UNE CONVOCA “AGOSTO VERDE E

AMARELO” EM DEFESA DOS 10% DO PIB PARA

EDUCAÇÃO

I N FO R M AT I V O O F I C I A L D A U N I Ã O N A C I O N A L D O S E S T U D A N T E S – A G O S TO 2 0 1 1 – W W W. U N E . O R G . B R

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O jornal Nossa Voz é uma publicação da União Nacional dos Estudantes.

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Material produzido com os recursos da carteira estudantil. Abaixo a MP 2208/01

AGOSTO VERDE E AMARELONo mês da volta às aulas, convidamos a todos para celebrarmos juntos o dia do

estudante e comemorar os 74 anos da UNE nas ruas do país, com a irreverência característica da juventude, que estará pulsante neste “agosto verde e amarelo”. Conosco, vamos trazer o colorido da primavera e as lutas para garantir a vivência de um novo Brasil.

Neste jornal, queremos dar as boas vindas aos novos estudantes que começam agora uma fase de colheitas em suas vidas e fazer um convite para que todos parti-cipem, da forma como melhor lhe convir, do movimento estudantil em sua institui-ção de ensino. É uma chamamento àqueles que querem contribuir e fazer florescer ainda mais esse novo Brasil que estamos vivendo.

Apresentamos aqui também um pouco sobre a nossa UNE, a União Nacional dos Estudantes, entidade para a qual tive o maior orgulho de ter sido eleito presidente no último dia 17 de julho, durante o congresso que aconteceu em Goiânia e reuniu mais de 10 mil estudantes, dos 26 estados e o distrito federal, representando cerca de 800 municípios brasileiros.

Convocamos os estudantes para neste mês de agosto levantarem as suas ban-deiras e com marchas, debates e atos públicos defender mais investimentos para a educação, maior democratização do acesso ao ensino superior e garantias de direitos para a juventude.

Ocupar as ruas e universidades nesse “agosto verde e amarelo” é fortalecer a uni- dade e o ritmo de mobilizações que marcam a luta dos estudantes no último período. O momento é de intensificar e ampliar conquistas como a meia entrada, o passe livre com melhor transporte público e a defesa da política de estágio e das bolsas de pesquisas.

Uma grande #marchadosestudantes verde e amarela está convocada para to-mar Brasília no dia 31 de agosto. Pelas redes sociais será lançada a campanha #educacao10, para garantir 10% do PIB e 50% do fundo social do Pré-sal para a educação.

Nas páginas a seguir, vocês encontrarão textos sobre a organização da UNE e os diversos espaços que podem ser ocupados por novas idéias, sejam elas derivadas do esporte, da cultura ou da política.

Vivendo o novo Brasil, nascerão flores.

Daniel IliescuPresidente da União Nacional dos Estudantes

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UNE 75 ANOS Vivendo o novo Brasil

A escola e a universidade são o pri-meiro momento de encontro e socializa-ção da juventude. É também onde, pela primeira vez, os jovens podem organizar coletivamente seus olhares, opiniões e vontades de mudar a realidade. A essa atividade, que acontece fora da sala de aula, é dado o nome de movimento es-tudantil, algo que envolve tanto a organi-zação de uma festa como a participação em uma passeata, a criação de uma em-presa júnior ou a representação política para debater as principais questões do país. No meio desse processo, os jovens vão se organizando em entidades como os grêmios estudantis, DAs, DCEs, uni-ões municipais e estaduais de estudan-tes, executivas nacionais de cursos. To-das essas organizações juntas formam, há mais de 70 anos, a União Nacional dos Estudantes (UNE).

A UNE estrutura-se, basicamente, em três instâncias: o Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb), que reúne os diretórios acadêmicos (DAs) e centros acadêmicos (CAs) do Brasil; o Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg), que agrega os diretórios centrais de es-tudantes (DCEs) e executivas nacionais de cursos; o Congresso da UNE (Conu-ne), formado por todas as entidades e também por todos os estudantes que quiserem, de maneira livre, participar. O Conune, que acontece a cada dois anos, é a maior instância do movimento estu-

dantil brasileiro, quando é escolhida a nova diretoria da UNE e quando são de-cididos os rumos da entidade.

Porém, há como participar da UNE e do movimento estudantil de diversas outras formas. A principal é a própria colaboração em cada DA, DCE ou qual-quer outra entidade representativa dos estudantes, debatendo os problemas locais e propondo soluções. A UNE também realiza encontros nacionais temáticos, como o Encontro de Estu-dantes Negros e Cotistas e o Encontro de Mulheres. Outra grande atividade é a Bienal da UNE, voltada principalmen-te para a área da Cultura, com mostras universitárias e convidadas de música, cinema, artes visuais, literatura, artes plásticas e artes cênicas. Em muitas universidades do Brasil, a UNE atua também a partir do Circuito Universi-tário de Cultura e Arte (CUCA da UNE).

Entre todos os movimentos sociais brasileiros, o movimento estudantil é, simultaneamente, o mais antigo e o mais jovem, sempre renovado pelas demandas e sonhos de cada geração. Com suas caras limpas ou pintadas, carregando bandeiras de todas as co-res, prontos para fazer a diferença, os estudantes são a força mais poderosa da nação e, inevitavelmente, donos de seu futuro.

E você? Tem um plano para mudar o mundo? Então seja bem vindo.

CONECTE.

UNE – União Nacional dos Estudanteswww.une.org.brtwitter.com/_unefacebook.com/unepelobrasilyoutube.com/uneoficialflckr.com/_une

Bienal da UNEwww.bienaldaune.org.brtwitter.com/bienaldaunefacebook.com/bienaldauneyoutube.com/bienaldauneflickr.com/bienaldaune

CUCA – Circuito Universitário de Cultura e Artecucadaune.blogspot.comtwitter.com/cucadaunevideolog.tv/CUCAUNE

ANPG - Associação Nacional dos Pós-graduandoswww.anpg.org.brtwitter.com/anpg

UBES - União Brasileira dos Estudantes Secundaristasubescomunica.wordpress.comtwitter.com/_ubeswww.facebook.com/ubesecundarista

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CAMPANHAS DO “AGOSTO VERDE E AMARELO” 10% do PIB e 50% do fun-do social do Pré-Sal para a educação

Sem um financiamento robusto, que contemple os mais diversos níveis e as-pectos do ensino brasileiro, o desafio de qualificar a educação e democratizar o acesso ficará cada vez mais distan-te. É assim que a União Nacional dos Estudantes, em conjunto com outras entidades que compõem o movimento estudantil (a UBES e a ANPG), lançou em outubro de 2009 a campanha pelos 50% do fundo social do Pré-sal para a educação.

A luta por um novo marco regulató-rio do petróleo brasileiro, que inclui a criação deste fundo social, relaciona-se diretamente com a soberania e o de-senvolvimento do país, que não aceita

mais ver os frutos de seus recursos na-turais serem enviados para o exterior e concentrados nas mãos de uma pou-ca minoria que se privilegiou de todos esse ciclos de riqueza desde os tempos do pau-brasil, passando pelo açúcar, o café e a cana.

A proposta dos 50% foi aprovada pelo Congresso Nacional mas vetada pelo poder executivo no final do ano passado. Neste mês, uma nova e impor-tante vitória: o projeto de lei, apresenta-do pelo senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), venceu a primeira etapa em sua nova tramitação no Congresso ao ser aprovado no último dia 4 de agosto na Comissão de Infraestrutura do Senado. O tema será agora debatido em audi-ência pública conjunta nas comissões onde o projeto ainda tramitará (Assun-tos Econômicos e Educação).

Somada à luta pelos recursos do pré-sal está a defesa da destinação de 10% do PIB para educação. Esta é uma das emendas que a UNE fez ao Plano Nacional de Educação, atualmente em tramitação no Congresso Nacional. O PNE traça as metas para a educação brasileira nos próximos 10 anos e, por

isso, seu conteúdo terá impacto sobre toda uma geração de estudantes. E é no quesito financiamento que mora o principal problema do Plano, que prevê ampliar gradualmente os recursos até atingir 7%, em 2020.

Nesse ponto, existe profunda discor-dância entre a UNE e a proposta do go-verno. Em conjunto com outros setores do movimento educacional, os estudan-tes lutam para elevar o investimento em educação para 7% do PIB ainda em 2011 e, até 2014, atingir os 10%. É assim que a UNE lidera a luta “Educação 10”, para que se crie as condições para o investi-mento na educação em todos os níveis e permitir que esta área tão estratégica para o desenvolvimento do país final-mente possa sanar a dívida histórica que possui com o povo brasileiro.

10% do PIB para quê?• Para acabar com o analfabetismo.• Para universalizar o acesso à educação.• Para investir mais em Assistência

Estudantil e bolsas de pesquisa.• Para melhorar as condições de tra-

balho dos professores brasileiros.

PARTICIPE DO AGOSTO VERDE E AMARELOOcupe os espaços públicos em defesa dos 10% do PIB para a educação

#marchadosestudantes31 de agosto – Brasília/DFConcentração às 9h em frente ao Museu NacionalOrganize sua caravana. Leve sua bandeira. Vamos colorir a capital do pais. A “primavera brasileira” chegou!