energia, tudo fundamentado

em seus valores éticos. Somente assim,

as ações de sustentabilidade estarão na

estratégia da empresa. Não é simples,

exige uma mudança de modelo men-

tal, mas acredito que esse é o futuro e,

com certeza, estamos construindo um

caminho nessa direção. Outro ponto

importante é que, muitas vezes, não é

necessário um alto investimento para

transformar uma realidade: basta arti-

culação, parceiros certos e dispostos a

se dedicam à causa.

RL_ Que retorno institucional uma

empresa pode ter por investir em pro-

jetos de responsabilidade social, am-

biental ou cultural?

LC_ Acredito que boa parte das

grandes empresas já se deu conta de

que não dá para fazer marketing com

as ações sociais que a empresa reali-

za ou apoia. O que realmente importa

são os resultados desse investimento.

Então, a divulgação das boas práticas

se torna uma consequência, algo na-

tural. Acho importante que os veículos

de comunicação divulguem o que está

sendo feito. Assim, a sociedade tem a

oportunidade de conhecer modelos de

sucesso que podem ser replicados.

Com certeza, quando esse inves-

timento é realizado de forma ética,

transparente, com diálogo, gerando re-

sultados sólidos, agrega valor à marca

da empresa. Mas o mais importante é

a admiração da comunidade pela or-

ganização. Ela começa a ser percebida

de forma diferente pela sociedade, que

reconhece e valoriza sua atuação. São

esses laços de confiança que deveriam

ser construídos pelas empresas. So-

mente assim, teremos um futuro me-

lhor para todos.

50 | 51

Corra, que as eleições estão aÍ

A Vincere Comunicação, de Taubaté, volta a atenção para as eleições municipais de 2012. A empresa, que já realiza serviços de monitoramento e gerencia-mento de redes sociais para um candidato de Taubaté, acaba de acertar a prestação destes servi-ços para candidatos de Ubatuba e de Lorena. Além das ações eleitorais, a agência também acaba de fechar com a empresa Égide, que atua em Taubaté, na área de segurança patrimonial e zeladoria, para a realização de seu planejamento de comuni-cação.

arriba! ComuniCação rompendo fronteirasDepois de conquistar o contrato com a AlphaVille Urbanismo, em 2011, e

ajudar o cliente no recorde nacional de vendas, por meio de peças modernas e inovadoras que divulgaram o empreendimento aos corretores de São José dos Campos e região, a Arriba! Comunicação repetiu a dose já no início de 2012, vencendo a concorrência do contrato para atuar em Juiz de Fora, Minas Gerais. Novamente, a agência joseense mostrou que sabe fazer diferente e o resultado só poderia ser mais um sucesso de vendas!

Para marcar as comemora-ções de 15 anos da TV Band Vale, a emissora trará para o telespectador novidades na programação, com os Especiais Band Vale. Nos programas, que acontecerão ao longo do ano, estarão alguns dos principais artistas e bandas da música nacional e internacional. Tam-bém estão previstos shows na região do Vale do Paraíba e o lançamento de uma campanha multimídia para marcar a data.

Depois de dar olé em Diego Maradona, em uma campanha interativa da Coca Cola, o ex-jogador Biro Biro chega para estrelar o comercial de TV e demais materiais de divulgação da Black Cola. Com a gestão da Bz Propaganda e Marketing, que é responsável pelo marketing de todo o grupo kLN, o produto será anunciado, além de nos pontos de venda, também em jornais e revistas de todo o Brasil.

Em janeiro deste ano, o Vale Sul Shopping passou a integrar o portfólio de clientes da Regional Propaganda e Marketing, de São José dos Campos. O Shopping, que já é o maior da região e está com as obras de expansão a todo vapor, elegeu a Regional para desenvolver toda a comunicação que acompa-nhará seu novo posicionamento no mercado. O primeiro trabalho da parceria foi a campanha criada para a promoção LiquidaTudo - 30 horas de ofertas arrasadoras.

band vale 15 anos, as Comemorações Continuam

biro biro É estrela de ComerCial Criado pela bz

regional Conquista Conta do vale sul shopping

nova gestão do grupo de ComuniCação e sustentabilidade Começa o ano a mil

Com nova equipe de gestão, o Grupo de Comunicação e Sustentabi-lidade de Vale do Paraíba iniciou suas atividades de 2012 apresentando propostas como a ampliação do número de empresas atuantes e o forta-lecimento do benchmarking entre os profissionais.

Atualmente, o grupo possui 25 membros, que representam as 15 em-presas integrantes, entre elas Embraer, Basf, Fibria, Jonhson & Jonhson, heinenken, Monsanto e Revap.

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que suas ideias

são boas,

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atributo de Cara nova na internet

O site da Atributo, de Tauba-té, está de cara nova, totalmente integrado à nova identidade visual da agência, que se torna cada vez mais orgânica e viva, em constante mudança e cres-cimento. Além da nova direção de arte, o site e as redes sociais da agência contam com uma interatividade integrada, contri-buindo para uma participação mais dinâmica dos usuários.

outra Conquista internaCional para o vale

A A4UATRO, de São José´dos Campos, está em ótima fase! A reestruturação do site da empresa e a aquisição da conta da haldex, empresa sueca, são as duas mais novas conquistas da agência, que fez um trabalho de prospecção de mercado que superou as expectati-vas para oferecer à empresa estran-geira a competência e seriedade dos profissionais brasileiros.

ofiCina da ComuniCação em novo endereço

a ComuniCação ganha força na era do empreendedorismo

A Oficina da Comunicação está em novo endereço. Se-diada em Pindamonhangaba, a agência está a todo vapor, com seus novos projetos e o primeiro deles é, sem dúvida, as suas novas instalações, que fica na Rua Dr. Monteiro César 237 – Centro.

A jornalista Francine Maia, diretora da Maia Comunicação, de Taubaté, é a nova coordena-dora do Núcleo de Jovens Em-preendedores (NJE), um depar-tamento do Ciesp Taubaté, que tem entre suas missões preparar novas lideranças para atuar na entidade e estimular ações que contribuam para o desenvolvi-mento regional.

Pela primeira vez, o NJE de Taubaté terá sua coordenação composta apenas por mulheres. As outras integrantes são Regia-ne Avigo, da Origem Gestão de Eventos, e Fernanda Aparecida de Faria Geraldo, proprietária da Alps Idiomas.

Entre os projetos da equipe, está uma campanha de edu-cação empreendedora, visitas técnicas às empresas, maior participação nas ações da sede e uma sabatina com candidatos a prefeitos de algumas cidades que compõem a Regional.

2012 promete ser um ano decisivo para a ClickNow, de São José dos Cam-pos. Com a veiculação do novo site da empresa, vieram também algumas mudanças de comunicação, relacionamento e posicionamento junto ao mercado.Além dos projetos para canais digitais, a empresa passa a atuar com plane-jamento e gestão estratégica, sendo seu trabalho baseado em três pilares de execução: planejamento, criação e desenvolvimento. Nessa nova fase, dois projetos merecem destaque: o desenvolvimento de um “buscador corporativo” para a Andrade Gutierrez e a elaboração do novo portal da Belta, considerada, por quatro vezes, a melhor associação de agências de intercâmbio do mundo, pelo prêmio LTM Star Agency Association.

CliCknoW anunCia novo site e mudanças na ComuniCação

não para de voar

Depois da experiência na Assessoria de Comunicação da Universidade de Taubaté (ACOM) e de uma breve, mas proveitosa, temporada na Molotov Propagan-da, a estudante de Publicidade e Propaganda, Marina Ferreira, passa a fazer parte da equipe de comu-nicação da empresa multinacional LG, em Taubaté. Recentemente, foi citada em uma das palestras do Social Media Week, nos Estados Unidos, como autora de um dos Tumblrs mais engraçados do mun-do. É ela também quem agora assi-na os infográficos da Lettering.

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Bom e barato. E ainda pode ser bonito

versátil, o rádio leva ampla vantagem

sobre outros veÍCulos na relação

Custo/benefÍCio. mas Cuidado: se sua empresa não

estiver pronta para atender à demanda, o investimento pode ser um tiro no pÉ

Quando Carlos Marcondes decidiu

anunciar sua empresa, a Saframa Imó-

veis, em uma rádio, há 27 anos, muitos

de seus companheiros do ramo não

entenderam sua decisão precursora.

“Anunciar imóvel em rádio? Você deve

estar louco”, diziam. Passadas quase

três décadas, a atitude de Marcondes

não só passou a ser compreendida,

como se tornou uma prática comum

entre os empresários do meio imobi-

liário.

Conhecido por ser um veículo de

grande penetração, o rádio é uma mí-

dia relativamente barata, se comparada

à TV, e tem um excelente custo-bene-

fício, tornando-se uma boa solução

para pequenas empresas que querem

anunciar, mas que não têm verba para

investir no meio televisivo, por exem-

plo.

“O ponto fraco [do rádio] diz res-

peito à sua limitação. Como só conta

para jorge neri, da studio zap,

de são josÉ dos Campos, uma produção de

baiXa qualidade pode prejudiCar o entendimento

da mensagem

danilo C monteiro

MÍDIA > >

com som, é difícil vender alguns pro-

dutos que precisam ser vistos, como,

por exemplo, do segmento imobiliário”,

afirma Eduardo Spinelli, que é sócio e

diretor de criação da Molotov Propa-

ganda e professor de Criação Publici-

tária da Univap (Universidade do Vale

do Paraíba).

“Para mim, no entanto, esse ponto

fraco pode, na verdade, ser um ponto

forte, pois obriga que nós, publicitários,

sejamos cada vez mais criativos, ousa-

dos e inovadores. Nesse caso, quanto

mais difícil de criar, melhor”, completa

o publicitário. Mas como garantir bons

resultados, anunciando em rádio?

Carlos Marcondes garante que

sempre obteve ótimos retornos com

seus investimentos em publicidade

para o rádio e atribui o sucesso de seus

anúncios à sinergia existente entre ele,

que é quem anuncia e quem cria as

campanhas.

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thiago gustavo

“O empresário conhece a realidade

do seu público-alvo, está em contato

direto com ele e, por isso, pode dar um

importante subsídio e feedback para

que a agência de publicidade contra-

tada desenvolva seu trabalho. Depois,

é confiar no talento e na criatividade

do profissional de criação”, afirma Mar-

condes.

Ao publicitário, caberá definir o for-

mato do anúncio. Um spot ou um jin-

gle? Jorge Neri, da produtora Estúdio

zap, de São José dos Campos, explica

que a diferença entre os dois é que o

spot é um “anúncio falado”, seja por

um locutor, uma personagem, ou uma

pessoa comum (ou todos juntos), en-

quanto o jingle é um “anúncio canta-

do”, ou seja, uma música que transmite

a mensagem do anunciante.

E ambos podem ser eficazes, desde

que se leve em consideração o obje-

tivo de comunicação do anunciante

e do produto a ser ofertado. Segundo

Spinelli, o jingle é recomendado em

56 | 57

casos de campanhas institucionais e

políticas, nos quais a repetição, a rima

e a melodia contribuem para que o

ouvinte assimile e memorize a mensa-

gem. Já o spot funciona bem quando

o objetivo é divulgar as características

de um produto, formas de pagamento,

informações como endereço e telefo-

ne da empresa.

“E, em ambos os casos, é possí-

vel utilizar a criatividade para prender

a atenção do ouvinte. Um spot pode

utilizar o humor para contar uma his-

tória com personagens, trilha sonora e

efeitos sonoros, fazendo o consumidor

rir, se emocionar e, o mais importante,

se interessar pelo produto ou serviço

anunciado. Já o jingle, quando mais

‘chiclete’ for, mais eficaz será. Quan-

do digo “chiclete”, eu me refiro àquela

música que não sai da cabeça”, afirma

Spinelli.

Mas o publicitário alerta para o fato

de que, em nossa região, são poucos

os redatores capazes de criar bons jin-

gles. Um bom jingle precisa ter uma

letra simples, uma melodia forte - da-

quelas que a gente canta e assovia jun-

to - e ter a capacidade de transformar

um argumento de venda em uma mú-

sica memorável.

“Uma boa produção de rádio é

aquela que não mata a ideia. Pelo con-

trário, transforma uma ideia no papel

em uma peça publicitária agradável

de ouvir”, explica Eduardo Spinelli que,

junto com a Molotov Propaganda, tem

diversos spots de rádios em seu por-

tfólio.

Um dos mais famosos é o spot

“Buzinas”, criado para Buono Veículos

- Concessionária Fiat de Guaratinguetá

e produzido pela Digimax Estúdio, de

São José dos Campos. A peça rendeu

três prêmios especiais para a agência

no FAM (Festival de áudio e Multimí-

dia), realizado em 2010, em Ribeirão

Preto: troféu de ouro na categoria “Spot

Institucional”, “Grand Prix”, e o prêmio

“Talento Criação”, entregue a Eduardo

∞ O rádio é um veículo de grande penetração e

atinge todas as classes sociais.

∞ A escolha da rádio, do horário e do tipo de anún-

cio são fundamentais para atingir o público-alvo.

∞ Como é uma mídia relativamente barata, se

comparada à TV, o rádio tem um excelente custo-

-benefício.

∞ O ponto fraco do rádio é a sua limitação. Como

só conta com som, é difícil vender alguns produtos

que precisam ser vistos, como, por exemplo, os do

segmento imobiliário. Nesse caso, a criatividade

do publicitário é imprescindível.

∞ Uma boa produção para rádio depende da cria-

ção de uma agência de propaganda e de uma pro-

dutora de áudio.

∞ A falta de conhecimento técnico sobre áudio e o

marina duarte

senso estético duvidoso são os erros mais comuns

entre às produtoras.

∞ Tais erros comprometem a credibilidade e a inte-

ligibilidade da mensagem.

∞ Quem tem melhor tecnologia, vozes, músicos e

locutores, cobra mais caro, pois o custo é maior.

∞ O spot é um “anúncio falado” por um locutor, um

personagem ou uma pessoa comum (ou todos

juntos).

∞ O spot funciona bem quando o objetivo é divul-

gar as características de um produto, formas de

pagamento, informações como endereço e telefo-

ne da empresa.

∞ O jingle é um “anúncio cantado”, ou seja, uma

música que transmite a mensagem do anunciante.

∞ O jingle é recomendado em caso de campanhas

institucionais e políticas, em que a repetição, a

rima e a melodia contribuem para que o ouvinte

assimile e memorize a mensagem.

∞ No Vale do Paraíba o rádio é um meio extrema-

mente eficaz, devido à grande aceitação popular e

à importância que possui em cidades não cober-

tas pelas emissoras de TV.

∞ As rádios e programas sertanejos são um fenô-

meno de audiência, mas por ser um estilo popular,

nem todo produto é adequado.

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ConceitoConceito

para eduardo spinelli, da molotov

propaganda, de taubatÉ, o desafio

do spot ou do jingle É Chamar a atenção

do ouvinte: “o jingle, quanto mais ChiClete for, mais

será efiCaz”

danilo C monteiro

Spinelli e Fabiano César, que também

é sócio e diretor de criação da Molotov.

“Foi a primeira vez que uma agên-

cia do Vale do Paraíba recebeu um

‘Grand Prix’, o troféu de prêmio máxi-

mo, em um festival de propaganda do

interior paulista”, conta Spinelli.

PARCERIA

Mas é importante lembrar que não

somente à agência cabe a responsabi-

lidade de ser bem sucedida com uma

boa produção para o rádio. Isso porque

outros profissionais de produtoras e

seus terceirizados fazem parte do pro-

cesso criativo.

“Quando eu trabalho com compo-

sitores e produtoras de áudio, costumo

dar liberdade criativa a esses profissio-

nais. Gosto que eles se sintam também

co-autores do material, pois assim o

envolvimento é maior, a vontade de fa-

zer um material diferenciado é maior”,

comenta Eduardo Spinelli. “O resultado,

na maioria das vezes, é uma agradável

surpresa. A produtora sempre tem algo

valioso a contribuir.”

Em contrapartida, podem ser pre-

judiciais à peça publicitária e ao resul-

tado do anúncio a falta de conheci-

mento técnico sobre áudio (gravação,

mixagem e masterização), o senso es-

tético duvidoso e a falta de variedade

vocal (locutores, cantores e atores).

“Esses são os erros mais comuns

entre as produtoras. Erros que com-

prometem a credibilidade e a inteligibi-

lidade da mensagem e, o pior, resultam

em dinheiro jogado fora”, alerta Jorge

Neri, da Estúdio zap.

E saiba que não existe mágica, nem

milagre. Alguns clientes se espantam

com a diferença de preços entre pro-

dutoras, mas quem tem melhor tec-

nologia, vozes, músicos e locutores,

acaba tendo que cobrar mais caro pela

produção, pois o custo é maior.

“E o anunciante também deve sem-

pre evitar contatar a produtora direta-

mente (a fim de reduzir custos). Nós,

produtores, não criamos anúncios. E se

alguma produtora disser que cria, fuja.

‘É cilada, Bino!’”.

Para quem se animou a inves-

tir nessa mídia, o empresário Carlos

Marcondes deixa uma última dica. Só

anuncie se sua empresa estiver bem

estruturada e preparada para o retorno

que a publicidade pode te dar. “Do con-

trário, você se queima. É um tiro no pé.”

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Trazer a discussão do desenvolvi-

mento regional do mercado publicitá-

rio é um privilégio. Após mais de 20

anos trabalhando no mercado publici-

tário regional, resolvi estudar profun-

damente esse tema e percebi que essa

discussão está sendo amplamente es-

tudada.

A propaganda em mercados regio-

nais visa inserir os produtos/serviços

dos anunciantes na realidade de cada

local, adequando a sua comunicação

às necessidades e características re-

gionais. Essa prática tem contribuído

para alterar o cenário dos anuncian-

tes, das agências de propaganda e dos

veículos de comunicação em todo o

país.

A propaganda regionalizada passa

a constituir parte do orçamento das

empresas nacionais bem como possi-

bilita que as empresas de médio e pe-

queno porte participem do processo

midiático, o que fomenta os negócios

no mercado regional e colabora para

o desenvolvimento econômico atra-

vés da geração de empregos e novas

oportunidades na área de comunica-

ção.

Para que a eficiência das campa-

nhas publicitárias regionais aconteça

com o sucesso esperado é importante

e fundamental que se entenda a pro-

O desenvolvimento regional da propagandaPor Gisele ToledoDIRETORA FINANCEIRA DA APP/VALE

paganda em cada contexto, visto que

é uma das principais estratégias to-

madas pelas marcas nos dias de hoje,

afinal, as diferenças entre os estados

brasileiros evidenciam a realização de

uma comunicação específica e dire-

cionada ao segmento desejado.

A propaganda regional tem to-

mado proporções jamais vistas an-

teriormente no mercado publicitário

e trouxe uma discussão de projeção

nacional através do 1º. Fórum Mer-

cados Brasileiros, realizado pela ABA

– Associação Brasileira de Anuncian-

tes, a FENAPRO – Federação Nacional

da Propaganda, e a revista do CENP -

Conselho de Normas-Padrão que traz

em sua edição um artigo sobre esse

evento enfatizando a importância da

propaganda nos mercados regionais e

fortalecendo a participação dos anun-

ciantes nacionais em projetos e mídias

regionais. O publicitário Júlio Ribeiro,

presidente da Talent, cita que as em-

presas que não acreditarem nos mer-

cados regionais certamente perderão

share, e a valorização dos mercados

regionais não são mais uma questão

de estratégia, e sim, de sobrevivência,

pois como ele mesmo disse: “Davi fi-

cou maior que Golias”. Nesse mesmo

contexto, estudos do IBOPE trazem

aprendizados muito significativos, tal-

vez o mais importante seja a identifi-

cação de 52% das marcas que atuam

no país são regionais e participam de

ações e eventos locais.

Sabe-se que várias marcas regio-

nais fazem frente à concorrência das

marcas nacionais, a adequação de

produtos e serviços atende de forma

consistente superando a expectativa

dos consumidores locais.

Para a empresa que realmente tem

por objetivo estar alinhada a realidade

local não existe nada mais conciso e

verdadeiro do que “pensar globalmen-

te e agir localmente”. É de longe a mais

vencedora estratégia de negócios, o

crescimento dos mercados regionais

é visível tanto no varejo como na in-

dústria.

Com isso, a propaganda regional

vem crescendo e criando novos pos-

tos de trabalho em áreas específicas

da comunicação, desenvolvendo mão

de obra, elevando o nível de produção

televisiva, proporcionando ao mer-

cado publicitário acesso a divulgar

produtos e serviços com valores onde

o custo benefício são acessíveis ao

anunciante local, criando assim, um

crescimento econômico em várias

áreas da comunicação, estabelecendo

uma próspera e crescente evolução

do meio.

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Por Vanessa CamposESCRITORA E ILUSTRADORA. TEM DOIS

LIVROS PUBLICADOS E UM BLOG WWW.

VANESSACAMPOSROChA.BLOGSPOT.COM

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