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S TA . E DWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXIV * N. 277 * Janeiro de 2014 Pág. 15 Especial Com o objetivo de expandir a vida religiosa infantil da nossa paróquia, a Pastoral dos Coroinhas convida todas as crianças entre 7 e 13 anos para seguir o exemplo de São Tarcísio, Padroeiro dos Coroinhas, a fazer parte desta pastoral em 2014. Pastoral dos coroinhas convida crianças da comunidade para o serviço ao altar Pág. 06 O significado de um texto não depende somente do leitor atual, mas de muitos outros fatores que precisamos levar em conta. É assim que fazemos uma “leitura crítica” da Sagrada Escritura. Texto e significado Obra Social Santa Edwiges OSSE No dia 25 de dezembro, as Obras Sociais de Santa Edwiges, completou 45 anos de serviços com a comunidade. Leia o texto escrito pelo Presidente da OSSE e ajude-nos a continuar a transformar sonhos em realidade. Pág. 04 Notícias Entrega das Sacolinhas de Natal Pág. 09 Pág. 06 A todos que contribuíram para um momento de alegria para as crianças da OSSE e da Casa da Criança Santa Ângela, o NOSSO MUITO OBRIGADO! Especial A Esperança que brota! Precisamos saber que a Esperança deve ser trabalhada em nós em todos os momentos, sejam de vida, de morte, de realização ou mesmo quando nós não temos a mesma sorte, a esperança do- tada da fé vai fazer de nós agentes de vida...

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Page 1: Janeiro 04 sta edwiges web

STA. EDWIGESPadres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXIV * N. 277 * Janeiro de 2014

Pág. 15

Especial

Com o objetivo de expandir a vida religiosa infantil da nossa paróquia, a Pastoral dos Coroinhas convida todas as crianças entre 7 e 13 anos para seguir o exemplo de São Tarcísio, Padroeiro dos Coroinhas, a fazer parte desta pastoral em 2014.

Pastoral dos coroinhas convida crianças da comunidade para o serviço ao altar

Pág. 06

O significado de um texto não depende somente do leitor atual, mas de muitos outros fatores que precisamos levar em conta. É assim que fazemos uma “leitura crítica” da Sagrada Escritura.

Texto e significado

Obra Social Santa Edwiges

OSSE

No dia 25 de dezembro, as Obras Sociais de Santa Edwiges, completou 45 anos de serviços com a comunidade. Leia o texto escrito pelo Presidente da OSSE e ajude-nos a continuar a transformar sonhos em realidade.

Pág. 04

NotíciasEntrega das Sacolinhas de Natal

Pág. 09

Pág. 06

A todos que contribuíram para um momento de alegria para as crianças da OSSE e da Casa da Criança Santa Ângela, o NOSSO MUITO OBRIGADO!

Especial

A Esperança que brota!Precisamos saber que a Esperança deve ser trabalhada em nós em todos os momentos, sejam de vida, de morte, de realização ou mesmo quando nós não temos a mesma sorte, a esperança do-tada da fé vai fazer de nós agentes de vida...

Page 2: Janeiro 04 sta edwiges web

Inicia-se mais um ano, e muitas pesso-as aproveitam para viajar e descansar. Outras pessoas começam este novo Ano

com muitas expectativas e muitos planos para sua vida profissional e pessoal.

Podemos fazer tudo isso, pois, afinal de con-tas durante um ano inteiro realizamos muitas atividades, algumas cansativas demais e outras que até pareciam que não iria ter um fim. Mas sem nos esquecermos de sempre colocar Deus em primeiro lugar, seja no descanso, nas reali-zações de atividades e agora nos propósitos de planejamentos para o Ano que se inicia.

São árduos todos os instantes da vida, mas como já mencionei, se nos colocarmos com hu-mildade diante de Deus, entregarmos tudo em suas mãos, com certeza os resultados não virão como num passe de mágica, mas com Ele os obstáculos vão ficando menos íngremes, e além do amadurecimento que vamos adquirindo pe-rante a cada dificuldade enfrentada.

Que possamos renovar as nossas esperanças a cada dia deste 2014, que a Paz e Alegria possa reinar em nossos corações e que possamos ser Luz, em cada lugar que estivermos, irradiando aqueles que ainda não conhecem as bênçãos de um Deus de Amor.

Feliz 2014 a todos!

calendário02

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São PauloRegião Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ

Responsável e Editora: Karina OliveiraProjeto Gráfico: 142comunicação.com.brFotos: Gina, Fátima Saraiva e Arquivo InternoEquipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Valdeci Oliveira

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 07/01/2014Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 6.000 exemplares. Distribuição gratuita

santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

Karina [email protected]

editorial

20 SegSemana CatequéticaVisita aos idosos e enfermos da Comunidade pelos Seminaristas dos Oblatos de São José

Santuário--

19h30

21 TerSemana CatequéticaVisita aos idosos e enfermos da Comunidade pelos Seminaristas dos Oblatos de São José

Santuário--

19h30

22 QuaSemana CatequéticaVisita aos idosos e enfermos da Comunidade pelos Seminaristas dos Oblatos de São José

Santuário--

19h30

23 QuiSemana CatequéticaVisita aos idosos e enfermos da Comunidade pelos Seminaristas dos Oblatos de São José

Santuário--

19h30

24 SexSemana CatequéticaVisita aos idosos e enfermos da Comunidade pelos Seminaristas dos Oblatos de São José

Santuário--

19h30

25 SabVisita aos idosos e enfermos da Comunidade pelos Seminaristas dos Oblatos de São José

26 DomOrdenação Diaconal do Frei EdenilsonVisita aos idosos e enfermos da Comunidade pelos Seminaristas dos Oblatos de São José

Santuário--

11h

Calendário Paroquial Pastoral 2014

Page 3: Janeiro 04 sta edwiges web

EduCação, Para quê?

Para melhor pensarmos sobre o presente e o futuro na educação, vale recordar um pensamento de Santo Agostinho. Assim ele se expressa em uma de suas obras: “quem, por conse-guinte, se atreve a negar que as coisas futuras ainda não existem? Não está já no espírito a expectação das coi-sas futuras? Quem pode negar que as coisas pretéritas já não existem? Mas está ainda na alma a memória das coisas passadas. E quem contesta que o presente carece de espaço, por-que passa num momento? Contudo, a atenção perdura, e através dela con-tinua a retirar-se o que era presente. Portanto, o futuro não é um tempo longo, porque ele não existe: o futuro longo é apenas a longa expectação do futuro. Nem é longo o tempo passado porque ele não existe, mas o preté-rito longo outra coisa não é senão a longa lembrança do passado”. Esse é um grande desafio para entender a educação. É preciso olhar o passado para perceber o caminho percorrido, entender o momento presente para poder projetar algo para o futuro.

É comum encontrarmos afirmações

educação 03santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

nos mais diversos estudos sobre a so-ciedade de que no mundo atual é fruto de um processo percorrido por muitos anos pela humanidade. Na atualidade, as várias instituições que existem es-tão sofrendo enormes pressões devido o processo de globalização, aos avan-ços da tecnologia e a busca constante por novas informações. Tudo isso tem levado a uma exigência no campo científico e, ao mesmo tempo, fazen-do com que as pessoas cada vez mais se dediquem a aquisição e aprofunda-mento do conhecimento. Na esteira de todas essas mudanças o mercado de trabalho tem ficado cada vez mais exigente, pois carece de indivíduos com qualificação apropriada para de-senvolver as mais diversas tarefas. Ao mesmo tempo em que ocorrem essas mudanças, verifica-se que o processo de exclusão social parece crescer na mesma proporção, e com as leis de mercado que em muitos casos cor-roboram para gerar novos excluídos devido a necessidade de obtenção de lucros constantes. Juntamente com todos esses problemas, existe ainda a degradação da natureza e a escassez

dos recursos naturais devido a explo-ração constante e desenfreada.

Diante desse quadro, precisamos nos perguntar qual será o papel da edu-cação para o mundo atual e para os tempos futuros. Certamente essa não é uma resposta simples e nem mesmo as possíveis soluções para tais problemas são fáceis de encontrar. O pensador Morin (2000) escreve que a educação precisa aprender a lidar com um tempo de incertezas, onde as coisas mudam constantemente. E o mesmo autor vai além quando afirma que a “grande conquista da inteligência seria poder, enfim, se libertar da ilusão de prever o destino humano. O futuro permanece aberto e imprevisível”.

Possivelmente esse seja o grande desafio da educação no tempo presen-te. Em todo processo educativo seria preciso encarar a ideia de que prever com exatidão o futuro dos seres hu-manos é algo difícil de conseguir. Por outro lado, Nóvoa (2009) ao escre-ver sobre o mesmo assunto se apóia em outro estudioso para afirmar que o “pensamento contemporâneo sobre educação tem de ir além do já conhe-

cido e alimentar-se de um pensamento utópico, que se exprima ‘pela capa-cidade não só de pensar o futuro no presente, mas também de organizar o presente de maneira que permita atuar sobre esse futuro’” (Furter, 1970).

Tendo em vista que todos vivemos as incertezas seja para o momento presente quanto para o futuro, se-gundo o pensamento de Morin, mas que ao mesmo tempo a educação não pode ficar alheia aos acontecimentos atuais e nem mesmo deixar de pen-sar, refletir e propor condições para que as pessoas atuem na busca de um mundo melhor para todos seja na atu-alidade e nos tempos vindouros, sur-ge a necessidade de buscar respostas para que tipo de educação precisa-mos ter em nossos dias. Decerto as respostas poderiam ser muitas. Logo nos primeiros anos do século XX, Herbert George Wells escreveu que “a história da humanidade é cada vez mais a disputa de uma corrida entre a educação e a catástrofe”. Em alguns momentos parece que as catástrofes irão sobressair principalmente aque-las ligadas a problemas humanos. Ao mesmo tempo, é visível a busca de um grande número de pessoas para gerar e dar esperanças de que preciso apostar na humanidade.

Por fim, vale refletir como Brandão (1993) afirma que “a natureza do ho-mem, na sua dupla estrutura corpórea e espiritual, cria condições especiais para a manutenção e transmissão da sua forma particular e exige organi-zações físicas e espirituais, ao con-junto das quais damos o nome de educação. E o mesmo autor vai além quando escreve que é por meio da “educação, como o homem a pratica, atua a mesma força vital, criadora e plástica, que espontaneamente impe-le todas as espécies vivas à conser-vação e a propagação de seu tipo. É nela, porém, que essa força atinge o seu mais alto grau de intensida-de, através do esforço consciente do conhecimento e da vontade dirigida para a consecução de um fim”.

Ir. Leandro A. Scapini - OSJMestrando na PUC/PR

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osse04 santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

obra Social Santa Edwiges

`

Um dia, um bezerro precisou atravessar uma floresta virgem para voltar a seu pasto. Sendo um animal irracional, abriu uma trilha tortuosa, cheia de curvas, subindo e descendo colinas.

No dia seguinte, um cão que passava por ali, usou essa mesma trilha para atravessar a flores-ta. Depois foi a vez de um carneiro, líder de um rebanho, que vendo o espaço já aberto, fez seus companheiros seguirem por ali.

Mais tarde, os homens começaram a usar esse caminho: entravam e saíam, viravam à direita, à esquerda, abaixavam-se, desviavam-se de obstá-culos, reclamando e murmurando pelo caminho e com toda razão. Porém não faziam nada para criar uma nova alternativa.

Depois de tanto uso, a trilha acabou virando uma estradinha onde os pobres animais se cansavam sob cargas pesadas, sendo obrigados a percorrer em três horas uma distância que poderia ser venci-

da em trinta minutos, caso não seguissem o caminho aberto por um bezerro.

Muitos anos se passaram e a estradinha tornou-se a rua principal de um vilarejo, e posteriormente a ave-nida principal de uma cidade. Todos reclamavam do trânsito, porque o trajeto era o pior possível.

Enquanto isso, a velha e sábia floresta ria, ao ver que os homens têm a tendência de seguir como cegos o caminho que já está aberto, sem nunca se pergunta-rem se aquela é a melhor escolha.

Moral da história: Nós temos a tendência de buscar o mais fácil, mas nem sempre o melhor. Pois em nosso comodismo quase sempre não pensamos nas inúme-ras possibilidades que nos rodeiam. E acabamos se-guindo os outros sem nos questionar se é o melhor. De um lado a nossa preguiça de pensar, do outro a moda, a mídia, os políticos que nos mostram o caminho já aberto e neste vai vem da vida o tempo é escasso e por isso continuamos a andar nesta estrada, murmurando

para refletirPreguiça de pensar por si só

Pe. Paulo Sérgio - OSJVigário Paroquial

OSSE – Obra Social Santa Edwiges, 45 anos cui-dando do Essencial, esse é o Panfleto que trazemos para devolver à comunidade a consciência da gran-de Obra que tem em seu bairro e que nasceu da sensibilidade dos Paroquianos e Devotos de Santa Edwiges, que há tantos anos vivem e fazem viva a vida e obra da Padroeira da comunidade.

Olhando para a ata de fundação desta, traz em seu carisma fundacional o cuidado para com as crian-ças, os jovens e idosos, e isso se faz dentro dos lon-gos anos da vida desta obra no bairro, atendendo hoje 540 crianças e adolescentes em projetos, 18 senhoras de modo permanente no Lar Sagrada Fa-mília e agora se empenhando para novas parcerias para novamente levar os jovens para a Obra, opor-tunizando a formação destes e a integração social e a formação para o mundo do trabalho.

Nesta coluna quem a segue, pode perceber o tes-temunho de colaboradores que na sua juventude, ou seja, na sua formação, foram beneficiados por projetos desta obra, e que ela agora estudando sua missão, sua visão e valores, retoma com grande entusiasmo a busca de fazer acontecer o carisma original, devolvendo neste tempo com serviços e auxílios o que o jovem de hoje precisa para sua integração e a obra ser como no tempo de Santa Edwiges este veículo de ajuda para o necessitado, fazendo deste um agente para sua vida dando opor-tunidade de enfrentar de modo independente o seu itinerário de vida.

O oportunizar, que ser para cada atendido o espa-ço de superação, como o beneficiado da cesta agora tem o momento de formação para cada vez mais aumentar a conscientização que receber para supe-rar é o que queremos, e superando devemos ajudar que outros também vençam e possam celebrar a alegria de ter passado de atendido, de beneficiado de um projeto a colaborador deste.

No dia de Natal, 25 de dezembro de 2013, esta entidade celebrou 45 anos, sua ajuda para ela con-tinuar será sempre bem vinda, podem ser feitos doações através de roupas para o bazar beneficen-te, alimentos para os pobres, leite semidesnatado, fraldas geriátricas tamanho M para as Avós do Lar, ou qualquer valor em dinheiro pode ser depositados em conta corrente dos bancos Itáu AG.0249 C/C: 38265-6 e Bradesco AG. 0528-2 C/C: 72870-5, so-mos muito agradecidos de todos, e contamos com você para poder continuar esta grande Obra.

Uma gratidão eterna aos colaboradores que já morreram e deixaram para a história deste bairro esta, aos que fundaram e ainda vivem e ajudam a gratidão sempre, e aos que fazem acontecer Ela neste tempo, desejamos coragem e empenho, vale a pena o ideal de servir.

Com estima e gratidão!

Faça a sua doação

Itaú – Agência 0249C/C 38.265-6

Bradesco - Agência 00528C/C 0072870-5

www.obrasocialstaedwiges.blogspot.com

e reclamando e assim vamos; esquecendo-nos que: depende de nós, construirmos a nossa própria estra-da e o nosso próprio modo de pensar o mundo.

Pe Paulo Siebeneichler – OSJPároco-Reitor da P. S. Santa EdwigesPresidente da OSSE - Obra Social Santa Edwiges

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EnCErramEnto daS novEnaS E auto dE natalNo dia 20/12, aconteceu no Santu-

ário Santa Edwiges, o Encerramento das Novenas de Natal e o Auto de Na-tal realizado pela Catequese e Ajunai.

Antes de começar o Auto de Natal, tivemos o Encerramento das Nove-nas, contando com a presença de to-dos os grupos e seus dirigentes para um momento de oração, que foi con-duzido pelo Pe. Bennelson Barbosa.

Logo em seguida os jovens da Catequese e do Ajunai fizeram uma encenação sobre o nascimento de Jesus mostrando o verdadeiro signi-ficado do Natal, que não é só con-

especial 05santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

sumismo que o comércio nos induz, foi uma conscientização para a nos-sas crianças, a tecnologia a cada dia lança novos produtos que as deixam fascinadas, esquecendo-se que são as coisas simples que nos dão as maiores alegrias.

Portanto, lembre-se que o verdadei-ro significado do Natal é o nascimen-to de Jesus, aquele que veio para nos salvar de todos os nossos pecados e que estará conosco sempre, cumprin-do o que foi dito: “Eu sou o Caminho a Verdade e a Vida”, Jo 14,6.

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palavra do pároco-reitor06 santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

Meus caros e minhas queridas, leitores do Jornal de Santa Edwiges, Feliz Ano Novo!

Celebrar o Ano Novo é sempre uma oportunidade ímpar em nossas vidas. Cada tempo é único, e o que venho neste, é te animar para comigo olhar para a realidade deste Ano, que chamamos de Novo, mas que na verdade continua a sequência de nossa vida, que se deve em cada manhã, em cada oportunida-de de encontro com o outro uma ocasião de ser um novo tempo o ano todo.

Somos fruto do tempo este, às vezes nos deixa amortecido, envolvido, ficamos atônitos quando vemos, e com freqüência suspiramos, “mais já”, e esse suspiro, é onde nos deparamos com tudo o que temos realizado, ou que temos ainda para realizar. Não deve ser este um momento de susto, e sim de consciência, ser um momento de gratidão, por tudo.

O ano de 2014 será o ano que você vai fazer! Na

parada das festividades, ao renovar as energias, ao respirar possa encher as narinas da sua vida, com muita esperança, com muita alegria, com muita fé, com muita energia, e nesta se preparar, seja para as realizações, seja para possíveis derrotas, nós nunca esperamos perder, mais as perdas às vezes são as melhores escolas de nossa vida, é o espaço que nos faz olhar com criatividade, superação, revitaliza-ção, e solidez.

No Canto das Criaturas de São Francisco, ele em ver toda a vida, louva pela morte, e a morte é uma etapa de nossa vida, que de modo ocidental nós só a olhamos quando a vida termina, e não olhamos nos pequenos morrer dos quais somos solicitados durante os dias, à modernidade quer como que com analgésicos, curar as realidades de dor, como ao to-mar gotas ou drágeas, salvar a realidade que precisa ser trabalhada. Ao perder um momento, é a vitória da outra que se apresenta, pois a se ver de fato que

fui derrotado vou olhar como superar e ao superar tenho a vitória desta nova inventividade de vida.

Precisamos saber que a Esperança deve ser tra-balhada em nós em todos os momentos, sejam de vida, de morte, de realização ou mesmo quando nós não temos a mesma sorte, a esperança dotada da fé vai fazer de nós agentes de vida e de caridade onde o mundo precisa deste amor e destes corações sempre mais abertos e próximos de todos e de tudo.

Que o Senhor da vida e da esperança, te dê fé para realizar tudo com muito amor, por isso, para você e para a sua família, Bom 2014.

Com Estima.

a Esperança que brota!

divulgação dos coroinhas

Pe Paulo Siebeneichler – [email protected]

Com o objetivo de expandir a vida religiosa infan-til da nossa paróquia, convidamos todas as crianças entre 7 e 13 anos para seguir o exemplo de nosso padroeiro pastoral, São Tarcísio, fazendo parte do nosso grupo em 2014.

As inscrições acontecerão após as missas domini-cais das 9 e 11 horas nos dias 12, 19 e 26 de janeiro, e nossos encontros terão início no dia 02 de fevereiro.

Na pastoral, estas crianças têm a oportunidade de uma aproximação maior com Cristo, o desenvolvi-mento de novas amizades e o seu crescimento re-ligioso. Durante um ano, formamos estas crianças com encontros semanais aos domingos, após as missas das 9hs, para o serviço à Cristo através da ajuda ao altar em nossa paróquia. Além destas for-mações, realizamos momentos espirituais, o ensino catequético, confraternizações, gincanas, passeios e outras atividades de interação.

Jesus Cristo espera seu filho para essa bonita missão.

Kaique BarionCoordenador Pastoral

Pastoral dos coroinhas convida crianças da comunidade para o serviço ao altar“Pequeninos para o mundo, grandiosos para Deus”

Passeio – Confraternização de fim de ano 2013

1ª quarta-feira do mês:“Terço pela Família”

2ª quarta-feira do mês:“Terço pelos Enfermos”

3ª quarta-feira do mês:“Terço pela Esperança”

4ª quarta-feira do mês:“Adoração ao Santíssimo”

Horário: 19h45

VenHA PArtICIPAr COnOSCO!

“A vidA de Cristo ContemplAdA Com o olhAr de mAriA.”

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Batismo 24 de novembro de 2013

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

batismo 07santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

Meneses Produções FotográficasTel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836

Beatriz Munis de Oliveira Evelyn Inae L. dos Santos Pinto

Samuel de Oliveira SilvaLaura Oliveira Silva

Evelin Pereira de Sousa

Samira Rosa dos Santos

Page 8: Janeiro 04 sta edwiges web

notícias08 santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

Aconteceu no dia 08/12, no Seminá-rio da Paróquia Santa Edwiges a con-fraternização da Pastoral da Família.

Após um ano de muito trabalho, principalmente com a Jornada Mun-dial da Juventude (JMJ) onde tivemos a pré-missão da Jornada em nossa co-munidade, em um clima de muita des-contração fizemos jus a um momento de lazer com nossos amigos, nossa família, nossa comunidade, os freis, diácono e padres.

Animados por nosso querido Pe. Bennelson (que nos acompanhou este ano todo com os trabalhos pas-torais), inclusive se prontificando a fazer o arroz para o almoço ,e con-tando com a colaboração do diáco-no José Neto e os demais freis do

Confraternização da Pastoral da Família

seminário, alguns que inclusive nos visitavam, deu-se então sequência o nosso churrasco.

Cada família que esteve presente trouxe além da contribuição em espé-cie, também um prato salgado ou doce para a partilha com todos no evento.

Como fruto do nosso ECC (Encontro de Casais com Cristo), o casal Isaias e Cristina nos surpreendeu com sua dis-ponibilidade e sociabilidade com to-dos na festa. Parecia um casal que já fazia parte de muitos anos na pastoral. Realmente uma grata surpresa.

E claro contamos também com a presença do nosso pároco, Pe. Paulo Siebeneichler, que trouxe alguns de seus familiares para engrandecer ain-

da mais nossa confraternização.

Queremos agradecer a todos que de uma forma ou outra contribuíram para a realização deste momento de união, partilha, lazer e oração. Em especial ao Pe. Bennelson por sua dedicação, amor e perseverança com a Pastoral da Família. Obrigado tam-bém ao Pe. Paulo Siebeneichler por todo apoio a nós concedido.

Para o próximo ano, estaremos com uma nova coordenação da Pastoral da Família, uma vez que três anos se passaram com esta coordenação.

Aos que chegam, a responsabilida-de da continuidade deste trabalho, principalmente junto às famílias de nossa comunidade.

Na certeza de termos realizado o melhor segundo nossas limitações, mais uma vez queremos agradecer a todos pela confiança em nós depo-sitada. E pela paciência também. O nosso muito, muito obrigado.

Finalizamos com uma frase que nos marcou em uma de nossas formações:

“Deus nos dá a Paz, mas não nos deixa em Paz” (Diácono Rogério )

Que este Deus nos ilumine e guarde, dando-nos saúde e sabedoria para os trabalhos vindouros. Amém.

Coordenação Pastoral FamiliarAngelo e roseGiba e roseDoni e Yara

Page 9: Janeiro 04 sta edwiges web

notícias 09santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

Entrega das Sacolinhas de natal na oSSE

Aconteceu no dia 18/12 na OSSE, a Entrega das Sacolinhas de Natal para as crianças do CCA. Antes de entregar as sacolinhas, as crianças tiveram um almoço com o cardá-pio especial, Cachorro quente, re-frigerante e de sobremesa sorvete.Depois do almoço, as educado-

ras começaram a distribuir as sa-

colinhas para as crianças, que por sinal estavam muito ansiosas. Foi muito gratificante ver o quanto es-sas crianças ficaram felizes. A todos que contribuíram para

este momento de alegria, o NOS-SO MUITO OBRIGADO!

Foi isso que em 2013, o Lar Sa-grada Família procurou fazer com nossas 19 idosas: celebrar a vida que ainda pulsa em seus corações.

Mostramos que a vida tem sim, inevitavelmente, seus momentos de tristeza e de esperanças perdidas, porque isso acontece para qualquer ser humano e com qualquer idade. Porém, com a colaboração de vá-rios parceiros e doadores esse ano, elas sentiram-se acolhidas e lem-bradas e, com isso, conseguimos fazê-las acreditar que é possível voltar a se acostumar com a feli-cidade porque a VIDA delas ainda tem cor, tem gosto de doce, tem alegria, tem música, tem samba,

CElEBrar!tem movimento, tem gentileza, tem AMOR! Nós agradecemos, a cada uma delas, uma a uma mesmo, tudo o que nos ensinaram e ficamos com a certeza de que nós também dei-xamos em seus corações a certeza de que a vida ainda tem muita coisa boa pra dar a elas!

Que venha 2014 para mais mo-mentos de celebração da Vida, do Amor, da União, da Gentileza e, sobretudo, da doação de si próprio para quem muito se doou um dia...

Feliz Ano Novo!

Lar Sagrada Família

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especial10 santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

olhar a vida Com oS olhoS da Fé!

Estive pensando naquele cego de Jericó, que ao escu-tar os passos das pessoas per-guntou quem estava passan-do por ali. E lhe disseram: “É Jesus de Nazaré!” E ele, com toda força, vai gritar: “Jesus, Filho de Davi, tem compai-xão de mim”.

É preciso primeiro apren-der a enxergar com os olhos da fé, para depois poder en-xergar com os próprios olhos. Quem não aprendeu a enxer-gar com os olhos da fé acaba passando ao lado da vida e não encontra o Deus da vida.

Na esperança que brota do Ano Novo, certamente deve-mos todos nós, nos desper-tarmos para a grandeza da presença do Senhor junto de nós. Nossa medida é, muitas vezes, considerar apenas o que nos favorece, que nos es-timula, o que é visto com os olhos, e desconsideramos o que precisa ser visto com os olhos da fé.

Mas o Deus que não hesita em nos amar em nenhum ins-tante, nos toma pela mão, faz--se companheiro inseparável.

Ele fez novas todas as coi-sas, e nos engrandeceu com seu amor. Nossa existência está penetrada do amor e da misericórdia do Deus que não se cansa de nos favorecer com sua bondade.

É fonte inesgotável de vida. Como é belo o coração que

sabe amar, que não hesita em amar, e está pleno de confian-ça no Deus da vida. No amor estão a vida e a paz.

Carregamos nossos fardos, ora muito pesados, ora muito preocupantes; mas quando não podemos carregá-los em nos-sos ombros, Deus nos oferece seu coração. Muitas coisas não podemos e nem somos capazes de carregar em nossos ombros. É preciso carregá-las no cora-ção: o desejo da mãe em ver o filho feliz. O sonho de um pai em oferecer o melhor para sua família, a esperança do jovem em firmar-se para seu futuro...Todas essas coisas não encon-tramos em supermercado nem em shopping centers...Encon-tramos tudo isso no coração e na força do seu amor.

É o próprio Jesus Cristo que nos diz: “Levanta-te, erga a tua cabeça, olhe adiante, vis-lumbre a grandeza que está diante de você, e aprenda a olhar com os olhos da fé!”.

Certamente Cristo espera que tiremos nossa miopia e apren-damos a olhar com largueza para a vida que se vislumbra todos os dias diante de nós.

Se sairmos de nós mesmos, encontraremos os outros, o próprio Deus e a nós mesmos. A esperança nunca se desfaz, somos nós que nos desfaze-mos a nós mesmos, quando temos uma vista muito curta.

É preciso mudar muitas coisas, contanto que mude-mos a nós mesmos!

Deus concedeu-nos o tempo e a vida. Vislumbramos a his-tória, as luzes e as esperanças que se apresentam a nós: É Ano Novo, FELIZ 2014

Marcos Antonio [email protected]

Page 11: Janeiro 04 sta edwiges web

O chamado de Deus pelo Filho, antes de ser um compromisso, é convite a estar com Ele, caminhar com Ele fazer parte de sua vida, para que Ele ve-nha tomar posse da nossa vida até chegarmos ao momento de não querer mais afastar desse amor envolvente.

Assim é a verdadeira vocação: deixar-se envol-ver pelo olhar amoroso de Jesus como fez Pedro e os demais apóstolos (cf. Mt 4,18-22).

Sabemos perfeitamente que nem sempre isso ocor-re, pois há muitos que, tomados pelo medo, à ansieda-de, a segurança em suas posses e ideais próprios, não permitem este total envolvimento. É o caso daquele Jovem descrito no Evangelho de Marcos (Mc 10,17-22): após o convite de Jesus a desfazer-se de tudo o que tinha, se entristece, abaixa os olhos, desvia-se e simplesmente sai fechado em seu mundo.

Assim acontece hoje com a juventude: tomada por receios e sentindo-se segura em tantas ofertas da sociedade moderna consumista, alienante e ilu-sória, deixa de lado o convite de Jesus, sem ao me-nos tentar a chance de ter uma vida diferente com o Mestre, ao lado do Mestre.

Jesus não deixou de olhar para aquele Jovem! O amou acima de tudo, demonstrou interesse, esteve com ele fixando-lhe o olhar. Pergunto-me o que teria naque-le olhar para deixar o jovem tão perturbado e confuso?

Talvez tudo aquilo ou aquelas pessoas que o Jo-vem desprezava, pois a face de Jesus comporta a face humana, Ele assumiu nossa humanidade e consequentemente, todas as formas humanas, es-pecialmente as mais sofridas e até rejeitadas.

É impossível sentir-se chamado por Jesus e não se sentir chamado para o encontro com o Outro. Ser chamado é sentir-se envolvido pelo olhar de Jesus, é fazer a experiência do enamoramento de alguém que acima de tudo nos quer consigo parti-lhando a sua vida divina:

vocações 11santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

EnvolvEr-SE PElo olhar dE CriSto“Cada vocação é um abraço de amor do criador,

que fixa a criatura e evoca o projeto da criação pensado justamente na criatura, em sua medida, e firmado pelo eterno! Vocação é sentir-se envolvi-do por este olhar, quase sendo abraçado por ele. E alegrar-se com isso.” (Amedeo Cencini, Religioso e sacerdote Canossiano)

Apenas uma coisa faltava ao jovem, isto é, estava bem encaminhado na vida. Uma única coisa po-deria ter mudado a vida daquele jovem uma única coisa pode mudar a minha e a sua vida!

Jovem! Deixe-se envolver! Fazei a experiência do amor daquele que é o amor supremo. Venha nos en-contrar e conversar melhor sobre o assunto.

Em 2014 Cristo conta com Você!

Pe. Marcelo Ocanha - OSJAnimador [email protected]

Centros vocacionais dos oblatos de são José:

1 – Centro Juvenil VocacionalRua  Darcírio Egger, nº. 568 - Shangri-lá 

CEP 86070 070 - Londrina-PR Fone: (43) 3327 0123 

email: [email protected]

2 – escola Apostólica de Ourinhos Rua Amazonas, nº. 1119

CEP: 19911 722 - Ourinhos-SPFone: (14) 3335 2230 

email: [email protected]

3 – Juniorato dos Oblatos de São José Rua Marechal Pimentel, nº. 24 - Sacomã

CEP: 04248 100 - São Paulo-SP Fone: (11) 2272 4475

email: [email protected]

Page 12: Janeiro 04 sta edwiges web

A paternidade de São José e seu casamento com Maria constituem a raiz de todos os privilégios josefinos e a razão de suas prerrogativas, assim como a Maternidade Divina de Maria está para os privilégios marianos. Esta paternidade é nova, única, singular, porém verdadeira, como escreveu Sinibaldi em seu livro “A grandeza de São José”, ou ainda como afirmou o cardeal Billot que é um caso raro de paternidade, algo “sui generis”, pois não existe no vocabulário humano algo que exem-plifique esta relação de São José com Jesus.

Na mesma linha de pensamento está São Bernar-do ao exemplificar em uma de suas homilias, que a dignidade e a santidade de São José são dedutíveis do seu nome de “Pai de Cristo”. Por isso, esse tí-tulo que lhe atribuímos é o mais sublime e divino dentre todos os títulos e atributos ao Santo Patriar-ca. Sua paternidade verdadeira é sobrenatural pela sua genealogia, pelo seu matrimônio, pela concep-ção virginal e pela autoridade que ele exerceu sobre Jesus e Maria. Vejamos esses atributos:

Pela genealogia: O evangelista Mateus procu-rando provar aos judeus que Jesus era o verdadei-ro Messias, esperado e anunciado pelos profetas como filho de Davi, coloca a genealogia direta e natural pela linha de São José. Já o Talmude - có-digo da lei religiosa e civil do judaísmo - ensinava que todo aquele que realizasse um culto a Javé tinha que apresentar ao Sinédrio - Corte suprema de Israel - sua árvore genealógica como título de honra, e a mais alta era a estirpe davídica. A ár-vore genealógica de Mateus tem a finalidade de demonstrar a transmissão da realeza messiânica de Abraão e Davi até Jesus. Mateus faz isso enu-merando os descendentes de Jesus até chagar em José, mas na sequência não usa o verbo “gerou”, pois o substituiu pela frase: “o esposo de Maria da qual nasceu Jesus, chamado Cristo”(1,16), explicitando que se deve desvincular José do ato preciso da geração de Jesus e confirmando a sua geração virginal e sobrenatural.

Por que Mateus nos dá a genealogia de São José, o qual não colaborou fisicamente para a geração de Jesus? Porque entre José e Maria existiu um ver-dadeiro casamento e Cristo nasceu do esposo José como filho legítimo de mãe legítima. A esse respei-to declara Lápide: “José foi mais pai de Cristo do que é qualquer pai adotivo de seu filho adotado; pois Cristo nasceu dentro do matrimônio de am-bos; além do mais, a prole que nasce de um legíti-

a Paternidade de São Joséa partir dos Evangelhos (1)

mo matrimônio é dos cônjuges, portanto, Cristo é filho de José por direito de matrimônio...”.

Pelo matrimônio com Maria: O caráter extrín-seco principal de sua dignidade paternal é o ca-samento com Maria, o qual foi perfeito enquanto vínculo e imperfeito quanto ao uso. Não faltaram escritores, por exemplo, Pelágio, que negaram o verdadeiro matrimônio de José com Maria por-que acreditavam que este era incompatível com o voto de virgindade e alguns racionalistas equi-pararam esse matrimônio como todos os demais e consequentemente negaram a concepção virginal de Jesus. Mas o que dizem os evangelhos? Ma-teus (1,18-5) “... o que nela foi gerado vem do Espírito Santo... Eis que a Virgem conceberá...”. O anjo notifica a José o mistério da Encarnação. Não devemos nos esquecer que ambos já eram comprometidos em matrimônio, embora não co-abitassem; eram noivos e isso não equivalia a uma mera promessa de futuro matrimônio, mas um perfeito contrato matrimonial que constituía um verdadeiro estado jurídico. Nesta fase havia todo o vínculo do matrimônio e tal não podia ser rompido a não ser pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio. O filho gerado antes do matri-mônio, se os noivos já faziam vida comum, era tido como legítimo. A mulher que perdia o ma-rido nesta fase era tida como viúva e se tivesse relações sexuais com outro homem era tida como adúltera e castigada como tal; além do mais, esta não podia ser despedida sem o divórcio dado pelo

noivo. O matrimônio era, portanto, para os judeus uma solenidade exterior, uma formalidade legal.

Mas, por que Deus quis que seu Filho fosse con-cebido de uma Virgem casada? Para os estudiosos a razão é óbvia; primeiro porque desse modo foi ocultado o mistério da Encarnação. Nesse sentido Santo Ambrósio é categórico ao dizer: “O Senhor preferiu que alguns chegassem a duvidar de seu nascimento, mas não da pureza de sua mãe; pois Ele conhecia o sensível pudor da Virgem e a faci-lidade com que se pode perder essa virtude; além disso, deu à Virgem auxílio e consolo por meio de um esposo e assim foi ele testemunho e guarda de sua virgindade”. Santo Tomás acrescenta que Ma-ria sendo virgem e casada, seria honrado nela não apenas a virgindade, mas também o matrimônio contra os hereges que atacariam ambas as coisas.

Por isso, no momento da Encarnação, Maria e José eram apenas noivos, como era o costume judeu e a celebração do casamento se deu de-pois do anúncio do anjo a José. De fato, Lucas ( 1,27) enfatiza que o anjo foi enviado por Deus a “uma virgem desposada com um homem cha-mado José...”, e Mateus ( 1, 18) relata : “Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem achou-se grávida pelo Es-pírito Santo...”, excluindo toda a relação conjugal.

Pe. José Antonio Bertolin, [email protected]

são josé12 santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

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Vicente Pallotti nasceu em Roma, dia 21 de abril de 1795, numa família de classe mé-dia. Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais pobres, crescendo generoso e bondoso. Enquanto nos estudos mostrava grande es-forço e dedicação, nas orações mostrava de-voção extremada ao Espírito Santo. Passava as férias no campo, na casa do tio, onde dis-tribuía aos empregados os doces que recebia gesto que o pai lhe ensinara: nenhum pobre saía de sua mercearia de mãos vazias.

Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno, voltava para casa sem os sapatos e o casaco. Pallotti ad-mirava Francisco de Assis, pensou em ser capuchinho, mas não foi possível devido sua frágil saúde. Em 1818, se consagrou sa-cerdote pela diocese de Roma, onde ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja. Muito culto obteve o doutorado em Filoso-fia e Teologia.

Mas foi a sua atuação em obras sociais e religiosas que lhe trouxe a santidade. Teve

São Vicente Pallotti - 22 de Janeiro

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

uma vida de profunda espiritualidade, ja-mais se afastando das atividades apostóli-cas. É fruto do seu trabalho, a importância que o Concílio Vaticano II, cento e trinta anos após sua morte, decretou para o apos-tolado dos leigos, dando espaço para o tra-balho deles junto às comunidades cristãs. Necessidade primeira deste novo milênio, onde a proliferação dos pobres e da miséria, infelizmente se faz cada vez mais presente.

Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação de trabalhar pela pregação da fé católica, da mesma forma que os sacerdotes. Esta ação de apostolado que os novos tempos exigiria de todos os católicos, foi sem dúvida seu ca-risma de inspiração visionária . Fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promo-verem as suas associações evangelizadoras e de caridade, orientados pelos religiosos das duas Congregações criadas por ele para esta finalidade, a dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas.

Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinquenta e cinco anos de idade. De saúde frágil, doou naque-le inverno seu casaco a um pobre, adquirin-do a doença que o vitimou. Assim sendo não pôde ver as duas famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano, que de-volvia as Regras indicando sempre algum erro. Com certeza um engano abençoado, pois a continuidade e a persistência destas Obras trouxeram o novo ânimo que a Igreja necessitava. Em 1904, foram reconhecidas pela Santa Sé, motivando o pedido de sua canonização.

O papa Pio XI o beatificou reconhecendo sua atuação de inspirado e “verdadeiro ope-rário das missões”. Em 1963, as suas ideias e carisma espiritual foi plenamente reconhe-cido pelo papa João XXIII que proclamou Vicente Pallotti, Santo.

maria vai com as outrasMensagem especial

Fonte: http://www.paulinas.org.br

santo do mês 13santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

Maria vai com as outras não tem opinião formada a respeito de nada. Mas pensa tê-la. Quando influen-ciada aponta os erros e defeitos de uns e qualidades de outros, sem se ater à veracidade do que diz.

Entende a opinião alheia como melhor que a sua, inferiorizada que se sente frente a quem ima-gina ser mais importante, mais inteligente, mais tudo que ela. E são tantos que o são... Poucas pa-lavras bastam para que ela transforme seu pensar, incapaz que é de decidir que caminho tomar. Não se posiciona quando frente ao que discorda. Muda logo de lado, pois é o que lhe parece melhor, o que mais lhe convém.

Não quer ser desagradável e acaba sendo, quando toma como suas as palavras do outro. Pensa evitar conflitos, mas dele se desvia tão somente quando quer se apropriar do que o outro pensa, do que fala.

A cada bate papo, a cada leitura feita, arvora-se em dona da verdade e sai falando, falando, usando as palavras alheias como se suas fossem. Afinal, se as leu ou as ouviu, suas são, para usá-las a seu bel prazer. Como se possível fosse...

O elogio do outro é muito importante para ela, que tão baixa autoestima possui. Insegura que é não se conhece por inteiro. Não se monitora inte-riormente. A assertividade passa ao longe, quando deprecia um, em detrimento do outro.

Segue caminhos abertos e vai em frente, podero-sa que se imagina como juíza no tribunal da vida, que pensa entender melhor do que ninguém. Pensa. Tão somente pensa, pobre coitada que é e não sabe. Ou não quer saber.

Precisa de aprovação, e quando a tem, sente mui-ta angústia interna. E não entende por quê.

Procura sempre diminuir aqueles dos quais fa-lam, comentam, julgam, levantando uma bandeira que não é a sua. Mas pensa ser.

Segue pela vida através de rastros alheios sem questionar. Mais uma na multidão que segue a roda viva da vida.

Maria... Vem como se não tivesse vindo e vai em-bora como se nunca tivesse chegado.

Ou não

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osj14 santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

Introdução

Com este número queremos oferecer aos leitores do Jornal de Santa Edwiges uma série de artigos voltados para a espiritualidade. Os Oblatos de São José que tra-balham no Santuário foram fundados em 14 de Mar-ço de 1878 na cidade de Asti na Itália, por São José Marello. Hoje a Congregação, espalhada nos cinco continentes vive sua missão conduzida pelo Carisma do seu Fundador que poderia ser resumido nas frases: “reproduzir na vida e no apostolado o mistério cris-tão como o viveu São José” (C.3= Constituições) e “o serviço de Deus na imitação de São José” (L 236= Cartas do Fundador). Amigo (a) acompanhe-nos nestes meses na descoberta deste carisma para também você conhecer e perceber que pode vivê-lo no seu cotidiano da vida. Será uma aventura fascinante, com 10 peque-nas meditações para trazer para sua família e para o seu coração a espiritualidade Josefino Marelliana.

O MOMENTO PRESENTE

Viver o momento presente, mergulhar no agora da vida, é sem dúvida, um tema atraente para os nossos dias pós-modernos que gostam do imediato, da fe-licidade “agora”, do clique do computador, mas, é na espiritualidade cristã que encontramos o sentido “místico e transcendente” para o momento presente. A partir de Jesus, passado e futuro devem ser olhados com serenidade: o primeiro é confiado à misericór-dia de Deus, pois não pode ser mudado, o segundo está nas mãos de Deus que não quer que seus filhos sejam abandonados. Portanto, só o momento presen-te nos pertence, pois, ele é permeado pela graça de Deus; depende de nossa vontade torná-lo fecundo.

O momento presente então, podemos percebê-lo e senti-lo como um grande “Amém”. Esta palavra litúrgica, não pode ser traduzida somente como “as-sim seja”, pois se trata de um consentimento de fé e vida e, por isso, deve ser traduzido como “sim que-ro e aceito viver isso, me comprometo” pronuncia-do com o coração, que transforma cada momento presente em um gesto litúrgico de amor.

O MOMENTO PRESENTE NA PALAVRA

Para falar do tempo, os antigos gregos usavam estas palavras: Cronos, (Κρόνος), ou seja, o tempo do calen-dário, Aión (Αίών) que significa um tempo sem medi-ção, o tempo eterno de Deus e Kairós (Καιρός) que é o momento especial, o momento da graça, da presença de

o momEnto PrESEntE

Deus, um tempo não definido, mas, que se apresenta e se oferece como ocasião gratuita do amor de Deus.

Aproveitar o tempo é privilegiar o HOJE, o Kairós que é o momento presente atual. “Hoje, se escutardes a sua voz não endureçais o vosso coração!” (Sl 94, 8; citado também em Heb 4,7). O Hoje é o tempo da sal-vação (Cf. 2 Cor 6,2) e é o tempo em que Deus visitou Jerusalém (Cf. Lc 19,44). É o tempo de escolha e de – cisão (cf. Dt 26,16.18). Lucas em particular apresenta uma rica teologia do “Hoje” em vários textos como por exemplo Lc 2,11; 4,21; 19, 5.9; 19,42; 23,43 que indi-cam a salvação, a vida que entrou no mundo através de Jesus. É um “hoje” da graça, da presença de Deus.

João por sua vez, usa a palavra “hora”. De certa forma, o que é o “hoje” para Lucas é “a hora” para João. Eis alguns textos de João: 2,4; 4,23; 7, 29; 16,2; 16,32; 17,1.

O MOMENTO PRESENTE EM SÃO JOSÉ MARELLO

Creio que podemos individuar o ponto de parti-da de seu caminho de santidade, com o momento presente, possuído e vivido com intensidade. Este foi com certeza um dos “segredos” de sua vida. Na volta ao seminário de Asti, depois da crise, (1864) escrevia: “Somos donos do tempo? não; do futuro? não; do passado? não; do tempo presente? sim, mas a uma condição: que o possuamos logo” (S. 28). A jovem Bice Graglia escrevia em seu diário em data de 16 de abril de 1888 os conselhos de seu orientador espiritual S. José Marello: “Façamos momento por momento, a santa vontade de Deus [...] não nos ilu-damos sobre o porvir, que não está em nosso poder [...] Vale mais o mínimo ato de virtude praticado no estado presente, do que mil santos desejos e genero-sos projetos de santidade futura” (S. 207). E ainda eis outras frases conhecidas do fundador: “Agora co-meço, diziam os nossos grandes mestres que nos pre-cederam. Repitamo-lo sincera e firmemente diante de Deus” (L. 38); “Quando, meu caro amigo, vamos começar efetivamente? Em nome de Nosso senhor Jesus Cristo, agora mesmo” (L. 26);“Recomecemos, recomecemos de verdade. Invoquemos o E. S. que nos ilumine; caminhemos na presença do Senhor, com a simplicidade da criancinha que brinca sob o olhar da mãe”. (L. 26); “Nunc coepi, (=agora come-ço) meu Deus, meu Jesus, minha mãe Maria, meu protetor São José, meu Anjo Guarda! Nunc coepi: deixarei de lado o uniforme da minha falta de dever.

Nunc coepi: pôr-me-ei na estrada do Céu, sob as ins-pirações que, de lá, me fareis resplandecer” (S. 19).

S. José Marello procurou viver assim a vida toda, no estilo eficaz e silencioso de S. José, e desta for-ma serviu a Cristo e a Igreja. O momento presente vivido de forma intensa e extraordinária o levou à santidade. Fez da prosa da vida uma poesia de amor.

O MOMENTO PRESENTE NA NOSSA VIDA COTIDIANA

Hoje isto é possível para nós? Como viver hoje o mo-mento presente, no terrível cotidiano, no nosso mundo conturbado e estressado em que vivemos? Nada fácil; mas se aprende a nadar nadando, e, portanto, é só “co-meçar” e experimentar! Vale a pena. Vamos aprender algumas dicas bem simples para que o “jeito Marellia-no” de viver o cotidiano se torne também para nós um hábito e costume de vida cristã e santidade.

• Mergulhe agora na ação que está fazendo, realizan-do-a sem pressa, com perfeição, e com alegria de poder servir a Deus. Aprenda a amar Deus agora!

• Você, quem sabe, está passando por uma cruz, escu-ridão, dificuldade... Só vivendo bem o que está fazendo é que faz com que a cruz se torne fácil de carregar. Exa-tamente como dizia Santa Terezinha do Menino Jesus: “Eu sofro somente no momento presente e isto não é uma coisa tão grande assim”. Ele em cada “agora” nos auxilia a carregar a cruz que só no momento presente torna-se menos pesada

• Vivendo bem o presente você é simples, vive com a paz no coração, vive a sua vocação, qualquer ela seja, porque está em Deus. Torna-se como Ma-ria e José: um sim a Deus.

• Viva hoje com solenidade, como se fosse o pri-meiro, ó único e o último dia de sua vida, come se soubesse que amanhã não mais viverá.

• Experimente amar o que está fazendo: partici-pando de uma reunião, dirigindo aquele carro, con-versando com aquela pessoa, fazendo qualquer tra-balho também humilde como limpar o chão... É só amor que torna grande o que eu faço.

• O que você está fazendo é por si mesmo ou por Ele? Diga antes de cada ação: “Por Ti Senhor!”.

• Jesus Cristo, Maria e José foram o “Amém” e o “SIM” a Deus em cada momento da vida. Você pode ser o sim de Deus agora!

Conselho Provincial dos Oblatos de São JoséPadre Mário Guinzoni - OSJ

É só experimentar! No final do dia, sentirá uma paz profunda invadir seu coração. Estará com

Deus, o Eterno Presente dentro de você.

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especial 15santuariosantaedwiges.com.brjaneiro de 2014

Texto e significado

Voltamos a estudar as Sagradas Escrituras nestes pe-quenos artigos. Queremos fazer uma leitura inteligente, criativa e, na medida do possível, teológica e pastoral. Nossa tendência é ler o texto e nos perguntarmos: “O que este texto disse para mim?” Parece que temos uma necessidade grande de encontrar uma “mensagem” em cada leitura que fazemos da Bíblia.

Não nego que isto seja necessário e correto. Mas que-remos compreender as Escrituras não apenas no seu sentido espiritual ou moral. Queremos também obser-var a Teologia de cada texto e dos seus personagens. Descobrir esta Teologia é compreender melhor a comu-nicação de Deus para a Humanidade, primeiro com o Povo de Israel, agora com os Cristãos.

Cada texto bíblico tem um significado que é preciso compreender, não apenas interpretar. É o que acebei de afirmar: o sentido do texto para mim, a mensagem que eu tiro para mim, ou de modo até um pouco ingênuo: “o que Deus falou para mim”. Nós, que estamos em uma cami-nhada de investigação das Escrituras devemos nos pergun-tar sempre a respeito do “significado” do texto que lemos.

O significado de um texto — Quando falo de “sig-nificado” quero dizer o sentido mais profundo que algo ou alguém tem. Não é somente a “aventura” do perso-nagem, mas para “onde ele aponta”, o que sua história ou suas ações ou ele mesmo deseja dizer para quem crê. Algo que é sempre necessário afirmar para quem lê as Sagradas Escrituras, Antigo e Novo Testamento, é que todo texto tem um contexto. Isto quer dizer muita coisa: – O texto lido tem um antes e um depois, isto é, está dentro de uma narração, ou de uma sequência ou de um período que precisa ser considerado; – O texto tem um motivo de existir, de ser daquela forma; – O texto tem uma história e ela pode ser complicada, com diversas traduções, com palavras complicas e ideias di-fíceis; – O texto tem uma mensagem que, antes de ser entendida por nós, devia ser entendida por quem o rece-bia primeiro e, por isso, é preciso considerar o modo de pensar de quem o leu primeiro; – E neste sentido, quem leu o texto primeiro? Para quem ele foi feito e por que?

Estas perguntas, que na realidade são um resumo do que chamamos de interpretação bíblica ou hermenêutica bíbli-ca, podem ser antipáticas para alguns leitores da Bíblia. Alguns até dizem que é o Espírito Santo, de modo ime-diato, que vem em auxílio de quem lê um trecho bíblico. É Ele, o Espírito Santo, que revela tudo e faz entender. Ora, quem sou eu para discordar do que a Igreja acredita e propõe já há quase dois mil anos? Sim, é o Espírito Santo que faz uma grande parte do trabalho e Ele é Deus. Mas este mesmo Deus nos deu inteligência e capacidades para compreender sua mensagem em toda a sua extensão.

Quando afirmo isto quero dizer que existe mais do que “mensagem” em um texto bíblico. Ao falar de “mensagem” pensamos logo em algo interior, em sentir algo, em olhar as coisas e as pessoas. Claro, isto é de

grande importância e é parte da espiritualidade cristã. Mas podemos ir além. As Sagradas Escrituras podem nos levar a conhecer elementos históricos e culturais muito interessantes.

Alguns pontos — Quero indicar, então, alguns pon-tos para serem seguidos pelos leitores da Bíblia que desejam aprender mais com uma leitura inteligente e crítica, não apenas devocional. É necessário: 1. Olhar a tradução da Bíblia; 2. Marcar palavras desconhecidas ou difíceis e procurar conhece-las; 3. Observar as repe-tições de palavras, frases e situações dos personagens. É preciso perguntar-se: 4. Onde começa e onde termina o texto lido e em que contexto? 5. O texto que veio an-tes e o que virá depois tem alguma relação com o texto lido? 6. Quais são os personagens principais? 7. Quais são as ações dos personagens e as consequências? 8. No conjunto do livro bíblico do qual o texto faz par-te, qual o sentido deste texto? E, por fim, é importante buscar responder também: 9. Qual a verdade proposta pelo texto ou qual a proposta teológica feita por ele? 10. Qual a ética que ele propõe ou para onde ele leva?

Não poderei explicar cada um destes pontos aqui, mas o farei ao longo dos artigos que virão. Sempre será neces-sário retornar a estes itens para uma boa compreensão. O que desejo agora é expor o que significa a expressão que usei mais acima: “leitura inteligente e crítica”.

Leitura inteligente e crítica — Inteligência não é acúmulo de informações. Meu computador, no qual escrevo estas linhas, tem acumulada uma quantia enor-me de informações, como a maioria dos computadores pessoais que temos. Mas nenhum computador vai além do que foi programado, de modo que ele não elabora as informações de modo criativo. A não ser que fosse programado para isso.

Nós, que embora não consigamos armazenar muitas informações, temos a capacidade de relaciona-las, in-vestiga-las, interpreta-las, o que faz que com que estas informações possam ter um sentido que vai além delas mesmas. Este tipo de movimento de ideias é uma ex-pressão da inteligência.

Ler com inteligência significa, por exemplo, rela-cionar um fato com um personagem: Abraão deve ser relacionado com José, pai de Jesus, pois ambos respon-deram à missão recebida com fé, sem qualquer segu-rança pessoal. O profeta Jonas fica decepcionado com o resultado de sua missão, pois ele havia anunciado a destruição de Nínive, mas a cidade se converte… Deus lhe mostra que seu desejo estava errado, como estavam também errados todos os judeus que se achavam supe-riores aos outros povos. O profeta Jonas, então, é um forte símbolo, não um personagem.

Já a crítica é a investigação do texto em si mesmo. Por exemplo: uma palavra, que aparece em um livro bíblico, tem o mesmo sentido em outro livro? Um fato de um personagem pode ser repetido por outro personagem em

outra circunstância e fazer ligação com o primeiro. O tempo ou a circunstância histórica que um texto apresen-ta é o tempo e a circunstância na qual ele foi entregue?

Uma boa tradução da Bíblia — Para concluir nossa conversa, quero lembrar que precisamos usar boas fer-ramentas para fazer um bom trabalho, com resultado satisfatório. Pense em alguém fazendo um buraco no chão com uma colher de chá! Não é ridículo? Pois en-tão, muita gente quer ler as Sagradas Escrituras de um modo inteligente e crítico, mas não tem um instrumen-to adequado: uma Bíblia com boa tradução.

Isto não apenas “conversa de biblista”. É real! Para um estudo inteligente e crítico é preciso uma edição boa da Bíblia. Sugiro, aqui, duas edições bíblicas. Note que não tenho compromisso nenhum com as editoras destas Bí-blias, mas sim com o bom estudo e uso do texto bíblico. Uma é a Bíblia de Jerusalém, da Paulus Editora. Outra é a Bíblia TEB: Tradução Ecumênica da Bíblia, das Edi-ções Loyola. A única questão é que esta última, chamada geralmente “Bíblia TEB”, é complicada para ser manu-seada por quem está começando a fazer uma leitura crí-tica. Ela tem um Antigo Testamento um pouco diferente. Mais para frente, em outro artigo, irei comentar sobre isso. Mas estas duas são traduções boas na Bíblia.

Outra tradução que quero acrescentar aqui é a Bíblia da CNBB. A tradução é, como sugiro, boa. Mas as no-tas explicativas não são tão abundantes como na Bíblia de Jerusalém, que recomendo sempre.

Para aqueles que desejam melhorar seus conhecimentos bíblicos sugiro uma pequena bibliografia no box abaixo.

Bibliografia Básica

São muitos os livros que introduzem ao estudo da Sa-grada Escritura. Às vezes a linguagem deles é um pouco densa, difícil até. Mas é preciso aceitar o desafio de com-preender os textos. Por isso, vai ai alguns títulos fáceis de serem encontrados pois já são um pouco antigos.

CHARPENTIER, Etienne. Para uma primeira leitura da Bíblia. Tradução: José Raimundo Vidigal. São Pau-lo : Paulinas, 1980. (Coleção Cadernos Bíblicos, nº 1)

MAINVILLE, Odete. A Bíblia à luz da história. Guia de exegese histórico-crítica. Tradução: Magno Vilela. São Paulo : Paulinas, 1999.

SCHÖCKEL, Luiz Alonso. A Palavra Inspirada. A Bíblia à luz da ciência da Linguagem. Tradução: Maria Stela Gonçalves. São Paulo : Loyola, 1992. (Coleção Bíblica Loyola, 9)

O significado de um texto não depende somente do leitor atual,mas de muitos outros fatores que precisamos levar em conta.

É assim que fazemos uma “leitura crítica” da Sagrada Escritura.

Pe. Mauro negro - OSJBiblista PUC Assunção. São Paulo [email protected]

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31/jan Adailton Francisco Lopes Borges16/jan Adelina Antonangelo15/jan Ademar P. S. Filho03/jan Adenilte N. Pereira05/jan Albani de Oliveira Costa28/jan Albina Ramos Costa28/jan Ana Atílio Santana03/jan Ana Cristina da Silva09/jan Ana da Costa Oliveira02/jan Ana Lucia de Oliveira29/jan Ana Maria09/jan Ana Maria de Jesus Santos28/jan Ana Maria Camillo28/jan Ana Otilia Santana23/jan Ana Paula Silva A. Jesus30/jan Ana Romero Pastore24/jan Ananias Alves da Silva Filho07/jan André Levi Viegas Lanzarini05/jan André Rodrigo A. Santos13/jan Antonia Bezerra da Silva15/jan Antonia Lucia Vinuto Tavares01/jan Antonio Alessi31/jan Antonio Cícero P. de Carvalho01/jan Antonio Cristovão de Almeida22/jan Antonio de Lima Angelo01/jan Antonio dos Santos Cristovão16/jan Antonio José Benedito19/jan Antonio Luiz da Silva26/jan Antonio Pereira Monteiro Silva11/jan Antonio Tavares18/jan Aureli de Melo29/jan Carlos Antonio Alves Godoi19/jan Carlos Cannuto Alemida de Santana22/jan Cícera M. de Souza Alves29/jan Clara Palmaceno da Silva07/jan Cleidson Leite Aragão21/jan Cristiano Xavier Vieira14/jan Damião Mendes Ribeiro28/jan David Antonio dos Santos30/jan Dazisa Alves Sodré de Oliveira11/jan Débora Adriana da Conceição13/jan Denise Cristina G. Gonçalves18/jan Dulcinéia Francisca Santos31/jan Edebrando Santos Silva22/jan Edicléia Santos Silva29/jan Edileusa Gomes da Silva10/jan Edilson de Jesus02/jan Edilson Pereira de Andrade14/jan Edna de Matos Caetano30/jan Edson Mota

21/jan Eldino José Pereira31/jan Eliane S. de Jesus28/jan Elida Consuelo Brandão Santos31/jan Eliete T. de Oliveira31/jan Eliete Teotonio de Oliveira17/jan Erisvania Rodrigues10/jan Erondina Barreto dos Santos01/jan Esmerinda Tavares de Souza22/jan Eunice Carvalho Uyezu08/jan Eunice Teodora do Carmo Souza09/jan Fabiana da Silva18/jan Fabiana Ilucenski01/jan Fabiano S. da Silva20/jan Flávio de Almeida10/jan Flávio Luiz Possebon01/jan Florenice Passos Ferreira06/jan Francisco Chagas F. Moreira05/jan Francisco de Assis Pereira11/jan Francisco José da Silva02/jan Francisco José Gomes de Sousa02/jan Germano Angelo dos Santos Jr05/jan Gilma Pacheco dos Santos23/jan Gilmeire Andrade de Paula30/jan Gilvana Ferreira de Santana10/jan Gilvanda Maria de Lima25/jan Gleiciney Borges03/jan Hiago Ferreira05/jan Irandeia Ribeiro Santana de Souza09/jan Irene Consulin30/jan Ivanildes Ribeiro dos Santos21/jan Ivonete Pereira Alves29/jan Janaina Elias da Silva04/jan Janete Ignácio Leite08/jan Joana Lustosa Soares16/jan Joaquim José de Santana Neto17/jan Joaquim Ricardo de Freitas06/jan José André Araujo dos Reis24/jan José Antonio de Faria18/jan José Divino da Silva Lima01/jan José Domingos G. de Queiroz12/jan José Ferreira de Oliveira25/jan José Gomes de Oliveira07/jan José Lima Costa12/jan José Lus Salmaso20/jan Josefa Edenilda Nasc. Lucena01/jan Juarez A. do Nascimento13/jan Juliana Claudio 09/jan Jupira A. S. Guimarães02/jan Leila Palmeira Aznar08/jan Leonice da Silva Sousa

15/jan Lindalra A. do Nascimento25/jan Lineide Dantas de Oliveira03/jan Lourival Vieira de Sá12/jan Lucia Maria Soarez da Cunha03/jan Lucia Tenório25/jan Luiz Carlos França11/jan Luzanira Barros de Oliveira18/jan Luzia Helena Belloni13/jan Manoel Correa Avental09/jan Manoel João Alencar02/jan Manoel Severino da Silva Filho20/jan Márcia Dias Sena15/jan Márcia Lopes da Silva02/jan Maria Albeniza G. de Loiola28/jan Maria Albina Ramos da Costa03/jan Maria Benedita Martinho04/jan Maria Bernadete Franco18/jan Maria Bezerra Paiva Soares10/jan Maria Carmelita Coelho21/jan Maria Cosme S. Pereira07/jan Maria da Conceição C. Oliveira07/jan Maria da Conceição O. Rodrigues23/jan Maria Conceição Vieira da Silva24/jan Maria da Paz de Oliveira24/jan Maria das Dores10/jan Maria das Dores Verigel02/jan Maria de Fátima S. de Olivera07/jan Maria Gicelia Lima03/jan Maria Girlene A. dos Santos12/jan Maria José S. Santos Leite01/jan Maria José Lopes da Silva16/jan Maria José Vieira Silva18/jan Maria Leli Veloso Braga12/jan Maria de Lourdes A. Andrade14/jan Maria Lucineide B. de Souza14/jan Maria Nene Pereira11/jan Maria Neovalandia A. da Rocha01/jan Maria Olinda Gestosa06/jan Maria Reis Dias08/jan Maria Ribeiro Vieira28/jan Maria Silva dos Santos29/jan Maria Sueli Melo de Sousa01/jan Maria Tereza19/jan Marizete Rodrigues Santos25/jan Marlene da Silva13/jan Marlne Mendes Ferreira14/jan Marlene Rodrigues Silva17/jan Marta Maria Liborio Caldeira31/jan Martinho Vagner de Sousa14/jan Mauricio de Andrade

10/jan Micaelle de Sousa23/jan Michele Ferreira Duarte23/jan Mônica Lacerda Costa18/jan Neide Coutinho Simões12/jan Neuza B. de Queiroz22/jan Orivaldo Molina Selles01/jan Orocildo Mazi08/jan Pedro Pereira da Silva14/jan Quitéria Eunice D. Brandão21/jan Raimundo Sobrinho da Cruz29/jan Roberto Gimenez24/jan Rodrigo Y. Galard18/jan Romilda R. de Carvalho Belugo29/jan Rosa Leite de Araujo15/jan Rosa Lina Liotti07/jan Sandra Regina Ferreira Vergniassi20/jan Sebastiana Alves20/jan Sebastiana Apda. D.S. Pereira14/jan Sebastiana G. de Lima20/jan Sebastião Alves Nascimento20/jan Sebastião J. Assunção20/jan Sergio Laurentife Rodrigues06/jan Sergio Reis Lemes28/jan Severino Jorge Santos Filho30/jan Shirley F. Marcon29/jan Simone Nascimento Reis01/jan Sirnete Rodrigues da Costa20/jan Sueli Milsoni Saliba27/jan Sueli Vieira D. de Lima07/jan Tábata Kety de Jesus29/jan Terezinha Inácio Pena11/jan Valdomiro da Silva Costa23/jan Valeria Magalhães Leme09/jan Vanilde Fernandes28/jan Veridiana Alves10/jan Vilany Miguel da Silva08/jan Viviane Luisa França28/jan Vladmir da Conceição Lombardi05/jan Zefa Vieira Sete

PARABéNS AOS DIzIMISTAS QuE FAzEM ANIVERSáRIO NO MêS DE JANEIRO

quItArAM O CArnêeSSe MêS

CAMPAnHA DO terrenO

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Francisco de Assis Silva

Maria Aparecida Hilário

Pedro Tsutomu Inque

4. “E PROVAI-ME NISTO, DIZ O SENHOR DOS EXÉRCITOS”

Provai-me nisto é o desafio de Deus para o seu povo. Normalmente é Deus quem prova os homens (Sl 11.5; 26.2; 66.10; Pv 17.3; Jr 11.20; 17.10). Aqui, abre se a oportunidade do crente provar ou testar Deus. Será que os man-damentos de Deus funcionam mesmo? Muitos irmãos têm experimentado na sua relação de fé com Jesus, a benção de ser um dizimista fiel. E precisamos entender que dízimo é ato de fé, e sem fé é impossível agradar a Deus. Contu-do, muitos são infiéis a Deus gerando prejuízos espirituais para si para o desenvolvimento da Igreja. Primeiro, precisamos entender que dí-zimo não é sobra, mas primícias. (Pv 3.9 10). Deus não se agrada de sobras. Quanto maior falta nos fizer o que dedicarmos ao Senhor, tan-to mais será valioso para ele (Mc 12.41 44). Segundo, se não formos fiéis ao Senhor jamais experimentaremos a benção do acréscimo (Mt 6.33). Nunca sobrará nada de nosso salário. Cumprir se á em nossa vida o que está previsto

Porque necessitamos do dízimoNesta edição concluiremos o texto:

OBrIGADO A VOCê que FAZ PArte DeSSA HIStÓrIA

pelo profeta Ageu: Tendes semeado muito e reco-lhido pouco; comeis, mas não chega para farta vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe o para pô lo num saquitel furado. (Ag 2.6).

SE EU NÃO VOS ABRIR AS JANELAS DO CÉU E NÀO DERRRAMAR SOBRE VÓS BEN-ÇÃO SEM MEDIDA. As “janelas do céu” são “as comportas dos céus” (Gn 7.11), uma expressão poé-tica para liberação abundante e irrestrita de benção.

Deus nunca falhou em suas promessas. Faça uma experiência com Deus em relação ao dízimo, e verá a realidade das suas promessas em sua vida. Lem-bre se sempre da doutrina da mordomia. O homem pertence a Deus por direito de criação, (Gn. 1:27; 2:7), por direito de preservação(At. 14:15 17; Cl. 1:17) e por direito de redenção (1 Cor. 6:19 20; Ap. 5:9). Tudo que somos e temos pertencem a Deus. (Arival Dias Casimiro ).

Pe. Jerônimo Gasques www.saojosepp.org.br